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<p>Imprimir</p><p>RESPONSABILIDADE SOCIAL</p><p>Aula 1 - Direitos do trabalhador e qualidade de vida no trabalho – gestão do capital humano</p><p>Aula 2 - Impactos sociais na comunidade</p><p>Aula 3 - Saúde e segurança do trabalho (sst)</p><p>Aula 4 - Responsabilidade com clientes – tendências e perspectivas futuras</p><p>Aula 5 - Revisão da Unidade</p><p>Referências</p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 1/32</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Estudante, a partir desta aula, o assunto terá como pauta a responsabilidade social como a tônica da sigla “S”</p><p>do ESG. Dentro desta perspectiva, as organizações que estão trilhando um caminho fundamentado nas</p><p>melhores práticas em ESG precisam olhar para dentro (para o seu ambiente de trabalho e como cuidam das</p><p>pessoas trabalhadoras) e para fora – para a comunidade local, para os seus clientes e fornecedores – para</p><p>re�etir sobre os impactos das suas ações em relação a estas partes interessadas. A responsabilidade é um</p><p>conceito essencial para que o ESG seja algo possível de se implementar na prática e conseguir ir além dos</p><p>discursos. Te desejo bons estudos!</p><p>RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA DENTRO: SOBRE OS DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR E</p><p>DO EMPREGADO</p><p>Estudante, com a �nalidade de explicar e fortalecer os seus conhecimentos sobre responsabilidade social e a</p><p>sua relevância para a implementação das melhores práticas em ESG pelas organizações, trataremos</p><p>inicialmente do esclarecimento do termo responsabilidade.</p><p>De acordo com algumas de�nições em consulta ao Dicionário de Sinônimos (2023), encontramos as seguintes</p><p>palavras:</p><p>Quadro 1 | Sinônimos para o termo responsabilidade</p><p>No sentido de “sensatez e forma de agir” No sentido de “dever e obrigação”</p><p>sensatez, seriedade, juízo, cabeça, consciência,</p><p>critério, re�exão, siso, tento, tino, razão, retidão,</p><p>discernimento, equilíbrio.</p><p>dever, obrigação, incumbência, encargo, tarefa,</p><p>compromisso, atribuição, comprometimento, cargo,</p><p>cuidado, conta, parte, supervisão, mão, mando.</p><p>Fonte: Dicionário de Sinônimos (n.d., n.p.).</p><p>Aula 1</p><p>DIREITOS DO TRABALHADOR E QUALIDADE DE VIDA NO</p><p>TRABALHO – GESTÃO DO CAPITAL HUMANO1</p><p>Estudante, a partir desta aula, o assunto terá como pauta a responsabilidade social como a tônica da</p><p>sigla “S” do ESG.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 2/32</p><p>https://www.sinonimos.com.br/responsabilidade/</p><p>É possível perceber que ser responsável possui conotações de “bom senso” e de “obrigações”. Ser responsável</p><p>é assumir para si e perante a sociedade que você responde pelos seus atos, ou seja, por tudo o que você</p><p>expressa e faz. Quando esta responsabilidade abrange não só a própria pessoa, mas também os efeitos</p><p>daquilo que ela faz em relação aos outros (pessoas e meio ambiente), estamos falando da responsabilidade</p><p>social.</p><p>Exempli�cando esta ideia inicial, imagine se você estivesse caminhando por uma avenida com um sanduíche</p><p>em mãos e ao desembrulhá-lo, jogasse o papel no chão. Seria de sua responsabilidade perceber o ato,</p><p>assumir um compromisso para corrigi-lo e procurar o modo correto de lidar com o descarte deste resíduo.</p><p>Imagine que ao �nal da caminhada você seguiu para um ônibus e ao subir, destratou o motorista e resolveu</p><p>se sentar em um assento reservado para uma pessoa idosa, já que estava vazio e você �caria em pé durante o</p><p>trajeto. Em todos esses casos, as suas ações afetam outras pessoas e o meio ambiente e são situações que</p><p>envolvem o bom senso e os deveres (obrigações), de acordo com as de�nições estudadas anteriormente, visto</p><p>que nos dois sentidos a responsabilidade está incutida no seu gesto.</p><p>Assim como nestes exemplos, e que espero, sinceramente, que sejam situações hipotéticas, caro estudante,</p><p>as organizações também possuem responsabilidade social que precisam acontecer “para dentro”, quando se</p><p>trata da responsabilidade para com o ambiente de trabalho e o zelo na condução das pessoas trabalhadoras e</p><p>“para fora”, quando a empresa precisa entender que é responsável pelos impactos que gera às comunidades</p><p>locais onde ela atua e na sua relação com clientes e fornecedores. Nas palavras de Soler e Palermo (2023, p.</p><p>33), o ESG faz um convite para que as empresas tenham “maior proximidade com os efeitos negativos de suas</p><p>próprias operações”, quando se trata de estarem fechadas em seu próprio mundo, interagindo muito pouco</p><p>com o mundo real e que sente os impactos das suas ações.</p><p>Nesta aula, em especial, discutiremos o assunto “para dentro”, ou seja, como as organizações devem tratar as</p><p>relações humanas do ponto de vista social e trabalhista e manter um clima sadio e favorável à boa qualidade</p><p>de vida no trabalho.</p><p>De nada adianta uma organização fazer um conjunto de esforços para cumprir metas ambientais e de gestão</p><p>(governança) se não aplica o mínimo de esforços para cuidar corretamente das pessoas com as quais ela tem</p><p>que contar para entregar seus produtos e serviços ao mercado, ou seja, seus funcionários.</p><p>É responsável socialmente a organização que entende que cumprir a legislação trabalhista, por exemplo, é</p><p>algo além da obrigação. A legislação social e trabalhista no Brasil tem como intenções a garantia de direitos e</p><p>proteção do trabalhador, que, há tempos, não eram reconhecidos tais como como o direito a se aposentar, a</p><p>ter boas condições de trabalho, não ter redução de salário, aviso prévio, repouso semanal remunerado, entre</p><p>outros (BARBOZA, ILANES, GIACOMELLI, 2018).</p><p>Sendo assim, o comportamento idôneo, ou seja, transparente e ético das organizações e seus representantes</p><p>legais, equipes de gestores e líderes na condução das atividades da instituição, seja ela uma empresa pública,</p><p>privada ou de terceiro setor é algo prioritário para se pensar em ESG em uma empresa.</p><p>Casos como praticar o excesso da jornada de trabalho, acionar os colaboradores em férias ou em momentos</p><p>de descanso, faltar com a transparência para avaliar e promover pessoas, estabelecer acordos internos que</p><p>desrespeitam direitos como férias, exigir que uma pessoa trabalhe alguns períodos sem o devido contrato de</p><p>É responsável social aquela pessoa física ou jurídica que deve assumir para si e para os outros o</p><p>compromisso de zelar por bem-estar, respeito, qualidade de vida, saúde e segurança, justiça e a liberdade</p><p>necessária para a vida com dignidade e respeito que todos merecem ter.</p><p>Fonte: Shutterstock.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 3/32</p><p>trabalho �rmado e outras práticas ilegais ou injustas, são de interesse da responsabilidade social, dentro do</p><p>contexto do ESG.</p><p>Outra questão extremamente relevante dentro deste tema é o cuidado com os dados e as informações dos</p><p>colaboradores, que devem ser tratados com sigilo e responsabilidade como exige a Lei Geral de Proteção de</p><p>Dados Pessoais (LGPD), instituída sob o número 13.709 de 14 de agosto de 2018, que preconiza “o tratamento</p><p>de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou</p><p>privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre</p><p>desenvolvimento da personalidade da pessoa natural” (BRASIL, 2018), garantindo aos colaboradores o direito</p><p>à privacidade, à liberdade de expressão, a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem, como alguns</p><p>dos seus princípios.</p><p>OS CUIDADOS COM A SAÚDE INTEGRAL DOS COLABORADORES</p><p>Apesar de a legislação brasileira ter ampla abrangência em relação aos cuidados com o ambiente de trabalho</p><p>e com a saúde do trabalhador, previstas nas Normas Regulamentadoras (NRs), que constam da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho (CLT), é de muita importância que tenhamos o conhecimento que não somente a saúde</p><p>física do trabalhador é algo a ser levado em consideração quando se fala sobre este assunto.</p><p>A saúde física compreende o estado geral do corpo humano como a ergonomia (condições de se locomover e</p><p>se movimentar), a boa disposição corporal para executar suas tarefas, a capacidade</p><p>social</p><p>e o relacionamento com o cliente. Você vai conhecer estratégias e práticas (algumas boas e outras não tão</p><p>boas assim) que estão sendo aplicadas no relacionamento com clientes e consumidores e que se relacionam</p><p>diretamente com o interesse do mercado, dos acionistas e dos públicos em geral. Para isso, você vai conhecer</p><p>conceitos como Customer Experience, Branding, ética nos negócios e vai compreender como é importante a</p><p>transparência, a honestidade e a responsabilidade com a oferta de bens e serviços às pessoas. Te desejo um</p><p>bom vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>Acompanhe algumas notícias e plataformas de denúncias sobre os direitos do consumidor em:</p><p>IDEC, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.</p><p>PROCON/SP e como as reclamações podem ser realizadas de modo digital.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>Aula 5</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 25/32</p><p>https://idec.org.br/</p><p>https://www.procon.sp.gov.br/</p><p>PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE: DESAFIOS, OPORTUNIDADE E ESTRATÉGIAS PARA UM FUTURO</p><p>SUSTENTÁVEL</p><p>Estudante, nesta unidade você teve a oportunidade de compreender o conceito de responsabilidade e de</p><p>responsabilidade social sob a perspectiva de responder por suas ações e consequências quando elas afetam a</p><p>si mesmo ou aos outros. Ser responsável é assumir as próprias tomadas de decisões e os efeitos que elas</p><p>causam. Diante desta compreensão, você estudou que as organizações são responsáveis por aquilo que</p><p>fazem, tanto “para dentro”, que signi�ca cuidar e zelar pelos direitos e saúde dos seus colaboradores, quanto</p><p>“para fora”, que signi�ca cuidar e zelar da comunidade onde ela está inserida.</p><p>Sobre os direitos do trabalhador, você aprendeu que, muito embora exista uma legislação importante para</p><p>garantia dos direitos sociais e trabalhistas dos colaboradores, ainda há práticas muito ruins adotadas por</p><p>muitas empresas que violam e deixam em segundo plano esses direitos. Na ótica do ESG, de nada adianta a</p><p>empresa cuidar da sustentabilidade e da governança, se ela não zela pelo tratamento justo e honesto em</p><p>relação às pessoas que trabalham em suas equipes.</p><p>Juntamente com os direitos do trabalho, você também teve a oportunidade de entender como é importante</p><p>proporcionar os devidos cuidados com a saúde integral dos trabalhadores, como a saúde física (do corpo,</p><p>como boa qualidade de alimentação, sono, atividades físicas) e da mente (como o estado emocional e</p><p>racional). Além disso, garantir uma espécie de “saúde social” em que as pessoas possam conviver em um</p><p>ambiente de trabalho saudável e seguro, onde elas podem ser quem são, se expressando, convivendo e</p><p>atuando da melhor maneira em seu desempenho. Proporcionar espaço aberto e amplo para a diversidade, a</p><p>equidade e a inclusão também são ações de responsabilidade social, necessárias para que as pessoas possam</p><p>ser tratadas de maneira justa, de igual para igual e com as mesmas oportunidades.</p><p>A responsabilidade social também precisa ter uma perspectiva “para fora”, quando se compreende que a</p><p>atuação de uma empresa impacta diretamente o meio social em que ela está inserida. Desde impactos na</p><p>mobilidade urbana (trânsito), aos impactos ambientais, as organizações também precisam perceber que suas</p><p>ações e decisões podem melhorar a qualidade de vida da população que está em seu entorno ou em seu</p><p>mercado. Proporcionar ações de capacitações, oferta de empregos locais, estabelecer parcerias com</p><p>organizações sociais e até as empresas públicas podem conferir uma contrapartida importante às pessoas</p><p>que têm pouca ou nenhuma oportunidade de melhorar a sua qualidade de vida por conta própria. As</p><p>estratégias ESG também estão designadas para esta atuação.</p><p>Já no contexto de saúde e a segurança do trabalho, ainda que muitas obrigações a serem cumpridas pelas</p><p>empresas sejam estabelecidas por legislação, nem sempre todas são cumpridas como se deveria. As</p><p>�scalizações não são tão frequentes e, infelizmente, quando ocorrem os acidentes é que alguma visita ou</p><p>�scalização neste sentido acontece. Diante deste cenário, ainda que muitas medidas sejam necessárias, as</p><p>empresas não deveriam expor seu ambiente nem os trabalhadores a riscos de acidentes, agindo com a</p><p>responsabilidade que lhe é atribuída.</p><p>Neste sentido, aprender sobre as normas, contratar assessorias ou pro�ssionais da área de SST e estabelecer</p><p>políticas internas de saúde e de segurança no trabalho pode ser uma importante estratégia para isso.</p><p>Para �nalizar esta revisão, também são estratégias de responsabilidade social a relação que os clientes</p><p>possuem com as empresas e os bens e serviços que elas lhes oferecem. No contexto atual, os estudos sobre o</p><p>comportamento do consumidor abordam como uma das estratégias de negócios o relacionamento com o</p><p>cliente. Muito além de ser uma estratégia de vendas, este fenômeno de se relacionar acontece devido à</p><p>percepção de valor, de credibilidade e de segurança que as marcas dos bens e serviços (os produtos)</p><p>oferecem aos clientes.</p><p>Experiências positivas causam maior impacto no relacionamento e suprem as expectativas criadas. Um</p><p>conjunto de experiências positivas constrói a reputação de uma empresa com os seus clientes e, em</p><p>muitas vezes, basta uma experiência negativa para encerrar um relacionamento e afetar a reputação da</p><p>organização diante da sociedade e do mercado.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 26/32</p><p>Por isso, é de responsabilidade da empresa conhecer quanto e como os seus produtos e sua marca</p><p>in�uenciam e impactam diretamente a vida dos seus clientes e zelar por este relacionamento com ética,</p><p>transparência e responsabilidade. Neste sentido, ações de comunicação integrada com os clientes têm sido</p><p>um exemplo de boas práticas de relacionamento responsável, abrindo seus canais para ouvir e atender às tão</p><p>diversas necessidades que os clientes apontam. Ser transparente em suas mudanças e estar disposto a se</p><p>posicionar frente aos problemas que podem surgir, sejam eles de caráter ambiental, social e econômico,</p><p>também são posturas respeitosas e valiosas para manter estes relacionamentos.</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p>Olá, estudante! Nesta videoaula vamos revisar os conceitos fundamentais de responsabilidade social dentro</p><p>da perspectiva ESG estudados na unidade. Você terá a oportunidade de revisar os conteúdos em duas</p><p>perspectivas: uma é interna, sobre a responsabilidade com os colaboradores promovendo a garantia dos</p><p>direitos do trabalhador, da proteção à saúde e segurança no trabalho, e em uma perspectiva externa, ou seja,</p><p>a responsabilidade em relação à comunidade onde a empresa está inserida e com os clientes. Será possível</p><p>compreender que a responsabilidade das empresas sob a ótica ESG ultrapassa as preocupações ambientais e</p><p>de negócios e agrega o olhar importante para o social, o que nem sempre está na pauta da gestão de muitas</p><p>organizações.</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Estudante, esta é uma situação real, adaptada para os seus estudos. Uma empresa desenvolvedora de</p><p>softwares cresceu muito nos últimos dois anos, passando de 6 colaboradores para 50 colaboradores. Tal</p><p>crescimento aconteceu rapidamente devido ao sucesso dos serviços que desenvolveram e recebera no último</p><p>ano um investimento de uma quantia relevante para que pudessem expandir os seus negócios.</p><p>Dos 50 colaboradores, 46 são homens e 4 são mulheres, sendo que duas delas atuam em cargos técnicos,</p><p>uma na copa e serviços operacionais e a outra no apoio administrativo. Em cargos de liderança existem</p><p>apenas homens. A faixa etária da maioria dos colaboradores está entre 20 e 30 anos, porém os pro�ssionais</p><p>em cargos de liderança têm entre 30 e 35 anos.</p><p>A cultura e o clima do ambiente organizacional são orientados para a produtividade, os horários são �exíveis,</p><p>porém, em ritmos de entregas de produções a jornada ultrapassa 12 horas diárias. O ambiente físico possui</p><p>um layout adaptado para acomodar a todos em três salas separadas,</p><p>porém, não há qualquer adaptação</p><p>ergonômica e algumas instalações elétricas são improvisadas para conectar os equipamentos.</p><p>Há um espaço restrito para refeições, por isso, a escala de almoço acontece de modo alternado. O</p><p>espaço conta com uma sala para descanso e jogos para alguns momentos de descontração, o que</p><p>raramente tem acontecido.</p><p>No momento atual, os gestores estão enfrenando algumas di�culdades com a organização das escalas de</p><p>férias dos colaboradores, os salários foram estabelecidos individualmente e algumas alterações salarias foram</p><p>realizadas com base em negociações especí�cas, principalmente, quando algum colaborador decidia se</p><p>desligar para aproveitar outras oportunidades pro�ssionais. As contratações de pro�ssionais têm acontecido</p><p>fora do município, pois estão buscando experiências pro�ssionais e nem sempre abrem oportunidades para</p><p>pessoas da região.</p><p>Os dois sócios proprietários possuem tarefas diferentes, um cuida de todos os contatos comerciais e</p><p>relacionamento com fornecedores e clientes e o outro se responsabiliza pela parte técnica e a gestão das</p><p>pessoas – o que ele não dispõe de muitos conhecimentos, pois é um técnico da área de TI (Tecnologia da</p><p>Informação).</p><p>Em uma última reunião de apresentação de resultados aos colaboradores e investidores, os sócios</p><p>perceberam alguns pontos de insatisfação e de preocupações. Um deles, inclusive, foi sobre algumas atitudes</p><p>inadequadas de alguns colaboradores quanto ao descarte correto de resíduos de instalações elétricas, que,</p><p>em uma situação, foi denunciada por vizinhos da empresa, pois os itens foram descartados na rua e se</p><p>espalharam por muitos espaços.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 27/32</p><p>Os pontos de insatisfação dos colaboradores se relacionam ao tratamento justo e transparente sobre a gestão</p><p>de pessoas da empresa; já os investidores gostariam de compreender de maneira clara porque os aspectos</p><p>comerciais e técnicos caminham separadamente, o que tem afetado a qualidade de informações e de</p><p>entregas dos serviços aos clientes. Eles têm a sensação de que não há alinhamento entre os sócios e temem</p><p>que a empresa possa estar enfrentando problemas de relacionamento entre eles, o que afetaria os resultados</p><p>esperados.</p><p>Agora é com você, estudante! Se você fosse um pro�ssional escolhido para orientar os sócios da empresa</p><p>quanto à elaboração de uma política de responsabilidade social que pudesse abordar os aspectos relevantes</p><p>para cumprir os objetivos estratégicos na perspectiva ESG, por onde você começaria?</p><p>Diante das informações relatadas, e com base em seus conhecimentos sobre responsabilidade social e ESG,</p><p>elabore uma proposta de uma política interna de responsabilidade social e ESG, contendo:</p><p>a. O objetivo da política;</p><p>b. Os temas principais a serem desenvolvidos e sugestão de ações práticas;</p><p>c. Um cronograma de adequação dos problemas enfrentados;</p><p>d. Resultados esperados com as medidas a serem adotadas.</p><p>Vamos lá elaborar essa proposta e contribuir com essa iniciativa!</p><p> Re�ita!</p><p>Para a criação de um plano, é importante compreender os elementos de um tipo de planejamento, que</p><p>são:</p><p>1. Título do plano.</p><p>2. Objetivo: descrição do que será realizado em detalhes necessários.</p><p>3. Lista de atividades a serem implantadas, executadas e acompanhadas.</p><p>4. Métodos a serem utilizados para implementar as ações.</p><p>5. Cronograma contendo uma programação de ações e prazos, incluindo sua duração.</p><p>6. Levantamento orçamentário (levantamento de custos e despesas) quando necessário.</p><p>7. Resultados esperados com a implantação do plano.</p><p>Seguindo essas etapas, você conseguirá elaborar uma proposta organizada, contendo os elementos</p><p>importantes e necessários para lidar com a problemática a ser solucionada. Bom trabalho!</p><p>RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO</p><p>Estudante, uma proposta possível para resolver este caso seria o estabelecimento de um plano de melhoria</p><p>orientado pelas estratégias ESG. Por se tratar de um plano que conterá algumas propostas a serem</p><p>implantadas e normas a serem seguidas, poderia ser nomeado como “política”.</p><p>Segue uma ideia parra a resolução do caso:</p><p>1. Política interna de responsabilidade social.</p><p>2. Objetivo: de�nir uma política contendo ações de melhorias e estabelecimento de normas orientativas</p><p>sobre a condução de atitudes responsáveis alinhadas às estratégias ESG.</p><p>3. Temas abordados:</p><p>a. Direitos do trabalhador: revisar a dinâmica de trabalho e ajustar as jornadas de acordo com a</p><p>legislação vigente. Revisar a política salarial e propor critérios transparentes para progressão de</p><p>salário e promoções de cargos.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 28/32</p><p>b. Responsabilidade com a comunidade local: adotar práticas sustentáveis quanto ao descarte</p><p>adequado de resíduos sólidos e revisar a prática de recrutamento e seleção, oferecendo</p><p>oportunidades pro�ssionais para pessoas capacitadas da região e propor programas de capacitação</p><p>para pro�ssionais da região, que sejam iniciantes nas carreiras técnicas.</p><p>c. Diversidade: fazer um estudo sobre a diversidade de um modo amplo na organização considerando</p><p>as características como gênero, idade, etnias, nível intelectual e pessoas com de�ciência e propor</p><p>ações de inclusão de pessoas, incluindo desenvolvimento de lideranças para diversi�car a atuação</p><p>de pessoas diversas nesta função.</p><p>d. Saúde e segurança do trabalho: solicitar uma avaliação técnica do ambiente de trabalho e programar</p><p>adequações necessárias para prevenção a riscos físicos e de acidentes e também ergonômicos. Além</p><p>disso, desenvolver ações preventivas sobre saúde mental e segurança psicológica, tendo em vista de</p><p>que se trata de ambiente com alto volume de trabalho e, consequentemente, elevado estresse.</p><p>4. Cronograma de atividades: o plano para desenvolver a política poderia ser desenvolvido dentro de um</p><p>semestre, como:</p><p>Mês 1</p><p>Reuniões iniciais para diálogos e alinhamentos sobre os temas e ações da política</p><p>interna. Apresentar uma programação a todos, incluindo investidores, para que</p><p>possam acompanhar as ações propostas.</p><p>Mês 2</p><p>Implantação das ações de sustentabilidade em relação à comunidade local.</p><p>Acompanhar a execução das ações durante o período.</p><p>Planejamento das ações de recursos humanos, recrutamento e seleção, política</p><p>salarial, programa de recrutamento e seleção e capacitação de pessoas.</p><p>Acompanhar a execução das ações durante o período.</p><p>Mês 3</p><p>Ações de saúde e de segurança do trabalho: adequação de layout e situações</p><p>ergonômicas, ações de prevenção como atividades físicas de alongamento e</p><p>ginástica laboral e introdução de ações de prevenção e acompanhamento à</p><p>saúde mental e ao clima de trabalho, promovendo segurança psicológica.</p><p>Acompanhar a execução das ações durante o período.</p><p>Mês 4</p><p>Introdução às ações de diversidade, em parceria com as ações de RH, para</p><p>desenvolver diálogos sobre os temais mais sensíveis dentro do ambiente</p><p>organizacional e propostas de adequações de cargos e funções preenchidos por</p><p>uma diversidade maior do que se apresenta agora. Acompanhar a execução das</p><p>ações durante o período.</p><p>Mês 5</p><p>Avaliar os resultados obtidos ao longo do semestre conforme o andamento do</p><p>plano e da política vão sendo desenvolvidos. Prestar contas aos investidores</p><p>sobre os resultados em andamento.</p><p>Mês 6</p><p>Com base nas experiências e nos resultados obtidos, estabelecer a política</p><p>interna de responsabilidade social e disseminar os princípios e diretrizes</p><p>propostos por esta política.</p><p>5. Resultados esperados: com a proposta, espera-se que haja uma sensibilização por parte dos gestores</p><p>para que os temas sejam alinhados junto às equipes e aos investidores, e de que as informações</p><p>transparentes e alinhadas surtam efeito quanto às impressões duvidosas que todos estavam</p><p>percebendo. Em relação aos colaboradores, espera-se que haja uma disponibilidade para engajar-se nas</p><p>ações previstas e que possam atuar de modo participativo em relação às responsabilidades</p><p>individuais.</p><p>Quanto à comunidade, espera-se que possa perceber os efeitos das ações imediatas e de médio e longo</p><p>prazos quanto às oportunidades de trabalho.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 29/32</p><p>Uma proposta como esta, caro estudante, poderia ser delineada como uma ideia inicial para a avaliação dos</p><p>gestores para que os diálogos necessários sobre ela aconteçam e que possam surtir o efeito esperado – que é</p><p>o estabelecimento de uma política interna.</p><p>Nem sempre todas as ideias serão ouvidas e acatadas logo de início e os seus conhecimentos sobre os temas</p><p>estudados na unidade é que fariam toda a diferença em sua argumentação para demonstrar a importância e</p><p>a relevância de cada um em uma situação vivenciada como a que você conheceu.</p><p>RESUMO VISUAL</p><p>Fonte: elaborado pelo autor.</p><p>Aula 1</p><p>BARBOZA, M. R. T. M.; ILANES, M. S.; GIACOMELLI, C. L. F. Legislação e rotina trabalhista e previdenciária.</p><p>Porto Alegre: Grupo A, E-book. 2018. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025219/. Acesso em: 13 jun. 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Disponível em</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em 12 jun 2023.</p><p>EDMONDSON, A. C. A organização sem medo. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555204087/. Acesso em: 13 jun. 2023.</p><p>IENSUE, G. Diversidade, equidade e ações a�rmativas para os negros na educação superior brasileira. Revista</p><p>de Direito. ISSN-e 2527-0389, Vol. 13, Nº. 1, 2021, 31 págs. Disponível em:</p><p>https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8112936. Acesso em: 13 jun. 2023.</p><p>LIMA, L. Janeiro Branco: 73% dos trabalhadores veem medo de julgamento como barreira para buscar</p><p>tratamento. Revista Exame. Publicado em: 31 jan. 2023. Disponível em: https://exame.com/carreira/janeiro-</p><p>branco-73-dos-trabalhadores-veem-medo-de-julgamento-como-barreira-para-a-buscar-tratamento/. Acesso</p><p>em: 12 jun. 2023.</p><p>NASCIMENTO, Í. C. S.; OLIVEIRA, M. C.; RODRIGUES JÚNIOR, M. S. Diversidade nas organizações: contribuições</p><p>para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030. Revista GeSec. 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Disponível em:</p><p>https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/conhecimento_diversidade. Acesso em: 13 jun. 2023.</p><p>SOLER, F.; PALERMO, C. ESG (ambiental, social e governança): da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2023. E-</p><p>book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553624276/. Acesso em: 13 jun.</p><p>2023.</p><p>Aula 2</p><p>ASTA. Disponível em: https://www.redeasta.com.br/o-que-fazemos. Acesso em: 30 jun. 2023.</p><p>BANCO PÉROLA. Disponível em: https://creditoperola.digital/#o_perola. Acesso em: 30 jun. 2023.</p><p>FREIRE, P. L.; LIMEIRA, T. M. V. Negócios de impacto social. São Paulo: Saraiva, 2018. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131501/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p>GASTROMOTIVA. Disponível em: https://gastromotiva.org/a-gastromotiva/. Acesso em: 30 jun. 2023.</p><p>KHAN ACADEMY. Qualidade de vida, conceito e exemplos. BNCC, Ciências. Disponível em:</p><p>https://pt.khanacademy.org/science/7-ano/sistema-imunologico/saude-e-qualidade-de-vida/a/qualidade-de-</p><p>vida-conceito-e-exemplos. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>MANKIW, N G. Princípios de microeconomia. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. Disponível</p><p>em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584158/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p>ONU. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso</p><p>em: 28 jun. 2023.</p><p>SOLER, F.; PALERMO, C. ESG (ambiental, social e governança): da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2023. E-</p><p>book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553624276/. Acesso em: 13 jun.</p><p>2023.</p><p>TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa. 9. ed. Barueri: Grupo GEN, 2019.</p><p>E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019803/. Acesso em: 27</p><p>jun. 2023.</p><p>TACHIZAWA, T. Organizações não governamentais e terceiro setor – criação de ONGs e estratégias de</p><p>atuação. Barueri: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597022186/. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>Aula 3</p><p>BRASIL. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/saude-do-trabalhador/politica-nacional-de-saude-do-</p><p>trabalhador-e-da-</p><p>trabalhadora#:~:text=Pol%C3%ADtica%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20do%20Trabalhador%20e%20d</p><p>a%20Trabalhadora%20%E2%80%94%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde. Acesso em: 17 ago. 2023.</p><p>BRASIL. Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. 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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em</p><p>28 jun. 2023.</p><p>PETROBRAS. Política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Disponível em:</p><p>https://petrobras.com.br/pt/sociedade-e-meio-ambiente/meio-ambiente/politica-de-seguranca-meio-</p><p>ambiente-e-saude/. Acesso em: 20 ago. 2023.</p><p>Aula 4</p><p>ASHLEY, P. A. Ética, responsabilidade social e sustentabilidade nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2018. E-</p><p>book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131839/. Acesso em: 22 ago.</p><p>2023.</p><p>BEDENDO, M. Branding. São Paulo: Saraiva, 2019. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440555/. Acesso em: 23 ago. 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de defesa do consumidor. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em: 23 ago. 2023.</p><p>MADRUGA, R. 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Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553624276/. Acesso em: 13 jun.</p><p>2023.</p><p>TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de negócios. 9. ed.</p><p>Barueri: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019803/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 32/32</p><p>https://brasil.un.org/pt-br/sdgs</p><p>https://petrobras.com.br/pt/sociedade-e-meio-ambiente/meio-ambiente/politica-de-seguranca-meio-ambiente-e-saude/</p><p>https://petrobras.com.br/pt/sociedade-e-meio-ambiente/meio-ambiente/politica-de-seguranca-meio-ambiente-e-saude/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131839</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440555/</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559770083/</p><p>https://www.reclameaqui.com.br/</p><p>https://seudireito.proteste.org.br/importancia-do-esg-para-consumidor/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025219/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553624276/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019803/</p><p>de raciocinar e estar bem</p><p>nutrido, hidratado e saudável para isso.</p><p>Garantir que todas as pessoas estejam cuidando da própria saúde já é uma prerrogativa das empresas,</p><p>porém, nem sempre ela é respeitada como se deveria. Nem sempre as organizações �cam sabendo dos</p><p>problemas de saúde que um colaborador está enfrentando e isso, infelizmente, pode acontecer por fatores</p><p>como queda de produtividade ou mesmo o medo de ser desligado. Dependendo do ritmo de trabalho intenso</p><p>em alguns ambientes de trabalho, deixar de ir ao médico é uma possibilidade para muitos colaboradores,</p><p>para que ele possa cumprir suas metas e entregas.</p><p>O descaso com a saúde física ou mesmo a falta de acolhimento por parte de uma organização poderia</p><p>acarretar outros agravos à saúde do trabalhador, como os transtornos mentais. Segundo uma pesquisa</p><p>publicada em artigo na Revista Exame (LIMA, 2023), sobre expor a organização algum problema com saúde</p><p>mental, relata que “73% dos trabalhadores a�rmam que o medo do julgamento e da discriminação é a</p><p>principal barreira para não procurar ajuda pro�ssional”.</p><p>Imagine o risco de um ambiente de trabalho que possui em seu quadro de colaboradores algumas pessoas</p><p>que estão enfrentando neste momento: crises de ansiedade, pânico, depressão ou quadros de esgotamento</p><p>pro�ssional, como o burnout, que a partir de 2022 foi considerado uma “doença ocupacional” (doença</p><p>causada pelo trabalho) e sem o devido acompanhamento e tratamento.</p><p>Além de se tornar responsável, a empresa que se propõe a cuidar dos seus colaboradores de modo integral</p><p>também se torna humanizada quando compreende que seres humanos são limitados em suas capacidades</p><p>físicas e mentais, portanto, precisam cuidar preventivamente do seu corpo e de sua mente. Algumas ações</p><p>práticas de ESG, ultimamente, têm levado em consideração esta situação e já oferecem como prática cotidiana</p><p>para os seus colaboradores o suporte necessário para os cuidados com a saúde mental, como atendimentos</p><p>psicológicos, práticas de aconselhamentos, programas de meditação (mindfulness), relaxamento e acesso às</p><p>práticas ou atividades esportivas.</p><p>Porém, uma pessoa não é apenas uma biologia, não é verdade? Existem abordagens sobre o estudo do ser</p><p>humano em uma perspectiva conhecida por biopsicossocial, em que se considera que uma pessoa é</p><p>constituída por elementos biológicos (o corpo físico e o temperamento), o psicológico (seu estado mental e</p><p>emocional) e o social (sua capacidade de interagir e se relacionar com as pessoas e com o mundo).</p><p>Nesta proposta, dentro do contexto ESG, as ações de cuidados com a saúde integral do colaborador</p><p>podem extrapolar o que já é preconizado em normas e leis, e ir além dos cumprimentos obrigatórios</p><p>sobre saúde e segurança no trabalho.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 4/32</p><p>Além dos cuidados com a saúde física e mental, também tem sido uma preocupação das empresas que estão</p><p>buscando as melhores práticas em ESG (e vamos combinar que todas deveriam fazer isso) a manutenção de</p><p>um clima de trabalho sadio e favorável às relações humanas de maneira positivas. Alguns aspectos</p><p>relacionados à má gestão do clima organizacional têm se apresentado em forma de ambientes con�ituosos e</p><p>pesados, causando desânimo, desmotivação e por vezes até problemas psicológicos às pessoas que convivem</p><p>neles.</p><p>Um conceito estudado recentemente neste contexto é do de segurança psicológica, estudado e divulgado</p><p>por Amy Edmondson na obra Organização sem medo, em que a autora relata a importância de não se cultivar</p><p>o medo como um elemento “motivador” quando algo tem que ser realizado. A autora expressa esta ideia</p><p>quando propõe que a segurança psicológica é “a crença de que o ambiente de trabalho é seguro para correr</p><p>riscos interpessoais” (EDMONDSON, 2020, p. 33). Há organizações em que as pessoas têm medo de dizer o</p><p>que pensam, ou têm medo de contribuir com algo por medo de serem repreendidas ou sofrerem represálias.</p><p>Esta condição ambiental no contexto organizacional é muito grave e pode abrir portas para práticas ilegais e</p><p>criminosas como discriminações, assédio sexual ou assédio moral, por exemplo.</p><p>Faz parte do alicerce da responsabilidade social cuidar do ambiente de trabalho de maneira em que todos</p><p>possam interagir, ouvir e serem ouvidos e participar sem medo de julgamentos ou de serem penalizados por</p><p>ações individuais ou estruturais (quando o problema está na cultura da empresa, por exemplo) que</p><p>prejudicarão sua atuação pro�ssional e seu desenvolvimento como pessoa.</p><p>DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO: QUEBRANDO BARREIRAS PARA O ESG</p><p>Dentre os temas discutidos para as práticas de ESG do ponto de vista da responsabilidade social, a</p><p>diversidade, equidade e inclusão (DEI) certamente têm sido um dos principais desa�os para a gestão das</p><p>empresas.</p><p>De acordo com Soler e Palermo (2023) “A sociedade está exigindo mais transparência e maior</p><p>responsabilidade na abordagem das desigualdades que impactam as organizações” e esta exigência tem se</p><p>relacionado com a marca, a representatividade que a empresa e seus produtos possuem no mercado e como</p><p>elas apoiam (ou não) as principais causas inseridas nesta pauta.</p><p>A diversidade é um conceito que envolve o gerenciamento das pessoas trabalhadoras considerando todas as</p><p>características que elas apresentam.</p><p>Para os autores Soler e Palermo (2023), são cinco as questões prioritárias sobre a diversidade:</p><p>Figura 1 | As prioridades da diversidade</p><p>Fonte: adaptada de Soler e Palermo (2023, p. 37).</p><p>Idade</p><p>Diversidade etárias (pessoas com diferentes idades trabalhando juntas).</p><p>Gênero</p><p>Pessoas de todos os gêneros com igual direito de oportunidades.</p><p>Orientação sexual</p><p>Respeito a pessoas de diferentes orientações sexuais.</p><p>Etnia</p><p>Garantia de direitos e oportunidades para todas as raças, sem distinção.</p><p>Pessoas com de�ciência</p><p>"preocupação com a acessibilidade no local de trabalho, oportunidades de carreira e condições para o</p><p>desempenho funcional, para além do que é previsto pelas determinações legais".</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 5/32</p><p>Existem outros aspectos que também podem ser inseridos no contexto da diversidade, a saber: a cultura</p><p>religiosa, os níveis de intelectualidade, as diferenças culturais dentro de um mesmo país (por exemplo, sulistas</p><p>e nordestinos).</p><p>A equidade, que também se trata de um dos pilares das boas práticas da governança, neste caso da</p><p>responsabilidade social, tem como intenção o “reconhecimento das diferenças”, segundo Iensue (2021), e que</p><p>nem sempre é o su�ciente para conseguir o tratamento justo e adequado (em seus estudos, sobre a inclusão</p><p>de negros nas oportunidades do mercado de trabalho). Equidade corresponde ao tratamento igualitário a</p><p>toda pessoa trabalhadora, considerando os aspectos de diversidade existentes nas condições de cada grupo.</p><p>Isso signi�ca oferecer as condições de trabalho adaptadas ao contexto de trabalho, desde a acessibilidade aos</p><p>locais físicos como layouts, rampas de acesso, ajustes de designs, até a acessibilidade social (como o uso de</p><p>banheiros para todos e todas), acessibilidade tecnológica para pessoas com de�ciência, entre outras. Outra</p><p>questão que envolve a equidade se refere à garantia de acesso a acompanhamento médico ou terapêutico</p><p>necessário para os cuidados com a saúde integral de cada pessoa.</p><p>Estudar o tema DEI é algo mais acessível na atualidade, levando-se em consideração a grande quantidade de</p><p>estudos e publicações cientí�cas e não cientí�cas sobre os assuntos, porém, as aplicações práticas, ou seja, as</p><p>tentativas de implantação ou implementação de estratégias para que a DEI aconteça são complexas e</p><p>desa�adoras para as empresas.</p><p>Algumas destas barreiras que di�cultam estas práticas podem estar relacionadas com questões culturais da</p><p>empresa e dos indivíduos que pertencem a ela, mas também podem ter como alicerce o preconceito e a</p><p>discriminação, fundamentados em ideologias e regras morais estabelecidas</p><p>socialmente. Ainda que a</p><p>organização tenha o apoio da alta gestão, disponha de orçamento para inovações, há que se considerar os</p><p>fatores intrínsecos que fazem parte da empresa.</p><p>Uma das estratégias que tem sido adotada por organizações quando não é possível quebrar essas barreiras</p><p>por meio de atividades dialógicas (baseadas no diálogo) ou de aprendizagem, são conhecidas como ações</p><p>a�rmativas. De acordo com Renner e Gomes (2020), as ações a�rmativas são um conjunto de políticas</p><p>(normas e regras) estabelecidas para se cumprir um determinado objetivo, com o intuito de fazer acontecer a</p><p>inclusão. Alguns exemplos desse tipo de ação pode ser a política de cotas para negros no ensino superior,</p><p>programas exclusivos para lideranças femininas, programas de talent aquisition (recrutamento de talentos)</p><p>exclusivo para pessoas com de�ciência, etc.</p><p>Fonte: Shutterstock.</p><p>A inclusão, portanto, prevê que toda a diversidade seja acolhida e inserida no contexto de trabalho de modo</p><p>que as pessoas participem efetivamente das atividades de trabalho, considerando todas as opções</p><p>necessárias de suporte e adequação que a condição individual do colaborador requer. Não é fácil incluir. Para</p><p>isso é necessário revisar: os processos estabelecidos; a maneira como as equipes se comunicam; e as rotinas</p><p>de trabalho, entre outros elementos gerenciais.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 6/32</p><p>Essas ações são muitas vezes necessárias para que as barreiras do preconceito e da discriminação sejam</p><p>vencidas em um primeiro momento e que as organizações possam promover a inclusão da melhor maneira</p><p>possível em cada cenário.</p><p>VIDEOAULA</p><p>Prezado estudante, este é um convite para que você assista na videoaula a apresentação dos conteúdos</p><p>estudados nesta leitura digital para te ajudar a re�etir e aprofundar um pouco mais os seus conhecimentos</p><p>sobre o tema responsabilidade social, do ponto de vista da gestão do ambiente interno das organizações. A</p><p>ideia é de que você possa compreender alguns pontos que fazem parte da prática das empresas – tanto das</p><p>grandes empresas envolvidas com o ESG como também das pequenas organizações, que podem adotar tais</p><p>práticas como responsável que é no contexto social. Desejo a você um bom vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>No artigo “Equidade de gênero no mundo corporativo: como avançar e garantir equidade de</p><p>oportunidades”, de Margareth Goldenberg, a autora propõe re�exões importantes sobre equidade de</p><p>gêneros e seus desa�os no mercado.</p><p>Para ouvir: Podcasts da consultoria Deloitte, com o tema diversidade e inclusão, discutindo diversas</p><p>realidades institucionais.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Estudante, nesta aula, você será apresentado a conceitos da responsabilidade social, como as externalidades,</p><p>o impacto social e o empreendedorismo social. Por meio de situações exempli�cadas, você terá a</p><p>oportunidade de compreender como a responsabilidade individual e a social podem ser reconhecidas e</p><p>Aula 2</p><p>IMPACTOS SOCIAIS NA COMUNIDADE</p><p>Estudante, nesta aula, você será apresentado a conceitos da responsabilidade social, como as</p><p>externalidades, o impacto social e o empreendedorismo social.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 7/32</p><p>https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/206719/192320</p><p>https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/206719/192320</p><p>https://mundocorporativo.deloitte.com.br/diversidade-inclusao-podcast/</p><p>assumidas por todos os cidadãos. Será possível, ainda, conhecer alguns tipos de práticas sociais que estão</p><p>sendo realizadas por organizações da sociedade civil (OSC) e entender a importância dessas organizações</p><p>para o contexto social. Bons estudos!</p><p>IMPACTO SOCIAL: DO MEIO AMBIENTE ÀS MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA</p><p>Estudante, o tema desta aula tem como intenção maior despertar seus conhecimentos para a compreensão</p><p>da expressão “impacto”.</p><p>Inicialmente, a palavra impacto já pode carregar em si uma conotação negativa e, aparentemente, quando nos</p><p>referimos aos impactos ambientais, impactos sociais ou impactos econômicos que um negócio pode provocar</p><p>a uma comunidade, a impressão que nos transmite é de que prejuízos estão acometendo aquela comunidade.</p><p>Os impactos podem, sim, ser considerados negativos, quando prejudicam algo ou alguém, mas também</p><p>existem impactos positivos, ou seja, efeitos que bene�ciam algo ou alguém decorrentes de alguma ação</p><p>realizada.</p><p>Diante desta ideia, o primeiro conceito que você conhecerá a partir de agora é o de externalidade. Este</p><p>conceito, vindo dos estudos da Economia, se refere aos impactos positivos e negativos que acontecem a partir</p><p>das ações ou atividades que uma pessoa ou um negócio poderia provocar a terceiros (outras pessoas). Nas</p><p>palavras de Mankiw (2021, p. 156), “uma externalidade surge quando uma pessoa se envolve em uma</p><p>atividade que provoca impacto no bem-estar de um terceiro, que não participa dessa ação, sem pagar nem</p><p>receber nenhuma compensação pelo impacto provocado”.</p><p>As externalidades podem ser causadas por indivíduos ou empresas. Como um exemplo aplicado para ilustrar</p><p>este conceito, imagine que uma pessoa decide dedetizar a sua casa, pois nela tem aparecido muitos insetos</p><p>que estão incomodando as pessoas da sua família. Para este procedimento, a empresa responsável pela</p><p>dedetização orienta que todas as pessoas e os animais domésticos �quem afastados da residência por 2 dias</p><p>e que retornem ao imóvel somente após este prazo. A família segue as recomendações e não imagina que,</p><p>após a aplicação dos produtos químicos no primeiro dia, o cheiro e a pulverização dos produtos utilizados</p><p>acabam causando intoxicação nas casas vizinhas, impactando a saúde e o bem-estar das pessoas e dos</p><p>animais domésticos. A escolha por cuidar da própria casa causou uma externalidade aos demais moradores,</p><p>que não sabiam e não se incomodavam com a situação que a família enfrentava isoladamente.</p><p>Assim, a externalidade pode estar presente em todas as atividades realizadas por pessoas ou empresas</p><p>mesmo que elas não imaginem que ela possa existir. Observe outros exemplos de impactos ambientais e</p><p>sociais:</p><p>Veri�car a própria residência para controle possíveis focos de proliferação de mosquitos da dengue</p><p>protege individual e coletivamente um bairro. Quando todos fazem a veri�cação, observa-se uma</p><p>externalidade positiva. Seria negativa se uma única casa não �zesse ou não permitisse a veri�cação e</p><p>fosse responsável por um foco de mosquitos;</p><p>Jogar entulho em um terreno que esteja vazio pode atrair animais peçonhentos, como escorpiões e</p><p>aranhas, que poderiam se multiplicar e se alastrar pela vizinhança;</p><p>O trânsito de uma escola nos horários de maior movimento poderia congestionar a rua da escola bem</p><p>como as demais ruas próximas a ela, causando problemas de mobilidade para a comunidade daquele</p><p>bairro.</p><p>Nestes exemplos é possível perceber que os impactos podem ter variadas causas e efeitos; eles também</p><p>podem ser de ordem ambiental, social ou até econômica.</p><p>O Quadro 1, a seguir, demonstra mais algumas situações a título de ilustração de tipos de impactos, ou</p><p>externalidades, que estão sob a responsabilidade de empresas. Observe:</p><p>Quadro 1 |Tipos de impactos e externalidades</p><p>Situação Externalidade Tipo de impacto</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 8/32</p><p>Um bar em um bairro residencial</p><p>contrata música ao vivo.</p><p>Negativa. Se há o excesso de ruído,</p><p>mesmo antes do horário</p><p>determinado por lei, impacta a</p><p>vizinhança, causa incômodo ou até</p><p>problemas emocionais para</p><p>algumas pessoas.</p><p>Social</p><p>Uma fábrica não usa �ltros nem</p><p>medidas para controlar a emissão</p><p>de odores, originados da</p><p>fabricação dos seus produtos.</p><p>Negativa. Causa incômodo aos</p><p>moradores e pessoas que</p><p>trabalham na região e podem</p><p>afetar o preço dos imóveis e de</p><p>pontos comerciais.</p><p>Positivo. Se a empresa segue a</p><p>legislação e recebe benefícios</p><p>�scais por isso.</p><p>Ambiental</p><p>e econômico</p><p>Uma empresa que decide</p><p>digitalizar suas operações e</p><p>processos e desliga muitos</p><p>colaboradores e deixa de oferecer</p><p>vagas de emprego em médio e</p><p>longo prazo.</p><p>Positiva para a empresa no sentido</p><p>de gestão de custos.</p><p>Negativa para a comunidade, que</p><p>perde oportunidades de emprego</p><p>e geração de renda.</p><p>Social e econômico</p><p>Uma fábrica decide produzir</p><p>alimentos em porções</p><p>individualizadas e utiliza múltiplas</p><p>embalagens plásticas para</p><p>fracionar as porções, além da</p><p>embalagem original, que é externa.</p><p>Negativa. O consumo de um</p><p>produto em uma única situação e</p><p>individualmente gera muitos</p><p>resíduos por excesso de</p><p>embalagens e pelo tipo de</p><p>embalagens não ser reabsorvíveis</p><p>pelo meio ambiente.</p><p>Positiva. Se a empresa economizar</p><p>em embalagens ao optar por</p><p>alguma estratégia de embalagens</p><p>sustentáveis.</p><p>Ambiental</p><p>Fonte: elaborado pela autora.</p><p>Uma questão para re�exão é que os impactos ambientais em relação às situações de impacto social</p><p>costumam ser mais divulgados por meio de campanhas e estudos sobre sustentabilidade. O impacto social,</p><p>entretanto, afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas e merece a mesma atenção em relação à</p><p>responsabilidade que assumimos – e que deveriam ser assumidas – por todas as partes que têm relação com</p><p>suas externalidades.</p><p>De acordo com o entendimento de Freire e Limeira (2018, p. 3):</p><p>Além dos exemplos tratados até o momento, poderiam ser consideradas ações de impacto social com</p><p>externalidades positivas algumas ações promovidas por empresas para a preservação de espaços de</p><p>convivência como praças e parques ao seu entorno; cuidados para o controle adequado de insetos e</p><p>Impacto social é o conjunto de mudanças positivas nas condições de vida da população-</p><p>alvo, sustentáveis em médio e longo prazos, que resultam dos produtos, serviços ou</p><p>programas desenvolvidos pelos empreendedores sociais, como os indicadores de</p><p>mortalidade de recém-nascidos e desnutrição infantil, usados para mensurar o impacto de</p><p>programas sociais na saúde das crianças.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 9/32</p><p>roedores; promoção de ações de capacitação pro�ssional e de preparação para o trabalho de jovens e</p><p>adultos; oferta de vagas para oportunidades de primeiro emprego, entre outras.</p><p>PARCERIAS DAS OSCS, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E NEGÓCIOS SOCIAIS</p><p>Como você deve ter percebido, a responsabilidade social é algo que está relacionada ao indivíduo, ou seja, à</p><p>pessoa física, mas esse conceito também se relaciona às empresas. A responsabilidade individual tem como</p><p>característica responder por algo que fazemos. A responsabilidade se torna social quando aquilo que fazemos</p><p>afeta as outras pessoas e o meio ambiente.</p><p>De acordo com Tachizawa (2019), a responsabilidade pelos impactos sociais não se refere apenas às</p><p>atividades de empresas privadas. As empresas públicas (das três esferas de governo: federal, estadual ou</p><p>municipal); as Organizações da Sociedade Civil (OSC) – conhecidas anteriormente como ONG, e os negócios</p><p>sociais também podem realizar ações de impacto social com a proposta da melhoria da qualidade de vida da</p><p>sociedade.</p><p>Os projetos sociais, por exemplo, são propostas que podem unir em parcerias mais de uma dessas</p><p>organizações com a intenção de oferecer às comunidades locais uma série de oportunidades ou serviços que</p><p>podem melhorar as diversas condições de vida das pessoas.</p><p>As OSC são organizações não governamentais e sem �ns lucrativos, ou seja, que não distribuem lucros entre</p><p>os sócios (elas não possuem sócios proprietários) e que compõem o Terceiro Setor. (TACHIZAWA, 2019).</p><p>O Primeiro Setor é formado pelas organizações públicas, o Segundo Setor pelas empresas privadas com �ns</p><p>lucrativos (que distribuem lucros entre os sócios) e o Terceiro Setor é composto por empresas e organizações</p><p>sem �ns lucrativos (que não distribuem lucro, pois são reaplicados na própria empresa) e geralmente prestam</p><p>serviços sociais.</p><p>Essas empresas, as OSCs têm uma �nalidade social, isso quer dizer que atuarão oferecendo os seus serviços</p><p>ou produtos direcionados para o atendimento de pessoas ou meio ambiente. De acordo com Tachizawa</p><p>(2019, p. 8), as principais áreas de atuação das OSC são:</p><p>a. Educação.</p><p>b. Organização popular e participação popular.</p><p>c. Justiça e promoção de direitos.</p><p>d. Fortalecimento de outras ONGs sem movimentos populares.</p><p>e. Relação de gênero e discriminação sexual.</p><p>Além destas áreas de atuação, ainda existem OSCs que prestam serviços para atender demandas como a</p><p>melhoria da empregabilidade de pessoas; atendimento social e esportivo, lazer e cultura, como exemplos.</p><p>Segundo o Mapa das OSC (IPEA, 2023), até 2018 existiam 781921 OSC no país. Ainda segundo o mesmo</p><p>documento, as áreas de atuação destas OCS são:</p><p>Figura 1 | Distribuição de OCSs por área de atuação</p><p>Fonte: IPEA (2023).</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 10/32</p><p>A Administração Pública, representada pelos governos municipais, estaduais e federal (de todo o país)</p><p>também pode ser uma formuladora de projetos que atendem demandas sociais, bem como pode atuar em</p><p>parcerias por meio de convênios em que podem trabalhar conjuntamente à sociedade civil para promover</p><p>ações de responsabilidade social. A participação pode abranger programas educativos, participação em</p><p>diálogos públicos para diagnóstico dos problemas sociais, parcerias com empresas privadas para ampliar a</p><p>oferta de vagas de trabalho para fomentar o acesso à renda.</p><p>Além das parcerias com instituições da sociedade como empresas do terceiro setor, universidades e</p><p>fundações, a Administração Pública também pode fomentar a criação de negócios sociais.</p><p>Sobre essa possibilidade, Freire (2018, p. 19) destaca que “os governos têm a função de viabilizar meios</p><p>acessíveis para �nanciamento dos negócios e formular políticas públicas, leis e regulamentações,</p><p>proporcionando as pré-condições ideais para que o empreendedorismo prospere, especialmente para as</p><p>startups e as pequenas empresas no estágio inicial do ciclo de negócios”.</p><p>Você percebeu que para lidar com o atendimento de problemas sociais as parcerias ou a interação entre os</p><p>diferentes tipos de organizações pode ser uma estratégia muito efetiva? A responsabilidade por muitas</p><p>questões sociais não tem como recair apenas em um tipo ou outro, mas, quando as empresas se alinham,</p><p>podem se tornar uma rede importante de suporte e de recursos para lidar com cada situação a ser resolvida.</p><p>RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA</p><p>A qualidade de vida é um conceito abrangente, pois envolve mais de uma característica que promove o bem-</p><p>estar e as condições de vida adequadas para um indivíduo e a sua família.</p><p>Alguns dos fatores podem ser considerados subjetivos e objetivos. De acordo com a Khan Academy (2023), os</p><p>fatores subjetivos estão relacionados com “realização pessoal e com a sensação de felicidade que isso traz”. Já</p><p>os fatores objetivos se referem ao “acesso à educação de qualidade, à alimentação adequada, à saúde, à</p><p>moradia, à segurança e aos bens de consumo”.</p><p>Quando se pensa em realizar ações sociais orientadas para a qualidade de vida, as intenções podem estar</p><p>alinhadas a esses fatores subjetivos ou objetivos, de tal maneira que seja possível atender algumas</p><p>necessidades de uma comunidade ou gerar oportunidades para o acesso a serviços ou mesmo promover</p><p>condições que possam mudar a qualidade de vida como a geração de renda, por exemplo.</p><p>A partir de agora, você conhecerá alguns projetos sociais que têm relação com alguns dos Objetivos de</p><p>Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a qualidade de vida da sociedade e que são realizados por</p><p>organizações ou com a parceria entre organizações, conforme você estudou nesta aula.</p><p>Quadro 2 | Exemplos de negócios sociais</p><p>Banco Pérola</p><p>esta organização é assim de�nida “[...] formados por um ecossistema de diversas</p><p>organizações com objetivo de conceder crédito produtivo da maneira mais</p><p>acessível</p><p>e democrática possível”. A instituição concede empréstimo para pessoas</p><p>de baixa renda, pessoas em condição de refúgio, para programas especí�cos para</p><p>mulheres, entre outros.</p><p>Gastromotiva</p><p>é uma OSC pelo chef e empreendedor social David Hertz, “oferece formações</p><p>pro�ssionais para que seus alunos se tornem empreendedores, auxiliares e chefs</p><p>de cozinha, replicadores da sua metodologia. Além de despertar em muitos deles</p><p>a vontade de se tornarem mobilizadores comunitários, que gerem oportunidades</p><p>locais e ações de combate à fome em seus territórios”. Oferecem diversos</p><p>projetos como oferta de refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade</p><p>social, e de cozinhas solidárias que oferecem refeições para populações em</p><p>situação de insegurança alimentar.</p><p>Asta</p><p>Uma organização que oferece capacitações para a geração de renda para</p><p>mulheres artesãs. O projeto conecta empresas parcerias para o investimento na</p><p>capacitação em empreendedorismo social em diversos locais do território</p><p>brasileiro.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 11/32</p><p>Fonte: elaborado pela autora.</p><p>Para que os negócios sociais possam ser desenvolvidos, alguns princípios podem ser seguidos por elas. De</p><p>acordo com o texto de Couto (2023), no blog do Senac, esses princípios podem ser:</p><p>Empresas criadas para resolver um problema social que afeta a vida da sociedade em diferentes áreas</p><p>como saúde, educação, saneamento, moradia, mobilidade urbana, meio ambiente, tecnologia etc.</p><p>Atuação voltada para melhorar a qualidade de vida e garantir o acesso da população de baixa renda a</p><p>necessidades básicas, direitos e oportunidades.</p><p>São �nanceiramente autossustentáveis.</p><p>A viabilidade econômica e o impacto social têm o mesmo peso no plano de negócios.</p><p>Usam a lógica do capitalismo para resolver problemas e cumprir papéis que seriam dos governos.</p><p>Devem ser replicáveis (funcionar em qualquer local que apresente o mesmo problema) e escaláveis</p><p>(quanto mais lucro reinvestido, maior o número de pessoas bene�ciadas).</p><p>Existem diversos objetivos para os quais os negócios sociais são criados, como lazer, cultura, educação, saúde</p><p>e diversidade. Muitos deles estão diretamente relacionados com os Objetivos para o Desenvolvimento</p><p>Sustentável (ODS) como você pode checar na Figura 2, a seguir:</p><p>Figura 2 | Objetivos de Desenvolvimento Sustentável</p><p>Fonte: ONU (2023).</p><p>Se a sua organização já propõe alguma ação social de impacto na comunidade, ela já está praticando algo</p><p>dentro do contexto ESG, assumindo a responsabilidade por promover melhores condições de vida e de</p><p>mitigação de externalidades.</p><p>VIDEOAULA</p><p>Olá, estudante! Nesta videoaula conversaremos sobre a responsabilidade social e como ela está relacionada</p><p>às atividades que geram impactos diretos e indiretos na comunidade, e que podem ser promovidos por todos</p><p>os tipos de organizações: públicas, privadas e de terceiro setor. Você conhecerá possibilidades que podem ser</p><p>fomentadas ou apoiadas por pessoas físicas e jurídicas que possuem potencialidade de mudar a realidade das</p><p>condições de vida de muitas pessoas. Desejo a você um bom vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>O �lme “Quem se importa” relata diversas situações atendidas pelo empreendedorismo e negócios</p><p>sociais.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 12/32</p><p>http://www.quemseimporta.com.br/</p><p>Visite o site do Mapa das OSC no Brasil, uma produção do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPEA).</p><p>Nesta plataforma é possível acompanhar em números e notícias a dinâmica das OSCs no Brasil.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Estudante, nesta aula, os estudos sobre responsabilidade social ganharão um aspecto técnico do ponto de</p><p>vista legal, pois você conhecerá a base de normas e legislações regulamentadoras da proteção à saúde e à</p><p>segurança do trabalhador. Você perceberá que, mesmo sendo uma obrigação das organizações o</p><p>cumprimento dos dispositivos que fazem parte do ordenamento jurídico sobre o tema, nem sempre todas as</p><p>organizações seguem à risca os devidos cuidados com a prevenção de agravos à saúde dos pro�ssionais em</p><p>atuação. Além disso, você também conhecerá alguns exemplos de boas práticas que empresas estão</p><p>desenvolvendo neste contexto e será apresentado a um dos órgãos orientadores e �scalizadores da saúde e</p><p>da segurança do trabalho no Brasil, o CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador). Mais do que</p><p>um cumprimento de normas para estar alinhado às metas ESG, este tema trará a você os olhares críticos e</p><p>relevantes para o cuidado com todas as pessoas trabalhadoras. Te desejo bons estudos!</p><p>SAÚDE E A SEGURANÇA DO TRABALHO – DAS NORMAS REGULAMENTADORAS À PRÁTICA</p><p>ORGANIZACIONAL</p><p>Olá, estudante! Vamos começar esta aula com uma re�exão importante: você já passou por alguma situação</p><p>em que teve a sua saúde comprometida por alguma situação vivenciada em ambiente de trabalho, ou já ouviu</p><p>o caso de alguém próximo que tenha passado por esta experiência? Infelizmente, este tipo de experiência é</p><p>mais comum do que pensamos, pois passamos muito mais tempo da nossa vida adulta dentro de ambientes</p><p>de trabalho (por vezes muito mais do que em nossas residências, não é mesmo?).</p><p>Você pode estar se perguntando: então a chance de me acidentar ou de desenvolver algum tipo de</p><p>doença ou transtorno derivado do trabalho é maior nesta fase da vida, certo?</p><p>Muito embora esta relação possa explicar algumas evidências sobre o número de acidentes de trabalho, por</p><p>exemplo, ela pode não ser su�ciente para deduzirmos isso. E sabe por quê?</p><p>Aula 3</p><p>SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (SST)</p><p>Estudante, nesta aula, os estudos sobre responsabilidade social ganharão um aspecto técnico do</p><p>ponto de vista legal, pois você conhecerá a base de normas e legislações regulamentadoras da</p><p>proteção à saúde e à segurança do trabalhador.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 13/32</p><p>https://mapaosc.ipea.gov.br/indicadores</p><p>A relação de acidentes de trabalho está também relacionada à maneira que as organizações estabelecem suas</p><p>diretrizes de prevenção e cuidados com a saúde do trabalhador. Isto quer dizer que uma empresa que possua</p><p>um número muito grande de colaboradores pode ter um baixíssimo índice de acidentes em relação a uma</p><p>micro ou pequena empresa. Isso pode acontecer porque uma pequena empresa pode ter 10 colaboradores e</p><p>nenhum deles conhecer as normas obrigatórias de segurança para a atividade que realizam, por exemplo, e,</p><p>por isso, trabalham expostos a riscos sem conhecimentos claros de como eles poderiam afetar a sua saúde.</p><p>De acordo com a autora Camisassa (2022), as primeiras iniciativas que originaram a legislação de proteção à</p><p>saúde e segurança do trabalhador ocorreram um pouco antes da Revolução Industrial, e durante este período</p><p>de industrialização outras medidas foram sendo adotadas, porém, nenhuma com objetivo preventivo, a priori.</p><p>A intenção era sempre de lidar com os agravos à saúde ou mesmo com ações sobre os acidentes ocorridos no</p><p>ambiente laboral.</p><p>No Brasil, a partir do século XX com as fábricas se instalando no país, algumas medidas legais foram iniciadas,</p><p>como o afastamento de menores das situações de trabalho e pagamentos de indenizações por causa de</p><p>acidentes de trabalho.</p><p>Em 1943 com a publicação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que reuniu em um único documento a</p><p>legislação trabalhista do país, o tema saúde e segurança no trabalho também se incluiu no texto.</p><p>Atualmente, as Normas Regulamentadoras (NR) são as orientações técnicas responsáveis por normatizar para</p><p>cada tema relacionado à prevenção aos agravos à saúde do trabalhador, e o Quadro 1 a seguir demonstrará o</p><p>resumo de algumas delas:</p><p>Quadro 1 | Normas regulamentadoras</p><p>NR Assunto NR Assunto</p><p>01 Disposições Gerais (Geral) 19 Explosivos (Especial)</p><p>03 Embargo e Interdição (Geral) 20</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho com</p><p>In�amáveis e Combustíveis (Especial)</p><p>04</p><p>Serviços</p><p>Especializados em Engenharia de</p><p>Segurança e em Medicina do Trabalho –</p><p>SESMT (Geral) 21 Trabalho a Céu Aberto (Especial)</p><p>05</p><p>Comissão Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes – CIPA (Geral)</p><p>22</p><p>Segurança e Saúde Ocupacional na</p><p>Mineração (Setorial)</p><p>06</p><p>Equipamentos de Proteção Individual –</p><p>EPI (Especial) 23 Proteção Contra Incêndios (Especial)</p><p>07</p><p>Programa de Controle Médico de Saúde</p><p>Ocupacional – PCMSO (Geral) 24</p><p>Condições Sanitárias e de Conforto nos</p><p>Locais de Trabalho (Especial)</p><p>Pensando com a ótica da responsabilidade social e do ponto de vista dos colaboradores, dos clientes, dos</p><p>fornecedores, da sociedade e dos acionistas de uma organização, qual o interesse deles em estabelecer algum</p><p>tipo de relacionamento com uma empresa que expõe os seus funcionários a riscos de saúde e segurança sem</p><p>os devidos cuidados?</p><p>Diante desta breve introdução, que tal conhecermos a partir de agora os aspectos normativos que</p><p>existem sobre a saúde e segurança do trabalho e como eles se relacionam com ESG?</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 14/32</p><p>08 Edi�cações (Especial) 25 Resíduos Industriais (Especial)</p><p>09</p><p>Avaliação e Controle das Exposições</p><p>Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos</p><p>e Biológicos (Geral)</p><p>26 Sinalização de Segurança (Especial)</p><p>10</p><p>Segurança em Instalações e Serviços em</p><p>Eletricidade (Especial)</p><p>28 Fiscalização e Penalidades (Geral)</p><p>11</p><p>Transporte, Movimentação,</p><p>Armazenagem e Manuseio de Materiais</p><p>(Especial)</p><p>29</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho Portuário</p><p>(Setorial)</p><p>12</p><p>Segurança no Trabalho em Máquinas e</p><p>Equipamentos (Especial)</p><p>30</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário</p><p>(Setorial)</p><p>13</p><p>Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações</p><p>e Tanques Metálicos de Armazenamento</p><p>(Especial)</p><p>31</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho na</p><p>Agricultura, Pecuária Silvicultura,</p><p>Exploração Florestal e Aquicultura (Setorial)</p><p>14 Fornos (Especial) 32</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho em</p><p>Serviços de Saúde (Setorial)</p><p>15</p><p>Atividades e Operações Insalubres</p><p>(Especial)</p><p>33</p><p>Segurança e Saúde nos Trabalhos em</p><p>Espaços Con�nados (Especial)</p><p>16</p><p>Atividades e Operações Perigosas</p><p>(Especial)</p><p>34</p><p>Condições e Meio Ambiente de Trabalho na</p><p>Indústria da Construção, Reparação e</p><p>Desmonte Naval (Setorial)</p><p>17 Ergonomia (Geral) 35 Trabalho em Altura (Especial)</p><p>18</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho na</p><p>Indústria da Construção (Setorial)</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho em</p><p>Empresas de Abate e Processamento de</p><p>Carnes e Derivados (Setorial)</p><p>Segurança e Saúde em Plataformas de</p><p>Petróleo (Setorial)</p><p>Fonte: Camisassa (2022, p. 7).</p><p>Um dos conceitos relevantes abordados pelas NRs é o de riscos, que são classi�cados de acordo com agentes</p><p>físicos, químicos e biológicos. Dependendo do tipo de risco e do grau de impacto (baixo, moderado ou alto), o</p><p>ambiente de trabalho poderá ser mapeado e ações de SST serão adotadas como medidas preventivas ao</p><p>trabalhador.</p><p>A proteção poderá ser apenas por medidas administrativas quando o tipo de risco e o impacto são</p><p>considerados leves, como por exemplo, o ambiente é um escritório e possui escadas. O risco de acidentes</p><p>pode ser um dos problemas que poderá causar um agravo à saúde do trabalhador. Neste caso, placas</p><p>indicativas e sinalizações como medidas administrativas podem ser adotadas para servir como alerta e</p><p>prevenir eventos. Como se trata de escada, uma medida de proteção coletiva pode ser adotada também,</p><p>como ao instação de um corrimão. Este equipamento se trata de um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva).</p><p>Quando as medidas de proteção administrativas ou coletivas não são su�cientes para garantir a integridade</p><p>do trabalhador, podem ser adotados os EPI (Equipamentos de Proteção Individual), como capacetes, coletes</p><p>de segurança, protetores auriculares, sapatos reforçados, óculos de proteção, luvas dentre outros que sejam</p><p>necessários e obrigatórios para garantir a segurança. A NR 9 regulamenta os usos dos equipamentos de</p><p>proteção.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 15/32</p><p>Os agentes que atuam diretamente nos serviços de orientação e de inspeção nas empresas fazem parte da</p><p>CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e os pro�ssionais que ocupam essa comissão podem ser</p><p>da área como Técnicos de Segurança do Trabalho, Engenheiros de Segurança do Trabalho e, dependendo do</p><p>porte da empresa, equipes de Medicina Ocupacional, como pro�ssionais da enfermagem e medicina.</p><p>A NR 5 regulamenta a CIPA e todas as suas ações.</p><p>Eventos como a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) poderão ser instituídos como</p><p>medidas educativas e orientativas junto às equipes, geralmente, promovidos pela CIPA com o apoio da gestão</p><p>da empresa.</p><p>POLÍTICAS INTERNAS DE SST: ESTRATÉGIA PARA A PREVENÇÃO À SAÚDE DE TODOS</p><p>Para que as empresas possam garantir um ambiente de trabalho favorável ao bom desempenho de atividades</p><p>é necessário que as medidas de saúde e de segurança sejam implementadas.</p><p>Tais medidas podem ser aplicadas na prática a partir do cumprimento das instruções legais existentes.</p><p>Como um exercício, podemos pensar em diversas realidades empresariais: desde uma microempresa com</p><p>poucos colaboradores até as empresas de grande porte, com milhares de colaboradores, todas deverão</p><p>cumprir o que é fundamental para garantir a proteção ao trabalhador.</p><p>A partir deste exercício mais geral, é importante tentarmos imaginar quantas realidades diferentes existem</p><p>por conta dos tipos variados de atividades empresariais: existem escritórios, escolas, restaurantes, fábricas de</p><p>produtos alimentícios, indústrias metalúrgicas, indústrias químicas, ambientes hospitalares e clínicas em</p><p>saúde... cada uma destas realidades exigirá um olhar especí�co para os tipos de riscos a que se expõem os</p><p>colaboradores e como ela deverá protegê-los.</p><p>Sendo assim, as organizações podem, portanto, adotar um conjunto de regras para que os cuidados com a</p><p>saúde e a segurança do trabalho sejam praticados, como a instituição de uma "Política interna de saúde e de</p><p>segurança do trabalho”.</p><p>Uma política é um tipo de documento administrativo em que se incluem normas e avisos para os quais se</p><p>espera que sejam seguidos por todos os colaboradores, sem exceção.</p><p>Como ilustração desta prática, há empresas que atualmente desenvolvem políticas que envolvem “meio</p><p>ambiente, saúde e segurança do trabalho” incluindo as práticas de sustentabilidade ao mesmo tempo em que</p><p>cuidam da saúde do trabalhador.</p><p>A política é baseada em cinco princípios: Valor (cuidar uns dos outros); Respeito à vida; Gestão baseada em</p><p>riscos (e prevenção a eles); Sustentabilidade nos negócios e Excelência e transparência no desempenho.</p><p>Juntamente a esses princípios, a empresa ainda declara na política 14 diretrizes, como a Liderança e</p><p>Responsabilidade, Conformidade legal, Gestão de mudanças, Relacionamento com a comunidade e Processos</p><p>de melhoria contínua.</p><p>Você observa que a proposta de uma política de boas práticas nos termos da Saúde e Segurança do Trabalho</p><p>ultrapassa o que é responsabilidade legal, ou seja, cumpre-se o que é obrigatório, e passa a dialogar com a</p><p>consciência e o comportamento das pessoas?</p><p>Esta é a ideia!</p><p>Esta boa prática acabou originando uma nova área dentro das organizações chamada EHS (Environmental,</p><p>Health and Safety), ou Meio Ambiente, Saúde e Segurança, e empresas como a Petrobras, por exemplo, já a</p><p>adotam.</p><p>No caso da Política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobrás, a empresa declara que:</p><p>“Nossas atividades de segurança, meio ambiente e saúde são orientadas por uma política que contempla</p><p>princípios e diretrizes que orientam e apoiam o processo decisório e o comportamento de toda força de</p><p>trabalho.” (PETROBRAS, 2023).</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 16/32</p><p>Como muitas atitudes no ambiente de trabalho estão relacionadas com o comportamento e as decisões das</p><p>pessoas, algumas atitudes que podem parecer inofensivas podem acarretar sérios</p><p>danos à saúde de alguém.</p><p>O simples gesto de subir em uma cadeira para alcançar algum objeto em altura (como para trocar uma</p><p>lâmpada, ou retirar algo de uma prateleira) pode causar um acidente de trabalho.</p><p>Aliás, em SST existem os incidentes (que são situações de “quase acidente”) e os acidentes, propriamente</p><p>ditos. Veja os exemplos nas �guras a seguir:</p><p>Na Figura 1 você pode ter observado que a pessoa escorregou em um piso molhado (mesmo existindo uma</p><p>medida administrativa de aviso, na placa amarela) e pode ter �cado em pé novamente, sem sofrer nenhum</p><p>dano. Na Figura 2 de mesmo cenário já é percebido que a pessoa caiu e pode ter se machucado; neste caso,</p><p>devido ao dano, a situação se classi�ca como acidente.</p><p>Nos dois casos, as ações de prevenção são importantes para evitar que novas ocorrências aconteçam, por</p><p>isso, em políticas de boas práticas de SST até os incidentes podem ser registrados como alerta para medidas</p><p>necessárias de proteção para que acidentes não ocorram a partir deles.</p><p>Outro exemplo de organização que também possui uma Política de Saúde e Segurança é a Cogna. Esta</p><p>companhia conta com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, o</p><p>SESMT, que é um serviço obrigatório normatizado pela NR-4 para empresas que possuam um grande número</p><p>de colaboradores e riscos (e estes números mudam de acordo com o porte da empresa e o tipo de risco).</p><p>Figura 1 | Incidentes</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Figura 2 | Acidentes</p><p>Fonte: Freepik.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 17/32</p><p>Na Política de Saúde e Segurança da Cogna, além de conter de�nições de conceitos importantes da área como</p><p>o de acidentes, riscos, CIPA entre outros, há também orientações importantes de prevenção como o destaque</p><p>para a atuação das lideranças como agentes de orientação suporte às suas equipes e as responsabilidades de</p><p>cada pessoa colaboradora em cuidar de si e dos outros no ambiente de trabalho. Outra prática interessante é</p><p>a de abrir um canal de comunicação com o colaborador para que atitudes de risco possam ser informadas</p><p>visando ações imediatas pelos responsáveis das áreas (COGNA, 2023).</p><p>Quando falamos do comportamento humano, nem sempre é fácil que apenas uma orientação ou mesmo uma</p><p>norma seja seguida por todos, apenas por estar publicada. Por isso, cabe às empresas também pensarem em</p><p>estratégias que dialoguem com os colaboradores e que possam rea�rmar o comportamento proativo em</p><p>relação à proteção da saúde deles e de todos.</p><p>A criação de uma política, como um exemplo de aplicação prática, vem ao encontro desta intenção.</p><p>ÓRGÃOS ORIENTADORES E FISCALIZADORES – O CASO DO CEREST</p><p>Estudante, você irá conhecer o papel do governo em relação às orientações e �scalizações que podem (e</p><p>devem) acontecer no âmbito da saúde e da segurança do trabalho em todas as organizações no país.</p><p>Existe no Brasil a RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador), vinculada ao Serviço</p><p>Único de Saúde (SUS), e que tem as seguintes características e funções:</p><p>O Cerest é um serviço público especializado em Saúde do Trabalhador e que possui abrangência nacional,</p><p>sendo prestado por estados, municípios ou centros regionais em várias regiões pelo Brasil. A Figura 3 a seguir</p><p>apresenta a cobertura dos serviços do Cerest conforme o site do Ministério da Saúde:</p><p>Figura 3 | Cobertura do Cerest no Brasil</p><p>Fonte: Ministério da Saúde (2023).</p><p>A Renast compreende uma rede de serviços de assistência e vigilância em saúde do</p><p>trabalhador no âmbito do SUS e tem por objetivos ampliar o acesso e executar ações de</p><p>promoção, proteção, prevenção e de vigilância em saúde, bem como na assistência</p><p>especializada em saúde do trabalhador; estimular a articulação e a integração com as</p><p>demais Redes do SUS, quali�cando as ações de saúde do trabalhador nos territórios.</p><p>A Renast possui como principal componente o Centro de Referência em Saúde do</p><p>Trabalhador (Cerest).</p><p>— (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023)</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 18/32</p><p>Como você pode observar, as áreas em verde são as áreas com cobertura de algum dos serviços municipais</p><p>ou regionais.</p><p>Os serviços prestados pelo Cerest contam com equipes multipro�ssionais em Saúde do Trabalhador como:</p><p>médicos do trabalho, enfermeiros do trabalho, técnicos em saúde do trabalhador, engenheiro do trabalho</p><p>entre outros pro�ssionais.</p><p>O Cerest da cidade de Jundiaí no estado de São Paulo oferece:</p><p>Educação em saúde do trabalhador, em que a instituição oferece palestras e cursos orientativos para</p><p>todos os pro�ssionais e gestores de empresas bem como a comunidade em geral;</p><p>Vigilância epidemiológica do trabalhador: que é um serviço especializado em noti�cações e</p><p>acompanhamento de indicadores de acidentes de trabalho, principalmente;</p><p>Vigilância sanitária em saúde do trabalhador: que se trata de serviços de vistorias e de vigilância que</p><p>podem ser realizados espontaneamente, por meio de casos de acidente de trabalho ou, ainda, por meio</p><p>de denúncias;</p><p>Referência técnica assistencial especializada: que oferece suporte técnico para toda a rede municipal de</p><p>saúde no contexto de saúde ou doença ocupacional.</p><p>Estes centros de referência são serviços, portanto, que estão à disposição do governo e da sociedade em um</p><p>papel de contribuição e orientação sobre os melhores meios de se manter a proteção à saúde dos</p><p>trabalhadores, mas também têm como função a vigilância e a �scalização que poderão ser imprescindíveis</p><p>para os casos em que a negligência por parte de empregado ou empregador possa estar acontecendo.</p><p>Em alguns casos, o próprio trabalhador poderá recorrer ao atendimento direto do Cerest, se porventura, ele</p><p>se sinta desamparado ou desorientado quanto a cuidar da sua saúde em relação ao trabalho.</p><p>VIDEOAULA</p><p>Olá, estudante! Nesta videoaula conversaremos sobre a importância das adoções de medidas preventivas à</p><p>saúde e à segurança do trabalho. Estes conhecimentos são provenientes das legislações do trabalho e da</p><p>previdência social no Brasil, mas também podem ser ampli�cados pelas próprias organizações, com os</p><p>estabelecimentos de orientações e diretrizes que podem melhorar a atuação das pessoas em relação a um</p><p>comportamento mais saudável sem riscos à integridade de todos. A partir desta aprendizagem, quem sabe</p><p>você também passa a ter uma visão mais cautelosa sobre se cuidar e cuidar dos outros com quem convive,</p><p>não é mesmo? Te desejo um bom vídeo!</p><p> Saiba mais</p><p>Conheça o site da RENAST.</p><p>Site da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com notícias e estatísticas sobre as condições de</p><p>trabalho no Brasi e no mundo.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>Aula 4</p><p>RESPONSABILIDADE COM CLIENTES – TENDÊNCIAS E</p><p>PERSPECTIVAS FUTURAS</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 19/32</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/saude-do-trabalhador/renast#:~:text=A%20Renast%20compreende%20uma%20rede,estimular%20a%20articula%C3%A7%C3%A3o%20e%20a</p><p>https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_820318/lang--pt/index.htm</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Estudante, nesta aula, você estudará conceitos importantes aplicados no relacionamento com o cliente e</p><p>como as empresas precisam se posicionar considerando um contexto em que os clientes e consumidores</p><p>buscam em muitas situações um relacionamento com uma marca ou uma empresa. Faz parte das novas</p><p>abordagens de relacionamento com o cliente, principalmente no escopo das estratégias ESG, o respeito e</p><p>garantia aos direitos do consumidor, o tratamento justo e honesto nas transações comerciais, o engajamento</p><p>das marcas com causas relevantes e o signi�cado da marca e da reputação dos negócios no contexto</p><p>mercadológico e social. Você irá conhecer práticas como Customer Experience, ou a Experiência do</p><p>Consumidor e Branding, ou a gestão de marcas, como metodologias adotadas por empresas que já</p><p>compreenderam o quanto importa o relacionamento do cliente</p><p>com os seus negócios. Te desejo bons</p><p>estudos!</p><p>RELACIONAMENTO COM OS CONSUMIDORES E CLIENTES E O QUE ELES ESPERAM DAS</p><p>EMPRESAS</p><p>Estudante, os assuntos desta aula dizem respeito a algo além de uma relação de compra e venda com um</p><p>cliente. O tema "relacionamento com o cliente" ganhou espaço e relevância nos últimos anos devido às</p><p>mudanças na maneira de perceber esta relação.</p><p>De transações meramente comerciais (que ainda acontecem dependendo do contexto), a preocupação com a</p><p>experiência que o cliente terá com o produto ou serviço adquirido tornou-se um cuidado no mundo dos</p><p>negócios.</p><p>Quando uma pessoa se torna cliente de um produto ou de um estabelecimento, a relação entre as partes</p><p>tende a ser mais frequente, podendo acontecer inclusive a �delização do cliente.</p><p>Pensando neste sentido, os esforços de uma empresa em construir uma base de clientes que possui</p><p>frequência em suas compras e que promove o negócio para outros potenciais clientes é uma estratégia e</p><p>tanto para o sucesso dos negócios.</p><p>Partindo destes princípios, ainda que estejamos pensando em consumidor ou cliente, uma característica da</p><p>percepção de valor no cenário atual é certa: ambos terão interação com a marca dos produtos e da empresa</p><p>que lhe vende ou presta serviços e a responsabilidade social neste sentido está implícita para esta relação.</p><p>Tanto o consumidor quanto o cliente possuem algumas expectativas no momento de decidir sobre as suas</p><p>compras. Certamente, todas as suas expectativas estão dentro de um contexto importante de direitos que</p><p>lhes são resguardados e representados no Brasil pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) instituído por</p><p>lei em 1990 (BRASIL, 1990).</p><p>Estudante, nesta aula, você estudará conceitos importantes aplicados no relacionamento com o cliente</p><p>e como as empresas precisam se posicionar considerando um contexto em que os clientes e</p><p>consumidores buscam em muitas situações um relacionamento com uma marca ou uma empresa.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 20/32</p><p>O Artigo 4º do CDC apresenta a seguinte disposição: “Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem</p><p>por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e</p><p>segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a</p><p>transparência e harmonia das relações de consumo [...]”.</p><p>Diante deste cenário, é claro que está na expectativa de consumo que os direitos do consumidor estejam</p><p>resguardados em informações transparentes, honestidade nas ofertas de produtos e serviços e no pleno</p><p>atendimento às necessidades demandadas para o vendedor.</p><p>Segundo Madruga (2021), o momento atual nas relações de consumo está saindo do modelo de "satisfação do</p><p>cliente" e migrando para a "experiência do cliente", ou o que se conhece como Customer Experience. O</p><p>conjunto de experiências positivas ou negativas é que atribuirão ao consumidor ou ao cliente a percepção de</p><p>valor que a empresa lhe oferece e entrega e é a partir desta experiência que os negócios estão se �rmando.</p><p>Partindo, portanto, caro estudante, deste ponto de vista da experiência do consumidor, atrelar as estratégias</p><p>ESG, principalmente pela vertente da responsabilidade social não é algo complicado a fazer. Você já conhece a</p><p>proposta da responsabilidade social: responder por suas ações e o quanto e como elas implicam aos outros,</p><p>ou à comunidade, ou à sociedade onde se está inserido.</p><p>Práticas que não estejam alinhadas com o respeito aos direitos do consumidor, que possuem ética em sua</p><p>entrega (cumprir o que prometem) e evitar agir de má fé com as relações de consumo é o "mínimo" que se</p><p>tem como expectativas nesta abordagem.</p><p>De acordo com a Proteste, uma associação sem �ns lucrativos que atua na defesa dos direitos do consumidor,</p><p>as estratégias ESG têm motivado as organizações a tomarem medidas no que se refere às relações de</p><p>consumo e aos impactos que ela promove ao meio ambiente de maneira muito �rme. A entidade reforça esta</p><p>prática da seguinte maneira: "as empresas têm sido cobradas por um posicionamento acerca dos danos</p><p>causados às pessoas e ao meio ambiente, e interpeladas a tomar atitudes responsáveis, que interrompam ou,</p><p>pelo menos, minimizem os impactos gerados por suas ações".</p><p>Percebe-se que há uma tendência dos consumidores e clientes estarem mais atentos ao que empresas fazem</p><p>e não mais ao que elas falam, segundo Madruga (2021).</p><p>Comportamentos como irresponsabilidade quanto aos impactos ambientais, danos ao patrimônio dos</p><p>consumidores, enganações e fraudes além da prática de corrupção têm sido fatores que podem desengajar</p><p>clientes e afastá-los destas empresas – e pior: isso pode ganhar força por meio das redes sociais,</p><p>considerando o relato e o repúdio das pessoas que foram impactadas de maneira negativa.</p><p>BRANDING: DA MARCA À REPUTAÇÃO DIANTE DOS CONSUMIDORES E CLIENTES</p><p>O CDC é um instrumento valioso e que protege o consumidor de abusos, ilegalidades e tentativas de ludibriar</p><p>(enganar) o consumidor com práticas desonestas ou injustas considerando o poder de negociação de uma</p><p>empresa em relação a uma pessoa física, por exemplo.</p><p>Fonte: Shutterstock.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 21/32</p><p>Um conceito que será apresentado a você, a partir deste bloco, é o de Branding, ou a Gestão de Marcas. De</p><p>acordo com Bedendo (2019), quando um consumidor lembra de uma marca, é porque ela signi�cou algo para</p><p>ele. Neste sentido, a criação da marca é o resultado de um processo de branding.</p><p>Para o mesmo autor, a construção de uma marca reúne um conjunto de fatores como esforços da criação e</p><p>produção ao marketing, por exemplo, e que ao ter contato com ela o cliente terá uma lembrança positiva (ou</p><p>nem sempre). “Se ela for lembrada de maneira positiva por muitas pessoas, a marca terá um grande valor”</p><p>(BEDENDO, 2019, p. 32).</p><p>Outras duas características importantes da marca são a credibilidade que ela possui de seus consumidores e</p><p>a reputação. A reputação poderia ser entendida como a imagem que a pessoa tem sobre um produto ou uma</p><p>empresa ao longo de um período.</p><p>A reputação, de acordo com Bedendo (2019), é também um processo de construção.</p><p>No momento atual, uma das estratégias de Branding tem sido o engajamento das marcas com o signi�cado</p><p>que ela apresenta aos seus consumidores e clientes. O engajamento de uma marca com o apoio de algumas</p><p>causas, por exemplo, é algo que também estará na pauta dos seus clientes quando eles se relacionam com</p><p>ela.</p><p>Há situações, por exemplo, em que ações de uma empresa podem afastar os consumidores e clientes e, ao</p><p>contrário disso, há também ações que podem aproximar e engajar pessoas como clientes e consumidores –</p><p>às vezes até como seguidores e defensores das marcas. Se uma empresa se envolve em algum escândalo</p><p>corporativo, ou de impacto ambiental e social, ou ainda de práticas lesivas ao consumidor, os clientes</p><p>movimentam correntes de opiniões e julgamentos sobre isso em todos os canais possíveis.</p><p>No Brasil houve um caso de um jogador da seleção brasileira de vôlei que se posicionou nas redes sociais com</p><p>um discurso homofóbico e na época as pessoas que não concordam com esse tipo de posicionamento �zeram</p><p>uma corrente pressionando os patrocinadores do clube onde o jogador atuava para que ele não estivesse</p><p>mais ligado ao time, pois este tipo de discurso (além de ser uma prática ilegal) não condiz com o que as</p><p>empresas patrocinadoras defendiam. O resultado foi o desligamento do jogador do time na época e o seu</p><p>afastamento da seleção brasileira.</p><p>Neste sentido é que o conceito de Branding ganhou força e, quando alinhado às estratégias ESG, pode trazer</p><p>um diferencial competitivo importante e relevante para os negócios das organizações.</p><p>Empresas que respeitam e valorizam o relacionamento com seus clientes-seguidores têm uma força muito</p><p>maior em suas ações e campanhas e, por isso, são também cautelosas e cuidadosas em tudo</p><p>o que fazem,</p><p>evitando qualquer tipo de desalinhamento de princípios aos quais ela pratica.</p><p>Existem questões que unem esses dois grupos: clientes e empresas. Vamos a alguns deles:</p><p>Defesa de causas sociais: há empresas que prezam pelo respeito ao meio ambiente, à proteção animal,</p><p>ao direito de incluir no mercado de trabalho pessoas que estão à margem da sociedade, que participam</p><p>de discussões importantes e relevantes para a sociedade;</p><p>Ações orientadas para grupos especiais: há empresas que se posicionam em mercados especí�cos como</p><p>por exemplo, a fabricação de produtos ecológicos e sustentáveis, a produção de produtos orgânicos, sem</p><p>aditivos químicos ou agrotóxicos, fabricação e venda de produtos veganos, ou seja, sem qualquer relação</p><p>com o uso de animais, dentre outros grupos;</p><p>Dialogar com grupos de clientes em nichos não faz desta empresa apenas uma atuante em mercados</p><p>especí�cos, mas as coloca como representante de uma visão compartilhada e que defende causas.</p><p>As estratégias de melhorar a experiência do consumidor ou cliente com a marca e as empresas com as</p><p>quais ele se relaciona estão além da simples relação de consumo. Madruga (2021, p. 32) reforça esta</p><p>ideia quando diferencia os conceitos de atendimento e de relacionamento. A experiência positiva (ou</p><p>negativa) está além do que o cliente busca, por exemplo, se ele deseja comer uma refeição no almoço,</p><p>nem sempre ele avalia apenas a refeição, mas, sim, como ela está exposta, como as pessoas �zeram o</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 22/32</p><p>Respeitar o cliente, garantir que os seus direitos estão preservados e ser justo na oferta de produtos e</p><p>serviços é uma visão importante para causar boas experiências.</p><p>PRÁTICA DE VALORES E A PERCEPÇÃO DE VALOR: A ÉTICA NO RELACIONAMENTO COM O</p><p>CLIENTE</p><p>Os princípios éticos no relacionamento com o cliente são imprescindíveis, pois é com eles que se fundamenta</p><p>entre as partes uma relação de con�ança e de credibilidade e que faz com que o cliente �que ou retorne</p><p>sempre que necessitar, quiser e puder.</p><p>Alguns destes princípios são nossos conhecidos e estão nos pilares da governança como por exemplo: a</p><p>responsabilidade e a transparência.</p><p>A ideia de transparência no relacionamento com o cliente é representada pela atitude de comunicar ao cliente</p><p>todo o tipo de informação necessária para que ele adquira bens e serviços adequados à sua necessidade. Esta</p><p>comunicação já pode ser observada no próprio produto, a partir da sua embalagem, que deve conter todas as</p><p>informações necessárias e relevantes para a aquisição. A falta de transparência quanto a alteração nas</p><p>características dos produtos, por exemplo, já foi noticiada por diversas vezes, sendo inclusive matéria de</p><p>notícias de jornais.</p><p>Observe um exemplo:</p><p>Esta prática é conhecida como “redu�ação” e consiste na tentativa de diminuir o preço ou o custo do produto</p><p>para que o consumidor ainda possa ter poder de compra daquele determinado item.</p><p>A questão é que a comunicação destas alterações deve ser transparente e objetiva, para que o consumidor</p><p>não se sinta enganado e prejudicado. De acordo com a reportagem de Araújo (2023), o Idec (Instituto de</p><p>Defesa do Consumidor) no Brasil está acompanhando essas alterações e já observou fata de transparência e</p><p>por vezes falta de responsabilidade com esta prática, e cita um caso muto grave com a alteração do leite em</p><p>seu atendimento, de que maneira ele foi tratado do momento que chegou ao momento em que se</p><p>despediu. Neste caso, o tratamento pode fazer toda a diferença quando o cliente busca o</p><p>relacionamento com a marca e a empresa.</p><p>Há uma alteração sendo observada há alguns anos pelos clientes de determinados produtos ou marcas de</p><p>produtos, que é a diminuição das medidas do produto como o peso, tamanho, comprimento, porém, o preço</p><p>deste mesmo produto está sempre se mantendo ou até aumentando. Ainda neste mesmo exemplo, há</p><p>produtos que estão apresentando a sua fórmula alterada, e às vezes confundida com a fórmula anterior, que</p><p>foi o caso do leite condensado e a “mistura láctea”, conforme reportagem do jornal Estadão, elaborada por</p><p>Araújo (2023).</p><p>Fonte: Shutterstock.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 23/32</p><p>pó, usado para alimento infantil para um composto lácteo, acondicionados em embalagens muito</p><p>semelhantes às do leite em pó. Nestes casos, o consumidor pode se confundir e levar o composto lácteo (que</p><p>é bem mais barato) ao invés do leite e causar sérios problemas nutricionais aos seus �lhos.</p><p>Ainda, segundo a reportagem, o Idec denunciou às autoridades competentes esta prática que foi realizada por</p><p>grandes (e respeitadas) empresas.</p><p>A honestidade também é um princípio ético relevante e que está na raiz do comportamento “entregar o que</p><p>se promete”. Faz parte do comportamento ético das organizações honrar seus compromissos e promessas de</p><p>acordo com o que foi apresentado ao cliente.</p><p>Há um comportamento observável também, agora nas redes sociais, que é a interação das empresas por</p><p>meio do seu per�l o�cial em diversas redes (dialogando em primeira pessoa com consumidores, clientes e o</p><p>público em geral) e se colocando à disposição até para atender pedidos, acolher reclamações e se relacionar</p><p>com as pessoas.</p><p>Você já observou esta prática? Nem sempre as pessoas estão felizes e satisfeitas com os produtos e serviços</p><p>que adquirem, mas, receber a atenção e o acolhimento das empresas neste momento já altera a experiência</p><p>no relacionamento.</p><p>Quando a interação não acontece ou a falta de respostas (e de disponibilidade) da empresa acontece, então</p><p>os consumidores se dispõem a encontrar outros caminhos.</p><p>Plataformas como a do “Reclame Aqui”, por exemplo, são um tipo de serviço digital em que os consumidores</p><p>podem reclamar publicamente sobre sua experiência ruim com algo que não foi cumprido ou que não</p><p>atendeu suas expectativas, e esta plataforma conecta empresa e colaborador em uma tentativa de interação e</p><p>possível acordo ou resolução de problemas.</p><p>Empresas que possuem interação apresentam uma nota melhor para a sua reputação. As que interagem e</p><p>resolvem problemas melhoram ainda mais o seu score (placar), como você pode observar na �gura a seguir:</p><p>Figura 1 | Reputação no Reclame Aqui</p><p>Fonte: Reclame Aqui (2023).</p><p>Atualmente, observa-se que a preocupação com a ética e a relação dos clientes com as marcas e os</p><p>negócios empresariais, para que a experiência do cliente seja algo cultivado enquanto o relacionamento</p><p>entre as partes existir.</p><p>Uma boa prática neste sentido tem sido a oferta de múltiplos canais de comunicação, na estratégia</p><p>Ominichannel, que, segundo Madruga (2021, p. 36), estão integradas de todas as formas de atendimento</p><p>presencial, remoto e automático.</p><p>Desta maneira, sempre que o cliente necessitar fazer algum tipo de contato com a empresa, seja por questões</p><p>éticas, para denúncias, críticas e sugestões, ele sempre tenha um canal direto e com ela.</p><p></p><p>02/09/2024, 10:53 clldd_23.2_u3_esg</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 24/32</p><p>O que se espera como um posicionamento ético, portanto, é de que as empresas ofereçam:</p><p>Produtos com qualidade e com preço justo;</p><p>Cumprimento do que se propõem;</p><p>Transparência em sua comunicação;</p><p>Honestidade e responsabilidade com a saúde e a integridade das pessoas.</p><p>A elaboração de uma política de relacionamento com o cliente que seja abrangente, ou seja, que consiga</p><p>abordar toda a jornada de experiência do cliente, considerando o interesse inicial pelos produtos, a compra, o</p><p>pós-venda e o pós-consumo (descarte correto de resíduos, por exemplo) já poderia ser uma tentativa</p><p>importante de se estabelecer uma cultura orientada para o cliente e fundamentada nas estratégias ESG.</p><p>Estar disposto a se relacionar e acolher o cliente sempre que for necessário já diz muito sobre a ética neste</p><p>relacionamento.</p><p>VIDEOAULA</p><p>Olá, estudante! Nesta videoaula, você será apresentado a algumas discussões sobre a responsabilidade</p>