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EXAMES LABORATORIAIS COM INTERPRETAÇÃO EXAME HOMENS MULHERES POSSÍVEL INTERPRETAÇÃO Perfil Lipídico Colesterol HDL >40 mg/dL >40 mg/dL Valores aumentados: manutenção periódica de exercícios físicos, uso moderado de álcool (em especial vinho e substâncias contendo antioxidantes), tratamento de insulina, terapia de reposição hormonal em mulheres, dislipidemias. Valores diminuídos: estresse, obesidade, sedentarismo, história familiar, tabagismo, diabetes mellitus, hipo e hipertireoidismo, doença hepática, nefrose, uremia. Colesterol LDL < 130 mg/mL Risco Cardiovascular Nível Baixo <130 Intermediário <100 Alto <70 Muito alto <50 Valores aumentados: risco de doença cardíaca coronariana, hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia familiar combinada, diabetes mellitus, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, dieta hiperlipídica, gravidez, uso de medicamentos (esteróides anabolizantes, beta-bloqueadores anti-hipertensivos, progestina, carbamazepina, entre outros). Valores diminuídos: doença crônica, abetalipoproteinemia, uso de estrogênios. Colesterol total < 190 mg/dL Valores aumentados: hipercolesterolemia idiopática, hiperlipoproteinemias, estados obstrutivos biliares, hipotireoidismo (fator importante, especialmente em mulheres de meia idade em diante), doença pancreática, gravidez, uso de medicamentos (esteróides, hormônios, diuréticos, etc). Valores diminuídos: dano hepático, hipertireoidismo, desnutrição, anemias crônicas, terapia com cortisona ou ACTH e medicamentos (tetraciclina, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, azatioprina, estrogênios orais, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatinas, simvastatinas e similares). Triglicerídeos <150 mg/dL Valores aumentados: dislipidemias, doenças hepáticas, xantomas, pancreatites, síndrome nefrótica, doenças de estocagem, hipotireoidismo, diabetes mellitus, alcoolismo, gota, gravidez, doenças agudas, uso de certos medicamentos (contraceptivos orais, estrogênios em altas dosagens, betabloqueadores, hidroclorotiazida, esteróides anabolizantes, corticosteróides). Certos valores estão associados a algumas condições (até 250, não associado a nenhum estado patológico; 250-500, associado à doença vascular periférica; superior a 500, associado a risco de pancreatites; superior a 1000, associado a hiperlipidemias, especialmente tipo I e V, risco de pancreatites; superior a 5000, associado a xantoma eruptivo, arco corneal, lipemia retinal e hepatoesplenomegalia). Valores diminuídos: abetalipoproteinemias, desnutrição, alteração em hábitos dietéticos recentes (especialmente regimes), perda de peso recente, exercício vigoroso e uso de medicamentos (bloqueadores de receptores alfa-1). Hipertrigliceridemia está associada com o uso de diuréticos (tiazidicos) e beta adrenérgicos. Perfil glícidico Glicemia jejum < 100 mg/dL Valores aumentados: diabetes mellitus (primária ou secundária, insulino dependente ou não insulino dependente), diabetes gestacional, ausência de jejum, estados de estresse, injeções de adrenalina, pancreatite aguda, infarto agudo do miocárdio, hipervitaminose A crônica. Valores diminuídos: hipoglicemia reativa pós-prandial, pancreatites, insulinomas, hipoglicemia autoimune, neoplasias, hipopituitarismo, hipotireoidismo, prematuridade, recém-nato de mãe diabética, doenças enzimáticas hereditárias, desnutrição, alcoolismo, uso de medicamentos (insulina, sulfoniluréia, etc). Glicemia pós prandial < que 140 mg/dL aos 120 minutos. Duas horas depois de uma sobrecarga oral de glicose, a glicemia deve estar próxima aos valores de jejum (menor que 140 mg/dL). Com a progressão do diabetes mellitus tipo 2, invariavelmente ocorre uma atenuação e um atraso da primeira resposta de secreção de insulina estimulada pelas refeições, com consequentes glicemias pós-prandiais elevadas. Curva glicêmica Glicemia basal entre 75 e 110 mg/dL, glicemia inferior a 140 mg/dL aos 120 minutos. Valores normais: pico de glicose aos 30 – 60 minutos de 160 a 180mg/ml. Os valores podem voltar a normalidade após 2 a 3 horas. Valores anormais podem significar: diabetes ou síndrome hipoglicêmica. Insulina em jejum < 10mU/mL Valores aumentados: resistência à insulina. Valores diminuídos: produção insuficiente de insulina pelas células beta (como em diabetes e em pancreatite, por exemplo). Função tireoidina T4 livre > 0,8 ng/dL (ótimo >1,1 ng/dL) O T4 livre corresponde a 0,02-0,04% do T4 total, estando precocemente elevado nas fases iniciais do hipertireoidismo, quando os níveis de T4 e T3 totais estão ainda dentro dos limites de normalidade. Valores aumentados: hipertireoidismo. Valores diminuídos: hipotireoidismo. TSH 1,5 a 2,5 µUI/mL Nota: Preferencialmente o nível de T3 livre deve ser 3 vezes superior ao nível de T4 livre. Pode ser considerado o melhor exame isolado para a investigação de hipotireoidismo e hipertireoidismo. Na maioria dos pacientes com hipotireoidismo primário, os resultados de TSH são marcadamente elevados (3 a 100 vezes o normal). Os resultados de um ensaio sensível para TSH que estão dentro dos intervalos de referência excluem a disfunção tireoidiana. No hipotireoidismo subclínico o TSH está elevado; o T4 livre, o T4 total e o T3 podem apresentar níveis normais. Nas mulheres com mais de 50 anos de idade a prevalência de hipotireoidismo subclínico é de 15 - 20%. Variáveis fisiológicas que alteram os níveis de TSH: gravidez, idade, ritmo circadiano. Em alguns momentos na gravidez, o HCG compete com o TSH (funcionando como TSH), passando a dirigir a tireóide. Não é incomum encontrar, no primeiro e segundo meses da gravidez, TSH suprimido e T4 livre elevado com HCG >100.000 unidades. Função Hepática GGT < 16 U/L Valores aumentados: doenças hepáticas em geral (hepatites agudas e crônicas, carcinomas, cirrose, colestase, metástases etc.), pancreatites, infarto agudo do miocárdio, lupus eritematoso sistêmico, obesidade patológica, hipertireoidismo, estados pós-operatórios, carcinoma de próstata, uso de medicamentos hepatotóxicos ou capazes de ativar indução enzimática (barbituratos, fenitoína, antidepressivos tricíclicos, acetaminofen). Fibrinogênio < 236 mg/dL Valores aumentados: uso de contraceptivos orais, uso de anticoagulantes, estresse, trauma, infecção, inflamação, neoplasias, gravidez e períodos pós-operatórios. Valores diminuídos: afibrinogenemia/hipofibrinogenemia hereditária, coagulação intravascular, fibrinólises, doença hepática, uso de terapia fibrinolítica com uroquinase ou estreptoquinase. TGO 10 a 30 U/L Valores diminuídos: azotemia, diálise renal crônica, estados de deficiência de piridoxal fosfato (ex. desnutrição, gravidez, doença hepática alcoólica). Valores normais: angina pectoris, insuficiência coronariana, pericardite. TGP 10 a 30 U/L Valores aumentados: necrose celular hepática de qualquer causa, choque severo, insuficiência cardíaca, anóxia aguda (ex: estado asmático), trauma extenso, hepatite infecciosa e tóxica, icterícia obstrutiva, obstrução biliar, cirrose, carcinoma hepático, miosite, miocardite, distrofia muscular, doenças hemolíticas, trauma muscular moderado, abuso crônico do álcool, filariose, queimaduras severas, pancreatite severa. Valores diminuídos: azotemia, diálise renal crônica, estados de deficiência de piridoxal fosfato. Perfil nutricional Ácido fólico Folato sérico: 10 a 17 ng/mL Folato eritrocitário: >226 nmol/L Valores aumentados: dieta vegetariana, deficiência de vitamina B12, neoplasias. Valores diminuídos: deficiência primária de folato dietético, hipertireoidismo, anemia perniciosa, alcoolismo, má nutrição, doenças hepáticas, deficiência de vitamina B12, hemodiálise crônica, doença celíaca adulta, anemia hemolítica, carcinomas, mielofibroses, gravidez. Cálcio iônico 1,16 a 1,32 mmol/L Fatores que levam ao aumento do cálcio: hiperpatireoidismo primário,excesso de ingestão de vitamina D, vários tipos de malignidade. Fatores que levam a diminuição do cálcio: hipoparatireoidismo primário, pseudohipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D, deficiência de magnésio, alcalose, após cirurgias, após transfusões, após hemodiálise. Cobre Criança < 6 meses: 20,00 a 70,00 µg/dL de 6 meses a 6 anos : 90,00 a 190,00 µg/dL de 6 anos a 12 anos : 80,00 a 160,00 µg/dL Homem: 60,00 a 140,00 µg/dL Mulher: 85,00 a 155,00 µg/dL Valores aumentados: anemias (perniciosa, megaloblástica, ferropriva e aplástica); neoplasias; processos infecciosos agudos ou crônicos; cirrose biliar, doenças autoimunes, gravidez, uso de contraceptivos orais e outros medicamentos. Valores diminuídos: nefrose (perda de ceruloplasmina urinária), doença de Wilson, leucemia aguda, algumas anemias ferroprivas e uso de medicamentos (ACTH e corticosteróides entre outros). Magnésio sérico > 2,05 mg/dL Valores aumentados: terapia diurética, hiperaldosteronismo, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, síndrome de Bartter, hipercalcemia, transplante de rim. Valores diminuídos: diarreia crônica, desvio do intestino delgado, abuso de laxantes, desnutrição, alcoolismo. Manganês Manganês sérico: Até 2,0 µg/L Manganês urinário: Até 8,0 µg/L Valores aumentados: hepatite aguda, infarto do miocárdio. Valores diminuídos: fenilcetonúria, malformação óssea (alguns pacientes). A deficiência de manganês não é uma ocorrência comum, pois as fontes alimentares prevêem uma provisão adequada deste elemento essencial. Potássio 3,9 a 5,1 mEq/L Potássio urinário 24h: 25,0 a 125,0 mEq/24h Valores aumentados: infusão rápida de vitamina K. Valores diminuídos: vômitos prolongados, diarréia, acidose tubular renal, insuficiência renal, síndrome de Fanconi, aldosteronismo primário ou secundário, síndrome de Cushing, administração de ACTH, cortisona ou testosterona. Selênio 20 a 190 µg/L Valores diminuídos: nutrição parenteral, gravidez, cirrose hepática, cardiomiopatia. Sódio 135,0 a 144,0 mEq/L Sódio urinário 24h 40,0 a 220,0 mEq/24h Valores aumentados: perda excessiva de água através da pele, pulmões e rins (diabetes insipidus, acidose diabética, síndrome de Cushing, coma, doença hipotalâmica). Valores diminuídos: diarreia, vômitos, abuso de diuréticos, pielonefrite crônica, acidose metabólica, acidose tubular renal, diurese osmótica, insuficiência adrenocortical primária e secundária. Vitamina B12 > 350 pg/mL Valores aumentados: insuficiência renal crônica, diabetes, insuficiência cardíaca grave, leucemias, alguns carcinomas, doenças no fígado. Valores diminuídos: deficiência de vitamina B12, síndromes de má absorção, dieta vegetariana, desordens congênitas, deficiência de ferro, deficiência de folato (ácido fólico). Vitamina D 40 a 65 ng/ml (pode chegar até 100 ng/mL) Valores de 25 hidroxi-vitamina D de 30 a 100 ng/mL são considerados suficientes por terem apresentado melhor correlação com a absorção de cálcio, densidade mineral óssea e níveis de PTH. Valores inferiores a 30 ng/mL podem ser indicativos de insuficiência ou deficiência, devendo ser correlacionados com a clínica e com os demais exames laboratoriais de avaliação do metabolismo do cálcio. Zinco sérico > 96 µg/dL Zinco eritrocitário > 600 µg/dL Valores diminuídos: dermatite, alopecia, perda de peso, diarreia, infecção periódica, desordens neuropsiquiátricas, oligospermia, aumento dos níveis de amônia, retardamento de crescimento na infância, hipogonadismo, falta de apetite, letargia. Homocisteína Bom <12 µmol/L e ótimo <7 µmol/L Os pacientes com hiperhomocisteinemia também estão associados a maior risco relativo para trombose venosa profunda. A hiperhomocistinúria está incluída no grupo de erros inatos do metabolismo. A doença é associada com anormalidades vasculares, esqueléticas, oculares e centrais. Estes pacientes estão sujeitos a alto risco relativo para o desenvolvimento de embolia pulmonar, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. Os níveis de homocisteína sérica podem estar aumentados em resposta a tabagismo e deficiência de folatos e vitamina B12. Ferritina 40 a 100 ng/mL A determinação da ferritina é um importante parâmetro para o diagnóstico e acompanhamento terapêutico de processos ferroprivos. Um balanço negativo do ferro (menor oferta do que consumo) diminui os valores da ferritina sérica. Valores inferiores a 12,0 ng/mL (em adultos) são associados a estados clínicos de deficiência de ferro. Outros Hemograma Eritrócitos: 4,00 a 5,20 10^6/µL Hemoglobina: 12,0 a 16,0 g/dL Hematócrito: 36,0 a 46,0 % VCM: 80,0 a 100,0 fL HCM: 26,0 a 34,0 pg CHCM: 31,0 a 36,0 g/dL RDW: 11,5 a 14,5% Hemácias: valores baixos de hemácias podem indicar um caso de anemia normocítica, valores altos são chamados de eritrocitose e podem indicar policitemia (oposto da amenia, pode aumentar a espessura do sangue, reduzindo a sua velocidade de circulação). Hemoglobina: baixa causa descoramento do sangue, palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos. Hematócrito: é a porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume sanguíneo. Valores baixos podem indicar uma provável anemia e um valor alto também pode ser um caso de policitemia. VCM: (Volume Corpuscular Médio): Ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. No exame pode vir escrito: microcíticas (indica hemácias muito pequenas), macrocíticas (hemácias grandes). HCM: (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da hemoglobina dentro das hemácias. Também ajudam a decifrar casos diferentes de anemias. CHCM: (concentração de hemoglobina corpuscular média): é a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Pode vir escrito: hipocrômica ou hipercrômica Leucócitos: é o valor total dos leucócitos no sangue. Valores altos, é chamado leucocitose e assinala, principalmente, uma infecção. Claro, mas também pode indicar outras doenças. Quando essa contagem dá mais baixa que o normal (leucopenia) indica depressão da medula óssea, resultado de infecções virais ou de reações tóxicas. Basófilos: em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%, além desse valor indica processos alérgicos. Eosinófilos: seu número além do normal indica casos de processos alérgicos ou parasitoses. Neutrófilos: seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em infecção viral. Linfócitos: em adultos, seu aumento pode ser indício de infecção viral ou, mais raramente, leucemia. Monócitos: quando estão aumentados indica infecções virais. Os valores são alterados também, após quimioterapia. Contagem de plaquetas: a queda brusca do valor das plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica. Contagem de plaquetas: a queda brusca do valor das plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica. PCR Ultra sensível Baixo risco: < 0,1mg/L Médio risco: 0,10 a 0,30mg/dL Alto risco: > que 0,30mg/dL A grande maioria dos estudos originais que examinaram a utilidade clínica para predizer o futuro enfarto do miocárdio tem usado o PCR ultra-sensível. Este ensaio é capaz de medir concentrações de PCR até 0,05 mg/dL. Estudos demonstraram que mulheres aparentemente normais com concentrações de PCR >0,21 mg/dL tem 3 vezes maior probabilidade de enfarto do miocárdio e 2 vezes risco de doença arterial periférica, quando comparadas com outro grupo com concentrações de PCR. Ácido úrico Bom 2,0 a 5,0 mg/dL Ótimo <3,9 mg/dL Valores aumentados: em processos de aumento de síntese de nucleoproteínas, catabolismo, ou diminuição na excreção do ácido úrico renal; gota, insuficiência renal, acidose láctica e diabética, toxemia da gravidez, aumento de risco cardiovascular. Valores diminuídos: síndrome da secreção inapropriada do hormônio diurético, deficiência da enzima xantina oxidase, síndrome de Fanconi, doença de Wilson, doenças neoplásicas causadoras de aumento de excreção renal, doença hepática severa.