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Bases conceituais do BIM
Prof. Anderson Manzoli
Descrição Você vai entender a conceituação e relevância do BIM (Modelo da
Informação da Construção) nos projetos de engenharia e arquitetura.
Propósito Compreender a evolução das “tecnologias de projeto” como um
processo que engloba mudanças rápidas nos paradigmas sobre a forma
de pensar os desenhos, os projetos e os processos, a fim de formar
profissionais aptos a exercerem suas funções de projetistas, gerentes
de projetos e gestores de projetos.
Objetivos
Módulo 1
Conceitos básicos:
história, bases
Módulo 2
Ferramentas,
modelagem
conceituais e
desa�os
Reconhecer os conceitos básicos dos
projetos e sua evolução tecnológica.
paramétrica e
interoperabilidade
Analisar as ferramentas disponíveis no
mercado relacionadas aos conceitos de
modelagem paramétrica e
interoperabilidade.
Módulo 3
Projeto colaborativo
e interferências
Reconhecer as principais características
dos projetos feitos em BIM, suas
características colaborativas e de
interferências.
Módulo 4
Construtibilidade e
BIM
Reconhecer as construtibilidade e o BIM
como ferramentas de automação de
projetos.
Introdução
No vídeo a seguir, vamos apresentar os princípios e as bases conceituais
do BIM. É importante que você preste atenção e faça anotações, pois isso
te ajudará a evoluir na sua caminhada rumo ao conhecimento. Vamos lá!

1 - Conceitos básicos: história, bases
conceituais e desa�os
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos básicos
dos projetos e sua evolução tecnológica.
O que vem pela frente na
área de projeto.
Neste vídeo, veja como o conceito de projeto mudou ao longo dos anos e o que
podemos esperar de mudanças futuras na área.
Conceitos evolutivos de
projeto
Neste vídeo, será apresentado o conceito de projeto como uma ferramenta que
transfere uma ideia do abstrato para a compreensão concreta, seguindo normas
e padrões para a sua materialização e compreensão.
O conceito de “projeto” nas áreas de engenharia, arquitetura e afins surge como
uma forma de apresentar e expressar uma ideia baseada em regras, aprendido
da mesma forma que se aprende uma nova língua, em que a comunicação é
apresentada de forma ilustrativa, em geral, na forma de desenhos técnicos,
permitindo passar os conceitos que podem ser decodificados e reproduzidos por
qualquer profissional da área que conheça a “linguagem de projeto”.
À diferença de uma ilustração ou desenho artístico, um
desenho técnico possui sua apresentação baseada em
normas de desenhos que buscam uma universalização da
comunicação do projeto. Embora esboços e croquis possam
servir como apoio para o entendimento da ideia, textos e até
apresentações orais que fomentam o projeto, ele só nasce na
formalização da comunicação baseada nos desenhos
técnicos regrados e normalizados.
A apresentação de projeto como entendemos hoje evoluiu mais a partir do
Renascimento, embora existam registros de desenhos de plantas e elevações
muito antes desse período. A seguir, veja uma imagem que representa um
desenho de uma ponte feita por Da Vinci.
Swing Bridge, Leonardo Da Vinci (1480-1490)
Uma ideia que se deseja materializar precisa ser “projetada”, ou seja, tirada de
dentro e colocada para fora. Essa concretização pode ser apresentada na forma
de um texto ou de uma explicação oral, contudo, a comunicação baseada em
imagens e desenhos é muito mais eficaz e de fácil compreensão, pois nossa
compreensão visual extrapola os outros sentidos quando se deseja transmitir
ideias de cunho espacial e volumétrico.
A comunicação entre o emissor e o
receptor é um valor econômico no
ambiente da engenharia, arquitetura e
áreas afins. Com isso, saber se
expressar na forma escrita e falada é
muito importante, mas a expressão na
forma gráfica, como é o caso de um
projeto técnico, se torna essencial.
De forma análoga, podemos pensar em um exemplo: um relatório mal escrito ou
uma frase mal formulada pode gerar dificuldades no entendimento do receptor
ao ler o texto e captar a ideia. O leitor precisa ler o texto várias vezes e, mesmo
assim, alguns pontos ficam vagos.
Uma boa comunicação ocorre quando o processo de
transmissão de informações se torna claro, objetivo e preciso,
no qual a ideia é compreendida pelos demais envolvidos.
A ideia do projeto é criar uma “comunicação eficaz na forma de desenho
técnico”, que representa transmitir para o interlocutor os dados e as informações
que você precisa, causando nele a compreensão desejada, sem margem de
dúvida. É emitir uma mensagem com clareza e riqueza de detalhes, de modo que
o receptor consiga visualizar, entender, compreender e executar a ideia no menor
tempo e o mais fielmente possível. Dessa forma, em um relatório escrito à mão
ou feito em um programa de edição de texto, a comunicação verbal deve ser
plena.
Com isso, podemos observar que a ferramenta pode ajudar no processo,
gerando economia de tempo, criando rotinas e conectando bancos de dados.
Contudo, se a essência da ideia não for boa, as ferramentas tecnológicas não
irão transformar os “projetos ruins” em “projetos bons”.
Ferramentas informatizadas ajudam na apresentação da ideia.
Assim, começar um projeto é como começar a escrever um livro. O fato de
sabermos escrever não nos torna bons escritores. O fato de saber as técnicas de
desenho ou os comandos de um programa não nos torna bons projetistas.
Boas ideias geram bons projetos, que, apresentados em uma plataforma eficaz e
eficiente, potencializa o projeto, dando a ele mais qualidade na apresentação e
no entendimento dos detalhes. Por outro lado, as ferramentas informatizadas
que auxiliam na hora de projetar, caso a ideia original não seja boa, apresentarão
um projeto visualmente bonito, mas não será a ferramenta que tornará o projeto
bom.
Isso nos leva à reflexão de que não basta saber utilizar adequadamente as
ferramentas de desenho em um programa, devemos saber muito sobre o que se
deseja projetar. O avanço tecnológico permitiu uma melhora nas ferramentas de
projeto, veja:
Antes da tecnologia Depois da tecnologia
Os desenhos eram feitos à
mão com a ajuda de
algumas ferramentas, como
pranchetas, réguas T etc
Os desenhos são feitos
usando monitores,
computadores, teclados e
mouses cada vez mais
exatos, precisos e de fácil
visualização.
Porém, todo esse instrumental, que facilita o projetista, não garante a qualidade
do projeto, mas uma otimização do tempo, uma melhor qualidade de imagem,
uma infinidade de repetições e outros facilitadores que, hoje, tornam a utilização
de computadores para a atividade projetual não mais um luxo, mas um recurso
econômico sem precedentes.
Quando pensamos em iniciar um projeto utilizando ferramentas computacionais,
precisamos lembrar que, ao contrário do desenho técnico feito “à mão”, a
utilização de um programa exige outra forma de pensar e realizar o projeto. O
computador permite copiar elementos, criar rotinas, gerar desenhos, cotas,
renderizações, criar modelos 3D, criar filmes e muito mais. Antes, esses recursos
não existiam. Diante dessa nova realidade, temos que utilizar esses facilitadores
para ganhar tempo e qualidade nos projetos.
Na imagem a seguir, é possível ver a mesma ponte que vimos anteriormente
desenhada por Leonardo da Vinci, mas agora feita no computador. Observe a
diferença de uma para outra.
Swing Bridge de Leonardo Da Vinci renderizada em 3D.
Neste processo evolutivo, até o conceito de fazer projeto mudou. A ideia de que
um projeto é apenas um conjunto de desenhos e imagens que seguem,
normalmente, técnicas e padrões vem sendo substituída por processos ligados

que não se limitam apenas a esse fluxo de trabalho, pois nele também é possível
fazer:
gestão do processo;
análises;
simulações;
maquetes digitais;
orçamentos;
gerenciamento do canteiro de obra;
gerenciamento dos projetos;
gerenciamento das etapas da obra;
administração dos recursos;
estimar custos de manutenção;
detecções deinterferências, minimizando a possibilidade de que
eventuais erros aconteçam durante a execução da obra.
Assim, as próprias normas tendem a evoluir junto com os novos conceitos.
Ainda temos um longo caminho para criar essas padronizações e modelos. A
norma geral do desenho técnico é a ABNT/NBR 10647. Ela determina as
nomenclaturas utilizadas nesse trabalho, os tipos de desenhos, o grau de
elaboração, o grau de especificação, o material utilizado e as técnicas de
execução (à mão livre ou no computador).
Conceitos de projetos 4.0
Neste vídeo, apresentamos o conceito de projeto 4.0 como uma extensão das
mudanças tecnológicas que vêm crescendo rapidamente.
A Indústria 4.0 é um conceito que representa a automação industrial e a
integração de diferentes tecnologias, como inteligência artificial, robótica,
internet das coisas e computação em nuvem, com o objetivo de promover a
digitalização das atividades industriais, melhorando os processos e aumentando
a produtividade.
Para acompanhar tal evolução e essa demanda, a área de projetos teve que se
redescobrir e se reinventar junto às novas mudanças. Os processos relacionados
ao desenho, por exemplo, eram manuais, ou seja, não havia técnicas e recursos
computacionais. Os desenhos eram elaborados a partir de instrumentos simples
(lápis, caneta e esquadros), respeitando normas técnicas preestabelecidas.
Desenhos e projetos sendo feitos à mão.
Na década de 1980, grandes mudanças aconteceram, e os projetos foram das
pranchetas para os sistemas de desenho utilizando plataformas digitais.
Surgiram muitos programas e alguns tiveram destaque, entre eles, o AutoCad.
O AutoCad, software do tipo CAD (Computer Aided Design), é o mais utilizado no
mundo, desenvolvido e comercializado pela Autodesk desde 1982. Ele permite
criar ambiente bidimensional (comprimento e largura) e tridimensional
(perspectivas, filmes) no computador. Desse modo, é possível visualizar a forma
plana e espacial, os materiais, as texturas, as cores, as luzes e as sombras. Ele
pode ser baixado gratuitamente por estudantes pelo site da Autodesk.
Projeto sendo desenvolvido na plataforma AutoCad.
A ferramenta AutoCad ainda é muito utilizada por arquitetos e engenheiros para
criarem desenhos e projetos. Seria, para um escritor, a evolução da máquina de
escrever para um editor de texto como o Word. Porém, a tecnologia e o
aperfeiçoamento da forma de projeto não pararam neste ponto. Recentemente,
introduziu-se um conceito novo, que vem sendo considerado como uma geração
acima do CAD: trata-se do BIM (Building Information Modeling, traduzido por
Modelagem de Informação da Construção).
O BIM é uma metodologia que permite criar simulações digitais, manejando
coordenadamente toda a informação de um projeto. Os projetos modelados em
BIM podem incluir os produtos e materiais reais que serão utilizados para
construção, incorporando sua geometria, suas características, suas
especificações e as informações para adquiri-las se forem aprovados.
A diferença básica entre os processos
anteriores de projeto (o CAD, por
exemplo) e o BIM, é que, neste último,
os elementos de projeto estão
associados a dados e informações.
Neste sistema, tudo pode ser
calculado, orçado e planilhado,
gerando muitas informações que um
sistema CAD não consegue gerar
diretamente, precisando de algum tipo
de programação mais avançada para
fazer a ligação do elemento
desenhado com algum banco de
dados. E, mesmo assim, o desenho
não fica parametrizado, apenas
associado a um banco de dados.
Projeto sendo desenvolvido na plataforma BIM –
Programa Revit.
Qual é a diferença entre o CAD e o BIM? A principal evolução entre os sistemas
CAD e os sistemas BIM é no produto gerado, mas vamos ver mais detalhes a
seguir:
Nos sistemas CAD, se cria um desenho, uma representação gráfica do
projeto e das informações da proposta projetada, permitindo, a partir
deste desenho, se direcionar às próximas fases do projeto, por meio da
coordenação das partes e dos profissionais envolvidos em cada etapa,
de forma consecutiva e assíncrona.
No BIM, por sua vez, o produto é uma reprodução virtual dos objetos
reais, por meio de modelos de construção virtual, contendo parâmetros e
informações que vão além da representação geométrica e englobam
dados externos e dados dos processos de execução, tais como
referências normativas, manuais de operação e manutenção, data e custo
de aquisição de equipamentos, homens-horas gastos, entre outras
informações relevantes para viabilizar a realização das simulações de
cada etapa para a construção virtual do empreendimento. O BIM permite
consolidar os resultados para as próximas fases de um empreendimento,
por meio da coordenação das partes e profissionais envolvidos em cada
etapa, de forma colaborativa e síncrona.
É muito comum a confusão entre o software Revit, uma ferramenta que
possibilita a criação de modelos em BIM, com o próprio conceito de BIM.
Entenda melhor essas diferenças a seguir:
O BIM é a Modelagem da Informação da Construção e envolve todas as
etapas e a vida útil de uma edificação, tais como: estudo de viabilidade
financeira, econômica e técnica; planejamento; projetos; detalhamentos e
CAD 
BIM 
BIM 
compatibilizações; análises; documentação; fabricação; construção;
logística; uso, operação e manutenção, e, por fim, pode ocorrer a
renovação ou a demolição.
O Revit, por sua vez, é um dos softwares, ou seja, uma ferramenta que
pode ser utilizada nesse processo complexo que é o BIM. Ele é um
software de modelagem que apresenta os recursos que, ao serem
implantados, permitem trabalhar com o conceito de BIM.
Para dar uma ideia da importância destes sistemas, a plataforma BIM tornou-se
parte de uma estratégia nacional que visa incentivar o uso dessa tecnologia em
âmbito nacional.
Com a entrada em vigor do Decreto nº 9.377, em maio de
2018, a partir de 2021, a modelagem 3D será exigida para a
elaboração de projetos de Arquitetura e de Engenharia. A
iniciativa pretende aumentar em dez vezes a implantação da
plataforma BIM.
Com isso, espera-se que 50% do PIB da Construção Civil utilize a metodologia
até 2024. Atualmente, somente 9,2% das empresas do setor da construção
utilizam a modelagem em suas rotinas de trabalho. O dado é de um estudo do
Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV). A
seguir, veja como ocorrerá a exigência dessa lei ao longo dos anos.
Revit 
 Janeiro de 2021
A exigência do uso da plataforma BIM se dará na
elaboração de modelos para a Arquitetura e a Engenharia
nas disciplinas de Estrutura, Hidráulica, AVAC e Elétrica, na
detecção de interferências, na extração de quantitativos e
na geração de documentação gráfica.
Desa�os nas áreas de
projeto
Neste vídeo, compreenda os conceitos mais modernos e as tendências futuras
na área de automação de projetos.
O desenvolvimento crescente do Big Data & Analytics, Cloud Computing,
Impressão 3D/manufatura aditiva, Integração de Sistemas: Horizontal e Vertical,
Machine Learning, Internet das Coisas (IoT), Realidade Aumentada e Realidade
Virtual, Robôs Autônomos e Segurança Cibernética sinaliza que a evolução na
 Janeiro de 2024
A exigência será sobre os modelos que deverão contemplar
algumas etapas que envolvem a obra, como o planejamento
da execução, a orçamentação e a atualização dos modelos
e de suas informações, como construído (as built).
 Janeiro de 2028
A exigência passará a abranger todo o ciclo de vida da obra
ao considerar atividades do pós-obra. Nas construções
novas, serão aplicadas, no mínimo, reformas, ampliações ou
reabilitações, quando consideradas de média ou grande
relevância.
área de automação de projetos só vem crescendo, e mesmo tecnologias vistas
como “de ponta” e atuais, como o BIM, já não estão mais sozinhas no que
chamamos de avanços na área de projetos.
O objetivo dessa evolução na área do projeto não é substituir pessoas por
máquinas, mas fazer com que as duas partestrabalhem bem em conjunto.
Quando falamos em automatizar processos, falamos de aumento de
produtividade e redução de custos. A função dos projetos é justamente essa.
Criar, por meio de ideias e conceitos, um produto ou serviço.
Exemplo
A tecnologia da realidade aumentada tem sua importância na interatividade com
o usuário, possibilitando que ele visualize de forma real e interativa como ficará o
projeto.
Assim, a tecnologia na construção civil é utilizada desde o planejamento da obra
até o gerenciamento da construção e a apresentação para o cliente. A ideia é
que os aplicativos de realidade aumentada possam proporcionar uma visão mais
exata daquilo que será construído e todas as camadas de materiais e
instalações que, muitas vezes, são complexas para o entendimento por meio de
desenhos.
Para isso, plantas 3D e até hologramas de maquetes virtuais são utilizados para
melhorar a compreensão do projeto e facilitar a execução de projetos. Mesmo
durante a construção, a possibilidade de ver por meio de paredes e entender o
caminho das instalações facilita o processo e reduz a possibilidade de erros,
além de servir como guia para a construção de geometrias complexas.
Um exemplo disso é o AR Sketchwalk, uma ferramenta de realidade aumentada,
que permite aos envolvidos e projetistas utilizarem a realidade aumentada para
mergulhar em seus esboços, proporcionando, a si e a seus clientes, uma noção
mais verdadeira do espaço. Por meio de um tablet, você posiciona seu croqui no
plano (pode ser o próprio terreno do projeto) e pode percorrê-lo, subindo as
paredes, para ter uma ideia dos espaços futuros. Isso torna a experiência de
apresentação de projeto aos clientes muito mais interativa e clara.
Realidade aumentada.
Outra tecnologia que vem crescendo é a realidade virtual. Esse termo foi
utilizado pela primeira vez em 1987, por Jaron Lanier, em seu trabalho na
empresa VPL Research, que foi a pioneira na comercialização dos primeiros
óculos de Realidade Virtual. Ela cria um ambiente totalmente novo e
independente do mundo real, e inclui elementos virtuais que interagem com o
que já existe. Assim, é possível unir projetos arquitetônicos virtuais à realidade
do canteiro de obras ‒ aumentando a eficiência e a precisão, reduzindo a
ocorrência de erros e economizando tempo, dinheiro e recursos.
Com a realidade virtual, o projetista, o cliente e todos os envolvidos poderão ter a
sensação de como será, por exemplo, um novo imóvel, o que aumenta a
possibilidade de alterações no projeto ou as suas chances de fechar a venda.
Além da melhor experiência, a realidade virtual ainda proporciona outra
vantagem: o projetista, os envolvidos, e até o cliente, podem “visitar” o imóvel
sem precisar se deslocar até o local. Assim, permite-se que diversos
profissionais avaliem o projeto antes da sua concepção final, tornando-se uma
ferramenta que gera muita economia. Para o cliente, o custo da visita em
realidade virtual pode ser mais baixo do que o custo da construção de uma
unidade decorada.
Realidade virtual.
Hoje, a realidade virtual pode trabalhar de forma compartilhada em ambientes
como o Metaverso e compartilhar o projeto para revisar e coordenar as etapas
desenvolvidas em diversas plataformas, inclusive na plataforma BIM.
Normalmente, a criatividade de arquitetos e engenheiros é limitada pela rapidez
com que podem iterar e gerar novos designs. Se eles têm um cronograma
apertado, as soluções não criativas rapidamente se tornam o status quo, o que
prejudica a inovação de longo prazo. Um programa de projeto de engenharia
convencional ajuda a resolver alguns desses problemas. Apesar dos cálculos
automáticos e dos recursos de design mais rápidos do que a caneta e o papel,
os projetistas ainda precisam passar por cada fase de desenvolvimento. Assim,
as novas tecnologias têm o potencial de amplificar a produtividade da mesma
forma que em outros setores.
O Design Generativo é um excelente exemplo de como os
meios digitais podem aumentar a eficiência no
desenvolvimento de produtos. Isso colabora para uma maior
otimização entre as cadeias de valor, especificamente, ao
introduzir novos princípios de manufatura, como a impressão
3D, realidade aumentada, virtual e maquetes 3D.
Grande parte do trabalho de um projetista é fazer e refazer testes, linhas, formas,
cópias. Descartar e recomeçar. De uma ideia inicial a um projeto final há um
caminho extenuante e longo. Isso porque projetar é tomar infinitas decisões,
sendo que uma alteração influencia em outros tantos elementos, sendo, enfim,
um exercício de escolhas e concessões. O Design Generativo é, provavelmente,
hoje, a aplicação mais difundida da inteligência artificial na Arquitetura,
Engenharia e Construção (AEC). Nesse processo, o computador aprende e
executa centenas de combinações que traçam um caminho evolutivo para criar
uma forma. Veja um exemplo de um projeto feito dessa forma a seguir.
Projeto Generativo.
Você ainda define os parâmetros, mas, em vez de modelar uma coisa de cada
vez, o software de Design Generativo te ajuda a criar muitas soluções
simultaneamente e, às vezes, até encontrar “acidentes felizes” ou soluções
únicas e imprevistas que seriam difíceis de descobrir com métodos tradicionais.
Muitos aplicativos populares de design de
engenharia já suportam Design Generativo
movido por inteligência arti�cial.
Por exemplo, a Autodesk trouxe o Design Generativo do laboratório com
integração em seus produtos. Há também um número crescente de projetos
independentes de software livre que fornecem recursos de design generativos.
Assim, algoritmos de última geração podem ser treinados para:

Otimização de um projeto
para parâmetros de
engenharia específicos,
como peso ou durabilidade.

Utilização em parâmetros
comerciais, como custos de
produção ou mesmo
requisitos estéticos.
O mais interessante é sua aplicação para aprimorar a funcionalidade durante o
uso, como considerar o fluxo de calor por meio de um componente.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O BIM (Modelagem de Informação da Construção) é a base da transformação
digital no setor de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). O uso do BIM
na execução de obras e serviços de engenharia referentes à Administração
Pública Federal passou a ser estabelecido após o Decreto nº 10.306/2020.
Neste sentido, analise as sentenças sobre a obrigatoriedade de
procedimentos para o Ministério da Defesa e Infraestrutura.
( ) Adotar a utilização de tecnologias e processos conectados para a criação,
utilização e a atualização de modelos digitais de uma construção.
( ) Utilizar o BIM no desenvolvimento de projetos e gestão de obras referentes
a novas construções, reformas, ampliações e reabilitações.
( ) Dar cumprimento ao planejamento e controle de execução de obras, sem
levar em conta o ciclo de vida da construção.
( ) Utilizar melhores práticas para que o fluxo de trabalho seja aprimorado,
assim como comprovar capacitação e experiência dos profissionais que
executarão o projeto.
( ) Extrair quantitativos, gerar documentação gráfica e identificar
interferências físicas e funcionais entre diversos setores do projeto.
A V, V, F, V, V
B V, F, F, V, V
C F, V, F, V, V
Parabéns! A alternativa C está correta.
O BIM pode auxiliar a levar em conta a manutenção da obra, que é o ciclo de
vida da construção. Por isso, as sentenças que não são verdadeiras dizem
respeito ao ciclo de vida da construção.
Questão 2
Quando se fala em arquitetura, engenharia e design, muito se ouve a respeito
do Revit e do BIM. Analisando o que foi ensinando neste módulo, assinale a
alternativa que melhor apresenta a diferença entre Revit e BIM.
D V, F, V, V, V
E V, V, V, V, V
A
BIM é um conjunto de ferramentas e processos de
modelagem 3D para arquitetura e engenharias, que permite o
desenvolvimento de projetos de forma padronizada para o
mercado, enquanto o Revit é uma ferramenta de
desenvolvimento3D, assim como o Autocad, e permite a
criação de objetos 3D, não somente para o modelo BIM de
desenvolvimento.
B
BIM é um processo (uma metodologia) para que as equipes
de projeto façam interface com a tecnologia para fornecer
melhores resultados de projeto no mercado de arquitetura e
engenharia, enquanto o Revit é uma plataforma de software
projetada para facilitar esse processo.
C
BIM é a tecnologia de desenvolvimento, enquanto o Revit é
um conjunto de ferramentas projetadas para a criação e
gestão de modelos estruturais e inteligentes.
Parabéns! A alternativa B está correta.
O BIM é um processo e o Revit é um dos programas que pode trabalhar com
BIM.
2 - Ferramentas, modelagem paramétrica e
interoperabilidade
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as ferramentas
disponíveis no mercado e apresentar os conceitos de modelagem
D
Tanto o BIM quanto o Revit são ferramentas de modelagem
3D. O BIM trabalha, além da modelagem, com a gestão dos
projetos, desde o seu início até a entrega final, enquanto o
Revit apenas realiza o processo de modelagem.
E
Revit é um software de modelagem, criação de esboços,
visualização 3D e renderização, que permite elaborar um
sistema gráfico de desenvolvimento do projeto, mapeando as
principais dificuldades para se atingir os resultados
esperados, enquanto o BIM é uma nova tecnologia destinada
a gerenciar os projetos de construção civil.
paramétrica e interoperabilidade.
Funcionamento do BIM
Neste vídeo, você verá como ocorre o funcionamento do BIM.
Modelagem paramétrica
Neste vídeo, entenda o conceito de modelagem a nível de projeto e a nível de
objeto dentro de um programa de BIM.
A modelagem paramétrica é a relação gerada entre os elementos de um projeto,
permitindo sua coordenação e gerenciamento, de forma que criações e
alterações permitam automaticamente atualizações nas relações entre os
objetos e bancos de dados, criadas tanto automaticamente pelo software quanto
por você enquanto trabalha.
O BIM considera rotinas como a interação entre elementos e suas
representações, e uma abordagem de componentes virtuais para a
representação em um modelo virtual, caracterizando-se por:
Os componentes são apresentados com representações digitais
inteligentes (objetos) que “sabem” o que são e podem ser associados
com gráficos computacionais, dados, atributos e regras paramétricas.
Componentes que incluem dados descritivos de seu comportamento,
necessários para análises e processos de projeto, tais como
levantamentos de quantitativos, especificações e análise energética.
Dados consistentes e sem redundância, de modo que alterações nos
componentes sejam representadas em todas as vistas do componente.
Dados coordenados, de modo que todas as vistas do modelo sejam
representadas de modo coordenado.
O BIM acaba sendo muito associado a softwares ou modelos em 3D, quando, na
verdade, é um processo de trabalho, que envolve pessoas, softwares e
informação. Assim, o BIM não se resume a um software, ele é uma ferramenta
fundamental para o desenvolvimento de projetos dentro do processo BIM.
Entenda melhor na imagem a seguir:
Projeto Paramétrico - BIM.
O fluxo de trabalho BIM facilita a criação de um ambiente colaborativo e, como
resultado, um projeto melhor, com menos erros e melhor uso dos recursos
(tempo e dinheiro).
Saiba mais
Para atender todo o fluxo de trabalho do processo BIM, você não vai encontrar
um software que resolva absolutamente tudo, mas diversos softwares, entre os
quais cada um se responsabiliza por uma determinada etapa do processo.
No processo BIM, é como se o prédio fosse construído virtualmente no
computador antes de ser construído no terreno. Assim como na “vida real”, todas
as disciplinas de projeto (hidráulico, estrutural, arquitetônico etc.) estarão
sobrepostas. Portanto, é importante facilitar a visualização de problemas e a
elaboração de maneiras de otimizar o projeto. Desse modo, fica mais fácil
identificar se um tubo está atravessando uma viga onde não deveria, ou se uma
porta não tem espaço suficiente para abertura.
Em vez de apenas desenharmos linhas para representar as paredes da
edificação, agora utilizamos geometrias. O software de modelagem interpreta
essa geometria como uma parede de alvenaria ou de bloco estrutural, por
exemplo. Dependendo do grau de especificidade que você desejar, é possível
indicar o custo desses blocos, o coeficiente de condutividade térmica e muitas
outras informações; desse modo, possibilita análises e simulações de maneira
muito mais dinâmica do que em processos CAD.
No projeto paramétrico, o usuário ainda define os seguintes pontos:
Famílias ou classes de elementos
São definidos de acordo com o uso. Essas classes podem ser criadas
por ele mesmo ou pela utilização de padrões já existentes. Essa classe
é um conjunto de interações responsáveis por controlar os parâmetros
de cada objeto, de acordo com o contexto de cada um.
Objetos
São definidos usando parâmetros que envolvem regras geométricas.
Essas interações permitem que cada instância varie de acordo com as
regras que regem seus parâmetros e o contexto inserido. Podem ser
normas de desenho, limites máximos e mínimos, regiões de intervalos
etc.
Regras
São definidas como requisitos, dando ao usuário a possibilidade de
realizar modificações a qualquer momento, alterando o desenho ou até
as famílias de dados. Ao se alterar algo no desenho ou família, todas as
regras são atualizadas em todas as instâncias do projeto de maneira
automática, gerando novos cortes, plantas, planilhas de custo, etapas
de obra etc., alterando dados geométricos e não geométricos do projeto
e dos processos.
Hoje já é possível obter diversas famílias de objetos prontos ou eles podem ser
criados pela equipe de projetos, com famílias de objetos personalizados, de
acordo com a necessidade do projeto.
Já existem normas e outras estão sendo aprimoradas, como a Norma BIM
brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)5, a Norma
Brasileira (NBR)6 15965 (CBIC, 2016). Essa norma consiste em um sistema de
classificação e padronização dos diversos tipos de informações que um modelo
BIM pode conter.
Mesmo com todos esses avanços na área de projeto, o foco nas pessoas ainda
é fundamental na estratégia de implantação de um BIM. Os profissionais devem
ter:
Experiência necessária;
Capacidade de trabalhar bem com a equipe interna e com equipes
externas;
Ser flexíveis a mudanças;
Se manter atualizados na tecnologia, que tem avanços contínuos.
Um dos pontos principais do processo BIM é a otimização do projeto nas fases
de concepção e de desenvolvimento, para reduzir ou eliminar imprevistos na
execução ou na manutenção do projeto. Para que isso ocorra, as pessoas
envolvidas no processo devem ser capacitadas a identificar erros ou melhorias
possíveis e a comunicá-los no momento correto à pessoa correta, por meio de
uma comunicação mais eficiente para o processo como um todo, com os níveis
de informação e detalhe adequados, para que seja possível a tomada de
decisões e ações necessárias para a sua correção ou a viabilização da melhoria.
Um processo virtual é tão bom quanto as pessoas que o operam.
Dependendo do ponto de partida, o escritório deverá planejar uma transição ou
uma substituição, envolvendo treinamento adequado para a equipe, de acordo
com suas funções e participação no processo, o que já se concatena com o foco
nas pessoas.
Qualquer escolha relativa à infraestrutura de implantação tem
prós e contras, e deve ser avaliada adequadamente, levando
em consideração o modelo de negócio individual, as opiniões
da equipe de produção, as experiências compartilhadas por
outras empresas e o suporte oferecido pelos fornecedores.
O foco no processo abrange não apenas os novos processos internos a serem
adotados, como também os processos interempresariais. Compreende o plano
de trabalho, o fluxo de trabalho, o cronograma, a especificação dos entregáveis,
o métodode comunicação, a definição de funções, o sistema de concentração
de dados, arquivos e informações, o nível de detalhe em cada fase e a
especificação do uso do modelo em todos os ciclos de vida da edificação.
Entenda melhor na imagem a seguir:
Ciclos de vida da edificação.
Essas dimensões fundamentais são vinculadas entre si por procedimentos,
normas e boas práticas, o conjunto de documentos que regula e consolida os
processos e as políticas de pessoal, práticas comerciais e o uso e operação da
infraestrutura tecnológica. Para alcançar as metas definidas, é necessária a
implementação de novos processos, otimizando suas etapas em cada entidade
envolvida, incluindo, além dos projetistas, a incorporadora, a construtora, a
gerenciadora do projeto e da obra, e a administradora da manutenção do edifício.
Interoperabilidade no BIM
Neste vídeo, apresentaremos as ferramentas do BIM e entenderemos melhor o
conceito de interoperabilidade no BIM.
Todo software tem sua limitação, mas isso não pode limitar a sua capacidade.
Assim, hoje se pensa no conceito de “Open BIM”, de modo a realizar projetos em
colaboração usando fluxos de trabalho abertos, padrões e processos
transparentes e de livre utilização. Esse conceito é um contraponto ao formato
proprietário, ou BIM fechado, em que você deve escolher um programa e se
fechar nele.
A possibilidade de haver a interoperabilidade entre os programas que trabalham
com o conceito de BIM é importante, pois uma linguagem em comum facilitaria
a comunicação entre eles. Assim, a ideia de sistemas com interfaces que sejam
completamente compreendidas, e que possam trabalhar com outros produtos ou
sistemas, na implementação ou no acesso, sem quaisquer restrições, permite
um avanço muito grande na área.
No setor de construção civil, muitas equipes de projetos distintos, reunidas em
diferentes organizações, disciplinas e fases, e que, muitas vezes, usam
diferentes ferramentas, programas e planilhas, tendo a possibilidade de
compartilhar essas informações entre si, mantendo os dados, permitiram um
verdadeiro fluxo de trabalho no conceito BIM. Essa é a ideia de criar um “Open
BIM”, de forma que os programas sejam interoperáveis.
Saiba mais
Interoperabilidade é a liberdade de trabalhar em qualquer programa e usar as
ferramentas que geram mais conforto e produtividade.
Além de facilitar a comunicação entre programas, a liberdade dos projetistas e
clientes, de mudar de um produto para outro, mantendo os dados intactos após
a transferência, é especialmente importante para casos de uso em que os dados
permanecerão em um sistema por longo período, impedindo a dependência de
um único fornecedor.
É importante lembrar que compatibilidade não é o mesmo
que interoperabilidade. Um exemplo são as ferramentas BIM
usadas para automatizar a geração de documentos de
projeto, mas nenhum dado reutilizável é passado para as
outras partes em formato padrão.
A colaboração deve ser baseada em arquivos, gerando dados interoperáveis
verdadeiramente integrados. Isso significaria um modelo centralizado no qual
todas as partes estão contribuindo e se beneficiando. Apenas criar plug-ins para
ferramentas BIM, permitindo a leitura de alguns níveis de dados de uma empresa
para outra, não resolveria o problema. As indústrias de programas têm uma
longa história de tentativas de dominar fornecedores e mercados, controlando
os padrões de dados.
Assim, essa comunicação deve ser baseada em sistemas que usam formatos e
padrões comuns de dados, linguagens e protocolos, como:
Formato
XML;
JSON;
SQL;
ASCII;
Unicode.
Protocolo
HTTP;
TCP;
FTP;
IMAP.
Essa real comunicação permite a interoperabilidade sintática, transferindo
informações e seus significados, de modo que o que for enviado deve ser o
mesmo que é entendido. Para isso, ambos devem criar um modelo comum de
referência de troca de informações, criando a interoperabilidade semântica. Veja
a próxima imagem para entender melhor.
Interoperabilidade no BIM.
Dentre os formatos públicos abertos, o Industry Foundation Classes (IFC) é o
principal representante. Ele é um formato de arquivo neutro e aberto,
desenvolvido pela buildingSMART, para permitir a interoperabilidade em projetos
dentro de um fluxo de trabalho BIM. O IFC é importante para que você possa
escolher livremente qual é o melhor software e trocar informações ao participar
de qualquer projeto.
O setor público deseja evitar uma solução proprietária que daria o monopólio a
uma única plataforma. Somente o IFC e o CIS/2 são padrões públicos e
internacionalmente reconhecidos. Portanto, o modelo de dados IFC será,
provavelmente, o formato padrão para o intercâmbio de dados e integração
dentro das indústrias de construção de edificações (CBIC, 2016).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A respeito do conceito de interoperabilidade do BIM, é correto afirmar que
A
existe um trabalho colaborativo e integrado, no qual todos
participam da execução do projeto do empreendimento, de
forma sincronizada, tornando possível extrair dados capazes
de influenciar na tomada de decisões durante o
desenvolvimento do projeto.
B
é a capacidade dos operadores do sistema de trabalharem
internamente em cada etapa do projeto de forma
independente.
C
um sistema considerado interoperável é aquele que não pode
ser operado por um único operador, ou seja, é necessária uma
Parabéns! A alternativa A está correta.
A interoperabilidade é uma das principais ferramentas que contribuem na
colaboração entre os projetistas e na troca de informações entre as
disciplinas. Uma das principais características da metodologia BIM é a
colaboração entre os diversos profissionais que trabalham em um projeto.
Questão 2
A grande vantagem de trabalhar com um programa de BIM, do ponto de vista
dos projetistas, é a possibilidade de utilizar objetos “inteligentes”, ou seja,
objetos paramétricos. A respeito deste conceito, é INCORRETO afirmar que
equipe especializada em diversos seguimentos para realizar a
interação das operações.
D
a interoperabilidade é quando um sistema precisa de outro
para funcionar, pois quando executados independentemente
não conseguem automatizar os processos.
E
a interoperabilidade BIM é relacionada ao fato de as
informações recebidas de distintos setores da engenharia
serem interligadas em um único software de modelagem 3D.
A
o BIM permite economia de tempo, pois o projetista já não
tem que desenhar uma quantidade enorme de linhas,
polilinhas e várias formas geométricas, mas deve apenas
inserir objetos com propriedades específicas.
B
na modelagem de objetos no BIM, a parametrização ocorre de
forma automática, sem a necessidade de programação prévia
das famílias de objetos geradas automaticamente no BIM.
C
o BIM permite redução de erros e maior simplicidade em fase
de projeto: o projetista consegue trabalhar de forma rápida,
Parabéns! A alternativa B está correta.
A parametrização de cada objeto precisa ser feita para que as regras e a
“inteligência” dos objetos sejam plenas. Existem, no mercado, objetos já
parametrizados, no entanto, muitas vezes, essa parametrização não é
suficiente para alguns projetos.
3 - Projeto colaborativo e interferências
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as principais
características dos projetos feitos em BIM, apresentado suas características
colaborativas e de interferências.
mais precisa e detalhada, graças à utilização dos objetos BIM.
D
os objetos parametrizados como portas, janelas, luminárias e
louças, devem ser definidos pelos projetistas ou fornecidos
pelos fabricantes e inseridos na biblioteca de objetos.
E
no BIM, o banco de dados digitais sobre o projeto é gerado ao
mesmo tempo em que o modelo espacial é produzido.
Conceitos de cooperação
e como evitar
interferências no BIM
Neste vídeo, veja a contextualização de como a ferramenta BIM auxilia na
eliminação das incompatibilidades dos projetos.Projeto colaborativo
Neste vídeo, analisaremos os aspectos colaborativos que o BIM pode trazer ao
ser implantado em uma organização.
Na área de Gestão, sabemos que a noção de colaboração deve se aliar à
integração de projetos, principalmente quando falamos da aplicação prática da
tecnologia em contextos profissionais que, às vezes, se mostram avessos a
mudanças de paradigmas.
A construção virtual de modelo geométrico, visando não apenas apresentar os
desenhos do seu projeto, mas também gerando um banco de dados associado a
ele, que pode ser consultado e atualizado durante todo o ciclo de vida da
construção, desde o seu projeto, uma reforma, uma manutenção até outras
intervenções, desafia escritórios de gerenciamento de projeto a terem uma
colaboração da equipe cada vez mais integrada. Para isso, os processos devem
ser revistos e os diversos profissionais envolvidos devem se ajustar às novas
práticas e ferramentas digitais de trabalho colaborativo.
Consolidar essa plataforma, visando facilitar a concepção interativa em um
contexto em que a apropriação das ferramentas de diferentes áreas se
comunique plenamente, é um campo de estudo com potencial considerável de
ampliação na área do projeto colaborativo, articulando colabores e empresa na
produção de softwares compatíveis.
A tecnologia gera ambientes de apoio a variadas formas de interação entre os
profissionais, influenciando o seu modo de trabalhar. O desenvolvimento de
ambientes para compartilhamento e troca de informações permite a realização
de trabalho colaborativo distribuído e descentralizado. O modelo de colaboração
3C (comunicação, coordenação e cooperação) e do BIM deu origem ao Modelo
de Colaboração BIM3C. Entenda melhor como essa colaboração ocorre na
imagem a seguir.
Colaboração 3C.
À medida que a indústria 4.0 se move cada vez mais em direção à colaboração,
os contratos que vinculam as equipes de projetos estão evoluindo. Portanto, a
tecnologia de suporte para essas equipes também deve evoluir.
Exemplo
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) criou o Projeto BIM
Colaborativo (PBC), cujo objetivo é desenvolver ações que visam disseminar e
facilitar o acesso das empresas e entidades à tecnologia BIM, entre elas, a
publicação da Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e
Incorporadoras.
A capacidade multidimensional do BIM pode ser representada por modelagem,
devido a sua capacidade de adicionar ao modelo de construção. Hoje, dizemos
que já existir dez dimensões em um processo que possui
“ferramentas/meios/finalidades” que ajudam a moldar como seria o processo de
construção auxiliado por ferramentas digitais de modelagem tridimensional,
associadas, em conjunto, com um banco de dados. Essa nova forma de pensar
dá origem ao denominado “projeto colaborativo”. Ele tem o objetivo de alinhar
todos os agentes que participam do ciclo de vida de um edifício ou de uma
infraestrutura para chegar ao estágio de construção industrializada. A imagem a
seguir apresenta uma visão geral das dimensões do BIM.
Dimensões do BIM.
Entenda cada uma dessas dimensões a seguir:
 1D - Protocolos
Consiste na implantação de protocolos BIM a nível
organizacional ou governamental.
 2D – Colaboração
Consiste na introdução de fluxos de trabalhos colaborativos.
 3D – Modelagem paramétrica
Consiste na modelagem tridimensional de todos os
elementos que compõem o projeto dentro de um mesmo
ambiente virtual.
 4D – Planejamento
Consiste na correlação entre os elementos modelados
virtualmente e o planejamento de obra.
 5D – Estimativas de custo
Consiste na correlação entre os elementos modelados
virtualmente e o orçamento da obra.
 6D – Sustentabilidade
Consiste na busca da sustentabilidade dos nossos projetos,
com construções focadas na eficiência energética.
 7D – Operação e manutenção
Consiste na gestão e operação da edificação,
acompanhando e otimizando seu tempo de vida útil.
Interferências
Neste vídeo, analisaremos como os programas de BIM podem auxiliar a
encontrar interferências nos modelos gerados.
 8D – Segurança
Consiste na busca da segurança e saúde durante o ciclo de
vida da construção, relacionado ao conceito de Acidente
Zero.
 9D ‒ Construção enxuta
Consiste na introdução da filosofia de gestão enxuta no
setor da construção, chamada de Construção Enxuta ou
Lean Construction.
 10D – Construção industrializada
Consiste na industrialização do setor da construção civil,
visando torná-lo mais produtivo por meio da integração de
novas tecnologias e sua digitalização. É o objetivo comum
das outras dimensões do BIM.
Se compararmos um processo de desenvolvimento de projeto tradicional com os
desenvolvidos em um conceito BIM, veremos que, no primeiro caso, os
coordenadores das equipes de projetos fazem reuniões independentes para
definir as soluções de compatibilização entre os diferentes projetos. Assim, é
possível minimizar os possíveis conflitos entre os diversos projetos, como, por
exemplo, o de estrutura e o de instalações prediais, realizando os melhores
projetos específicos, respectivamente, em cada área de competência. Na
próxima imagem, é possível ver um exemplo de problemas na compatibilização.
Problemas na compatibilização.
À diferença do sistema convencional, os programas de BIM permitem a
verificação de interferências entre os objetos que compõem um projeto. Essa
funcionalidade é conhecida como “Clash Detection”. Os objetos do modelo
possuem, em sua criação da Família, regras que os objetos devem seguir. Assim,
as interferências podem ser localizadas e possibilitam gerar relatórios de forma
automática, que podem ser disponibilizadas com as equipes responsáveis por
cada um dos diferentes projetos e disciplinas. Por exemplo, uma restrição que,
na estrutura, não pode cruzar com uma tubulação de água. Essas interferências
podem ser classificadas como leves, moderadas ou críticas.
A seguir, veja exemplos de interferência:
Soft
Clash
São componentes
ou objetos que não
respeitam uma
distância mínima
exigida em relação
a outro elemento,
objeto ou sistema.
Hard
Clash
São componentes
ou objetos que se
sobrepõem.
Time
Clash
São elementos ou
objetos que
podem se colidir
ao longo do
tempo, como
durante a
construção ou o
uso do edifício.
É importante lembrar a importância de um gerente de projeto, que é um
profissional responsável pela compatibilização geral dos projetos, de modo a
complementar à análise individual de cada projetista. Embora cada projetista
deva verificar a interface do seu projeto, é importante ter uma empresa
especializada em compatibilização ou um profissional da área fazendo essa
verificação junto ao programa.
Existem modelos federados para auxiliar a integração dos diversos tipos de
projetos. Para isso, cria-se uma origem em comum, que pode ser um sistema de
coordenadas único, garantindo a sobreposição entre os seus modelos e
viabilizando a análise da interface entre eles. Esse processo possibilita verificar
as inconsistências existentes entre os projetos, facilitando sua solução antes de
sua execução.
Veja a seguir as etapas do processo de compatibilização segundo o Guia ASBEA:
Etapa 1
Organização do modelo BIM
para compatibilização.
Etapa 2
Análise das incompatibilidades
de projeto.
Um “modelo BIM federado” é um conjunto de modelos 3D relacionados a áreas
específicas, como arquitetura, estrutura, instalações etc., e integrados em um
único modelo digital, multidisciplinar e abrangente, do edifício, de modo a
convergir todas as informações relativas à geometria do edifício, estrutura,
sistema elétrico, sistema hidráulico, aquecimento, fontes renováveis etc.
Neste modelo, os componentes são conectados uns aos outros, no entanto, são
distintos em sua identidade ou integridade, de modo que qualquer mudança em
um componente do modelo federado não implica uma mudança em outros
componentes do mesmo modelo federado, podendo ser elaborados pelo mesmo
profissionalou por outro.
Recomendação
Etapa 3
Emissão de relatórios de
compatibilização.
Etapa 4
Realização de reuniões de
compatitilizaçāo.
Etapa 5
Realização de revisão do projeto
no modelo.
Etapa 6
Análise do atendimento aos
comentários.
Geralmente, se inicia com a modelagem arquitetônica, que serve de base aos
outros profissionais, desenvolvendo seus projetos e competências, que utilizam,
como base, o modelo arquitetônico em formato IFC.
Esse processo ajuda a gerenciar e encontrar problemas, conflitos e
inconsistências que possam surgir da comparação e sobreposição dos
diferentes modelos. A norma UNI 11337 identifica em particular dois
profissionais, o BIM Manager e o BIM Coordinator, além de um terceiro com
formação mais operacional: o BIM Specialist. Na imagem a seguir, veja como
podemos solucionar problemas de compatibilidade.
Soluções das incompatibilidades.
Os relatórios de compatibilizações gerados devem ser simples e de fácil
compreensão, podendo ser enviados, imediatamente após serem descobertos,
aos seus projetistas, ganhando tempo na solução dos problemas detectados.
Os prazos para soluções das incompatibilidades devem sempre ser seguidos e,
para finalizar, cada projetista deve revisar novamente seus respectivos projetos e
assegurar que as resoluções estabelecidas sejam incorporadas ao projeto.
Também cabe ao gerente de projeto verificar se os problemas foram resolvidos,
sem deixar pendências nos relatórios. Estes procedimentos se repetem em
todas as etapas de implantação do BIM, conforme previsto no fluxo e etapa do
projeto.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A respeito do BIM Colaborativo, é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa A está correta.
O BIM colaborativo permite integrar todas as informações em um mesmo
banco de dados, criando uma maquete única para o modelo.
A
são ferramentas que permite integrar todas as informações
úteis em todas as fases do projeto, do modelo arquitetônico
ao estrutural, do modelo de instalações ao energético e
gerencial.
B
é o modelo tridimensional relacionado à construção civil que
permite que diversos profissionais trabalhem em conjunto,
mas sem compatibilizações de projeto no modelo 3D.
C
é a ferramenta de modelagem 3D que permite a diferentes
setores da arquitetura e das engenharias a possibilidade de
desenvolver parte do projeto, integrando-o em diversos
modelos que serão utilizados ao longo da construção e/ou
reforma.
D
é um fluxo de desenhos técnicos que permite a colaboração
de toda equipe de desenvolvimento do projeto, editando, em
tempo real, os dados de desenho de forma sequencial.
E
é o método de execução do projeto que permite a interação de
diferentes setores, de modo que os projetos sejam feitos de
forma sequencial, aguardando que um projeto seja finalizado
totalmente para que se dê início à outra disciplina de projeto.
Questão 2
A respeito do Modelo BIM Federado, é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa C está correta.
O Modelo Federado, também conhecido por Modelo Integrado e Modelo
Multidisciplinar, é definido pela combinação de vários modelos BIM
(arquitetura, estrutura, instalações e outros) em um único modelo digital.
A
são os modelos independentes e isolados criados por cada
disciplina do projeto.
B
é um conceito de associação de modelos 3D a modelos de
Realidade Aumentada.
C
é um único modelo 3D digital, multidisciplinar e abrangente do
edifício.
D
é a tentativa de criar uma extensão única de arquivo para
todos os programas de BIM.
E
é a possibilidade de trabalhar dentro do Metaverso com a
tecnologia BIM.
4 - Construtibilidade e BIM
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as construtibilidade
e o BIM como ferramentas de automação de projetos.
Construtibilidade e
tendências futuras
Neste vídeo, conheceremos as inovações tecnológicas e construtivas que
racionalizam a obra e analisaremos os aspectos da construtibilidade na
plataforma BIM.
Construtibilidade e BIM
Neste vídeo, entenderemos as vantagens da construtibilidade na plataforma BIM
e analisaremos os aspectos de construtibilidade no BIM de forma a potencializar
seus recursos.
A construtibilidade é definida normalmente como o uso do conhecimento e da
experiência em construção no planejamento, projeto, contratação e trabalho no
canteiro, para atingir os objetivos globais do empreendimento. Assim, ela está
relacionada à introdução de novas metodologias e inovações tecnológicas e
construtivas que racionalizam a obra como um todo ou parte desta. Seu
conceito também está associado à integração entre os processos do projeto.
A seguir, vamos diferenciar projeto de processo. Veja:
Projeto
É um esforço que deve ser
entregue dentro de um
prazo especificado e visa
entregar um produto,
serviço ou resultado
exclusivo.
Processo
É um procedimento
executado em uma
sequência de etapas que
produzirá um resultado
recorrente.
O conceito de racionalização está ligado à construção civil, primeiramente, em
nível setorial e, depois, às técnicas construtivas, composto por um conjunto de
ações que tenham como objetivo otimizar o uso dos recursos materiais,
humanos, organizacionais, energéticos, temporais e financeiros, disponíveis na
construção em todas as suas fases.
Assim, para haver sucesso na gestão do projeto, são necessários entendimento
e comunicação precisa e clara entre arquitetos, engenheiros, profissionais de
construção, administradores, investidores e proprietários.
O BIM é uma ferramenta ideal para as equipes envolvidas, oferecendo
informações coerentes e confiáveis para todo o escopo do empreendimento.

Normalmente, temos cinco grupos de processos de gestão de projetos:
1. Iniciação;
2. Planejamento;
3. Execução;
4. Monitoramento e controle;
5. Encerramento.
Esses grupos são, na verdade, um ciclo. Na próxima imagem, veja a
representação desse ciclo:
Grupo de processo.
Neste contexto, podemos dizer que os processos de Gerenciamento da
Integração, preconizados no PMBOK (Project Management Body of Knowledge),
possuem uma forma sinérgica muito grande com a gestão integrada do BIM. Na
prática, esses dois domínios podem se apresentar como alternativas para a
colaboração e, dessa forma, potencializar os resultados positivos durante o ciclo
de vida de um empreendimento.
O guia PMBOK possui diversas etapas, entre elas: gerenciamento do escopo, do
tempo, da qualidade, dos custos, das aquisições, das comunicações, dos
recursos humanos, dos riscos, da integração e dos stakeholders.
A seguir, entenda a diferença entre o BIM e o PMBOK:
BIM
Engloba conceitos de
interoperabilidade e
trabalha com modelos
PMBOK
Apresenta um conjunto de
boas práticas no
gerenciamento de projetos
tridimensionais e
parametrizados de forma
colaborativa, podendo
extrair informações que
influenciam a tomada de
decisões importantes para
o projeto.
e descreve os processos de
forma integrada que
permitem que as partes do
projeto funcionem de modo
coordenado.
A junção das duas competências poderia gerar o “gerente de projetos”,
representado por um “gerente de BIM (BIM Manager)”, assumindo um papel de
agente integrador, coordenando diferentes equipes e estabelecendo conexões
entre as partes. Suas atribuições combinariam a coordenação do projeto e a
coordenação do produto ‒ no caso, o modelo virtual. Veja no quadro a seguir a
relação do PMBOK e BIM.
PMBOK BIM
Gestão de integração
- Trabalho colaborativo
- Integração de documentos e dos
esforços das partes interessadas
Gestão do âmbito
- BIM 3D
- Cria especificações salvas em
informações parametrizadas.
Gestão do cronograma - BIM 4D
Gestão do custo - BIM 5D
Gestão da qualidade
- Detecta conflitos para a compatibilização
de projetos.
- Cria simulação para auxiliar as tomadas
de decisão.
Gestão dos recursos
- Auxilia em garantir os recursos certos
nos locais e momentos certos.
Gestão da
comunicação
- Proporciona um ambientecolaborativo.
- Facilita a troca de informações.

PMBOK BIM
Gestão dos riscos
- Prevê problemas com as simulações.
- Detecta, automaticamente, os conflitos,
tanto no 3D quanto no 4D.
Gestão das aquisições
- Elabora quantitativos.
- Faz a gestão da cadeia de suprimentos.
Gestão das partes
interessadas
- Permite que os intervenientes interajam
com o modelo e compartilhem
informação.
- Melhora a compreensão da construção.
Tabela: Relação do BIM com as áreas da gestão de projeto do PMBOK.
Anderson Manzoli
O PMI (Project Management Institute) é uma organização sem fins lucrativos,
com o objetivo de estabelecer padrões na área de gestão de projetos. Sua
contribuição é voltada para a qualidade, e os certificados emitidos pela PMI são
reconhecidos universalmente, sendo pré-requisito na grande maioria das
empresas para a contratação de profissionais na área de Direção de Projetos e
Gerenciamento de Projetos.
A relação entre a PMI e o BIM na área de planejamento é muito intrínseca.
Juntando as competências, é possível obter enorme vantagem para o
gerenciamento de projetos, pois o profissional, com as informações advindas do
profissional do BIM Manager, tem melhores condições para trabalhar e se
planejar. No BIM, é possível simular o processo da obra com detalhes, podendo
prever e, consequentemente, evitar ou se planejar para possíveis interferências,
dando tempo e possibilidade de agir com ações preditivas e preventivas. Veja as
dimensões do BIM na próxima imagem.
Dimensões do BIM.
Podemos ver que o BIM possui muitas dimensões que devem ser levadas em
conta, além do nível de maturidade de cada um desses níveis. O nível de
maturidade expressa o grau de aplicação e sofisticação no uso das tecnologias
de informação e o grau de colaboração no projeto. Essa junção de conceitos de
BIM com as práticas de Gerenciamento de Projeto está permitindo transformar,
progressivamente, a indústria da construção, saindo de projetos e processos
centrados em papeis para um fluxo de trabalho integrado e interoperável, usando
recursos de computação e meios de comunicação on-line, para reduzir riscos e
aprimorar a qualidade das ações e produtos do setor.
Níveis de maturidade BIM.
Assim, no conceito de interoperabilidade do BIM, o trabalho colaborativo e
integrado, no qual todos desenvolvem a execução do projeto do
empreendimento, a forma sincronizada e o fato de haver um único modelo
(modelo federado) em ambiente virtual (CDE), na produção de um modelo
tridimensional com objetos paramétricos (objetos BIM), torna possível extrair
dados capazes de influenciar na tomada de decisões durante o desenvolvimento
do projeto (BIM 3D).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A respeito da construtibilidade, é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa B está correta.
A
está ligada a boas práticas no canteiro de obra, como uso de
EPIs.
B está ligada ao uso de ferramentas de planejamento e projeto.
C
está ligada à métrica da escolha de melhores fornecedores de
insumos.
D
está ligada diretamente à rastreabilidade dos insumos usados
na obra.
E
está ligada ao controle interno no uso de insumo do estoque
do canteiro de obras.
A construtibilidade busca a integração dos diversos profissionais envolvidos
nas áreas de processos e projetos.
Questão 2
A respeito dos termos “Buildability” (quão influente o projeto pode ser
expressivo na facilitação da construção) e “Constructability –
construtibilidade em tradução” (consideração de todos os processos,
incluindo o planejamento, a contratação e o trabalho no canteiro a
interoperabilidade do BIM), é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa D está correta.
O conceito de Buildability está ligado à facilidade de execução da obra e,
quando associado a processos e projetos feitos no conceito BIM, podem
A
o termo “Buildability” não pode ser aplicado diretamente no
conceito de BIM, pois é baseado em processos do canteiro de
obra.
B
os termos são a mesma coisa, pois um projeto feito no BIM é
sempre o mais fácil de ser executado no canteiro de obras.
C
os termos são complementares, pois facilitar a execução de
uma obra e visar a qualidade de projeto significa a mesma
coisa.
D
são conceitos diferentes, mas que podem se unir para gerar
um conceito de projetos mais fáceis de serem executados em
campo, associados a boas práticas de processos e projetos.
E
são termos que poderiam se complementar, no entanto, os
projetos feitos no BIM não permitem adaptações de outros
modelos de projetos.
gerar obras mais otimizadas.
Considerações �nais
A automação de projeto deve ser entendida como o conjunto de medidas que
envolvem gestores, gerentes e administradores com objetivo de extrair ao
máximo as possibilidades de materializar uma ideia, com o máximo de
detalhamento nas fases de projeto e resolução de conflitos de interface de
projetos e disciplinas na fase de desenho, implantando processos como o BIM,
para acompanhar tanto o desenvolvimento dos passos iniciais dos projetos
quanto a manutenção da vida útil da edificação.
Esses objetivos são alcançados pelo uso de metodologias modernas e
multidisciplinares de banco de dados integrados, associados a programas de
projetos, plataformas digitais de gerenciamento de projetos e profissionais
treinados nas novas concepções de desenvolvimento de projetos dentro das
suas disciplinas.
Podcast
Neste podcast, entenda a importância do uso do BIM nos projetos e obtenha
respostas de algumas perguntas importantes.
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seguintes páginas:
Mais Engenharia;
Autodesk. Dentro da página, confira as abas sobre realidade virtual e projeto
generativo, e explore!
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 15965-1:2011 –
Sistema de classificação da informação da construção. 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 15965-2:2012 –
Características dos objetos da construção. 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 15965-7:2015 –
Informação da construção. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 15965-4:2021 –
Recursos da construção. 2021.
ALVES, R. C. M.; PEREIRA, A. T. C. BIM3C: um modelo para projeto colaborativo
em BIM. Revista Pixo – Projeto, Parametria e Tecnologia II (Inverno de 2021), v. 5,
n. 18, p. 196-215, 2021.
ANDRADE, M. L. V.; RUSCHEL, R. C. Interoperabilidade de Aplicativos BIM
Usados em Arquitetura por Meio do Formato. Gestão & Tecnologia de Projetos,
v. 4., n° 2, nov. 2009.
BALZANI, R.; MEIRA, R. BIM – Mudança de Paradigma. Meia Um Arquitetos, 31
de maio, 2013. Consultado na Internet em: 24 nov. 2022.
BRASIL. MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS. Guia 1
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