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MATEMÁTICA
BIANCHINI
Componente curricular:
MATEMÁTICAEdwaldo Bianchini
MANUAL DO
PROFESSOR
9o
ano
MANUAL DO PROFESSOR
9a edição
São Paulo, 2018
Componente curricular: MATEMÁTICA
Edwaldo Bianchini
Licenciado em Ciências pela Faculdade de Educação de Ribeirão Preto, da Associação de Ensino
de Ribeirão Preto, com habilitação em Matemática pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Bauru (SP).
Professor de Matemática da rede pública de ensino do estado de São Paulo,
no ensino fundamental e médio, por 25 anos.
MATEMÁTICA
BIANCHINI
o
ano9
Coordenação geral: Maria do Carmo Fernandes Branco
Edição: Glaucia Teixeira
Edição de conteúdo: Dário Martins de Oliveira, Patrícia Furtado
Assistência editorial: Juliana R. de Queiroz
Suporte administrativo editorial: Alaíde dos Santos
Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite
Projeto gráfico: Andreza Moreira
Capa: Bruno Tonel, Mariza de Souza Porto
Foto: Corredor cruzando a linha de chegada, 2009.
Crédito: Paul Bradbury/Getty Images
Coordenação de arte: Aderson Assis
Editoração eletrônica: Marcel Hideki
Edição de infografia: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Otávio Cohen
Coordenação de revisão: Camila Christi Gazzani
Revisão: Lygia Roncel, Míriam dos Santos, Salvine Maciel
Coordenação de pesquisa iconográfica: Sônia Oddi
Pesquisa iconográfica: Angelita Cardoso, Leticia Palaria
Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues
Tratamento de imagens: Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro
Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:
“Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas
de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.”
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
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Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
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2018
Impresso no Brasil
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bianchini, Edwaldo
Matemática - Bianchini : manual do professor /
Edwaldo Bianchini. – 9. ed. – São Paulo : Moderna,
2018.
Obra em 4 v. de 6o ao 9o ano.
Componente curricular: Matemática.
Bibliografia.
1. Matemática (Ensino fundamental) I. Título.
18-16785 CDD-372.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Matemática : Ensino fundamental 372.7
Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964
III
CONHEÇA SEU MANUAL
41BIMESTRE 1
Potências nas
medidas
astronômicas,
subatômicas e
informáticas
Antes de trabalhar o quadro
apresentado nesta página,
retome com os alunos as po-
tências de base 10 com ex-
poente natural e expoente
negativo. É um bom mo-
mento para verificar os
conhecimentos que eles
já construíram sobre esse
assunto e sobre a notação
científica.
Aproveite o momento e ex-
plique que o prefixo “quilo”
(ou “kilo”) indica que de-
vemos multiplicar a unida-
de tomada por 1.000, por
exemplo:
• 1 quilômetro 5
5 1.000 8 1 metro
• 1 quilograma 5
5 1.000 8 1 grama
• 1 quilolitro 5 1.000 8 1 litro
Sendo assim, não devemos
usar a palavra “quilo” como
sinônimo de “quilograma”,
como usualmente se faz.
Pergunte aos alunos se já
conheciam alguma unidade
expressa com esses prefixos.
É possível que alguns já te-
nham ouvido falar dos pre-
fixos micro (1 micrometro 5
5 1026 metro) ou de giga e
mega (nas unidades de in-
formática, como megabyte
e gigabyte).
Complemente os estudos com
a Sequência didática 2 –
Potência com expoente
fracionário e radicais,
disponível no Manual
do Professor – Digital.
As atividades propostas
permitem desenvolver de
forma gradual e articulada
objetos de conhecimento
e habilidades da BNCC
selecionados para este
capítulo.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância
entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.
Dados obtidos em: Inmetro. Disponível
em: <http://www.inmetro.gov.br/
consumidor/pdf/Resumo_SI.pdf>.
Acesso em: 20 jun. 2018.
côvado
passo
pé
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41CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Quando apontado para determinado
ponto ou objeto, o medidor digital
calcula a distância até ele.
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1 Potências nas medidas astronômicas,
subatômicas e informáticas
O Sistema Internacional de Unidades (SI) tem uma história recente, se comparada à his-
tórica necessidade humana de medir, que vem desde a origem das civilizações. Antes, cada
povo tinha seu próprio sistema de medidas, muitas vezes com unidades imprecisas, tendo por
base o corpo humano (palmo, pé, côvado, jarda, passo etc.), o
que criava muitos problemas, principalmente para o comércio.
O SI, sistema atual desenvolvido a partir do Sistema Métrico
Decimal (SMD, França, 1799) e consolidado apenas em 1960
com suas sete unidades de base, é mais complexo e diversifi-
cado do que o SMD.
Visando atender a uma extensa gama de medidas para vá-
rias grandezas, há muitos prefixos no SI. Veja a tabela a seguir.
Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada
yotta Y 1024 = 1.000.000.000.000.000.000.000.000
zetta Z 1021 = 1.000.000.000.000.000.000.000
exa E 1018 = 1.000.000.000.000.000.000
peta P 1015 = 1.000.000.000.000.000
tera T 1012 = 1.000.000.000.000
giga G 109 = 1.000.000.000
mega M 106 = 1.000.000
kilo ou quilo k 103 = 1.000
hecto h 102 = 100
deca da 10
deci d 1021 = 0,1
centi c 1022 = 0,01
mili m 1023 = 0,001
micro u 1026 = 0,000.001
nano n 1029 = 0,000.000.001
pico p 10212 = 0,000.000.000.001
femto f 10215 = 0,000.000.000.000.001
atto a 10218 = 0,000.000.000.000.000.001
zepto z 10221 = 0,000.000.000.000.000.000.001
yocto y 10224 = 0,000.000.000.000.000.000.000.001
Medida materializada.
Metro padrão.
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112
Pense mais um
pouco...
Uma resolução possível para
a questão proposta consiste
em determinar quantos por
cento 12 é de 10, ou seja,
calculamos a razão entre
essas duas alturas. É impor-
tante que os alunos perce-
bam, inicialmente, que 12 é
mais de 100% de 10, já que
12 . 10. Fazer estimativas
de resultados ajuda a detec-
tar valores inadequados.
12
10
5 120
100
5 120% (ou 1,2)
Logo, 12 é 120% de 10. Por-
tanto, devemos programar
uma cópia com 120% de
ampliação.
Discuta com os alunos o fato
de que o acréscimo aplica-
do na altura de 10 cm para
12 cm é 2 cm, o que corres-
ponde a 20% de 10 cm. Por
isso, 120% correspondem à
altura obtida após o acrés-
cimo.
Os alunos podem comprovar
esses percentuais utilizando
uma calculadora para fazer
120% de 10 e 2% de 10.
Explore também o cálculo
mental, tomando por base
que calcular 10% de um va-
lor equivale a dividir esse va-
lor por 10 e calcular 50% de
um valor equivale a dividir o
valor por 2. Assim, os alunos
podem facilmente concluir
que 10% de 10 é igual a 1
(10 : 10 5 1) e como 20% é
o dobro de 10%, 20% de 10
deve ser 2.
Complemente os estudos com
a Sequência didática 4 –
Semelhança de triângulos
e a Sequência didática 5 –
Casos de semelhança de
triângulos, disponíveis no
Manual do Professor –Digital.
As atividades propostas
permitem desenvolver de
forma gradual e articulada
objetos de conhecimento
e habilidades da BNCC
selecionados para este
capítulo.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas,
inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras áreas.
(EF09MA12) Reconhecer as condições necessárias e suficientes para que dois triângulos sejam semelhantes.
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112 CAPÍTULO 5 SEMELHANÇA
Foto ampliadaFoto original
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Cachoeira do Prata, localizada na Chapada
dos Veadeiros, Cavalcante (Goiás). (Foto de
2017.)
Foto reduzida
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Ampliando ou reduzindo figuras
em uma fotocopiadora, obtemos
figuras semelhantes às originais. Figuras
congruentes também são semelhantes.
Figuras semelhantes são aquelas que têm a mesma forma, mas
não necessariamente o mesmo tamanho.
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Em uma foto, a altura da imagem de João corresponde a 10 cm. Qual deve ser a porcentagem que
devemos programar na fotocopiadora para que a altura de João, na cópia ampliada, seja de 12 cm?
Devemos programar uma cópia com 120%, isto é, 100% do original mais 20% de ampliação.
1 Figuras semelhantes
Quando uma imagem é projetada em uma tela de televisão, de cinema, de celular etc., o
tamanho da imagem projetada geralmente é diferente do tamanho da imagem original, no
entanto a forma é mantida. Assim, dizemos que a imagem que aparece na tela é semelhan-
te à original.
Além de cópias em tamanho original, as fotocopiadoras podem ampliar ou reduzir determi-
nada imagem; nesse caso, também se mantém a forma do original.
Para obter uma ampliação de, por exemplo, 50%, devemos programar essa máquina para
fazer uma cópia de 150%, pois a ampliação deverá ser igual ao original (100%) aumentado
de 50%. Se quisermos uma redução de 25%, devemos programar a máquina para 75%, que
corresponde ao original (100%) diminuído de 25%.
62
Objetivos do capítulo
Levar o aluno a:
• Resolver problemas envol-
vendo cálculos com núme-
ros reais.
• Determinar a razão en-
tre duas grandezas de es-
pécies diferentes, como:
gramatura de papel, velo-
cidade média, densidade
demográfica, entre outras.
• Resolver problemas envol-
vendo razões entre gran-
dezas de espécies diferen-
tes.
• Reconhecer relações de
proporcionalidade entre
duas grandezas.
• Resolver e elaborar proble-
mas envolvendo grandezas
direta e inversamente pro-
porcionais.
• Resolver e elaborar proble-
mas por meio da regra de
três.
• Aplicar a relação de pro-
porcionalidade na obten-
ção da medida de arcos de
circunferência.
• Comparar gráficos de bar-
ras envolvendo cálculo de
razões.
• Construir gráficos de bar-
ras e de colunas com base
em pesquisa sobre expec-
tativa de vida.
Orientações gerais
Este capítulo trata do estu-
do de razões entre grande-
zas de naturezas diferentes
e da proporcionalidade en-
tre grandezas. Trabalhamos
com estratégias de resolu-
ção de problemas envolven-
do grandezas diretamente
proporcionais, grandezas
inversamente proporcio-
nais e suas aplicações, com
procedimentos para proble-
mas que tenham a mesma
estrutura e que envolvam a
variação entre duas ou mais
grandezas dependentes.
Exploramos a construção e a
comparação de gráficos de
barras e de colunas.
Sugestões de leitura
Aproveite o tema da abertura e discuta sobre grafites e pichações. Para a ampliação desse tema, sugerimos:
<https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/pichacao-e-grafite-e-possivel-negar-veementemente-a-depredacao-
ilegal-e-abracar-incondicionalmente-a-arte-urbana/>;
<https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/afinal-qual-e-a-diferenca-entre-grafite-e-pichacao.htm>. Acessos em:
30 ago. 2018.
Material Digital Audiovisual
• Videoaula: Ângulo inscrito e
central na circunferência
Orientações para o
professor acompanham o
Material Digital Audiovisual
62 CAPÍTULO 3
3
Capítulo
Grandezas
proporcionais
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Surgido nos anos 1970
em Nova York (Estados
Unidos), o grafite é uma
forma de manifestação
artística em espaços
públicos com adeptos em
vários países. O grafite
brasileiro é considerado
um dos melhores do
mundo.
Se dois grafiteiros
levam 10 dias para
concluir um grande painel,
com a ajuda de outros dois
grafiteiros, igualmente
hábeis, em quantos dias
eles terminariam essa
arte?
Em Soweto (África do Sul), grafiteiros produzem um retrato de Winnie
Madikizela-Mandela, ex-esposa do presidente sul-africano Nelson Mandela.
Ela faleceu em 2 de abril de 2018, com 81 anos. (Foto de 2018.)
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275BIMESTRE 4
Objetivos do capítulo
Levar o aluno a:
• Reconhecer e utilizar os ele-
mentos e as relações métri-
cas nos polígonos regulares.
• Aplicar o teorema de Pitá-
goras na determinação de
elementos de polígonos
regulares inscritos em uma
circunferência.
• Resolver e elaborar proble-
mas de aplicação do teore-
ma de Pitágoras envolven-
do polígonos regulares.
• Descrever algoritmo por
escrito e por meio de flu-
xograma para a construção
de um polígono regular.
• Relacionar arcos de uma
circunferência e ângulos
centrais de polígonos re-
gulares inscritos nessa cir-
cunferência.
• Resolver problemas envol-
vendo área de um polígono
regular, números reais, cál-
culo de áreas e volume, re-
lações de proporcionalidade
no cálculo da área de um se-
tor circular, área de um cír-
culo, de uma coroa circular
e de um setor circular.
• Analisar gráficos com ele-
mentos que induzem a
erros de leitura e de inter-
pretação.
Orientações gerais
Ampliamos o trabalho sobre
polígonos regulares e seus
elementos ao apresentar
as relações métricas entre
elementos de um polígono
regular e a circunferência a
que ele está inscrito.
Desenvolvemos o estudo de
polígonos regulares com o
uso da linguagem algébri-
ca, e questões de construção
geométrica de figuras. Nas
demonstrações mostramos a
aplicação do teorema de Pitá-
goras e da proporcionalidade.
Tratamos da área de um po-
lígono regular, de um círculo
e de suas partes; e do volu-
me de alguns sólidos geomé-
tricos.
Amplie o trabalho da abertura perguntando aos alu-
nos que figuras geométricas podem ser lembradas no
logotipo do Patrimônio Mundial. Espera-se que eles
indiquem o quadrado e a circunferência (ou o círculo).
Peça aos alunos uma pesquisa sobre Patrimônio
Mundial e outros Patrimônios Mundiais no Brasil.
Sugestões de leitura
Para enriquecer a pesquisa, sugerimos:
<http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/24>;
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/
list-of-world-heritage-in-brazil/>. Acessos em: 10 set. 2018.
Orientações para o
professor acompanham o
Material Digital Audiovisual
Material Digital Audiovisual
• Áudio: Algoritmo para
polígonos regulares
275CAPÍTULO 12
Logotipos, imagens onde vicejam criatividade e simplicidade, identificam
instituições e empresas públicas ou privadas. Em muitos deles vemos circunferências
e polígonos regulares.
O logotipo de Patrimônio Mundial (na parte inferior da imagem acima), desenhado pelo
artista belga Michel Olyff e adotado como emblema oficial em 1978, demarca regiões ou
áreas que a comunidade científica considera de fundamental importância para a humanidade.
12
Capítulo
Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha. O arquipélago, pertencenteao estado de Pernambuco, foi declarado
Patrimônio Mundial pela Unesco em 2001, como indica o logotipo reproduzido acima. (Foto de 2016.)
Polígonos regulares
e áreas
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Este Manual do Professor está organizado em:
Orientações gerais – apresenta a visão geral da proposta desenvolvida e os fundamentos teórico -metodológicos da
coleção.
Orientações específicas – traz a distribuição das seções especiais do livro do estudante, comentários sobre cada um
dos capítulos e quadros com a correspondência entre conteúdos desenvolvidos, objetos de conhecimento e habilidades
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao final, encontram-se sugestões de atividades e, quando possível, textos
complementares.
Orientações página a página – reproduz as páginas do livro do estudante em formato reduzido, acompanhadas de
orientações, sugestões didáticas e comentários nas laterais e na parte inferior, em formato semelhante à letra U.
A estrutura permite localizar facilmente as orientações referentes aos assuntos da página e os recursos disponíveis
no Manual do Professor – Digital. Veja a seguir.
Livros e sites são
indicados para
aprofundar ou
complementar o
tema em estudo.
No início da página
de abertura,
encontram-se
os Objetivos
do capítulo e
Orientações
gerais sobre o
desenvolvimento
dos conteúdos
trabalhados.
Sempre que
oportuno, ícones
sugerem os
momentos para
a utilização das
Sequências didáticas
e das Propostas de
Acompanhamento
da Aprendizagem,
oferecidas
no Manual do
Professor – Digital.
As habilidades da
BNCC trabalhadas
são reproduzidas ao
final da página.
A cada bimestre, um
marcador sinaliza
os Materiais Digitais
Audiovisuais disponíveis
no Manual do Professor
– Digital. Esses materiais
são acompanhados
de uma ficha com
orientações para o
desenvolvimento da
proposta com os alunos.
Na parte inferior da
dupla de páginas,
um marcador indica
o bimestre sugerido
para o trabalho
com os capítulos.
Essa organização
bimestral está
de acordo com
os Planos de
desenvolvimento
propostos no
Manual do
Professor – Digital.
IVIVIV
Orientações gerais V
Apresentação ............................................................................................................ V
Visão geral da proposta da coleção .......................................................................... V
Objetivos gerais da coleção ................................................................................................... VI
Fundamentos teórico-metodológicos ...................................................................... VI
A importância de aprender Matemática ............................................................................ VI
A Matemática como componente curricular do Ensino Fundamental...................... VIII
BNCC e currículos ..................................................................................................................... X
Unidades Temáticas ................................................................................................................. XII
Propostas didáticas ................................................................................................................. XIII
Apresentação da coleção ......................................................................................... XV
Estrutura da obra ...................................................................................................................... XV
Organização geral da obra ..................................................................................................... XVI
Avaliação ................................................................................................................... XVI
A avaliação e as práticas avaliativas .................................................................................. XVI
Instrumentos de avaliação nas aulas de Matemática ................................................... XVIII
Formação continuada e desenvolvimento profissional docente .............................. XX
Instituições de estudos e pesquisas em Educação Matemática
que mantêm publicações na área ........................................................................................ XX
Sugestões de leitura ................................................................................................................ XXI
Sugestões de sites ................................................................................................................... XXIV
Documentos oficiais ................................................................................................................ XXIV
Bibliografia consultada ............................................................................................. XXIV
Orientações específicas XXVII
Capítulo 1 – Números reais ....................................................................................... XXVIII
Capítulo 2 – Operações com números reais .............................................................. XXXI
Capítulo 3 – Grandezas proporcionais....................................................................... XXXII
Capítulo 4 – Proporcionalidade em Geometria ......................................................... XXXIV
Capítulo 5 – Semelhança ........................................................................................... XXXV
Capítulo 6 – Um pouco mais sobre Estatística ......................................................... XXXVI
Capítulo 7 – Equações do 2o grau .............................................................................. XXXIX
Capítulo 8 – Triângulo retângulo ............................................................................... XL
Capítulo 9 – Razões trigonométricas nos triângulos retângulos ............................. XLII
Capítulo 10 – Estudo das funções ............................................................................ XLIII
Capítulo 11 – Circunferência, arcos e relações métricas ......................................... XLIV
Capítulo 12 – Polígonos regulares e áreas ................................................................ XLV
Sugestões de atividades XLVII
Livro do estudante – Orientações página a página 1
SUMÁRIO
V
Apresentação
Professor(a),
Como material de apoio à prática pedagógica, este
Manual traz, de maneira concisa, orientações e sugestões
para o uso do livro do aluno como texto de referência, com
o objetivo de subsidiar seu trabalho em sala de aula. Espe-
ramos que este material o(a) auxilie a melhor aproveitar e
a compreender as diretrizes pedagógicas que nortearam
a elaboração dos quatro livros desta coleção.
Este Manual também discute a avaliação da aprendi-
zagem sob a luz de pesquisas em Educação e Educação
Matemática e em documentos oficiais. Além disso, oferece
indicações de leituras complementares e sites de centros de
formação continuada, na intenção de contribuir para a am-
pliação de seu conhecimento, sua experiência e atualização.
As características da coleção, as opções de abordagem,
os objetivos educacionais a alcançar são também expostos
e discutidos aqui.
Visão geral da proposta da
coleção
Esta coleção tem como principal objetivo servir de
apoio ao professor no desenrolar de sua prática didático-
-pedagógica e oferecer ao aluno um texto de referência
auxiliar e complementar aos estudos.
Com base nos conteúdos indicados para a Matemática
dos anos finais (6o ao 9o anos) do Ensino Fundamental e
suas especificidades de ensino, a obra procura possibilitar
ao aluno a elaboração do conhecimento matemático, visan-
do contribuir para a formação de cidadãos que reflitam e
atuem no mundo, e subsidiar o trabalho docente, compar-
tilhando possibilidades de encaminhamento e sugestões
de intervenção. Nesse sentido, atribui especial importância
ao desenvolvimento de conceitos de maneira precisa e
por meio de linguagem clarae objetiva, com destaques
pontuais para as noções de maior importância.
As ideias matemáticas são apresentadas e desenvolvi-
das progressivamente, sem a preocupação de levar o aluno
a assimilar a totalidade de cada conteúdo, isto é, sem a
pretensão de esgotar o assunto na primeira apresentação.
Ao longo da coleção, oferecemos constantes retomadas,
não apenas visando à revisão, mas à complementação e
ao aprofundamento de conteúdos. Acreditamos que, por
meio de diversos contatos com as ideias e os objetos ma-
temáticos, o aluno conseguirá apreender seus significados.
Em relação à abordagem, a apresentação de cada
conteúdo procura ser clara e objetiva, buscando situações
contextualizadas e problematizadoras que possibilitem
ao aluno uma aprendizagem significativa, assim como
estabelecer relações da Matemática com outras áreas do
saber, com o cotidiano, com sua realidade social e entre
os diversos campos conceituais da própria Matemática.
Essa contextualização abarcou situações comuns, viven-
ciadas pelos jovens em seu cotidiano, e informações mais
elaboradas, que costumam aparecer nos grandes veículos de
comunicação. Assim, a obra tem por objetivo contribuir para a
formação integral do aluno, de modo que, enquanto assimila
e organiza os conteúdos próprios da Matemática, coloque
em prática, sempre que possível, suas capacidades reflexiva
e crítica, inter -relacionando tanto os tópicos matemáticos
entre si quanto estes com os de diferentes áreas do saber.
O intento é colaborar de maneira eficaz para a solidificação
do conhecimento matemático e com o preparo do exercício
da cidadania e da participação positiva na sociedade.
Na perspectiva mundial da permanente busca por me-
lhor qualidade de vida, a Matemática, sobretudo em seus
aspectos essenciais, contribui de modo significativo para
a formação do cidadão crítico e autoconfiante, com com-
preensão clara dos fenômenos sociais e de sua atuação na
sociedade, com vistas a uma formação integral e inclusiva.
[...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compro-
misso com a educação integral. Reconhece, assim, que a
Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento
humano global, o que implica compreender a complexidade
e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com
visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual
(cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir
uma visão plural, singular e integral da criança, do adoles-
cente, do jovem e do adulto – considerando -os como sujeitos
de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu
acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas
suas singularidades e diversidades. [...]
(Base Nacional Comum Curricular, 2017, p. 14.)
A ideia de educação inclusiva sustenta -se em um movi-
mento mundial de reconhecimento da diversidade humana
e da necessidade contemporânea de se constituir uma escola
para todos, sem barreiras, na qual a matrícula, a permanên-
cia, a aprendizagem e a garantia do processo de escolarização
sejam, realmente e sem distinções, para todos.
(SÃO PAULO. Currículo da Cidade, 2017, p. 25.)
Na sequência, os conceitos teóricos são trabalhados
entremeados por blocos de exercícios e, algumas vezes,
por atividades de outra natureza em seções especiais. A
distribuição das atividade em diferentes seções procura fa-
cilitar e flexibilizar o planejamento do trabalho docente, bem
como possibilitar ao aluno desenvolver habilidades diversas.
ORIENTAÇÕES GERAIS
VIVI
As atividades também foram pensadas de acordo com
o mesmo viés da exposição teórica, intercalando -se aos
exercícios convencionais, importantes para formalizar e
sistematizar conhecimentos, aqueles que associam os
contextos matemáticos aos de outras áreas do conheci-
mento, que contemplam temas abrangendo informações
de Biologia, Ecologia, Economia, História, Geografia, Políti-
ca, Ciências e Tecnologia.
A constante recorrência a imagens, gráficos e tabelas,
muitos deles publicados em mídias atuais, tem por objeti-
vo estimular os alunos a estabelecerem conexões com o
mundo em que vivem.
A obra procura trazer atividades que possibilitam a
sistematização dos procedimentos e a reflexão sobre
os conceitos em construção. Elas procuram abordar
diferentes aspectos do conceito em discussão por meio
de variados formatos, apresentando, quando possível,
questões abertas, que dão oportunidade a respostas
pessoais, questões com mais de uma solução ou cuja
solução não existe. Da mesma maneira, há exercícios
que estimulam a ação mental, promovendo o desenvol-
vimento de argumentações, a abordagem de problemas
de naturezas diversas e as discussões entre colegas e em
grupos de trabalho. O professor tem, então, uma gama
de questões a seu dispor para discutir e desenvolver os
conceitos matemáticos em estudo.
É importante reafirmar que, ao longo de toda a co-
leção, houve preocupação com a precisão e a concisão
da linguagem. A abordagem dos conteúdos procurou ser
clara, objetiva e simples, a fim de contribuir adequada-
mente para o desenvolvimento da Matemática escolar
no nível do Ensino Fundamental. Além do correto uso
da língua materna e da linguagem propriamente mate-
mática, procuramos auxílio da linguagem gráfica, com
ilustrações, esquemas, diagramas e fluxogramas que
auxiliem a aprendizagem pelas mudanças dos registros
de representação.
Objetivos gerais da coleção
• Apresentar a Matemática, em seus diversos usos,
como uma das linguagens humanas, explorando suas
estruturas e seus raciocínios.
• Introduzir informações que auxiliem a apreensão de
conteúdos matemáticos, com vistas à sua inserção
em um corpo maior de conhecimentos e à sua apli-
cação em estudos posteriores.
• Possibilitar ao aluno o domínio de conteúdos ma-
temáticos que lhe deem condições de utilização
dessa ciência no cotidiano e na realidade social,
oportunizando o desenvolvimento do letramento
matemático1.
• Propiciar, com o auxílio do conhecimento matemático,
o desenvolvimento das múltiplas competências e
habilidades cognitivas do aluno, preparando -o como
pessoa capaz de exercer conscientemente a cidada-
nia e de progredir profissionalmente, garantindo uma
formação integral e inclusiva.
• Desenvolver hábitos de leitura, de estudo e de or-
ganização.
Fundamentos teórico-
-metodológicos
Vamos apresentar alguns temas relativos ao ensino
de Matemática que norteiam as escolhas curriculares da
coleção e se alinham às proposições da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC).
A importância de aprender Matemática
Partimos da proposição de que uma característica da
Matemática é ser uma linguagem humana que, como forma
linguística, tem o poder de decodificar, traduzir e expressar
o pensamento humano, o que contribui para a formação
integral do estudante.
O conhecimento matemático é necessário para todos os
alunos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na
sociedade contemporânea, seja pelas suas potencialidades
na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsa-
bilidades sociais.
(BNCC, 2017, p. 263.)
A palavra matemática vem do grego mathematike. Em
sua origem, estava ligada ao ato de aprender, pois signifi-
cava “tudo o que se aprende”, enquanto matemático, do
grego mathematikos, era a palavra usada para designar
alguém “disposto a aprender”. O verbo aprender era origi-
nalmente, em grego, manthanein; mas hoje o radical math,
antes presente nas palavras ligadas à aprendizagem, pare-
ce ter perdido essa conotação e daí talvez resulte a ideia
geral de que a Matemática é uma disciplina que lida apenas
com números, grandezas e medidas e que se aprende na
escola de forma compulsória.
1 Segundo a Matriz de Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (disponível em: <http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/
marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf>; acesso em: 2 maio 2018):
Letramento matemático é a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma variedade decontextos.
Isso inclui raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas para descrever, explicar e
predizer fenômenos. Isso auxilia os indivíduos a reconhecer o papel que a matemática exerce no mundo e para que cidadãos construtivos,
engajados e reflexivos possam fazer julgamentos bem fundamentados e tomar as decisões necessárias.
VI
http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf
http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referenciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf
Na realidade, a Matemática fornece ao indivíduo, além
de uma linguagem para expressar seu pensamento, ferra-
mentas com as quais ele pode gerar novos pensamentos
e desenvolver raciocínios, ou seja,
[…] a Matemática não é simplesmente uma disciplina,
mas também uma forma de pensar. É por isso que a Mate-
mática, assim como a alfabetização, é algo que deveria ser
tornado disponível para todos […].
(NUNES; BRYANT, 1997, p. 105.)
A Matemática, portanto, é algo que deve estar disponí-
vel a todo ser humano, para que possa fazer uso dela como
uma de suas ferramentas de sobrevivência e convívio
social, promovendo uma formação inclusiva.
Um ponto crucial a considerar é que as formas de pensar
características da Matemática podem expandir -se para
outros raciocínios, impulsionando a capacidade global de
aprendizado. Ao lidar com a Matemática, fundamentamos o
pensamento em um conjunto de axiomas, na geração e va-
lidação de hipóteses, no desenvolvimento de algoritmos e
procedimentos de resolução de problemas — ferramentas
aplicáveis a um conjunto de situações similares —, esta-
belecendo conexões e fazendo estimativas. Analisando
situações particulares e inserindo -as na estrutura global,
é possível construir estruturas de pensamento também
úteis em situações não matemáticas da vida em sociedade.
A Matemática não se restringe apenas à quantificação de
fenômenos determinísticos – contagem, medição de objetos,
grandezas – e das técnicas de cálculo com os números e com
as grandezas, pois também estuda a incerteza proveniente de
fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas
abstratos, que organizam e inter -relacionam fenômenos do
espaço, do movimento, das formas e dos números, associados
ou não a fenômenos do mundo físico. Esses sistemas contêm
ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão
de fenômenos, a construção de representações significativas
e argumentações consistentes nos mais variados contextos.
(BNCC, 2017, p. 263.)
Ao construir sua história, o ser humano tem modifi-
cado e ampliado constantemente suas necessidades,
individuais ou coletivas, de sobrevivência ou de cultura.
O corpo de conhecimentos desenvolvido nesse longo
trajeto ocupa lugar central no cenário humano. No que
diz respeito aos conhecimentos matemáticos, muitos
continuam atravessando os séculos, enquanto outros
já caíram em desuso. Há, ainda, outros que estão sendo
incorporados em razão das necessidades decorrentes
das ações cotidianas, como é o caso da Educação Fi-
nanceira. As novas práticas solicitam a ampliação e o
aprofundamento desses conhecimentos.
Até algumas décadas atrás,“saber” Matemática impli-
cava basicamente dominar e aplicar as operações básicas:
adição, subtração, multiplicação e divisão. Na atualidade,
contudo, as pesquisas educacionais, as diretrizes peda-
gógicas oficiais e, em especial, a BNCC apontam para a
necessidade de que em todos os anos da Educação Básica
a escola trabalhe conteúdos organizados nas cinco Unida-
des Temáticas: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas
e medidas e Probabilidade e estatística, tendo como refe-
rência o desenvolvimento das competências e habilidades
descritas pela BNCC.
Na BNCC, competência é definida como a mobilização
de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
(BNCC, 2017, p .8.)
Para entender a real importância da Matemática, basta
pensar em nosso cotidiano. É fácil fazer uma longa lista de
ações nas quais precisamos mobilizar os conhecimentos
desse campo: calcular uma despesa para efetuar seu paga-
mento; examinar diferentes alternativas de crédito; estimar
valores aproximados; calcular medidas e quantidades com
alguma rapidez; compreender um anúncio ou uma notícia
apresentados por meio de tabelas e gráficos; analisar
criticamente a validade de um argumento lógico; avaliar
a razoabilidade de um resultado numérico ou estatístico;
decidir a sequência de passos necessários para resolver um
problema; orientarmo -nos no espaço (para deslocamentos
ou indicações de trajetórias), entre tantas outras situações.
Hoje sabemos da importância de o indivíduo aprender
continuamente, durante toda a vida, para assimilar as in-
cessantes inovações do mundo moderno e, desse modo,
realimentar seu repertório cultural. Em um ambiente mun-
dial cada vez mais competitivo e desenvolvido do ponto de
vista tecnológico, é preciso tornar acessíveis a todas as
pessoas as vantagens desses avanços. E é responsabilida-
de também da educação escolar levar o aluno a perceber
criticamente a realidade, cuja interpretação depende da
compreensão de sua estrutura lógica, do entendimento
da simbologia adotada no contexto, da análise das infor-
mações veiculadas por dados numéricos, imagens, taxas,
indexadores econômicos etc. Um indivíduo com poucos
conhecimentos matemáticos pode estar privado de exer-
cer seus direitos como cidadão, por não ter condições de
opinar em situação de igualdade com os demais membros
da sociedade, nem de definir seus atos políticos e sociais
com base em uma avaliação acurada da situação.
No ensino da Matemática, assumem grande importân-
cia aspectos como o estímulo a relacionar os conceitos
matemáticos com suas representações (esquemas,
diagramas, tabelas, figuras); a motivação para identificar
no mundo real o uso de tais representações; o desafio à
interpretação, por meio da Matemática, da diversidade das
informações advindas desse mundo.
Podemos afirmar que a maior parte das sociedades de
hoje depende cada vez mais do conjunto de conhecimento
produzido pela humanidade, incluindo de maneira notável as
contribuições da ciência matemática. Ao mesmo tempo,
esse arcabouço cultural revigora -se incessantemente, com
grande diversidade e sofisticação. Os apelos de um mundo
VII
VIIIVIII
que se transforma em incrível velocidade, em uma cres-
cente variedade de domínios, constituem uma das razões
mais significativas para o maior desafio dos educadores:
preparar os jovens para uma atuação ética e responsável,
balizada por uma formação múltipla e consistente.
Matemática acadêmica 3 Matemática escolar
No âmbito específico da Matemática, há muito mais
conhecimento já estabelecido do que o que chega à sala
de aula. A seleção desses conhecimentos -conteúdos e
a maneira de apresentá -los aos estudantes exigem bom
senso e uma série de estudos e adaptações.
Em sua formação inicial, na universidade, o futuro
professor de Matemática tem contato simultâneo com
a Matemática acadêmica e a Matemática escolar. No en-
tanto, em seu exercício profissional, o destaque será para
a Matemática escolar; daí a relevância de procurarmos
entender a distinção entre ambas.
De acordo com Moreira e David (2003), a Matemática
acadêmica, ou científica, é o corpo de conhecimentos
produzido por matemáticos profissionais. Nesse caso, as
demonstrações, definições e provas de um fato e o rigor
na linguagem utilizada ocupam papel relevante, visto que
é por meio deles que determinado conhecimento é aceito
como verdadeiro pela comunidade científica.
No caso da Matemática escolar, há dois aspectos fun-
damentais que modificam significativamente o papel do
rigor nas demonstrações. O primeiro refere -se ao fato de a“validade” dos resultados matemáticos, que serão apresen-
tados aos estudantes no processo de ensino -aprendizagem,
não ser colocada em dúvida; ao contrário, já está garantida
pela própria Matemática acadêmica. O segundo aspecto diz
respeito à aprendizagem; neste caso, o mais importante é o
desenvolvimento de uma prática pedagógica que assegure
a compreensão dos conteúdos matemáticos essenciais,
assim como a construção de justificativas que permitam
ao jovem estudante utilizá -los de maneira coerente e con-
veniente, tanto na vida escolar quanto na cotidiana, propi-
ciando o desenvolvimento das competências e habilidades
para ele exercer a cidadania plena e atuar no mundo.
O pensador Jules Henri Poincar também discute a dife-
rença entre o rigor necessário e conveniente à Matemática
científica e o rigor adequado a um processo educativo. Para
ele, uma boa definição é aquela que pode ser entendida
pelo estudante.
Nesse contexto, a coleção procura harmonizar o uso da
língua materna com a linguagem matemática, promovendo
uma leitura acessível e adequada aos alunos dos anos
finais do Ensino Fundamental.
A Matemática como componente
curricular do Ensino Fundamental
A importância de ensinar Matemática no Ensino Funda-
mental, conforme indica a BNCC, decorre também da con-
tribuição que a área representa na formação do cidadão.
O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o
desenvolvimento do letramento matemático, definido como
as competências e habilidades de raciocinar, representar, co-
municar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer
o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução
de problemas em uma variedade de contextos, utilizando
conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas.
É também o letramento matemático que assegura aos alunos
reconhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamen-
tais para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o
caráter de jogo intelectual da matemática, como aspecto que
favorece o desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico,
estimula a investigação e pode ser prazeroso (fruição).
O desenvolvimento dessas habilidades está intrinse-
camente relacionado a algumas formas de organização da
aprendizagem matemática, com base na análise de situações
da vida cotidiana, de outras áreas do conhecimento e da
própria Matemática. [...]
(BNCC, 2017, p. 264.)
Diversos pesquisadores e profissionais ligados à Edu-
cação Matemática têm procurado sintetizar o papel social
do ensino dessa área do conhecimento. Na literatura,
segundo Ponte (2002), cabem ao ensino da Matemática
quatro diferentes papéis:
• instrumento da cultura científica e tecnológica,
fundamental para profissionais como cientistas,
engenheiros e técnicos, que utilizam a Matemática
em suas atividades;
• filtro social para a continuação dos estudos e seleção
para as universidades;
• instrumento político, como símbolo de desenvolvi-
mento e arma de diversas forças sociais que utilizam
as estatísticas do ensino da Matemática para seus
propósitos;
• promotora do desenvolvimento dos modos de pensar
a serem aplicados na vida cotidiana e no exercício da
cidadania.
É evidente que cada um desses papéis serve a diferen-
tes interesses e finalidades. Contudo, considerando os
indivíduos seres sociais, é o último desses papéis o mais
importante e o que mais nos interessa. Como explica Ponte:
Incluem -se aqui os aspectos mais diretamente utilitários
da Matemática (como ser capaz de fazer trocos e de calcular
a área da sala), mas não são esses aspectos que justificam
a importância do ensino da Matemática. São, isto sim, a
capacidade de entender a linguagem matemática usada na
vida social e a capacidade de usar um modo matemático de
pensar em situações de interesse pessoal, recreativo, cultural,
cívico e profissional. Em teoria, todos reconhecem que esta é
a função fundamental do ensino da Matemática. Na prática,
infelizmente, é muitas vezes a função que parece ter menos
importância.
(Ibidem)
VIII
A função de promotora dos modos de pensar, porém,
não se concretiza na prática somente por estar explicitada
no currículo e nos programas.
O sistema de avaliação, os manuais escolares e a cultura
profissional dos professores podem influenciar de tal modo
as práticas de ensino que as finalidades visadas pelo currículo
em ação, muitas vezes, pouco têm a ver com aquilo que é
solenemente proclamado nos textos oficiais.
(Ibidem)
Ao discorrer sobre esses papéis, Ponte analisa em parti-
cular a função de filtro social – “a verdade é que este papel
de instrumento fundamental de seleção tem pervertido a
relação dos jovens com a Matemática” (ibidem) –, que pas-
sam a enxergá -la como obstáculo a ser transposto para a
conquista de objetivos, em vez de entendê -la como aliada
nesse processo. O pesquisador enfatiza a importância de
identificar os fatores que originam o insucesso dos alunos em
Matemática. Para ele, tais fatores estão relacionados com:
• a crise da escola como instituição, que se reflete na
aprendizagem em geral e na Matemática em particular;
• aspectos de natureza curricular — tradição pobre de
desenvolvimento curricular de Matemática;
• insuficiente concretização prática e caráter difuso
das finalidades do aprendizado;
• o próprio fato de a Matemática constituir -se em ins-
trumento de seleção, o que, de imediato, desencanta
e amedronta o aluno;
• questões ligadas à formação dos professores.
Em contrapartida, de acordo com a BNCC, podemos
destacar que:
[...] Os processos matemáticos de resolução de proble-
mas, de investigação, de desenvolvimento de projetos e da
modelagem podem ser citados como formas privilegiadas
da atividade matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo
tempo, objeto e estratégia para a aprendizagem ao longo de
todo o Ensino Fundamental. Esses processos de aprendiza-
gem são potencialmente ricos para o desenvolvimento de
competências fundamentais para o letramento matemático
(raciocínio, representação, comunicação e argumentação)
e para o desenvolvimento do pensamento computacional.
(BNCC, 2017, p. 264.)
As atuais e inúmeras discussões na área educacional
têm nos alertado sobre mudanças na forma de conceber a
Educação Básica no mundo. No que diz respeito à Educação
Matemática, podemos dizer que ela tem atravessado um
grato momento de revitalização:
Novos métodos, propostas de novos conteúdos e uma
ampla discussão dos seus objetivos fazem da Educação
Matemática uma das áreas mais férteis nas reflexões sobre o
futuro da sociedade.
(D’AMBRÓSIO, 2000.)
A BNCC preconiza a inclusão e a discussão de temas
contemporâneos, como é o caso dos “direitos da criança e
do adolescente” e “educação em direitos humanos”.
Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como
às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e compe-
tência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas
a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida
humana em escala local, regional e global, preferencialmente
de forma transversal e integradora.
(BNCC, 2017, p. 19.)
A orientação de introduzir e interligar no âmbito esco-
lar temas dessa natureza traz efetivas possibilidades de
expansão dos currículos, para além dos conteúdos das
disciplinas tradicionais. Esses temas também podem ser
abordados de acordo com a necessidade dos estudantes
e da comunidade em que estão inseridos.
O importante é ter em vista que, por meio do trabalho
com esses temas, é possível incluir as questões sociais
nos currículos escolares. Dessa perspectiva, os conteúdos
trabalhados ganham novo papel; o aprendizado da Mate-
mática, entre outras abordagens, concorre para a formação
da cidadania e, consequentemente, para um entendimento
mais amplo da realidade social.
Por compreender a importância desse trabalho, esta co-
leção procura, na medida do possível, incorporar e discutir al-
guns conteúdos matemáticos em contextos diversificados.
O papel do livro didático
Entendemos que, em geral,os recursos presentes em
salas de aula não são suficientes para fornecer todos
os elementos necessários ao trabalho do professor e
à aprendizagem do aluno. Nesse caso, o livro didático
desempenha um papel importante, assessorando nesse
processo, como organização e encaminhamento da teoria
e propostas de atividades e exercícios. Assim, o livro di-
dático contribui para o processo de ensino -aprendizagem
e atua como mais um interlocutor na comunicação entre
educador e educando.
Mas é preciso considerar que o livro didático, por mais
completo que seja, deve ser utilizado intercalado com
outros recursos que enriqueçam o trabalho do professor.
Concordamos com Romanatto (2004) quando diz que,
partindo do princípio de que o verdadeiro aprendizado
apoia -se na compreensão, não na memória, e de que so-
mente uma real interação com os alunos pode estimular o
raciocínio e o desenvolvimento de ideias próprias em busca
de soluções, cabe ao professor aguçar seu espírito crítico
perante o livro didático.
Na organização desta coleção, os conceitos e ativida-
des foram concebidos e dispostos em uma sequência que
garanta a abordagem dos conhecimentos matemáticos
relativos aos anos finais do Ensino Fundamental, visando à
IX
XX
ampliação dos conhecimentos básicos tratados nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, apresentando -os em capí-
tulos específicos e, depois, retomando -os e ampliando -os
em volumes posteriores. Assim, os alunos podem resgatar
os conhecimentos trabalhados anteriormente, ampliar os
conceitos ao longo de seus estudos em Matemática do 6o ao
9o anos e preparar -se para a continuidade no Ensino Médio.
As orientações deste Manual pretendem esclarecer
intenções, objetivos e concepções das atividades que
podem auxiliar o trabalho pedagógico do professor em
seus encaminhamentos, intervenções e na ampliação e
enriquecimento de seus conhecimentos matemáticos.
Caracterização da adolescência
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei
n o 8.069/1990: “Considera -se criança, para os efeitos
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos,
e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.”
De acordo com a BNCC:
Os estudantes dessa fase inserem -se em uma faixa etária
que corresponde à transição entre infância e adolescência,
marcada por intensas mudanças decorrentes de transfor-
mações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. [...]
ampliam -se os vínculos sociais e os laços afetivos, as possi-
bilidades intelectuais e a capacidade de raciocínios mais abs-
tratos. Os estudantes tornam -se mais capazes de ver e avaliar
os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a capacidade
de descentração, “importante na construção da autonomia
e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010).
(BNCC, 2017, p. 58.)
Esta coleção procura uma aproximação com os estudan-
tes dessa fase, seja na linguagem utilizada, seja na escolha
de assuntos que possam despertar seu interesse. Um des-
ses momentos pode ser observado nas aberturas dos ca-
pítulos, nas quais são apresentadas situações que buscam
aguçar a curiosidade dos alunos para o tema a ser tratado.
Além disso, a coleção busca também facilitar a passagem
de um ano para outro no processo de ensino -aprendizagem
em Matemática, retomando conceitos, revisitando conheci-
mentos – como as quatro operações fundamentais e o es-
tudo das figuras geométricas –, ampliando e aprofundando
conteúdos com novos aspectos, a fim de que os alunos se
apropriem dos conceitos com a compreensão dos processos
neles envolvidos, caso da ampliação do campo numérico
(dos números naturais aos números reais).
Objetivos da formação básica para o Ensino
Fundamental
Segundo o Parecer 11/2010 do Conselho Nacional de
Educação/Câmara de Educação Básica sobre Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9
(nove) anos, os objetivos para a formação básica relativos
ao Ensino Infantil e Ensino Fundamental são:
• o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo;
• a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;
• a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação
de atitudes e valores como instrumentos para uma visão
crítica do mundo;
• o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que
se assenta a vida social.
(Parecer 11/2010, p. 32.)
BNCC e currículos
A BNCC e os currículos estão em concordância com os
princípios e valores que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) e as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica (DCN).
A BNCC relaciona algumas ações que visam adequar
suas proposições à realidade dos sistemas ou redes de
ensino e das instituições escolares, considerando o con-
texto e as características dos alunos:
• contextualizar os conteúdos dos componentes curri-
culares, identificando estratégias para apresentá -los,
representá -los, exemplificá -los, conectá -los e torná -los
significativos, com base na realidade do lugar e do tempo
nos quais as aprendizagens estão situadas;
• decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos
componentes curriculares e fortalecer a competência
pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias
mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à
gestão do ensino e da aprendizagem;
• selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-
-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferen-
ciados e a conteúdos complementares, se necessário, para
trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de
alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades,
seus grupos de socialização etc.;
• conceber e pôr em prática situações e procedimentos para
motivar e engajar os alunos nas aprendizagens;
• construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa
de processo ou de resultado que levem em conta os contex-
tos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros
como referência para melhorar o desempenho da escola,
dos professores e dos alunos;
• selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e
tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender;
• criar e disponibilizar materiais de orientação para os
professores, bem como manter processos permanentes
de formação docente que possibilitem contínuo aper-
feiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem;
• manter processos contínuos de aprendizagem sobre ges-
tão pedagógica e curricular para os demais educadores,
no âmbito das escolas e sistemas de ensino.
(BNCC, 2017, p. 16 -17.)
X
Competências da BNCC
Visando assegurar as aprendizagens essenciais a que todo estudante da Educação Básica tem
direito, a BNCC propõe o desenvolvimento de competências que vão além dos conteúdos mínimos a
serem ensinados.
As competências, já definidas anteriormente, são apresentadas como competências gerais – para
nortear os currículos e as ações pedagógicas – e explicitadas pelas competências específicas de área,
a serem desenvolvidas pelas diferentes áreas do currículo ao longo das etapas da escolarização.
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,das locais
às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico -cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual -motora, como Libras,
e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar -se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões
comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
8. Conhecer -se, apreciar -se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo -se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar
com elas.
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto
das necessidades e preocupações de diferentes culturas,
em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva,
que contribui para solucionar problemas científicos e
tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções,
inclusive com impactos no mundo do trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação
e a capacidade de produzir argumentos convincentes,
recorrendo aos conhecimentos matemáticos para
compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos
dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra,
Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras
áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à
própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança
na busca de soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos
e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais,
de modo a investigar, organizar, representar e comunicar
informações relevantes, para interpretá -las e avaliá -las crítica
e eticamente, produzindo argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive
tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver
problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de
conhecimento, validando estratégias e resultados.
6. Enfrentar situações -problema em múltiplos contextos,
incluindo -se situações imaginadas, não diretamente
relacionadas com o aspecto prático -utilitário, expressar
suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes
registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de
texto escrito na língua materna e outras linguagens para
descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo,
questões de urgência social, com base em princípios éticos,
democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a
diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais,
sem preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando
coletivamente no planejamento e desenvolvimento de
pesquisas para responder a questionamentos e na busca de
soluções para problemas, de modo a identificar aspectos
consensuais ou não na discussão de uma determinada
questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo -se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
(Fonte: BNCC, 2017, p. 9 -10, 263.)
Ao longo dos conteúdos, são oferecidas diferentes oportunidades para o aluno interpretar, refletir,
analisar, discutir, levantar hipóteses, argumentar, concluir e expor resultados de diversas maneiras,
contribuindo para o desenvolvimento das competências. Esse trabalho é realizado em vários momentos
da coleção, como nas secões Diversificando e Trabalhando a informação.
XI
XIIXII
Para garantir o desenvolvimento das competências
específicas, unidades temáticas organizam diferentes
objetos de conhecimento que, por sua vez, propõem um
conjunto de habilidades a serem trabalhadas com os alu-
nos. As principais habilidades relacionadas ao conteúdo em
estudo são indicadas nas páginas do Manual do Professor
em formato U.
Unidades Temáticas
De acordo com a BNCC:
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os
estudantes se deparam com desafios de maior complexida-
de, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das
diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacio-
nados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é
importante, nos vários componentes curriculares, retomar
e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental –
Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao
aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes.
Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia
desses adolescentes, oferecendo -lhes condições e ferramentas
para acessar e interagir criticamente com diferentes conhe-
cimentos e fontes de informação.
(BNCC, 2017, p. 58.)
A BNCC propõe cinco Unidades Temáticas: Números,
Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade
e estatística. Dessa forma, procura garantir o trabalho com
a variedade de conhecimentos matemáticos ao longo do
ano e orientar a formulação de habilidades a serem desen-
volvidas durante o Ensino Fundamental.
Com base nos recentes documentos curriculares bra-
sileiros, a BNCC leva em conta que os diferentes campos
que compõem a Matemática reúnem um conjunto de
ideias fundamentais que produzem articulações entre eles:
equivalência, ordem, proporcionalidade, interdependên-
cia, representação, variação e aproximação. Essas ideias
fundamentais são importantes para o desenvolvimento do
pensamento matemático dos alunos e devem se converter, na
escola, em objetos de conhecimento. A proporcionalidade,
por exemplo, deve estar presente no estudo de: operações com
os números naturais; representação fracionária dos números
racionais; áreas; funções; probabilidade etc. Além disso, essa
noção também se evidencia em muitas ações cotidianas
e de outras áreas do conhecimento, como vendas e trocas
mercantis, balanços químicos, representações gráficas etc.
(Ibidem, p. 266.)
A proposta presente nesta coleção, aliada ao trabalho
do professor em sala de aula, propicia a articulação das
diferentes Unidades Temáticas, estabelecendo conexões
entre elas e as outras áreas do conhecimento. A seguir,
são apresentadas algumas possibilidades:
• conexões internas às próprias Unidades Temáticas de
Matemática, relacionando seus diferentes campos. Por
exemplo: unidades de medida, objeto de conhecimento
da Unidade Temática Grandezas e medidas, podem
estar articuladas com números racionais e porcen-
tagem, apresentadosna Unidade Temática Números
(nas atividades propostas no capítulo 11 do 6o ano) e
com relações algébricas, estudadas na Unidade Temá-
tica Álgebra (na seção Para saber mais, sob o título
”A temperatura e a Álgebra”, no capítulo 5 do 6o ano);
• conexões que se referem a articulações possíveis com
diversas áreas do conhecimento contempladas na cole-
ção. Situações desse tipo podem ser encontradas em “O
RPG e os poliedros de Platão” na seção Diversificando
(capítulo 10 do 7o ano) e em “O trapézio no telhado” na
seção Para saber mais (capítulo 9 do 8o ano).
Apresentamos, a seguir, as principais ideias relaciona-
das a cada Unidade Temática que nortearam a organização
da coleção.
Números
As noções matemáticas fundamentais vinculadas a
essa Unidade Temática são as ideias de aproximação,
proporcionalidade, equivalência e ordem.
Nos anos finais do Ensino Fundamental são explorados
diferentes campos numéricos, de modo que os alunos re-
solvam problemas com números naturais, números inteiros
e números racionais, envolvendo as operações e fazendo
uso de estratégias diversas, reconheçam a necessidade
dos números irracionais e tomem contato com os núme-
ros reais, comparando, ordenando e relacionando esses
números com pontos na reta numérica. Espera -se também
que os alunos dominem cálculos com porcentagens, juros,
descontos e acréscimos, incluindo o uso de tecnologias
digitais. O pensamento numérico se completa, é ampliado
e aprofundado com a discussão de situações que envolvem
conteúdos das demais Unidades Temáticas.
Outro aspecto que se quer desenvolver nessa Unidade Te-
mática é o estudo de conceitos ligados à educação financeira
dos alunos, como conceitos básicos de economia e finanças.
Álgebra
O foco dessa Unidade Temática é o desenvolvimento
do pensamento algébrico, essencial na compreensão, re-
presentação e análise da variação de grandezas e também
no estudo das estruturas matemáticas. Nos anos finais
do Ensino Fundamental, os estudos de Álgebra retomam,
aprofundam e ampliam a identificação de regularidades e
padrões em sequências (numéricas ou não) e o estabeleci-
mento de leis matemáticas que expressem a interdependên-
cia entre grandezas e generalizações. Espera -se que o aluno
crie, interprete e transite entre as diversas representações
gráficas e simbólicas para resolver equações e inequações,
desenvolvidas para representar e solucionar algum tipo de
problema. É necessário que o aluno estabeleça conexões
entre variável e função e entre incógnita e equação.
As ideias matemáticas fundamentais que os alunos
precisam desenvolver nessa Unidade Temática são: equi-
valência, variação, interdependência e proporcionalidade.
XII
Além disso, a aprendizagem da Álgebra, assim como
as de outros campos da Matemática, pode contribuir
para o desenvolvimento do pensamento computacional.
Destaca -se, assim, a importância da presença de algorit-
mos e fluxogramas como objetos de estudo nas aulas de
Matemática nessa fase do aprendizado.
Geometria
O desenvolvimento do pensamento geométrico, ne-
cessário para avançar nas habilidades de investigação
de propriedades, elaboração de conjecturas e produção
de argumentos geométricos convincentes, está ligado
ao estudo da posição e dos deslocamentos no espaço,
das formas de figuras geométricas e relação entre seus
elementos, temas dessa Unidade Temática. Além disso, o
aspecto funcional também deve estar presente por meio
do estudo das transformações geométricas, em especial a
simetria, com ou sem o recurso de softwares de Geometria
dinâmica.
Estão associadas a essa Unidade Temática as seguintes
ideias matemáticas fundamentais: construção, represen-
tação e interdependência.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de
Geometria deve consolidar e ampliar os conhecimentos
construídos anteriormente – enfatizando -se a análise
e produção de transformações, ampliações e reduções
de figuras geométricas – para o desenvolvimento dos
conceitos de congruência e semelhança. O raciocínio
hipotético -dedutivo é outro ponto importante a se desta-
car; a realização de demonstrações simples pode contribuir
para a construção desse tipo de raciocínio. Além disso, a
articulação da Geometria com a Álgebra também deve ser
ampliada com propostas que envolvam o plano cartesiano,
objeto de estudo da Geometria analítica.
Grandezas e medidas
O estudo das medidas e das relações entre elas é o
foco dessa Unidade Temática. Os anos finais do Ensino
Fundamental devem retomar, aprofundar e ampliar as
aprendizagens já realizadas. O estudo das relações mé-
tricas favorece a integração da Matemática com diversas
áreas do conhecimento, assim como a articulação com as
demais Unidades Temáticas, consolidando e ampliando a
noção de número e promovendo a aplicação de noções
geométricas e a construção do pensamento algébrico.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, espera -se que
os alunos reconheçam comprimento, área e abertura de
ângulo como grandezas associadas a figuras geométricas,
resolvam problemas com essas grandezas e obtenham
grandezas derivadas como densidade e velocidade. Além
disso, deve -se introduzir medidas de capacidade de ar-
mazenamento de computadores ligadas a demandas da
sociedade moderna, ressaltando -se o caráter não decimal
das relações entre elas.
Probabilidade e estatística
O intuito dessa Unidade Temática é desenvolver habi-
lidades necessárias para o exercício pleno da cidadania:
coletar, organizar, representar, interpretar e analisar dados;
descrever, explicar e predizer fenômenos com base em
conceitos e representações.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, em Estatística
espera -se que o aluno seja capaz de planejar e elaborar
relatórios com base em pesquisas estatísticas descritivas,
incluindo medidas de tendência central, construir tabelas
e tipos variados de gráfico.
Quanto ao estudo de Probabilidade, deve ser ampliado e
aprofundado. Espera -se que os alunos façam experimentos
aleatórios e simulações para comprovar resultados obtidos
com o cálculo de probabilidades.
Propostas didáticas
Os tópicos a seguir destinam -se a oferecer suporte
à discussão sobre as atuais tendências de ensino – que
priorizam a globalidade da formação educacional, no sen-
tido de capacitar os jovens a atuar de forma positiva na
sociedade – alinhadas à proposta da coleção e auxiliadoras
do trabalho em sala de aula.
Conhecimentos prévios
Ao passar de um ano para outro de escolaridade, o
aluno traz experiências, interpretações e conhecimentos
acumulados sobre os conteúdos e temas tratados no ano
anterior. Torna -se relevante considerar essa bagagem no
processo de aprendizagem. Há algum tempo, pesquisas na
área da educação reforçam a importância de considerar
os conhecimentos prévios como forma de encaminhar o
processo de aprendizagem para torná -lo significativo.
Para o desenvolvimento das habilidades previstas para o
Ensino Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar
em conta as experiências e os conhecimentos matemáticos já
vivenciados pelos alunos, criando situações nas quais possam
fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos da realidade, estabelecendo inter -relações entre
eles e desenvolvendo ideias mais complexas. Essas situações
precisam articular múltiplos aspectos dos diferentes conteú-
dos, visando ao desenvolvimento das ideias fundamentais da
matemática, como equivalência, ordem, proporcionalidade,
variação e interdependência.
(BNCC, 2017, p. 296.)
A coleção apresenta momentos privilegiados para essa
finalidade na abertura de cada capítulo. Os pequenos
textos e as imagens selecionadas permitem discussões e
troca de ideias que possibilitam levantar conhecimentos
e experiências anteriormente elaborados sobre o tema.
XIII
XIVXIV
Resolução de problemas
O trabalho com a resolução de problemas é um dos
destaques do ensino matemático contemporâneo. Para
atender aos pressupostos de uma educação globalmen-
te formadora, o problemamatemático deve, sempre que
possível, ser apresentado em um contexto desafiador, que
faça sentido ao aluno. Ele possibilita a mobilização dos
conteúdos estudados em busca de soluções e, sobretudo,
abre espaço para a criação de estratégias pessoais e para
a produção de novos conhecimentos.
Um problema matemático é visto como uma situação
desafiadora que tem significado para o aluno e se define
como tal não por sua forma, mas sim por sua relação com
os saberes e o nível de conhecimento do aluno que deve
pensar sobre ele.
Na resolução de problemas, é importante que o aluno:
• elabore um ou vários procedimentos de resolução
(por exemplo, realizar simulações, fazer tentativas,
formular hipóteses);
• compare seus resultados com os de outros alunos;
• valide seus procedimentos.
Nesta coleção, procuramos diversificar as atividades
e propor problemas variados, distribuídos entre os capítu-
los e, em especial, nas seções Pense mais um pouco... e
Diversificando.
Uso de tecnologias
Os alunos estão inseridos na era digital e fazem uso
frequente de tecnologia. Assim, a escola não pode ignorar
esses importantes recursos e precisa trazê -los para a edu-
cação escolar. Para isso, o professor precisa se apropriar
dessas ferramentas de modo que possa identificar tipos
de software e formas de utilizá -los com os alunos. Vamos
destacar a calculadora e o uso de softwares e aplicativos,
entre as diversas possibilidades.
É importante salientar que, como instrumento de apoio
ao processo de ensino -aprendizagem, a calculadora é
somente mais um recurso auxiliar, não um substituto do
exercício do raciocínio ou da capacidade analítica. O que
propomos é o uso da calculadora de maneira consciente,
de modo a contribuir para a reflexão dos conteúdos ma-
temáticos.
O uso da calculadora é sugerido na coleção como auxiliar
na resolução de problemas. Das tecnologias disponíveis na
escola, a calculadora é, sem dúvida, uma das mais simples
e de menor custo. Ela pode ser utilizada como instrumento
motivador na realização de atividades exploratórias e in-
vestigativas e, assim, contribuir para a melhoria do ensino.
Podemos tomar como orientação para o uso da calcu-
ladora em atividades matemáticas os seguintes aspectos:
• é um instrumento que possibilita o desenvolvimento
de conteúdos pela análise de regularidades e padrões
e pela formulação de hipóteses;
• é um facilitador da verificação e da análise de resul-
tados e procedimentos;
• sua manipulação e utilização são, em si, conteúdos
a serem aprendidos.
Sugerimos que, inicialmente, o professor verifique o
conhecimento que os alunos têm sobre o funcionamento
da calculadora. O ideal é que a escola disponha de calcu-
ladoras simples, que ofereçam as funções básicas. Caso
não seja possível disponibilizar uma calculadora para cada
aluno, pode -se trabalhar em duplas ou de outra forma a
critério do professor.
As atividades sugeridas pressupõem um uso simples da
calculadora, o que poderá ser ampliado de acordo com as
necessidades e os interesses de cada turma.
Outra possibilidade de aprofundar os conhecimentos ma-
temáticos com o auxílio de tecnologia é o uso de softwares
e aplicativos, conforme a disponibilidade da escola. Por
exemplo, no campo geométrico, softwares de Geometria
dinâmica permitem a construção de retas paralelas e de
retas perpendiculares, a investigação e a verificação de
propriedades geométricas, entre outras possibilidades.
Trabalho em grupo
Quando orientado e praticado adequadamente, além
de contribuir para o desenvolvimento da habilidade de
interação e participação sociais, o trabalho em grupo
auxilia no desenvolvimento de habilidades que depen-
dem do confronto e da partilha de ideias, pois oferece a
oportunidade de provar resultados, testar seus efeitos,
comparar diferentes caminhos de resolução e validar ou
não o pensamento na busca de soluções.
Além de reforçar a aprendizagem conceitual, o trabalho
em grupo contribui para o aprimoramento da evolução de
procedimentos e atitudes, tanto em relação ao pensar
matemático quanto em relação à dinâmica grupal.
Pesquisas acerca dos processos de aprendizagem indi-
cam que, mesmo com o exercício em grupo, acaba prevale-
cendo o aprendizado individual, o qual apenas se enriquece
com as múltiplas contribuições geradas pelo trabalho grupal,
pela interação entre diferentes formas de pensar.
De qualquer modo, reforçamos que o sucesso do tra-
balho em grupo depende notavelmente do planejamento
e da supervisão pedagógica, respeitados os diferentes
tipos de aprendiz. No intuito de colaborar com a atuação do
professor em sala de aula, esta coleção preocupou -se em
indicar, pontualmente, as atividades que mais possibilitam
a exploração em grupo.
Outras possibilidades de trabalho
Como já exposto, entendemos o livro didático como
apoio do trabalho pedagógico. Nessa perspectiva, o conhe-
cimento, a experiência e a autonomia profissional fazem
do docente um coautor do material publicado. Assim, a
XIV
despeito das propostas explícitas da coleção, o professor
sempre poderá ampliar, complementar e inovar no de-
senvolvimento e nas discussões dos temas e atividades
sugeridos, aproveitando as novas questões que emergem
em sala de aula no desenrolar do estudo.
É sempre bom lembrar que o estímulo à imaginação e
ao interesse dos alunos conta com uma gama de recursos
didáticos, como: o trabalho com jogos ou com materiais ma-
nipulativos, vídeos e ferramentas da informática; a pesqui-
sa em livros paradidáticos, dicionários, periódicos (jornais,
boletins, revistas de informação geral e especializada) e
internet; ou a realização de feiras, gincanas e exposições.
Apresentação da coleção
Estrutura da obra
A coleção é composta de quatro livros do estudante e
respectivos manuais do professor. O Manual do Professor
de cada ano reúne livro impresso e materiais digitais com
conteúdo complementar: Planos de desenvolvimento
bimestrais, Sequências didáticas, Propostas de Acompa-
nhamento da Aprendizagem e Material Digital Audiovisual.
Cada livro do estudante é organizado em 12 capítulos.
Cada capítulo enfatiza conteúdos que compõem os obje-
tos de conhecimento referentes a uma Unidade Temática
descrita pela BNCC.
Sempre que possível, o capítulo traz conteúdos relacio-
nados a mais de uma Unidade Temática, como em proble-
mas de contagem relacionados a polígonos, no capítulo 10
do 7o ano em “Combinatória dos polígonos”.
Um mesmo conceito é abordado por meio de diferentes
enfoques, possibilitando que os alunos se apropriem dele,
como no caso do conceito de frações e seus múltiplos
significados, no capítulo 7 do 6o ano (fração como parte/
todo, como quociente e como razão), ou ainda o conceito
de ângulo, no capítulo 6 do 6o ano (como reunião de duas
semirretas de mesma origem e como giro).
Os capítulos de cada volume são compostos de:
• Desenvolvimento teórico
O desenvolvimento dos conteúdos propostos é acom-
panhado de diversificação de estratégias. Apresenta-
-se intercalado com atividades e seções especiais que
ampliam e enriquecem o tema estudado.
• Blocos de atividades
As atividades presentes na coleção – distribuídas en-
tre Exercícios propostos, Exercícios complementares
e atividades diferenciadas nas seções especiais –
possibilitam o trabalho com as Unidades Temáticas
e permitem integrações entre elas. Têm o intuito de
estimular o raciocínio lógico, a argumentação e a
resolução de problemas, além de propor temáticas
atuais relevantes à faixa etária.
• Seções especiais
Distribuídas ao longo do capítulo, as seções de variados
tipos complementam, ampliam e enriquecem o tema trata-
do e desafiam os alunos por meio das atividades propostas.
Há pelo menos um tipo dessas seções em cada capítulo.
A seguir, apresentamos os principais elementos que
compõem os capítulos e descrevemos as seções especiais
que aparecem ao longo de cada volume da coleção.
• Abertura de capítulo: compreendida por uma imagem
e pequeno texto motivadores dotema do capítulo.
• Exercícios propostos: aparecem ao longo do desen-
volvimento teórico, trabalham aspectos importantes
de cada conteúdo de maneira variada. Por exemplo,
nos exercícios com indicação Hora de criar, os alunos
são convidados a usar sua criatividade, imaginação,
capacidade de argumentação e colaboração traba-
lhando em duplas ou em grupos.
• Exercícios complementares: ao final do capítulo,
podem ser explorados de diversas maneiras pelo pro-
fessor, de acordo com suas necessidades didáticas.
Podem servir de base para uma discussão em duplas
ou em grupos, sintetizar o tema abordado, ser utiliza-
dos para autoavaliação ou ainda aproveitados como
tarefa extraclasse ou como fonte de exercícios para
uma recuperação paralela, entre outras aplicações.
• Seção Pense mais um pouco...: atividades e desafios
de aprofundamento dos conteúdos desenvolvidos
no capítulo, que solicitam do aluno um pensamento
mais elaborado, exigindo a criação de estratégias
pessoais de resolução.
• Seção Para saber mais: conteúdos e atividades que,
fundamentados em contextos diversos, integram a
Matemática a outras áreas do saber ou aos diferentes
campos dela própria, como a História da Matemática.
Geralmente é finalizada por Agora é com você!, que
traz uma proposta de questões relacionadas ao tema
exposto.
• Seção Trabalhando a informação: são trabalhados
conteúdos de Probabilidade e Estatística, como
interpretação e construção de tabelas e gráficos e
cálculo de probabilidades.
• Seção Diversificando: atividades que relacionam o
conteúdo trabalhado no capítulo a outros contextos,
como jogos, aplicações e desafios.
Essa estrutura pretende ser organizadora do trabalho
docente sem, contudo, tornar -se um entrave para alunos
e professores. Por isso, os capítulos contemplam aspectos
fundamentais a serem trabalhados com os alunos, mas
permitem maleabilidade e flexibilidade em sua abordagem,
na tentativa de facilitar o trabalho do professor no momen-
to em que ele precisar fazer as adaptações necessárias
a cada turma.
XV
XVIXVI
Organização geral da obra
No quadro a seguir apresentamos a configuração dos doze capítulos em cada ano
desta coleção:
6o ano 7o ano 8o ano 9o ano
Capítulo 1 Números Números inteiros Potências e raízes Números reais
Capítulo 2
Operações com números
naturais
Números racionais
Construções geométricas
e lugares geométricos
Operações com números
reais
Capítulo 3
Estudando figuras
geométricas
Operações com números
racionais
Estatística e probabilidade Grandezas proporcionais
Capítulo 4 Divisibilidade Ângulos Cálculo algébrico
Proporcionalidade em
Geometria
Capítulo 5 Um pouco de Álgebra Equações
Polinômios e frações
algébricas
Semelhança
Capítulo 6
Um pouco de Geometria
plana
Inequações
Produtos notáveis e
fatoração
Um pouco mais sobre
Estatística
Capítulo 7
Números racionais na
forma de fração
Sistemas de equações Estudo dos triângulos Equações do 2o grau
Capítulo 8
Operações com números
racionais na forma de
fração
Simetria e ângulos
A Geometria
demonstrativa
Triângulo retângulo
Capítulo 9
Números racionais na
forma decimal e operações
Razões, proporções e
porcentagem
Estudo dos quadriláteros
Razões trigonométricas
nos triângulos retângulos
Capítulo 10 Polígonos e poliedros Estudo dos polígonos
Sistemas de equação do
1o grau com duas
incógnitas
Estudo das funções
Capítulo 11 Comprimentos e áreas Sobre áreas e volumes Área de regiões poligonais
Circunferência, arcos e
relações métricas
Capítulo 12
Outras unidades de
medida
Estudo da circunferência e
do círculo
De áreas a volumes
Polígonos regulares e
áreas
Avaliação
A avaliação e as práticas avaliativas
O cenário de ampla discussão sobre metodologias e práticas pedagógicas que se
estabeleceu nos últimos anos de nossa história trouxe à tona pontos vitais para o
surgimento de novas formas de pensar a educação: as concepções de avaliação da
aprendizagem.
Quanto à importância da avaliação, tomamos emprestadas as palavras de Regina
Pavanello e Clélia Nogueira:
Se há um ponto de convergência nos estudos sobre a avaliação escolar é o de que ela é es-
sencial à prática educativa e indissociável desta, uma vez que é por meio dela que o professor
pode acompanhar se o progresso de seus alunos está ocorrendo de acordo com suas expectativas
ou se há necessidade de repensar sua ação pedagógica. Quanto ao aluno, a avaliação permite
que ele saiba como está seu desempenho do ponto de vista do professor, bem como se existem
lacunas no seu aprendizado às quais ele precisa estar atento.
XVI
[…] Acreditamos que poucos educadores e educandos
têm consciência de que a avaliação é um processo contínuo
e natural aos seres humanos, de que os homens se avaliam
constantemente, nas mais diversas situações, diante da ne-
cessidade de tomar decisões, desde as mais simples até as
mais complexas.
(PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 30, 36.)
As divergências, contudo, têm início quando se pretende
redefinir a avaliação escolar e os modos e graus de exigên-
cia desse processo. Podemos dizer que, por longo tempo,
na maior parte da história da Educação Matemática, o
que vigorou foi a chamada avaliação informativa:
Na prática pedagógica da Matemática, a avaliação tem,
tradicionalmente, centrado -se nos conhecimentos especí-
ficos e na contagem de erros. É uma avaliação somativa, que
não só seleciona os estudantes, mas os compara entre si e os
destina a um determinado lugar numérico em função das
notas obtidas. Porém, mesmo quando se trata da avaliação
informativa, é possível ir além da resposta final, superando,
de certa forma, a lógica estrita e cega do “certo ou errado”.
(Ibidem, p. 36 -7.)
Alguns autores, porém, concordam que mesmo na
avaliação tradicional há algum espaço para uma busca
mais consciente do processo formativo do aluno. As
mesmas pesquisadoras, por exemplo, fazem a seguinte
consideração:
Mesmo numa avaliação tradicional, na qual é solicitada
ao aluno apenas a resolução de exercícios, é possível avançar
para além da resposta final, considerando:
• o modo como o aluno interpretou sua resolução para
dar a resposta;
• as escolhas feitas por ele para desincumbir -se de sua
tarefa;
• os conhecimentos matemáticos que utilizou;
• se utilizou ou não a Matemática apresentada nas aulas; e
• sua capacidade de comunicar -se matematicamente, oral-
mente ou por escrito.
(BURIASCO, 2002, apud PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 37.)
Uma concepção de avaliação que tem se configurado
nos últimos anos é a que se refere à avaliação formativa.
Principalmente a partir da década de 1980, muitos es-
tudiosos têm feito importantes contribuições ao enten-
dimento que devemos ter sobre avaliação como processo,
ação contínua. Entre esses pesquisadores, destacamos o
trabalho de Luckesi (2001). Segundo o autor, a avaliação
deve ser tomada como instrumento para a compreensão
do estágio em que se encontra o estudante, tendo em
vista a tomada de decisões, suficientes e satisfatórias,
para avançar no processo de aprendizagem.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), divulgados
desde fins dos anos 1990, colaboraram para a ampliação
do olhar sobre as funções da avaliação. Destacam, por
exemplo, a dimensão social e a dimensão pedagógica da
avaliação.
No primeiro caso, a avaliação tem a função de, para os
estudantes, informar acerca do desenvolvimento das
potencialidades que serão exigidas no contexto social,
garantindo sua participação no mercado de trabalho e na
esfera sociocultural. Para os professores, a avaliação deve
auxiliar na identificação dos objetivos alcançados, com
a intenção de reconhecer as capacidades matemáticas
dos educandos.
No segundo caso, a avaliação tem a função de informar
os estudantes sobre o andamento da aprendizagem pro-
priamente dita, isto é, dos conhecimentos adquiridos, do
desenvolvimento de raciocínios, dos valores e hábitos
incorporados e do domínio de estratégias essenciais.
A BNCC, homologada em 2017, também preconizauma avaliação formativa:
[...] construir e aplicar procedimentos de avaliação
formativa de processo ou de resultado que levem em conta
os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais
registros como referência para melhorar o desempenho da
escola, dos professores e dos alunos; [...]
(BNCC, p. 17.)
Os instrumentos de avaliação (provas, trabalhos e re-
gistros de atitudes, entre outros) devem ser capazes de
fornecer informações ao professor sobre as condições de
cada estudante com relação à resolução de problemas,
ao uso adequado da linguagem matemática, ao desenvol-
vimento de raciocínios e análises e à integração desses
aspectos em seu conhecimento matemático. Devem
também contemplar as explicações, justificativas e
argumentações orais, uma vez que estas revelam aspec-
tos do raciocínio que muitas vezes não se evidenciam em
avaliações escritas.
Para Charles Hadji (2001, p. 21), a avaliação formativa
implica, por parte do professor, flexibilidade e vontade de
adaptação e de ajuste. O autor ressalta que a avaliação que
não é seguida da modificação das práticas pedagógicas
tem pouca capacidade de ser formativa. Posição seme-
lhante é defendida pelas educadoras Pavanello e Nogueira:
É preciso reconhecer […] que o professor deve selecionar,
dentre as informações captadas, apenas o que é realmente
importante […]. Para isso, existem indicadores que, segun-
doVergani (1993, p. 155), podem nortear a observação pelo
professor, entre os quais poderiam ser citados:
• o interesse com que o aluno se entrega às atividades
matemáticas;
• a confiança que tem em suas possibilidades;
XVII
XVIIIXVIII
• sua perseverança, apesar das dificuldades encontradas;
• se formula hipóteses, sugere ideias, explora novas pistas
de pesquisa;
• se avalia criteriosamente a adequação do processo que
adotou ou a solução que encontrou;
• se reflete sobre a maneira de planificar uma atividade e
de organizar seu trabalho;
• se pede ajuda em caso de dúvida ou de falta de conhe-
cimentos; e
• se comunica suas dificuldades e descobertas aos colegas,
de maneira adequada.
No entanto, para que essas atitudes possam ser cultivadas
pelo aluno, a prática pedagógica não pode mais se centrar
na exposição e reprodução de conteúdos que só privilegiam
a memorização e não o desenvolvimento do pensamento.
(PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 38 -39.)
Afinal, o que deve ser avaliado: conteúdos, habilidades,
atitudes?
Tudo deve ser avaliado. O fundamental, porém, é saber
como olhar, o que olhar e como analisar as coletas. Para
isso, o professor pode recorrer a diversificados instrumen-
tos de coleta de informações, selecionando aqueles que
permitam compor o melhor panorama da aprendizagem
matemática de seus alunos.
Desse modo, as avaliações precisam ser planejadas,
assim como qualquer situação de ensino. É fundamen-
tal estar sempre atento ao processo de avaliação sem
perder de vista os objetivos e as expectativas para cada
ano. Portanto, durante o uso de instrumentos avaliati-
vos, é importante considerar as habilidades propostas
nos documentos curriculares, nos planos de ensino e os
trabalhados na coleção.
Diante das diferentes concepções sobre como avaliar
e com base nas ideias que a coleção assume, entende -se
que a avaliação deve ser um processo contínuo durante o
ano letivo, e não apenas momentos estanques, como ao
final de cada bimestre, de modo que o desenvolvimento
dos alunos seja acompanhado pelo professor e por ele
próprio, e que intervenções possam ser feitas ao longo
do caminho.
A organização da coleção em capítulos e o bloco de
Exercícios complementares podem ser indicativos ou
funcionar como ferramentas iniciais para a construção
de momentos avaliativos.
Porém, ressalta -se a importância de complementar as
atividades do livro com outros instrumentos para acom-
panhar os alunos em seu processo de aprendizagem.
Desse modo, destacam -se a seguir elementos a se
considerar no processo avaliativo:
• o caráter processual, formativo e participativo da
avaliação e sua forma contínua, cumulativa e diag-
nóstica;
• a avaliação como oportunidade para professor e
aluno refletirem e ajustarem o desempenho;
• as diferentes estratégias e oportunidades para
avaliação, não deixando de considerá -las também
situações de aprendizagem;
• a importância de registros constantes dos avanços
e dificuldades de observação e acompanhamento
diário;
• diferentes propostas de avaliação de aprendizagem
coerentes com visões atuais de avaliação (mediadora
e dialógica, diagnóstica e formativa);
• instrumentos para registros como relatórios, portfó-
lios, tabelas, fichas, entre outros com critérios para
avaliação.
Instrumentos de avaliação nas aulas
de Matemática
Ao diversificar os instrumentos de avaliação e autoa-
valiação, o professor pode produzir momentos de apren-
dizagem e atender o maior número de alunos do grupo.
Como sugestão, vamos apresentar aqui, resumidamente,
um leque de modalidades de avaliação.
Autoavaliação: em primeiro lugar, o professor deve auxi-
liar os alunos a compreenderem os objetivos da autoavalia-
ção, fornecendo -lhes para isso um roteiro de orientação. Os
alunos devem ser motivados a detectar suas dificuldades
e a questionar as razões delas.
Prova em grupo seguida de prova individual: nesta
modalidade, as questões são resolvidas em grupo e, em
seguida, cada aluno resolve questões do mesmo tipo indivi-
dualmente. O intuito é colaborar para a metacognição, para
que o aluno tenha consciência do próprio conhecimento,
de suas potencialidades e dificuldades.
Testes -relâmpago: os testes -relâmpago normalmen-
te propõem poucas questões, uma ou duas apenas. Têm
por objetivo não permitir que os alunos mantenham -se sem
estudo durante longos períodos, de modo que se acumule
uma grande quantidade de conteúdos. Esse recurso, além
de manter os alunos atentos aos assuntos contemplados
em aula, ajuda -os na familiarização com os processos
avaliativos.
Testes e/ou provas cumulativas: este instrumento
de avaliação traz à tona conteúdos trabalhados em
momentos anteriores. Tal prática contribui para que os
alunos percebam as conexões entre os conteúdos e a
importância de usar os conhecimentos matemáticos de
forma contínua.
Testes em duas fases: este tipo de teste, ou prova, é
realizado em duas etapas:
XVIII
1a) a prova é realizada em sala de aula, sem a interfe-
rência do professor;
2a) os alunos refazem a prova dispondo dos comentários
feitos pelo professor.
O sucesso desse instrumento depende de alguns
fatores, como:
• a escolha das questões deve ser norteada pelos
objetivos do teste;
• o conteúdo dos comentários formulados pelo profes-
sor entre as duas fases;
• a consciência, por parte dos alunos, de que a segun-
da fase não consiste em mera correção do que está
errado, mas em uma oportunidade de aprendizagem.
As questões devem ser de dois tipos:
• as que requerem interpretação ou justificação, e
problemas de resolução relativamente breve;
• as abertas, e problemas que exijam alguma investi-
gação e respostas mais elaboradas.
Resolução de problemas: chamamos de “problema ma-
temático” aquele que envolve um raciocínio matemático
na busca por solução. Pode ser resolvido individualmente
ou em grupo. A atividade de resolução de problemas deve
envolver, entre outros fatores:
• a compreensão da situação -problema por meio de
diferentes técnicas (leitura, interpretação, drama-
tização etc.);
• a promoção da criação de estratégias pessoais (não
haver solução pronta);
• a identificação do problema e a seleção e mobilização
dos conhecimentos matemáticos necessários para
sua resolução;
• a avaliação do processo para verificar se, de fato, os
objetivos estão sendo atingidos;
• a interpretação e verificação dos resultados, para
que se avaliem sua razoabilidade e validade.
Mapa conceitual: durante a fase formal de avaliação,
o professor pode solicitar aos alunos que construam o
mapa conceitual sobre um tema já discutidoe explorado
em aula. Este tipo de instrumento propicia a verificação
da aprendizagem mais aberta e pode ser usado como
autoavaliação.
Trabalho em grupo: para que o grupo trabalhe de fato
como grupo, são fundamentais a orientação e o auxílio
do professor no sentido de estimular os alunos a desem-
penharem novas funções em sala de aula, em colaboração
com os colegas. Um incentivo para isso é o grupo receber
uma única folha de papel com as atividades propostas, para
que todos resolvam em conjunto. A questão a ser respon-
dida deve ser desafiadora, despertando a curiosidade e a
vontade de resolvê -la.
Diálogos criativos: a proposta é que os alunos produzam
diálogos matemáticos em que estejam inseridos concei-
tos e propriedades de determinado conteúdo.
Histórias em quadrinhos: nesta modalidade, os alunos
criam histórias em quadrinhos para explorar os assuntos
estudados em sala de aula. Esse é um recurso que, além
de intensificar o interesse pela Matemática, permite ao
professor a avaliação do conhecimento assimilado pelos
alunos em contextos diversificados.
Seminários e exposições: são atividades que oferecem
oportunidade para os alunos organizarem seu conhe-
cimento matemático e suas ideias sobre os assuntos
explorados em aula, além de promover a desinibição e a
autonomia dos alunos.
Portfólios: são coletâneas dos melhores trabalhos, que
podem ser escolhidos pelos próprios estudantes. O pro-
fessor deve orientá -los e sugerir que selecionem, durante
um período, as atividades de Matemática que preferirem
e que justifiquem as suas escolhas.
É importante reforçar que um processo fecundo de ava-
liação deverá considerar, além dos instrumentos apropria-
dos, o estabelecimento de critérios de correção alicerçado
em objetivos claros e justos. Chamamos a atenção para
o tratamento que devemos dar ao “erro” nas atividades
de Matemática. Ele deve ser analisado criticamente, de
modo que forneça indícios de sua natureza e da correção
do percurso pedagógico, para o (re)planejamento e a
execução das atividades em sala de aula.
Encarados com naturalidade e racionalmente tratados,
os erros passam a ter importância pedagógica, assumindo
um papel profundamente construtivo, e servindo não
para produzir no aluno um sentimento de fracasso, mas
para possibilitar -lhe um instrumento de compreensão de
si próprio, uma motivação para superar suas dificuldades e
uma atitude positiva para seu futuro pessoal.
(PAVANELLO; NOGUEIRA, 2006, p. 37.)
Por fim, a observação atenta e a percepção aguçada do
professor também são relevantes no processo de avalia-
ção, no sentido de detectar as aprendizagens, que muitas
vezes não são reveladas pelos instrumentos avaliativos
escolhidos.
Seja qual for o instrumento utilizado, é fundamental
que o professor estabeleça critérios de avaliação da
aprendizagem matemática dos alunos para cada ano,
tomando como referência as habilidades de Matemática
para os anos finais do Ensino Fundamental. Desse modo,
os objetivos de aprendizagem destacados no planeja-
mento do professor precisam ser explicitados para o
aluno, para que ele compreenda aonde se quer chegar,
tomando o cuidado de usar uma linguagem compatível
com o seu entendimento.
XIX
XXXX
Formação continuada e
desenvolvimento profissional
docente
Assim como os estudantes precisam desenvolver
habilidades e competências diversificadas, em sintonia
com a época em que vivem, nós, professores, mais que
outros profissionais, temos a máxima urgência e necessi-
dade de cuidar da continuidade de nossa formação e do
consequente desenvolvimento profissional.
O que aprendemos na universidade e a experiência que
adquirimos com a prática pedagógica não são suficientes
para nos manter longe de atividades de formação. Pesqui-
sas e estudos no campo da Educação Matemática e áreas
afins têm nos auxiliado a encontrar as respostas para as
muitas dúvidas e angústias inerentes à profissão: “O que
ensinar?”, “Por que ensinar?”, “Como ensinar?”…
O desenvolvimento profissional do professor deve ser
entendido como um processo contínuo, que se dá ao longo
de toda a vida profissional, não ocorre ao acaso, tampouco
é espontâneo, mas resultado do processo de busca que
parte das necessidades e dos interesses que surgem no
percurso.
Na realidade, a formação profissional docente tem
início na experiência como aluno e na formação acadê-
mica específica, do período de iniciação à docência, até
edificar -se com a experiência profissional e os processos
de formação continuada.
Lembramos que as ações de formação continuada po-
dem ser desenvolvidas por múltiplas modalidades, como
leituras atualizadas, cursos, palestras, oficinas, seminários,
grupos de estudos, reuniões e encontros com colegas na
própria escola.
Para ampliar essa proposta, indicamos instituições de
educação e algumas de suas publicações, organizamos su-
gestões de livros, sites e documentos oficiais que possam
contribuir para um aprofundamento do conhecimento do
professor e auxiliá -lo na ampliação das atividades propos-
tas no livro.
Instituições de estudos e pesquisas
em Educação Matemática que mantêm
publicações na área
• Associação de Professores de Matemática (APM/
Portugal). Promove anualmente encontros nacionais
como o ProfMat e o Seminário de Investigação em
Educação Matemática (Siem).
• Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática
(Caem/USP). Promove a Virada Malba Tahan e publica
a revista Malba Tahan.
• Centro de Ensino de Ciências e Matemática (Cecimig/
UFMG)
• Centro de Estudos Memória e Pesquisa em Educação
Matemática (Cempem/Unicamp)
• Departamento de Matemática do Instituto de Geo-
ciências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp/Rio Claro
• Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Mate-
mática (Gepem/RJ)
• Grupo de Pesquisa em Epistemologia e Ensino de
Matemática (GPEEM/UFSC)
• Programa de estudos e pesquisas no ensino de Ma-
temática (Proem/PUC -SP)
• Laboratório de Ensino de Matemática da Universidade
Federal de Pernambuco (Lemat/UFPE)
• Laboratório de Estudos de Matemática e Tecnologias
da Universidade Federal de Santa Catarina (Lemat/
UFSC)
• Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM)
– regionais São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito
Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro etc. (A maioria
das regionais mantêm publicações para professores.)
• Sociedade Brasileira de História da Matemática
(SBHMat)
• Sociedade Brasileira de Matemática (SBM)
• Sociedade de Matemática Aplicada e Computacional
(SBMAC)
Algumas publicações de associações e centros
de Educação Matemática
• Bolema (Boletim de Educação Matemática) – publi-
cado pelo Departamento de Matemática do Instituto
de Geociência e Ciências Exatas da Universidade Es-
tadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (IGCE -Unesp),
campus de Rio Claro. Disponível em: <http://www.
periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema>.
Acesso em: 06 set. 2018.
• Boletins do Gepem – publicados pelo Grupo de
Estudos e Pesquisas em Educação Matemática da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Disponível em: <http://r1.ufrrj.br/gepem/>. Acesso
em: 30 abr. 2018.
• Educação Matemática em Revista – publicada pela
Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Dis-
ponível em: <http://www.sbem.com.br>. Acesso em:
30 abr. 2018.
XX
http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema
http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema
http://r1.ufrrj.br/gepem/
http://www.sbem.com.br
• Revemat: Revista Eletrônica de Educação Matemática
– publicada pelo Grupo de Pesquisa em Epistemolo-
gia e Ensino de Matemática (UFSC). Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018.
• Revista Educação e Matemática e Revista Quadran-
te – publicadas pela Associação de Professores de
Matemática de Portugal. Disponível em: <https://
wordpress.apm.pt/>. Acesso em: 30 abr. 2018.
• Revista de História da Educação Matemática – publi-
cada pela Sociedade Brasileira de História da Mate-
mática. Disponívelem: <http://histemat.com.br/>.
Acesso em: 30 abr. 2018.
• Revista do Professor de Matemática (RPM) – publicada
pela Sociedade Brasileira de Matemática. Disponível
em: <http://www.rpm.org.br/>. Acesso em: 30 abr.
2018.
• Revista Zetetiké – publicada pelo Centro de Estu-
dos Memória e Pesquisa em Educação Matemática
(Unicamp). Disponível em: <https://www.cempem.
fe.unicamp.br/>. Acesso em: 30 abr. 2018.
Sugestões de leitura
Números
• A compreensão de conceitos aritméticos: ensino e
pesquisa. Analúcia Schliemann; David Carraher (Orgs.).
Campinas: Papirus, 1998.
• Materiais didáticos para as quatro operações. 5. ed.
Virgínia Cardia Cardoso. São Paulo: Caem/USP, 2002.
• Números: linguagem universal. Vânia Maria P. dos
Santos; Jovana Ferreira de Rezende (Coords.). Rio
de Janeiro: Instituto de Matemática/UFRJ – Projeto
Fundão, 1996.
• Repensando adição e subtração. Sandra Magina; Tâ-
nia M. M. Campos; Terezinha Nunes; Verônica Gitirana.
São Paulo: Proem, 2001.
• Sobre a introdução do conceito de número fracionário.
Maria José Ferreira da Silva. 1997. Dissertação (Mes-
trado) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.
Álgebra
• Álgebra: das variáveis às equações e funções. Eliane
Reame de Sousa; Maria Ignes Diniz. São Paulo: IME-
-USP, 1994.
• Aplicações da matemática escolar. D. Bushaw; M. Bell;
H. O. Pollack. São Paulo: Atual, 1997.
• Aprenda Álgebra brincando. I. Perelmann. Curitiba:
Hemus, 2001.
• Erros e dificuldades no ensino da Álgebra: o tratamen-
to dado por professoras de 7a série em aula. Renata
Anastacia Pinto. 1997. Dissertação (Mestrado) –
Unicamp, Campinas.
• Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o século
XXI. Rômulo Campos Lins; Joaquim Gimenez. Campi-
nas: Papirus, 1997.
• Ressonâncias e dissonâncias do movimento pendular
entre Álgebra e Geometria no currículo escolar brasi-
leiro. Ângela Miorin; Antonio Miguel; Dário Fiorentini.
Zetetiké. Campinas: Unicamp, n. 1, 1993.
• Um estudo de dificuldades ao aprender Álgebra em
situações diferenciadas de ensino em alunos da 6a
série do Ensino Fundamental. Nathalia Tornisiello
Scarlassari. 2007. Dissertação (Mestrado) – Unicamp,
Campinas.
Geometria
• A Matemática das sete peças do Tangram. 3. ed.
Eliane Reame de Souza; Maria Ignez S. V. Diniz; Rosa
Monteiro Paulo; Fusako Hori Ochi. São Paulo: Caem/
USP, 2003.
• Aprendendo e ensinando Geometria. Mary M. Lind-
quist; Albert P. Shulte (Orgs.). São Paulo: Atual, 1994.
• Aprendendo e ensinando Matemática com geoplano.
Gelsa Knijnik; Marcus Vinícius Basso; Renita Klüsener.
Ijuí: Unijuí Editora, 1996.
• Ensino de Geometria no virar do milênio: investigações
em Geometria na sala de aula. Eduardo Veloso; Helena
Fonseca; João Pedro da Ponte; Paulo Abrantes (Orgs.).
Lisboa: Defcul, 1999.
• Espaço e forma. Célia Maria C. Pires; Edda Curi; Tânia
Maria M. Campos. São Paulo: Proem, 2000.
• Experiências com Geometria na escola básica: narrati-
vas de professores em (trans)formação. Adair Mendes
Nacarato; Adriana A. M. Gomes; Regina Célia Grando.
São Carlos: Pedro & Editores, 2008.
• Geometria na era da imagem e do movimento. Maria
Laura M. Leite Lopes; Lílian Nasser (Coords.). Rio de
Janeiro: Instituto de Matemática/UFRJ – Projeto
Fundão, 1996.
• O abandono do ensino da Geometria no Brasil: causas
e consequências. Regina Maria Pavanello. Zetetiké.
Campinas: Unicamp, n. 1, p. 7 -17, mar. 1993.
• O uso de quadriculados no ensino da Geometria. 4. ed.
Fusako Hori Ochi; Rosa Monteiro Paulo; Joana Hissae
Yokoya; João Kazuwo Ikegami. São Paulo: Caem/USP,
2003.
• Por que não ensinar Geometria? Sérgio Lorenzato.
Educação Matemática em Revista. Florianópolis:
SBEM, n. 4, 1o sem. 1995.
Grandezas e medidas
• Medida e forma em Geometria: comprimento, área,
volume e semelhança. Elon Lages Lima. Rio de Janeiro:
SBM, 2011.
• Temas e problemas elementares. Eduardo Wagner;
Elon Lages Lima; Paulo Cezar Pinto Carvalho; Augusto
Cezar de Oliveira Morgado. Rio de Janeiro: SBM, 2016.
XXI
https://periodicos.ufsc.br/
https://wordpress.apm.pt/
https://wordpress.apm.pt/
http://histemat.com.br/
http://www.rpm.org.br/
https://www.cempem.fe.unicamp.br/
https://www.cempem.fe.unicamp.br/
XXIIXXII
Probabilidade e estatística
• A Probabilidade e a Estatística no Ensino Fundamen-
tal: uma análise curricular. Celi Aparecida Espasandin
Lopes. 1998. Dissertação (Mestrado) – Unicamp,
Campinas.
• Encontro das crianças com o acaso, as possibilida-
des, os gráficos e as tabelas. Anna Regina Lanner;
Celi Aparecida Espasandin Lopes (Orgs.). Campinas:
Unicamp, 2003.
• Tratamento da Informação para o Ensino Fundamental
e Médio. Irene Maurício Cazorla; Eurivalda dos Santos
Santana. Itabuna/Ilhéus: Via Litterarum, 2006.
• Tratamento da Informação: explorando dados es-
tatísticos e noções de probabilidade a partir das
séries iniciais. Maria Laura M. Leite Lopes (Org.). Rio
de Janeiro: UFRJ, 2005.
Resolução de problemas
• A arte de resolver problemas: um novo aspecto do
método matemático. George Polya. Rio de Janeiro:
Interciência, 1995.
• A resolução de problemas na Matemática escolar.
Stephen Krulik; Robert E. Reys (Orgs.). São Paulo:
Atual, 1997.
• Didática da resolução de problemas de Matemática.
Luiz Roberto Dante. São Paulo: Ática, 1991.
• Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para
as aulas de Matemática. 5. ed. Júlia Borin. São Paulo:
Caem/USP, 2004.
• Ler, escrever e resolver problemas: habilidades bási-
cas para aprender Matemática. Kátia Stocco Smole;
Maria Ignez Diniz. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Educação matemática
• A Matemática e os temas transversais. Alexandrina
Monteiro; Geraldo Pompeu Junior. São Paulo: Moder-
na, 2001.
• A Matemática na escola: aqui e agora. Délia Lerner de
Zunino. Porto Alegre: Artmed, 1995.
• Aplicações de Vygotsky à educação matemática.
Lúcia Moysés. Campinas: Papirus, 1997.
• Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas.
Cecília Parra; Irma Saiz (Orgs.). Porto Alegre: Artmed,
1996.
• Educação matemática. Maria Aparecida Viggiani Bi-
cudo (Org.). São Paulo: Centauro, 2005.
• Educação matemática, leitura e escrita: armadilhas,
utopias e realidade. Celi Espasadin Lopes; Adair Men-
des Nacarato (Orgs.). Campinas: Mercado de Letras,
2009.
• Ensinar e aprender Matemática. Luiz Carlos Pais. Belo
Horizonte: Autêntica, 2006.
• Ensino de Matemática na escola de nove anos: dú-
vidas, dívidas e desafios. Vinício de Macedo Santos.
São Paulo: Cengage Learning, 2014.
• Escritas e leituras na Educação matemática. Adair
Mendes Nacarato; Celi Espasandin Lopes (Orgs.). Belo
Horizonte: Autêntica, 2005.
• Etnomatemática: currículo e formação de professo-
res. Gelsa Knijnik; Fernanda Wanderer; Cláudio José
de Oliveira (Orgs.). Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2004.
• Etnomatemática: elo entre as tradições e a moderni-
dade. Ubiratan D’Ambrosio. Belo Horizonte: Autêntica,
2001.
• Fundamentos da didática da Matemática. Saddo Ag
Almouloud. Curitiba: UFPR, 2007.
• Histórias e investigações de/em aulas de Matemáti-
ca. Dario Fiorentini; Eliane Matesco Cristovão (Orgs.).
Campinas: Alínea, 2006.
• Investigações matemáticas na sala de aula. João
Pedro da Ponte; Joana Brocardo; Hélia Oliveira. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003.
• Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. Maria
da Conceição F. R. Fonseca (Org.). São Paulo: Global,
2004.
• Matemática e atualidade. Christiane Rousseau; Yvan
Saint -Aubin. v. 1. Rio de Janeiro: SBM, 2015.
• Matemática em projetos: uma possibilidade. Celi
Espasandin Lopes (Org.). Campinas: FE/Cempem/
Unicamp, 2003.
• Matemática escolar e Matemática da vida cotidiana.
José Roberto B. Giardinetto. Campinas: Autores As-
sociados, 1999.
• Matemática, estupefação e poesia. Bruno D’Amore.
São Paulo: Livraria da Física, 2012.
• Múltiplos olhares: Matemática e produção de conhe-
cimento. Jackeline Rodrigues Mendes; Regina Célia
Grando (Orgs.). São Paulo: Musa, 2007.
• Para aprender Matemática. Sérgio Lorenzato. Campi-
nas: Autores Associados, 2006.
• Salade aula: um espaço de pesquisa em Matemática.
Cristina Maranhão; Stella Galli Mercadante. São Paulo:
Vera Cruz, 2006.
História da Matemática
• Análise histórica de livros de Matemática. Gert Schu-
bring. Campinas: Autores Associados, 2003.
• História concisa das matemáticas. Dirk J. Struik. Lis-
boa: Gradiva, 1998.
• História da Matemática. Carl B. Boyer. São Paulo:
Edgard Blücher, 1996.
XXII
• História na educação matemática: propostas e de-
safios. Antônio Miguel; Maria Ângela Miorim. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004.
• História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo
mitos e lendas. Tatiana Roque. Rio de Janeiro: Zahar,
2012.
• História universal dos algarismos. Georges Ifrah. São
Paulo: Nova Fronteira, 1997.
• Introdução à história da Educação matemática. An-
tonio Miguel; Maria Ângela Miorim. São Paulo: Atual,
1998.
• Introdução à história da Matemática. Howard Eves.
Campinas: Unicamp, 1997.
• Os números: a história de uma grande invenção.
Georges Ifrah. São Paulo: Globo, 1989.
• Tópicos de história da Matemática para uso em sala
de aula: Álgebra. John K. Baumgart. São Paulo: Atual,
1992.
• Tópicos de história da Matemática para uso em sala de
aula: Geometria. Howard Eves. São Paulo: Atual, 1992.
• Tópicos de história da Matemática para uso em sala
de aula: Números e numerais. Bernard H. Gundlash.
São Paulo: Atual, 1992.
• Tópicos de história da Matemática para uso em sala
de aula: Trigonometria. Howard Eves. São Paulo:
Atual, 1992.
Jogos
• Aprender com jogos e situações -problema. Lino de
Macedo; Ana Lúcia S. Petty; Norimar C. Passos. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
• Jogos de matemática de 6o ao 9o ano. Kátia Stocco
Smole; Estela Milani Diniz. Porto Alegre: Artmed, 2007.
• O jogo como espaço para pensar: a construção de
noções lógicas e aritméticas. Rosely Palermo Brenelli.
Campinas: Papirus, 1996.
• O jogo e a Matemática no contexto da sala de aula.
Regina Célia Grando. São Paulo: Paulus, 2004.
• Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Lino de
Macedo; Ana Lúcia S. Petty; Norimar C. Passos. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
Tecnologia
• A influência da calculadora na resolução de proble-
mas matemáticos abertos. Katia Maria de Medeiros.
Educação Matemática em Revista. São Paulo: SBEM,
n. 14, 2003.
• Ensinando com tecnologia: criando salas de aula
centradas nos alunos. Judith H. Sandholtz; Cathy
Ringstaff; David C. Dwyer. Porto Alegre: Artmed, 1997.
• Informática e Educação matemática. Marcelo de
Carvalho Borba; Miriam G. Penteado. Belo Horizonte:
Autêntica, 2003.
• Informática educativa: dos planos e discursos à sala
de aula. Ramon de Oliveira. Campinas: Papirus, 1997.
• Prática pedagógica: ambientes informatizados de
aprendizagem, produção e avaliação de software
educativo. Celina Couto Oliveira; José Wilson Costa;
Mércia Moreira. Campinas: Papirus, 2001.
• Projetos de trabalho em informática: desenvolvendo
competências. Sônia Petitto. Campinas: Papirus,
2003.
• Uso didático da calculadora no ensino fundamental:
possibilidades e desafios. Juliana de Alcântara S.
Rubio. 2003. Dissertação (Mestrado) – Unesp, Marília.
Avaliação
• Análise de erros: o que podemos aprender com as
respostas dos alunos. Helena Noronha Cury. Belo
Horizonte: Autêntica, 2007.
• Avaliação da aprendizagem escolar. Cipriano Carlos
Luckesi. São Paulo: Cortez, 2001.
• Avaliação de aprendizagem e raciocínio em Mate-
mática: métodos alternativos. Vânia Maria Pereira
dos Santos (Coord.). Rio de Janeiro: UFRJ – Projeto
Fundão, 1997.
• Avaliação: da excelência à regulação das aprendiza-
gens. Philippe Perrenoud. Porto Alegre: Artmed, 1999.
• Avaliação desmistificada. Charles Hadji. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
• Avaliação mediadora: uma prática em construção da
pré -escola à universidade. Jussara Hoffmann. Porto
Alegre: Mediação, 2000.
• Currículo e avaliação: uma perspectiva integrada.
Maria Palmira Castro Alves. Porto: Porto, 2004.
• Desafios reais do cotidiano escolar brasileiro: 22
dilemas vividos por diretores, coordenadores e pro-
fessores em escolas de todo o Brasil. Katherine K.
Merseth (Coord.). São Paulo: Moderna, 2018.
• O erro como estratégia didática: estudo dos erros
no ensino da Matemática elementar. Neuza Bertoni
Pinto. Campinas: Papirus, 2000.
• Sobre avaliação em Matemática: uma reflexão. Re-
gina Buriasco. Educação em Revista. Belo Horizonte:
UFMG, n. 36, 2002.
XXIII
XXIVXXIV
Sugestões de sites
• Centro de Estudos Memória e Pesquisa em Educação
Matemática (Cempem/FE/Unicamp).
Disponível em: <https://www.cempem.fe.unicamp.
br>. Acesso em: 30 abr. 2018.
• Sociedade Brasileira de Educação matemática (a
partir desse site é possível acessar as instituições e
publicações sobre Educação Matemática no Brasil).
Disponível em: <http://www.sbembrasil.org.br/
sbembrasil/>. Acesso em: 30 abr. 2018.
• Sociedade Brasileira de Matemática.
Disponível em: <http://www.sbm.org.br>. Acesso em:
30 abr. 2018.
• Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Com-
putacional.
Disponível em: <http://www.sbmac.org.br/>. Acesso
em: 30 abr. 2018.
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Acesso em: 30 abr. 2018.
• Laboratório de Ensino de Matemática, Instituto de
Matemática e Estatística da USP.
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• Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Edu-
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• Parecer CNE/CEB no 07/2010
• Decreto no 9.099/2017
• Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – terceiro
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(cidadania, concepções de áreas, temas transversais,
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Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
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maio 2018.
• Currículo da cidade – São Paulo (Conceitos na parte
Introdutória de todos os cadernos e caderno especial
para tecnologias para aprendizagem).
Disponível em: <http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.
br/Portals/1/Files/47272.pdf>. Acesso em: 06 set.
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maio 2018.
XXVI
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http://cnebncc.mec.gov.br/docs/BNCC_Estudo_Comparativo.pdf
http://cnebncc.mec.gov.br/docs/BNCC_Estudo_Comparativo.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/47272.pdf
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/47272.pdf
http://porvir.org/
XXVII
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
O livro do 9o ano é composto de doze capítulos em que se desenvolvem as cinco Unidades Temá-
ticas propostas pela BNCC: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas e Probabilidade e
estatística, intercaladas e, sempre que possível, integradas, exploradas no corpo do texto explicativo
e nas atividades.
Com o intuito de complementar, ampliar e enriquecer o conteúdo desenvolvido, aparecem ao longo
do livro as seções especiais: Para saber mais, Trabalhando a informação e Diversificando. A seguir,
apresentamos a distribuição dessas seções no livro do 9o ano.
Para saber mais
Capítulo Título
Capítulo 1 (p. 21, 37)
O problema dos coelhos de Fibonacci e o número áureo
Espiral de Teodoro, Pitágoras ou Einstein
Capítulo 2 (p. 47) A história dos números irracionais
Capítulo 3 (p. 76, 83)
Medida de arcos de uma circunferência
Resolvendo problemas com o auxílio de um quadro
Capítulo 4 (p. 95, 101, 105)
Uma razão de ouro
Um pouco da história de Tales
Rumo ao teorema das bissetrizes dos ângulos internos de
um triângulo
Capítulo 5 (p. 116, 127)
Construindo figuras semelhantes por homotetia
Construindo um pantógrafo
Capítulo 6 (p. 139) A Matemática e os jogos
Capítulo 7 (p. 157) Número de ouro
Capítulo 8 (p. 175) Triângulos pitagóricos
Capítulo 9 (p. 202, 206)
Ângulos da cidade maravilhosa
O teodolito
Capítulo 10 (p. 223, 234, 237, 250,
252)
Função, um longo caminho na história da Matemática
Uso do computador: retas
Proporcionalidade na função linear
Uso do computador: parábolas
Sistema de equações do 2o grau
Capítulo 12 (p. 289) Construção de polígono regular de n lados
Trabalhando a informação
Capítulo Título
Capítulo 1 (p. 22) Analisando uma reportagem com porcentagens múltiplas
Capítulo 2 (p. 59) Construindo e interpretando gráfico de linha
Capítulo 3 (p. 67, 84)
Comparando gráficos de barras
Construindo gráficos de barras e de colunas
Capítulo 4 (p. 108) Cartograma do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS)
Capítulo 5 (p. 129) Um gráfico chamado pirâmide etária
Capítulo 6 (p. 140) Juros compostos
Capítulo 7 (p. 166) A leitura de um mapa, anamorfose geográfica
Capítulo 8 (p. 185) A representação de um relevo
Capítulo 9 (p. 211) Gráficos com distorção
Capítulo 11 (p. 272) Semicoroa circular
Capítulo 12 (p. 293) Atenção ao ler gráficos
XXVIII
Diversificando
Capítulo Título
Capítulo 1 (p. 39) Jogo do enfileirando
Capítulo 5 (p. 132) Câmara escura de orifício
Capítulo 8 (p. 192) Uma quase circunferência!
Capítulo 10 (p. 256) Cercando
Capítulo 12 (p. 303) Jogo do desenhe ou responda
Cada capítulo aborda objetos de conhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos, processos,
com a intenção de desenvolver as habilidades relacionadas a eles. Esses conhecimentos são articulados,
retomados e ampliados a fim de proporcionar sua apropriação pelos alunos, considerando a aprendiza-
gem um processo contínuo e integrado.
Os conteúdos matemáticos são desenvolvidos de modo que as habilidades, as Unidades Temáti-
cas, as competências e outras áreas do conhecimento se articulem e se relacionem e são tratados na
perspectiva das aprendizagens dos anos anteriores e posteriores. Assim, no livro do 9o ano do Ensino
Fundamental, levamos em conta os objetivos de aprendizagem para o 8o ano, conforme proposto na
BNCC, visando preparar os alunos para se apropriarem dos conhecimentos previstos para o Ensino Médio.
A seguir, são feitos comentários sobre cada capítulo e o que se pretende que os alunos desenvol-
vam neles. Os conteúdos trabalhados são relacionados aos objetos de conhecimento e às habilidades
da BNCC.
Há ainda textos complementares e sugestões de atividades, que possibilitam a ampliação do co-
nhecimento.
CAPÍTULO
CAPÍTULO 1
O que o encantador arranjo de pétalas numa rosa vermelha, o famoso quadro O Sacramento da
Última Ceia, de Salvador Dalí, as magní�cas conchas espirais de moluscos e a procriação de coelhos
têm em comum?
É difícil de acreditar, mas esses exemplos bem díspares têm em comum um certo número [...] o
número áureo.
O número áureo ou número do ouro, representado pela letra grega ò [�], é um número real não
racional, a sua escrita decimal nunca termina e nunca se repete, ò 5 1,6180339887... [...]
Fonte: LIVIO, Mario. Razão áurea. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 13.
1Números reais
Capítulo
Estrutura interna em espiral de uma concha de Nautilus.
11
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1 Números reais
Neste capítulo, são desenvolvidos objetos de conhecimento da Unidade Temática Números. Nos
conteúdos e atividades propostos, foram consideradas as aprendizagens dos anos anteriores, em es-
pecial do 8o ano (EF08MA03), relativas aos conjuntos numéricos estudados.
Esse é um momento de ampliação dos conhecimentos desenvolvidos sobre números para apresentar
os números irracionais e o conjunto dos números reais, na perspectiva de que a continuidade desse
processo leve os alunos à apropriação da noção de número real. Para isso, apresentam-se conceitos e
atividades que os conduzem nessa aprendizagem.
Ao ampliar os conhecimentos que eles já têm sobre os números, espera-se prepará-los para a apro-
priação de outros tipos de número e para a ampliação dos conjuntos numéricos que serão estudados
no Ensino Médio, como os números complexos.
Ainda na Unidade Temática Números, desenvolvem-se atividades que envolvem cálculos com porcen-
tagens e problemas que trabalham porcentagens com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos
e a determinação de taxas percentuais.
Promove-se a articulação com a Unidade Temática Geometria ao apresentar uma verificação ex-
perimental do teorema de Pitágoras e aplicando esse teorema na localização de números irracionais
XXIX
dados por raízes quadradas não exatas na reta real e na construção da espiral de Teodoro, Pitágoras
ou Einstein.
A conexão com a Unidade Temática Probabilidade e estatística ocorre em atividade na qual se
explora a interpretação de gráfico de colunas, retomando conhecimentos construídos em anos
anteriores.
No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este
bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a
serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período.
Capítulo 1 – Números reais
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Reconhecimento de que,
uma vez escolhida uma
unidade de medida de
comprimento, existem
segmentos de reta cujo
comprimento não é expresso
por número racional
• A sequência de Fibonacci e o
número áureo
• Reconhecimento de números
irracionais e de números reais
• Localização de números
irracionais na reta real
Necessidadedos números reais para medir
qualquer segmento de reta
Números irracionais: reconhecimento e
localização de alguns na reta numérica
(EF09MA01) Reconhecer que, uma vez
fixada uma unidade de comprimento,
existem segmentos de reta cujo
comprimento não é expresso por número
racional (como as medidas de diagonais
de um polígono e alturas de um triângulo,
quando se toma a medida de cada lado
como unidade).
(EF09MA02) Reconhecer um número
irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não
periódica, e estimar a localização de alguns
deles na reta numérica.
• Revisão dos números
racionais e ampliação dos
conjuntos numéricos
• Números racionais na forma
de fração e na forma decimal
• Números quadrados
perfeitos e o cálculo de raiz
quadrada
• Raiz quadrada com
aproximação decimal
Potências com expoentes negativos e
fracionários
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números
reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
• Resolução e elaboração
de problemas envolvendo
números reais
• Construção da espiral de
Teodoro, Pitágoras ou
Einstein
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas
com números reais, inclusive em notação
científica, envolvendo diferentes operações.
• Cálculo de porcentagens
sucessivas
Porcentagens: problemas que envolvem
cálculo de percentuais sucessivos
(EF09MA05) Resolver e elaborar
problemas que envolvam porcentagens,
com a ideia de aplicação de percentuais
sucessivos e a determinação das taxas
percentuais, preferencialmente com o uso
de tecnologias digitais, no contexto da
educação financeira.
• Verificação experimental do
teorema de Pitágoras
• Aplicação do teorema de
Pitágoras na localização de
números irracionais na reta
real
Relações métricas no triângulo retângulo
Teorema de Pitágoras: verificações
experimentais e demonstração
Retas paralelas cortadas por transversais:
teoremas de proporcionalidade e
verificações experimentais
(EF09MA13) Demonstrar relações métricas
do triângulo retângulo, entre elas o
teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive,
a semelhança de triângulos.
(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas
de aplicação do teorema de Pitágoras
ou das relações de proporcionalidade
envolvendo retas paralelas cortadas por
secantes.
XXX
Texto complementar
Fibonaccis Áureos
Examine novamente a sequência de Fibonacci: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, ..., e
desta vez vamos observar as razões dos números sucessivos (calculados aqui até a sexta casa decimal):
1
1
5 1,000000
2
1
5 2,000000
3
2
5 1,500000
5
3
5 1,666666
8
5
5 1,600000
13
8
5 1,625000
21
13
5 1,615385
34
21
5 1,619048
55
34
5 1,617647
89
55
5 1,618182
144
89
5 1,617978
233
144
5 1,618056
377
233
5 1,618026
610
377
5 1,618037
987
610
5 1,618033
Você reconhece esta última razão? À medida que avançamos na sequência de Fibonacci, a razão entre dois
números sucessivos de Fibonacci oscila em torno da Razão Áurea (sendo alternadamente maior e menor), mas
se aproxima cada vez mais dela. Se denotamos o n-ésimo número de Fibonacci como Fn e o seguinte como Fn 1 1,
então descobriremos que a razão Fn 1 1
Fn
se aproxima da Razão Áurea ò quando n aumenta. Essa propriedade foi
descoberta em 1611 (embora possivelmente um anônimo italiano o tenha feito antes) pelo famoso astrônomo
alemão Johannes Kepler; entretanto mais de cem anos se passaram antes que a relação entre os números de
Fibonacci e a Razão Áurea fosse provada (e, mesmo assim, não totalmente) pelo matemático escocês Robert
Simson (1687-1768). Kepler, aliás, aparentemente topou com a sequência de Fibonacci por conta própria e não
lendo o Liber abaci.
Mas por que os termos de uma sequência derivada do acasalamento de coelhos se aproximariam de uma
razão definida por meio da divisão de uma linha? Para entender essa conexão, temos de voltar às espantosas
frações contínuas [...]. Lembre-se de que vimos que a Razão Áurea pode ser escrita como:
ò 5 1 1
1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 ...
Em princípio, poderíamos calcular o valor de ò por uma série de aproximações sucessivas, na qual inter-
romperíamos as frações contínuas mais e mais adiante. Suponha que tentássemos fazer exatamente isso. Iríamos
encontrar a série de valores lembrete:1sobre é igual a :b
a
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2 2,000001 5 5
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1
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8
13 1,625001
1
1
1 1
5 5
XXXI
Em outras palavras, as aproximações sucessivas que encontramos para a Razão Áurea são exatamente
iguais às razões dos números de Fibonacci. Não é de espantar então que, à medida que vamos para termos
cada vez maiores na sequência, a razão tende para a Razão Áurea. Esta propriedade é descrita de maneira
admirável no livro On Growth and Form (Sobre crescimento e forma), do famoso naturalista sir D’Arcy
Wentworth Thompson (1860-1948). Ele escreve sobre os números de Fibonacci: “Sobre esses números
famosos e fascinantes, um amigo matemático me escreve: ‘Todo o romance das frações contínuas, relações
de recorrência linear, [...] recai sobre eles, e eles são uma fonte de curiosidade inesgotável. Como é inte-
ressante vê-los se esforçando para atingir o inatingível, a Razão Áurea, por exemplo; e esta é apenas uma
entre centenas de relações desse tipo’.”. A convergência para a Razão Áurea, aliás, explica o truque mágico
que descrevi [...]. Se você define uma série de números pela propriedade de que cada termo (começando
com o terceiro) é igual à soma dos dois anteriores, então, independentemente dos dois números com os
quais você tenha começado, desde que você avance suficientemente na sequência, a razão de dois termos
sucessivos sempre se aproxima da Razão Áurea.
Os números de Fibonacci, como a “aspiração” de suas razões – a Razão Áurea –, têm algumas propriedades
realmente assombrosas. A lista de relações matemáticas que envolveu os números de Fibonacci é literalmente
sem fim. Aqui apresentamos apenas um punhado delas.
LIVIO, Mario. Razão áurea: a história de Fi, um número surpreendente. Trad.
Marco Shinobu Matsumura. Rio de Janeiro: Record, 2007.
CAPÍTULO
Reza a lenda que a descoberta dos irracionais causou tanto escândalo entre os gregos que o
pitagórico responsável por ela, Hípaso, foi expulso da escola e condenado à morte. Não se sabe de
onde veio essa história, mas parece pouco provável que seja verídica. [...]
Na verdade, a descoberta da incomensurabilidade representou uma nova situação que motivou
novos desenvolvimentos matemáticos.
Fonte: ROQUE, Tatiana. História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos.
Rio de Janeiro: Zahar, 2012. p. 124-26.
2
Capítulo
Detalhe de Escola de Atenas (1509-1511), de Rafael Sanzio. Pintura em reboco. 5 m 3 7,7 m. Na imagem,
Pitágoras, sentado à esquerda, é observado por Parmênides, em pé, e Hipatia, ao fundo.
Operações com
números reais
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40 CAPÍTULO 2
2 Operações com números
reais
Neste capítulo, serão aprofundados os conhecimentos acerca das operações com os conjuntos
numéricos, ampliando-as para o cálculo com radicais, com foco na Unidade Temática Números. Esse
trabalho amplia e consolida conhecimentos construídos ao longo dos anos anteriores, em especial no
8o ano (EF08MA01 e EF08MA02). Espera-se que as situações envolvendo tais conhecimentos possam
subsidiar os que serão explorados no Ensino Médio, entre eles a história dos números irracionais e as
propriedades de radicais.
O capítulo apresenta também articulação com temas das Unidades Temáticas Grandezas e medidas,
no reconhecimento e emprego de unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito
pequenas, e Probabilidade e estatística, na construção e interpretação de gráficos de linhas.
Capítulo 2 –Operações com números reais
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Surgimento do número
irracional na história
• Reconhecimento de um
número irracional
Necessidade dos números reais para
medir qualquer segmento de reta
Números irracionais: reconhecimento e
localização de alguns na reta numérica
(EF09MA01) Reconhecer que, uma vez
fixada uma unidade de comprimento,
existem segmentos de reta cujo
comprimento não é expresso por número
racional (como as medidas de diagonais
de um polígono e alturas de um triângulo,
quando se toma a medida de cada lado
como unidade).
(EF09MA02) Reconhecer um número
irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não
periódica, e estimar a localização de alguns
deles na reta numérica.
XXXII
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Cálculo com potências de
expoentes naturais e inteiros
negativos
• Determinação de potências
com expoente fracionário
• Cálculo com radicais
Potências com expoentes negativos e
fracionários
(EF09MA03) Efetuar cálculos com
números reais, inclusive potências com
expoentes fracionários.
• Propriedades de radicais
• Operações envolvendo
radicais
• Resolução de problemas
envolvendo radicais
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar
problemas com números reais, inclusive
em notação científica, envolvendo
diferentes operações.
• Reconhecimento e emprego
de unidades usadas para
expressar medidas muito
grandes ou muito pequenas
• Emprego de unidades
de medida utilizadas na
informática
Unidades de medida para medir distâncias
muito grandes e muito pequenas
Unidades de medida utilizadas na
informática
(EF09MA18) Reconhecer e empregar
unidades usadas para expressar medidas
muito grandes ou muito pequenas, tais
como distância entre planetas e sistemas
solares, tamanho de vírus ou de células,
capacidade de armazenamento de
computadores, entre outros.
• Construção e interpretação
de gráfico de linha
Leitura, interpretação e representação de
dados de pesquisa expressos em tabelas
de dupla entrada, gráficos de colunas
simples e agrupadas, gráficos de barras e
de setores e gráficos pictóricos
(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico
mais adequado (colunas, setores, linhas),
com ou sem uso de planilhas eletrônicas,
para apresentar um determinado conjunto
de dados, destacando aspectos como as
medidas de tendência central.
CAPÍTULO
62 CAPÍTULO 3
3
Capítulo
Grandezas
proporcionais
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Surgido nos anos 1970
em Nova York (Estados
Unidos), o grafite é uma
forma de manifestação
artística em espaços
públicos com adeptos em
vários países. O grafite
brasileiro é considerado
um dos melhores do
mundo.
Se dois grafiteiros
levam 10 dias para
concluir um grande painel,
com a ajuda de outros dois
grafiteiros, igualmente
hábeis, em quantos dias
eles terminariam essa
arte?
Em Soweto (África do Sul), grafiteiros produzem um retrato de Winnie
Madikizela-Mandela, ex-esposa do presidente sul-africano Nelson Mandela.
Ela faleceu em 2 de abril de 2018, com 81 anos. (Foto de 2018.)
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3 Grandezas proporcionais
Os conceitos e as atividades envolvendo o estudo de proporcionalidade entre grandezas são o
foco deste capítulo, desenvolvendo a Unidade Temática Álgebra com os temas razão entre gran-
dezas de espécies diferentes, grandezas direta ou inversamente proporcionais e regra de três,
ampliando os conhecimentos construídos em anos anteriores e em especial no 8o ano (EF08MA12
e EF08MA13).
As articulações são feitas com a Unidade Temática Números por meio de cálculos e proble-
mas envolvendo números reais, com a Unidade Temática Geometria na seção Para saber mais,
que trata de medida de arco de uma circunferência, e com a Unidade Temática Probabilidade e
estatística na comparação de gráficos de barras e na análise de texto e construção de gráficos
de barras e de colunas, temas das seções Trabalhando a informação, ampliando o trabalho feito
em anos anteriores.
XXXIII
Capítulo 3 – Grandezas proporcionais
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Cálculos com números reais
Potências com expoentes negativos e
fracionários
(EF09MA03) Efetuar cálculos com
números reais, inclusive potências com
expoentes fracionários.
• Resolução de problemas
envolvendo cálculos com
números reais
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar
problemas com números reais, inclusive
em notação científica, envolvendo
diferentes operações.
• Determinação da razão
entre duas grandezas de
espécies diferentes, como por
exemplo: gramatura de papel,
velocidade média, densidade
demográfica, entre outros
• Resolução de problemas
envolvendo razões entre
grandezas de espécies
diferentes
• Cálculo de razões na
comparação de gráficos de
barras
Razão entre grandezas de espécies
diferentes
(EF09MA07) Resolver problemas que
envolvam a razão entre duas grandezas
de espécies diferentes, como velocidade e
densidade demográfica.
• Reconhecimento de relações
de proporcionalidade entre
duas grandezas
• Resolução e elaboração
de problemas envolvendo
grandezas direta e
inversamente proporcionais
• Resolução e elaboração
de problemas por meio da
regra de três
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Aplicação da relação de
proporcionalidade na
obtenção da medida de
arcos de circunferência
Relações entre arcos e ângulos na
circunferência de um círculo
(EF09MA11) Resolver problemas por meio
do estabelecimento de relações entre
arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos
na circunferência, fazendo uso, inclusive,
de softwares de geometria dinâmica.
• Construção de gráficos de
barras e de colunas com
base em pesquisa sobre
expectativa de vida
Planejamento e execução de pesquisa
amostral e apresentação de relatório
(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa
amostral envolvendo tema da realidade
social e comunicar os resultados por
meio de relatório contendo avaliação
de medidas de tendência central e da
amplitude, tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de planilhas
eletrônicas.
XXXIV
CAPÍTULO
91
4
Capítulo
Proporcionalidade
em Geometria
CAPÍTULO 4
Paralelas e transversais, cruzando em feixes, compõem um cenário harmonioso
nas construções humanas. E a perspectiva oferece aos nossos olhos a ideia de
proporcionalidade e uma representação de infinitude.
Estação de trem em Washington D.C. (Estados Unidos). (Foto de 2015.)
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I
4 Proporcionalidade em
Geometria
O foco deste capítulo é a Unidade Temática Geometria ampliando-se o trabalho feito com propor-
cionalidade no capítulo anterior para o campo da Geometria. Esse estudo envolve também demonstrar
e aplicar relações simples entre ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal,
explorando demonstrações feitas no 8o ano (EF08MA14), e resolução de problemas de aplicação das
relações de proporcionalidade envolvendo retas paralelas cortadas por secantes.
Além desses conteúdos, abordam-se em seções especiais cálculos com números reais e porcenta-
gens, articulando-se com a Unidade Temática Números.
Na articulação com a Unidade Temática Probabilidade e estatística, utiliza-se a leitura de texto e
cartogramas, e com a Unidade Temática Álgebra, exploram-se situações que envolvem razões e rela-
ções de proporcionalidade.
No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este
bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento,habilidades e práticas pedagógicas a
serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período.
Capítulo 4 – Proporcionalidade em Geometria
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Cálculos com números reais
Potências com expoentes negativos e
fracionários
(EF09MA03) Efetuar cálculos com
números reais, inclusive potências com
expoentes fracionários.
• Resolução de problemas
envolvendo cálculos com
números reais
• Resolução de problemas
envolvendo porcentagens e
análise de cartograma
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar
problemas com números reais, inclusive
em notação científica, envolvendo
diferentes operações.
• Resolução de problemas
envolvendo razões entre
duas grandezas
• Determinação da razão entre
dois segmentos de reta
• Reconhecimento e
construção de retângulos
áureos
• Resolução de problemas
envolvendo segmentos
proporcionais
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Demonstração e aplicação
de relações entre ângulos
formados por retas
paralelas cortadas por uma
transversal
Demonstrações de relações entre os
ângulos formados por retas paralelas
intersectadas por uma transversal
(EF09MA10) Demonstrar relações simples
entre os ângulos formados por retas
paralelas cortadas por uma transversal.
XXXV
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Aplicação do teorema de
Tales e de propriedades que
decorrem desse teorema
• Resolução e elaboração
de problemas que
aplicam as relações
de proporcionalidade
envolvendo retas paralelas
cortadas por secantes
Relações métricas no triângulo retângulo
Teorema de Pitágoras: verificações
experimentais e demonstração
Retas paralelas cortadas por transversais:
teoremas de proporcionalidade e
verificações experimentais
(EF09MA14) Resolver e elaborar
problemas de aplicação do teorema
de Pitágoras ou das relações de
proporcionalidade envolvendo retas
paralelas cortadas por secantes.
CAPÍTULO
111CAPÍTULO 5
Uma mão desenha a outra, semelhante, que desenha a outra, igualmente semelhante...
Criador e criatura: quem é quem na obra de Escher?
Também na natureza, a semente gera o fruto que gera a semente, que carrega em si as
características de seu fruto: um ciclo a perpetuar a semelhança da espécie.
5
Capítulo
M. C. Escher. Drawing hands. 1948. Litografia. 33,2 cm 3 28,2 cm.
Semelhança
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5 Semelhança
Situações que desenvolvem a proporcionalidade também são o foco deste capítulo, que trata de
semelhança e suas aplicações na Unidade Temática Geometria e que amplia e aprofunda os conheci-
mentos abordados no capítulo anterior. Esses temas são desenvolvidos visando dar suporte e garantir
a continuidade dos estudos em Matemática para temas que serão trabalhados no Ensino Médio, como
a Trigonometria.
A articulação com as Unidades Temáticas Números e Álgebra é feita, respectivamente, com a pre-
sença de cálculos com números reais e porcentagens e com relações de proporcionalidade.
Além disso, promove-se ainda a articulação com a Unidade Temática Probabilidade e estatística
na seção Trabalhando a informação, que explora pirâmides etárias, ampliando o trabalho com gráficos
dos anos anteriores, em especial o do 8 o ano (EF08MA27).
Capítulo 5 – Semelhança
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Cálculos com números reais
Potências com expoentes negativos e
fracionários
(EF09MA03) Efetuar cálculos com
números reais, inclusive potências com
expoentes fracionários.
• Resolução de problemas
envolvendo cálculos com
números reais
• Resolução de problemas
envolvendo porcentagens
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar
problemas com números reais, inclusive
em notação científica, envolvendo
diferentes operações.
• Resolução de problemas
envolvendo relações
de proporcionalidade,
ampliação e redução de
figuras
• Determinação da razão
de semelhança entre dois
polígonos
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
XXXVI
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Aplicação de relações entre
ângulos formados por retas
paralelas cortadas por uma
transversal
Demonstrações de relações entre os
ângulos formados por retas paralelas
intersectadas por uma transversal
(EF09MA10) Demonstrar relações simples
entre os ângulos formados por retas
paralelas cortadas por uma transversal.
• Reconhecimento de
polígonos semelhantes,
em particular de triângulos
semelhantes
• Construção de figuras
semelhantes por homotetia
• Definição de semelhança de
triângulos
• Estudo e aplicação dos casos
de semelhança de triângulos
• Resolução de problemas
envolvendo semelhança de
triângulos
Semelhança de triângulos
(EF09MA12) Reconhecer as condições
necessárias e suficientes para que dois
triângulos sejam semelhantes.
• Interpretação de pirâmides
etárias
Planejamento e execução de pesquisa
amostral e apresentação de relatório
(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa
amostral envolvendo tema da realidade
social e comunicar os resultados por
meio de relatório contendo avaliação
de medidas de tendência central e da
amplitude, tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de planilhas
eletrônicas.
CAPÍTULO
133CAPÍTULO 6
Lembrando esse ditado popular inglês, a BBC (British Broadcasting Corporation) propõe um
desa�o sobre a probabilidade de o pastor de ovelhas acertar a previsão meteorológica com base no céu
pela manhã, prevendo uma tempestade quando o céu está vermelho e nenhuma tempestade quando o
céu está claro.
Dados obtidos em: BBC Brasil. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/geral-42286388>. Acesso em: 27 fev. 2018.
6
Capítulo
Rebanho de ovelhas pastando em colina durante o pôr do sol.
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Um pouco mais
sobre Estatística
Céu vermelho à noite,
alegria do pastor...
Céu vermelho pela
manhã, alerta para
o pastor.
6 Um pouco mais sobre
Estatística
Este capítulo amplia e aprofunda os conhecimentos sobre as medidas estatísticas tratadas no 8o
ano (EF08MA25), assunto relativo à Unidade Temática Probabilidade e estatística.
Os conhecimentos trabalhados neste capítulo constituem subsídios para a compreensão da conti-
nuidade dos estudos de Estatística no Ensino Médio.
Além disso, ainda nessa Unidade Temática, trabalha-se o cálculo de probabilidade na seção Para
saber mais, ampliando conhecimentos desenvolvidos no 8o ano (EF08MA22).
Promove-se também a articulação com a Unidade Temática Números ao apresentar o cálculo de
juros compostos envolvendo taxas percentuais.
http://www.bbc.com/portuguese/geral-42286388
XXXVII
Capítulo 6 – Um pouco mais sobre Estatística
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Cálculos de porcentagens
no contexto de juros
compostos
Porcentagens: problemas que envolvem
cálculo de percentuais sucessivos
(EF09MA05) Resolver e elaborar
problemas que envolvam porcentagens,
com a ideia de aplicação de percentuais
sucessivos e a determinação das taxas
percentuais, preferencialmente com ouso
de tecnologias digitais, no contexto da
educação financeira.
• Resolução de problemas
envolvendo cálculo de
probabilidade
Análise de probabilidade de eventos
aleatórios: eventos dependentes e
independentes
(EF09MA20) Reconhecer, em experimentos
aleatórios, eventos independentes e
dependentes e calcular a probabilidade de
sua ocorrência, nos dois casos.
• Escolha do gráfico mais
adequado para apresentar
determinado conjunto de
dados, destacando a análise
de medidas estatísticas de
tendência central
Leitura, interpretação e representação de
dados de pesquisa expressos em tabelas
de dupla entrada, gráficos de colunas
simples e agrupadas, gráficos de barras e
de setores e gráficos pictóricos
(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico
mais adequado (colunas, setores, linhas),
com ou sem uso de planilhas eletrônicas,
para apresentar um determinado conjunto
de dados, destacando aspectos como as
medidas de tendência central.
• Reconhecimento e
determinação de medidas
estatísticas
• Análise de tabelas e gráfico
pictórico
• Resolução e elaboração
de problemas envolvendo
medidas estatísticas
Planejamento e execução de pesquisa
amostral e apresentação de relatório
(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa
amostral envolvendo tema da realidade
social e comunicar os resultados por
meio de relatório contendo avaliação
de medidas de tendência central e da
amplitude, tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de planilhas
eletrônicas.
Texto complementar
Educação Estatística no ensino básico: uma exigência do mundo do trabalho
[...]
Estatística e histórico
A Estatística é um segmento da Matemática Aplicada surgida nas questões de estado e governo. Daí o nome
Estatística ser originário do termo latino status. Situações ocasionais como número de habitantes, quantidade
de óbitos e nascimentos, quantidades produzidas e quantitativos das riquezas formaram os primórdios dos
problemas que deram início ao pensamento estatístico.
Inicialmente, no século XVI, pensada pelos ingleses como uma ciência política, destinava-se a
descrever características de um país, tais como população, área, riquezas e recursos naturais. Deste
papel histórico, origina-se a sua função de caracterização numérica de uma série de informações
populacionais. Com esta abordagem, o termo é utilizado no plural, como as “estatísticas de saúde”,
as “estatísticas de mortalidade”, as “estatísticas do registro civil”, entre outras. (2)
A Estatística vista enquanto ciência só ocorreu a partir do século XVIII, nos registros do alemão Godofredo
Achenwall**, ainda como catalogação não regular de dado. (3)
Os modelos estatísticos, enquanto modelos matemáticos aplicados, reúnem características de precisão na
linguagem, adequados ao ambiente de informações rápidas.
A necessidade de expressar o grau de incerteza na ocorrência dos experimentos e de explicar o
fato de duas experiências iguais poderem ter resultados diferentes leva ao reconhecimento da ra-
cionalidade probabilística em eventos da natureza. A pesquisa em probabilidade no século XVIII
culmina com o notável trabalho de Pierre-Simon de Laplace, “Theorie Analitique de Probabilités”.
À luz da concepção do cientificismo, rapidamente amplia-se o domínio de abrangência do cálculo probabi-
lístico. Este se torna indispensável para lidar com dados relativos a temas de interesse social e econômico, como
administração das finanças públicas, saúde coletiva, conduta de eleições e seguro de vida. Surgem as primeiras
ideias do positivismo e Condorcet propõe uma “ciência natural da sociedade”, isto é, uma “matemática social”
baseada no cálculo das probabilidades. (2)
XXXVIII
Ao abrirmos uma revista ou um jornal é quase impossível não encontrarmos alguma representação Estatística/
Matemática complementar aos textos, ilustrando ou sintetizando a comunicação, tornando a leitura mais atrativa
e objetiva. Em muitos casos, os modelos estatísticos/matemáticos assumem a importância maior, ficando o texto
como complemento ou restrito a observações.
Estatística e linguagem
Vale destacar que a simbologia matemática foi, e ainda é, um fator de evolução das ideias matemáticas que
se desenvolveram lentamente ao longo de séculos. Essa evolução tomou por base dois objetivos permanentes:
1. tornar possível a comunicação matemática entre as pessoas, independentemente das nacionalidades e culturas;
2. simplificar a expressão das ideias e pensamentos matemáticos. Assim, a Matemática, como nenhuma ou-
tra ciência, conseguiu construir um conjunto universal de signos, moldando uma linguagem com códigos que
atravessam idiomas e culturas. Dessa forma é possível, por exemplo, um matemático chinês escrever equações
ou proposições que um matemático brasileiro entenderá com facilidade. Essa propriedade é utilizada pela Esta-
tística e passa a ser apropriada largamente pela informática, permeando as comunicações no mundo cibernético.
A evolução da Matemática fez surgir aplicações específicas, com linguagens e símbolos próprios, como foi o
caso da matemática financeira, com sua constante evolução, e também da Estatística.
Com o avanço tecnológico, as exigências de sofisticadas competências para o mundo do trabalho e a facili-
dade oferecida pela informática, as pesquisas deixaram de acontecer apenas em ocasiões para se tornarem parte
integrante e inseparável de nossas vidas em todos os instantes.
A partir dos anos 40, a pesquisa Estatística se volta para solucionar problemas envolvendo variados
aspectos da inferência, cada um tendo a sua aplicação a situações específicas. Os testes de hipó-
teses para médias, variâncias e proporções, a teoria dos testes uniformemente mais poderosos, o
processo de inclusão (exclusão) de variáveis nos modelos de regressão são algumas das formas de
inferência de uso consagrado. (2)
O mundo corporativo*** passou a adotar a linguagem Estatística em suas rotinas operacionais exigindo dos
profissionais conhecimentos e competências numéricas para o correto entendimento e produção de relatórios,
tabelas, gráficos, diagramas e fluxogramas.
Na comunicação de massa, os programas de televisão com maior índice de audiência, além de serem totalmente
direcionados a institutos de pesquisa, passaram a ter obrigatoriamente pesquisas interativas em suas pautas, na
busca de uma permanente aproximação com o público. Contudo, diante desse ambiente saturado de informações,
poucas pessoas questionam a forma como esses dados foram coletados, tratados e trabalhados até chegarem no
formato “acabado” em que são apresentados. Isto é, o público tem sido consumidor de resultados de pesquisas da
forma como se apresentam, sem a devida interpretação crítica e um entendimento do que se está “consumindo”.
Os meios de comunicação refletem também a facilidade que os modelos estatísticos oferecem para sintetização
de informações. Por exemplo: uma medida de tendência central pode representar bem o perfil de uma popu-
lação, ou um histograma pode melhor apresentar um universo de dados. Existe um ditado em Matemática que
diz: “Um gráfico bem construído equivale a mil palavras”. Essa nova linguagem passa a demandar das pessoas o
entendimento e o domínio de novos códigos diferentes do “ler e escrever” tradicionais****. É nessa perspectiva
que o mundo moderno caminha, com tecnologias voláteis, otimizando espaços, tempo, recursos, e fazendo uso
intenso dos argumentos estatísticos.
Nesse contexto, a escola não pode ignorar essas novas linguagens tão presentes no mundo dos educandos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais recomendam o trabalho com Estatística [grifo do autor]
com a finalidade de que o estudante construa procedimentos para coletar, organizar, comunicar
e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações, e que seja capaz de descrever e
interpretar sua realidade, usando conhecimentos matemáticos. (4)
É fundamental que as práticas e os conteúdos ministrados em aula estejam em sintonia com as novas exigências
do mundoem que vivemos, para que a educação não seja algo distante da vida dos alunos, mas, ao contrário,
seja parte integrante de suas experiências para uma existência melhor.
** Godofredo Achenwall é considerado o pai da Estatística Moderna.
*** Mundo das organizações onde atuam os profissionais.
**** Referência à leitura escrita somente sem levar em conta o atendimento dos signos matemáticos e estatísticos.
(2) SZWARCWALD, Celia L.; CASTILHO, Euclides A. de. The paths of statistics and its incursions through epidemiology. Cadernos
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 5-21, jan./mar. 1992. ISSN 0102-311X.
(3) CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.
(4) LOPES, Celi Aparecida Espasandin; MORAN, Regina Célia Carvalho Pinto. A estatística e a probabilidade através das atividades
propostas em alguns livros didáticos brasileiros recomendados para o ensino fundamental. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL,
EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS DO ENSINO DA ESTATÍSTICA: DESAFIOS PARA O SÉCULO XXI, 1, 1999, Florianópolis. Anais...
Florianópolis: UFSC/PRESTA/ IASE, 1999. p. 167-174.
ROSETTI JÚNIOR, Hélio. “Educação Estatística no ensino básico: uma exigência do mundo do trabalho”.
Revista Capixaba de Ciência e Tecnologia, Vitória, n. 2, p. 35-37, 1. sem. 2007.
XXXIX
CAPÍTULO
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143CAPÍTULO 7
Oficialmente, o tablado de um ringue de boxe deve ser quadrado, com medida dos
lados variável de 4,9 m a 7,0 m, mais uma borda mínima de 0,6 m.
Se uma academia de esportes dispõe de uma superfície quadrada de 36 m2 para
construir um ringue de boxe, o construtor deve resolver uma equação do 2o grau para
determinar a medida dos lados desse ringue.
7
Capítulo
Anthony Joshua enfrenta Carlos Takam em luta de boxe realizada no Reino Unido. (Foto de 2017.)
Equações do
2o grau
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7 Equações do 2o grau
Este capítulo tem foco em objetos de conhecimento da Unidade Temática Álgebra e amplia o estudo
das equações, visando preparar os alunos para a continuidade de estudos de Álgebra neste volume,
no capítulo 10, e para os estudos do Ensino Médio.
Os conteúdos e as atividades propostos exploram tipos variados de equações do 2o grau e sistemas
do 2o grau, com base nos conhecimentos construídos no 8o ano (EF08MA08 e EF08MA09).
Neste capítulo, explora-se a Unidade Temática Geometria quando são utilizadas figuras geométricas
para contextualizar os conceitos algébricos e a Unidade Temática Grandezas e medidas quando utiliza-
-se o cálculo de área e de volume nesses mesmos contextos em diversos momentos, como na seção
Pense mais um pouco... da página 154.
Além disso, a articulação com a Unidade Temática Números é promovida na seção Diversificando,
que envolve cálculo de porcentagem na leitura e análise de mapas.
No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este
bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a
serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período.
Capítulo 7 – Equações do 2o grau
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Resolução de problemas
que envolvem relações
de proporcionalidade que
podem ser representados
por uma equação polinomial
do 2o grau
• Cálculo de porcentagens na
leitura e análise de mapas
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Resolução de equações do
2o grau
• Resolução e elaboração de
problemas que podem ser
representados por equações
polinomiais do 2o grau
Expressões algébricas: fatoração e
produtos notáveis
Resolução de equações polinomiais do 2o
grau por meio de fatorações
(EF09MA09) Compreender os processos
de fatoração de expressões algébricas,
com base em suas relações com os
produtos notáveis, para resolver e elaborar
problemas que possam ser representados
por equações polinomiais do 2o grau.
• Resolução de problema
envolvendo volume de cubo
e equação do 2o grau
Volume de prismas e cilindros
(EF09MA19) Resolver e elaborar
problemas que envolvam medidas de
volumes de prismas e de cilindros retos,
inclusive com uso de expressões de
cálculo, em situações cotidianas.
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8
Capítulo
Triângulo retângulo
Monumento a Pitágoras, ilha de Samos, Grécia. (Foto de 2017.)
Na ilha de Samos,
na Grécia, há um
monumento de
bronze construído
em homenagem a
Pitágoras, filósofo
reconhecido por
inúmeras contribuições
à Matemática.
Edificada de modo a
lembrar um triângulo
retângulo, a figura de
Pitágoras representa
um de seus catetos.
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CAPÍTULO 8
8 Triângulo retângulo
Este capítulo tem foco na Unidade Temática Geometria, tratando do estudo do triângulo retângulo,
aprofundando o teorema de Pitágoras, sua demonstração e variadas aplicações, assim como apresenta
outras relações métricas existentes nesse triângulo.
O trabalho com este capítulo visa também embasar estudos que serão tratados no Ensino Médio.
Capítulo 8 – Triângulo retângulo
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Resolução de problemas
que envolvam semelhança
de triângulos e triângulos
retângulos
Semelhança de triângulos
(EF09MA12) Reconhecer as condições
necessárias e suficientes para que dois
triângulos sejam semelhantes.
• Reconhecimento dos
elementos de um triângulo
retângulo
• Demonstração das relações
métricas do triângulo
retângulo
• Demonstração e aplicação
do teorema de Pitágoras
Relações métricas no triângulo retângulo
Teorema de Pitágoras: verificações
experimentais e demonstração
Retas paralelas cortadas por transversais:
teoremas de proporcionalidade e
verificações experimentais
(EF09MA13) Demonstrar relações
métricas do triângulo retângulo, entre
elas o teorema de Pitágoras, utilizando,
inclusive, a semelhança de triângulos.
(EF09MA14) Resolver e elaborar
problemas de aplicação do teorema
de Pitágoras ou das relações de
proporcionalidade envolvendo retas
paralelas cortadas por secantes.
• Descrição de algoritmo por
escrito para a construção de
um quadrado com régua e
compasso
Polígonos regulares
(EF09MA15) Descrever, por escrito e por
meio de um fluxograma, um algoritmo
para a construção de um polígono
regular cuja medida do lado é conhecida,
utilizando régua e compasso, como
também softwares.
• Determinação da distância
entre dois pontos no
plano cartesiano e das
coordenadas do ponto
médio de um segmento de
reta
Distância entre pontos no plano
cartesiano
(EF09MA16) Determinar o ponto médio
de um segmento de reta e a distância
entre dois pontos quaisquer, dadas as
coordenadas desses pontos no plano
cartesiano, sem o uso de fórmulas, e
utilizar esse conhecimento para calcular,
por exemplo, medidas de perímetros e
áreas de figuras planas construídas no
plano.
• Representação gráfica de
um relevo
Vistas ortogonais de figuras espaciais
(EF09MA17) Reconhecer vistas ortogonais
de figuras espaciais e aplicar esse
conhecimento para desenhar objetos em
perspectiva.
XLI
Texto complementar
De São Paulo ao Rio de Janeiro com uma corda “ideal”
Tome uma corda esticada, unindo um ponto A de São Paulo a um ponto B do Rio de Janeiro. Suponha que
a distância entre estes pontos A e B seja de exatamente 400 km. Tome outra corda com um metro a mais quea anterior, ou seja, com 400.001 metros, e fixe também suas extremidades nos pontos A e B. Ela ficará bamba.
Levante esta corda pelo seu ponto médio formando um triângulo, conforme a figura 1:
A B
São Paulo Rio de Janeiro
a 5 400 km
h
a 1 1
2
figura 1
a 1 1
2
Pergunta-se:
i) A altura h deste triângulo formado será maior ou menor que um metro?
ii) O que ocorreria com a altura, se o triângulo formado fosse como o da figura 2?
aA B
b
figura 2
b 1 c 5 a 1 1
c
Por mais absurdo que possa parecer, caberia dentro do triângulo, no caso i), um prédio de forma retangular
com 126 andares de altura e 50 quarteirões de comprimento!
Ao fazermos as contas, vemos que a altura h será aproximadamente 447 metros no caso i) e 0,99999 metros
no caso ii), que são valores bem diferentes do imaginado.
Vejamos as soluções:
i) Pelo teorema de Pitágoras temos:
2
1
2 4
1 (2 1)h a a a5 1 2 5 12
2 28 8B B
Logo, 2
1 2 1h a5 1
Sendo a 5 400.000 m, temos .2 800 0011h 5 q 447 m.
A B
São Paulo Rio de Janeiro
50 quarteirões
126 andares
ii) Neste caso temos as relações
b 1 c 5 a 1 1 (1)
b2 1 a2 5 c2 (2)
De (1) temos c 5 a 2 b 1 1, que, aplicado com (2), dá:
b 2 1 a 2 5 b 2 1 a 2 1 1 1 2a 2 2ab 2 2b
ou seja, 2ab 1 2b 5 2a 1 1. Logo, b 5 2a 1 1
2a 1 2
Sendo a 5 400.000 m, temos b 5 800.001
800.002
0,999999 m.
Fazendo os gráficos de h e b como funções de a, temos:
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XLII
Para nossa surpresa:
h " Ü quando a " Ü,
b " 1 quando a " Ü.
Perplexos com a solução, ficamos a imaginar
por que falha a nossa intuição. a
h(a)
1
2
a
b
1
2
1
DUARTE JÚNIOR, G. G. De São Paulo ao Rio de Janeiro com uma corda “ideal”.
Revista do Professor de Matemática, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 1-3. 1992.
CAPÍTULO
193CAPÍTULO 9
Construído no início do século XX, terceiro teleférico do mundo, o bondinho do Pão de
Açúcar, no Rio de Janeiro, já transportou dezenas de milhões de pessoas.
O passeio tem duas etapas. Da praia Vermelha ao morro da Urca, com extensão
de 575 m, eleva-se a 220 m de altitude. Deste ao morro Pão de Açúcar, com extensão de
750 m, eleva-se a 396 m de altitude.
Aplicando-se as razões trigonométricas, podemos obter o ângulo de inclinação dos
cabos de aço em cada etapa.
9
Capítulo
Teleférico do Pão de Açúcar, Rio de Janeiro. (Foto de 2016.)
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Razões trigonométricas
nos triângulos
retângulos
9 Razões trigonométricas nos
triângulos retângulos
Este capítulo dá continuidade ao anterior, desenvolvendo agora as relações trigonométricas nos
triângulos retângulos e suas aplicações na resolução das atividades, vinculadas à Unidade Temática
Geometria, tendo como base a proporcionalidade e a semelhança de triângulos, tópicos já estudados
em capítulos anteriores neste livro.
Os conhecimentos tratados neste capítulo constituem-se como subsídios para a compreensão de
estudos a serem desenvolvidos no Ensino Médio.
Faz-se conexão com a Unidade Temática Probabilidade e estatística, por meio da análise de gráficos
de linhas com distorção na seção Trabalhando a informação.
Capítulo 9 – Razões trigonométricas nos triângulos retângulos
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Aplicação da semelhança
de triângulos para obtenção
das razões trigonométricas
em um triângulo retângulo
• Resolução de problemas
que envolvem semelhança
de triângulos e razões
trigonométricas no
triângulo retângulo
• Utilização da tabela de
razões trigonométricas
Semelhança de triângulos
(EF09MA12) Reconhecer as condições
necessárias e suficientes para que dois
triângulos sejam semelhantes.
• Aplicação do teorema de
Pitágoras na determinação
das razões trigonométricas
dos ângulos de 30°, 45° e 60°
Relações métricas no triângulo retângulo
Teorema de Pitágoras: verificações
experimentais e demonstração
Retas paralelas cortadas por transversais:
teoremas de proporcionalidade e
verificações experimentais
(EF09MA14) Resolver e elaborar
problemas de aplicação do teorema
de Pitágoras ou das relações de
proporcionalidade envolvendo retas
paralelas cortadas por secantes.
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XLIII
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Análises de gráficos com
distorção
Análise de gráficos divulgados pela mídia:
elementos que podem induzir a erros de
leitura ou de interpretação
(EF09MA21) Analisar e identificar,
em gráficos divulgados pela mídia, os
elementos que podem induzir, às vezes
propositadamente, erros de leitura, como
escalas inapropriadas, legendas não
explicitadas corretamente, omissão de
informações importantes (fontes e datas),
entre outros.
CAPÍTULO
216 CAPÍTULO 10
Um corpo projeta-se no espaço em lançamento oblíquo!
Desprezada a resistência do ar, sob a ação de seu peso, ele fica sujeito à aceleração da
gravidade e sua trajetória em relação à Terra é uma parábola.
O estudo desse fenômeno tem dois movimentos:
� horizontal, descrito por uma função polinomial do 1o grau;
� vertical, descrito por uma função polinomial do 2o grau.
10
Capítulo
Fotocomposição de giro com motocicleta realizado por Travis Pastrana em Londres (Inglaterra). (Foto de 2017.)
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Estudo das
funções
10 Estudo das funções
Os conceitos e as atividades ligados à Unidade Temática Álgebra, foco deste capítulo, utilizam como
base os conhecimentos já construídos no capítulo 3 deste livro e nos anos anteriores, em especial no
8o ano (EF08MA12). Exploram-se situações e resoluções de problemas que envolvem a variação de
duas grandezas e a noção de função, estudando mais profundamente as funções polinomiais do 1o e
do 2o graus.
O estudo de funções é ferramenta fundamental para a continuidade do trabalho com Matemática
e outras áreas do conhecimento. Desse modo, espera-se que os conteúdos deste capítulo propiciem
embasamento necessário para esse instrumental no Ensino Médio.
Ainda na Unidade Temática Álgebra, o capítulo trata da representação gráfica das funções estudadas,
explorando a análise e a construção de seus gráficos no plano cartesiano, e de problemas envolvendo
valores máximos e valores mínimos de uma função polinomial do 2o grau.
No Manual do Professor – Digital encontram-se sugestões de Planos de desenvolvimento para este
bimestre. Neles há uma seleção de objetos de conhecimento, habilidades e práticas pedagógicas a
serem utilizados ou adaptados de acordo com a sua realidade ou necessidade para o período.
Capítulo 10 – Estudo das funções
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Conceituação e
reconhecimento de
função como relação de
dependência unívoca entre
duas grandezas
• Determinação da lei de
formação de uma função
e obtenção de valores que
uma função assume
• Representação gráfica de
uma função
• Estudo das funções
polinomiais do 1o grau e do
2o grau
Funções: representações numérica,
algébrica e gráfica
(EF09MA06) Compreender as funções
como relações de dependência unívoca
entre duas variáveis e suas representações
numérica, algébrica e gráfica e utilizar
esse conceito para analisar situações que
envolvam relações funcionais entre duas
variáveis.
XLIV
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Identificação das relações
de proporcionalidades em
funções
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Resolução de problemas
envolvendo equações do
2o grau no cálculo dos zeros
de uma função quadrática
• Resolução de problemas
envolvendo sistemas de
equações do 2o grau
Expressões algébricas: fatoraçãoe
produtos notáveis
Resolução de equações polinomiais do 2o
grau por meio de fatorações
(EF09MA09) Compreender os processos
de fatoração de expressões algébricas,
com base em suas relações com os
produtos notáveis, para resolver e elaborar
problemas que possam ser representados
por equações polinomiais do 2o grau.
CAPÍTULO
257CAPÍTULO 11
Revelada pela lente fotográfica do artista, uma circunferência imaginária, espelhada na
água tranquila do lago, pode surgir da simetria do arco da ponte.
11
Capítulo
Ponte do Diabo, Parque Kromlau, distrito de Görlitz Gablenzgasse, Alemanha. (Foto de 2017.)
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Circunferência,
arcos e relações
métricas
11 Circunferência, arcos e
relações métricas
Neste capítulo, serão aprofundados os estudos relativos à Unidade Temática Geometria envolvendo
relações com arcos de circunferência.
A Unidade Temática Números também está presente com atividades que abordam o reconhecimento
do número irracional π e cálculo de porcentagens na seção Trabalhando a informação.
A conexão com a Unidade Temática Álgebra se concretiza por meio da resolução de problemas
que envolvem a razão entre duas grandezas e a noção de proporcionalidade. Com a Unidade Temática
Probabilidade e estatística, a conexão se dá por meio da seção Trabalhando a informação, que trata
da análise de gráficos associados a semicoroas circulares.
Capítulo 11 – Circunferência, arcos e relações métricas
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Reconhecimento e
determinação do número
irracional π
Necessidade dos números reais para
medir qualquer segmento de reta
Números irracionais: reconhecimento e
localização de alguns na reta numérica
(EF09MA02) Reconhecer um número
irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não
periódica, e estimar a localização de alguns
deles na reta numérica.
• Resolução de problemas
envolvendo a razão entre
duas grandezas
Razão entre grandezas de espécies
diferentes
(EF09MA07) Resolver problemas que
envolvam a razão entre duas grandezas
de espécies diferentes, como velocidade e
densidade demográfica.
XLV
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Resolução de problemas
envolvendo relações de
proporcionalidade no
cálculo da medida de arcos
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Determinação do
comprimento de uma
circunferência
• Relação entre arcos de
circunferência e ângulos
centrais
• Determinação do
comprimento de arcos de
circunferência e de sua
medida angular
• Reconhecimento e
aplicação das propriedades
entre arcos e cordas de
uma circunferência e das
relações métricas em uma
circunferência
Relações entre arcos e ângulos na
circunferência de um círculo
(EF09MA11) Resolver problemas por meio
do estabelecimento de relações entre
arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos
na circunferência, fazendo uso, inclusive,
de softwares de geometria dinâmica.
• Análise de gráfico com
semicoroa circular
• Comunicação de resultados
de pesquisa por meio de
tabela e gráfico
• Resolução de problemas
envolvendo porcentagens e
determinação de ângulos de
setores circulares
Planejamento e execução de pesquisa
amostral e apresentação de relatório
(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa
amostral envolvendo tema da realidade
social e comunicar os resultados por
meio de relatório contendo avaliação
de medidas de tendência central e da
amplitude, tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de planilhas
eletrônicas.
CAPÍTULO
275CAPÍTULO 12
Logotipos, imagens onde vicejam criatividade e simplicidade, identificam
instituições e empresas públicas ou privadas. Em muitos deles vemos circunferências
e polígonos regulares.
O logotipo de Patrimônio Mundial (na parte inferior da imagem acima), desenhado pelo
artista belga Michel Olyff e adotado como emblema oficial em 1978, demarca regiões ou
áreas que a comunidade científica considera de fundamental importância para a humanidade.
12
Capítulo
Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha. O arquipélago, pertencente ao estado de Pernambuco, foi declarado
Patrimônio Mundial pela Unesco em 2001, como indica o logotipo reproduzido acima. (Foto de 2016.)
Polígonos regulares
e áreas
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12 Polígonos regulares e áreas
Os conhecimentos abordados neste capítulo referem-se à Unidade Temática Geometria, ampliando
o estudo dos polígonos regulares iniciado no livro do 8o ano (EF08MA16).
Além disso, o capítulo desenvolve assuntos vinculados à Unidade Temática Grandezas e medidas,
oportunidade para que seja ampliado o trabalho com medidas de área (com a área de polígono regular
e área de partes de um círculo) e medidas de volume, de modo a consolidar e aprofundar os conheci-
mentos construídos em anos anteriores, em especial no 8o ano (EF08MA19 e EF08MA21)
As conexões com as demais Unidades Temáticas estão presentes nas diversas atividades propostas
no capítulo. A relação com a Unidade Temática Números se dá nos cálculos com números reais utilizados
na determinação de volumes de prisma e de cone; a conexão com a Unidade Temática Álgebra aparece
ao utilizar relações de proporcionalidade no cálculo da área de um setor circular; e a articulação com a
Unidade Temática Probabilidade e estatística ocorre na seção Trabalhando a informação.
XLVI
Capítulo 12 – Polígonos regulares e áreas
Conteúdos do capítulo Objetos de conhecimento da BNCC Habilidades
• Resolução de problemas
envolvendo números reais e
cálculo de áreas e volume
Números reais: notação científica e
problemas
(EF09MA04) Resolver e elaborar
problemas com números reais, inclusive
em notação científica, envolvendo
diferentes operações.
• Resolução de problemas
envolvendo relações de
proporcionalidade no
cálculo da área de um setor
circular
Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais
(EF09MA08) Resolver e elaborar
problemas que envolvam relações de
proporcionalidade direta e inversa entre
duas ou mais grandezas, inclusive escalas,
divisão em partes proporcionais e taxa
de variação, em contextos socioculturais,
ambientais e de outras áreas.
• Relação entre arcos de uma
circunferência e ângulos
centrais de polígonos
regulares inscritos nessa
circunferência
Relações entre arcos e ângulos na
circunferência de um círculo
(EF09MA11) Resolver problemas por meio
do estabelecimento de relações entre
arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos
na circunferência, fazendo uso, inclusive,
de softwares de geometria dinâmica.
• Aplicação do teorema de
Pitágoras na determinação
de elementos de polígonos
regulares inscritos em uma
circunferência
• Resolução e elaboração de
problemas de aplicação
do teorema de Pitágoras
envolvendo polígonos
regulares
Relações métricas no triângulo retângulo
Teorema de Pitágoras: verificações
experimentais e demonstração
Retas paralelas cortadas por transversais:
teoremas de proporcionalidade e
verificações experimentais
(EF09MA14) Resolver e elaborar
problemas de aplicação do teorema
de Pitágoras ou das relações de
proporcionalidade envolvendo retas
paralelas cortadas por secantes.
• Descrição de algoritmo
por escrito e por meio de
fluxograma para construção
de um polígono regular
Polígonos regulares
(EF09MA15) Descrever, por escrito e por
meio de um fluxograma, um algoritmo
para a construção de um polígono
regular cuja medida do lado é conhecida,
utilizando régua e compasso, como
também softwares.
• Cálculo de áreas e volumes Volume de prismas e cilindros(EF09MA19) Resolver e elaborar
problemas que envolvam medidas de
volumes de prismas e de cilindros retos,
inclusive com uso de expressões de
cálculo, em situações cotidianas.
• Análise de gráficos com
elementos que induzem
a erros de leitura e
interpretação
Análise de gráficos divulgados pela mídia:
elementos que podem induzir a erros de
leitura ou de interpretação
(EF09MA21) Analisar e identificar,
em gráficos divulgados pela mídia, os
elementos que podem induzir, às vezes
propositadamente, erros de leitura, como
escalas inapropriadas, legendas não
explicitadas corretamente, omissão de
informações importantes (fontes e datas),
entre outros.
XLVII
Capítulo 1
Raiz quadrada aproximada
1. Sabendo que ,11 3 31- , calcule o valor aproximado
de:
a) 44 b) 176 c) 396 d) .1 100
Respostas:
a) 44 5 4 118 5 4 8 11 5 2 8 3,31 5 6,62
b) 176 5 16 118 5 1116 8 5 4 8 3,31 5 13,24
c) 396 5 36 118 5 1136 8 5 6 8 3,31 5 19,86
d) .1 100 5 100 118 5 11100 8 5 10 8 3,31 5 33,1
2. Jogo do bingo das raízes
Número de participantes: 4 jogadores
Material necessário:
• 50 fichas de mesmo tamanho, numeradas de 1 a 50
• 1 lápis
• 4 cartelas do tipo
• Cada jogador deve montar sua cartela, sem que o outro
veja, com nove números diferentes escolhidos dentre
estes:
1 1,41 1,73 2 2,24 2,45 2,65 2,83 3 3,16
3,32 3,46 3,61 3,74 3,87 4 4,12 4,24 4,36 4,47
4,58 4,69 4,8 4,9 5 5,1 5,2 5,29 5,39 5,48
5,57 5,66 5,74 5,83 5,92 6 6,08 6,16 6,24 6,32
6,4 6,48 6,56 6,63 6,71 6,78 6,86 6,92 7 7,07
Regras:
• Colocar as fichas sobre a mesa com as faces numeradas
viradas para baixo.
• Os participantes combinam a ordem dos jogadores.
• Cada jogador, na sua vez, pega uma ficha e a coloca sobre
a mesa para que todos vejam o número sorteado.
• Em seguida, cada jogador calcula a raiz quadrada com
aproximação de até duas casas decimais e procura esse
valor na sua cartela para riscar.
• Se o jogador não tiver na cartela dele o valor obtido ou se
ele errar o cálculo, não marca nada e aguarda a próxima
rodada.
• As rodadas continuam até que alguém risque todos os
números da sua cartela. Esse jogador será o vencedor.
Pensando na estrutura do jogo, respondam:
Entre as fichas numeradas, existe algum número que não
pode ser utilizado no jogo?
Resposta: Não, pois todos os números das fichas são racionais
positivos e, portanto, têm raiz quadrada.
N
E
LS
O
N
M
AT
S
U
D
A
Capítulo 2
Cálculos com números reais
1. Números cruzados
4
1 2 3
5
10
6 7 8
9
11 12 13
14 15
,
,
Horizontais:
1. 102
2. 625
5. menor número primo entre 40 e 50
7. 202 1 152
9. 5,39 8 103
11. número decimal resultante da expressão:
5 1 4 8 1022
12. 1.024 1212
14. Quantos anos da chegada dos portugueses ao Brasil
comemorou-se no ano 2000?
15. (3 1 4)2 1 23
Verticais:
1. Está entre 100 e 121
3. número com três algarismos iguais
4. (14 2 1)2
6. Ano da chegada dos portugueses ao Brasil
8. 52 8 34
10. 20 8 289
11. (231,35) 9 (25, 7)
13. É o número que adicionado a 8 elevado ao quadrado re-
sulta em 9 elevado ao quadrado.
Resposta:
Horizontais:
1. 102 5 100
2. 625 5 25
5. números primos entre 40 e 50 p 41, 43 e 47; portanto,
o menor número primo entre 40 e 50 é 41
7. 202 1 152 5 400 1 225 5 625
9. 5,39 8 103 5 5.390
11. 5 1 4 8 1022 5 5 1 0,04 5 5,04
JO
S
É
L
U
ÍS
J
U
H
A
S
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
XLVIIIXLVIII
12. 1.024 1212 5 32 2 11 5 21
14. 2.000 2 1.500 5 500
15. (3 1 4)2 1 23 5 72 1 8 5 49 1 8 5 57
Verticais:
1. 100 10e 1215 5 11 p número entre 10 e 11
3. 111, 222, 333, 444, 555, 666, 777, 888 ou 999
4. (14 2 1)2 5 132 5 169
6. 1.500
8. 52 8 34 5 25 8 81 5 2.025
10. 20 8 289 5 20 8 17 5 340
11. (231,35) 9 (25, 7) 5 5,5
13. x 1 82 5 92 ] x 5 92 2 82 ]
] x 5 81 2 64 ] x 5 17
Assim, temos:
4
1
1
0 1
4
5
5
0
1
5
0
0
0
3
4
0
2
26
9 0
2
5
5
5
5
1
7
2 3
5
10
,
,
6 7 8
9
11 12 13
14 15
2. Jogo dos resultados alinhados
Número de participantes: 2 jogadores
Material necessário:
• 2 canetas de cores diferentes
• papel sulfite
Regras:
• Os jogadores devem fazer dois tabuleiros em uma folha
de papel sulfite.
• Cada tabuleiro é formado por um retângulo dividido em 9
retângulos menores (casas).
• Um dos tabuleiros deve ser preenchido conforme o modelo
a seguir:
Subtraia Extraia a raiz
de índice
Multiplique
por
Multiplique
por
Multiplique
por 1
Eleve ao
expoente
Divida por Divida por Adicione
• Juntos, os dois jogadores devem escolher um único número
para colocar em cada operação, assim como foi feito com
o número 1 no retângulo do meio (que é valor fixo).
Esses números devem ser todos diferentes e escolhidos de
250 a 50, do seguinte modo:
JO
S
É
L
U
ÍS
J
U
H
A
S
91 número inteiro negativo
92 números irracionais em forma de radical
91 número racional negativo
91 número quadrado perfeito
93 números naturais quaisquer diferentes dos demais
• Cada jogador pega uma das canetas coloridas, escolhe
outro número de 250 a 50 e escreve no papel sulfite. Tiram
par ou ímpar para ver quem começa o jogo.
• Depois, um de cada vez escolhe uma casa do tabuleiro
das operações (ainda não selecionada) e efetua a conta,
na folha de sulfite, com o seu número. A seguir, escreve
o resultado no outro tabuleiro, na casa correspondente à
operação realizada.
• O quociente que não é inteiro deve ser expresso na forma
de fração.
• A partir da segunda jogada de cada um, as operações
são efetuadas com o resultado da operação anterior do
próprio jogador.
• O jogador que errar a operação perde a vez e não pode
marcar nada na casa.
• Vence o jogo quem primeiro conseguir alinhar três resulta-
dos na horizontal, na vertical ou na diagonal.
• Caso nenhum jogador consiga alinhar três resultados numa
rodada, outros números devem ser escolhidos e o jogo
reinicia com o mesmo tabuleiro das operações.
Pensem na estrutura do jogo e analisem a seguinte situação:
Lucas e Luana montaram um tabuleiro para jogar:
Subtraia
5
Extraia a raiz
de índice
2
Multiplique por
3
Multiplique por
2
Multiplique
por
1
Eleve ao
expoente
3
Divida por
20,5
Divida por
1,44
Adicione
210
a) Esse tabuleiro está dentro das especificações do jogo?
Justifique.
b) Luana escolhe o número 8 e Lucas, o 213. Ele joga na pri-
meira vez. Depois de algumas jogadas, veja como está o
jogo:
Luana Lucas
Início 8 213
1a jogada 8 1 (210) 5 22 13 3 13 32 8 52
2a jogada 2 1,44 2
1,44
25
18
2 9 52 52 2 9 2 513 3 ( 0,5) 26 3
3a jogada 2 3 5225
18
1 25
18
ainda vai jogar
XLVIII
213 3
Lucas
25
18
2
Luana
26 3
Lucas
25
18
2
Luana
22
Luana
É a vez de Lucas jogar. O que ele deve fazer? Na situação
apresentada, Luana já ganhou o jogo? Justifique.
Respostas:
a) Sim, pois ele segue o modelo dado. Além disso, os oito
números colocados foram escolhidos conforme as regras:
um número inteiro negativo (210), dois números irracionais
diferentes em forma de radical ( e3 2 ), um número racional
negativo (20,5), um número quadrado perfeito (1,44) e outros
três números naturais diferentes dos demais (5, 3 e 2).
b) Para impedir Luana de ganhar o jogo, Lucas deve escolher a
casa “subtraia 5”, pois a casa ”extraia a raiz de índice 2” Luana
não pode escolher (a raiz quadrada de um número negativo
não é um número real).
Capítulo 3
Razão entre grandezas de naturezas
diferentes
1. Neste ano, a produção de peixes de certa região foi estimada
em 84.416 toneladas, distribuídas em 30.639 hectares.
a) Determine uma razão que expresse a produção estimada,
em tonelada por hectare (t/ha).
b) Segundo essas informações, quantas toneladas de peixes
foram produzidas em cada 10 hectares?
Respostas: a) 2,76 t/ha; b) 27,6 t
2. Uma folha de papel sulfite tamanho A4 tem lados medindo
21 cm e 29,7 cm, respectivamente. Sabendo que a gramatura
dessa folha é 90 g/m2, responda:
a) Qual é a massa de uma dessas folhas de papel sulfite?
b) Qual é a massa de uma resma de folhas como essa?
Respostas: a) 5,6133 g; b) 2.806,65 g
Uma resma correspondea 500 folhas de papel. Caso os alunos
não saibam, peça a eles que pesquisem antecipadamente e
socializem as informações coletadas.
Grandezas proporcionais
1. Ao preparar a ração para as cabras que cria, Rodolfo mistura
sementes de soja com feno na razão de 1 para 2. Para 60 kg
dessa mistura, quantos quilogramas de semente de soja serão
utilizados?
Resposta: Devemos obter uma fração equivalente a 2
1 cuja
soma dos termos seja 60:
...2
1
4
2
20
10
40
205 5 5 5 Logo, serão utilizados 20 quilogra-
mas de semente de soja.
Outra maneira de pensar seria montar o sistema:
y
x
x y
2
1
60
5
1 5
*
Regra de três
1. Toda semana, os veículos de uma empresa transportam para
o aeroporto da cidade uma carga composta de pequenos
volumes. Três furgões iguais precisam fazer, cada um deles,
duas viagens ao dia, durante quatro dias, para que esse tra-
balho seja realizado. Recentemente, essa empresa adquiriu
mais um furgão, idêntico aos outros três, para auxiliar nesse
serviço. Sabendo que, atualmente, cada um dos furgões faz
três viagens ao dia, calcule em quantos dias eles realizam
todo o transporte.
Resposta: 2 dias
Capítulo 4
Aplicação do teorema de Tales
1. Verifique se as retas a, b e c são paralelas. Justifique sua
resposta.
a
b
64
96
c
Resposta: Como 6
4
9
6
3
255 , temos que as retas a, b e c
são paralelas.
2. Na figura, a // b // c, e as retas r, s e t são transversais.
12 20
30 x
r s t
c
b
a
y
24
Qual é o valor de x e de y?
Resposta: x 5 18 e y 5 36
Capítulo 5
Triângulos semelhantes
1. O :ABC e o :MNP abaixo são semelhantes.
C
NI
P
M
BHA
IL
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T
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A
D
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P
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E
N
T
E
L
XLIX
LL
Determine a razão entre:
a) os lados AB e MN;
b) os lados AC e MP;
c) as alturas CH e PI;
d) as áreas dos triângulos ABC e MNP.
Respostas: a) 2
3 ; b) 2
3 ; c) 2
3 ; d) 4
9
2. Considere a figura:
A BD
E
C
Se BC 5 20 cm, AC 5 24 cm, AD 5 12 cm e AE 5 12,6 cm,
determine o perímetro do quadrilátero BCED.
Resposta: 54,6 cm
3. (UFRN) Considerando-se as informações constantes no
triângulo PQR (figura abaixo), pode-se concluir que a altura
PR desse triângulo mede:
a) 5.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
3
3
3
4
R
P Q
Resposta: alternativa b
4. No triângulo abaixo, DE // AC e DF // BC. Sabendo que
AB 5 27 cm, BE 5 6 cm e EC 5 12 cm, calcule, se possível,
BD, DF e AC.
B
D
A C
E
F
27
6
12
Resposta: BD 5 9 cm; DF 5 12 cm. Não é possível determi-
nar AC, apenas podemos dizer que 9 , AC , 45 para que o
triângulo ABC exista.
5. (Mackenzie-SP) Na figura, MNPQ é um losango. Se MT 5 12 e
MS 5 6, o lado do losango mede:
a) 3.
b) 4.
c) 2.
d) 2
5 .
e) 2
7 .
IL
U
S
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R
A
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S
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E
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M
AT
S
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A
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P
S
Q
M
N
Resposta: alternativa b
6. O perímetro do polígono ABCDE é 150 cm e o lado AB mede
20 cm. Determine o perímetro do polígono MNPQR, semelhan-
te ao primeiro e cujo lado MN, correspondente de AB, mede
30 cm.
Resposta: 225 cm
Capítulo 6
Medidas estatísticas
1. Foi feita uma pesquisa com os moradores de uma rua sobre
o número de pessoas que moram em cada casa. Observe o
resultado no quadro abaixo.
3 8 5 2 3
4 3 2 3 4
3 2 1 4 5
3 5 4 2 5
Organize esses dados em ordem crescente e determine a
média, a moda, a mediana e o desvio médio absoluto dessa
distribuição.
Respostas: média 5 3,55; moda 5 3; mediana 5 3; desvio
médio absoluto 5 1,205
Capítulo 7
Equações do 2o grau incompletas
1. Faça um desenho que descreva cada situação e obtenha uma
equação correspondente a cada uma.
a) Um retângulo tem área de 243 cm2 e a medida de seu lado
maior é o triplo da medida do lado menor.
b) Um trapézio tem área de 384 cm2. A altura desse trapézio
é o dobro da medida da base menor e é igual à medida da
base maior.
c) Um triângulo de área 100 cm2 tem base e altura de mesma
medida.
d) A área de um quadrado é numericamente igual ao dobro
da medida de seu lado.
Respostas:
a) Desenhamos o retângulo:
243 cm2x
3x
N
E
LS
O
N
M
AT
S
U
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A
F
E
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N
A
N
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O
J
O
S
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F
E
R
R
E
IR
A
L
Encontramos a equação correspondente a essa situação:
3x 8 x 5 243
3x2 5 243
b) Desenhamos o trapézio:
384 cm2
x
2x
2x
Encontramos a equação correspondente a essa situação:
( )x x x
3842
2 2 51 8
x x
2
2 3843 8 5
x
2 3846 5
2
3x2 5 384
c) Desenhamos o triângulo:
x
x
100 cm2
Encontramos a equação correspondente a essa situação:
x x
2 1008 5
x
2 1005
2
x2 5 200
d) Desenhamos o quadrado:
x
x
Encontramos a equação correspondente a essa situação:
x 8 x 5 2x
x2 5 2x
2. Resolva cada equação do exercício anterior e determine o
valor desconhecido na situação correspondente.
Respostas: Como x é medida de lado ou de altura, x deve ser
maior do que zero.
a) 3x2 5 243
x2 5 81
x 5 69
Logo, nessa situação x 5 9 e 3x 5 27.
b) 3x2 5 384
x2 5 128 5 64 3 2
IL
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S
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A
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J
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F
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E
IR
A
x 5 64 286
x 5 8 26
Logo, nessa situação x 5 8 2 e 2x 5 216 .
c) x2 5 200
x2 5 100 8 2
x 5 10 206 8
x 5 2106
Logo, nessa situação x 5 1 20 .
d) x2 5 2x
x2 2 2x 5 0
x(x 2 2) 5 0
x 5 0 ou x 2 2 5 0
x 5 0 ou x 5 2
Logo, nessa situação x 5 2.
Capítulo 8
Relações métricas em um triângulo retângulo
1. Observe o triângulo MNP a seguir.
6 cm
HM
P
4,5 cm
7,5 cm
N
Escreva no caderno todas as relações métricas para esse
triângulo.
Resposta:
• 62 5 7,5 8 (MH)
• (4,5)2 5 7,5 8 (NH)
• (PH)2 5 (MH) 8 (NH)
• 6 8 4,5 5 7,5 8 (PH)
• (7,5)2 5 62 1 (4,5)2
2. Considere o triângulo do exercício anterior e determine:
a) a medida da projeção do cateto MP sobre a hipotenusa;
b) a medida da altura relativa à hipotenusa;
c) o perímetro do triângulo;
d) a área do triângulo.
Respostas: a) 4,8 cm; b) 3,6 cm; c) 18 cm; d) 13,5 cm
Capítulo 9
Relações trigonométricas no triângulo
retângulo
1. Para substituir uma lâmpada queimada em uma luminária
presa a uma parede, um eletricista apoiou nessa parede
uma escada de 5 m de comprimento formando um ângulo
de 40° com o chão. Represente a situação com um desenho
e responda: a lâmpada que será trocada está a que altura
aproximada do chão? (Se necessário, consulte a tabela de
razões trigonométricas.)
Resposta: A lâmpada está a uma altura de aproximadamente
3,214 m do chão.
A
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LI
LIILII
2. Um observador, com 1,64 m de altura, vê uma luz no alto de uma
torre de televisão sob um ângulo de 60°. Esse observador se
encontra a 20 m do centro da base da torre, conforme mostra
a figura abaixo. Determine a altura aproximada dessa torre.
60°
Resposta: aproximadamente 34,6 m
Capítulo 10
Função polinomial do 1o grau
1. Represente graficamente as funções dadas por:
a) y 5 x
b) y 5 2x
c) y 5 3x
Em seguida, responda:
I. Os gráficos têm um ponto em comum. Qual?
II. Comparando esses gráficos e considerando um valor real
qualquer para a abscissa x, o que você pode afirmar a respeito
das ordenadas dos pontos (x, x), (x, 2x) e (x, 3x)?
Respostas:
a) y
x
b) y
x
c)
x
y
I. O ponto (0, 0).
II. Exemplo de resposta:
N
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O
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A
Em (x, 2x), a ordenada é o dobro da ordenada em (x, x).
Em (x, 3x), a ordenada é o triplo da ordenada em (x, x).
2. Represente os gráficos das funções dadas por:
a) y 5 –x
b) y 5 x
Em seguida, responda:
I. Os gráficos têm um ponto em comum. Qual?
II. Comparando os dois gráficos, é possível observar uma
característica importante de simetria. Descreva-a.
Respostas:
a) y
x
b) y
x
I. O ponto (0, 0).
II. Exemplo de resposta: Os dois gráficos são simétricos em
relação ao eixo das abscissas.
3. Faça o esboço dos gráficos das funções cujas leis são:
a) y 5 x
b) y 5 x 1 1
c) y 5 x 1 2
Em seguida, responda:
I. O que você pode afirmar sobre as retas que são os gráficos
das três funções?
II. Comparando os gráficos e considerando um valor real qual-
quer para a abscissa x, o que é possível afirmar a respeito dasordenadas dos pontos (x, x), (x, x 1 1) e (x, x 1 2)?
Respostas:
a) y
x
b) y
x
c) y
x
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LII
I. São retas paralelas.
II. Exemplo de resposta: Em (x, x 1 1), a ordenada tem uma
unidade a mais que a ordenada em (x, x). Em (x, x 1 2), a or-
denada tem duas unidades a mais que a ordenada em (x, x).
4. Observe os passos para construir o gráfico de y 5 3x 2 4 a
partir de y 5 x:
y
y = x
x
(bissetriz do 1o quadrante)
y
y = x
y = 3x
x
y
y = x
y = 3x
y = 3x 2 4
x
Agora, faça o mesmo para as funções:
a) y 5 3
1 x 1 1
b) y 5 22x 1 2 2
3
Respostas:
a) y
y = x
x
y
y = x
x
y = x
1
3
y
y = x
x
y = x
1
3
y = x 1 2
1
3
b) y
y = x
x
y
y = x
y = 22x y
x
x y = 22x y
y = x
x
y = 22x 2
3
2
5. Considerando que M 5 600 8 0,03t 1 600 expressa o montante
de uma aplicação de determinado capital a uma dada taxa em
função do tempo t, em meses, determine:
a) o montante após 3 meses de aplicação;
b) o tempo de aplicação para se obter um montante de
R$ 690,00;
c) o gráfico dessa função.
Respostas:
a) M 5 600 3 0,03 3 3 1 600 5 654
O montante após 3 meses de aplicação é R$ 654,00.
b) 690 5 600 3 0,03t 1 600
690 2 600 5 18t
90 5 18t
t 5 18
90
t 5 5
O tempo de aplicação será 5 meses.
IL
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LIII
LIVLIV
c)
600
618
1 2 3
636
654
Montante (em reais)
Tempo (em meses)
Função polinomial do 2o grau
1. Considere funções do tipo y 5 (x 1 m)2. Por exemplo, vamos
comparar os gráficos das funções definidas por:
y 5 x2, y 5 (x 1 1)2 e y 5 (x – 2)2
021 2 x
y
y 5 (x 1 1)2
y 5 x2
y 5 (x 2 2)2
Em y 5 (x 1 1)2 o valor de x 5 21 exerce o mesmo papel que
x 5 0 em y 5 x2, ou seja, torna y 5 0. Algo análogo acontece
com x 5 2 em y 5 (x 2 2)2. Analisando todos os outros valores
das abscissas, em comparação ao gráfico da função mais sim-
ples y 5 x2, podemos perceber que o gráfico de y 5 (x 1 1)2
sofreu uma translação horizontal de 21 unidade (isto é, de 1
unidade para a esquerda), enquanto o gráfico de y 5 (x 2 2)2
sofreu uma translação horizontal de 1 2 unidades (ou seja,
de 2 unidades para a direita). Evidentemente, para qualquer
outro valor de m, a análise é semelhante.
Esboce o gráfico das funções abaixo, em papel milimetrado,
explicando a maneira pela qual você obteve o gráfico, em
comparação ao de y 5 x2:
a) y 5 (x 1 4)2
b) y 5 2 3(x 1 4)2
c) y 5 2 3(x 2 4)2
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A
Respostas:
233244255266277288299 222
2222
2233
2244
2255
2266
2277
2288
2299
44 55 66 77 88 9922211
2211
3311
0
44
55
66
77
88
99
33
22
11
x
yy y y 5 3(3(x 1 4)4)2
a) y 5 ((x 1 4)4)4)2
y y y 5 xx2
c) y y 5 23(x 2 4)22
b) b) b) y y 5 23(3(x 1 4)4)2
2. Vejamos como construir o gráfico de, por exemplo,
y 5 22 5
2x 2
2
c m 1 3 (construindo vários gráficos interme-
diários a fim de entender os movimentos ocorridos) a partir
do gráfico da função mais simples y 5 x2.
0 x
y
y 5 2 x 2 2
5
y 5 x 2 2
5
2
2
y 5 x 2
y 5 22 1 3x 2 2
5
2
y 5 22 x 2 2
5
2
• Primeiro, construímos o gráfico da função mais simples
y 5 x2.
• Em seguida, o gráfico de y 5 5
2x 2
2
c m , a partir do gráfico
de y 5 x2, realizando uma translação horizontal de 5
2 à
direita.
• Depois, o gráfico de y 5 2 5
2x 2
2
c m , em que é possível vi-
sualizar a mudança de inclinação da curva provocada pelo
fator 2, obtendo uma parábola “mais fechada”.
• Então, o gráfico de y 5 22 5
2x 2
2
c m , em que é possível
visualizar a reflexão no eixo horizontal em relação ao
gráfico anterior.
LIV
• Finalmente, o gráfico de y 5 2 5
2x 2
2
c m 1 3, por meio de
uma translação vertical de 13 unidades, ou seja, uma trans-
lação vertical de 3 unidades para cima do gráfico anterior.
a) Construa o gráfico de y 5 22(x 2 1)2 1 2
3 a partir do gráfico
de y 5 x2.
b) Construa o gráfico de y 5 x2 2 4x 1 4 a partir do gráfico
de y 5 x2.
c) Construa o gráfico de y 5 x2 2 4x 1 5 a partir do gráfico de
y 5 x2. Reescreva a expressão da função de outro modo,
completando os quadrados.
Respostas:
a)
x
y
442
11
2211
221 55 66 773311222233
2222
33
22
44
55
66
y = = y = y x2
y = ( = (y = (y x 2 1) 1)2
y 5 22(2(x 2 1) 1) 1)22
yy = 2( = 2(y = 2(y xx 2 1) 1)2
y 55 22(2(xx 2 1) 1)22 11 22
33
b) Podemos escrever y 5 x2 2 4x 1 4 da seguinte maneira:
y 5 (x 2 2)2. Depois, seguir estes passos:
x
y
42
1
21
21 5 6 73122
22
3
2
4
y 5 x2
y 5 (x 2 2)2
y 5 (x 2 1)2
c) Escrevendo y 5 x2 2 4x 1 5 de outro modo, temos:
y 5 x2 2 4x 1 41 1. Então, podemos expressar y2 5 (x 2 2)2 1
1 1.
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x
y
42
1
21
21 312223
2
y 5 x2
y 5 (x 2 2)2
y 5 (x 2 1)2
y 5 (x 2 2)2 1 1
Capítulo 11
Propriedades entre arcos e cordas
1. Observe o quadrilátero inscrito na circunferência a seguir.
Sabendo que ,AB BC CD DAr r r
% % % %
podemos afirmar que
ABCD é um quadrado? Justifique.
O
C
B
D
A
Resposta: Sim, porque as cordas AB, BC, CD e DA determi-
nadas, respectivamente, pelos arcos AB , CBC DA, D e
% % % %
são
congruentes (pela 1a propriedade entre arcos e cordas).
2. Observe a figura:
O
A B
D
E
Classifique os triângulos AEO e BEO quanto aos ângulos,
sabendo que AD BDr
% %
.
Resposta: Como AO 5 BO (medidas do raio da circunferên-
cia), temos que o triângulo AOB é isósceles. Desse modo, os
ângulos da base desse triângulo são congruentes. Pela con-
gruência dos arcos, podemos concluir que os ângulos centrais
AÔE e BÔE correspondentes a esses arcos, respectivamente,
F
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também são congruentes. Ou seja, os triângulos AEO e BEO
são congruentes pelo caso ALA. Sendo assim, concluímos
que AE 5 EB. Logo, pela 2a propriedade entre arcos e cordas,
concluímos que o diâmetro que contém DO é perpendicular
à corda AB pelo seu ponto médio E. Portanto, os triângulos
AEO e BEO são ambos triângulos retângulos.
Capítulo 12
Cálculo de áreas
1. As áreas de dois círculos estão relacionadas entre si assim
como 3 está para 2. O diâmetro do círculo menor mede 6 cm.
Calcule:
a) a razão entre os diâmetros desses círculos;
b) a medida do diâmetro do círculo maior.
Respostas:
a) Indiquemos por D e d as medidas dos diâmetros dos círculos
maior e menor, respectivamente. As áreas dos dois círculos
estão relacionadas entre si assim como 3 está para 2, logo:
πR2
πr2
5 3
2
,
em que R e r são os raios dos círculos maior e menor, respec-
tivamente. Logo, podemos escrever:
Æ Æ ,r
R
d
D
d
D
2
3
2
2
3
2
325 5 52
2
2
2
2
2c
c m
m
sendo D e d os diâmetros dos círculos maior e menor, res-
pectivamente.
Portanto, Æ Æ .d
D
d
D
d
D
2
3
2
3
2
65 5 52
2
b) Sabendo que o diâmetro do círculo menor mede 6 cm,
podemos calcular a medida D do diâmetro do círculo maior
do seguinte modo:
Æ .D D 2
6
6
6
2
65 5
Logo, o diâmetro do círculo maior mede 3 6 cm.
2. Na circunferência a seguir, o raio mede 5 cm. O segmento BC é
tangente à circunferência e OD é perpendicular a AC. Calcule:
a) a medida de BC;
b) a área do triângulo ABC;
c) a medida da circunferência;
d) a área do círculo.
C
B
D
A
O
Respostas:
a) Como OD é perpendicular a AC, sendo BC tangente à cir-
cunferência, então os segmentos BC e OD são paralelos.
Os triângulos :AOD e :ACB são semelhantes (AAA), pois:
• CAB é comum;
• AOD e ACB são correspondentes;
• ADO e ABC são correspondentes.
O triângulo :AOD é isósceles, pois AO 5 OD (raios da cir-
cunferência). Então o triângulo :ACB também é isósceles,
com AC 5 BC. Como AC 5 AO 1 OC 5 10 (diâmetro da
circunferência),então BC 5 10 cm.
b) Área do triângulo ABC:
At 5 BC AC
2
8 Æ At 5 Æ2
10 108 At 5 50 cm2
c) Medida da circunferência: C 5 2πr Æ C 5 2 8 3,14 8 5 Æ
Æ C 5 31,4 cm
d) Área do círculo: AC 5 πr2 Æ AC 5 3,14 8 52 Æ AC 5 78,5 cm2
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Componente curricular: MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
BIANCHINI
9a edição
São Paulo, 2018
o
ano9
Edwaldo Bianchini
Licenciado em Ciências pela Faculdade de Educação de Ribeirão Preto, da Associação de Ensino
de Ribeirão Preto, com habilitação em Matemática pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Bauru (SP).
Professor de Matemática da rede pública de ensino do estado de São Paulo,
no ensino fundamental e médio, por 25 anos.
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Coordenação geral: Maria do Carmo Fernandes Branco
Edição: Glaucia Teixeira
Edição de conteúdo: Dário Martins de Oliveira
Revisão técnica: Kauan Pastini Paula Leite
Assistência editorial: Francisco Mariani Casadore
Suporte administrativo editorial: Alaíde dos Santos
Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite
Projeto gráfico: Everson de Paula, Adriano Moreno Barbosa
Capa: Bruno Tonel, Mariza de Souza Porto
Foto: Corredor cruzando a linha de chegada, 2009.
Crédito: Paul Bradbury/Getty Images
Coordenação de arte: Aderson Assis
Editoração eletrônica: Grapho Editoração, Marcel Hideki
Edição de infografia: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Otávio Cohen
Coordenação de revisão: Camila Christi Gazzani
Revisão: Clara Altenfelder, Daniela Uemura, Erika Nakahata, Kátia Godoi, Lilian Xavier, Luciana Baraldi,
Patricia Cordeiro
Coordenação de pesquisa iconográfica: Sônia Oddi
Pesquisa iconográfica: Angelita Cardoso, Leticia Palaria, Paula Dias
Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues
Tratamento de imagens: Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro
Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória
Sousa
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:
“Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas
de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.”
1 3 5 7 9 10 8 6 4 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2018
Impresso no Brasil
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bianchini, Edwaldo
Matemática - Bianchini / Edwaldo Bianchini. –
9. ed. – São Paulo : Moderna, 2018.
Obra em 4 v. para alunos de 6o ao 9o ano.
Componente curricular: Matemática.
Bibliografia.
1. Matemática (Ensino fundamental) I. Título.
18-16603 CDD-372.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Matemática : Ensino fundamental 372.7
Iolanda Rodrigues Biode – Bibliotecária – CRB-8/10014
http://www.moderna.com.br
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APRESENTAÇÃO
Caro estudante,
Este livro foi pensado, escrito e organizado com o objetivo de
facilitar sua aprendizagem.
Para tornar mais simples o entendimento, a teoria é apresentada
por meio de situações cotidianas. Assim, você vai notar o
quanto a Matemática faz parte do nosso dia a dia e nos permite
compreender melhor o mundo que nos rodeia.
Por isso, aproveite ao máximo todo o conhecimento que este livro
pode lhe oferecer. Afinal, ele foi feito especialmente para você!
Faça dele um parceiro em sua vida escolar!
O autor
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CONHEÇA SEU LIVRO
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82 CAPÍTULO 3 GRANDEZAS PROPORCIONAIS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
26 Se 9 metros de tecido custam R$ 117,00, então:
a) quanto custam 12,5 m desse tecido?
b) quantos metros é possível comprar com
R$ 109,20?
27 Uma usina produz 350 litros de álcool com
5 toneladas de cana-de-açúcar. Para produzir
8.750 litros de álcool, são necessárias quantas
toneladas de cana-de-açúcar ?
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Um navio zarpou para uma viagem carregando alimentos suficientes para 30 dias. Entre passagei-
ros e tripulantes, havia 250 pessoas a bordo. Passados 6 dias, o navio atracou em um porto, onde
10 passa geiros desembarcaram, desistindo da viagem. Para quantos dias foram suficientes os ali-
mentos restantes?
28 No rio que atravessa certa cidade, foram en-
contradas 3 toneladas de peixes mortos, em
decorrência de um grande vazamento de uma
indústria química. A prefeitura da cidade con-
tratou 45 funcionários de uma empresa de
limpeza urbana, que, em 4 dias, retiraram do
rio todos os peixes mortos.
a) Supondo que a prefeitura tivesse contratado
mais 15 funcionários, de mesma produtivi-
dade, quantos dias seriam necessários para
retirar do rio aquela quantidade de peixes?
b) Para evitar desastres ambientais como esse,
que atitudes você acha que as empresas
devem tomar ?
c) Não jogar lixo na rua, separar materiais
recicláveis e evitar o uso de automóvel para
percorrer pequenas distâncias são peque-
nas atitudes que podem preservar o meio
ambiente. Troque ideias com os colegas
e façam uma lista de outras atitudes que
podem ser tomadas para ajudar o planeta.
29 Uma padaria produz 400 pães com 10 kg de
farinha de trigo.
a) Quantos pães ela produzirá com uma saca
de 60 kg de farinha?
b) Quantos quilogramas de farinha são neces-
sários para a produção de 750 pães?
30 Para construir uma roda dentada com deter-
minada máquina, perdem-se 30 gramas de
material. Depois de 10 dias utilizando essa
máquina, que produz 150 rodas dentadas por
dia, quantos quilogramas de material serão
perdidos?
31 Um automóvel faz certo percurso em 4,5 horas
com velocidade média de 80 km/h, consumin-
do 1 litro de etanol a cada 12 quilômetros.
a) Se a velocidade média fosse 90 km/h, esse
percurso seria feito em quanto tempo?
b) Desejando-se fazer esse percurso em 5 ho-
ras, qual deve ser a velocidade média do
automóvel?
32 Uma torneira fornece 24 litros de água por
minuto e enche um tanque em 45 minutos.
a) Duas torneiras iguais a essa encheriam o
tanque em quantos minutos?
b) Para encher o tanque em 15 minutos, se-
riam necessárias quantas dessas torneiras,
sabendo que agora ele tem um vazamento?
33 Em uma cidade, 600 ônibus transportam
240.000 pessoas por dia. Para reduzir os gas-
tos, a prefeitura propôs retirar 200 ônibus de
circulação.
a) Supondo que os usuários desses 200 ônibus
passem a usar automóveis e que cada auto-
móvel transporte 4 pessoas por dia, quantos
automóveis serão necessários?
b) O que você acha que acontecerá com o
trânsito e o meio ambiente da cidade se a
prefeitura de fato tomar essa medida?
34 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre regra de três.
Depois de cada um resolver o problema elabo-
rado pelo outro, destroquem para corrigi-los.
3 2 m
10 m
8 m
4 k m
2 k m
5 k m
4 k m
J B
12
6 0 p a s s o s
A
B 3 0 p a s s o s
25 p a s s o s
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131CAPÍTULO 5 SEMELHANÇA
1 Classifique cada sentença abaixoem verdadei-
ra ou falsa e justifique as falsas.
a) Todos os triângulos congruentes são seme-
lhantes.
b) Todos os triângulos semelhantes são con-
gruentes.
c) Dois triângulos isósceles que têm os ângulos
do vértice congruentes são semelhantes.
3 (Enem) A sombra de uma pessoa que mede
1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo mo-
mento, a seu lado, a sombra projetada de um
poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra
do poste diminuir 50 cm, a sombra da pessoa
passará a medir:
a) 30 cm.
b) 45 cm.
c) 50 cm.
d) 80 cm.
e) 90 cm.
4 Os lados AB ACe de um triângulo medem,
respectivamente, 35 cm e 42 cm. No lado AB ,
distante 10 cm de A, marca-se um ponto D.
Por D traça-se uma paralela a BC , que encon-
tra AC no ponto E.
a) Construa uma figura que ilustra a situação.
b) Determine as medidas de .AE ECe
Qual é o inteiro mais próximo da largura do
rio, medida em metros?
2 (Covest-PE) A figura abaixo representa um rio
cujas margens são retas paralelas.
Determine o comprimento da estrada JB 12.
5 O esquema abaixo representa a relação entre
quatro estradas.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
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6 Os lados de um triângulo medem 15 cm, 20 cm
e 25 cm. Calcule a medida dos lados de um
triângulo semelhante a ele que tenha 45 cm
de perímetro.
7 Veja na figura abaixo o procedimento usado
por Marcos para descobrir a distância entre
as árvores A e B próximas do lago.
Sabendo que a medida do passo de Marcos
é 80 cm, determine a distância entre essas
árvores, em metro.
9 Uma pessoa sobe uma rampa que tem 4 m
de altura na parte mais alta. Após caminhar
12,3 m sobre a rampa, ela nota que está a 1,5 m
de altura em relação ao solo. Calcule quantos
metros a pessoa ainda deve caminhar para
atingir o ponto mais alto da rampa.
10 Na figura, o raio da cir cunferência menor
me de 6 cm e o da maior mede 10 cm. Se
XC1 5 12 cm e YC1 ⁄ ⁄ ZC2, determine a distân-
cia C1C2.
8 Os perímetros de dois triângulos semelhantes
são 48 cm e 60 cm. As áreas deles são, res-
pectivamente, 96 cm2 e 150 cm2. O maior lado
do triângulo maior mede 25 cm. Determine a
medida do maior lado do triângulo menor.
Seu livro está organizado em 12 capítulos. A estrutura de cada capítulo é muito simples e
permite localizar com facilidade os assuntos estudados, os exercícios e as seções enrique-
cedoras. Veja a seguir.
Página de abertura
O tema do capítulo é introduzido
por meio de uma imagem
motivadora e um breve texto.
Exercícios
O livro traz exercícios variados, organizados após os conteúdos na seção Exercícios
Propostos e, ao final de cada capítulo, na seção Exercícios Complementares.
Hora de criar – Atividades
em que você elabora um
problema com base no
assunto estudado.
Apresentação
dos conteúdos
Os conteúdos são
apresentados
em linguagem
clara e objetiva e
acompanhados
de exemplos
e ilustrações
cuidadosamente
elaborados.
257CAPÍTULO 11
Revelada pela lente fotográfica do artista, uma circunferência imaginária, espelhada na
água tranquila do lago, pode surgir da simetria do arco da ponte.
11
Capítulo
Ponte do Diabo, Parque Kromlau, distrito de Görlitz Gablenzgasse, Alemanha. (Foto de 2017.)
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Circunferência,
arcos e relações
métricas
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112 CAPÍTULO 5 SEMELHANÇA
Foto ampliadaFoto original
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Cachoeira do Prata, localizada na Chapada
dos Veadeiros, Cavalcante (Goiás). (Foto de
2017.)
Foto reduzida
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Ampliando ou reduzindo figuras
em uma fotocopiadora, obtemos
figuras semelhantes às originais. Figuras
congruentes também são semelhantes.
Figuras semelhantes são aquelas que têm a mesma forma, mas
não necessariamente o mesmo tamanho.
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Em uma foto, a altura da imagem de João corresponde a 10 cm. Qual deve ser a porcentagem que
devemos programar na fotocopiadora para que a altura de João, na cópia ampliada, seja de 12 cm?
1 Figuras semelhantes
Quando uma imagem é projetada em uma tela de televisão, de cinema, de celular etc., o
tamanho da imagem projetada geralmente é diferente do tamanho da imagem original, no
entanto a forma é mantida. Assim, dizemos que a imagem que aparece na tela é semelhan-
te à original.
Além de cópias em tamanho original, as fotocopiadoras podem ampliar ou reduzir determi-
nada imagem; nesse caso, também se mantém a forma do original.
Para obter uma ampliação de, por exemplo, 50%, devemos programar essa máquina para
fazer uma cópia de 150%, pois a ampliação deverá ser igual ao original (100%) aumentado
de 50%. Se quisermos uma redução de 25%, devemos programar a máquina para 75%, que
corresponde ao original (100%) diminuído de 25%.
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258 CAPÍTULO 11 CIRCUNFERÊNCIA, ARCOS E RELAÇÕES MÉTRICAS
1 Circunferência e arcos de circunferência
Em muitas culturas agrícolas é empregado um sistema de irrigação chamado pivô central.
Nesse sistema, a água é distribuída de maneira controlada, com economia e eficiência, por
meio de uma tubulação que, apoiada em torres sobre rodas, dá voltas completas em torno
de um dispositivo central.
Wassily Kandinsky. Círculos em um círculo. 1923.
Óleo sobre tela. 98,7 cm 3 95,6 cm.
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Plantação com sistema de irrigação com pivô central. (Foto de 2015.)
Algumas figuras
utilizadas nesta obra de
arte também dão ideia
de circunferência.
Os desenhos na
plantação, feitos
pelas torres sobre
rodas, dão ideia de
circunferência.
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dias. Entre passagei-
Supondo que os usuários desses 200 ônibus
passem a usar automóveis e que cada auto-
móvel transporte 4 pessoas por dia, quantos
automóveis serão necessários?
O que você acha que acontecerá com o
trânsito e o meio ambiente da cidade se a
prefeitura de fato tomar essa medida?
Hora de criar – Troque com um colega um Hora de criar – Troque com um colega um Hora de criar
problema, criado por vocês, sobre regra de três.
Depois de cada um resolver o problema elabo-
rado pelo outro, destroquem para corrigi-los.
trânsito e o meio ambiente da cidade se a
prefeitura de fato tomar essa medida?
34 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre regra de três.
Depois de cada um resolver o problema elabo
rado pelo outro, destroquem para corrigi-los.
trânsito e o meio ambiente da cidade se a
prefeitura de fato tomar essa medida?
34 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre regra de três.
Depois de cada um resolver o problema elabo
rado pelo outro, destroquem para corrigi-los.
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DIVERSIFICANDO
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39CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Jogo do enfileirando
Número de participantes: 2 a 4 jogadores
Material:
• Vinte cartões numerados confeccionadoscom os números: 0, 2, 6, 7, 9, 28, 27, 24, 23,
21, , , , , , , , , , .
2
1
3
1
3
2
8
7
8
3 1 2 3 16 25
• Quatro cartas de ação: uma de “ordem crescente”; uma de “ordem decrescente”; uma de
“adição dos números”; e uma de “multiplicação dos números”.
• Dois saquinhos não transparentes: um para guardar os cartões numerados, outro para guar-
dar as cartas de ação.
• Papel e lápis para resolver as operações.
Regras:
• Sem olhar os números, cada jogador pega cinco cartões numerados de dentro do saquinho.
• Depois, um dos jogadores tira uma carta de ação e deve colocá-la em cima da mesa para
que todos a vejam e façam o que ela indica. Por exemplo, se sair a carta “ordem crescente”,
cada jogador colocará em ordem crescente os cartões que pegou. Suponha que um dos jo-
gadores tenha os cartões 2, 23, 2 , 2
1 e 9; ele deverá colocá-los nesta disposição: 23, ,
2
1
2 , 2 e 9. Então, anota-se o nome de quem terminou a tarefa em primeiro lugar e retira-se
outra carta.
• Para os cálculos com 2 e 3 , devem ser usados os valores aproximados 1,4 e 1,7, respec-
tivamente. Exemplo: 2 1 (23) 1 2 1 2
1 1 9 5 9,9.
• Vence o jogo aquele que ganhar o maior número de rodadas, isto é, concluir mais vezes as
tarefas antes dos outros colegas. Caso nenhum jogador consiga executar as tarefas, reinicia-
-se o jogo.
1 Observe a ilustração ao lado
e responda à questão. Quem
ganhou esta rodada? Justifique.
2 Formem grupos de 3 ou 4 colegas, modifiquem uma regra do jogo e troquem com outro grupo. Depois
de jogar com a nova regra, escolham um representante para explicar a regra nova do outro grupo.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
Agora é com você!
Diversificando
Esta seção oferece a você a
oportunidade de entrar em
contato com temas variados,
em diferentes contextos e
áreas do saber.
Para saber mais
É uma seção que
traz textos sobre
Geometria e
História da
Matemática
para enriquecer
e explorar diversos
conteúdos
matemáticos
estudados.
Ícones da coleção
Atividade em dupla
ou em grupo
Cálculo mental
Calculadora
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
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205CAPÍTULO 9 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NOS TRIÂNGULOS RETÂNGULOS
1. Considerando que a figura ABCDE é um
pentágono regular e H é o ponto médio
da diagonal AC , calcule:
a) as medidas ( )ABCm W e ( );ABHm W
b) as medidas aproximadas de ,AH AC
e .AD
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2. No início do capítulo 8 – Triângulo retângulo – vimos que o emblema da sociedade secreta
formada pelos pitagóricos era um pentagrama.
a) Na figura abaixo, podemos perceber que as diagonais do pentágono regular formam o penta-
grama. Sendo AB 5 10 cm, calcule, a razão
AB
AC
.
b) Tendo por base o pentágono ABCDE do item
a, também podemos obter o pentagrama, se
prolongarmos os seus lados.
Considerando o pentagrama ao lado, calcule:
• AJ • JE •
AJ
JE
c) Na figura do item b, podemos traçar
,FG ,GH ,HI IJ e JF e obter um novo
pentágono regular.
A partir da construção deste novo pen-
tágono, calcule: JF, JH e
JF
JH
d) Copie a figura do item b e siga estes passos:
• trace o pentágono FGHIJ ;
• prolongue os lados do pentágono FGHIJ para obter
um pentagrama;
• trace as diagonais do pentágono A’B ’C ’D ’E ’ para
obter um pentagrama.
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e) Reúna-se com um colega e façam o que se pede.
As razões ,
AB
AC
AJ
JE
JF
JH
e são iguais a um mesmo número irracional, conhecido como número
de ouro, do qual vocês já obtiveram um valor aproximado. Pesquisem a respeito desse número e
façam um resumo de sua pesquisa.
Pense mais um pouco...
Propõe atividades desafiadoras
que permitem aprofundar
conteúdos ao longo do
capítulo.
TRABALHANDO A INFORMAÇÃO
84 85CAPÍTULO 3 GRANDEZAS PROPORCIONAIS CAPÍTULO 3 GRANDEZAS PROPORCIONAIS
BRASIL
IDH: 0,754
Expectativa de vida
ao nascer: 74 anos
Mortalidade infantil
(morte/mil nascidos): 17,5
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1.030 km
Construindo gráficos
de barras e de colunas
Fred observou o infográfico ao lado e resol-
veu fazer um gráfico de barras para comparar a
taxa de mortalidade infantil (dados estimados
para 2017) dos países em destaque. Ele usou
os dados de uma morte para cada mil nascidos.
Para o gráfico não ficar muito grande, Fred
estabeleceu 10 cm de comprimento para a
barra correspondente à maior porcentagem
( Paquistão – 52,1 mortes/mil nascidos). A seguir,
ele calculou o comprimento das outras barras
por meio da regra de três. Observe dois cálculos
que ele fez.
País Mortalidade infantil
(morte/mil nascidos)
Comprimento
da barra (cm)
Paquistão 52,1 10
Bangladesh 31,7 y
País Mortalidade infantil
(morte/mil nascidos)
Comprimento
da barra (cm)
Paquistão 52,1 10
Indonésia 22,7 x
Assim, as barras referentes à Indonésia e a Bangladesh ficaram com
4,4 cm e 6,1 cm, respectivamente.
,
,
y31 7
52 1 10
5 ] 52,1y 5 317 ] y 5 ,52 1
731 q 6,1
,
,
x22 7
52 1 10
5 ] 52,1x 5 227 ] x 5 ,52 1
227 q 4,4
Dados obtidos em: CIA. Disponível em: <https://www.cia.gov/library/publications/
resources/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html>. Acesso em: 01 dez. 2017.
Dados obtidos em: CIA. Disponível em: <https://www.cia.gov/library/publications/
resources/the-world-factbook/rankorder/2091rank.html>. Acesso em: 01 dez. 2017.
A POBREZA NO MUNDO
O IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano)
é uma medida que classifica
os países pelo seu nível
de desenvolvimento com
base em três dimensões:
renda, educação e saúde.
Veja no mapa o IDH e a
situação de alguns países
relativa a outros dois índices:
a expectativa de vida ao
nascer e a mortalidade
infantil por mil nascidos.
PAQUISTÃO
IDH: 0,550
Expectativa de
vida ao nascer:
68,1 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 52,1
QUÊNIA
IDH: 0,555
Expectativa de
vida ao nascer:
64,3 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 37,1
BANGLADESH
IDH: 0,579
Expectativa de
vida ao nascer:
73,4 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 31,7
CHINA
IDH: 0,738
Expectativa de
vida ao nascer:
75,7 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 12,0
ÍNDIA
IDH: 0,624
Expectativa de
vida ao nascer:
68,8 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 39,1
INDONÉSIA
IDH: 0,689
Expectativa de
vida ao nascer:
73 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 22,7
ETIÓPIA
IDH: 0,448
Expectativa de
vida ao nascer:
62,6 anos
Mortalidade
infantil (morte/
mil nascidos): 49,6
Baixo
Médio
Alto
Muito alto
IDH
Dados obtidos em: CIA. Disponível em: <https://www.cia.gov/library/publications/
resources/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html>. Acesso em: 01 dez. 2017.
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1 Calcule o comprimento das barras referentes aos outros países destacados no infográfico e faça o
mesmo gráfico que Fred fez.
2 Elabore um gráfico de colunas comparando a expectativa de vida ao nascer desses países. (Sugestão:
deixe a coluna maior com 10 cm de altura.)
3 Comparando os países destacados no infográfico, responda: o país com a maior taxa de mortalidade
infantil é o que tem o menor IDH? Escreva uma explicação para isso.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
Agora quem trabalha é você!
Trabalhando a informação
Esta seção permite que você
trabalhe com informações
apresentadas em diferentes
linguagens.
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289CAPÍTULO 12 POLÍGONOS REGULARES E ÁREAS
Agora é com você!
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
1 Seguindo as etapas descritas por Lizandra, escolha um número n de lados e construa em uma
folha avulsa um polígono regularcom lados medindo 6 cm.
2 Construa novamente o polígono da atividade 1 mudando o item 8 para “Girar no sentido
anti-horário ae graus e voltar para o item 5.”
PARA SABER MAIS
Construção de polígono regular de n lados
Lizandra precisa programar um tear eletrônico para compor contornos de polígonos
regulares na fabricação de tecidos.
Veja as etapas do programa que ela elaborou para a máquina seguir, também descritas
no fluxograma.
1. Definir o comprimento L cm do lado do polígono.
2. Definir o número n de lados do polígono, n > 3.
3. Definir o número k 5 1.
4. Calcular a medida °a n
360
5e do ângulo externo.
5. Bordar em linha reta caminho com L cm.
6. Fazer k 5 k 1 1.
7. Se k . n, desligar a máquina.
8. Girar no sentido horário ae graus e voltar para o
item 5.
Fluxograma
Definir L cm; n > 3; k 5 1.
Bordar L cm em linha reta.
Fazer k 5 k 1 1.
Fazer a n
360°
5e .
Desligar a
máquina.
não
sim
não
sim
k . n?
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Girar ae no sentido horário.
Tear eletrônico
usado na indústria
têxtil para a
produção de
tecidos com
padrões criados por
computador.
https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html
https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/rankorder/2091rank.html
https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html
6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 Números reais 11
1. A história dos números ................................................................................................ 12
Números naturais ............................................................................................................ 12
Números inteiros ............................................................................................................. 13
Números racionais .......................................................................................................... 14
Representações dos números racionais ................................................................ 16
Da forma decimal para a forma de fração ............................................................. 18
Para saber mais – O problema dos coelhos de Fibonacci
e o número áureo .................................................................................................................... 21
Trabalhando a informação – Analisando uma reportagem
com porcentagens múltiplas ............................................................................................ 22
2. Números quadrados perfeitos .................................................................................. 24
3. Raiz quadrada de números racionais não negativos ...................................... 26
Cálculo da raiz quadrada pela decomposição em fatores primos ............... 27
Raiz quadrada aproximada .......................................................................................... 29
Raiz quadrada com aproximação decimal ............................................................. 30
4. Números irracionais e números reais .................................................................... 32
5. Reta real ............................................................................................................................. 33
Localização exata de alguns números irracionais na reta real ..................... 34
Para saber mais – Espiral de Teodoro, Pitágoras ou Einstein ............................ 37
Diversificando – Jogo do enfileirando ........................................................................... 39
CAPÍTULO 2 Operações com números reais 40
1. Potências nas medidas astronômicas, subatômicas e informáticas ...... 41
2. Potência com expoente fracionário e radicais .................................................. 45
Para saber mais – A história dos números irracionais .......................................... 47
3. Propriedades dos radicais .......................................................................................... 48
1a propriedade .................................................................................................................. 48
2a propriedade .................................................................................................................. 49
3a propriedade .................................................................................................................. 50
4a propriedade .................................................................................................................. 50
4. Adição algébrica com radicais .................................................................................. 52
1a forma ............................................................................................................................... 52
2a forma ............................................................................................................................... 52
5. Multiplicação e divisão com radicais ..................................................................... 53
Multiplicação com radicais .......................................................................................... 53
Divisão com radicais ....................................................................................................... 54
6. Potenciação e radiciação com radicais ................................................................. 56
Potenciação ....................................................................................................................... 56
Radiciação com radicais ................................................................................................ 56
Racionalização de denominadores ........................................................................... 57
Trabalhando a informação – Construindo e interpretando
gráfico de linha ......................................................................................................................... 59
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CAPÍTULO 3 Grandezas proporcionais 62
1. Razão entre grandezas de naturezas diferentes ............................................. 63
Gramatura de um papel ................................................................................................ 63
Velocidade média ............................................................................................................ 63
Densidade demográfica ................................................................................................ 64
Consumo médio ............................................................................................................... 64
Densidade absoluta de uma matéria ...................................................................... 64
Trabalhando a informação – Comparando gráficos de barras ......................... 67
2. A proporcionalidade entre grandezas ................................................................... 69
3. Grandezas diretamente proporcionais .................................................................. 72
Para saber mais – Medida de arcos de uma circunferência .............................. 76
4. Grandezas inversamente proporcionais ............................................................... 78
5. Regra de três simples ................................................................................................... 80
Para saber mais – Resolvendo problemas com o auxílio
de um quadro ...........................................................................................................................83
Trabalhando a informação – Construindo gráficos de
barras e de colunas ............................................................................................................... 84
6. Regra de três composta .............................................................................................. 86
CAPÍTULO 4 Proporcionalidade em Geometria 91
1. Razão entre dois segmentos ..................................................................................... 92
Para saber mais – Uma razão de ouro .......................................................................... 95
2. Feixe de paralelas ........................................................................................................... 97
3. Teorema de Tales ............................................................................................................ 99
Para saber mais – Um pouco da história de Tales .................................................. 101
Consequências do teorema de Tales ...................................................................... 102
Para saber mais – Rumo ao teorema das bissetrizes dos
ângulos internos de um triângulo .................................................................................. 105
Trabalhando a informação – Cartograma do Índice de
Vulnerabilidade Social (IVS) ............................................................................................... 108
CAPÍTULO 5 Semelhança 111
1. Figuras semelhantes .................................................................................................... 112
Polígonos semelhantes ................................................................................................. 113
Para saber mais – Construindo figuras semelhantes por homotetia .......... 116
2. Semelhança aplicada a triângulos .......................................................................... 118
Teorema fundamental da semelhança ................................................................... 119
3. Casos de semelhança de triângulos ...................................................................... 121
Caso ângulo-ângulo (AA) .............................................................................................. 122
Caso lado-ângulo-lado (LAL) ....................................................................................... 123
Caso lado-lado-lado (LLL) ............................................................................................. 124
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Para saber mais – Construindo um pantógrafo ....................................................... 127
Trabalhando a informação – Um gráfico chamado pirâmide etária .............. 129
Diversificando – Câmara escura de orifício ................................................................ 132
CAPÍTULO 6 Um pouco mais sobre Estatística 133
1. Recordando as medidas de tendência central .................................................. 134
2. Medida de dispersão – desvio médio absoluto .................................................. 136
Para saber mais – A Matemática e os jogos .............................................................. 139
Trabalhando a informação – Juros compostos ....................................................... 140
CAPÍTULO 7 Equações do 2o grau 143
1. Equações do 2o grau com uma incógnita ............................................................. 144
Raízes de uma equação do 2o grau .......................................................................... 146
2. Resolvendo equações do 2o grau ............................................................................ 148
Equações do 2o grau incompletas ............................................................................ 148
Equações do 2o grau completas ............................................................................... 150
3. A fórmula resolutiva de uma equação do 2o grau ............................................ 155
Para saber mais – Número de ouro ................................................................................ 157
4. Estudando as raízes de uma equação do 2o grau ............................................. 160
Relações de Girard .......................................................................................................... 162
Composição de uma equação do 2o grau .............................................................. 164
Trabalhando a informação – A leitura de um mapa,
anamorfose geográfica ....................................................................................................... 166
CAPÍTULO 8 Triângulo retângulo 169
1. Um pouco de História ................................................................................................... 170
2. Teorema de Pitágoras .................................................................................................. 170
Elementos de um triângulo retângulo .................................................................... 170
Enunciando o teorema de Pitágoras ....................................................................... 172
Demonstrando o teorema de Pitágoras ................................................................. 172
Para saber mais – Triângulos pitagóricos ................................................................... 175
3. Aplicações do teorema de Pitágoras ..................................................................... 177
Relacionando as medidas da diagonal e do lado de um quadrado .............. 177
Relacionando as medidas da altura e do lado de um
triângulo equilátero ........................................................................................................ 178
4. Relações métricas em um triângulo retângulo ................................................. 180
Projeções ortogonais ..................................................................................................... 180
Relações métricas .......................................................................................................... 181
Outra demonstração do teorema de Pitágoras .................................................. 183
Trabalhando a informação – A representação de um relevo ............................ 185
5. O teorema de Pitágoras no plano cartesiano ..................................................... 187
Diversificando – Uma quase circunferência! ............................................................. 192
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Céu vermelho à noite,
alegria do pastor...
Céu vermelho pela
manhã, alerta para
o pastor.
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Razões trigonométricas nos
triângulos retângulos 193
CAPÍTULO 9
1. Primeiras razões trigonométricas ........................................................................... 194
Seno de um ângulo agudo ........................................................................................... 195
Cosseno e tangente de um ângulo agudo ............................................................ 196
2. Tabela de razões trigonométricas .......................................................................... 199
Para saber mais– Ângulos da cidade maravilhosa ............................................... 202
3. Resolução de problemas que envolvem triângulos retângulos ................. 202
Para saber mais – O teodolito .......................................................................................... 206
4. Razões trigonométricas dos ângulos de 45°, 30° e 60° ................................. 208
Razões trigonométricas do ângulo de 45° ............................................................ 208
Razões trigonométricas do ângulo de 30° ............................................................ 209
Razões trigonométricas do ângulo de 60° ............................................................ 209
Trabalhando a informação – Gráficos com distorção ........................................... 211
CAPÍTULO 10 Estudo das funções 216
1. Conceito de função ....................................................................................................... 217
Para saber mais – Função, um longo caminho
na história da Matemática ................................................................................................. 223
Gráfico de uma função .................................................................................................. 224
Como reconhecer o gráfico de uma função ......................................................... 226
2. Função polinomial do 1o grau .................................................................................... 229
Gráfico de uma função polinomial do 1o grau ...................................................... 230
Variação de uma função polinomial do 1o grau ................................................... 233
Para saber mais – Uso do computador: retas .......................................................... 234
Estudo do sinal de uma função polinomial do 1o grau ..................................... 235
Para saber mais – Proporcionalidade na função linear ........................................ 237
3. Função polinomial do 2o grau .................................................................................... 238
Gráfico de uma função polinomial do 2o grau ...................................................... 239
Zeros de uma função polinomial do 2o grau ......................................................... 243
Coordenadas do vértice da parábola ...................................................................... 245
Valor máximo e valor mínimo de uma função polinomial do 2o grau .......... 246
Construção do gráfico de uma função polinomial do 2o grau ....................... 248
Para saber mais – Uso do computador: parábolas................................................. 250
Estudo do sinal de uma função polinomial do 2o grau ..................................... 251
Para saber mais – Sistema de equações do 2o grau ............................................. 252
Diversificando – Cercando .................................................................................................. 256
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CAPÍTULO 11 Circunferência, arcos e relações métricas 257
1. Circunferência e arcos de circunferência ............................................................ 258
Comprimento de uma circunferência ...................................................................... 259
Arco de circunferência .................................................................................................. 262
Propriedades entre arcos e cordas de uma circunferência ........................... 265
2. Triângulo retângulo inscrito em uma circunferência ..................................... 266
3. Relações métricas em uma circunferência ......................................................... 268
Trabalhando a informação – Semicoroa circular ..................................................... 272
CAPÍTULO 12 Polígonos regulares e áreas 275
1. Relações métricas nos polígonos regulares ....................................................... 276
Retomando o estudo de polígonos regulares ...................................................... 276
Quadrado inscrito ............................................................................................................ 277
Hexágono regular inscrito ............................................................................................ 280
Triângulo equilátero inscrito ....................................................................................... 283
2. Área de um polígono regular ..................................................................................... 285
3. Área de um círculo.......................................................................................................... 287
Para saber mais – Construção de polígono regular de n lados ........................ 289
Área de uma coroa circular .......................................................................................... 290
Área de um setor circular ............................................................................................. 291
Trabalhando a informação – Atenção ao ler gráficos .......................................... 293
4. Volume de alguns sólidos ........................................................................................... 295
Calculando a área total da superfície de alguns sólidos ................................. 295
Fazendo experiências com volumes ........................................................................ 297
Diversificando – Jogo do desenhe ou responda ...................................................... 303
Respostas .................................................................................................................................. 304
Lista de siglas .......................................................................................................................... 311
Sugestões de leitura para o aluno ................................................................................ 311
Bibliografia ................................................................................................................................ 312
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11BIMESTRE 1
Objetivos do capítulo
Levar o aluno a:
• Retomar os números ra-
cionais e reconhecer a am-
pliação dos conjuntos nu-
méricos.
• Representar números ra-
cionais na forma de fração
e na forma decimal.
• Identificar e determinar dí-
zimas periódicas.
• Identificar números qua-
drados perfeitos.
• Calcular raiz quadrada
exata de um número racio-
nal não negativo.
• Calcular raiz quadrada
com aproximação decimal.
• Reconhecer números irra-
cionais e números reais.
• Verificar experimentalmen-
te o teorema de Pitágoras.
• Localizar números irracio-
nais na reta real.
• Resolver e elaborar proble-
mas de contagem envol-
vendo números reais.
• Calcular porcentagens su-
cessivas.
• Analisar texto de reporta-
gem e gráfico de barras.
Orientações gerais
Este capítulo retoma e am-
plia a evolução da ideia de
número ao longo da história
e sua aplicação para aten-
der às necessidades do ser
humano no que se refere
à sua organização social e
à compreensão dos fenô-
menos da natureza. Desse
modo, o capítulo revisa os
números racionais e apre-
senta os números irracionais
e o conjunto dos números
reais; trata da reta real e da
localização de números irra-
cionais nela com o auxílio de
triângulos retângulos e do
teorema de Pitágoras; res-
gata a noção de quadrados
perfeitos e explora cálculos
com raízes quadradas de nú-
meros racionais não negati-
vos (exatas e comaproxima-
ção). Além disso, o capítulo
também explora o cálculo
de porcentagens sucessivas.
O tema motivador da aber-
tura do capítulo é o núme-
ro áureo, que será explo-
rado no desenvolvimento
do capítulo no contexto da
sequência de Fibonacci.
Material Digital Audiovisual
• Áudio: Racionais ou
irracionais? Quem tem mais?
Orientações para o
professor acompanham o
Material Digital Audiovisual
CAPÍTULO 1
O que o encantador arranjo de pétalas numa rosa vermelha, o famoso quadro O Sacramento da
Última Ceia, de Salvador Dalí, as magní�cas conchas espirais de moluscos e a procriação de coelhos
têm em comum?
É difícil de acreditar, mas esses exemplos bem díspares têm em comum um certo número [...] o
número áureo.
O número áureo ou número do ouro, representado pela letra grega ò [�], é um número real não
racional, a sua escrita decimal nunca termina e nunca se repete, ò 5 1,6180339887... [...]
Fonte: LIVIO, Mario. Razão áurea. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 13.
1Números reais
Capítulo
Estrutura interna em espiral de uma concha de Nautilus.
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12
A história dos
números
Para introduzir o trabalho
com este capítulo, proponha
atividades em grupo que
motivem os alunos a mo-
bilizar seus conhecimentos
acerca dos números naturais
e das características do siste-
ma de numeração decimal.
Eles podem:
• elencar as características
do sistema de numeração
decimal;
• dizer de onde ele surgiu,
como foi difundido e o
motivo de sua supremacia
em relação aos demais sis-
temas das civilizações an-
tigas;
• dizer qual o uso de um nú-
mero natural;
• caracterizar o conjunto dos
números naturais;
• discutir as limitações das
operações com números na-
turais; entre outras coisas.
Em seguida, cada grupo
apresenta suas conclusões
aos demais. No final, faça um
fechamento com os alunos,
em uma roda de conversa.
Complemente os estudos com
a Sequência didática 1 –
Raiz quadrada, disponível no
Manual do Professor – Digital.
As atividades propostas
permitem desenvolver de
forma gradual e articulada
objetos de conhecimento
e habilidades da BNCC
selecionados para este
capítulo.
Sugestões de
leitura
Para ampliar o trabalho da abertura
com os alunos, sugerimos:
<http://pt.wahooart.
com/@@/5ZKEQ2-Salvador-Dali-
O-Sacramento-da-%C3%9Altima-
Ceia>;
<http://www.portal.famat.ufu.br/
sites/famat.ufu.br/files/Anexos/
Bookpage/Famat_rev is ta_11_
artigo_05.pdf>;
<https://escolakids.uol.com.br/
numero-de-ouro.htm>. Acessos em:
20 ago. 2018.
Para enriquecer o trabalho com
números reais, sugerimos o livro:
GUELLI, Oscar. A invenção dos
números. São Paulo: Ática, 2010.
(Coleção Contando a história da
Matemática).
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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12 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
1 A história dos números
Desde a invenção da escrita, há cerca de 4 mil anos, o ser humano começou a usar símbolos
para representar quantidades como resultado da contagem de objetos: quantidade de aves
que criava, de peixes que pescava, de cereais que colhia etc.
Os babilônios, por exemplo, muitos
séculos antes de Cristo, empregavam
símbolos em forma de cunha para re-
presentar números:
� Uma cunha “em pé” ( ) representa-
va o número 1 e podia ser repetida
até nove vezes.
� Uma cunha “deitada” ( ) repre-
sentava o número 10 e podia ser
repetida até cinco vezes.
Esses símbolos eram impressos em
tábuas de argila, como a da foto ao
lado.
Números naturais
Números naturais são números que expressam o resultado de uma contagem.
O conjunto dos números naturais, representado por N, pode ser indicado por:
Com os números naturais, efetuamos qualquer adição ou multiplicação. As subtrações, no
entanto, só serão possíveis quando o minuendo for maior ou igual ao subtraendo, e as divisões,
quando o dividendo for múltiplo do divisor.
Veja exemplos de operações impossíveis de ser realizadas só com números naturais:
a) a subtração 6 2 7 (não há número natural que adicionado a 7 resulte em 6);
b) a divisão exata 8 9 5 (não há número natural que multiplicado por 5 resulte em 8).
Os números naturais não são suficientes para representar todas as situações do dia a dia.
Com eles, não é possível representar, por exemplo, temperaturas abaixo de zero grau Celsius
nem a medida do comprimento do nosso palmo em metro.
Para atender a situações como essas, foram criados os números racionais. Veja exemplos.
23; 5
1 ; 20,7; 0,333...; 2 2
9
N 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
Outros povos, como os egípcios e os romanos, tinham seus próprios símbolos e suas próprias
regras para registrar quantidades.
Atualmente, a maioria dos povos adota o sistema de numeração decimal, composto de
dez símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), denominados algarismos indo-arábicos.
Tábua de argila da civilização babilônica, do período entre 1800 a.C.
e 1600 a.C. Universidade Columbia, Nova York (Estados Unidos).
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http://pt.wahooart.com/@@/5ZKEQ2-Salvador-Dali-O-Sacramento-da-%C3%9Altima-Ceia
http://pt.wahooart.com/@@/5ZKEQ2-Salvador-Dali-O-Sacramento-da-%C3%9Altima-Ceia
http://pt.wahooart.com/@@/5ZKEQ2-Salvador-Dali-O-Sacramento-da-%C3%9Altima-Ceia
http://pt.wahooart.com/@@/5ZKEQ2-Salvador-Dali-O-Sacramento-da-%C3%9Altima-Ceia
http://www.portal.famat.ufu.br/sites/famat.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Famat_revista_11_artigo_05.pdf
http://www.portal.famat.ufu.br/sites/famat.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Famat_revista_11_artigo_05.pdf
http://www.portal.famat.ufu.br/sites/famat.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Famat_revista_11_artigo_05.pdf
http://www.portal.famat.ufu.br/sites/famat.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Famat_revista_11_artigo_05.pdf
https://escolakids.uol.com.br/numero-de-ouro.htm
https://escolakids.uol.com.br/numero-de-ouro.htm
13BIMESTRE 1
Exercícios propostos
Para este bloco de exercí-
cios, os alunos podem se
reunir em duplas. A troca
de ideias favorece o levan-
tamento de hipóteses e a
argumentação. Socialize as
respostas, validando-as com
os alunos.
Os exercícios abordam as li-
mitações matemáticas das
subtrações e da divisão com
números naturais e, assim,
antecipam o próximo tópico
no qual essas limitações são
superadas com a ampliação
dos conjuntos numéricos.
Converse com os alunos so-
bre alguns exemplos coti-
dianos em que os números
naturais não podem ser apli-
cados.
Pense mais um
pouco...
Nesta seção, os alunos en-
contram questionamentos
que requerem o uso de no-
ções intuitivas sobre análi-
se combinatória. Convém
avaliar se há necessidade de
abordá-los de maneira con-
creta, usando objetos físicos,
confeccionados por eles,
para representar os objetos
fictícios que contextualizam
os enunciados. É importante
pedir a eles que façam re-
presentações esquemáticas
das resoluções. Depois, caso
nenhuma das representa-
ções se aproxime da árvore
de possibilidades, apresen-
te-a como outra opção de
resolução para a primeira
questão e sugira aos alunos
que a utilizem nas demais.
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13CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
1 Identifique, entre as operações a seguir, quais
não podem ser realizadas apenas com números
naturais. alternativas b, e, g, h
a) 3 1 7 c) 0 2 0 e) 3 9 7 g) 8 9 3
b) 5 2 235 d) 7 2 0 f) 3 8 7 h) 7 9 10
2 Responda às questões abaixo.
a) Por que é impossível efetuara divisão
exata 7 9 3 dispondo apenas de números
naturais?
b) E 3 2 7? Por que é impossível efetuá-la?
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Reúna-se com um colega e façam o que se pede.
1. Uma sorveteria oferece 4 sabores de sorvete e 2 tipos de cobertura, todos dietéticos, que
podem ser servidos em 2 tipos de pote. De quantas maneiras diferentes uma pessoa pode
escolher um sabor de sorvete dietético, uma cobertura dietética e um pote? 16 maneiras
2. Paola esqueceu os dígitos que formam a placa de seu carro. A única informação que consegue
lembrar é que a placa é formada por quatro algarismos distintos. Quantas possibilidades dife-
rentes de placas Paola pode formar? 5.040 possibilidades (10 8 9 8 8 8 7 5 5.040)
Números inteiros
Os números inteiros foram os primeiros números relativos (positivos ou negativos) criados
pelo ser humano, em decorrência de necessidades impostas pelo comércio e de situações
cotidianas que exigiram a representação de quantidades em relação ao referencial zero.
a) porque não há número natural que multiplicado
por 3 dê 7
b) porque não há número natural que adicionado
a 7 dê 3
125 wC
(25 graus Celsius
acima de zero)
225 wC
(25 graus Celsius
abaixo de zero)
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Veja exemplos em que recorremos aos números inteiros.
a) Nos termômetros, para indicar temperaturas abaixo de zero grau Celsius (números ne-
gativos) ou acima de zero grau Celsius (números positivos). O referencial é 0 °C.
14
Orientações
Peça aos alunos que listem
outros exemplos de utiliza-
ção de números positivos e
de números negativos. Po-
dem surgir, por exemplo:
nos painéis de elevadores,
para registrar dívidas ou sal-
dos negativos em extratos
bancários, altitude de mon-
tes e profundidades (con-
siderando o nível do mar
como referência), gols mar-
cados e gols sofridos por um
time em uma partida, entre
outros.
O trabalho com os números
inteiros pode ser semelhan-
te ao sugerido com os nú-
meros naturais. Proponha
aos alunos que caracterizem
o conjunto dos números in-
teiros antes da leitura do
texto desta página. Retome
as ideias de antecessor e de
sucessor, de oposto e de mó-
dulo de um número inteiro,
além da inclusão dos núme-
ros naturais no conjunto dos
números inteiros.
Sugira também que discu-
tam sobre as limitações das
operações com os números
inteiros, retomando a po-
tenciação com expoente in-
teiro negativo.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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14 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Com a criação do conjunto dos números inteiros, tornou-se possível efetuar subtrações em
que o minuendo é menor que o subtraendo. Por exemplo: (6 2 7 5 21) e (0 2 3 5 23).
Os números inteiros, no entanto, não são suficientes para representar o resultado de qual-
quer divisão. Por exemplo: (10 9 3) e [(25) 9 7].
Z 5 {..., 25, 24, 23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
números naturais
Números racionais
Observe os números abaixo.
1,25 0,777... 213 20,75
Eles são exemplos de números racionais, pois podem ser escritos na forma de fra ção
b
a
com um número inteiro no numerador e um número inteiro não nulo no denominador. Veja.
1,25 = 4
5 0,777... = 9
7 213 = 2 1
13 20,75 = 2 4
3
b) Para descrever a movimentação bancária de uma conta, se o saldo é credor (números
positivos) ou devedor (números negativos). O referencial é o saldo zero (nem credor nem
devedor).
O titular dessa conta tinha, ao final do dia 22 de março, saldo devedor de R$ 30,00, isto é,
devia ao banco R$ 30,00.
O conjunto dos números inteiros, representado por Z, pode ser indicado por:
Z 5 {..., 23, 22, 21, 0, 11, 12, 13, ...}
Movimentação de conta-corrente (valores em reais)
Dia Histórico Débito Crédito Saldo
22/3 saldo anterior 170,00
22/3 cheque 900392 2200,00 2130,00
22/3 depósito 1100,00 230,00
Dados fictícios.
Os sinais 1 e 2 à esquerda dos números passam a indicar a posição que eles ocupam em
relação ao zero, quando organizados em ordem crescente ou decrescente: os números me-
nores do que zero são negativos e os maiores do que zero, positivos.
Como os números inteiros não negativos (0, 11, 12, 13, …) comportam-se como os números
naturais, tanto na ordenação como nas operações, esses números passarão a ser indicados
simplesmente por 0, 1, 2, 3, 4, …
Por esse motivo, podemos dizer que qualquer número natural é um número inteiro:
15BIMESTRE 1
Orientações
Explore a necessidade dos
números racionais em situa-
ções de medição. Proponha
na lousa uma ampliação do
quadro apresentado no livro
do estudante para identifi-
carem onde marcar o “X”.
Retome a reta numérica e
proponha a localização de
números naturais, números
inteiros negativos e núme-
ros racionais na forma de
fração. Se julgar necessário,
mostre alguns exemplos an-
tes de pedir aos alunos que
façam atividades sobre esse
tema.
Exercícios propostos
Aproveite o exercício 5 para
explorar a noção de contra-
exemplo, esclarecendo que
é útil para corroborar a fal-
sidade das sentenças, mas
não serve como prova das
sentenças verdadeiras.
No exercício 6, destaque a
diferença das expressões
“de 1 a 9” e “entre 1 e 9”:
• de 1 a 9, inclui o 1 e o 9: 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9;
• entre 1 e 9, exclui o 1 e o 9:
2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.
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98
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15CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Observe o quadro abaixo, com alguns exemplos de números racionais.
Número natural Número inteiro Número racional
3 X X X
28 X X
3
1 X
20,3 X
N
E
LS
O
N
M
AT
S
U
D
A
Agora, veja como podemos representar alguns números racionais na reta numérica.
Q
b
a a b b 0, com e inteiros e5 %) 3
21 0 1 2— 3
42 — 1
22 — —1
5
8
5
Com os números racionais podemos representar o resultado da divisão de quaisquer dois
números inteiros, com o divisor não nulo. O conjunto dos números racionais, representado
por Q, pode ser indicado por:
5 Identifique as sentenças falsas e justifique com
um exemplo.
a) Todo número natural é inteiro. verdadeira
b) Todo número inteiro é racional.
c) Todo número natural é racional.
d) Todo número que pode ser escrito na forma
de fração de inteiros é racional. verdadeira
e) Todo número natural é um número inteiro
positivo.
f) Todo número inteiro é natural.
g) Todo número racional é inteiro.
verdadeira
verdadeira
Falsa, pois zero não é um número
inteiro positivo.
3 Enquanto um avião sobrevoa a uma altitude de
5,8 km, um submarino está a uma profundidade
de 0,24 km.
a) Represente essas medidas com números
relativos e explique qual foi o referencial
utilizado. 15,8 km; 20,24 km; nível do mar
b) Os números que aparecem no enunciado
(5,8 e 0,24) são números racionais? Eles
estão escritos na forma de fração?
sim; não, eles estão escritos na forma decimal
4 Entre os números a seguir, quais são inteiros?
N
E
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N
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A
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2 20
10
2 4
12
1
3
2 3
2
1 12
4
6 Junte-se a um colega e respondam quantos
números inteiros existem:
a) entre dois números inteiros consecutivos;
b) entre 1 e 9, entre 21 e 1, entre 29 e 9;
c) entre 0 e 10, entre 0 e 100, entre 0 e
1.000.000. 9; 99; 999.999
nenhum
7; 1; 17
10
20
4
12e2 1
5. f) Falsa, pois, por exemplo, 21 não é um número natural.
g) Falsa, pois, por exemplo, 0,5 não é número inteiro.
16
Pense mais um
pouco...
A seção pretende retomar o
conceito de média aritméti-
ca (que será visto novamen-
te no capítulo6) para tratar,
de maneira informal e pro-
pedêutica, de um conceito
fundamental no estudo dos
conjuntos numéricos: o con-
junto dos números racionais
é um conjunto denso.
Explore as diferentes repre-
sentações de um número ra-
cional e a conversão de uma
para a outra: a forma de
fração e a forma decimal. Se
julgar adequado, retome a
forma percentual, associada
a frações centesimais.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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16 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Número racional Algumas representações
22 9
18
2 22,0
4
1
16
4 0,25
11
4
22
8 0,3636…
25,3 10
53
2 25,300
15
32 2
15
2 2,1333…
6 2
12 6,000
JO
S
É
L
U
ÍS
J
U
H
A
S
No quadro a seguir, há algumas representações fracionárias e decimais de alguns números
racionais.
Muitos números racionais podem ser representados por uma fração decimal, isto é, de
denominador 10, 100, 1.000 etc., como os números abaixo.
Representações dos números racionais
Com essa breve retomada sobre a necessidade de ampliar os conjuntos numéricos, pode-
mos constatar que os algarismos indo-arábicos servem para representar todos os números
que constituem esses conjuntos.
Notamos, também, que há mais de uma representação possível para todos os números
racionais: a fracionária, mais antiga, e a decimal, bem mais recente.
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Reúna-se com um colega e façam o que se pede.
a) Calculem os números racionais:
• a, que é a média aritmética de 3 e 7; 5
• b, que é a média aritmética de 3 e a ; 4
• c, que é a média aritmética de 3 e b; 3,5
• d, que é a média aritmética de 3 e c. 3,25
b) Representem os números racionais 3, a, b, c, d e 7 em uma mesma reta numérica.
c) As médias aritméticas de dois números obtidas no item a estão entre esses dois números? sim
d) É possível calcular os números e, f, g, h, …, que sejam as médias aritméticas, respectivamente,
de 3 e e, de 3 e f, de 3 e g, de 3 e h e assim por diante?
• Considerando os itens acima, use sua intuição para dizer quantos números racionais existem
entre 3 e 7 e quantos números racionais existem entre dois números racionais distintos quaisquer.
Pense mais um pouco...
N
E
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S
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3
3,5
3,25
4 5 7
b)
frações decimais
2 10
20
2 52 4
1
100
25
5 ,5 3 10
53
2 52 , .
.6 000 1 000
6 000
5
Espera-se que os alunos
respondam a�rmativamente.
Espera-se que os alunos respondam que existem in�nitos números racionais.
17BIMESTRE 1
Exercícios propostos
Os exercícios 7 e 8 articu-
lam-se para levar os alunos a
elaborarem, com suas pala-
vras, um regra prática para
escrever frações decimais na
forma decimal.
No exercício 10, eles devem
perceber que, no item a,
obterão a dízima periódica
7,55555..., já que em 2,444...
haverá sempre 4 na parte
decimal, indefinidamente, e
em 5,111... haverá sempre 1,
levando a parte decimal da
soma desses dois números
ser sempre 5, indefinida-
mente.
Nos exercícios 11 e 12, usa-
mos a calculadora para ex-
plorar a dízima periódica.
O texto teórico anterior
explica as duas representa-
ções dos números racionais:
a decimal (em particular a
dízima periódica) e a fracio-
nária.
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17CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Já os números 11
4 e 15
32 não podem ser representados por uma fração decimal. No entanto,
eles podem ser escritos na forma decimal.
Note que nas representações 0,3636… e 2,1333… as reticências indicam infinitas casas
decimais e periódicas. Por exemplo: em 0,3636…, as reticências indicam que 36, chamado
de período, continua se repetindo para sempre. Já em 2,1333…, temos uma representação
decimal periódica de período 3.
A representação decimal periódica recebe o nome de dízima periódica.
Uma dízima periódica pode ser escrita abreviadamente, colocando-se um traço sobre o
período. Veja a representação abreviada de algumas dízimas periódicas.
a) 2,555… 5 ,2 5 c) 1,2777… 5 ,1 27 e) 28,612612… 5 ,8 6122
b) 20,1313… 5 ,0 132 d) 0,21888… 5 ,0 218 f) 4,0979797… 5 ,4 097
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
8 Observando os resultados do exercício an-
terior, estabeleça a relação existente entre a
quantidade de zeros do denominador de uma
fração decimal e a quantidade de casas após
a vírgula na representação decimal dessa
fração.
7 Escreva a representação decimal das frações
a seguir.
a) 10
35 3,5 c) 100
7
2 e) 100
542
b) 100
28 0,28 d) .10 000
321
2 f) .1 000
12
20,07
20,0321
5,42
0,012
8. A quantidade de zeros no
denominador de uma fração
decimal é igual à quantidade
de casas após a vírgula na
representação decimal dessa fração.
10 Adicionando os dois números de cada item,
obtemos outro número na forma de dízima
periódica. Determine em cada caso essa dízima
periódica na forma abreviada.
a) 2,444… e 5,111… ,7 5
b) 2,5 e 3,222… ,5 72
11 Em uma calculadora, aperte as teclas mostra-
das abaixo.
a) Para o último algarismo do número que
aparece no visor, sua calculadora faz algum
arredondamento?
b) Represente o número obtido na forma de
fração.
22
3
A resposta depende
da calculadora utilizada.
12 Usando uma calculadora, faça o que se pede.
a) Escreva o número que aparece no visor
após apertar estas teclas: 3,66666...
b) Reserve esse resultado na memória aditiva,
apertando a tecla M� .
c) Escreva o número que aparece no visor
após apertar estas teclas: 1,66666...
d) Para subtrair o resultado do item c do re-
sultado do item a, basta apertar as teclas
M� da memória subtrativa e MRC , que
recupera o último resultado da memória.
Escreva o número que aparece no visor. 2
e) Efetue 9
20
9
47
2 e, em seguida, com uma
calculadora, confira o resultado. 23
f) Calcule o valor da expressão:
5,222… 2 2,222… 3 IL
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A
9 Represente cada fração na forma decimal.
a) 5
2 0,4 c) 3
11 3,666... e) 90
11
2
b)
6
5 d)
8
45
2 25,625 f)
25
52
0,8333...
20,1222...
2,08
0,13636...2 23 4 5
3 93 4 5
5 91 4 5
18
Da forma decimal
para a forma de
fração
Esta página pode ser traba-
lhada com os alunos organi-
zados em duplas. Algumas
duplas podem fazer a leitura
do 1o caso, enquanto outras
leem o 2o caso. Depois, sor-
teie um aluno do grupo de
duplas que trabalhou com
um dos casos e outro do gru-
po do outro caso para irem à
lousa explicar o que foi dis-
cutido em sua dupla. Nesse
momento, as demais duplas
que exploraram o caso apre-
sentado podem ajudar na
explicação do colega.
Em seguida, proponha ati-
vidades a cada dupla, re-
lativas ao caso que não foi
trabalhado, para determina-
rem a forma fracionária de
números racionais dados na
forma decimal pelo processo
explicado na lousa.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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18 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
2o caso: Quando o número tem infinitas casas decimais, como o número 0,55555…, proce-
demos do seguinte modo.
� Primeiro, chamamos o número 0,55555… de x, obtendo a igualdade:
x 5 0,55555…
� Em seguida, multiplicamos os dois membros por 10, chegando a uma nova igualdade:
10x 5 5,5555…
� E, finalmente, subtraímos a primeira igualdade da segunda, membro a membro, obtendo:Logo: 0,55555... 5 9
5
Nesse caso, os dois membros da primeira igualdade foram multiplicados por 10. De modo
geral, eles devem ser multiplicados por uma potência de 10 conveniente (10, 100, 1.000, …),
a fim de se deslocar a vírgula para a direita do primeiro período.
10x 2 x 5 5,555… 2 0,555…
9x 5 5
x
9
9
9
5
5
x 9
5
5
Note no segundo membro
da equação que, ao multiplicar
0,55555 por 10, a vírgula se
deslocou para a direita do
primeiro período. Assim, a parte
decimal permaneceu a mesma.
Da forma decimal para a forma de fração
Já trabalhamos com a transformação de um número escrito na forma de fração para a forma
decimal. Para isso, basta efetuar o algoritmo da divisão, como neste exemplo.
S
ID
N
E
Y
M
E
IR
E
LE
S
Agora, vamos ver como transformar um número na forma decimal para a forma de fração.
1o caso: Quando o número tem finitas casas decimais, a leitura dele fornece uma boa indi-
cação de como expressá-lo na forma de fração.
Veja alguns exemplos.
a) 0,2 5 dois décimos 5 10
2
leitura
um zero
uma casa decimal
b) 5,325 5 cinco inteiros, trezentos e vinte e cinco milésimos 5 .5 1 000
325
leitura
três casas decimais três zeros
10
0
5
0,25
1 5 1 9 5 5 0,2
19BIMESTRE 1
Orientações
Reproduza o exemplo na
lousa, explorando os passos
com os alunos. Peça a eles
que antecipem o que deve
ser feito e por quê. A justifi-
cativa do processo mostra o
grau de entendimento que
os alunos têm do procedi-
mento.
Sugestão de leitura
Para enriquecer o trabalho com
frações geratrizes, sugerimos:
<http://matematicamentecontando.
blogspot.com/2010/04/fracao-
geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.
html>. Acesso em: 20 ago. 2018.
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19CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Logo: 2,3737... 5 99
235
100x 2 x 5 237,3737... 2 2,3737...
99x 5 235
x
99
99
99
235
5
x 99
235
5
� Subtraindo a primeira igualdade da segunda, membro a membro, temos:
Note no segundo membro que,
ao multiplicar 2,373737 por 100, a
vírgula se deslocou para a direita
do primeiro período. Assim, a parte
decimal permaneceu a mesma.
A fração irredutível
que gera uma dízima
periódica é chamada de
fração geratriz.
IL
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Ç
Õ
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S
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ID
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Y
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E
LE
S
Veja outro exemplo com o número 2,373737…
� Chamando 2,373737… de x, obtemos a igualdade x 5 2,373737…
� Multiplicando os dois membros dessa igualdade por 100, obtemos uma nova igualdade:
100x 5 237,3737…
Agora, veja o caso da dízima composta 6,8424242... com um algarismo (8) após a vírgula,
além do período 42.
� A partir da igualdade x 5 6,8424242... devemos obter duas outras igualdades em que, no
segundo membro, as partes decimais sejam iguais. Dessa forma, na subtração de uma
pela outra, essas partes decimais se anulam.
� Como há um algarismo (8) após a vírgula que não faz parte do período, multiplicamos
ambos os membros por 10 e depois por 1.000:
10x 5 68,424242... e 1.000x 5 6842,424242...
� Subtraindo a primeira igualdade da segunda, membro a membro, temos:
1.000x 2 10x 5 6.842,424242... 2 68,424242...
990x 5 6.842 2 68 5 6.774
990x 5 6.774
x 5 .
990
6 774
x 5 .
165
1 129 fração geratriz
Portanto, temos: 6,8424242... 5 .
165
1 129 .
As partes decimais
são iguais e
se anulam.
http://matematicamentecontando.blogspot.com/2010/04/fracao-geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.html
http://matematicamentecontando.blogspot.com/2010/04/fracao-geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.html
http://matematicamentecontando.blogspot.com/2010/04/fracao-geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.html
http://matematicamentecontando.blogspot.com/2010/04/fracao-geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.html
http://matematicamentecontando.blogspot.com/2010/04/fracao-geratriz-e-uma-pergunta-0999-e.html
20
Exercícios propostos
No exercício 16, comente
com os alunos o significado
de números primos entre si:
aqueles cujo máximo divi-
sor comum é 1, ou seja, não
há fatores primos comuns a
esse grupo de números. Se-
gue uma possível resolução
desse exercício:
• Note que se x
y
5 2,555...,
x
y
é uma geratriz da dízi-
ma 2,555... .
• Além disso, como x e y são
primos entre si, a fração x
y
é irredutível, ou seja, não
pode ser simplificada.
• Assim, para determinar x e
y, precisamos determinar a
fração geratriz irredutível
dessa dízima. Fazendo:
2,555... 5 a, temos:
a 5 2,555...
10a 5 25,555...
10a 2 a 5
5 25,555... 2 2,555...
9a 5 23
a 5 23
9
(que é uma fração
irredutível)
• Logo, x 5 23 e y 5 9.
Pense mais um
pouco...
Aparentemente despreten-
siosa, a seção tem um aspec-
to interessante e lúdico que
pode ser explorado: o nú-
mero de ouro (1,618033...)
e a sequência de Fibonacci.
A sequência de expressões
dada converge para o nú-
mero de ouro. Apresen-
te também aos alunos a
sequência de Fibonacci (1, 1,
2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,
...) e mostre que o valor de
cada expressão é uma fra-
ção cujo numerador e deno-
minador são números conse-
cutivos dessa sequência:
3
2
, 5
3
, 8
5
, 13
8
, ...
Sugestão de leitura
Um bom livro para consulta sobre o
assunto é:
LIVIO, Mario. Razão áurea. Rio de
Janeiro/São Paulo: Record, 2007.
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20 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
16 Dividindo um número x por um número y,
obtém-se 2,555… Determine o valor de x e
de y, sabendo que eles são números primos
entre si. x 5 23 e y 5 9
17 Hora de criar – Escreva o número 7 como:
a) a soma de dois números racionais na forma
de fração;
b) a diferença de dois números racionais na
forma decimal, cada um com duas casas
decimais;
c) a soma de duas dízimas periódicas.
18 Em uma caixa, há sete bolas numeradas de
1 a 7. Márcio retira três bolas consecutivas,
sem recolocá-las na caixa, para representar
um número A. O número retirado na primeira
bola representará as unidades de A; o número
da segunda bola representará os décimos de
A; e o da terceira bola, os centésimos.
a) Márcio retirou os números 6, 4 e 2, nessa
ordem. Qual é o número A formado nesse
caso? Indique-o por uma fração irredutível.
b) Se, em seguida, Márcio retirar mais três
bolas, qual é o maior número A possível que
poderá ser formado com a retirada dessas
bolas? E o menor? 7,53; 1,35
A
N
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IR
A
13 Escreva as frações irredutíveis que represen-
tam: o número 0,36, o número 0,04 e a adição
0,36 1 0,04. ; ;
25
9
2
1
5
2
5
14 Expresse os números abaixo na forma de fração.
a) 3,444… 9
31
b) ,12 52
9
113
2
c) ,0 45
11
5
d) 20,31222...
900
281
2
15 Determine a fração irredutível que representa
o valor de cada expressão a seguir.
a) , ,0 2 0 31 15
8
b) , ,0 27 2 31
18
47
c) , ,0 38 1 451
45
83
d) , 81 8
17
2
9
2
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
respostas possíveis: a)
2
13
2
1
1 ; b) 9,42 2 2,42; c) , ,4 8 2 11
6,42;
50
321
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Observe as expressões abaixo.
Calcule o valor das expressões dadas e, seguindo o padrão, escreva a quarta expressão e calcule
seu valor.
1
2
1
1 1
1 2
1
1
1
1
1
1
1 2
1
1
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5
2
3
3
5 5
8
Habilidades trabalhadas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
21BIMESTRE 1
Para saber mais
A seção explora a sequência
de Fibonacci. A questão 3
do Agora é com você! pro-
picia aos alunos ligar a se-
quência ao número de ouro,
ampliando o trabalho da se-
ção Pense mais um pouco...
anterior.
Se julgar conveniente, peça
previamente aos alunos que
pesquisem sobre a sequên-
cia de Fibonacci e suas apli-
cações, o que poderá contri-buir com o desenvolvimento
dessa seção na sala de aula.
Sugestões de leitura
Para enriquecer seu trabalho,
sugerimos também:
<http://www.rc.unesp.br/biosferas/
Art0075.html>;
<ht tp : / /www.ue l .b r / c ce /mat /
geometrica/artigos/ST-15-TC.pdf>.
Acessos em: 20 ago. 2018.
Um homem pôs um par de coelhos em um lugar cercado por todos os lados por um muro.
Quantos pares de coelhos podem ser gerados a partir deste par em um ano se, supostamente, todo
mês cada par dá à luz um novo par, que é fértil a partir do segundo mês?
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21CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
O problema dos coelhos de Fibonacci e o número áureo
Leonardo de Pisa (c. 1170-1240), conhecido como Fibonacci, publicou em 1202 o famoso
livro Liber Abaci (Livro do ábaco), em que explicou a notação indo-arábica que usamos hoje.
No capítulo XII, ele propôs o seguinte problema, que originou a sequência de Fibonacci:
O que nos interessa apresentar aqui é a sequência de Fibonacci. Por isso, vamos apenas
iniciar a resolução dos primeiros passos do problema.
Observe a figura na qual um coelho grande representa um par de coelhos maduros (fér-
teis) e um coelho pequeno representa um par de coelhos jovens (que não procriam).
• Vamos começar com um par de coelhos jovens.
• Esse par amadurece durante o 1o mês.
• Após o 1o mês, o 1o par dá à luz outro par, assim
ficamos com 2 pares.
• Após o 2o mês, o par maduro dá à luz outro par
jovem, enquanto o par de filhotes amadurece.
Assim ficam 3 pares.
• Após o 3o mês, cada um dos 2 pares maduros dá
à luz outro par, e o par de filhotes amadurece.
Temos agora 5 pares.
• Após o 4o mês, cada um dos 3 pares maduros dá
à luz outro par, e os 2 pares de filhotes crescem.
Agora temos 8 pares.
• Após o 5o mês, temos 1 par de filhotes de cada
um dos 5 pares adultos, mais 3 pares crescendo.
Total: 13 pares.
PARA SABER MAIS
Já podemos observar a sequência de números de Fibonacci: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ...
Dados obtidos em: LIVIO, Mario. Razão áurea. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 116.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
1 Compare a soma de dois números consecutivos da sequência com o número seguinte.
2 Quais são os próximos quatro números da sequência?
3 Com os onze números (n1, n2, n3, n4, ...) da sequência agora conhecidos, calcule a razão de um
número pelo termo anterior com aproximação até a terceira casa após a vírgula. Consulte a
abertura do capítulo e diga de qual número os quocientes obtidos se aproximam.
Espera-se que o aluno obtenha 21, 34,
55 e 89.
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amadurece
procria
n
n
1
2 5 1,000; n
n
2
3 5 2,000; n
n
3
4 5 1,500; n
n
4
5 5 1,667; n
n
5
6 5 1,600; n
n
6
7 5 1,625; n
n
7
8 5 1,615; n
n
8
9 5 1,619;
n
n
9
10 5 1,618; n
n1
10
1 5 1,618. Aproximam-se do número áureo.
Espera-se que o aluno perceba que a soma é igual ao próximo número da sequência.
Agora é com você!
Habilidade trabalhada: (EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e
não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica.
http://www.rc.unesp.br/biosferas/Art0075.html
http://www.rc.unesp.br/biosferas/Art0075.html
http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/artigos/ST-15-TC.pdf
http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/artigos/ST-15-TC.pdf
22
Trabalhando a
informação
A seção trata da análise e
interpretação de textos vei-
culados pela imprensa, que
constituem habilidades es-
senciais para o exercício ple-
no da cidadania.
Explore os elementos desta-
cados na reportagem. Res-
salte a inserção de imagens
e gráficos (entre outros ele-
mentos) tão comum nesses
textos, que também podem
ser usados para comunicar
as informações. Outro ele-
mento frequente nessas no-
tícias são as porcentagens.
Saber interpretá-las e lidar
com elas é outra habilidade
fundamental.
Leia o texto com os alunos e
pergunte: “Por que essa dis-
crepância tão grande entre
os índices porcentuais que
indicam a elevação do preço
das tarifas?”.
Interprete com eles o gráfi-
co de colunas duplas. Como
obter esses “19 pontos
porcentuais acumulados”?
Qual o seu significado? Em
princípio, os alunos podem
pensar em adicionar as por-
centagens de cada órgão e
determinar a diferença. Dei-
xe que eles verifiquem isso,
com o auxílio de uma calcu-
ladora, e observem que não
obtêm a diferença de “19
pontos”.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a
determinação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da educação financeira.
TRABALHANDO A INFORMAÇÃO
Aeroporto Internacional de Guarulhos (São Paulo). (Foto de 2017.)
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22 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Analisando uma reportagem com porcentagens múltiplas
A imprensa independente e livre é muito importante para a construção de uma sociedade de-
mocrática e justa. Porém, esse papel vai além da elaboração e divulgação de matérias jornalísticas.
Ele só se completa quando o receptor compreende a informação.
Essa compreensão se dá com uma leitura atenta de todas as formas que um jornalista usa
para veicular a notícia (texto, foto, ilustração, tabela, gráfico etc.). Além de compará-la com outras
fontes sobre o mesmo tema, é preciso analisar a sua coerência interna, se uma das formas citadas
não contradiz outra.
E a Matemática
ajuda a
compreender uma
notícia de jornal?
Sim. A seguir,
vamos analisar uma
matéria veiculada em
um site da internet.
Ao contrário do que se esperava quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) permitiu que as com-
panhias aéreas passassem a vender passagens que não dão direito a despachar bagagem, o preço das tarifas
tem subido desde que as empresas começaram a adotar a prática. Entre junho e setembro, essa alta chegou a
35,9%, segundo dados da FGV. De acordo com levantamento do IBGE, entretanto, a elevação foi mais mo-
derada, de 16,9%. [...]
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Após cobrança por bagagem, preço das passagens aéreas sobe no País
Título
Texto
De acordo com índice de preços da FGV, tarifas aumentaram 35,9% entre junho e setembro; dados do IBGE
indicam alta de 16,9%; Ministério da Justiça vai averiguar pesquisa da Abear que mostra queda nos valores
Subtítulo
23BIMESTRE 1
Orientações
Reproduza na lousa o cál-
culo de um aumento de
6,9% e de um decréscimo de
15,2%. Discuta com eles a
porcentagem que se obtém
de cada valor inicial em re-
lação ao montante. No caso
do acréscimo, esse montan-
te deve ser uma porcenta-
gem maior do que 100%
(ou na forma decimal, deve
ser maior do que 1). No caso
do decréscimo, o montante
corresponde a uma parte
menor do que o valor inicial,
ou seja, uma porcentagem
menor do que 100% (ou um
valor menor do que 1). Espe-
ra-se que eles compreendam
também que o percentual
negativo indica que houve
um decréscimo.
Desse modo, peça aos alu-
nos que mostrem como ob-
ter o percentual relativo ao
montante de cada mês e re-
gistrá-los na forma decimal,
obtendo os fatores do pro-
duto indicado para fornecer
o percentual acumulado de
junho a setembro. Assim,
no caso do IBGE, eles devem
compreender que:
• em junho houve acréscimo
de 6,9%, ou seja, 0,069,
que significa que deverão
obter índice maior do que
1 (ou um percentualmaior
do que 100%): 1,069;
• em julho houve acréscimo
de 5,7%, o que significa
que também deverão ob-
ter índice maior do que 1,
isto é: 1,057;
• em agosto, o percentual
215,2% indica que houve
um decréscimo de 15,2%,
o que significa que deve-
rão obter índice menor
do que 1, isto é: 0,848
(1 2 0,152);
• em setembro houve acrés-
cimo de 21,9%, o que sig-
nifica que deverão obter
índice maior do que 1, isto
é: 1,219.
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23CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Os números da FGV e do IBGE,
porém, mostram queda apenas em
agosto, de 2,07% e 15,16%, respecti-
vamente. A divergência de 13 pon-
tos porcentuais entre os índices de
agosto revela a complexidade que
as enti dades enfrentam para cal-
cular o preço médio das passagens
e as diferentes metodologias ado-
tadas por cada uma – é também
sobre a metodologia adotada que
o Ministério da Justiça questionou
a Abear. [...]
Como vemos, o próprio texto se encarrega de explicar que há divergência por conta de diferentes
metodologias adotadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). Afora essa questão, podemos analisar se, para cada uma dessas instituições,
a porcentagem total é coerente com as porcentagens parciais.
Por exemplo, o IBGE diz que entre junho e setembro houve uma alta de 16,9%, para as variações
percentuais mensais e sucessivas de 16,9%, 15,7%, 215,2% e 121,9%.
Sabemos que um aumento de 6,9% sobre um valor x leva a um novo valor (montante) igual a
(100% 1 6,9%)x = (106,9%)x = 1,069x
E que um decréscimo de 15,2% sobre um valor y leva a um novo valor (montante) igual a
(100% 2 15,2%)y = (84,8%)y = 0,848y
Para saber a variação referente aos dois primeiros meses, basta multiplicar 1,069 por 1,057 e
temos aproximadamente
1,13 = 1 1 0,13 = 100% 1 13%,
ou seja, as altas sucessivas de 6,9% e 5,7% representam uma alta de 13%.
Logo, para os quatro meses, calculamos:
1,069 8 1,057 8 0,848 8 1,219 = 1,168 = 100% 1 16,8%
Comparando o nosso resultado aproximado 16,8% com o total 16,9% dado no subtítulo, pode-
mos considerar a matéria como sendo coerente.
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Agora quem trabalha é você!
Verifique se há coerência entre o total divulgado pela FGV com as variações entre junho e setembro de
2017. 35,8% é próximo de 35,9%; logo, os dados da FGV são coerentes
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Gráfico Texto
Divergentes
Diferença entre índices de preços de passagens chega a 19 pontos
porcentuais no acumulado de junho a setembro
Fonte: DYNIEWICZ, Luciana. Após cobrança por bagagem, preço das passagens aéreas sobe no País. Estadão,
12 out. 2017. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,apos-cobranca-por-bagagem-
preco-das-passagens-aereas-sobe-no-pais,70002041735>. Acesso em: 05 maio 2018.
FONTES: IBGE E FGV INFOGRÁFICOS/ESTADÃO
Inflação das passagens
IBGE
FGV
EM PORCENTAGEM
6,9 5,7
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO
–15,2
21,9
13,0
8,8
–2,1
12,8
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,apos-cobranca-por-bagagem-preco-das-passagens-aereas-sobe-no-pais,70002041735
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,apos-cobranca-por-bagagem-preco-das-passagens-aereas-sobe-no-pais,70002041735
24
Números quadrados
perfeitos
Retome com os alunos a no-
ção de quadrado perfeito
e a fatoração de números
naturais. Para decidir se um
número é ou não quadrado
perfeito, eles devem com-
preender que o algarismo
das unidades do número
pode dar pistas. Ressalte
que:
12 5 1 62 5 36
22 5 4 72 5 49
32 5 9 82 5 64
42 5 16 92 5 81
52 5 25 102 5 100
Assim, um número quadra-
do perfeito só pode termi-
nar em 1, 4, 9, 6, 5 e zero.
Os quadrados perfeitos com
final:
• 1 se obtêm apenas com ba-
ses terminadas em 1 ou 9
(12 5 1 e 92 5 81);
• 4, apenas com bases termi-
nadas em 2 ou 8 (22 5 4 e
82 5 64);
• 5, apenas com bases termi-
nadas em 5 (52 5 25);
• 6, apenas com bases termi-
nadas em 4 ou 6 (42 5 16 e
62 5 36);
• 9, apenas com bases termi-
nadas em 3 ou 7 (32 5 9 e
72 5 49);
• zero, além do próprio
zero, são potências de
base 10 com expoente par:
100 5 102, 10.000 5 (100)2
etc., ou são produtos de
quadrados perfeitos por
essas potências de base 10:
900 5 9 8 100;
160.000 5 16 8 10.000 etc.
Também é importante reco-
nhecerem os quadrados per-
feitos de 1 a 100: 1, 4, 9, 16,
25, 36, 49, 64, 81 e 100. A
identificação de quadrados
perfeitos ou dos mais próxi-
mos de um número natural
dado é a base para o cálculo
de raízes quadradas.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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24 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
2 Números quadrados perfeitos
Se um número natural é a segunda potência de outro número natural, ele é chamado de
quadrado perfeito. Então, um quadrado perfeito pode ser escrito como quadrado de outro
número natural.
Observe alguns exemplos.
a) 4 é quadrado perfeito, pois 4 5 22.
b) 81 é quadrado perfeito, pois 81 5 92.
O número 32 não é quadrado perfeito, pois ele não é quadrado de nenhum número natural.
Observe que 32 está entre dois quadrados perfeitos:
25 , 32 , 36,
em que 25 5 52, 36 5 62, e entre 5 e 6 não há nenhum número natural.
Assim, é muito simples produzir quadrados perfeitos; basta escolher um número natural
e elevá-lo ao quadrado. Por exemplo, 12 é um número natural; então, 122 5 144, que é um
quadrado perfeito.
Veja o que acontece quando decompomos 12 e 144 em fatores primos.
Observe que 144 tem o dobro de fatores primos de 12:
� 12 tem 2 fatores iguais a 2 e 1 fator igual a 3;
� 144 tem 4 fatores iguais a 2 e 2 fatores iguais a 3.
Podemos verificar se um número é quadrado perfeito decompondo-o em fatores primos e
verificando se a quantidade de cada um desses fatores é par.
Note que todos os expoentes dos fatores são pares. Então, 324 é um quadrado perfeito.
12
6
3
1
2
2
3
2 fatores iguais a 2
1 fator igual a 3
144
72
36
18
9
3
1
2
2
2
2
3
3
4 fatores iguais a 2
2 fatores iguais a 3
O número 324 é
quadrado perfeito?
Vamos verificar. Decompondo 324
em fatores primos, temos:
324 5 22 8 34
324
162
81
27
9
3
1
2
2
3
3
3
3
2 fatores iguais a 2
4 fatores iguais a 3
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25BIMESTRE 1
Orientações
Explore com os alunos a de-
composição em fatores pri-
mos como mais um processo
de reconhecimento de qua-
drados perfeitos, principal-
mente para números maio-
res que 100.
A associação de um núme-
ro quadrado perfeito com
a possibilidade de obter
um quadrado com a mes-
ma quantidade de quadra-
dinhos dá significado ao
aprendizado desse tema.
Forneça malhas quadricula-
das e peça aos alunos que
representem os quadrados
perfeitos de 1 a 100 pelo
respectivo quadrado que
pode ser formado.
Exercícios propostos
O exercício 21, ao propor
aos alunos que imaginem
uma figura e apliquem a
reversibilidade da potencia-
ção, antecipa o cálculo da
raiz quadrada que será visto
a seguir.
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25CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Veja como podemos encontrar o número que gerou o quadrado perfeito 324:
324 5 22 8 34 5 22 8 (32)2 5 (2 8 32)2 5 182
Então, podemos dizer que 324 é quadrado perfeito, porque existe o número natural 18, que
elevado ao quadrado resulta em 324.
Note que 72 tem um número ímpar de fatores iguais a 2. Então, 72 não é um quadrado
perfeito.
Podemos representar geometricamente um número quadrado perfeito. Por exemplo,com
36 quadradinhos iguais é possível formar um quadrado maior, porque 36 é um número qua-
drado perfeito.
E o número 72, é
quadrado perfeito?
Vamos verificar. Decompondo
72 em fatores primos, temos:
ímpar
72 5 23 8 32
72
36
18
9
3
1
2
2
2
3
3
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Veja que, com 8 quadradinhos iguais, não é possível formar um quadrado maior, pois 8 não
é quadrado perfeito.
6 linhas
6 quadradinhos em cada linha
total de quadradinhos: 6 8 6 5 6 2 5 36
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
19 Determine os quadrados perfeitos entre 100
e 200. 121, 144, 169 e 196
20 Efetuando a decomposição em fatores primos,
verifique entre os números a seguir quais são
quadrados perfeitos. alternativas a, c, e, f
21 Com 144 quadradinhos iguais e justapostos,
Fernando pode cons truir um quadrado maior.
Quantos quadradinhos há em cada linha desse
novo quadrado? 12 quadradinhos
a) 225
b) 360
c) 441
d) 480
e) 576
f) 784
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26
Exercícios propostos
No exercício 23, proponha
outros grupos de números:
333, 333, (33)3 e 333.
Nesse caso, nenhum deles é
quadrado perfeito porque
não há como expressá-los
como uma potência de ex-
poente 2:
• 333 tem final 3, logo não é
quadrado perfeito;
• 333 5 (3 8 11)3 não dá para
ser expresso como potên-
cia de expoente 2;
• (33)3 5 39 5 38 8 3 não dá
para ser expresso como po-
tência de expoente 2 por
causa do fator 3;
• 333 5 33 8 11 não dá para ser
expresso como potência de
expoente 2.
Raiz quadrada de
números racionais
não negativos
Estendemos a relação de po-
tências de expoente 2 com a
formação de quadrados para
bases racionais positivas, asso-
ciando agora à noção de área
do quadrado.
Inicialmente, retome com
os alunos o cálculo de raízes
quadradas exatas de núme-
ros inteiros não negativos,
usando como base o que foi
visto anteriormente sobre
os quadrados perfeitos. Por
exemplo:
• 144 é um quadrado perfei-
to porque 122 5 144; então,
podemos dizer que a raiz
quadrada de 144 é 12, isto
é, o número que elevado ao
quadrado resulta em 144 é
o 12.
• 200 não é um quadrado
perfeito (200 5 2 8 100,
mas 2 não é quadrado per-
feito). Isso significa que
não há número natural
que elevado ao quadrado
dê 200, ou seja, 200 não
tem raiz quadrada exata.
• 400 é quadrado perfei-
to, pois é 4 8 100, ou seja,
pode ser expresso por
(2 8 10)2. Isso significa que
o número 20 elevado ao
quadrado resulta em 400;
então, podemos dizer que
a raiz quadrada de 400 é
20, isto é, o número que
elevado ao quadrado re-
sulta em 400 é o 20.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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26 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Com três algarismos iguais a 2, obtemos os
números:
Agora, respondam:
a) Qual é o maior desses números?
b) Quais destes números são quadrados
perfeitos: 222, (22)2 ou 222? Justifiquem a
resposta.
24 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre quadrados
perfeitos. Depois de cada um resolver o pro-
blema elaborado pelo outro, destroquem para
corrigi-los. Resposta pessoal.
22 Com quantos quadradinhos iguais posso cons-
truir um quadrado maior que tenha 8 quadra-
dinhos justapostos em cada linha?
23 Junte-se a um colega e leiam o texto a seguir.
Vamos usar três algarismos iguais para formar
alguns números. A única operação que pode
ser utilizada é a potenciação. Ao usar três al-
garismos iguais a 1, obtemos os números:
3 Raiz quadrada de números racionais
não negativos
Quando calculamos o quadrado de um número natural, estamos determinando um número
quadrado perfeito. Por exemplo:
152 5 225
Nesse caso, podemos dizer:
� 225 é o quadrado de 15;
� 15 é a raiz quadrada de 225, que indicamos da seguinte maneira: 15 5 225
Isso ocorre com qualquer número racional não negativo. Observe alguns exemplos.
b) ,1 44 5 1,2, pois (1,2)2 5 1,44
c) 132 5 169; então, 13 5 169
222 222
222^22h2
LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO!
a) 5
2
25
4
5
2
e o 25
4 é o quadrado de 5
2
5
2 é a raiz quadrada de 25
4 , isto é, 25
4
5
2
5
É fácil verificar que o maior desses números
é 111, pois (11)1 5 11 5 1; 111 5 11 e 111 5 1.
111
111
^11h1
111
Da mesma maneira que representamos os números quadrados perfeitos pela quanti dade de
quadradinhos que formam um quadrado maior, também podemos relacionar o quadrado de um
número racional não negativo à área de uma região quadrada cujo lado tem a medida repre-
sentada por esse número (em determinada unidade de medida).
64 quadradinhos
222 5 4.194.304
Todos, pois 222 5 (211)2, (22)2 5 24
e 222 já está na forma de quadrado perfeito.
27BIMESTRE 1
Orientações
Para o cálculo de raiz qua-
drada, podemos usar o
procedimento de situar o
número dado entre quadra-
dos perfeitos terminados
em zero (para facilitar) e
descobrir possibilidades de
números para serem as raí-
zes. Calculando o quadrado
dessas possíveis raízes, com-
provamos qual é o número
procurado, caso ele exista
(ou seja, se a raiz quadrada
for exata). Por exemplo:
• Qual é a raiz quadrada de
576? O problema se resu-
me a procurar um número
que elevado ao quadrado
dê 576.
Vamos situar o 576 entre
dois quadrados perfeitos
(terminados em zeros para
facilitar):
400 , 576 , 900
^ ^
202 302
Então, se a raiz quadrada
de 576 for exata, ela é um
número entre 20 e 30. Mas
como 576 tem final 6, as
únicas possibilidades de isso
ocorrer é termos bases com
final 4 ou 6, isto é, temos
as possibilidades 24 ou 26.
Como 400 é mais próximo
de 576, vamos testar primei-
ro o 24: 24 8 24 5 576. Pode-
mos concluir que 24 elevado
ao quadrado dá 576, isto é,
a raiz quadrada de 576 é 24.
Comente com os alunos
que, caso a raiz quadrada
procurada seja de um núme-
ro racional positivo expresso
na forma de fração, pode-
mos trabalhar com o nume-
rador e o denominador se-
paradamente para depois
montar a fração que será a
raiz quadrada procurada. Se
esse número racional estiver
expresso na forma decimal,
fazemos sua representação
na forma de fração e segui-
mos o que já foi exposto.
Sugestão de leitura
Sugerimos o vídeo a seguir para ampliar esse procedimento:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/calculando-raiz-quadrada-um-numero.htm>. Acesso em: 20 ago. 2018.
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27CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Uma região quadrada com área igual a 144 m2 tem o lado medindo
12 m, pois 122 5 144.
Então, 12 5 144 .
Assim, para encontrar a medida c do lado de um quadrado, sabendo
que sua área é A, basta encontrar a raiz quadrada de A.
c 5 A , pois c2 5 A
Acompanhe as situações a seguir.
� No estudo que faremos, vamos sempre nos referir à área da região poligonal simplesmente
por área do polígono. Por exemplo, a área de uma região quadrada será denominada área do
quadrado.
Observação
Situação 1
A área de uma plantação, que tem a forma de um qua-
drado, é 256 m2. Para determinar a medida do lado dessa
plantação, temos de encontrar 256 , pois c2 5 256.
Como o número c gera o quadrado perfeito 256, ele
pode ser encontrado ao decompor 256 em fatores primos.
Assim, podemos escrever:
Portanto, o lado da plantação mede 16 m.
256 5 28 5 (24)2 5 162
c
Situação 2
1 4 4 m2
1 2 m
Cálculo da raiz quadrada pela decomposição
em fatores primos
Já vimos que, para identificar um número quadradoperfeito, verificamos se ele tem uma
quantidade par de cada um de seus fatores primos.
Isso também nos permite encontrar o número que gerou o quadrado perfeito. Esse número
gerador é a raiz quadrada do quadrado perfeito dado.
Veja um exemplo.
225 é quadrado perfeito, pois 225 5 32 8 52 5 (3 8 5)2 5 152
número par de fatores
Então, 225 5 152 e, portanto, 15 5 225 .
Esse procedimento constitui um meio de determinar a raiz quadrada de um número qua-
drado perfeito.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/calculando-raiz-quadrada-um-numero.htm
28
Orientações
Apresente o procedimento
da decomposição em fatores
primos como outro modo
de determinar as raízes qua-
dradas exatas de números
racionais envolvidos. Por
exemplo:
• 12
1 5 ?
Veja que 1 5 12 e 25 5 52.
Assim, podemos concluir
que 1
25
5 5
1 2` j . Logo:
25
1 5 1
5
• ,0 2116 5 ?
Como o número racional
está na forma decimal, va-
mos expressá-lo na forma de
fração:
0,2116 5 2.116
10.000
. Assim,
precisamos procurar o nú-
mero que elevado ao qua-
drado resulta em 2.116
10.000
.
Sabemos que 10.000 5 (100)2.
Então, precisamos decom-
por o número 2.116 como
fatores primos e expressá-lo
com uma potência de expo-
ente 2, se possível.
2.116 5 4 8 529 5 4 8 23 8 23 5
5 2.116 5 22 8 232 5
5 (2 8 23)2 5 462
Fazendo a verificação, te-
mos:
46 8 46 5 2.116 (pode ser fei-
to na calculadora)
Sendo assim, podemos con-
cluir que 2.116
10.000
5 100
46 2
c m .
Logo:
,0 2116 5 .
.
10 000
2 116 5
5 46
100
5 0,46
Fazendo a verificação final:
0,46 8 0,46 5 0,2116 (pode
ser feito na calculadora)
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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28 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Agora, para dar mais um exemplo, vamos determinar 576 . Ao decompor 576 em fatores
primos, obtemos:
576 5 26 8 32 5 (23 8 31)2 5 242
Como 576 5 242, concluímos que 576 5 24.
Observe que 24 decomposto em fatores primos (24 5 23 8 31) apresenta metade dos fatores
primos de 576.
Assim, de modo prático, podemos dizer
que, para extrair a raiz quadrada de números
quadrados perfeitos, primeiro decompomos
o número em fatores primos; em seguida,
dividimos cada expoente por 2; e, finalmente,
efetuamos a multiplicação obtida.
Veja mais alguns exemplos.
a) 8 8
625
36
5
2 3
5
2 3
25
6
5 55 4
2 2
2
b) 8 8
8 88, . ,12 96 100
1 296
2 5
2 3
2 5
2 3
10
4 9
10
36 3 65 5 5 5 5 52 2
4 4 2 2
Nesse caso,
decompomos o numerador
e o denominador em
fatores primos e, em
seguida, calculamos a raiz
quadrada de cada um deles.
E para calcular
a raiz quadrada
de números
fracionários?
26 Extraia a raiz quadrada de cada número a
seguir pela decomposição em fatores primos.
a) 256 16 d) 729 27
b) 196 14 e) 1.600 40
c) 484 22 f) 1.024 32
25 Justifique cada igualdade abaixo.
a) ,0 64 5 0,8 (0,8)2 5 0,64
b) 82 30 21 5 25 8 3 (25 8 3)2 5 210 8 32
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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27 (Unirio-RJ) O valor de
15 32 25 812 1 2 é: alternativa c
a) 1. c) 3. e) 5.
b) 2. d) 4.
28 Um paliteiro de base quadrada tem a forma da
figura abaixo. Sabendo que a soma das áreas
das faces laterais do paliteiro é igual a 162 cm2
e que a área de todas as faces é 202,5 cm2,
determine a medida a do lado da base desse
paliteiro. a 5 4,5 cm
a
Dizemos “extrair a raiz
quadrada” porque, nesse
procedimento, é como se
extraíssemos do radical as
bases das potências com
expoente dois.
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29BIMESTRE 1
Exercícios propostos
O exercício 27 pode ser feito
em duplas, pois a troca de
experiências aumenta o re-
pertório de estratégias dos
alunos. Comente que devem
resolver primeiro as raízes
quadradas. Assim, devem
começar por 81 :
15 32 25 812 1 2 5
15 32 25 95 2 1 2 5
15 32 165 2 1 5
15 32 45 2 1 5
15 365 2 5
15 65 2 5
5 9 5 3 (alternativa c)
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29CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
30 Ivan vai construir uma pipa colorida na forma
de quadrado. Para isso, ele recortou um qua-
drado de papel azul com área igual a 2.500 cm2,
três quadrados de papel amarelo de área igual
a 900 cm2 cada um, e dois retângulos de papel
vermelho de 20 cm por 30 cm. Qual será a
medida do lado dessa pipa? 80 cm
29 Usando a decomposição em fatores primos,
calcule a raiz quadrada de:
a)
576
25 ;
24
5 c)
.1 225
64 ;
35
8
b) 0,01; 0,1 d) 19,36. 4,4 N
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31 O piso de um salão na forma de um quadrado
é coberto com 10.800 lajotas retangulares de
40 cm por 30 cm. Determine:
a) a área do salão; 1.296 m2
b) as dimensões do salão. 36 m por 36 m
LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO!
Raiz quadrada aproximada
Os números quadrados perfeitos têm como raiz quadrada um número natural que ele va do
ao quadrado reproduz o número dado.
Veja o que acontece quando queremos extrair a raiz quadrada de um número que não é
quadrado perfeito. Para exemplificar, vamos calcular a raiz quadrada do número 31.
O número 31 está compreendido entre os números quadrados perfeitos 25 e 36.
25 , 31 , 36
Então, 31 deve estar compreendida entre 25 e 36 .
25 31 36, ,
Como 25 5 5 e 36 5 6, temos:
5 31 6, ,
Dizemos, então, que:
� 5 é a raiz quadrada aproximada por falta, a menos de uma unidade, do número 31;
� 6 é a raiz quadrada aproximada por excesso, a menos de uma unidade, do número 31.
Em geral, considera-se raiz quadrada aproximada de um número não quadrado perfeito a raiz
quadrada aproximada por falta, a menos de uma unidade. Indica-se que 5 é a raiz quadrada
aproximada por falta de 31, escrevendo-se:
31 57
(Lemos: “a raiz quadrada do número trinta e um é aproximadamente igual a cinco”.)
32 Considerando o número 110, responda.
a) Entre quais números quadrados perfeitos ele está compreendido? 100 e 121
b) A raiz quadrada desse número está com preendida entre quais números naturais? 10 e 11
c) Qual é a raiz quadrada por falta, a menos de uma unidade? 10
30
Exercícios propostos
O exercício 35, além do uso
da calculadora, tem como
objetivo o experimento da
estimativa.
Apresentar métodos dife-
rentes para fazer cálculos ou
resolver problemas é uma
estratégia enriquecedora.
Sugestão de leitura
Para um procedimento diferente que
pode ser trabalhado com os alunos,
veja o site:
<https://waldexifba.wordpress.
com/material-de-apoio/ensino-
medio/potenciacao-e-radiciacao/
ca l cu lo -de- ra i zes -quadradas -
aproximadas/>. Acesso em: 20 ago.
2018.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
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30 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Raiz quadrada com aproximação decimal
A seguir, vamos aprender a calcular a raiz quadrada de um número que não é quadrado
perfeito com aproximação decimal.
Como exemplo, vamos considerar o número 2. Qual é o número racional que elevado ao
quadrado resulta em 2? Veja.
1 não pode ser, pois 12 5 1
2 não pode ser, pois 22 5 4
Dessa forma, 2 é um número compreendido entre 1 e 2 1 2 2, ,` j.
Como não existe nenhum número inteirocujo quadrado dê 2, dizemos que 1 é a raiz qua-
drada aproximada do número 2.
Vamos procurar um número com uma casa decimal cujo quadrado seja mais próximo de 2.
(1,1)2 5 1,21 , 2
(1,2)2 5 1,44 , 2
(1,3)2 5 1,69 , 2
(1,4)2 5 1,96 , 2
(1,5)2 5 2,25 . 2
33 Qual é o menor número natural que deve-
mos subtrair de 640 para obter um número
quadrado perfeito? E qual é a raiz quadrada
aproximada de 640 por falta, a menos de uma
unidade? 15; 25
34 No século XX, qual foi o único ano represen-
tado por um número quadrado perfeito? E no
século XXI, qual será o ano? 1936; 2025
Como também não existe número com uma casa decimal cujo quadrado seja igual a 2,
concluímos que 2 é um número compreendido entre 1,4 e 1,5.
Nesse caso, dizemos que a raiz quadrada aproximada do número 2 com uma casa decimal
é igual a 1,4 e escrevemos 2 7 1,4.
35 Faça estimativas para obter o valor aproxi-
mado de:
a) 51 q 7
b) 50 8 51 q 350
c) 200 8 51 q 1.400
Como você pode comprovar os resultados que
obteve? resposta possível:
com uma calculadora
LEMBRE-SE: NÃO ESCREVA NO LIVRO!
21
2
1 < < 22
21
2
1 , 4 1 , 5
1, 4 , , 1 , 52
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
https://waldexifba.wordpress.com/material-de-apoio/ensino-medio/potenciacao-e-radiciacao/calculo-de-raizes-quadradas-aproximadas/
31BIMESTRE 1
Orientações
Reproduza os exemplos na
lousa, destacando as etapas
com os alunos. Verifique se
eles compreendem os passos
de cada etapa.
Amplie o trabalho propon-
do outros exemplos. Depois,
peça a alguns alunos que ve-
nham à lousa mostrar o pro-
cedimento que utilizaram.
Incentive o uso de estraté-
gias próprias e a descrição
do processo.
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31CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Vamos tentar uma aproximação maior, com duas casas decimais, para 2 .
(1,41)2 5 1,9881 , 2
(1,42)2 5 2,0164 . 2
Logo, 2 é um número compreendido entre 1,41 e 1,42.
Então, podemos dizer que a raiz quadrada aproximada do número 2 com duas casas deci-
mais é igual a 1,41 e escrevemos 2 7 1,41.
Se prosseguirmos, encontraremos a raiz quadrada aproximada de 2 com quantas casas
decimais desejarmos, sem, entretanto, encontrar um número decimal cujo quadrado dê 2.
Veja outros exemplos.
a) Calcule a raiz quadrada do número 58 com duas casas decimais.
Assim, a raiz quadrada de 58 com duas casas decimais é 7,61. Escrevemos 58 7 7,61.
7 é a raiz quadrada aproximada de 58.
7,6 é a raiz quadrada aproximada com uma casa decimal do número 58.
21
1 , 4 1 1 , 4 2
2
1, 41 , , 1 , 4 22
72 5 49 , 58
82 5 64 . 58
Então, 7 , 58 , 8.
(7,61)2 5 57,9121 , 58
(7,62)2 5 58,0644 . 58
Então, 7,61 , 58 , 7,62.
(7,1)2 5 50,41 , 58
(7,2)2 5 51,84 , 58
(7,5)2 5 56,25 , 58
(7,6)2 5 57,76 , 58
(7,7)2 5 59,29 . 58
Então, 7,6 , 58 , 7,7.
b) Calcule a raiz quadrada do número 7,2 com uma casa decimal.
O número 7,2 está compreendido entre os quadrados perfeitos 4 e 9. Então:
,4 7 2 9, , , ou seja, 2 , ,7 2 , 3
A raiz quadrada de 7,2 é um número compreendido entre 2 e 3.
Vamos começar testando 2,5.
(2,5)2 5 6,25 , 7,2
(2,6)2 5 6,76 , 7,2
(2,7)2 5 7,29 . 7,2
Assim, a raiz quadrada do número 7,2 com uma casa decimal é 2,6. Escrevemos ,7 2 7 2,6.
32
Exercícios propostos
Neste bloco, espera-se que
os alunos mobilizem os co-
nhecimentos construídos
acerca de raiz quadrada
aproximada. Ele pode ser
proposto para os alunos re-
solverem em duplas. Sociali-
ze as diferentes estratégias
que surgirem.
Os exercícios 41 e 42 pro-
põem o udo da calculadora
como instrumento de pes-
quisa e de validação de re-
sultados.
Pense mais um
pouco...
Nesta seção, incentive os
alunos a obterem o resul-
tado apenas com base na
observação da igualdade
informada, sem efetuar ou-
tros cálculos. Espera-se que
eles percebam (mentalmen-
te) que:
• como 745,29 5 74.529
100
e
.74 529 5 273, temos
que: ,745 29 5 273
10
5
5 27,3
• como 7.452.900 5 74.529 8
8 100 e .74 529 5 273,
temos que: . .7 452 900 5
5 273 8 10 5 2.730
Números irracionais e
números reais
Ainda nesta página, inicia-
mos a apresentação dos nú-
meros irracionais, por meio
da análise da forma decimal
de números com vírgula que
não sejam dízimas periódicas.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
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32 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
36 Verifique se 1,7 pode ser considerado uma raiz
aproximada de 3. sim
37 Entre os números 3,87 e 3,88, qual deles se
aproxima mais de 15 ? 3,87
38 Qual é o número com uma casa decimal que
representa a raiz quadrada aproximada de 265?
16,2
39 Calcule a raiz quadrada aproximada com uma
casa decimal de:
a) 572 23,9 c) 42,55 6,5
b) 28,19 5,3 d) 12,6 3,5
40 Com uma calculadora, encontre a raiz quadra-
da aproximada com duas casas decimais de:
a) 88 9,38 b) .8 800 93,80
41 Com uma calculadora, mas sem usar a tecla
, encontre a raiz quadrada aproximada com
duas casas decimais:
a) 410 20,24
b) .1 715 41,41
c) .1 999 44,71
d) .3 500 59,16
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
4 Números irracionais e números reais
Considere o número 0,101112…
Observando a formação desse número, vamos supor que podemos dar continuidade à
sua parte decimal do seguinte modo: 0,10111213…; 0,1011121314…; e assim por diante.
Como a representação decimal desse número tem infinitas casas decimais e não é pe rió-
di ca, não podemos obter sua forma de fração; logo, esse número não é racional.
Imagine que, para continuar escrevendo esse número, devemos acrescentar sempre um
algarismo 5 aos grupos de 5 separados por 2:
0,525525552555525555525555552...
seis cincos
cinco cincos
42 Agora, usando a tecla da calculadora,
determine as raízes quadradas do exercício
anterior e verifique se os resultados obtidos
nele estão de acordo com os novos resultados.
c) . .6 000 000 e) .1 000 31,62
d) 6 2,44 f) .100 000 316,22
2.449,48
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Pense mais um pouco...
Sabendo que 2732 = 74.529, calcule:
a) ,745 29 27,3 b) . .7 452 900 2.730
quatro cincos
três cincos
dois cincos
um cinco
Agora, veja este outro número: 0,52552555255552...
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33BIMESTRE 1
Orientações
Ressalte aos alunos que o
conjunto dos números reais
é composto de todos os nú-
meros racionais (incluindo-se
aí todos os números inteiros)
e por todos os números irra-
cionais. Por isso, não há nú-
mero racional que não seja
número real, assim como
não há número irracional
que não seja número real;
então todo número real ou
é um número racional ou é
um número irracional.
Para ampliar esse assun-
to, trabalhe com os alunos
questões deste tipo:
• Cite um número inteiro
que seja real e outro que
não seja número real.
Espera-se que os alunos
percebam que qualquer
número inteiro será um
número real e que nãohá
número inteiro que não
seja também número real.
• Cite um número real que
não seja inteiro. Neste
caso, espera-se que os
alunos percebam que há
“muitos” números reais
que não são inteiros. Po-
dem considerar qualquer
número racional não in-
teiro (como 0,5 por exem-
plo) ou qualquer número
irracional (como 5 , por
exemplo).
• Cite um número real que
não seja inteiro nem racio-
nal. Neste caso, os alunos
devem perceber que somen-
te os números irracionais sa-
tisfazem essa condição.
• Cite um número real que
não seja racional mas seja
inteiro. Espera-se aqui que
eles percebam que não
existe um número real nes-
sas condições, já que todo
número inteiro é também
número racional.
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33CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
A representação desse número também não é decimal exata nem periódica. Portanto, esse
número não pode ser escrito na forma de fração. Logo, não é um número racional.
Com esses exemplos, percebemos que existem números que não são representados nem
por uma forma decimal exata (com um número finito de casas decimais), nem por uma dízima
periódica. Portanto, não podem ser escritos na forma de fração, isto é, na forma
b
a com a e b
inteiros e b i 0; logo, não são números racionais. Esse tipo de número é chamado de número
irracional.
Agora, veja a representação decimal dos números 2 e 3 com sete casas decimais.
2 7 1,4142135 e 3 7 1,7320508
Por maior que seja o número de casas decimais usadas para representar esses números,
nunca vamos encontrar para eles uma representação decimal exata ou periódica. Portanto,
não há frações que os representem. Por isso, dizemos que 2 e 3 são números irracionais.
Também é irracional toda raiz quadrada de um número natural que não seja quadrado perfeito,
assim como toda raiz quadrada de fração positiva irredutível cujo numerador e denominador
não seja quadrado perfeito.
Além do número π, que já conhecemos do cálculo do comprimento da circunferência, e do
número ò, visto na abertura deste capítulo, também são irracionais raízes cúbicas, quartas,
quintas etc. cujos radicandos não podem ser escritos como potências de expoentes respec-
tivamente iguais a três, a quatro, a cinco etc.
Como exemplo de números irracionais, temos:
, , , , ,5 6 8
10
3 2 93 5
A união do conjunto dos números racionais (no qual estão contidos o conjunto dos números
naturais e o conjunto dos números inteiros) com o conjunto dos números irracionais forma um
novo conjunto chamado conjunto dos números reais, representado por R.
5 Reta real
Já vimos como representar números inteiros em uma reta.
025 24 23 22 21 1 2 3 4
20 , 5 021 1 1 , 51
8
— 1
4
— 1
2
—
Da mesma forma, vimos como representar números racionais em uma reta. Na reta abaixo,
repre sen ta mos alguns números racionais.
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34
Orientações
A completude da reta real
precisa ser compreendida
pelos alunos. Trace uma reta
numérica na lousa e pergun-
te: “Associando cada núme-
ro natural a um ponto dessa
reta, sobram pontos sem as-
sociação?”. Espera-se que os
alunos percebam que sim,
pois há os números inteiros
negativos que também po-
dem ser associados a pon-
tos da reta numérica e não
estão contemplados no con-
junto dos números naturais.
Localize alguns números
inteiros negativos na reta
numérica desenhada e per-
gunte: “Associando cada
número inteiro (o zero, os
positivos e os negativos) a
um ponto dessa reta, so-
bram pontos sem associa-
ção?”. Nesse caso, eles po-
dem perceber que sim ao
recordar que também asso-
ciamos os números racionais
não inteiros (como 1,5 e
20,5) a pontos da reta nu-
mérica e esses números não
estão contemplados no con-
junto dos números inteiros.
Localize, então, alguns nú-
meros racionais não intei-
ros (na forma de fração e
na forma decimal) para que
eles percebam que a reta
numérica não estava com-
pleta e pergunte: “E agora,
associando cada número
racional (inteiros e não in-
teiros) a um ponto dessa
reta, sobram pontos sem
associação?”. Como sabem
da existência dos números
irracionais (como o caso de
2 ), devem intuir que esses
números têm pontos da reta
numérica associados a eles.
Comente que os “buracos”
na reta numérica ao repre-
sentarmos todos os núme-
ros racionais são totalmente
preenchidos quando faze-
mos a representação dos nú-
meros irracionais. Por isso,
essa reta numérica completa
será chamada de reta real.
Isso ficará mais evidente
quando os alunos verificarem
a localização exata dos nú-
meros irracionais dados por
raízes quadradas não exatas
de números racionais positi-
vos, que veremos a seguir.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e
não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
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34 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
Vamos representar na reta real o número irracional 2 .
Já vimos que 2 é um número que está entre 1,4 e 1,5; logo, sua localização aproximada
na reta real é:
Assim, sabendo a aproximação decimal de uma raiz quadrada não exata, podemos deter-
minar sua posição aproximada na reta real.
Localização exata de alguns números irracionais
na reta real
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22 21 2
1 , 51 , 4
10
2
Observação
� Qualquer ponto da reta real tem um único número real correspondente e todo
número real tem um único ponto correspondente na reta.
ca
te
to
hipotenusa
cateto
Os triângulos retângulos têm uma propriedade muito especial: com quadrados construídos
sobre os catetos, sempre é possível construir quadrado sobre a hipotenusa.
A representação de todos os números racionais e irracionais, isto é,
dos números reais, preenche a reta numérica. A essa reta chamamos
de reta real.
O teorema que estudaremos a seguir vai nos ajudar a determinar a posição exata de 2 e
de outros números irracionais na reta real.
Você já sabe que o triângulo retângulo é aquele que tem um ângulo interno reto. O maior
lado desse triângulo é chamado de hipotenusa, e os demais, de catetos.
Como sabemos, é impossível representar todos eles, pois, entre dois números racionais,
existe uma infinidade de outros números racionais. Mesmo que isso fosse possível, os pontos
que representariam esses números não seriam suficientes para cobrir toda a reta numérica.
Faltariam ainda os pontos correspondentes aos números irracionais para completá-la.
35BIMESTRE 1
Orientações
Apresentamos de maneira
informal e lúdica o teorema
de Pitágoras.
Providencie modelos das pe-
ças que montam o quadrado
sobre a hipotenusa. Reúna
os alunos em duplas e pro-
ponha a atividade antes de
mostrar a solução apresen-
tada no livro do estudante.
Destaque os elementos de
um triângulo retângulo:
• ângulo interno reto com
lados chamados de cate-
tos;
• o lado maior, oposto ao ân-
gulo reto, é a hipotenusa.
Depois de concluírem a
montagem do quadrado so-
bre a hipotenusa, combine
com os alunos que o triân-
gulo retângulo usado para o
“quebra-cabeça” tem cateto
menor medindo c, cateto
maior medindo b e hipote-
nusa medindo a. Então, per-
gunte:
• Quanto mede o lado do
quadrado roxo, colocado
sobre o cateto menor? E o
lado do quadrado verde, so-
bre o outro cateto?
Espera-se que os alunos
identifiquem a medida do
lado de cada quadrado com
a respectiva medida do ca-
teto onde foram colocados.
Assim, o quadrado roxo tem
lado de medida c (e área
c2), e o quadrado verde tem
lado de medida b (e área b2).
• Quanto mede o lado do
quadrado montado sobre
a hipotenusa?
Os alunos devem identificar
que o lado dessequadrado
tem mesma medida que a
hipotenusa do triângulo, ou
seja, mede a e tem área a2.
• O que podemos dizer sobre
a área do quadrado mon-
tado sobre a hipotenusa?
Espera-se que eles percebam
que, como esse quadrado
foi montado com peças dos
quadrados roxo e verde, a
área do quadrado maior
deve ser a soma das áreas
dos quadrados roxo e verde,
ou seja: b2 1 c2 5 a2.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem segmentos de reta cujo
comprimento não é expresso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de um triângulo, quando
se toma a medida de cada lado como unidade).
(EF09MA13) Demonstrar relações métricas do triângulo retângulo, entre elas o teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a
semelhança de triângulos.
(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo
retas paralelas cortadas por secantes.
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35CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Note que a área do quadrado formado sobre a
hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados
construídos sobre os catetos.
Então, ao indicar por c e b as medidas dos catetos
e por a a medida da hipotenusa, podemos escrever:
Essa relação, chamada de teorema de Pitágoras,
vale para qualquer triângulo retângulo e será usada
para determinar a posição de alguns números irracio-
nais na reta real.
Área de cada
quadrado construído
sobre os catetos.
Área do quadrado
construído sobre
a hipotenusa.
a 2 5 b 2 1 c 2
2
1
3
4
5
1
2 3
5
4
a
b
c
Na primeira figura a seguir, temos um quadrado (pintado de roxo) sobre um cateto e outro
(pintado de verde) sobre outro cateto. Vamos decompô-los de modo conveniente para formar
um quadrado sobre a hipotenusa. Observe.
36
Orientações
Se julgar necessário, relem-
bre a construção de uma
reta perpendicular a uma
reta dada passando por um
ponto dessa reta. Depois,
reproduza a construção do
segmento de medida 2 na
lousa, pedindo aos alunos
que justifiquem cada pas-
so. Por exemplo, pergunte
o que garante que o tercei-
ro lado do triângulo mede
2 , quando tomamos 1
como medida dos dois la-
dos perpendiculares desse
triângulo. Espera-se que os
alunos citem a relação tra-
balhada anteriormente, co-
nhecida como teorema de
Pitágoras.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem
segmentos de reta cujo comprimento não é expresso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de
um triângulo, quando se toma a medida de cada lado como unidade).
(EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e não periódica, e estimar
a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo
retas paralelas cortadas por secantes.
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36 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
O valor procurado é um número positivo que elevado ao quadrado resulta em 2. Esse nú-
mero é 2 . Logo: a 5 2 .
Então, para representar 2 na reta, basta construir um triângulo retângulo de catetos
medindo 1 unidade e transferir a medida da hipotenusa para a reta. Veja.
3. Com centro em O e abertu-
ra OB, marcamos o ponto C.
1. Por A, traçamos BA r= ,
tal que BA 5 1.
2. Unimos O com B e obte-
mos OB 5 2 .
1
1
O A r
B
r
1
1
O A
B
rA
1
1
B
C
2
2
2
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Por exemplo, se quisermos representar 2
na reta real, construímos um triângulo retângulo
com a hipotenusa medindo 2 . Observe.
1
1
a
a2 5 b2 1 c2
a2 5 12 1 12
a2 5 1 1 1
a2 5 2
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Agora, vamos representar 3 na reta numérica. Para isso, basta construir um triângulo
retângulo de catetos 2 e 1. A hipotenusa medirá 3 unidades de comprimento.
1
y
2
y 2 5 2
2` j 1 12
y 2 5 3
y 5 3
Aproveitando o segmento que representa 2 , construímos na reta numérica o segmento
que mede 3 .
Na calculadora, obtemos 3 q 1,73. Repare que 3 fica entre 2 e o ponto médio do seg-
mento de extremos 1 e 2.
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1 1
– 1 10 2
2
2
3
3
Basta transportar
sobre a reta para a
esquerda, a partir
do zero, o segmento
que mede 3 .
Como eu faço
para encontrar o
– 3 na reta?
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37BIMESTRE 1
Exercícios propostos
Possível figura para o exer-
cício 44.
1
0 1 2 5√
Para o exercício 48:
• construção de 20 u: triân-
gulo retângulo de catetos
medindo 4 u e 2 u, e hipo-
tenusa 20 u;
4 u
2 u
20 u√
• construção de 27 u: triân-
gulo retângulo de catetos
5 u e 1 u, hipotenusa 26
u; triângulo retângulo de
catetos 26 u e 1 u, hipo-
tenusa 27 u.
5 u
1 u
26 u√
27 u√
• retângulo de 20 u por
27 u:
20 u√
27 u√
• construção de 3 u: triân-
gulo retângulo de catetos
1 u e 1 u; triângulo retân-
gulo de catetos 2 u e 1 u:
1 u
1 u 2 u√ 3 u√
• construção de 5 u: análoga ao
exercício 44.
• retângulo de 2 5 u por 3 3 u.
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3 u3√
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37CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) Encontre o valor de x. 17
b) Esse número é racional ou irracional?
c) Usando uma calculadora, represente esse
número na forma decimal aproximada, com
duas casas decimais. 4,12
b) irracional
45 Considere o triângulo retângulo abaixo, cujas
medidas dos lados estão indicadas em uma
mesma unidade de comprimento.
4
1
x
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46 Na figura abaixo, foi representado o número
10 na reta numérica. Explique por que essa
construção está correta. Resposta pessoal.
0 21 3
O
A
1
B C
1 0
a) Qual é o número irracional que representa
o comprimento desse escorregador? 13
b) Qual é o comprimento aproximado desse
escorregador em centímetro? 360 cm
48 Com régua e compasso, trace um segmento
de 20u e outro de 27u, sendo u 5 2 cm.
Construa um retângulo que tenha essas me-
didas. Construa outro retângu lo que tenha
por medidas 2 5 u e 3 3 u. Por sobreposição,
compare as áreas dos retângulos encontrados e
compare os produtos 20 8 27 e 52 8 33 .
construção de �gura; os produtos são iguais
47 A figura abaixo representa um escorregador
cujo comprimento, em metro, foi indicado
por x.
2 m
3 m
x
43 Escreva o número irracional que está repre-
sentado na reta pela letra m.
2 2
021
1
m
44 Construa, com auxílio de régua e compasso,
um triângulo retângulo com um cateto de
2 unidades de comprimento sobre uma reta
numérica e outro cateto de 1 unidade de com-
primento. Determine a medida da hipotenusa
desse triângulo e localize na reta numérica o
número que expressa a medida da hipotenusa
desse triângulo. 5 ; construção de �gura
Espiral de Teodoro, Pitágoras ou Einstein
Uma das mais famosas espirais, construída
com triângulos retângulos, é conhecida pelos
nomes de três grandes personalidades: Teodo-
ro de Cirene, Pitágoras e Albert Einstein.
Sua construção tem início com um
triângulo retângulo isósceles com catetos
de 1 unidade, prossegue com outros triân-
gulos retângulos que têm um cateto de 1
unidade e outro cateto com a medida da
hipotenusa do triângulo anterior. Com ela,
obtemos segmentosde medidas iguais a
, , , , ,2 3 4 2 5 65 ...
Veja como fica a construção de uma des-
sas espirais até 17 .
PARA SABER MAIS
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38
Agora é com você!
Veja a seguir uma possível
figura para a questão desta
seção:
3
u
1 u
1
11
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1
1
1
1
9√
8√
7√
6√
5√
4√ 3√
2√
1√
Exercícios
complementares
Este bloco de exercícios ex-
plora os principais concei-
tos estudados no capítulo.
Espera-se que os alunos mo-
bilizem os conhecimentos
construídos, percebendo se
ainda têm alguma dificul-
dade.
Uma possível figura para o
exercício 14 é a que segue:
1
0
2
22
2
5
5 29√52√
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Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja
representação decimal é infinita e não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo
retas paralelas cortadas por secantes.
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38 CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
1 Identifique as sentenças falsas e dê um exem-
plo para justificá-las.
a) Todo número inteiro é natural.
b) Todo número racional é inteiro.
c) Todo número racional é real.
d) Todo número irracional é real.
2 Considere A 5 3
2 2 ,1 4 e B 5 0,7 2 0,777...
Determine A 9 B. 10
3 Dadas as dízimas periódicas 2,555… e 0,222…,
determine:
a) a soma delas, escrevendo o resultado na
forma abreviada; ,2 7
b) o produto delas, escrevendo o resultado na
forma de fração.
81
46
4 Justifique por que ,4 84 5 2,2. (2,2)2 5 4,84
6 Qual é o menor número pelo qual devemos
multiplicar 25 8 34 8 53 8 7 para obter um núme-
ro natural que seja quadrado perfeito? 595
7 Sendo A 5 33 8 5 8 7 e B 5 3 8 5 8 7, calcule a
raiz quadrada de A 8 B. 315
8 Um terreno tem a forma de um quadrado, e sua
área é igual a 231,04 m2. Calcule o perímetro
desse terreno. 60,8 m
9 (PUC-RJ) O valor de , ...2 777 é:
a) 1,2. d) um número entre 2
1 e 1.
b) 1,666... e) 3,49.
c) 1,5.
alternativa b
10 (PUC-RJ) O valor de
, ...
, ...
0 111
1 777
é:
a) 4,444... c) 4,777... e) 3
4 .
b) 4. d) 3.
alternativa b
a) Falsa, 21 não é natural.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1. b) Falsa,
2
1 não é número inteiro.
5 Sendo x 5 28 8 52, calcule a raiz quadrada de x.
80
11 Os catetos de um triângulo retângulo medem
12 cm e 5 cm.
a) Calcule a medida da hipotenusa. 13 cm
b) Essa medida é um número racional ou irra-
cional? racional
12 Os catetos de um triângulo retângulo medem
6 cm e 2 cm.
a) Calcule a medida da hipotenusa. 40 cm
b) Essa medida é um número racional ou irra-
cional? irracional
c) Determine a medida da hipotenusa com
uma casa decimal. 6,3 cm
13 Qual número irracional está representado na
reta pela letra a? 26
14 Represente na reta real os números 29 e 2 5 .
construção de �gura
FAÇA A ATIVIDADE NO CADERNO
Com régua e esquadro, construa uma espiral como essa até obter 9 . Depois, confira se essa me-
dida se iguala de fato a 3 unidades usadas por você. construção de �gura
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15 Para saber a altura de um poste, Alexandre
encostou nele uma escada de 15 m de com-
primento, de modo que ela ficou apoiada no
chão a 3 m do poste. Qual a altura aproximada
desse poste? 14,6 m
Agora é com você!
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1
5
a
39BIMESTRE 1
Diversificando
Veja uma variação do jogo
proposta nesta seção. No
material, mudamos as cartas
de ação, que passam a ser:
“quadrado da soma”, “soma
dos quadrados”, “multiplica-
ção dos números” e “adição
dos números”. Nas regras,
alteramos a quantidade de
cartões numerados que cada
jogador deve pegar: em vez
de quatro, inicialmente cada
jogador pega apenas dois
cartões numerados.
Um dos objetivos dessa va-
riação do jogo é levar os
alunos a perceber a diferen-
ça entre quadrado de uma
soma [(a 1 b)2] e soma de
dois quadrados (a2 1 b2).
Na questão 2 do Agora é
com você!, peça aos alu-
nos que escrevam a nova
regra de forma clara e ob-
jetiva para que os colegas
consigam entendê-la, pois
o representante terá de ex-
plicá-la a todos no final da
atividade.
DIVERSIFICANDO
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39CAPÍTULO 1 NÚMEROS REAIS
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Jogo do enfileirando
Número de participantes: 2 a 4 jogadores
Material:
• Vinte cartões numerados confeccionados com os números: 0, 2, 6, 7, 9, 28, 27, 24, 23,
21, , , , , , , , , , .
2
1
3
1
3
2
8
7
8
3 1 2 3 16 25
• Quatro cartas de ação: uma de “ordem crescente”; uma de “ordem decrescente”; uma de
“adição dos números”; e uma de “multiplicação dos números”.
• Dois saquinhos não transparentes: um para guardar os cartões numerados, outro para guar-
dar as cartas de ação.
• Papel e lápis para resolver as operações.
Regras:
• Sem olhar os números, cada jogador pega cinco cartões numerados de dentro do saquinho.
• Depois, um dos jogadores tira uma carta de ação e deve colocá-la em cima da mesa para
que todos a vejam e façam o que ela indica. Por exemplo, se sair a carta “ordem crescente”,
cada jogador colocará em ordem crescente os cartões que pegou. Suponha que um dos jo-
gadores tenha os cartões 2, 23, 2 , 2
1 e 9; ele deverá colocá-los nesta disposição: 23, ,
2
1
2 , 2 e 9. Então, anota-se o nome de quem terminou a tarefa em primeiro lugar e retira-se
outra carta.
• Para os cálculos com 2 e 3 , devem ser usados os valores aproximados 1,4 e 1,7, respec-
tivamente. Exemplo: 2 1 (23) 1 2 1 2
1 1 9 5 9,9.
• Vence o jogo aquele que ganhar o maior número de rodadas, isto é, concluir mais vezes as
tarefas antes dos outros colegas. Caso nenhum jogador consiga executar as tarefas, reinicia-
-se o jogo.
1 Observe a ilustração ao lado
e responda à questão. Quem
ganhou esta rodada? Justifique.
2 Formem grupos de 3 ou 4 colegas, modifiquem uma regra do jogo e troquem com outro grupo. Depois
de jogar com a nova regra, escolham um representante para explicar a regra nova do outro grupo.
A menina, pois colocou os
cinco números na ordem
certa, como pedia a carta
de ação.
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
Agora é com você!
40
Objetivos do capítulo
Levar o aluno a:
• Compreender o surgimento
dos números irracionais, re-
conhecê-los e manipulá-los.
• Representar geometrica-
mente números irracionais
usando régua e compasso.
• Explorar potências de 10 e
a notação científica.
• Reconhecer e empregar uni-
dades usadas para expressar
medidas muito grandes ou
muito pequenas.
• Empregar unidades de me-
dida utilizadas na infor-
mática.
• Resolver problemas envol-
vendo cálculos com potên-
cias de expoentes naturais
e inteiros negativos.
• Determinar potências com
expoente fracionário.
• Efetuar cálculos com nú-
meros reais.
• Estudar e aplicar as pro-
priedades de radicais.
• Simplificar radicais.
• Efetuar operações envol-
vendo radicais.
• Racionalizar expressões
contendo radicais no de-
nominador.
• Resolver e elaborar pro-
blemas com números re-
ais envolvendo diferentes
operações.
• Construir e interpretar grá-
fico de linha.
Orientações gerais
Neste capítulo, ampliamos o
trabalho com números reais
iniciado no capítulo ante-
rior, com o foco nas opera-
ções potenciação e radicia-
ção. O conceito de número
irracional é complexo para
os alunos. O contatocom
ele em situações variadas
amplia o conhecimento já
construído sobre números
irracionais e, assim, consoli-
da a aprendizagem dos nú-
meros reais.
Sugestões de leitura
Para ampliar a discussão da abertura deste capítulo, sugerimos:
<https://rmu.sbm.org.br/wp-content/uploads/sites/27/2018/03/n47_Artigo02.pdf>;
<http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/incomens.htm>. Acessos em: 15 ago. 2018.
Reza a lenda que a descoberta dos irracionais causou tanto escândalo entre os gregos que o
pitagórico responsável por ela, Hípaso, foi expulso da escola e condenado à morte. Não se sabe de
onde veio essa história, mas parece pouco provável que seja verídica. [...]
Na verdade, a descoberta da incomensurabilidade representou uma nova situação que motivou
novos desenvolvimentos matemáticos.
Fonte: ROQUE, Tatiana. História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos.
Rio de Janeiro: Zahar, 2012. p. 124-26.
2
Capítulo
Detalhe de Escola de Atenas (1509-1511), de Rafael Sanzio. Pintura em reboco. 5 m 3 7,7 m. Na imagem,
Pitágoras, sentado à esquerda, é observado por Parmênides, em pé, e Hipatia, ao fundo.
Operações com
números reais
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40 CAPÍTULO 2
https://rmu.sbm.org.br/wp-content/uploads/sites/27/2018/03/n47_Artigo02.pdf
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/incomens.htm
41BIMESTRE 1
Potências nas
medidas
astronômicas,
subatômicas e
informáticas
Antes de trabalhar o quadro
apresentado nesta página,
retome com os alunos as po-
tências de base 10 com ex-
poente natural e expoente
negativo. É um bom mo-
mento para verificar os
conhecimentos que eles
já construíram sobre esse
assunto e sobre a notação
científica.
Aproveite o momento e ex-
plique que o prefixo “quilo”
(ou “kilo”) indica que de-
vemos multiplicar a unida-
de tomada por 1.000, por
exemplo:
• 1 quilômetro 5
5 1.000 8 1 metro
• 1 quilograma 5
5 1.000 8 1 grama
• 1 quilolitro 5 1.000 8 1 litro
Sendo assim, não devemos
usar a palavra “quilo” como
sinônimo de “quilograma”,
como usualmente se faz.
Pergunte aos alunos se já
conheciam alguma unidade
expressa com esses prefixos.
É possível que alguns já te-
nham ouvido falar dos pre-
fixos micro (1 micrometro 5
5 1026 metro) ou de giga e
mega (nas unidades de in-
formática, como megabyte
e gigabyte).
Complemente os estudos com
a Sequência didática 2 –
Potência com expoente
fracionário e radicais,
disponível no Manual
do Professor – Digital.
As atividades propostas
permitem desenvolver de
forma gradual e articulada
objetos de conhecimento
e habilidades da BNCC
selecionados para este
capítulo.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância
entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.
Dados obtidos em: Inmetro. Disponível
em: <http://www.inmetro.gov.br/
consumidor/pdf/Resumo_SI.pdf>.
Acesso em: 20 jun. 2018.
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41CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Quando apontado para determinado
ponto ou objeto, o medidor digital
calcula a distância até ele.
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1 Potências nas medidas astronômicas,
subatômicas e informáticas
O Sistema Internacional de Unidades (SI) tem uma história recente, se comparada à his-
tórica necessidade humana de medir, que vem desde a origem das civilizações. Antes, cada
povo tinha seu próprio sistema de medidas, muitas vezes com unidades imprecisas, tendo por
base o corpo humano (palmo, pé, côvado, jarda, passo etc.), o
que criava muitos problemas, principalmente para o comércio.
O SI, sistema atual desenvolvido a partir do Sistema Métrico
Decimal (SMD, França, 1799) e consolidado apenas em 1960
com suas sete unidades de base, é mais complexo e diversifi-
cado do que o SMD.
Visando atender a uma extensa gama de medidas para vá-
rias grandezas, há muitos prefixos no SI. Veja a tabela a seguir.
Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada
yotta Y 1024 = 1.000.000.000.000.000.000.000.000
zetta Z 1021 = 1.000.000.000.000.000.000.000
exa E 1018 = 1.000.000.000.000.000.000
peta P 1015 = 1.000.000.000.000.000
tera T 1012 = 1.000.000.000.000
giga G 109 = 1.000.000.000
mega M 106 = 1.000.000
kilo ou quilo k 103 = 1.000
hecto h 102 = 100
deca da 10
deci d 1021 = 0,1
centi c 1022 = 0,01
mili m 1023 = 0,001
micro u 1026 = 0,000.001
nano n 1029 = 0,000.000.001
pico p 10212 = 0,000.000.000.001
femto f 10215 = 0,000.000.000.000.001
atto a 10218 = 0,000.000.000.000.000.001
zepto z 10221 = 0,000.000.000.000.000.000.001
yocto y 10224 = 0,000.000.000.000.000.000.000.001
Medida materializada.
Metro padrão.
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http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pdf/Resumo_SI.pdf
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pdf/Resumo_SI.pdf
42
Orientações
Explore as unidades apre-
sentadas. Proponha aos
alunos que pesquisem mais
sobre elas. Ressalte que o
parsec é uma unidade de
referência na Astronomia,
mais frequente que o ano-
-luz. No entanto, sua expli-
cação não é intuitiva.
Se julgar adequado, promo-
va uma discussão sobre os
conteúdos pesquisados pe-
los alunos.
Sugestões de leitura
Para enriquecer o trabalho, sugeri-
mos os sites:
<http://www.iag.usp.br/siae98/
astroleis/estrelas.htm>;
<http://www.observatorio.iag.usp.
br/index.php/mencurio/curiodefin.
html>;
<http://astro.if.ufrgs.br/dist/>.
Acessos em: 15 ago. 2018.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância
entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.
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42 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
O tema medidas é muito amplo; por isso vamos nos restringir aqui à medida de comprimento
cuja unidade de base é o metro (m), definido como o comprimento do trajeto percorrido pela
luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo.
O metro, como as demais unidades de base, tem múltiplos e submúltiplos dados por prefi-
xos. Por exemplo: “quilo-” (do grego khílioi,ai,a ‘mil, milhar ’ ): um quilômetro (1 km) 5 mil metros
(103 m); “mili-” (do francês Millième, milésimo): um milímetro (1 mm) 5 um milésimo de metro
(1023 m).
No entanto, os prefixos da tabela conjugados com as unidades de base ainda são insufi-
cientes ou inconvenientes para determinadas situações.
Na Astronomia e na Astrobiologia, o estudo do Universo indica a necessidade de outras
unidades de medida fora do SI, que são:
� Unidade Astronômica (UA): a distância média entre a Terra e o Sol, 1 UA = 1,5 8 1011 m;
� ano-luz (AL): a distância que a luz percorre em 1 ano, 1 AL q 9,5 8 1015 m q 63.241 UA;
� parsec (pc): a unidade astronômica de distância que equivale a uma paralaxe anual estelar
de um segundo; assim, 1 pc = 3,26 anos-luz q 206.165 UA.
Exoplaneta descoberto recentemente
tem mais água doque a Terra
Cientistas afirmam que o planeta é diferente
de tudo o que já foi estudado
Os astrônomos confirmaram que o exoplaneta GJ 1214b,
encontrado em 2009, é formado em grande parte por água,
assim como a Terra. Chamado de “Super Terra” pelos cientistas,
a água e as altas temperaturas de sua superfície podem criar um
ambiente propício à vida. O exoplaneta (está fora do Sistema
Solar) GJ 1214b está relativamente perto da Terra, localizado
a 40 anos-luz de distância. [...]
Fonte: EXOPLANETA descoberto recentemente tem mais água do que a Terra. Galileu, s/d. Disponível em:
<http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT295972-17770,00.html>. Acesso em: 07 maio 2018.
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Representação artística do exoplaneta
GJ 1214b transitando na frente de sua
estrela. Elementos sem escala e fora de
proporção. Cores-fantasia.
http://www.iag.usp.br/siae98/astroleis/estrelas.htm
http://www.iag.usp.br/siae98/astroleis/estrelas.htm
http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html
http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html
http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html
http://astro.if.ufrgs.br/dist/
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT295972-17770,00.html
43BIMESTRE 1
Orientações
Contrapondo com o traba-
lho anterior, de medidas
muito grandes, explore ago-
ra com os alunos a utilização
de medidas extremamente
pequenas.
Tratamos ainda nesta pá-
gina as unidades ligadas à
área de informática, sobre
as quais provavelmente os
alunos têm maior conheci-
mento.
Sugestões de leitura
Para enriquecimento e ampliação
desse estudo, sugerimos:
<http://www.poli.usp.br/fr/comu
nicacao/noticias/destaques/arquivo-
em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-
face-da-moeda.html>;
<https://meuartigo.brasilescola.
uol.com.br/fisica/nanociencia-nano
tecnologia-manipulacao-materia-
atomo-atomo.htm>. Acessos em:
15 ago. 2018.
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43CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Na outra ponta das atividades científicas está a nanotecnologia.
Certa vez, o físico Eric Drexler disse: “A próxima grande revolução na ciência será tão pequena
que você não vai enxergá-la nem com microscópio. Os efeitos, porém, serão devastadores”.
Nela, como o próprio nome sugere, são trabalhadas medidas extremamente pequenas, para
o desenvolvimento de produtos com tamanho inferior a 100 nanômetros.
Veja o prefixo nano na tabela da página 41: 1 nanômetro é a unidade de comprimento equi-
valente à bilionésima parte de um metro, ou 1029 m (símbolo: nm).
Diferentemente da Astronomia, a nanotecnologia não criou novas unidades de medida.
Pesquisadores em Sergipe testam
a nanotecnologia para cura do câncer
O câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil.
É uma doença de grande incidência, alta mortalidade e de
difícil tratamento, havendo um constante interesse social na
busca por terapias mais eficientes. Com o objetivo de desen-
volver uma formulação mais eficaz, pesquisadores estão de-
senvolvendo em Sergipe um estudo que propõe o tratamento
inovador através da nanotecnologia.
Fonte: SOARES, José Rivaldo. Pesquisadores em Sergipe testam a nanotecnologia para cura do câncer.
Comunicação VIP, 13 mar. 2017. Disponível em: <http://comunicacaovip.com.br/pesquisadores-em-
sergipe-testam-nanotecnologia-para-cura-do-cancer/>. Acesso em: 13 nov. 2017.
Hoje vivemos no mundo da informática.
A informática tem unidades próprias, mas empresta do SI a nomenclatura dos prefixos:
� byte (B) é a menor unidade de armazenamento;
� kilobyte (KB) equivale a 210 ou 1.024 bytes; 1 KB = 210 B;
� megabyte (MB) equivale a 210 ou 1.024 kilobytes; 1 MB = 210 KB = 220 B;
� gigabyte (GB) equivale a 210 ou 1.024 megabytes; 1 GB = 210 MB = 230 B;
� terabyte (TB) equivale a 210 ou 1.024 gigabytes; 1 TB = 210 GB = 240 B;
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Representação artística de microsseringa em
glóbulo vermelho do sangue. Elementos sem
escala e fora de proporção. Cores-fantasia.
Representação de um código de programação de software.
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
http://www.poli.usp.br/fr/comunicacao/noticias/destaques/arquivo-em-foco/623-nanotecnologia-a-outra-face-da-moeda.html
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/nanociencia-nanotecnologia-manipulacao-materia-atomo-atomo.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/nanociencia-nanotecnologia-manipulacao-materia-atomo-atomo.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/nanociencia-nanotecnologia-manipulacao-materia-atomo-atomo.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/nanociencia-nanotecnologia-manipulacao-materia-atomo-atomo.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/fisica/nanociencia-nanotecnologia-manipulacao-materia-atomo-atomo.htm
http://comunicacaovip.com.br/pesquisadores-em-sergipe-testam-nanotecnologia-para-cura-do-cancer/
http://comunicacaovip.com.br/pesquisadores-em-sergipe-testam-nanotecnologia-para-cura-do-cancer/
http://comunicacaovip.com.br/pesquisadores-em-sergipe-testam-nanotecnologia-para-cura-do-cancer/
44
Orientações
Amplie o trabalho com po-
tências de 10 envolvendo
expressões que contenham
tais potências, por exemplo:
• 5,4 8 102 1 3,5 8 103 5
5 5,4 8 102 1 3,5 8 10 8 102 5
5 5,4 8 102 1 35 8 102 5
5 (5 ,4 1 35) 8 10 2 5
5 40,4 8 102 5 4.040
• 0,002 8 105 8 25 8 1022 5
5 2 8 1023 8 105 8 25 8 1022 5
5 (2 8 25) 8 (1023 8 105 8 1022) 5
5 50 8 100 5
5 50 8 1 5 50
• 24 8 102
1,2 8 103
5 24 8 102
12 8 1021 8 103
5
5 2 8 102
1 8 102
5 2
• 0,5 8 1022
0,005 8 103
5
5 5 8 1021 8 1022
5 8 1023 8 103
5
5 1023 5 0,001
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância
entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.
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44 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Os fatores de conversão que definem os prefixos no SI são potências de 10:
� 10 ou 1021 para os três primeiros múltiplos e para os três primeiros submúltiplos.
Por exemplo:
a) para transformar 75 m em dam, fazemos 75 m 5 75 8 1021 dam 5 7,5 dam;
b) para transformar 75 cm em mm, fazemos 75 m 5 75 8 10 mm 5 750 mm.
� 103 (1.000) ou 1023 (0,001) para os demais prefixos.
Por exemplo:
a) para transformar 41.852 metros em terâmetro (Tm), fazemos:
41.852 m = 41.852 8 1023 8 1023 8 1023 8 1023 Tm = 4,1852 8 1028 Tm;
b) para transformar 0,29 metro em nanômetro, fazemos:
0,29 8 103 8 103 8 103 m = 0,29 8 109 nm = 290.000.000 nm = 2,9 8 108 nm
Os fatores de conversão que definem os prefixos na informática são potências de base 2:
� 210 (1.024) para transformar uma unidadepara a unidade imediatamente inferior;
� 2210 (1.02421) para transformar uma unidade para a unidade imediatamente superior.
Fonte: FREIRE, Raquel. Disco de vidro pode guardar arquivos com até 360 TB “para sempre”. Techtudo,
17 fev. 2016. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/02/disco-de-vidro-
pode-guardar-arquivos-com-ate-360-tb-para-sempre.html>. Acesso em: 13 nov. 2017.
Note que 103 q 210, pois 103 = 1.000 e 210 = 1.024 q 1.000.
Por estarem mais acostumadas a trabalhar e a fazer estimativas com potências de base 10,
na prática, é comum as pessoas arredondarem 1.024 para 1.000 e dizerem que 1 GB = 1.000 MB.
Mas observe que arredondamentos acumulados geram erros grandes.
Por exemplo, ao arredondar 1 ZB por fatores 103, obtemos:
1 ZB = 1024 B = 1.000.000.000.000.000.000.000.000 B
Porém, o valor correto é quase 21% maior:
1 ZB = 280 B = 1.208.925.819.614.629.174.706.176 B
Disco de vidro pode guardar arquivos
com até 360 TB “para sempre”
Pesquisadores da Universidade de Southampton, no
Reino Unido, anunciaram uma unidade de disco que pode
armazenar dados, como documentos e obras de arte, ‘para
sempre’. O dispositivo, que consiste em um pequeno vidro
nanoestruturado e tem gravação a laser, é capaz de guardar
360 TB por até 13,8 bilhões de anos.
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A
� petabyte (PB) equivale a 210 ou 1.024 terabytes; 1 PB = 210 TB = 250 B;
� exabyte (EB) equivale a 210 ou 1.024 petabytes; 1 EB = 210 PB = 260 B;
� zettabyte (ZB) equivale a 210 ou 1.024 exabytes; 1 ZB = 210 EB = 270 B;
� yottabyte (YB) equivale a 210 ou 1.024 zettabytes; 1 YB = 210 ZB = 280 B.
Disco digital criado na Universidade de
Southampton, no Reino Unido. (Foto de 2016.)
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/02/disco-de-vidro-pode-guardar-arquivos-com-ate-360-tb-para-sempre.html
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/02/disco-de-vidro-pode-guardar-arquivos-com-ate-360-tb-para-sempre.html
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/02/disco-de-vidro-pode-guardar-arquivos-com-ate-360-tb-para-sempre.html
45BIMESTRE 1
Exercícios propostos
Apresentamos a seguir a
resolução do exercício 5,
em que vamos utilizar as se-
guintes relações:
• 1 AL q 63.241 UA
• 1 ano-luz q 9,5 8 1015 m
• Como 1 m 5 1023 km, te-
mos que:
• 1 ano-luz q
q 9,5 8 1015 8 1023 km
• 1 ano-luz q 9,5 8 1012 km
Desse modo:
Via Láctea
• 100 mil anos-luz 5
5 100 8 103 anos-luz 5
5 105 anos-luz
105 AL q 105 8 9,5 8 1012 km
105 AL q 9,5 8 1017 km
• 105 AL q 105 8 6,32 8 104 UA
105 AL q 6,32 8 109 UA
Andrômeda
• 22 8 104
AL q 22 8 104 8 9,5 8 1012 km
22 8 104 AL q 209 8 1016 km
22 8 104 AL q 2,09 8 1018 km
• 22 8 104
AL q 22 8 104 8 6,3241 8 104 UA
22 8 104 AL q 1,39 8 1010 UA
• 2,9 milhões AL 5
5 2,9 8 106 AL 2,9 8 106
AL q 2,9 8 106 8 9,5 8 1012 km
2,9 8 106
AL q 2,755 8 1019 km
• 2,9 8 106
AL q 2,9 8 106 8 6,3241 8 104 UA
2,9 8 106 AL q 1,83 8 1011 UA
Grande Nuvem de Maga-
lhães
• 7 8 104 AL q 6,65 8 1017 km
• 7 8 104 AL q 4,43 8 109 UA
• 2 8 105 AL q 1,9 8 1018 km
• 2 8 105 AL q 1,26 8 1010 UA
Pequena Nuvem de Maga-
lhães
• 1,4 8 104 AL q 1,33 8 1017 km
• 1,4 8 104 AL q 8,85 8 108 UA
• 1,68 8 105 AL q 1,6 8 1018 km
• 1,68 8 105 AL q 1,06 8 1010 UA
R a i o d a ó r b i t a
r 5 0, 05 n m
Ó r b i t a d o
e l é t r o n
E l é t r o n :
ca r g a 2e
ma s s a m
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45CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 Usando uma calculadora, dê a distância
aproximada, em quilômetro, entre a Terra e o
exoplaneta GJ 1214b, que está fora do Sistema
Solar. aproximadamente
380.000.000.000.000 km
2 No átomo de hidrogênio de Bohr, o elétron
anda ao redor de um próton central, em uma
órbita circular com aproximadamente 0,05 nm
de raio. Qual é a medida desse raio em metro?
5 “A constelação em que vivemos, a Via Láctea, [...]
tem a forma de espiral achatada com cerca de
100 mil AL de diâmetro e 200 bilhões de estrelas
3 Até quantos megabytes um disco de vidro pode
guardar? até 3,6 8 108 MB
4 Considere o erro cometido ao se praticar ar-
redondamentos da base 2 para a base 10 nas
unidades usadas na informática.
a) Qual é o erro percentual que se comete ao
arredondar 1 KB para 1.000 B, substituindo
210 por 103? 2,4%
b) Qual é o erro percentual que se comete, subs-
tituindo-se 280 por 1024, ao arredondar 1 ZB
para 1.000.000.000.000.000.000.000.000 B?
• Andrômeda – 220 mil AL de diâmetro e a uma
distância de 2,9 milhões AL.
• Grande Nuvem de Magalhães – 70 mil AL de
diâmetro e a uma distância de 200 mil AL.
• Pequena Nuvem de Magalhães – 14 mil AL de
diâmetro e a uma distância de 168 mil AL.”
Fonte: Almanaque Abril 2015. São Paulo:
Abril, 2015. p. 171.
Use uma calculadora e escreva em notação
científica, na unidade quilômetro e na Unidade
Astronômica, as medidas aproximadas descri-
tas no texto anterior.
5. Via Láctea: 9,5 8 1017 km; 6,32 8 109 UA; Andrômeda: 2,09 8 1018 km; 1,39 8 1010 UA; 2,76 8 1019 km;
1,83 8 1011 UA; Grande Nuvem de Magalhães: 6,65 8 1017 km; 4,43 8 109 UA; 1,9 8 1018 km; 1,26 8 1010 UA;
Pequena Nuvem de Magalhães: 1,33 8 1017 km; 8,85 8 108 UA; 1,6 8 1018 km; 1,06 8 1010 UA
6 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre medidas
de comprimento (de Astronomia ou de na-
notecnologia). Depois de cada um resolver o
problema elaborado pelo outro, destroquem
para corrigi-los. Resposta pessoal.
7 Hora de criar – Troque com um colega um
problema, criado por vocês, sobre medidas
de armazenamento no campo da informática.
Depois de cada um resolver o problema elabo-
rado pelo outro, destroquem para corrigi-los.
5 8 10211 m
aproximadamente 20,9%
Resposta
pessoal.
2 Potência com expoente fracionário e radicais
Já estudamos potência com expoente fracionário tendo por base números racionais, em
que relacionamos potenciação e radiciação.
Consideramos a definição: se bn = a, então b = an , com n natural não nulo e b > 0.
[...], faz parte do Grupo Local. Três das galáxias
do Grupo Local são visíveis a olho nu:
Em outras palavras, dizemos que
um número b, não negativo, é igual à
raiz enésima de um número a quando
esse número b elevado a n, número
natural e não nulo, é igual ao número a.
Esta é uma boa
hora para recordar a
nomenclatura.
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O
Representação
da Via Láctea.
46
Orientações
Se julgar necessário, retome
o cálculo de raízes exatas e
as propriedades da poten-
ciação com expoente inteiro.
Para ampliar o trabalho com
os exemplos do boxe Ob-
servação, peça aos alunos
que expressem os resultados
obtidos em forma de uma
única potência, como no pri-
meiro item. Assim, espera-se
que eles utilizem a igualda-
de: a a5mn n
m
(com a real
positivo, m inteiro e n natu-
ral não nulo). Desse modo,
temos:
• 2 2
2 2
5 5
5 5
3 5
2
3
1 5
2
3
1
15
28 5
2
^ ^h h
•
2
10 10
10
5 5
5 5
1
1 7
2 2
8 22
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7
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46 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Como já estudamos, (73)2 = 76. Então, pela definição acima, podemos dizer que 73 é a raiz
quadrada de 76, isto é, 73 = 762 . Como 3 5 2
6 , temos 72
6
627 5 .
Também observamos que (72)3 = 76. Portanto, podemos dizer que 72 é a raiz cúbica de 76,
isto é, 72 = 763 . Como 2 5 3
6 , temos 7 753
6
63 .
As relações que estabelecemos nos exemplos
acimase referem apenas aos expoentes das
potências e aos índices das raízes. Ou seja, no
lugar da base 7, podemos considerar qualquer
número real positivo.
Assim, podemos ampliar esse estudo para potência com expoente fracionário tendo por
base números reais. Veja.
� (s3)2 5 s6
Aplicando a definição para raiz quadrada, s3 5 s62 ou s 5 s2
6
62 .
� 5 55
3 4 12` `j j: D
Aplicando a definição para raiz quarta, temos 5 55
3 124` `j j ou 5 554
12 124` `j j .
Se a é um número real positivo, m é um número inteiro e n é um número
natural não nulo, temos: a a5n
m
mn .
Observações
� Dando nome aos símbolos:
� a b5n (lemos: “raiz enésima de a é igual a b”)
� O sinal é chamado de radical. No entanto, usamos esse mesmo sinal para indicar a raiz
quadrada de um número a.
a b5n
radicando
índice raiz
Observação
� As propriedades válidas para as potências de expoente inteiro são válidas para as potências
de expoente fracionário que tenham base positiva. Por exemplo:
• 8s s 5 s 5 s3
2
4
1
3
2
4
1
12
11
1
• 2 2 25 5
83 3
2 5
3
3 3
2
5
3
3 5
2
` ` `j j j< F
• 910 10 10 105 52
3 5
2
3 5
2
7
2 2` ` ` `j j j j
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Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
47BIMESTRE 1
Exercícios propostos
No exercício 12, espera-se
que os alunos percebam que,
na prática, basta dividir o ín-
dice do radical e o expoente
do radicando por um divisor
comum. Essa é uma oportu-
nidade para anteciparem in-
formalmente a propriedade
dos radicais.
Para saber mais
A seção destaca a importân-
cia histórica da descoberta do
número irracional 2 no cál-
culo da medida da diagonal
de um quadrado de lado 1.
Habilidades trabalhadas: (EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem segmentos de reta cujo
comprimento não é expresso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de um triângulo, quando
se toma a medida de cada lado como unidade).
(EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e não periódica, e estimar
a localização de alguns deles na reta numérica.
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47CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
8 Escreva na forma de potência com expoente
fracionário.
a) ,8 145 ,8 1 5
4
c)
7
16
4
e o
7
1 6
4
e o
b) s3 s 2
3
d) 89 3` j 8 9
3
` j
9 Represente na forma de radical.
a) s 2
1
s c) 3 4
1
` j 34
b) ò 5
6
ò65 d) (5)0,5 5 5512
10 Reduza a uma só potência, usando as proprie-
dades das potências.
a) 87 73
1
4
1
` `j j 7 12
7
` j
b) 97 73
1
4
1
` `j j 7 12
1
` j
c) 10 3
1 2
9
` j< F 10 2
3
` j
d) s 16
1 2
1
e o
s 4
1
11 Calcule.
a) 2
4a k 2 c) s105 s2
b) ,0 512 3
1
0,8 d) 27 3
2
` j 3
12 Reúna-se com um colega e façam o que se
pede.
• Representem cada radical abaixo na forma
de potência com expoente fracionário.
• Simplifiquem, se possível, a fração do ex-
poente da potência obtida.
• Representem a potência com expoente sim-
plificado na forma de radical.
• Comparem cada radical dado com o res-
pectivo radical obtido. Escrevam uma regra
prática para simplificar um radical, quando
possível.
a) s612 s c) 5
136
9
e o e) 2
s24
8
e o
b) ,1 7714 ,1 7 d) ò1218 ò23 f) s1812
5
13
3
2 e o 2
s3
s3
A história dos números irracionais
O conceito de número real passou por transformações significativas até chegar à forma
como o conhecemos hoje. Em sentido mais prático, pode-se dizer que a ideia de medida
implica noção de número real. Para tentar compreender a motivação que desencadearia a
noção de número real, precisamos pensar quando surgiu a necessidade da ideia de números
irracionais fnúmeros que não podem ser expressos na forma q
p
, com p e q inteiros e q % 0p.
Essa ideia teve origem, provavelmente, em contextos geométricos na Grécia antiga.
Para os pitagóricos, o conceito de número era o que para nós são os números naturais, e
as razões eram, então, somente estabelecidas entre números naturais.
Não se tem certeza a respeito da descoberta de razões irracionais, mas é certo que, para
os gregos clássicos, foi muito difícil aceitá-las.
O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) provou, no século IV a.C., que a diagonal do
quadrado com seu lado estabelece uma razão irracional, ou seja, um número irracional.
Essa é a prova mais antiga que se conhece para a característica irracional da diagonal
do quadrado em relação ao seu lado. Ela envolve, teoricamente, números irracionais e,
portanto, amplia a ideia original grega de número.
PARA SABER MAIS
48
Para saber mais
Para enriquecer o trabalho
com a seção, apresente al-
guns números irracionais
notáveis: retome o número
π e o número de ouro e co-
mente sobre o número de
Euler (e).
Sugestões de leitura
Para complementar o trabalho, su-
gerimos: <http://www.teses.usp.
br/teses/disponiveis/48/48134/
tde-23082012-092642/pt-br.php>.
Acesso em: 15 ago. 2018.
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem
segmentos de reta cujo comprimento não é expresso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de
um triângulo, quando se toma a medida de cada lado como unidade).
(EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e não periódica, e estimar
a localização de alguns deles na reta numérica.
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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48 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
IL
U
S
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Ç
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S
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E
LS
O
N
M
AT
S
U
D
A
Do ponto de vista geométrico, dois segmentos estabelecerão uma razão, represen tada
por um número racional, se for possível encontrar um pequeno segmento que meça am-
bos os segmentos dados, ou seja, que caiba um número inteiro de vezes em cada um dos
segmentos dados originalmente.
Por exemplo, considere os segmentos AB , CD e EF abaixo.
Note que o segmento EF cabe 8 vezes no segmento AB e 3 vezes no segmento CD , o
que implica que os segmentos AB e CD estabeleçam uma razão de 8 para 3, ou, em termos
numéricos, o número racional 3
8 .
Inicialmente, os gregos não concebiam a existência de segmentos
para os quais tal medida não existisse, o que resultaria numerica-
mente em nú meros irracionais, como no quadrado ao lado, em que
a razão entre a diagonal e seu lado é 2 .
Essas razões irracionais foram descobertas provavelmente por
algum pitagórico, entre 500 a.C. e 375 a.C. Uma vez que na escola
pitagórica os números naturais e suas razões formavam a essência de todas as coisas, uma
descoberta dessa natureza deve ter gerado grande crise.
Tudo isso constituiu um importante passo na formação do número real.
Essas razões irracionais refletiram-se posteriormente no que viriam a ser os números
irracionais, ampliando o conceito de número na Grécia e contribuindo para a construção da
ideia de número real, que foi sendo gra dual mente esclarecida.
3 Propriedades dos radicais
1a propriedade
Considerando o radical 533 , temos: 5 5 5 55 5 533 3
3
1 .
Da mesma maneira: 5 5544 e ( )52 33 5 25, mas ( )52 44 5 5, pois:
(25)4 5 (25) 8 (25) 8 (25) 8 (25) 5 625 e 6254 5 5.
Ao calcular ( )52 33 , extraímos uma raiz de índice ímpar de um númeronegativo, ou seja,
12523 . O resultado é um número negativo, 25, pois (25)3 5 2125.
A B
u u u u u u u u
C
u u u
D E
u
F
1
1
2
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23082012-092642/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23082012-092642/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23082012-092642/pt-br.php
49BIMESTRE 1
Orientações
Para trabalhar com as pro-
priedades de radicais, or-
ganize a turma em grupos.
Cada grupo estudará uma
das propriedades (haverá
grupos trabalhando com
a mesma propriedade).
Depois, escolha um repre-
sentante para explicar a
propriedade aos demais,
criando novos exemplos. Ao
final, faça um fechamento
coletivo na lousa.
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ep
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49CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
2a propriedade
Observe o cálculo abaixo.
Entretanto, ao calcular ( )52 44 , extraímos a raiz de índice par de um número positivo, isto
é, 6254 , que é 5, pois 54 5 625.
De modo geral:
� se n é um número natural ímpar, então ann 5 a, sendo a um número real;
� se n é um número natural par não nulo, então ann 5 OaO, sendo a um número real.
Veja alguns exemplos.
a) 233 5 2
b) ( )22 33 5 22
c) 52 5 o5o 5 5
d) ( )52 2 5 o25o 5 5
Observação
� Quando o radicando for uma potência de expoente par que tenha na base uma expressão
literal que represente um número real, vamos admitir que o radicando assume apenas valores
reais iguais a zero ou maiores que zero.
Assim:
• x x544 Admitindo que x > 0.
• ( )x3 52 2 5 3x 2 5 Admitindo que 3x 2 5 > 0, ou seja, x >
3
5 .
Assim: 3 3 35 599812 8 412 4 23
Dividindo-se o índice e o expoente do radicando por um mesmo número natural maior
que zero, o valor do radical não se altera, ou seja:
a a5 99mn m pn p
sendo a um número real positivo, m um número inteiro, n um número natural não nulo
e p divisor de m e n.
Essa propriedade nos permite simplificar certos radicais, isto é, transformá-los em radicais
mais simples e equivalentes aos radicais dados.
3812 5 3 12
8
5 3 3
2
5 323
Escrevemos a expressão
na forma de raiz.
Escrevemos a expressão
na forma de potência.
Simplificamos a
fração do expoente.
50
Orientações
É importante os alunos per-
ceberem que as proprieda-
des desenvolvidas têm por
base a definição de expoen-
te fracionário e as proprie-
dades da potenciação.
Se julgar necessário, amplie
os exemplos na lousa, pe-
dindo a alguns alunos que
apliquem a propriedade
envolvida, em situações va-
riadas:
• 32 66 ^ h 5 |23| 5 3
• 377 5 3
• 366 5 |3|
• 32 77 ^ h 5 23
• 5 5 55 514 2 214 22 7||
Do mesmo modo, podemos
escrever:
5 5 55 522 214887 17
Assim, os alunos se prepa-
ram para a redução dos ra-
dicais ao mesmo índice.
• 3 5 3 5
3 5
8 5 8 5
5 8 5
4 2 4 2
2 2 2^ h
5 32 8 5 5 45
• 512 0 45
12 50 45
3 4 2 25 5 9
3 2 5
3 2 5
5 8 5
5 8 8 5
5 8 8 8 8 8 5
5 8 8 5
5 5 5 5
3 3 3
3
3
3 3 33
33 33 33
5 3 8 2 8 5 5 30
Desse modo, é possível eles
perceberem que podem
aplicar mais de uma proprie-
dade, o que os auxiliará na
obtenção do resultado das
operações envolvidas.
Outra atividade que pode
ser desenvolvida com os alu-
nos é a apresentação de ex-
pressões para escreverem na
forma de um único radical,
aplicando as propriedades
estudadas, como nos exem-
plos:
• 2 10 38 583 3 3
602 10 35 8 8 53 3
•
10
2 3
10
2 38 5 8 5
3
3 3
3
10
6
5
35 53 3
Habilidades trabalhadas nesta dupla de páginas: (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes
fracionários.
(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.
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50 CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Como exemplo, vamos simplificar os radicais a seguir.
c) 1256 5 536 5 5 99 3 36 3 5 5
Decompomos 125
em fatores primos.
Dividimos o índice e
o expoente por 3.
3a propriedade
Observe os cálculos abaixo.
� 8 8 8 8( )3 5 3 5 3 5 3 55 5 52
1
2
1
2
1
� 8 8 8 8, , ( , ) ,3
7 6 5 3
7 6 5 3
7 6 5 3
7 6 55 5 54
4
1
4
1
4
1
4 4e eo o
Veja os exemplos.
a) 8 8, ,5 8 3 5 8 353 3 3 b) 8 87 4
5 7 4
5
55 5 5
Veja os exemplos.
a) 7
2
7
2
5 b) 5
3
5
3
53
3
3
4a propriedade
Observe o cálculo abaixo.
3
2
3
2 2
3
2
5 5 5
2
1
2
1
2
1
3
e o
a) 2
1
2
1
2
1
5 5
9
912
9 9 3
12 3
3
4e e eo o o Dividimos o índice e o expoente por 3, que é divisor de 12 e de 9.
b) , , ,3 7 3 7 3 75 5991520 15 520 5 34 Dividimos o índice e o expoente por 5, que é divisor de 20 e de 15.
Em geral, sendo a e b números reais positivos e n um número natural não nulo, temos:
8a bn 5 8a bn n
radical de
um produto
produto dos
radicais
Em geral, sendo a e b números reais positivos, com b i 0, e n um número natural
não nulo, temos:
b
an 5
b
a
n
n
radical de um
quociente
quociente
dos radicais
51BIMESTRE 1
Exercícios propostos
Neste bloco de exercícios, os
alunos têm a oportunidade
de aplicar as propriedades
de radicais e verificar sua
utilização.
Apresentamos a seguir a re-
solução dos itens do exercí-
cio 13.
a) 10 10 10 105 5 533 13
3
b) ,1 7 175 544 4
4
5 1,71 5 1,7
c) 6
5
6
55 5
2 2
2
` `j j
6
5
6
55 5
1` j
d) 2 2 2 25 5 5144 4
4
Aproveite o exercício 15
para verificar se os alunos
ainda têm alguma dificulda-
de com relação à fatoração.
Segue uma possível resolu-
ção para esse exercício:
a) 3210 5 2510 5 2
b) 276 5 336 5 3
c) A maneira mais direta
seria perceber que 0,36 5
5 (0,6)2. No entanto, há ou-
tros caminhos, como:
,0 364 5 36 108 24 2 5
5 6 1082 24 2 5
5 6 108 24 224 5
5 6 8 1021 5 6 108 12 5
5 ,0 6
d) Uma maneira possível
seria escrever
0,216 5 216 8 1023, fatorar
o número 216 e proce-
der como no item c. Mas
também podemos escrever
0,216 na forma de fração:
,0 2166 5 .1 000
2166 5
5 8 125
8 27
8
86 5 125
276 5
5 5
3
3
3
6 5 5
3 3
6 c m 5
5 5
3 5 ,0 6
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51CAPÍTULO 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
Com base nas propriedades que acabamos de estudar, é possível simplificar certos radicais
tirando fatores do radicando.
Como exemplo, vamos simplificar os radicais a seguir.
a) 8 8850 2 5 2 5 2 5 5 25 5 5 52 2
b) 8 8 8 8 8 824 2 3 2 2 3 2 2 3 2 6 2 65 5 5 5 53 2 2
c)
8 8
64
625
64
625
2
5 5
2
5 5
4
5 5
5 5 5 53
3
3
63
33
2
33 3 3
Da mesma forma que podemos tirar fatores do radicando, podemos fazer o inverso, ou seja,
introduzir fatores externos no radicando. Veja alguns exemplos.
a) 82 5 2 55 2
b) 83 5 3 553 33
c) 82 18 2 1854 44
d) 87 7 7 7 75 523 3 23 53
FAÇA AS ATIVIDADES NO CADERNO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
13 Calcule:
a) 1033 10 c) 6
5
2
e o
6
5
b) ,1 744 1,7 d) 244 2
14 Simplifique os radicais.
a) 569 523 c) 1136 11
b) 32015 343 d) 7218 79
15 Decomponha o radicando em fatores primos
e simplifique os radicais.
a) 3210 2
b) 276 3
c) ,0 364 ,0 6
d) ,0 2166 ,0 6
16 Simplifique os radicais, sa bendo que a > 0,
x > 0, y > 0 e m > 0.
a) a36 a c) y69 y23
b) x1520 x34 d) m1012 m56
17 Transforme em um produto de radicais.
a) 84 5 84 5
b) 82 33 82 33 3
c) 87 104 87 104 4
20 Introduza nos radicais os fatores externos em
cada caso.
a) 2 5 82 52 d) 3
2 5 8
3
2 5
2
2
b) 3 23 83 233 e) ,0 2 23 ( , ) 80 2 233
c) 8 82 3 102 3 f) 2 34 82 344
( ) 8 82 3 102 3 33
19 Simplifique os radicais.
a) 8 2 2 d) 8 82 3 57 5 44
b) 827 53 3 53 e) 1623 3 63
c) 275 2 45 f) 83 43 126 16 276
30 244
18 Represente como um quociente de radicais.
a) 5
2
5
2
b) 5
183
5
18
3
3
c) 9
25
9
2
5
5
52
Adição algébrica