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Estratégia
MED
GINECOLOGIA 2Prof. Alexandre Melitto|Miomatose Uterina
APRESENTAÇÃO
PROF. ALEXANDRE 
MELITTO
 Meu nome é Alexandre Santos Melitto, somos colegas 
de profissão. Fiz minha graduação na Escola Paulista de Medicina 
– UNIFESP e, após a graduação, fui aprovado para a Residência 
Médica em Ginecologia e Obstetrícia da mesma instituição. Na 
época, fui aprovado também na UNICAMP, FCMSCSP (Santa 
Casa), Santos (Lusíadas) e FMABC. Após o término da Residência 
de Ginecologia e Obstetrícia, fui aprovado para a Residência 
Médica em Mastologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. 
Tendo concluído as duas residências, continuei a pós-graduação 
defendendo minha tese de Mestrado também na UNIFESP, e 
Estratégia
MED
GINECOLOGIA 3Prof. Alexandre Melitto|Miomatose Uterina
@estrategiamed
/estrategiamed Estratégia Med
t.me/estrategiamed
cursando atualmente o Doutorado. Cursei o MBA em gestão de 
Saúde da Fundação Getúlio Vargas. 
 Atualmente, sou docente e coordenador da disciplina 
de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da 
Universidade Anhembi Morumbi – Laureate Universities, 
lecionando há mais de 10 anos e ocupo cargo efetivo de médico 
assistente do Centro de Referência em Saúde da Mulher – 
Hospital Pérola Byington. Também já fui preceptor da Residência 
Médica de Mastologia da UNIFESP – EPM durante 5 anos. Minha 
formação e o exercício profissional trouxeram-me competência 
e experiência para desenvolver este curso e garantir a melhor 
performance para as provas de Residência Médica. 
 Neste curso tenho uma missão: fazê-lo conquistar sua 
vaga de Residente! Seu sonho é a minha meta! Conte comigo 
como um parceiro nesta jornada!!! Todos que passaram na prova 
de Residência lembram-se deste período como um tempo de 
privação, seja de tempo livre, lazer, hobbies, viagens, descanso 
e até mesmo convivência familiar. Posso dizer que é temporário, 
passageiro e que, no final, a conquista supera qualquer sacrifício!!! 
https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt
https://www.facebook.com/estrategiamed1/
https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw
https://t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
METODOLOGIA DO CURSO 6
1.0 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 8
2.0 DEFINIÇÃO 8
2.1EPIDEMIOLOGIA 9
2.2 CLASSIFICAÇÃO 10
3.0 FISIOPATOLOGIA 11
3.1 HISTOLOGIA 11
3.2 INFLUÊNCIA HORMONAL 11
3.3 DEGENERAÇÕES 13
4.0 FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO 15
5.0 QUADRO CLÍNICO 18
5.1 SINTOMAS 18
5.2 EXAME FÍSICO 20
6.0 DIAGNÓSTICO 23
6.1 ULTRASSONOGRAFIA 23
6.2 HISTEROSSONOGRAFIA 25
6.3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 25
6.4 HISTEROSCOPIA 26
7.0 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 27
8.0 TRATAMENTO 28
8.1 TRATAMENTO CLÍNICO 28
8.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO 32
8.2.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR 33
8.2.1.1 MIOMECTOMIA LAPAROSCÓPICA 35
Estratégia
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
8.2.1.2 MIOMECTOMIA LAPAROTÔMICA 36
8.2.1.3 MIOMECTOMIA HISTEROSCÓPICA 37
8.2.1.4 EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS UTERINAS 42
8.2.1.5 LIGADURA DAS ARTÉRIAS UTERINAS 46
8.2.1.6 ABLAÇÃO ENDOMETRIAL 46
8.2.1.7 MIÓLISE POR ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE (HIFU) GUIADO POR RESSONÂNCIA 
MAGNÉTICA 47
8.2.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO DEFINITIVO 48
9.0 RESUMO 51
9.1 FLUXOGRAMA 52
10.0 LISTA DE QUESTÕES 54
11.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
12.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 55
Estratégia
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
INTRODUÇÃO
Caro Candidato(a) e Colega!
A equipe do Estratégia MED tem a missão de ajudar e acompanhar sua jornada rumo a sonhada vaga de Residência Médica. Este 
material faz parte do Curso de Ginecologia, com teoria e exercícios resolvidos e comentados. 
Existem atualmente no Brasil 337 Faculdades de Medicina, estando nosso país em segundo lugar no ranking mundial em número de 
Escolas Médicas. Temos um grande déficit de vagas de Residência Médica ofertadas para os egressos dessas Universidades. Ou seja, é notório 
que o desafio de ser aprovado em um concurso de Residência Médica será cada vez maior.
A finalidade deste curso é oferecer conteúdo teórico e, sobretudo, assertivo para os estudos, contribuindo para atingir seu objetivo de 
ser aprovado em um programa de Residência Médica.
O conhecimento médico cresce de maneira exponencial, existindo inúmeros tratados para cada especialidade, atualizados através de 
artigos científicos publicados em periódicos. O recém-formado tem a necessidade de tornar seus estudos mais objetivos, concentrando-se e 
focando nas informações realmente importantes e frequentes nas provas de Residência Médica. Este material segue esta lógica.
METODOLOGIA DO CURSO
Para cumprirmos a nossa missão de prepará-lo para os concursos de Residência Médica e entregar a você um material completo, nosso 
curso de Ginecologia seguirá a seguinte metodologia:
Estudaremos a TEORIA de Ginecologia por completo;
Resolveremos QUESTÕES de provas recentes e inéditas, 
comentadas, alternativa por alternativa;
Demonstraremos o posicionamento da BANCA;
E realizaremos SIMULADOS;
Assim sendo, você terá um curso que contemplará o que o candidato realmente precisa para obter sua aprovação: teoria (com as mais 
recentes atualizações científicas), muitas questões resolvidas e alguns simulados para testar seu progresso. Tudo isso da maneira mais prática 
possível, através de textos escritos e videoaulas. 
Através de uma análise ampla das questões de concursos de Residência Médica de todo o país nos últimos 5 anos, fizemos um 
levantamento dos temas cobrados em Ginecologia. O gráfico abaixo mostra a frequência com que estes temas aparecem nas provas:
Estratégia
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00% 10,00%
PERCENTUAL DE QUESTÕES POR TEMA
PLANEJAMENTO FAMILIAR E ANTICONCEPÇÃO
RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO/ LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS
CLIMATÉRIO E TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
VULVOVAGINITES
AMENORREIA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
ENDOMETRIOSE
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
CÂNCER DE OVÁRIO/ AVALIAÇÃO DE TUMORES 
RASTREAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)
INCONTINÊNCIA URINÁRIA/ SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA
INFERTILIDADE CONJUGAL E ÉTICA EM REPRODUÇÃO ASSISTIDA
ISTs (INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS)
CERVICITES E DOENÃ INFLAMATÓRIA PÉLVICA
MOMATOSE UTERINA
DOENÇAS BENIGNAS DAS MAMAS
CÂNCER DE COLO UTERINO
CÂNCER DE MAMA
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL, CÂNCER DE ENDOMÉTRIO E OUTROS TUMORES 
DISTOPIAS GENITAIS 
CICLO MENSTRUAL
ASSISTÊNCIA A VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL 
DOR PÉLVICA, DISMENORREIA E SÍNDROME PRÉ MENSTRUAL/ TDPM
ANATOMIA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA DOS ÓRGÃOS REPRODUTORES FEMININOS
ÚLCERAS GENITAIS
PUBERDADE NORMAL, PRECOCE E TARDIA
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
ADENOMIOSE
LESÕES DA VULVA E DA VAGINA
ÉTICA EM GINECOLOGIA
PÓLIPOS ENDOMETRIAIS
DINFUNÇÕES SEXUAIS
ABDOME AGUDO EM GINECOLOGIA
CÂNCER DE VAGINA E VULVA
ANATOMIA DO ASSOALHO PÉLVICO
INFECÇÕES URINÁRIAS
OUTRAS NEOPLASIAS GENITAIS
É fundamental para você, que está se preparando para a prova de Residência Médica, saber a importância de cada tema, para orientar-se e 
focar em seus estudos.
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
CAPÍTULO
1.0 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula estudaremos o Mioma Uterino, também denominado Leiomiomatose uterina. Este é um dos temas mais frequentes em 
provas de Residência Médica. Sempre gosto de começar uma aula com algumas perguntas que irão despertar curiosidade, direcionar o 
aprendizado e tornar o entendimento mais intuitivo e lógico. 
PROVOCAÇÕES INTRODUTÓRIAS
1. O que é o Mioma Uterino?
2. Qual é a prevalência da miomatose uterina?
3. Qual é a fisiopatologia da miomatose uterina?
4. Quais são os fatores de risco paradesenvolver a miomatose uterina?
5. Qual é o quadro clínico do mioma uterino?
6. Como diagnosticamos a miomatose uterina?
7. Quais são as possíveis complicações da miomatose uterina?
8. Qual é o tratamento clínico da miomatose uterina? 
9. Qual é o tratamento cirúrgico da miomatose uterina?
Ao buscarmos as respostas para essas questões, estaremos encadeando uma sequência lógica, facilitando assim nosso estudo, com 
melhor aproveitamento do tempo. Lembre-se disso: “Quem entende não precisa decorar!” 
CAPÍTULO
2.0 DEFINIÇÃO
O mioma uterino é um tumor benigno, formado por fibras 
musculares lisas e tecido conectivo. Na maioria dos casos, são 
múltiplos (2/3 dos casos). 
Os miomas são classificados de acordo com sua localização 
no útero. A quase totalidade dos miomas localiza-se no corpo do 
útero (98% dos casos), havendo poucos casos de miomas no colo 
do útero. Dividimos os miomas do corpo do útero em submucosos, 
intramurais e subserosos. 
Existem alguns tipos raros de mioma, como o mioma parido, 
que se exterioriza através do colo do útero, e o mioma parasita, que 
se desprende do útero e se adere em outro órgão, recebendo sua 
vascularização.
Estrategista, os miomas são muito frequentes! É essencial 
que você saiba esse assunto! Você irá deparar-se com os miomas 
tanto nas provas de Residência quanto em sua prática clínica, sendo 
ginecologista ou não. Os miomas são a indicação mais frequente de 
histerectomias (sendo 2/3 das indicações).
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
Figura 1: Miomatose uterina 
2.1EPIDEMIOLOGIA
A incidência dos miomas dá-se em 50% a 80% das mulheres durante o período reprodutivo, sendo os tumores pélvicos mais comuns.
Os miomas são mais prevalentes na faixa etária entre 35 e 50 anos de idade. Como foi dito anteriormente, os miomas são a indicação 
mais frequente de histerectomias (aproximadamente 2/3 dos casos). 
Estratégia
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
Prof. Alexandre Melitto | Curso Extensivo | Março 2021
2.2 CLASSIFICAÇÃO
A Federação Internacional 
de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) 
propôs em 2011 uma classificação 
para os miomas. 
Figura 2: Classificação dos Miomas Uterinos (FIGO)
Essa classificação é muito 
importante e costuma ser cobrada 
em algumas questões nos concursos 
de Residência Médica.
CAI NA PROVA
(SURCE 2020) Mulher, 35 anos, com desejo de engravidar, comparece preocupada com ultrassom transvaginal com útero de 200cm³ com 
presença de nódulo hipoecogênico de 4 cm, tipo 7 pela classificação da FIGO. Ela refere ciclos regulares com fluxo de 4 dias sem coágulos. 
Nega dor. Qual a melhor conduta?
A) Expectante.
B) Análogo do GnrH.
C) Miomectomia laparoscópica.
D) Miomectomia histeroscópica.
COMENTÁRIO
Correta a alternativa A trata-se de uma paciente com mioma subseroso pediculado (tipo 7 pela classificação da FIGO), assintomática. 
A paciente encontra-se com o fluxo menstrual regular, com duração normal. A conduta indicada para esse caso é a expectante.
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CAPÍTULO
3.0 FISIOPATOLOGIA
3.1 HISTOLOGIA
Os miomas são tumores benignos monoclonais e têm origem 
nas células do músculo liso do útero. Cada mioma tem origem 
em um único miócito, ou seja, nos casos de miomas múltiplos, 
observamos que cada mioma teve uma origem independente. 
São tumores arredondados, de consistência fibroelástica 
e cor esbranquiçada. Apresentam uma pseudocápsula fina, que 
proporciona um plano de clivagem (separação) com o miométrio, 
facilitando a sua exérese (Miomectomia)
Os miomas apresentam raras mitoses e essa característica é 
muito importante para sua diferenciação com o leiomiossarcoma.
3.2 INFLUÊNCIA HORMONAL
Os miomas apresentam receptores de estrógeno e progesterona. Por isso, os miomas desenvolvem-se durante a 
vida reprodutiva da mulher e costumam regredir após a menopausa, devido ao hipoestrogenismo.
Os miomas são capazes de criar, por si só, um ambiente estrogênico, que favorece seu crescimento através de 3 
mecanismos:
• Os miomas apresentam mais receptores de estrógeno que as células do miométrio;
• Os miomas apresentam níveis mais altos de aromatase, sendo capazes de converter andrógenos em estrógenos.
• Os miomas convertem menos estradiol em estrona (que é 13 vezes menos potente que o estradiol). Isso acontece porque os miomas 
têm a enzima 17 beta hidroxidesidrogenase do tipo 2 diminuída. Além disso, os miomas também são capazes de fazer o caminho 
inverso e converter a estrona em estradiol, porque apresentam a enzima 17 beta hidroxiprogesterona do tipo 1 aumentada.
Como dissemos, os miomas apresentam receptores de 
estrógeno e progesterona, por isso esses dois hormônios têm a 
capacidade de estimular o desenvolvimento dos miomas. 
Além disso, observamos alguns fatores de crescimento 
aumentados nas células dos miomas, como o fator de crescimento 
epidermoide (EGF) e o fator de crescimento endotelial vascular 
(VEGF). Esses fatores de crescimento estão relacionados ao 
estímulo estrogênico. 
Os miomas apresentam expressão aumentada de proteína 
Bcl-2 (responsável pela inibição da apoptose celular), PCNA (antígeno 
nuclear de proliferação celular) e Ki-67 (proliferação celular). Essa 
expressão está relacionada ao estímulo da progesterona. 
Por tudo isso, podemos entender que a fisiopatologia dos 
miomas está muito relacionada ao estímulo hormonal do estrógeno 
e da progesterona. É muito importante lembrar que os miomas são 
tumores sensíveis a esses hormônios! Com isso, podemos entender 
sua fisiopatologia, bem como seus fatores de risco e de proteção, e 
a lógica de seu tratamento. 
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CAI NA PROVA
(UFES 2017)Sobre o papel dos estrogênios na formação e crescimento dos leiomiomas, observe as afirmações: I- Os 
leiomiomas têm maior densidade de receptores estrogênicos que o miométrio normal. II- Os leiomiomas convertem 
mais o estradiol em estrona. III- Os leiomiomas apresentam níveis mais baixos da aromatase citocromo P450 que os 
miócitos normais. É correto o que se afirma em:
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II, III.
COMENTÁRIO
Vamos analisar as afirmativas:
Correta a afirmativa “I”: os leiomiomas têm maior densidade de receptores estrogênicos que o miométrio normal, isso segue a lógica de 
que os miomas precisam do estrógeno para seu desenvolvimento e manutenção.
Incorreta a afirmativa “II”: porque os leiomiomas convertem menos estradiol em estrona. O estradiol é muito mais potente que a estrona, 
sendo assim, o mioma converte menos estradiol para seu desenvolvimento e manutenção.
Incorreta a afirmativa “III”: porque os leiomiomas apresentam níveis mais altos da aromatase citocromo P450 em comparação com os 
miócitos normais. Com isso, os miomas convertem mais androgênios em estrogênios, garantindo seu desenvolvimento e manutenção.
Correta a alternativa A
(SES DF 2017) Paciente de 40 anos de idade, G2C2, casada, ciclos menstruais regulares, MAC laqueadura tubária em 2014. Aflita, consulta o médico 
generalista, trazendo ecografia transvaginal, na qual se evidenciou imagem nodular de 2,3 cm x 2,5 cm, sugestiva de leiomioma subseroso. 
Apresenta endométrio homogêneo de 0,5 cm e ovários sem particularidades. Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos 
médicos a ele relacionados, julgue o item a seguir: deve-se tranquilizar a paciente, pois a maioria dos leiomiomas são assintomáticos e 
tendem a regredir na pós-menopausa, visto que são estrógenos dependentes. 
A) CERTO
B) ERRADO
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GINECOLOGIA Miomatose Uterina
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A afirmativa está certa, porque a paciente apresenta um mioma subseroso assintomático. Deve-se tranquilizara paciente, pois a maioria 
dos leiomiomas tendem a regredir na pós-menopausa, visto que são estrógenos dependentes. 
COMENTÁRIO
Os miomas uterinos são sensíveis ao estrogênio e à progesterona. Por isso, eles desenvolvem-se durante o menacme e regridem após 
a menopausa. 
Sabendo disso, podemos entender a fisiopatologia dos miomas e seu tratamento. Os miomas criam, por si mesmos, um ambiente 
hiperestrogênico para seu crescimento.
Correta a alternativa A
3.3 DEGENERAÇÕES
Em alguns casos, os miomas podem transformar-se, ocorrendo a substituição de seu tecido “normal” por outro tipo de tecido. Isso 
chama-se degeneração e pode acontecer devido ao crescimento dos miomas sem aumento correspondente da irrigação sanguínea, ocorrendo 
necrose ou hemorragia. 
Existem tipos diferentes de degeneração e sua denominação é feita de acordo com o tecido ou substância que substitui o tecido 
miomatoso: 
• Hialina: é a degeneração mais comum.
• Calcificada: comum após a menopausa, devido ao hipoestrogenismo e à falta de suprimento sanguíneo do mioma.
• Cística: ocorre pela liquefação da degeneração hialina, formando cistos.
• Mixoide - ou mucoide: apresenta cistos de material gelatinoso.
• Rubra ou vermelha (necrobiose asséptica): é o infarto hemorrágico do mioma. Ocorre mais frequentemente no ciclo gravídico 
puerperal, ou durante o uso de pílula anticoncepcional, ou de análogos do GnRH. 
• Gordurosa: substituição pelo tecido gorduroso. É menos frequente que as outras degenerações.
• Sarcomatosa: será abordada mais detalhadamente no livro sobre tumores do corpo uterino. Felizmente é rara (0,1 a 0,6%), porque 
apresenta mau prognóstico. Por enquanto, saiba que, nesses casos, ocorre crescimento rápido dos tumores, além disso, acontece 
mais frequentemente em pacientes pós-menopausa. Sua confirmação depende do estudo histopatológico do tumor e, nesses 
casos, observa-se aumento das mitoses e atipia celular.
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CAI NA PROVA
(UNIFESP2016) Qual é a degeneração mais frequente que o mioma uterino pode sofrer durante a gestação?
A) Calcificação
B) Sarcomatosa
C) Hialina
D) Gordurosa 
E) Necrose asséptica
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque os miomas regridem e podem se calcificar, geralmente após a menopausa.
Incorreta a alternativa B, porque a degeneração sarcomatosa é rara (0,1 a 0,6%), apresenta mau prognóstico e ocorre mais frequentemente 
em pacientes pós-menopausa.
Incorreta a alternativa C, porque a degeneração hialina, branca, ou também chamada de liquefação tumoral, não é frequente na gravidez.
Incorreta a alternativa D, porque a degeneração gordurosa ou amarela também não é frequente na gestação.
Correta a alternativa E a degeneração mais frequente durante a gravidez é a degeneração vermelha ou rubra, também chamada 
de necrobiose asséptica.
(SES DF 2017) Paciente de 40 anos de idade, G2C2, casada, ciclos menstruais regulares, MAC laqueadura tubária em 2014. Aflita, consulta o 
médico generalista, trazendo ecografia transvaginal, na qual se evidenciou imagem nodular de 2,3 cm x 2,5 cm, sugestiva de leiomioma subseroso. 
Apresenta endométrio homogêneo de 0,5 cm e ovários sem particularidades. Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos 
médicos a ele relacionados, julgue o item a seguir. Deve-se orientar a paciente que o crescimento rápido, especialmente na pós-menopausa, 
tem indicação cirúrgica mesmo nos assintomáticos.
A) CERTO
B) ERRADO
COMENTÁRIO
A afirmativa está certa, porque o mioma é um tumor benigno, dependente de estrógeno. Em caso de crescimento após a menopausa, 
deve-se suspeitar de uma possível degeneração sarcomatosa (maligna).
Os sarcomas são tumores raros e de mau prognóstico. Apresentam crescimento rápido. O quadro clínico é caracterizado por 
sangramento uterino anormal, dor pélvica e aumento do volume uterino. A ressonância magnética é o exame recomendado para tentar 
diferenciar o mioma do sarcoma, mas a confirmação diagnóstica só pode ser feita com o estudo histológico. 
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Correta a alternativa A
(UNIFESP 2019) Mulher, 73 anos de idade, tercigesta, secundípara, procura o Posto de Saúde preocupada com o resultado de ultrassonografia 
endovaginal solicitado pelo geriatra. Refere ser hígida, nega sangramento genital e queixas climatéricas. Não faz uso de medicação diária. 
Laudo da Ultrassonografia = nódulo sólido uterino intramural com área calcificada medindo 15x13mm, espessura do endométrio: 2 mm, 
ovários não observados. Qual o provável diagnóstico e qual a conduta?
A) Leiomiossarcoma uterino; histerectomia.
B) Teratoma uterino; histerectomia.
C) Mioma uterino calcificado; tranquilizar a paciente.
D) Mioma uterino; miomectomia.
E) Nódulo uterino a esclarecer; biópsia percutânea.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque o quadro de leiomiossarcoma uterino está mais comumente relacionado a tumor de grande volume, 
endurecido e de crescimento rápido, que provoca sangramento vaginal. Trata-se de neoplasia maligna rara e de mau prognóstico.
Incorreta a alternativa B, porque não existe teratoma uterino! O teratoma é um tipo de tumor de células germinativas do ovário.
Correta a alternativa C porque esse nódulo calcificado trata-se de um mioma uterino que se calcificou após a menopausa, sem 
nenhuma implicação clínica relevante. Basta orientar e tranquilizar a paciente.
Incorreta a alternativa D, porque se trata de mioma uterino calcificado assintomático, sem indicação de abordagem cirúrgica. A conduta 
para esse caso é expectante. Não existe indicação de miomectomia.
Incorreta a alternativa E, porque o nódulo não apresenta características que sugiram suspeita de malignidade. Não há indicação de biópsia 
nesse caso. Além disso, não existe biópsia percutânea do útero!
CAPÍTULO
4.0 FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
São fatores de risco para a miomatose uterina: ser da raça negra, apresentar história familiar de miomatose, menarca 
precoce, obesidade, nuliparidade, ingesta de álcool ou carnes vermelhas e hipertensão arterial.
Estratégia
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• Idade: a idade é um importante fator de risco, com maior incidência entre 35 e 50 anos e regressão dos miomas após a menopausa. 
• Raça Negra: Ser da raça negra confere um risco relativo de duas a três vezes maior para o desenvolvimento da miomatose uterina. Não 
se sabe a etiologia envolvida nesse aumento de risco. A história natural dos miomas é diferente nessas mulheres. As mulheres negras 
costumam desenvolver os sintomas da miomatose com menos idade que as mulheres brancas, sendo mais frequente em pacientes de 
30 anos de idade da raça negra. Os miomas costumam crescer mais em mulheres negras depois dos 45 anos, em comparação com as 
mulheres brancas. A taxa de histerectomias e miomectomias também é maior nas mulheres negras.
• História Familiar: apresentar antecedente familiar de miomatose, em parente de primeiro grau (mãe ou irmã), confere um aumento 
do risco em 2,5 vezes. 
• Obesidade: a obesidade aumenta a incidência de miomatose em 20% a cada 10 kg de ganho de peso. Isso acontece por causa do 
aumento da produção de estrona proveniente da conversão periférica de androstenediona pela ação da enzima aromatase no tecido 
adiposo. Como foi dito anteriormente, os miomas são sensíveis aos estrógenos e o aumento da estrona contribui para o aumento do 
risco no desenvolvimento desses tumores. Além disso, ocorre o aumento da conversão de androgênios provenientes da suprarrenal 
em estrona na gordura periférica e a diminuição da produção de SHBG pelo fígado, levando ao aumento dos níveis de estrógeno livre 
(fração ativa do hormônio). Os fatores de risco para o desenvolvimento da miomatose uterina estão, em geral, relacionados com a 
maior exposiçãoao estrógeno e à progesterona.
• Dieta: o consumo de álcool está associado ao aumento de risco no desenvolvimento de miomas. O consumo de carnes vermelhas 
também está associado ao aumento do risco de miomatose.
• Menarca Precoce: a menarca precoce (antes dos 10 anos de idade) está associada a um aumento no risco de desenvolvimento de 
miomatose uterina. Deve-se levar em consideração que as mulheres negras costumam ter a menarca antes das mulheres brancas. 
Após a menarca, ocorre o aumento dos níveis de estradiol. Lembre-se de que os miomas são sensíveis ao estrogênio e que o aumento 
dos níveis do estradiol nos casos de menarca precoce está relacionado ao aumento do risco de miomatose.
• Nuliparidade: os estudos demonstram a maior incidência de miomatose uterina em pacientes que nunca engravidaram.
• Hipertensão Arterial: a hipertensão arterial está associada ao aumento do risco de desenvolvimento da leiomiomatose uterina. O 
aumento do risco é proporcional ao tempo e à severidade da doença.
• Outros fatores endócrinos: alguns agentes químicos estão relacionados à desregulação hormonal. A exposição pré-natal ao 
dietilestilbestrol está associada ao aumento do risco no desenvolvimento da miomatose uterina. A exposição ao inseticida difenil-
dicloroeteno também aumenta o risco de desenvolver miomatose uterina.
Estratégia
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Fatores de Risco – Miomatose Uterina
Idade entre 35 e 50 anos
Raça Negra
História Familiar
Menarca precoce
Obesidade
Nuliparidade
Álcool e carnes vermelhas
Hipertensão arterial
Exposição intraútero ao dietilestilbestrol
Exposição ao inseticida difenil-dicloroeteno
Tabela 1
São fatores de proteção para o desenvolvimento da miomatose uterina:
• Paridade: diminuição de 15% do risco de desenvolver mioma a cada gestação.
• Uso de anticoncepcional oral combinado: redução de cerca de 15% no risco a cada cinco anos de uso.
• Tabagismo: produz hipoestrogenismo, devido à inibição da aromatase, e redução de cerca de 15% no risco com o consumo de 10 
cigarros por dia. Obviamente, não se deve sugerir para a paciente fumar para prevenir a miomatose.
• Prática de atividade física e perda de peso: redução da conversão periférica (gordura) de androgênios em estrona por meio da ação 
da enzima aromatase.
• Prevenção da deficiência de vitamina D e consumo de vitamina A proveniente de fontes animais.
• Consumo de vegetais verdes e frutas cítricas diminui o risco da miomatose uterina.
CAI NA PROVA
(USP RP 2015) Paciente com 54 anos, G3P2A1 com dois partos normais anteriores, negra, usuária por 15 anos de anticoncepcional oral 
combinado cíclico até 13 anos atrás, no momento em uso de terapia hormonal (valerato de estradiol + noretisterona), tabagista por 20 anos 
(sem uso há 16 anos), atualmente com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, fibromialgia e hipotireoidismo em 
tratamento, IMC= 32,3 kg/m². Ultrassom com achado sugestivo de leiomioma uterino de 8 cm no maior diâmetro. Na história clínica desta 
paciente, quais os fatores de risco para leiomiomatose uterina? 
Estratégia
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A) Idade, paridade, tabagismo, fibromialgia e diabetes mellitus. 
B) Idade, paridade, obesidade, fibromialgia, hipotireoidismo. 
C) Uso de anticoncepcional oral, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, raça negra. 
D) Raça negra, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade e uso de terapia hormonal. 
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque, nessa alternativa, somente a idade é fator de risco para a miomatose uterina.
Incorreta a alternativa B, porque, nessa alternativa, somente a idade e a obesidade são fatores de risco para a miomatose uterina.
Incorreta a alternativa C, porque o uso de anticoncepcional e o tabagismo não são fatores de risco para a miomatose uterina.
Correta a alternativa D porque são fatores de risco para a miomatose uterina: raça negra, hipertensão arterial sistêmica, obesidade 
e uso de terapia hormonal. Essa foi a alternativa considerada como correta pela banca na época, mas, atualmente, a diabetes do tipo II não 
é considerada um fator de risco. Pode haver uma confusão em relação à diabetes, porque a obesidade e a HAS são fatores de risco para o 
desenvolvimento da miomatose uterina e a diabetes está fortemente associada a essas patologias.
CAPÍTULO
5.0 QUADRO CLÍNICO
5.1 SINTOMAS
Cerca de metade das mulheres com mioma são 
assintomáticas! Nesses casos, os miomas são encontrados durante 
a rotina ginecológica, através do exame físico ou ultrassonográfico.
O sintoma mais frequente da leiomiomatose uterina é o 
sangramento uterino anormal, com aumento do fluxo menstrual 
(hipermenorragia) ou sangramento vaginal irregular (metrorragia). 
Outros sintomas frequentes são dismenorreia, dor pélvica e 
sintomas compressivos causados pelo aumento do volume uterino. 
A miomatose uterina também pode manifestar-se 
com sintomas intestinais, alterações urinárias, infertilidade e 
abortamento.
CAI NA PROVA
(SES RJ 2015) O sintoma mais relatado pelas pacientes portadoras de miomas é:
A) dismenorreia.
B) sinusiorragia. 
C) menorragia.
D) dor pélvica.
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque, embora a dismenorreia possa ser um dos sintomas da miomatose uterina, está mais relacionada à 
endometriose.
Incorreta a alternativa B, porque a sinusiorragia (sangramento genital relacionado à atividade sexual) está mais relacionada aos quadros 
inflamatórios do colo do útero (cervicites) e neoplásicos (câncer do colo de útero).
Correta a alternativa C a queixa mais frequente das pacientes com miomatose uterina é o aumento do fluxo menstrual 
(sangramento uterino anormal).
Incorreta a alternativa D, porque, embora a dor pélvica seja um dos possíveis sintomas da miomatose uterina, ainda é menos frequente 
do que a menorragia. 
Estrategista, os sintomas dos miomas estão relacionados a sua localização e tamanho. De maneira geral, os miomas 
submucosos provocam metrorragia (sangramento uterino irregular), os miomas intramurais provocam hipermenorragia 
(aumento do fluxo menstrual) e os miomas subserosos, quando sintomáticos, provocam dor pélvica. 
Os miomas submucosos provocam 
metrorragia porque estão em contato com o 
endométrio, provocando uma “ferida” nesse 
local, que sangra irregularmente. Os miomas 
intramurais provocam aumento do fluxo 
menstrual por prejudicarem a contratilidade 
do miométrio e provocar estase venosa. 
Os miomas subserosos, em geral, são 
assintomáticos. Provocam dor pélvica 
quando são grandes, devido à compressão 
das estruturas adjacentes. Por isso, podem 
provocar sintomas urinários, intestinais e 
lombossacralgia. 
Figura 3: Relação da localização dos miomas com a vascularização uterina 
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Manifestações clínicas dos Miomas
Submucoso Metrorragia
Intramural Hipermenorragia
Subseroso Dor pélvica / Sintomas compressivos
Os miomas também podem manifestar-se com a infertilidade (cerca de 5% dos casos). A infertilidade está relacionada principalmente 
com os miomas submucosos, porque provocam inflamação e distorcem a cavidade endometrial. Além disso, podem aumentar o risco de 
aborto e de trabalho de parto prematuro. 
5.2 EXAME FÍSICO
A miomatose pode provocar o aumento do volume abdominal, devido ao aumento do volume do útero, palpável no hipogástrio, de 
consistência fibroelástica e bocelado (ou lobulado). 
No toque bimanual, podemos encontrar um útero aumentado, de consistência fibroelástica, bocelado e móvel. É importante mobilizar 
o colo do útero para confirmar que o tumor palpável está localizado no útero, e não nos anexos.CAI NA PROVA
(SUS SP 2016) Paciente de 30 anos queixa-se de aumento do fluxo menstrual, com sangramento intenso que dura 
7 dias, com eliminação de coágulos e cólicas importantes. Essa queixa tem cerca de um ano de duração. Refere 
ter engravidado uma vez, tendo parto normal, sem intercorrências, há 3 anos. Usa preservativo como método 
contraceptivo. Ao exame físico, observa-se colo normal, com moderada quantidade de sangue coletado na vagina. 
O toque bimanual mostra útero aumentado a 10 cm da sínfise púbica, superfície irregular, móvel, discretamente 
doloroso à palpação. Pensando nas causas de sangramento uterino anormal, a primeira hipótese diagnóstica deve 
ser de:
A) Mioma uterino subseroso.
B) Mioma uterino intramural.
C) Pólipo endocervical.
D) Endometriose pélvica.
E) Sarcoma uterino.
Tabela 2
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque os miomas subserosos, em geral, são assintomáticos. Quando são muito volumosos, podem causar dor 
pélvica ou aumento do volume abdominal, não provocando hipermenorragia.
Correta a alternativa B a paciente queixa-se de aumento do fluxo menstrual, com sangramento intenso, que dura 7 dias, trata-se 
de caso de hipermenorragia, compatível com mioma uterino intramural.
Incorreta a alternativa C, porque um pólipo endocervical é diagnosticado, na maioria das vezes, no exame ginecológico especular, sendo 
visibilizado exteriorizando-se pelo orifício externo do colo. Além disso, o pólipo endocervical não provocaria aumento do volume uterino, 
como nesse caso.
Incorreta a alternativa D, porque os sintomas clássicos da endometriose são dismenorreia progressiva, dispareunia e infertilidade, 
associados ao quadro de dor pélvica crônica. A endometriose não se manifesta com aumento do fluxo menstrual. Apesar de a paciente 
referir cólicas menstruais, ela não refere dispareunia e não tem história de infertilidade. Além disso, o útero apresenta-se móvel. Tudo isso 
fala contra o diagnóstico de endometriose.
Incorreta a alternativa E, porque o sarcoma uterino é uma neoplasia rara e acomete, mais frequentemente, pacientes na pós-menopausa.
(H. Visão Laser 2019) A miomatose uterina não apresenta o seguinte dos sintomas:
A) Dor pélvica.
B) Hipermenorragia. 
C) Metrorragia.
D) Criptomenorragia.
COMENTÁRIO
Correta a alternativa A, um dos sintomas manifestados nos casos de miomatose uterina é a dor pélvica, geralmente relacionada a 
leiomiomas subserosos de grande volume.
Correta a alternativa B, os leiomiomas intramurais, em geral, cursam com quadro de hipermenorragia (menstruação aumentada em 
volume e duração).
Correta a alternativa C, os leiomiomas submucosos podem manifestar-se clinicamente através de metrorragia (sangramento volumoso, 
não cíclico)
Incorreta a alternativa D porque a criptomenorragia é a retenção da menstruação por obstrução de alguma parte do canal genital 
ou por imperfuração do hímen, não fazendo parte do quadro clínico da leiomiomatose uterina.
Estratégia
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(H.C. Barretos 2018) Em relação à Miomatose Uterina, assinale a alternativa correta:
A) É muito rara sua associação com Adenomiose.
B) Os miomas subserosos geralmente não causam distúrbios menstruais.
C) A localização cervical é mais comum que a localização corporal.
D) Geralmente se transforma em carcinoma endometrial.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque é comum encontrar adenomiose em produtos de histerectomia por miomatose uterina. Os dados da 
literatura sobre a incidência de adenomiose variam muito (1 a 70%), sendo 20 a 30% dos úteros provenientes de histerectomia.
Correta a alternativa B os miomas subserosos em geral são assintomáticos, não causando distúrbios menstruais. Quando 
apresentam grandes dimensões, podem apresentar os sintomas de dor ou aumento do volume abdominal.
Incorreta a alternativa C, porque os leiomiomas cervicais são raros (<1% dos casos).
Incorreta a alternativa D, os leiomiomas uterinos não se "transformam" em carcinoma endometrial. É descrita, porém é rara, a degeneração 
sarcomatosa (leiomiossarcoma - 0,1 a 0,6% dos casos).
(SES DF 2017) Paciente de 40 anos de idade, G2C2, casada, ciclos menstruais regulares, MAC laqueadura tubária em 2014. Aflita, consulta o médico 
generalista, trazendo ecografia transvaginal, na qual se evidenciou imagem nodular de 2,3 cm x 2,5 cm, sugestiva de leiomioma subseroso. 
Apresenta endométrio homogêneo de 0,5 cm e ovários sem particularidades. Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos 
médicos a ele relacionados, julgue o item a seguir. Deve-se informar a paciente que ela pode apresentar menometrorragia em razão da 
localização do mioma.
A) CERTO
B) ERRADO 
COMENTÁRIO
A afirmativa está errada, porque essa paciente tem um mioma subseroso e a menometrorragia está associada aos miomas submucosos 
e intramurais.
Correta a alternativa B
Estratégia
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CAPÍTULO
6.0 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da leiomiomatose uterina deve ser feito baseado em anamnese, exame físico ginecológico e exames subsidiários.
6.1 ULTRASSONOGRAFIA
O exame de imagem de primeira escolha para a 
investigação dos miomas é o ultrassom transvaginal ou 
pélvico (nas pacientes virgens). Pode ser usado para o 
acompanhamento dos casos assintomáticos e para a 
indicação de tratamento cirúrgico.
O ultrassom é capaz de avaliar o volume uterino, 
sendo possível visualizar nódulos miomatosos. Os 
miomas são hipoecogênicos, bem delimitados e, em 
alguns casos, apresentam calcificações ou reforços 
acústicos devido à degeneração cística.
Figura 4: Mioma ao ultrassom. Fonte: Shutterstock
Os miomas apresentam um contorno periférico 
da vascularização na avaliação pelo Doppler colorido. 
Sendo assim, o Doppler pode ser usado para diferenciar 
um mioma submucoso de um pólipo endometrial (que 
tem a vascularização central).
CAI NA PROVA 
(FMRP 2016) Paciente com 37 anos, G1P1A0 (1PN), IMC= 31,0 kg/m². Refere 
estar com sangramento uterino anormal há 8 meses e piora há 3 meses com 
sangramento excessivo. Exames complementares. Hb: 9,2 g/dl; USTV: útero 
AVF, centrado, textura miometrial heterogênea, com volume total de 130 cm³, 
presença de lesão nodular de 4 cm no maior diâmetro conforme fotografia (VER 
IMAGEM). Qual o diagnóstico mais provável e a melhor conduta para este caso?
A) Leiomioma intramural e acetato de medroxiprogesterona injetável. 
B) Leiomioma submucoso e miomectomia histeroscópica. 
C) Leiomioma intramural e miomectomia laparoscópica.
D) Leiomioma submucoso e acetato de medroxiprogesterona injetável. 
Estratégia
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque podemos visibilizar, por meio da imagem ultrassonográfica, que se trata de leiomioma submucoso 
(dentro da cavidade endometrial), não intramural.
Correta a alternativa B porque o quadro clínico de metrorragia e a imagem ultrassonográfica de nódulo intracavitário revelam se 
tratar de leiomioma submucoso, sendo a miomectomia histeroscópica a melhor opção terapêutica nesse caso. 
Incorreta a alternativa C, porque, além de não se tratar de leiomioma intramural, conforme visto na imagem ultrassonográfica, a indicação 
de miomectomia laparoscópica não é a conduta indicada para esses casos em que o mioma se encontra dentro da cavidade uterina. A 
conduta de primeira escolha indicada para os miomas submucosos é a exérese por meio da histeroscopia cirúrgica.
Incorreta a alternativa D, porque a paciente está com quadro de sangramento importante, que está causando anemia. Nesses casos, está 
indicada a conduta cirúrgica, com exérese do mioma submucoso por meio de histeroscopia.
(SMSSP 2018) Uma mulher de 37 anos, negra, nulípara,procura a UBS com queixa de sangramento vaginal irregular, durante quase todo o 
mês; está assim há seis meses e vem piorando. Ao exame ginecológico, o médico identifica que o útero está aumentado de volume. Frente a 
esse quadro, qual exame de imagem deve ser realizado e o que se espera dele?
A) Ultrassonografia pélvica para avaliar a espessura endometrial, pois há grande possibilidade de se tratar de hiperplasia ou carcinoma 
endometrial.
B) Histerossalpingografia para investigar a existência de pólipo endometrial, que é um fator que justifica a metrorragia. 
C) Ultrassonografia pélvica para identificar e assim confirmar a hipótese mais provável de mioma subseroso. 
D) Ressonância nuclear magnética, que é o exame “padrão-ouro” e que melhor identifica e localiza nódulos de mioma.
E) Ultrassonografia pélvica para avaliar a presença de mioma submucoso, que é a localização que mais justifica esse padrão de sangramento.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque se trata de mulher de 37 anos, com aumento uterino ao exame físico. A hipótese diagnóstica mais 
provável nesse caso é a miomatose uterina, não a hiperplasia ou o carcinoma endometrial, que é mais frequente após a menopausa e não 
costuma levar ao aumento do volume uterino.
Incorreta a alternativa B, porque, apesar de o pólipo endometrial ser uma das causas de sangramento uterino anormal, não ocorre 
aumento do volume uterino nesses casos, afastando essa hipótese diagnóstica.
Incorreta a alternativa C, porque os miomas subserosos em geral são assintomáticos. Quando sintomáticos se manifestam por meio de 
aumento do volume abdominal ou dor pélvica.
Incorreta a alternativa D, porque a ressonância magnética é indicada para casos específicos, devido ao alto custo e à baixa disponibilidade. 
Pode ser solicitada para casos com úteros muito grandes, na diferenciação entre miomatose uterina com adenomiose ou sarcoma, 
acompanhamento dos casos após embolização das artérias uterinas e para o planejamento cirúrgico de casos muito complexos.
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Correta a alternativa E porque a paciente apresenta sintoma de metrorragia (sangramento durante todo o mês), sendo mais 
provável a hipótese de mioma submucoso. 
6.2 HISTEROSSONOGRAFIA
A histerossonografia é a ultrassonografia realizada após a injeção de soro fisiológico na cavidade endometrial. Com isso, é possível 
avaliar a existência de miomas submucosos e intramurais, que podem não ser vistos no ultrassom “normal” e abaulam a cavidade uterina.
A histerossonografia pode medir a profundidade da lesão e é útil para o planejamento do tratamento cirúrgico histeroscópico dos 
miomas submucosos.
Figura 5: Histerossonografia
6.3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A Ressonância Magnética é utilizada para os casos de leiomiomatose uterina com indicação de tratamento cirúrgico conservador, 
sendo utilizada no planejamento pré-operatório de miomectomia ou da embolização das artérias uterinas. 
Esse exame pode diferenciar os miomas de outras doenças, como a adenomiose e a endometriose e até mesmo o sarcoma.
Estratégia
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Figura 6: Mioma visto na Ressonância Magnética 
Uma outra vantagem da ressonância magnética está na avaliação dos 
casos de miomas muito grandes, com úteros maiores que 375 cm3 e dos úteros 
com múltiplos miomas. Nesses casos, a avaliação ultrassonográfica é bastante 
difícil, porque os miomas grandes ou múltiplos produzem sombra acústica 
posterior, sendo difícil visualizar as lesões.
De acordo com a velocidade de seu crescimento, os miomas podem 
apresentar contornos regulares ou irregulares na ressonância magnética. 
Apresentam-se com baixo sinal em T2 e intensidade de sinal semelhante ou 
mais baixa que o miométrio em T1. 
Vamos resumir quais são as indicações da ressonância magnética na 
investigação da leiomiomatose uterina:
Indicações de Ressonância Magnética na investigação da miomatose uterina
Planejamento pré-operatório do tratamento cirúrgico conservador (miomectomia)
Planejamento da embolização das artérias uterinas
Diferenciar a leiomiomatose da endometriose e da adenomiose
Avaliação dos casos com volume uterino grande (> 375 cm3) ou miomas múltiplos
Avaliação dos casos com degeneração e possibilidade de diferenciação com sarcomas.
6.4 HISTEROSCOPIA
A histeroscopia é o exame de escolha (padrão-ouro) para 
avaliação da cavidade endometrial, devido a sua elevada acurácia 
(sensibilidade > 88% e especificidade de aproximadamente 100%). 
É realizada através da introdução de uma fibra ótica pelo 
colo do útero para avaliação da cavidade endometrial. Com isso, é 
possível visibilizar em tempo real os miomas submucosos ou outras 
lesões cavitárias como os pólipos e as neoplasias de endométrio.
Tabela 3
Estratégia
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Figura 7: Histeroscopia 
A histeroscopia possibilita o diagnóstico dos miomas submucosos, porém não consegue avaliar a profundidade desses miomas. Para 
realizar o planejamento do tratamento cirúrgico, é necessário associar o estudo com a ultrassonografia (histerossonografia) e/ou a RNM.
CAPÍTULO
7.0 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O diagnóstico diferencial da leiomiomatose uterina deve ser feito com outras patologias que provocam sangramento uterino anormal 
e dor pélvica (aumento uterino). 
Diagnóstico diferencial da leiomiomatose uterina
Patologias que provocam sangramento uterino anormal Patologias que provocam dor pélvica
Pólipos Tumores anexiais
Adenomiose Endometriose
Tumores malignos do útero Infecção Urinária
Aborto/ Gravidez Doenças Intestinais
Estratégia
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Estrategista, questões sobre o diagnóstico diferencial da miomatose uterina são frequentes. É importante saber diferenciar 
se a causa do aumento do útero é a miomatose ou a adenomiose. Na miomatose uterina, temos um útero aumentado, 
com contornos irregulares (lobulados ou bocelados), devido aos nódulos miomatosos, de consistência fibroelástica e, na 
adenomiose, o útero apresenta contornos regulares, superfície lisa e consistência amolecida (macia / esponjosa).
CAPÍTULO
8.0 TRATAMENTO
8.1 TRATAMENTO CLÍNICO
O tratamento da miomatose uterina deve levar em consideração os seguintes fatores:
• Paciente está assintomática ou sintomática
• Idade da paciente
• Número, tamanho e localização dos miomas
• Futuro reprodutivo
• Tratamentos prévios 
• Comorbidades
Estrategista, lembre-se, mais da metade das pacientes com miomatose uterina são assintomáticas. A conduta para essas pacientes é 
expectante, com acompanhamento clínico e ultrassonográfico.
CAI NA PROVA
(SES DF 2017) Paciente de 40 anos de idade, G2C2, casada, ciclos menstruais regulares, MAC laqueadura tubária em 2014. Aflita, consulta o médico 
generalista, trazendo ecografia transvaginal, na qual se evidenciou imagem nodular de 2,3 cm x 2,5 cm, sugestiva de leiomioma subseroso. 
Apresenta endométrio homogêneo de 0,5 cm e ovários sem particularidades. Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos 
médicos a ele relacionados, julgue o item a seguir. Indica-se ACO combinado, pois é o tratamento mais eficaz para a paciente desse caso 
clínico.
A) CERTO
B) ERRADO 
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COMENTÁRIO
A afirmativa está errada, porque essa paciente tem um mioma subseroso assintomático. A conduta para esse caso é expectante, não 
estando indicado ACO combinado.
Correta a alternativa B
(SMS João Pessoa 2014) Paciente, mulher de 32 anos, assintomática, consulta para uma revisão da saúde Ginecológica, porque deseja 
engravidar. Durante a revisão é detectado um Mioma Uterino de 4 cm em parte intramural e parte subseroso, localizadona cara anterior do 
Útero e que não produz um efeito deformante na cavidade endometrial. Que atitude recomendaria? 
A) Miomectomia por via laparoscópica 
B) Miomectomia por via laparotômica
C) Embolização Arterial de Mioma via cateter
D) Tratamento com análogos do GnRH durante 3 meses antes de tentar engravidar
E) A tentativa de gravidez sem nenhum tratamento prévio
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a miomectomia por via laparoscópica está indicada para as pacientes sintomáticas, com miomas únicos, 
de, no máximo, 10 cm, ou até quatro a seis nódulos menores.
Incorreta a alternativa B, porque a miomectomia por via laparotômica é indicada para as pacientes sintomáticas, nos casos de miomas 
muito grandes e múltiplos.
Incorreta a alternativa C, porque essa paciente se encontra assintomática. A embolização arterial de mioma via cateter está indicada para 
os casos sintomáticos, na falha de tratamentos prévios ou em pacientes sem condições para tratamentos cirúrgicos. 
Incorreta a alternativa D, porque se trata de paciente assintomática, com mioma intramural/subseroso que não deforma a cavidade 
endometrial. O tratamento com análogos do GnRH é indicado para miomas de grande volume, sintomáticos, com o objetivo de diminuir 
esses tumores e preparar a paciente para a miomectomia, porque os miomas tendem a crescer novamente após a suspensão dos análogos 
do GnRH.
Correta a alternativa E trata-se de paciente assintomática, com mioma intramural/subseroso, que não deforma a cavidade 
endometrial. Essa paciente não tem história de perdas gestacionais e está liberada para tentar engravidar, sem nenhum tratamento prévio
Nas pacientes sintomáticas, geralmente, pensamos em iniciar pelo tratamento clínico, para o controle do sangramento e da dor pélvica. 
O tratamento clínico também está indicado para as pacientes que não desejam e não podem ser submetidas ao tratamento cirúrgico. O 
tratamento clínico pode ser realizado com medicamentos hormonais e não hormonais. 
Estratégia
MED
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As opções de tratamento medicamentoso não hormonal são 
os anti-inflamatórios não hormonais e os antifibrinolíticos.
Os anti-inflamatórios diminuem o sangramento em cerca 
de 30%, inibindo a síntese de prostaciclinas. Os anti-inflamatórios 
que apresentam melhores resultados são o ácido mefenâmico e o 
naproxeno.
Os antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico, agem 
Opções para o tratamento clínico da miomatose uterina
Não hormonais
Anti-inflamatórios Ácido mefenâmico, naproxeno
Antifibrinolíticos Ácido tranexâmico
Hormonais
ACHO Diversos
Progestágenos Orais e injetáveis
SIU – levonorgestrel Mirena
SPRMs Acetato de Ulipristal
Análogos do GnRH Goserrelina, Leuprolide
Tabela 4
Os anticoncepcionais combinados e os progestágenos agem induzindo a atrofia endometrial. Com isso, reduzem o fluxo menstrual.
O uso da progesterona no tratamento dos miomas é bastante controverso. A progesterona melhora o sintoma de sangramento vaginal, 
causando a atrofia endometrial, mas não reduz o volume dos miomas.
inibindo a fibrinólise do endométrio, reduzindo o sangramento. 
Podem ser usados isoladamente ou associados com os anti-
inflamatórios.
As opções de tratamento medicamentoso hormonal são os 
anticoncepcionais combinados, os progestágenos isolados, o SIU de 
levonorgestrel, os moduladores seletivos da progesterona (SPRMs) 
e os análogos do GnRH.
Estrategista, vamos nos lembrar da fisiopatologia dos miomas. O crescimento e manutenção dos 
miomas depende do estrógeno e da progesterona. Você deve estar se perguntando, como a administração 
de estrógeno e progesterona pode ser uma das formas de tratamento para essa doença?
A verdade é que isso ainda não está muito bem esclarecido. Entende-se que o estrógeno e a 
progesterona agem induzindo a atrofia endometrial, como descrito acima e esse seria o mecanismo de 
ação envolvido na melhora do sangramento. Uma outra hipótese é a de que a administração exógena de 
pequenas doses desses hormônios funcionaria como uma inibição para o crescimento dos miomas, mas 
essa hipótese ainda não foi confirmada. Por tudo isso, algumas pacientes podem responder mal a esses 
tratamentos, ocorrendo o crescimento dos miomas. 
Estratégia
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O SIU de levonorgestrel age no endométrio diminuindo o 
sangramento, assim como os outros progestágenos.
Os moduladores seletivos da progesterona são representados 
principalmente pelo acetato de ulipristal. Essa medicação ainda não 
está disponível em nosso país. Seu mecanismo de ação é a inibição 
da ovulação e da proliferação celular, bem como a indução da 
apoptose. O ulipristal causa redução dos miomas e do sangramento. 
Sua vantagem é não diminuir os níveis de estrógeno e não causar 
os sintomas do hipoestrogenismo, tais como os fogachos e a atrofia 
vaginal.
Os agonistas do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) 
são os medicamentos mais eficazes para o tratamento da miomatose 
uterina. Inicialmente, esses medicamentos produzem o aumento 
da liberação de gonadotrofinas, mas, após 2 semanas, ocorre a 
saturação e dessensibilização dos receptores (efeito flare up), 
levando à hipófise a reduzir a produção das gonadotrofinas (LH e 
FSH), diminuindo a função ovariana, ocorrendo o hipoestrogenismo 
e a amenorreia. Diminuem o volume dos miomas em cerca de 
60%. Em geral demoram de 2 a 3 meses para atingirem seu efeito 
máximo. 
Os análogos do GnRH provocam uma “menopausa 
medicamentosa”, com todas as manifestações do hipoestrogenismo, 
tais como os fogachos, atrofia vaginal e risco de osteoporose. Por 
isso, essa opção de tratamento medicamentoso não deve ser 
prescrito por mais de 6 a 12 meses.
É importante frisar que a diminuição do volume dos miomas 
é temporária, ocorrendo retorno da menstruação e do volume 
uterino pré-tratamento após a descontinuação dos agonistas do 
GnRH 
Uma possível estratégia terapêutica é a utilização dos 
análogos do GnRH de 2 a 3 meses antes do tratamento cirúrgico. 
Com isso, ocorre a diminuição dos miomas e do sangramento, 
melhorando os níveis de hemoglobina e facilitando o tempo 
cirúrgico. 
Os agonistas de GnRH podem ser usados, em alguns casos, 
para fornecer alívio por um curto período de tempo para mulheres 
próximas à menopausa ou com contraindicações para o tratamento 
cirúrgico. 
Os antagonistas do hormônio liberador de gonadotrofina 
(GnRH) agem diretamente nos receptores com efeito antagonista, 
por isso inibem a secreção de LH e FSH pela hipófise, desde o 
início do tratamento, sem o efeito flare up. Têm a vantagem de 
possuir formulação por via oral. São exemplos dessa classe de 
medicamentos o relugolix e o elagolix.
Add-Back Therapy: os efeitos colaterais dos análogos 
(agonistas e antagonistas) de GnRH a longo prazo podem ser 
minimizados durante o tratamento, administrando estrogênio e 
progesterona em baixas doses como terapia de reposição (assim 
como no climatério). 
Lembre-se, os miomas são sensíveis 
ao estrógeno e à progesterona, sendo assim, 
regridem após a menopausa. Uma estratégia 
terapêutica comum é empregar o tratamento 
clínico, com o objetivo de “empurrar” a 
paciente até a menopausa, livrando-a de uma 
cirurgia.
CAI NA PROVA
(SES RJ 2019) O uso dos agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina em mulher de 38 anos, com ciclos regulares e miomatose uterina, 
tem como objetivo:
A) melhorar os níveis de hemoglobina no pré-operatório
B) diminuir as aderências no pós-operatório
C) melhorar a dor no pré-operatório
D) evitar o tratamento cirúrgico
Estratégia
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COMENTÁRIO
Correta a alternativa A uma das indicações para a prescrição dos análogos do GnRH é melhorar os níveis de hemoglobina no 
pré-operatório. Além disso,os análogos do GnRH apresentam o benefício de reduzir temporariamente o volume dos miomas e diminuir o 
sangramento intraoperatório, facilitando o tempo cirúrgico.
Incorreta a alternativa B, porque os análogos do GnRH reduzem o volume dos miomas, podendo facilitar a cirurgia, mas não diminuem 
as aderências pós-operatórias.
Incorreta a alternativa C, porque os análogos do GnRH não possuem propriedades analgésicas e não diminuem a dor no pré-operatório.
Incorreta a alternativa D, porque os análogos do GnRH reduzem o volume dos miomas em até 60%, mas de forma temporária. Podem 
adiar o tratamento cirúrgico, mas não evitar.
8.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO
Dividimos o tratamento cirúrgico da miomatose uterina em conservador e definitivo. O tratamento cirúrgico conservador é a 
miomectomia e o tratamento cirúrgico definitivo é a histerectomia (total ou subtotal).
Indicações para o tratamento cirúrgico da leiomiomatose uterina
Recorrências
Falha do tratamento clínico
Escolha da paciente
Suspeita de Malignidade (Sarcoma)
Tratamento da Infertilidade / Abortos recorrentes
CAI NA PROVA
(UFS 2018) São indicações para tratamento cirúrgico do leiomioma uterino, EXCETO:
A) Aumento da duração e do fluxo menstrual não responsivo ao tratamento conservador. 
B) Perimenopausa com irregularidade de fluxo menstrual.
C) Perdas gestacionais recorrentes com distorção importante da cavidade endometrial. 
D) Compressão de ureter com hidronefrose.
Tabela 5
Estratégia
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COMENTÁRIO
Correta a alternativa A, o aumento da duração e do fluxo menstrual não responsivo ao tratamento conservador medicamentoso é uma 
das indicações de tratamento cirúrgico para os miomas. 
Incorreta a alternativa B porque as pacientes na perimenopausa com irregularidade de fluxo menstrual devem ser 
preferencialmente tratadas por medicamentos, com o objetivo de chegar à menopausa. Os miomas são estrogênio-dependentes e 
regridem após a menopausa.
Correta a alternativa C, casos de perdas gestacionais recorrentes, com distorção importante da cavidade endometrial, são a indicação para 
tratamento cirúrgico, através de ressecção por histeroscopia.
Correta a alternativa D, casos de miomas que provocam compressão de ureter com hidronefrose devem ser tratados cirurgicamente, a 
fim de desobstruir o trato urinário.
8.2.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR
O tratamento cirúrgico conservador está indicado 
principalmente para as pacientes que não tem prole constituída, 
com o objetivo de preservar seu futuro reprodutivo. A miomectomia 
é a retirada (exérese) dos miomas preservando o útero e é o 
tratamento de escolha para a paciente que deseja engravidar.
A miomectomia pode ser realizada por diferentes vias. Deve-
se levar em consideração a localização, o número e o tamanho dos 
miomas.
Para os casos de miomas submucosos, geralmente é indicada 
a miomectomia histeroscópica, tendo em vista que a histeroscopia 
é a melhor via para a abordagem da cavidade endometrial.
A miomectomia vaginal é indicada para os miomas paridos 
e cervicais.
A miomectomia por via laparoscópica é 
indicada para as pacientes com miomas únicos, 
intramurais ou subserosos, de, no máximo, 10 cm, 
ou até seis nódulos menores.
A miomectomia por via laparotômica é 
indicada para os casos de miomas múltiplos de 
grande volume (> 10 cm).
Indicação da via para realização de miomectomia
Mioma Via
Submucoso Miomectomia histeroscópica
Parido ou cervical Miomectomia vaginal
Intramural ou subseroso (até 6 nódulos, mioma < 10 cm) Miomectomia laparoscópica
Intramural ou subseroso (múltiplos nódulos > 10cm) Miomectomia laparotômica
Tabela 6
Estratégia
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Aqui, cabe uma ressalva, a taxa de recidiva dos miomas é de cerca de 25% em 10 anos, ou seja, a miomectomia não é o tratamento 
definitivo para os miomas. 
CAI NA PROVA
(FMABC 2015) Paciente com desejo reprodutivo apresentando 2 nódulos uterinos: um mioma intramural de 4 cm e um submucoso de 2 cm, 
refere dismenorreia e aumento do fluxo menstrual. Qual a alternativa correta?
A) Ela deve ser submetida à miomectomia com exérese dos dois nódulos porque está sintomática, apesar deles não interferirem no desejo 
reprodutivo.
B) Não deve ser submetida à miomectomia porque tem desejo reprodutivo.
C) Ela deve ser submetida à miomectomia dos dois nódulos, pois interferem nas chances de gravidez e são responsáveis pelos sintomas.
D) Apenas o mioma submucoso deve ser retirado, já que é o único que interfere no desejo reprodutivo.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque os miomas submucosos e intramurais interferem no desejo reprodutivo, podendo causar infertilidade, 
aumento da incidência de abortamento, trabalho de parto prematuro, restrição do crescimento intrauterino e apresentação fetal anômala.
Incorreta a alternativa B, porque a paciente tem indicação de miomectomia para melhorar suas chances de futuro reprodutivo.
Correta a alternativa C essa paciente deve ser submetida à miomectomia. Os miomas submucosos e intramurais interferem nas 
chances de gravidez e são responsáveis pelos sintomas da paciente. Os índices de gestação pós-miomectomia em pacientes previamente 
inférteis estão ao redor de 50%.
Incorreta a alternativa D, porque os dois miomas devem ser retirados. Ambos os miomas podem interferir no futuro reprodutivo da 
paciente.
(FMABC 2017) As pacientes com leiomiomas apresentam quadros clínicos distintos e nem sempre há indicação de tratamento cirúrgico. Em 
pacientes com desejo de gravidez há indicação de miomectomia nos seguintes casos: 
A) Miomas intramurais de dimensões < 2 cm devido a alterações na contratilidade uterina.
B) Miomas submucosos, independente do tamanho.
C) Não há indicação cirúrgica de miomectomia em pacientes inférteis porque as cicatrizes uterinas representam maior risco que benefício.
D) Miomas subserosos de qualquer tamanho, devido às complicações durante a gravidez. 
Estratégia
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a infertilidade está relacionada principalmente com os miomas submucosos. 
Correta a alternativa B a infertilidade está relacionada com os miomas submucosos, independentemente do tamanho. Os índices 
de gestação pós-miomectomia em pacientes previamente inférteis situam-se ao redor de 50%.
Incorreta a alternativa C, porque há indicação cirúrgica de miomectomia em pacientes inférteis. As cicatrizes uterinas representam um 
pequeno risco em comparação ao benefício do tratamento da infertilidade. 
Incorreta a alternativa D, porque os miomas subserosos são em sua maioria assintomáticos e não interferem na gravidez.
8.2.1.1 MIOMECTOMIA LAPAROSCÓPICA
A miomectomia laparoscópica é indicada para as pacientes sem prole constituída, com, no máximo, 6 nódulos miomatosos intramurais 
ou subserosos pequenos ou com nódulo único menor que 10 cm. Consideramos as mesmas indicações para a cirurgia robótica.
Figura 8: Videolaparoscopia
As cirurgias realizadas através da técnica videolaparoscópica apresentam menor morbidade, recuperação mais rápida no pós-operatório, 
menor perda sanguínea, menor tempo de internação e maior taxa de gravidez em comparação com a miomectomia laparotômica.
Estratégia
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Os riscos da cirurgia videolaparoscopica são a lesão vascular ou intestinal durante a punção da cavidade abdominal e a ocorrência de 
hemorragia que exija a conversão para laparotomia.
Na miomectomia laparoscópica, é realizada a fragmentação dos miomas (morcelamento) dentro da cavidade 
abdominal, para que possam ser retirados através das pequenas incisões da videolaparoscopia. Isso pode causar o 
surgimento de miomas parasitas no peritônio ou órgãos da cavidade abdominal,devido às células do mioma que se 
desprendem durante o morcelamento. Para evitar essa complicação, deve-se realizar o morcelamento dos miomas 
dentro de sacos protetores ou pode-se retirar os miomas íntegros pela via vaginal (colpotomia).
Indicações para miomectomia laparoscópica
Miomas intramurais ou subserosos
Número máximo de nódulos = 6
Mioma Único < 10 cm
Sem Prole constituída
Tabela 7
8.2.1.2 MIOMECTOMIA LAPAROTÔMICA
A miomectomia laparotômica é indicada para as pacientes sem prole constituída, com miomas intramurais, ou subserosos múltiplos (> 
6 unidades), ou maiores que 10 cm.
Figura 9: Técnica cirúrgica da miomectomia 
Estratégia
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Figura 10: vários miomas produto de miomectomia múltipla laparotômica 
Indicações para miomectomia laparotômica
Miomas intramurais ou subserosos
Múltiplos miomas (> 6 nódulos)
Mioma Único > 10 cm
Sem Prole constituída
8.2.1.3 MIOMECTOMIA HISTEROSCÓPICA
A miomectomia histeroscópica é realizada 
com um ressectoscópio monopolar ou bipolar.
Figura 11: miomectomia histeroscópica
A histeroscopia cirúrgica é realizada com a 
distensão da cavidade endometrial com um meio 
líquido que possibilite a passagem de corrente 
elétrica. Podem ser utilizados como meio líquido 
o soro fisiológico, o manitol, o sorbitol e a glicina. 
O soro fisiológico exige o uso de corrente bipolar 
e diminui o risco de sobrecarga hídrica. As outras 
soluções podem ser usadas com o monopolar, 
mas envolvem maior risco de sobrecarga hídrica. 
A sobrecarga hídrica ocorre quando essas 
soluções hipotônicas são absorvidas rapidamente 
para o sistema vascular. Com isso, pode ocorrer 
hiponatremia, insuficiência cardíaca e edema 
agudo de pulmão. 
O tratamento desses casos é feito com 
a interrupção imediata do procedimento, 
oxigenação, administração de diuréticos de alça 
(furosemide) e tratamento da hiponatremia.
Outra complicação que pode ocorrer 
durante a histeroscopia cirúrgica é a 
perfuração uterina. Por isso, é importante 
uma avaliação detalhada do mioma através 
da histeroscopia diagnóstica, ultrassonografia 
ou histerossonografia e, quando possível, 
Tabela 8
Estratégia
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ressonância magnética, para estabelecer um score/grupo e determinar a conduta mais adequada para cada caso. Nesses casos, deve-
se interromper o procedimento imediatamente e avaliar a estabilidade hemodinâmica da paciente. Em alguns casos, pode ocorrer lesão 
intestinal ou vesical, por isso pode ser realizada a laparoscopia, a fim de avaliar a perfuração e a cavidade abdominal.
A miomectomia histeroscópica é o tratamento preconizado para os miomas submucosos. A princípio, os 
miomas dos tipos 0,1 e 2 (FIGO) são passíveis de exérese, mas nem todos os miomas submucosos são passíveis de 
ressecção pela histeroscopia. Para decidir se a exérese é possível pela histeroscopia, utilizamos o score de Lasmar 
(Step=W). Vamos ver as tabelas abaixo: 
Score
Penetração no 
miométrio
Tamanho Largura da Base Terço Parede Lateral
0 0 < 2 cm < 1/3 Inferior +1
1 < 50% > 2cm a 5 cm 1/3 a 2/3 Médio +1
2 > 50% >5 cm >2/3 Superior +1
Score Grupo Conduta
0 a 4 I Miomectomia histeroscópica com baixa complexidade
5 e 6 II
Miomectomia complexa (considerar preparo com análogo do GnRH e/ou cirurgia em 2 
tempos)
7 a 9 III Indicar outra técnica não histeroscópica
Tabela 10: Score de Lasmar para decisão de miomectomia histeroscópica
O score de Lasmar leva em consideração a penetração no 
miométrio, o tamanho, a base e a localização do mioma submucoso. 
A partir dessas características, atribui-se um score e um grupo 
para o mioma. Os miomas do grupo I podem ser ressecados pela 
Tabela 9
via histeroscópica sem grande dificuldade, os miomas do grupo II 
devem ser tratados previamente com análogo do GnRH ou serem 
ressecados em 2 tempos e os miomas do grupo III devem ser 
ressecados por outra técnica que não a histeroscópica.
Estratégia
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Uma outra classificação dos miomas 
submucosos é a da European Society of 
Gynecological Endoscopy (ESGE) em:
• G0: Totalmente intracavitários - tipo 0 
(FIGO)
• G1: > 50% intracavitário – tipo 1 (FIGO)
• G2: < 50% intracavitário – tipo 2 (FIGO)
Figura 12: Classificação dos miomas submucosos 
Tipo (FIGO) Descrição Conduta
Tipo 0 (G0) Totalmente intracavitário Miomectomia histeroscópica
Tipo 1 (G1) > 50% intracavitário Miomectomia complexa (preparo com análogo do GnRH)
Tipo 2 (G2) < 50% intracavitário Indicar outra técnica não histeroscópica
Estrategista, questões sobre o tratamento dos miomas submucosos são muito frequentes nas provas de Residência! 
Guarde bem essa informação: a via preferencial para o tratamento dos miomas submucosos é a via histeroscópica!!!
A exérese dos miomas submucosos restaura a fertilidade em até 70% das pacientes sem outras causas de infertilidade.
CAI NA PROVA
(SURCE 2019) Mulher de 34 anos, G0P0, com desejo de gestar há 4 meses, apresenta quadro de aumento do número de dias de sangramento 
menstrual e aumento do fluxo há 1 ano. Ao exame físico, apresenta útero aumentado de volume 3 cm acima da sínfise púbica. Solicitado 
hemograma com Hb = 9.5 g/dl e Ht = 36%; plaquetas = 200.000; coagulograma normal. A ultrassonografia transvaginal mostrou um útero de 
140 cm³ commioma submucoso de 4 cm e outro subseroso de 3 cm em parede posterior. À histeroscopia diagnóstica, notouse um mioma 
submucoso pontuação 5 na classificação de Lasmar (grupo II). Qual a melhor conduta nesse caso?
A) Seguimento clínico devido ao desejo de gestar nesse momento. 
B) Anticoncepcional oral combinado de média dosagem por 2 a 3 meses.
C) Análogo do GnRH por 3 a 6 meses seguido de miomectomia histeroscópica.
D) Miomectomia laparoscópica devido à impossibilidade de miomectomia histeroscópica.
Tabela 11
Os miomas G0 podem ser ressecados 
pela histeroscopia cirúrgica, os miomas 
G1podem ser ressecados pela histeroscopia 
cirúrgica após o uso de análogos de GnRH, e 
os miomas G2 não são passíveis de ressecção 
através da histeroscopia cirúrgica.
Estratégia
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a paciente vem apresentando sangramento importante, evoluindo para anemia. Não podemos optar 
pela conduta expectante nesse caso.
Incorreta a alternativa B, porque não podemos prescrever anticoncepcional para uma paciente que está desejando engravidar.
Correta a alternativa C porque, de acordo com a classificação de Lasmar, para miomas submucosos escore 5, grupo II, está indicado 
o uso prévio de análogos do GnRH e posterior ressecção histeroscópica, por se tratar de miomectomia complexa.
Incorreta a alternativa D, porque, pela classificação de Lasmar, está indicada a miomectomia histeroscópica.
(UFS 2019) Paciente de 33 anos de idade, nulípara, com aumento progressivo de fluxo menstrual, portadora de mioma uterino de 2,5cm, com 
deformidade da cavidade endometrial, foi investigada por infertilidade, não sendo encontrada outra causa etiológica. A conduta proposta 
deve ser:
A) Miomectomia laparoscópica. 
B) Tratamento com análogos do GnRH.
C) Miomectomia histeroscópica.
D) Expectante com seguimento semestral do mioma por ultrassonografia. 
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a miomectomia por via laparoscópica está indicada para as pacientes com miomas únicos, intramurais 
ou subserosos de, no máximo, 10 cm, ou até quatro a seis nódulos menores. 
Incorreta a alternativa B, porque o tratamento com análogos do GnRH é indicado para miomas de grande volume, com o objetivo de 
diminuir esses tumores e preparar a paciente para a miomectomia, porque os miomas tendem a crescer novamente após a suspensão dos 
análogos do GnRH.Correta a alternativa C a miomectomia histeroscópica é o tratamento indicado para essa paciente, por se tratar de mioma que 
deforma a cavidade endometrial. A via histeroscópica é indicada por ser o melhor acesso para a cavidade endometrial.
Incorreta a alternativa D, porque se trata de paciente com aumento do fluxo menstrual, que deseja engravidar. A conduta 
expectante com seguimento semestral do mioma por ultrassonografia é indicada para as pacientes assintomáticas, sem desejo reprodutivo. 
Estratégia
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(SES GO 2020) Leia o caso clínico a seguir. Mulher de 33 anos, nuligesta, apresenta sangramento uterino anormal caracterizado por aumento 
da quantidade e duração, associado a dismenorreia secundária. A ultrassonografia mostra mioma em parede lateral direita do 1/3 inferior 
do útero, com maior diâmetro de 2cm, com penetração de 20% no miométrio e base de 1/3 (Score=1, classificação STEP=w). Diante deste 
quadro, a opção terapêutica é:
A) uso de anticoncepcionais orais.
B) ressecção histeroscópica.
C) análogo do GnRH com posterior ressecção histeroscópica.
D) miomectomia tradicional.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque se trata de paciente nuligesta que provavelmente deseja engravidar.
Correta a alternativa B nesse caso, temos um mioma submucoso score I, em paciente nuligesta, estando indicada a ressecção 
histeroscópica.
Incorreta a alternativa C, porque se trata de um mioma de pequenas dimensões e score I. Os análogos do GnRH estão indicados para 
casos de miomas de grande volume, com maior penetração no miométrio (score II), com o objetivo de reduzir o tamanho desses tumores, 
facilitando a cirurgia e diminuindo o sangramento operatório.
Incorreta a alternativa D, porque a miomectomia tradicional está indicada para miomas score III, ou subserosos, ou intramurais.
(UFES 2020) Diante de um diagnóstico de leiomioma submucoso, medindo 1,5 cm no seu maior diâmetro, em uma paciente nuligesta, a 
melhor conduta terapêutica para o caso é:
A) Prescrição de análogo de gonadotrofinas.
B) Miomectomia via laparotomia.
C) Miomectomia via laparoscopia.
D) Miomectomia via histeroscópica. 
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque o análogo de gonadotrofinas está indicado para os casos de miomas volumosos, refratários aos outros 
tratamentos medicamentosos, em que se deseja uma redução tumoral para facilitar a cirurgia e diminuir o sangramento perioperatório. 
A redução dos miomas é temporária e os tumores costumam crescer novamente após a suspensão do análogo.
Incorreta a alternativa B, porque a miomectomia por laparotomia é indicada para os casos de miomas muito grandes e múltiplos. 
Incorreta a alternativa C, porque a miomectomia por laparoscopia está indicada para os miomas com, no máximo, 7 a 10 cm, únicos ou 
até quatro a seis nódulos menores. 
Estratégia
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Correta a alternativa D a via histeroscópica é a principal via de acesso para tratamento dos miomas submucosos. 
8.2.1.4 EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS UTERINAS
A embolização das artérias uterinas é uma técnica endovascular radiointervencionista. Consiste em “entupir” a irrigação sanguínea do 
útero com micropartículas (microesferas, esponjas ou álcool polivinílico) para provocar a necrose e a redução dos miomas. É uma das opções 
para o tratamento conservador da leiomiomatose uterina.
Figura 13: Embolização das artérias uterinas
A embolização das artérias uterinas é uma opção terapêutica com bons resultados, apresentando melhora dos sintomas em até 90% 
dos casos. Por outro lado, observamos necessidade de novos procedimentos em até 10 anos em 25% dos casos. 
 As indicações para embolização das artérias uterinas são:
Estratégia
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Indicações para embolização das artérias uterinas
Falha de tratamentos prévios
Recorrências
Paciente sem condições para tratamento cirúrgico
Escolha da paciente
Preservação do futuro reprodutivo (quando a miomectomia não é possível)
Casos complexos, com anatomia comprometida e risco considerável na histerectomia
A realização da embolização das artérias uterinas 
compromete o aporte sanguíneo para o útero e o endométrio e 
pode comprometer a vascularização dos ovários também. Por isso, 
existe um risco de as pacientes evoluírem com amenorreia e falência 
ovariana prematura (menopausa precoce). Existe também o risco 
de necrose isquêmica do útero e necessidade de histerectomia.
 Por tudo isso, a indicação de embolização é controversa para 
as pacientes sem prole constituída e o desejo de gravidez futura 
é uma contraindicação relativa para o procedimento. Observa-se 
aumento da taxa de aborto e do risco de endometrite.
Contraindicações absolutas e relativas para a Embolização das Artérias Uterinas
Absolutas
Gravidez
Infecção ativa em útero ou anexos
Suspeita de câncer no trato genital feminino
Relativas Razões
Coagulopatia Complicações hemorrágicas
Disfunção renal Efeitos renais do contraste
Desejo de gravidez futura Complicações em gravidez futura
Tamanho do útero > 20 a 24 semanas Dificuldade para embolizar
Salpingectomia ou salpingooforectomia previa Anatomia arterial alterada
Radioterapia pélvica prévia Anatomia arterial alterada
Uso concomitante de agonista do GnRH Atrapalha a embolização
Leiomioma submucoso ou subseroso pedunculado Necrose causa descolamento
Hidrossalpinge volumosa Maior risco de infecção
Alergia intensa ao contraste Risco de reação alérgica
Tabela 13: (Fonte: Ginecologia de Williams, 2014).
Tabela 12
Estratégia
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CAI NA PROVA
(UNIFESP 2020) Mulher, 40 anos de idade, casada, negra, nuligesta, com desejo reprodutivo, apresenta queixa de sangramento menstrual 
aumentado há 2 anos. Refere ciclos regulares, fluxo com duração de 10 dias com saída de coágulos, e dismenorreia. Sem comorbidades ou 
antecedentes cirúrgicos. Exame físico ginecológico: abdome e exame especular sem alterações, toque vaginal evidenciando útero móvel, de 
superfície bocelada, pouco aumentado de tamanho. Ultrassonografia endovaginal: útero anteversofletido de 120cc, com ecotextura miometrial 
heterogênea e zona juncional espessada, nódulo intramural de 3,0 cm, eco endometrial de 5,0 mm e anexos sem alterações. Qual é a conduta 
mais adequada?
A) Miomectomia laparoscópica e liberar para engravidar após cirurgia.
B) Embolização de artérias uterinas e liberar para engravidar após procedimento.
C) Antiinflamatório não hormonal e liberar para engravidar.
D) Miomectomia histeroscópica e fertilização in vitro após cirurgia.
E) Análogo de GnRH, miomectomia laparoscópica e fertilização in vitro. 
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a miomectomia por laparoscopia está indicada para os miomas intramurais ou subserosos com, no 
máximo, 7 a 10 cm, únicos ou até quatro a seis nódulos menores.
Incorreta a alternativa B, porque as indicações de embolização das artérias uterinas são: falha de tratamentos prévios, recidivas, pacientes 
sem condições para tratamentos cirúrgicos ou opção pelo procedimento como primeira escolha. Em pacientes com desejo reprodutivo, o 
procedimento deve ser evitado devido ao risco de comprometimento da vascularização dos ovários e do endométrio. 
Correta a alternativa C entre a terapêutica não hormonal, os anti-inflamatórios não hormonais (AINHs) diminuem em 30% o 
sangramento menstrual, inibindo a síntese de prostaciclinas. Estão indicados para esse caso, devido ao desejo de engravidar da paciente. 
Além do mioma intramural, essa paciente apresenta uma zona juncional espessada, que pode ser um sinal de adenomiose, por isso, o 
AINH também é uma das opções terapêuticas.
Incorreta a alternativa D, porque a miomectomia histeroscópica é a principalvia de acesso para tratamento dos nódulos submucosos, 
não dos intramurais. 
Incorreta a alternativa E, porque essa paciente deseja engravidar. Os análogos agonistas do GnRH levam à redução dos esteroides sexuais 
circulantes, gerando um quadro de "menopausa medicamentosa". Podem causar amenorreia e reduzir temporariamente o volume dos 
miomas e do útero em até 50%. Entretanto, logo após sua suspensão, os miomas retornam aos padrões prévios. Está indicado para os 
casos refratários ao tratamento medicamentoso com anticoncepcionais e para os casos de miomas muito volumosos em que se deseja 
diminuir o sangramento intraoperatório e facilitar a técnica cirúrgica.
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(SES GO 2018) Mulher de 30 anos, nuligesta, com sangramento menstrual aumentado em relação à quantidade e duração, associado a 
dismenorreia secundária, apresenta, à ultrassonografia endovaginal, imagem de mioma submucoso com maior diâmetro de 2 cm. A 
terapêutica adequada é:
A) anti-inflamatório não hormonal.
B) anticoncepcional hormonal.
C) embolização do mioma. 
D) ressecção histeroscópica.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque se trata de paciente jovem, nuligesta, que provavelmente deseja engravidar. O mioma submucoso pode 
dificultar a gravidez. Está indicada a conduta cirúrgica curativa para esse caso.
Incorreta a alternativa B, porque se trata de paciente jovem, nuligesta, que provavelmente deseja engravidar.
Incorreta a alternativa C, porque se trata de um mioma submucoso de pequenas dimensões e o tratamento de escolha para esses casos 
é a miomectomia histeroscópica. Além disso, trata-se de uma paciente nuligesta, o que é uma contraindicação relativa para a realização 
de embolização.
Correta a alternativa D trata-se de um mioma submucoso pequeno, com escore de Lasmar baixo, estando indicada a miomectomia 
histeroscópica com baixa complexidade. 
(SMS SP 2016) No tratamento dos miomas sintomáticos, devem ser considerados a idade da paciente, o desejo de gestação, os sintomas 
provocados, o tamanho e a localização dos miomas. Em relação ao tratamento dos miomas sintomáticos, marque V para as afirmativas 
verdadeiras e F para as falsas. ( ) Os progestágenos são utilizados para diminuir o volume dos miomas. ( ) A histeroscopia é, atualmente, a 
melhor forma de abordagem dos miomas submucosos. ( ) A laparotomia é indicada para a maioria dos miomas intramurais, geralmente com 
incisões verticais no útero para evitar secção da vascularização principal. A sequência está correta em:
A) V, V, V.
B) V, F, F.
C) V, F, V.
D) F, V, V.
COMENTÁRIO
Os progestágenos são utilizados para diminuir o volume dos miomas. (Falsa) 
Justificativa: Os progestágenos são indicados para impedir o crescimento dos miomas e amenizar o sintoma de dor pélvica.
A histeroscopia é, atualmente, a melhor forma de abordagem diagnóstica e terapêutica dos miomas submucosos. (Verdadeira)
Justificativa: A histeroscopia é o exame padrão-ouro para avaliação da cavidade endometrial e abordagem de lesões intrauterinas, sendo 
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a primeira escolha para a exérese dos miomas submucosos.
A laparotomia é indicada para a maioria dos miomas intramurais, geralmente com incisões verticais no útero para evitar secção da 
vascularização principal. (Verdadeira)
Justificativa: A melhor técnica cirúrgica para a realização de miomectomia dos miomas intramurais é por meio de incisões verticais no 
útero. Dessa maneira, ocorre menos sangramento, porque o útero é vascularizado no sentido horizontal, principalmente por meio das 
artérias uterinas.
8.2.1.5 LIGADURA DAS ARTÉRIAS UTERINAS
A ligadura das artérias uterinas ainda não possui indicações bem estabelecidas para o tratamento da miomatose uterina e deve ser 
realizada em casos selecionados. Seus resultados são controversos. Pode ser realizada antes de miomectomias, para reduzir o sangramento, 
ou pode ser realizada como tratamento único. Pode ser feita por via vaginal, laparotômica ou laparoscópica. 
Figura 14: Ligadura das artérias uterinas
8.2.1.6 ABLAÇÃO ENDOMETRIAL
A ablação endometrial é a destruição do endométrio através do calor ou do frio. Essa “cauterização” do endométrio pode ser realizada 
através de corrente elétrica monopolar ou bipolar, balão térmico, crioterapia, laser, micro-ondas e até mesmo soluções aquecidas. Não se 
pode realizar a ablação endometrial em úteros muito grandes, com a cavidade uterina maior que 12 cm.
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Figura 15: Ablação endometrial com balão térmico
Está indicada para pacientes com prole constituída, nos 
casos de mioma submucosos, como uma alternativa terapêutica 
para o sangramento uterino anormal. Não é indicada para o 
tratamento de miomas intramurais ou subserosos. 
8.2.1.7 MIÓLISE POR ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE (HIFU) GUIADO POR 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
O ultrassom focalizado de alta 
intensidade guiado pela ressonância 
magnética é uma outra opção de 
tratamento conservador da miomatose 
uterina. É uma opção terapêutica nova, 
ainda pouco utilizada devido a baixa 
disponibilidade. O ultrassom de alta 
intensidade é aplicado nos miomas, 
aquecendo-os até uma temperatura de 
90º C, “cauterizando” o tumor. 
Figura 16: Miólise por ultrassom guiada por RNM
Apresenta 50% de melhora dos 
sintomas até um ano após a realização 
do procedimento.
A miólise por ultrassom ainda não 
tem indicações bem definidas e deve ser 
indicada em casos selecionados. Não 
está indicada para pacientes sem prole 
constituída, por não se saber os efeitos 
sobre o miométrio. Não está indicada 
para múltiplos nódulos (> 4 nódulos) ou 
nódulos muito grandes (> 10 cm), devido ao tempo necessário para a realização do procedimento.
Os efeitos colaterais em geral são leves. São possíveis efeitos colaterais: febre, náusea, queimaduras na pele e dor abdominal.
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8.2.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO DEFINITIVO
O tratamento definitivo para a leiomiomatose uterina é a histerectomia. 
Indicações para o tratamento cirúrgico definitivo
Pacientes com prole constituída
Falha do tratamento clínico
Escolha da paciente
Suspeita de Malignidade (Sarcoma)
Sempre deve ser realizada a salpingectomia 
concomitantemente. A salpingectomia reduz o risco de câncer 
dos ovários e elimina o risco de uma hidrossalpinge (tuba dilatada 
e edemaciada, que se confunde com um tumor anexial). A 
ooforectomia deve ser realizada nas pacientes com risco elevado 
para o desenvolvimento do câncer de ovário (história familiar 
ou mutação do BRCA 1 ou 2). Alguns serviços preconizam a 
ooforectomia em pacientes com mais de 50 anos de idade.
Um outro aspecto a ser considerado da histerectomia é a 
decisão quanto à realização de histerectomia total ou subtotal. A 
princípio sempre deve ser considerada a histerectomia total, que 
praticamente elimina os riscos de um câncer de colo no futuro. A 
histerectomia subtotal deve ser considerada para os casos mais 
difíceis, com sangramento intraoperatório excessivo ou dificuldade 
técnica devido a aderências ou características anatômicas da 
paciente.
São possíveis complicações da histerectomia: a formação 
de hematomas, a deiscência da ferida operatória, a ligadura 
acidental dos ureteres e as fístulas genitourinárias (vesicovaginais 
ou ureterovaginais).
Existem algumas “lendas” de que a histerectomia prejudica 
a vida sexual da paciente, mas a histerectomia, tanto total como 
subtotal, não afeta a vida sexual da paciente, sendo que algumas 
referem até mesmo uma melhora nesse aspecto, tendo em vista a 
melhora da dor pélvica e do sangramento vaginal.
A histerectomia pode ser realizada pela via abdominal 
ouvaginal. A via abdominal pode ser realizada pela técnica 
laparotômica (“a céu aberto”), laparoscópica ou até mesmo 
robótica. Existe também a opção de associar as técnicas.
A indicação da via e da técnica dependerá do tamanho do 
útero e da história da paciente. Pacientes com história de infecções, 
endometriose e cirurgias prévias podem ter aderências, portanto 
está indicado para esses casos a via abdominal. Úteros muito 
grandes podem ser difíceis de serem retirados pela laparoscopia, 
pela necessidade de morcelamento. Nesses casos está indicada a 
via laparotômica. 
A cirurgia laparoscópica apresenta as vantagens de 
recuperação pós-operatória mais rápida, com menor tempo de 
internação. 
A histerectomia vaginal está indicada para as pacientes com 
úteros que não são muito grandes (< 300 cm3), sem história de 
infecções, endometriose e cirurgias pélvicas prévias. As pacientes 
submetidas à histerectomia vaginal recuperam-se melhor e mais 
rapidamente que as submetidas à cirurgia abdominal. Ou seja, 
sempre que possível, devemos optar pela histerectomia vaginal, 
devido às vantagens em relação a histerectomia abdominal. Não 
devemos realizar a histerectomia vaginal nas seguintes situações:
Tabela 14
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Contraindicações para a histerectomia vaginal
Suspeita de câncer de colo ou endométrio
Presença de lesões anexiais
Endometriose pélvica ou história de doença inflamatória pélvica (risco de aderências)
Útero maior que 300 cm3
A mensagem final é que: 
sempre devemos pensar 
na via menos invasiva, 
mas, em alguns casos, a 
laparotomia é obrigatória.
Figura 17: corpo uterino proveniente de histerectomia subtotal
CAI NA PROVA
(USP RP 2018) Paciente com 42 anos, G3P3A0 (3PN), submetida à laqueadura tubária há 5 anos, apresenta aumento do fluxo e da duração 
da menstruação há 6 meses. Refere fraqueza e mal-estar geral durante o sangramento. Ao exame clínico, apresenta útero aumentado de 
tamanho. US-TV: útero AVF, centrado e com vol: 425 cm³, apresenta nódulo único, intramural, fúndico de 8 cm no maior diâmetro, HB: 9,8 Ht: 
27%. Refere que há 10 meses vem tentando controlar o sangramento com medicações hormonais (desogestrel via oral e medroxiprogesterona 
injetável) sem sucesso. Qual a melhor conduta para esta paciente? 
A) Histerectomia total vaginal. 
B) Miomectomia laparoscópica. 
C) Histerectomia total abdominal. 
D) Miomectomia histeroscópica. 
Tabela 15
Estratégia
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COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque essa paciente tem indicação de tratamento cirúrgico definitivo, mas apresenta um útero muito grande 
(> 300 cm3), que é uma contraindicação à histerectomia vaginal. 
Incorreta a alternativa B, porque a paciente já possui prole constituída, não havendo necessidade de preservar o futuro reprodutivo
Correta a alternativa C porque essa paciente já possui prole constituída e foi refratária ao tratamento clínico. Sendo assim, está 
indicado o tratamento cirúrgico definitivo por meio da histerectomia total abdominal. 
Incorreta a alternativa D, porque se trata de mioma intramural. A via histeroscópica está reservada para os casos de leiomiomas 
submucosos.
(USP RP 2010) Paciente, 50 anos de idade, nuligesta, queixa de hiperpolimenorreia há 1 ano. Ao exame físico, presença de massa endurecida 
palpável até o nível da cicatriz umbilical. A ecografia pélvica evidenciou útero de superfície irregular, com múltiplas nodulações miometriais e 
volume de 976 cm³, endométrio irregular com 5 mm de espessura e ovários normais. O tratamento indicado para essa paciente é: 
A) histerectomia subtotal abdominal. 
B) histerectomia total abdominal. 
C) análogo de GnRH e miomectomia. 
D) embolização de artérias uterinas.
COMENTÁRIO
Incorreta a alternativa A, porque a histerectomia subtotal abdominal fica reservada somente para casos em que existe grande dificuldade 
técnica operatória, como presença de aderências, pacientes obesas ou sangramento importante durante o procedimento cirúrgico.
Correta a alternativa B trata-se de caso de miomatose uterina com útero bastante aumentado (976 cm3), hiperpolimenorreica. 
Nesses casos, a terapêutica medicamentosa costuma ser ineficaz, estando indicado o tratamento cirúrgico. Por se tratar de paciente de 
50 anos e com útero muito aumentado, com miomas subserosos, intramurais e submucosos (que abaulam a cavidade endometrial), está 
indicada a histerectomia total abdominal, que é o tratamento definitivo da miomatose uterina.
Incorreta a alternativa C, porque se trata de caso em que o útero está acometido por miomas subserosos (tornando sua superfície 
irregular), intramurais e submucosos (abaulando a cavidade endometrial). Nesses casos, devido ao grande número e volume de miomas, 
bem como à sua localização, fica impraticável a execução de miomectomia. Além de tudo isso, trata-se de uma paciente de 50 anos, 
próxima da menopausa.
Incorreta a alternativa D, porque se trata-se de um útero de volume muito grande e a embolização costuma ser realizada para diminuir o 
tamanho do útero e depois realizar a histerectomia nesses casos.
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CAPÍTULO
9.0 RESUMO
O leiomioma uterino é um tumor benigno, formado por 
fibras musculares lisas. Em dois terços dos casos, os tumores são 
múltiplos. Os miomas podem ser subdivididos em subserosos, 
intramurais e submucosos.
Cerca de metade das pacientes com mioma são 
assintomáticas. Quando sintomáticos, os miomas podem 
manifestar-se com sangramento uterino anormal, dismenorreia 
secundária, sintomas compressivos gerados pelo aumento do 
útero, dor pélvica acíclica, dispareunia, sintomas urinários, sintomas 
gastrointestinais, infertilidade e abortamento. 
Os miomas submucosos são, em sua maioria, responsáveis 
por quadros de sangramento uterino irregular (metrorragia). 
Já, os subserosos, em sua maioria são assintomáticos. Quando 
volumosos, podem causar dor pélvica e sintomas de compressão, 
como lombossacralgia, aumento da frequência urinária, noctúria, 
retenção ou incontinência urinária e até compressão ureteral, com 
comprometimento da função renal. Os miomas intramurais podem 
cursar com aumento da intensidade ou duração do fluxo menstrual. 
Os miomas uterinos são sensíveis ao estrogênio e à 
progesterona. Por isso, eles desenvolvem-se durante o menacme e 
regridem após a menopausa. 
Os miomas podem causar infertilidade, principalmente os 
submucosos, devido à distorção da cavidade uterina. Também 
podem estar relacionados a intercorrências obstétricas, com 
aumento da incidência de abortamento e trabalho de parto 
prematuro.
O tratamento dos miomas depende da sua sintomatologia 
e da idade da paciente. Nas pacientes assintomáticas, a conduta é 
expectante. Para as pacientes sintomáticas, a conduta depende da 
localização do mioma e do seu futuro reprodutivo. 
Em geral, a primeira opção é o tratamento clínico, com anti-
inflamatórios, antifibrinolíticos (ácido tranexâmico), progesterona, 
pílulas anticoncepcionais ou análogos do GnRH. Lembre-se de que 
os miomas regridem após a menopausa, portanto a estratégia é 
“levar” a paciente até lá, quando a paciente será “curada”.
O tratamento cirúrgico geralmente é indicado quando a 
paciente não responde ao tratamento clínico ou quando a paciente 
deseja engravidar. O tratamento cirúrgico pode ser conservador 
(miomectomia), indicado para pacientes sem prole constituída, ou 
definitivo (histerectomia parcial ou total). 
O mioma submucoso é o mioma mais frequentemente 
associado à infertilidade e ao aborto recorrente. A grande maioria 
dos miomas submucosos é passível de ressecção por meio da 
histeroscopia cirúrgica. Para os casos de miomas intramurais e 
subserosos, deve-se analisar otamanho e o número de tumores. 
Em regras gerais, tumores pequenos em número e tamanho podem 
ser submetidos a exérese por videolaparoscopia. Caso contrário, 
está indicada a via laparotômica.
A histerectomia deve preferencialmente ser realizada 
por via vaginal, apresentando menor morbidade e recuperação 
mais rápida. Está contraindicada em úteros grandes e nos casos 
com possibilidade de aderências pélvicas (infecções prévias ou 
endometriose).
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9.1 FLUXOGRAMA
Fluxograma: Conduta na miomatose uterina
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CAPÍTULO
11.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Tratado de Ginecologia FEBRASGO, 2019.
2. Ginecologia de Williams, 2014.
3. Berek & Novak’s Gynecology, 16th Edition, 2020.
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CAPÍTULO
12.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro colega, aqui termina nossa aula! Abordamos um dos temas mais importantes da Ginecologia e tenho certeza de que você 
encontrará muitas questões sobre este assunto nas provas. Apesar de ser uma aula extensa, trata-se de uma pequena parte do conteúdo que 
abordaremos durante nosso curso. Estou à disposição para ajudá-lo e para responder qualquer questão no Fórum de Dúvidas. Sugestões, 
críticas e comentários são bem-vindos, o objetivo é melhorarmos sempre!
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	INTRODUÇÃO
	Metodologia do Curso
	1.0 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
	2.0 DEFINIÇÃO
	2.1Epidemiologia
	2.2 Classificação
	3.0 FISIOPATOLOGIA
	3.1 Histologia
	3.2 Influência Hormonal
	3.3 Degenerações
	4.0 FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
	5.0 QUADRO CLÍNICO
	5.1 Sintomas
	5.2 Exame Físico
	6.0 DIAGNÓSTICO
	6.1 Ultrassonografia
	6.2 Histerossonografia
	6.3 Ressonância Magnética
	6.4 Histeroscopia
	7.0 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
	8.0 TRATAMENTO
	8.1 Tratamento Clínico
	8.2 Tratamento Cirúrgico
	8.2.1 Tratamento Cirúrgico Conservador
	8.2.1.1 Miomectomia Laparoscópica
	8.2.1.2 Miomectomia Laparotômica
	8.2.1.3 Miomectomia Histeroscópica
	8.2.1.4 Embolização das Artérias Uterinas
	8.2.1.5 Ligadura das artérias uterinas
	8.2.1.6 Ablação endometrial
	8.2.1.7 Miólise por ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) guiado por ressonância magnética
	8.2.2 Tratamento Cirúrgico Definitivo
	9.0 RESUMO
	9.1 Fluxograma
	10.0 LISTA DE QUESTÕES
	11.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	12.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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