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Aprenda práticas fundamentais de liderança que o tornarão um profissional que excede qualquer expectativa. MATERIAL COMPLEMENTAR DE ESTUDO Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 1 Liderança Situacional - Introdução1 2 3 4 O Papel do Líder Liderança Situacional Aplicação 5 Recomendações 2 3 6 9 11 Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br Liderar equipes é uma das responsabilidades mais desafiadoras que um profissional pode ter em sua carreira. Muitas vezes, sem o preparo adequado, um profissional de excelente desempenho em sua área técnica é promovido a líder de uma equipe. Nesse caso, o resultado é bastante incerto. O mais provável é que o novo líder tenha muita dificuldade em conduzir sua equipe, ainda que seu conhecimento técnico seja excepcional. O motivo é que os desafios que surgem no exercício da liderança vão além do conhecimento técnico, e exigem do profissional competências gerenciais e comportamentais específicas para esse fim. Neste curso, você conhecerá uma abordagem prática e eficaz que servirá de base para todo o seu desenvolvimento na função de líder: a Liderança Situacional. Liderança Situacional A seguir, selecionamos para você conceitos essenciais para liderar de forma eficaz. Este conteúdo complementa os demais já apresentados no curso. Ótimo estudo! “Um bom líder faz com que homens comuns façam coisas incomuns.” Peter Drucker 2 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi-mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br Liderança Situacional LIDERANÇA 3 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Figura 1: Nova pirâmide hierárquica das organizações DIREÇÃO GERÊNCIA SUPERVISÃO OPERAÇÃO CLIENTE Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 4 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecemdúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 5 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipeseja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Seu papel como líder é então fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar as pessoas da sua equipe a serem o mais bem-sucedidas possível. Somente assim você terá êxito como líder. Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 6 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalhoe de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 7 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargode Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; D1 Estágio de Desenvolvimento Descrição D2 D3 D4 Estágio em que o profissional é considerado ainda um aprendiz em sua função. Normalmente tem pouco conhecimento, mas não tem consciência disso. Encontra-se bastante motivado e confiante em si mesmo. Neste ponto o profissional já tem consciência do quanto desconhece sobre sua função, e começa a enfrentar dificuldades por falta de capacitação. Isso faz com que tenha pouca confiança em si mesmo, ainda que possa estar motivado Neste estágio o profissional tem já competência plena no que é exigido para sua função. Confia em sua capacidade, mas encontra-se em situação de motivação variável. O último estágio é aquele em que o profissional domina plenamente as competências exigidas para sua função, confia em sua capacidade e encontra-se motivado. Tabela 1: Estágios de desenvolvimento dos colaboradores Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 8 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamosque em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Tabela 2 – Características de cada estágio de desenvolvimento D1 (Principiantes Entusiastas) Baixo Crescente Elevado Elevado Elevada Baixa Elevada Elevada Elevada Elevada Variável Elevada Estágio de Desenvolvimento Características Conhecimento Autoconfiança Motivação D2 (Aprendizes Receosos) D3 (Contribuintes Relutantes) D4 (Domínio Pleno) Mesmo um profissional experiente, quanto promovido, passa a ocupar um estágio inicial de desenvolvimento no cargo que acaba de ocupar, como D1 ou D2. Para hierarquias mais elevadas, como Diretoria ou Presidência, é comum que o profissional já inicie no nível D2. Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 9 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outrolado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Tabela 3: Estilos de liderança apropriados para cada estágio de desenvolvimento D1 E1 (Direção) E2 (Treinamento) E3 (Apoio) E4 (Delegação) Estágio de Desenvolvimento Estilo de Liderança Forma de Atuação Recomendável D2 D3 D4 O líder fornece instruções específicas e supervisiona rigorosamente o cumprimento de tarefas. O líder continua a dirigir e supervisionar atentamente a realização de tarefa, mas explica também decisões, solicita sugestões e incentiva o desenvolvimento. O líder facilita e apoia os esforços dos subordinados para cumprir tarefas e compartilha com eles a tomada de decisão. O líder transfere a responsabilidade do processo decisório e da solução de problemas aos subordinados Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 10 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança SituacionalSubordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional no estágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br 11 O Papel do Líder Toda organização depende de seus clientes para sobreviver. Nor- malmente, são os colaboradores em cargos operacionais que mais têm contato com o cliente, pois fabricam, transportam, entre- gam, esclarecem dúvidas, vendem, respondem a chamados técni- cos, etc. São a imagem da empresa. Para que uma empresa tenha competitividade crescente, é necessário ter profissionais de operação extraordinários. A estrutura toda da empresa deveria trabalhar para a operação. É importante considerar que a operação não se resume à pro- dução de um bem ou serviço. Os vendedores, entregadores, aten- dentes de pós-vendas e a assistência técnica também são exem- plos de operação. A visão tradicional de hierarquia piramidal não é funcional para o ambiente competitivo. Na nova realidade, todos os líderes devem trabalhar para que sua equipe tenha o melhor desempenho, de forma que, no final, a operação receba todas as condições para ter resultados excepcionais. Nesse sentido, a pirâmide hierárquica assume a forma já demonstrada na Figura 1. Assim, a missão de todo líder é trabalhar para que a sua equipe seja a melhor possível no cumprimento do seu papel. Dessa forma, é fácil notar que a supervisão deve trabalhar para que a operação seja a melhor possível. E que a gerência deve formar a melhor equipe de supervisores ao seu alcance, assim como a direção deve se dedicar a edificar o melhor time de gerentes. “Pode-se avaliar um líder pelos resultados e comportamentos de sua equipe.” Cabe aqui uma distinção entre os conceitos de cargo e função: Cargo se refere a uma posição hierárquica na organização, que confere ao seu ocupante autoridade e responsabilidades compatíveis com os resultados que tem que alcançar. Nor- malmente, o cargo também consta do organograma da em- presa, do contrato de trabalho e de outros documentos inter- nos. Função corresponde a um conjunto de atividades vinculadas entre si. Portanto, um ocupante de determinado cargo pode exercer uma ou mais funções. O cargo de Auxiliar Administrativo, por exemplo, pode ser ocupado por um profissional com funções tais como: organizar arquivos, redigir pedidos de compras, elaborar planilhas, etc. Um mesmo cargo pode compreender funções diferentes em empresas distintas. Liderança é o processo pelo qual um gestor influencia e conduz sua equipe em busca do alcance de um objetivo comum. A liderança é uma das características desejáveis de um gestor. O gestor é aquele que ocupa uma posição hierárquica (cargo) que lhe confere a responsabilidade de atingir determinadas metas através da coordenação de equipes e recursos diversos. Para exercer a função liderança não é necessário que o profissional ocupe um cargo de Líder. Muitas vezes, observamos que em uma equipe, seja pelo conhecimento, reputação ou outras qualidades, um profissional acaba se destacando e passa a ser seguido pelos demais. Ele exerce uma influência positiva sobre seus colegas de equipe, e assim ocupa o espaço de uma liderança informal. Por outro lado, cargos que exigem o gerenciamento de pessoas (como direção, gerência ou supervisão de equipes) devem ser ocupados por profissionais preparados para serem Líderes. Liderança Situacional Subordinados com graus diferentes de capacitação e maturidade profissional devem ser liderados de formas distintas. Esse é o princípio geral da Liderança Situacional, teoria desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard na década de 1970. Anos de aplicação desses princípios por líderes de todo o mundo compro- vam que essa abordagem continua efetiva. A Liderança situacional considera inicialmente dois aspectos fun- damentais: a) Uma classificação do estágio de maturidade profissional do colaborador (Estágio de Desenvolvimento, como demonstrado na Tabela 1); b) O estilo de liderança apropriado para cada estágio. É possível reconhecer então os estágios de desenvolvimento através de três características principais, como mostra a tabela a seguir: Para cada um dos estágios de desenvolvimento é associada uma forma de liderança mais apropriada. Por exemplo: um profissional noestágio D4 não necessita de orientações tão detalhadas quanto um colaborador no estágio D1. Essa é a lógica principal da Liderança Situacional. A tabela 3 ilustra os diferentes ESTILOS DE LIDERANÇA apropria- das para cada caso. Aplicação A aplicação da teoria da Liderança Situacional à prática do dia a dia é bastante simples. Os passos seguintes orientam a aborda- gem: 1. Em primeiro lugar é necessário identificar em que estágio de desenvolvimento se encontram os colaboradores da equipe; Formas simples de identificar em que estágio um profissional se encontra: • Se o colaborador acaba de assumir um novo cargo (seja o primeiro da carreira ou não), é bem provável que esteja no estágio D1. De fato, mesmo um profissional que esteja no estágio D4, ao ser promovido pode ser caracterizado como D1 no novo cargo. Há exceções. Por exemplo: se o profissional no estágio D4 já teve experiências de ocupar o cargo seguinte algumas vezes (cobrindo férias, por exemplo), isso significa que ao ser promovido provavel- mente já tenha passado do estágio D1, e possa ser considerado D2. • Se o profissional não é iniciante, mas ainda solicita orien- tação superior ou demonstra não ter autonomia para desenvolver sozinho suas atividades, encontra-se no estágio D2. • Tanto no estágio D3 como no D4, o profissional é capaz de desenvolver seu trabalho com autonomia, sem necessidade de solicitar orientação superior. Entretanto, no estágio D3 a motivação é oscilante. O profissional no estágio D4 é aquele que, em geral, já pode substituir o superior em algumas das suas funções. 2. A seguir é necessário observar qual a estratégia de liderança a se adotar conforme o respectivo grau de desenvolvimento do colaborador; Recomendações Seguem algumas recomendações para que você tenha ainda mais êxito na aplicação dos conceitos de LIDERANÇA SITUACIONAL: • É preciso estar sempre atento a mudanças. Naturalmente os profissionais evoluem mudando de um estágio a outro, e, nesse caso, a mudança de estilo de liderança também se faz necessário. • O conhecimento dos conceitos de Liderança Situacional é um primeiro passo para uma boa atuação como líder. Outras disci- plinas são também muito importantes, e devem constituir os próxi- mos passos em sua capacitação como Líder: Delegação, Comuni- cação Assertiva, Feedback, Motivação, dentre outros. Você encon- trará aqui na Cursonovo os cursos complementares. • Observe atentamente o SEU próprio grau de desenvolvi- mento, e busque auxílio sempre que necessário. Se você acaba de ser promovido, por exemplo, é bem provável que esteja nos níveis D1 ou D2 de desenvolvimento. Nesse caso, busque apoio de um coaching, mentor, ou de seu próprio líder para contribuir com a sua atuação. Liderança Situacional LIDERANÇA Licensed to JOAO ALEXANDRE JANOSKI - joao.janoski@vrsoft.com.br