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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA - PACIENTES HOSPITALIZADOS ADULTOS E IDOSOS ● Peso Ideal (PI): PI = Altura² (m) x IMC médio Mulheres 21,5 kg/m² Homens 22,5 kg/m² Idosos 24,5 kg/m² ● Peso Ajustado (PA): estimado a partir do peso atual e do ideal. - PA para OBESIDADE PAjust = (PA – PI) x 0,25 + PI (Shills, 1998; Cuppari, 2002). - PA para DESNUTRIÇÃO PAjust = (PI - PA) x 0,25 + PA (Frankenfield et al., 2003). ● Peso Estimado (PEst): utilizado para os casos que são impossíveis de realizar a medida do peso e não há outras formas de determiná-lo. - PEst equação de Rabito et al (2006): Peso (kg) = (0,5759 x circunferência do braço) + (0,5263 x circunferência da cintura) + (1,2452 x circunferência da panturrilha) – (4,8689 x sexo*) -32,9241 Sexo feminino 2 Sexo masculino 1 - Em casos em que o paciente se apresenta edemaciado ou em presença de ascite utiliza-se o peso seco, ou seja, peso descontado de edemas: Classificação de Edemas: Estimativa de peso relativo à edema: Estimativa de peso relativo à ascite: ● Peso estimado para amputados: na impossibilidade de aferição do PA, deve-se utilizar a fórmula de estimativa de peso corporal e subtrair o percentual do segmento amputado de acordo com a Figura 7 (OSTERKAMP et al., 1995). Percentual do segmento corporal amputado: - Havendo registro do PA pré-amputação, pode-se utilizar a seguinte fórmula para determinação do peso pós-amputação: Peso estimado pós-amputação = PA - (PA x % Segmento amputado) ● % Perda de peso ponderal (PP%) é realizado com base no PA e PH e é utilizada para análise de perda de peso de acordo com o tempo, utiliza-se a seguinte fórmula: PP% =[(PH-PA) / PH] x 100 Classificação da perda de peso de acordo com o tempo: ● Porcentagem de adequação de peso: É uma classificação do estado nutricional através da comparação do peso atual com o peso ideal, por intermédio da fórmula: Adequação do peso (%) = (PA / PI) x 100 Classificação do estado nutricional de acordo com a adequação de peso: ● Estimativa de Estatura/Altura: Estimativa da estatura por meio da altura do joelho para indivíduos do sexo feminino e masculino acima de 19 anos de idade. Mulheres Negras Equações 19 – 60 anos Estatura = 68,10 + (1,86 x AJ) – (0,06 x I) Mais de 60 anos Estatura = 58,72 + (1,96 x AJ) Mulheres Brancas Equações 19 – 60 Anos Estatura = 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x I) Mais de 60 anos Estatura = 75,00 + (1,91 x AJ) – (0,07 x I) Homens negros Equações 19 – 60 Anos Estatura = 73,42 + (1,79 x AJ) Mais de 60 anos Estatura = 95,79 + (1,37 x AJ) Homens Brancos Equações 19 – 60 Anos Estatura = 71,85 + (1,88 x AJ) Mais de 60 anos Estatura = 59,01 + (2,08 x AJ) AJ= altura do joelho (cm); I= idade (anos). Fonte: Chumlea et al., 1994 ● Técnicas de aferição: ● IMC: Classificação do IMC para adultos Classificação de IMC para idosos ● Circunferências: - Circunferência do Braço (CB): A circunferência do braço é um bom indicador de reserva muscular. Para medir a circunferência do braço o medidor deve posicionar a fita métrica no ponto médio entre o processo acromial da escápula e o olécrano do braço dominante (preferencialmente) do paciente sem compressão - Adequação do CB(%): Adequação da CB (%) = (CB obtida (cm) / CB percentil 50) x 100 Percentil da circunferência do braço (cm) para homens de 1 a 90,9 anos: Percentil da circunferência do braço (cm) para mulheres de 1 a 90,9 anos: Percentil da circunferência do braço (cm) para homens idosos (≥ 60 anos): Percentil da circunferência do braço (cm) para mulheres idosas (≥ 60 anos): Estado nutricional segundo adequação CB% Estado nutricional segundo classificação da CB em percentis - Circunferência da Panturrilha (CP): Para proceder a mensuração da circunferência da panturrilha o indivíduo deve estar sentado, com os joelhos flexionados a 90°, com o calcanhar apoiado sobre a cama ou cadeira. Com uma fita métrica envolvendo a panturrilha, mover a fita para cima e para baixo até encontrar um perímetro máximo, ou seja, a maior circunferência (WHO, 1995). Uma CP inferior ao ponto de corte indica perda de massa magra, possivelmente associada à sarcopenia. Ponto de corte: 31 cm (Guigoz et al., 1999). Percentil da circunferência da panturrilha (cm) para homens idosos (≥ 60 anos) Percentil da circunferência da panturrilha (cm) para mulheres idosas (≥ 60 anos) Estado nutricional segundo classificação da CP em percentis ● Somatório das 4 dobras – percentual de gordura: Nesta técnica, a composição corpórea é estimada utilizando-se a somatória de 4 dobras cutâneas: bicipital, tricipital, subescapular e supra-ilíaca, segundo a equação de Durnin e Womersley (1974), de acordo com idade e gênero, a seguir. Idade Mulheres Homens 17-19 D = 1,1549 – 0,0678 x log (x1) D = 1,1620 – 0,063 x log (x1) 20-29 D = 1,1599 – 0,0717 x log (x1) D = 1,1631 – 0,0632 x log (x1) 30-39 D = 1,1423 – 0,0632 x log (x1) D = 1,1422 – 0,0544 x log (x1) 40-49 D = 1,1333 – 0,0612 x log (x1) D = 1,1620 – 0,0700 x log (x1) Acima de 50 D = 1,1339 – 0,0643 x log (x1) D = 1,1715 – 0,0779 x log (x1) Sendo: x1 – somatório das 4 dobras cutâneas A partir do valor da densidade corporal (DC), a porcentagem de gordura corpórea total é determinada utilizando a fórmula de Siri (1961): Gordura corpórea (%) = 4,95 - 4,5 x 100 /DC Valores de referência para percentuais de gordura corpórea: Classificação Gordura corpórea (%) Mulheres Homens Risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição ≤ 8 ≤ 5 Abaixo da média 9 a 22 6 a 14 Média 23 15 Acima da média 24 a 31 16 a 24 Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 32 ≥ 25 Fonte: Lohman et al., 1991 ● Avaliação Bioquímica: Os parâmetros de avaliação laboratorial são importantes auxiliares na identificação precoce de alterações nutricionais, eles não devem, de maneira nenhuma, ser utilizados isoladamente para estabelecer um diagnóstico nutricional. Abaixo são apresentados alguns exames bioquímicos e sua interpretação. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e significados das alterações: Exame Valores de referência Análise Albumina Adultos 3,5 – 5,5 g/dL 1-30 dias: 2,6-4,3 31-182 dias: 2,8-4,6 183-356 dias: 6,0-8,0 1-18anos: 2,9-4,7 - Vida média: 14-20 dias; - Reflete o estado nutricional através das reservas proteicas viscerais; -Depleção protéica crônica; - Manutenção da pressão oncótica -Transportadora de Ca, Zn, Mg, ácidos graxos e outros. ↑ - na desidratação ↓ - em hiper-hidratação (edema, ascite), neoplasias, má absorção, carência nutricional, carência de zinco, desnutrição, diarreia e enteropatia perdedora de proteína, idosos, gestação, eclâmpsia, inflamação crônica, perdas profusas (síndrome nefrótica, glomerulopatias queimaduras, hemorragia etc), síntese inadequada (doença hepática crônica, insuficiência cardíaca congestiva, disproteinemia familiar, etc.); estresse, infecções agudas, acidose metabólica, sarcoidose, colagenoses, doenças granulomatosas, , doenças inflamatórias intestinais, hipertireoidismo Depleção proteica: leve = 3,0-3,5g/dL; moderada = 2,4-2,9g/dL; grave <2,4g/dL Amilase 29 – 103 U/L Útil no diagnóstico de pancreatites e parotidites. ↑ - Na pancreatite aguda (pico após 4 a 6h; começa a normalizar dentro de 48h a 72h) ou exacerbação da crônica, caxumba, úlcera péptica perfurada, intoxicação por álcool, insuficiência renal, colecistite aguda, obstrução do ducto pancreático ou biliar. ↓ - Em hepatite, cirrose, insuficiência hepática, cirrose, insuficiência pancreática, toxemia de gestação, queimaduras severas. Amônia 0-10 dias: 100- 200µmol/L - Produzida pelos rins e por bactérias intestinais a partir da degradação de 11 dias a 1 ano: 40 – 80 mcg/dL > 2 anos: 11-35mol/L ou 80-100mcg/dL aminoácido. Útil na avaliação de pacientes c/ distúrbio da consciência de causa indeterminada e no acompanhamento das hepatopatias. ↑ - na doença hepática ou coma (cirrose ou hepatite severa), insuficiência cardíaca severa c/ hepatomegalia congestiva, azotemia, pericardite, enfisema pulmonar, bronquiteaguda, síndrome de Reye, sangramento ou obstrução GI, eritroblastose fetal, desordens metabólicas genéticas do ciclo da ureia, jejum prolongado c/ nutrição parenteral, com dieta hiperproteica, exercício extenuante, terapia com valproato sódico, acetazolamida, cloreto de amônio, barbituratos, diuréticos, morfina, narcóticos. ↓ - na hipertensão essencial, hipertensão maligna, hiperornitinemia. Uso dos fármacos: antibióticos de largo espectro, lactulose, sais de potássio, levodopa, lactobacilos. Bicarbonato (HCO3) Arterial: 20- 30mEq/L RN: 16-24mEq/L Venoso 22-29mmol/L/l plasma - Equilíbrio acidobásico - Situações normais: base: ácido 20:1 ↑ - na alcalose metabólica (↓ácidos e ↑ HCO3 no líquido extracelular), acidose/depressão respiratória, enfisema, vômito, aldosteronismo. ↓ - acidose metabólica, insuficiência renal, cetoacidose diabética, acidose lática, diarreia, alcalose/estímulo respiratório (hiperventilação, histeria, falta de O2, febre, salicilatos), hiperparatireoidismo primário, privação alimentar prolongada. Bilirrubina Adultos Total: 0,1-1,2mg/dL Criança >1mês Total: 0,2 – 1,0 mg/dL Direta: 0,1- 0,6mg/dL Indireta: Até 1,0mg/dL - Principal produto do catabolismo da hemoglobina. Útil na avaliação de hepatopatias e de quadros hemolíticos, em particular, na avaliação da icterícia do recém-nascido. Bilirrubina direta: mede a bilirrubina conjugada ou pós-hepática. Bilirrubina indireta: mede a bilirrubina nãoconjugada: no dano hepática e anemia hemolítica. ↑ - no dano hepatocelular, obstrução biliar, toxidade por droga, hemólise, jejum prolongado, icterícia fisiologia neonatal, hipotireoidismo, sepse, transfusão de sangue em grandes volumes, resolução de grande hematoma, anemias perniciosa, falciforme e hemolítica. Uso de fármacos: alopurinol, ácido ascórbico, antibióticos, ácido nicotínico (grandes doses), antimalárico, azatioprina, clorpropamida, codeína, colinérgico, contraceptivos orais, dextran, diuréticos, epinefrina, esteroides, fenotiazina, inibidores da MAO, meperidina, metildopa, metotrexato, morfina, quinidina, rifanpina, salicilatos, sulfonamidas, teofilina, vitamina A. ↓ - uso dos fármacos: barbituratos, cafeína, penicilina, salicilatos (grandes doses). Cálcio total (Ca) Adultos: 8,8 - 11mg/dL Pré-escolar/ escolar: 8,8-10,8 Lactente: 9- 11mg/dL RN:6-11mg/dL 50% lifado às proteínas séricas, principalmente à albumina e globulina. 48% ionizado. 1-2% complexado c/ ácidos orgânicos. Possui função muscular e nervosa, mineralização de ossos e dentes, e secreção hormonal. Regulador metabólico intracelular. Participa da coagulação sanguínea e é responsável pelo transporte da vitamina B12 através do trato gastrointestinal. É útil no diagnóstico e acompanhamento de distúrbios do metabolismo de cálcio, fósforo, incluindo doenças ósseas, nefrológicas e neoplásicas ↑ - (hipercalcemia): no câncer, hiperparatireoidismo, insuficiência adrenal, hipertireoidismo, doença óssea de Paget, imobilização prolongada, ingestão excessiva de vitamina D ou cálcio, uso em longo prazo de diuréticos tiazídicos, acidose respiratória, DRC, doenças granulomatosas. ↓ - (hipocalcemia): na hipoalbuminemia, deficiência de vitamina D, uremia, fósforo elevado, alcalose, diarreia, hipoparatireoidismo, espru, osteomalácia, má-absorção, pancreatite aguda, hipomagnesemia, privação alimentar prolongada, uso de esteroides. Correção de cálcio para os níveis de albumina sérica: Ca corrigido (mg/dL) = [4,0 - alb. Do paciente (g/dL) x 0,8 + CA medido (mg/dL) Colesterol total Adultos: Desejável < 200mg/ dL Limite 200-239mg/ dL Elevado ≥240mg/ dL 2-19 anos: Desejável < 150mg/ dL Limite 150-170mg/ dL Elevado ≥170mg/ dL Avaliação do risco de doenças coronarianas. Funções fisiológicas incluindo na síntese de ácidos biliares, hormônios esteróides e membrana celular. Níveis elevados têm sido implicados em processos ateroscleróticos. ↑ - na hiperlipidemia, icterícia obstrutiva, cirrose biliar, diabetes mellitus não controlado, hipotireoidismo, obesidade, dieta rica em gordura, estresse, xanomatose, infarto de miocárdio, aterosclerose, doença cardiovascular, síndrome nefrótica, DRC, gestação, uso de álcool. Uso de fármacos: ACTH, esteroides anabólicos, beta-bloqueadores, corticosteroides, epinefrina, contraceptivos orais, dilantina, sulfonamidas, diuréticos tiazídicos, vitamina D, ciclosporina. ↓ - na má-absorção, desnutrição, doença hepática, estresse, anemia, sepse, hipertireoidismo, anemias hemolítica e perniciosa, infarto agudo de miocárdio, dieta pobre em gordura, AIDS. Uso dos fármacos: alopurinol, andrógenos, quelantes de sais biliares, captopril, clorpropamida, clofibrato, colchicina, eritromicina, citomel, mevacor, neomicina, niacina, colestipol, inibidores da MAO, nitratos. Creatina fosfoquinase (CPK) M: 38-174 U/L F: 26-140 U/L Índice de injúria/doença de músculos/miocárdio. ↑ (CPK) – no infarto do miocárdio ou trauma cardíaco, AVC agudo, distrofia muscular, hipotireoidismo, exercício extenuante, choque/queimadura elétrica, alcoolismo crônico, hipocalemia, edema ou infarto pulmonar, convulsões, dermatomiosite, polimiosite, trauma do SNC. Uso de fármacos: anfotericina B, ampicilina, alguns analgésicos, anticoagulantes aspirina, colchicinas, clofibrato, dexametasona, furosemida, lidocaína, lítio, lovastatina, morfina, propranolol, succinilcolina. ↑ (CPK-MB) – no infarto agudo do miocárdio, cirurgia de aneurisma cardíaco, desfibrilação cardíaca, arritmias ventriculares, síndrome de Reye, distrofia muscular, isquemia cardíaca, miocardite. ↓ (CPK-BB) – infarto pulmonar, embolia pulmonar, terapia eletroconvulsiva, injúria ou câncer cerebral, AVC, choque, adenocarcinoma, isquemia intestinal, hemorragia subaracnoide, convulsões. ↓ (CPK-MM) – distrofia muscular, miosite, delirium tremens, convulsões recentes, terapia eletroconvulsiva, cirurgia recente, eletromiografia, hipocalemia, hipotireoidismo, injeções intramusculares, injúrias de esmagamento, hemofilia, hipertermia maligna, rabdomiólise, choque. Creatinina Adultos: 04-1,4mg/dL RN: 0,31-0,92 2ªsemana-1ano: 0,16- 0,39 1-3anos: 0,17- 0,35mg/dL 3-5anos: 0,26- 0,42mg/dL 5-7anos: 0,29-0,48 Útil para avaliação da função renal. Aumenta na medida em que diminui o ritmo de filtração glomerular. Diminui com o aumento da filtração. Sofre menos influência da dieta do que a ureia. Nesse aspecto, é melhor índice de função renal do que a última. Reflete a soma da ingestão de alimentos ricos em creatina e em creatinina (ex: carnes) e produção endógena de creatinina (músculo esquelético). ↑ - na IRA e DRC obstrução do trato urinário, dano muscular agudo, hipertireoidismo, com mg/dL 7-9anos: 0,34-0,45 mg/dL 9-11anos: 0,32-0,64 mg/dL 11-13: 0,42-0,71 mg/dL 13-15: 0,46-0,71 mg/dL aumento da massa muscular, privação alimentar prolongada, acidose diabética, ingestão excessiva de carne, gigantismo, acromegalia, desidratação, choque, trauma, cirurgia, ICC, rabdomiólise. Uso dos fármacos: cimetidina, aminoglicisídeos, cefalosporina, agentes quimioterápicos com metal pesado. ↓ - na gestação, distrofia muscular, debilitação física, com redução da massa muscular. Dióxido de carbono (CO2) 19-24mmol/L Mede acidez/alcalinidade sanguínea. ↑ - na acidose metabólica, alcalose metabólica, aldosteronismo, enfisema, insuficiência renal, vômitos graves. ↓ - na diarreia grave, jejum prolongado. Desidrogenase láctea (DHL) 24-480U/L Importante no diagnóstico de infarto do miocárdio. ↑ - no infarto do miocárdio, ICC, AVC, leucemia, anemias megaloblástica ou hemolítica, infarto ou embolia pulmonar, pneumonia, câncer, insuficiência renal, choque com anóxia, hipotensão, mononucleose, distrofia muscular, isquemia e infarto intestinal, pancreatite, doença do colágeno, fraturas, pequeno na cirrose, hepatite, obstrução biliar, icterícia e uso de álcool. Uso dos fármacos: anestésicos, aspirina, clofibrato, fluoridos metramicina, narcóticos, procainamida. ↓ - Uso do fármaco ácido ascórbico. Ferritina sérica M: 23,9-336,2ng/mL F: 11-336,8ng/mL ↑ -nas doenças inflamatórias, DRC,malignidade, hepatite, sobrecarga de ferro, hemocromatose. ↓ - na anemia por deficiência de ferro. Ferro (Fe) 50 – 150 mcg/dL Componente essencial de enzimas, hemoglobina, mioglobina, metaloenzimas de funções respiratórias, ↑ - na ingestão excessiva de ferro, anemias hemolíticas, doença hepática, uso de estrogênio, hemocromatose. ↓ - na anemia micricítica, doenças crônicas (ex.: lúpus, atrite reumatoide), hemorragia, hemólise, hemoglobinúria, desnutrição, acloridria, infecções, doença hepática, cirurgia, infarto do miocárdio, doenças ou ressecções duodenal ou jejunal, uso de antiácidos. Fosfatase alcalina (FA) Adultos: 27-100U/L Cirança (até 15a): 75- 390 U/L Como prova de função hepática, só é confiável quando interpretada juntamente com outro (s) parâmetro (s), pois é produzida principalmente no fígado e ossos. Indicador mais sensível de doença óssea ↑ - significativo na doença hepática ou metástase hepática ou óssea, doença óssea de Paget, aumento moderado na hipercalcemia (possível hiperparatireoidismo), pancreatite, hepatite, icterícia obstrutiva, cirrose biliar, sarcoma osteogênico, crescimento ósseo, deficiência de vitamina D, raquitismo, osteomalácia, fratura óssea, osteolite, artrite reumatoide, sarcoidose, isquemia ou infarto intestinal, AIDS. Uso dos fármacos: alopurinol, antibiótico, azatioprona, colchicina, indometacina, contraceptivos orais, metotrexano, metildopa, ácidos nicotínico, fenotiazina, probenecida, tetraciclina, verapamil. ↓ - hipofosfatemia, desnutrição calórico-proteica, doença celíaca, hipotireoidismo, anemia perniciosa, deficiencia de vitamina C, deficiência de zinco, excesso de vitamina D. Uso dos fármacos: arsênicos, cianidas, fluoretos, nitrofurantoína, oxalatos, sais de zinco. Gama- glutamil transpeptidase (GGT) - Consiste de: pH, pO2, HCO3. Glicose (jejum) 70 – 100mg/dL Para diagnostico de diabetes mellitus: valor ≥ 126mg/dL na amostra de jejum, em pelo menos duas oportunidades. Em gestantes, valores >105mg/dL já são suspeitos, merece maior investigação. O diagnóstico de hipoglicemia se estabelece com valores <50mg/dL no adulto e <40mg/dL no recém-nascido. ↑ - no diabetes mellitus, síndrome de Cushing, deficiência de tiamina, acromegalia, gigantismo, doença hepática crônica, infecções graves, trauma, hipertireoidismo, pancreatite aguda, inatividade física, prolongada, desnutrição crônica, deficiência de potássio, desidratação, AVC, anestesia geral, adenoma pituitária ou de pâncreas, hemocromatose, infarto do miocárdio, feocromocitoma, glicagonemia, IRA, uso de cafeína, álcool. Uso dos fármacos corticosteroides, doses altas de anti-hipertensivos, ciclosporina, glucagon, antidepressivos, bloqueadores betaadrenérgicos, dextrotiroxina, diazocida, diurético, epinefrina, estrogênios, isoniazida, lítio, infusões endovenosas de glicose, fenotiazinas, fenitoína, triamterene. ↓ - com dose excessiva de insulina, carcinoma de pâncreas, sepse bacteriana, hipotireoidismo, hipopituitarismo, doença de Addison, doença hepática (hepatite, cirrose, envenenamento, tumor metastático), doença de reserva de glicogênio, deficiência de glucagon, carcinoma de ilhotas, insulinoma, abuso de álcool, privação alimentar prolongada, exercício extenuante, pancreatite, hipoglicemiantes orais, interrupção abrupta da infusão de NPT (principalmente), especialmente em pacientes recebendo hipoglicemiantes orais ou insulina, doença de von Gierke, galactosemia, alcaptonúria, intolerância à frutose, sobrecarga hídrica. Uso dos fármacos: aceramifeno, esteroides anabólicos, clofibrato, disopiramida, genfibrozila, insulina, inibidores da MAO, pentamidina, propranolol, tolazamisa, tolbutamida. Glicose (urina) Aceitável: 1+ durante a TNE ou TNP Amosta aleatória: 0 (zero) Amostra de 24h: ,0,5g Glicemias >180mg/dL geralmente glicosúria, porém pacientes diabéticos, o limiar renal pode variar de 50 a 400mg/dL. Crianças com menos de um ano e gestantes podem apresentar glicosúria por diminuição do limiar renal. ↑ - no estresse severo (trauma, infecção), diabetes mellitus, gestação, síndrome de Cushing. Uso de fármacos: ácido aminisalicílico, cefalosporina, cloridrato, clorafenicol, dextrotiroxina, diazóxido, diuréticos de alça e tiazídicos, estrogênio, infusões de glicose, isoniazida, lítio, nafcilina, ácido nafcilina, ácido nalidixico, ácido nicotínico (grandes doses). Globulina 2,3 – 3,5 g/dL ↑ - na infecção, doença de Hodgkin, lúpus, mieloma múltiplo, alcoolismo crônico, choque, tuberculose, leucemia. ↓ - na desnutrição Hemácias M:4,3-5,9 milhões/mm³ F: 3,5-5,5milhões/mm³ ↑ (policitemia) – na desidratação, diarreia grave, queimaduras, vômito, intoxicação com álcool etílico ou fármacos e acidose metabólica. ↓ - em anemia, hemorragia, deficiência de ferro, doença de ferro, doença sistêmica (Hodkins, leucemia, lúpus) e infecção grave. Hematócrito (Htc) M:40 – 50% F:35 – 45% ↑ - na desidratação, policitemia, choque. Pode ser indicativo de macrocitose. ↓ - na anemia (<30), perda sanguínea, hemólise, leucemia, hipertireoidismo, cirrose, hiper-hidratação. Pode indicar microcitose. HDL colesterol <10 anos: > 40mg/dL desejável 10-19anos:c>35mg/dL Adultos: Baixo: <40mg/dL Limítrofe: 40-60mg/dL Desejável: >60mg/dL ↑ - no exercício excessivo regular, terapia com estrogênio ou insulina, consumo moderado de álcool, doença hepática. ↓ - no jejum prolongado, obesidade, doença hepática, diabetes mellitus, hipertireoidismo, fumo, AIDS, lopoproteinemia familiar de baixa HDL, hipoproteinemia, síndrome nefrótica, desnutrição. Hemoglobina (Hg) M: 13,5 – 18 g/dL F:12 - 16 g/dL RN: 13,5-19,5g/dL A Hg é superior ao Htc para avaliar a anemia do DRC. ↑ - em queimaduras severas, policitemia, insuficiência cardíaca, talassemia, DPOC, desidratação. ↓ - na anemia, hipertireoidismo, cirrose, várias doenças sistêmicas (leucemia, lúpus, doença de Hodgkin). Hemoglobina glicada (ou glicosada – HbA1c) 3,6-5,3% Avalia o controle glicêmico de diabéticos em longo prazo. Bom controle: <7,0%; controle moderado: <7,0 <8,0; controle ruim >8,0% ↑ - No diabetes mal controlado ou recentemente diagnosticado, talassemia, deficiência de ferro, gestação, hemodiálise, estresse, síndrome de Cushing, feocromocitoma, glucagonoma, acromegalia, esplenectomia. Uso dos fármacos: corticoesteróides. ↓ - na anemia falciforme, outras anemias hemolíticas, DRC, suplementação com vitamina E. Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) 26-34pg/eritrócitos A anemia da DRC é geralmente normocítica e normocrômica. Anemia microcítica pode refletir deficiência de ferro, excesso de alumínio ou certas hemoglobinopatias. A anemia macrocítica pode estar associada com deficiência de vitamina B12 ou folato. Pode, também, estar associada ao excesso de ferro e terapia com eritropoietina. ↑ - na anemia macrocítica, falso aumento em hiperlipidemia. ↓ - na anemia microcítica. Hormônio do crescimento 0-2,5µg/L ↑ - na acromegalia, gigantismo. ↓ - em lesões do hipotálamo ou pituitária, (GH) hipotireoidismo. Hormônio tireotrófico (TSH) Adultos: 21-54 anos:0,4- 4,2µU/L 55-67 anos: 0,5- 8,9µU/L ↑ - no hipotireoidismo primário. ↓ - no hipertireoidismo, hipotireoidismo secundário, terapia com hormônio da tireoide. Lactato 4,5-19,8mg/dL 0-90dias: 9-32mg/dL 3-24 meses:9-30mg/dL 2-18anos:9-22mg/dL ↑ - na acidose lática, exercício extenuante, sepse, estresse, toxina, uso de metformina e de inibidor da nucleosídeo transcripase reversa. LDLcolesterol Ótimo: <100mg/gL Próximo ao ótimo: 100-129mg/dL Limite: 130-159mg/dL Alto: 160-189mg/dL Muito alto: ≥ 190mg/dL ↑ - na hiperlipidemia, dieta rica em lipídeos, hipotireoidismo, doença hepática crônica, hematoma, trauma agudo, diabetes mellitus, gestação, síndrome de Cushing, síndrome nefrótica, alcoolismo, mieloma múltiplo, doença do armazenamento do glicogênio. Uso dos fármacos: aspirina, contraceptivos orais, fenotiazinas, esteroides, sulfonamidas. ↓ - na AIDS, desnutrição, hipolipoproteinemia familiar, hipertireoidismo. Leucócitos 5-10 x 103 cél mm3 ↑ (leucocitose) - leucemia, infecção bacteriana,hemorragia, trauma ou injúria tissular, câncer, e fisiologicamente na gravidez, exercício físico extenuante, digestão. ↓ - (leucopenia) infecções virais, quimioterapia, radiação, depressão da medula óssea. Linfócitos 1100 a 3300/mm3 ↑ - (linfocitose) na hepatite viral, infecção por citomegalovírus, toxoplasmose, rubéola, infecção aguda por HIV, leucemia linfocítica crônica e aguda. ↓ - (linfocitopenia) em infecções e enfermidades agudas, deficiência no sistema imunológico e de vitamina A, depleção de proteínas viscerais (não muito preciso) doenças de Hodgkin, lúpus, anemia aplástica, insuficiência renal, AIDS, carcinoma terminal. Depleção nutricional leve: 1200-1499/mm³; moderada:800- 1199/mm³; grave <800/mm³; Lipase <60 U/L ↑ - na pancreatite aguda (ou exacerbação da crônica), úlcera péptica, colicistite aguda, cálculo na vesícula biliar, infecção do trato biliar, insuficiência renal, AIDS. ↓ - na hepatite viral, desnutrição proteica, desnutrição crônica, insuficiência pancreática. Magnésio (Mg) 1,6-2,7mg/dL unção muscular e nervosa, regula sistemas enzimáticos que controlam o metabolismo dos carboidratos, lipídeos, eletrólitos e proteínas. ↑ - na insuficiência renal, acidose diabética, hipotireoidismo, doença de Addison, desidratação, excesso de uso de suplemento de magnésio ou antiácido. ↓ - na diarreia crônica, alcoolismo, pancreatite, doença renal, cirrose hepática, toxemia gestacional, hipertireoidismo, má-absorção, colite ulcerativa, diuréticos depletores de potássio, desnutrição, uso dos fármacos cisplatina e ciclosporina. Plaquetas 150.000- 450.000/mm³ ↑ - (trombocitose) em malignidade (leucemia, linfoma, tumor sólido), policitemia Vera, pós-esplenectomia, artrite reumatoide, anemia ferropriva. ↓ - (trombocitopenia) em anemia hemolítica ou perniciosa, quimioterapia, infecção, leucemias, trobocitpénia hereditária, hiperesplenismo, hemorragia, lúpus, coagulação intravascular disseminada. pH (equilíbrio ácido básico) Arterial: 7,35- 7,45 Venoso: 7-33- 7,43 Reflete o equilíbrio ácido-básico. ↑ - na alcalose respiratória ou metabólica, vômitos, redução do potássio ou cloro séricos (uso de diuréticos, sucção gástrica), febre alta, hiperventilação, anoxia, hemorragia cerebral. ↓ - na acidose respiratória ou metabólica, cetoacidose diabética, insuficiência renal, diarreia, insuficiência respiratória, obstrução das vias aéreas, choque, ICC. Potássio 3,5-5,1 mEq/L ↑ - (hipercalemia) insuficiência renal, obstipação crônica no paciente renal, trauma, dano tissular, acidose, doença de Addison, diabetes não controlada, hemorragia interna, infecção, febre, queimaduras, excesso de suplemento de potássio, hemólise, AIDS, desidratação. Uso dos fármacos: diuréticos, inibidores da aldosterona e poupadores de potássio, succinilcolina, ácido aminocapróico, antibióticos, antineoplásicos, captopril, epinefrina, heparina, histamina, lítio, manitol, sulfato poliestireno de sódio. ↓ - (hipocalemia) na perda gastrointestinal (ex.: drenagem nasogástrica, diarreia, vômito excessivo), líquido endovenoso sem suplementação de potássio, abuso de álcool, má-absorção, desnutrição, alcalose, estresse crônico ou febre, diurético depletor de potássio, uso de esteróide e estrogênio, doença hepática com ascite, insuficiência renal, síndrome de Cushing, fibrose cística. Uso dos fármacos: diurético depletor de potássio, esteroides, estrogênios, abuso crônico de laxantes, acetazolamida, ácido aminosalicílico, anfotericina B, carbenicilina, insulina, aspirina, cisplatina, infusões de glicose, carbonato de lítio, penicilina G spodia, fenotiazinas. Pressão parcial do dióxido de carbono (pCO2) Arterial 35-45mmHg Venoso 38-50mmHg ↑ - (acidose): em hiperventilação secundária à anestesia geral, DPOC, obstrução das vias aéreas. ↓ - (alcalose): em desordens do SNC, hipoxemia. Proteína total 6,0 – 8,0 g/dL Prematuros: 3,6 a 6,0 RN: 4,6-7,0g/dL 7 dias – 1ano: 4,4-7,6 1-2anos: 5,6-7,5 >3 anos: 6- 8g/dL ↑ - na desidratação, doenças que aumentam a globulina. ↓ - na deficiência proteica, doença hepática severa, desnutrição, diarreia, queimaduras severas ou infecção, edema, síndrome nefrótica. Proteína, urina Adultos: Proteínas totais: 50-80mg/24h em repouso <250mg/24h ao exercício intenso Albumina <30mg/24h Microalbuminúria: >20mcg/min. ↑ - na síndrome nefrótica, trombose de veia renal, terapia com droga nefrotóxica, envenenamento por metais pesados, nefropatia diabética, mieloma múltiplo, sarcoidose, anemia falciforme, neoplasia, inflamação do tato urinário, após o exercício, préeclâmpsia, ICC, amiloidoise, LES, galactosemia. Uso dos fármacos: acetazolamida, aminoglicosídeos, anfotericina A, cefalosporina, colestina, griseofulvina, lítio, meticilina, nafcilina, drogas nefrotóxicas (arsênicos, sais de ouro), oxacilina, penicilamina, penicilina G, fenazopiridina, polimixina B, salicilatos, sufonamidas, tobutamina, viomicina. Proteína Creativa (PCR) Inferior a 0,8mg/dL <0,6mg/dL Fator de risco para evento cardiovascular (infarto de miocárdio ou derrame). ↑ - na inflamação arterial, infecções bacterianas, câncer, doença de Crohn, infarto do miocárdio, pancreatite, febre reumática, artrite reumatoide, obesidade. Reticulócitos Adultos: 0,4%- 2,3% Crianças: 0,8%- 2,8% ↑ - com anemias hemolíticas, 3-4 dias após a hemorragia. ↓ - nas anemias por deficiências de ferro, anemia aplásica, anemia perniciosa não tratada, infecção crônica, radioterapia, problemas endócrinos, leucemia, síndromes mielodisplásicas, hemorragia intensa. Sódio 136 – 146 mEq/L ↑ - (hipernatremia) na desidratação e ingestão hídrica baixa, uso de diuréticos, insuficiência renal, diabetes insípido (diurese osmótica), síndrome de Cushing, coma, hiperaldosteronismo primário, sudorese excessiva. Uso dos fármacos: esteroides anabólicos, antibióticos, clonidina, corticosteroide, laxantes, metildopa, contraceptivos orais, xaropes de tosse, carbenicilina, estrogênios. ↓ - (hiponatremia) em edema, cirrose com ascite, nefrite grave, DRC, privação alimentar prolongada, hiperglicemia, má-absorção, AIDS, queimadura severa, vômito/diarreia, diuréticos, hipotireoidismo, intoxicação hídrica, doença de Addison, ICC, insuficiência hepática. Uso dos fármacos: captopril, carbamazepina, inibidores da ECA, diuréticos, sulfonilureias, triamterene, vasopressina, haloperidol, heparina, antidepressivos tricíclicos. Tempo de protrombina (TP) 10 – 14s ↑ - na deficiência de protrombina, deficiência de vitamina K, doença hepática, fibrinogênio diminuído, obstrução biliar, terapia anticoagulante, intoxicação por salicilatos, hipervitaminose A, coagulação intravascular disseminada, AIDS. Tempo da tromboplastina parcial (TTP) > 6 meses de idade:<1,2 Triagem para distúrbios de coagulação e para monitorar terapia com heparina. ↑ - na deficiência de vitamina K, hemofilia, doença hepática, coagulação intravascular disseminada, terapia com antibiótico, deficiência ou defeitos de fatores de coagulação, AIDS. ↓ - em câncer extensivo (exceto c/ envolvimento hepático), hemorragia aguda, início da doença da coagulação intravascular disseminada. Transaminase glutâmicopirúvi ca (TGP) ou alanina aminotransfera se (ALT) Adulto: 05-38 U/L 1-30d: M:20-54U/L F: 21-38U/L 1-6m: M:26-55U/L F:26-61U/L ↑ - na hepatite, icterícia, cirrose, câncer hepático, infarto do miocárdio, queimadura severa, trauma, choque, mononucleose, pancreatite, obesidade. 7-12m: M:26-59U/L F: 26-55U/L 1-3 a: M:19-59U/L F: 24-59U/L 4-11a: 24-49U/L 12-15a: M: 24-49U/L F: 12-44U/L Transaminase glutâmico oxaloacética (TGO) ou asparato aminotransfera se (AST) Adulto: M:10-37U/L F: 11-39U/L 8-30d: M:20-69U/L F: 16-67U/L 1-6m: M:16-61U/L F: 16-62U/L 7-12m: M:16-60U/L F: 16-52U/L 1-3a: 16-57 U/L 4-6 a: 10-47 U/L 7-15a: M: 5-36U/L F:10-41U/L Não é um bom parâmetro individual para teste de função hepática, porque, além do fígado, é encontrado no coração, músculo esquelético e células vermelhas do sangue. ↑ - na injúria/ morte celular, infarto miocárdio, cirrose aguda, hepatite, pancreatite,doença renal, câncer, alcoolismo, hipotireodismo, queimadura, trauma, distrofia muscular, gangrena, síndrome de Cushing. Uso dos fármacos: ácido acetilsalicílico, anti-hipertensivos, agentes colinérgicos, anticoagulantes, digitalis, contraceptivos orais, eritromicina, isoniazida, metildopa, opiatos, verapamil. ↓ - na diabetes não-controlada (acidose), beribéri, gestação e diálise crônica. Transferrina 212-360mg/dL ↑ - com estoques inadequados de Fe, anemia por deficiência Fe, hepatite aguda, policetimia, uso de contraceptivos orais, gestação. ↓ - com anemia perniciosa, infecção, câncer, doença hepática, desnutrição, síndrome nefrótica, talassemia. Depleção leve: 150-200; depleção moderada: 100-150; depleção grave: ≤100. Trigicerídeos (Tg) Desejável: <150mg/dL. Importante na avaliação do metabolismo de lipídios. Administração endovenosa de emulsões lipídicas deve ser cautelosa em Limite: 150-199mg/dL. Alto: 200-499. Muito alto: ≥ 500 pacientes com níveis elevados de Tg ↑ na hiperlipidemias, doença hepática, pancreatite, diabetes mal controlada, hipotireoidismo, ingestão alta de açúcar e ou gordura, infarto do miocárdio, alcoolismo, cirrose hepática, AIDS, doença do armazenamento de glicogênio, síndrome nefrótica, gestação. Uso dos fármacos: colestiramina, estrogênio, contraceptivos orais. ↓ - na desnutrição, síndrome de má-absorção, hipertireoidismo, DPOC. Uso dos fármacos: ácido ascórbico, asparaginase, clofibrato, colestipol. Ureia Adultos: 15-40mg/dL 01d a 12m: 02 a 34 mg/dL 01 a 13a: 08 a 36mg/dL Reflete quebra proteica endógena (catabolizada) ou exógena (ingerida). Pode indicar estado de hidratação. Sofre mais a influência do catabolismo proteico do que a creatinina. ↑ na insuficiência renal, obstrução do trato urinário, choque, trauma, sepse, desidratação, febre, infecção, diabetes, gota crônica, ingestão/catabolismo proteico excessivo, infarto do miocárdio, ICC, hemorragias digestivas. Uso dos fármacos: esteroides, alopurinol, aminoglicosídeos, aspirina, bacitracin, carbamazepina, cefalosporina, furosemida, guanitidina, indometacina, metotrexato, penicilamina, propranolol, espironolactona, tetraciclina, rifanpina. ↓ - na insuficiência hepática severa, desnutrição, ingestão proteica baixa, má-absorção, hiperhidratação, gestação, hêmese, diarreia, anabolismo proteico, síndrome nefrótica, ingestão elevada de carboidratos. Uso dos fármacos: clorafenicol, estreptomicina. Uréia, urina 12-34g/24h, dieta dependente Sintetizada no fígado a partir da amônia, como produto final do catabolismo das proteínas. É livremente filtrada pelos glomérulos renais e cerca de 40-50% são reabsorvidos no túbulo contornado proximal. Mede o ritmo da filtração glomerular, influenciada pela ingestão de proteínas. ↑ - na insuficiência renal Vitamina B12 M: 81-488pg/L F: 111-522pg/L Importante para a manutenção da hematopoiese e da mielina. Requer o fator intrínseco para sua absorção, e a transcobalamina para seu transporte. ↑ (>1.100 ng/L) - na doença hepática, algumas leucemias, câncer (especialmente com metástase hepática), gestação, uso de contraceptivos orais. ↓ (<100 ng/mL) – na anemia perniciosa, síndromes de máabsorção, hipotireoidismo primário, redução da mucosa gástrica, dieta vegetariana, acloridria. Volume corpuscular médio (VCM) 87- 103mm³/ eritrócitos ↑ - No abuso de álcool, anemia perniciosa macrocítica/megaloblástica, deficiência de vitamina B12 e/ou folato. VLDL colesterol 25%-50% do colesterol total Calculo para estimativa da VLDL: triglicerídeos dividido por 5. ↑ - na hiperlipidemia, dieta rica em lipídeos, hipotireoidismo, doença hepática crônica, hepatoma, trauma agudo, diabetes mellitus, gestação, síndrome de Cushing, síndrome nefrótica, alcoolismo, mieloma múltiplo, doença do armazenamento do glicogênio. ↓ - na AIDS, desnutrição, hipolipoproteinemia familiar, hipertireoidismo. Zinco M:50-291µg/dL F: 65-256µg/dL ↑ - na insuficiência cardíaca congestiva, aterosclerose, osteossarcoma. ↓ - na desnutrição, diálise, enteropatia perdedora de proteína, doença inflamatória intestinal, síndrome nefrótica, queimadura ou trauma, nutrição parenteral prolongada, alcoolismo, cirrose ou pancreatite alcoólica, anorexia, anemia perniciosa ou falciforme, câncer com metástase hepática, tuberculose, talassemia, hipoalbuminemia. ● TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO: - Necessidades nutricionais: O aporte energético e de nutrientes deve ser individualizado e baseado na avaliação atual e passada, na composição corporal e funcional e na condição clínica do paciente (SBNPE; ASBRAN, 2011). - Necessidade energética: pode ser utilizado fórmulas de bolso para cálculo das necessidades calóricas dos pacientes internados. Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica em adultos: Necessidades nutricionais de macronutrientes para adultos: Estimativa de necessidade proteica em adultos: Necessidade hídrica para pacientes com função renal e cardíacas normais: ● Registro de atendimento nutricional – evolução e conduta nutricional: - Primeira evolução - deverá conter: - Data, hora ; - Identificação do paciente; - História da doença atual (HDA) e pregressa (HPP) /comorbidades; - Investigação dietética (informações relevantes do hábito de alimentar, aversões, alergias ou intolerâncias alimentares, alteração da ingestão alimentar atual e ingestão hídrica); - Avaliação nutricional; - Exame físico (avaliação do TGI - cavidade oral; mastigação; deglutição; anorexia/hiporexia; náuseas e vômitos; dor abdominal; diarreia; constipação; duração, intensidade e frequência dos sintomas) e capacidade funcional; - Antropometria (deve conter medidas antropométricas, índices e perda ponderal); -Avaliação bioquímica (conforme relevância de cada caso); - Resultado da ASG/MNA-; - Diagnóstico Nutricional (DN); - Conduta Nutricional – Valor Energético Total (VET); consistência, macro e micronutrientes mais importantes para o caso clínico; fracionamento; Suplementação (caso haja necessidade); - Evoluções subsequentes: averiguar ingestão alimentar, avaliação da tolerância digestiva, exame físico, antropometria, capacidade funcional e avaliação bioquímica. Ou outras intercorrências.