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AP3 1 Avaliação Formativa Processual - PORTUGUES

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Questões resolvidas

Julgue os itens abaixo.
I. Em "[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.
II. No trecho "[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma "como" atua na função de advérbio de modo.
III. No excerto "[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), "como" é uma conjunção coordenativa.

a. I e II.
b. Todas.
c. III.
d. II e III.
e. I.

No terceiro parágrafo, o autor afirma: “Desejá-lo [o tempo imediato] não aumenta a eficiência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial”.
De acordo com o texto, assinale a alternativa cujo conteúdo não pode ser considerado como uma justificativa a essa asserção.

a. A falta de conexão entre as pessoas gera incompreensão.
b. O misticismo dos processos históricos, que fragmentam a compreensão das etapas envolvidas na comunicação (8º parágrafos).
c. A necessidade de conexão decorrente do imediatismo, que causa sentimentos danosos (4º e 5º parágrafos).
d. A falta de vigor das relações digitais, que não permite o necessário aprofundamento para a criação de relações interpessoais saudáveis (6º parágrafos).
e. O vasto conteúdo contido na rede, que limita a apreensão de continuidade, tempos e processos (7º parágrafos).

O trecho “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (1º§), possui uma pequena controvérsia, que não prejudica o texto, ao contrário, contribui para o entendimento de algo. Que controvérsia é essa?

a. O descaso do autor com a reivindicação dos patrões.
b. A fraqueza na argumentação dos empresários.
c. A indicação de uma greve de patrões.
d. A falta de presteza do governo.
e. O desdém do governo com aquilo que querem os patrões.

No trecho “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos mo�vos errados, ques�onando a validade dos ‘amigos’ no Facebook ou ‘seguidores’ no Twi�er ao compará-los com seus equivalentes analógicos.” (6º parágrafo), o uso de aspas nos termos destacados serve para:

a. Enfatizar uma ideia anteriormente mencionada.
b. Indicar um sentido particular para as palavras.
c. Assinalar que as palavras são gírias.
d. Marcar uma citação direta.
e. Apontar que as palavras são estrangeirismos.

Releia o trecho: “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” Qual é a relação entre a oração introduzida pela expressão sublinhada e a oração imediatamente anterior?

a. Concessão.
b. Proporção.
c. Conformidade.
d. Proporcionalidade.
e. Finalidade.

Redundância é o processo pelo qual se repetem informações em uma comunicação, com o objetivo de superar os ruídos e assegurar a clareza. Alguns dos vícios mais comuns da linguagem é a redundância, e talvez, exatamente por isso, seja difícil perceber quando estamos sendo redundantes. PORQUE A redundância consiste em repetir uma ideia não explicita no discurso, fazendo com que ele �que cansativo e comprometa a qualidade da mensagem. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.

a. Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira.
c. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
e. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.

Indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à separação de suas sílabas.

a. co-a-du-nar / der-ra-de-i-ro / ge-ria-tra
b. dúc-til / fran-cis-ca-no / a-xio-ma
c. lei-to / pa-ro-qui-a-no / pa-ri-si-en-se
d. fa-mi-li-ar / pa-ne-lei-ro / pa-ssa-re-la

Na introdução do sexto parágrafo do texto, o autor afirma que “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos, ‘amigos’ no Facebook ou, ‘seguidores’ no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos”. O disposto a seguir nesse parágrafo se configura, em termos da estratégia de argumentação do autor, como:

a. organização de ideias argumentativas.
b. reorganização de argumento já apresentado.
c. contra-argumentação.
d. elaboração de argumento.
e. reformulação de argumento alheio.

Embora não seja uma palavra muito utilizada no Português falado no Brasil, é possível, tendo em vista o contexto, aferir o sentido da palavra “abluções”. Considerando que a escolha de uma palavra para compor um texto não é algo aleatório, principalmente se tratando de um texto para ser publicado em um veículo da imprensa (caso da crônica anterior), assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uma explicação plausível para a escolha desse termo no texto.

a. Ostentar habilidades raras sobre o uso do idioma.
b. Fazer um texto culto.
c. Evitar um termo mais vulgar.
d. Exibir conhecimento acerca da língua.
e. Tornar o texto mais erudito.

A crônica, enquanto texto que flutua “entre o literário e o jornalístico”, faz uso tanto de uma linguagem mais objetiva e direta (própria do jornalismo), quanto de uma linguagem mais figurativa e poética (comum a textos literários). Tendo em vista tal aspecto, indique a alternativa cujo conteúdo faz uso de linguagem conotativa.

a. "O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade [...]." (8º§)
b. Todas as alternativas anteriores.
c. "Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento [...]." (1º§)
d. "Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§)
e. "[...] enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente." (2º§)

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Questões resolvidas

Julgue os itens abaixo.
I. Em "[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.
II. No trecho "[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma "como" atua na função de advérbio de modo.
III. No excerto "[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), "como" é uma conjunção coordenativa.

a. I e II.
b. Todas.
c. III.
d. II e III.
e. I.

No terceiro parágrafo, o autor afirma: “Desejá-lo [o tempo imediato] não aumenta a eficiência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial”.
De acordo com o texto, assinale a alternativa cujo conteúdo não pode ser considerado como uma justificativa a essa asserção.

a. A falta de conexão entre as pessoas gera incompreensão.
b. O misticismo dos processos históricos, que fragmentam a compreensão das etapas envolvidas na comunicação (8º parágrafos).
c. A necessidade de conexão decorrente do imediatismo, que causa sentimentos danosos (4º e 5º parágrafos).
d. A falta de vigor das relações digitais, que não permite o necessário aprofundamento para a criação de relações interpessoais saudáveis (6º parágrafos).
e. O vasto conteúdo contido na rede, que limita a apreensão de continuidade, tempos e processos (7º parágrafos).

O trecho “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (1º§), possui uma pequena controvérsia, que não prejudica o texto, ao contrário, contribui para o entendimento de algo. Que controvérsia é essa?

a. O descaso do autor com a reivindicação dos patrões.
b. A fraqueza na argumentação dos empresários.
c. A indicação de uma greve de patrões.
d. A falta de presteza do governo.
e. O desdém do governo com aquilo que querem os patrões.

No trecho “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos mo�vos errados, ques�onando a validade dos ‘amigos’ no Facebook ou ‘seguidores’ no Twi�er ao compará-los com seus equivalentes analógicos.” (6º parágrafo), o uso de aspas nos termos destacados serve para:

a. Enfatizar uma ideia anteriormente mencionada.
b. Indicar um sentido particular para as palavras.
c. Assinalar que as palavras são gírias.
d. Marcar uma citação direta.
e. Apontar que as palavras são estrangeirismos.

Releia o trecho: “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” Qual é a relação entre a oração introduzida pela expressão sublinhada e a oração imediatamente anterior?

a. Concessão.
b. Proporção.
c. Conformidade.
d. Proporcionalidade.
e. Finalidade.

Redundância é o processo pelo qual se repetem informações em uma comunicação, com o objetivo de superar os ruídos e assegurar a clareza. Alguns dos vícios mais comuns da linguagem é a redundância, e talvez, exatamente por isso, seja difícil perceber quando estamos sendo redundantes. PORQUE A redundância consiste em repetir uma ideia não explicita no discurso, fazendo com que ele �que cansativo e comprometa a qualidade da mensagem. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.

a. Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira.
c. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
e. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.

Indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à separação de suas sílabas.

a. co-a-du-nar / der-ra-de-i-ro / ge-ria-tra
b. dúc-til / fran-cis-ca-no / a-xio-ma
c. lei-to / pa-ro-qui-a-no / pa-ri-si-en-se
d. fa-mi-li-ar / pa-ne-lei-ro / pa-ssa-re-la

Na introdução do sexto parágrafo do texto, o autor afirma que “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos, ‘amigos’ no Facebook ou, ‘seguidores’ no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos”. O disposto a seguir nesse parágrafo se configura, em termos da estratégia de argumentação do autor, como:

a. organização de ideias argumentativas.
b. reorganização de argumento já apresentado.
c. contra-argumentação.
d. elaboração de argumento.
e. reformulação de argumento alheio.

Embora não seja uma palavra muito utilizada no Português falado no Brasil, é possível, tendo em vista o contexto, aferir o sentido da palavra “abluções”. Considerando que a escolha de uma palavra para compor um texto não é algo aleatório, principalmente se tratando de um texto para ser publicado em um veículo da imprensa (caso da crônica anterior), assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uma explicação plausível para a escolha desse termo no texto.

a. Ostentar habilidades raras sobre o uso do idioma.
b. Fazer um texto culto.
c. Evitar um termo mais vulgar.
d. Exibir conhecimento acerca da língua.
e. Tornar o texto mais erudito.

A crônica, enquanto texto que flutua “entre o literário e o jornalístico”, faz uso tanto de uma linguagem mais objetiva e direta (própria do jornalismo), quanto de uma linguagem mais figurativa e poética (comum a textos literários). Tendo em vista tal aspecto, indique a alternativa cujo conteúdo faz uso de linguagem conotativa.

a. "O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade [...]." (8º§)
b. Todas as alternativas anteriores.
c. "Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento [...]." (1º§)
d. "Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§)
e. "[...] enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente." (2º§)

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02/09/2021 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP): Revisão da tentativa
https://virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=3133397&cmid=75690 1/39
Iniciado em Thursday, 2 Sep 2021, 17:28
Estado Finalizada
Concluída em Thursday, 2 Sep 2021, 18:19
Tempo
empregado
51 minutos 24 segundos
Notas 13,00/20,00
Avaliar 6,50 de um máximo de 10,00(65%)

02/09/2021 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP): Revisão da tentativa
https://virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=3133397&cmid=75690 2/39
Questão 1
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
O padeiro
 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto
não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu
café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa
e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos
primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”

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https://virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=3133397&cmid=75690 3/39
E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/).
 
Julgue os itens abaixo.
 
I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?” (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.
II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.” (7º§), a forma “como” atua na função de advérbio de modo.
III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (7º§), “como” é uma conjunção coordenativa.
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Escolha uma opção:
a. I e II.
b. Todas.
c. III.
d. II e III.
e. I. 
A resposta correta é: Todas.

02/09/2021 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP): Revisão da tentativa
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Questão 2
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
O mito do tempo real
 
O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de
ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela
demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas
horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.
No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são
trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro,
do elevador à cama, da hora do almoço ao �m de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.
A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente
real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma
�cção. Desejá-lo não aumenta a e�ciência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.
O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa
parte da re�exão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva
a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada
vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.
A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de
abstinência cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.
Muitos combatem a super�cialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no
Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na
intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e
nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e �lmes de
qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem

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boa parte de sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido
economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais
devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.
Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é
congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por
outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo.
O passado é achatado, o futuro vem por mágica.
Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não
há uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou
melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus
processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se
estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.
Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um
gigantesco hedonismo e pragmatismo.A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento
pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a
solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e
poluição ambiental.
Em alta velocidade há pouco espaço para a re�exão. Reduzidos a impulsos e re�exos, corremos o risco de deixar para trás
tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.
 
(Luli Radfahrer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-temporeal.shtml.>)
 
No terceiro parágrafo, o autor afirma: “Desejá-lo [o tempo imediato] não aumenta a eficiência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial”.
De acordo com o texto, assinale a alterna�va cujo conteúdo não pode ser considerado como uma jus�fica�va a essa asserção.
Escolha uma opção:
a. A falta de conexão entre as pessoas gera incompreensão.
b. O misticismo dos processos históricos, que fragmentam a compreensão das etapas envolvidas na comunicação (8º
parágrafos).
c. A necessidade de conexão decorrente do imediatismo, que causa sentimentos danosos (4º e 5º parágrafos). 
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d. A falta de vigor das relações digitais, que não permite o necessário aprofundamento para a criação de relações interpessoais
saudáveis (6º parágrafos).
e. O vasto conteúdo contido na rede, que limita a apreensão de continuidade, tempos e processos (7º parágrafos).
A resposta correta é: O misticismo dos processos históricos, que fragmentam a compreensão das etapas envolvidas na comunicação
(8º parágrafos).
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Questão 3
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
“O modelo comunicativo teve origem nas pesquisas de Claude Shannon, um engenheiro das telecomunicações, o linguista russo
Roman Jakobson achou que se aplicava à comunicação humana e assim, criou o Modelo comunicativo e as Funções da linguagem.”
O principal alvo contra o modelo de Jakobson era a natureza excessivamente ‘esquemática’ que ele atribuía à comunicação. 
PORQUE
A mensagem seria um ‘pacotinho’ de informações que sai da boca do emissor e, se não houver ruído, chega intacto ao ouvido de
receptor. 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
Escolha uma opção:
a. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira. 
c. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
e. Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
A resposta correta é: As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.
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Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O mito do tempo real
 
O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de
ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela
demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas
horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.
No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são
trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro,
do elevador à cama, da hora do almoço ao �m de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.
A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente
real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma
�cção. Desejá-lo não aumenta a e�ciência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.
O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa
parte da re�exão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva
a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada
vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.
A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de
abstinência cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.
Muitos combatem a super�cialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no
Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na
intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e
nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e �lmes de
qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem
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02/09/2021 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP): Revisão da tentativa
https://virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=3133397&cmid=75690 9/39
boa parte de sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido
economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais
devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.
Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é
congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por
outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo.
O passado é achatado, o futuro vem por mágica.
Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não
há uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou
melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus
processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se
estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.
Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um
gigantesco hedonismo e pragmatismo. A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento
pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a
solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e
poluição ambiental.
Em alta velocidade há pouco espaço para a re�exão. Reduzidos a impulsos e re�exos, corremos o riscode deixar para trás
tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.
 
(Luli Radfahrer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-temporeal.shtml.>)
 
No primeiro parágrafo do texto, o autor lança mão de um pronome para conferir ênfase à problema�zação do tema, ampliando, assim, o alcance do
enunciado. Que termo é esse?
Escolha uma opção:
a. seus.
b. nenhum.
c. todos. 
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d. que.
e. algumas.
A resposta correta é: todos.

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Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Leia a tirinha:
 
Considerando a tirinha, pode-se concluir que, nela, está presente a função da linguagem denominada:
Escolha uma opção:
a. Poética, pois o importante é passar as informações de forma clara e objetiva, desprezando-se a preocupação com a
elaboração da linguagem.
b. Apelativa, pois está ausente a intenção de atingir o receptor com o intuito de modi�car o seu comportamento.
c. Emotiva, pois o eu lírico pode expressar livremente as emoções com as quais está em con�ito.
d. Fática, pois vários termos, embora desprovidos de signi�cado, permitem o início do processo comunicativo.
e. Metalinguística, pois se re�ete sobre o valor das palavras, isto é, sobre o uso da língua e sua função social. 
A resposta correta é: Metalinguística, pois se re�ete sobre o valor das palavras, isto é, sobre o uso da língua e sua função social.

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Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O padeiro
 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto
não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu
café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa
e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos
primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
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E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/)
 
 
O trecho “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando
o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (1º§), possui uma pequena
controvérsia, que não prejudica o texto, ao contrário, contribui para o entendimento de algo. Que controvérsia é essa?
Escolha uma opção:
a. O descaso do autor com a reivindicação dos patrões.
b. A fraqueza na argumentação dos empresários.
c. A indicação de uma greve de patrões. 
d. A falta de presteza do governo.
e. O desdém do governo com aquilo que querem os patrões.
A resposta correta é: A indicação de uma greve de patrões.
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Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O mito do tempo real
 
O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de
ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela
demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas
horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.
No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são
trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro,
do elevador à cama, da hora do almoço ao �m de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.
A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente
real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma
�cção. Desejá-lo não aumenta a e�ciência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.
O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa
parte da re�exão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva
a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada
vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.
A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de abstinência
cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.
Muitos combatem a super�cialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no
Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na
intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e
nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e �lmes de
qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem

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boa partede sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido
economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais
devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.
Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é
congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por
outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo.
O passado é achatado, o futuro vem por mágica.
Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não há
uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou
melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus
processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se
estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.
Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um
gigantesco hedonismo e pragmatismo. A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento
pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a
solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e
poluição ambiental.
Em alta velocidade há pouco espaço para a re�exão. Reduzidos a impulsos e re�exos, corremos o risco de deixar para trás
tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.
 
(Luli Radfahrer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-temporeal.shtml.>)
 
No trecho “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos mo�vos errados, ques�onando a validade dos ‘amigos’ no Facebook ou
‘seguidores’ no Twi�er ao compará-los com seus equivalentes analógicos.” (6º parágrafo), o uso de aspas nos termos destacados serve para:
Escolha uma opção:
a. Enfatizar uma ideia anteriormente mencionada.
b. Indicar um sentido particular para as palavras. 
c. Assinalar que as palavras são gírias.
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d. Marcar uma citação direta.
e. Apontar que as palavras são estrangeirismos.
A resposta correta é: Indicar um sentido particular para as palavras.
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Questão 8
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
O padeiro
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De
resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a
tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. 
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e
ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir
a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim �cara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela
madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela o�cina – e muitas vezes saía já levando
na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/)
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Releia o trecho: “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” 
Qual é a relação entre a oração introduzida pela expressão sublinhada e a oração imediatamente anterior?
Escolha uma opção:
a. Concessão.
b. Proporção.
c. Conformidade. 
d. Proporcionalidade.
e. Finalidade.
A resposta correta é: Concessão.
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Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Redundância é o processo pelo qual se repetem informações em uma comunicação, com o objetivo de superar os ruídos e
assegurar a clareza. Alguns dos vícios mais comuns da linguagem é a redundância, e talvez, exatamente por isso, seja difícil perceber
quando estamos sendo redundantes.
PORQUE
A redundância  consiste em repetir uma ideia não explicita no discurso, fazendo com que ele �que cansativo e comprometa a
qualidade da mensagem.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. 
Escolha uma opção:
a. Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
b. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira.
c. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
d. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
e. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.
A resposta correta é: A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
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Questão
10
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
O princípio da economia está intimamente relacionado ao conceito de informatividade. Segundo tal princípio, nossa mensagem deve
comunicar apenas dados novos, relevantes.   
PORQUE
A economia total, isto é, a eliminação total dos elementos supér�uos a mensagem, é impossível. Isso porque existe um fenômeno
chamado ruído.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
Escolha uma opção:
a. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira.
b. A primeira asserçãoé uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
c. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
d. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justi�cativa correta da primeira.
e. Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
A resposta correta é: As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justi�cativa correta da primeira.

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Questão
11
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a
epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês
grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo
era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa
do organismo infectado. 
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto,
a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há
coesão por elipse do sujeito é:
Escolha uma opção:
a. "Supõe-se que �zesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado." 
b. "O primeiro era um termo derivado do latim medieval in�uentia, que signi�cava ‘in�uência dos astros sobre os homens'."
c. "Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]".
d. "O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]".
e. "[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas."
A resposta correta é: "Supõe-se que �zesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado."

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Questão
12
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à separação de suas sílabas.
Escolha uma opção:
a. co-a-du-nar / der-ra-de-i-ro / ge-ria-tra
b. dúc-til / fran-cis-ca-no / a-xio-ma
c. lei-to / pa-ro-qui-a-no / pa-ri-si-en-se 
d. fa-mi-li-ar / pa-ne-lei-ro / pa-ssa-re-la
A resposta correta é: lei-to / pa-ro-qui-a-no / pa-ri-si-en-se 
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Questão
13
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
“Na tentativa de oferecer uma resposta a essas perguntas, Jakobson criou o conceito das seis funções da linguagem, um
desdobramento do modelo comunicativo. De acordo como linguista russo, a linguagem exerce seis funções, cada uma
correspondendo a um dos elementos do modelo. Em cada ato de comunicação, a ênfase recai sobre um dos elementos e,
consequentemente, a função relacionada a ele prevalece sobre as outras.”
Assinale a alternativa que contenha a sequência correta sobre as funções da linguagem, importantes elementos da comunicação:
1. Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes.
2. Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação.
3. Busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem.
4. Ênfase  no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes.
5.  Visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico ou extralinguístico.
6. Voltada para o processo de estruturação da mensagem e para seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito
estético.
(   ) função metalinguística.
(   ) função poética.
(   ) função referencial.
(   ) função fática.
(   ) função conativa.
(   ) função emotiva.
Escolha uma opção:
a. 3, 5, 2, 4, 6, 1.

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b. 5, 2, 6, 4, 3, 1.
c. 5, 6, 2, 4, 3, 1. 
d. 6, 5, 2, 4, 3, 1.
e. 1, 2, 4, 3, 6, 5.
A resposta correta é: 5, 6, 2, 4, 3, 1.

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Questão
14
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
Observe as frases a seguir:  
I. Ele foi, logo eu não fui.
II. O menino, disse ele, não vai.
III. Deus, que é pai, não nos abandona.
IV. Saindo ele e os demais, os meninos �carão sós.
Assinale a a�rmativa correta:
Escolha uma opção:
a. Na I, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase. 
b. Na II, faltam dois pontos depois de disse.
c. Todas as alternativas estão falsas.
d. Em II e III, as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro.
e. Em I, há erro de pontuação.
A resposta correta é: Em II e III, as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro.

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Questão
15
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Feliz aniversário
Na cabeceira da mesa, a toalha manchada de coca-cola, o bolo desabado, ela era a mãe. A aniversariante piscou. Eles se mexiam
agitados, rindo, a sua família. E ela era a mãe de todos. E se de repente não se ergueu, como um morto se levanta devagar e obriga
mudez e terror aos vivos, a aniversariante �cou mais dura na cadeira, e mais alta. Ela era a mãe de todos. E como a presilha a
sufocasse, ela era a mãe de todos e, impotente à cadeira, desprezava-os. E olhava-os piscando. Todos aqueles seus �lhos e netos e
bisnetos que não passavam de carne de seu joelho, pensou de repente como se cuspisse. Rodrigo, o neto de sete anos, era o único a
ser a carne de seu coração. Rodrigo, com aquela carinha dura, viril e despenteada, cadê Rodrigo? Rodrigo com olhar sonolento e
intumescido naquela cabecinha ardente, confusa. Aquele seria um homem. Mas, piscando, ela olhava os outros, a aniversariante. Oh
o desprezo pela vida que falhava. Como?! Como tendo sido tão forte pudera dar à luz aqueles seres opacos, com braços moles e
rostos ansiosos? Ela, a forte, que casara em hora e tempo devidos com um bom homem a quem, obediente e independente,
respeitara; a quem respeitara e que lhe �zera �lhos e lhe pagara os partos, lhe honrara os resguardos. O tronco fora bom. Mas dera
aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacidade sequer para uma boa alegria. Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos
fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua
cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família. Incoercível, virou a cabeça e com força insuspeita cuspiu no chão. –
Mamãe! gritou morti�cada a dona da casa. Que é isso, mamãe!” 
(LISPECTOR, Clarice. Feliz Aniversário. In: Laços de Família. 28. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 78-79.)
No trecho, a expressão metafórica que revela a preferência da personagem por um de seus netos é:
Escolha uma opção:
a. "cabecinha ardente".
b. "uma boa alegria".
c. "carne de seu coração". 
d. "carne de seu joelho".
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e. "o tronco fora bom".
A resposta correta é: "carne de seu coração".
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Questão
16
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O padeiro
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De
resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a
tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. 
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e
ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir
a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim �cara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela
madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela o�cina – e muitas vezes saía já levando
na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/)
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Analise sintaticamente a oração a seguir: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (8º§). Assinale a alternativa que apresenta a função, na
oração anterior, desempenhada pela palavra destacada.
Escolha uma opção:
a. Sujeito.
b. Objeto direto.
c. Predicativo do sujeito. 
d. Objeto indireto.
e. Adjunto adnominal.
A resposta correta é: Predicativo do sujeito.
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Questão
17
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O mito do tempo real
 
O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de
ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela
demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas
horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.
No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são
trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro,
do elevador à cama, da hora do almoço ao �m de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.
A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente
real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma
�cção. Desejá-lo não aumenta a e�ciência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.
O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa
parte da re�exão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva
a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada
vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.
A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de
abstinência cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.
Muitos combatem a super�cialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no
Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na
intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e
nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e �lmes de
qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem
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boa parte de sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido
economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais
devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.
Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é
congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por
outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo.
O passado é achatado, o futuro vem por mágica.
Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não
há uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou
melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus
processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se
estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.
Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um
gigantesco hedonismo e pragmatismo. A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento
pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a
solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e
poluição ambiental.
Em alta velocidade há pouco espaço para a re�exão. Reduzidos a impulsos e re�exos, corremos o risco de deixar para trás
tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.
 
(Luli Radfahrer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-temporeal.shtml.>)Em vista de sua estruturação e proposição semân�ca, o texto tem um caráter argumenta�vo, visando sustentar a per�nência de determinado ponto
de vista acerca de um tema. Assinale a alterna�va que apresenta a proposição, ou seja, a tese do autor sobre o tema sendo deba�do.
Escolha uma opção:
a. Os smartphones e outras ferramentas digitais são um novo tipo de droga.
b. A frustração e o estresse são frutos de uma sobrecarga cognitiva.
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c. As redes sociais atraem as pessoas jovens.
d. As redes sociais prejudicam as relações humanas.
e. O desejo por velocidade nas interações é nocivo e irreal. 
A resposta correta é: O desejo por velocidade nas interações é nocivo e irreal.
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Questão
18
Incorreto
Atingiu 0,00 de 1,00
O mito do tempo real
 
O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de
ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela
demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas
horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.
No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são
trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro,
do elevador à cama, da hora do almoço ao �m de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.
A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente
real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma
�cção. Desejá-lo não aumenta a e�ciência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.
O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa
parte da re�exão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva
a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada
vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.
A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de
abstinência cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.
Muitos combatem a super�cialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no
Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na
intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e
nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e �lmes de
qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem
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boa parte de sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido
economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais
devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.
Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é
congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por
outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo.
O passado é achatado, o futuro vem por mágica.
Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não
há uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou
melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus
processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se
estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.
Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um
gigantesco hedonismo e pragmatismo. A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento
pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a
solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e
poluição ambiental.
Em alta velocidade há pouco espaço para a re�exão. Reduzidos a impulsos e re�exos, corremos o risco de deixar para trás
tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.
 
(Luli Radfahrer. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-temporeal.shtml.>)
 
Na introdução do sexto parágrafo do texto, o autor afirma que “Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos mo�vos errados,
ques�onando a validade dos, ‘amigos’ no Facebook ou, ‘seguidores’ no Twi�er ao compará-los com seus equivalentes analógicos”. O disposto a seguir
nesse parágrafo se configura, em termos da estratégia de argumentação do autor, como:
Escolha uma opção:
a. organização de ideias argumentativas.
b. reorganização de argumento já apresentado.
c. contra-argumentação. 
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d. elaboração de argumento.
e. reformulação de argumento alheio.
A resposta correta é: reformulação de argumento alheio.
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Questão
19
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O padeiro
 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto
não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu
café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa
e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha láde dentro perguntando quem era; e ouvir a
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos
primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
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E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/)
 
Embora não seja uma palavra muito utilizada no Português falado no Brasil, é possível, tendo em vista o contexto, aferir o sentido da
palavra “abluções”. Considerando que a escolha de uma palavra para compor um texto não é algo aleatório, principalmente se tratando
de um texto para ser publicado em um veículo da imprensa (caso da crônica anterior), assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta
uma explicação plausível para a escolha desse termo no texto.
Escolha uma opção:
a. Ostentar habilidades raras sobre o uso do idioma.
b. Fazer um texto culto.
c. Evitar um termo mais vulgar. 
d. Exibir conhecimento acerca da língua.
e. Tornar o texto mais erudito.
A resposta correta é: Evitar um termo mais vulgar.
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Questão
20
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O padeiro
 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o
pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto
não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu
café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem
modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa
e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a
pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com
um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que
deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos
primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome.
O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”

02/09/2021 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP): Revisão da tentativa
https://virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=3133397&cmid=75690 39/39
E assobiava pelas escadas.
(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/)
 
A crônica, enquanto texto que flutua “entre o literário e o jornalístico”, faz uso tanto de uma linguagem mais objetiva e direta (própria do
jornalismo), quanto de uma linguagem mais figurativa e poética (comum a textos literários). Tendo em vista tal aspecto, indique a
alternativa cujo conteúdo faz uso de linguagem conotativa.
Escolha uma opção:
a. "O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade [...]."
(8º§) 
b. Todas as alternativas anteriores.
c. "Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento [...]." (1º§)
d. "Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§)
e. "[...] enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente." (2º§)
A resposta correta é: "O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de
humildade [...]." (8º§)

ATIVIDADE ANTERIOR 
Avaliação Formativa II
PRÓXIMA ATIVIDADE
Atividade Discursiva 
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