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Apostila AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............. 4 O QUE É O SUS? .............6 Princípios e diretrizes do SUS .............6 MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE .............7 SAÚDE DA FAMÍLIA ............. 9 COMUNICAÇÃO EM SAÚDE ............. 10 Tipos de comunicação ............. 11 Pontos relevantes à comunicação .............12 O AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS .............13 Atribuições profissionais .............14 ATIVIDADE DOS AGENTES EM VISITAS DOMICILIARES .............16 Acolhimento .............18 Mapeamento ............. 18 DEFINIÇÃO DE ÁREAS DE RISCO .............20 Técnica de entrevista .............21 PASSOS PARA A ENTREVISTA ............. 22 Atuação intersetorial .............22 MORAL E ÉTICA .............23 MANUAL DO AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS .............24 Ferramentas de trabalho .............24 EPI .............25 EQUIPAMENTOS INSETISIDAS .............27 Fatores de Riscos.............30 Medidas de Proteção à Saúde ............. 34 Imunização .............38 Planejamento.............38 DIAGNÓSTICO .............39 PLANO DE AÇÃO .............39 EXECUÇÃO.............40 ACOMPANHAMENTO.............40 AVALIAÇÃO.............40 ÁREAS DE RISCO.............41 Hierarquia de controle.............41 Tipos de Controle de Vetores ............. 42 SUMÁRIO Tipos de Tratamentos ............. 42 Criadouros e Depósitos .............43 TIPOS DE CRIADOUROS E DEPÓSITOS.............43 Pontos Estratégicos.............44 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO TRABALHO DO AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS .............45 Contextualização Histórica de Legislações em Saúde.............46 NR 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES.............47 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE.............48 CONTROLE DAS DOENÇAS: DENGUE / CHAGAS / LEISHMANIOSE E MALÁRIA .............48 Dengue .............49 Doença de Chagas .............50 Leishmaniose.............52 Malária .............54 REFERENCIA.............56 INTRODUÇÃO As endemias sempre estiveram presentes nas coletividades. Impactando nos contextos sociais, econômicos e ambientais. Com as modificações urbanas, a saída do campo para a cidade e o aumento da população, favoreceram a proliferação e ocorrência de endemias. Endemias são doenças infecciosas desenvolvidas em determinado espaço, ou seja, em local ou região específica. Sendo que as doenças se proliferam naquele local devido causa específica e se espalha para outras localidades, apenas quando há grande proliferação de vetores. A saúde pública no Brasil é marcada pela intensa tentativa de reduzir os surtos endêmicos, como febre amarela, malária, leishmaniose e doença de Chagas, entre outras. As medidas de controle iniciaram já no período colonial. A primeira campanha sanitária ocorreu no Recife em 1961, contra a febre amarela. Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) sempre estiveram presentes nessas campanhas de controle, hoje em dia eles são os profissionais responsáveis por realizar vistorias nas casas das pessoas, a fim de reduzir doenças e seus riscos à saúde. A profissão de Agende de Combate às Endemias foi regulamentada através da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, que foi alterada em 14 de agosto de 2018 pela Lei Federal nº 13.708. O Agente de Combate às Endemias faz parte do Programa de Saúde da Família (PSF), que é uma estratégia do governo que visa à 4 reorganização dos serviços e reorientação de novas bases, buscando a promoção da saúde, ao invés de focar na doença. O PSF é um programa prioritário que reorganiza a Atenção Básica no Brasil, através da Portaria Nº 648, de março de 2006. Esta Portaria tem como um de seus fundamentos a confirmação do acesso universal e sustenta os serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalidade, descentralização, integridade e participação comunitária, mantendo os usuários registrados e vinculados. Afinal o que é a Atenção Básica? É um conjunto de ações de saúde que contemplam o individuo e a coletividade abrangendo a promoção e a proteção, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Faz parte da atenção primária da Saúde. O Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS) divide os níveis de atenção à saúde em: primário, secundário e terciário. O nível primário é voltado para a redução dos riscos da doença e proteção a saúde. Já o nível secundário, é o atendimento especializado e mais específico da doença. No nível terciário, são os atendimentos de alta complexidade. IN T R O D U Ç Ã O 5 O QUE É O SUS? Em 1988, através da Constituição da Republica Federativa do Brasil, foi instituído o Sistema Único de saúde (SUS), que garantiu a todo brasileiro acesso integral, universal e gratuito à saúde no país. O SUS promove campanhas de prevenção a doenças, realização de consultas, exames e intervenções, além de prevenção de vigilância sanitária, promovendo fiscalização de alimentos e medicamentos. Os princípios são a essência do programa ofertado pelo SUS. Abaixo será detalhado cada um dos princípios: Princípios e diretrizes do SUS Universalidade todo e qualquer cidadão brasileiro, sem nenhum tipo de descriminação tem direito ao acesso a saúde. Equidade todas as pessoas são iguais perante o SUS e merecem ser atendidas de acordo com suas necessidades individuais. Integralidade nos serviços e ações de saúde – buscando garantir um cuidado pessoal, além da prática terapêutica, considerando o indivíduo em todos os níveis de atenção e a inserção em seu contexto social, familiar e cultural. Participação Popular e Controle Social busca atender às necessidades dos cidadãos individuais, grupos, organizações ou associações. 6 O Q U E É O S U S ? MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE As diretrizes são regras gerais que determinam como o SUS deve se comportar como política pública, segue as diretrizes: Descentralização é a transferência de responsabilidade entre as esferas do governo. Distribuindo competências a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Regionalização e hierarquização organização dos serviços deve ser distribuída em níveis de complexidade tecnológica, disposto em área geográfica específica com delimitação da população atendida. Participação da comunidade inserção da população brasileira na formulação de políticas públicas e defesa ao direito de acesso a saúde. É uma forma de aliar técnicas e tecnologias para solucionar problemas de saúde, atendendo às necessidades individuais e coletivas. Assim é possível organizar os métodos de trabalho (conhecimentos e ferramentas) utilizados nas práticas ou processos de trabalho em saúde. 7 O Q U E É O S U S ? A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), identifica a Atenção Básica como sendo um conjunto de ações individuais e coletivas que buscam promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, através de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada. A atenção à saúde é dividida em 3 modelos: Atenção primária, secundária e terciária. 8 Atenção primária é o primeiro nível de cuidado em saúde, que se caracterizam por um conjunto de medidas de saúde tomadas a nível individual e coletivo, inclui promoção e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. É a porta de entrada para o SUS. Atenção secundária é o nível intermediário que consiste em serviços profissionais em nível ambulatorial e hospitalar, considerado também como procedimento de média complexidade. Atenção terciária é o nível de maior especialização na área da saúde. Um serviço altamente especializado para pacientes que podem estar hospitalizados e necessitar de procedimentos e exames mais invasivos. Nesse estágio, o paciente tem uma doença grave erisco de vida. O Q U E É O S U S ? Saúde da família é um programa da atenção primária em saúde, é uma estratégia importantíssima para a organização e fortalecimento da atenção básica. Esse programa é desenvolvido por localidade, possibilitando ações de promoção à saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. Também contempla ações que minimizam as endemias. 9 Saúde Da Família A atenção básica é formada por uma equipe multidisciplinar. Composta por: • médico, • enfermeiro, • auxiliares de enfermagem, • agentes comunitários de combate às endemias, • cirurgião-dentista e auxiliar de consultório dentário. Durante as ações é estabelecido vínculos entre profissionais, usuários e comunidade, compartilhando responsabilidades, para assim resolver os problemas de saúde. Tem como estratégia de trabalho: conhecer a real situação da família ouvindo o relato pessoal; cadastrar e diagnosticar suas características sociais, demográficas e epidemiológicas; determinar os principais problemas de saúde e condições de risco da população atendida; e O Q U E É O S U S ? fornecer atendimento integral, providenciando encaminhamentos para outros níveis de atenção, quando necessário. 10 COMUNICAÇÃO EM SAÚDE A comunicação é à base de qualquer tipo de relacionamento pessoal. Em saúde ela é muito importante, porque somente através dela é possível atingir o objetivo da área, que é o cuidado. Ela influencia nas decisões individuais que melhoram a saúde. Através da comunicação é possível disseminar as informações de saúde, dividir experiências, elaborar estratégias, formar alianças e negociações. Ela articula os campos sociais, mas ainda é um campo que está em formação. C O M U N IC A Ç Ã O E M S A Ú D E A comunicação enfrenta diversas barreiras tanto para os trabalhadores da saúde, como para os usuários do programa. Essas dificuldades são decorrentes das linguagens e conhecimentos, que nem sempre são compartilhados de forma adequada entre locutor e receptor. Muitas vezes os usuários dos programas de saúde possuem limitações físicas que impossibilitam a comunicação, 11 como deficiência auditiva e visual. O déficit cognitivo, também se apresenta como uma barreira na compreensão das informações passadas. Os trabalhadores da saúde precisam ter uma comunicação regada a empatia, considerando tanto a comunicação verbal (falas), como a não verbal (postura e gestos). Tipos de comunicação Comunicação interpessoal: é a troca de informações entre duas ou mais pessoas. A troca dessas informações é baseada na cultura pessoal, formação educacional, vivências e emoções. Comunicação em massa: é a disseminação das informações através das mídias, que são os jornais, revistas, livros, rádio, televisão, cinema e Internet. Comunicação não verbal: é a comunicação que não é feita através da fala nem da escrita. Acontece por meio de gestos, sons, sinais e expressões corporais. C O M U N IC A Ç Ã O E M S A Ú D E • Vencer as barreiras pessoais, estabelecendo formas para vencer timidez e conseguir expressar as informações de forma clara e com confiança. • Comunicação eficiente um diálogo empático, com feedback, fazendo elo entre locutor e interlocutor, se colocando no lugar do outro. 12 Pontos relevantes na comunicação • Dimensão vocal, que é 'como' dizer e o tom de voz aplicado, coisas simples faladas de forma ríspidas, podem ser interpretadas de forma negativa. • Comunicação corporal observar os gestos, expressões faciais, estilos, aparências e sinais aplicados durante a transmissão da mensagem. • Termos técnicos, só deverão ser aplicados caso perceba a capacidade de compreensão do receptor, caso contrário simplificar o máximo possível. • Respeitar a dimensão cultural que se refere aos valores dos indivíduos e seu impacto na concepção de saúde. O AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS A CBO classifica os Agentes de Combate às Endemias, com código 5151-40, com as seguintes denominações, também, Agentes de Controle de Vetores, Agentes de Controle de Dengue e Guardas de Endemias. O Agente de Combate às Endemias (ACE) é um personagem de extrema importância na implementação do SUS, pois ele fortalece a integração do usuário em serviços de saúde da Atenção Primária. O Brasil conta com um número expressivo de ACE que procuram promover ações de vigilância em saúde, e não é de hoje esse intenso trabalho, são profissionais que trabalham nos diversos contextos sociais e zonas urbanas e rurais. (Bezerra 2017). 13 Os ACE trabalham no controle de endemias juntamente com as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), em 1944 já haviam fotos comprovando a atuação dos ACE, porém na época eram chamados de Guardas Sanitários. O principal objetivo a ser desempenhado por um ACE é o controle de vetores e erradicação das doenças transmitidas por eles, através do uso de inseticidas e sensibilização da população, por meio de promoção de educação sanitária. O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S O Agente precisa sempre levar em consideração os riscos que a profissão oferece, pois ao fazer o controle dos vetores, esses profissionais acabam se expondo, as doenças transmitidas por eles. Então surge a necessidade de um controle rígido no uso de Equipamentos de Segurança. Existem também muitas orientações relacionadas a segurança desses profissionais instituídas através de portarias, normas regulamentadoras, instruções normativas, notas e 14 manuais que descrevem e orientam sobre a realização do trabalho de campo. A responsabilidade em relação a segurança desses profissionais é do órgão empregador, prevendo principalmente suas funções que estão relacionadas às três esferas de gestão do SUS. Atribuições profissionais Na organização das atividades de campo, o agente é o responsável por uma zona que gira entorno de 800 e 1.000 imóveis. Suas atribuições no combate aos vetores são: • Realização de visita domiciliar, pois auxilia na identificação de casos suspeitos das doenças e agravos à saúde e reportar à vigilância em saúde para que seja articulada ações necessárias junto à equipe de Atenção Básica da secretaria de saúde; • Execução de tratamento focal e perifocal. como medida que complementa o controle mecânico; O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S • Utilização correta dos equipamentos de proteção individual indicados; • Manutenção de registros de informações referentes às atividades executadas, sempre no formulários correspondente; • Informação completa sobre seu itinerário diário de trabalho; • Divulgação de informações para a comunidade sobre sinais e sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças, assim como as medidas de prevenção individual e coletiva; 15 • Participação de reuniões de planejamento e execução de ações que promovam a saúde e controle a doença; • Informação a supervisores sobre áreas com problemas de maior grau de complexidade não solucionados; • Elaboração de diagnóstico demográfico, ambiental, epidemiológico e sanitário, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento das equipes; • Orientação a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças daquela localidade, assim como, medidas de prevenção individual e coletiva; • Identificação de casos suspeitos, encaminhando o usuário para a unidade de saúde de referência, comunicando os responsáveis pelo território; A visita domiciliar é a principal estratégia no controle de doenças desenvolvidas por vetores, não adianta a implementação de ações de controle de vetores no município, se nas casas as pessoas não desenvolverem práticas de controle. A visita domiciliar possui um caráter educativo e busca a participação da população para o extermínio de criadouros. No momento da visita existem alguns princípios a serem observados: 16 ATIVIDADE DOS AGENTES EM VISITAS DOMICILIARES Definição dos objetivos da visita, que pode ser para informar a população, verificar a presença de vetores ou agravos da doença; Conferir o cadastro do usuário no SUS; Ter todos os endereços expressos de forma correta, principalmente se for uma visita de verificação de agravos, a fim de evitar pecas de tempo; Coletar os dados do usuário e grupo familiar; Preencher os formulários de registro e controle de vetores e/ou agravo de doença. A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S 17 É através da visita domiciliar, que é possível a elaboração de um diagnóstico da localidade, por meio de entrevista e mapeamento da comunidade, que são determinantes no processo. Fonte: Prefeitura de Ourinhos. Modelo de ficha de avaliação domiciliar A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S 18 O acolhimento é a escuta dos usuários e visa dar atenção aos mesmos. Durante a visita domiciliar é necessário realizar um acolhimento, com os seguintes passos: 1. Identificação do profissional ao responsável pelo domicilio; 2. Explicação sobre o motivo da visita; 3. Realização da coleta de dados básicos; 4. Verificação da ocorrência de doença e presença de vetores. Acolhimento O mapeamento em saúde é uma ferramenta que, permite a obtenção de informações do perfil sociodemográfico e epidemiológico de determinada população, fornecendo um subsídio para a construção de um plano de ação e controle de proliferação de vetores. Mapeamento A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S 19 Os ambientes e modos de vida de cada Estado, cidade e bairro variam muito, de acordo com as condições econômicas, portanto é necessário começar o mapeamento identificando, primeiramente as condições de saúde, de forma geral. Muito importante durante o mapeamento levar em consideração as condições de vida como: • Saneamento básico; • Contaminações de água, ar, solos e alimentos; • Fonte de renda predominante na localidade. Área de risco Condições favoráveis para aparecimento de doenças Maior propensão de proliferação de vetores. Através do mapeamento é possível entender as áreas e microáreas propensas para o aparecimento e proliferação de doenças. A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S Passos para observar ao fazer o mapeamento: 20 DEFINIÇÃO DE ÁREAS DE RISCO Áreas de risco são partes de um território, que possuem características indesejáveis, aumentando a recorrência de desenvolvimento de doenças e proliferação de animais que disseminam as doenças. A definição da área de risco parte de uma análise da saúde e infraestrutura da localidade. Podemos classificar uma área como sendo de risco quando, há presença de: • Saúde deficitária com alto número de doentes e doenças recorrentes; • Grande proliferação de vetores; • Infraestrutura inadequada. 1. Selecionar a área no mapa e após dividir em microáreas; 2. Identificar locais coletivos da área, como: escolas, creches, comércio, praças, instituições de longa permanência (ILP), igrejas, templos, cemitério, depósitos de lixo/aterros sanitários; 3. Classificar a frequência das visitas e distribuições de profissionais; 4. Separar as microáreas por aparecimento de vetores, inserindo ícones, caso o vetor esteja presente na área marcar no mapa, isso determinará visitas mais frequentes. A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S Condições que determinam risco à saúde: 21 Saneamento: abastecimento de água, esgoto sanitário e destino do lixo inadequado ou ausente. Habitação: domicílios improvisados, alto número de moradores por domicílio. Educação: analfabetismo, baixa escolaridade do chefe da família. Baixa renda. Indicadores de saúde: proporção de mortes por cada doença e nível de mortalidade infantil alto. A entrevista é feita através de questionamentos, entre o entrevistador (quem questiona) e o entrevistado (quem responde). As perguntas tem o objetivo de levantar informação necessária, quanto a saúde dentro da casa ou estabelecimento. A entrevista permite a identificação dos pontos mais críticos da microárea e possibilita a criação de estratégia específica. Técnica de entrevista A T IV ID A D E D O S A G E N T E S E M V IS IT A S D O M IC IL IA R E S PASSOS PARA A ENTREVISTA: 22 1. Apresente-se: diga seu nome, função, motivo da visita e questione se pode ser recebido naquele momento ou é necessário agendar a entrevista para outro dia; 2. Realize as perguntas em forma de conversa, mostrando interesse e empatia com o entrevistado. Não deve parecer um interrogatório; 3. Use formas de perguntas que provoquem uma resposta consistente: “o que”, “quem”, “quando”, “onde” e “por quê”. A resolução de problemas relacionados à saúde, não depende única e exclusivamente dos profissionais e gestores de saúde, mas também da colaboração e articulação de outros setores da comunidade. Exemplo de atuação intersetorial: um estabelecimento está com caixas cheias de água (parada), sem tratamento e inclusive já possui larvas, então um cliente comunica um ACE para que seja feita uma vistoria. Neste exemplo a população ao denunciar está colaborando com o setor da saúde. Atuação intersetorial Equipe de saúde GovernoEstabelecimentos Famílias MORAL E ÉTICA Moral compreende as intenções, decisões e ações, fazendo diferença entre ações corretas e incorretas, dos indivíduos de uma população. Ética, são ações que orientam o comportamento das pessoas, refletindo sobre essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes nas realidades sociais. É responsabilidade do profissional da saúde tratar todos de forma humanizada e ética, respeitando a moral. Valores morais que os agentes devem ter: . • Respeitar a privacidade e confidencialidade das informações dos usuários; atenção com idosos por possuírem dificuldades auditivas não expor sua intimidade em tom alto. • Prezar por uma relação de respeito, evitando tratamentos íntimos como: “vozinho”, “minha querida”, “amigo”, etc. Prefira utilizar pronomes de tratamento. • Possibilitar ao usuário liberdade de expressão, para manifestar sua opinião. 23 MANUAL DO AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS O Manual é norteado da linha do cuidado integral e busca esclarecer os fatores de riscos presentes nas atividades, organização e processos de trabalho, assim como elucidar medidas de proteção coletiva e individual e as ações de promoção e proteção à saúde a serem observadas pelo SUS. Para realizar um bom trabalho o agente deve: Conhecer bem o território; Conhecer não só os problemas da comunidade, mas também suas potencialidades de crescimento e desenvolvimento social e econômico; Possuir iniciativa e ser proativo; Gostar de aprender coisas novas; Prestar atenção nas pessoas, coisas e ambientes; Prezar pelo respeito e ética perante a comunidade e os profissionais. 24 O Ministério da Saúde e as Secretárias de Saúde são os responsáveis na identificação dos riscos laborais, além da realização de exames frequentes (Decreto nº 6.856, de 25 de maio de 2009), para controle da saúde dos profissionais, assim como o desenvolvimento de estratégias, que possibilitem a minimização dos riscos. Ferramentas de trabalho M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 25 Os materiais necessários para o desenvolvimento das ações são: bolsas para armazenar os instrumentos de trabalho caneta, pranchetas, formulários, pesca-larvas e tubos para depósito das larvas de vetores, bem como inseticidas, e equipamentos de proteção individual. A NR-06, classifica como Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo objeto que proporciona proteção ao trabalhador, com uso individuala fim de resguardar sua saúde ao desenvolver suas funções. O uso de EPI é regulamentado pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. O objetivo dos EPI’s é evitar o contato com agentes tóxicos, exposição a ruídos, objetos perfurantes, entre outros. Podem ser equipamentos ou vestuários, os tipos de EPI’s fornecidos ao ACE são: EPI Vestuário: Camisa de manga longa, calça de brim cóqui, botina de couro, luvas nitrílicas, óculos e capa de chuva; Capacete; Protetor oricular; Máscaras faciais completas para nebulização de inseticidas e máscaras semifaciais para a aplicação de inseticidas em superfícies com ação residual para o combate a vetores A responsabilidade de fornecer os EPI’s é do empregador. M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 26 Tipo e indicação de uso: Camiseta ou camisa gola pólo Trabalho de rotina, proteção contra insolação; Calça de brim cáqui ou jeans Trabalho de rotina, proteção contra insolação; Boné ou chapéu de brim Trabalho de rotina, proteção contra insolação; Calçado de segurança Proteção dos pés contra agentes químicos; Vestimenta hidrorrepelente completa Pulverização de agrotóxicos Respirador PFF2 Proteção contra gotículas de produto pulverizado; Óculos de segurança Proteção dos olhos; Máscara hemifacial (um ou dois filtros) Proteção contra partículas de pulverização e vapores orgânicos; Protetor auricular (inserção ou concha) Proteção contra ruídos excessivos; Avental impermeável Proteção contra derramamento de produtos; Luvas nitrílicas Proteção das mãos contra agentes químicos; Luvas de raspa de couro Proteção das mãos em atividades agressivas; Bota impermeável de borracha Proteção dos pés em ambientes úmidos ou alagados. M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 27 EQUIPAMENTOS INSETISIDAS Equipamentos de pressão variável – utilizado para aplicação de inseticidas de efeito residual. Muito utilizado no programas de controle do Aedes, doença de Chagas e leishmaniose visceral. Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 28 Nebulizador/pulverizador costal motorizado - destinado ao controle espacial do vetor com a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume, e formação de partículas muito pequenas. Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 29 Equipamento nebulizador pesado - é utilizado no programa de controle para manejo espacial do vetor pela nebulização do inseticida em pequenas gotículas. A produção dessas gotículas deve se concentrar em torno de 5 a 25 micras (85%). Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 30 Equipamento termonebulizador portátil – funciona através da pulsação ressonante com um ressonador que atinge altas temperaturas, e a calda inseticida é injetada na extremidade de saída do tubo, formando uma névoa que geralmente ocupa a vegetação. É um equipamento com alto risco de acidente relacionado à queimaduras, o que exige capacitação dos operadores. Os ACE estão expostos a vários tipos de riscos e podem desenvolver doenças e agravos à saúde, causada por diversos fatores, principalmente pelo inadequado armazenamento dos EPI’s e falta de local de trabalho fixo, realizando a maioria das atividades na rua, sendo expostos as intempéries e violência urbana. Fatores de Riscos 31 Além da exposição aos próprios vetores das doenças na área endémica e manuseio de substancias tóxicas que visam o controle. Dentre os fatores de risco, se destacam principalmente os riscos químicos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Riscos químicos Manipulação de inseticidas e equipamentos para aplicação. Intoxicação exógena Doenças respiratórias Doenças do sistema nervoso Doenças hepáticas e renais Alguns tipos de câncer Riscos físicos Trabalho em ambientes abertos, com exposição ao sol, variação de temperaturas e umidade, uso de maquinário que emite ruídos e vibrações. Perda Auditiva e efeitos extra auditivos da exposição a ruídos Câncer de pele Dermatoses Doenças do sistema nervoso Riscos biológicos Exposição a agentes biológicos (bactérias, toxinas, vírus, protozoários) disseminados no ambiente, que podem ser transmitidos por vetores ou por lesões provocadas por objetos perfuro cortantes. Acidente com material biológico Arboviroses Tuberculose Malária Leptospirose Tétano Leishmaniose Fatores de risco Situações de exposição Agravos M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 32 Riscos mecânicos e de acidente de trabalho Uso de maquinários e equipamentos, queda de alturas, colisões, atropelamentos, picadas e contato com insetos e animais peçonhentos, armazenamento inadequado de materiais, perfurações, lesões, cortes, ferimentos, mordedura de animais, deslocamentos em áreas com sinalização precária, uso de motocicletas. Acidente de trabalho Acidente com exposição a material biológico Acidentes com animais peçonhentos Fatores de risco Situações de exposição Agravos M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 33 Riscos ergonômicos Realização de trabalho em pé com deslocamento intenso, elevação e transporte de peso, flexão e extensão de membros, postura inadequada, repetitividade de ações, jornadas de trabalho extensas, estresse ocupacional (condições insalubres, falta de treinamento e orientação, relações interpessoais abusivas, dentre outras), tensão, ansiedade, frustração e depressão devido ambiente laboral. Violência verbal e física, exposição à violência urbana. Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort) Transtorno mental relacionado ao trabalho Hipertensão arterial Acidentes de trabalho Fatores de risco Situações de exposição Agravos M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 34 A promoção e proteção da saúde dos trabalhadores expostos a riscos advindos do desenvolvimento do trabalho são garantidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. A promoção e prevenção partem da adoção de medidas aplicadas individual ou coletivamente, que previnem os agravos relacionados ao trabalho. Essas medidas são ações de intervenção na organização e no processo de trabalho quanto à saúde e segurança, executadas pela equipe técnica de saúde do município e estado. Segue abaixo as medidas: Medidas de Proteção à Saúde • Proteção das partes, que podem gerar fraturas em máquinas e equipamentos; • Regulagem periódica dos equipamentos; • Avaliação dos produtos quanto à toxicidade, formulação e cuidados na aquisição e manejo. Assim como selecionar produtos menos tóxicos e com menor impacto ambiental, como por exemplo, os biotecnológicos; • Definição de limite de tempo de exposição aos inseticidas; • Protocolo com descrição de cálculo por área a ser tratada e quantidade de calda necessária; • Treinamento sobre transporte e descarte adequado de produtos; • Medidas de saneamento: abastecimento adequado de água, esgotamento sanitário, limpeza e drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais; M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 35 • Eliminação mecânica dos criadouros: remoção, vedação, limpeza e drenagem; • Utilização de inseticidas menos voláteis; • Adoção de uso de mochilas ao invésde bolsas laterais; • A sala dos agentes, onde fazem o controle e mantem o estoque, deve ser de alvenaria, com ventilação e iluminação adequada, possuindo piso resistente, lavável e impermeável. Com utilização apenas para atividade que envolva o uso de produtos químicos, como armazenagem e preparo, distribuição e descarte; • Disponibilização de salas de apoio operacional e administração, fora do ambiente de armazenamento dos produtos; • Fornecimento de vestiário e sanitário em conformidade com NR-24, dotado de chuveiro de emergência com lava-olhos; • Disponibilização de estação de lavagem de mãos e materiais, após uso e manuseio de produtos; • Possuir lavanderia para apoio à higienização dos ambientes, uniformes e equipamentos de proteção individual não descartáveis; • Exposição de placas com informações e sinalizações de segurança relativas ao risco químico e físico; • Elaboração de protocolo escrito sobre os procedimentos a serem adotados em caso de acidente; • Aquisição de máquinas e equipamentos seguros, em conformidade com a NR-12 e realização de manutenção adequada; • Utilização de dosadores individuais durante o processo de diluição ou mistura, para evitar o contato manual ou acidental com o produto; M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 36 • Criação de protocolo escrito sobre a utilização indispensável dos EPI’s; • Disponibilizar no local de manuseio de produtos químicos, os EPI’s indicados e materiais absorventes como areia, serragem ou mantas, além de tambores de boca larga para o recolhimento do produto dotados de identificação do produto absorvido e a data da ocorrência, devendo ser armazenados em cima de estrado, até a destinação adequada do resíduo; • Isolamento e sinalização da área contaminada em todas as direções; • Disponibilizar informativos sobre: • não manusear embalagens rompidas, salvo com as indicações pertinentes; • não tocar ou caminhar sobre o produto derramado; • lavar separadamente os EPI usados na aplicação de produtos químicos; • enxaguar abundantemente as vestimentas com água corrente antes da lavagem, para remover os resíduos; • não deixar de “molho” as peças a serem lavadas; • não levar os EPI’s para as residências e lavá-los no ambiente doméstico. • Realizar treinamentos periódicos em segurança e saúde, com os seguintes temas: • noções de identificação de perigos e riscos; • medidas de prevenção e controle; • produtos químicos e toxicologia básica; M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 37 • métodos de trabalho para controle vetorial; • regulagem e manutenção dos equipamentos; acidentes; doenças e agravos relacionados ao trabalho e primeiros socorros; • proibição de comer, beber e fumar ao manusear inseticidas; • atualização dos trabalhadores sobre os novos produtos; • segurança nas visitas a comunidade, orientando sobre o uso de crachás institucionais de identificação e uniformes; • manutenção de uma relação de confiança com a população; • realização do trabalho sempre em dupla, estimulando a denúncia de abusos e ameaças, além do direito de trocar de área de trabalho em casos de situações reais de ameaça e risco de violência. • Realização de articulações intersetoriais, para a melhoria dos ambientes e processos de trabalho; • Estimulação dos trabalhadores a participarem de ações de saúde e segurança no trabalho; • Manutenção de comunicados a população sobre as atividades desenvolvidas pelos ACE e sua importância, para a proteção da saúde das comunidades; • Informação aos ACE sobre os riscos existentes no local de trabalho e sobre seus direitos e deveres M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 38 A imunização é o ato de promover proteção imunológica contra uma doença infecciosa. Possui o objetivo de aumentar a resistência do indivíduo contra infecções. Geralmente administrada por meio de vacina, imunoglobulina ou por soro de anticorpos. Os agentes devem estar imunizados contra riscos biológicos, que serão submetidos no desenvolvimento das suas funções. Imunização Por isso é imprescindível a aplicação das vacinas essenciais, além de registro e manutenção da carteira de vacinação comprovando. A imunização deve seguir o Calendário Nacional de Vacinação do ano vigente. Planejamento O planejamento é uma etapa muito importante, no desenvolvimento das funções dos agentes, porque uma medida de saúde não permite improvisos. Durante o acompanhamento das ações, é importante que a execução esteja de acordo com os objetivos gerais, do programa e cumpra o que se propõe. Problemas mais complexos necessitarão de ainda mais planejamento. O planejamento é composto por Diagnóstico, Plano de Ação, Execução, Acompanhamento e Avaliação. M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 39 O diagnóstico busca conhecer todas as características socioeconômica, culturais e epidemiológicas de determinada população. Através da aplicação de questionários. É no diagnóstico, que fica clara a realidade do local, em que irá se desenvolver as ações. DIAGNÓSTICO Após a identificação dos problemas da microárea, é necessário planejar uma intervenção. O plano de ação serve como uma direção, para o desenvolvimento das ações, a fim de resolver os problemas. O plano de ação contém 4 etapas: PLANO DE AÇÃO Meta – estabelece o que se pretende atingir. Estratégia – é o passo a passo para o desenvolvimento do plano, seguido das atividades e técnicas, para o desenvolvimento das ações. Recursos – é o levantamento de tudo, que será necessário para execução, considerando tanto recursos financeiros, como os humanos e materiais. Cronograma – estabelece o tempo, para desenvolvimento de cada ação. M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 40 É colocar em prática todas as ações que foram planejadas, no tempo estabelecido pelo cronograma. EXECUÇÃO A avaliação não deixa de ser uma conclusão do projeto, mas deve constar em todas as etapas, não somente no final. Através da avaliação, é possível perceber o que ainda deve ser melhorado ao longo do desenvolvimento de todas as ações. ACOMPANHAMENTO É a etapa que vai verificando cada ação desenvolvida, determinando como foi desenvolvida e se deve melhorar em algum aspecto. AVALIAÇÃO M A N U A L D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S ÁREAS DE RISCO Área de risco é classificada como uma local com maior propensão, ao desenvolvimento de doenças, e assim pode apresentar riscos à saúde. As áreas de riscos endêmicas são localidades onde há recorrência da presença de animais e vetores portadores de vírus, deixando a população em risco de desenvolver essas doenças. 41 A hierarquia de controle é dividida em 3 etapas, que são: Hierarquia de controle Eliminação: sem discussão é a melhor e mais correta das ações. Visa a destruição dos criadouros de vetores de doença. Redução: é o desenvolvimento de ações que possamos diminuir ao máximo a possibilidade da ocorrência da doença. Isso se dá através de campanhas informativas que deixam a comunidade em alerta. Controles: uma medida que busca a verificação das microáreas, onde já houve grande recorrência de doença. Os controles aumentam a frequência das visitas nessas microáreas, a fim de impedir a proliferação novamente. É uma ação corretiva, com uma intenção preventiva. Á R E A S D E R IS C O 42 O controle de vetores ocorre através ações desenvolvidas em conjuntos entre agentes, população e sistema de saúde. Os controles de vetores podem ser: Tipos de Controle de Vetores Mecânico, envolve ações de saneamento básico de resultados permanentes. Exemplo: a coleta e destinação adequada de lixo e a destruição de criadouros. Biológico, consiste na repressão de pragas utilizando inimigosnaturais específicos, como predadores, parasitas ou patógenos. Químico, ocorre através de uso de produtos químicos, que visam eliminar ou controlar as pragas. Aparecendo como a última instância de controle. Legal, controle realizado através de instrumentos jurídicos (leis e portarias), que criam normas, deveres e obrigações da comunidade, estabelecimentos e equipe de saúde. Tipos de Tratamentos Residual: consiste na aplicação de grandes partículas do inseticida que ofereçam estabilidade química. O objetivo é atingir o vetor adulto. Espacial: trabalha através da dispersão de gotículas pulverizadas do inseticida no ar. Focal: são ações de eliminação de larvas em criadouros, usando larvicida. Perifocal: é o tratamento em pontos estratégicos e de difícil acesso. Á R E A S D E R IS C O 43 Criadouro é o recipiente que propicia a proliferação de vetores, em sua maioria são recipientes que armazenam água, seja pela ação da chuva ou ação do homem, no criadouro serão depositados os possíveis filhotes de vetores de doenças. Também são classificados como criadouros ralos, calhas, piscinas, tanques em obras, em borracharias, vasos de floriculturas, etc. TIPOS DE CRIADOUROS E DEPÓSITOS Criadouros e Depósitos • Criadouros de água - são classificados como os locais de armazenamento de água, onde é depositado ovos. Exemplo: caixas d’água sem higiene. • Pequenos depósitos – são vasilhas domésticas, que possam armazenar água. Exemplo: vasos e frascos com plantas, pratos e pingadeiras colocados sob o vaso, gamelas, bacias e outras peças utilizadas em cerimônias religiosas, caixa de ar condicionado, etc. • Depósitos Fixos – são os recipientes permanentes, como calhas e ralos, tanques colocados em obras, borracharias, floriculturas e hortas. Também está incluso depósitos encontrados em pátios ferroviários, portuários, aeronáuticos e de indústrias. • Depósitos naturais – são os depósitos presentes na natureza (buracos de árvores) ou plantas, que acumulam água em suas axilas, como as bromélias. Á R E A S D E R IS C O 44 • Depósitos inspecionados - todo depósito com água examinado pelo agente de saúde, com auxílio de fonte de luz ou do pesca-larva. • Depósitos tratados - é aquele onde foi aplicado inseticida. • Depósitos eliminados – é aquele que foi destruído ou inutilizado como criadouro. Após o trabalho do agente é possível modificar esses depósitos transformando eles em: Pontos Estratégicos Ponto estratégico é o local de grande existência de concentração de depósitos de desova de vetores, ou seja, local de vulnerabilidade. São exemplos: • Borracharias; • Oficinas mecânicas,; • Cemitérios, entre outros. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO TRABALHO DO AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS Os profissionais ACE sempre estiveram atuantes no solo brasileiro, suas atribuições já sofreram diversas modificações, e apesar de ser um trabalho desenvolvido desde os primórdios, só houve a regulamentação de fato no ano de 2006. No dia 5 de outubro de 2006 foi publicada a Lei Federal nº 11.350, que estabelece um regulamento e descrição da profissão. A Lei estabelece, que para exercer as atividades de um profissional ACE é necessário possuir capacitação, através de curso introdutório inicialmente e programa de formação continuada. A Portaria nº 1.007 de 2010 é outro instrumento que rege o trabalho dos agentes, foi através dela que, a função foi incorporada na atenção primária, com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância em saúde. Por fim, temos a Portaria nº 1.635 de 2012 que trata sobre os recursos financeiros destinados a atuação do Agente de Combate a Endemias. 45 F U N D A M E N T A Ç Ã O L E G A L D O T R A B A L H O D O A G E N T E D E C O M B A T E À S E N D E M IA S 46 1999 - Fundação Nacional de Saúde inicia o processo de descentralização, para os municípios das ações na área de Epidemiologia e Controle de Doenças (Portaria GM/MS n° 1.399, de 15 de dezembro); 2009 - Publicação do Caderno de Atenção Básica nº 22 / Vigilância em Saúde -ações de controle da malária (Portaria GM/MS nº 3.238, de 18 de dezembro) e (Portaria GM/MS nº 3.252, de 22 de dezembro) 2018 - Decreto nº 9.473, de 16 de agosto, que inclui a atenção à saúde e à segurança do trabalho alterando o Decreto nº 67.326 de 1970 e o Decreto nº 93.215 de 1986. Contextualização Histórica de Legislações em Saúde 2014 – Sistema e-SUS permite o registro da produção dos Agentes de Combate às Endemias; 2017 - Integração do processo de trabalho da Atenção Básica e Vigilância em Saúde, ações de vigilância inseridas nas atribuições de todos os profissionais da AB, definidas atribuições comuns dos ACS e ACE (PNAB - Portaria GM/MS 2.436, de 21 de setembro) 2002 - Os Agentes Comunitários de Saúde passam a atuar na prevenção e no controle da malária e da dengue (Portaria GM/MS nº 44, de 03 de janeiro); 2008 - Publicação do Caderno de Atenção Básica nº 21 / Vigilância em Saúde; 2006 - Regulamentação das atividades dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (Lei nº 11.350 de 5 de outubro); 2009 - Decreto nº 6.856, de 25 de maio de 2009, que regulamenta o art. 206-a da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – regime jurídico único, dispondo sobre os exames médicos periódicos de servidores 2010 - Foi criado incentivo financeiro adicional para os municípios, que cadastrassem Agentes de Combate às Endemias na equipe saúde da família (Portaria GM/MS nº 1007 de 4 de maio) 2015 - Criação do CBO permitindo a inserção dos ACE nas equipes (Portaria GM/MS nº 165, de 25/02); MS, incluindo a integração das ações dos ACE (Decreto GM/MS nº 8.474, de 22/06) (Portaria 2.121 de 18 de dezembro) 2018 – Reformulação das atribuições dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (Lei nº 13.595, de 5 de janeiro); NR 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES A NR 15 é uma norma Regulamentadora que descreve as operações, atividades e agentes insalubres recorrentes nas atividades relacionadas ao trabalho. O principal objetivo da NR 15 é regulamentar limites de tolerância para as situações de insalubridade. Com fiscalização por meio de agentes do Ministério do Trabalho, que podem interditar o ambiente até que a situação seja solucionada. A NR 15 pretende: 47 • Garantia da segurança do trabalhador através de instrumentos contidos na legislação, busca-se em primeiro lugar a segurança do trabalhador. Locais insalubres tendem a apresentar riscos à saúde do colaborador. • Redução de risco, através da redução da carga horária trabalhada nesses locais ou atividades — não sendo permitida horas extras. • Aumento da proteção com obrigatoriedade do uso de EPIs. • Melhora da produtividade devido a prevenção de ocorrência de acidentes. A distribuição do grau de insalubridade é classificado da seguinte maneira: 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo. Atividades insalubres descritas na NR 15 estão relacionadas a ruídos contínuos, exposição ao calor e/ou radiações, vibrações, exposição ao frio e umidade, exposição a agentes químicos. O grau de insalubridade é determinada após avaliação do local de trabalho. PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE Promover tem o significado de dar impulso, fomentar ou gerar. A promoção da saúde é mais ampla do que prevenção, porque refere-se a estratégias que buscam evitar a doença e melhorar a qualidade de vida da comunidade. As estratégias de promoção buscam a transformação das condições de vida da população, prevendo uma abordagem intersetorial. Prevenção são um conjunto de medidas que protegem contra as doenças. A principal diferença entre prevenção e promoção está sobre o conceito de saúde, na prevenção a saúde é a ausência dedoenças, enquanto na promoção a saúde é encarada com um olhar multifocal. Deve-se destacar também que a promoção de saúde adota uma estratégia política, possibilitando mudanças na relação entre cidadãos e o Estado, pela ênfase em políticas públicas e ação intersetorial. 48 CONTROLE DAS DOENÇAS: DENGUE / CHAGAS / LEISHMANIOSE E MALÁRIA Neste capitulo abordares doenças infecciosas transmitidas por vetores. Vetores são os insetos que carregam o patógeno das doenças e passam aos seres humanos, em sua maioria são mosquitos transmissores. C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 49 A dengue é uma doença causada por um vírus, ele é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas. Manifestações hemorrágicas, quando ocorrem, podem indicar um caso mais grave da infecção. Dengue O trabalho do ACE é eliminar os focos antes mesmo de se tornarem larvas. • O reconhecimento geográfico é atividade prévia e condição essencial para a programação das operações de campo, de pesquisa e tratamento químico. As casas e terrenos baldios devem ser numerados para facilitar a distribuição dos agentes. • Na visita domiciliar verificar todos os possíveis depósitos e orientar as famílias sobre como prevenir. Vias de infecção: a fonte da infecção e hospedeiro é o homem. A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Período de incubação: pode variar entre 3 e 15 dias, com média, de 5 a 6 dias. A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue caracterizado com período de viremia. Este período começa 1 dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia. Prevenção: se dá pela ausência de reprodução do mosquito transmissor, através da eliminação de objetos que acumulem água parada como pneus, garrafas e plantas. C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 50 Doença de Chagas causada por Trypanosoma cruzi se caracteriza como um problema de saúde pública. Os mais afetados são os moradores da região Amazônica. Os sinais e sintomas são: na fase aguda, febre prolongada (mais de 7 dias), dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. Doença de Chagas Na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas, porém algumas pessoas podem apresentar: problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca, problemas digestivos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a taxa de sucesso do tratamento. Ao identificar um paciente suspeito com infecção aguda, os profissionais devem preencher o formulário no site do Ministério da Saúde (http://portalsinan.saude.gov.br). As informações fornecidas são utilizadas para identificar riscos, promover ações preventivas junto ao Ministério da Saúde O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi é composto pelo desenvolvimento dos triatomíneos apresenta três fases: ovo, ninfa e adulto. O ovo leva cerca de duas a três semanas para eclodir. A ninfa se alimentará de sangue e sofrerá uma mudança, passando para o 2º estádio e assim sucessivamente, até o 5º estádio. A última muda originará o adulto (macho ou fêmea) que apresentará asas e genitália. Não nasce contaminada se contamina após alimentação de sangue contendo o Trypanosoma cruzi. C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 51 Essa espécie também chamada de barbeiros, pode ser encontrada em ambientes silvestres (mata), dentro e fora dos domicílios também, eles são atraídos pela luz. Reservatório são os animais que apresentam o Trypanosoma cruzi na circulação sanguínea e na musculatura, por isso são considerados infectados. Nem todos os animais reservatórios apresentam aspectos de doente. Exemplos de reservatórios: mucura, tatu, macaco, veado, preguiça, cachorro, gato, rato entre outros. Aves (galinha, pato) e répteis (cobra, lagarto), podem servir de alimentação para os triatomíneos, mas não se infectam, pois o Trypanosoma cruzi não sobrevive nesses animais, portanto, não são reservatórios. Vias de infecção: • Vetorial Clássica – picada do barbeiro defeca, e em suas fezes está a forma infectada, ao se coçar, os parasitos invadem células da região da picada. • Via Oral – ao ingerir alimentos contaminados, o T. cruzi infecta células da boca e do estômago. Período de incubação: • Transmissão vetorial clássica de 4 a 15 dias ou Transmissão oral de 3 a 21dias; • Transmissão congênita, qualquer período da gestação ou durante o parto; • Transmissão por transfusão ou transplante de 30 a 40 dias ou mais; • Transmissão por acidente em laboratório aproximadamente 20 dias. C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 52 A prevenção pode ser feita evitando que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, pode-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania um parasita. Sua transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha, que se prolifera mais em condições tropicais, sendo mais comum em países de clima quente e úmido (como em algumas partes do Brasil). Existem leishmaniose humana e leishmaniose canina, que afetam cães. No humano existem dois tipos de leishmaniose: leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar. A leishmaniose visceral também é chamada de calazar. Além da medula, ela também afeta órgãos internos, como baço e fígado. Os sintomas da leishmaniose visceral incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia, fraqueza, hepatoesplenomegalia e linfadenopatia. Geralmente, a leishmaniose visceral pode afetar crianças com menos de dez anos de idade e é considerada a forma mais aguda da doença. Se seus sintomas não forem tratados, eles podem piorar e causar a morte do paciente. Leishmaniose C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 53 A leishmaniose cutânea também é chamada de leishmaniose ferida brava, são feridas na pele que podem se desenvolver em membranas mucosas, como feridas na boca e no nariz. A ferida causada pela leishmaniose tegumentar é vermelha, oval e bem definida. Vias de infecção: transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e são tão pequenos que podem atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Período de incubação: é bastante variável tanto para o homem como para o cão: • No homem: 10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses. • No cão: de 3 meses a vários anos com média de 3 a 7 meses. Prevenção: os humanos que moram em área de mata devem usar repelentes e roupas de manga. Já os cães devem usar coleiras com repelente e, se possível, serem vacinados contra o problema. O ciclo de transmissão é o seguinte: ao fazer repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, as fêmeas dos flebotomíneos ingerem sangue com macrófagos e monócitos parasitados. No intestino do inseto, as formas amastigotas são liberadas e após divisão se transformam nas formas infectantes para o homem. C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 54 O papel do ACE no combate deve ser através de campanhas contra a leishmaniose, informando a população dos perigos da doença e das medidas de controle do vetor. Aplicar borrifação intradomiciliar de efeito residual, quando indicado, como medida de controle de vetores. A malária é uma doença infecciosa cujoagente etiológico é o parasita o Plasmodium. As espécies associadas à malária humana são: Plasmodium falciparum, P. vivax P. malariae e P. ovale. A P. ovale é restrita a determinadas regiões da África. O vetor é comumente conhecido como mosquito-prego. A transmissão natural da malária ocorre através da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles, os principais criadouros são coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia brasileira. A infecção só inicia quando os parasitas são plantados na pele pela picada do vetor, invadindo as células do fígado. Ali se multiplicam e dão origem a muitos outros novos parasitas que ao romperem os hepatócitos, caem na circulação sanguínea, invadindo as hemácias, dando início à segunda fase do ciclo (esquizogonia sanguínea). Nessa fase começa a aparecer os sintomas da malária. Malária C O N T R O L E D A S D O E N Ç A S : D E N G U E / C H A G A S / L E IS H M A N IO S E E M A L Á R IA 55 O tempo de incubação é de uma semana. Alguns parasitas se desenvolvem rapidamente, enquanto outros ficam em estado de latência no hepatócito. Onde pode ocorrer recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis de incubação (geralmente dentro de seis meses). Os sinais e sintomas são: na crise aguda episódios de calafrios, febre e sudorese. Com duração de 6 a 12 horas e pode cursar com temperatura igual ou superior a 40ºC. Acompanhados de cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos. Gestantes, crianças e os primoinfectados (primeiro contato com o parasita) estão sujeitos a maior gravidade, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que podem ser letais. O diagnóstico precoce e o tratamento correto são imprescindíveis para reduzir a gravidade e a letalidade. O papel do ACE no combate a malária está relacionado ao combate do vetor, que é o mosquito, além do encaminhamento dos casos para tratamento na UBS. Sempre orientando a população quanto aos riscos. REFERÊNCIAS CASTRO, Juliana de Meis Rejane S. Silva. Manual para diagnóstico em doença de chagas para microscopistas de base do estado do Pará. Estado do Pará, 2018. Disponível em: http://chagas.fiocruz.br/wp- content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf CORIOLANO-MARINUS, Maria Wanderleya de Lavor; QUEIROGA, Bianca Arruda Manchester de; RUIZ-MORENO, Lidia; LIMA, Luciane Soares de. Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura. Saúde Soc. São Paulo, v.23, nº 4. São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v23n4/0104-1290-sausoc-23-4-1356.pdf FIOCRUZ. Pense SUS. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/sus GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS. Curso introdutório de formação Inicial e continuada para agentes de combate às endemias. Disponível em: http://www.saude.am.gov.br/docs/concursos/FVS_Curso_Introdutorio- FVS.final.pdf INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ. Formação Inicial e continuada agente de combate a endemias. Versão 1. Paraná, 2012. Disponível em: http://pronatec.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2012/07/ace1.pdf MATTA, Gustavo Corría. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. 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