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ISBN: 978-65-5645-108-4
9 786556 451084
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1.º e 2.º 
ano
MANUAL DO PROFESSOR PARA A
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Educação Física
3.ª edição
Curitiba, 2021
Roselise Stallivieri
Licenciada em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). 
Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). 
Professora do Ensino Fundamental I, na rede pública de ensino, entre os anos 
1990 e 2017. Autora de materiais didáticos para alunos e professores.
©COPYRIGHT – 2021 – Terra Sul Editora Eireli. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer pro-
cesso eletrônico, reprográfico, etc., sem autorização por escrito dos autores e da editora.
Dados internacionais de catalogação na publicação
Bibliotecária responsável: Natália Vicente Montanha Teixeira (CRB-9/1642)
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Jane Gonçalves
PROJETO GRÁFICO E CAPA
Sincronia Design
ILUSTRAÇÃO
Simone Ziasch
Vicente Mendonça
ICONOGRAFIA
Raquel Deliberali
Victor Kubis
Rua Ricardo Beltrami, 82 – Bom Retiro
CEP 80520-570 – Curitiba – PR – Brasil
Fone: (41) 3253 0077
E-mail: terrasul@terrasuleditora.com.br
Stallivieri, Roselise.
 Manual do professor para a Educação Física : 1º e 2º ano / 
Roselise Stallivieri ; ilustradores: Simone Ziasch e Vicente 
Mendonça. – 3. ed. – Curitiba, PR : Terra Sul Editora, 2021.
 120 p. : il. ; 28 cm.
 ISBN 978-65-5645-108-4
 1. Educação física (Ensino fundamental) – Estudo e en-
sino. I. Ziasch, Simone. II. Mendonça, Vicente. III. Título.
CDD ( 22ª ed.)
376.86
REVISÃO
Ariane Roldan Melchior
Wildiane Helena de Camargo
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Luciano Popadiuk
IMPRESSÃO
3
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO
Amigo professor,
A proposta deste manual é mostrar a Educação Física 
como um componente curricular que trata do ser humano nas 
suas manifestações culturais relacionadas ao corpo, em que os 
movimentos são intencionalmente construídos como uma forma 
de comunicação com o outro pela linguagem corporal.
O encaminhamento do material está organizado em duas 
partes. A primeira – Orientações gerais – descreve a trajetória 
da Educação Física através do tempo, identifica as principais 
tendências pedagógicas no contexto escolar e aponta para uma 
metodologia que amplia a visão biológica ou técnica, entenden-
do o aluno como ser humano eminentemente cultural. Nessas 
orientações, também a avaliação é concebida como instrumento 
de reflexão sobre a prática pedagógica e o desempenho dos 
alunos. A segunda parte – Orientações específicas e propostas 
de atividades – apresenta sugestões metodológicas para tratar 
das manifestações da cultura corporal de movimento dentro da 
escola, organizadas como unidades temáticas de Brincadeiras e 
Jogos, de Ginásticas, de Danças, de Esportes e de Lutas, confor-
me o documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As atividades propostas são objetivas e bem direcionadas, 
conciliando os conteúdos e as imagens para melhor desenvol-
vimento das práticas orientadas. Para tanto, a abordagem teóri-
co-pedagógica adotada pela obra possibilita que você elabore 
seu trabalho de maneira dinâmica.
A autora.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Parte 1 – Orientações gerais
Introdução .............................................................................. 6
Abordagens pedagógicas .................................................... 9
Progressistas e críticas ...................................................................... 9
Sistêmica e cultural ............................................................................ 9
Proposta adotada pela obra ............................................... 10
Objetivos gerais ................................................................... 10
Organização da obra ........................................................... 10
Estrutura da obra ................................................................. 12
Inclusão e interdisciplinaridade .......................................... 14
Avaliação .............................................................................. 14
Sugestões de roteiros de aula ............................................ 15
Evolução sequencial dos conteúdos ................................. 20
Parte 2 – Orientações específicas e propostas de atividades
Brincadeiras e jogos ............................................................ 22
Ginásticas ............................................................................. 48
Danças .................................................................................. 74
Esportes ................................................................................ 97
Referências ......................................................................... 117
Ficha de avaliação individual ............................................ 119
Ficha de autoavaliação ...................................................... 120
SUMÁRIO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Orientações
gerais
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Introdução
Este manual foi escrito para os professores de Educação Física que atuam nas escolas e que buscam 
realizar uma prática pedagógica de qualidade.
Nestas orientações gerais, vamos mostrar alguns caminhos históricos percorridos pela Educação 
Física aqui no Brasil; apresentar as manifestações da cultura corporal de movimento, organizadas em 
unidades temáticas; e indicar algumas possibilidades metodológicas para tratar os conhecimentos desse 
componente curricular bem como alguns critérios de avaliação. Estes servirão de base para desenvolver 
nos alunos algumas competências específicas da área de Linguagens, que, em conjunto com outras, 
“visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva” 
(BRASIL, 2018, p. 7).
No final do século XIX, ampliam-se os debates acerca da educação pública no Brasil. Em 1882, Rui 
Barbosa, por meio de seu parecer sobre a Reforma Leôncio de Carvalho, Projeto 224 (Decreto n.º 7.247, de 
19/04/1879, da Instrução Pública), apresentou a importância de incluir a ginástica nas escolas. 
A reforma de ensino proposta por Rui Barbosa procurava preparar para a vida. Esta preparação 
requeria o estabelecimento de um ensino diferente do ministrado até então, ensino este marcado 
pela retórica e memorização. Era preciso privilegiar novos conteúdos, como ginástica, desenho, 
música, canto e, principalmente, o ensino de ciências. Esses novos conteúdos, associados aos 
conteúdos tradicionais, deveriam ser ministrados de forma a desenvolver no aluno o gosto pelo 
estudo e sua aplicação (MACHADO, 2000, p. 5).
A Educação Física que se ensinava nesse período estava baseada nos métodos ginásticos suecos, 
alemães e franceses, firmados em princípios biológicos, e era considerada uma atividade escolar obriga-
tória, com a função de criar corpos fortes, saudáveis e disciplinados, em defesa da pátria.
Os exercícios ginásticos eram calistênicos, ou seja, para dar força e vigor ao corpo, e ministrados por 
instrutores formados pelas instituições militares.
Como crítica ao modelo autoritário, na década de 1930 surge a Educação Física pedagogicista/
tendência escolanovista. O discurso, então, estava voltado para a higiene e a prevenção de doenças. 
Apesar da inserção da disciplina pela lei, não foi o que se viu acontecer na prática, por falta de professores 
capacitados para atender à demanda.
No Brasil, foi estabelecida como prática obrigatória somente com promulgação da primeira 
Constituição, em 1937.
O contexto dos anos de 1930abrange uma presença forte da industrialização e urbanização e o es-
tabelecimento do Estado Novo. Nesse momento, a Educação Física se presta a uma necessidade social, 
como formadora de trabalhadores fortes e capazes de produzir mais.
Após a Segunda Guerra Mundial e o final do Estado Novo, surge uma nova tendência na instituição 
escolar. Desse modo, a Educação Física volta-se para o Método Desportivo Generalizado, no qual o es-
porte toma força e passa a ser o elemento que predomina nas práticas pedagógicas. É trabalhado com 
vistas à competição, rendimento, recorde e vitórias.
A Lei n.º 4.024/1961, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação, defende a obrigatoriedade da 
Educação Física para o ensino primário e médio. A Lei n.° 5.692, de 1971, conserva essa exigência, agora 
juntamente com a Educação Moral e Cívica, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos de 
1.° e 2.° grau.
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Na década de 1970, vinculada ao contexto militar, a Educação Física adota como princípio a perfor-
mance, construída pela técnica e pela pedagogia dominante, dirigida para o método tecnicista. As ativi-
dades esportivas tinham a função de manter a ordem e o progresso, ou seja, mais uma vez corpos fortes e 
saudáveis voltados ao amor pela pátria e também para melhoria da força de trabalho.
Ligada aos princípios humanistas, surge uma tendência voltada ao movimento Esporte para Todos 
(EPT), que 
[...] também se apresenta como uma alternativa para o esporte de rendimento, posto que, mesmo 
tendo o esporte enquanto objeto, preocupa-se com o processo de ensino ao invés dos resultados, 
na linha dos princípios humanistas, não diretivos de ensino, nos quais a promoção da socialização e 
do desenvolvimento integral de crianças e jovens são as metas maiores a serem alcançadas (ABREU, 
2017, p. 105).
Na década de 1980, começam a surgir as teorias críticas à Educação Física, que se encontra em uma 
“crise de identidade”, assim como à educação de modo geral. Com a inserção da psicomotricidade, o ser 
humano passa a ser visto como um ser integral e, então, a visão biológica da disciplina é ampliada pelos 
aspectos cognitivos, afetivos, psicológicos e sociais.
Em 1996, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional entra em vigor, a de n.° 9.394, 
e declara a Educação Física como componente curricular, com a seguinte redação: “a Educação Física, 
integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às 
faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Desse modo, 
retirou-se a sua obrigatoriedade.
Em 1997, o Ministério da Educação – MEC lança os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para 
todas as áreas do conhecimento, com dois volumes, sendo um deles para o primeiro e segundo ciclo (1.ª 
a 4.ª série) e o outro para o terceiro e quarto ciclo (5.ª a 8.ª série). Para a Educação Física, os PCN trazem 
a seguinte concepção:
Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da questão, a proposta dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais adotou a distinção entre organismo – um sistema estritamente 
fisiológico – e corpo – que se relaciona dentro de um contexto sociocultural – e aborda os conteúdos 
da Educação Física como expressão de produções culturais, como conhecimentos historicamente 
acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente proposta entende a Educação Física 
como uma cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e 
transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e 
das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida” 
(BRASIL, 1998, p. 29).
A Lei n.° 10.793/2003 altera a redação da LDB n.° 9.394/96, ficando assim redigida:
Art. 26
§ 3.° A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular 
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à 
prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei n.º 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V – (VETADO)
VI – que tenha prole.
(BRASIL, 2003)
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Planejando a próxima década
A Emenda Constitucional nº 59/2009 (EC nº 59/2009) mudou a 
condição do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou de uma 
disposição transitória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(Lei nº 9.394/1996) para uma exigência constitucional com periodicidade 
decenal, o que significa que planos plurianuais devem tomá-lo como 
referência. O plano também passou a ser considerado o articulador do 
Sistema Nacional de Educação, com previsão do percentual do Produto 
Interno Bruto (PIB) para o seu financiamento. Portanto, o PNE deve ser 
a base para a elaboração dos planos estaduais, distrital e municipais [...]. 
Diante desse contexto, não há como trabalhar de forma 
desarticulada, porque o foco central deve ser a construção de metas 
alinhadas ao PNE. Apoiar os diferentes entes federativos nesse trabalho 
é uma tarefa que o Ministério da Educação (MEC) realiza por intermédio 
da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). O 
alinhamento dos planos de educação nos estados, no Distrito Federal e 
nos municípios constitui-se em um passo importante para a construção 
do Sistema Nacional de Educação (SNE), pois esse esforço pode ajudar 
a firmar acordos nacionais que diminuirão as lacunas de articulação 
federativa no campo da política pública educacional.
BRASIL. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do 
Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/
images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
Em 2013, são lançadas pelo MEC as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a Educação Básica, 
com normas que orientam o planejamento curricular, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em 2014, essa instituição governamental apresenta o Plano Nacional de Educação (PNE).
Por fim, em 2018, foi homologada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reunindo as apren-
dizagens previstas para todas as etapas da Educação Básica. Para tanto, esse documento estabelece as 
competências e habilidades a serem desenvolvidas ao longo dos anos. Quanto à Educação Física, a BNCC 
a define como:
[...] o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de co-
dificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas 
dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Nessa concepção, o 
movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento 
espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo. Nas aulas, as práticas corporais 
devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular 
e contraditório [...] (BRASIL, 2018, p. 213).
Com a ampliação dos cursos de pós-graduação na área de Linguagens, surgem críticas ao modelo 
vigente Educação Física, pois esta passa a ser entendida para além da esportivização e da aptidão física, 
surgindo, assim, novas abordagens pedagógicas.
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Abordagens pedagógicas
Em meio a tantos debates e discursos para se chegar a uma proposta pedagógica adequada para 
a escola, surgem algumas tendências metodológicas que fizeram e fazem parte da prática dos docentes 
de Educação Física.
Progressistas e críticas
Das tendências progressistas, podemos citar:
 • Desenvolvimentista: voltada para educação pelo movimento (meio e fim da Educação Física), que 
tem o professor Go Tani como seu principal criador.
 • Construtivista-interacionista:considera a cultura infantil, em que jogos, brinquedos e fantasias são 
elementos centrais para o aprendizado. Tem como representante João Batista Freire, que propõe 
uma “educação de corpo inteiro”.
Entre as concepções críticas, destacamos:
 • Crítico-superadora: a qual entende que “a Educação Física é uma prática pedagógica que, no 
âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, 
ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura 
corporal” (SOARES et al., 1992, p. 50). Está fundamentada no materialismo histórico-dialético de 
Karl Marx, na proposta sociointeracionista de Vygotsky e seus colaboradores Luria e Leontiev bem 
como nas pedagogias histórico-críticas dos educadores José Libâneo e Dermeval Saviani. Com 
vistas à transformação social, “defende o teor pedagógico e político das propostas educativas, na 
medida em que incentivam a reflexão dos alunos acerca da realidade em que vivem e consequentes 
medidas interventivas de mudança em determinada direção” (ABREU, 2017, p. 108).
 • Crítico-emancipatória: estruturada por Elenor Kunz, essa tendência entende que o movimento 
humano deve ser “interpretado como um diálogo entre o ser humano e o mundo, uma vez que 
é pelo seu se-movimentar que ele percebe, sente, interage com os outros, atua na sociedade” 
(DAOLIO, 2010, p. 36).
Sistêmica e cultural
 • Sistêmica: perspectiva defendida por Mauro Betti, segundo o qual tem os seguintes objetivos: “[...] 
a Educação Física passa a ter a função pedagógica de integrar e introduzir o aluno de 1.º e 2.º graus 
no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e 
transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a dança, a ginástica...)” (BETTI, 
1992, p. 285). Essa linha teórica utiliza também a expressão Cultura Corporal de Movimento ou 
Cultura Corporal, ao mesmo tempo em que defende a proposta de uma Educação Física cidadã 
por meio de três princípios: da inclusão (direito de todas as crianças), da alteridade (considerar o 
outro como sujeito humano, ouvindo, conhecendo e aceitando o diferente, o exótico, o distante) 
e da formação e informações plenas (reivindicar direitos ao lazer). (DAOLIO, 2010, p. 53)
 • Educação Física plural, perspectiva cultural ou abordagem antropológica: alguns estudos acadêmicos 
vêm apontando para mais esta abordagem de Educação Física, tendo como principal responsável 
Jocimar Daolio. Para tanto, apresenta-se um trecho da obra do próprio autor, que diz nunca ter tido o 
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propósito de criar uma nova tendência metodológica: “Mesmo estudando a área de educação física 
a partir da antropologia social há vários anos, devo ressaltar que nunca tive a intenção de criar uma 
abordagem de educação física, ou cunhar uma nova denominação para a área[...]” (DAOLIO, 2010, 
p. 9). Esse professor ainda propõe a “educação física da desordem”, que considera o outro (aluno) 
a partir de uma relação intersubjetiva, como um indivíduo socializado que compartilha o mesmo 
tempo histórico do profissional que faz a intervenção (Idem, p. 73).
Proposta adotada pela obra
Os manuais estão fundamentados nas abordagens críticas, sistêmica e cultural, por acreditarmos 
que os saberes da cultura corporal de movimento devem ser trabalhados na escola para que os alunos 
possam se apropriar desses conhecimentos e utilizá-los em várias situações de suas vidas, participando 
da sociedade de maneira consciente e confiante.
A metodologia empregada nas sugestões de aula não está estanque, e sim possibilita uma amplia-
ção ou adaptação pelos professores, de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola. O tempo 
necessário para cada uma das vivências corporais dependerá da participação dos alunos e da maneira 
como a atividade for conduzida, podendo ser realizada em um dia de aula, dois ou três, conforme o caso.
A construção do conhecimento pelo alunos se dará por meio da práxis pedagógica, ou seja, mediante 
a vivência prática, da reflexão sobre a cultura corporal de movimento e da ressignificação dos conteúdos.
Objetivos gerais
 • Experimentar, explorar, conhecer as diferentes manifestações da cultura corporal de movimento 
(jogos e brincadeiras, ginásticas, danças, esportes e lutas);
 • Interagir corporalmente, construindo relações de cooperação, respeito e diálogo, superando 
preconceitos e discriminações;
 • Refletir criticamente sobre as práticas corporais e sua relação com questões sociais relevantes 
como consumismo, padrões de beleza, competitividade, entre outras;
 • Utilizar a criatividade na resolução de desafios corporais e na construção de novas possibilidades, 
fruindo e transformando o acervo da cultura corporal de movimento.
Organização da obra
O material é composto por dois livros – um para o 1.º e 2.º ano e outro para o 3.º ao 5.º ano. As uni-
dades temáticas que constituem ambos os volumes estão organizadas conforme o documento da BNCC 
e divididas da seguinte forma:
 • Brincadeiras e jogos: serão abordadas no Manual do 1.º e 2.º ano as brincadeiras e jogos po-
pulares voltados para o contexto comunitário e regional, enquanto o Manual do 3.º ao 5.º ano 
tratará das brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, bem como os de matriz indígena 
e africana. As atividades propostas serão vivenciadas da maneira como as crianças conhecem ou 
como você ensiná-las. Depois, poderão ser alteradas algumas regras para que percebam que 
esses jogos são passíveis de modificação, já que não possuem regras fixas e se remodelam de 
acordo com o interesse do grupo que está jogando, do espaço físico, dos materiais disponíveis, 
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etc. Alguns encaminhamentos, por exemplo, a pesquisa realizada com os familiares sobre as 
brincadeiras e jogos que eles realizavam, farão com que os alunos percebam que essas práticas 
são conhecidas nos dias atuais porque foram repassadas de geração a geração por meio da 
oralidade e por isso, também, acabam se diferenciando na maneira de brincar. 
 • Ginásticas: atividades de Ginástica Geral serão propostas tanto no Manual do 1.º e 2.º ano como 
no do 3.º ao 5.º ano, por não visarem à competição, mas sim à exploração das possibilidades 
corporais expressivas e acrobáticas dos alunos, bem como a interação social. Nos primeiros anos 
serão trabalhados os elementos fundamentais da ginástica (andar, correr, saltar, saltitar, etc.), 
com ou sem uso de materiais, com ou sem deslocamentos e em diferentes posições e direções, 
individualmente, em duplas e em grupos. Nos três anos seguintes serão propostos exercícios 
mais complexos, com um grau de desafio maior, bem como a compreensão da existência de 
algumas ginásticas competitivas. Ao indicar determinadas atividades para criar uma coreogra-
fia, procuramos enriquecer as composições que faz parte da Ginástica Geral, já que esta tem 
como propósito a demonstração. Portanto, é muito importante e motivador esse trabalho com 
os alunos, uma vez que os fazem explorar as mais ricas experiências corporais. Ao tratarmos do 
conceito de corpo belo, tivemos a preocupação de desenvolver nos alunos a competência de 
analisar criticamente os modelos impostos pela mídia, discutindo as questões de preconceito, 
consumismo e artifícios usados em prol da beleza e contrários à saúde.
 • Danças: as propostas de dança aqui apresentadas iniciam-se com a conscientização corporal de 
movimento em um ritmo e trazem um acervo dessa manifestação da cultura corporal, desde as 
mais populares cantigas e brincadeiras cantadas, trabalhadas no contexto comunitário e regio-
nal – nos dois primeiros anos –, até as danças mais elaboradas, de contexto nacional e mundial, 
bem como as de matriz indígena e africana – nos anos seguintes. O objetivo é que os alunos 
percebam a identidade cultural de diferentes povos e grupos, combatendo posicionamentosdiscriminatórios quanto a gênero, etnia, religião e padrões corporais. As propostas metodoló-
gicas possibilitarão práticas individuais, em duplas e em grupos, desenvolvendo nos alunos a 
competência de saberem conviver em sociedade de maneira atuante e respeitosa com os de-
mais. As práticas sugeridas darão oportunidade para que as crianças percebam a dança como 
uma forma de linguagem corporal que expressa emoção, diversão, opinião, entre outras ações.
 • Esportes: não se pode negar para o aluno o trabalho com os esportes, sendo estes tão presentes 
no contexto atual, valorizados pela mídia e muitos, de certa forma, conhecidos e vivenciados 
pelas crianças. Esta unidade temática desenvolverá esportes de marca e de precisão no Manual 
do 1.º e 2.º ano, e esportes de campo e taco, de rede/parede e de invasão no Manual do 3.º ao 
5.º ano. Entretanto, serão oferecidas atividades adaptadas para a escola, onde o esporte será 
recriado para atender às características dos alunos, do espaço em que serão realizados, do 
número de participantes na aula, dos materiais disponíveis e/ou confeccionados, sem perder 
a essência de cada esporte. Serão fornecidos subsídios teóricos para que os alunos possam 
compreender como essas práticas foram sendo produzidas, em que época e com qual finali-
dade, e como estão colocadas na atualidade (lazer, profissão, competição ou divertimento). Os 
encaminhamentos levam os alunos a perceber a diferença entre o jogo e o esporte. Além disso, 
poderão perceber que as vivências práticas realizadas por eles, por meio de jogos pré-esportivos 
e esportes recriados, são necessárias para atender aos interesses deles, pois se fossem usadas 
as regras rígidas e fixas dos esportes de “alto nível”, estes seriam inviáveis nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
 • Lutas: serão apresentadas apenas no Manual do 3.º ao 5.º ano e abordadas no contexto comuni-
tário e regional e de lutas de matriz indígena e africana. As atividades lúdicas desenvolvidas serão 
voltadas às disputas corporais, nas quais são usados movimentos de ataque e de defesa, visando 
imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o colega com quem se está lutando. Por meio da pes-
quisa, você poderá localizar a(s) lutas(s) presente(s) no contexto comunitário, oportunizando aos 
alunos conhecerem, vivenciarem e até praticarem essa manifestação da cultura corporal fora da 
escola, nas suas horas livres, como opção de prática de competição, ou voltada para o bem-estar. 
Além da apresentação de determinadas atividades lúdicas gerais de lutas e de algumas moda-
lidades presentes no cenário atual, inclusive as de matriz indígena e africana, aprofundamos um 
pouco mais a modalidade de capoeira. Entendendo esta como patrimônio nacional, conhecida e 
praticada em quase todo o país, retratamos sua história e exploramos seus movimentos básicos, 
os instrumentos musicais utilizados, as músicas e a roda. A outra modalidade desenvolvida foi o 
judô, por ser também uma luta muito conhecida e até praticada por muitas crianças. Desse modo, 
é presente e valorizado pela mídia e pela sociedade por ser um esporte olímpico que tem trazido 
bons resultados para o Brasil. O judô vem sendo praticado em vários estados brasileiros e muitas 
vezes ofertado pelas escolas, clubes, associações, entre outros locais. Os encaminhamentos des-
ta unidade temática estão voltados para a vivência prática e lúdica das lutas, para que os alunos 
possam ter acesso a esse universo cultural como praticantes ou apreciadores e compreendam as 
diferenças entre lutas e brigas bem como lutas e as demais práticas corporais.
Estrutura da obra
O conteúdo das unidades temáticas poderá ser desenvolvido de acordo com a proposta das seções, 
boxes e ícones distribuídos pela obra, e estruturado de modo a auxiliá-lo no trabalho que você realizará com 
as crianças. A sequência didática, devidamente orientada de maneira objetiva, tem a seguinte disposição:
 • Seção Para onde vamos?
Na abertura das unidades, sempre são listadas as habilidades da BNCC que serão desenvolvidas 
com os alunos, com seus respectivos códigos, bem como é feita uma contextualização do tema a 
ser tratado e apresentadas orientações acerca de como você pode proceder para expor de modo 
proficiente os conteúdos propostos. 
 • Seção Conversa com os alunos
É um momento de dialogar com os alunos, questionando-os a respeito do que sabem sobre o 
tema em pauta. Oportuno, também, para estimular a oralidade, uma vez que são frutos e agentes 
de cultura, carregados de conhecimentos adquiridos na família, nos grupos sociais de que fazem 
parte e nas escolas infantis.
 • Seção Escolhendo quem começa
Apresentada somente no Manual do 1.° e 2.° ano, propõe formas de escolha para selecionar quem 
dá início à brincadeira. 
 • Seção Vivência corporal
Imprescindível é a vivência prática das manifestações da cultura corporal, quando os alunos poderão 
experimentar as mais diversas possibilidades corporais, estéticas, lúdicas, agonistas e emotivas, 
desafiando seus próprios limites, respeitando os outros, convivendo, cooperando, partilhando 
atitudes, normas e valores necessários para o convívio social. É o que propõe esta seção.
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Os encaminhamentos em todo o manual foram criados a fim de promover a reflexão dos alunos so-
bre suas ações, com o intuito de que possam analisar sua própria vivência corporal e a dos outros e, por 
meio da intervenção pedagógica, tentar construir valores relativos ao respeito às diferenças e ao combate 
aos preconceitos. São essas experiências que possibilitarão que conheçam e optem por alguma(s) dela(s) 
para fruírem de maneira autônoma durante as aulas e fora delas. Também articulada na seção, e igual-
mente importante, é a análise e compreensão das práticas corporais, para as quais são dados subsídios 
a fim de ampliar o conhecimento do aluno, o seu saber sobre determinado assunto, a compreensão da 
origem, de como foram produzidas e as transformações das diferentes manifestações da cultura corporal 
de movimento (ginásticas, jogos, danças, esportes e lutas) até os dias atuais. Essa observação pode ser 
feita antes, durante ou após as práticas. Para subsidiar o trabalho de vivência corporal, serão indicados 
textos, filmes, cartazes, imagens e pesquisas a serem realizadas no laboratório de informática da escola 
ou em casa, com familiares e outros responsáveis.
 • Ícone Leitura complementar 
Quando esse ícone aparece, são apresentados textos de referência, que dizem respeito ao assunto 
tratado. O propósito, também, é de incentivá-lo a buscar outras leituras a partir dos documentos 
indicados.
 • Ícone Alerta para a segurança 
Esse ícone indica que, na realização da atividade, pode haver riscos de acidentes, havendo, por-
tanto, necessidade de reforçar os cuidados e orientações com relação à segurança. É necessário 
atenção com acessórios que possam machucar, e observar se as vestimentas são adequadas. 
Além disso, os alunos devem respeitar a ajuda oferecida por você na execução de movimentos 
corporais mais elaborados e resolver situações de conflito surgidas durante as práticas corporais 
com diálogo e não agressões.
 • Boxe Sugestões de livros, textos, vídeos, filmes e sites
Esse boxe, disposto ao longo de todo o material, apresenta sugestões de livros, filmes, séries, do-
cumentários e outros vídeos, assim como textos disponíveis em sites. Essas informações adicionais 
o auxiliarão na prática pedagógica e servirão para aumentar seu acervo cultural.
 • Boxe Reinventando
Considerando o aluno como agente de cultura, da qual é, ao mesmo tempo, fruto e criador, indica-
mos no final de cada seção Vivência Corporal várias oportunidades para que ele possa reelaborar 
possibilidades de movimentação corporal, novas regras, novas formas de jogar, de dançar e de 
lutar, reinventando outra maneira de realizar a atividade já vivenciada.Nesse momento, também 
instigamos os alunos ao protagonismo comunitário, ou seja, a uma dimensão do conhecimento 
que visa à realização de ações juntamente com os familiares, voltadas à democratização do acesso 
das pessoas às práticas corporais no local onde vivem.
 • Seção Sistematizando o conhecimento
Ao final de cada unidade temática, propomos a sistematização do conhecimento, com a intenção de 
que os alunos fixem os conhecimentos adquiridos no decorrer das ações pedagógicas. Esses saberes 
serão demonstrados por meio de diversas produções, como desenhos, textos, organização de festivais, 
composição de coreografias, entre outras formas. É uma maneira de manifestarem o que realmente 
aprenderam, servindo, muitas vezes, como parâmetro para que você possa fazer a sua avaliação.
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Inclusão e interdisciplinaridade
Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, nº 13.146/2015, art. 2.º, “Considera-se 
pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual 
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva 
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
À vista disso, ao tratarmos da inclusão nas aulas de Educação Física, propomos a equidade, que é 
a maneira de adaptar situações para um caso específico, a fim de torná-lo mais justo. As crianças com 
deficiência física, visual, obesidade, baixa estatura, etc. podem realizar muitas propostas sugeridas sem 
necessariamente serem trocadas por outras, uma vez que as práticas corporais não estão voltadas à per-
formance, à perfeição de técnicas ou aos resultados, mas sim à possibilidade de cada um experimentar as 
vivências motoras como forma de dimensionar o conhecimento. Por exemplo, um aluno cadeirante não 
consegue dançar em pé, entretanto pode executar movimentos com os braços e o corpo, estando sen-
tado ou deitado no chão e, assim, vivenciar ricas experiências corporais com a dança. Esse aluno poderá, 
também, participar das reflexões e das sugestões de novas práticas.
Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens essenciais 
que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional sobre 
a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também 
para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que 
o direito de aprender não se concretiza. (BNCC, 2018, p. 15)
Das atividades propostas, algumas apontam para um trabalho interdisciplinar, entendendo este para 
além da justaposição de disciplinas, ou de usar uma disciplina a serviço da outra, por exemplo, solicitar, na 
área de Artes, a confecção de brinquedos para serem utilizados nas aulas de Educação Física.
Partindo do princípio que o conhecimento é uma totalidade e que foi didaticamente dividido em 
componentes curriculares, deve-se estabelecer um diálogo constante entre eles, para que o aluno pos-
sa compreender os saberes nas suas mais variadas vertentes. Um exemplo é quando contemplamos os 
olhares das disciplinas de História, Arte e Educação Física ao mesmo tempo, ao analisarmos uma obra de 
arte, com a capoeira, produzida na época do Brasil Colonial.
Avaliação
A avaliação “deve mostrar-se útil para as partes envolvidas – professores, alunos e escola –, contri-
buindo para o autoconhecimento e para a análise das etapas já vencidas, no sentido de alcançar objetivos 
previamente traçados. Para tanto, constitui-se num processo contínuo de diagnóstico da situação, contando 
com a participação de professores, alunos e equipe pedagógica” (DARIDO, 2015, p. 22).
Em Educação Física, é uma verificação que deve acontecer durante todo o processo, a cada aula, 
pela observação direta que o professor faz sobre os alunos: a) nas rodas de conversa, se participam, dão 
opiniões e sintetizam as reflexões; b) nas vivências práticas, por meio das atitudes tomadas diante de 
novos desafios corporais, seus posicionamentos perante situações coletivas, participando ativamente das 
propostas em grupo, com respeito às opiniões e limitações dos colegas; c) pela maneira como se compor-
tam frente à superação de preconceitos, respeitando e convivendo com as diferenças; d) na elaboração 
de novas possibilidades corporais, expondo suas ideias com segurança e criatividade; e) nos resultados 
que apresentam na sistematização do conhecimento, demonstrando a compreensão sobre o conteúdo 
trabalhado nas aulas de cada unidade temática e também na autoavaliação.
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O principal propósito da autoavaliação é que o aluno tome consciência das aptidões e também 
das dificuldades que tem no processo de aprendizagem, para que possa desenvolver sua autonomia e 
sua criticidade, buscando, inclusive, a superação. Veja a sugestão de uma ficha com uma das unidades 
temáticas na página 120 deste material.
O registro dos resultados é feito durante todo o processo e pode ser realizado por meio de fichas 
individuais, com critérios estabelecidos com base nas habilidades e competências descritas na BNCC. 
Você encontra um modelo de ficha individual na página 119.
Este manual apresenta as habilidades específicas sempre no início de cada unidade temática, por-
tanto, optamos por não apresentar indicações de avaliação para cada atividade sugerida, entendendo 
que os critérios são amplos e poderiam se tornar repetitivos no material.
Sugestões de roteiros de aula
Planejar é essencial em diferentes setores da vida social, para nortear ações previamente pensadas 
e organizadas. Na educação não é diferente, e o planejamento se torna fundamental na ação docente.
O roteiro de aula é um instrumento imprescindível para o professor elaborar sua metodologia de acordo 
o objetivo a ser alcançado, devendo-se adequar às diferentes turmas, bem como ser passível de modifica-
ções, conforme as necessidades forem surgindo. Segundo Vasconcellos (2000, p. 79): “Planejar é antecipar 
mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto”.
Portanto, ao elaborar um roteiro de aula, em primeiro lugar é preciso definir o que os alunos deverão 
aprender, os conteúdos e as habilidades a serem desenvolvidas bem como as estratégias mais adequadas 
para isso, as atividades de progressão e as avaliativas, entre outros. 
Dessa forma, o roteiro deve estabelecer uma relação clara entre objetivo de aula e avaliação da 
aprendizagem correspondente. Sem ele, a aula acaba na improvisação, com atividades aleatórias e sem 
relação de linearidade e desenvolvimento entre si, e carente de uma avaliação efetiva.
Ao elaborar um roteiro de aula, é preciso considerar as especificidades de cada item que o compõe. 
Vejamos cada um deles.
 • Unidade temática: é a manifestação da cultura corporal de movimento que será abordada, descrita 
conforme a BNCC.
 • Objeto de conhecimento: é o conteúdo específico que será desenvolvido na aula.
 • Nível de ensino: para qual ano escolar a aula é indicada.
 • Objetivos: são as habilidades que se pretende desenvolver com o roteiro. É preciso definir muito 
bem o que se espera que os alunos aprendam.
 • Duração da aula: sugestão de tempo para desenvolvimento do roteiro.
 • Recursos: local e materiais recomendados para o desenvolvimento da aula.
 • Metodologia: descrição do encaminhamento utilizado para se atingir os objetivos propostos e 
para o desenvolvimento adequado do conteúdo selecionado. 
 • Avaliação: é a forma utilizada para verificar se os objetivos de aprendizagem elencados foram 
alcançados. Por meio dela, obtém-se informações que norteiam a prática pedagógica, buscando 
sua eficácia.
 • Referências: fontes consultadas para elaboração do roteiro.
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A seguir, você encontra sugestõesde roteiros de aulas que podem ser usados como modelo para se 
trabalhar os conteúdos do livro.
Roteiro 1 – Brincadeira de pega-pega
Unidade temática: Brincadeiras e Jogos
Objeto de conhecimento: Brincadeiras e jogos da cultura popular – Pega-pega
Nível de ensino: 1.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: identificar a brincadeira de pega-pega, e também suas variações, como integrante da cultura 
popular, atualmente e em outros tempos. 
Duração: 1 aula.
Recursos: quadra ou espaço para atividades físicas.
Metodologia
 • Inicie a aula com uma roda de conversa, para verificar o conhecimento dos alunos sobre a brincadeira 
pega-pega. Pergunte: Quem conhece a brincadeira de pega-pega? Com qual outro nome conhecem 
essa mesma brincadeira? Quem já brincou? Como vocês brincam? Será que os pais e avós de vocês 
brincavam de pega-pega quando eram crianças? Será que crianças de outros lugares do mundo a 
conhecem?
 • Conforme os alunos forem respondendo, complemente as respostas deles. Você encontra subsídios 
na página 27 deste manual.
 • Partindo da experiência dos alunos, solicite que realizem a brincadeira de pega-pega como eles conhe-
cem e, após, proponha algumas variações. Você pode usar os exemplos citados nas páginas 27, 28 e 29.
 • Peça que criem uma nova versão, diferente das realizadas. Pode ser, por exemplo, um tipo novo de 
“pique”. Deixe-os brincar algumas vezes com a versão elaborada por eles, de modo que possam testar 
a funcionalidade dela.
 • Ao término, logo após pararem de correr, peça que coloquem a mão no peito, na altura do coração, 
e percebam os batimentos cardíacos. Para desacelerarem, oriente-os a imaginarem uma flor em uma 
das mãos e uma vela acesa na outra. Eles irão cheirar a flor, inspirando profundamente, e apagar a vela 
assoprando-a levemente, expirando. Após repetirem algumas vezes, deverão conferir novamente o 
batimento cardíaco e perceber se houve diferença. Explique a eles que, na execução da atividade, o 
coração se acelera para bombear mais sangue pelo corpo, para oxigená-lo. Em repouso, a demanda 
por oxigênio diminui e, assim, o coração desacelera.
Avaliação: verifique se os alunos participaram da roda de conversa, dando opinião sobre a brincadeira 
de pega-pega, e se vivenciaram a brincadeira tradicional e suas variações com alegria e entusiasmo, in-
teragindo com os colegas com respeito, cooperação e espírito de equipe.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 2002.
MELO, Veríssimo de. Folclore infantil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985.
RIBEIRO, Paula Simon. Brincadeiras infantis: origem, desenvolvimento, sugestões didáticas. Porto Alegre: 
Sulina, 1990.
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Roteiro 2 – Elementos fundamentais da ginástica
Unidade temática: Ginásticas
Objeto de conhecimento: Ginástica Geral (GG) ou Ginástica Para Todos (GPT) – Elementos fundamentais 
da ginástica (mais elaborados)
Nível de ensino: 2.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos (e mais elaborados) da ginástica 
(rolamentos, avião, vela, espacate, parada de cabeça ou três apoios, roda ou estrela), identificando as 
potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
Duração: 2 aulas.
Recursos: quadra, sala de ginástica/dança ou espaço para atividades físicas, colchões, colchonetes ou tatames.
Metodologia
1.ª aula
 • Inicie conversando com os alunos sobre as possibilidades de movimentos de que o nosso corpo é capaz 
e que fazem parte do universo das ginásticas. Faça perguntas como: Vocês já viram pessoas realizando 
movimentos de ginástica, como cambalhotas, bananeira, estrelinha? Alguém consegue executar algum 
desses movimentos ou outros parecidos? Já assistiram a algum tipo de ginástica que tinha esses mo-
vimentos? Onde?
 • Você encontra subsídios para a conversa na página 64 deste manual. 
 • Converse também sobre a segurança ao realizar estes movimentos: é necessário atenção com acessó-
rios que possam machucar (brincos, anéis, correntes), os cabelos devem estar presos e as vestimentas 
devem ser adequadas. Além disso, os alunos devem respeitar a ajuda oferecida por você na execução 
de movimentos corporais mais elaborados.
 • Antes de iniciar, realize um alongamento, para melhora da flexibilidade dos alunos. Siga as orientações 
descritas na página 65. 
 • Desafie os alunos a vivenciarem algumas possibilidades de movimentos corporais mais elaborados 
(avião, vela, espacate, rolamentos), realizando as atividades descritas nas páginas 66 a 67.
 • Finalize com uma conversa sobre quais movimentos eles mais gostaram de realizar.
2.ª aula
 • Inicie a aula relembrando os alunos dos elementos da ginástica realizados na aula anterior e das normas 
de segurança aplicadas. Em seguida, realize com eles o alongamento.
 • Dê continuidade aos elementos mais elaborados da ginástica trazendo outras possibilidades, como parada 
de cabeça ou três apoios, roda ou estrela, ponte. Use como subsídio as páginas 68 a 71 deste manual.
 • Para finalizar, proponha que os alunos criem novas possibilidades de movimentação corporal, diferente 
das realizadas, para vivenciarem com os colegas e, assim, sistematizarem o conteúdo desenvolvido.
Avaliação: verifique se os alunos participaram da conversa inicial, dando opinião sobre os movimentos 
de ginásticas; se realizaram os movimentos propostos, respeitando os limites de seu corpo e enfrentando 
os desafios corporais; e se respeitaram os colegas e as normas de segurança.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Movimento. Curitiba: SME, 2009.
LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho, 2002/2003.
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Roteiro 3 – Brincadeiras cantadas
Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças do contexto comunitário e regional – Cantigas de roda e brincadeiras 
rítmicas
Nível de ensino: 1.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: experimentar e fruir diferentes danças do contexto comunitário e regional (rodas cantadas, 
brincadeiras rítmicas), e recriá-las, respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal, valo-
rizando e respeitando as manifestações de diferentes culturas.
Duração: 1 aula.
Recursos: sala de ginástica/dança ou espaço para atividades físicas, aparelho de som, músicas infantis, 
cantigas de roda.
Metodologia
 • Previamente à aula, selecione algumas cantigas de roda e músicas infantis populares. 
 • Para iniciar, converse com os alunos sobre as brincadeiras cantadas. Pergunte: Quem gosta de dançar? 
Que músicas vocês gostam de dançar? Quais músicas vocês aprenderam a cantar e a dançar nas suas 
casas ou na escolinha de Educação Infantil? 
 • Anote em seu caderno as cantigas de roda e brincadeiras rítmicas que os alunos citarem. 
 • Juntamente com eles, selecione algumas para serem vivenciadas na aula. Você poderá estender este 
conteúdo por mais algumas aulas, conforme o interesse da turma.
 • Partindo do conhecimento dos alunos, solicite que demonstrem e vivenciem as brincadeiras cantadas 
de acordo como aprenderam. Converse sobre as possíveis variações no nome, na letra e na maneira 
de dançar. Isso ocorre porque são populares e repassadas por meio da oralidade, em vários lugares e 
por diversos povos e gerações.
 • Neste manual, nas páginas 82 a 96, você encontra algumas brincadeiras cantadas, com a maneira de 
se movimentar, que poderão auxiliá-lo nesta aula.
 • Para finalizar,solicite que escolham a brincadeira de que mais gostaram para modificarem a maneira 
de dançar, alterando os movimentos tradicionais.
Avaliação: verifique se os alunos conversaram sobre as brincadeiras cantadas que conheciam; se realizaram 
as cantigas de roda e as brincadeiras rítmicas com alegria; se mostraram como brincam; e se ajudaram na 
reelaboração da brincadeira escolhida, com criatividade.
Referências
ALMEIDA, Theodora Maria Mendes de (Coord.). Quem canta seus males espanta. São Paulo: Caramelo, 2001.
AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação: conteúdos de aplicação 
pedagógica teórico/prático. Jundiaí: Fontoura, 2008.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Movimento. Curitiba: SME, 2009.
LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho, 2002/2003.
SOUZA, Mariana Chaves; MEDEIROS, Niedja Nara Bezerra. Cantando, dançando e aprendendo: cantigas 
de roda na educação infantil. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1226/1/
MCS20092016.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.
MELO, Veríssimo de. Folclore infantil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985.
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Roteiro 4 – Brincando de esporte – Atletismo
Unidade temática: Esportes
Objeto de conhecimento: Esportes de marca – Atletismo (corridas)
Nível de ensino: 2.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho coletivo e pelo protagonismo, a prática de corridas 
do atletismo, considerado como esporte de marca, observando as normas e as regras para assegurar a 
integridade própria e a dos demais participantes.
Duração: 1 aula.
Recursos: quadra, pista de corrida ou espaço para atividades físicas, bastão de madeira ou bandeira 
colorida, cones.
Metodologia
 • Inicie conversando com os alunos sobre os esportes de marca e suas características. Você encontra 
subsídios nas páginas 100 e 101 deste manual.
 • Realize as atividades de corrida de atletismo propostas nas páginas 101, 102 e 103 deste manual.
 • No decorrer, converse com a turma sobre as possibilidades e limites de cada um, comentando que 
alguns correm mais rápido talvez pelo tipo de vida que levam, praticando alguma atividade física em 
escolinhas, brincadeiras em casa, ou mesmo aptidão inata. Aproveite para falar sobre as consequências, 
para a saúde, de um estilo de vida mais sedentário.
 • Finalize com uma autoavaliação da participação deles na corrida de revezamento, abordando como 
foi a participação de cada um, se cooperaram com a equipe, dando o melhor de si e respeitando a 
limitação dos colegas.
Avaliação: verifique se os alunos compreenderam o que são os esportes de marca, formando opiniões 
durante a conversa inicial; se respeitaram as regras combinadas nas atividades; se cooperaram com os 
colegas; se houve respeito às diferenças.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
LISBOA, Mariana Mendonça. Representações do esporte-da-mídia na cultura lúdica de crianças. 
Dissertação (Mestrado em Educação Física). Florianópolis: PPGEF/UFSC, 2007. Disponível em: https://
repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/89580/239889.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 
Acesso em: 20 jul. 2021.
SILVA, Marcos Ruiz da. Metodologia do ensino da Educação Física: teoria e prática. Curitiba: Intersaberes, 
2016.
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Evolução sequencial dos conteúdos
O quadro a seguir apresenta uma sugestão de sequenciamento dos conteúdos desenvolvidos nesta 
obra, considerando-se 200 dias letivos, distribuídos por semanas. Dessa forma, totalizam-se 40 semanas 
para cada ano (1.º e 2.º).
Unidade 
temática
Objetos de 
conhecimento Semanas Conteúdos
Brincadeiras 
e jogos
Brincadeiras e jogos da 
cultura popular presentes no 
contexto comunitário 
e regional
12 semanas 
12 semanas
1.º ANO
JOGOS E BRINCADERAS TRADICIONAIS
ESCOLHENDO QUEM COMEÇA (par ou ímpar; dois ou um; pedra, papel, 
tesoura, pedrinha na mão, quadrinhas)
PEGA-PEGA e suas variações
LENÇO ATRÁS e suas variações
COELHINHO SAI DA TOCA e suas variações
BATATA QUENTE e suas variações
MORTO-VIVO e suas variações
BRINQUEDOS (pião de tampinha; cavalinho de cabo de vassoura; pé de lata)
CABRA-CEGA
MAESTRO
2.º ANO
REVIVER JOGOS E BINCADEIRAS TRADICIONAIS
JOGOS DRAMATIZADOS (qual é o bicho; montando uma cena; dramatizando 
uma história infantil)
JOGO DE FAZ DE CONTA (dia do brinquedo na escola)
Ginásticas Ginástica geral
10 semanas
10 semanas
1.º ANO
PERCEPÇÃO CORPORAL (bonecos palito; tapetinhos)
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: SEM MATERIAIS (andar, correr, 
saltar, saltitar, girar, rolar, equilibrar)
2.º ANO
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: COM MATERIAIS (bola; arco; corda)
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: MAIS ELABORADOS (alongamento, 
deslocamentos, equilíbrios, vela, espacate, rolamentos, roda, rodante, ponte, 
parada de cabeça)
Danças Danças do contexto comuni-tário e regional
10 semanas
10 semanas
1.º ANO
BRINCADEIRAS RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (expressando sentimentos; o que o 
meu corpo está falando; movimentos na roda; marcando o ritmo; colando no 
colega; ao som do instrumento)
RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS (Ciranda, cirandinha; A margarida; A 
canoa virou; A carrocinha pegou; A linda rosa juvenil; Eu sou pobre, pobre, 
pobre; Passarás; Atirei o pau no gato; Marcha, soldado; Pezinho)
2.º ANO
REVIVER AS RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS
CANTIGAS INFANTIS E MOVIMENTO (Fui ao mercado; A dona aranha; Fui 
morar numa casinha)
Esportes Esportes de marcaEsportes de precisão
8 semanas
8 semanas
1.º ANO
ESPORTE DE MARCA (corrida com estafeta; corrida de velocidade)
ESPORTE DE PRECISÃO (boliche; bocha)
2.º ANO
ESPORTE DE MARCA (corrida de revezamento; salto em distância; salto em 
altura; arremesso de peso lançamento de dardo; lançamento de disco)
ESPORTE DE PRECISÃO (Estilingue; Tiro com arco)
Avaliação: a avaliação formativa deve acontecer no decorrer de todo o processo, pela observação direta dos alunos a cada aula.
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Orientações 
específicas
propostas de 
atividades
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BRINCADEIRAS E JOGOS
Para onde vamos?
Com esse trabalho, seus alunos poderão desenvolver as seguintes 
habilidades:
(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos 
da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, re-
conhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho 
dos colegas.
(EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, 
oral e escrita),as brincadeiras e os jogos populares do contexto comu-
nitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses 
jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.
(EF12EF03) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de 
brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, com 
base no reconhecimento das características dessas práticas.
(EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas 
para a prática, em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos 
e demais práticas corporais tematizadas na escola, produzindo textos 
(orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na escola e na comunidade.
Ao desenvolver a unidade temática Brincadeiras e jogos você poderá 
explorar aquelas atividades presentes no contexto comunitário e regional 
dos alunos. Como ponto de partida, investigue quais jogos e brincadeiras 
eles já realizam,ampliando esse acervo com outras possibilidades registra-
das pelos familiares ou que forem sugeridas por você. Antes de iniciar as 
práticas, sugerimos a leitura do texto a seguir, que poderá ajudá-lo a refletir 
a respeito de como as brincadeiras e jogos, tendo valor em si, podem ser 
organizados e aplicados em aula.
BRINCADEIRAS E JOGOS
[...] O jogo, analisado a partir dos fundamentos teóricos da Cultura Corporal, caracteriza- 
-se pela espontaneidade, flexibilidade, descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade, 
representadas de diversas formas, próprias de cada cultura. As regras existem sem a rigidez 
aplicada aos esportes, mas são previamente discutidas e combinadas pelos participantes, que 
poderão modificá-las ou não, de acordo com o interesse do grupo.
O jogo é uma atividade livre que deve ser realizada sem o caráter da obrigatoriedade. 
Possibilita a liberdade e a variação, permitindo o surgimento de outras formas de jogar, implica 
um sentido e um significado que, com o tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo, 
→
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22 EDUCAÇÃO FÍSICA22 EDUCAÇÃO FÍSICA
comunidade, povo ou nação que o inventou. Você pode perceber isto se buscar um jogo que 
é típico em sua região, mas que poderá ter características diferentes ou nem existir em outra 
região do país.
Sua importância enquanto Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, está na 
representação das raízes históricas e culturais de diversos povos, bem como as transformações 
ocorridas ao longo do tempo que possam ter causado modificações no modo como se joga 
determinado jogo em várias partes do mundo. É importante também, considerar o jogo em 
seu processo de criação, recriação e readaptação, levando-se em conta as possíveis influências 
políticas, econômicas e sociais pelas quais tenha passado, dando-lhe uma nova configuração e 
uma compreensão crítica. Enfim, é uma produção humana que tem um “(...) significado dentro 
da produção coletiva dos homens vivendo em sociedade” (BRUHNS, 1996, p. 29). [...]
PARANÁ. Educação Física. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 29.
Aluno(a): Turma: 
Professor(a): 
Entrevistado: 
Grau de parentesco (pai, mãe, avó, avô, outro): 
Idade da pessoa entrevistada: 
Por favor, gostaríamos de saber:
1. Quais as brincadeiras que você realizava quando era criança?
2. Quais os brinquedos de que mais gostava?
3. Com quem você brincava?
4. Em que local brincava?
Agradecemos a sua colaboração!
Conversa com os alunos
Inicialmente, sugerimos 
que oriente os alunos a pesqui-
sarem, em casa, quais eram as 
brincadeiras realizadas durante 
a infância de seus familiares. Ao 
lado, há um exemplo de ficha 
para esse registro.
Em sala de aula, após a 
pesquisa, dialogue com eles 
sobre o brincar, presente na 
vida das pessoas em todas as 
épocas. Mostre por meio da 
pesquisa que os pais, avós, tios 
e bisavós também brincavam 
quando eram crianças e que, 
nos dias atuais, é possível co-
nhecer algumas brincadeiras 
e jogos antigos porque foram 
repassados pelas gerações. 
Na sequência, estimule-os 
a expressarem oralmente como 
e com quem eles brincam. 
Anote as respostas no quadro 
e em seu planejamento. 
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23
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Para enriquecer o trabalho, oportunize que os alunos pesquisem em 
diversos suportes (revista, jornal, internet, entre outros) imagens que repre-
sentem as brincadeiras que eles realizam em casa, no recreio, na escola, 
no condomínio, na praça e no parque. Oriente-os a montarem um mural 
ou cartaz com as imagens encontradas.
Uma questão importante a ser discutida na escola é a inserção/inclusão 
de crianças com deficiência. Apesar dos esforços e avanços, ainda nos de-
paramos com vários problemas, como a falta de adequações de materiais, 
de espaço físico e de pedagogias apropriadas. No entanto, precisamos 
incluir e incentivar todas as crianças para aceitação das diferenças e com-
bate aos preconceitos de qualquer natureza. Nas atividades sugeridas, se 
você tiver algum aluno com necessidades educacionais especiais, procure 
fazer com que este participe, adaptando algumas regras, incentivando a 
todos e estimulando a cooperação no grupo.
Outro fato que precisa ser observado é que, ao tratarmos de brinca-
deiras e jogos na escola, podemos nos deparar com situações de conflito, 
de discriminação e de desrespeito entre os colegas, muitas vezes motiva-
dos pela própria situação de jogo. Contudo, devemos estar atentos para 
que tais ações não se repitam, caracterizando, assim, o bullying (termo de 
origem inglesa bully, que significa valentão, brigão). Nesses casos, ações 
conjuntas entre escola e família podem ajudar a combater tais situações.
O filme a seguir é indicado para que você possa encontrar subsídios 
e desenvolver seu trabalho com o tema.
Assista ao vídeo O 
esporte como fator 
de inclusão, da série 
Esporte na escola, 
para enriquecer 
suas aulas com 
encaminhamentos 
que tenham esse 
propósito. De autoria 
do Ministério da 
Educação, o conteúdo 
é de domínio público 
e está disponível 
em: http://www.
dominiopublico.
gov.br/download/
video/me003518.
mp4. Acesso em: 
4 mar. 2021.
No documento 
intitulado A inclusão 
escolar de alunos 
com necessidades 
educacionais especiais 
– DEFICIÊNCIA FÍSICA, 
também do MEC, e 
disponível em: http://
portal.mec.gov.br/
seesp/arquivos/pdf/
deffisica.pdf, você 
encontra diversas 
abordagens para 
trabalhar com esses 
alunos, de acordo com 
o Estatuto da Pessoa 
com Deficiência (Lei 
nº. 13.146/2015). 
Acesso em: 8 jun. 2021.
Realize com seus alunos os jogos e as brincadeiras vivenciados e relacio-
nados por eles e pelos familiares, além de outros que você poderá sugerir.
Entretanto, converse com eles previamente sobre as formas de es-
colha conhecidas para selecionar quem vai começar a brincadeira, quem 
vai ser o líder ou como formar equipes. A seguir, encontram-se alguns 
exemplos.
Filme: Um grito de socorro
Título original: Spijt!
Gênero: Drama
Ano: 2013
Nacionalidade: Países Baixos
Direção: Dave Schram
Com: Robin Boissevain, Dorus Witte, Stefan Collier, Charlotte Bakker, Nils Verkooijen e outros
* Não recomendado para menores de 12 anos
Jochem (Stefan Collier) é um adolescente atormentado diariamente na escola por ser 
gordinho. Enquanto um grupo de colegas pratica bullying, outros, como Vera (Dorus Witte) e 
David (Robin Boissevain), tentam ajudá-lo, mas têm medo de enfrentar os valentões e sofrer 
represálias. Quando Jochem vai a uma festa com os colegas, é forçado a beber e não aparece no 
dia seguinte no colégio. David se sente culpado por não ter ajudado o menino e resolve, junto 
com Vera, procurar o amigo, mas pode ser tarde demais para prestar auxílio e pedir desculpas.
Sugestão de
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24 EDUCAÇÃO FÍSICA24 EDUCAÇÃO FÍSICA
Escolhendo quem começa
Par ou ímpar
O par ou ímpar é muito utilizado para decidir quem irá iniciar 
uma brincadeira ou também como critério de desempate. Nessa 
forma de escolha, duas crianças ficam com as mãos para trás; 
se uma delas escolher “par”, a outra será, obrigatoriamente, 
“ímpar”. Logo após, e simultaneamente, devem apresentar uma 
das mãos, revelando a quantidade de dedos que escolheram. A 
somatória dos dedos das mãos dos dois jogadores indicará um 
número, que pode ser par ou ímpar, o que determinará quem 
é o vencedor. 
Dois ou um
Esse meio de escolha é adequado para grupos pe-
quenos. As crianças devem se posicionar em círculo 
e colocar uma das mãos para trás. Em seguida, em 
voz alta, dizem: “dois ou um” e todas, ao 
mesmo tempo, mostram um ou dois dedos. 
Se a maioria apontar dois dedos, os que 
apontaram apenas um serão eliminados, ou vi-
ce-versa. Esse procedimento deve ser repetido 
até que sobrem duas crianças, as quais definirão 
o resultado por meio do par ou ímpar.
Pedra, papel, tesoura
Também conhecida como jokenpô, é uma formade 
seleção em que duas crianças – uma de frente para a outra 
e ao mesmo tempo – esticam uma das mãos, indicando 
um dos símbolos previamente escolhidos: pedra (mão 
fechada), papel (mão aberta) ou tesoura (dedo indicador 
e médio esticados). Cada uma delas dirá ao mesmo tem-
po “pedra, papel, tesoura” ou “jokenpô”, mostrando o 
símbolo que preferir. Para definir o vencedor, a regra é 
a seguinte: a pedra quebra a tesoura; a tesoura corta o 
papel e o papel embrulha a pedra.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Pedrinha na mão
É utilizada como método para dividir o grupo em duas equipes. Para 
isso, organize todas as crianças lado a lado, formando uma fileira. Com as 
duas mãos para trás e com uma pedra escondida em uma delas, posicio-
ne-se diante da primeira criança da fileira e apresente a ela as duas mãos 
fechadas, cruzando os punhos. A criança deve optar por uma de suas mãos. 
Se na mão escolhida estiver a pedra, ela ficará na equipe A; se a mão estiver 
vazia, ficará na equipe B. Repita o procedimento até que as duas 
equipes estejam formadas.
Quadrinhas
Quadrinhas, trava-línguas parlendas e adivinhas são expressões da 
cultura popular que, com o passar do tempo, foram 
disseminadas por meio da tradição oral, passando 
de geração a geração.
Esses textos são largamente utilizados para 
selecionar quem vai começar uma brincadeira. 
Uma das formas de fazer essa seleção é pedir 
às crianças que fiquem com as mãos fechadas 
em punho, em volta de quem escolhe, que 
vai batendo de mão em mão, recitando o 
verso ou a quadrinha até o fim. Então, a 
criança poderá ser escolhida ou elimina-
da, dependendo do combinado. 
Veja a seguir algumas quadrinhas: 
A-do-le-tá,
le-pe-ti
pe-ti-pe-tá.
Le café com chocolá,
a-do-le-tá.
Uni duni tê 
Salamê min-guê 
O sorvete colorê 
O escolhido foi você!
Lá em cima do piano 
Tinha um copo de veneno 
Quem bebeu morreu!
Uma pulga na balança 
Deu um pulo e foi à França 
Os cavalos a correr, 
Os meninos a brincar, 
Vamos ver quem vai pegar!
A mulher matou 
Com a sola do sapato, 
O sapato estremeceu! 
Quem ficou aqui correu!
Antes que as crianças possam experimentar e fruir as brincadeiras 
citadas a seguir, dê oportunidade para que possam trocar experiências a 
respeito de como executam cada uma delas.
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26 EDUCAÇÃO FÍSICA26 EDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Pega-pega
Após a conversa, que oportunizará às crianças trocarem experiências 
sobre o que cada uma conhece dessa brincadeira, você poderá organizá-las 
no pátio da escola para que vivenciem o pega-pega na forma que foi citada 
pela maioria.
Trata-se de uma brincadeira 
muito antiga e popular, mas não se 
sabe ao certo quando e nem onde 
foi criada. Alguns quadros antigos 
revelam a existência dela no passado 
e em diversos locais do mundo.
Por ser da cultura popular, apre-
senta variações na sua forma de 
brincar e muitas denominações dife-
rentes, assim como: mãe; mãe pega; 
pique; barata; pegar; pegador; pi-
que-pega; pira; salva; mãe cola; mãe 
cola americana, mãe pega todos, etc.
Basicamente consiste em um 
pegador e os fugitivos, podendo ter ou 
não o pique, que é um local predefinido para se proteger do pegador.
Veja, a seguir, como brincar de pega-pega tradicional e conheça tam-
bém algumas de suas variantes.
Pega-pega tradicional
Reúna a turma em um local onde haja espaço para correrem. Aproveite 
uma das formas de escolha apresentadas inicialmente para selecionar 
quem será o pegador. Você poderá utilizar um apito para sinalizar o início 
da brincadeira. Ao seu sinal, a criança escolhida para essa função passa a 
perseguir os outros colegas. Assim que tocar em um deles, este passa a 
ser o novo pegador. A brincadeira segue até que todas as crianças sejam 
tocadas e tenham a oportunidade de ser o pegador. O ganhador é sempre 
o último a ser tocado.
A brincadeira pega-pega em uma ilustração do livro holandês 
Jongensspelen (Jogos de meninos), de Schiedam H. A. 
M. Roelants, publicado por volta de 1860-1870.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
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Mãe cola 
Da mesma forma que o pega-pega 
tradicional, nessa variação também deverá 
ser selecionada uma criança para ser o pe-
gador. Ela deverá correr atrás das outras e, 
ao tocar um dos participantes, este ficará 
imóvel, como se estivesse “colado” no chão. Se 
outro colega encostar em quem está “colado”, este 
imediatamente se descola e volta para a brincadeira.
Existem os combinados de que, por exemplo, se uma 
criança for colada três vezes, esta passará a ser o pegador.
Pega todos
Para a brincadeira, é necessário que duas crianças sejam os pegadores; 
as demais ficarão distribuídas em uma área delimitada.
Inicie a atividade explicando que elas devem correr sem ultrapassar 
o espaço demarcado. Cada criança, ao ser tocada, deverá sentar-se e 
permanecer parada.
Quando os pegadores conseguirem pegar todos, a brincadeira pode 
ser reiniciada, fazendo-se a escolha de outros dois colegas para serem os 
próximos pegadores.
Polícia e ladrão
Agora, a turma deve ser dividida em dois grupos, sendo um para 
representar os “policiais” e o outro, os “ladrões”. A fim de selecionar os 
integrantes de cada grupo, eleja uma criança para que, usando a pedrinha 
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28 EDUCAÇÃO FÍSICA28 EDUCAÇÃO FÍSICA
na mão, faça a escolha dos participantes, formando assim duas equipes 
com número variável de integrantes. A brincadeira se inicia com a equipe 
formada por “policiais” contando até 20, para, em seguida, correrem e 
apanharem os “ladrões”. Assim que segurar um ladrão, o policial deve 
levá-lo para a cadeia, local escolhido antes de iniciar a brincadeira. 
Quando todos os “ladrões” estiverem na cadeia, trocam-se os papéis, 
ou seja, os ladrões deverão agir como policiais e vice-versa.
Menino pega menina
Nessa versão do pega-pega deverão ser 
formados dois grupos, um por meninas e outro 
por meninos. Usando uma das formas de escolha 
apresentadas anteriormente, deve-se decidir 
qual o grupo que iniciará a brincadeira, agindo 
como pegador. Se a brincadeira iniciar com o 
grupo das meninas, por exemplo, estas deverão 
perseguir os meninos que, quando tocados, 
devem ser conduzidos pela mão até um local 
previamente combinado, permanecendo sen-
tados até que todos sejam pegos. Quando isso 
acontecer, a brincadeira recomeça, invertendo 
os pegadores. 
Vivência corporal
Lenço atrás
Em diferentes regiões do Brasil, é uma brincadeira conhecida como 
ovo choco, galinha choca ou corre-cutia. Existem versões em que são uti-
lizadas cantigas como parte do lenço atrás. Essas cantigas também sofrem 
modificações de acordo com a região do país onde se brinca. 
Assim, torna-se prioridade dar voz às crianças para que estas possam 
expor o que conhecem a respeito do lenço atrás. Você poderá fazer a 
mediação dessa conversa perguntando qual é o nome, como é realizada, 
entre outros questionamentos. Na sequência, possibilite que demonstrem 
concretamente como se brinca.
A seguir, apresentamos algumas versões dessa brincadeira.
Ao propor uma nova forma de realizar a brincadeira, 
você estará possibilitando que o aluno expresse a com-
preensão do conhecimento que lhe foi transmitido. Nesse 
momento, é possível avaliar tal nível de apreensão à medi-
da que o “ponto de chegada” se altera qualitativamente 
em relação ao “ponto de partida”, uma vez que houve 
a mediação da ação pedagógica no tocante à zona de 
desenvolvimento proximal, definida por Vygotsky como 
a área existente entre o nível de desenvolvimento real 
e o nível de desenvolvimento potencial, ou seja, o que 
envolve os conhecimentos que a criança já possui e o que 
ela precisa aprender.
No caso do pega-pega, é importante os alunos perce-
beremque, apesar das variações, o objetivo é sempre o 
mesmo: ter pegadores e fugitivos.
Solicite que eles criem uma nova maneira de realizar a 
brincadeira. Escute as ideias propostas por eles, organi-
ze-as e solicite que vivenciem a forma inédita de brincar.
 ReinventandO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Lenço atrás tradicional
Inicia-se com todas as crianças dando as mãos, formando uma roda. 
Em seguida, deverão sentar-se de frente para o centro da roda. Uma delas, 
previamente escolhida pela turma, fica posicionada em pé, do lado de fora 
dessa roda, segurando um lenço. Ela começa a caminhar ou a correr por 
trás das crianças que estão sentadas na roda. Depois de algumas voltas, 
deve colocar o lenço no chão, atrás de uma delas. 
Quando a criança perceber que o lenço foi deixado atrás dela, deve 
levantar-se, pegá-lo e correr atrás de quem fez isso, que deve procurar 
ocupar o lugar que ficou vago na roda, onde o colega estava sentado. Se 
a criança que estava sentada pegar o colega, este se sentará no centro da 
roda e ela continuará a brincadeira andando ou correndo em volta da roda.
Existem versões nas quais, enquanto a criança se desloca em volta 
da roda, todas as outras batem palmas e recitam parlendas. Veja 
algumas variações. Um exemplo é o que se encontra na ilustração 
a seguir.“NÃO OLHE PRA TRÁS. 
A RAPOSA VEM ATRÁS.
NÃO OLHE PRA FRENTE. 
A RAPOSA VEM NA FRENTE.”
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Há uma outra versão em que todas as crianças cantam:
Corre cutia
na casa da tia
corre cipó
na casa da avó
lencinho na mão
caiu no chão
moça bonita
do meu coração.
Aí o dono do lenço pergunta:
– Posso jogar?
e todos respondem:
– Pode! Um, dois, três!
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30 EDUCAÇÃO FÍSICA30 EDUCAÇÃO FÍSICA
Em algumas regiões foi encontrada, inclusive, a seguinte variação:
Criança em pé: – Lenço atrás!
Crianças sentadas: – Corre mais!
Criança em pé: – Posso correr?
Crianças sentadas: – Pode!
Criança em pé: – Ninguém vai ver?
Crianças sentadas: – Não!
Criança em pé: – Então fechem os olhos!
Galinha choca
Da mesma forma que na brincadeira lenço atrás tradicional, as crianças 
devem permanecer sentadas em roda. Quem ficar fora da roda deve segu-
rar uma bola de papel nas mãos, simbolizando um ovo, e dizer: “A galinha 
chocou”. Todas as que estiverem na roda repetem: “Galinha choca, galinha 
choca!“, enquanto aquela que segura o ovo tenta colocá-lo atrás de um 
colega da roda. Os demais podem avisar se o colega não percebeu que o 
ovo está atrás dele. Caso este consiga pegar o colega que colocou o ovo, 
quem foi pego irá para o centro da roda e passa a representar a galinha 
choca. Se não for pego, se sentará no lugar da criança que levantou para 
correr atrás dele.
Porta aberta
Solicite que os alunos formem uma roda e 
permaneçam em pé. Um deles é escolhido para 
ficar fora da roda. Este anda em volta da roda, toca 
nas costas de um dos colegas e corre no mesmo 
sentido que estava andando. Quem for tocado sairá 
correndo no sentido contrário ao colega que lhe 
tocou. Aquele que chegar primeiro ao local que 
ficou vago na roda permanecerá, enquanto o ou-
tro passará a andar por fora da roda. Desse modo, 
segue a brincadeira. 
 ReinventandO
Converse com os alunos sobre a importância de 
estarem sempre atentos enquanto a brincadeira 
acontece. Questione se todos foram escolhidos para 
passar o objeto.
Proponha agora que recriem a brincadeira de 
lenço atrás, formulando novas regras para que todos 
possam ter a oportunidade de passar o objeto. Uma 
sugestão é de que aquele que já foi escolhido inicie 
uma nova roda.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Esconde-esconde
Você poderá dar início à atividade dizendo às crianças: “Quem já 
brincou de esconde-esconde levante a mão!“. Em seguida, oportunize 
que falem de que maneira brincam. Organize grupos de acordo com as 
semelhanças que forem descritas. Depois, leve-os ao pátio da escola para 
que vivenciem a brincadeira nas suas diferentes formas. 
Esconde-esconde tradicional
Antes de iniciar a brincadeira, use uma das formas de escolha apresen-
tadas anteriormente para selecionar uma criança que irá achar os demais 
colegas. Em um local previamente determinado, ela deverá começar a 
contagem, com os olhos fechados ou tapados, até o número combinado, 
podendo ser até 31; enquanto isso, as outras se escondem. 
É importante que se estabeleçam limites para se esconder ou você 
terá crianças indo para lugares distantes, e não é esse o propósito. 
Depois de terminada a contagem, a criança sai à procura dos colegas. 
Quando encontrar algum, deverá voltar correndo ao local em que iniciou 
a contagem, “bater” e dizer o nome do colega em voz alta. 
No entanto, para se salvar, as crianças que se esconderam podem voltar 
ao lugar considerado o ponto de partida e então “bater”, falando uma 
frase como: “1, 2, 3!”, seguida 
de seu próprio nome.
Só termina a brinca-
deira depois de terem 
sido encontrados todos 
os participantes. O pró-
ximo aluno a contar 
será o primeiro que foi 
achado.
Sugestão de
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Volney J. Brincadeiras 
engraçadas . 5. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2013.
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32 EDUCAÇÃO FÍSICA32 EDUCAÇÃO FÍSICA
Salva todos
A brincadeira é semelhante ao esconde-esconde tradicional. A diferença é que quando o 
último colega a ser achado consegue “bater”, ou seja, chegar antes de quem o está procurando, 
ele consegue “salvar” todos os colegas anteriormente achados. Então, a mesma criança deverá 
contar e procurá-los novamente.
Vários procurando
Essa é uma outra variação, mas que difere do escon-
de-esconde tradicional porque, à medida que as crianças 
são encontradas, estas também passam a procurar os 
demais colegas. Dessa forma, aumenta-se o grau de difi-
culdade da brincadeira.
Vivência corporal
Coelhinho sai da toca
Antes de iniciar a brincadeira propriamente dita, registramos que o objetivo é oportunizar 
que as crianças troquem experiências sobre as formas de brincar que conhecem, qual o nome, 
quando e onde já brincaram, etc. Para realizá-la, caso a escola tenha bambolês ou cordas para 
fazer um círculo, estes poderão ser utilizados como "toca", mas originalmente é uma brincadeira 
que não conta com o apoio de nenhum material.
Coelhinho sai da toca tradicional
Dê início à brincadeira organizando a turma em grupos de três crianças. Duas devem ficar 
de mãos dadas, erguidas acima da cabeça, formando a toca, enquanto a terceira fica no meio, 
representando o coelho. Essa criança poderá ser selecionada por uma das formas de escolha 
apresentadas anteriormente. 
As tocas devem ser espalhadas pelo local da brincadeira. Duas ou mais crianças ficarão sem 
toca, no centro da área. Quando todas já estiverem nos seus devidos lugares, você deverá dizer: 
“Coelhinho, sai da toca!" e todos deverão mudar de toca.
Quem estiver no centro, sem toca, deve tentar ocupar as tocas que ficam vazias, enquanto os 
demais procuram uma nova toca.
Coelhinho sai da toca com caçador
A brincadeira se difere da tradicional, porque você escolherá um aluno para ficar fora das tocas, 
que será considerado o caçador. Assim que for dado o sinal ele deverá pegar um dos coelhinhos 
que estiver tentando trocar de toca. Quem for pego será o caçador, e o caçador vira coelhinho.
 ReinventandO
Proponha que os alunos brinquem de es-
conde-esconde de uma nova maneira. Você 
poderá formar duas equipes com o mesmo 
número de integrantes e lançar o desafio para 
que eles organizem a brincadeira de modo 
que um grupo se esconda e o outro procure. 
Estabeleça com eles quais serão as regras e 
que nome podem dar a essa variação.
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33
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Toca sai do coelhinho
Agora, quem sai do lugar são as tocas. Organize os alunos conforme a brincadeira tradicional,mas desta vez terá uma toca vazia, ou seja, duas crianças de mãos dadas. Ao sinal, os coelhinhos 
ficam parados e as tocas se deslocam, cobrindo-os. 
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Coelhinho sai da toca com arcos
Forme uma roda com arcos (bambolês), que 
serão as tocas. Os alunos estarão 
em pé, do lado de dentro dos ar-
cos, e serão considerados os 
coelhinhos. Um aluno ficará 
sem arco e será o coelhi-
nho perdido. Ao sinal de: 
“Coelhinho, sai da toca!”, 
todos trocam de arco, e 
quem ficar sem arco será 
o novo coelhinho perdido.
Coelhinho sai da toca 
cooperativo
Nesse momento, espalhe pelo ambiente os arcos, que serão as tocas. 
Os alunos que irão representar os coelhinhos deverão ficar no centro des-
ses círculos. Ao sinal de: “Coelhinho, sai da toca!”, todos deverão mudar 
de lugar, pulando para o centro de outro arco. Na sequência, você deve 
retirar um desses objetos e, durante essa troca, a criança que ficar sem toca 
deve entrar em outra já ocupada, juntando-se a um colega. Assim, você 
irá retirando os arcos e os alunos vão se agrupando dentro deles, até que 
sobrem dois ou três bambolês.
 ReinventandO
Converse com os 
alunos sobre as varia-
ções da brincadeira e 
quais os sentimentos 
vividos por eles, princi-
palmente aqueles que, 
na brincadeira tradi-
cional, sempre ficam 
sem a toca. Questione 
o que acharam da va-
riação cooperativa, em 
que ninguém fica sem 
toca, como acolheram 
os colegas ou como fo-
ram acolhidos por eles 
e quais das variações 
gostaram mais. Além 
disso, pergunte como 
poderiam criar uma 
nova variação, utilizan-
do algumas regras das 
formas já vivenciadas.
Di
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çã
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Di
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34 EDUCAÇÃO FÍSICA34 EDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Batata quente
Conte para os alunos que eles irão brincar de batata quente. Pergunte se conhecem essa 
brincadeira e, em caso positivo, de que forma pode ser praticada. Se não conhecem, mostre na 
sequência como se brinca.
Batata quente tradicional
Organize os alunos sen-
tados em círculo. Eles de-
verão passar rapidamente 
para o colega que está ao 
seu lado a batata quente, ou 
seja, uma batata, uma bola 
ou outro objeto pequeno. 
Todos cantam: "Batata quen-
te, quente, quente!". Fora 
do círculo e de costas para 
os demais, estará um aluno 
que, a qualquer momento, 
fala bem alto: "Queimou!". Então, o aluno que estiver com a batata quente na mão será o pró-
ximo a ir para fora do círculo.
Em alguns locais há uma variação da brincadeira, em que apenas o aluno que está fora do 
círculo fala: 
– Batata quente, quente, quente, quente... Queimou!
Batata quente paga prenda
Diferentemente da tradicional, nessa versão quem ficar com a batata quente deverá pagar 
uma prenda, ou seja, cumprir uma tarefa indicada pelo grupo ou pela criança que estava fora da 
roda. Por exemplo: cantar uma música, dançar ou correr até um determinado ponto.
Batata quente sai da brincadeira
Nessa outra variação, quando a criança ficar com a batata quente na mão, será eliminada 
da brincadeira. O jogo segue até que todos sejam eliminados. O último que permanecer será o 
vencedor, e é quem reiniciará o jogo, mas desta vez do lado de fora do círculo, falando: "Batata 
quente, quente!".
QUEIMOU!
Simone Ziasch
Coelhinho sai da toca com arcos
Forme uma roda com arcos (bambolês), que 
serão as tocas. Os alunos estarão 
em pé, do lado de dentro dos ar-
cos, e serão considerados os 
coelhinhos. Um aluno ficará 
sem arco e será o coelhi-
nho perdido. Ao sinal de: 
“Coelhinho, sai da toca!”, 
todos trocam de arco, e 
quem ficar sem arco será 
o novo coelhinho perdido.
Coelhinho sai da toca 
cooperativo
Nesse momento, espalhe pelo ambiente os arcos, que serão as tocas. 
Os alunos que irão representar os coelhinhos deverão ficar no centro des-
ses círculos. Ao sinal de: “Coelhinho, sai da toca!”, todos deverão mudar 
de lugar, pulando para o centro de outro arco. Na sequência, você deve 
retirar um desses objetos e, durante essa troca, a criança que ficar sem toca 
deve entrar em outra já ocupada, juntando-se a um colega. Assim, você 
irá retirando os arcos e os alunos vão se agrupando dentro deles, até que 
sobrem dois ou três bambolês.
 ReinventandO
Converse com os 
alunos sobre as varia-
ções da brincadeira e 
quais os sentimentos 
vividos por eles, princi-
palmente aqueles que, 
na brincadeira tradi-
cional, sempre ficam 
sem a toca. Questione 
o que acharam da va-
riação cooperativa, em 
que ninguém fica sem 
toca, como acolheram 
os colegas ou como fo-
ram acolhidos por eles 
e quais das variações 
gostaram mais. Além 
disso, pergunte como 
poderiam criar uma 
nova variação, utilizan-
do algumas regras das 
formas já vivenciadas.
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35
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Si
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e 
Zi
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ch
Vivo!!
Morto!!
Batata quente cooperativa
Para realizar essa brincadeira forme dois círculos, um dentro do outro e 
com número igual de alunos. No círculo interno as crianças ficam sentadas 
e no círculo externo, em pé, uma atrás da outra. Para desenvolver melhor o 
trabalho, coloque uma música bem alegre enquanto as crianças sentadas 
passam de mão em mão a batata quente. 
Quando a música parar, quem estiver com o objeto falará bem alto: 
“Batata quente!”, e a jogará para algum colega que também estiver sentado. 
Se este conseguir agarrá-la, aquele detrás dele se sentará no círculo interno; 
caso contrário, tanto o arremessador quanto o pegador deverão ficar em pé no 
círculo externo, atrás de um colega. Se porventura todos já tiverem um colega 
atrás de si, ambos deverão começar um terceiro círculo externo, ficando em 
pé atrás de um colega que já esteja em pé. O objetivo é que todos passem 
para o círculo interno.
Vivência corporal
Morto-vivo
Assim como nas demais brincadeiras, procure saber se os alunos 
conhecem o morto-vivo. Use como ponto de partida a forma como eles 
brincam e depois vá apresentando as variações.
Morto-vivo tradicional
Para dar início a essa brincadeira, em primeiro lugar deve-se escolher 
qual das crianças será o chefe. Isso poderá ser feito usando uma das for-
mas de escolha citadas anteriormente. Os demais participantes ficam 
posicionados lado a lado, enquanto a criança que foi escolhida como 
chefe deverá ficar de frente para as outras, dando os comandos, 
que serão obedecidos por todos.
O chefe passa a falar aleatoriamente: vivo ou morto. 
Quando ouvirem o primeiro comando, imediatamente os 
participantes devem manter-se de pé. Ao segundo coman-
do, abaixam-se e ficam de cócoras.
 ReinventandO
Dialogue com seus 
alunos sobre as duas 
variações da brinca-
deira batata quente: 
a que permite sair da 
brincadeira e a forma 
cooperativa, em que 
ninguém é eliminado. 
Veja qual será a prefe-
rência deles e se gosta-
riam de mudar alguma 
regra para ficar mais 
agradável ao grupo. 
Em seguida, oportunize 
que vivenciem a nova 
maneira escolhida.
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36 EDUCAÇÃO FÍSICA36 EDUCAÇÃO FÍSICA
Aquele que estiver dando o comando deve procurar deixar as crian-
ças confusas, repetindo a mesma ordem mais de uma vez, por exemplo: 
“Morto!”, “Morto!”, “Vivo!”, “Vivo!”. Pode, também, alternar a velocidade 
com que dá as ordens, tentando confundi-las mais ainda.
Quem errar o movimento sai da brincadeira. A última criança a per-
manecer será a vencedora.
Terra-mar
Disponha os alunos em uma única fileira, todos virados de frente para 
você e defina que este espaço se chamará “terra”. À frente deles, dese-
nhe uma linha vertical ou coloque uma corda delimitando o espaço que 
está na frente da linha como sendo o “mar”. Assim que você ou um aluno 
escolhido falarem “terra” ou “mar”, os demais deverão se posicionar no 
espaço predefinido. Sairá da brincadeira aquele que passar para o espaço 
errado e vencerá o último que permanecer sem errar.
Vivência corporal
Brinquedos
É possível que, durante a conversa com as crianças a respeito das 
brincadeiras e dos brinquedos com os quais se divertem em casa – su-
gerida no início destaunidade –, algumas delas tenham citado bonecas 
e bonecos, jogos virtuais, carrinhos, bicicleta, patinete e 
brinquedos industrializados como mola, beyblades, 
hand spinner. 
Conte a elas que, há muito tempo, a maioria 
dos brinquedos eram construídos pelas próprias 
crianças, porque não existiam as indústrias como 
na atualidade. Explique, inclusive, que muitos dos 
brinquedos podem ser construídos com materiais 
alternativos.
Nesse momento, você pode estabelecer interdisciplinaridade com 
a disciplina de História, para que os alunos ampliem os conhecimentos 
a respeito da industrialização, da sociedade de consumo onde vivem, 
da influência da tecnologia na vida das pessoas, etc. 
Para ampliar seus conhecimentos, leia o texto a seguir sobre brinque-
dos alternativos.
 ReinventandO
Agora é com os alu-
nos! Oriente-os para 
que escolham duas 
palavras antagônicas 
e qual o gesto que usa-
rão para representar 
cada uma delas, por 
exemplo, quente e frio, 
em pé e agachado. 
Oportunize então que 
realizem a brincadei-
ra usando essas duas 
palavras.
 S.I. / 
Beyblade Wikia
Beyblade.
Árni Dagur / wikim
edia.com
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Hand spinner.
Mola.
S.I. / Sem
aan
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37
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Além de todos os benefícios que os brinquedos alternativos podem 
trazer para os alunos, alerte-os para a importância da reciclagem de ma-
teriais em prol do meio ambiente, estabelecendo a interdisciplinaridade 
com a disciplina de Ciências.
Ainda, auxilie-os a confeccionarem e se divertirem com com brinque-
dos alternativos. Para tanto, na sequência são apresentadas algumas 
sugestões.
Pião de tampinha
Solicite previamente que as crianças tragam tam-
pinhas de garrafa PET e palitos de dente. Você pode 
pedir, também, que as tampinhas já venham de casa 
com um furinho no centro (feito por um adulto) ou você 
mesmo pode furá-las usando ferro de solda ou prego 
quente (segurar com um alicate).
Explique sobre o brinquedo que irão confeccionar – o 
pião. Diga que é um objeto muito antigo e que já foram en-
contrados até piões de argila; inclusive, pinturas antigas retratam 
Pião feito com 
material alternativo.
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ce
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BRINQUEDOS ALTERNATIVOS (SUCATAS) E A CRIANÇA
Os brinquedos são objetos ou instrumentos utilizados para o ato de brincar, tornando-se 
parceiros da criança em suas brincadeiras, levando-a à ação, à imaginação e à criação.
Muitos dos brinquedos que encontramos na atualidade foram construídos há milhares de 
anos, servindo naquela época como instrumentos de guerra, como é o caso do arco e flecha, o 
estilingue, as trombetas, etc. Contudo, encontramos nos dias atuais brinquedos das mais diversas 
formas e funções que estimulam a criança, destacando-se em duas finalidades: os lúdicos e os 
pedagógicos.
Os brinquedos se apresentam sob duas características: os industrializados – preconstruídos 
e comprados em lojas de brinquedos ou casas especializadas; os artesanais, criados a partir de 
sucata pela própria criança (também conhecidos como resultados de tecnologia alternativa) – 
nesse caso, uma vassoura pode se transformar simbolicamente perante a imaginação da criança 
em um cavalo manso, valente ou de guerra. Um tubo de amaciante em um foguete ou barco, 
um copinho de iogurte em um telefone sem fio.
Toda tecnologia alternativa (sucata) pode ser transformada em brinquedo, basta um pouco 
de criatividade, imaginação e “segurança”.
A imaginação da criança é muito fértil, tem asas e voa sem parar, ela brinca em todos os 
lugares – não como gostaria ou é de direito. Através dos brinquedos, brincadeiras e jogos ela 
vai conhecendo o mundo que a cerca, pequenos objetos tomam formas em suas mãos e se 
transformam em personagens, super-heróis conhecidos como: a mãe, o pai, os irmãos e os avós.
AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação. Jundiaí: Fontoura, 2008. p. 25.
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38 EDUCAÇÃO FÍSICA38 EDUCAÇÃO FÍSICA
a presença do pião na vida das crianças em várias 
épocas e locais. Nos dias de hoje, existem os piões 
com e sem corda, sonoros e feitos de madeira. Há, 
ainda, os brinquedos baseados numa espécie de pião 
japonês chamado beigoma, fabricado por uma em-
presa japonesa que se inspirou em uma série de TV.
Instrua os alunos a montarem seus piões, colo-
cando o palito no furo da tampinha.
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Agora é só diversão! Primeiramente deixe que brinquem à vontade. 
Depois diga que o objetivo do jogo é um pião eliminar o outro de um 
espaço predeterminado, que pode ser um círculo desenhado no chão, o 
fundo de uma caixa ou de uma bacia, etc. Em alguns locais coloca-se uma 
moeda ou outro objeto pequeno ao centro, e vence o jogo quem conseguir 
retirar o objeto do espaço delimitado.
Cavalinho de cabo de vassoura
Solicite que os alunos tragam um 
cabo de vassoura, ou você poderá usar 
os bastões de ginástica (se houver um 
para cada aluno).
CHARDIN, Jean-Baptiste 
Siméon. Criança com 
pião (Retrato de Auguste 
Gabriel Godefroy), por 
volta de 1736. 
Óleo médio sobre tela, 
76 cm x 67 cm. Museu do 
Louvre, Paris, França.
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39
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Si
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Reproduza dois moldes da cabeça do cavalinho num papel grosso 
(pode ser cartolina branca) e entregue-os para cada aluno. Deixe-os 
livres para pintarem, e então peça que escrevam o próprio nome 
nas cabeças. Disponibilize pedaços de fio de lã para que prendam 
com fita adesiva, fazendo a crina. Ajude-os a colarem as laterais dos 
dois lados da cabeça do cavalinho, deixando o meio do pescoço 
sem colar. Espere secar e solicite que encaixem a cabeça no cabo 
de vassoura, finalizando o brinquedo, de modo que possam brincar 
e se divertir.
Se a criança trouxe o cabo de vassoura, poderá levar o cavalinho 
para brincar em casa. Caso forem usados os bastões da escola, entregue 
somente a cabeça.
Pé de lata
As crianças gostam muito de vivenciar essa brincadeira. No entanto, 
o brinquedo é um pouco mais difícil de ser confeccionado por elas, mas 
você pode solicitar que os familiares ajudem, em casa, na fabricação.
Vamos, então, ao passo a passo:
 • Solicite previamente que os alunos tragam duas latas de leite em 
pó ou achocolatado.
 • Faça dois furos no fundo da lata, usando uma chave de fenda.
 • Oriente os alunos a passarem um barbante grosso ou corda de 
nylon (de varal) por um dos furos, puxarem até a altura desejada e 
passarem novamente o barbante, agora através do outro furo.
 • Dê um nó bem forte, deixando-o dentro da lata.
 • As latas poderão ser enfeitadas com pinturas ou colagens.
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40 EDUCAÇÃO FÍSICA40 EDUCAÇÃO FÍSICA
A brincadeira é simples: os alunos deverão colocar um pé em cima 
de cada lata, segurando as duas pontas (alças) do cordão. Para andarem, 
deverão puxar a alça, uma de cada vez, e então puxar a lata, mantendo o 
pé sempre em cima dela.
Ac
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Ed
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Depois que conseguirem se locomover com facilidade, você poderá 
incentivá-los a transpor alguns obstáculos, brincarem de apostar corrida, 
dançar, bater o pé de lata no ritmo de uma música, etc. Enfim, permita que 
criem novas possibilidades de movimento, usando o brinquedo.
Vivência corporal
Cabra-cega
Converse com seus alunos sobre a brincadei-
ra que vão realizar: cabra-cega, também conheci-
da como cobra-cega, e diga que esta já foi uma 
brincadeira de adulto em outros momentos da 
história. Comente também que brincar faz parte 
da vida das pessoas em todas as épocas e em 
diferentes locais do mundo. 
 ReinventandO
Você pode, junto com 
as crianças, organizar 
na escola uma expo-
sição com brinquedos 
alternativos. Para tanto, 
sugira que cada uma 
traga de casa um brin-
quedo de material alter-
nativo, confeccionado 
junto com os familiares. 
Poderá também solici-
tar que tragam vários 
materiais: garrafas PET,potes, barbantes, tam-
pas, copinhos e emba-
lagens plásticas, caixas 
de diversos produtos, 
barbantes, entre ou-
tros. Então, com esses 
materiais, oportunize a 
criação de brinquedos 
como carrinhos, bone-
cos, bichinhos, etc.
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KRIMMEL, John Ludwig. Jogo da cabra-cega. 1814. 
Óleo sobre tela, 41,91 cm x 55,88 cm. Coleção particular.
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41
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Questione-os sobre o que conhecem da brincadeira, se sabem brincar 
e como brincam. Vale ressaltar a questão da confiança que a “cabra-cega” 
precisará ter nos colegas, pois estará de olhos vendados e dependerá 
que os outros a avisem se estiver em local perigoso ou se vai bater em 
algum obstáculo. É importante eles perceberem que quando um órgão 
dos sentidos não “funciona”, neste caso a visão, outros sentidos são mais 
estimulados, como a audição e o tato.
Para realizar a brincadeira, posicione as crianças em círculo, de mãos 
dadas. Uma delas será escolhida, por sorteio ou por indicação, para ser a 
cabra-cega, a qual deverá se dirigir ao centro da roda com os olhos 
vendados.
Ela terá de girar em torno dela mesma para, em seguida, tentar pegar 
algum colega. O grupo poderá se espalhar para impedir que isso aconteça, 
mas recomenda-se não soltarem as mãos. 
Quando a cabra-cega conseguir segurar um colega, deverá identi-
ficá-lo usando o tato. Este, então, passará a ser a nova cabra-cega, ou 
escolhe-se outra criança.
Vivência corporal
Maestro
Investigue os alunos sobre a brincadeira maestro, se já realizaram e 
como a conhecem. Diga que é um jogo de muita atenção, no qual será 
muito usado o sentido da visão.
Disponha-os sentados em círculo. Um aluno é escolhido 
para ficar longe do grupo, onde não possa ver e nem ouvir 
os colegas. Enquanto isso, outro é selecionado para ser o 
maestro, aquele que criará os movimentos (bater palmas, 
bater os pés no chão, levantar os braços, bater com as 
mãos no chão, estalar os dedos, girar as mãos, etc.). O 
colega que está fora é chamado novamente, 
e terá que descobrir quem é o maes-
tro. Por isso, é importante que os 
demais colegas, ao repetirem os 
movimentos, procurem não olhar 
para o maestro, para que o co-
lega tenha mais dificuldade de 
saber quem é. Podem ser dadas 
duas tentativas de acerto.
 ReinventandO
Solicite que as crian-
ças modifiquem algu-
mas regras de acordo 
com o interesse do 
grupo. Durante a brin-
cadeira poderá ocorrer 
de você observar que 
a maioria das crianças 
queira ser cabra-cega 
ao permanecerem ao 
lado desta para serem 
pegas, ou a cabra-ce-
ga não querer pegá-
-las para não passar a 
vez. Converse sobre 
essas situações e como 
fazer para resolver o 
problema.
 ReinventandO
Sugira que os alunos 
elaborem uma nova 
maneira de jogar, mo-
dificando as regras do 
jogo. Como nessa brin-
cadeira eles costumam 
ficar olhando para o 
maestro, aquele que 
tem a função de identi-
ficá-lo acaba facilmente 
por descobri-lo. Então, 
como eles podem re-
solver essa questão? 
Instigue-os a uma pos-
sível solução, por exem-
plo, que cada um fique 
olhando sempre para o 
colega que está à sua 
frente. Outra possibi-
lidade é que realizem 
movimentos em pé, e 
não sentados.
Simone Ziasch
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42 EDUCAÇÃO FÍSICA42 EDUCAÇÃO FÍSICA
Questione-os sobre o que conhecem da brincadeira, se sabem brincar 
e como brincam. Vale ressaltar a questão da confiança que a “cabra-cega” 
precisará ter nos colegas, pois estará de olhos vendados e dependerá 
que os outros a avisem se estiver em local perigoso ou se vai bater em 
algum obstáculo. É importante eles perceberem que quando um órgão 
dos sentidos não “funciona”, neste caso a visão, outros sentidos são mais 
estimulados, como a audição e o tato.
Para realizar a brincadeira, posicione as crianças em círculo, de mãos 
dadas. Uma delas será escolhida, por sorteio ou por indicação, para ser a 
cabra-cega, a qual deverá se dirigir ao centro da roda com os olhos 
vendados.
Ela terá de girar em torno dela mesma para, em seguida, tentar pegar 
algum colega. O grupo poderá se espalhar para impedir que isso aconteça, 
mas recomenda-se não soltarem as mãos. 
Quando a cabra-cega conseguir segurar um colega, deverá identi-
ficá-lo usando o tato. Este, então, passará a ser a nova cabra-cega, ou 
escolhe-se outra criança.
Vivência corporal
Maestro
Investigue os alunos sobre a brincadeira maestro, se já realizaram e 
como a conhecem. Diga que é um jogo de muita atenção, no qual será 
muito usado o sentido da visão.
Disponha-os sentados em círculo. Um aluno é escolhido 
para ficar longe do grupo, onde não possa ver e nem ouvir 
os colegas. Enquanto isso, outro é selecionado para ser o 
maestro, aquele que criará os movimentos (bater palmas, 
bater os pés no chão, levantar os braços, bater com as 
mãos no chão, estalar os dedos, girar as mãos, etc.). O 
colega que está fora é chamado novamente, 
e terá que descobrir quem é o maes-
tro. Por isso, é importante que os 
demais colegas, ao repetirem os 
movimentos, procurem não olhar 
para o maestro, para que o co-
lega tenha mais dificuldade de 
saber quem é. Podem ser dadas 
duas tentativas de acerto.
 ReinventandO
Solicite que as crian-
ças modifiquem algu-
mas regras de acordo 
com o interesse do 
grupo. Durante a brin-
cadeira poderá ocorrer 
de você observar que 
a maioria das crianças 
queira ser cabra-cega 
ao permanecerem ao 
lado desta para serem 
pegas, ou a cabra-ce-
ga não querer pegá-
-las para não passar a 
vez. Converse sobre 
essas situações e como 
fazer para resolver o 
problema.
 ReinventandO
Sugira que os alunos 
elaborem uma nova 
maneira de jogar, mo-
dificando as regras do 
jogo. Como nessa brin-
cadeira eles costumam 
ficar olhando para o 
maestro, aquele que 
tem a função de identi-
ficá-lo acaba facilmente 
por descobri-lo. Então, 
como eles podem re-
solver essa questão? 
Instigue-os a uma pos-
sível solução, por exem-
plo, que cada um fique 
olhando sempre para o 
colega que está à sua 
frente. Outra possibi-
lidade é que realizem 
movimentos em pé, e 
não sentados.
Simone Ziasch
Vivência corporal
Jogos dramatizados
Os jogos de dramatização têm a função de desenvolver a expressão 
corporal e a observação por meio de movimentos cênicos. Para que as crian-
ças possam entender esse conceito, organize-as em roda e fique no centro 
desta. Faça alguns sinais e solicite que os alunos os interpretem: polegar 
para cima em sinal de positivo; com a mão próxima à orelha, simular que 
está falando ao telefone; simular que tecla em um aparelho de celular; imitar 
um abraço, abrindo e fechando os braços; acenar com a mão em sinal de 
“tchau”; “jogar” beijo com as mãos, entre outros. Dessa maneira você pode-
rá conversar com as crianças, mostrando que o corpo, por meio de gestos, 
transmite mensagens que podem ser entendidas mesmo sem o uso da fala.
Para vivenciar esse trabalho, apresentamos a seguir algumas sugestões, 
que poderão servir como ponto de partida para despertar o interesse das 
crianças em realizar outros jogos dramatizados.
Qual é o bicho?
Inicialmente organize várias fichas com desenhos, gravuras ou carimbo 
de animais e escreva o nome deles. Exemplo:
MACACO
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Assim que você formar duas equipes, cada uma delas escolhe um in-
tegrante para iniciar a brincadeira. Este deverá selecionar uma das fichas e 
imitar o bicho que está representado, somente com a expressão corporal, 
sem fala e sem ruídos. O seu grupo terá um tempo predeterminado para 
adivinhar “Qual é o bicho” (podendo ser 1 minuto e 30 segundos). Se a 
equipe conseguir identificar, ganhará um ponto. Faz-se o mesmo com a 
outra equipe.
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43
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Montando uma cena
Converse com seus alunos sobre a atividade que irão 
realizar, que é um jogo dramatizado,em que um dos grupos 
interpretará uma história infantil, enquanto os demais terão 
de descobrir o nome da história. Como o mais importante é 
a expressão corporal, sugerimos que não se preocupe com 
vestimentas e adereços. Para tanto, seguem as orientações:
Forme pequenos grupos e entregue a cada um deles um 
livro de história infantil clássico (Os três porquinhos, A Bela e a 
Fera, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Rapunzel, etc.). Você também 
pode buscar esses materiais no guia Conta pra Mim, do Ministério da 
Educação, disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim, 
em versão digital. O grupo deverá interpretar a história usando somente 
a expressão corporal. Dê um tempo para se organizarem e ensaiarem. 
Nessa ocasião, é fundamental você passar pelos grupos, auxiliando-os. A 
partir do momento em que observar que todos já estão prontos, é a hora 
da apresentação. Um de cada vez, os grupos vão se apresentando e, ao 
final, todos aplaudem e tentam desvendar o nome da história interpretada.
Dramatizando uma história infantil
Primeiramente, é importante deixar claro que a Educação Física está 
dando ênfase à expressão corporal por meio da linguagem não verbal.
Nesse momento, é possível realizar um trabalho interdisciplinar com 
a área do conhecimento Arte, em uma de suas linguagens, o teatro.
Converse com os alunos e, juntos, escolham uma (ou mais) história 
infantil para ser dramatizada.
Selecione um deles, que já consiga ler, para ser o narrador da história. 
Se não houver nenhum já alfabetizado, você mesmo pode ser o narrador.
Defina com eles os personagens da história e o que cada um vai in-
terpretar. Improvisem alguns adereços e indumentárias de acordo com a 
história para, então, ensaiarem a dramatização.
Escolha alguns alunos para serem representantes da tur-
ma, os quais irão solicitar junto à direção uma data e horário 
para apresentarem a dramatização aos demais colegas da 
escola, podendo incluir, também, os familiares.
 ReinventandO
Um jogo muito in-
teressante para se 
trabalhar com a ex-
pressão das crianças 
é o “Imagem e ação”. 
Talvez algumas até se 
refiram a ele. Caso con-
trário, questione-as se 
conhecem esse jogo e 
se alguém pode trazê-lo 
para a escola. Verifique 
também se a escola 
tem a possibilidade de 
adquirir esse material, 
muito rico, pois além 
de trabalhar a expres-
são corporal, poderá 
ser usado por Língua 
Portuguesa para traba-
lhar a alfabetização.
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44 EDUCAÇÃO FÍSICA44 EDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Jogo de faz de conta
Muito comum na vida das crianças de todas as épocas são os jogos 
de faz de conta. É importante que você possibilite essa vivência da cultura 
popular para enriquecer as experiências dos alunos. Para seu aprofunda-
mento, segue um texto de apoio:
O FAZ DE CONTA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A brincadeira de faz de conta promove para a criança um momento único 
de desenvolvimento, no qual ela exercita em sua imaginação, a capacidade de 
planejar, de imaginar situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras existentes 
em cada situação.
Por meio da brincadeira a criança consegue comunicar-se com o mundo do 
adulto, no qual adquire controle interior, autoestima e confiança em si mesma, 
levando-a a agir de maneira mais ativa para que vivencie experiências de tomada 
de decisões, como por exemplo, comer sozinhos, vestir-se, fazer amigos, entre 
outros.
O brincar de faz de conta permite à criança a construção do mundo real, 
pois brincando ela trabalha com situações que vive no social, podendo assim, 
compreendê-las melhor. De acordo com Freud apud KISHIMOTO (2003, p. 57).
Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto 
cria seu próprio mundo ou, dizendo melhor, enquanto transpõe elementos 
formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e 
conveniente para ela.
Assim, aborda-se também a docência, pois os professores devem ter 
conhecimento da importância do brincar, (em especial o brincar de faz de conta) 
enfatizando o desenvolvimento social da criança.
[...]
Winnicott (1971) cita o brincar como um caminho para se comunicar com 
a criança, já que a mesma ainda não possui o desenvolvimento da linguagem 
completa. É pelo brincar que a criança expressa seus sentimentos, libera suas 
tensões do cotidiano, é por meio dela que podemos entender e adentrar um pouco 
desse mundo cheio de significações.
OLIVEIRA, Elisangela M. R. de; RUBIO, Juliana de A. S. O faz de conta e o desenvolvimento infantil. 
Revista Eletrônica Saberes da Educação, São Roque, n. 1, v. 4, 2013. Disponível em: http://docs.
uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdf/v4-n1-2013/Elisangela.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Dia do brinquedo na escola
No jogo de faz de conta, a criança revela muito sobre ela, o que gosta, 
como vive, como se relaciona com os familiares, com os professores, com 
os colegas. É por meio dessa atividade que podemos observar melhor a 
individualidade de uma, e o comportamento desta no contexto social.
Solicite previamente que tragam de casa brinquedos para realizar o 
“dia do brinquedo na escola”.
Se você puder, disponibilize alguns brinquedos, como panelinhas, 
bonecas(os), carrinhos, mini quadro de giz, telefoninhos, celulares de brin-
quedo, instrumentos de algumas profissões, entre outros.
Sugestão de
LeiturA
MELO. Veríssimo de. 
Folclore infantil. Belo 
Horizonte: Itatiaia, 1981.
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Converse com as crianças, explicando que elas irão brincar com os 
brinquedos que trouxeram e com alguns disponibilizados pela escola.
Deixe interagirem e só interfira quando for solicitado. Você também 
pode brincar com elas, observando como incorporam os personagens 
(papai, mamãe, irmãozinho, professor, médico, etc.).
 ReinventandO
Outra possibilidade 
de se trabalhar com o 
faz de conta é propon-
do o “dia da fantasia 
na escola”, no qual as 
crianças poderão ima-
ginar e imitar as ações 
dos seus super-heróis, 
das suas princesas e 
príncipes favoritos. 
Proponha que, em um 
dia predeterminado, 
fantasiadas para a es-
cola. É importante tam-
bém que você deixe 
algumas venham fan-
tasias separadas para 
as que eventualmente 
não consigam dispor da 
vestimenta. Entretanto, 
incentive-as a confec-
cionarem as suas pró-
prias fantasias, com ma-
teriais alternativos. No 
dia marcado, deixe-as 
brincarem e “viajarem” 
na imaginação.
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46 EDUCAÇÃO FÍSICA46 EDUCAÇÃO FÍSICA
Sistematizando o conhecimento
Depois que os alunos vivenciarem todas essas e outras práticas de 
jogos e brincadeiras que você e eles sugeriram, solicite que desenhem 
aquela(s) de que mais gostaram e, então, elabore um painel.
Peça também que retratem uma brincadeira em massinha de modelar 
ou argila e montem uma maquete da turma com várias brincadeiras. Faça, 
com essa produção, uma exposição para a escola.
Para os alunos de 2º. ano, o registro deverá ser feito inclusive por meio 
da escrita.
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Ed
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Lenço atrás Esconde-esconde Pular corda Pega-pega
Ainda para o 2.° ano, proponha que desenhem 
e/ou escrevam as brincadeiras e jogos que eles ob-
servam no recreio da escola e que foram realizados 
nas aulas de Educação Física.
Investigue se alguém fez em casa, no recreio ou 
com os colegas algumas das brincadeiras e jogos 
desenvolvidos durante as aulas, observando, assim, 
se eles ampliaram o acervo dessas práticas corporais 
para usarem nos seus tempos livres.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
48 EDUCAÇÃO FÍSICA48 EDUCAÇÃO FÍSICA
GINÁSTICAS
Para onde vamos?
Com esse trabalho, seus alunos poderão desenvolver as seguintes 
habilidades:
(EF12EF07) Experimentar, fruir e identificar diferentes elementos 
básicos da ginástica (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias,com e sem materiais) e da ginástica geral, de forma individual e em 
pequenos grupos, adotando procedimentos de segurança.
(EF12EF08) Planejar e utilizar estratégias para a execução de diferentes 
elementos básicos da ginástica e da ginástica geral.
(EF12EF09) Participar da ginástica geral, identificando as potenciali-
dades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais 
e de desempenho corporal.
(EF12EF10) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, 
oral, escrita e audiovisual), as características dos elementos básicos 
da ginástica e da ginástica geral, identificando a presença desses 
elementos em distintas práticas corporais.
Nas séries iniciais você trabalhará com a ginástica geral, também 
conhecida e reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) 
como ginástica para todos (GPT). Entretanto, nos dois primeiros anos, por 
meio deste manual, será possível explorar os movimentos mais básicos 
como andar, correr, saltar, trepar, gatinhar, rastejar, rolar, com ou sem uso 
de materiais. Já para os três últimos anos, o manual de 3.º ao 5.º possibilita 
ampliar esse acervo com movimentos mais complexos, ou seja, elementos 
da ginástica artística (GA), da ginástica rítmica (GR), da ginástica acrobática 
e do malabarismo. Na ginástica geral, a intencionalidade deverá ser sempre 
orientada para o lúdico, com a finalidade de explorar as possibilidades 
corporais, e nunca para o agonístico, que representa a competição, a so-
brepujança e o desempenho, buscando resultados. 
A ginástica pode ser considerada como atividade base, pois sua mo-
vimentação corporal permite melhor domínio do corpo, do mesmo modo 
que leva à conscientização geral das possibilidades e dos limites de cada 
um frente a novos desafios que poderão ser encontrados em outras ma-
nifestações da cultura corporal de movimento.
Antes de iniciar as práticas, sugerimos a seguir a leitura de dois textos, 
os quais poderão lhe oferecer subsídios teóricos que explicam o conceito 
de ginástica e de ginástica geral no contexto escolar.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Ginástica
A ginástica, desde suas origens como a “arte de exercitar o corpo nu”, 
englobando atividades como corridas, saltos, lançamentos e lutas, tem evoluído 
para formas esportivas claramente influenciadas pelas diferentes culturas.
No currículo escolar tradicional brasileiro, são encontradas manifestações 
da ginástica de várias linhas europeias, nas quais se incluem formas básicas do 
atletismo (caminhar, correr, saltar e arremessar), e formas básicas da ginástica 
(pular, empurrar, levantar, carregar, esticar). Incluem, também, exercícios em 
aparelhos (balançar na barra fixa, equilibrar na trave olímpica), exercícios com 
aparelhos manuais (salto com aros, cordas) e formas de luta. Dessa concepção 
de ginástica, os jogos têm sido parte importante. Enquanto aos exercícios 
anteriormente citados têm-se atribuído objetivos de desenvolvimento de 
algumas capacidades como força, agilidade e destreza, aos jogos têm cabido a 
representação das experiências lúdicas da própria comunidade. Até hoje, nos 
programas brasileiros, se evidencia a influência da calistenia e do esportivismo, 
ginástica artística ou olímpica, o que pode explicar o fato de a ginástica ser cada 
vez menos praticada nas escolas.
A falta de instalações e aparelhos no estilo “olímpico” desestimula o 
professor a ensinar ginástica. Quando existem esses meios, sobressai a tendência 
à “esportivização”, que fixa normas de movimento e determina o “sexismo” 
das provas. Por outro lado, a capacidade artística individual tida como “inata” 
acaba gerando a “eletização” da ginástica. O que legitimaria, então, a presença 
da ginástica nos programas de Educação Física?
Pode-se entender a ginástica como uma forma particular de exercitação 
onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de atividades que 
provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal 
das crianças, em particular, e do homem, em geral.
Sua prática é necessária na medida em que a tradição histórica do mundo 
ginástico é uma oferta de ações com significado cultural para os praticantes, onde 
as novas formas de exercitação em confronto com as tradicionais possibilitam 
uma prática corporal que permite aos alunos darem sentido próprio às suas 
exercitações ginásticas.
Assim, a presença da ginástica no programa se faz legítima na medida em 
que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades ginásticas, através 
de um espaço amplo de liberdade para vivenciar as próprias ações corporais. No 
sentido da compreensão das relações sociais, a ginástica promove a prática das 
ações em grupo onde, nas exercitações como “balançar juntos” ou “saltar com os 
companheiros”, concretiza-se a co-educação, entendida como forma particular de 
elaborar/praticar formas de ação comuns para os dois sexos, criando um espaço 
aberto à colaboração entre eles para a crítica ao “sexismo” socialmente imposto. 
SOARES, Carmem Lucia et al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 
1992. p. 77. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/73/o/Texto_49_-_Coletivo_
de_Autores_-_Metodologia_de_Ensino_da_Ed._Fsica.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
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50 EDUCAÇÃO FÍSICA50 EDUCAÇÃO FÍSICA
A ginástica geral no contexto escolar
O eixo da minha reflexão sobre a ginástica geral no contexto escolar está centrado na ideia 
de ESCOLA como lugar de relações humanas, de construção de conhecimento, de diversidade 
cultural; espaço em que as pessoas encontram-se para conhecer, conviver, compartilhar saberes, 
construir novos olhares acerca do mundo.
A ginástica geral (GG) na escola pode ser desenvolvida tanto na aula de educação física 
como em espaços extracurriculares. [...]
Na aula de educação física, as alunas e alunos vão estudar a cultura corporal, entendida como 
o conjunto de práticas corporais que se tornaram patrimônio da humanidade (como a ginástica, o 
jogo, a dança, o esporte, a luta, entre outras), as quais foram sendo construídas pelo ser humano 
com determinados significados conferidos por diferentes contextos histórico-culturais. [...]
Aprender ginástica geral na escola significa, portanto, vivenciar, conhecer, estudar, 
compreender, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, apreender inúmeras 
interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar 
novas possibilidades de expressão gímnica.
Podemos considerar como características fundamentais da ginástica geral os seguintes 
aspectos:
 • Sem finalidade competitiva, a GG está situada num plano diferente das modalidades gímnicas 
competitivas, num plano básico, com abertura para o divertimento, para o prazer, para a sim-
plicidade, para o diferente, para a participação irrestrita, para todos;
 • Na ginástica geral, o principal alvo de atenção deve ser a pessoa que a pratica, sendo as suas 
metas fundamentais promover a integração entre pessoas e grupos e desenvolver o interesse 
pela prática da ginástica com prazer e criatividade. A liberdade de expressão e a criatividade 
são pontos marcantes na ginástica geral;
 • A GG caracteriza-se como uma mescla de todos os tipos de ginástica e, portanto, não tem regras 
rígidas preestabelecidas. Dessa forma, a ginástica geral abre um leque imenso de possibilidades 
para a prática da ginástica, uma vez que ela não determina limites em relação a idade, gênero, 
número e condição física ou técnica dos participantes, tipo de material, música ou vestuário, 
favorecendo a participação e proporcionando uma ampla criatividade;
 • Os festivais são a sua principal forma de manifestação, vinculando-a a um procedimento artís-
tico, a uma ideia de espetáculo.
Essas considerações a respeito da ginástica geral permitem-nos visualizá-la como um espaço 
possível e viável para a vivência do componente lúdico da cultura corporal, redescobrindo o 
prazer,a inteireza e a técnica/arte da linguagem corporal. Daí a sua grande relevância no contexto 
da educação física escolar. [...]
O incentivo irrestrito à utilização diversificada de materiais tradicionais e não tradicionais 
da ginástica caracteriza-se como outra orientação no trabalho com a GG. Os materiais devem 
ser explorados intensamente a fim de promover a descoberta de novas possibilidades de ação, 
favorecendo a inventividade e o enriquecimento do contexto educativo, além de ampliar o leque 
de opções de trabalho. Jornais, bexigas, tábuas, revistas, garrafas de plástico, pedaços de isopor, →
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
sacos plásticos, pratos de papelão, toalhas, entre tantos outros, podem tornar-se 
um rico material pedagógico para o desenvolvimento das aulas de ginástica geral 
na escola. [...]
O fato de a GG não ter finalidade competitiva não quer dizer que ela tem 
necessariamente “obrigação demonstrativa”. Em outras palavras: o seu forte caráter 
demonstrativo, vinculando-a a uma ideia de espetáculo, assim como acontece 
com a dança, não significa que ginástica geral seja sinônimo de “apresentação de 
ginástica” ou “ginástica de demonstração”.
Ao considerarmos a ginástica geral como algo a ser demonstrado, devemos 
estar atentos para que ela não seja vista apenas como um produto, desconectada 
de um processo.
Ao contrário, essa perspectiva de demonstração da ginástica geral precisa ser 
tratada como parte integrante do processo educativo na educação física escolar. 
Mais ainda: no processo de elaboração de uma composição coreográfica, deve 
considerar-se as experiências e interesses dos alunos e o trabalho em grupo, 
estimulando a cooperação, a capacidade de ação e a autonomia dos educandos 
como sujeitos do processo educativo, para que possam compor em coautoria com 
outros sujeitos, buscando novas interpretações, novas leituras e novas significações, 
antes desconhecidas. Isso significa criar espaço para trabalhar-se efetivamente em 
grupo e pelo grupo na composição dos trabalhos a serem apresentados.
Dessa forma, o processo de elaboração de uma apresentação pode impulsionar 
uma ação realmente cooperativa na qual os integrantes do grupo aprendam a 
cooperar para compor a composição. [...]
AYOUB, Eliana; SOUZA, Elizabeth Paoliello Machado de (Eds.). A Ginástica geral no contexto escolar. Anais do I 
Fórum Internacional de Ginástica Geral. Campinas: SESC: Unicamp, 2001. P. 30-33. Disponível em: https://www.
forumgpt.com/2020/arquivos/anais/01-forum-internacional-de-ginastica-geral-2001.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
Conversa com os alunos
Para ampliar os conhecimentos dos alunos e propiciar uma troca de 
experiências sobre esta unidade temática, você pode solicitar a eles que 
procurem com antecedência e tragam para a sala de aula imagens que 
representem pessoas praticando ginástica.
Promova uma roda de conversa com o objetivo de explorar o que 
cada aluno conhece a respeito desse tema e conte à turma que desde os 
primórdios da humanidade o ser humano já movimentava o corpo para a 
sobrevivência (subia em árvores, andava, corria atrás da caça, etc.). Com o 
passar do tempo, tais movimentações corporais foram mudando de função 
e, assim, surgiu a ginástica.
Coloque no centro dessa roda as imagens trazidas por eles e organize-
-as, separando as que representam ginástica das demais práticas corporais 
(esporte, dança, jogo e luta), que possivelmente serão selecionadas.
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52 EDUCAÇÃO FÍSICA52 EDUCAÇÃO FÍSICA
Em seguida, mostre imagens que retratem ginástica e converse com 
a turma sobre a função dessas práticas corporais em nossa sociedade. 
Exemplo: as ginásticas de competição, em que o atleta visa à vitória, 
com muito treinamento, em busca da perfeição dos movimentos corpo-
rais; as ginásticas de condicionamento físico, praticadas em academias 
para modelar corpos, preparar atletas e com vistas à saúde; as ginásticas 
fisioterapêuticas, que são aquelas medidas utilizadas para tratamento 
de pessoas doentes ou acidentadas; as de conscientização corporal, 
por sua vez, são voltadas para melhorar a postura e os problemas físicos 
dos indivíduos; e a ginástica de demonstração, ginástica geral que tem 
a finalidade de interação e vivência de elementos ginásticos com prazer 
e alegria, ou seja, fruição.
Você poderá montar grupos e solicitar que seus integrantes colem as 
imagens em cartazes, de acordo com cada tipo de ginástica. Organize, na 
sequência, uma exposição com esses materiais.
Vivência corporal
No trabalho com a ginástica geral, é muito importante que a criança 
tenha consciência do próprio corpo, o que se justifica pela necessidade 
que tem de estabelecer relações de movimento que lhe pertencem, em 
sua totalidade, de modo a revelar sentimentos, emoções, atenção, con-
centração ou experiências vivenciadas. Isso é fundamental, inclusive, para 
que ela aprenda a enfrentar com segurança situações mais desafiadoras 
e a vencer sozinha o problema proposto.
As escolas precisam integrar as crianças com deficiências. Se for o 
caso da sua instituição, procure envolvê-las nas atividades, adaptando al-
gumas delas. Por exemplo, na ginástica, demonstre ou solicite que algum 
aluno faça o movimento para que os que têm deficiência auditiva possam 
visualizá-lo. Você também poderá colocar uma criança com deficiência 
visual junto com outra que não tenha e seja mais habilidosa ao realizar 
a atividade; neste caso, a sua explicação oral sobre o desafio corporal é 
muito importante. 
Outra situação provável é que existam cadeirantes e, então, muitas 
experiências corporais poderão ser experimentadas se você tiver a opor-
tunidade de retirar essa criança da cadeira, para que ela possa rolar no 
chão e movimentar os braços, executando tarefas simples com suporte 
de peso. Entretanto, procure estar sempre próximo, a fim de cuidar da 
segurança de todos.
Na sequência, apresentamos algumas sugestões de atividades que 
podem auxiliar o aluno nessa percepção corporal.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Bonecos palito
Para iniciar esse trabalho or-
ganize os alunos em uma roda de 
conversa e pergunte se já brinca-
ram de “Estátua” e o que conhe-
cem dessa brincadeira. 
Previamente, desenhe em pa-
pel A4 bonecos palito em posições 
corporais variadas, distribuídos em 
pequenos cartazes. Exemplos: 
 • Coloque uma música in-
fantil para que as crian-
ças dancem. Quando a 
música parar e você falar: 
“Estátua!”, todos devem 
reproduzir a posição que 
consta no cartaz que você 
indicar e permanecer imóveis, podendo se mover só quando a 
música recomeçar.
Tapetinho
Nas brincadeiras que proporcionam a vivência de movimentos de 
seu corpo, as crianças podem ser levadas a entender o significado de sua 
movimentação.
Nesse contexto, vivencie com elas a brincadeira cantada "Cabeça, 
ombro, joelho e pé", orientando que coloquem a mão nas partes do 
corpo correspondente à letra da cantiga. Inicie cantando devagar, vá ace-
lerando o ritmo e, consequentemente, os movimentos serão executados 
rapidamente. 
 Cabeça, ombro, joelho e pé
Cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé (2x) 
Cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé (2x) 
Olhos, ouvidos, boca e nariz 
Cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé (2x)
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54 EDUCAÇÃO FÍSICA54 EDUCAÇÃO FÍSICA
Na sequência confeccione os tapetinhos, conforme o modelo a seguir.
Esclareça o significado de cada símbolo e peça que os alunos prestem 
atenção nas cores dos círculos que representam diferentes partes do corpo.
Mostre gradativamente cada um dos tapetinhos e explique a eles que, 
à medida que identificarem qual é a parte do corpo correspondente ao 
símbolo, deverão encostá-la no chão. O grau de dificuldade será ampliado, 
por exemplo, no tapetinho 4, em que a criança deverá encostar a cabeça, 
as duas mãos e os joelhos.
Após as crianças terem vivenciado todas as posiçõesreferentes aos 
tapetinhos, ao som de uma música infantil de sua escolha oriente-as a se 
movimentarem livremente. Quando a música parar de tocar, elas devem 
se posicionar ao lado do tapetinho mais próximo e na forma ali indicada. 
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Converse com os alu-
nos, oportunizando que 
expressem opiniões so-
bre a brincadeira dos 
bonecos palito, se foi 
fácil fazer as poses, qual 
foi mais difícil, se exe-
cutar a posição com 
um lado do corpo tem 
o mesmo grau de difi-
culdade que do outro, 
entre outras questões.
Proponha, então, que 
desenhem, em uma 
folha de papel, um bo-
neco palito com uma 
posição diferente das 
exibidas nos cartazes 
que você trouxe.
Em seguida, permita 
que cada um apresente 
o seu cartaz para os 
demais colegas, a fim 
de que todos possam 
vivenciar o que está 
sendo proposto.
Quanto às atividades 
com o tapetinho, tam-
bém é importante que 
você promova uma roda 
de conversa, momen-
to em que as crianças 
poderão manifestar 
suas dificuldades ou 
facilidades quanto aos 
movimentos praticados.
Agora, elas é que 
recriarão a atividade! 
Entregue um pedaço de 
giz para cada uma, para 
que criem seu próprio 
tapetinho, desenhan-
do, no chão, os símbo-
los correspondentes à 
posição que desejam 
executar.
Coloque a música 
e solicite que se des-
loquem pelos novos 
tapetinhos desenha-
dos pelos seus colegas; 
quando o som parar, 
posicionam-se confor-
me o símbolo indicar.
 ReinventandO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Agora que você já realizou com os alunos um trabalho que possibilita 
o desenvolvimento da consciência corporal, explore por meio de atividades 
lúdicas alguns dos elementos fundamentais da ginástica, sem uso de 
materiais, com o uso de materiais e com materiais mais elaborados. Como 
na ginástica geral, mais do que o desempenho dos alunos, o que conta 
é a diversão e o prazer. Inicie esse trabalho convidando-os a imitarem o 
movimento de alguns animais. 
Para isso, sugerimos que, em um espaço amplo, você os oriente a 
se deslocarem de diversas maneiras: andando para frente e esticando-se 
como se fossem girafas; correndo como leopardo; engatinhando como 
gato; rastejando igual cobra; saltando como coelho; andando em quatro 
apoios, tal qual um gorila, entre outros animais que podem ser escolhidos 
por eles. 
Elementos fundamentais da ginástica: sem materiais
Depois de movimentarem-se livremente, imitando os animais, dia-
logue com os alunos sobre as diferentes maneiras que as pessoas podem 
se deslocar por um espaço: andando, correndo, saltando, etc., e que 
estas maneiras são estabelecidas culturalmente. Por exemplo, a forma 
de andar bípede nasceu primitivamente da necessidade de o ser humano 
coletar frutos em árvores e hoje se tornou a maneira mais comum de 
deslocamento. 
Nesse contexto, organize os alunos de maneira que possam explorar 
os seguintes movimentos:
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Assista com os alunos 
ao desenho Mogli – O 
menino lobo, repleto 
de diversão selva-
gem, música cheia de 
ritmo e personagens 
queridos. Esta obra 
celebra o verdadeiro 
significado da amizade 
e as possibilidades 
corporais dos animais. 
Mostra que o ser hu-
mano é cultural, pois 
reproduz a movimenta-
ção corporal do grupo 
no qual está inserido.
MOGLI – O 
Menino Lobo 
EUA, 1967
Direção: Wolfgang 
Reitherman
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Sugestão de
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56 EDUCAÇÃO FÍSICA56 EDUCAÇÃO FÍSICA
Andar
 • Para frente: rápido e devagar;
 • Para trás: rápido e devagar;
 • Para o lado direito e o esquerdo;
 • Com as pontas dos pés e com os calcanhares;
 • Com o lado de dentro e o de fora dos pés;
 • Agachados.
Correr
 • Para frente;
 • Para trás;
 • Para o lado direito e o esquerdo;
 • Em linha reta, em curva e em zigue-zague;
 • Na ponta dos pés.
Saltar
O saltar é o movimento que o corpo faz ao se afastar totalmente do 
chão, para cima ou para frente. Compõe-se de três fases: o impulso (para 
sair do solo); o salto (elevação do corpo) e a descida (toque dos pés no 
chão, com amortecimento do salto). Tipos: grupado, afastado, espacate, 
estendido, tesoura, carpado, etc. 
Salto estendido Salto grupado Salto tesoura Salto espacate
Saltitar
O saltito é um pequeno salto em que o corpo se afasta pouco do chão 
e os movimentos têm menor amplitude. Tipos: cruzado, galope, polca, 
valseado, skip, entre outros. 
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Girar
Ocorre quando o corpo faz uma rotação no eixo vertical em meia 
ponta, em um dos pés.
 • Meio giro – 180º
 • Giro completo – 360º
Rolar
Rolar é movimentar-se em rotação, dando voltas sobre o próprio cor-
po. Portanto, essa atividade deve ser desenvolvida em um gramado ou 
sobre esteiras de borracha (EVA – Etil Vinil Acetato), tatames, colchões, 
colchonetes, etc., para as crianças não se machucarem. 
Oriente-as a deitar no colchão e rolar de lado. As que conseguirem 
poderão realizar os rolamentos para frente (cambalhota) ou para trás.
Nesse momento, o importante é que elas tentem executar os movi-
mentos. Um pouco mais adiante, vamos explicar melhor o desenvolvimento 
dessa atividade. 
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58 EDUCAÇÃO FÍSICA58 EDUCAÇÃO FÍSICA
Equilibrar
O equilíbrio do corpo pode ser 
demonstrado da seguinte forma: 
 • Parado em um pé só, segu-
rando a outra perna;
 • Parado em um pé só, realizan-
do a posição “4”;
Trabalhe a lateralidade com os 
alunos, revezando o pé de apoio 
direito e esquerdo. Para melhorar o 
equilíbrio, é preciso ter concentração. 
Dessa forma, oriente-os a visualizarem e 
permanecerem com o olhar fixo em um ponto qualquer à frente do corpo.
Elementos fundamentais da ginástica: com materiais
Dialogue com os alunos sobre os materiais que podem ser usados para 
realizar movimentos ginásticos. Fale sobre a existência de materiais oficiais 
da ginástica rítmica, chamados de aparelhos, que são: arco (conhecido 
como bambolê), corda, fita, maça e bola. Se você tiver esses materiais na 
escola, é importante levar para eles conhecerem. Caso, contrário, poderá 
mostrá-los por meio de sites e vídeos.
Aborde na conversa, também, os materiais alternativos que podem 
ser utilizados na ginástica geral, como bexigas, cadeiras, bastões, colcho-
netes, colchões e bolinhas de malabares, de meia e de plástico, usadas 
em piscina de bolinhas.
Nesse contexto, organize os alunos de maneira que possam explorar 
os materiais sugeridos na sequência. Antes, porém, tais materiais devem 
ser manuseados por eles, partindo das experiências que cada um tem.
Bola
É importante permitir que os alunos experimentem diversos 
tipos de bolas (de borracha, de plástico, de meia, de malabares, 
de tênis, entre outras).
Você poderá confeccionar junto com as crianças da tur-
ma bolas de meia e de malabares (com painço), conforme os 
modelos a seguir. 
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Bolinha de meia
 • Previamente, pedir aos alunos que tragam de casa meias velhas que não usam mais e jornal.
 • Solicitar, então, que façam uma bolinha de jornal e coloquem-na dentro de uma das meias.
 • Na sequência, devem enrolar a meia e virá-la novamente, amarrando-a com barbante ou 
prendendo-a com um pedaço de fita-crepe.
 • Você ainda poderá costurá-la.
Bolinha de painço
 • Para a bolinha de malabares ou malabarismo, so-
licitar aos alunos que tragam um pouco de painço 
(comida de passarinho) e bexigas n.º 8 e n.º 7.
 • Para que a bexiga laceie e possa ser preenchida, 
cada um deve soprá-la até encher e esvaziá-la.
 • Utilizando um funil, encher as bexigas com painço 
até ficarem mais ou menos do tamanho de uma 
bolinha de tênis e ajudá-los a darem um nó.
 • Por fim, cortar o “pescoço” das outras bexigase encapar a bolinha que está cheia. 
 • Repetir esse procedimento com mais duas bexigas e, então, permitir que os alunos o façam.
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Há diversas possibilidades de trabalho com bola. Diante dessa 
amplitude, indicamos, a seguir, algumas delas.
Individual:
 • lançar e pegar com as duas mãos;
 • lançar e pegar com uma das mãos e depois com a outra;
 • lançar bem alto e bater primeiro uma palma, depois duas;
 • lançar, deixar quicar no chão e pegar;
 • quicar com as duas mãos, depois com mão direita e, em seguida, 
com a esquerda;
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60 EDUCAÇÃO FÍSICA60 EDUCAÇÃO FÍSICA
 • quicar em deslocamento;
 • rolar, correr e pegar;
 • chutar;
 • equilibrar nas diversas partes do corpo.
Em duplas:
 • um lançar e o outro pegar;
 • um rolar para o outro;
 • um rolar e o outro ficar com as pernas afastadas para que passe 
entre elas;
 • um chutar para o outro.
Em pequenos grupos:
 • posicionados em círculo, um passar para o outro, lançando, chutan-
do, arremessando, etc.
Arco
O arco, popularmente chamado de bambolê, é en-
contrado em diversos tamanhos. Logo, para as crianças 
dessa faixa etária, podem ser usados os menores. Veja 
algumas possibilidades de trabalho com esse material.
Individual:
 • lançar e pegar com as duas mãos;
 • lançar e pegar com uma das mãos e depois com a 
outra;
 • lançar bem alto e bater uma palma, depois duas; 
 • lançar para cima e estender os braços também para 
cima, a fim de que, na descida, passe pelo corpo;
 • rolar, correr e pegar;
 • rolar e fazer voltar para a mão;
 • girar no chão, como se fosse um pião;
 • bolear na cintura, nos punhos, no pescoço, nas pernas e nos pés;
 • balançar com a mão direita e depois com a esquerda;
 • ao correr, empurrar o arco com a mão, na lateral do corpo;
 • pular dentro, como se estivesse pulando corda;
 • rolar e passar por dentro.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Em duplas:
 • um lançar para o outro;
 • um rolar para o outro;
 • jogar e fazer passar pelo corpo um do outro.
Corda
Primeiramente, trabalhe com as cordas individuais (pequenas) e de-
pois com a corda coletiva (grande). Para saber o tamanho ideal da corda 
individual, a criança deve ficar em pé, com um dos pés sobre o meio da 
corda, e elevar as extremidades até a altura das axilas.
Seguem algumas possibilidades de trabalho com cordas:
Corda individual
Pular corda é uma brincadeira muito divertida, 
que pode ser feita de várias maneiras. Entretanto, 
dê início à atividade de modo que a criança execute 
o exercício individualmente. Para isso, instrua-a a 
fazer os seguintes movimentos:
 • enrolar a corda nas diversas partes do corpo;
 • lançá-la e pegá-la;
 • andar sobre ela;
 • saltar de um lado para outro da corda;
 • segurar nas duas pontas com uma das mãos 
e fazer a rotação para frente e para trás;
 • pular a corda;
 • pular em deslocamento.
Chicote queimado ou reloginho
Nesse momento, os alunos ficarão em cír-
culo. Um deles, ao centro, estará segurando 
uma corda pequena, girando-a e passando-a 
pelos pés dos colegas, que deverão pular, 
sem permitir que a corda toque neles. Caso 
isso aconteça a criança sai da brincadeira, 
que terá continuidade até sobrar apenas um 
aluno: o vencedor.
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Corda coletiva
Para essa brincadeira, você precisará de uma corda de mais ou menos 
6 metros. Inicie a atividade amarrando uma das extremidades da corda em 
uma coluna ou em um poste. Então, segure na outra extremidade para 
poder determinar o ritmo em que as crianças terão de pular, como:
 • passando por cima da corda em zigue-zague (cobrinha);
 • passando, uma a uma, por baixo da corda, que estará mais ou menos 
na altura de sua cintura.
Sucessivamente, você vai abaixando a corda até que esta fique bem 
próxima ao chão, enquanto as crianças vão:
 • passando rastejando-se;
 • passando por cima da corda, sem encostar nela, a qual estará bem 
próxima ao chão.
De maneira progressiva, vá elevando a altura, até que ninguém mais 
consiga passar.
Agora, boleie (bata) a corda para que as crianças pulem. Inicie com 
uma criança parada ao lado da corda e ensine-as a “entrar” e a “sair”, ou 
seja, quando a corda já estiver em movimento elas irão entrar e pular e, 
depois, sem a corda parar, devem sair.
Mostre também como se boleia ou bate 
a corda. Inicie com uma criança e você, um se-
gurando em cada extremidade da corda, para 
que percebam o movimento e o ritmo. Depois, 
coloque duas crianças boleando a corda e vá 
revezando, para que todos possam aprender.
Pular corda
Na atividade de pular corda existem ou-
tras formas, como as descritas a seguir.
 • passar zero: as crianças formam uma coluna e duas delas boleiam a 
corda. Então, vão passando uma a uma pela corda, 
primeiramente sem pular, apenas correndo 
para a corda não tocá-la, ou seja, "passan-
do zero". Depois entram, pulam uma vez 
e saem, e assim por diante.
 • parlendas: são as rimas cantadas en-
quanto se pula a corda; muitas delas 
indicam tarefas a serem cumpridas. 
Veja algumas a seguir.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Quantos namorados
Você vai ter?
1, 2, 3, 4... Onde errar é o número de namorados.
Um homem bateu em minha porta
E eu abri, 
Senhoras e senhores, 
Pule num pé só,
Senhoras e senhores,
Ponha a mão no chão,
Senhoras e senhores,
Dê uma rodadinha
E vá...pro olho...da rua! A criança deverá sair da corda.
Subi numa roseira
Quebrei o galho
Me segure, “fulana”
Senão eu caio Chama o nome da próxima criança que vai pular.
Salada, saladinha
Bem temperadinha
Com sal, pimenta, fogo, foguinho! Pular bem rápido até errar.
Depois que os alunos experimentarem vários movimentos corporais 
com esses e outros materiais disponíveis na escola, sugerimos que organize 
um circuito ginástico, explorando o espaço estabelecido, com desafios já 
existentes e outros elaborados por você, utilizando os materiais de ginás-
tica. Disponha os alunos em coluna e mostre a eles os movimentos que 
deverão realizar ao passar pelos obstáculos espalhados pelo ambiente. 
Para tornar mais dinâmica a atividade, aproveite os elementos que a escola 
tiver: mureta, barranco, parquinho, etc.
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64 EDUCAÇÃO FÍSICA64 EDUCAÇÃO FÍSICA
Inicie o circuito com o primeiro aluno da coluna e, assim, sucessiva-
mente, dando intervalo de um obstáculo entre as crianças. Quem passar 
pelo último obstáculo, voltará para o final da coluna, realizando o circuito 
quantas vezes você achar necessário. 
Veja um exemplo de circuito.
1.º obstáculo: correr em zigue-zague por entre alguns cones;
2.º obstáculo: pular dentro dos arcos;
3.º obstáculo: rolar no colchão;
4.º obstáculo: rastejar por baixo de um banco ou de uma corda amar-
rada bem próxima ao chão; 
5.º obstáculo: saltar por cima de um banco ou de uma corda;
6.º obstáculo: andar em cima de uma mureta ou sobre uma corda;
7.º obstáculo: pendurar-se em uma corda amarrada na trave de futebol;
8.º obstáculo: lançar e pegar uma bola.
Elementos fundamentais da ginástica: 
mais elaborados
No trabalho com a ginástica geral, toda e qualquer movimenta-
ção é possível de ser realizada sem a preocupação com técnicas ou 
performance de movimentos. Podem ser usados elementos gímnicos 
de vários tipos de ginásticas, como equilíbrios, giros, saltos, saltitos, 
deslocamentos, rolamentos, espacate, roda (estrela), ponte, rodante e 
parada de cabeça.
Para melhor desempenho desses elementos mais elaborados, é 
importante que os alunos façam alguns alongamentos, o que propor-
cionará uma melhor flexibilidade corporal.
Alongamentos
Para iniciar os alongamentos, distribua os alunos 
pelo ambiente, se possível com um colchonetecada um, 
tapetes de EVA, ou mesmo um gramado, e execute alguns 
movimentos para eles repetirem.
DARIDO, Suraya 
Cristina; SOUZA JR. 
Osmar Moreira de. 
Para ensinar Educação 
Física: possibilidades 
de intervenção na es-
cola. São Paulo: Papirus, 
2007.
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Sugestão de
LeiturA
Você pode mostrar aos alunos o vídeo dis-
ponível em: http://www.dominiopublico.gov.
br/download/video/me003791.mp4, acesso 
em: 8 jun. 2021, que mostra a trajetória da 
ginasta romena Nadia Comaneci, uma refe-
rência mundial.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Em 
pé ou sentado, 
eleve o pescoço para 
frente, para trás e para os 
lados. Depois, gire o pescoço 
sobre os ombros lentamente 
e o mais acentuado 
possível, invertendo 
os sentidos.
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Eleve 
um dos braços 
na lateral da cabeça 
e segure-o na região 
do cotovelo. Repita o 
exercício com o 
outro braço. 
Em pé 
ou sentado, cruze um 
dos braços à frente do tórax e 
pressione o cotovelo junto ao peito. 
Repita com o outro braço.
Deitado 
de costas, com 
os joelhos flexionados 
e os pés no chão, levante 
o quadril lentamente até 
apoiar o corpo nos 
ombros. 
Deitado de bruços, 
flexione os cotovelos e apoie 
as mãos no chão. Com as pernas 
estendidas, eleve o tronco, 
flexionando a lombar.
Deitado 
de costas e com 
os joelhos flexionados, levante 
somente a perna direita. Entrelace as 
mãos atrás da coxa, eleve o tronco em 
direção à perna e vá “escalando” até 
alcançar o tornozelo. Repita com 
a outra perna.Sugira um tempo de 10 segundos 
para cada alongamento.
Sentado, 
com a coluna ereta, 
pernas afastadas e esticadas 
e calcanhares no solo, abra bem 
os braços e gire o tronco para a 
direita até a mão esquerda alcançar o 
pé direito. Fique nessa posição por 
alguns segundos. Volte à posição 
inicial e, então, repita com 
o outro lado.
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66 EDUCAÇÃO FÍSICA66 EDUCAÇÃO FÍSICA
Na sequência, organize as crianças para que possam realizar os mo-
vimentos mais elaborados como giros, deslocamentos, rolamentos (cam-
balhotas) vela, espacate, entre outros.
Se for necessário demonstrar como se faz, coloque-as sentadas em 
círculo, posicione-se no centro e escolha uma delas para realizar alguns 
dos movimentos, com sua orientação e seu apoio. 
Veja, a seguir, como propiciar a vivência desses movimentos com a 
turma. 
Deslocamentos
Disponha as crianças em coluna, em cima de uma das linhas da qua-
dra, de bancos, muretinhas ou em outro espaço que você tiver na escola, 
e solicite que façam os seguintes movimentos:
 • andar esticado para frente e para trás; 
 • corridinha para frente, para trás e para os lados, com as pernas e 
braços esticados;
 • saltitos para frente (também conhecidos como skip ou "passeio no 
bosque"), com elevação de joelhos, braço para frente contrário ao 
joelho que sobe.
Equilíbrios
Um dos tipos de equilíbrio bastante 
empregado na ginástica é denominado 
“avião”. Para isso, as crianças ficarão em 
pé, com os dois pés unidos. Então, deverão 
estender os braços para os lados e, lenta-
mente, elevar uma das pernas, estendendo-a 
para trás ao mes-
mo tempo em 
que inclinam o 
tronco para frente, 
permanecendo imóveis nessa posição 
horizontal.
Caso tenham dificuldade, você 
precisará auxiliá-las, segurando com 
uma de suas mãos na perna que 
está estendida para trás e a outra no 
abdômen.
Para auxiliá-lo nas 
atividades a serem 
desenvolvidas e 
também para ampliar 
o seu conhecimento 
sobre a Ginástica 
para Todos, acesse: 
https://cutt.ly/RKK7I52. 
Acesso em: 8 jun. 2021.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vela
Solicite que os alunos fiquem deitados de costas 
para o chão e, na sequência, elevem o quadril e as pernas 
estendidas para cima, permanecendo na posição em 
equilíbrio. Depois poderão afastar as pernas. Ainda 
nessa posição, afastarão as pernas, flexionando 
uma delas e fazendo o movimento do "4".
Espacate
Trata-se de movimento muito desafiador. Os alunos estão sempre 
tentando fazê-lo com perfeição. É importante você mostrar a eles 
que todas as pessoas têm a possibilidade de executá-lo, meninos 
ou meninas, basta ter treinamento. 
Oriente-os a ficarem sentados, com o tronco ereto, e 
afastarem as pernas o máximo possível, tentando encostar 
a parte interna das coxas no chão.
Uma das maneiras de treinarem é ficar de frente para 
uma parede e ir aproximando-se dela com o tronco. 
Rolamentos (cambalhotas)
Existem vários tipos de rolamentos: para frente grupado, afastado, 
carpado; para trás grupado, afastado, carpado. Vamos iniciar com o mais 
simples:
 • Rolamento para frente grupado: Para esse movimento, é neces-
sário que o aluno fique agachado, com as duas mãos no chão e o 
queixo no peito. Na sequência, ele deve elevar o quadril para cima, 
dar um pequeno impulso a fim de encostar a nuca e as costas no 
chão. Então, deve rolar até que os pés toquem o chão e, fazendo 
força, tentar subir e ficar em pé.
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68 EDUCAÇÃO FÍSICA68 EDUCAÇÃO FÍSICA
É muito importante a sua ajuda para as crianças que não sabem exe-
cutar o movimento, pois traz segurança a elas e evita que se machuquem. 
Para apoiar, você deverá colocar uma mão na nuca da criança e a outra na 
parte posterior da coxa. Acompanhe todo o movimento, não permitindo 
que ela encoste a cabeça ou o pescoço no chão ou que ele role para o lado.
Se apresentarem muita dificuldade, tente partir primeiramente de um 
plano inclinado. Solicite que o aluno coloque as mãos no chão, enquanto 
você o segura pelos tornozelos, elevando as pernas dele para cima. Solicite 
que ele tente colocar o queixo no peito, aí você rola o aluno com cuidado, 
soltando as pernas dele.
É possível, também, colocar uma tábua apoiada num degrau 
ou usar o banco sueco inclinado, com um colchão fino em cima.
 • Rolamento para frente afastado: o rolamento é realizado da mes-
ma maneira que o grupado, a diferença é que o aluno chega com 
as pernas afastadas e estendidas.
 • Rolamento para frente carpado: o rolamento é realizado da mesma 
maneira que o grupado, a diferença é que o aluno chega com as 
pernas unidas e estendidas.
 • Rolamento para trás grupado: você deve orientar o aluno que 
primeiramente fique em pé, para em seguida agachar-se, colocar 
as mãos próximo às orelhas e encostar o queixo no peito. 
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Na sequência, com um impulso para trás, ele rola e mantém os joe-
lhos flexionados até os pés tocarem o chão. Então sobe, posicionando-se 
novamente em pé.
Para ajudar na realização desse rolamento, você deve colocar uma das 
mãos na nuca e a outra na parte posterior da coxa da criança. Acompanhe 
toda a execução, auxiliando-a para que mantenha os joelhos flexionados 
até o fim do movimento.
 • Rolamento para trás afastado: o rolamento é realizado da mesma 
maneira que o grupado, a diferença é que o aluno chega com as 
pernas afastadas e estendidas.
 • Rolamento para trás carpado: o rolamento é realizado da mesma 
maneira que o grupado, a diferença é que o aluno chega com as 
pernas unidas e estendidas.
Roda (estrela)
Para fazer a roda, também chamada de estrela, o aluno deverá estar em 
pé, com os braços elevados acima da cabeça. Depois, posiciona uma perna 
à frente e projeta o corpo em direção ao chão, colocando uma das mãos no 
solo e, na sequência, a outra mão. Nesse momento, precisa elevar uma per-
na estendida e depois a outra, ficando em uma posição invertida, com ex-
tensão total de braços 
e pernas. Em seguida, 
apoia uma das pernas 
no chão e depois a ou-
tra, retirando as mãos 
alternadamente e retor-
nando à posição em pé.
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70 EDUCAÇÃO FÍSICA70 EDUCAÇÃO FÍSICA
Para auxiliar nesse movimento, você ficará em pé, junto da criança, 
do lado contrário à perna de impulsão dela. Quando ela se mover, faça 
o apoio, segurando-a pelo quadril, mantendo-a na posição invertida até 
que termine a roda.
Havendo alunos com mais dificuldade, você poderá utilizar um banco. 
Então oriente-os a apoiar as duas mãos sobre esse assento, à medida que 
irão passando de um lado para o outro, com os dois pés unidos, e elevan-
do o quadril. A seguir, devem repetir o movimento com as pernas unidas, 
dando uma “tesourada” no ar. Depois, sugerimos que você coloque uma 
corda no chão e solicite que eles passem de um lado para outro, usando 
a mesma dinâmica que usaram para o banco.
Rodante
O rodante é semelhante à roda, porém o aluno deve unir as pernas 
quando estiver na posição vertical e mantê-las unidas quando estiver dando 
um ligeiro salto. O seu apoio é semelhante ao da roda.
Ponte
Em um colchão, colchonete ou tapete de EVA, solicite que o aluno 
fique deitado em decúbito dorsal (de costas), apoiando as mãos no solo 
à largura dos ombros, próximo às orelhas, e fazendo a extensão completa 
dos braços, elevando o quadril. O olhar deve estar voltado para frente e 
não para cima.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Para auxiliar nesse movimento, você ficará em pé, junto da criança, 
do lado contrário à perna de impulsão dela. Quando ela se mover, faça 
o apoio, segurando-a pelo quadril, mantendo-a na posição invertida até 
que termine a roda.
Havendo alunos com mais dificuldade, você poderá utilizar um banco. 
Então oriente-os a apoiar as duas mãos sobre esse assento, à medida que 
irão passando de um lado para o outro, com os dois pés unidos, e elevan-
do o quadril. A seguir, devem repetir o movimento com as pernas unidas, 
dando uma “tesourada” no ar. Depois, sugerimos que você coloque uma 
corda no chão e solicite que eles passem de um lado para outro, usando 
a mesma dinâmica que usaram para o banco.
Rodante
O rodante é semelhante à roda, porém o aluno deve unir as pernas 
quando estiver na posição vertical e mantê-las unidas quando estiver dando 
um ligeiro salto. O seu apoio é semelhante ao da roda.
Ponte
Em um colchão, colchonete ou tapete de EVA, solicite que o aluno 
fique deitado em decúbito dorsal (de costas), apoiando as mãos no solo 
à largura dos ombros, próximo às orelhas, e fazendo a extensão completa 
dos braços, elevando o quadril. O olhar deve estar voltado para frente e 
não para cima.
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Para realizar o apoio, segure nos ombros do 
aluno, enquanto este se firma nos seus torno-
zelos. No momento da extensão, auxilie-o, 
puxando levemente seus ombros para cima.
No caso daqueles 
com mais dificuldade, 
solicite que fiquem de 
costas para uma pa-
rede, numa distância 
de mais ou menos um 
passo e que vão in-
clinando o tronco 
para trás. Na sequência, devem apoiar as 
duas mãos na parede e lentamente ir des-
cendo até as mãos tocarem o solo, sem tirar 
os pés do chão.
Parada de cabeça
Esse exercício também é conhe-
cido como parada de três apoios ou 
bananeira. O aluno precisa apoiar as 
mãos no solo e a cabeça no colchão, 
formando o desenho aproximado 
de um triângulo equilátero. Em três 
apoios, à medida que o quadril sobe, 
a parte superior da cabeça toca o solo. Ele precisa tentar equilibrar-se 
apoiando os joelhos nos cotovelos (elefantinho), estendendo as pernas 
e ficando em três apoios. A cabeça deve ficar parada com a sustentação 
do pescoço, que deverá ficar rígido. Para voltar, poderá descer as pernas 
ou flexionar o pescoço, colocando o queixo próximo ao peito e, dessa 
forma, rolar.
Para dar suporte na realização do exercício, segure 
no quadril do aluno com as duas mãos, orien-
tando-o a manter o tronco e as pernas bem 
estendidas e firmes.
Outra maneira de equilibrar-se é 
ficar com a cabeça (bem próxima) e os 
pés apoiados em uma parede, distan-
ciando-se dela aos poucos, até não 
precisar mais desse apoio para se 
manter estável.
Converse com os 
alunos e explique que 
agora vocês irão mon-
tar, juntos, um circuito 
ginástico com os movi-
mentos vivenciados em 
aula, mas que também 
poderão criar outros.
Como um circuito é 
formado por estações, 
ou seja, por ordem su-
cessiva de vários es-
tágios de exercícios, 
você será o mediador, 
para organizar a se-
quência sugerida pelos 
alunos, por exemplo: 
andar agachado na li-
nha lateral da quadra, 
rolar no gramado ou 
no colchão, pular cinco 
vezes na corda indivi-
dual, realizar uma roda 
no EVA ou bambolear o 
arco em alguma parte 
do corpo.
Permita que a crian-
ça expresse se algum 
desses movimentos lhe 
trouxe uma possível 
sensação de medo ou 
alegria. Esse momento 
é oportuno porque, de 
acordo com a realidade 
que cada uma delas 
vivenciou, podem ter 
ocorrido experiências 
traumáticas, que muitas 
vezes são responsáveis 
por impossibilitar a rea-
lização de pequenos 
desafios. Nessa oca-
sião, portanto, é funda-
mental a sua presença, 
transmitindo segurança 
para que haja supera-
ção dessas limitações.
As crianças se arris-
cam muito mais do que 
os adultos no que se 
refere a desafios corpo-
rais. Nessa faixa etária, 
é extremamente im-
portante que superem 
seus medos e que suas 
experiências sejam ricas 
e positivas para serem 
levadas para a vida 
adulta.
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72 EDUCAÇÃO FÍSICA72 EDUCAÇÃO FÍSICA
Sistematizando o conhecimento
Converse com seus alunos a respeito dos movimentos que realizaram e 
explique a eles que estes podem ser organizados em forma de coreografia 
para apresentação.
Conte também que existe um festival mundial chamado de Gymnaestrada, 
no qual grupos de crianças, jovens, adultos e idosos apresentam-se, a cada 
quatro anos, realizando movimentos da ginástica.
A Gymnaestrada Mundial (“World Gymnaestrada”)
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World Gymnaestrada 2019. Dornbirn, Vorarlberg, Áustria. Julho de 2019.
A “World Gymnaestrada” é a manifestação mundial oficial da ginástica geral organizada pela 
FIG (Federação Internacional de Ginástica) a cada quatro anos e caracteriza-se como a atividade 
mais significativa dessa instituição no campo da GG (Ginástica Geral). Isso permite afirmar, 
sem exagero, que ginástica geral tem sido para a FIG sinônimo de “World Gymnaestrada”, uma 
vez que praticamente todas as suas ações na área da GG continuam voltando-se, quase que 
exclusivamente, para a promoção desse evento.
[...] De acordo com o pensamento original do seu idealizador, o holandês Jo Sommer, 
a competição não deve estar presente na Gymnaestrada e seus objetivos fundamentais são: 
promover um intercâmbio de ideias a respeito da variedade de enfoques, dentro dos quais a 
ginástica é desenvolvida nos diferentes países, e possibilitar a participação de todos, de crianças 
a idosos, independentemente de nível técnico, num ambiente de multiplicidade de formas e de 
congraçamento entre os diferentes povos e culturas. 
[...] Lugar irrestrito de encontro, de troca e de festa, no qual o potencial de cada país em 
relação aos seus diversos pontos de vista sobre a ginástica são expostos e respeitados, o seu 
lema é o seguinte: “Os vencedores da Gymnaestrada são os participantes”.
AYOUB, Eliana. Ginástica geral e Educação Física escolar. 3. ed. Campinas: Unicamp, 2013. p. 50.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Mostre aos alunos vídeos do festival Gymnaestrada e de festivais de 
ginástica para todos. Depois solicite que registrem por meio de desenho 
(1.º ano) e de desenho e escrita (2.º ano) os movimentos que mais gosta-
ram de realizar. 
Escolham juntos uma música infantil bem alegre e, então, organize uma 
coreografia de ginástica geral, composta pelos movimentos corporais que 
eles registraram. Lembre-sede valorizar, incentivar e não cobrar a perfeição 
dos movimentos, pois o mais importante é a experiência corporal.
Crianças realizando movimentos corporais em 
Campina Grande do Sul, PR. Maio de 2015.
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Você poderá sugerir que as crianças elejam alguns colegas, como 
representantes, para solicitarem à direção da escola que a apresentação 
da coreografia seja feita para as outras turmas.
Além disso, é possível combinar com as crianças uma vestimenta para 
o dia do evento. Por fim, filme a apresentação e depois projete as imagens 
para os alunos se perceberem executando os movimentos corporais.Di
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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EDUCAÇÃO FÍSICA
DANÇAS
Para onde vamos?
Com esse trabalho seus alunos poderão desenvolver as seguintes 
habilidades:
(EF12EF11) Experimentar e fruir diferentes danças do contexto comu-
nitário e regional (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas), 
e recriá-las, respeitando as diferenças individuais e de desempenho 
corporal.
(EF12EF12) Identificar os elementos constitutivos (ritmo, espaço, 
gestos) das danças do contexto comunitário e regional, valorizando 
e respeitando as manifestações de diferentes culturas.
Nem sempre tem-se privilegiado uma abordagem adequada para se 
explorar, nas aulas de Educação Física, o conjunto de práticas corporais 
por meio da dança. O que se observa na prática é que esta, muitas vezes, 
aparece de forma tímida em apresentações de datas comemorativas nas 
festas da escola. É preciso ultrapassar barreiras, com vistas a ensinar os 
alunos a apreciar e desenvolver movimentos e ritmos musicais da dança.
Entretanto, para se trabalhar essa unidade temática, o foco principal 
não é mostrar conhecimento profundo de estilos e técnicas, e sim opor-
tunizar aos alunos a vivência e a criatividade, explorando não apenas o 
movimento, mas também as sensações e sentimentos.
Nesse contexto, vale o alerta de que a dança na escola não seja 
desenvolvida de modo que possa reforçar modismos, com intenção ex-
clusivamente comercial, lançados pelos meios de comunicação de massa. 
Pelo contrário, deve servir para que os alunos desfrutem dessa arte e, ao 
mesmo tempo, adquiram consciência do próprio corpo.
Por ser objeto de conhecimento da área de Linguagens, a dança es-
tabelece uma relação interdisciplinar direta entre Educação Física e Arte. 
Portanto, o diálogo entre os professores que atuam nesses componentes 
curriculares deve ser constante, a fim de ampliarem as informações para 
os alunos sobre determinado conteúdo a ser tratado.
No 1.º e 2.º ano vamos dar ênfase às cantigas de roda, brincadeiras 
cantadas e expressivas, com o objetivo de ampliar o acervo da cultura 
corporal das crianças.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Por que ensinar dança na escola
A dança é, sem dúvida, uma das maiores catalisadoras da 
manifestação e expressão do movimento humano. No âmbito educativo, 
ela é pedagógica e ensina tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. 
[...]
Além disso, a dança, como processo performativo, está ligada à 
estética e à plástica, podendo trabalhar não apenas com o movimento, 
mas com sensações e sentimentos. Quem não se emociona ao acompanhar 
um espetáculo de dança? Seja clássica – como o balé –, popular – como 
a "dança de rua" – ou folclórica – como a chula, o fandango, o forró e o 
baião –, a dança é um forte estímulo de percepções sensoriais. Ritmo, 
sonoridade, visão e expressão são capacidades levadas ao extremo nessa 
prática corpórea. 
Mas, afinal, como a dança pode ser inserida nos currículos de 
Educação Física dos ensinos Fundamental e Médio?
 A resposta é mais simples do que se pensa, pois, ao contrário do que 
muitos professores acreditam, a última preocupação que se deve ter com 
relação à finalidade da dança escolar diz respeito à ação performática. Em 
outras palavras, o professor não precisa demonstrar amplo domínio de 
estilos e técnicas de dança, mas, simplesmente, coragem para “quebrar” 
determinados preconceitos ligados a ela. Por meio da dança, o professor 
pode trabalhar vários conteúdos, como:
1) A diferença entre gêneros – meninos e meninas têm 
comportamentos diferentes que podem ser facilmente notados e 
trabalhados por meio da dança. 
2) O domínio corporal e a ritmicidade – o dançarino tem um domínio 
lógico espaço/temporal bastante desenvolvido. Assim, dominar ritmos 
pode contribuir para as ações do cotidiano, auxiliando em atividades 
do dia a dia. 
3) A diversidade cultural e os variados estilos – de região para região, 
o estilo de dança varia bastante, pois na cultura brasileira existem várias 
culturas regionais que são formadas de acordo com o modo de vida de 
seus habitantes. 
A dança é um meio quase ilimitado de aprendizagem. Mas o 
professor deve tomar cuidado ao trabalhá-la como conteúdo educativo: 
ele não pode, de maneira alguma, reforçar modismos, que geralmente 
são lançados pelos meios de comunicação de massa com intenção 
exclusivamente comercial. Ele deve alertar seus alunos sobre os 
interesses da indústria cultural para que seu trabalho não omita a 
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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existência dos estilos comerciais, mas desperte o senso crítico de seus 
educandos a respeito deles.
 Finalizando, cabe ressaltar que, assim como em relação aos esportes, 
nada impede o educador de desenvolver a dança como um trabalho que 
vise à performance, desde que, para isso, sejam convidados alunos que 
possam treinar em horários extracurriculares, como em contraturno, por 
exemplo. E aqueles que ainda não dominam a dança também podem ser 
iniciados na prática, cabendo ao professor dividir as turmas de acordo 
com o nível de habilidade dos alunos.
O importante é não temer a dança, pois ela trabalha valências eclé-
ticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, como o condiciona-
mento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória, a sociabilização, o 
equilíbrio, a destreza e a coordenação motora fina. 
[...]
Assim, fomentar a educação através da dança escolar não se resume 
em buscar sua execução em "festinhas comemorativas" (VERDERI, 2000, 
p. 33); tampouco oferecer a ideia de que "dançar se aprende dançando" 
(MARQUES, 2003, p. 19). [...] e de arte não só para ser contemplada 
e admirada a distância, mas para ser aprendida, compreendida, 
experimentada e explorada, numa tentativa de levar o indivíduo a 
vivenciar o corpo em todas suas dimensões, através da relação consigo 
mesmo, com os outros e o mundo.
No que diz respeito aos conteúdos que visem uma educação do/e pelo 
movimento para compreensão da dança, Marques (2003, p. 31) ressalta 
que: [...] os conteúdos específicos da dança são: aspectos e estruturas do 
aprendizado do movimento (aspectos da coreologia, educação somática 
e técnica), disciplinas que contextualizem a dança (história, estética, 
apreciação e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes 
de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a 
dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica). 
Percebe-se que o campo de abrangência destes conteúdos é rico 
e diversificado, porém não deve ser entendido como "receita de bolo", 
numa visão tradicional, mas sim auxiliar e acrescentar ao processo de 
ensino-aprendizagem aspectos diretamente relacionados ao corpo, à 
dança, à pluralidade cultural levando sua prática a uma (re)leitura de 
mundo totalmente voltado para nossa realidade histórica e social.
[...] seria interessante levarmos em consideração o contexto 
dos alunos, respeitando suas próprias escolhas, opiniões, criações e 
possibilidade, para a formação de cidadãos com uma visão mais crítica, 
autônoma e participativa desta sociedade em que vivemos.
CARBONERA, Daniele; CARBONERA, Sergio Antonio. A importância da 
dança no contexto escolar. Monografia. Faculdade Iguaçu. ESAP – Instituto 
de Estudos Avançados e Pós-graduação. Cascavel, 2008. p. 164.
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Conversa com os alunos
Propomos que, previamente, solicite aos alunos que tragam de casa, 
ou recortem de revistas e jornais que você conseguir, imagens de pessoas 
com expressões diversas.
Peça que observem a expressão do rosto e do corpo das pessoas e 
dialogue com eles sobre as possíveis sensações que cada uma está trans-
mitindo: alegria, raiva, dor, sofrimento, tranquilidade, tristeza, alegria, etc.
Converse, inclusive, sobre a possibilidade que o nosso corpo tem de 
transmitir mensagens, sem usar a fala. Aborde o fato de que as pessoas 
se comunicam desde os primórdios da humanidade e que a dança é uma 
das formas de expressão e representação de emoções. 
Pergunte quais tipos de danças os alunos conhecem, das que já 
viram as pessoas dançarem, as que eles mais gostam de dançar e onde 
praticam. Dialogue, também, a respeito das diver-
sas modalidades existentes e que algumas 
ficaram restritas ao mundo infantil, como é 
o caso das brincadeiras cantadas, cantigas 
de roda, etc. A partir desse diálogo, diga 
a eles que vão conhecer um pouco mais 
sobre danças e que aprenderão algu-
mas delas.
Separe antecipadamente algu-
mas imagens com diferentes tipos de 
danças, incluindo brincadeiras cantadas, e 
mostre-as à turma. Você poderá usar car-
tazes, projetar imagens e ou vídeos.
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Vivência corporal
Brincadeiras rítmicas e expressivas
Expressando sentimentos
Espalhe pelo ambiente as figuras que as crianças recortaram de pes-
soas com expressões diversas. Coloque uma música e solicite que andem 
livremente. Quando o som for interrompido, elas devem parar ao lado de 
uma das figuras e reproduzir a expressão visualizada.
O que o meu corpo está falando
Forme grupos, cada um com três alunos. Solicite que conversem entre 
si e decidam sobre um sentimento que irão expressar por meio do corpo, 
sem falar para os outros grupos. Depois, coloque uma música adequada 
a esse trabalho e solicite que os trios tentem expressar esse sentimento 
por meio de gestos e seguindo um ritmo. Auxilie os grupos no desen-
volvimento da atividade. Assim que todos conseguirem realizar a tarefa, 
devem apresentar o resultado para os demais, que tentarão adivinhar qual 
é o sentimento representado. 
Movimentos na roda
Organize uma roda com seus alunos e coloque uma música infantil 
bem alegre. Solicite que um deles inicie a brincadeira, fazendo e ensinando 
a todos um movimento que preferir. Logo em seguida, o próximo aluno, 
que estiver ao lado daquele que iniciou, deverá repetir o movimento que 
o colega fez e criar um novo, para que todos o realizem e, assim, sucessi-
vamente, até que toda a turma participe. A atividade permite que, quando 
a última criança fizer o movimento, todos os outros estejam automatica-
mente memorizados.
Marcando ritmo
Com o objetivo de favorecer o desenvolvimento das noções de es-
paço e tempo, em relação a si mesmo e aos outros, você utilizará uma 
brincadeira que envolve percepção e marcação de ritmo. Aproveite esse 
momento para promover a interdisciplinaridade com Arte, nas linguagens 
música e dança.
Para subsidiar 
suas aulas, nos 
sites https://www.
pastoraldacrianca.
org.br/musicas-da-
pastoral e https://cutt.
ly/wKLeHAj (acesso 
em: 8 jun. 2021) você 
encontrará diversas 
músicas infantis, 
inclusive as que 
fazem parte da seção 
seguinte, Rodas e 
brincadeiras cantadas.
CONE, Theresa 
Purcell; CONE, Stephen 
L. Ensinando dança 
para crianças. 3. ed. 
Tradução de Lúc ia 
Helena de Seixas Brito. 
Barueri: Manole, 2015.
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Sugestão de
LeiturA
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Coloque músicas com ritmos variados e solicite que os alunos fiquem 
em pé, espalhados pelo ambiente, acompanhando o ritmo da música con-
forme você os instruir: batendo palmas; batendo os pés no chão; estalando 
os dedos; batendo as mãos nas coxas, produzindo sons com a boca, etc.
Converse, inclusive, sobre as possibilidades que o nosso corpo tem 
de produzir sons e de estabelecer ritmos.
Organize a turma em grupos de cinco alunos cada, peça que escolham 
uma música infantil e que, para reproduzi-la, utilizem o próprio corpo para 
fazer sons vocais, batuques e cantos. Todas devem se apresentar para a 
turma.
Colando no colega
Instrua os alunos a se movimentarem 
pelo ambiente, no ritmo da música que você 
escolher. Cada vez que você mencionar uma 
parte do corpo, eles devem encostar (colar) 
essa parte do corpo na do seu colega que 
estiver mais próximo e continuar se 
movimentando (dançando) com as 
outras partes do corpo que estão 
livres. Por exemplo: colar as duas 
mãos, colar só uma das mãos, os pés, 
a testa, o nariz, o bumbum, as costas, 
a barriga, etc.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Ao som do instrumento
Nessa atividade, os alunos deverão estar espalhados pelo ambiente 
enquanto você estabelece o tempo – utilizando um instrumento musical –, 
assim como as formas e as direções. Para tanto, providencie um pandeiro, 
um atabaque, um tambor ou um objeto qualquer que faça 
barulho, como lata, molho de chaves, chocalho (que 
pode ser confeccionado com garrafas e areia 
ou arroz), etc.
Eles deverão se movimentar 
pelo ambiente de acordo com o 
tempo que você estabelecer, 
ora mais lento, ora mais rá-
pido ou moderado; em 
diferentes direções: para 
frente, para trás, para o 
lado, na diagonal; e de 
várias formas: andando, 
correndo ou saltando. 
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Essas movimentações permitem que os alunos ampliem suas possibilidades corporais, aumentem a socialização, reconheçam 
alguns elementos constitutivos da dança e possam se expressar com movimentos mais livres, sem padronização. 
Com esse enfoque, você pode compor com eles uma dança criativa. 
 • Inicie escolhendo juntos uma música e uma situação relevante no cotidiano deles, por exemplo: o recreio da escola, pessoas 
dentro do ônibus, um dia de chuva, programas de televisão. Nesse momento, é importante falar a respeito dos tipos de 
músicas e danças presentes na comunidade, comentando que a sociedade atual costuma ser influenciada pela mídia, que 
globaliza e padroniza gestos. Converse também sobre a situação escolhida, contextualizando-a.
 • Em seguida, solicite que se movimentem, procurando expressar ações que retratem a realidade abordada na situação 
selecionada.
 • Reúna as ideias deles e organize-as em forma de coreografia. Relacione a movimentação com o ritmo da música. Você pode 
sugerir que eles escolham uma roupa adequada ao tema, ensaiem e apresentem para outras turmas da escola.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Rodas e brincadeiras cantadas
São diversas as denominações encontradas para brincadeiras com can-
to e dança. Podemos encontrar brinquedos, brincadeiras e rodas cantadas, 
cantigas de roda e cirandas. Não existe o certo ou errado, o que se sabe 
é que são formas elementares de dança, nas quais há ritmo e movimento. 
Muitas são folclóricas, passadas de geração em geração e não têm autoria.
É importante partir do conhecimento que os alunos já têm das rodas 
e brincadeiras cantadas e, progressivamente, ir apresentando outras, uma 
vez que existem variações na forma de cantar e brincar.
No "Sistematizando o conhecimento", última seção desta unidade 
temática, há sugestão de produção de um livro com as brincadeiras can-
tadas e cantigas de roda. Portanto, após cada atividade indicada a seguir, 
solicite que os alunos reproduzam-nas por meio de desenhos.
ALMEIDA, 
Theodora Maria 
Mendes de. Quem 
canta seusmales 
espanta. São Paulo: 
Caramelo, 2001.
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Sugestão de
LeiturA
Cantigas de roda
Cantigas de roda ou cirandas são brincadeiras infantis, em que as crianças formam uma 
roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias 
acerca da letra da música. É um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com 
a brincadeira de roda, a prática é comum em todo o Brasil e faz parte da cultura brasileira. 
Carregam uma melodia de ritmo limpo e rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão 
incluídas nas tradições orais em inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, 
incorporando elementos da cultura africana, europeia, principalmente portuguesa e indígena. 
[...] Através das cantigas de roda podemos conhecer os costumes, o cotidiano das pessoas, as 
festas típicas do local, as comidas, as brincadeiras, a paisagem, a flora, a fauna, as crenças, 
dentre outros. O folclore de um determinado local vai sendo construído aos poucos através não 
só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, de cantigas 
de ninar e de lendas.
SOUZA, M. C.; MEDEIROS, N. N. B. Cantando, dançando e aprendendo: cantigas de roda na educação infantil. Disponível 
em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1226/1/MCS20092016.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
Pergunte aos alunos sobre as brincadeiras e rodas cantadas que eles 
conhecem, como conheceram, quem os ensinou, com quem brincam, etc. 
Anote em seu planejamento e possibilite que vivenciem essas e outras 
mais, ampliando o acervo da cultura corporal deles.
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Ciranda, cirandinha
Converse com a turma sobre o que significa ciranda, que é uma roda 
de canto e dança, originária de Portugal, em que várias pessoas se dão as 
mãos, sem limite de participantes. Aborde também que a cantiga Ciranda, 
cirandinha é uma das mais populares e conhecidas no Brasil. Pergunte 
se conhecem a letra e a forma de brincar. Vivenciem, juntos, as versões 
descritas por eles. 
Se não souberem, primeiramente ensine a letra da canção e depois 
uma das maneiras como se brinca: os alunos em pé e de mãos dadas, 
formando uma grande roda, cantam e dançam no ritmo da música, girando 
para determinado sentido na roda (horário ou anti-horário). 
Ciranda, cirandinha  
Vamos todos cirandar 
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
 
O anel que tu me destes 
Era vidro e se quebrou 
O amor que tu me tinhas 
Era pouco e se acabou
Por isso, Dona ... 
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora 
Muda-se o sentido 
da roda.
Fala-se o nome de uma 
criança que está na roda.
A criança escolhi-
da entra na roda e 
recita um verso.
A margarida
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Levante os conhecimentos prévios dos alunos, perguntando se co-
nhecem esta cantiga de roda, quem é a Margarida, em que época essa 
brincadeira possivelmente nasceu e como se brinca. Se não souberem, 
ensine-lhes a cantiga e vá explicando que, provavelmente, ela nasceu na 
Europa, nos castelos medievais. Os alunos devem ficar em pé, um ao lado 
do outro, formando uma roda, que representará o muro. Um deles fica 
dentro da roda, a Margarida, e outro, do lado de fora.
Onde está a Margarida?  
Olê, olê, olá!  
Onde está a Margarida?  
Olê, seus cavaleiros!
Ela está em seu castelo,  
Olê, olê, olá!  
Ela está em seu castelo,  
Olê, seus cavaleiros! 
Mas eu queria vê-la,  
Olê, olê, olá!  
Mas eu queria vê-la,  
Olê, seus cavaleiros! 
Mas o muro é muito alto,  
Olê, olê, olá!  
Mas o muro é muito alto,  
Olê, seus cavaleiros! 
Tirando uma pedra,  
Olê, olê, olá!  
Tirando uma pedra,  
Olê, seus cavaleiros! 
Uma pedra não faz falta,  
Olê, olê, olá!  
Uma pedra não faz falta,  
Olê, seus cavaleiros!
Apareceu a Margarida,  
Olê, olê, olá!  
Apareceu a Margarida,  
Olê, seus cavaleiros! 
A criança do lado de 
fora dança em volta 
da roda e canta.
A criança 
do lado de 
fora canta.
Assim, a cantiga vai se repetin-
do até que todas as crianças 
sejam tiradas da roda. Por fim, 
todos batem palmas e cantam.
A criança do lado de fora 
tira um dos colegas que 
está no “muro”, dança em 
volta da roda e canta.
As que estão 
na roda ba-
tem palmas e 
respondem.
Quem está 
na roda 
responde.
Com 
menos um 
integrante, a 
roda canta.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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A canoa virou
Essa cantiga pode ser conhecida também como A barquinha virou ou 
A barca virou. Investigue se a conhecem e com que nome, se já brincaram 
e como se brinca. Caso desconheçam, ensine primeiramente a letra e 
depois a forma de brincar.
Os alunos devem ficar em pé, de mãos dadas, em pequenas rodas 
constituídas, preferencialmente, por seis integrantes, girando e cantando 
a primeira parte da canção. No momento em que disserem: “Foi por causa 
do(a) fulano(a)”, deverão escolher o nome de um colega, o qual ficará de 
costas para o centro da roda. E, assim, continuam cantando até que todos 
estejam virados para o lado de fora da roda.
A canoa virou,  
Por deixá-la virar,  
Foi por causa do(a) fulano(a),  
Que não soube remar. 
Então, eles começam a 
cantar a segunda parte da música. 
Cada aluno que for chamado deverá virar 
novamente para o centro da roda. E segue a 
brincadeira, até todos desvirarem.
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E soubesse nadar,  
Tirava o(a) fulano(a)  
Do fundo do mar. 
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A carrocinha pegou
Também conhecida como Três cachorros, é muito cantada no Rio 
Grande do Sul. Será que seus alunos conhecem essa brincadeira de roda? 
Como chegou até eles? Procure saber, 
perguntando-lhes, e explique a eles que, 
por ser folclórica, vem passando 
de geração em geração. 
Exponha também que 
muitas famílias migraram 
e ainda migram de 
um estado para 
outro, levando 
suas tradições 
e costumes e 
compartilhando-os 
com outras pessoas.
Se não souberem brincar, explique como se dá a movimentação de 
acordo com a letra da canção. Comente sobre a presença de cachorros 
nas ruas, por que estão soltos e, pedindo a opinião deles, como poderia 
ser resolvido esse problema sem o uso da carrocinha.
Depois, disponha-os em pé e de mãos dadas em roda com outros três 
alunos no centro, também de mãos dadas, representando os “cachorri-
nhos” e formando uma roda menor. As rodas giram em sentidos contrários, 
enquanto cantam a primeira estrofe:
A carrocinha pegou  
Três cachorros de uma vez. (bis)
Na segunda estrofe, todos param de girar. Então cada um dos três que 
está no centro da roda escolhe um colega da roda maior e para na frente 
dele, formando um par. Em seguida, ambos com as mãos na cintura ou de 
mãos dadas pulam, frente a frente, alternando os pés e cantando, enquanto 
os demais integrantes da roda batem palmas e também cantam:
Tralalá,  
Que gente é esta?!  
Tralalá,  
Que gente má! (bis)
Assim, as três crianças escolhidas passam para o centro da roda, pois 
serão os novos “cachorrinhos”. A brincadeira segue até que todos sejam 
escolhidos.
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A linda rosa juvenil
Essa brincadeira can-
tada pode ser consi-
derada uma dramatiza-
ção da história infantil 
A Bela Adormecida. 
P r i m e i r a m e n t e , 
pergunte aos a lu -
nos se eles conhecem a história e deixe 
que a contem. Se não souberem, você pode levar um 
livro e contá-la, mostrando as imagens. Depois, diga que dessa história nasceu uma brincadeira 
cantada e pergunte se eles sabem qual é. Caso não saibam, diga que é A linda Rosa juvenil e 
questione-os sobre quem é a Rosa na história.
Depois, organize as crianças em roda e escolha uma delas para ser a Rosa, que ficará no 
centro, interpretandoa jovem princesa; outra para ser a feiticeira; e mais uma para ser o rei – 
ambos ficarão do lado de fora da roda. De mãos dadas e girando, todos deverão interpretar o 
tempo e também o mato. 
A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil
A linda Rosa juvenil, juvenil. 
Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar
Vivia alegre no seu lar, no seu lar. 
Mas uma feiticeira má, muito má, muito má  
Mas uma feiticeira má, muito má  
Adormeceu a Rosa assim, bem assim, bem assim 
Adormeceu a Rosa assim, bem assim.
Não há de acordar jamais, nunca mais, nunca mais  
Não há de acordar jamais, nunca mais. 
O tempo passou a correr, a correr, a correr 
O tempo passou a correr, a correr. 
E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor 
E o mato cresceu ao redor, ao redor. 
Um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei  
Um dia veio um belo rei, belo rei  
Que despertou a Rosa assim 
bem assim, bem assim, 
Que despertou a Rosa assim, bem assim.
Batemos palmas para o rei, para o rei, para o rei
Batemos palmas para o rei, para o rei. 
A criança no centro da 
roda – a Rosa – está 
muito alegre, sorridente, 
dançando e cantando.
A criança que interpreta 
a feiticeira entra na roda 
e toca na Rosa, que deita 
no chão e adormece.
Todos fazem o gesto de 
“não” com as mãos.
Nesse momento, a 
roda gira bem rápido.
Todos os alunos colocam 
as duas mãos para cima 
e para frente, cobrindo a 
criança – a Rosa – 
no centro da roda.
Agora, o Rei entra na roda 
e dá um beijo no rosto da 
Rosa, que acorda e levan-
ta, dando a mão para ele.
Todos os alunos batem 
palmas e cantam, en-
quanto o Rei e a princesa 
Rosa dançam juntos.
Variação – Alguns pesqui-
sadores encontraram mais 
uma estrofe da cantiga.
Você pode ouvir com 
os alunos uma versão 
da cantiga A linda 
Rosa juvenil, que 
está disponível, junto 
com outras cantigas, 
em: https://www.
pastoraldacrianca.
org.br/musicas-da-
pastoral/category/13-
cd-cantigas-de-
roda. Acesso em: 
8 jun. 2021.
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A linda rosa juvenil
Essa brincadeira can-
tada pode ser consi-
derada uma dramatiza-
ção da história infantil 
A Bela Adormecida. 
P r i m e i r a m e n t e , 
pergunte aos a lu -
nos se eles conhecem a história e deixe 
que a contem. Se não souberem, você pode levar um 
livro e contá-la, mostrando as imagens. Depois, diga que dessa história nasceu uma brincadeira 
cantada e pergunte se eles sabem qual é. Caso não saibam, diga que é A linda Rosa juvenil e 
questione-os sobre quem é a Rosa na história.
Depois, organize as crianças em roda e escolha uma delas para ser a Rosa, que ficará no 
centro, interpretando a jovem princesa; outra para ser a feiticeira; e mais uma para ser o rei – 
ambos ficarão do lado de fora da roda. De mãos dadas e girando, todos deverão interpretar o 
tempo e também o mato. 
A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil
A linda Rosa juvenil, juvenil. 
Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar
Vivia alegre no seu lar, no seu lar. 
Mas uma feiticeira má, muito má, muito má  
Mas uma feiticeira má, muito má  
Adormeceu a Rosa assim, bem assim, bem assim 
Adormeceu a Rosa assim, bem assim.
Não há de acordar jamais, nunca mais, nunca mais  
Não há de acordar jamais, nunca mais. 
O tempo passou a correr, a correr, a correr 
O tempo passou a correr, a correr. 
E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor 
E o mato cresceu ao redor, ao redor. 
Um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei  
Um dia veio um belo rei, belo rei  
Que despertou a Rosa assim 
bem assim, bem assim, 
Que despertou a Rosa assim, bem assim.
Batemos palmas para o rei, para o rei, para o rei
Batemos palmas para o rei, para o rei. 
A criança no centro da 
roda – a Rosa – está 
muito alegre, sorridente, 
dançando e cantando.
A criança que interpreta 
a feiticeira entra na roda 
e toca na Rosa, que deita 
no chão e adormece.
Todos fazem o gesto de 
“não” com as mãos.
Nesse momento, a 
roda gira bem rápido.
Todos os alunos colocam 
as duas mãos para cima 
e para frente, cobrindo a 
criança – a Rosa – 
no centro da roda.
Agora, o Rei entra na roda 
e dá um beijo no rosto da 
Rosa, que acorda e levan-
ta, dando a mão para ele.
Todos os alunos batem 
palmas e cantam, en-
quanto o Rei e a princesa 
Rosa dançam juntos.
Variação – Alguns pesqui-
sadores encontraram mais 
uma estrofe da cantiga.
Você pode ouvir com 
os alunos uma versão 
da cantiga A linda 
Rosa juvenil, que 
está disponível, junto 
com outras cantigas, 
em: https://www.
pastoraldacrianca.
org.br/musicas-da-
pastoral/category/13-
cd-cantigas-de-
roda. Acesso em: 
8 jun. 2021.
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Eu sou pobre, pobre, pobre
Investigue se os alunos conhecem como se brinca 
de Eu sou pobre, pobre, pobre, também conhecida 
como “O rico e o pobre”. Caso não saibam, ensine 
a letra da canção, aproveitando para discutir 
algumas questões sobre diferenças e 
exclusão sociais, direitos humanos, etc. 
Depois, apresente a forma de brincar. 
Organize-os em uma única fileira, 
todos de mãos dadas. Então, são de-
signadas duas crianças: a “rica”, que estará 
na fileira, e a “pobre”, que ficará à frente da fileira, um pouco afastada.
A criança “pobre”, caminhando quatro passos em direção à fileira e 
recuando o mesmo número, canta:
Eu sou pobre, pobre, pobre  
De marré, marré, marré 
Eu sou pobre, pobre, pobre  
De marré deci 
Existem outras 
formas de escrita: 
“De marré decê”, 
“De marré de si”.
A fileira, da mesma forma, caminha quatro passos para frente e recua, 
cantando:
Eu sou rica, rica, rica 
De marré, marré, marré  
Eu sou rica, rica, rica  
De marré deci
A criança “pobre” repete a movimentação anterior e canta:
Quero uma de vossas filhas  
De marré, marré, marré  
Quero uma de vossas filhas  
De marré deci 
A fileira volta a fazer o movimento e canta:
Escolhei a qual quiser  
De marré, marré, marré  
Escolhei a qual quiser 
De marré deci
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A criança “pobre” refaz os mesmos passos e canta:
Eu quero o(a) ... 
De marré, marré, marré 
Eu quero o(a) ...
De marré deci
E fala o nome de uma criança.
Repete o nome. 
Repete-se a movimentação anterior e cantam, primeiramente a fileira:
Que ofício dais a ela (ou a ele) 
De marré, marré, marré
Que ofício dais a ela (ou a ele)
De marré deci
Depois, a criança “pobre” canta:
Dou ofício de ... 
De marré, marré, marré 
Dou ofício de ...
De marré deci
Diz o nome do ofício.
Repete ofício.
A criança escolhida canta se o trabalho lhe agrada ou não. Em caso 
positivo, ela passa para o outro lado.
Eu sou rica, rica, rica 
De marré, marré, marré  
Eu sou rica, rica, rica  
De marré deci
A fileira repete a movimentação anterior e canta:
Lá se foi o(a) ...
De marré, marré, marré
Lá se foi o(a) ... 
De marré deci
Dizem o nome da criança.
Repetem o nome da criança.
Então, a criança escolhida canta:
Eu de pobre fiquei rica  
De marré, marré, marré
Finalmente, a criança que era “rica” canta:
Eu de rica fiquei pobre  
De marré deci
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A brincadeira continua até que todos passem para o lado “pobre”, 
ficando do outro lado apenas a criança “rica”, que começará novamente 
a brincadeira, agora como “pobre”.
Passarás
Essa brincadeira cantada é também conhecida como Bom barqueiro 
ou Bom barquinho. Muda-se a letra da canção, mas a forma de brincar é a 
mesma. Pergunte se os alunos conhecem a brincadeira e com qual letra. 
Mostre as versões existentes e explique a eles que, provavelmente, foi 
adaptada para o contexto da região onde foi realizada. A seguir, é apre-
sentada a letra de Passarás.
Passa, passará  
Pelo último ficará  
A porteira está aberta  
Para quem quiser passar  
Passa um, passam dois, passam três 
A canção Bom barqueiro é uma das versões, mas foram encontradas 
muitas outras.
Bom barqueiro
Bom barqueiro
Deixarás passar
Carregados de filhinhos
Para ajudar a criar
Eupeço, meu bom barqueiro
Licença para passar
Qu’eu tenho muitos filhinhos
Não posso mais demorar
Passarás, passarás
Que algum deles há de ficar
Se não for o da frente
Há de ser o de trás
ou barquinho
Caso eles não saibam como brincar, ensine-os, de modo que duas 
crianças façam uma ponte com as mãos dadas e os outros alunos, formando 
uma coluna, com as mãos nos ombros uns dos outros, vão passando pela 
ponte e cantando.
A dupla que formar a ponte combinará previamente de escolher dois 
itens, que podem ser duas frutas, ou dois talheres, duas cores, duas peças de 
roupa, etc. Quando a música terminar, o par abaixa os braços, prendendo 
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uma criança, que deverá escolher entre dois itens. Exemplo: 
banana ou melão? Então, a criança escolherá a fruta (banana, 
por exemplo) e se posicionará atrás de uma das crianças da 
ponte que haviam escolhido a mesma fruta. 
Continua, então, a brincadeira, com a dupla escolhendo 
um novo item à medida que os outros vão passando, até que 
todos sejam parados pela ponte. Assim, será formada uma 
fileira atrás de cada criança que está na ponte. No final, de 
mãos dadas, uma equipe puxa a outra, tentando romper a 
corrente do lado adversário.
Atirei o pau no gato
Muito popular entre as crianças é a cantiga de roda 
Atirei o pau no gato, também chamada 
de Dona Chica. Converse com 
elas para saber se a conhecem, 
com que nome, como brincam 
e como é a letra.
Atirei o pau no gato-to,
Mas o gato-to 
não mor reu-reu-reu.
Dona Chica-ca 
admirou-se-se
Do berro, do berro 
que o gato deu:
Miau!
Nesse momento, algumas crianças podem cantar uma variação da 
música:
Não atire o pau no gato-to,
Porque isso-so não se faz-faz-faz,
O gatinho-nho é nosso amigo-go
Não devemos maltratar os animais.
Miau!
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Dialogue com os alunos sobre a alteração da letra em razão da prote-
ção aos animais e como deve ser o trato com esses seres. Pergunte quem 
tem animal de estimação e de que modo o tratam. 
Agora vivencie a brincadeira com a turma. Eles devem ficar de mãos 
dadas na roda, girando e cantando a versão que mais gostaram. Ao final 
da música, todos se agacham e gritam: Miau!
Marcha, soldado
Como foi dito anteriormente, é difícil saber em que momento histórico 
esta ou aquela cantiga surgiu, se foi trazida pela imigração ou se originou 
aqui no Brasil, pois, muitas vezes, acaba se tornando popular e, ao mesmo 
tempo, um retrato do próprio país. É o que acontece com a brincadeira 
cantada Marcha, soldado.
Nosso país já passou por muitos momentos políticos que fizeram os 
brasileiros marcharem em desfiles cívicos, erguerem a bandeira nacional 
e cantarem, fervorosos, o hino da pátria amada. Além disso, as escolas 
ensinavam a disciplina de Educação Moral e Cívica.
Ao apresentar a letra dessa cantiga, pergunte aos 
alunos se eles marcham, se existe desfile cívico na cidade 
onde moram, se na escola cantam o hino nacional, se as 
pessoas usam roupas com as cores que representam o país 
e em que circunstâncias. Você pode instigá-los a mencionar 
que isso ocorre no dia da Independência ou quando tem 
jogo da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo, por exemplo.
Marcha, soldado
Cabeça de papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu o sinal
Acode, acode, acode
A bandeira nacional
Quanto à maneira de brincar, observe se sabem como fazer; caso contrá-
rio, mostre como se brinca. Para tanto, disponha-os em uma coluna e cante 
com eles a cantiga, enquanto eles vão marchando e “batendo continência”. 
Você pode previamente elaborar um chapéu de soldado, com dobra-
dura em jornal, e solicitar que cada um deles monte o seu próprio adereço, 
conforme as orientações a seguir.
Você pode acessar os hinos brasileiros em 
áudio no site do Portal Domínio Público, 
os quais estão disponíveis em: http://
www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
ResultadoPesquisaObraForm.do?skip=0&co_
categoria=5&pagina=1&select_
action=Submit&co_midia=3&co_
idioma=1&colunaOrdenar=null&ordem=null. 
Acesso em: 8 jun. 2021.
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Para que os alunos façam o chapéu de soldado em papel, entregue 
uma folha de jornal a cada um deles. Então, vá dobrando devagar para 
que possam acompanhar com atenção o seguinte passo a passo:
Pezinho
Também chamada de Dança dos pezinhos, é muito conhecida no Rio 
Grande do Sul e em Santa Catarina. Praticada por adultos no repertório 
das tradicionais danças gaúchas, acabou se tornando, em muitos lugares, 
uma dança infantil por ser alegre e de fácil execução e, com frequência, 
é encontrada nas escolas. Assim como essa, outras danças folclóricas re-
gionais podem ser realizadas com os alunos.
Se porventura não a conhecerem, primeiramente ensine-lhes a letra 
da canção e diga que, no folclore gaúcho, ela deve ser obrigatoriamente 
cantada pelos integrantes. Procure saber se eles participam de algum grupo 
folclórico ou se já assistiram a alguma apresentação. 
Para realizar a atividade, siga as instruções: 
 • Organize as crianças dispostas aos pares, de frente uma para outra, 
e com a mão direita dada com a mão direita do colega. 
 • Conforme vão cantando, devem manter o pé direito à frente, o 
calcanhar apoiado no chão, com meia ponta elevada para executar 
o pêndulo (7 vezes). 
 • Repetem esta movimentação duas vezes, com o outro pé e trocando 
as mãos. 
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Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho,
O teu pezinho bem juntinho com o meu
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho,
O teu pezinho, o teu pezinho ao pé do meu
Agora, de braços dados, direito com direito, giram em torno do eixo 
e fazem um cumprimento. Em seguida o repetem, por duas vezes, trocando 
de braços e voltando à posição inicial, movimento também conhecido 
como molinete, e cantam:
E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu (bis)
Na sequência, com a mão direita dada 
com a mão direita do colega e perna di-
reita estendida à frente, eles devem fazer 
movimentos apoiando a ponta do pé, ora à 
esquerda, ora à direita (7 vezes). Repetem, 
então, por duas vezes com a outra perna, 
sempre trocando as mãos, e cantam:
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho,
O teu pezinho bem juntinho com o meu
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho,
O teu pezinho, o teu pezinho ao pé do meu
Dando continuidade, de braços dados, direito com direito, eles giram 
em torno do eixo e fazem um cumprimento – movimento igualmente cha-
mado de molinete. Por duas vezes eles o repetem, trocando de braços e 
voltando à posição inicial, enquanto cantam:
E no chegar desse teu corpo
Ai um abraço quero eu (bis)
Por fim, realizando o movimento anterior, eles também cantam. No 
entanto, para esta estrofe foram encontradas algumas variações na movi-
mentação, em que as crianças terminam se abraçando:
Agora que estamos juntinhos
Dá cá um abraço e um beijinho (bis)
Você pode 
encontrar sugestões 
para trabalho com 
brincadeiras cantadas 
acessando o plano 
de aula intitulado 
Vamos todos cirandar: 
As cantigas de 
roda no cotidiano 
escolar, disponível no 
Portal do Professor 
em: http://www.
educacaofisica.seed.
pr.gov.br/modules/
noticias/article.
php?storyid=421. 
Acesso em: 8 
jun. 2021.
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São inúmeras as 
brincadeiras cantadas 
existentes no folclore 
brasileiro. Além das su-
geridas neste manual, 
você pode acessar ou-
tras em livros, sites e 
mesmo mediante pes-
quisas com familiares 
dos alunos e na comu-
nidade local.
Solicite que os alu-
nos pesquisem, com 
os familiares ou vizi-
nhos, quais brincadeiras 
cantadas faziam par-
te do repertório deles 
quando eram crianças. 
Apresente os resultados 
para a turma e peça 
que escolham aquela 
de quemais gostaram 
para vivenciarem.
Depois, desafie-os a 
elaborarem uma nova 
maneira de realizar a brin-
cadeira escolhida, modi-
ficando os movimentos 
corporais e a letra da 
canção, por exemplo.
 ReinventandO
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Vivência corporal
Cantigas infantis e movimento
Existem diversas cantigas infantis populares cuja forma de brincar 
está atrelada aos movimentos sugeridos pela própria letra. Assim como 
nas outras brincadeiras cantadas, use sempre como ponto de partida as 
cantigas que os alunos conhecem, bem como suas variações, e amplie o 
acervo deles apresentando outras composições. Como não há uma for-
mação própria para as brincadeiras, você poderá realizá-las em roda, em 
fileiras, sentados, em pé, espalhados pelo ambiente, em pequenos grupos, 
entre outras formas.
Fui ao mercado
Essa atividade permite que o aluno desenvolva sua capacidade de 
percepção, sentindo seu corpo e suas partes, de modo a identificar suas 
possibilidades e limitações.
Primeiramente, escolha uma formação para as crianças (em roda, es-
palhados, etc.), então ensine a cantiga ou coloque-a para tocar. Observe 
se elas conhecem os movimentos; caso contrário, criem juntos a maneira 
de dançar. Os movimentos podem ser isolados a cada estrofe ou ir soman-
do-se aos das outras estrofes cantadas.
Fui ao mercado comprar café
E a formiguinha subiu no meu pé
Eu sacudi, sacudi, sacudi 
Mas a formiguinha não parava de subir
Fui ao mercado comprar batata-roxa
E a formiguinha subiu na minha coxa
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir
Fui ao mercado comprar limão
E a formiguinha subiu na minha mão
Eu sacudi, sacudi, sacudi 
Mas a formiguinha não parava de subir
Apontar para o pé.
Movimentar os pés, como se estivesse sacudindo-os. 
Colocar as mãos nas coxas.
Movimentar as coxas.
Apontar uma mão com a outra.
Movimentar as duas mãos, sacudindo-as.
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Fui ao mercado comprar jerimum
E a formiguinha subiu no meu bumbum
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir 
Virar e colocar as mãos no bumbum.
Balançar o bumbum.
Além dessa versão, algumas cantigas acrescentam 
esta estrofe:
Fui ao mercado comprar um giz
E a formiguinha subiu no meu nariz
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir 
Colocar as mãos no nariz.
Mexer o nariz.
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A dona aranha
A atividade estimula o desenvolvimento tanto da linguagem oral como 
da corporal, fazendo com que as crianças se expressem ao se comunicar, 
cantar, dançar e brincar.
Escolha junto com elas uma formação (por exemplo: em roda, espa-
lhados ou em fileiras). Investigue se conhecem os movimentos executa-
dos nessa cantiga e solicite que vivenciem. Ajude-as com as sugestões 
a seguir:
A dona aranha
Subiu pela parede
Veio a chuva forte
E a derrubou
Já passou a chuva
O sol já vem surgindo 
E a dona aranha
Continua a subir 
Ela é teimosa
Desobediente
Sobe, sobe, sobe
Nunca está contente 
Movimentar as mãos como se 
estivesse subindo numa parede.
Nesse momento, os alunos caem no chão.
Movimentar as mãos, como se 
estivesse subindo numa parede.
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Faça uma coletânea 
de músicas infantis des-
se estilo, solicitando aos 
alunos que as tragam 
de casa em CDs, pen 
drives, aplicativos de 
música, vídeos da in-
ternet ou outros. Após, 
selecione com eles al-
gumas que ainda não 
foram contempladas 
em aula e, juntos, criem 
a movimentação cor-
poral para cada música 
escolhida. Procure não 
se limitar à reprodu-
ção dos movimentos 
já apresentados nos 
vídeos, criando novas 
possibilidades.
 ReinventandO Fui morar numa casinha
Essa atividade permite que os alunos identifiquem os sons emitidos 
pela boca e também reconheçam os sons produzidos à sua volta. Investigue 
se eles conhecem a cantiga. Se não souberem, mostre a letra e possíveis 
versões e gestos para dançar:
Fui morar numa casinha-nha 
Infestada-da de cupim-pim-pim
Saiu de lá-lá-lá
Uma lagartixa-xa
Olhou pra mim
Olhou pra mim 
e fez assim: 
Fui morar numa casinha-nha 
Infestada-da de florzinha-nha
Saiu de lá-lá-lá 
Uma princesinha-nha
Olhou pra mim 
Olhou pra mim 
e fez assim:
Gesto com as mãos em 
formato de casinha.
Abre e fecha as pontas dos dedos.
Gesto com as mãos, apontando para algum lugar.
Gesto com uma das mãos, ondulando.
Gesto com as mãos nos olhos.
Mostrar a língua.
Gesto com os dedos para 
cima, girando a mão.
Passar as mãos no rosto delicadamente e 
simular um cumprimento, flexionando as pernas.
Mandar um beijo.
Sistematizando o conhecimento
Sugerimos que a turma elabore um livro de brincadeiras cantadas. Você 
poderá dar início a essa composição logo que começar a trabalhar com 
"Rodas e brincadeiras cantadas". Explique aos alunos que eles irão compor 
um livro de brincadeiras cantadas e de cantigas de roda. Para tanto, após cada 
brincadeira realizada em aula, irão reproduzi-la por meio de um desenho.
Para o 2.º ano, eles poderão iniciar desenhando e colocando o nome 
da brincadeira e, à medida que forem alfabetizados, incluir a letra das can-
tigas. Ao final, você montará o livro, grampeando as atividades. Também 
é possível entregar para cada aluno um livrinho montado com folhas em 
branco, dobradas e grampeadas, e solicitar que retratem as brincadeiras 
cantadas de que mais gostaram.
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ESPORTES
Para onde vamos?
Com esse trabalho, seus alunos poderão desenvolver as seguintes 
habilidades:
(EF12EF05) Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho coletivo e 
pelo protagonismo, a prática de esportes de marca e de precisão, 
identificando os elementos comuns a esses esportes. 
(EF12EF06) Discutir a importância da observação das normas e das 
regras dos esportes de marca e de precisão para assegurar a integri-
dade própria e as dos demais participantes.
Os esportes são manifestações da cultura corporal muito conhecidas 
e apreciadas por diversos grupos sociais na contemporaneidade. Isso se 
deve à sua grande divulgação pela mídia, entendida como um meio de 
comunicação de massa que engloba rádio, televisão, jornais, revistas, bem 
como as novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), mediante 
o uso de redes de computadores e equipamentos. 
Caracterizam-se por adotarem regras de caráter oficial e competiti-
vo, organizadas e institucionalizadas por associações, federações e con-
federações esportivas. Se aceitamos o esporte como fenômeno social, 
essas características podem ser questionadas, reorganizadas, adaptadas 
à realidade da comunidade que o pratica, cria e recria, principalmente no 
contexto de lazer, saúde e educação. 
Na escola, principalmente nos anos iniciais, o esporte deve ser vivido 
com prazer e, mesmo sem descartar a ideia da competição, deverá estar 
desvinculado do vencer a qualquer “preço” e do individualismo exacer-
bado, adaptando-se às características dos participantes, do espaço onde 
será realizado, do número de alunos, dos materiais disponíveis, entre 
outros critérios.
Nesse sentido, o esporte deve ser abordado pedagogicamente, visan-
do atender às necessidades dos alunos, bem como ser analisado, discutido, 
vivido e recriado, tornando-se mais atrativo e divertido para as crianças.
O conceito de esporte, visto pelo olhar de uma criança, pode ampliar 
a visão dos educadores com relação ao que se pode realizar na escola, a 
fim de que seja significativo para os alunos. O texto a seguir é apresentado 
com esse enfoque.
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Christina Madrid. A 
Educação Física e o 
esporte na escola . 
Curitiba: Intersaberes, 
2012.
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Sugestão de
LeiturA
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Esporte é legal e bom... 
E as crianças brincam deesportes!
Compreendemos que existe uma polissemia do conceito de 
esporte expresso pelas crianças; que tanto pode significar a sua prática 
institucionalizada (por exemplo, o futebol, o voleibol), como também 
atividades de lazer (entre elas andar de bicicleta e passear com o 
cachorro), e ainda algumas brincadeiras e jogos. Neste sentido, o esporte 
polissêmico, como variante de manifestações da cultura lúdica, explica 
o grande interesse e gosto infantil por esta atividade. Afinal, as crianças 
também brincam de esporte! E a brincadeira como atividade lúdica é um 
traço fundamental da cultura infantil, sendo condição de aprendizagem 
e recriação do mundo a sua volta (SARMENTO, 2004). 
O esporte, assim, é muitas vezes integrado ao universo lúdico das 
crianças, ou seja, às estruturas e esquemas constituintes de sua cultura 
lúdica, possibilitando a brincadeira. Contudo, brincadeira esta não 
isenta de diferentes dinâmicas, permeável a interferências, e passível 
de contradições e conflitos, expressos principalmente pela colonização 
do mundo vivido infantil pelos códigos e sentidos do esporte de 
rendimento e da mídia/TV. Isto porque o modelo esportivo hegemônico 
está estruturado no princípio do rendimento e da competição, difundido 
principalmente pelos meios de comunicação de massa, e tornando-se 
uma cultura mundializada, produto da Indústria Cultural. 
Porém, mesmo o esporte vindo a se tornar uma brincadeira que 
recebe ressignificações pelas crianças por conta de sua cultura lúdica, é 
importante destacar que algumas representações produzidas sobre este 
assunto vão ao encontro de uma visão “positivo-funcional” do esporte, 
que expressa, entre outros, a competitividade e o individualismo. 
[...] é importante dizer que também existem momentos em que as 
dinâmicas e os esquemas de brincadeiras da cultura infantil das crianças 
são capazes de ressignificar o conteúdo esportivo a partir dos interesses 
dos sujeitos envolvidos que, em grande parte, buscam através do seu 
se-movimentar interagir com as possibilidades do outro, do brinquedo, e 
do contexto em que se encontram. Sendo o esporte, assim, transformado 
em um jogo/brincadeira da cultura lúdica, produzindo representações 
de diversão, alegria, amizade, interação, lazer. 
Em um mundo estruturado por inúmeras representações, 
principalmente dos adultos, as crianças agem criando e recriando, a 
partir de suas mediações, significados próprios e/ou reproducionistas. 
Especialmente sobre o esporte, que ocupa grande espaço do discurso 
midiático em uma pátria que veste chuteiras regularmente para 
acompanhar sua seleção. A inquestionável positividade do esporte →
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como remédio para quase todos os males sociais constitui poderoso 
discurso junto às crianças que, negando as contradições, ideologias, e 
interesses, presentes na cultura esportiva contemporânea, produz outras 
representações que servem à semicultura esportiva (PIRES, 2002) como: 
“esporte é saúde”, “o esporte salva”, “o esporte é corpo em forma”. 
Quint e Matiello Jr. (apud PIRES, 2002) apontam como consequência 
deste quadro o exercício físico/esporte sendo consumido pela sociedade 
como remédio amargo induzido pela “cultura do medo e da culpa” contra 
o perigo e a dor de serem diferentes ou sem saúde, não levando em conta 
a complexidade de ação nesta área.
 Considerando esse jogo de fragilidades e resistências apresentado 
pelas crianças sobre as representações esportivas e o discurso midiático, 
verificamos ainda que existem significativas diferenças na constituição 
da cultura esportiva entre os meninos e as meninas, chegando a produzir 
separações entre esportes/atividades de homens (futebol) e esportes/
atividades de mulheres (vôlei).
LISBOA, Mariana Mendonça. Representações do esporte-da-mídia na cultura lúdica de 
crianças. Resumo da dissertação (Mestrado em Educação Física), PPGEF/UFSC, 2007. p. 5. 
No 1.º e no 2.º ano serão contempladas categorias de esportes des-
critas a seguir.
Marca: são aqueles em que o resultado da ação motora comparado 
é um registro quantitativo de tempo (horas, minutos, segundos), distância 
(metros, centímetros) ou peso (quilos, gramas).
Precisão: referem-se àqueles em que o resultado da ação motora 
comparado é a eficiência e a eficácia de aproximar um objeto ou atingir 
um alvo. Caracterizam-se por lançar ou arremessar determinado objeto, 
procurando acertar um alvo fixo ou móvel.
As atividades motoras, em geral, e os esportes, em particular, têm sido 
objeto de diversas classificações. As orientações aqui apresentadas para 
classificar o esporte privilegiam as ações motoras intrínsecas, reunindo 
esportes que apresentam exigências motrizes semelhantes em suas práti-
cas, ou seja, ações motoras parecidas. Um exemplo está nos esportes de 
precisão, que requerem capacidade de fazer com que um objeto atinja 
um alvo, mesmo com regras e objetos diferenciados para cada esporte.
Bocha, boliche, tiro com arco, todos estes exigem o lançar ou arremes-
sar com precisão, e não com força, para alcançar a maior distância, como 
é o caso dos arremessos e lançamentos no atletismo, que é um esporte 
de marca.
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Conversa com os alunos
Sugerimos que nesse momento você realize um “varal de ideias” 
com seus alunos. Para tanto, selecione previamente um varal de barbante 
ou fio de nylon, prendedores de roupas e pequenos papéis em branco.
Pergunte quais esportes conhecem (se já viram, se já tiveram acesso 
por meio da mídia – rádio, TV, celular, etc. – e quais praticam). À medida 
que forem surgindo as respostas, anote-as nos papéis e pendure-os no 
varal. Depois, converse com os alunos que nem todas as atividades físicas 
são esportes e que, para ser considerado esporte, o jogo deve ter regras 
universalmente institucionalizadas. Então, vá retirando do varal o que não 
for caracterizado como esporte. 
A seguir, explique a eles que os papéis que sobraram no varal corres-
pondem aos esportes, e que eles irão praticar alguns deles de maneira 
diferente de como os atletas fazem. Para que isso aconteça, certas regras 
precisam ser adaptadas.
Antes de iniciar as vivências práticas, procure na internet e mostre-lhes 
alguns vídeos dos esportes que serão realizados – como atletismo, boliche, 
bocha e tiro com arco –, a fim de que possam perceber suas regras. 
Vivência corporal
Esportes de marca
No conjunto dos esportes de marca encontramos o atletismo, o remo, o 
ciclismo, o levantamento de peso, a patinação de velocidade, entre outros.
No âmbito escolar, o mais comum é se trabalhar o atletismo, que 
abrange diversos movimentos corporais culturalmente elaborados pelo 
ser humano, como: correr, o mais rápido possível, uma distância curta e, 
também, adequando a velocidade à distância que deverá percorrer em 
uma prova de resistência; saltar o mais alto ou mais longe que puder, 
contrariando a força da gravidade; e arremessar ou lançar o mais distante 
possível um objeto.
Converse com os alunos, contando a eles que o atletismo é um dos 
esportes mais antigos, sendo realizado desde a Grécia Antiga, em 776 a.C., 
nos primeiros Jogos Olímpicos, com o objetivo de selecionar os homens 
mais rápidos e mais fortes. O corpo belo e atlético era o ideal da socie-
dade na época. Explique, resumidamente, que esse esporte é composto 
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de várias provas: corridas de velocidade (distâncias curtas) e de resistência 
(distâncias mais longas); corridas de revezamento; salto em altura (para 
cima) e em distância (para frente); arremesso de peso; e lançamento de 
dardo, de disco e de martelo.
Para realizar algumas provas de atletismo com os alunos, estas deverão 
ser adaptadas às condições das crianças, ao espaço e aos materiais dispo-
níveis na escola, encurtando distâncias, adaptando o peso (do arremesso), 
usando cordas para delimitar a alturae a distância dos saltos, promovendo 
mais a coletividade e a ludicidade.
O objetivo é tornar o esporte na escola uma prática acessível e praze-
rosa para as crianças, inclusive as com deficiência (conforme inc. XV, art. 28 
da Lei n.º 13.146/2015). Além disso, devemos deixar claro que a Educação 
Física escolar não visa à formação de atletas, mas possibilita que todos 
possam conhecer os esportes, para serem praticantes ou espectadores, 
bem como vivenciar as atividades – por isso a adaptação de provas e 
modalidades.
A adequação vai acontecendo de acordo com a necessidade de cada 
aluno, por exemplo, um deficiente visual poderá realizar uma corrida com 
um colega o acompanhando, assim como existem os guias no atletismo 
paralímpico, sob administração do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Os jogos paralímpicos reúnem competições esportivas em várias 
modalidades para pessoas com deficiências de locomoção, cegos, surdos, 
amputados e paralisados. Um guia na corrida tem a função de orientar o 
atleta em relação às delimitações da pista, estando ambos ligados por 
uma corda.
Corrida com estafetas
Uma maneira bem lúdica de realizar corridas com os alunos é usando 
como estratégia a brincadeira de estafetas, na qual duas ou mais equipes, 
dispostas em colunas, têm a mesma tarefa. Cada criança que cumpri-la 
encosta na mão do próximo colega da coluna e vai para o fim da fila. 
Segue a brincadeira até que todos cumpram a tarefa e vence a equipe 
que terminar antes.
Organize os alunos em duas ou mais colunas e delimite uma distância 
de mais ou menos uns 20 metros. Então, coloque um cone ou qualquer 
outro objeto para realizar a marcação e explique como devem ser feitas 
as tarefas:
1) Correr, passar por trás do objeto de marcação e voltar correndo;
2) Correr, carregando uma bola (ou um bastão), passar por trás do 
objeto de marcação, voltar correndo e entregar o objeto para o 
próximo da coluna;
Como subsídio para 
essa modalidade 
de esporte, seguem 
algumas indicações 
que poderão auxiliá-lo 
nesse trabalho.
Confederação 
Brasileira de 
Atletismo: https://
www.cbat.org.br/
atletismo/categorias_
oficiais.asp;
Comitê Paralímpico 
Brasileiro: https://
www.cpb.org.br/
modalidades/46/
atletismo;
Sobre os atletas-guia: 
https://agenciabrasil.
ebc.com.br/rio-2016/
noticia/2016-09/
atletas-guia-se-
superam-para-
acompanhar-ritmo-
de-campeoes-
paralimpicos;
Rede Nacional de 
Esportes: http://www.
brasil2016.gov.br/
pt-br/megaeventos/
paraolimpiadas/
modalidades/
atletismo. Acesso 
em: 8 jun. 2021.
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3) Correr, fazendo zigue-zague, por entre alguns marcadores coloca-
dos à frente das colunas, passar por trás do objeto de marcação e 
voltar em zigue-zague;
4) Em dupla, correr de mãos dadas, passar por trás do objeto de mar-
cação e voltar correndo;
5) Correr, passar por dentro de um arco – que estará no lugar do objeto 
de marcação – e voltar correndo.
Na brincadeira de estafeta, muitas outras tarefas poderão ser realizadas 
e criadas pelos alunos, com ênfase na corrida.
Corrida de velocidade
Para a criança, o simples fato de correr já é uma brincadeira e, quando 
ela é desafiada, a motivação aumenta ainda mais. Portanto, posicione os 
alunos um ao lado do outro para que, ao seu comando, todos corram até 
uma distância previamente determinada. 
É importante deixar claro que o objetivo da atividade é que todos 
cheguem até o ponto combinado, e não a disputa pelo primeiro lugar, ou 
seja, não é uma competição com 
vistas a identificar quem chega 
antes, mas quem consegue 
atingir a marca combinada, a 
fim de que nenhum aluno se 
sinta excluído.
Corrida de revezamento
Antes de promover a corrida de revezamento, informe aos alunos que, 
de acordo com alguns historiadores, essa modalidade teve origem nos cor-
reios da Pérsia e do Egito. Nas estradas dessas regiões foram construídas 
cavalariças (lugar onde se alojam cavalos), com a finalidade de receber mais 
rapidamente as correspondências. Então, os mensageiros iam se revezando 
nas cavalariças e diminuindo o tempo de viagem, que durava dias.
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Na sequência, organize os alunos em quatro equipes, de modo que 
formem uma cruz. Cada equipe ficará em fileira, um sentado ao lado do 
lado do outro no chão ou em bancos. As crianças (uma de cada equipe) 
que se sentarem nas extremidades estarão segurando um bastão, que 
pode ser um pedaço de madeira ou uma bandeirinha de cor diferente, 
identificando a equipe.
Ao seu sinal, essas crianças passam a correr no sentido anti-horário, 
por exemplo, em volta de todos nas fileiras, até chegar à sua equipe, 
onde entregará o bastão para o próximo colega – que era anterior-
mente o penúltimo – e posiciona-se no início da fileira. Assim segue 
a brincadeira até que todos tenham corrido, vencendo a equipe que 
terminar primeiro.
Salto em distância
A ideia dessa atividade é que o aluno estabeleça um desafio com ele 
mesmo, a fim de descobrir até onde pode ir. O local mais adequado para 
realizá-la é um terreno com areia, mas poderá ser feita em outro espaço.
Organize os alunos em duplas e entregue-lhes um marcador, que 
poderá ser um giz, uma corda, ou qualquer objeto similar, a fim de sinali-
zarem a marca alcançada pelo salto. Uma das crianças corre, saltando para 
cima, impulsionando-se para frente e batendo com um dos pés no chão. 
Nesse momento, a outra marcará no chão a distância atingida pelo colega, 
exatamente no local da “queda”. 
Na sequência, quem saltou realizará mais dois saltos, tentando au-
mentar a distância e superar sua própria marca. Depois, o mesmo processo 
será feito pelo outro colega.
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No site do Portal 
Domínio Público 
você pode acessar o 
vídeo intitulado “O 
esporte ao longo da 
vida” (Série Esporte 
na escola, da TV 
Escola), de autoria 
do Ministério da 
Educação, que está 
disponível em: http://
www.dominiopublico.
gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.
do?select_
action=&co_
obra=50454. Acesso 
em: 8 jun. 2021.
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Salto em distância cooperativo
Forme duas equipes, dispostas em 
colunas. Os primeiros alunos de cada 
coluna realizarão um salto em distân-
cia e os próximos saltarão partindo 
exatamente do ponto em que seus 
colegas atingiram. Assim segue, até 
que todos tenham saltado, e vence 
a equipe que marcar a maior distância.
Salto em altura
Para essa atividade, selecione um espaço da escola que tenha areia ou 
gramado. Se for utilizar uma quadra ou um terreno com chão cimentado, 
é importante colocar colchões, colchonetes, tatame ou EVA embaixo da 
corda, para que as crianças não se machuquem.
Amarre uma corda grande em duas extremidades, como postes, co-
lunas ou árvores, numa altura bem próxima ao chão. Você pode também 
amarrar uma extremidade e segurar na outra, ou mesmo solicitar ajuda de 
algum aluno para segurar numa das pontas e você, na outra.
Eles deverão estar posicionados em coluna, a uma boa distância da 
corda, pois irão correr e saltar por cima da corda. Após todos saltarem, vá 
aumentando a altura gradativamente, até que nenhum aluno consiga mais 
ultrapassar a corda (chegando ao desafio máximo de cada um). Depois, 
volte a diminuir a altura até que todos possam executar o salto novamente.
Permita, inclusive, que executem o salto da maneira como se senti-
rem mais seguros, sem imposição de técnicas ou estilo de salto (tesoura, 
flop), podendo cada um arriscar novos desafios motivados pelo salto dos 
próprios colegas.
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Arremesso de peso
Os alunos deverão estar dispostos em colunas (quatro, cinco 
ou seis, dependendo do número de alunos e do material que 
tiver à sua disposição). O objetivo é arremessar as bolas, em 
linha reta, omais distante possível. Para que a 
atividade seja mais dinâmica, aumente 
o número de colunas.
Marque no chão algumas 
linhas à frente com distâncias de 5 m, 
10 m e 20 m, por exemplo, e também 
onde os alunos deverão ficar. Na sequência, 
solicite que um de cada vez na coluna arremesse diversos tipos de bolas (de meia, de borracha, 
de medicinebol, de handebol, etc.), para que percebam a força empregada para arremessá-las.
Depois, proponha uma partida entre equipes. Escolha, junto com os alunos, a bola que 
será utilizada ou use a pelota (bola pequena usada em competições na categoria pré-mirim, em 
substituição ao peso), se você a tiver na escola. 
Então, um aluno deverá lançá-la, e a distância será marcada e somada aos demais arremessos 
dos colegas da equipe. O vencedor será o grupo que somar a maior distância.
Lançamento de dardo
Há uma diferença entre lançar e arremessar. No lançamento, os objetos são atirados; no 
arremesso, são empurrados. 
Ao realizar a prova de lançamento de dardo, é preciso adaptar o material para as crianças. 
Você poderá utilizar pedaços de canos de PVC, cabos de vassoura, bastões de ginástica ou con-
feccionar um dardo com material alternativo. 
Dardo feito com “espaguete de natação”
Materiais: um espaguete de natação pequeno, dois pedaços de TNT, um lacre plástico, fita 
adesiva, tesoura sem ponta, uma bolinha de tênis ou similar.
Como fazer: 
1.º Posicionar a bolinha na ponta do espaguete e cobri-la com o TNT.
2.º Colocar o lacre plástico bem apertado, logo após o final da bolinha, e cobri-lo com fita 
adesiva.
3.º Passar a fita adesiva no TNT, em volta do espaguete, cortando a sobra e dando o 
acabamento.
4.º Pegar o outro pedaço de TNT e fazer um rolinho, deixando um pedaço sem dobrar. 
5.º Usar a tesoura, fazer pequenos cortes no rolinho, a uma distância de mais ou menos 
um dedo.
6.º Abrir o TNT e fixá-lo com fita adesiva na outra extremidade do bastão. 
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Após, demarque algumas linhas no chão, com 
distâncias variadas, e organize os alunos em uma 
única fileira, atrás da primeira linha demarcada 
no chão. Solicite que abram os braços para se 
distanciarem uns dos outros. Ao seu sinal, cada 
um lançará seu dardo adaptado para frente, o 
mais longe possível, tentando fazer com que este 
chegue à linha mais distante.
Perceba que as atividades sugeridas são pos-
síveis de serem realizadas por crianças com diferentes 
deficiências. Nada impede que um aluno cadeirante, ou com problemas 
de visão, de audição, etc., realize um lançamento ou um arremesso.
Lançamento de disco
Mais uma vez é preciso adaptar o objeto às crianças, para que obte-
nham sucesso na execução do exercício. Solicite previamente o material 
para os alunos, para que, juntos, vocês façam um disco bem bonito.
Disco confeccionado com material alternativo
Materiais: dois pratinhos de papelão tamanho médio, fita adesiva, 
pedras pequenas, folhas de jornal, tesoura sem ponta, canetinhas 
coloridas ou lápis de cor.
Como fazer:
1.º Solicitar que os alunos enrolem uma das pedras em uma folha 
de jornal e coloquem-na dentro de um dos pratinhos de papelão. Porém, 
você deverá auxiliá-los para que as folhas fiquem bem amassadas.
2.º Farão isso com as outras pedras até encher o pratinho (mais ou 
menos umas sete pedrinhas).
3.º Na sequência, eles devem colocar o outro pratinho em cima 
deste, fechando o disco. Ajude-os a passarem fita adesiva em toda a 
borda para juntar os dois pratinhos. 
7.º Agora, cada criança vai caprichar no enfeite do seu disco, 
desenhando e pintando-o com canetinhas ou lápis de cor.
Assim como no lançamento do dardo, o objetivo é projetar o disco o 
mais distante possível. As crianças devem formar uma única fileira atrás de 
uma linha demarcada no chão e, ao seu sinal, lançar o disco.
Quando praticarem várias vezes a atividade, solicite que lancem o 
disco, agora uma de cada vez, demarcando no chão onde exatamente sua 
peça caiu. Depois que todas fizerem seus lançamentos, é possível visualizar 
quem lançou mais longe.
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Desafie seus alunos a 
montarem um circuito 
de atletismo, em que 
cada estação será uma 
prova. Um circuito é 
caracterizado por uma 
ordem sucessiva de ati-
vidades, de estágios e 
de provas realizadas em 
locais definidos, chama-
dos de estações. Solicite 
que escolham em qual 
local será feita cada es-
tação (prova), numeran-
do-as em sequência.
Forme pequenos gru-
pos (um responsável 
para cada estação) e 
ajude-os a montar o cir-
cuito com os materiais 
necessários para cada 
prova: 
• Corda ou cones para 
delimitar o trajeto 
nas corridas;
• Corda longa, colcho-
netes ou colchões 
para salto em altura;
• Espaço de areia ou 
colchonetes e fita 
métrica para o salto 
em distância;
• Bola ou pelota para 
o a r remesso de 
peso;
• Fita métrica, dardos 
e discos confeccio-
nados com material 
alternativo para os 
lançamentos.
Na sequência, eles 
vão passando pelas es-
tações até que todos 
tenham percorrido o 
circuito.
 ReinventandO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Esportes de precisão
Esportes de precisão são aqueles que visam à ação motora de lançar, 
arremessar ou atirar na direção de um alvo, tentando atingi-lo com precisão 
ou chegando o mais próximo possível do ponto que se procura alcançar.
No conjunto desses esportes encontramos o boliche, a bocha, o tiro 
com arco, o tiro esportivo, o golfe, o dardo, entre outros. A seguir, serão 
apresentados alguns deles, possíveis de serem realizados na escola, com 
adaptação de materiais e modificação de algumas regras.
Boliche
O boliche é um jogo de disputa de um jogador contra o outro ou de 
uma equipe contra a outra e consiste em rolar uma bola e derrubar o maior 
número de pinos que estarão a certa distância. Por ter poucas regras e ser 
de fácil compreensão, é adequado para crianças pequenas.
Explique aos alunos que se trata de um esporte realizado em pistas 
próprias, com pinos e bolas oficiais, e que se originou há muitos anos, pois 
foram encontrados registros dessa prática em tumbas egípcias. 
Pergunte se eles já viram alguma pista de boliche, se jogaram alguma 
vez ou viram alguém jogar, já que, segundo a Confederação Brasileira de 
Boliche, existem no Brasil mais de 200 centros voltados para essa prática, 
com aproximadamente 2.000 pistas oficiais, sem contar com pistas desti-
nadas ao lazer, em clubes, shoppings, salões próprios, etc.
No entanto, informe que na escola eles realizarão a atividade com ma-
teriais alternativos, adaptados às condições deles. Você poderá usar jogos 
de boliche industrializados, como os feitos de plástico, ou confeccioná-los 
com material alternativo.
Jogo de boliche confeccionado 
com material alternativo.
Jogo de boliche industrializado.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Jogo de boliche produzido com garrafas PET
Materiais: folhas de papel crepom coloridas e folhas de jornal, 
dez garrafas PET limpas e sem rótulo, um pouco de areia, fita adesiva 
colorida e tesoura.
Como fazer:
1.º Colocar dentro das garrafas um pouco de areia.
2.º Cortar as folhas de papel crepom em tiras e, com elas, preencher 
todas as garrafas.
3.º Depois, é só tampá-las e estarão prontos os pinos.
4.º Para confeccionar a bolinha, amassar seis folhas de jornal e passar 
as fitas adesivas coloridas em volta delas, cuidando para deixar o objeto 
uniformemente redondo.
Monte os jogos de boliche, traçando uma linha no chão, que vai esta-
belecer o ponto onde os alunos iniciarão a jogada, não podendo pisar ou 
ultrapassar essa marca. A uma certa distância, desenhe círculos no chão 
para demarcar o local onde deverão ficar os pinos. 
Organize a turma em colunas, de acordo com o número de jogos de 
boliche que tiver, ou seja, um jogo para cadacoluna.
Os primeiros alunos das colunas rolam as bolas em direção aos pinos, 
tentando derrubá-los. Em seguida, contarão o número de pinos que derru-
baram e vão arrumá-los novamente no lugar, para que os próximos colegas 
executem o arremesso e, assim, sucessivamente, até todos jogarem.
Previamente confeccione um cartaz com o nome das crianças e deixe 
um espaço em branco ao lado para que elas registrem a quantidade de pi-
nos que forem derrubando. Depois de repetirem vários arremessos, realize 
junto com a turma a contagem, para saber quem conseguiu derrubar mais 
pinos. Nesse momento, você estará estabelecendo a interdisciplinaridade 
com Matemática.
Bocha
Esse esporte não é muito conhecido e praticado pelas crianças aqui no 
Brasil e muitos dizem até que é um esporte para idosos, mas a bocha que 
vem se difundindo cada vez mais no país. Por essa razão, faz-se necessário 
apresentar o esporte para os alunos.
Inicie mostrando vídeos para eles conhecerem melhor essa prática 
e vá chamando a atenção deles para alguns pontos: o material usado, a 
cancha, o objetivo principal e algumas regras básicas.
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Informe-os que esse jogo surgiu na época do Império Romano, na 
região que hoje é conhecida como Itália, com o nome de boccia, e foi 
levado para todos os povos dominados por esse Império. Com o passar 
dos anos, foi difundido para outros países, inclusive o Brasil.
Explique também que o jogo consiste em arremessar bochas (bolas) 
sobre uma cancha, fazendo com que estas fiquem paradas o mais próximo 
possível do bolim (pequena bocha/bola). Pode ser praticado em canchas 
de terra batida, de saibro ou sintética. 
As bochas são feitas de madeira ou de resina sintética, porém podem 
ser confeccionadas de outras formas. 
Bochas feitas com material alternativo
Materiais: oito bolinhas de borracha ou de plástico, todas do mesmo 
tamanho.
Como fazer: 
1.º Realizar uma abertura nas bolinhas, de preferência com um 
estilete.
2.º Auxiliar os alunos a colocarem areia nas bolinhas, preenchendo-as.
3.º Para fechá-las, utilizar cola ou fita de grande aderência e que não 
deixe relevo sobre as bochas.
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Com as bochas prontas, você precisará de oito bolins, que podem ser 
bolinhas de pebolim (jogo de totó, futebol de mesa) ou uma bolinha de 
meia. Para a cancha, é preciso escolher um terreno plano (terra de chão 
batido, de saibro, de cimento ou quadra). Demarque, no chão, duas linhas 
de mais ou menos 3 metros.
Organize os alunos em oito colunas, uma distante da outra, atrás da 
primeira linha. O primeiro aluno de cada coluna jogará o bolim, que deverá 
ultrapassar a segunda linha. Caso não ultrapasse, deverá jogar novamente e 
posicionar-se atrás do bolim. O segundo aluno da coluna fará o arremesso 
Você poderá buscar 
mais informações 
sobre esse esporte 
acessando:
http://www.
brasil2016.gov.br/
pt-br/megaeventos/
paraolimpiadas/
modalidades/bocha;
Acesso em: 8 
jun. 2021.
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da bocha, tentando fazer com que ela chegue o mais próximo possível do 
bolim, atrás do qual deve se posicionar, enquanto o colega que ali estava 
pega a bocha, entrega-a para o próximo colega da coluna e vai para o final 
dela. E assim segue a atividade, sucessivamente, até que todos joguem 
várias vezes, percebendo a força que devem empregar na bocha para que 
ela se aproxime do bolim.
Depois que os alunos realizarem vários arremessos, forme duas equipes 
com quatro crianças. Cada equipe terá quatro bochas da mesma cor. Um 
aluno de cada equipe tira par ou ímpar para saber quem joga o bolim, ou 
você pode sugerir outras formas de escolha, na seção "Escolhendo quem 
começa", nas páginas 25 e 26.
Assim que jogar o bolim, o aluno jogará também a sua “bocha”, 
seguido dos demais colegas. A bocha mais próxima é que vai determinar 
a equipe vencedora. As duas equipes serão substituídas por mais duas 
equipes. A atividade continua até que todos tenham jogado.
Estilingue ou funda
Reconhecido pela Confederação Brasileira de Estilingue (CBE), o 
estilingue é “Cultura, Esporte e Lazer”. Apresenta-se em várias modalida-
des, na forma de atiradeira: estilingue de dedeira, estilingue de gancho, 
bodoque, boleadeira.
Uma das grandes preocupações da CBE é quanto à preservação am-
biental, o que se comprova nas palavras do seu presidente, ao encerrar o 
documento que regulamenta as regras do esporte:
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“Não mate ou maltrate os animais. Acerte apenas no alvo. Preserve a 
natureza.” (Alberto Alves do Nascimento – Presidente da CBE)
Primeiramente, investigue com os alunos por qual nome eles conhecem, 
se já viram e se já brincaram com um estilingue. Então, explique a eles que 
existem vários nomes para esse jogo, dependendo do país ou da região 
do Brasil onde é praticado ou, ainda, conforme o modelo da atiradeira.
Também conhecido por funda, chiloida, bodoque ou badoque, ba-
leadeira ou baladeira, tem denominações diferentes em Angola, onde é 
chamado de xifuta, e em Portugal, onde é conhecido por fisga ou cetra.
Com o mesmo objetivo do tiro com arco, explique aos alunos que se 
trata de uma espécie de atiradeira de projéteis que visa acertar um alvo.
Fale ,inclusive, que existem vários tipos de estilingue, desde os mais 
tradicionais e artesanais – feitos de “forquilha” de madeira (bifurcação 
em Y de um galho de árvore), borrachas de câmara de ar e um pedaço de 
couro – até os mais sofisticados, que são industrializados e comercializados 
com bússolas e esferas de aço. 
Atiradeiras industrializadas.
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Atiradeira artesanal.
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Converse com os alunos abordando que, durante muito tempo, o 
estilingue era um brinquedo de meninos, usado para matar passarinho. 
Veja qual a opinião deles sobre a questão e se é possível a diversão com 
outro tipo de alvo.
Alerte-os sobre os perigos de acertarem um colega ou uma vidraça 
com os projéteis. Por isso, eles precisam estar atentos ao atirar e nunca 
devem buscar os objetos já lançados, a não ser com o seu comando, 
quando ninguém estiver atirando. 
Procure saber se algum aluno tem estilingue em casa, ou se sabe 
fazer, para trazer na próxima aula. Você poderá também, previamente, 
confeccionar alguns estilingues. Busque em sites, livros, almanaques, etc. 
a maneira de construí-los. 
Organize os alunos em colunas, de acordo com o número de estilin-
gues que você tiver à disposição. Demarque uma linha no chão, que será o 
ponto de lançamento e, mais à frente, coloque sobre uma carteira escolar 
Você pode consultar 
o regulamento e 
as modalidades do 
estilingue acessando o 
site da Confederação 
Brasileira de Estilingue 
(CBE), disponível em: 
http://estilinguecbe.
wixsite.com/
estilingue. Acesso 
em: 8 jun. 2021.
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um alvo (latas de vários tipos: 
leite em pó, achocolatado, 
extrato de tomate, ervilha 
ou milho; diversos tipos de 
garrafas e de copos plásti-
cos, etc.). 
Cada coluna terá pedri-
nhas pequenas ou pelotes 
(bolinhas feitas de terra e 
secadas em forno ou ao sol), con-
feccionados previamente pelos alunos, para serem lançados/atirados pelo 
estilingue, com o objetivo de acertar o alvo.
Depois que efetuarem várias vezes os lançamentos, combine com eles 
como farão a pontuação, ou seja, se será individual, por equipe (somando 
os acertos de todos da coluna) ou de outra maneira que eles sugerirem.
Tiro com arco
Também conhecido como arco e flecha, é um esporte que tem como 
objetivo principal acertar uma flecha em um alvo fixo, com o uso de um arco.
Questione os alunos sobre o arco e flecha, se eles sabem desde quando 
são utilizados e por quem, enquanto você vai dando subsídios para que 
eles possam compreender que seu uso surgiunos primórdios da humani-
dade, com a finalidade de caçar animais para sobrevivência e de guerrear 
contra o inimigo. Com o passar dos tempos acabaram sendo substituídos 
por armas de fogo e, atualmente, são usados para o esporte tiro com arco. 
Para que esse esporte se torne atraente e possível de realização pe-
las crianças, é preciso adaptar regras e materiais. Veja, a seguir, algumas 
práticas para serem realizadas na escola.
Perceba, no entanto, que para o caso de inclusão de alunos com defi-
ciência algumas atividades já estão adaptadas a fim de que todos possam 
vivenciá-las, sem a preocupação com a técnica. Por exemplo, na atividade 
que segue, “alvo nos cones”, um aluno com deficiência visual poderá ser 
posicionado em frente ao cone e fará, então, o lançamento do arco; de-
pendendo de onde este cair, receberá verbalmente suas orientações ou 
mesmo as de um colega, para empenhar ou reduzir a força, lançar mais 
para direita ou mais para a esquerda.
Alvo nos cones
Separe cones e arcos (bambolês) que você tenha na escola. Se não 
tiver esses materiais, pode escolher outro alvo como caixas de papelão, 
cestos de lixo, garrafas de plástico com areia dentro, etc.
Há mais informações 
sobre o esporte 
tiro com arco 
disponíveis em: http://
rededoesporte.gov.br/
pt-br/megaeventos/
olimpiadas/
modalidades/tiro-
com-arco; e https://
www.cob.org.br/pt/
galerias/noticias/
marcus-dalmeida-
quebra-o-recorde-
brasileiro-de-tiro-com-
arco-pela-terceira-
vez-em-2019/. Acesso 
em: 8 jun. 2021.
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Usando uma corda grande, ou giz, marque uma linha no chão, que 
será onde os alunos deverão ficar para executarem o lançamento. Coloque 
os cones ou outro alvo a certa distância diante da linha.
Disponha os alunos em colunas, de acordo com a quantidade de mate-
riais disponível, em frente aos cones, atrás da linha demarcada. O primeiro 
da coluna deverá lançar o arco, tentando fazer com que este envolva o 
cone, sem derrubá-lo. Logo após o lançamento deverá pegar o arco, pas-
sar para o próximo colega da coluna e ir para o final dela. Possibilite que 
repitam várias vezes a atividade.
Alvo nas latas
Inicie a atividade utilizando como alvo algumas latas, podendo usar 
também garrafas e copinhos plásticos ou outro material similar. Uma 
bolinha de meia ou de papel servirá para acertar o alvo.
Coloque sobre uma carteira escolar as latas organizadas em 
formato de pirâmide (quatro na base, três em cima, depois 
duas e, por último, uma lata). Delimite, com um traço no chão 
ou uma corda, a distância entre as latas e o lançador.
Organize as crianças em coluna, a fim de que uma de cada vez 
lance a bolinha nas latas, tentando derrubá-las. Cada lata derrubada 
vale um ponto. Quem fez o lançamento organizará as latas para o próximo 
colega, desenvolvendo, assim, o senso de coletividade. A brincadeira deve 
ser realizada várias vezes pelas crianças.
Arco e flecha
Essa é a atividade adaptada que mais se aproxima do tiro ao alvo com 
arco e flecha. Converse com a turma sobre os diferentes tipos de arco e 
flecha que existem, desde os artesanais até os fabricados. Se alguém tiver 
o brinquedo em casa, pergunte de que material é feito.
Solicite que pesquisem as variedades de arco e flecha e tragam a infor-
mação para conversarem na próxima aula, bem como o material necessário 
para confeccionarem, junto com você, um arco, as flechas e um alvo.
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Tipos de arco e flecha.
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Arco e flecha feito com material alternativo
Material: quatro palitos de sorvete, dez espetinhos de madeira para churrasco, uma folha 
de isopor pequena e grossa, fita isolante, barbante, tesoura e cola.
Como fazer:
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1.º Furar dois palitos de sorvete bem no meio 
(o furo deve ser suficiente para passar o espetinho 
de churrasco) e marcar 2 cm ao centro dos palitos. 
2.º Colar dois espetinhos de cada lado dessa 
marcação em um dos palitos com furo e, em 
seguida, o outro palito em cima, centralizando os 
furos dos dois palitos.
3.º Colar os outros dois palitos (sem furo), um 
em cada extremidade.
4.º Reforçar esse conjunto, passando a fita 
isolante umas quatro vezes.
5.º Para amarrar o barbante nas extremidades 
do arco, use papelão ou material similar. 
6.º Como flecha, será utilizado um espetinho 
de churrasco, com um pequeno corte (como se 
fosse uma valetinha) na extremidade que não tem 
a ponta.
7.º Para confeccionar o alvo, usar a folha 
de isopor e desenhar círculos concêntricos com 
valores em cada área entre eles ou solicitar que 
os alunos colem na folha de isopor um alvo 
previamente elaborado e reproduzido por você.
8.º Se optar pelos valores oficiais, serão dez 
círculos, sendo que a área mais externa valerá um 
ponto e a mais central, dez. No entanto, é possível 
adaptar, desenhando menos círculos, com áreas 
maiores e outros valores.
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Assim que todos estiverem com seus brinquedos confeccionados, é 
hora da diversão.
Distribua as crianças pelo ambiente e fixe os alvos em locais diversos, 
longe uns dos outros, de forma a evitar possíveis acidentes. Não se esqueça 
de conversar, antes, sobre os perigos e como manter a segurança.
Após experienciarem várias vezes a prática, forme duplas, trios ou 
grupos para disputarem entre si, fazendo a contagem dos pontos de acordo 
com o alvo acertado.
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Você pode obter mais 
informações sobre 
o dardo de salão 
acessando: 
https://cutt.ly/YKLtJL2. 
Acesso em: 5 mar. 2021.
Desafie os alunos a realizarem um jogo de boliche cooperativo, em que não haja disputa entre colegas ou equipes, mas 
que se estabeleça uma meta para o grupo, a fim de que todos se esforcem para o bem de toda a turma.
Defina com eles qual será a meta, por exemplo, um determinado número de pontos em tantos minutos, e solicite que 
experimentem a nova forma de jogar.
Em um segundo momento, converse com os alunos a respeito de que muitos brinquedos e brincadeiras, assim como 
diferentes instrumentos utilizados para a sobrevivência humana, foram criados, recriados, inventados e reinventados. Desse 
modo, mudaram de função de acordo com as necessidades e, assim, foram surgindo vários esportes que são praticados 
atualmente. Muitos deles derivam de outros e, por isso, apresentam características bem semelhantes; alguns, porém, com 
certas regras modificadas.
Sugira que cada grupo inicie a criação de um novo jogo, de uma nova brincadeira. Comente que existe 
um esporte de precisão muito semelhante ao tiro com arco, que é o dardo de salão, em que o 
jogador deve arremessar um dardo com uma das mãos num tabuleiro com alvos. 
Agora, proponha que os alunos encontrem, junto com seus familiares, uma maneira de confec-
cionar, com material alternativo, um dardo para arremessarem ao alvo – conforme o preparado no 
arco e flecha – e trazerem na aula seguinte.
Explique a eles que o dardo de salão é diferente do lançamento de dardo, já visto por eles quando 
estudaram o atletismo, uma vez que o o primeiro requer precisão, enquanto o segundo exige força.
Para obter mais informações sobre o dardo de salão, acesse: https://www.torcedores.com/noti-
cias/2019/06/dardos-conheca-mais-sobre-a-modalidade. Acesso em: 8 jun. 2021.
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Sistematizando o conhecimento
Proponha aos alunos a realização de um pequeno evento na escola, denominado, 
por exemplo, “Festival esportivo”, envolvendo as atividades práticas que desenvolveram. 
Organize junto com as crianças alguns pontos, entre eles como solicitar autorização da 
direção da escola, como divulgar quais turmas participarão,se serão disputas individuais 
ou por equipes, qual será a premiação, o dia, o horário, o local do evento, entre outros.
Você poderá solicitar o auxílio de outros profissionais da escola e de alunos maiores, 
de outros anos de escolaridade. Assim, muitas áreas do conhecimento estarão envolvidas, 
como a Língua Portuguesa, com a produção de textos; a Geografia, com o estudo da planta 
baixa da escola para saber onde serão colocadas as estações; e a Matemática, caso forem 
utilizadas tabelas.
Na data escolhida para o evento, organizem o espaço com os materiais necessários, 
em estações, como se fosse um circuito. As crianças deverão passar por todas as ativida-
des, resguardadas suas limitações. Ao final, todos receberão um prêmio de participação.
Em outra ocasião, é importante reunir os alunos e conversar com eles a respeito de 
como foi o festival, se gostaram, o que deu certo e o que poderia melhorar, o que muda-
riam, entre outros detalhes. Por essa razão, se houver possibilidade, não se esqueça de 
fotografar e filmar o evento para mostrar a eles.
Solicite que registrem o evento por meio de desenhos ou de escrita e montem um 
painel bem bonito com os resultados e algumas fotos. 
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
FICHA DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 
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Nome do(a) professor(a): 
Nome do(a) aluno(a): 
 
Turma: 
Legenda:A = Atingiu
AP = Atingiu parcialmente
NA = Não atingiu
DATA/
BIMESTRE
CONTEÚDO
Pa
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Observações: 
 
FOTO DO(A) 
ALUNO(A)
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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EDUCAÇÃO FÍSICA
FICHA DE AUTOAVALIAÇÃO
 ANO
Nome do(a) aluno(a): Turma: 
 Alegre, porque gostou da atividade e conseguiu realizá-la.
 Desapontado, pois aconteceu algum problema na aula com relacionamento 
entre colegas ou com o professor, sofreu preconceito ou foi discriminado.
 Triste, porque não gostou da atividade e não conseguiu realizá-la.
 Em dúvida, pois gostou da atividade, mas não conseguiu realizá-la ou teve 
muita dificuldade e precisou de ajuda; não entendeu o conteúdo.
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Observe os símbolos e, conforme a explicação do(a) professor(a), preencha os quadros:
Marque com um (X) os sentimentos vivenciados nas aulas de Brincadeiras e jogos:
Atividades
Conversa com os alunos (pesquisa com os 
familiares)
Escolhendo quem começa
Pega-pega
Lenço atrás
Esconde-esconde
Coelhinho sai da toca
Batata quente
Morto-vivo
Brinquedos
Cabra-cega
Maestro
Jogos dramatizados
Jogo de faz de conta
Sistematizando o conhecimento (registro com 
desenhos, massinha de modelar, etc.)
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