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1 Síndrome Ictérica .............................................................................................................. Pág 7 Distúrbios do Metabolismo da Bilirrubina Hepatite Alcoólica Hepatites Virais Hepatopatia auto-imune Colangite Biliar Primária Síndromes Colestáticas ............................................................................................................ Pág 10 Colelitíase Colecistite Coledocolitíase Colangite aguda Tumor periampular Tumor de Klatskin Doença Hepática Alcoólica Síndrome de Mirizzi Doença auto-imune da via biliar Doença de Caroli Síndrome Diarreica ................................................................................................................... Pág 14 Colite Pseudomembranosa Doença Celíaca Trofozoítas Helmintos Doença Inflamatória Intestinal – Dç de Crohn e Retocolite Ulcerativa Síndrome do Intestino Irritável Doença de Whipple Síndrome Metabólica ............................................................................................................... Pág 20 Hipertensão arterial Feocromocitoma Crise hipertensiva Dislipidemia Grandes Síndromes Endócrinas ............................................................................................... Pág 24 Hipertireoidismo Tireotoxicose Doença de Graves Tireoidite Hipotireoidismo Coma Mixedematoso Insuficiência Adrenal Síndrome de Cushing Hipercalcemia Osteoporose Hiperplasia Adrenal congênita Diabetes Mellitus ....................................................................................................................... Pág 28 Pneumonia Adquirida na comunidade .................................................................................. Pág 31 Terapia Intensiva ....................................................................................................................... Pág 34 Definições Sepse Alteração da consciência: Hipertensão Intracraniana e Morte Encefálica Insuficiência Respiratória Síndrome do Desconforto respiratório CLÍNICA MÉDICA 2 Síndrome de Imunodeficiência – HIV ...................................................................................... Pág 37 Grandes Síndromes Bacterianas ............................................................................................. Pág 40 Endocardite Infecção do trato urinário Erisipela e Celulite Osteomielite Abscesso hepático piogênico Síndromes Febris ..................................................................................................... ................... Pág 42 Dengue Chikungunya Zika Febre amarela Leptospirose Malária Calazar Tosse Crônica ............................................................................................................................ Pág 47 Tuberculose Micoses pulmonares: Paracoccidioidomicose, Histoplasmose Coqueluche Criptococose Dispneia ..................................................................................................................................... Pág 51 Tromboembolismo venoso Embolia gordurosa Pneumoconiose Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC Asma brônquica Fibrose cística Geriatria .................................................................................................. ................................... Pág 56 Prevenção de doenças Doença de Alzheimer Demência Vascular Outra demências Síndrome Parkinsoniana Epilepsia ..................................................................................................................................... Pág 59 Neurocisticercose Epilepsia Síndromes epilépticas Crise febril Estado de mal epiléptico Síndrome Neurovascular ......................................................................................................... Pág 62 Acidente Vascular Encefálico (AVE) – Isquêmico e Hemorrágico Fraqueza Muscular ................................................................................................................... Pág 66 Dermatomiosite Esclerose Múltipla Síndrome de Guillain-Barré Esclerose Lateral Amiotrófica / ELA Miastenia Gravis Eaton Lambert Botulismo Distrofia muscular de duchenne 3 Síndrome Álgicas ..................................................................................................................... Pág 70 Cefaleia primária Cefaleia súbita Neuralgia do trigêmeo Arterite temporal Meningite Síndromes dos Compartimentos Renais ................................................................................. Pág 73 Síndrome Nefrítica Doença de Berger Glomerulonefrite rapidamente progressiva Síndrome Nefrótica Doenças Tubulointersticial Doença Vascular renal Síndrome de Lise tumoral Síndrome Urêmica ..................................................................................................................... Pág 77 Lesão renal aguda Necrose tubular aguda Doença renal crônica Transplante e diálise Distúrbios Hidroeletrolíticos ..................................................................................................... Pág 80 Sódio Potássio Equilíbrio ácido-básico Gasometria Síndromes Anêmicas ................................................................................................................ Pág 84 Anemia Ferropriva Anemia de Doença Crônica Anemia Sideroblástica Talassemia Anemia Megaloblástica Esferocitose Hereditária Anemia Falciforme Anemia Hemolítica Autoimune Deficiência de G6PD Síndrome Hemolítico-Urêmica Pancitopenias e outras desordens Hematológicas ............................................................... Pág 90 Neutropenia Febril Fibrose de medula óssea Aplasia de Medula óssea Mielodisplasia Leucemia mieloide aguda Leucemia linfoide aguda Leucemia mieloide crônica Leucemia linfoide crônica Policitemia vera Trombocitemia essencial Tricoleucemia Linfonodo e Esplenomegalia ................................................................................................... Pág 94 Linfoma: de Hodgkin e não Hodgkin Mononucleose infecciosa Doença da arranhadura do gato 4 Doença de chagas Esplenomegalia Toxoplasmose Artrites ................................................................................................................ ..................... Pág 97 Artrite Reumatoide Síndrome Reumatoide Febre Reumática Artrite Séptica Artrite Gotosa Artrite Idiopática Juvenil Artrite Reativa Artrites Crônicas Hemostasias ............................................................................................................................ Pág 101 Púrpura Trombocitopênica Imune Púrpura Trombocitopênica Trombótica Síndrome Hemolítico Urêmica Fator de Von Willebrand Hemostasia secundária Trombose Colagenoses ...................................................................................................... ..................... Pág 104 Lúpus Eritematoso Sistêmico Esclerodermia Síndrome de Sjögren Vasculites Primárias ............................................................................................................... Pág 107 Poliarterite nodosa Crioglobulinemia Doença de Kawasaki Síndrome Pulmão-rim Síndrome de Churg-Strauss Púrpura de Henoch-Schönlein Doença de Buerger Doença de Behçet Síndrome Edemigênica .........................................................................................................Pág 109 Insuficiência Cardíaca Cardiomiopatia Hipertrófica Dor Torácica ....................................................................................................... ..................... Pág 111 Dissecção Aórtica Aguda Pericardite Costocondrite Idiopática Espasmo Esofagiano difuso Doença Isquêmica do Miocárdio Síndrome Coronariana Aguda sem supra ST e com supra de ST Síncope e Arritmias ................................................................................................................. Pág 116 Fibrilação atrial Taquicardia supraventricular Taquicardia ventricular Síncope Síndrome do QT longo 5 Bradiarritmias .......................................................................................................................... Pág 119 Disfunção Sinusal Ritmo de escape Bloqueios AV Parada Cardíaca BLS e ACLS Intoxicações ............................................................................................................................ Pág 122 Intoxicação por Acetaminofeno Intoxicação Digitálica Síndrome Colinérgica Intoxicação por Opioide Intoxicação por Tricíclico Animais peçonhentos ............................................................................................................ Pág 125 Acidente Ofídico – Ofidismo Araneísmo Escorpionismo Valvopatias ............................................................................................................................. Pág 128 Desdobramento da 2ª bulha Estenose Mitral Estenose Aórtica Insuficiência Mitral Insuficiência Aórtica Síndromes Neurológicas ........................................................................................................ Pág 130 Neuropatia Hemissecção Medular Síndrome Coronal Posterior Degeneração combinada da medula Siringomielia Síndrome da Espinha Anterior (Adamkiewicz) Sistema Extrapiramidal Cerebelo Hipertensão intracraniana Psiquiatria ................................................................................................................................ Pág 133 Transtornos Neurocognitivos: Delirium Transtornos relacionados a substâncias: álcool, opioide, benzodiazepínico, cocaína, anfetamina, nicotina, drogas perturbadoras Transtornos Psicóticos: Esquizofrenia, outros transtornos... Transtornos do Humor: Depressão, Mania/ Hipomania, Bipolar, Distimia, Ciclotimia Transtorno de Ansiedade Transtorno de Pânico Agorafobia, Fobia Específica, Fobia social Transtorno Obsessivo Compulsivo Transtorno relacionado a trauma Transtornos Alimentares: Anorexia, Bulimia Transtorno da Personalidade Suicídio Otorrinolaringologia ................................................................................................................ Pág 139 Vertigem Rinite Epistaxe Síndrome da Apneia / Hipopneia Obstrutiva do sono 6 Dermatologia .......................................................................................................................... Pág 141 Hanseníase Ceratofitoses Dermatofitoses Leishmaniose tegumentar Escabiose Molusco contagioso Farmacodermia Câncer de pele Dermatite (Eczema) Dermatite de contato Dermatite seborreico Psoríase Buloses Oftalmologia ............................................................................................................................ Pág 145 Catarata Descolamento da retina Vícios refracionais ametropias Leucocoria Olho vermelho Retinopatia diabética Outras retinopatias Uveítes anteriores Uveítes posteriores Edema de papila COVID-19 ................................................................................................................................. Pág 149 7 >> ICTERÍCIA: é a coloração amarelada de pele e mucosas (principalmente esclera e frênulo da língua), e que ocorre devido ao aumento da bilirrubina no plasma e nos tecidos. Excesso de bilirrubina = ICTERICIA Bilirrubina > 2,5 OBS: o paciente começa a apresentar icterícia quando Bb >2,5 -3,0mg/dL Locais: esclera (> 2,5), mucosa jugal (> 3), pele (> 5) A bilirrubina é produzida a partir do nosso metabolismo, das hemácias. >> FORMAÇÃO DA BILIRRUBINA Cerca de 85% da bilirrubina produzida no corpo tem origem na degradação de hemácias senis. O produto final desta destruição de hemácias idosas é a liberação de hemoglobina (Hb) HEMOGLOBINA = HEME + GLOBINA >> HEME é quebrado em 2 partes = ferro + protoporfirina Protoporfirina IX Biliverdina Bilirrubina indireta - INSOLÚVEL Esta bilirrubina se liberta do interior dos macrófagos e chega ao plasma; mas, por ser insolúvel neste meio, ela precisa “caminhar” pelo plasma ligada a uma proteína solúvel (albumina) – essa bilirrubina é chamada de BILIRRUBINA INDIRETA. >> GLOBINA (haptoglobina carreia...) O aumento das globinas “gasta” a haptoglobina = como se identifica apenas a forma livre dessa proteína, em situações de hemólise teremos uma diminuição da haptoglobina. A BI segue em direção ao fígado onde sofre 3 processos: captação, conjugação e excreção (a excreção é a etapa limitante do processo = a que mais gasta energia). O fígado se encarrega de transformar a BI em um composto solúvel – BILIRRUBINA DIRETA (BD), que é secretada na bile. Ao ser excretada no lúmen intestinal e atingir o íleo terminal e o cólon, uma parte é metabolizada por bactérias. Nesse caso, forma- se um novo composto = urobilinogênio – uma parte desse urobilinogênio é absorvida e retorna à circulação para ser excretado na urina; o restante (estercobilina) sai nas fezes, sendo o responsável pela coloração fecal. >> SÍNDROME ICTÉRICA: - Acolia fecal - Colúria - Prurido (+ característico da lesão biliar (colestase) ↑ BILIRRUBINA INDIRETA HEMÓLISE (Destruição em excesso das hemácias) icterícia + anemia o ↑ LDH o reticulócitos em excesso o globina que carreia haptoglobina ↓ ou ausente DISTÚRBIO DO METABOLISMO DA BILIRRUBINA o sem anemia o Ou seja, ele tem icterícia por aumento de BI e mais NADA ↑ BB INDIRETA GILBERT • A prevalência é de 8% • Quadros brandos (Bb < 4) / comum: >8% (adultos) • Precipitado por: jejum, estresse, álcool, exercício... • Nesse caso temos uma enzima glucoronil transferase “preguiçosa” - em algumas situações (após exercício extenuante, jejum prolongado), a enzima pode ficar um pouco mais “parada” e assim, o indivíduo torna-se um pouco mais ictérico • Melhora com: fenobarbital, dieta hipercalórica • Funciona como um antioxidante • Tem menor risco de ter: aterosclerose e de alguns tipos de neoplasias CRIGLER- NAJJAR • Início até 3º dia de vida • Existem dois tipos TIPO I: deficiência total (Bb 18-45). A criança vai a óbito por kernicterus. O tratamento é feito com exsanguíneo transfusão (até o transplante) TIPO II: deficiência parcial (Bb = 6-25). Tratamento: fenobarbital ↑BB DIRETA DUBIN- JOHNSON • Problema na excreção (benignas) não cai • Enzima hepáticas normais em prova ROUTOR ↑ BILIRRUBINA DIRETA Síndrome Hepatocelular x Síndrome Colestática: As 2 levam ao aumento de bilirrubina DIRETA OBS: na hepatite = inicialmente há um aumento de bilirrubina direta, pois a inflamação prejudica as etapas mais elaboradas do metabolismo da bilirrubina >> excreção ACOLIA FECAL, COLÚRIA, PRURIDO A ≠ é através das enzimas hepáticas ↑ da pressão no leito biliar HEPATITE o TGO (AST)/ TGP (ALT) > 10x o FA/ GGT – “tocadas” aumenta pouco o Se > 1000 MG/DL = Viral (TGP> TGO) o TGO > TGP (2x) = ALCOÓLICA COLESTASE o FA/ GGT > 4x o Transaminases “tocadas” HEPATITES VIRAIS HISTÓRIA + SOROLOGIAS Abuso de medicamentos, de álcool, internações (hepatite isquêmica)... As hepatites podem caminhar para uma forma COLESTÁTICA >> início típico, porém, na convalescência, a BB volta a se elevar, mas com colestase (+ comum = vírus A) SÍNDROME ICTÉRICA 8 Aguda: < 6 meses Crônica: > 6 meses Fulminante: Encefalopatia hepática em até 8 semanas do início do quadro A forma de evolução irá depender da resposta imunológica do indivíduo. Ex.: o vírus C é pouco imunogênico >> recruta pouco a resposta imunológica >> raramente fulmina, contudo, tem maior chance de cronificação. Toda hepatite é baseada na resposta imunológica da pessoa. A pessoa que não tem idade, prolifera. Ou seja, a produção de uma hepatite está de acordo com a nossa imunidade. >> PERÍODOS DE INCUBAÇÃO Hep A: 4 semanas Hep E: 5-6 semanas Hep C: 7 semanas Hep B-D: 8-12 semanas >> HEPATITE VIRAL AGUDA >> CARACTERÍSTICAS GERAIS LEUCOPENIA “COM LINFOCITOSE” Necrose periportal Necrose em Ponte HEPATITE ALCOÓLICA Álcool >> Reação Leucemoide LEUCOCITOSE NEUTROFÍLICA Necrose centrolobular: citocromo P450 é disposto principalmente neste local >> é o padrão também encontrado na hepatite medicamentosa, isquêmica, congestiva O álcool é metabolizado no fígado pelas enzimas... Citocromo P450 está em volta do centrolobular O álcool é metabolizado em volta do centrolobular, onde a sintetização é maior Ultimo local de perfusão: centrobular AST/ TGO > ALT / TGP HEPATITE B >> MARCADORES SOROLÓGICOS É o único vírus DNA – HBV Tem 3 antígenos diferentes (e 3 anticorpos p esses antígenos): HBsAg (vírus) Anti-HBs (anti-virus) HBcAg Anti-HBc (marcador de contato) HbeAg (secretado) Anti-HBe OBS: o Anti-HBc só existe em quem já teve Hep B marcador de contato 1º passo HBsAg é o 1º marcador HBsAg (+): tem Hepatite B (não sei se aguda ou crônica) HBsAg (-): pode ter/ pode não ter ... OBS: quando em concentrações muito baixas, o HBsAg pode não ser detectado 2º passo Anti-HBc Total Anti-HBc total (-): nunca teve hepatite B Anti-HBc total (+): teve contato com o vírus 3º passo Anti HBc IgM e IgG IgM + Hepatite B Aguda IgG + Hepatite B Crônica (não sei se já curou) Quem cura? Anti-HBs Anti-HBs (+) hepatite B curada Anti-HBs (-) hepatite B crônica / teve e ainda tem >> MUTANTES - PRÉ-CORE: falha na síntese do HBeAg, de forma que o paciente na fase replicativa é HBeAg (-). - Quando desconfiar: paciente com transaminases elevadas (que mostra atividade de doença) e HBeAg - - Como confirmar: DNA HBV ↑↑ • POR ESCAPE (ENVELOPE): HBsAg (+) e ANTI-HBs (+) Mais risco: fulminante, cirrose, câncer >> EVOLUÇÃO DA HEP B Evolução Benigna 1. Assintomática 95% cura 2. Anictérica/ ictérica Evolução Ruim 1. Fulminante 1% resposta imune 2. Crônica Adultos: 1-5% Crianças: 20- 30% RN: 90% Outros achados Poliarterite nodosa – PAN GN membranosa Gianotti-Crosti (lesão papular, eritematosa e não pruriginosa) >> HISTÓRIA NATURAL Hepatite B Aguda (1-5%) 1% Fulminante TTO Antivirais Crônica (20-50%) Cirrose (10%) Carcinoma Hepatocelular: a cronicidade pode levar o hepatocito ao câncer >> TRANSMISSÃO - Sexual: + IMPORTANTE - Vertical: + COMUM NA PROVA HBeAg + 90% / HBeAg – 15% Não há indicações de cesárea O aleitamento é permitido Sempre: Vacina + HBIG (12 hs) Mãe: tenofovir* (último trimestre) - Percutânea: até por escova de dente já foi provado - Transplante de órgãos >> PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO: Vacina – 3 doses (UNIVERSAL) Esquemas especiais: Imunodeprimido, IRC*, Tx 4 doses duplas Anti-HBs (-) após 3 doses: o < 2 meses: revacinar o ≥ 2 meses: 1 dose COMPLICAÇÕES: - Colestase (A) - Fulminante (B) - Recorrente - Crônica (B/C) - Autoimune (B/C) 9 PÓS-EXPOSIÇÃO: Ig... o Infecção perinatal o Vítimas sexuais/ Acid. Biológico (não vacinados) o Imunodeprimido exposto (mesmo vacinado) HEPATITE D CO-INFECÇÃO: “D” e “B” AGUDAS Não aumenta o risco de cronicidade SUPER-INFECÇÃO: “B” crônica ↑ risco de fulminante (20%) / cirrose Mediterrâneo / Amazônia: associação com anti-LKM3 HEPATITE A É a ÚNICA que não cronifica! - Formas Clínicas: Assintomática, Sintomática, Fulminante, Recidivante, Colestática - Transmissão fecal-oral - Complicação hepatite fulminante - Nelson (Pediatria) Indicado isolamento por 7 dias MS: por 15 dias após icterícia - ATENÇÃO: IgG NÃO DA DIAGNÓSTICO!! - Tratamento = SUPORTE >> PROFILAXIA Pré exposição < 1 ano: imunoglobulina (Ig) – Proteção temporária de até 3 meses ≥ 1 ano: Vacina: 12 e 18 m (MS: 1 dose = 15m) Pós-exposição < 1 ano: Ig > 1 ano: vacina + Ig HEPATITE E É igual a Hepatite A Na gravida chega ao risco de 20% de forma FULMINANTE Um genótipo específico poderia cronificar HEPATITE C Parenteral / + cronifica (80-90%!!!) NUNCA faz a forma fulminante o Crioglobulinemia o GN Mesangiocapilar/ Membranoproliferativa o Líquen plano/ porfiria o Associação com anti-LKM1 Manifestações Extra-Hepáticas relacionadas a Hep C: - Linfoma de células B - Neuropatias - Úlcera corneana (Úlcera de Mooren) - Doenças tireoidianas - Fibrose pulmonar - Sd de Sjögren - Doença renal crônica - DM2 - Vasculite sistêmica - Artralgias - Mialgias - Trombocitopenia autoimune TTO: antivirais Fármacos novo p Hep C: - Sofosbuvir / Daclatasvir + Ribavirina OU - Elbasvir / Grazoprevir OU - Glecaprevir + Pibrentasvir Obj do Tto: resposta virológica sustentada e erradicação do vírus do organismo HEPATOPATIAS AUTO-IMUNE Lesão hepatocelular + exclusão de outras causas Agressão autoimune aos hepatócitos Vírus, álcool e drogas (-) / artralgia / hipergama policlonal (↑ IgG) / Vitiligo / Atraso menstrual TIPO 1: Mulher jovem FAN +, Ac. Antimúsculo liso (AML) TIPO 2: Meninas, homens Ac. Anti-LKM1, anticitosol hepático 1 OBS: diante de um paciente com síndrome colestática ... o primeiro exame a ser solicitado = USG (para avaliar as vias biliares). TTO: Corticoide +/- azatioprina COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA Antiga Cirrose Biliar Primária Agressão autoimune aos ductos biliares bile no hepatócito / bile no sangue Mulher de meia idade / fadiga / dor óssea COLESTASE: icterícia, prurido, hiperpigmentação, xantelasma DISABSORÇÃO: esteatorreia, ↓ vit. Lipossolúveis (ADEK) ↑ FA/ GGT / ANTIMITOCÔNDRIA TTO: UDCA/ transplante OBS: NÃO confundir com colangite esclerosante 10 Hepatócitos produzem bile (emulsificação das gorduras – ao se alimentar com alimentos com maior teor de gordura - colecistoquinina - estimula a contração da vesícula) - ductos hepáticos direito e esquerdo - ducto hepático comum - ducto cístico – colédoco Como iniciar a investigação – USG “Obstrução do trato biliar” Se ↑ Bilirrubina Direta FA/ GamaGT -- TGO/TGP LESÃO HEPATOCELULAR SIND COLESTÁTICA Predominam transminases TGO/ TGP Predominam Enzimas canaliculares FA/ Gama GT >> SÍNDROME COLESTÁTICA Etiologias Principais: - Doença Calculosa Biliar - Neoplasia Maligna - Doença autoimune de via biliar COLESTASE = USG ABDOME O USG nem sempre enxerga um Ca, um cálculo... mas o USG consegue localizar grosseiramente o local que esta obstruído!Exemplo: “Colédoco dilatado em toda sua extensão” Obstrução Baixa “Colédoco e vesícula não visualizados; via biliar intra- hepática dilatada” Obstrução Alta >> CÁLCULOS BILIARES 3 tipos de cálculos. A maioria forma-se no interior da vesícula (amarelos e pretos). Os cálculos marrons/castanhos são os únicos que podem se formar na via biliar. TIPO PARA GUARDAR... Amarelo - Mais comum (80%) - Colesterol (radiotransparente) - Risco: sexo feminino, obesidade, doença ileal (Crohn, ressecção), idade avançada, emagrecimento rápido, clorfibrato Preto - 2º + comum - Composição: Bilirrubinato de cálcio - Radiopaco - Risco: hemólise, cirrose, doença ileal Castanho - Origem: se forma na via biliar - Radiopaco - Risco: colonização bacteriana por obstrução (cisto; tumor) ou parasita (Clonorchis sinensis) Sal biliar = dissolve colesterol (bile pobre em sais biliares >> mais cálculos de colesterol) De todo o sal biliar que chega ao intestino, 95% é absorvido pelo íleo, retorna ao fígado e é secretada novamente na bile no ciclo seguinte. >> DOENÇAS CALCULOSAS BILIARES COLELITÍASE Presença física do cálculo na vesícula biliar 80% dos pacientes são assintomáticos >> CLÍNICA Dor no HD que dura < 6 hs (geralmente depois de uma alimentação + gordurosa) e MAIS NADA de significante. Alimentação mais gordurosa >> ↑CCK >> contração mais vigorosa da vesícula >> pode mobilizar o cálculo >> a vesícula continua a se contrair estando obstruída >> dor (“cólica biliar”). REGRA= DOR < 6 HORAS → nesse período o cálculo acaba por exemplo, voltando para o interior da vesícula ** quando a vesícula fica obstruída por mais de 6h, teremos uma inflamação**. NÃO TEM ICTERICIA (pois a via biliar principal está pérvia!). >> DX: Ultrassonografia abdominal Acurácia 95% Imagem hiperecogênica + sombra acústica posterior PS: o pólipo de vesícula tem uma imagem hiperecogênica, MAS não tem uma sombra acústica. >> TTO Sintomático: Colecistectomia Laparoscópica Exceto: Risco alto cirúrgico; paciente não quer operar Tratar a doença clinicamente Dissolução farmacológica Ácido Ursodesoxicólico A condição é: cálculo de colesterol < 1 cm >> QUANDO OPERAR O ASSINTOMÁTICO? Operar se: - Vesícula em porcelana - Associação com pólipo > 1 cm - Cálculo > 3 cm ou < 3 mm - Diabético (Colecistite enfisematosa) - Anemia Hemolítica - Vesícula com anomalia congênita - Cortador de ducto longo - Risco de Câncer de vesícula >> COMPLICAÇÕES DA COLELITÍASE Colecistite Coledocolitíase Colangite aguda Pancreatite biliar aguda COLECISTITE AGUDA Inflamação por obstrução duradoura da vesícula Na saída da vesícula – cálculo grande >> ETIOLOGIA Cálculo Colecistite Aguda Litiásica Isquemia da vesícula Colecistite Ag Alitiásica >> CLÍNICA SINAL LOCAL: Dor > 6 hs + Sinal de Murphy (interrupção súbita da inspiração durante a palpação do Hipocôndrio D). NÃO TEM ICTERÍCIA = a via biliar principal encontra- se pérvia – obs.: o que pode ocorrer é a reabsorção da bile parada na vesícula, com algum grau de ↑Bb SÍNDROMES COLESTÁTICAS 11 SINAL SISTÊMICO: Febre + Leucocitose + ↑ PCR Evolução: Dilatação – Isquemia – Necrose OBS: Se tem icterícia Sd de Mirizzi obstrução do ducto hepático comum de forma extrínseca >> LABORATÓRIO Leucocitose + Bilirrubinas normais >> DX (imagem): - USG ABDOME 1º exame realizado Achados USG: cálculo impactado imóvel, espessamento > 4 mm, Murphy USG, Líquido pericolecístico - Outros: Cintilografia biliar (padrão ouro), ColangioRM, TC >> TTO: - Antibioticoterapia (E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Enterococo) tem que cobrir Gram – Cefa 3ª + Metronidazol + Colecistectomia Laparoscópica Precoce (até 72 hs) - Em CASOS GRAVES (sem condição cirúrgica): Colecistostomia Percutânea – conduta temporária Complicações o Empiema (conteúdo purulento) o Gangrena Perfuração (livre, fístula...) Íleo biliar (obstrução intestinal) OBS: a fístula mais comum é a que se forma com o duodeno. O cálculo pode atravessar a fístula, caindo no lúmen duodenal, seguindo pelo intestino até impactar- se na válvula ileocecal, levando a um quadro de obstrução intestinal (íleo biliar). o Colecistite enfisematosa (homem diabético) Clostridium = seu metabolismo gera ar (apesar de o microrganismo não necessitar de oxigênio para sobreviver) = ar no interior e na parede (patognomônico) mais comum em homens com diabetes >> Íleo Biliar TRÍADE DE RIGLER: - pneumobilia - obstrução intestinal - cálculo biliar na imagem QUESTÃO DE PROVA A ocorrência de icterícia no pós-operatório precoce de colecistectomia deve motivar o diagnóstico de Coledocolitíase residual ou Lesão cirúrgica da via biliar. A colangioRNM pode avaliar a anatomia da via biliar e identificar pontos de obstrução. COLEDOCOLITÍASE Cálculo no colédoco - Primaria: 10% Cálculo formado no colédoco (> 2 anos da cirurgia anterior/ se tiver realizado) - Secundária: 90% Cálculo foi formado na vesícula e migrou (< 2 anos) >> CLÍNICA Icterícia (Colestática) intermitente / flutuante: varia com a mobilização do cálculo no interior do colédoco. Como a obstrução é intermitente, a vesícula não chega a se distender de tal forma a tornar-se palpável. Vesícula não-palpável >> DIAGNÓSTICO Laboratório: ↑ BB indireta, ↑↑ FA / GGT, ↑ TGO e TGP levemente Início com: USG ABDOME MELHORES: o ColangioRM sem contraste o USG endoscópico não invasivo, método de dx o CPRE Invasivo (caracteriza-se a via biliar), dx e terapêutico Sempre que estivermos diante de um paciente com indicação de colecistetomia por cálculos, devemos pensar “será que este doente tem também coledocolitíase?” Solicitar: USG ABDOMINAL/ HEPATOGRAMA >> PESQUISA DE COLEDOCOLITÍASE OBS: Também feita no pré-op de colelitíase sintomática RISCO DEFINIÇÃO CONDUTA RISCO ALTO Icterícia USG com cálculo no colédoco Colangite aguda (icterícia + febre) BB total > 4 + colédoco dilatado - CPRE tem risco, é invasiva e terapêutica RISCO INTERMEDIÁRIO Idade > 55 anos Colédoco dilatado Bioquímica hepática alterada - ColangioRM - USG endoscópica é + sensível / pouco disponível - Colangiografia intraoperatória “imagem de taça de cálice invertido” RISCO BAIXO Nenhum preditor Não investiga a via biliar >> TRATAMENTO CPRE idealmente - Enficterotomia / Papilotomia - Dilatação papilar com balão - Terapia intraductal 1. Coledocolitíase já diagnosticada: - Papilotomia por EDA, depois... - Colescistectomia por vídeo - Se > 70 anos ou risco ruim: fazer papilotomia e não realizar a cirurgia 2. Coledocolitíase diagnosticada durante CIRURGIA - Explorar o colédoco pela via Trasncística e realizar coledocotomia 3. Derivação Bilio-digestiva se: - Colédoco > 1,5-2 cm - > 6 cálculos - Pigmentos castanhos COLANGITE AGUDA Obstrução (cálculo, tumor...) + Infecção das vias biliares. Obstrução duradoura estase biliar proliferação bacteriana infecção >> MANIFESTAÇÕES 1) Não-grave: TRÍADE DE CHARCOT Febre + icterícia (Colestática) + dor abdominal 2) Grave: PÊNTADE DE REYNOLDS (quadro de Colangite tóxica) (...) + hipotensão + redução do sensório 12 >> DIAGNÓSTICO USG / ColangioRM / TC >> TRATAMENTO - Tríade de Charcot: ATB + Desobstrução eletiva - Pêntade de Reynolds: ATB + Drenagem imediata - ATB de AMPLO espectro Carbapenêmico - UTI - Colher hemocultura, gasometria - Administrar VOLUME - Drenagem Biliar imediata (se grave) ou eletiva (se não-grave) Obstrução baixa: CPRE Obstrução alta: Drenagem transhepática percutânea REVALIDA 2020 – Uma mulher com 36 anos, obesa e multípara é admitida no pronto-socorro com quadrode febre alta com calafrios, dor no hipocôndrio D e icterícia. Ela tem histórico de dor abdominal recorrente no HD, geralmente associada à ingestão de alimentação gordurosa. Ao chegar a essa unidade hospitalar, encontra-se torporosa, febril (39,6º C), com PA = 90x60 mmHg, reagindo com fácies de dor à compressão do HD, mas com sinal de Murphy ausente. Os exames laboratoriais da paciente revelam leucócitos = 22.000/mm3 (valor de referência: 6.000 a 10.000/mm3), com 17% de bastões e 3% de metamielócito e bilirrubina direta = 4,8 mg/dL (valor de referência: até 0,3 mg/dL), fosfatase alcalina = 420 UI/L (valor de referência: 70 a 192 UI/L) e gama-glutamil transferase = 302 UI/L (valor de referência: 70 a 192 UI/L). A USG abdominal da paciente mostra a presença de dilatação das vias biliares extra- hepáticas, e a vesícula biliar com algumas imagens hiperdensas e com sombra acústica posterior. Diante desse quadro clínico, qual é o diagnóstico correto? RESPOSTA: Colangite Agudo com pêntade de Reynolds. TUMOR PERIAMPULAR Colestase + Vesícula Palpável Ca Cabeça de pâncreas Marcador Tumoral: Ca 19.9/ Adenocarcinoma ductal + comum Ca ampola de Vater Necrose esporárdica: Alívio da icterícia + melena Pode ocorrer icterícia intermitente: a necrose do tumor permite o escoamento de bile, e, quando o tumor volta a crescer, teremos novamente obstrução e icterícia. Colangiocarcinoma Duodeno >> CLÍNICA Icterícia Colestática PROGRESSIVA + VESÍCULA DE COURVOISIER + Emagrecimento OBS: Vesícula de Courvoisier: a distensão da vesícula ocorre muito lentamente, de modo que ela se torna palpável, mas permanece indolor. - Ca cabeça de pâncreas: Síndrome colestático + Trousseau (tromboflebite migratória) + Dor >> DIAGNÓSTICO USG Abdome TC ABDOME padrão ouro >> TRATAMENTO CURATIVO (raro): CIRURGIA DE WHIPPLE (duodenopancreatectomia) retira-se também vesícula, colédoco e às vezes, parte do estômago. TUMOR DE KLATSKIN (COLANGIOCARCINOMA PERIHILAR) Colangiocarcinoma + comum >> FATORES DE RISCO Idade avançada (50 a 70 anos) Colangite esclerosante primaria Cisto biliar congênito Hepatite B e C >> CLÍNICA Icterícia colestática PROGRESSIVA + Emagrecimento >> USG: Vesícula MURCHA (contraída) + Dilatação de Via Biliar Intrahepática *Confirmação: ColangioRM e/ou TC >> CLASSIFICAÇÃO DE BISMUTH Tipo I: Ducto hepático comum Tipo II: Junção dos hepáticos Klatskin Tipo IIIa: Hepático direito Tipo IIIb: Hepático esquerdo Tipo IV: Ambos os hepáticos >> PROGNÓSTICO − Irressecável = 5-8 meses de sobrevida − Ressecável = 10-40% em 5 anos >> TTO Ressecção dos ductos biliares extra-hepáticos + Colecistectomia + Linfadenectomia regional + Hepáticojejunostomia DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA >> Tipos de lesão hepática por álcool: - Esteatose alcoólica Libação - Hepatite alcoólica Libação no bebedor crônico - Cirrose alcoólica >> FISIOPATOLOGIA Etanol: -- No estômago: álcool-desidrogenase (ADH) = degrada o etanol, de modo que ele não é absorvido -- No fígado: temos a ADH e o citocromo P450, que degrada o álcool em acetaldeído (“tóxico”). Temos também a acetaldeído-desidrogenase, que converte o acetaldeído em acetato. 13 O acetaldeído exerce efeito quimiotático para neutrófilos – a hepatite alcoólica cursa com leucocitose (às vezes muito importante – reação leucemoide). As transaminases elevam-se, mas não ultrapassam 400; sendo que TGO é maior que TGP (2x). >> CLÍNICA ALCOOL 1. HEPATITE: febre, icterícia, dor, TGO > TGP, transaminases até 400 U/L 2. LEUCOCITOSE: reação leucemoide 3. Lesão centrolobular Diagnóstico: Biópsia Corpúsculos de Mallory >> TRATAMENTO Obj: diminuir a mortalidade - Grave (Maddrey ≥ 32): Corticoide Prednisolona 40 mg/dia (28 dias) - Alternativa: Pentoxifilina (28 dias) - Se não tratado mortalidade passa a 70% SÍNDROME DE MIRIZZI Cálculo impactado no ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o ducto hepático Importância de prova COMPLICAÇÃO DA COLECISTITE: COLESTASE “Não é mais Colecistite pura e simples...” >> TRATAMENTO Colecistectomia Aberta pois nesta situação de Mirizzi temos uma distorção anatômica das vias biliares >> maior risco de iatrogenia. Há associação com câncer? Sim! Maior incidência de ca de vesícula biliar. DOENÇA AUTOIMUNE DA VIA BILIAR Icterícia colestática + Prurido/ Cirrose (sal biliar) Colangite Biliar Primária (CBP) / Cirrose biliar primaria Auto imune, idiopática Ductos do espaço porta Mulher, 30-60 anos AR, Sjögren, T. Hashimoto Antimitocôndria + Biópsia hepática: confirma e oferece o prognóstico (estadiamento) Colangite Esclerosante Primaria (CEP) Grandes vias biliares Homem, 35-50 anos Retocolite ulcerativa p-ANCA OBS: As duas evoluem para cirrose hepática >> hepatócitos banhados pelos sais biliares acabam sendo destruídos >> DIAGNÓSTICO CPRE: demonstra o famoso padrão de “contas de rosário” - estenoses + dilatações >> TRATAMENTO Retardar evolução: Ác. Ursodesoxicólico (CBP x CEP) Caso avançado: transplante hepático DOENÇA DE CAROLI Presença de múltiplos cistos biliares intra-hepáticos É uma doença autossômica recessiva Malformação congênita >> CLASSIFICAÇÃO DE TODANI Usada para cistos biliares TIPO IV >> CLÍNICA Colangites de repetição Imagem: Presença de dilatação sacular das VB >> DIAGNÓSTICO - Irregularidades do trato biliar - Imagens: USG / CPRE / ColangioRNM - Padrão-ouro: CPRE >> PREVENÇÃO Uso de Ursodesoxicólico >> TRATAMENTO Cirurgia para Lobectomia hepática Transplante de fígado >> COMPLICAÇÃO Crises de colangite Amiloidose Insuficiência hepática Colangiocarcinoma – risco 100 x maior em quem tem essa doença de caroli 14 As fezes são constituídas por 75% de água. O componente sólido é uma mistura de fibras, bactérias fecais, células intestinais e muco. A grande função do delgado é absorção de nutrientes, ferro, proteína; Quando o paciente apresentar lesão de delgado, ele terá um problema de absorção = bolo fecal grande (grande conteúdo intestinal chegará ao cólon, porém, este poderá ‘segurar’ as fezes); Já a grande função do cólon é a continência fecal... já no caso de uma colite, o volume do bolo fecal será pequeno (pois os nutrientes serão absorvidos), mas o paciente terá de ir inúmeras vezes ao banheiro, às vezes até mesmo com tenesmo. >> CLASSIFICAÇÃO 1. DURAÇÃO . Aguda < 3 semanas . Crônica > 3 semanas DICA: na prova, se ela disser “dias” de duração de diarreia, ela estará se referindo a uma diarreia aguda; caso disser “semanas” ou “meses”, está se referindo a uma diarreia crônica. 2. TOPOGRAFIA . Alta (delgado) ↑ volume/ ↓ frequência/ sem tenesmo . Baixa (colônica) ↓ volume/ ↑ frequência (≥ 10 dias) / com tenesmo 3. INFLAMATÓRIA . Disenteria ou Invasiva: Presença de sangue, muco e/ou pus . Não invasiva: sem sangue / muco / pus A diarreia invasiva (invade a parede do intestino >> intestino fica bastante inflamado >> altera permeabilidade vascular, presença de células inflamatórias >> sofrimento da mucosa/ parede >> presença de sangue/ muco/ pus. FREQUÊNCIA: varia de uma evacuação semanal a 3 por dia QUANTIDADE: 200 gr de fezes/dia >> ESCALA DE FEZES DE BISTROL É uma ferramenta que facilita a “leitura do trânsito intestinal, dividindo as fezes em sete classes ou tipos, de acordo com a sua forma e consistência. As fezes do tipo 3, 4 e 5 são consideradas ideais, pois ultrapassam o esfíncter anal sem esforço outrauma. >> CAUSAS Infecções Vírus (+ comum) Adultos: Norovírus Crianças: Rotavírus Bactérias E. coli (Enterotoxigênica) – Diarreia do viajante E. coli (EHEC-O157:H7) – Sd. Hemolítico-urêmica Shigella – Alterações no SNC (indiretamente) Campylobacter jejuni – Sd. Guillain Barré Salmonella – Infecções à distância CAUSA PRINCIPAL DE MORTE: Choque hipovolêmico por desidratação. >> DIARREIA AGUDA ABORDAGEM Quando investigar? >> SINAIS DE ALARME: Desidratação Fezes com sangue Febre (≥ 38,5º C) Não melhora após 48 hs Idosos (≥ 70 anos) Imunocomprometidos Uso recente de ATB Como investigar? Hemograma: Na SHU teremos anemia hemolítica e plaquetopenia. Bioquímica: Eletrólitos, função renal. Vai falar sobre a gravidade, IRA Exame das fezes: Leucócitos, sangue, cultura, antibiograma. Parasitológico das fezes EAS Como tratar? Hidratação Loperamida (disenteria NÃO) - a ideia é basicamente a seguinte: na disenteria temos uma infecção bacteriana, logo, impedir as evacuações podem levar a um ‘supercrescimento’ bacteriano, com megacólon tóxico, perfuração... ANTIBIÓTICO - Se sinais de ALARLME - Escolha: QUINOLONA – Ciprofloxacina EX: Ciprofloxacino, 1 comp cada 12 horas x 5 dias OBS: Segundo a OMS o elemento que reduz o risco da recorrência da diarreia aguda e persistente é o zinco. >> EXEMPLOS Febre alta e disenteria Pequeno volume e associado a tenesmo Sanguinolenta e com muco Crise convulsiva generalizada Classificação: baixa, invasiva e aguda Principal hipótese: Shigella Droga contra-indicada nesse caso: antidiarreicos Grande volume + perda de peso + anemia Sem sangue/ muco/pus Duração de meses Paciente com síndrome de Down e dermatite herpetiforme Classificação: alta, não invasiva, crônica Disabsortiva (anemia + emagrecimento) DELGADO CÓLON SINDROME DIARREICA 15 diante de disabsorção >> pensar em DOENÇA CELÍACA Base do tratamento: dieta livre de glúten COLITE PSEUDOMEMBRANOSA Clostridioides Difficile Diarreia aquosa com muco >> FATORES DE RISCO Uso prévio de ATB (clinda/ cefalosporina/ quinolona) Dieta enteral Idade avançada Uso de Inibidor de Bomba de prótons – IBP Obesidade Quimioterapia avançada >> CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE NÃO GRAVE: leucometria < 150.000/mm3 e Cr < 1,5 mg/dl GRAVE: leucometria > 15.000/mm3 e Cr > 1,5 mg/dl COLITE FULMINANTE: hipotensão, choque, íleo paralitico ou megacolon >> DIAGNÓSTICO Toxina nas fezes – melhor método Antígeno GDH Cultura PCR NAAT Colonoscopia – exame fundamental >> TRATAMENTO Colite com ou sem critérios de gravidade: Vancomicina, 125 mg cada 6/6 hs, VO, por 10 a 14 dias OU Fidaxomicina 200 mg, VO, x 10 dias Colite fulminante: Vancomicina 125 mg cada 6/6 hs, VO, x 10 a 14 dias + Metronidazol 500 mg cada 8/8 hs, IV x 10 a 14 dias Casos recorrentes: é definido pelo retorno dos sintomas após 2-8 semanas de terapia, são tratados com os mesmos antimicrobianos. A partir da 3ª recorrência, o transplante fecal passa a ser uma opção. Nas crianças não está indicado Fidaxomicina. Transplante de fezes: considerado como um “novo órgão” do corpo humano. Linha de pesquisa a microbiota ou microbioma. O Transplante fecal alterou a microbiota do paciente receptor erradicando o Clostridioides e melhorando o quadro clinico do paciente. DOENÇA CELÍACA Reação a proteína do GLÚTEN (trigo, centeio, cevada) Fator ambiental Resposta autoimune atacando o intestino delgado Alguns indivíduos têm um HLA que não ‘se dá bem’ com a proteína do glúten (incompatível), e essa proteína do glúten é então reconhecida como uma substância estranha pelo HLA gerando uma resposta inflamatória auto-imune. Além disso, existem ainda alguns fatores ambientais envolvidos que fazem com que a resposta seja desencadeada >> inflamação crônica e insidiosa do delgado >> em algumas pessoas essa inflamação pode ser pequena, em outras, muito intensa. “Tem q ter a chave e a fechadura. A fechadura é o HLA- DQ2 / HLA-DQ8 (HLA = antígeno de histocompatibilidade humana)”. O exame é altamente SENSÍVEL!. “Se, na presença de sintomas, vier negativo, podemos afirmar com quase certeza que não é celíaco.” >> CLÍNICA Doença Variável / Assintomático Diarreia, esteatorreia, flatulência, perda de peso (déficit de crescimento na infância), relacionadas a ingestão do glúten. Disabsorção parcial (Ca, Fe, esteatorreia...) Disabsorção total Manifestações neuropsiquiátricas Atrofia da musculatura glútea >> ASSOCIAÇÕES - Dermatite Herpetiforme – presença de pápulas e vesículas pruriginosas em áreas de dobras (parece, mas não é zoster) imunomediada por IgA - Síndrome de Down (tem maior risco de apresentar) - O paciente tem risco ↑ de desenvolver LINFOMA do TGI - Doença tireoidiana; Dça hepática; Dermatite atópica; DM1; Deficiência seletiva de IgA - Osteoporose - Infertilidade - Anemia ferropriva; An. Megaloblástica Dermatite Herpetiforme + Atrofia Glútea = CELÍACA >> Alterações Histológicas compatíveis são: - Atrofia de velosidades - Hiperplasia de criptas - Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria (>40/100 enterócitos) >> DIAGNÓSTICO o EDA com Biópsia (mais distal do duodeno) PADRÃO OURO pelo menos 4 biopsias da 2ª porção duodenal Não é patognomônico, biopsia é inespecífica o Sorologia: Anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA De escolha - Anti-gliadina IgG - Anti-transglutaminase - Anti-endomísio IgG >> Sorologia em 6 e 12 meses e depois anual: (+): lesão em curso; persistência de exposição a glúten (-): não garante resolução da lesão - Novas biópsias: caso sintomas permaneçam 16 >> TRATAMENTO Excluir GLÚTEN da dieta: trigo, cevada, centeio, aveia (contaminação cruzada) TROFOZOÍTAS São PROTOZOÁRIOS Entamoeba hystolítica ou Giardia lamblia (intestinalis) A ameba intestinal que deve receber tratamento é a Entamoeba hystolitica (E. coli é comensal) >> CARACTERÍSTICAS - Unicelulares / não são visíveis a olho nu - Não causam eosinofilia - Maioria assintomática (tratar!!) – preocupação com a comunidade - Transmissão fecal-oral >> DIAGNÓSTICO Cistos/ trofozoítos nas fezes (não tem ovo) - EPF Aspirado ou raspados pela proctoscopia ou colonoscopia; aspirado de abscessos ou cortes de tecido; sorologia (ELISA) >> CICLO Ingerimos os cistos, no intestino temos os trofozoitas e nas fezes ele retorna a forma de cisto. Ingestão (cisto) Intestino (trofozoíta) Fezes (cisto). OBS: não solicitar EPF com pesquisa de ovos, pois não faz sentido! >> TRATAMENTO “...nidazol” (a preferência é pelo Metronidazol/ Secnidazol/ tinidazol) Nitazoxanida Annita 1 comp 12/12 hs x 3 d Anitta é muito caro. No contexto da saúde pública utiliza: Albendazol 1 comp x dia x 5 dias cada 6 meses Assintomáticos: agentes luminais (etofamida/ teclosan) Forma intestinal/ extra-intestinal: nitroimidazólicos (metronidazol) + ag luminais ao final >> DIFERENÇAS AMEBÍASE GIARDÍASE INVASIVA (cólon) Disenteria; ameboma (forma uns granulomas de ameba); abscessos (hepático...) Intestino: colite, disenteria Pode disseminar por qualquer lugar do corpo. O mais comum é o abscesso hepático. Mas sem icterícia, não compromete muito as vias biliares. Essa é a grande diferença para o abscesso piogênico, q apresenta icterícia. ATENÇÃO Entamoeba coli / Iodamoeba butschlii / Endolimax nana NÃO é para TRATAR São amebas comensais NÃO INVASIVA (delgado) – “ATAPETA Má-absorção Atrofia de vilosidades Sintomas dispépticos e Síndrome disabsortiva com diarreia, esteatorreia, mal estar, cólica e flatulência.Resistente à cloração habitual da água “Faz um importante dx diferencial com dç celíaca devido ao quadro disabsortivo causado pelo “atapetamento”. TRATAMENTO >> ASSINTOMÁTICO: teclosan ou etofamida >> SINTOMÁTICO: “nidazol” + teclosan ou etofamida TRATAMENTO “nidazol” ou nitazoxanida HELMINTOS >> CARACTERÍSTICAS Visíveis CAUSAM EOSINOFILIA Maioria assintomática (tratar!!!) Transmissão fecal-oral / pele / carne Alguns deles levam a “RASH CUTÂNEO” São pluricelulares Alguns passam pelo pulmão CICLO PULMONAR Estrongiloidiase, ancilostomíase, toxocaríase, oxiuríase, tricuríase, esquistossomose, ascaridíase Clínica: DIARREIA e DOR ABDOMINAL >> CICLO / DIAGNÓSTICO Ingestão(ovo) larva verme(intestino) ovo(fezes) - EPF OVO >> TRATAMENTO “...bendazol” (me/ tia/ al), nitasoxanida, praziquantel ASCARIDÍASE Áscaris lumbricoides Habitat: Delgado >> CICLO EVOLUTIVO: MACHO + FÊMEA OVO ... liberado pelas fezes contamina água e alimentos INGESTÃO LARVA perfura o intestino e vai em busca de oxigênio cai dentro do alvéolo reação – tosse, expectoração bronquíolo terminal, brônquiolo, brônquio, traqueia ... glote deglutição >> esôfago, estômago, delgado verme adulto Pulmão, vias aéreas, esôfago CICLO PULMONAR (SÍNDROME DE LÖEFFLER) Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia VERME INTESTINO OVO (FEZES) >> CICLO PULMONAR - Síndrome de Löeffler: tem resolução espontânea, mas podem acontecer repetidas vezes, como “infiltrados migratórios” Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia “infiltrado pulmonar migratório: ora ta na base, ora ta no ápice, pois é um helminto q ta andando pelo pulmão” Parasitas que fazem Sd de Loëffler (ciclo pulmonar): Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenale Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides >> QUADRO CLÍNICO - Sínd Löeffler - Dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, anorexia, insônia, digestão difícil, desnutrição - Cólica biliar, pancreatite... - Suboclusão intestinal - Obstrução de orifícios intestinal, colédoco, apêndice... 17 >> DIAGNÓSTICO EPF Ovos inférteis: sedimentação de lutz de Hoffman Ovos férteis: métodos de suspensão, como o de Faust RX: imagens de “falha de enchimento” *miolo de pão no íleo distal >> TRATAMENTO “... bendazol” Não complicada Outros: Levamisol, Pamoato de pirantel >> Suboclusão intestinal - Suporte: SNG + Hidratação + antiespasmódico - Piperazina (“curarizar” o parasita) + óleo mineral (40- 60 ml/dia) - Após eliminação: completar o tto com “bendazol” OBS: isso é válido apenas para as provas, pois na prática não está mais disponível a piperazina. ATENÇÃO: Não existe auto-infestação por Ascaris! Cada verme que cresce na pessoa veio do meio externo. Portanto se uma pessoa é encontrada infestada de áscaris os familiares e pessoas próximas a ele devem ser investigadas para áscaris tbm. TOXOCARÍASE Toxocara canis Áscaris do cachorro – Larva migrans visceral Hospedeiro definitivo – cachorro Hospedeiro acidental – criança Onde aparece maior eosinofilia 70/ 80%... Criança engole o ovo do Toxocara >> o ovo eclode no intestino >> larva perfura o intestino, ganha a circulação e chega ao pulmão >> ciclo pulmonar >> contudo, como se trata de um parasita do cão, ele não consegue voltar para o intestino e fica migrando pelas vísceras (não completa o ciclo) >> QUADRO CLÍNICO Síndrome Löeffler Hepatomegalia Hipergamaglobulinemia Febre Eosinofilia INTENSA >> DIAGNÓSTICO Sorologia (ELISA) – IgE sérica >> TRATAMENTO Albendazol +/- Corticoide (se tem envolvimento ocular) PS: tratando ou não esse paciente vai melhorar... ANCILOSTOMÍASE Ancylostoma duodenale / Necator americanos Infecção através da PELE O A. duodenale quando ingerido pode se tornar infectante Habitat: DELGADO Larva rabditoide: larva recém nascida Larva filarioide: “furarioide” O verme morde o enterócito e começa a sugar sangue. Uma criança que apresenta eosinofilia e anemia microcítica hipocrômica. Perde 10 ml de sangue por dia perde FERRO >> QUADRO CLÍNICO Intestinal inespecífico Lesão cutânea / Sínd Löeffler ANEMIA FERROPRIVA >> DIAGNÓSTICO EPF >> TRATAMENTO “...BENdazol” ESTRONGILOIDÍASE Strongyloides stercoralis É o único que elimina LARVA, pois o ovo eclode no interior do intestino. Em indivíduos imunocomprometidos (principalmente pelo uso de corticoide em dose imunossupressora), começa a formar muitas larvas filariaoides no intestino AUTOINFESTAÇÃO (risco de sepse) por Gram negativos entéricos >> QUADRO CLÍNICO Lesão cutânea / Sínd de Löeffler Autoinfestação: forma disseminada e SEPSE Eosinofilia (casos não complicados) Síndrome dispéptica Estrongiloidíase disseminada: Febre, púrpura, endocardite, encefalite, pneumonite, miocardite. >> DIAGNÓSTICO EPF (Baermann-Moraes – para larva) pesquisar larvas rabditoides nas fezes >> TRATAMENTO IVERMECTINA (melhor resposta terapêutica) / Cambendazol / Tiabendazol Controle de cura – 7, 14, 21 dias após TTO OUTROS HELMINTOS ENTEROBÍASE / OXIURÍASE Enterobius vermicularis Prurido anal (intenso) Em meninas: pode ter prurido vaginal e até corrimento por Vulvovaginite Esses ovos podem sobreviver 2 dias em ambientes quentes e secos, mas ate 3 semanas em local + úmido e frio Diagnóstico: fita gomada (Graham) Tratamento: ...bendazol ou pirvínio ou pirantel TRICURÍASE / TRICOCEFALÍASE Trichuris trichiura Prolapso retal Diagnóstico: EPF (03 amostras) Tratamento: ...bendazol 18 DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA DOENÇA DE CROHN (DC) Transmural – Boca ao Ânus – Não Contínua (íleo terminal) >> CLÍNICA: Diarreia + Dor abdominal + Emagrecimento + Úlceras + granulomas não caseosos (profundas) Doença relacionada ao CIGARRO piora a doença ASCA + pANCA – RETOCOLITE ULCERATIVA Mucosa – Reto e Colon – Contínua e Ascendente Acaba no colon transverso >> FATORES PROTETORES: tabagismo, apendicectomia previa >> CLÍNICA: Colite disentérica, Dor abdominal discreta no abdome inferior e diarreia com sangue e muco Pseudopólipos e criptite Diarreia noturna Pode ter febre ASCA - / pANCA + Manifestações Extra-Intestinais dessas doenças >> CUTÂNEAS Eritema Nodoso Atividade da doença nódulos vermelhos, quentes e dolorosos de 1 a 5 cm Pioderma Gangrenoso + comum em Retocolite Espondilite anquilosante >> HEPATOBILIAR Cálculos biliares (Oxalato de cálcio) Dç Crohn Colangite Esclerosante Retocolite >> ARTICULARES Artrite Periférica (de grandes articulações) Crohn / Atividade de doença >> UROLÓGICAS Nefrolitíase Crohn (hiperoxalúria entérica) Fístulas Crohn (lesão Transmural) >> DIAGNÓSTICO EXAMES ENDOSCÓPICOS: DC = “Pedras de calçamento” / Úlceras profundas RCU = Mucosa eritematosa, friável, edemaciada Pseudopólipos BIÓPSIA DC = Granuloma não caseoso RCU = Criptite SOROLOGIA DC = ASCA + e pANCA - Crohn é a que se lasca RCU = ASCA - e pANCA + DII tem maior incidência de adenocarcinoma do cólon (+ forte para RCU). Principais FR para Câncer são: Tempo de doença (>8-10 anos) Extensão do acometimento (> na pancolite) A colangite esclerosante primaria tbm acarreta aumento do risco. >> TRATAMENTO MEDICAMENTOS Derivados 5-ASA – Anti-inflamatório tópico Exemplos: - Ação colônica: sulfassalazina - Todo intestino: pentasa Corticoide - Prednisona (VO), Hidrocortisona (Parenteral) - para remissão - Nãousar se abscesso não drenado Imunomoduladores - Exemplos: azatioprina, mercaptopurina, metotrexato Biológicos - Exemplos: anti-TNF (Adalimumab, certolizumab pegol) e anti-integrina (Natalizumab, vedolizumab) - 1ª escolha p doença moderada a grave Fístulas: Biológicos + ATB Megacólon: Corticoide + ATB E A CIRURGIA? RCUrativa - Casos refratários - Displasia/ Câncer - Complicações (Megacólon, sangramento maciço) >> COMPLICAÇÕES RCU Colite tóxica Megacólon tóxico Perfuração Câncer Adenocarcinoma de cólon Qual cirurgia indicar? Eletiva = Protocolectomia c/ IPAA (bolsa ileal com anastomose anal) Urgência = Colectomia à Hartmann Colectomia + Ileostomia e Sepultamenot do Reto cx feita quando o cólon está em sofrimento DC >> CROHNplicações - Obstrução intestinal indicação cirúrgica + comum - Perfuração intestinal aSCa = Sim Crohn aNCa = Não Crohn 19 - Abscesso - Hemorragia maciça - Megacólon tóxico > 6 cm - Dç perianal - Estenose - Fístulas As DII podem evolui com gravidade Colite Grave, Fulminante e Megacólon Tóxico. São critérios diagnósticos do megacólon tóxico: - Dilatação colônica > 6 cm - ao menos 3 de: febre > 38º C, FC > 120 bpm, leucocitose neutrofílica, anemia. - 1 critério adicional: desidratação, alteração de consciência, distúrbios eletrolíticos, hipotensão. Qual cirurgia? Ressecção Segmentar SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Funcional / Mulheres (30-50 a) / Alt. Psiquiátrica (80%) >> CLÍNICA Dor abdominal + diarreia e/ou constipação + muco nas fezes (50%) não é de caráter inflamatório Timpanismo Distensão abdominal Sintomas de RGE Dispepsia Náuseas sem vomito Sensação de bolo na garganta (globus) >> DIAGNÓSTICO Exclusão + Critérios de ROMA IV Dor abdominal pelo menos 1 dia/sem (últimos 3m) + (pelo menos dois) Relação com evacuação / alt. na frequência / alt. na forma das fezes Os sintomas devem ter começado há pelo menos 6 meses >> SINAL DE ALARME: Idoso Perda de peso sem explicação Vômitos e diarreia intensa persistentes Esteatorreia Febre H.F para CA de cólon Hemorragia digestiva ou Anemia OBS: A SII é um dx de EXCLUSÃO >> TRATAMENTO Sintomático DOENÇA DE WHIPPLE Dç infecciosa, causada por um bacilo Gram-positivo de crescimento lento conhecido como tropheryma whipplei >> CLINICA Suspeitar na presença de diarreia/ esteatorreia associada a uma dç multissistêmica caracterizada por: SINTOMAS GERAIS: febre, edema, perda ponderal, nódulos subcutâneos, Baqueteamento digital, uveíte, linfadenopatia, hiperpigmentação. SNC: cefaleia, diplopia, edema papilar, ataxia, demência, mioarritmia oculomastigatória e mioarritmia oculofacialesquelética, acompanhada de olhar vertical supranuclear PATOGNOMÔNICO >> DIAGNÓSTICO Biopsia tecidual do ID e/ou outros órgãos acometidos (fígado, linfonodos, coração, olhos, SNC) Presença de macrófagos PAS-positivos contendo pequenos bacilos característicos >> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Infecção por micobactérias no HIV >> TRATAMENTO 1as 2 semanas TTO PARENTERAL: Ceftriaxone ou meropenem Da 2ª semanas até o final de 1 ano: SMZ/TMP (Bactrim) Paciente alérgico à sulfa: manutenção com Doxiciclina associada à hidroxicloroquina. 20 DX: Precisa de 3 critérios p confirmar Sd Metabólica Conceito Fisiopatológico da Sd Metabólica: Resistência à ação da insulina Resistência à insulina fator relacionado a mais lesões metabólicas, risco CV OBS1: LDL não é critério! OBS2: é circunferência abdominal e não IMC ou relação cintura-quadril. HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO: média da PA em 2 ou mais consultas BR: ≥ 140/ 90 EUA: ≥ 130/80 - PA ≥ 180/110 ou Lesão de órgão-alvo - MAPA (vigília, 24 hs, sono) ≥ 135/85, 130/80, 120/70 OU - MRPA (residencial) ≥ 135/85 SITUAÇÕES ESPECIAIS: HAS Jaleco Branco HAS Mascarada MAPA (normal), Consultório ↑ MAPA ↑, Consultório (normal) >> CLASSIFICAÇÃO BRASIL EUA PAS PAS PAS PAD Normal ≤ 120 ≤ 80 Normal < 120 < 80 Pré-HAS < 140 < 90 Elevada < 130 < 80 HAS estágio 1 ≥ 140 ≥ 90 HAS E1 ≥ 130 ≥ 80 HAS estágio 2 ≥ 160 ≥ 100 HAS E2 ≥ 140 ≥ 90 HAS estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 >> QUADRO CLÍNICO Geralmente assintomáticos! Doença silenciosa Depois de anos pode manifestar através de lesão de órgão-alvo (LOA): >> EXAMES DE ROTINA PX HTA Analise de urina Potássio plasmático Creatinina plasmática e Taxa de Filtrado Glomerular estimada (TFG) Glicemia de jejum e HbA1c Colesterol total, HDL-colesterol e TGC Ácido úrico plasmático Eletrocardiograma convencional *Diretriz americana: pede tbn TSH, Na e Ca sérico >> NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA BENIGNA (crônica) Arteriolosclerose hialina Hipertrofia da camada média MALIGNA (aguda) Arteriolosclerose hiperplásica (“bulbo de cebola”) Necrose fibrinoide >> RETINOPATIA HIPERTENSIVA Classificação KWB BENIGNA MALIGNA I – Estreitamento arteriolar III – Hemorragia/ exsudato II – Cruzamento AV patológico IV – Papiledema >> TRATAMENTO Meta Terapêutica < 140/90 < 130/80 (Alto risco*/ EUA) (*) DM, lesão órgão-alvo >> OS ANTI-HIPERTENSIVOS DE 1ª LINHA mudam o risco futuro OBS1: HTA + DM = IECA >> DROGAS DE 2ª LINHA Betabloqueador (IC, enxaqueca) Alisquireno (Inib. Renina – não usa muito) Metildopa, hidralazina (gestante) Espironolactona (hiperaldo) Prazosin (HBP) Clonidina (urgência) Marcadores precoces das lesões de órgão-alvo - Microalbuminuria (índice albumina/creatinina em urina) - Parâmetros ecocardiográficos: remodelação ventricular, função sistólica e diastólica - Espessura do complexo íntima-média da carótida (USG vascular) - Rigidez arterial - Função endotelial - Índice tornozelo-braquial INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOS IECA (“pril”) BRA-II (“sartan”) - Jovens, brancos - Doença renal, IC, IAM IRA, ↑ K: não usar se Cr > 3* (CI relativa); K > 5,5 ou Estenose bilateral a. renal IECA: tosse (↑ bradicinina), angioedema Tiazídico (clortalidona, hidroclorotiazida) - Negro, idoso - Osteoporose 4 HIPO: Volemia, Na, K, Mg 3 HIPER: Glicemia, lipidemia, uricemia (não usar na gota) * CA de pele não melanoma Bloq de Cálcio (Vaso: “dipinas”) (Coração: diltiazem, verapamil) - Negro, idoso - Arteriopatia periférica, fibrilação atrial Dipinas: Cefaleia, edema Outros: bradiarritmias, IC CLASSIFICAÇÃO TERAPIA TODOS Mudança no estilo de vida (MEV) ↓ peso, dieta DASH, atividade (30 min/d), ↓ sódio (< 2g/d) HAS E1 1 DROGA ANTI-HAS Se baixo risco (“HAS pura”) ... MEV 3-6 m HAS E2 Alto risco 2 DROGAS ANTI-HAS Não pode: IECA + BRA-II Atuam sob o mesmo local (SRAA) e amplifica o Ef adv uma da outra EUA: “PRÉ-HAS” VIRA “ELEVADA” HAS se PA ≥ 130 x 80 Sem estágio 3 SINDROME METABÓLICA 21 HIPERTENSÃO RESISTENTE PA não controlada com 3 drogas otimizadas (incluindo diurético) 1) Descartar: PSEUDO-RESISTÊNCIA (↓ adesão, “Jaleco branco”, medida errada...) 2) Prova: HAS SECUNDÁRIA (idade < 30 ou > 50 anos/ Grave/ Lesão de AO 4ª DROGA: ESPIRONOLACTONA!!! 25-50 mg/dia >> PRINCIPAIS CAUSA DE HAS SECUNDÁRIA? ↑ CREATININA, PROTEINÚRIA Doença Renal USG, Clearance Cr RONCO, SONOLÊNCIA Apneia do sono Polissonografia HIPOCALEMIA Hiperaldo 1º x 2º Suprarrenal x Estenose a. renal CRISES ADRENÉRGICAS (cefaleia, sudorese, palpitação) Feocromocitoma Metanefrinas (plasma, urina) JOVEM, ↓ PULSO FEMORAL Coarctação da aorta Doppler, angioTC Entendendo o HIPERALDO...HIPERTENSÃO NA PEDIATRIA >> RECOMENDAÇÕES Rotina após 3 anos Escolher manguito apropriado >> CLASSIFICAÇÃO Analisar tabela e identificar faixa de percentil Os valores de PA na infância variam em função do sexo, idade e estatura. 1 a 13 anos > 13 anos NORMAL PAs / PAd < p90 < 120/80 PA elevada PAs / PAd > p90 e < p95 OU > 120/80 e < p95 120/80 a 129/<80 Hipertensão Estágio 1 PAs / PAd > p95 e <p95 + 12 ou > 130/80 a 139/89 130/80 a 139/89 Hipertensão Estágio 2 PAs / PAd > p95 + 12 ou > 140/90 > 140/90 FEOCROMOCITOMA Crises adrenérgicas típicas e alternâncias com hipotensão (pode ser por: abuso prévio de anti-hipertensivos) >> DIAGNÓSTICO Urina de 24 hs: catecolaminas e metanefrinas Após confirmação: localizar o tumor (TC/ RM/ PET) >> ABORDAGEM TERAPÊUTICA CIRURGIA Atenção para o preparo: - Alfa-bloqueio 10 dias antes: fenoxibenzamina (na prática, utilizam-se como alternativas: doxasozin, transulosin) - Após alfa-bloqueio:beta-bloqueador CRISE HIPERTENSIVA ↑ Súbito e expressivo da PA, geralmente ≥ 180 x 120 mmHg EMERGÊNCIA HTA LESÃO AGUDA de órgão-alvo Ameaça de imediato a vida do paciente Encefalopatia, IAM, edema agudo, AVE, Sd coronariano agudo, dissecção de aorta, eclampsia Cefaleia, alteração visual, pressão alta, papiledema Dor torácica, supra de ST, alteração cardiorrespiratória, congestão pulmonar >> TTO: ↓ 20-25% da PA na 1ª hora Tem que REDUZIR, não normalizar a PA porque pode ter um hipofluxo cerebral muito grande >> DROGAS IV: Nitroprussiato (Niprid) 0,25 – 10 mcg/kg/min / tóxico se usar + de 48 hs Nitroglicerina (Tridil) Betabloqueador (↓ FC) Labetalol URGÊNCIA HTA SEM LESÃO AGUDA de órgão-alvo Crise adrenérgica, epistaxe, pré-op, intoxicação por cocaína, queimadura extensa, HTA na gestação, estados de hipercoagulabilidade Desejável: PA ~160/100 em 24-48 hs DROGAS VO: Captopril, Furosemida, Clonidina Pseudocrise hipertensiva: hipertenso mal controlado OBS: A recomendação é REDUZIR a PAM, e NÃO NORMALIZAR. Pois normalizar pode levar a choque. - Na SCA: não usar o nipride, pois ele causa muita vaso e venodilatação sistêmica, fazendo roubo coronariano. Nesses casos damos preferência para o Tridil, que tb tem efeito vasodilatador coronariano. SITUAÇÕES ESPECIAIS PARA A PROVA - Dissecção Aórtica/ AVE hemorrágico: Normalizar PA - AVE isquêmico: ↓ PA se> 220/ 120 ou > 185/ 110 (se usar trombolítico) - Pseudocrise (assintomático, ECG/ exames normais): Ansiolítico, analgesia Náusea + Confusão mental + Acidose metabólica Intoxicação Medicamentosa Intoxicação por nitroprussiato (metabólitos: cianeto e/ou tiocianato) (Risco maior: uso > 48 hs, doses elevadas, disfunção hepática/ renal) TTO: Reduzir/ suspender nitroprussiato 22 Antidoto Hidroxicobalamina (VIT B12) Se não resolveu Nitrito ou Tiosulfato de sódio ou Hemodiálise OBS: medicamento anti-HTA não deve ser suspenso abruptamente podendo levar a emergência hipertensiva CLONIDINA DISLIPIDEMIA Distúrbio dos lipídios do sangue ALVO TERAPIA TRIGLICERÍDEO < 150 Sem jejum: < 175 DIETA / ATIV FÍSICA ≥ 500: Fibrato HDL- COLESTEROL > 40 ÁCIDO NICOTÍNICO (Niacina – Vit B3) Sem recomendação LDL- COLESTEROL Depende do risco ESTATINA Ezetimiba/ Inib. PCSK9 Fórmula de Friedewald: LDL = CT – HDL – TG/5 Não confiar se TGC > 400 mg/dl >> Abordagem LDL-colesterol Terapia de Alta Intensidade (EUA) Moderada Intensidade (Br) ↓ LDL ≥ 50% ↓ LDL 30-49% Atorvastatina 40-80 mg Rosuvastatina 20-40 mg Atorvastatina 10-20 mg Sinvastatina 20-40 mg Doença aterosclerótica (IAM, AVE, dç arterial periférica) LDL 70-189 + Diabetes OU Com potencializadores* RISCO MUITO ALTO: LDL < 50 (Br) *Hist familiar prematura (< 55- 65a) S. metabólica/ dç renal/ ITB < 0,9 Dç inflamatória / ↑ PCR-us LDL ≥ 190 mg/dl Risco alto: LDL < 70 (Br) Se DM “puro”: Risco intermediário: LDL < 100 Escore de Risco ≥ 20% RISCO ALTO: LDL < 70 Reavaliar em 4-12 sem / Tempo de uso INDEFINIDO Principais Grupos de Drogas Reduzem LDL Estatinas, ezetimiba, resina de troca, inibidor PCSK9 Reduzem TGC Dieta, fibratos, ácido nicotínico, ômega 3 Elevam HDL Ácido nicotínico, fibratos, álcool, exercício físico Principais efeitos adversos Estatinas Hepatotoxicidade e miotoxicidade Fibratos Miopatia (uso concomitante com estatinas), litíase Ác nicotínico Rubor facial, hiperglicemia e hiperuricemia >> Conduta em paciente com SD METABÓLICA: - Dieta Individualizada, restrita em sal, deve ser balanceada e direcionada para a perda de peso e para o controle da gordura abdominal. - Deve prioriza a ingestão de itens como frutas, vegetais, laticínios desnatados, grãos, carnes brancas e peixe. - Reduzir a ingestão de alimentos contendo açúcar de rápida absorção. - Manter atividade física regular, combater o estresse, evitar uso de tabaco e uso abusivo do álcool. >> TTO farmacológico: Associar Enalapril (IECA) com Hidroclorotiazida (diurético tiazídico). 23 Fluxograma para diagnóstico de Hipertensão Arterial – VII Diretriz Brasileira 24 TIREOIDE Entendendo a fisiologia... Principal glândula endócrina do corpo humano, está na região anterior do pescoço Folículo tireoidiano: organizado por células foliculares, de maneira circular unidade morfofuncional da tireoide Hormônios (T4 e T3) Tireoglobulina (produção Cél folicular) + Iodo (dieta) TIREOIDE >>> CÉLULA FOLICULAR >> organiza-se de forma a formar os folículos tireoidianos ... o folículo representa a unidade morfofuncional da tireoide (tal como o glomérulo no rim) >> para que o hormônio seja produzido, é necessária uma proteína = tireoglobulina (que é produzida apenas pela célula folicular) e também do iodo (proveniente da dieta) >> a principal causa de hipotireoidismo é a carência de iodo da dieta >> quem ‘faz’ o hormônio (une a proteína ao iodo) é a tireoperoxidase (TPO) >> a tireoide tem a propriedade de armazenar o hormônio produzido no interior do folículo (coloide) >> o hormônio que circula em nosso organismo no dia de hoje, na realidade, foi produzido há 2-3 semanas. Hormônio: tireoglobulina (cél folicular) + iodo (dieta) Tireoperoxidase (TPO) “Quem Faz” a junção toda Hormônio fica armazenado no folículo já foi formado a um tempo, demora a fazer efeito rT3: não tem efeito hormonal, mas tem atividade biológica, que é impedir a formação do T3, pois inibe a desiodase I. T3 = tem uma meia vida muito curta (tem função orgânica, hormônio biologicamente ativo) Funções: - Forma receptores beta-adrenérgicos - Estimula o metabolismo basal - Produção de calor Desiodase III rT3 inibe a Desiodase I Maior fonte de T3 = conversão periférica de T4 Quando a tireoide começa a falhar = cai T4 = como T3 não pode ‘cair’, uma vez que é o hormônio ativo >> aumento da conversão periférica de T4 para manter o T3 dentro da normalidade >> a partir de um momento, não há mais como manter T3 >> queda de T3 Lembrar: sempre que T3 estiver alterado, T4 também estará alterado >> T4 se altera antes >> T4 é o principal hormônio para avaliar se há ‘muito ou pouco T3’.Em raros casos temos hipertireoidismo no qual o paciente produz T3 em excesso (ao invés de T4) = T3 toxicose >> no casos de hiperfunção, caso queria-se investigar esses casos raros, pode-se optar por dosar T3. Problema Primário TIREOIDE Problema Secundário HIPÓFISE Problema Terciário HIPOTÁLAMO >> Avaliando o funcionamento ... - T4 livre: hipo ou hiper e biologicamente ativo - TSH: topografia (primário x secundário) Portanto... - Hiper 1º: T4L ↑ e TSH ↓ - Hipo 1º: T4 L ↓ e TSH ↑ - Hiper 2º: T4L ↑ e TSH ↑ - Hipo 2º: T4L ↓ e TSH ↓ O + precoce é o TSH, em termos de sensibilidade, ou seja, começa a investigar o paciente pelo TSH Pacientes em UTI: ↑ rT3, ↓ T3 e ↓ TSH = Eutireoideu doente Para indicar q o px n tem nenhuma problema no sistema tireoidiano (esperar 1 a 2 meses para avaliar a função tireoidiana) 1ª observação: os BÓCIOS Culpa do “TSH” aumenta a quantidade vaso sanguíneo, hipertrofia celular, crescimento da glândula Efeito de Wolff-Chaikoff DÁ IODO E FAZ HIPOtireoidismo Fenômeno de Jod-Basedow DÁ IODO E FAZ HIPERtireoidismo SINDROMES TIREOIDIANOS HIPERTIREOIDISMO Hiperfunção da glândula Arritmia + frequente no hipertireoidismo: Taquicardia sinusal VALORES NORMAIS TSH sérico 0,5 – 5 um/L T4 total 5 – 12 ug/dL T4 livre 0,9 – 2 ng/dL T3 total 70 – 190 ng/dL T3 livre 0,2 – 0,52 ng/dL Hipertireoidismo em idosos Hipert. “apático” Fibrilação atrial, confusão e fraqueza > 50 anos TIREOTOXICOSE Síndrome do excesso de hormônio tireoidiano >> QUADRO CLÍNICO ↑ Receptores beta-adrenérgicos: Insônia, tremor, taquicardia, sudorese, HAS divergente... ↑ do metabolismo basal: Polifagia, emagrecimento, hipercalemia... ↑ produção de calor: Intolerância ao calor/ ↑ da temperatura corporal >> CAUSAS DE TIREOTOXICOSE Tireotoxicose COM hipertireoidismo Doença de Graves Bócio Multinodular Tóxico (vários nódulos) Adenoma tóxico (Dç Plummer – 1 nódulo) Tumor hipofisário produtor de TSH Tireotoxicose SEM hipertireoidismo Tireotoxicose Factícia (uso inadvertido do hormônio) TSH ↓, T4 ↓ e T3 ↑ Tireoidite >> Como diferenciar? COM hiper (Ex: doença de graves) SEM hiper (Ex: tireoidite) Índice de captação do Iodo Radioativo (RAIU) Normal = 5-30% de captação GRANDES SINDROMES ENDÓCRINAS 25 DOENÇA DE GRAVES Bócio Difuso Tóxico – BDT Doença autoimune que causa hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia >> ANTICORPOS Anti-TRAb (estimulador) – Ac antirreceptor de TSH – ao invés de “destruir” ele estimula o receptor, ou seja, funciona como se fosse o TSH Anti-TPO não é especifico de nenhuma doença tireoidiana marca que existe uma agressão auto- imune contra a tireoide. >> QUADRO CLÍNICO Além da tireotoxicose Bócio difuso, toda glândula vai crescer – Pode ter ou não a presença de Sopro e frêmito Mixedema (edema inflamatório, rico em proteoglicanos) Exoftalmia (edema retro orbitário, normalmente bilateral) >> DIAGNÓSTICO Clinico TSH ↓ E T4L ↑ Na dúvida Pedir Anticorpos / RAIU >> TRATAMENTO Medicamentoso βbloqueador (sintomático) Propanolol 10-40 mg VO cada 6/6 – 8/8 hs Metimazol (escolha) ou Propiltiuracil (1º trimestre gestação) GESTANTES T4 total ↑ / TSH e T4 livre normais 1º trim: PTU 2º e 3º trim: MMZ >> IODO RADIOATIVO Indicação: Recidiva ou Reação tóxica as drogas CI: Gravidez / Grandes bócios / Oftalmopatia grave >> Tireoidectomia (total ou subtotal) Sem melhora farmacológica CI: iodo radioativo PRINCIPAL COMPLICAÇÃO DA TIREOIDECTOMIA: HIPOCALCEMIA TRANSITÓRIA - Sinal de Chvostek: contração dos músculos faciais à percussão do nervo facial - Sinal de trousseau: espasmo carpopedal induzido pela insuflação do manguito acima de PAS por 3 minutos TTO: reposição de cálcio TIREOIDITE Inflamação da tireoide, capaz de mudar a arquitetura tireoidiana Levando a uma TIREOTOXICOSE Não consegue repor e leva a um estado de Hipotireoidismo PS: não é toda tireoidite que evolui dessa forma ... As tireoidites SUBAGUDAS levam a um quadro de TIREOTOXICOSE As tireoidites CRÔNICAS levam a um quadro de HIPOTIREOIDISMO >> TIREOIDITE SUBAGUDA Granulomatosa Subaguda (de Quervain) Dolorosa/ pós-viral/ VSH ↑ TTO: AINEs ou AAS Casos + graves: Prednisona (40 a 60 mg/dia) Obj do tto: é a melhora sintomática >> CRÔNICA: Doença de Hashimoto (Linfocítica Crônica) Glândula endurecida e lobulada Autoimune (Anti-TPO 95-100%) + frequente em mulheres >> CLÍNICA Tireotoxicose (hashitoxicose) Hipotireoidismo com bócio (maioria) Risco de linfoma de tireoide Principal causa de hipotireoidismo >> ANTICORPOS Anti-TPO Antitireoglobulina Antirreceptor de TSH Antitransportador de iodo Monitorizar TSH 4-6 semanas após início da reposição >> TRATAMENTO Na fase de tireotoxicose... Betabloqueador / Sintomático Na fase de hipotireoidismo... Levotiroxina HIPOTIREOIDISMO >> QUADRO CLÍNICO ↓ dos receptores beta-adrenérgicos: - Bradicardia, HAS convergente (↑ PA diastólica) ↓ do metabolismo basal: - Dislipidemia, Ganho de peso, Anemia Megaloblástica (pode ser normocítica ou discretamente Macrocítica) ↓ produção de calor: - Intolerância ao frio, ↓ da temperatura corporal Outros: Hiperprolactinemia, Mixedema, hiporreflexia, coloração alaranjada da pele, amenorreia, galactorreia, pele seca, macroglossia, voz rouca, parestesia (compressão neural), derrames cavitários (redução da drenagem linfática). Miopatia: pode ser exacerbada pelo uso de estatinas e fibratos, rabdomiólise >> DIAGNÓSTICO Dosar TSH e T4L - TSH ↑ e T4L ↓ Hipo primário Dç tireoidiana - TSH↓ e T4L ↓ Hipo central (2º) Dç hipofisária ou hipotalâmica - TSH ↑ (1º) e T4L Normal (2º) Hipo subclínico >> CAUSAS HIPO 1º: Tireoidite de Hashimoto; Outras tireoidites; Iatrogênica / droga (Amiodarona); ↓ iodo HIPO 2º: Dç hipofisária; Dç hipotalâmica Hipo Subclínico: = Primário >> CONDUTA HIPO 1º: Anti-TPO Se + : Hashimoto Se - : Outras tireoidites HIPO 2º: RM de sela túrcica 26 >> TRATAMENTO Reposição de T4 Levotiroxina - 1,6 mcg/ dia - 1x ao dia/ manhã - Cuidado: idoso e coronariopata Iniciar com 25-50 mcg/dia >> QUANDRO TRATAR HIPO SUBCLÍNICO: Grávida, TSH ≥ 10, Sintomático, Infertilidade COMA MIXEDEMATOSO Emergência endocrinológica RARA >> CLINICA ↓ do nível de consciência Hipoventilação Hipotermia Bradicardia Hiponatremia Hipoglicemia Infecção associada Hipocortisolismo Hipercapnia >> TRATAMENTO Levotiroxina em altas doses Hidrocortisona venosa Suporte respiratório Correção da hipoglicemia Correção da hiponatremia Aquecimento SUPRARRENAL & PARATIREOIDE GLÂNDULA SUPRARRENAL (ADRENAL) HIPOTÁLAMO CRH HIPÓFISE ACTH CÓRTEX ADRENAL Cortisol Glicocorticoide Androgênio Androgênio produção um pouco + independente Aldosterona Mineralo participação do SRAA / aldosterona ñ tem nada ver com esse eixo O que realmente precisa do eixo para funcionar é o CORTISOL Cortisol em excesso estimula o hipotálamo e hipófise a funcionar menos CÓRTEX ADRENAL MEDULA Catecolaminas ↑ tônus vascular Cortisol Catabólico (↑ glicose), ação permissiva às catecolaminas Androgênio Pilificação feminina Aldosterona Reabsorve Na+, trocando por K+ ou H+ >> HIPOfunção Insuficiência Adrenal >> HIPERfunção Síndrome de Cushing Hiperplasia Adrenal Congênita Hiperaldosteronismo Primário Feocromocitoma INSUFICIÊNCIA ADRENAL HIPOTÁLAMO Insuf Secundária CRH Suspensão de CTC exógeno Lesão de hipófise/ hipotalamo HIPÓFISE ACTH CÓRTEX ADRENAL CortisolInsuf Primária Aldosterona Doença de Addison Adrenalite auto-imune e infecções >> QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL O quadro clínico da insuficiência adrenal é bem inespecífico: náuseas, vômitos, graus variados de desidratação. Laboratorialmente, a deficiência de mineralocorticoides pode levar a hiponatremia, hipercalemia e acidose metabólica (lembre-se que no néfron distal reabsorvemos Na em troca de K ou H); falta de cortisol pode levar a hipoglicemia e hipercalcemia. Outros achados como eosinofilia e basofilia podem existir. >> DESMAME DE CORTICOIDE Até 2-3 semanas de terapia: suspender abruptamente sugestão SINDROME DE CUSHING HIPERCORTISOLISMO Excesso de cortisol circulante >> CAUSAS Causas ACTH Dependentes Iatrogênica Doença de Cushing (adenoma de hipófise produtor de ACTH) Secreção ectópica de ACTH (oat cell de pulmão, carcinoide, CA medular de tireoide) Causas ACTH Independentes Adenoma/ Hiperplasia Suprarrenal Carcinoma Suprarrenal >> MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL Obesidade Central Gibosidade/ Face “Lua Cheia” Hiperglicemia Hirsutismo INSUFICIÊNCIA ADRENAL Primária (Addison) Secundária Causa Destruição glandular Adrenalite autoimune Infecções Interrupção do eixo Suspensão de corticoide Lesão hipotálamo/ hipófise Clínica e Laboratório ↓ Cortisol: ↓ PA, ↓ glicose, dor abdome, eosinofilia ↓ aldosterona: ↓ Na, ↑ K, acidose (↑ H+) ↑ ACTH: pigmentação Tratamento Glicocorticoide: hidrocortisona Mineralcorticoide: fludrocortisona Dose de prednisona em uso ↓ dose a cada 2 sem ≥ 40 mg 10 mg 20-40 mg 5 mg 10-20 mg 2,5 mg 5-10 mg 1 mg ↓ Cortisol: ↑ ACTH ↑ Cortisol: ↓ ACTH ↓ Cortisol ↓ Aldosterona ↑ ACTH ↓ ACTH ↓ Cortisol Aldost normal 27 Estria violácea Osteopenia Hipertensão + Hipocalemia efeito mineralocorticoide Hiperpigmentação (se ↑ ACTH) O paciente com Cushing pode apresentar HAS (retenção de sódio, ↑ dos receptores adrenérgicos), DM, hipocalemia e alcalose (principalmente no câncer), fraqueza muscular, osteoporose e amenorreia. No hemograma pode haver leucocitose e neutrofilia, além de linfopenia e eosinopenia. >> ALGORITMO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO SUSPEITA Triagem (screening) 1. 1 mg DEXA às 23 hs (+) se não ↓ cortisol de 8 hs 2. Cortisol livre urinário (24 hs) (+) se elevado... 3. Cortisol salivar a meia-noite (+) se elevado... Se 2 desses exames alterados = SÍNDROME DE CUSHING ACTH alto/ normal (Dç de Cushing/ ACTH ectópico) ACTH suprimido (lesão drenal) >> ACTH ALTO/ NORMAL: - RM de sela túrcica (hipófise) - Testes (atuam no eixo): Supressão com ↑ DEXA (16 mg em 2 dias): ↓ cortisol na Dç Cushing Testes do CRH: ↑ cortisol e ↑ ACTH na Dç Cushing RM e testes (+): Doença de Cushing Cirurgia Transesfenoidal RM e testes (-): ACTH ectópico Exames de imagem / Cirurgia >> ACTH SUPRIMIDO: Tc de abdome Carcinoma, Adenoma, Hiperplasia (ADRENALECTOMIA) HIPERCALCEMIA METABOLISMO DO CÁLCIO Cálcio: um dos principais constituintes da massa óssea (fosfato de cálcio) Principal fonte de cálcio = alimentar Remodelamento ósseo (turn over): processo contínuo Intestino Vitamina D (ativada pelo rim) ajuda a absorver o cálcio Paratormônio (PTH) “tira” o Cálcio do osso Paratireoide >> CAUSAS DE HIPERCALCEMIA 1. Hiperparatireoidismo 1ário: ↑ PTH + lesão óssea 2. Câncer (metástase; PTH-rP): ↓ PTH + lesão óssea 3. Hipervitaminose D: ↓ PTH + osso saudável HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO >> CAUSAS 1. Adenoma único 2. Hiperplasia 3. Carcinoma >> LABORATÓRIO ↑ PTH / ↑ Ca >> CLÍNICA Assintomático - Sintomas: fraqueza, mialgia - Nefrolitíase - Doença óssea (osteíte fibrosa cística) >> TRATAMENTO Paratireoidectomia se for um adenoma único Quando tratar?? 1. Paciente sintomático 2. O assintomático será operado se: a. Rim: clearance < 60 mL/min OU Nefrolitíase OU calciúria > 400 mg/24 hs b. Idade: < 50 anos c. Cálcio: > 1,0 mg/dL do limite d. Osso: fratura vertebral OU osteoporose (em densitometria) Complicação + comum: HIPOcalcemia, porque quando retira o adenoma fica com 3 paratireoides atrofiadas que não libera PTH ... assim o cálcio vai caindo, até a que as paratireoides remanescentes voltem a fabricar PTH em um volume adequado OSTEOPOROSE OSSO: órgão dinâmico ↓ da densidade óssea >> FATORES DE RISCO Sexo feminino > 65 anos Brancos tabagismo Baixo peso Drogas: CTC, heparina, anticonvulsivante * Fraturas >> DIAGNÓSTICO Densitometria óssea (t-score) Normal > 1 - Osteopenia -1 e -2,5 - Osteoporose < 2,5 >> CONDUTA Cálcio (1,200 mg/dia) + Vit D (800 U/dia) Exercício físico Bifosfonados: alendronato, risedranato - paciente tem que ficar 30 min sentado ou em pé para não ter esofagite pela medicação HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Genitália ambígua Deficiência ↓21-hidroxilase e ↓ aldosterona e cortisol Forma virilizante: virilização, puberdade precoce Forma perdedora de sal: (deficiência + grave): hiponatremia, hipercalemia, desidratação/ tbn ocorre virilização. 28 Distúrbio do metabolismo relacionado ao HIPOinsulinismo Insulina: hormônio anabolizante, de construção armazena nutrientes no interior celular Contra insulínicos: hormônios catabólicos, de destruição Glucagon, cortisol, GH, adrenalina Diabetes Sinônimo de CATABOLISMO (“jejum”) Jejum exacerbado CATABOLISMO Glicogenólise HIPERGLICEMIA Lipólise / Proteólise Ácidos graxos e corpos cetônicos Aminoácidos gliconeogênese HIPERGLIC Ou seja, tem que focar no distúrbio hormonal e não na glicemia Efeito da insulina sobre o transporte de glicose é AUMENTAR o transporte através da membrana celular >> CLASSIFICAÇÃO Tipo 1 “Diabetes da infância” Hipoinsulinismo absoluto Genético, agressão auto-imune – HLA-DR3 < 30 anos, magro Dç autoimune frequente associada ao DM1: Tireoidite de Hashimoto e Dç celíaca Clínica 4 “Ps” Poliúria, Polidipsia, ↓ Peso, Polifagia Turvação visual, prurido vaginal Dosar Peptídeo C indetectável Anti-ICA/ GAD (pode permanecer + após 10 anos em 50% dos casos) Tipo 2 Resistência à insulina Genético, ambiental > 45 anos, obeso Paciente assintomático HOMA-IR (índice de resistência) DM GESTACIONAL Hiperglicemia diagnosticada na gestação, na ausência de critérios de DM prévio (24-28 sem) DM ESPECÍFICO - LADA (adultos): autoimune, evolução lenta e tardia - MODY (jovens): genético, podem ser magros ou obesos história familiar é a regra Anti-insulina 1º aparecer Anti-GAD Anti-IA-2/ ICA512 Anti-Znt8 >> DIAGNÓSTICO Diabetes - Glicemia de jejum ≥ 126 - Glicemia 2hs Pós-TOTG ≥ 200 2 testes (+) - HbA1C ≥ 6,5% - Glicemia aleatória ≥ 200 + sintomas Pré- Diabetes - Jejum 100-125 Metformina se: - 2hs PÓS-TOTG 140-199 idade < 60a, IMC > 35 ou - HbA1C 5,7 – 6,4% Hist de DM gestacional Pegar sempre o pior valor e repetir o exame Rastreamento 3/3 anos DM2 >> TRATAMENTO ALVO? Principal: HbA1C < 7% (média: 3 meses) PS: pacientes + críticos/ idosos HbA1C < 8% GLICEMIA CAPILAR (automonitorização) Pré-prandial: 80-130 (antes do café, almoço, janta) Pós-prandial: < 180 (2 hs depois) >> TRATAMENTO DM TIPO 1 INSULINOTERAPIA 0,5 – 1 U/kg/dia BASAL Lenta/ Prolongada - NPH 2x/dia - GLARGINA (detemir, degludeca) 1x/dia PRANDIAL Rápida/ Imediata - REGULAR 30 min antes da refeição - LISPRO (asparte, glulisina) na hora da refeição - Esquema Intensivo (múltiplas aplicações diárias) 80 kg... 0,5 U/kg = 40 U 50% NPH = 20 u 50% Regular = 20 U EXEMPLO: ↓ NPH2/3 ↓ NPH 1/3 basal 9hs 13 h 22 hs prandial (café) (almoço) (deitar) ↑R ↑R ↑R Antes do café NPH 2/3 14 U Antes de deitar NPH 1/3 6 U Antes do café/ almoço/ jantar 7 U para a prova: HIPERGLICEMIA MATINAL - Fenômeno do Alvorecer (manhã desprotegida) NPH mais tarde - Efeito Somogyi (hipoglicemia da madrugada) reduzir NPH ou lanche à noite - Esquema Intensivo com Análogos de Insulina 50% Glargina 50% Lispro ↓ GLARGINA 1x/d 9hs 13 h 22 hs (café) (almoço) (deitar) ↑L ↑L ↑L Vantagens: A glargina faz menos hipoglicemia, comodidade de fazer junto a refeição - Infusão Contínua (padrão-ouro) Lispro: 50% basal + 50% bolus (pelo paciente) CURA DA DM1 Transplante duplo rim-pâncreas A principal causa da falência não imunológica do transplante pancreático é a trombose do enxerto. >> TRATAMENTO – DM TIPO 2 Resistência à Insulina Metformina (fígado) ↓ peso, deficiência de B12 (por redução da absorção), acidose láctica (não usar em “insuficiências”) + potente Efeito adv: diarreia Pioglitazona (periferia – músculo) ↑ peso, retenção H2O, é CI em Insuficiência Cardíaca, fraturas, sarcopenia ↑ Secreção de Insulina ↑ Peso, Hipoglicemia Sulfonilureia (↑ basal) Glibenclamida, glimepirida, gliclazida + potente Não usar em Insuficiência Renal Glinida (↑ prandial) Repaglinida, nateglinida (pouco uso) ↓ Absorção de Glicose Acarbose (inibe alfa-glicosidase) Ação pós-prandial // flatulência DIABETES MELLITUS Idade ≥ 45 anos OU IMC > 25 + Fator de Risco* *Hist Familiar 1º grau / Dç cardiovascular / HAS / dislipidemia / SOP / sedenterismo / acantose nigricans / DM gestacional P ri n c ip a lm e n te D M 1 29 ↑ INCRETINA ↑ Insulina depende da glicemia e ↓ glucagon - Inibidor da DPP-IV (degrada increTINAS): sitaglipTINA, vildaglipTINA Sem hipoglicemia, “neutra” para peso Efeitos adv: urticária, angioedema OBS: não é a melhor escolha para Ins Cardíaca - Análogo de GLP-1 (age no receptor): LiragluTIDA (Victosa), dulagluTIDA ↓ peso, benefício cardiovascular Efeitos adv: pancreatite, Ca de tireoide, náuseas, vômitos ↓ REABSORÇÃO TUBULAR DE GLICOSE (RIM) Inibidores da SGLT2: EmpaglifoZIN, dapagligloZIN, canaglifloZIN ↓ peso, PA, benefício cardiovascular e renal Efeitos adv: poliúria, ITU, amputações COMO ESCOLHER?? 1. METFORMINA 3 – 6 meses (↑ HbA1C ???) 2. METFORMINA + Doença ateroscleróTIDA... TIDA (análogo GLP 1) Doença do RIM ou IC ... floZIN (inibidor SGLT2) Obesidade, hipoglicemia... “As duas” + Gliptina Custo ($) é importante... Sulfonilureia e pioglitazona Custo + acessível 3 – 6 meses (↑ HbA1C??) 3. Adicionar insulina basal (NPH noturna – 10 U) - Suspender sulfonilureia - ↑ progressivo da dose (NPH 2x/d + Regular 3x/d) >> QUANDO INICIAR COM INSULINA? HIPERGLICEMIA FRANCA (HbA1C > 10% / glicemia ≥ 300 / sintomáticos) GRAVIDEZ DISFUNÇÃO RENAL OU HEPÁTICA ESTRESSE (Cirurgia, infecções) COMPLICAÇÕES CRÔNICA DA DM MACROVASCULAR ↑ Causa de óbito (IAM, AVE...) Relação com HAS, dislipidemia.. MICROVASCULAR Debilitantes (Retina, Nefro e Neuro) Maior relação com hiperglicemia RASTREAMENTO ANUAL! DM 1: 5 anos após início da doença DM 2: no momento do diagnóstico RETINOPATIA DIABÉTICA RASTREAMENTO: Fundoscopia >> NÃO – PROLIFERATIVA MICROaneurisma Exsudato DURO Hemorragia em CHAM-de-vela Mancha ALGODONOSA Veias em ROSÁrio RDNP leve Microaneurismas associados a exsudatos duros e a pequenas hemorragias intrarretinianas em chama de vela RDNP moder Exsudatos algodonosos, hemorragias intrarretinianas numerosas, veias em rosário em um quadrante RDNP grave Hemorragia intrarretiniana nos 4 quadrantes e/ou veias do rosário em pelo menos 2 quad, e/ou alterações microvasculares intrarretinianas (as chamadas IRMAS) proeminentes em pelo menos 1 quadrante. Podem surgir tbn duplicações venosas e veias em “formato ômega” RD proliferativa Surgimento de neovascularização Maculopatia diabética: edema macular e o acúmulo de microaneurismas, hemorragias e exsudatos na região macular. TRATAMENTO: Controlar glicemia. Atenção com GESTANTES Rastreamento trimestral e 1a após o parto. >> PROLIFERATIVA Neovascularização: Anti-VEGF / fotocoagulação/ vitrectomia OBS: Pacientes com DM são + propensos a ter catarata do tipo subcapsular anterior NEFROPATIA DIABÉTICA RASTREAMENTO: Albuminúria + Creatinina sérica anualmente 1. “Microalbuminúria”: Albumina/ Creatinina (urina) ≥ 20-200 microgr/ min Controle da albuminuria (IECA ou BRA-II) Controle da glicemia (Inib. SGLT2 se TGF > 30ml/min) 2. “Macroalbuminúria”: Albumina/ Creatinina (urina) > 200 microg/min Controle da PA (IECA ou BRA-II + outro anti- hipertensivo) Lesão + comum na biópsia? Glomeruloesclerose DIFUSA Lesão + Específica? Glomeruloesclerose NODULAR (Kimmerlstiel-Wilson) NEUROPATIA DIABÉTICA >> MONONEUROPATIA/ DISAUTONOMIA Comprometimento oculomotor, III par craniano Forma aguda: ptose palpebral, diplopia e estrabismo divergente. No diabético não tem alteração pupilar Oftalmoplegia, estrabismo TTO: autolimitado >> POLINEUROPATIA SIMÉTRICA DISTAL + comum / + sensitiva / pé diabético Rastreamento: Exame neurológico (Monofilamento) Tratamento: Controlar glicemia / Anticonvulsivante, antidepressivo “Mico duro chama algodão rosa” 30 COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DM CETOACIDOSE DIABÉTICA Insulina AUSENTE (Ex: DM 1 – quase q exclusiva) Hiperglicemia ↑ Corpos cetônicos – Ácido β-Hidroxibutírico Ácido Acetoacético Acetona Acidose metabólica (hiperventila / respiração de Kussmaul) ânion GAP elevado >> CLÍNICA - Poliúria, desidratação - Confusão - Hiperventilação (Kussmaul) - DOR ABDOMINAL - “Cheiro de fruta” >> DIAGNÓSTICO Glicose > 250 mg/dl Cetonemia / Cetonúria (3+ / 4+) pH < 7,3 e HCO3 < 15 Ânion GAP > 12 BE – 10 mEq/L K e PO4 N ou ↑ Na, Mg ↓ Leucocitose neutrofilica HIPERtrigliceridemia Amilase e lipase ↑ >> TRATAMENTO VIP 1º Resolver Acidose = HIDRATAR Volume SF 0,9% = 1 – 1,5 L na 1ª hra Na+ < 135: manter SF 0,9% Na+ > 135: mudar para NaCl 0,45% 2º INSULINA – É a base do TTO Insulina (regular) 0,1 U/kg (bolus*) + 0,1 U/kg Objetivo: ↓ Glicemia 50-80 mg/dl/h Glicemia = 200: iniciar SG 5% 3º POTÁSSIO Fundamental repor K quando estiver entre 3,3 e 5,3 mEq/L 20-30 mEq por L de soro Se K+ > 5,2: adiar K+ Se K+ < 3,3: adiar insulina CUIDADO Pode ter um Cetoacidose Euglicêmica (é raro) O inibidor SGLT2 pode fazer isso BICARBONATO apenas se pH < 6,9: 100 mEq COMPENSAÇÃO: HCO3 > 15 / pH > 7,3 / AG < 12 Insulina Regular SC 1-2 hs antes de parar a IV >> PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES - Hipocalemia / Hipoglicemia / Edema Cerebral (crianças) - Trombose venosa profunda - HIPOmagnesemia, HIPOfosfatemia - Mucormicose/ Zigomicose (micose destrutiva rinocerebral) ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR POUCA Insulina (Ex: DM 2 – quase que exclusiva) Menos corpos cetônicos – “não faz acidose” ... Sem água – “intoxicado pela glicose” !!! - Hiperglicemia + intensa - ↑ Osmolaridade - Sem acidose - Promove + déficit de água e déficit de eletrólitos >> DIAGNÓSTICO Glicose > 600 mg/dl Osmolaridade > 320 pH 7,3 / HCO3 > 18 >> TRATAMENTO “VIP” – atentar para desidratação e HiperNa+ Perda volêmica: 8-10 L Complicação + temida: edema cerebral iatrogênico causado pela correção rápida demais da glicemia especialmente quandobaixa + de 100 mg/dl/h Paciente com Osm pl > 320 pode entrar em coma pela desidratação dos neurônios do SNC >> FATORES PRECIPITANTES Infecções (pneumonia, ITU) AVE IAM Faixa etária idosa Peptídeo C fornece avaliação de níveis plasmáticos de INSULINA >> TRIADE DE WHIPPLE: sinais e sintomas compatíveis com hipoglicemia - tremor, palpitação, irritabilidade, sudorese, fome, sonolência, fadiga - Glicemia plasmática baixa (> 55 mg/dl) - Melhora dos sintomas com ↑ da glicemia DOR + DM = Neuropatia Diabética - Pregabalina (300 a 600 mg/dia) - Tramadol QUESTÃO DE PROVA >> Critérios utilizados para indicar o retorno de Insulinoterapia por via SC: - Glicemia < 250 mg/dL - pH sérico > 7,30 - Bicarbonato > 18 mEq/L - Correção da acidose >> RESUMO - FÁRMACOS Quais drogas levam a redução de peso Metformina, Análogo GLP-1, Inibidor SGLT2 Quais drogas causam hipoglicemia Sulfonilureia e Glinida Quais drogas levam à redução da glicemia pós- prandial Acarbose, glinidas e incretinomiméticas Quais drogas recentemente mostraram benefício cardiovascular Análogos GLP-1, Inibidor SGLT2 31 >> CONCEITO: inflamação do parênquima pulmonar de origem infecciosa. Surge a < 48 hs de internação/ em ambiente extra-hospitalar >> FISIOPATOLOGIA - Microaspiração - Inalação - Hematogênica - Extensão direta >> ETIOLOGIA GERAL TÍPICOS/ ATÍPICOS - Pneumococo - Micoplasma - Vírus - C. pneumoniae - Haemophilus Se internar tem que pensar também em Legionella TIPICO: tende a corar BEM pelo gram e responde BEM ao Beta-lactâmico (penicilinas e cefalosporinas). crescem em cultura convencional ATÍPICO: NÃO cora bem pelo gram e NÃO responde bem ao beta-lactâmico S. pneumoniae TÍPICO (Diplococo Gram +) É o bicho + comum! Diagnóstico: Antígeno Urinário Pode causar: 1. Derrame pleural 2. PNM redonda “Pseudotumoral” Mycoplasma pneumoniae ATÍPICO (não tem parede celular) – Coco gram + Síndrome gripal + - Miringite bolhosa - Anemia hemolítica - ↑ IgM - Sd Stevens-Johnson - Raynaud, Guillain-Barré TTO: macrolídeo H. influenzae TÍPICO (Cocobacilo Gram - ) + comum da DPOC!!! Klebsiella TÍPICO (Bacilo Gram - ) QUADRO GRAVE em: Etilistas e diabéticos Pode causar: 1. PNM do lobo pesado Legionella ATÍPICO (Bacilo Gram -) QUADRO TÍPICO GRAVE + / Ar condicionado Sinal de faget Diarreia, dor abdominal ↓ Na, ↑ Transaminase DX: Antígeno urinário TTO: macrolídeo S. aureus TÍPICO (Coco Gram +) QUADRO GRAVE em: - Neonatos, Lactentes; pós influenza; - Usuários de drogas IV; - Fibrose Cística; - Bronquiectasias >> PODE CAUSAR: 1. PNEUMATOCELES pode romper e complicar com piopneumotórax 2. DERRAME PLEURAL 3. PMN necrosante < 2 cm ou ABSCESSO > 2 cm Pseudomonas TÍPICO (Bacilo Gram - ) QUADRO GRAVE em: Fibrose Cística; Bronquiectasia; Neutropênicos; Corticoide >> QUANDO PROCURAR? Refratários Graves/ UTI >> COMO PROCURAR? Pxs Internados Escarro: exame direto e cultura Hemocultura + importante Antígeno urinário: pneumococo, legionella Testes moleculares Padrão-ouro: BIÓPSIA >> DEFINIÇÕES: “Pneumonia Típica” Febre (39-40º C), Tosse produtiva, Dispneia, Dor torácica/ pleurítica, Crepitações, ↑ frêmito TV, broncofonia RX: broncopneumonia x lobar + comum: PNEUMOCOCO “Pneumonia Atípica” Febre baixa, Tosse não produtiva Exame respiratório pobre RX: intersticial + comum: MICOPLASMA >> DIAGNÓSTICO - CLÍNICA + IMAGEM: Radiografia de tórax PA e PERFIL USG de TÓRAX Sensibilidade e especificadade > Rx TC de TÓRAX: + sensível que USG >> LABORATÓRIO TÍPICO Leucocitose com desvio à esquerda Granulações grosseiras Bioquímica complicações Legionella e Pneumococo teste urinário >> LOCAL DE TRATAMENTO: 0-1: Ambulatório 2: Considerar Internação ≥ 3: Internação DENINDO UTI IDSA/ATS CRITÉRIOS MAIORES Necessidade de Ventilação Mecânica Choque séptico CRITÉRIOS MENORES C/ U/ R/ B Temperatura < 36 Relação P/F ≤ 250 Multilobar Leucócitos < 4000 Plaquetas < 100.000 1 maior ou 3 menores = UTI CURB-65 VARIÁVEL PONTOS C Confusão mental 1 U Ureia ≥ 43 (50) mg/dL 1 R FR ≥ 30 irpm 1 B “baixa” PA PAS < 90 ou PAD ≤ 60 1 65 ≥ 65 anos 1 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE - PAC 32 >> TRATAMENTO 1. Hígido (ambulatorial) β-lactâmico Amoxicilina ± Clavulanato x 7 dias OU Macrolídeos Azitro x 3 dias/ Claritro x 5 dias OU Doxiciclina 2. Comorbidades/ ATB prévio/ + grave: β-lactâmico + Macrolídeo ou Quinolona isolada Comorbidades: DPOC, IC, DM, neoplasia ATB prévio: < 3 meses 3. Alergia a β-lactâmico / Macrolídeo: Quinolonas Respiratórias Moxi/ Levo/ Gemifloxacino ATENÇÃO: Tendinite, Neuropatia, Aneurisma Aorta 4. Internação em ENFERMARIA OU UTI: β-lactâmico + Macrolídeo ou Quinolona (UTI) (Ampicilina + Sulbactam OU Cefalosporina de 3ª) β-lactâmico: Cefa de 3ª (Ceftriaxone) Macrolídeo: Azitro/ Claritro Quinolona: Moxi/ Levofloxacina VÍRUS INFLUENZA >> CLÍNICA Síndrome gripal: Febre + tosse seca + fadiga + “algias” SD RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG): Sd Gripal + Dispneia / SaO2 < 95% / ↑ FR ou desconforto / ↓ PA / piora na doença de base >> DIAGNÓSTICO Swab nasofaríngeo + PCR >> TRATAMENTO Oseltamivir / Zanamivir Para SRAG ou Risco Alto Idade: < 5a, ≥ 60a Imunodeprimido/ Comorbidade Indígena IMC ≥ 40 Gestante e Puérpera (até 2 semanas) A vacina é de fragmento viral e feita através dos vírus A e B que circularam no último inverno no hemisfério oposto. ANAERÓBIOS >> FATORES DE RISCO Tem muito anaeróbio na nasofaringe Pessoas c dentes em mau estado + Macroaspiração quem tem mais chance? Paciente ALCOÓLATRA, ↓ consciência, distúrbios da deglutição Quando macroaspira para onde vai o anaeróbio? - Parte POSTERIOR do lobo SUPERIOR (Cabeceira 0 grau) - Parte SUPERIOR do lobo INFERIOR (Cabeceira + elevada) Evolução LENTA, POLIMICROBIANA >> CONDUTA: Clindamicina ou Amoxi-clavulanato Por 3 semanas >> CIRURGIA: sem melhora em 7-10 dias OU > 6-8 cm >> CONDUTA NA GESTANTE*** Rx de tórax com proteção abdominal Pode utilizar com margem de segurança e que é capaz de cobrir os principais agentes Pneumococo, Haemophilus, Mycoplasma Penicilina, cefalosporina, eritromicina (exceto estolato) e clindamicina. COMPLICAÇÕES DA PNEUMONIA DERRAME PLEURAL Pneumonia + DP = drenagem TORACOCENTESE: perfil com altura > 5 cm Lawrell com altura > 1 cm Analise do Liquido: a) DERRAME PARAPNEUMÔNICO Liquido não purulento - SIMPLES: exsudato “estéril” CONDUTA: manter ATB >> Quando realizar toracocentese? Sempre que o derrame for significativo (> 10 mm na radiografia em decúbito lateral) ou se houver loculações >> Quando drenar? Sempre que houver germe ou indícios de inflamação exuberante (glicose pleural < 40 mg/dl ou pH < 7) >> Quando abordar a pleura cirurgicamente? Se não melhorar com dreno ou se houver múltiplas lojas - DERRAME COMPLICADO: exsudato “contaminado” o Bacteriologia positiva o Glicose < 40-60 mg/dL o pH < 7,2 o LDH > 1.000 >> CONDUTA: Manter ATB + Toracostomia com drenagem b) EMPIEMA Pus >> CONDUTA: Manter ATB + Toracostomia com drenagem Atenção!!! Se não melhorar: Pleuroscopia + lise de aderências PS: nem todo derrame é PUNCIONÁVEL >> CRITÉRIOS DE LIGHT TRANSUDATO EXSUDATO Relação entre proteína do Liquido pleural e sérica < 0,5 > 0,5 Relação entre DHL do LP e sérica < 0,6 > 0,6 DHL do LP > 2/3 do limite superior no soro Não Sim >> DERRAME PLEURAL TRANSUDATIVO - Insuficiência cardíaca - Cirrose hepática - Síndrome Nefrótica- Hipoalbuminemia - Atelectasia >> DERRAME PLEURAL EXSUDATIVO - TBC - Neoplasia - Pneumonia - Pancreatite - Pericardite constritiva - Artrite Reumatoide - Lúpus 33 DERRAME PUNCIONÁVEL RX: - Perfil com altura > 5 cm - Lawrell com altura > 1 cm - 20% hemitórax OBS: se não “correu” USG Se for SEPTADO PLEUROSCOPIA PNEUMONIAS HOSPITALARES >> DEFINIÇÕES Nosocomial ou Adquirida no hospital ≥ 48 hs de internação Associada a Ventilação Mecânica > 48 – 72 hs de tubo “Associada a cuidados de saúde” - Precoce: até 4 dias - Tardia: > 5 dias ** não existe mais >> DIAGNÓSTICO Infiltrado pulmonar: novo ou progressivo + 2 sinais de infecção: - febre - leucocitose ou leucopenia - secreção purulenta - piora da oxigenação >> AGENTE Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus MRSA Germes MDR >> TRATAMENTO 7 dias Qual ATB? DEPENDE SEM risco para MDR/ MRSA, BAIXA mortalidade Cefepime ou Piperacilina-Tazobactam ou Imi/Meropenem Risco para Gram negativo MDR? ↑↑ Bacilos Gram (-) nas amostras OU Fibrose Cística OU Bronquiectasias ADICIONAR: Aminoglicosídeo ou Cipro/ Levofloxacino Risco para MRSA? > 20% de MRSA na unidade OU Prevalência de MRSA na unidade é desconhecida ADICIONAR: Vancomicina ou Linezolida Risco de > mortalidade: CHOQUE SÉPTICO ou SUPORTE VENTILATÓRIO ou ATB IV nos últimos 90 dias ESCOLHER UM DE CADA GRUPO ACIMA β-lactâmico antipseudomona Levo/cipro OU Amicacina Genta Tobra Vancomicina OU Linezolida >> O QUE PODE SUGERIR MAIOR GRAVIDADE? Abscesso Pulmonar Pneumatocele Derrame Pleural Empiema Pneumotórax UNICAMP 2013 – Menina, 09 anos, apresenta tosse produtiva e febre baixa há 10 dias, acompanhadas de cansaço e chiado no peito há 2 dias. Exame físico: bom estado geral, afebril, ausculta pulmonar com sibilos e estertores subcrepitantes difusos. Radiograma de tórax: opacidades interstício-alveolares em bases pulmonares. O agente etiológico mais provável, neste caso, é: RESPOSTA: Mycoplasma pneumoniae SCRP 2018 – Qual dos agentes etiológicos de pneumonia tem relação com sistemas de ar condicionado? RESPOSTA: Legionella UEPA 2018 – Uma gestante apresentou febre, tosse produtiva e prostração há 2 dias. Ao ser avaliada na UPA 24 horas, foi diagnosticada com pneumonia comunitária. O tratamento medicamentoso deve ser feito preferencialmente com: RESPOSTA: Azitromicina PUC-RS 2017 – Homem, 66 anos, apresenta, há 2 dias, tosse com escarro purulento, febre e dispneia. Ao exame, encontra-se confuso, febril (38,4º C), com estertores crepitantes em base direita à ausculta pulmonar. O radiograma de tórax evidencia infiltrado em base pulmonar direita. O paciente é internado e recebe prontamente antibioticoterapia. Qual é o regime de ATB mais indicado? RESPOSTA: Levofloxacino UDI-MA 2017 – Homem de 40 anos foi internado com tosse e febre há 10 dias. Após avaliação clinicorradiológica, definiu-se a presença de condensação na base do hemitórax direito com efusão pleural. Qual dos achados abaixo no derrame pleural indicaria a realização de procedimento invasivo, como drenagem torácica ou toracoscopia? RESPOSTA: LDH < 1.000 U/L ESPCE 2016 – Qual é a melhor opção para o tratamento de paciente com pneumonia grave, adquirida na comunidade, com indicação de internamento em unidade de terapia intensiva? RESPOSTA: Ceftriaxona + Azitromicina ALIANÇA SAÚDE 2013 – Nas síndromes pulmonares e pleurais referentes ao Frêmito Toracovocal (FVT), à palpação, o achado é: RESPOSTA: Na consolidação pulmonar, o esperado é um FTV aumentado 34 >> DEFINIÇÃO CHOQUE: Estado de hipoperfusão tecidual PA sempre ↓ Débito cardíaco normal: 5L/min coração tende a bombear esse valor PRESSÃO = [débito cardíaco] x [resistência vascular sistêmica] DC:Volume/ Bomba RVS: Arteríolas Choque HIPOdinâmico Volume ou Coração (↓ DC, ↑ RVS) Px com extremidade pálida, fria, com Tempo de enchimento capilar ruim pulso fino e perfusão capilar lenta Choque HIPERdinâmico (↑ DC, ↓ RVS) Extremidades mais quente, mais vermelha, coração taquicardico p tentar compensar pulsos amplos, TEC rápido e normal >> MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA Cateter de Swan-Ganz Ponta do cateter fica na Veia cava superior sangue + sujo do corpo Sangue venoso central tem que saturar > 70% >> PRINCIPAIS PARÂMETROS Átrio D: volemia 1. Pressão Venosa Central (PVC) 10 Se PVC ↑: Congesto, hipervolêmico Se PVC ↓: Desidratado Átrio E: congestão/ sobrecarga 2. Pressão capilar pulmonar (Pcap ou PoAP) Pressão no AE: 17-18 Ventrículo e Vasos 3. Débito Cardíaco (DC) 5L/min 4. Resistência vascular sistêmica (IRVS) ↑ ou ↓ IC 3-4 Com base nesses parâmetros (1, 2, 3, 4) vai definir o tipo de choque do paciente Começar por 3 e 4 Hipodinâmico: Se DC ↓ a RVS ↑ Hipovolêmico: ↓ PVC e Pcap Cardiogênico ou obstrutivo: ↑ PVC e Pcap Diferença: ECG/ ECO/ TC) Hiperdinâmico: Se DC ↑ a RVS ↓ PVC e Pcap N ou ↓ séptico DISTRIBUTIVO ESPECIAIS: Neurogênico: Bradicardia (volume, nora) Insuf. Suprarrenal: ↑K, ↓ Na (corticoide) Anafilaxia: “exposição” (Adrenalina IM/IV) >> E a perfusão tecidual?? Avaliar: - Hiperlactatemia (produz muito ac láctico) - Sat venosa mista >6,5% (SvO2 – capilar pulmonar) ou Sat venosa central > 70% (SvcO2 – átrio D) >> TRATAMENTO - HIPOVOLÊMICO Cristaloide (SF 0,9%, Ringer Lactato) Outros: coloide (albumina), hemoconcentrado... - CARDIOGÊNICO - OBSTRUTIVO Inotrópico: Doputamina (efeito β-adrenérgico) Dopamina (β se dose: 3-10 ug/kg/min) Milrinona (inib. de fosfodiesterase) Levosimendana (sensib. de canais de Ca++) Considerar em casos refratários ou q n responde a medicação Suporte circulatório/ Balão intra-aórtico - DISTRIBUTIVO Vasopressor: Noradrenalina (efeito alfa-adrenérgico) Dopamina (efeito alfa: > 10 ug/kg) Vasopressina (receptor V1) Adrenalina (utilizada em anafilaxia, via IM ou IV) HEMORRAGIA – ESTIMATIVA PERDA VOLÊMICA SEPSE Resposta exagerada a uma infecção >> DEFINIÇÕES Infecção + Predisposição TNF-alfa / IL-1 / IL-6 Inflamação / Vasodilatação / Trombose / Disfunção Celular Disfunção de Órgão >> SEPSE: Disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção. Como identificar a disfunção orgânica ESCORE SOFA ≥ 2 PS: escore sofa NÃO define sepse... mas certamente ajuda a avaliar qual px + grave com disfunção de órgão >> Definir quais fatores considerados no cálculo do SOFA? SNC, coração, pulmões, rim, fígado e sangue Sangue (plaquetas) SNC (Glasgow) Oxigenação (PaO2/ FiO2) Fígado (bilirrubina) Arterial pressure (PAM) Anúria (Creat. Ou diurese) Se PVC baixa Repor volemia Se PA baixa Contrair arteríolas Nora e Dopa Se DC baixo Melhorar bomba cardíaca Dobuta e Dopamina Refratários Depende da causa HEMORRAGIA E GRAU DE PERDA VOLÊMICA Percentual de perda FC Pressão sistólica Respiração Débito urinário Reposição adequada Grau I < 15% (até 750 ml) 60 a 100 Normal 14 a 20 Normal > 30 ml/h Cristaloide Grau II 15 a 30% (750 a 1.500 ml) > 100 Normal 20 a 30 20 a 30 ml/h Cristaloide Grau III 30 a 40% (1.500 a 2.000 ml) > 120 < 90 mmHg 30 a 40 5 a 15 ml/h Cristaloide + sangue Grau IV > 40% (> 2.000 ml) > 140 < 90 mmHg > 35 Muito baixo Cristaloide + sangue O - HIPOVOLÊMICO (hemorragia, desidratação) CARDIOGÊNICO (IAM, valvopatia, miocardite) OBSTRUTIVO (tamponamento, TEP, pneumotórax) DISTRIBUTIVO (sepse, anafilaxia) TERAPIA INTENSIVA PAP <2,5 Sat venosa mista: > 6,5% QUICK SOFA (qSOFA) ≥ 2 Freq. Respiratória > 22 PA sistólica < 100 Glasgow < 15 35 >> CHOQUE SÉPTICO PS: Não basta ter sepse + hipotensão para considerar q é choque séptico >> DEFINIÇÃO: Vasopressor necessário para ter PAM ≥ 65 mmHg e Lactato > 2 mmol/L (>18 mg/dl ou > 4 mml/L) após reposição volêmica. O choque séptico apresenta uma interação complexa de choque distributivo, hipovolêmico, cardiogênico... Porque podem ocorrer de perdas de fluido por extravasamento capilar, efeitos depressivos do miocárdio por IL e ↓ da RVS Fase quente (DC ↑) Fase Fria (DC ↓) Choque quente Noradrenalina Choque frio Dopamina ou Adrenalina / Epinefrina OBS: o choque séptico no RN é predominante frio, caracterizado por ↓ do DC e ↑ RVS (vasoconstrição). >> ABORDAGEM “Pacote da 1ª hora” Quanto + rápido a medida, melhor evolução do paciente! - Medir lactato (tentar normalização) - Culturas + ATB (amplo espectro) β-lac + Macrol - Cristaloide – 30 ml/kg (repor dentro de 3 hs) - Vasopressor para atingir PAM ≥ 65 mmHg Preferência: Noradrenalina (começando com 0,01 ug/kg/min) Não precisa aguardar volume (“durante ou após reposição volêmica”) Pode adicionar: vasopressina ou adrenalina SE CHOQUE REFRATÁRIO CORTICOIDE (Hidrocortisona, 200 mg/dia, 5-7 dias) Hb < 7 g/dl: Hemotransfusão ↓ DC ou SvcO2 < 70%: Dobutamina ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA 1. AVALIAR NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: ESCALAS FOUR / GLASGOW (GCS) 2. LOCALIZAR A LESÃO: TRONCO ENCEFÁLICO x CÓRTEX Pesquisar reflexos de tronco: fotomotor, corneopalpebral, oculoencefálico, oculovestibular, tosse 3. DEFINIR CAUSA: ESTRUTURAL x TÓXICO- METABÓLICA Tóxico-Metabólica: sem déficit focal (exceto hipoglicemia) e pupilas fotorreativas 2 situações + graves ! HIPERTENSÃO INTRACRANIANA APRESENTAÇÃO: - Cefaleia e vômitos em jato / Papiledema - Paralisia 6º par (estrabismo convergente) - Tríade de Cushing: HAS + ↓ FC + Arritmia Respiratória CONDUTA (PIC < 20 mmHg): - Cabeceira a 30-45º / Sedação / Manitol ou salina hipertônica - Hiperventilação transitória (PaCO2 ↓ = vasoconstrição) - Corticoide (tumor ou abscesso) - Drenagem de LCR/ hemicraniectomia MORTE ENCEFÁLICA A morte encefálica se caracteriza pela perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela cessação das atividades corticais e do tronco encefálico e, portanto, representa a morte da pessoa. LESÃO ENCEFÁLICA: conhecida e irreversível TEMPO DE OBSERVAÇÃO: 6 hs (24 hs se hipóxico- isquêmica) SINAIS VITAIS: Temp > 35º C, Sat O2 > 94% e PAM ≥ 65 mmHg A hipertermia grave refrataria não inviabiliza a determinação de ME, exceto quando é a única causa do coma. >> CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS P CONFIRMAR ME Fazer 2 exames (p provar Coma + Reflexos de tronco ausentes) REFLEXOS: fotomotor, corneopalpebral, oculocefálico, de tosse, prova calórica, coma não perceptivo (estimulo doloroso). 1 médico: UTI, neurologia, neurocirurgia ou emergencista (1 deles tem q ter alguma dessas especialidades). Na indisponibilidade de um dos especialistas capacitados, o procedimento deverá ser concluído por outro médico especificamente capacitado. Teste de apneia: PaCO2 > 55 e respiração ausente. Idade Intervalo entre as avaliações 7 dias e 2 meses incompletos 24 horas 2 meses a 2 anos incompletos 12 horas Acima de 2 anos 1 hora >> CONFIRMAR POR EXAME COMPLEMENTAR Para confirmar ausência de circulação sanguínea cerebral, ausência de atividade elétrica cerebral e de atividade metabólica cerebral. - EEG - Doppler transcraniano - Angiografia cerebral - Cintilografia / SPECT cerebral >> Qual a conduta medica caso a família não concorde com a decisão da paciente para doação de órgãos: O participante deverá indicar que a conduta da equipe deve ser interromper imediatamente o processo de doação, já que, na legislação brasileira, os familiares são os responsáveis pela decisão sobre a doação de órgãos de pacientes com morte encefálica comprovada. >> Quais são as etapas a serem observadas para viabilizar a doação de órgãos, caso a família decida pela doação: O participante deverá descrever as seguintes etapas: 1- identificação e manutenção de potenciais doadores; 2- comunicação da suspeita de morte encefálica (ME) à família do paciente; 3- confirmação do diagnóstico de ME por meio de duas avaliações clínicas, feitas por médicos que não integram as equipes de remoção e transplante, além de um exame complementar; 4- notificação do potencial doador à Central de Notificação, Capacitação e Distribuição de Órgãos (CNCDO); 5- realização de entrevista familiar para possibilitar consentimento da doação; 6- nos casos de consentimento da doação pela família, os órgãos e tecidos são distribuídos pela CNCDO, conforme critérios vigentes. METAS: EARLY GOAL - PVC: 8-12 mmHg - Diurese > 0,5 ml/kg/h - PAM > 65 mmHg - SvcO2 > 70% ou SV mista > 65% 36 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA >> DEFINIÇÃO Incapacidade de captar O2 e eliminar Co2 TIPO 1: HIPOXÊMICA a troca de O2 entre o alvéolo e o capilar q está banhando esse alvéolo está prejudicada Existe um desequilíbrio entre a ventilação (V) e a perfusão capilar (Q) DISTÚRBIO V/Q EX: pneumonia, SDRA, Insuf. Cardíaca, DPOC exacerbado, asma grave, embolia pulmonar, atelectasia PaO2/FiO2 < 300 existe um distúrbio da troca Gradiente alvéolo-arterial: P (A-a) O2 > 10-15 se estiver aumentado quer dizer q a troca entre alvéolo e capilar esta ruim na prova pede o conceito, então tem q saber que o gradiente esta AUMENTADO TIPO 2: HIPERCÁPNICA capacidade ventilatória do ar entrar e sair esta prejudicada, com isso a pessoa retém CO2 HIPOVENTILAÇÃO Ex: Miastenia Gravis/ DPOC, epiglotite, tórax instável, trauma raquimedular, alcalose metabólica PaCO2 > 50 mmHg SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA) Origem da inflamação PULMONAR Edema pulmonar inflamatório (causa principal: sepse) EXSUDAÇÃO – Proliferação – FIBROSE COMO DIAGNOSTICAR? CRITÉRIOS DE BERLIM 2012 Sete dias: da exposição ao fator ou piora recente dos sintomas Descartar: origem cardiogênica/ hipervolemia Rx: opacidade bilateral sem outra causa evidente ( ñ é derrame, atelectasia ou nódulo) Alteração da PaO2/ FiO2 COMO TRATAR? AJUSTES GERAIS DA VENTILAÇÃO Frequência respiratória: 10-20 irpm Fração inspirada de O2 (FiO2): 100% PEEP: 3-5 cm H2O Modo ventilatório: - VCM: volume (6-8 ml/kg) e fluxo (40-60 L/min) - PCV: pressão (20 cmH2O) e tempo inspiratório (1-1,2 L) SDRA: VENTILAÇÃO PROTETORA ↓ Volume Corrente: ≤ 6 ml/kg (hipercapnia permissiva) Pressão de platô: ≤ 30 cmH2O Ajustar PEEP e FiO2: manter SpO2 > 90% Refratários (P/F < 150) - Posição prona (decúbito ventral) - Bloqueador neuromuscular (cisatracúrio) - Manobras de recrutamento alveolar (???) tem seu risco e perigo, feito de forma padronizada e até hoje não mostraram melhora de desfecho nesses pacientes - ECMO (Membrana extracorpórea de oxigenação) Em ar ambiente, a fração inspirada de O2 é de 21% (0,21) Ventilação c volume controlado (VCV): ciclado por volume e limite com o fluxo. Controlado ou assistocontrolado. Ventilação c pressão controlada: ciclagem por tempo, e limite pressão Controlado ou assistocontrolado Ventilação c suporte pressórico: ciclagem por fluxo e limite pressão. É o método disparado pelo paciente. LEVE: ≤ 300 MODERADA: ≤ 200 GRAVE: ≤ 100 37 O VÍRUS HIV Envoltório lipídico – gp120 (se ligam nos receptores celulares) e gp141 // Core – antígeno p24// e glicoproteínas RNA é um retrovírus Subfamília: lentivírus Enzimas de replicação: transcriptase reversa, integrases, proteases O vírus só consegue replicar devido as glicoproteínas, que grudam na célula hospedeira. São liberadas e “roubam” pedaços da membrana, saindo e destruindo aquela célula. Faixa etária: 30 a 34 anos RETROVÍRUS: HIV-1 (pandemia) e HIV-2 (africano) PRINCIPAIS ALVOS: Céls dendríticas/ macrófagos Linfócitos T helper (CD4) AIDS é diferente do HIV HISTÓRIA NATURAL Exposição sexual / sanguínea / vertical (< 13 anos) Risco maior na relação sexual anal (principalmente passiva). >> FASE AGUDA: o sistema imune não conhece esse vírus ↑ Carga viral, ↓ CD4 Mononucleose-like: febre, linfonodomegalia, faringite, rash... - Soroconversão em 1-3 meses! (organismo começa a reagir, produzir anticorpos que inclusive pode detectar na sorologia) >> LATÊNCIA CLINICA: Clinicamente ele não tem nada, o vírus continua se replicando, mas em uma taxa mais baixa... chegando em um ponto de equilíbrio = “Setpoint” viral Assintomático (2-12 anos) / Linfonodomegalia generalizada persistente (≥ 3 meses) >> FASE SINTOMÁTICA: fase em que aparece as Doenças relacionadas ao HIV (Precoce x Aids) Doenças oportunistas Na evolução da infecção pelo HIV é comum ocorrer envelhecimento precoce, que pode ser explicado pela associação de processo inflamatório crônico e ativação imune persistente. PRECOCE AIDS CÂNDIDA Oral, Vaginal Esôfago, respiratória TBC Pulmonar Extrapulmonar VÍRUS Leucoplasia pilosa Héspes zoster CMV disseminado Vírus JC Encefalopatia do HIV NEOPLASIA Displasia cervical CA cervical in situ CA cervical invasivo Linfoma não-Hodgkin Sarcoma de Kaposi OUTROS Anemia, diarreia crônica PCP, Neutoxoplasmose >> DIAGNÓSTICO (> 18 meses) Melhor exame p diagnóstico da infecção antes da 4ª semana de contaminação pelo HIV Quantificação do RNA viral (PCR) ou antígeno p24 Tem que ter 2 testes + para confirmar diagnóstico! SITUAÇÕES ESPECIAIS: Teste rápido (TR1 – sangue ou fluido oral) Se amostra não reagente (-) (*) se suspeita muito forte do px REPETIR em 30 dias o exame Se TR2 (+) Amostra Reagente Encaminhar o px para o posto de saúde para começar o rastreio/ tratamento Protocolo de REFERÊNCIA: Imunoensaio (ex: ELISA) Amostra não reagente (-) (*) repetir em 30 dias HIV-RNA (carga viral) Amostra reagente (+) 2 testes + caracteriza que tem o vírus (*) Quando faz o protocolo de referência precisa fazer uma 2ª amostra e para ter menos gasto é realizado da seguinte maneira: Realizar 2ª amostra só repete imunoensaio (ELISA) Wester Blot PADRÃO OURO Caso esse teste descorde do 1º é definido como amostra INDETERMINADA (*) Repetir em 30 dias caso ache suspeito Invalida tudo que foi feito antes ... Se o diagnóstico for positivo é OBRIGATÓRIO NOTIFICAR independente da fase clínica. TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV) INDICAÇÕES: todas as pessoas com infecção pelo HIV, independentemente de seu estágio clínico ou imunológico! PRIORITÁRIOS: 1. Sintomáticos 2. Assintomáticos com CD4 < 350 3. Gestantes* 4. Tuberculose ativa* 5. Hepatite B ou C 6. Risco cardiovascular elevado (>20%) (*) São pacientes que não pode errar a TARV que vai direcionar a eles... (*) Na TBC, é um px de incidência maior de vírus + resistente... se tratar errado (principalmente na fase inicial) a chance de evoluir p doença + grave é maior NESSES PACIENTES fazer genotipagem pré- tratamento, SEM ADIAR O INÍCIO de medicação! Ou seja, vai começar o tto, caso tenha alguma sensibilidade ATB, altera a medicação. DROGAS UTILIZADAS OBJ: carga viral indetectável >> INIBIDOR DA TRANSCRIPTASE REVERSA Tenofovir (TDF) Lamivudina (3TC) Abacavir (ABC), Zidovudina (AZT), Efavirenz (EFV) >> INIBIDOR DE INTEGRASE Dolutegravir (DTG) Raltegravir (RAL) >> INIBIDOR DE PROTEASE Lopinavir, Saquinavir Ritonavir Esquema de 1ª linha: TDF + 3TC + DTG (*) Ef adv do TDF: nefrotoxicidade, osteoporose (*) CI TDF: em doença renal, predisposição a uma desmineralização óssea SINDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA 38 Gravidez: TDF + 3TC + RAL TBC: TDF + 3TC + EFV RAL: Raltegravir EFV: Efavirenz (*) Ef Adv do EFV: psicose, requer genotipagem (p saber de fato que o vírus é sensível ao EFV) FALHA VIROLÓGICA: CV detectável após 6 meses de terapia ou Rebote após supressão Deve pedir genotipagem p saber qual o perfil de sensibilidade, e guiado por essa sensibilidade troca o esquema do px >> PREVENÇÃO PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PrEP) Segmentos prioritários + Critérios de indicação DROGAS: Tenofovir + Entricitabina (de uso continuo enquanto permanecer diante dessas exposições Relação anal: 7 dias para proteção Relação vaginal: 20 dias PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) 1. Exposição de RISCO < 72 hs (ideal < 2 hs) Material infectante: sangue, sêmen, fluidos vaginais, líquidos (serosa, líquor, articular, amniótico) Exposição: percutânea, mucosa, pele não integra, mordedura com sangue 2. TESTE RÁPIDO: pessoa-fonte e exposto FONTE (-) Sem profilaxia FONTE (+) ou desconhecida Exposto (+): Sem profilaxia Exposto (-): TDF, 3TC + DTG (x 28 dias) 3. REPETIR TESTAGEM: 30 e 90d após exposição Ureia, creatinina, TGO, TGP, amilase, hemograma, glicemia 14 dias após iniciar o PEP PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL PRÉ-NATAL INICIAR TARV: A partir da 14ª sem: TDF + 3TC + RAL PARTO Principal momento de transmissão (75%) Via de parto em q o risco de transmissão para o filho seja o menor possível + AZT IV até Clampeamento do cordão Avaliar carga viral após 34ª sem CV < 1000: indicação obstétrica (normal/cesárea). Se indetectável: sem AZT!!! CV > 1000/ desconhecida: cesárea eletiva (38ª semana, bolsa íntegra, dilat 3-4 cm) PUERPÉRIO Mãe: continua TARV e aleitamento contraindicado RN: AZT (1as 4hs) por 4 sem. Associar nevirapina (NVP) se: - Mãe sem TARV na gestação ou má adesão - CV > 1.000 ou desconhecida no 3º trim -Mãe c IST (principalmente sífilis) - Teste reagente no momento do parto ALTERNATIVA: Se não tiver AZT IV, fazer AZT VO cada 3 horas até o clampeamento do cordão Para a criança até 4ª semana, até excluir o diagnóstico Sulfametoxazol + trimetoprim (BACTRIM) – para evitar infecção oportunista nesse momento. >> Cuidados na sala de parto Mãe HIV (+) - Limpar RN usando compressa macia - Banho na sala de parto - Aspirar VAs (se necessário) com cuidado - Alojamento conjunto - CI: aleitamento materno Dar fórmula infantil e iniciar Cabergolina para inibir o leite materno >> Medicações para o RN Mãe HIV (+) - AZT solução oral: 4 semanas - Início na sala de parto (4 horas) - NVP 3 doses se: Mãe sem ARV ou sem comprovação de carga viral < 1000 cp/mL no último trimestre MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS RESPIRATÓRIAS NEUROLÓGICAS GASTROINTESTINAIS RESPIRATÓRIAS Pneumocistose Tuberculose Outros PNEUMOCISTOSE (PCP) Pneumocystis jirovecii, CD4 < 200 >> CLÍNICA: “pneumonia arrastada” – febre, tosse seca, dispneia progressiva >> RX: normal ou com infiltrado bilateral, perihilar, poupando ápices! “vidro fosco” >> DX: tem uma dissociação clínico-radiológica. - Análise do escarro, lavado broncoalveolar (95% especificidade) Dados Sugestivos p prova: candidíase, hipoxemia e ↑ LDH (> 500), alcalose respiratória >> TTO: Sulfametoxazol + trimetoprim (SMX + TMP), por 21 dias PaO2 ≤ 70 (em ar ambiente): CORTICOIDE! - Gays e homens que fazem sexo com homens (HSH) * Relação anal ou vag, sem preservativo, nos últimos 6 meses - Pessoas trans * Episódios recorrentes de IST - Profissional do sexo * Usorepetido de profilaxia pós-exposição - Parceiros sorodiscordantes 39 - Profilaxia 1ª com SMX/ TMP: CD4 < 200 ou Candidíase oral ou Febre de origem indeterminada > 2 semanas TUBERCULOSE Mycobacterium tuberculosis, qualquer CD4 >> CLÍNICA: febre, tosse, sudorese noturna, emagrecimento >> RX: CD4 > 350 – apical e cavitária / / CD4 < 350 – miliar, difusa “pneumonia tuberculosa” >> DX: escarro – teste rápido ou baciloscopia Solicitar sempre cultura e teste de sensibilidade! >> TTO: RIPE, 6 meses (2RIPE + 4RI) Descobre q tem TBC + HIV Tratar 1º o que é + grave TBC Depois começa terapia antirretroviral Quanto + precoce começar a terapia antirretroviral melhor a imunidade do px, melhor a briga contra o bacilo, melhor a situação clinica dele... Iniciar a TARV em até 2 semanas 1º RIPE Em até 2 semanas TARV Entre a fase intensiva e de manutenção de TBC PROFILAXIA: Isoniazida, 270 doses (9-12 meses) Indicação: - Rx de tórax: cicatriz de TB NUNCA tratada ou - Contactante - CD4 < 350 - PT > 5 mm ou IGRA (+) OUTROS Sarcoma de Kaposi Herpes 8 – CD4 < 200 CLINICA: lesões cutâneas violáceas TTO: local (Ex: crioterapia) ou quimioterapia Micobacteriose atípica Comp. Mycobacterium avium (MAC) – CD4 < 50 CLÍNICA: Febre, emagrecimento, enterite TTO: Claritromicina + Etambutol Histoplasmose Hystoplasma capsulatum – CD4 < 100 AMA disseminar pelo sist. Reticulo endotelial – fígado, baço, medula CLÍNICA: “disseminada”, anemia, hepatoespleno TTO: itraconazol NEUROLÓGICAS Meningite critocócica Neurotoxoplasmose Outros MENINGITE CRITOCÓCICA Cryptococcus neoformans, CD4 < 100 >> CLÍNICA: meningite “subaguda”, febre, cefaleia, confusão mental sem rigidez de nuca >> DX: avaliação do líquor ACHADOS GERAIS ESPECÍFICOS ↑ pressão liquórica (punções de alivio) ↑ céls (mononuclear) ↑ proteína ↓ glicose Tinta Nanquim (Sens 60-80%) + rápido (ou tinta da china) Antígeno criptocócico (Sens > 95%) Cultura (resultado 7 dias) >> TTO: Indução – Anfotericina B, 2 semanas Consolidação: Fluconazol, 8 semanas PROFILAXIA 1ª: NÃO TEM!!! NEUROTOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii, CD4 < 400 CLÍNICA: febre, cefaleia, convulsão, SINAIS FOCAIS (hemiparesia, disfasia). DX: clínico-radiológico (imagem típica de AVC) Administrar uma TC com contraste Lesões hipodensas (múltiplas), marcadas por um anel q capta o contraste, no meio tem necrose mas na periferia não – realce de contraste em anel... ao redor tem edema perilesional. >> TTO: Sulfadiazina + Pirimetamina x 6 semanas Associar ácido folínico Melhora clínica em 14 dias Paciente alérgico a Sulfa escolher Dapsona >> PROFILAXIA 1ª com SMX-TMP: CD4 < 100 e IgG (+) para toxoplasma. >> OUTROS Linfoma 1º do SNC Vírus Epstein-Barr (EBV) – CD4 < 50 - “Neurotoxo que não melhorou!!!” - Dx de exclusão - Prognóstico muito ruim - Tto paliativo Leucoence- falopatia Multifocal progressiva (LMP) Vírus JC – CD4 < 200 - Doença da substancia branca encefálica - Desmielinização, múltiplos déficit arrastados - RM com hiperintensidade em T2/TARV CD4 < 50 MAC CMV Linfoma 1º do SNC CD4 < 100 Hystoplasma capsulatum Meningite Criptocócica Toxoplasama gondii CD4 < 200 Sarcoma de Kaposi Pneumocistose (PCP) Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva AIDS ↓ progressiva de TCD4+ (linfócitos) ↑ concomitante da carga viral >> Doenças definidoras de AIDS - Sarcoma de Kaposi - Linfoma não Hodgkin - Câncer colo do útero não invasivo FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS – RJ 2016 – Em relação a transmissão vertical do HIV, qual o momento em que há seu maior risco? RESPOSTA: Intraparto SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SP 2017 – Considerando-se a aids, os principais exames voltados especificamente para o controle evolutivo da doença e progressão imunológica são: RESPOSTA: Contagem de linfócitos T-CD4+ e carga viral do HIV. HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP 2016- As neoplasias de tórax + frequentes em um paciente com aids são: RESPOSTA: Linfoma e Sarcoma de Kaposi 40 ENDOCARDITE Infecção do endocárdio valvular Lembrar: SOPRO + FEBRE Em diversas situações podemos ter uma bacteremia e com isso, bactérias chegam até o coração, contudo, nem todos os indivíduos desenvolvem endocardite (“não tem endocardite quem quer, mas quem pode”) Lesão do endocárdio: - uso de drogas EV - próteses valvares (o maior risco individual) - cardiopatia estrutural (prolapso de valva mitral) LESÃO DO ENDOCÁRDIO (ETNB) >> AGENTES VALVA NATIVA Estafilococos (principal ag), Estreptococos viridans, Enterococos - Quadro Subagudo (insidioso) Streptococcus viridans (+ comum) Enterococcus faecallis (enterococo + comum) Streptococcus gallolyticus ou bovis (fazer colono) - Quadro Agudo (toxemiante) Staphylococcus aureus (+ comum) - Usuários de drogas EV – Tricúspide – S/sopro – MRSA VALVA PROTÉTICA < 2 meses da troca Staphylococcus coagulase negativo, aureus e GRAM (-) > 1 ano da troca = valva nativa Entre 2 m e 1a mistura dos anteriores >> CLÍNICA Febre > 38º C (95%) – manifestação + COMUM Sudorese, calafrios Sopro (85%) – clássico: regurgitação valvar Manifestações periféricas: • Embólicas: petéquias, hemorragias subungueais, manchas de Janeway • Imunológicas: GNDA, FR +, Nódulos de Osler, manchas de Roth (retina) •Aguda (toxemiante) x Subaguda (infecciosa) • Nódulos de Osler (dolorosos, endurecidos, principalmente nas regiões palmares, causados por imunocomplexo) x Manchas de Janeway (sem dor, hemorrágicas, acometem região palmo-plantar) >> DIAGNÓSTICO Critérios de Duke DIAGN DEFINITIVO: 2 critérios MAIORES OU 1 MAIOR + 3 menores OU 5 menores DIAGN PROVÁVEL: 1 MAIOR +1 menor 3 menores CRIT MAIORES CRIT MENORES Hemocultura: - Ag típicos em 2 amostras - Persistentemente positiva - Coxiella burnetti (vale sorologia ou 1 cultura +) ECOCARDIOGRAMA: Vegetação OU Abscesso OU Deiscência OU Nova regurgitação valvar Os 5 Fs... 1. Fator de risco (predisposição ou uso de drogas IV) 2. Febre > 38º C 3. Fenômenos vasculares: Emb. Arterial, Pulm. Séptica, An. Micótico, Hem. Craniana, Petéquias-conjuntiva, Janeway 4. Fenômenos Imunológicos: Manchas de Roth, GNDA, Nódulos de Osler, FR + 5. Faltou uma hemocultura (Hemocultura que não preencha critério maior) >> TRATAMENTO ATB por 4-6 semanas VALVA NATIVA: Subaguda: Aguardar culturas ou vancomicina + ceftriaxona Aguda/ Drogas IV: vancomicina + cefepime (gentamicina) VALVA PROTÉTICA: ATB por > 6 semanas > 1 ano da troca = NATIVA < 1 ano da troca: Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina (*) Função da rifampicina erradicar estafilo/ é perguntado em prova >> PROFILAXIA Quando? Gengiva, dentes (periapical), perfuração da mucosa oral ou respiratória Para quem? Prótese valvar; Endocardite prévia; Cardiopatia cianótica não reparada; Correção incompleta de cardiopatia congênita Com o que? Amoxicilina 2g, VO 1 hora antes do procedimento ALTERNATIVAS: cefalexina, ampiciina, clindamicina INFECÇÃO DO TRATO URINARIO ITU: doença predominantemente feminina – e um dos fatores de risco mais importante é a atividade sexual Bactéria ascende pela uretra e chega até a bexiga (onde encontra um bom meio de cultura) – bacteriúria assintomática >> algumas mais virulentas podem inflamar a bexiga (cistite) >> outras mais virulentas ainda podem alcançar o parênquima renal (pielonefrite) + comum em mulheres (com vida sexual ativa) Principal agente: E. coli >> TIPOS Pielonefrite Cistite – ITU baixa Bacteriúria Assintomática BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA O que é? Assintomático com Urinocultura mostrando:≥ 105 UFC/ml ou > 102 UFC/ml (cateterizado) Quando tratar? Grávida ou Procedimento urológico invasivo / Transplante renal recente CISTITE (ITU baixa) Clínica: disúria, polaciúria, urgência urinária, Noctúria SEM FEBRE Tem uma “mucosite” / sintomas baseados na irritação >> DIAGNÓSTICO EAS Urinocultura (nem sempre é preciso) GRANDES SINDROMES BACTERIANAS 41 >> TRATAMENTO Fosfomicina, 3 gr (dose única) Bactrim (3 dias) Nitrofurantoina (5-7 dias) Betalactâmico (5-7 dias) OBS: TIRARAM A QUINOLONA porque tem mto efeito colateral, a não ser que não tenha jeito mesmo pode causar ruptura do tendão de aquiles. PIELONEFRITE (ITU alta) >> CLASSIFICAÇÃO - Não complicada Trato urinário NORMAL - Complicada ANORMALIDADE do trato urinário seja anormalidade funcional ou estrutural (cateter, cálculo, abscesso) ... >> CLÍNICA Febre + Dor no flanco + Calafrio + Sinal de Giordano ± Sintomas de cistite - Sinal de Giordano: dor intensa à percussão do ângulo costovertebral. >> DIAGNÓSTICO EAS (piúria) / leucócitos + Urinocultura c antibiograma PADRÃO OURO E a imagem?? TC COM CONTRASTE Depende, não é obrigatória Qdo indicar? - Na dúvida de diagnóstico - Falha Terapêutica - Abscesso ou Obstrução >> TRATAMENTO 7 – 14 d (pode chegar até 21d) - Não Complicada: Cipro – Levofloxacino - Ceftriaxona - Complicada: Pipe/tazo – Cefepime – Imipenem Quando internar paciente com pielonefrite: Graves, imunodeprimidos, gestante, crianças e homens, abscesso, obstrução, cálculo, VO indisponível, ausência de tratamento oral adequado Quimioprofilaxia para ITU recorrente/ cistite: Nitrofurantoína OU Bactrim ERISIPELA x CELULITE ERISIPELA CELULITE Profundidade Superficial Subcutâneo Coloração Vermelhidão Rósea Bordas Bem definidas Imprecisas Sensibilidade Dor intensa Dor Ag etiológico S. pyogenes (principalmente A) S. aureus S. pyogenes Tratamento 10 a 14 dias Penicilina Cefa 1ª G/ Oxacilina Se resistente a meticilina: Sulfa+Trimetropim, Clindamicina CELULITE: aqui tem Pródromos: febre, calafrio, mal- estar + sintomas locais. >> Na dúvida: tratar como celulite (para cobrir tanto o estreptococo quanto o estafilo). A erisipela costuma ocorrer em pessoas que já apresentam algum grau de deficiência na drenagem linfática (aqueles com insuficiência venosa também acabam sobrecarregando o sistema linfático). OSTEOMIELITE Infecção do osso, que acontece destruição óssea com formação de sequestro ósseo. OBS: diagnóstico diferencial a se pensar na infância = leucemia linfocítica aguda anemia + plaquetopenia >> CLASSIFICAÇÃO HEMATOGÊNICA (20%) SECUNDÁRIA A INFECÇÃO CONTÍGUA (80%) - Principalmente criança (metáfise de ossos longos) - Aguda/ subaguda - Principalmente no adulto - Crônica - úlcera de decúbito *associar com pé diabético >> ETIOLOGIA S. aureus (+ comum) / Falcêmico = salmonela >> DIAGNÓSTICO - Rx Simples Altera só depois de 10 dias - RM Maior acurácia (*) NUNCA indicar RM p indivíduos com prótese metálica (ex: quadril) – pelo risco de deslocar a prótese - Cintilografia Na presença de prótese - PCR, VHS ↑↑ - Hemocultura >> TRATAMENTO Oxacilina OU Cefazolina OU Vancomicina Salmonella (anemia falciforme) Ceftriaxone Quanto tempo? 4 a 6 semanas Se forma Vertebral 6 a 8 semanas ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO >> CAUSAS • Colangite • Colecistite • Embolia séptica • Apendicite • Diverticulite >> AGENTES E. coli + K. pneumoniae Via hematogênica = S. aureus Abscesso hepático criptogênico (20-40%) não consegue definir de onde vem >> CLÍNICA • Febre • Dor em hipocôndrio direito • Icterícia • Leucocitose, anemia, aumento de VHS, aumento de transaminases e aumento de FA >> DIAGNÓSTICO: clínica + imagem (RNM) Padrão-ouro: biópsia óssea! TC: boa sensibilidade e especificidade Desvantagem: radiação excessiva >> TRATAMENTO • Drenagem • Beta lactâmico com inibidor de beta-lactamase OU Cefa de 3ª. G + metronidazol 42 SD FEBRIS “PURAS” ARBOVIROSES: Dengue, Chikungunya e Zika >> DEFINIÇÃO Viroses transmitidas por artrópodes >> VETOR: Aedes aegypti >> INCUBAÇÃO: 3-15 dias Para suspeitar A pessoa deve ter passado os últimos 15 dias por local onde haja circulação do Aedes aegypti DENGUE >> AGENTE ETIOLÓGICO Flavivírus >> SOROTIPOS DEN 1/ 2/ 3/ 4 (e 5 foi identificado na Ásia em 2013) No Br a pessoa pode ter dengue até 4 vezes Quando teve dengue 1x e agora tem a 2x o risco de desenvolver formas grave da doença é maior Infecção sequencial: ↑ risco de formas graves >> CLÍNICA AMPLO ESPECTRO 1. Caso Suspeito de DENGUE Febre (até 7 dias) + > 2 entre: Mialgia Intensa “Febre quebra-ossos” Dor retro-orbital Artralgia Exantema (2º - 4º d) Petéquias – Prova do Laço Vômitos Leucopenia e ↑ do hematócrito Melhora da febre: 3º - 4º dias... Após o desaparecimento da febre, após 48 hs, período + vulnerável da dengue observação 2. Dengue com SINAIS DE ALARME Suspeita de dengue + > 1 sinal de alarme Sepse viral Vasos sanguíneos + plaquetas Extravasamento plasmático: 1. Aumento do hematócrito 2. Lipotímia (hipotensão postural) *** 3. Ascite, derrame pleural e pericárdico Disfunção de órgãos: 4. Dor abdominal contínua / à palpação 5. Vômitos persistentes 6. Hepatomegalia > 2 cm 7. Letargia (irritabilidade) – PED* 3. Dengue GRAVE Suspeita de dengue + > 1 sinal de gravidade Extravasamento plasmático grave (CHOQUE): - ↓ PA/ pressão convergente (≠ entre PAs e PAd < 20 mmHg) - Pulso: fino e rápido - Periferia: TEC > 2 seg, extremidades frias Disfunção orgânica grave – “ITE”: - Encefalite - Miocardite - Hepatite Sangramento grave: - Hemorragia digestiva / SNC >> PATOGENIA Macrófagos: citocinas – IL-6, TNF, INF Miócitos: mialgia – NC III dor r etro orbitária Anticorpos: imunidade homóloga/ imunidade heteróloga >> DIAGNÓSTICO VIREMIA (até 5º dia): - Isolamento Viral – padrão ouro / muito caro - Antígeno NS1 (melhor até o 3º dia) - PCR: importante para monitorar o sorotipo circulante (até o 5º dia) Após SOROCONVERSÃO (a partir do 6º dia): - Sorologia: ELISA IgM Quando solicitar? - Epidemia: grupos C e D - Sem epidemia: Todos >> PROVA DO LAÇO NÃO DA DIAGNÓSTICO! Serve para avaliar a fragilidade capilar do doente, p checar se tem risco de fazer GRAVES extravasamentos plasmáticos OBJ: avaliar risco de agravamento Como fazer? Média da PA = (PAs + PAd)/ 2 Exemplo: PA: 120 x 80 mmHg Média da PA: (120 + 80)/ 2 = 100 Criança 3 min / adultos 5 min - desenhar no antebraço um quadradinho de 2,5 cm de lado e contar quantas petéquias apareceram PL + se Criança > 10 petéquias Adulto > 20 petéquias >> CONDUTA SINTOMÁTICOS Dipirona, Paracetamol - Não prescrever AINE (diclofenaco, ibuprofeno, cetoprofeno) / AAS SUPORTE >> CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR: - Estabilização hemodinâmica durante 48 horas - Ausência de febre por 48 horas - Melhora visível do quadro clínico - Hematócrito normal e estável por 24 horas - Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3 >> Grupo de Risco DENGUE Extremos de idade: < 2 anos e > 65 anos Gestantes A B C D “não é B, C, D” Sgto pele (PL +) Risco social Comorb / gestante Alarme Alarme Ambulatório Observação Enfermaria Terapia intensiva 60 mL/kg/d VO (salina 1/3 + líq 2/3) Até 48 hs afebril = Grupo A Fazer hemograma 20 mL/ kg IV em 2 hs Até 3x Reavaliação a cada hora 20 mL/kg IV em 20 min Até 3 x Sinal de Alarme: retornar HT ok: Grupo A HT ↑: Grupo C Melhorou: 25 mL/ kg em 6h Não melhorou: Grupo D Melhorou: grupo C Não melhorou: Nora/ Albumina SÍNDROMES FEBRIS43 CHIKUNGUNYA >> AGENTE ETIOLÓGICO Alphavirus >> CLÍNICA -- FASE AGUDA: 3-10 dias “Febre dos que se torcem” Febre + quadro ARTICULAR + Poliartrite simétrica distal 1ª sem: sorologia + PCR -- SUBAGUDA: até 3 meses Retorno dos sintomas articulares -- CRÔNICA: > 3 meses Deformidade articular > 45 anos, mulher, Artropatia prévia >> LABORATÓRIO Trombocitopenia leve (> 100.000/mm3) Leucopenia Teste de função hepática alterado VHS e PCR ↑↑↑ >> DIAGNÓSTICO Sorológico: IgM e IgG, ELISA Virológico: PCR e Isolamento >> TRATAMENTO - DOENÇA AGUDA: sintomáticos, hidratação oral, compressas frias em caso de dor articular, repouso - SINTOMAS ARTICULARES SUBAGUDOS: analgésicos comuns, opioide, AINEs e corticoides sistêmicos além de fisioterapia e compressas frias - SINTOMAS ARTICULARES CRÔNICOS: corticoide, hidroxicloroquina, Metotrexate, sulfassalazina, fisioterapia Dengue “Febre quebra-ossos” Chikungunya “Febre com assinatura articular” ZIKA RNA fita única Flavivírus • Vetor: mosquitos do gênero Aedes (aegypti – + comum em regiões tropicais e albopictus – + comum em regiões temperadas) Além da picada do mosquito ... ✓ Transmissão VERTICAL ✓ Transmissão SEXUAL (vírus presente no fluido vaginal e no sêmen – em concentrações superiores à do plasma) ✓ Transmissão por TRANSFUSÃO ou TRANSPLANTE ✓ Transmissão por ACIDENTE OCUPACIONAL • Saliva e leite materno? O vírus pode ser isolado em sua forma integra nesses fluidos, porém, a transmissão ainda não foi documentada (assim: vírus presente, mas não transmite!) >> CLÍNICA 80% assintomáticos (ou sintomas brandos que não são percebidos) Os 20% restantes, após um período de incubação de 2-14 dias apresentam um quadro caracterizado por: febre baixa + conjuntivite não purulenta + rash maculopapular pruriginoso + fadiga, cefaleia, dor retro- orbital + artralgia – principalmente em pequenas articulações de mãos e pés + dor abdominal, diarreia, úlceras mucosas. Em gestantes (apesar do problema da zika congênita) não há nenhuma evidência de que o quadro seja mais grave. Em crianças após o nascimento também não há indícios de que a infecção seja mais sintomática ou mais grave (mesmo em RN). - Neurotropismo do vírus: em raríssimos pacientes justifica manifestações neurológicas pós-natais (vírus invade o tecido nervoso, causando lesões). O maior problema relacionado ao zika vírus é a síndrome de zika congênita, em que o vírus cruza a barreira placentária e invade o SNC do feto causando entre outras coisas a microcefalia congênita. Outra manifestação neurológica associada ao zika é a síndrome de Guillain-Barré. - Síndrome de Guillain-Barré: - Incidência de 2,4 casos/ 10 mil pacientes - Incubação: 6 dias (entre o início dos sintomas da infecção pelo Zika e o início das manifestações da síndrome de Guillain- Barré) ENMG: neuropatia axonal motora aguda (por toxicidade viral direta) – na síndrome de Guillain-Barré habitual temos um processo de desmielinização das radículas nervosas - Clinicamente: paralisia flácida arreflexa ascendente, podendo comprometer a mecânica respiratória (quadro idêntico ao da Síndrome habitual). Muitos pacientes tiveram curso prolongado de recuperação. - Microcefalia congênita >> DIAGNÓSTICO Apesar de existirem exames que ajudam a confirmar o diagnóstico de Zika, a recomendação do Ministério da Saúde é a seguinte: se não for uma gestante ou um paciente com complicações neurológicas (ex.: Guillain- Barré), não se faz necessário lançar mão de exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico de Zika (por questões de contenção de recursos) → em adultos não gestantes e sem complicações neurológicas, o diagnóstico é feito por meio da clínica- epidemiologia • Método de escolha: RT-PCR (reação em cadeia da polimerase com a transcriptase reversa) – pode-se aplicar o RT-PCR no sangue (até o 7º dia ou 14º dia segundo o CDC → o período de viremia é muito curto – para a grande maioria dos casos, até o 7º dia de doença) ou na urina (o período de eliminação viral é um pouco mais longo – até o 14º dia ou até o 21º dia segundo o CDC) → RT-PCR (-) mas com suspeita clínica grande ou quando se deseja fazer o diagnóstico retrospectivo (após 21 dias) = MAC ELISA (IgM anti-Zika) – a IgM anti-Zika parece ficar positiva entre a 2ª e a 12ª semana após o início dos sintomas (os kits de MAC ELISA disponíveis ainda não possuem boa especificidade – ou seja, a chance de reação cruzada com acs contra outros flavivírus parece ser significativa = assim, é necessário confirmar que o IgM anti- Zika é realmente positivo, e isso é feito através de um outro exame chamado de PRNT). >> SITUAÇÕES ESPECIAIS Gestantes com rash ≥ 5 dias: PCR no sangue + PCR na urina Suspeita de infecção fetal pela USG: PCR no RN verticalmente exposto (filhos de mães que tiveram sintomas durante a gestação ou cuja USG mostrou alterações, mesmo que a mãe seja assintomática): - Mãe: PCR + IgM + TORSCH (sangue) - RN: PCR + IgM + TORSCH (sangue e líquor) Abortamento ou natimorto: PCR (pode-se também aplicar técnicas de imunohistoquímica) nos tecidos, sangue e urina da mãe + pesquisar outras 44 possibilidades de infecções congênitas (TORSCH) +/- amniocentese - Coleta de 3 fragmentos de placenta: PCR Se microcefalia: exames de imagem do SNC (o método de escolha é a USG transfontanela; porém, se o RN tiver microcefalia grave, o exame é a ressonância magnética). Todo caso SUSPEITO ou CONFIRMADO = deve ser NOTIFICADO GESTANTES e ÓBITOS = notificação IMEDIATA. >> PREVENÇÃO E TRATAMENTO Não há vacina → como se proteger: evitar mosquito! Gestante: evitar sexo desprotegido com parceiro que teve a doença Zika aguda: sintomáticos (evitar AINEs → existe uma chance significativa de infecção por dengue, pois o vetor é o mesmo, e além disso, existe a possibilidade de coinfecção – e, em caso de dengue, o AINE irá aumentar a chance de sangramento) Zika congênita: estimulação precoce, reabilitação individualizada. Dx Diferencial Síndromes Febris “PURAS” DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA (Aedes aegypti) FEBRE Alta: > 38º C Ausente ou baixa: Até 38º C RASH Menos frequente: 2º e 4º dias Mais frequentes: 1º e 2º dias “DICA” Mialgia e dor retro-orbitária dor/ inflamação articular Rash + conjuntivite não purulenta PROVA Mais letal (choque) Fase crônica: Semelhante à art reumatoide S. Guillain Barré transmissão sexual e vertical Zika congênita: hipoplasia óptica com sinal do “duplo anel” SINDROME FEBRIS ICTÉRICAS FEBRE AMARELA LEPTOSPIROSE MALÁRIA FEBRE AMARELA >> AGENTE ETIOLÓGICO Flavivírus Vírus RNA Pode ser transmitido: >> CICLO SILVESTRE Mata fechada FA silvestre Vetor/ reservatório: Haemagogus Hospedeiro: macaco (epizootias) * Homem: hospedeiro acidental >> CICLO URBANO Centros urbanos FA urbana Vetor: A. aegypti Hospedeiro: humano FA urbana AUSENTE NO BR desde 1942 >> Quando ocorre a viremia? Começa 1 dia antes do início dos sintomas e vai até o 3-4º dia da doença. >> Quem são os + afetados? Homens entre 15 e 40 anos de idade >> CLINICA Incubação: 3-6 dias LEVE (90%): Febre + “dicas”: - Sinal de Faget: Dissociação pulso-temperatura. O pulso não aumenta com a elevação de temperatura. - Ecoturismo GRAVE (10%): Lesão FÍGADO + RIM - Tríade: icterícia + hematêmese + oligúria ↑ BD / Transminases: AST > ALT Período toxêmico: retorno da febre, além de diarreia e vômitos. Há quadro de insuficiência hepato-renal, com icterícia, oligúria, anúria e albuminúria, além de manifestações hemorrágicas e graves comprometimento sistêmico (inclusive SNC – com obnubilação, torpor, coma e até morte). Os quadros malignos evoluem para óbito em até 50% doscasos. >> DIAGNÓSTICO Até 5º dia: Isolamento viral > 6º dia: ELISA IgM Níveis séricos de transaminases elevados e ↑ da ureia e creatinina >> CONDUTA Suporte LEPTOSPIROSE “FEBRE DO RATO” >> AGENTE ETIOLÓGICO Leptospira interrogans (espiroqueta) >> RESERVATÓRIO Ratos, camundongos >> TRANSMISSÃO: Enchente, esgoto >> CLÍNICA Vasculite infecciosa (de origem bacteriana) – principal alvo da doença Endotélio vascular - LEVE (anictérica): Febre + sufusão conjuntival + dor nas panturrilhas ICTERO-HEMORRÁGICA: Doença de Weil TRÍADE – Síndrome Pulmão-rim Hemorragia alveolar – princ causa de morte Lesão renal aguda (↑ K+) Icterícia Rubínica (↑ BD/ FA e GGT) >> Quais são as alterações renais: Ocorre uma nefrite intersticial aguda, além de disfunção predominantemente no túbulo contorcido proximal que causa ↑ na fração excretória de sódio, e portanto, de potássio. >> Como ocorre o envolvimento pulmonar: por hemorragia >> DIAGNÓSTICO ↑ CPK/ ↓ plaquetas Específico: Microaglutinação (padrão-ouro) >> TRATAMENTO FORMAS GRAVES: - Penicilina G cristalina (escolha), 1.500.000 UI, IV, 6/6 hs (adulto) x 7 dias - Ceftriaxone (alternativa) - Hemodiálise 45 FORMAS LEVES: - Doxiciclina, 100 mg, VO, 12/12 hs x 5-7 dias (Adulto) Ou Amoxicilina >> PROFILAXIA Controle de ratos Controles de enchentes Melhora do saneamento básico Vacinação de animais INDIVIDUAL: Uso de equipamentos de proteção individual durante exposição aos riscos ocupacionais. Educação dos profissionais e pessoas expostas ao contato com água e solos potencialmente contaminados durante atividades recreativas. Quimioprofilaxia recomendada: Doxiciclina 200 mg, VO, 1x por semana. MALÁRIA >> AGENTE ETIOLÓGICO Plasmodium (protozoário): - vivax (+ comum) “Febre Terçã” - falciparum (+ grave) febre do 3º dia - malariae (+ raro) “Febre Quartã” febre do 4º dia VETOR Anopheles darlingi >> CICLO EVOLUTIVO 2 etapas: Hepática e eritrocitária Principal alvo: hemácia Forma hipnozoíta: P. vivax >> Onde ocorre as fases do ciclo evolutivo? No hepatócito humano, nas hemácias e no mosquito >> CLÍNICA Febre (crises) + anemia hemolítica (icterícia c ↑ BI) Dica: região Norte/ px caminhoneiro q dirige por todo o brasil Malária não complicada: Acessos febris (crises) + Anemia Malária grave e complicada causada pelo P. falciparum Sintomas e sinais Malária cerebral Edema pulmonar não cardiogênico Insuficiência renal Disfunção hepática Prostração Alteração da consciência Dispneia ou hiperventilação Convulsões Hipotensão arterial ou choque Hemorragias Icterícia Hemoglobinúria Hiperpirexia (> 41º C) Oligúria Alterações laboratoriais Anemia grave Acidose lática Hipoglicemia Acidose metabólica Insuficiência renal Hiperlactatemia Hiperparasitemia (> 200.000 / mm3) Apresentam risco elevado de doença grave Indivíduos de áreas onde a malária não é endêmica Crianças < 5 anos Idosos Esplenectomizados Pessoas vivendo com HIV/SIDA Portadores de neoplasias em tratamento Transplantados >> DIAGNÓSTICO GOTA ESPESSA: exame de escolha TESTE RÁPIDO: regiões não endêmicas Esfregaço do sangue periférico: dentro das hemácias, formas Trofozoítas anelares de plasmódio >> TRATAMENTO P. vivax ou P. ovale: Cloroquina (formas circulantes) + Primaquina (mata hipnozoíta) CI na gestante P. falciparum: Artemeter + lumefantrina Formas graves (qualquer espécie): TTO tem que ser IMEDIATO ArtesunATO IV+ Clindamicina OU Artemeter IM + clindamicina Drogas contraindicadas nas Gestantes e Crianças com < de 6 meses Primaquina risco de hemólise Doxiciclina em crianças, não deve ser adm até 8 anos de idade Artemeter + Lumefantrina/ Mefloquina segura nos 2º e 3 trimestre >> SITUAÇÕES GERAIS: P. falciparum no 1º trim de gestação e crianças com < 6 meses: 1º ao 3º dia: quinina + clindamicina 4º e 5º dia: clindamicina Infecções mistas (P. vivax + P. falciparum) 1º ao 3º dia: artemeter + lumefantrina ou artesunato + mefloquina 4º ao 10º dia: primaquina P. malariae ou P. vivax/ P. ovale em gestantes e crianças com < 6 meses: Cloroquina durante 3 dias >> Quando há proteção contra a malária grave? No traço Falcêmico e nas talassemias >> Prevenção de recaídas pelo P. vivax Cloroquina em DU semanal >> Controle de cura Por meio da lâmina de verificação de cura (LVC) >> PREVENÇÃO Diagnóstico precoce Tratamento adequado Proteção individual Quimioprofilaxia Controle vetorial 46 Diagnóstico Diferencial Síndromes Febris ICTÉRICAS Febre Amarela Leptospirose Malária “DICAS” Faget Ecoturismo Sufusão conjunt Enchente Febre em crises Reg amazônica HEMOGRAMA Leucopenia Leucocitose Anemia ↑ BB DIRETA INDIRETA BIOQUÍMICA ↑ AST/ ALT ↑ FA/ G-GT ↑ LDH CALAZAR LEISHMANIOSE VISCERAL “Febre Negra” >> AGENTE ETIOLÓGICO Leishmania chagasi >> VETOR Lutzomya longipalpis >> RESERVATÓRIO Cães (urbanização) – PI 3m a vários anos (média de 3 a 7 meses) Homem: 10d a 24m (média de 2 a 6 meses) >> CLÍNICA Baixa patogenicidade: a maioria não adoece ↓ resposta celular: Febre arrastada, Hepatoesplenomegalia, Pancitopenia “Febre por um tempão, com um bação” ↑ resposta humoral: ↑ globulina policlonal As crianças e os indivíduos imunocomprometidos são especialmente suscetíveis ao desenvolvimento de doença clínica. >> DIAGNÓSTICO 1. PARASITOLÓGICO (formas amastigotas) Aspirado de MO (S = 70%): preferencial Punção esplênica (S = 95%): risco de sangramento 2. SOROLÓGICO Teste rápido, IFI, rK39 Teste de ESCOLHA: IFI 3. REAÇÃO DE MONTENEGRO Negativa (↓ resposta celular) Avalia-se o resultado após 48 a 72 hs Nos casos + -- surgem pápulas com extensão de aprox. 5 mm que podem persistir por varias semanas >> Principais alterações Laboratoriais Anemia normocítica e normocrômica Trombocitopenia Neutropenia com eosinopenia Hipergamaglobulinemia VHS e PCR ↑↑ Exames de maior sensibilidade, por ordem Punção esplênica aspirativa Aspirado de medula óssea Biópsia hepática Aspiração de linfonodo >> TRATAMENTO Escolha: Glucantime, 20 mg/kg/dia x 20 dias pelo menos (antimonial pentavalente) Grande problema do glucantime Alarga o interalo QT – Torsades Points A toxicidade é cumulativa, assim os efeitos adv são + comuns no fim do tratamento. Então o paciente cardiopata utiliza outro tto Alternativa: Anfotericina B lipossomal, 3 mg/kg/dia x 7 dias, ou 4 mg/kg/dia x 5 dias, por infusão venosa, em uma dose diária Gestantes e Graves Insuficiências / Imunodeprimidos Idade < 1 e > 50a / Intolerantes >> PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES Infecções bacterianas >> Qual é a relação do Calazar com os pacientes HIV positivos? A leishmaniose visceral pode ser uma infecção oportunista no paciente com AIDS, geralmente quando a contagem de CD4 + está abaixo de 100/mm3. Lesões Ulcerovegetante (PLECT) Paracoccidioidomicose Leishmaniose Esporotricose Cromomicose Tuberculose / Tumor espinocelular 47 >> CLASSIFICAÇÃO AGUDA < 3 sem Infecção, ocupacional, TEP SUBAGUDA 3-8 sem Causas agudas e crônicas CRÔNICA > 8 sem Tosse das VAS, DRGE, asma, TBC Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) INFECÇÃO É uma doença de ALTA infectividade e BAIXA patogenicidade. Ao longo de 1 ano tem a capacidade de infectar 15 pessoas. Transmissão: via aérea por aerossóis – gotículas da tosse, fala ou espirro Forma contagiosa: Pulmonarbacilífera Contato: bacilífero x suscetível * Aglomerações (zona urbana) Primoinfecção (1º contato): - < 3 sem: proliferação/ disseminação de bacilos - 3 – 8 sem: imunidade celular específica (cels T e IFN- gama) Granuloma caseoso – reação granulomatosa ao redor de um bacilo; no centro da reação granulomatosa observa-se área de necrose sólida do tipo caseosa. Nódulo de Ghon – radiografia/ nódulo pulmonar O nódulo de Ghon geralmente é único e se localiza no terço médio do pulmão direito (lobo médio, língula, parte inferior do lobo superior, parte superior do lobo inferior). Nos raios X, este nódulo pode ser desde invisível a olho nu até fazer dx diferencial com um nódulo pulmonar solitário. Junto ao nódulo de Ghon, surge adenopatia satélite, chamada “complexo primário” ou “complexo de Ranke”. Este traduz a intensa proliferação de bacilos, que acabam sendo drenados para os linfonodos hilares e mediastinais. 90% Tem um controle da infecção 10% Tb primaria; TB pós-primária (reinfecção/ reativação) DOENÇA PULMONAR (80-85%) x EXTRAPULMONAR TUBERCULOSE PULMONAR TB PRIMÁRIA: TÍPICO: criança (1º contato) - Infiltrado persistente > 2 sem “pneumonia arrastada que não melhora, pensar em TBC” - Linfonodomegalia hilar unilateral - Não elimina bacilos (paucibacilífera) - Atelectasia - Derrame pleural Forma miliar (micronodular): Opacidade 1-3 mm, disseminadas (TC vê melhor) < 2 anos não vacinados / imunodeprimido >> TB PÓS-PRIMÁRIA TÍPICO: adolescente/ adulto Imagem de cavitação – o ar entra, delimita a cavidade e marca a lesão cavitária Lesões cavitárias (forma bacilífera): - Lobo Superior: Segmento apical (1) e posterior (2) - Lobo Inferior: superior (6) Opacidade heterogênea/ consolidações/ padrão reticulonodular/ nódulo (tuberculoma)/ banda parenquimatosa Complicações: Fibrose/ Bronquiectasias Bola fúngica (Aspergillus) DIAGNÓSTICO CRITÉRIO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO Tosse > 3 semanas e/ou febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência Rx de tórax compatível SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO – Tosse > 3 sem CRITÉRIO LABORATORIAL (MICROBIOLÓGICO) Escarro (Espontâneo ou induzido) / Broncoscopia 1) Teste Rápido Molecular (TRM-TB): preferência Entrega o resultado em até 2 horas, detecta o material genético do bicho Avalia à resistência à rifampicina / sensib. > 90% 2) Baciloscopia (BAAR) + Cultura Baciloscopia Nem sempre é micobactéria, não dá o perfil de sensibilidade (se é resistente ou não), então temos que associar cultura. Baciloscopia direta do escarro 1ª amostra deve ser colhida na 1ª consulta / 2ª amostra na manhã do dia seguinte, em jejum, ao acordar. BAAR – 2 amostras (sensib. 60%) Coloração Ziehl- Neelsen Sequência de Testes... - Escarro espontâneo - Escarro induzido: nebulização salina hipertônica a 3% - Broncofibroscopia >> DIAGNÓSTICO NA CRIANÇA A criança não sabe escarrar, porém, por reflexo, ela deglute a secreção – a expetativa é de que existam TUBERCULOSE TOSSE CRÔNICA 48 bacilos no estômago. O MS coloca que o lavado gástrico em teoria, poderia ser utilizado, porém, na prática, é muito difícil de ser feito. O que se utiliza é um escore, que leva em consideração: 1. Lavado gástrico – faz SNG + soro no estômago e aspira depois 2. Escore – na prova não pede as pontuações e sim quais são os parâmetros p esse dx Clínica Rx de tórax Contato com TB Prova tuberculínica Estado Nutricional >> SISTEMA DE PONTUAÇÃO – Crianças < 10 anos Contato (últimos 2 anos) – 10 pontos História (sintomas > 2 sem) – 15 pontos Imagem (RX alterado > 2 sem) – 15 pontos Latente (PT > 10 mm) – 10 pontos Desnutrição (Peso < percentil 10) – 5 pontos Dx: Possível (> 30) e Muito Provável (> 40) TRATAMENTO: a partir de 30 pts TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR TB PLEURAL: Paciente não portador do HIV (-): forma extrapulmonar + comum adolescentes e adultos jovens. Extra-pulmonar + comum no Br >> Características: - Adulto jovem com febre + emagrecimento + DOR TORÁCICA - Derrame encontrado = Derrame puncionado Líquido Pleural: Exsudato, ↓ glicose, linfomonocitário (PMN no início da doença) – amarelo turvo ADA > 40U – muito sugestivo! Sem cels MESOTELIAIS ou EOSINÓFILOS - Interferon gama > 140 pg/ml DIAGNÓSTICO BAAR < 5%/ TRM-TB 30-50% / Cultura 40-60% Biópsia pleural 80-90% TB MENÍNGEA: Pessoas não vacinadas e imunodeprimidos >> Características: - Subaguda, acometimento de PAR CRANIANO - Líquor: ↑ proteínas, ↓ glicose, linfomonocitário - TC = hidrocefalia >> QUADRO CLÍNICO QD subaguda em 3 fases: I. Sintomas inespecíficos durante 2-3 semanas II. Cefaleia, febre e sinais meníngeos III. Torpor, coma e crise convulsiva >> COMPLICAÇÕES: - Compressão pares cranianos (o principal é o VI par) - Vasculite - Hidrocefalia hiperbárica - SIAD – Sd de antidiurese inapropriada - Tuberculomas: opacidade circular, bem definida, de 2 a 30 mm de diâmetro. Apresenta calcificações e nódulos satélites, o que ajuda no diagnóstico diferencial de nódulo pulmonar. DIAGNÓSTICO BAAR 15% / TRM-TB 30-80% Cultura 50-80% TRATAMENTO Rifampicina (R) – 150 mg Isoniazida (I) – 75 mg Pirazinamida (P) – 400 mg Etambutol (E) – 275 mg < 10 anos: não fazer etambutol (E) CASO NOVO (uso até 30d de tto) / RETRATAMENTO (6m): 2 RIPE + 4 RI Paciente de retratamento tem por obrigação fazer cultura e definir o perfil de sensibilidade MENÍNGEA* / OSTEOARTICULAR (12 m): 2 RIPE + 10 RI (*) Corticoide: 4-8 semanas >> EFEITOS ADVERSOS [R, I e P] – hepatotóxicas (P é a Pior) [R] (RIMfampicina): urina laranja, nefrite, penias [I]: neuropatia (repor Vit B6 – piridoxina) - se essa pessoa tem HIV, utiliza álcool ou gestante – já começar a vitamina B6 [P]: hiperuricemia, rabdomiólise [E] (etambutOLHO): neurite óptica - por isso é evitado em crianças < 10 anos >> SEGUIMENTO Baciloscopia mensal – é o ideal (TRM-TB não serve) Ou 2º/4º/6º mês (mínimo) Critérios de falência: - BAAR (+) ao final do tratamento - BAAR (2+/3+) até o 4º mês - BAAR (-) que volta a ser (+) por 2m consecutivos Cultura + Tratamento por sensibilidade CONTROLE Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios Mais vulneráveis: índios, HIV, imigrantes, situação de rua Tossiu = investigou Notificação e Tratamento Diretamente Observado (TDO) Vacina BCG (formas graves: disseminada/ meníngea) Indicada p crianças de 0-4 anos Controle dos Contactantes Sintomático? Tosse, Febre, Perda de peso Pesquisar TB ativa (Doença) Pedir RX + BAAR Assintomático? Pode ter recebido o bacilo e não sabe, não infectou ainda Pesquisar TB latente (infecção) Pedir Prova tuberculínica Reação de Mantoux Prova tuberculínica (PT > 5 mm) Foi reatora = infectado Ensaio de liberação do IFN-gama (IGRA +) Isoniazida (270 doses, 9-12 m) Rifampicina (120 doses, 4-6 m)* (*) < 10a ou > 50a; Hepatopatia; Intolerância ou contato de resistente à “I” PT < 5 mm: repetir exame em 8 sem (contato recente?) 1) Prevenção da TB latente (quimioprofilaxia 1ª) Indicação: RN contactantes de bacilíferos Não vacinar com BCG ao nascer! (I) ou (R) por 3 meses Fazer PT 49 Se – (PT < 5 mm): Vacinar com BCG (infectá-lo propositalmente da forma + segura) Se + (PT > 5 mm): (I) 3 meses ou (R) 1 mês e não vacinar 2) Tratamento da TB latente (quimioprofilaxia 2ª) Indicação: Risco elevado de adoecimento Isoniazida – 300 mg/dia x 6 meses PT > 5 mm: - Contactantes (independe do tempo de vacinação) - Imunossupressão (corticoide, inibidor de TNF-alfa) Cinco PT > 10 mm: - Debilitados (Diálise, DM, silicose, neoplasias) - Dez mm de aumento (conversão na 2ª PT/ emrelação ao anterior) Dez HIV: - PT > 5 mm ou reator prévio - Contactante ou - CD4 < 350 ou - Cicatriz no RX Contactante CD4 baixo ou Cicatriz no Raio X – CCC MICOSES PULMONARES PARACOCCIDIOIDOMICOSE Paracoccidioides braziliensis >> CONCEITO: o paracoco é um fungo encontrado no solo e em vegetais. A doença é adquirida pela via respiratória e acomete, geralmente lavradores (é endêmica na zona rural). Os homens são bem mais acometidos que as mulheres. >> FORMA AGUDA: Crianças/ adultos < 30a “Mononucleose”: Febre, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia >> FORMA CRÔNICA: Adultos > 30a Infiltrado pulmonar em “asa de morcego” + Lesão cutâneo-mucosa. Em área rural: quadro respiratório parecido com TBC + lesões cutâneo-mucosas = pensar em paracoco! Atividades agrícolas (“BK rural”) >> DIAGNÓSTICO Escarro / raspado / aspirado linfonodal (“roda de leme”) RX de tórax (forma crônica): infiltrado pulmonar peri- hilar bilateral e simétrico, em “asa de morcego” >> TRATAMENTO - Itraconazol 6-18 meses – escolha - SMX-TMP – 2ª opção - Anfotericina B – casos graves HISTOPLASMOSE Histoplasma capsulatum >> CONCEITO: o histoplasma é um fungo geralmente encontrado em cavernas habitadas por morcegos, galinheiros, viveiros de aves... a transmissão ocorre através da inalação. >> FORMA AGUDA: Síndrome gripal >> FORMA CRÔNICA: Pneumopatas Sintomas respiratórios arrastados + infiltrado pulmonar = TB >> DISSEMINADO: quadro pulmonar grave + adenopatia, hepatoesplenomegalia, febre alta e rebaixamento de consciência. Pode evoluir com choque séptico. Geralmente em pacientes imunocomprometidos. OBS: olhar história epidemiológica! Morcegos (“BK da caverna”) e galinheiros >> DIAGNÓSTICO Escarro / sorologia / medula (disseminada) >> TRATAMENTO Itraconazol – 12 meses Anfotericina B – formas graves COQUELUCHE Bordetella Pertussis Altamente infecciosa >> QUADRO CLÍNICO Infecção das VAS Trifásico (crianças): catarral, paroxística, convalescença >> DIAGNÓSTICO Leucocitose com linfocitose Padrão ouro: cultura de nasofaringe PCR de nasofaringe ou Sorologia (ELISA) RX: Infiltrado perihilar “coração felpudo” >> TRATAMENTO 1º escolha: Macrolídeos – Azitromicina, VO, no 1º dia 500 mg / 2º ao 5º dia: 250 mg 2º: SMX-TMP para alérgicos aos Macrolídeos, VO, 500 mg cada 12 horas x 7 dias. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA CRIPTOCOCOSE Agente: Cryptococcus neoformans >> GRANDE VÍNCULO: AIDS >> EPIDEMIOLOGIA: + frequente em HOMENS adultos de 30-60 anos. História epidemiológica de contato com POMBOS >> QUADRO CLÍNICO - FORMA PULMONAR: maioria assintomáticos ou com sintomas leves. O achado + frequente nos imunocompetentes são nódulos únicos ou múltiplos. SITUAÇÕES ESPECIAIS Grávidas: recomenda-se postergar o TTO da ILTB para após o parto. Em gestante com infecção pelo HIV, recomenda-se tratar a ILTB após o 3º mês de gestação. TTO: RIPE + Piridoxina HIV/ aids: tratar ILTB de acordo com a contagem de CD4... Se CD4 < 350, indicar TTO ao menos 1 vez Se CD4 > 350, tratar os contactantes, os com PT reatora prévia e os portadores de cicatriz sem TTO TTO: RIPE + TARV (2-8 sem após) Lesão hepática: Suspender RIPE por até 30 dias se - TGO/TGP > 3x + sintomas - TGO/TGP > 5x - Icterícia Se melhorou reintroduzir: RE + I + P (intervalo: 3-7d) Se não melhorou/ história de cirrose CEL 12 meses 50 - FORMA EXTRAPULMONAR (SNC): manifestação + comum, cursando com uma meningoencefalite subaguda crônica. - FORMA DISSEMINADA: comum nos imunodeprimidos, com o envolvimento de + de 1 órgão (retinite, miocardite, hepatite, etc) >> DIAGNÓSTICO - Fator de risco + clínica + pesquisa do Cryptococcus (LCR, escarro, sangue, lavado broncoalveolar, aspirados de medula) por exame a fresco ou após a coloração; cultura; testes sorológicos e PCR. - Devemos fazer punção liquórica de todos os pacientes com infecção criptocócica para afastar o acometimento do SNC. - Achados do LCR: hipercelularidade com predomínio de linfomononucleares, hiperproteinorraquia e hipoglicorraquia discreta. >> TRATAMENTO - Sem imunodepressão + doença pulmonar leve = fluconazol (200-400 mg/dia, por 3-6 meses) - Doença disseminada ou acometimento do SNC = deoxicocitosina por 2 semanas); seguido de fluconazol (400 mg/dia por 10 semanas) SUS-SP 2018 – O tuberculostático que mais frequentemente pode ocasionar neuropatia periférica como efeito adverso é: RESPOSTA: Isoniazida UFERJ 2018 - O excesso de pombos em determinadas cidades brasileiras pode determinar aumento na incidência de: RESPOSTA: Histoplasmose e Criptococose HUAP RJ 2015 – Nos paciente imunocomprometidos, a infecção pulmonar oportunista mais frequente é: RESPOSTA: Aspergilose SES RJ 2015 – Os contatos familiares de um paciente com tuberculose pulmonar ativa foram convidados a comparecer à unidade de saúde. Após anamnese e exame clínico, foi identificado um sintomático respiratório. Os exames que devem ser solicitados para esse contato são: RESPOSTA: Baciloscopia de escarro e Rx de Tórax HOS SP 2019 – Assinale a alternativa que mostra corretamente a análise do líquido pleural, na tuberculose pleural de longa evolução. RESPOSTA: Exsudato com predomínio de Linfomononucleares. 51 TROMBOEMBOLISMO VENOSO É um distúrbio causado pela obstrução em graus variados dos vasos da circulação pulmonar por fragmentos (“êmbolos”) originados de trombos presentes com maior frequência na circulação venosa. >> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS É um evento agudo, de instalação SÚBITA Dor torácica (pleurítica) Hemoptise Sibilância Taquipneia (PRINCIPAL SINAL!!!) Dispneia (PRINCIPAL SINTOMA!!!) Acabam manifestando HIPOXEMIA associado a HIPOCAPNIA (↓ CO2) Sinal de Homans: grande resistência ou dor diante da dorsiflexão do pé – dor referida na panturrilha Phlegmasia alba (palidez-espasmo) / Phlegmasia dolens (cianose tardio) Se grave (TEP MACIÇO) ... - Hipotensão (choque obstrutivo) - Cor pulmonale (insuf VD por alteração pulmonar) * Detalhe: ↑ BNP e troponina marcador de mau prognóstico >> EXAMES LABORATORIAIS - PADRÃO S1 Q3 T3 (Onda S na derivação D1/ Onda Q em D3 / Onda T invertida em D3) OBS: ECG NÃO DA DIAGNÓSTICO DE TEP >> FATOR DE RISCO Fator de risco para desenvolvimento destas patologias está o componente da tríade de virchow composta por Hipercoagulabilidade, estase sanguínea e lesão endotelial. FR importantes: trombofilias, imobilização, pós- operatório, terapia com estrogênio, gestação e cânceres. ECG - Alteração + frequente Taquicardia Sinusal - Atenção: Padrão + especifico S1Q3T3 RX TÓRAX - Sinal de Westermark: oligoemia localizada, local do hemitórax que está + preto (tem + ar) - Sinal ou Corcova de Hampton: Hipotransparência triangular periférica formato de cunha na base da pleura A Rx de tórax aumenta a suspeita para embolia, mas não consegue confirmar o diagnóstico! ECOCARDIOGRAMA - Disfunção VD: ↓ prognóstico MARCADORES ↑ BPN/ Troponina: ↓ prognóstico Atenção: D-DÍMERO (produto de degradação da fibrina) D-DÍMERO – a expectativa dele para embolia pulmonar é que se apresente elevado, mas tem outras situações em que também pode se apresentar aumentado. Portanto nenhum desses exames anteriores são suficientes para fechar diagnóstico de TEP SUSPEITADE TEP Escore de Wells Baixa probabilidade p TEP -- < 4 Alta probabilidade p TEP -- > 4 – Inicia terapia Pedir D-DÍMERO - Wells < 4 – Se NORMAL – Sem TEP -- Se ALTO – IMAGEM 1. Angio TC 2. Cintilografia 3. Doppler MMII 4. Arteriografia – padrão-ouro/ invasivo Se + = TEP Se - = Sem TEP - Clínica de TVP: 3 pts - Sem outro diagnóstico mais provável: 3 pts - FC > 100: 1,5 pts - Imobilização ou cirurgia recente: 1,5 pts - Episódio prévio de TVP/TEP: 1,5 pts - Hemoptise: 1 pt - Malignidade: 1 pt DISPNEIA 52 Episódio prévio Malignidade Batata inchada (edema bilateral) Outro diagnóstico Lung bleeding Imobilização Alta FC >> TRATAMENTO Anticoagulação por 3 meses* Opções principais: - Heparina + warfarin 5 mg/dia (começam juntos) * suspender heparina com 2 INRs entre 2-3 - Heparina 5d, depois dabigatran 150 mg 2x/d - Rivaroxaban 15 mg 2x/dia (sem heparina) > Se paciente ESTÁVEL: HNF > Se paciente INSTÁVEL: HBPM HBPM nas gestantes suspender anticoagulação temporariamente, deve ser reiniciada entre 6 e 8 hs após o parto. Se TEP maciço (instabilidade, IVD)? Além da Anticoagulação + Trombolisar até 14º dia (rtPA, estreptoquinase..) Indicado: instabilidade hemodinâmica, falha perfusional em1/2 da vasculatura (cintilo, angio-TC), falência de VD* Dentre os NOASCs disponíveis no Brasil, 2 podem ser ofertados imediatamente, sem necessidade de heparina prévia: São esses NOACs que podemos usar R-API-DO... Rivaroxabana e APIxabana... e o paciente pode ir logo para o DOmicílio. - Dabigatrana e Edoxabana necessitam de Heparinização prévia para serem introduzidos. Filtro de Veia Cava inferior Se o paciente tiver um trombo e se soltar, esse trombo não vai chegar até o pulmão, porque vai ser interrompido antes pelo filtro. Ele impede que a embolia aumente de tamanho, impede que se propague, tem uma forma de agir “parecida” do anticoagulante. Indicado: quando tem CI para ser anticoagulado ou quando tem falha da anticoagulação. EMBOLIA GORDUROSA O paciente teve uma fratura de ossos longos e/ou de pelve Micropartículas de gordura na circulação Obstrução + vasculite (12-72 hs) Pulmão (HIPOXEMIA) SNC (ALT NEUROLÓGICA) Pele (RASH PETEQUIAL) >> TTO: Suporte - Metilprednisolona (?) – não comprova benefício clinico absoluto Como prevenir? Abordagem ortopédica precoce ESPIROMETRIA VC Volume Corrente VRI Volume de Reserva Inspiratória VRE Volume de Reserva Expiratória CV Capacidade Vital VR Volume Residual CPT Capacidade Pulmonar Total CI Capacidade Inspiratória CRF Capacidade Residual Funcional >> Dç obstrutiva: obstrução das vias aéreas Ex: asma, DPOC, fibrose cística Redução de fluxos expiratórios e de vol dinâmicos (pp VEF1) Aumento do vol. Estático, devido ao represamento de ar VEF1/ CVF < 70% >> Dç restritiva: padrão de dç pulmonar intersticial, que leve a fibrose Restrição grave de ventilação Redução tanto de vol. Estático como dinâmico VEF1 reduz propor/ a CVF (ou esta reduz mais) VEF1/ CVF N ou elevada >> Dç mista: associado a uma doença ou muitas Sarcoidose, paracoccidioidomicose, TBC, bronquiectasias, ICC VEF1/CVF < 70% e CVF muito reduzida ESPIROMETRIA FORÇADA Espirometria forçada Volume expirado x Tempo Com o gráfico de volume expirado x tempo são obtidos dois parâmetros importantes: • VEF1 = volume expiratório forçado do 1º. Segundo • CVF = capacidade vital forçada (quanto de ar o paciente coloca para forma em uma expiração forçada) VEF1 CVF VEF1/CVF (Tiffenau) OBSTRUTIVO ↓↓ ↓ ↓ RESTRITIVO ↓ ↓ Variável -- Tiffenau: < 70% / 0,70 = Doença Obstrutiva Evolui para fibrose do pulmão Nas doenças obstrutivas, a obstrução ao fluxo aéreo é mais importante / significativa durante a expiração. Embora o doente tenha uma dificuldade para expirar, por prolongar a expiração, a redução de CVF será 53 menos intensa do que a do VEF1 (na VEF1 temos um tempo fixo de 1 segundo para que o paciente expire). O que define a obstrução de via aérea é quando índice de Tiffeneau < 0,7 (<70%). As doenças restritivas são aquelas que evoluem com fibrose/ cicatrização do parênquima pulmonar – o parênquima fica rígido/ sem complacência – com isso o indivíduo não consegue colocar “para dentro” um volume normal de ar, logo, também não terá um volume expirado normal. Nesses casos, a queda de VEF1 e CVF será proporcional. Sempre que flagrarmos na espirometria um padrão de obstrução (Tiffenau < 70%) – somos obrigados a fazer no paciente uma prova broncodilatadora (dar um broncodilatador para o paciente) e, em seguida a espiro deverá ser repetida para verificar se houve melhora da obstrução. Se obstrução: Prova Broncodilatadora (ASMA X DPOC) Positiva se VEF1 > 200 mL e > 12% = ASMA! - O teste é feito com METACOLINA, HISTAMINA OU CARBACOL via inalatória - O objetivo é queda do VEF1 em mais de 20% Obstrutivas = Asma, DPOC... Restritivas = Pneumopatias Intersticiais difusas... PNEUMOCONIOSE + importantes: SILICOSE/ ASBESTOSE São doenças pulmonares causadas por inalação de poeiras ou partículas no ambiente de trabalho. >> FISIOPATOLOGIA Inalação de Micropartícula Inflamação (alveolite) Fibrose (restrição) >> DIAGNÓSTICO História ocupacional + Rx - SE FOR SILICOSE: Acometimento de zonas superiores do pulmão, infiltrado alveolar/ micronodular – pode encaminhar para fibrose em zonas superiores Pode desenvolver linfonodo com calcificação em casca de ovo (“eggshell”) Pneumopatias Intersticiais Difusas... Fibrose: Padrão Restritivo F. Superior: Silicose, Sarcoidose F. Inferior: Fibrose Pulmonar Idiopática DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA / DPOC >> DEFINIÇÃO: doença caracterizada por obstrução crônica e geralmente irreversível das vias aéreas inferiores, com destruição progressiva do parênquima pulmonar. A deficiência de antiproteases pode ser causa de DPOC; a principal delas é a alfa-1-antitripsina. Na sua carência, os alvéolos ficam suscetíveis a agressão pelas proteases neutrofílica, culminando com DPOC em idade precoce e independente de tabagismo. As pistas diagnósticas são: DPOC em não tabagista (ou que fumou pouco), idade precoce (< 45 anos), história familiar de DPOC / bronquiectasias / cirrose (a deficiência da enzima causa doença hepática), enfisema em lobos inferiores e positividade de c-ANCA. >> FATORES DE RISCO - Tabagismo (pelos 2 mecanismos) - Deficiência de alfa1-antitripsina (só enfisema) BRONQUITE CRÔNICA OBSTRUTIVA Inflamação/ Fibrose É a inflamação da parede dos brônquios com lumên > 2 mm. A bronquite é composta por um infiltrado leucocitário misto (PMN e mononucleares), metaplasia de células caliciformes e uma acentuada hiperplasia das glândulas submucosas. Essas alterações, paralelamente à inflamação da parede dos brônquios, resultam em diminuição do calibre, com obstrução do fluxo. ENFISEMA PULMONAR Enzimas proteolíticas É uma doença dos “ácinos”, que são as unidades funcionais de troca gasosa dos pulmões. O ácino é uma estrutura esférica contendo em seu centro dois ou três bronquíolos respiratórios e na sua periferia ductos e 54 sacos alveolares. É formado pelas estruturas que contem os alvéolos, por isso, fazem parte do parênquima pulmonar. >> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Obstrução ao fluxo de ar Hiperinsuflação (“entra, mas sai pouco”) Hiperventilação alveolar ↑CO2 (retentor...) / ↓ O2 (dispneia, cianose) Mudança do drive respiratório: dependentede hipoxemia Cor pulmonale (pela hipoxemia crônica) Deficiência do Ventrículo Direito PINK PUFFER (enfisematoso) BLUE BLOATER (bronquítico) Enfisematoso Bronquilítico Pouco ou nenhum componente bronquilítico Troca gasosa comprometida Maior D antero-posterior Hipoxemia grave e retenção de CO2 Pletora facial Tórax ruidoso “Soprador” Cor pulmonale Hipoxemia não costuma ser severa “Retentor” O tabagismo consegue induzir as duas formas de lesão. Existem mais de 1000 substâncias tóxicas descritas → inflamação da via aérea – essas substâncias induzem uma resposta inflamatória rica em linfócitos e monócitos → terá uma evolução para fibrose. Essas células irão liberar enzimas proteolíticas nos alvéolos → destruição do septo alveolar. EXACERBAÇÃO AGUDA (DPOC DESCOMPENSADA) “Piora aguda dos sintomas respiratórios” - Piora da dispneia - Aumento do volume do escarro - Secreção purulenta Infecção respiratória: Pensar em Haemophilus influenzae; Streptococcus pneumoniae; Moraxella catarrhalis Graves: gram-negativos entéricos e P. aeruginosa >> INDICAÇÕES de começar ATB: - Se tem aumento da secreção purulenta associado a piora da dispneia OU aumento do volume também é indicação de começar ATB. - Tbm é indicação se o paciente entra em suporte ventilatório seja intubação orotraqueal ou ventilação não invasiva. A ATB por 5-7 dias (escarro purulento/ VNI/ intubação) B BRONCODILATADOR inalatório de ação curta β2-agonista e/ou anticolinérgico (ipratrópio) C CORTICOIDE sistêmico por 5 dias Prednisona VO ou metilprednisolona IV D DAR OXIGÊNIO - O2 em baixo fluxo (1-3 L/min) – alvo Sat 88-92% - VNI: pH < PaCO2 > 45 mmHg (Acid Respiratória) - Intubação: ↓ consciência TERAPIA DE MANUTENÇÃO DPOC 0-1 exacerbações/ano > 2 exacerbações/ano OU 1 com internação GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D ↓ sintoma ↑ sintoma ↓ sintoma ↑ sintoma Cessar tabagismo + vacina (pneumococo e influenza) + avaliar O2 domiciliar + broncodilatador SOS Grupo B: 1 BD de longa duração / tanto faz o β ou AC Grupo C: 1 BD de longa duração / começar com anticolinérgico Grupo D: começar com os 2 – β2 + AC Broncodilatador de longa + reabilitação (β2-agonista/ anticolinérgico) Corticoide IN (se mantiver exacerbações ou ↑ eosinófilos) Contagem > 300 eosinófilos – possibilidade maior de responder ao CTC Inalatório – GOLD 2020 >> ESCALA GOLD – Grau de Obstrução: - Leve = GOLD 1: VEF1 > 80% do previsto - Moderado = GOLD 2 = VEF1 50-79% previsto - Grave = GOLD 3 = VEF1 30-49% do previsto - Muito Grave = GOLD 4 = VEF1 < 30% do previsto ou < 50% + paciente com insuficiência renal grave Indicar O2 domiciliar: - PaO2 < 55 mmHg ou SatO2 < 88% em repouso - PaO2 55-59 + policitemia (Ht > 55%) ou cor pulmonale OBS: só vai utilizar Gasometria em paciente estável ASMA BRÔNQUICA DEFINIÇÃO: doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, potencialmente reversível, que acarreta hiper-reatividade da árvore traqueobrônquica a formas diversas de estímulos, como alérgenos inalados, micro-organismos, frio e exercício físico, manifestando-se, portanto, como doença episódica, marcada por recorrência de dispneia, tosse, desconforto torácico e sibilos. Essa inflamação crônica acontece às custas de EOSINÓFILOS – Exposta a estímulos 55 >> FATORES DE RISCO Predisposição genética, atopia, urbanização, exposição ao tabagismo, exposição ocupacional, exposição à alérgenos, obesidade >> QUADRO CLÍNICO Tosse / Dispneia / Sibilo / Aperto no peito >> CLASSIFICAÇÃO – ETIOPATOGENIA - Asma extrínseca atópica (ou alérgica): > 90% das crianças e 50% dos adultos - Asma criptogênica: que se inicia na fase adulta - Asma extrínseca não alérgica: relacionada com exposição - Asma induzida por aspirina (ou AINES): cerca de 10% dos casos em adultos O índice preditor de asma pode ser utilizado para avaliar a probabilidade de um lactente sibilante desenvolver asma. Se preenchidos os critérios, o risco é 8-10 vezes maior. Baste ter 1 critério maior OU 2 critérios menores CRITÉRIO MAIOR: ter dermatite atópica e/ou 1 dos pais ter asma CRITÉRIO MENOR: ter rinite alérgica, ter sibilos sem tosse associada, eosinofilia (>4%) CRISE ASMÁTICA Na crise aguda de asma o achado + comum na gasometria arterial é a hipocapnia alcalose respiratória. >> CLASSIFICAÇÃO Clinica e Pico de Fluxo Expiratório (PFE – Peak Flow) LEVE A MODERADA PFE > 50%; paciente bem GRAVE PFE < 50%; alcalose respiratória; frases incompletas; FC > 120 bpm MUITO GRAVE Sonolência/ confusão mental; acidose respiratória; MV reduzido; sem sibilos >> TRATAMENTO - Alvo SatO2: 93-95% (criança 94-98%) - β2-agonista de curta duração (3 doses 20/20 min) * ↓ melhora ou crise grave/ muito grave: + ipratrópio - Corticoide sistêmico: iniciar na 1ª hora Sem melhora: considerar Sulfato de Magnésio IV Diluir em 3-4 ml em SF 0,9% 100 a 500 ml IV e correr em 20 minutos NA HORA DA ALTA: - Manter: corticoide VO 5 – 7 dias (criança: 3-5 dias) - Iniciar ou otimizar tratamento crônico >> Classificação de Controle Nas últimas 4 semanas... Atividades Limitadas? Broncodilatador de alívio > 2x/sem Calada da Noite (sintoma noturno) Dia (sintoma diurno) > 2x/sem De acordo com as respostas do paciente vai classificar: NÍVEL DE CONTROLE DA ASMA: CONTROLADA: 0 PARCIALMENTE CONTROLADA: 1-2 respostas + NÃO CONTROLADA: 3-4 respostas + >> TRATAMENTO CRÔNICO DESDE 2019: CORTICOIDE INALATÓRIO SEMPRE ETAPA 1 Sintomas < 2x / mês SOS: CTC inalatório + formoterol (“bud-form”) OU β2 curta duração + CTC inalatório (dose baixa) ETAPA 2 Sintomas > 2x/mês, mas não diários + CTC inalatório (dose baixa) para uso crônico ETAPA 3 Sintomas quase diários ou acordou > 1x/sem + β2 de longa duração ETAPA 4 Sintomas quase diários ou acordou > 1x/sem ou função pulmonar reduzida + ↑ CTC inalatório (dose média) ETAPA 5 Encaminhar para especialista (anti-IgE/ IL5; tiotrópio...) LEVE: Estágio 1 e 2 MODERADA: Estágio 3 GRAVE: Estágio 4 e 5 Asma controlada por 3 meses: ↓ etapa Asma parcialmente controlada: considerar ↑ etapa... Asma não-controlada: ↑ etapa (antes: avaliar adesão) FIBROSE CÍSTICA Doença de herança autossômica recessiva, é causada por mutações genéticas que alteram o funcionamento de uma proteína CFTR, que regula o transporte iônico transmembrana. Formação de secreções espessas em várias superfícies epiteliais, como o epitélio respiratório e o epitélio de várias glândulas. >> FISIOPATOLOGIA Mutação genética >> acúmulo intracelular de cloreto de sódio >> deslocamento de agua para o intracelular >> desidratação com aumento da viscosidade das secreções mucosas e obstrução glandular >> inflamação neutrofílica e fibrose das mucosas >> perda de função mucociliar e pulmonar propriamente dita. >> E o que ocorre no sistema respiratório? Mudanças na composição e redução do liquido que reveste a superfície do epitélio respiratório, comprometendo a função mucociliar, com acumulo de secreções e obstrução das vias aéreas >> CLÍNICA Tosse crônica, expectoração volumosa, sibilos frequentes, dispneia aos esforços, sinusites, bronquite, pneumonias de repetição, hemoptise e cor pulmonale No pâncreas: obstrução dos canalículos pancreáticos, com insuficiência exócrina e endócrina No intestino: acúmulo de muco espesso com evolução para íleo meconial e risco de obstrução Diarreia crônica disfunção pancreática exócrina No período neonatal encontra-se íleo meconial, levando a obstrução intestinal no RN >> DIAGNÓSTICO Teste do suor com dosagem de cloreto > 60-70 mEq/L + sintomas compatíveis OBS: pode ser rastreado no testedo pezinho com análise da tripsina imunorreativa, que só é possível em amostras colhidas em até 30 dias de vida do RN >> TRATAMENTO - ATB nas exacerbações agudas - Oxigenoterapia para px com hipoxemia grave - Reposição de vitaminas e enzimas pancreáticas Prognóstico SOMBRIO 56 PREVENÇÃO DE DOENÇAS / CHECK-UP NÍVEIS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA Período pré-patogênico ESTILO DE VIDA: alimentação balanceada / Vida ativa (ideal fazer 30 min de ativ física diariamente) / Cessar tabaco e ↓ álcool IMUNIZAÇÃO: 20 – 60 anos (4 vacinas): - Hepatite B: 3 doses (rede privada = Hep A) - Difteria e tétano – dT: 3 doses, reforço a cada 10a - Tríplice Viral – SCR: 2ª dose até 29a ou 1 dose 30-59a - Febre amarela: residente ou viajante, 1 dose > 60 anos (6 vacinas): - Hepatites, dT, Febre amarela (?) - Influenza: anual - Pneumococo (Pn23): asilados, 1 dose, reforço em 5a (rede privada = Pn13 conjugada, 2 meses antes) - Herpes Zóster: rede privada, 1 dose OBS: Vacina contra Varicela zóster é feita com vírus vivo atenuado. Mesmo os pacientes que já tiveram H. zoster, depois de 1 ano do quadro agudo, ele deve receber a vacina. A vacina protege 65% de um quadro de zoster... e mesmo assim quando o paciente desenvolve a doença, o fato de ter tomado a vacina faz com que a dor, neuralgia e o acometimento herpético seja + rápido e menor intenso. Não deve ser feita em paciente imunocomprometido ou que esteja tomando medicação que esteja causando imunodepressão. Tem reação cruzada com o vírus herpes simples, não tem proteção. SECUNDÁRIA RASTREAMENTO DE DOENÇAS (Screening) – 75a 15 anos (“Sexual”) – Infecção pelo HIV 25 anos – Mulheres: CA colo uterino (Papanicolau, até 65a) 35 anos (“Metabólica”) – Dislipidemia (Perfil lipídico, mulher > 45a) Sociedade Cardiologia – > 20a – (cuidado c a questão) 45 anos – Diabetes (Glic. De jejum, HbA1C) Pode fazer antes se IMC aumentado 50 anos (“Câncer”) - CA colorretal (Colono, RSG ou Sangue oculto) - Mulher: CA mama (Mamografia) - Homem: CA próstata (Toque e PSA) 55 anos – CA pulmão (TC de baixa dosagem) Tabagista ou cessou < 15a + 30 maços.ano 65 anos (“Vaso e osso”) – Mulher: Osteoporose (Densitometria) Homem: já fumou Aneurisma de Aorta Abdm (USG) TERCIÁRIA MEDIDAS DE REABILITAÇÃO Atividades de fisioterapia, oficinas, grupos de apoio (reintegração social) QUATERNÁRIA PREVENÇÃO DA IATROGENIA Avaliar polifarmácia e intervenções EVITAR / CAUTELA (Critérios de Beers) Utilizado para avaliar medicações inapropriadas - Antidepressivos e benzodiazepínicos - Antivertiginosos (Vertix) - Polivitamínicos e ginkgo biloba - Digital, diurético e anticoagulantes GERIATRIA Senilidade: alterações + patológicas do envelhecimento. Senescência: envelhecimento saudável /normal. 1 – AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) COGNIÇÃO: Mini-exame do estado mental * depende da escolaridade / não define diagnóstico - Mini Mental (MEEM): se < 20 pacientes tem risco de demência - Fluência verbal: se < 9 pontos têm risco de déficit cognitivo - Escala de depressão geriátrica: > 5 pontos têm risco de depressão - Timed up & go: > 10 segundos têm risco de queda - Avaliação de Katz: independência de vida diária - Escala de Lawton: preparo - Miniavaliação nutricional: < 24, pacientes têm risco de desnutrição / se < 17 = já é desnutrido Orientação Ano/ Semestre/ Mês/ Dia/ Dia da semana 5 pontos Estado/ Cidade/ Bairro/ Rua Local 5 pontos Memoria imediata Carro/ Vaso / Tijolo 3 pontos Atenção e Cálculo 100 (- 7) ... (-7) Soletra “MUNDO” 5 pontos Memória de evocação Repita as palavras 3 pontos Linguagem Nomear relógio e caneta quando apresentados 2 pontos Seguir 3 comandos 3 pontos Escrever frase 1 ponto >> HUMOR Escala de Depressão Geriátrica (EDG) / Yesavage >> CAPACIDADE FUNCIONAL Atividades básicas de vida diária – AVDs (Katz) *Autocuidado: banho, continência, comer, vestir-se... Atividades instrumentais – AIVDs (Lawton) *Interação: telefonar, fazer compras, cozinhar... >> OUTROS Equilíbrio e marcha, continência, visão, audição 2- SÍNDROMES GERIÁTRICAS – 5 Is Perda de neurônios e atrofia cerebral – Insuf Cerebral ↓ massa óssea e muscular (sarcopenia) – Instabilidade (Quedas) Rigidez ventricular e alterações reflexas – Imobilidade ↓ Água corporal e ↑ gordura – Iatrogenia Alteração esfincteriana e ↑ próstata – Incontinência Síndrome da Fragilidade ( > 3 critérios) Fadiga (autorreferida) Fatless (↓ 5% do peso no ultimo ano) Forca reduzida (↓ pressão manual Física (atividade limitada) Função motora (marcha lentificada) SD DA INSTABILIDADE POSTURAL (QUEDAS) 30% dos idosos caem por ano 5% com lesões agudas graves Multifatorial (difícil achar uma causa específica!) Maioria é por “evento mecânico” na residência ABORDAGEM: IDENTIFICAR FATORES DE RISCO! GERIATRIA 57 >> FATORES DE RISCO EXTRÍNSECO (ambiente) INTRÍNSECO (indivíduo) - Calçados (chinelo, cadarço) - Iluminação ruim, piso escorregadio - Obstáculos (tapete, mesa, animal) - Acesso difícil (escadas) - História de quedas - Idade > 80a - Sexo feminino - Disfunção músculo- esquelética - Déficit de visão e cognição - Evitar polifarmácia SÍNDROME DEMENCIAL Perda de funções cognitivas (memória, linguagem, destreza...) - progressiva e gradual (meses a ano) - que interfere nas atividades usuais ou profissionais 1. Caracterizar a Perda Cognitiva Fazer Mini-mental, desenho do relógio, fluência verbal 2. Afastar FALSEADORES (“3Ds do esquecimento”) * Droga: benzodiazepínicos * Delirium: sepse, IAM ... (agudo – dias) * Depressão: tristeza, pessimismo... 3. Excluir causas Reversíveis * Lab: função renal e hepática, TSH, B12, Ca2+, VDRL, HIV * Neuroimagem: TC ou RM DOENÇA DE ALZHEIMER Causa + comum (> 50%) Deposição de amiloide (placas senis ou neuríticas) Fosforilação da proteína Tau (emaranhados neurofibrilares) Atrofia do hipocampo ↓ da Acetilcolina >> FATORES DE RISCO - Idade > 60 anos - História Familiar - Genético (apoEꞓ 4) - Síndrome de Down - Estilo de vida sedentário - Atividade intelectual baixa >> QUADRO CLÍNICO Amnésia ANTERÓGRADA (recente) Afasia – linguagem Apraxia – destreza Agnosia – reconhecimento Desorientação – Incontinência – Imobilidade Progressão lenta, em torno de 10 anos... >> Morre de complicações da imobilidade: - Broncoaspiração - Sepse - TEP >> DIAGNÓSTICO CLÍNICO – por exclusão!!! TC / RM: atrofia cortical, hidrocefalia compensatória SPECT / PET: ↓ perfusão e metabolismo temporal- parietal >> TRATAMENTO Anticolinesterásicos de ação central (Donepezil / Rivastigmina / Galantamina) Vitamina E Antagonista do receptor do Glutamato (NMDA) (Memantina) – apenas na fase moderada e avançada DEMÊNCIA VASCULAR 2ª causa + comum Dça aterosclerótica + fatores de risco (HAS, DM...) 2 apresentações: CORTICAL - Vasos calibrosos - “Multi-infartos” - Evolução súbita, em degraus SUBCORTICAL - Vasos perfurantes - Infarto lacunar, periventricular - Evolução arrastada >> TRATAMENTO Aterosclerose: HAS, DM... Demência: anticolinesterásicos OUTRAS DEMÊNCIAS Com corpos de Lewy - Alucinação visual + Flutuação da consciência Marcado por Sd parkinsoniana associada à demência Doença de Pick ou Frontotemporal Alteração de comportamento (desinibição sexual / hipersexualidade) Afasia, apraxia, parkinsonismo Degenerativa, irreversível Hidrocefalia normobárica Ataxia da marcha + incontinência urinaria + demência TTO: derivação ventriculoperitoneal Paralisia supranuclear progressiva Demência progressiva + Parkinsonismo + desvio superior do olhar conjugado (dificuldade de olhar para baixo) Doença de Creutzfeldt- Jakob “Vaca louca”Evolução rápida e movimento mioclônicos Demência por Prions Doença de Huntington Doença degenerativa autossômica dominante Coreia, distúrbio comportamental e demência SÍNDROME PARKINSONIANA SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL Bradicinesia + Rigidez CÓRTEX PRÉ-MOTOR NÚCLEOS DA BASE – Corpo estriado (Acetilcolina) MESENCÉFALO – Substância negra (Dopamina) ↓ Dopamina na via nigroestriatal Causa + comum (75%) Mutação na alfa-sinucleína (SNCA) (Aglomerados tóxicos – corpos de Lewy) >> FISIOPATOLOGIA: Degeneração da Substância negra mesencefálica >> redução da dopamina >> hiperatividade do corpo estriado (inibido pela dopamina) >> excesso de acetilcolina >> inibição do córtex pré-motor >> diminuição da atividade motora >> FATORES DE RISCO - Idade > 50 anos - Ambientais (pesticidas?) - Gene GBA 58 >> QUADRO CLÍNICO NÃO MOTOR (podem ser os iniciais...): - Hiposmia, disautonomia, seborreia, depressão... MOTOR (Sinais Cardinais): - Tremor (85%): repouso, “em contar dinheiro”, unilateral, lento - Rigidez “Plástica”: Sinal da roda denteada - Bradicinesia: Marcha em pequenos passos, fácies mascarada - Instabilidade Postural: Quedas - Disfunções cognitivas – 20% - Baixa frequência: 3-6 Hz >> ABORDAGEM DIAGNÓSTICO: Excluir parkinsonismo 2º DROGAS: metoclopramida, flunarizina, haloperidol DAMAGE (dano direto): trauma, AVC, hidrocefalia DEGENERATIVA: Lewy >> TRATAMENTO Tem que ↑ a dopamina e ↓ acetilcolina Levodopa (precursor da dopamina) - ausência de resposta ao tto: afasta o diagnóstico!!! - Ef adversos: discinesia / “on-off” - Outras opções: Benserazida (inibe descarboxilase) Pramipexol (agonista dopaminérgico) Selegilina (inibidor da MAO-B) Amantadina - Estimulação cerebral profunda (ECP) – Invasivo Orientações gerais: como tto inicial, a monoterapia com agonista dopaminérgico e como tto mais efeito, levodopa/ carbidopa. OBS: No parkinsonianismo induzido por fármacos, os sintomas + importantes são a bradicinesia e o tremor com instalação + abrupta e geralmente unilateral, com os sintomas desaparecendo em dias ou semanas após a suspensão do fármaco responsável. TREMOR ESSENCIAL Geralmente postural, bilateral e simétrico Familiar, melhora com um pouco de álcool Responde bem com propanolol REVALIDA 2020: Um homem de 55 anos de idade é encaminhado para esclarecimento diagnóstico de déficit cognitivo associado a transtornos de movimento com suspeita de síndrome de Parkinson. Nesse caso, qual é o achado semiológico que contribui para esse diagnóstico? RESPOSTA: Tremor em repouso, de baixa frequência e algo assimétrico (predominando na mão direita). UFSP 2018 – Mulher, 63 anos de idade, refere dificuldade para andar e para manusear objetos com a mão esquerda, sem menção de tremor. Refere também sonhos vividos à noite e constipação intestinal. O marido confirma que o braço esquerdo da paciente não balança ao andar. Qual o diagnóstico mais provável? RESPOSTA: Doença de Parkinson idiopática IAMSPE SP 2018 – Em relação à síndrome de fragilidade de idoso, é correto afirmar que: RESPOSTA: Perda de peso involuntária é uma das manifestações clinicas. HMSJC SP 2016 – Os Critérios de Beers são utilizados no idoso para avaliar: RESPOSTA: Medicações inapropriadas. HCE RJ 2018 – Paciente com 78 anos apresentando demência, alucinações visuais precoces, parkinsonismo, tendencia frágil ao delírio e distúrbios do sono REM. Qual é o provável diagnóstico? RESPOSTA: Demência com corpúsculo de Lewy. AS PR 2017 – São causas comuns de demência: RESPOSTA: Doença de Parkinson e Demência vascular. HEVV ES 2017 – No idoso, a diminuição das respostas cronotrópicas e inotrópicas aos beta-agonistas deve-se à (ao): RESPOSTA: Redução da responsividade dos receptores beta-adrenérgicos. 59 NEUROCISTICERCOSE Larva da Taenia solium (porco) Ingestão do OVO (verduras, água...) >> CICLO EVOLUTIVO Carne c cisticerco Cérebro c cisticerco Intestino Verme adulto Teníase Ovos nas fezes Neurocisticercose ambiente Porco contaminado Pessoa contaminada >> QUADRO CLÍNICO Variada (fraqueza, hidrocefalia...) Crises epilépticas -- + comum Forma calcificações >> DIAGNÓSTICO Imagem – TC de crânio e RM de crânio Teste imunológicos Líquor: eosinofilia >> TRATAMENTO Albendazol e/ou Praziquantel + corticoide Paciente com múltiplas lesões: associar os 2 anti helmínticos EPILEPSIA >> DEFINIÇÃO > 2 crises não provocadas 1 crise não provocada com chance alta de recorrência Síndrome epiléptica Doença caracterizada por crises epilépticas sem fatores metabólicos, tóxicos ou febre >> CRISE EPILÉPTICA Atividade neuronal cerebral anormal excessiva Alteração temporária e reversível Descargas elétricas anormais e excessivas >> ETIOLOGIA Distribuição bimodal (criança e idoso) - Neonatal: anóxia, dç congênitas, trauma, metabólicas - 6m a 5a: convulsão febril, idiopáticas e infecções - 5a a 12a: genética... - Adulto: TCE, neurocisticercose, TCE, abuso de drogas, abstinência alcoólica - Idoso: AVE, tumores, dç degenerativas, hematoma subdural >> FISIOPATOLOGIA A doença se caracteriza por descargas elétricas neuronais excessivas. O que leva a essa descara excessiva? Ela pode ocorrer por aumento da excitação neuronal (principal responsável é o glutamato) ou por falta de inibição neuronal (principal inibidor é o ácido gama- aminobutírico/ GABA) >> CLASSIFICAÇÃO (ILAE – 2017) Início Focal (um hemisfério) - Focal perceptiva (simples) = sem perda da consciência - Focal disperceptiva (complexa) = com perda da consciência - Focal evoluindo para tônico-clônica bilateral (generalização 2ª) Início Generalizada (dois hemisférios) - Motora = Mioclônica / Tonico-clônica / Atônica... - Não motora = Ausência Crise Tônico-Clônica Generalizada Responsável por 10% dos casos de epilepsia Iniciam-se com contrações tônica dos músculos de todo o corpo. Após 10 a 20 segundos, o quadro evolui para a fase clônica, produzida pela superposição de períodos de relaxamento muscular e contração. Os períodos de relaxamento aumentam aos poucos até o final da fase ictal que dura aproximadamente 1 minuto, caracterizada por ausência de responsividade, flacidez muscular e salivação excessiva, havendo ou não incontinência urinaria ou fecal. >> DIAGNÓSTICO - Anamnese + Exame Físico – colher informações familiares - EEG (90%) / VídeoEEG (complexo ponta onda) - TC ou RM – para avaliar se o px tem alguma lesão cerebral ou estrutural que justifique uma crise - Infância: Clínica + EEG +/- RM >> TRATAMENTO OBJ: controlar as manifestações; evitar efeitos colaterais; restabelecer qualidade de vida. PRINCIPIOS: monoterapia; não interromper abruptamente - Medidas comportamentais - Medicamentos: Quando iniciar? A partir da 2ª crise ou da 1ª crise com lesão cerebral Como iniciar? Monoterapia em dose baixa (↑ progressivo) Quando parar? Mais de 2 anos sem crise, controlado – retirar de forma lenta/ gradual Qual usar? Depende da crise... TCG: Valproato (exceto gravida) / Lamotrigina / Levetiracetam FOCAL: Carbamazepina / Lamotrigina / Valproato / Levetiracetam MIOCLÔNICA / ATÔNICA: Valproato / Lamotrigina AUSÊNCIA: Etossuximida / Valproato / Lamotrigina O que significa paralisia de Todd? Paresia localizada durante alguns minutos a muitas horas na região acometida durante a crise epiléptica Marcha Jacksoniana: representa a extensão da atividade epiléptica para uma região progressivamente maior do córtexmotor. Ocorre, por exemplo, quando a crise se inicia nos dedos e evolui para acometer todo o membro SINDROMES EPILÉPTICAS EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL Síndrome epiléptica + comum no adulto (40% dos casos) Mal estar epigástrico Crises focais disperceptivas (parciais complexas) Parada do comportamento/ olhar fixo + automatismos – 30 a 120 segundos A crise é contralateral à lesão e o automatismo aparece do mesmo lado do lobo temporal comprometido. Esclerose mesial temporal, distúrbios de memória Crises febris na infância EPILEPSIA 60 Causa: Esclerose hipocampal (esclerose mesial temporal) Diagnóstico: RM e EEG EEG: atividade epileptiforme nas regiões médio-basais RM de crânio é capaz de mostrar sinais indicativos de esclerose mesial temporal Tratamento: Carbamazepina AUSÊNCIA INFANTIL ou PEQUENO MAL Idade: 5 a 8 anos Clínica: perda total da consciência, 5-25 seg, até 200x/dia Fator desencadeante: hiperventilação Diagnóstico: EEG com ponta-onda de 3 Hz Tratamento: Etossuximida / Valproato / Lamotrigina EPILEPSIA PARCIAL BENIGNA DA INFÂNCIA (ROLÂNDICA) Idade: 3-13 anos Clínica: Parcial simples (motora ou sensitiva) Língua, lábios, faringe, bochechas Na maioria dos casos as crises aparecem durante o sono ou ao despertar Diagnóstico: EEG – complexos ponta-onda centrotemporais (rolândicos) Tratamento: Carbamazepina (remite aos 14-16 anos) EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL (SÍNDROME DE JANZ) Idade: 13 a 20 anos Crises mioclônicas principalmente ao despertar Fator desencadeante: privação do sono Diagnóstico: EEG com ponta de 4 a 6 Hz Tratamento: Valproato / Lamotrigina / Levetiracetam / Topiramato SINDROME DE WEST Menores de 1 ano Espasmos + EEG hipsarritmia – Retardo no desenvolvimento Tratamento: ACTH, Vigabatrina Prognóstico ruim Sd de Lennox-Gastaut Protótipo de uma encefalopatia epiléptica. Idade: 3-5 anos Crises de várias formas: tônicas durante o sono, ausência atípica, crises atônicas, mioclônicas e tônico- clônicas. Tríade clássica: crises de difícil controle medicamentoso, complexos pontas-onda lentas no EEG (< 2 ciclos/seg) da criança acordada e deficiência intelectual. Sd Landau-Kleffner Forma rara, em torno de 5 anos + comum em meninos Tem perda da linguagem EEG: ondas de alta amplitude com predomínio bitemporal, mas pode ser generalizado. São + frequentes no sono REM essas ondas Vídeo-EEG: em caso de suspeita CRISE FEBRIL CARACTERISTICAS - 6 meses até 5 anos (60 meses) - Crise TCG ou clônica de curta duração (< 15 min) - Febre alta e/ou que aumenta rapidamente - Pós-ictal marcado por alteração do nível de consciência DIAGNÓSTICO É CLÍNICO Dx Diferencial: SEPSE E MENINGITE Punção lombar? - < 6 meses de idade + febre + Convulsão - Dúvida - entre 6 e 12 meses considerar puncionar nas não vacinadas para Hib ou pneumococo ou que estão em tratamento com antibiótico (ATB iniciado pode mascarar a apresentação clinica de uma meningite) Outros exames se Suspeita diagnóstica: TC, RM, Ionograma... SINAIS DE ALARME - Anormalidades do desenvolvimento neurológico - Crise Focal Complexa - História Familiar de epilepsia - Febre < 1 hora até convulsão - Quadros atípicos e recorrência Risco de Epilepsia: Esperar até 2 semanas para poder fazer o EEG, porque a crise febril pode deixar alterado o resultado TRATAMENTO - Acalmar os pais - se estiver em crise = DIAZEPAM - se não estiver em crise = Avaliar a causa e tratar a febre - Duração > 5 min = Diazepam retal – + segura e + rápida ESTADO DE MAL EPILÉPTICO >> STATUS EPILÉPTICO É uma Emergência Neurológica > 5 minutos de crise; ou > 2 minutos sem recuperação da consciência entre elas - mortalidade < 5% >> TIPOS Status epilepticus convulsivo (tônico-clônico) Status epilepticus não convulsivo (ausência, focal, convulsão mental...) >> TRATAMENTO MEDICAMENTOSO - Benzodiazepínico (Ex: Diazepam IV ou Midazolam IM) Midazolam: 0,1 a 0,2 mg/kg Diazepam 0,2 a 0,5 mg/kg Repetir a dose se necessário Se não melhorar... - Fenitoína IV – em solução salina (20 mg/kg – 50 mg/min) – opções: Ac. valproico, Levetiracetam Se não melhorar... - Fenobarbital IV (20 mg/kg) Repetir com ½ da dose se necessário Se não melhorar... Anestesia com Midazolam, propofol ou pentobarbital OBS: se o paciente não tem via IV para administra Fenitoína, o + rápido e seguro na presença de crise convulsiva é o acesso intraósseo. 61 >> Fármacos relacionados a crises convulsivas: Clorambucil, antimaláricos, betalactâmicos, isoniazida, aciclovir, anestésicos, analgésicos, antipsicóticos, lítio. >> Efeitos Adversos dos anticonvulsivantes - FENITOÍNA: hiperplasia gengival, linfadenopatia, hirsutismo, osteomalácia e rash cutâneo, tontura, diplopia, ataxia, incoordenação e confusão mental. - FENOBARBITAL: parecido a Fenitoína, + o principal efeito é o rash cutâneo. - CARBAMAZEPINA: também pode provocar efeitos neurológicos deletérios, principais efeitos são: anemia Aplásica, hepatotoxicidade, hiponatremia e intolerância gastrointestinal. - ÁCIDO VALPROICO: ataxia, sedação e tremor. Hepatotoxicidade, trombocitopenia, ganho de peso e alopecia transitória. - LAMOTRIGINA: cefaleia, sedação, ataxia, diplopia, tontura, rash cutâneo e Sd Stevens Johnson. >> DRESS – Drug Reaction With Eosinophilia and Systemic Symptons Reação de hipersensibilidade à droga que se caracteriza pelo aparecimento de lesões cutâneas, anormalidade hematológicas (eosinofilia, linfocitose à custa de linfócitos atípicos), linfadenopatia e envolvimento visceral (fígado, rins e pulmões). - Principais drogas: agentes antiepilépticos (Carbamazepina, Fenitoína, fenobarbital, Lamotrigina) e o Alopurinol). REVALIDA 2020 – Uma adolescente com 11 anos de idade, com diagnóstico de epilepsia, chega ao PS inconsciente, com movimentos tônico clônicos generalizados, cianótica, com desvio do olhar e sialorreia. A mãe informa que a adolescente iniciou a crise há 20 minutos, sem recuperar a consciência ao longo do trajeto para o PS. Na sala de emergência, devido à persistência do quadro, é administrado Diazepam endovenoso por 3 vezes, com intervalo de 5 minutos entre as dose. Apesar da intervenção terapêutica, a paciente mantém o quadro convulsivo. Nesse caso, a próxima conduta médica deve ser administrar: RESPOSTA: Fenitoína em dose de ataque endovenosa. 62 DEFICIT NEUROLÓGICO FOCAL Evento vascular = Evento súbito = Vascular Suspeita de AVE: Déficit neurológico focal súbito > 15 minutos ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) ISQUÊMICO (80%) x HEMORRÁGICO (20%) Neuroimagem: TC CRÂNIO SEM CONSTRASTE OBJ: procurar HEMORRAGIA! Sinais tomográficos de isquemia: sinal da artéria hiperdensa, apagamento dos sulcos e fissuras, hipoatenuação do parênquima, perda da diferenciação entre as substancias branca e cinzenta. AVEi: Normal no inicio Lesão HIPOdensa 24-72 hs AVEh: lesão HIPERdensa >> RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Se RM convencional: Não há nenhuma grande vantagem Melhor técnica: RM por difusão (DWI) / perfusão (PWI) Principal vantagem: precocidade Difusão: conseguimos ver bem a área infartada (que morreu). Perfusão: mostra não só a área que morreu, mas também aquela que está mal perfundida (área de penumbra). Diante de um AVE isquêmico – não nos importamos com os neurônios que morreram (pois não há como regenerá-los),mas o que importa é a área de penumbra, que ainda é passível de recuperação. AVE ISQUÊMICO >> DEFINIÇÃO: infarto por isquemia prolongada de um território do encéfalo (cérebro, cerebelo ou tronco encefálico) nutrido por uma artéria que sofreu uma oclusão aguda. >> ETIOPATOGENIA: os principais mecanismos são embolia (maioria) e aterotrombose (trombo formado sobre a placa de ateroma na própria artéria obstruída). >> FATORES DE RISCO: HTA, DM, tabagismo, DLP, idade > 50ª, estenose carotídea, AIT’s, FA, prótese valvar, IAM... >> Fator de Risco não modificáveis: Sexo masculino, Raça negra, Predisposição genética >> Dor após AVC: incapacidade física e dor crônica. + frequente entre aqueles que evoluem com deficiência sensitiva e/ou motora. Destaque para região talâmica. O infarto talâmico é responsável por 25 a 33% dos casos de dor crônica pós-AVC. Infartos ocorridos do lado direito do cérebro tem maior risco de cursar com dor crônica. >> Escala de AVC – NIH OBJ: retratar o déficit neurológico para avaliar intensidade do déficit durante a evolução do AVC isquêmico - Orienta o uso de trombolítico nos pacientes com AVC isquêmico - Não indica trombolítico se NIH < 4, exceto se houver afasia TTO AGUDO: primeiros 3 dias Estabilização Clínica: - Proteção de VA, O2 suplementar se SaO2 < 94% - Controlar glicemia, temperatura e sódio - HAS permissiva (160 x 100 mmHg) Reduzir a PA: Se: > 220 x 120 Se: > 185 x 110 (se for candidato a trombólise) Labetalol (escolha) ou Nitroprussiato (BR) - Glic < 80 ou > 200 mg/dL = tratar - Hiponatremia < 130 mEq/L = tratar >> EVITAR: HIPONATREMIA: piora edema cerebral DISGLICEMIAS: pioram a isquemia FEBRE: piora a isquemia >> TERAPIA ANTITROMBÓTICA... OBJ da trombólise: AUMENTA em 30% a chance do paciente apresentar lesões mínimas ou nenhuma lesão. - Trombólise rtPA (alteplase – ativador de plasminogênio tecidual) – 0,9 mg/kg (máx 90 mg) – 10% bolus (1 min) / 90% bomba (1 hora) Delta T < 4,5 hs / sem AVE; TCE nos últimos 3 meses / sem AVEh prévio E se o paciente acordou com o déficit? Usar a hora em que ele foi dormir... Por isso geralmente esses pxs não são trombolisados Quando não trombolisar? - Extremos neurológicos... PA > 180 x 110 mmHg (apesar do TTO) - AVE hemorrágico - Cirurgia < 2 semanas - H. digestiva < 3 semanas - Uso de anticoagulante - HT < 25% - Plt < 100.000 - Glic < 50 ou > 400 - AVEi, IAM, TCE < 1 mês - Malignidade - INR > 1,7 - TP > 15 segundos -AAS, 100 mg, 1x/dia (prevenção precoce) e heparina profilática (contra TVP) Se fez trombólise: aguardar 24 hs SÍNDROME NEUROVASCULAR 63 - ENDOVASCULAR: Trombectomia Mecânica Até 6-24 hs/ oclusão de grande artéria da circulação anterior - Nutrição precoce (evitar desnutrição) - Reabilitação precoce (fisioterapia motora, fonoaudiologia) TTO CRÔNICO (Prevenção 2ª) Depende da causa... ECG, ECO e doppler (carótidas e vertebrais) - Cardioembólico (Fibrilação atrial) Súbito e máximo desde o início Anticoagulação plena – Warfarin (se extenso: aguardar 14 dias – tudo depende da área isquemiada) - Cumarínico: sempre (FA) / 3 meses (IAM) – opção: dabigatran -Associar AAS se evento com cumarínico - Aterotrombótico evolução + gradual Antiagregação plaquetária – AAS (+ dipiridamol), estatina, anti-HAS Controle de fator de risco (HAS, DM, tabagismo, estatina, anti-hipertensivo) Endarterectomia se > 70% método preferencial para a abertura do vaso é a endarterectomia → benefício: pacientes com estenose a partir de 70% (nos homens, poderíamos oferecer com obstrução a partir de 50%). ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO Isquemia transitória sem infarto cerebral Obs.: na maioria dos casos tem duração de 10-15 min Objetivo: investigar causa e prevenir AVE isquêmico >> RISCO DE AVE ABCD2 Age: idade > 60 anos Blood pressure: PAs > 140 ou PAd > 90 Clínica: distúrbio da fala / paresia, plegia Duração: 10-59 minutos / > 60 min* Diabetes (*) pontos em dobro Escore > 3 = INTERNAR LOCALIZANDO A ISQUEMIA LOBOS CEREBRAIS: FRONTAL - LINGUAGEM: Fala – área de Broca Se tiver lesão: Tem Afasia Motora Só existe no hemisfério dominante, geralmente é o esquerdo - MOTRICIDADE: Comanda o lado oposto Perna, Corpo, Braço, Mão, Face (Região Medial) PARIETAL - SENSIBILIDADE: Sente lado oposto Perna, corpo, braço, mão, face (Medial) TEMPORAL - LINGUAGEM: Compreensão – área de Wernicke Fala palavras soltas, mas perde a compreensão da linguagem Existe no hemisfério dominante – lado esquerdo OCCIPITAL - CÓRTEX VISUAL TRONCO - PARES CRANIANOS: Diplopia, disfagia, vertigem CEREBELO - COORDENAÇÃO: Ataxia Afasia de Broca: a pessoa entende tudo o que fala, mas não consegue falar e se expressar. - A área de linguagem (broca) não existe nos dois lobos, e sim somente na área dominante, no caso da maioria, a esquerda. VASCULARIZAÇÃO - Circulação Posterior – Vértebro-Basilar - Vertebral - Basilar: perfunde o tronco e o cerebelo - Circulação Anterior – Carotídea - Carótida Comum - Carótida Interna POLÍGONO DE WILLIS Ramos da Cerebral Média: aa. Lenticulo-estriadas (CÁPSULA INTERNA) *Ao isquemiar a cápsula interna ocorre destruição de todos os neurônios motores de um lado da cabeça, pois nela passa todos os neurônios, ela é muito pequena, mas muito importante do ponto de vista funcional. >> 1º nervo craniano afetado na Hipertensão Craniana? - Nervo abducente (VI par), é o + longo, com núcleo localizado na parte inferior da ponte, no assoalho do VI ventrículo. 64 - Ele se torna sensível ao aumento da pressão intracraniana, sendo o estrabismo convergente (por acometimento do nervo), um sinal clínico que pode sugerir hipertensão intracraniana. - Apraxia: Incapacidade de realizar um movimento ou tarefa quando solicitado apesar de ter o desejo e a capacidade física para realizá-lo - Afasia: Distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação da pessoa. - Ataxia: Equilíbrio ou coordenação motora prejudicados, possivelmente devido a danos no cérebro, nos nervos ou nos músculos. - Abulia: incapacidade de tomar decisões voluntárias SÍNDROMES ISQUÊMICAS 1º. ACHAR O LADO DA LESÃO... PLEGIA OU OLHAR CONJUGADO PLEGIA: é cruzada DESVIO DO OLHAR: é para o lado da lesão 2º. ACHAR O VASO CULPADO ... AVALIAR A SÍNDROMES .... A. CEREBRAL MÉDIA MOTOR + SENSITIVO contralateral (pode poupar perna) Afasia MOTORA (Broca) – Hemisfério E Afasia SENSITIVA (Wernicke) – Hemisfério E Déficit fascio-braquio-crural com acometimento de um dimídio. A. CEREBRAL ANTERIOR MOTOR + SENSITIVO perna contralateral = PERNA A. CEREBRAL POSTERIOR Déficit visual Diplopia ou Hemianopsia AA. LENTICULO-ESTRIADAS (AVE LACUNAR) Hemiplegia contralateral PURA Estrutura encefálica acometida: cápsula interna TERRITÓRIO VERTEBRO-BASILAR Alteração de pares cranianos e coordenação Acometimento do tálamo: dor talâmica, hemiataxia, afasia, síndrome negligencial, déficits de memória. Cerebelo: marcha atáxica e tontura Ponte: náusea, vômitos, disartria, disfagia, soluços. AVE HEMORRÁGICO HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA Começa com DÉFICIT FOCAL Sangramento cerebral por ruptura de um vaso sem comunicação com espaço subaracnoide >> ETIOLOGIA - Hipertensão (50%): microaneurisma de Charcot- Bouchard - Angiopatia Amiloide (30%): idoso, Alzheimer - Outras causas (20%): TCE, tumores, transformação hemorrágica, MAV, aneurismas, hemangiomas >> CLÍNICA - Hipertensão intracraniana (cefaleia + ↓ consciência) - Déficit NeurológicoFocal Súbito PUTAME: hemiplegia proporcionada; desvio do olhar conjugado contralateral LOBAR: occipital (hemianopsia) >> DIAGNÓSTICO TC de crânio sem contraste Hemiplegia contralateral = AVEi a cápsula >> TRATAMENTO Terapia intensiva (PAM, PIC) SUPORTE (Hipertensão intracraniana) - PA sistólica 140 mmHg Reverter efeito anit-hemostático (se tiver): Cumarinico: vit K + PF ou complexo PT Heparina: protamina Trombólico: crioprecipitado CIRURGIA - Hematoma Cerebelar > 3 cm – para drenar o hemat HEMORRAGIA SUBARACNOIDE DÉFICIT FOCAL se complicar Inundação do espaço subaracnoide por rotura de aneurisma vascular >> ETIOLOGIA - Ruptura de aneurisma sacular (a. comunicante anterior) >> FATORES DE RISCO PARA RUPTURA Alcoolismo e tabagismo (tem risco diminuído em 50% se cessar o tabagismo) HTA História familiar Simpaticomiméticos: anfetamina Fatores genéticos (Ehler-Danlos) >> CLÍNICA Cefaleia súbita – “a PIOR cefaleia da vida” ↓ nível de consciência Rigidez de nuca (após 12-24 hs) – irrita as camadas meníngeas >> ESCALA DE HUNT-HESS Para avaliar a Gravidade Clínica GRAU 1: lúcido, leve cefaleia GRAU 2: cefaleia + rigidez GRAU 3: sonolento GRAU 4: torpor, déficit focal GRAU 5: coma Se Hunt-Hess em 4-5 elevado MORTALIDADE 65 >> DIAGNÓSTICO TC de crânio sem contraste: hiperdensidade - fissura inter-hemisférica, de Sylvius e cisterna mesencefálica Se TC normal: fazer Punção Lombar Imagem de permeio – descrição como lesão em imagem de “Mickey”) >> ESCALA DE FISHER – TC Descreve a gravidade imagenológica GRAU 1: sem sangue GRAU 2: lâmina de sangue fina (< 1mm) GRAU 3: lâmina > 1 mm GRAU 4: hemorragia intracerebral / ventricular Graus 3 a 4 (particularmente 4) – são pacientes de pior prognóstico. Após: exame vascular (angioTC, angioRM, arteriografia) -- Arteriografia (localização da lesão vascular) Às vezes, ao fazer a TC, o sangramento pode ter sido mais leve, e pode não ser visualizado, porém, devido à clínica do paciente, a suspeita ainda é forte. Nesses casos, antes de descartar o diagnóstico, pode-se fazer a punção lombar. -- Se TC normal ... PUNÇÃO LOMBAR: - >100. 000 hemácias/ mm³ - Mantém-se após coletas sucessivas (até o 4º. Tubo) - Xantocromia O sangue, particularmente a Hb (e o heme) são metabolizados a biliverdina e a bilirrubina, podendo dar origem a pigmentos amarelados, assim, paciente com HSA pode se apresentar com líquor amarelado (xantocrômico) → para que haja líquor xantocrômico é necessário um período de pelo menos 2 horas (para que a metabolização possa ter ocorrido) – em casos de acidente de punção não iremos encontrar esse aspecto xantocrômico. >> COMPLICAÇÕES Ressangramento (20% fase aguda) 1º - 7º dias... Prevenção: INTERVENÇÃO PRECOCE Vasoespasmo (20-30%) PRINCIPAL compl. 3º - 14º dias (acompanha com doppler transcraniano) Doppler transcraniano TTO: Indução de Hipertensão (antigo 3Hs) 3 Hs: Hipervolemia, hiperdiluição, hipertensão arterial Em relação a reversão do Vasoespasmo oq conta mais é a hipertensão! Hidrocefalia (15%) Coágulo: bloqueia drenagem liquórica... TTO temporário: Derivação ventricular externa TTO permanente: Derivação ventricular peritoneal ou atrial Hiponatremia Hipovolemia (BNP): Síndrome Perdedora de sal... repor volume Normovolemia (ADH): SIADH... Restringir volume >> TRATAMENTO - Terapia intensiva (PAM, PIC) Intervenção precoce - Até 3º dia (ou só após 14 dias): clipagem cirúrgica/ endovascular - Controle da PA... - PA sistólica: < 160 mmHg - Neuroproteção - Nimodipina VO ou SNG: 60 mg 4/4 hs por 14-21 dias reduz o impacto do vasoespasmo 66 A fraqueza muscular consiste na incapacidade de utilizar a musculatura esquelética adequadamente, com diminuição da força. Não consegue vencer a resistência (seja a resistência da gravidade ou a resistência imposta por alguém). A causa do problema, entretanto, pode se localizar nos locais mais diversos do corpo. Para levantar o braço (ato motor voluntário) – são necessários apenas 2 neurônios: como o ato é voluntário, o estímulo deve sair do córtex cerebral, onde está o núcleo do 1º neurônio motor → neurônio emite seu prolongamento (axônio) → cruza no bulbo e desce pela medula espinhal → faz sinapse com o segundo neurônio motor → o axônio do 2º neurônio chega até o músculo (o axônio do 2º neurônio motor nada mais é do que o nervo periférico). O 1º neurônio está completamente dentro do SNC (= aquele que é envolvido pela meninge). O 1º neurônio é central e o 2º, periférico. Na fraqueza muscular não devemos avaliar somente a condução do estímulo, mas também o músculo. O músculo é tecido muscular estriado esquelético – que trabalha a partir de canais iônicos. Já os neurônios trabalham a partir de neurotransmissores; assim, entre o neurônio motor (2º.) e o músculo temos a junção neuromuscular / placa motora (contato entre o sistema nervoso e o músculo), que funciona tal como um interruptor. >> Para o movimento existir: • Condução do estímulo nervoso (1º. e 2º. neurônios) • Transmissão (placa motora) • Área efetora (músculo) A FRAQUEZA pode ser por problema do... 1º neurônio (causa liberação do 2ª neurônio) Distúrbios de condução - hiperreflexia, hipertonia (espasticidade), hipotrofia, Babinski A clínica pode demorar a aparecer... AVE / TCE / Tumor do SNC... 2º neurônio (músculo perde a inervação) Distúrbios de condução Arreflexia, hipotonia (flacidez), atrofia, miofasciculação Neuropatia periférica, Sd de Guillain-Barré Placa motora – distúrbios na transmissão Fatigabilidade Miastenia / Botulismo Músculo – distúrbios da área efetora Aumento de enzimas (CPK), levantar miopático de Gowers Miosite (droga, infecciosa...) Lesão do 1º neurônio Fraqueza Unilateral acima da cápsula interna Desproporcionada contralateral Unilateral na cápsula interna Proporcionada contralateral Unilateral no mesencéfalo Proporcionada contralateral + olho homolateral (III par) Unilateral na ponte Perna e braço contralateral + face homolateral (VII par) Unilateral depois do bulbo Perna e braço homolateral Cervical bilateral Perna e braço bilateral Torácica bilateral Perna bilateral RESUMINDO... 1. As vias motoras já cruzaram ao entra na medula 2. Tao grosseiro, dor e temperatura cruzam ao entrar subindo cruzadas 3. Tato discriminativo, vibração, propriocepção sobem direto, sem cruzar (só cruzam no tronco) 4. Dois marcadores clínicos: nível sensitivo e alteração esfincteriana >> Como quantificar a redução da força? >> E como classificar a diminuição da forca? Localizada >> acomete um agrupamento muscular específico Disseminada >> acomete toda a musculatura do corpo Proximal >> acometimento de musculatura das cinturas escapular e pélvica. Os movimentos afetados são: escovar cabelos, levantar braços, levantar da cadeira, subir as escadas... Distal >> acomete musculatura distal à cintura escapular e pélvica. Exemplos de movimentos comprometidos: abris frascos, abotoar camisas, bater o pé ao andar... Simétrica Assimétrica >> SÍNDROMES CLÍNICAS 1º Neurônio 2º Neurônio Força ↓/ᴓ ↓/ᴓ Reflexos tendinosos ↑ ↓/ᴓ Tônus Espasticidade Flacidez Atrofia Hipotrofia Atrofia Babinski Presente Ausente Miofasciculação/ câimbra Ausente Presente OBS: 1º neurônio tbm pode ser chamado de Sd do 1º neurônio motor, Sd do neurônio motor superior ou Sd piramidal PLACA MOTORA Fraquezaque VARIA com o movimento MÚSCULO Fraqueza com ENZIMAS MUSCULARES elevadas (TGO, CPK, Aldolase, LDH) Levantar miopático de Gowers Classicamente quantificamos a Força Muscular numa escala de 0 a 5 Grau 0 O musculo é incapaz de expressar qualquer tipo de movimento Grau 1 Percebem-se miofasciculações, mas nenhum movimento efetivo é realizado Grau 2 Há movimento, porém incapaz de vencer a gravidade Grau 3 É capaz de vencer a gravidade, porém não vence pequenas resistências Grau 4 O musculo é capaz de vencer apenas pequenas resistências Grau 5 Movimento normal, isto é, consegue vencer grandes resistências FRAQUEZA MUSCULAR 67 DERMATOMIOSITE Auto-imune idiopática contra musculatura esquelética É + comum em mulheres >> CLÍNICA - Fraqueza: Proximal / simétrica / insidiosa / poupa olho - Disfagia (engasgo) - Mialgia - Heliótropo: olho roxo sem história de trauma “Olho roxo que não levou um soco” - Pápulas de Gottron: múltiplas pápulas vermelhas, eritematosas no dorso das articulações metacarpofalangianas e interfalangianas. “É a mão que não deu um soco” - Outros: febre, artrite, pneumonite... - Associação com NEOPLASIAS (constante vigilância) Dermatomiosite Juvenil: Maior incidência de calcinosis cútis (cutânea) Quando presente (calcinose) reflete uma doença que “demorou a ser tratada” Maior “carga” de lesão muscular e cutânea. >> DIAGNÓSTICO - Enzimas Musculares - Eletromiografia - Biópsia Muscular (padrão-ouro) E os anticorpos? Anti-Jo1 (associado a Doença pulmonar) / Anti-Mi2 / FAN (inespecífico) >> TRATAMENTO Corticoide +/- imunossupressores - se o px começa a ficar descontrolado, tem que aumentar a dose, não responde bem ao medicamento, tem que associar coisas para ele GRANDE SUSPEITA é o aparecimento do câncer! POLIMIOSITE Não ocorre lesão de pele Sem associação com neoplasia Anti-SRP marcador de pior prognóstico MIOSITE POR CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO Semelhante a polimiosite Homem idoso / Mais membros inferiores Não melhora com corticoide e imunossupressores SÍNDROME ANTISSINTETASE Miosite + artrite + pneumonite Anticorpo antissintetase (anti-Jo1) ESCLEROSE MÚLTIPLA Auto-imune / mulheres É uma doença Desmielinizante da substância branca do SNC. Não acomete vias periféricas. >> CLÍNICA Variada - Neurite óptica - Sd do 1º neurônio - Sintomas sensitivos - Sinais medulares / cerebelares - Incontinência urinaria / Neuralgia do TRIGÊMEO - Sintomas de Uhthoff (piora com calor) - Lhermitte (choque) >> PADRÃO DE EVOLUÇÃO - 1ª Lesão focal sugestiva de EM = Sd clínica isolada - 85% forma surto-remissão - 15% forma progressiva >> DIAGNÓSTICO - Clínica - Líquor: Bandas oligoclonais de IgG / ↑ IgG - RM: Múltiplas placas desmielinizantes Imagens em “Dedos de Dawson” >> TRATAMENTO SURTO – REMISSÃO No surto: Corticoide / Plasmaférese Manutenção: Interferon / Glatirâmer / Fingolimod / Natalizumab... >> PROGRESSIVA Ocrelizumab / Metotrexato / Ciclofosfamida... 68 Neuromielite óptica / Doença de Devic Curso agudo Afeta tronco + medula Acometimento proeminente do nervo óptico Positividade do autoanticorpo anti-aquaporina-4 SD DE GUILLAIN BARRÉ É uma polirradiculoneuropatia inflamatória aguda, autolimitada e desmielinizante, causada por mecanismo autoimune pós-infeccioso (Campylobacter jejuni). Contra bainha de mielina do nervo periférico. >> CLÍNICA Fraqueza flácida, arreflexa, simétrica e ASCENDENTE Disautonomias (arritmias, hipotensão...) / Dor lombar Sensibilidade e esfíncteres geralmente preservados Paralisia de par craniano (Ex: diplegia facial) Insuficiência respiratória (15 a 30%) – atenção com a capacidade vital – pressão inspiratória Ausência de atrofia muscular significativa >> DIAGNÓSTICO Na 1ª semana da doença o Líquor pode estar NORMAL Dissociação proteinocitológica no Líquor “é muita proteína p pouca célula” >> TRATAMENTO Imunoglobulina ou plasmaférese (corticoide é ineficaz) Escolher qual tiver mais intimidade, disponível no hospital Monitorar função respiratória >> PROGNÓSTICO A doença é autolimitada. A maior parte dos pacientes recupera a forca em meses e não fica com sequelas. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA / ELA Dç degenerativa do 1º e 2º neurônio motor / homem idoso. >> CLÍNICA Evolução progressiva de Fraqueza 1º neurônio: Babinski, Espasticidade e Hiperreflexia 2º neurônio: Atrofia, Miofasciculações e Câimbras Sem alteração SENSITIVA A musculatura ocular e os esfíncteres anal e vesical são poupados >> DIAGNÓSTICO De exclusão / Clínico RM e EMG são importantes, mas não há achados específicos >> TRATAMENTO Suporte Riluzol e edaravone: não curam, porém, podem retardar a progressão da doença. Além disso, suporte clinico intenso é indicado. Pacientes podem precisar de GTT e TQT. >> PROGNÓSTICO Péssimo. Os déficits motores vão se somando e óbito geralmente ocorre em 3-5 anos. MIASTENIA GRAVIS Doença auto-imune contra os receptores de acetilcolina musculares localizados na placa motora (antirreceptor da acetilcolina). Diminuição dos receptores de acetilcolina >> CLÍNICA Fraqueza + Fatigabilidade - Forma ocular: ptose / diplopia / oftalmoparesia - Generalizada: olho musculo bulbar próximos membros (proximal ou distal) - Sensibilidade NORMAL - Pupilas NORMAIS - Melhora pela manhã e com repouso - Timo anormal (75%) Você sabe o que é Fatigabilidade muscular? Significa que a fraqueza piora com movimentos repetidos. É como se o músculo entrasse em fadiga. >> DIAGNÓSTICO Eletroneuromiografia de fibra única – potencial decremental é + sensível p miastenia Anticorpos Anti-AchR / Anti-MuSK (forma generalizada) / Anti-LRP4 Outros TC/RM de tórax Teste da anticolinesterase (edrofônio) / Gelo >> TRATAMENTO Piridostigmina é uma droga anticolinesterasica - SEM MELHORA: associar imunossupressor - TIMECTOMIA: timoma < 60 anos e generalizada - NA URGÊNCIA (CRISE MIASTÊNICA): Ig ou plasmaférese EATON LAMBERT Doença auto imune com a produção de autoanticorpos anticanal de cálcio pré-sináptico da junção neuromuscular. Associação com neoplasia (CA de pulmão oat-cell) >> CLÍNICA - Fraqueza: Proximal e simétrica de membros Face, ptose - Disautonomias >> DIAGNÓSTICO - ENMG (incremental) - Anticorpo anticanal de cálcio (P/Q-VGCC) >> TRATAMENTO - Piridostigmina - Imunossupressores: em casos refratários 69 BOTULISMO É uma doença paralitica causada por neurotoxinas do Clostridium botulinum (A e G) – impede a liberação da acetilcolina >> TIPOS Dos alimentos – conservas, carnes... A partir de feridas Intestinal – infantil relação com o mel >> CLÍNICA Paralisia flácida simétrica DESCENDENTE Acomete o 2º neurônio motor Diplopia / Disartria / Disfonia / Disfagia Disautonomias Como age a toxina? Interfere na liberação da acetilcolina pela junção neuromuscular pré- sináptica e afeta a transmissão neuromuscular. OBS: a vacina para a pólio ou “Sabin” é preparada a partir de vírus atenuado de 3 subtipos (I, II e III) >> DIAGNÓSTICO Achar o microorganismo ou toxina >> TRATAMENTO Alimentos Antitoxina equina Feridas Antitoxina equina + ATB Intestinal Ig botulínica humana DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE É uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X, degenerativa e incapacitante. O gene defeituoso é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática. No entanto,cerca de 1/3 dos casos ocorre por mutação genética nova. Possui mutações genéticas no gene da distrofina, localizada no cromossomo X. A distrofina é uma proteína estrutural da membrana das células musculares esqueléticas. Só os meninos desenvolvem essa enfermidade, que se caracteriza pela ausência de uma proteína essencial para a integridade do músculo, que vai degenerando progressivamente. >> CLÍNICA A criança nasce normal, mas demora um pouco para andar. Entre dois e quatro anos, cai muito. Por volta dos sete anos deixa de correr, de subir escadas. Aos 12 anos aproximadamente, perde a capacidade de andar. Se tornam dependentes de cadeiras de rodas por volta dos 12 anos de idade. Ao longo de todo esse período, ocorrem contraturas nas articulações. Fraqueza muscular, inicialmente proximal Sintomas se iniciam precocemente, por volta de 2 a 3 anos de idade. É comum a coexistência de algum grau de retardo mental, mas é possível que alguns pacientes apresentem inteligência preservada ou até mesmo acima da média. Pode haver distúrbio no sistema de condução cardíaca e/ou comprometimento do próprio miocárdio, gerando cardiomiopatia dilatada. Alterações esqueléticas são frequentes, tem risco aumentado de fraturas e escoliose. Pseudo-hipertrofia das panturrilhas. Levantar miopático de Gowers: consiste na necessidade da criança em apoiar as mãos sobre suas pernas e coxas até atingir a postura ereta quando tenta se levantar do chão. >> DIAGNÓSTICO Aumento crônico de CK e alteração ECG Biópsia muscular: confirma o diagnóstico, por meio da técnica de imunoblotting >> TRATAMENTO - Não há cura - Tratamento precoce com corticoides que ajudam a diminuir os processo inflamatório do músculo; - Fisioterapia e à hidroterapia, recursos importantes para controlar a progressão da doença; - Uso de aparelhos BiPAP de ventilação assistida para proporcionar maior conforto para esses pacientes. 70 CEFALEIA Cefaleia Primária Recorrência + Exame Físico NORMAL Diagnóstico clínico Cefaleia Secundária Sinais de Alarme: - início após 50-55 anos - súbita - progressiva - doenças sistêmicas - sinais sistêmicos (febre, rigidez de nuca...) - sinal focal - mudança do padrão - TCE recente - papiledema Fazer exame complementar CEFALEIA PRIMÁRIA ENXAQUECA (MIGRÂNEA) 2ª mais comum Mulheres História familiar >> CLÍNICA Dor: pulsátil/ latejante / Unilateral Forte – Incapacidade 4 a 72 horas Piora com movimento Geralmente ocorre no período da manhã ou final da tarde Sintomas associados: náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia, osmofobia Crianças: fotopsia flashes luminosos dispersos AURA – Sinal neurológico focal (+ comum – visual) ENXAQUECA CLÁSSICA >> TRATAMENTO ABORTIVO (crise) - Analgésicos e AINEs – crise leve a moderada - Triptanos – agonistas 5HT1 (Ex: suma, riza...) – crise moderada a grave - Metoclopramida – antiemético de escolha - Corticoide, Clorpromazina – falha terapêutica PROFILÁTICO (>3-4 crises/mês) Duração mínima do tto: 6 a 12 meses - Betabloqueador (ESCOLHA) – Ex: atenolol, propranolol - Antidepressivos tricíclicos – Ex: Amitriptilina, nortriptilina - Bloq dos canais de Ca – Ex: Flunarizina - Anticonvulsivantes – Ex: Valproato, Topiramato (PERDE PESO) CEFALEIA TENSIONAL MAIS COMUM Mulheres >> CLÍNICA Dor: Opressiva / Bilateral Leve a moderada NÃO é incapacitante 30 min a 7 dias Sintomas associados: Hiperestesia e hipertonia da musculatura pericraniana Fonofobia OU fotofobia >> TRATAMENTO ABORTIVO (CRISE) - Analgésicos e AINEs PROFILÁTICO (>15 DIAS CRISE/MÊS – crônico) - Amitriptilina – Nortriptilina CEFALEIA EM SALVAS Também conhecida como “Cluster” – “Cefaleia suicida” Rara + comum em homens Etilismo – grande gatilho >> CLÍNICA Dor: “Facada” / Unilateral / Periorbitária Insuportável / Excruciante Dura de 15 a 180 min Geralmente ocorre no período noturno Sintomas associados: Hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, miose, ptose e edema palpebral, sintomas autonômicos ipsilaterais >> TRATAMENTO ABORTIVO (CRISES) O2 – terapia inicial de escolha Triptanos – suma sc ou intra nasal, zolmi intra nasal PROFILÁTICO (a partir da 1ª crise) Verapamil – ECG (pode bradicardizar o px, CUIDADO) Prednisona – ciclo de 10 dias em altas doses HEMICRANIA PAROXÍSTICA Semelhante a em SALVAS Diferenças: Mulheres Dor intensa 2-30 minutos > 5x/dia >> TTO: indometacina CEFALEIA SÚBITA VASCULAR (hemorrágico): - Subaracnoide: Cefaleia súbita intensa, ↓ nível de consciência, rigidez de nuca - Intraparenquimatoso: Cefaleia súbita intensa, ↓ nível de consciência, sinal focal CEFALEIA SENTINELA: ocorre dias a semanas antes da ruptura completa do aneurisma. Tem forte intensidade e pode ser acompanhada de náuseas e vômitos. Representa um pequeno sangramento do aneurisma, sem consequências catastróficas. CEFALEIA + HIC (Hipertensão Intracraniana) PROGRESSIVA Parênquima: SINAL FOCAL Pensar em Neoplasia (sem febre) ou Abscesso (com febre) Liquor: SEM SINAL FOCAL Hidrocefalia SÚBITA Sangue SINAL FOCAL: Hem Intraparenquimatosa SEM SINAL FOCAL: H. Subaracnoide SÍNDROMES ÁLGICAS 71 NEOPLASIA INTRACRANIANA >> ASPECTOS GERAIS Clínica: Sinal focal, HIC, Crises epilépticas Diagnóstico: RM TTO: Cirurgia, Radio/Quimio Edema cerebral = corticoide >> TIPOS BENIGNOS: - Meningioma: mais comum A localização + comum segundo o Harrison ou Sabiston é a Convexidade, porém o Livro de Neurocirurgia considera o Parassagital. - Neurinoma do acústico (VIII par): surdez unilateral - Craniofaringioma: criança, supra selar (na imagem), calcificação, hemianopsia bitemporal (comprime o quiasma óptico) MALIGNOS - Astrocitoma pilocítico juvenil: criança, cerebelo, não capta contraste - Meduloblastoma: criança, cerebelo, capta contraste Glioblastoma multiforme: idoso, pior prognóstico >> METASTÁTICOS Cerebral: 1º + comum pulmão Meníngea: 1º + comum mama NEURALGIA DO TRIGÊMEO Uma das “piores dores do mundo” Dor muito intensa nas áreas inervadas pelas raízes sensitivas maxilar e mandibular do V par craniano, quase sempre UNIlateral. Episódios breves – menos de 2 minutos Refere sensação de “choque elétrico” nas áreas afetadas – geralmente lábios, gengiva, bochecha e queixo. >> TRATAMENTO Anticonvulsivante: Carbamazepina Outros fármacos: pregabalina, baclofeno, gabapentina... ARTERITE TEMPORAL De células gigantes Vasculite de grande e médio calibre > 50 anos Polimialgia reumática (40%) >> CLÍNICA Sintomas Constitucionais (FEBRE) Cefaleia (temporal) Claudicação de mandíbula Cegueira (alteração visual) >> DIAGNÓSTICO BIÓPSIA da Artéria temporal VHS/ PCR – atividade de doença >> TRATAMENTO Corticoide MENINGITE Qual a causa? Bactéria, Vírus, Fungo, Tuberculose, Não infecciosa M. BACTERIANA AGUDA >> ETIOLOGIA Recém-nascido: Streptococcus grupo B (agalactiae), E. coli, Listeria (idoso) 1 mês até 20 anos: N. meningitidis, S. pneumococo, H. influenzae > 20 anos: S. pneumoniae, N. meningitidis >> FISIOPATOLOGIA - Colonização da VAS - Invasão do SNC - Inflamação - Edema - HIPERTENSÃO CRANIANA >> CLÍNICA Febre / Rigidez de nuca / Cefaleia Alteração do estado mental Hipertensão intracraniana ↓ Na, crise convulsiva, rash, petéquias... Reflexo de Cushing: bradicardia, hipertensão arterial, arritmia respiratória Cuidado com o MENINGO: pode fazer meningococcemiaOBS: petéquias e púrpuras sugerem meningococcemia (sepse pelo meningococo). São precedidas por exantema de evolução rápida, logo no início do quadro febril. >> EXAME FÍSICO Sinal de Kernig: flexão involuntária do joelho quando o examinador realiza a flexão passiva de 90° graus do quadril com o joelho estendido. Quando o sinal é positivo, o paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender o joelho por completo. Sinal de Brudzinski: flexão de ambas as pernas e coxas em resposta a flexão passiva do pescoço. O examinador coloca uma das mãos abaixo da cabeça do paciente e flexiona o pescoço; uma flexão espontânea dos quadris e joelhos bilateralmente indica sinal positivo. Na meningite, a reflexão passiva do pescoço estica as raízes nervosas pelas meninges inflamadas, causando dor e movimento involuntário dos membros inferiores. Sinal de Lasègue: teste da elevação da perna estendida e é o principal sinal semiológico na detecção de compressão radicular. Apesar de ser visto majoritariamente na dor ciática, há uma superposição entre o sinal de Kernig e o sinal de Lasègue, sendo ambos positivos na meningite. Na radiculopatia lombossacra, o sinal de Lasègue geralmente é unilateral, enquanto na meningite ele é bilateral. 72 >> DIAGNÓSTICO - Hemocultura (90%) - Exame do líquor Punção lombar paciente em posição fetal Melhores espaços são: L3-L4, L4-L5, L5-S1. Se: imunocomprometido; papiledema; alteração do nível de consciência; déficit neurológico focal; história de TCE prévio. LIQUOR: - pressão de abertura > 18cm H2O - células (até 4/mm3) ↑ PMN - proteínas (até 30 mg/dL) > 45 mg/dL - glicose (de 50 a 80 mg/dL) < 40 mg/dL - glicose liquor/sérica < 0,4 - antígenos bacterianos (látex) - cultura (> 80%) - bacterioscopia pelo gram (>60%) Diplococo Gram - MENINGOCOCO Diplococo Gram + PNEUMOCOCO Pneumococo = diploco gram-Positivo Neisseria = cocos ou diplococos gram-Negativos - ↑↑ Polimorfonucleares + Glicose Baixa = BACTÉRIA - ↑ Linfomononucleares + Glicose Baixa = FUNGO (criptococo/ HIV +/ CD4 ↓) ou TUBERCULOSE (crônica) - ↑ Linfomononucleares + Glicose Normal = VÍRUS ou ASSÉPTICA >> TRATAMENTO - Antibioticoterapia Empírica RN até 3 meses – Cefotaxime + Ampicilina 3m até 55 anos – Ceftriaxone +/- Vancomicina > 55 anos ou dç debilitante – Ceftriaxone + Ampicilina +/- Vancomicina Ampicilina para cobrir Listeria Ceftriaxone, 2 gr IV, cada 12 horas - Corticoide - Dexametasona – 20 min antes da 1ª dose de ATB - Isolamento - Respiratório (gotícula) – 1as 24 hrs do TTO - Para Haemophilus e Meningococo >> QUIMIOPROFILAXIA Doença Meningocócica Para quem? TODOS os contatos: próximos; profissionais de saúde (invasão sem EPI) Com o que? Rifampicina: 600 mg/dose 12/12 hs x 2 dias (4 doses) Alternativas: Ceftriaxone (grávidas) – Cipro – Azitro Meningite por Haemophilus Para quem? TODOS os contatos, desde que haja: Criança < 4 anos além do caso índice e não vacinada; criança imunodeprimida; creches com > 2 casos (até 60 dias de diferença entre eles), aqui não importa se é vacinado ou não, todos vão fazer profilaxia Com o que? Rifampicina: 600 mg 1x/dia por 4 dias (4 doses) >> ATENÇÃO! Se não tratar com CEFTRIAXONE (cefa 3ª) (Haemophilus ou Meningococo) Quimioprofilaxia para o PACIENTE >> COMPLICAÇÃO DA MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS: - Coleção subdural Realizar tomografia de crânio - Perda auditiva SURDEZ é a complicação neurológica + comum MENINGITE TUBERCULOSA Exame de neuroimagem antes da punção TC crânio: hidrocefalia, hipercaptação da meninge basal, infartos cerebrais, tuberculomas. >> LÍQUOR Proteína muito alta: entre 100-500 mg/dL Aumento da celularidade: 100-500 / mm3 com predomínio mononuclear (Linfocítico) Hipoglicorraquia: glicose < 40 mg/dL MENINGOENCEFALITE HERPÉTICA >> ETIOLOGIA: Herpes simples tipo 1 – HSV 1 >> CLÍNICA Meningite, alteração de comportamento, sinal focal >> LIQUOR: padrão viral o Líquor é claro ou levemente opalescente, com aumento da celularidade e predomínio de mononucleares, com elevação discreta de ptn e glicose normal. Imagem: alteração temporal, diferença de captação >> TRATAMENTO: Suporte + Aciclovir Indicação de 2ª Punção Lombar após 48 horas de tratamento: Ausência de resposta adequada após 48 hs de ATBterapia adequada Lactentes < 2 meses Pacientes com meningite por bacilos gram- negativos Meningite por S. aureus UFPI 2019 - Paciente do sexo masculino, 32 anos, relatou apresentar episódio recorrentes de cefaleia de forte intensidade na região periorbitária direita, associada a fotofobia, hiperemia ocular, ptose palpebral, lacrimejamento e congestão nasal ipsilaterais à dor, com as crises durando cerca de 30 a 60 minutos. A hipótese diagnóstica CORRETA para esse paciente é: RESPOSTA: Cefaleia em salvas. INTO RJ 2019 – Escolar, 7 anos, foi internado com quadro de meningite meningocócica. Quais pessoas devem receber quimioprofilaxia? RESPOSTA: Os contactantes intradomiciliares e todas as crianças e a professora da mesma sala de aula do paciente. UDI MA 2018 – Selecione a opção correta quanto à medida de precaução que deve ser adotada em uma criança com meningoencefalite. RESPOSTA: Precaução respiratória por gotículas HIVS RN 2016 – Qual medida abaixo é a melhor opção terapeutica abortiva para a cefaleia em salvas? RESPOSTA: Inalação de oxigênio por máscara 73 SINDROMES GLOMERULARES Sempre que lesar o glomérulo temos que lembrar de 5 grandes doenças: 1. Síndrome Nefrítica 2. Alterações Assintomáticas 3. Síndrome Nefrótica 4. GNRP 5. Trombose Glomerular (SHU: hemólise + uremia + plaquetopenia) SINDROME NEFRÍTICA SINÔNIMOS: glomerulite / glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) >> DEFINIÇÃO: conjunto de sinais, sintomas e achados laboratoriais que surgem quando há “inflamação” dos glomérulos renais. Inflamação Oligúria Congestão TRÍADE: Hematúria DISMÓRFICA + HAS + Edema >> OUTROS ACHADOS: - Piúria - Cilindros HEMÁTICOS e piocitários - Proteína subnefrótica (150 mg – 3,5 g/ 24 hs) - ↑ Ur e Cr (se oligúria prolongada) GN PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE) Strepto β-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) – CEPAS NEFRITOGÊNICAS 1-3 sem 2-6 sem Faringoamigdalite / Piodermite Imunocomplexos e Lesão renal >> QUADRO CLÍNICO Síndrome Nefrítica “PURA” Idade: 3-15 anos / ótimo prognóstico OLIGÚRIA - até 7 dias ↓ Complemento (C3) e ↓ CH50 – até 8 semanas Hematúria MICRO – até 1-2 anos Proteinúria LEVE – até 2-5 anos >> DIAGNÓSTICO 1. Houve Faringite ou Piodermite recente? 2. O período de incubação é compatível? 3. A infecção foi estreptocócica? Anti-estreptolisina O (ASLO ou ASO) VN: < 200 Pode estar ausente na Piodermite (até 50%) Anti-DNAse B 4. Houve queda transitória do C3? 5. GNPE confirmada >> QUANDO INDICAR A BIÓPSIA RENAL?? - Anúria / Oligúria > 1 sem (> 72 hs pela SBP) - Hipocomplementemia > 8 sem - Proteinúria nefrótica - HAS ou hematúria macro > 6 sem - Evidência de doença sistêmica >> ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS Macroscopicamente: rins de tamanho aumentados simetricamente (lembre-se do edema por inflamação) Microscopia eletrônica: depósitos subepiteliais eletrodensos conhecidos como “corcovas” ou “gibas” (ou humps, do inglês) >> TRATAMENTO OBS: não existe tto especifico, as medidas adotadas devem ser apenas de suporte - Repouso relativo - Restrição Hidrossalina - Diurético – Furosemida - Vasodilatadores – Ex: antag de Ca++ - Diálise – é raro, utilizar se necessário - ATB – Penicilina, Macrolídeo – Para ERRADICAR a cepa nefritogênica ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS DOENÇA DE BERGER Nefropatia mesangial por IgA 15-40 anos Asiáticos Logo após infecção (“sinfaringítica”) Hematúria MACRO intermitente (50%) Hematúria... NADA... Hematúria Hematúria MICRO Persistente (40%) Descoberta Ocasional Síndrome Nefrítica (10%) - rara Diferencial com GNPE... COMPLEMENTO NORMAL!!! >> DIAGNÓSTICO ↑ IgA: sérica e depósitos na pele Biópsia renal: se HAS, proteinúria > 1 g/dia ou insuficiência renal >> TRATAMENTO IECA + estatina Graves: corticoide ± ciclofosfamida ATENÇÃO EM PROVA!!! Rim + Púrpura + Artralgia + Dor Abdominal (BERGER “sistêmico”) Vasculite por IgA: PÚRPURA DE HENOCH- SCHÖNLEIN GN RAPIDAMENTE PROGRESSIVA >> DEFINIÇÃO: Lesão glomerular com perda da função renal em dias a meses Achado TÍPICO: “Crescentes” (fibrocelulares) em > 50% dos glomérulos >> CAUSAS TIPO 1 (10%): Anticorpos antimembrana basal (anti- MB) IMUNOFLUORESCÊNCIA (IF): padrão linear PRINCIPAL EXEMPLO: doença de Goodpasture “Pulmão-rim”: Hemoptise + Glomerulonefrite Complemento: NORMAL TTO: Corticoide ± Ciclofosfamida Plasmaférese TIPO 2 (45%): Imunocomplexos IF padrão granular EXEMPLOS: Lúpus, GNPE, Berger... TIPO 3 (45%): Pauci-imunes IF pouco visível EXEMPLOS: vasculites ANCA+ SÍNDROME DOS COMPARTIMENTOS RENAIS 74 SINDROME NEFRÓTICA >> DEFINIÇÃO: síndrome caracterizada pela excreção de proteínas maior que 3-3,5 g/dia em adultos; em crianças, maior que 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/h. >> OUTROS ACHADOS - Hipoalbuminemia - Edema periorbital e matutino - Lipidúria (cilindros graxos) e Hiperlipidemia >> TRATAMENTO GLOBAL DA SD NEFRÓTICA Diuréticos para controlar anasarca Estatinas para ajudar a hipercolesterolemia IECA para reduzir a pressão intraglomerular dilatando a arteríola eferente Dieta NORMOproteica ATENÇÃO – COMPLICAÇÕES !!! Infecções por Pneumococo (↓ IgG, principal) Aterogênese acelerada (dislipidemia) Metabólicas (↓ T4 total / ↓ Ca++ / Anemia refratária) Trombose (↓ AT3, Proteína C e S) A perda de proteínas como antitrombina III também eleva o risco de tromboembolismo; e como imunoglobulinas também são proteínas perdidas, aumenta a chance de infecções. Trombose da Veia Renal CLÍNICA: dor lombar, hematúria, ↑ proteína, ↑ Cr Varicocele súbita à esquerda = TVR CONDUTA: Doppler e anticoagular PRINCIPAIS CAUSAS: Ca renal e Sd nefrótica (Nefropatia Membranosa, GN mesangiocapilar, Amiloidose) “As 2 últimas (Nefropatia Membranosa, GN Mesangiocapilar) + Amiloidose” >> CAUSAS Idiopática DM HAS Lúpus HIV Amiloidose INVESTIGAÇÃO = BIÓPSIA Sd Nefrótica TEM QUE BIOPSIAR Formas primárias de SÍNDROME NEFRÓTICA 1. LESÃO MÍNIMA 2. GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GEFS) 3. GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL 4. NEFROPATIA MEMBRANOSA 5. GLOMERULONEFRITE MESANGIOCAPILAR LESÃO MÍNIMA Mais comum em... Crianças (1-8 anos) Achado histológico Fusão e Retração podocitária A clinica Proteinúria – NADA – Proteinúria Associada com Hodgkin / AINES O tratamento Responde de forma DRAMÁTICA ao corticoide 1 mg/kg/dia x 4-6 semanas Complica com Peritonite por pneumococo (PBE) ↓ complemento? NÃO GEFS É a + comum Condição por exclusão >> GEFS PRIMÁRIA (IDIOPÁTICA): - 25-35 anos (+ comum em negros) - Principal causa de SN em adultos (nefropatia membranosa fica em 2º lugar) Consome complemento? NÃO (nas formas 1as é bom lembrar) >> GEFS SECUNDÁRIA: são inúmeras, mas podemos destacar as associações abaixo: - anemia falciforme - HAS - refluxo vesicureteral - obesidade mórbida - HIV - uso de heroína >> CLÍNICA: síndrome nefrótica (proteinúria não seletiva) + complicações. >> TRATAMENTO: - Corticoides (+ imunossupressores) >> respondem mal comparando com DLM - IECA >> reduz os níveis de proteinúria e retardam a evolução para doença renal crônica 3 e 4 Neoplasias / Hepatite B, IECA, Sais de ouro, Penicilamina GN PROLIFERATIVA MESANGIAL Inflamação mesangial Hematúria ou Proteinúria O LES classe II e a nefropatia por IgA pode ser uma causa de mesangial NEFROPATIA MEMBRANOSA GN MESANGIOCAPILAR Mais comum em Criança / Adulto jovem Achado histológico Expansão mesangial / Duplo contorno A clinica “GNPE” + Nefrótica + ↓ Compl > 8 sem Associada com HCV O tratamento Corticoide / Antiviral Complica com Trombose da Veia Renal ↓ complemento? SIM!!! DOENÇAS GLOMERULARES Hematúria Dismórfica / Proteína > 3,5 g/ 24 hs Principal Função túbulo-intersticial: REABSORÇÃO Mais comum em Adultos (pp negros) Achado histológico < 50% dos glomérulos, em partes A clinica Síndrome nefrótica Associada com MUITAS (pensar por exclusão) O tratamento Corticoide (< Lesão mínima) Complica com Depende da causa ↓ complemento? NÃO Mais comum em Adultos (2º lugar) Achado histológico Espessamento da membrana basal A clinica Sinal inicial do LES Associada com NEOP / HBV / IECA, Sais de ouro, Penicilamina O tratamento Nada ou Corticoide Complica com Trombose da Veia Renal ↓ complemento? NÃO 75 DOENÇAS TUBULO-INTERSTICIAIS Distúrbio Hidroeletrolítico e Ácido-básico EAS “rico” (hematúria, proteinúria, piúria) DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAL 1. Nefrite Intersticial Aguda 2. Distúrbio Tubular Específico 3. Necrose de Papila 4. Necrose Tubular Aguda NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA PRINCIPAL CAUSA: Alergia Medicamentosa (sulfa, AINE, β-lactâmicos, rifampicina, warfarin, Fenitoína, hidroclorotiazida...) >> CLÍNICA Insuficiência renal OLIGÚRICA + Dor lombar + Febre + Rash >> LABORATÓRIO (além de ↑ de ureia e creatinina) Hematúria não-dismórfica; Proteinúria subnefrótica Piúria; Eosinofilia / ↑ IgE / Eosinofilúria Padrão-ouro: BIÓPSIA (em geral, não faz) >> TRATAMENTO Eliminar a causa suspender o medicamento potencialmente envolvido Se o paciente não melhorar em até 1 semana entrar com Corticoide (usado em casos refratários, não é tto padrão) DISTÚRBIO TUBULAR ESPECÍFICO Túbulo Contorcido Proximal: Reabsorve Glicose, Bicarbonato Alça de Henle: Concentra medula (impermeável à água) Túbulo Contorcido Distal: Reabsorve Na+ ou Ca++ Coletor: ALDOSTERONA troca Na+ por H+ ou K+ (córtex) ADH reabsorve água (concentra urina) (medula) Túbulo Contorcido Proximal Glicose: GLICOSÚRIA RENAL Atenção: SEM hiperglicemia! Bicarbonato: ACIDOSE TUBULAR RENAL (tipo 2) Causa: bicarbonatúria Detalhe: hipocalemia Falha Generalizada: SÍNDROME DE FANCONI (mieloma múltiplo) Alça de Henle Concentra medula (Na-K-Cl) Marcas: - Poliúria (não concentra medula: ADH não age) - HipoK + Alcalose (↑ oferta de Na = ↑ ação aldosterona) Causas: - Síndrome de Bartter HIPERcalciúria - Furosemida (LASIX) Túbulo Contorcido Distal Reabsorve Na+ ou Ca++ Marcas: - HIPOcalciúria (não reabsorve Na+: reabsorve Ca++) - Alcalose Metabólica com HIPOcloremia Causas: - Síndrome de Gitelman HIPOmagnesemia, HIPOcalcemia - Tiazídico Túbulo Coletor Cortical ALDOSTERONA: Troca Na+ por H+ ou K+ Acidose Tubular Renal (tipo 1 – distal) Acidose Tubular Renal (tipo 4) CAUSA: ↓ secreção H+ Detalhe: hipocalemia CAUSA: ↓ aldosterona Detalhe: hipercalemia Troca ↓ intensa Túbulo Coletor Medular ADH: Reabsorve água / concentra urina COLETOR RESISTENTE AO ADH (Diabetes Insipidus Nefrogênico) Poliúria, hipostenúria, polidipsia (urina diluída) NECROSE DE PAPILA SINÔNIMO: Papilite necrosante >> DEFINIÇÃO: Destruição da papila renal >> CLÍNICA: Dor lombar de forte intensidade (“cálculo”) Hematúria Febre >> CAUSAS O que + CAI EM PROVA Pielonefrite Hemoglobinopatia S (An. Falciforme) Obstrução urinária Diabetes Analgésico >> DX DIFERENCIAL:Nefrolitíase Pielonefrite >> DIAGNÓSTICO Urografia Excretora: “Sombras em anel” >> TRATAMENTO Afastar a causa DOENÇA VASCULAR RENAL ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL >> O QUE É? Estreitamento da luz arterial que produz isquemia crônica e prejudica o funcionamento do rim. >> CAUSAS -- ATEROSCLEROSE > 70-90% dos casos Idosos Proximal à aorta -- DISPLASIA FIBROMUSCULAR Menos comum Mulheres jovens Distal à aorta >> CONSEQUÊNCIAS Hipofluxo Liberação de renina Ativação do SRAA 76 RENINA ANGIOTENSINA I ECA ANGIOTENSINA II Vasoconstricção ALDOSTERONA (córtex adrenal) Retenção de Na+ HipoK e Alcalose Resumindo Adaptação Renal... 1. Hipertensão Renovascular 2. Vasoconstricção arteríola eferente *Responsável: Angiotensina II >> DIAGNÓSTICO Exames iniciais... - Cintilografia Renal (renograma) – sem e com “pril” “Compensado” ↑ angiotensina II Com Captopril ↓ angiotensina II - USG com doppler – assimetria e ↓ fluxo Confirmação: - AngioTC - AngioRM Dúvida / Intervenção: - Arteriografia Renal (PADRÃO-OURO) >> TRATAMENTO - Displasia fibromuscular: Angioplastia SEM stent - Aterosclerose: IECA ou BRA-II (pril ou sartan) Não usar pril ou sartan se... Estenose bilateral / estenose em rim único (chamadas de nefropatia isquêmica) O que fazer? Revascularização (angioplastia COM stent/ cirurgia) ATEROEMBOLISMO >> O QUE É? Ruptura de uma placa de ateroma, a qual libera no sistema arterial milhares de fragmentos do material lipídico contido em seu interior. >> CAUSA: Procedimento Vascular (ex: aortografia) Rim Insuficiência Renal Fissuras Biconvexas Pele Livedo reticular Extremidades Síndrome do Dedo Azul Retina Placas de Hollenhorst Eosinofilia / Eosinofilúria / ↓ Complemento >> TRATAMENTO Suporte NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE >> FATORES DE RISCO Doença renal crônica Nefropatia diabética com insuficiência renal Insuficiência cardíaca avançada ou outras causas de hipoperfusão renal (hipovolemia, instabilidade hemodinâmica) Altas doses de contraste Contrastes iônicos de 1ª geração (hiperosmolares) Intervenções percutâneas (risco de ateroembolismo) Mieloma múltiplo SÍNDROME DE LISE TUMORAL É caracterizada pela súbita liberação de componentes intracelulares em decorrência da destruição maciça de um grande número de células cancerígenas, como pode acontecer na quimioterapia de tumores com alta taxa replicativa... Um desses elementos que causa grande prejuízo é o ácido úrico, cujos níveis encontram-se aumentados nessas células. Na SLT o excesso de ácido úrico liberado para o sangue é filtrado nos glomérulos, e no interior dos túbulos renais são formados cristais dessa substância. Esses cristais, então, ocluem os túbulos e causam lesão, justificando o surgimento de IRA (nefropatia obstrutiva intratubular). HIPERcalemia HIPERfosfatemia HIPERuricemia HIPOcalcemia >> O que deve ser feito para combater esse problema? O ideal é a prevenção em pacientes de alto risco, fundamentada na hidratação venosa vigorosa pré e pós quimioterapia (aumento da diluição e do fluxo urinário, evitando a formação de cristais que chegam a se formar), além das medidas para reduzir a síntese de ácido úrico, como o uso de Alopurinol (inibidor da xantina-oxidase, enzima que forma o ácido úrico). Diureticoterapia não tem papel definido perante a SLT. A alcalinização urinaria (por administração de HCO3 IV, visando manter o ácido úrico no estado ionizado, o que evita a cristalização), durante muito tempo foi feita de rotina nesses doentes, porém, atualmente é contraindicado. ↑ PA 77 CLÍNICA E LABORATÓRIO >> Funções do rim: 1. Filtram o sangue 2. Mantem o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico 3. Função endócrino-metabólica FILTRAÇÃO - Retenção de escórias nitrogenadas (azotemia) Manifestações GI, pericardite, disfunção plaquetária, encefalopatia EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO & ACIDOBÁSICO - Hipervolemia Edema, congestão, hipertensão - Alto: H (acidose); P; K Causas de Uremia + K ↓: leptospirose, anfotericina B e aminoglicosídeos - Baixo: Ca; Na FUNÇÃO ENDÓCRINA Surge em casos crônicos - ↓ Eritropoietina: anemia - ↓ vitamina D: (calcitriol): doença óssea LESÃO RENAL AGUDA Evolução rápida / reversibilidade >> DIAGNÓSTICO: ↑ creatinina > 0,3 mg/dL (48 hs) OU ↑ creatinina > 50% (7 dias) OU ↓ diurese < 0,5 mL/ Kg/ h (6hs) >> TRATAMENTO DEPENDE da causa >> TIPOS TIPOS CAUSAS TRATAMENT O PRÉ-RENAL (55%) Hipoperfusão renal Hipovolemia; choque Restaurar volemia INTRÍNSECA (40%) Lesão renal direta Glomerulopatia; NTA*; NIA Abordar a causa PÓS-RENAL Obstrução urinária Próstata; cálculo Desobstruir >> ESTADIAMENTO DE IRA SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE AKIN I. Alto Risco de disfunção renal aumento abrupto (48 hs) da Creatinina > 0,3 mg/dl ou entre 1,5 e 2x o valor basal ou Débito urinário < 0,5 ml/kg/hora durante + de 6 horas. II. Lesao renal aumento da Creatinina entre 2 e 3x o valor basal, Débito urinário < 0,5 ml/kg/hra por + de 12 horas. III. Falência renal aumento da creatinina + de 3x o valor basal ou creatinina sérica > 4 mg/dl com aumento agudo de pelo menos 0,5 mg/dl (critério especialmente útil em pacientes com IR “agudizada”) ou Débito urinário < 0,3 ml/kg/hra durante 24 horas ou anúria durante 12 hs. >> Quando indicar Diálise de Urgência? - Refratariedade de: Hipervolemia, hipercalemia, acidose - Uremia franca: Encefalopatia, pericardite, hemorragia... NECROSE TUBULAR AGUDA Lesão: ↓ reabsorção + ↓ filtração (“dali para trás”) = Insuficiência renal oligúrica (“rolha”) >> CAUSAS - Isquêmicas (+ frequente): Choque, contraste iodado - Tóxica: Droga, mioglobina (rabdomiólise), contraste iodado Anfotericina B e Aminoglicosídeos >> TRATAMENTO - Suporte: recupera em 7-21 dias - Ideal: prevenção! * CONTRASTE: Hiposmolar, hidratação, acetilcisteína, HCO3 - OBS: o gadolínio é contraindicado em pacientes com Creatinina < 30 ml/min pelo risco de fibrose sistêmica nefrogênica, pois os pacientes desenvolvem fibrose cutânea e visceral (pulmonar, cardíaca e renal). Na PROVA: hidratação com solução salina venosa – principal medida * RABDOMIÓLISE: hidratação, manitol Paciente chocado com LRA: pré-renal ou NTA? Pré-renal: urina concentrada e com menos Na+ NTA: urina diluída e com mais Na+ PARÂMETRO PRÉ-RENAL NTA NaUR Baixo (< 20) Alto (> 40) FeNa (mais acurado) Baixa (< 1%) Alta (> 1%) Densidade Alta (> 1020) Baixa (< 1015) Osmolaridade Alta (> 500) Baixa (< 350) Cilindros Hialinos Epiteliais/ Granulosos Ur/ Creatinina > 40 < 20 >> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL AGUDA CRÔNICA Sem anemia ou doença óssea COM anemia ou doença óssea Creatinina prévia normal Creatinina prévia alterada USG renal NORMAL USG renal ALTERADA - ↓ rim (< 8,5 cm) - perda da relação córtico-medula DOENÇA RENAL CRÔNICA Evolução lenta/ irreversibilidade Principal causa de morbimortalidade = Doença Cardiovascular >> DEFINIÇÃO: - ↓ filtração: TFG < 60 mL/min OU - LESÃO RENAL: albuminúria > 30 mg (por dia ou por grama de creatinina) Por + de 3 meses >> CAUSAS HAS (Brasil) e DM (mundo) Rins de tamanho normal ou aumentado: (Infiltração) – Amiloidose, esclerodermia, dç renal policística (Hiperfluxo) – DM, falciforme, HIV (Obstrução) – Hidronefrose >> Principais achados que sugerem DRC: - Rins simétricos e de tamanho reduzido < 8,5 cm - Perda da relação corticomedular - Anemia - PTH elevado - Sedimento urinário inativo ou com proteinúria e cilindros SÍNDROME URÊMICA78 DRC G1 G2 G3A G3B G4 G5 >> CLASSIFICAÇÃO TFG e albuminúria Fórmula de escolha: CKD CKD – EPI (maior acurácia) 141 x (creatinina/ 0,9 –1,209 x 0,993idade x (1,159 se negro) COCKCROFT-GAULT (140 − 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)𝑥 𝑝𝑒𝑠𝑜 72 𝑥 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 Se mulher tem que fazer a conta e multiplicar por 0,85 ESTÁGIO TFG (mL/min) CONDUTA G1 > 90 Evitar progressão: IECA (pril) ou BRA-II (sartan) OBS: há apenas albuminúria G2 > 60 G3A > 45 Tratar complicações (anemia, doença óssea) G3B > 30 G4 > 15 Preparar diálise; transplante G5 < 15 Diálise; transplante OBS: Pacientes com TGF acima de 60, só terão doença renal crônica quando também apresentarem albuminúria. Estágio ALBUMINÚRIA A1 < 30 A2 30 – 300 A3 > 300 120 15 90 G1 G5 G4 30 G2 G3B G3A 45 60 >> ABORDAGEM GERAL DA DRC 1. Tratar causas reversíveis de disfunção renal Controle pressórico: preferencialmente com IECA, droga nefroprotetora. É contraindicado Hidroclorotiazida em pacientes em estágios IV e V (Clearance < 30 ml/min) Trocar por Furosemida 2. Prevenir ou alentecer a progressão da doença 3. Tratar complicações relacionadas 4. Fazer ajuste de doses das drogas (de acordo com TFG) 5. Preparo e início de Terapia de Substituição Renal (TSR) COMPLICAÇÕES DE DRC ANEMIA Multifatorial (ex.: sangramento crônico no TGI) Eritropoietina Medula óssea Ferro / Ácido Fólico / B12 Rim Eritropoietina – fecha o ciclo >> Principal CAUSA: Redução da ERITROPOIETINA A anemia aumenta o risco cardiovascular do nefropata, assim como a hiperfosfatemia. >> TRATAMENTO ALVO: Hb 10-12 g/dL - Reposição de Eritropoietina / Darbopoetina - Manter ferritina > 200 e Sat. Transferrina > 20% - Se ferritina ≤ 500 e saturação de transferrina ≤30%: dar ferro parenteral - Avaliar reposição de folato e B12 (em casos de anemia com macrocitose) OBS: EPO viscosidade do sangue aumento da PA aumento do risco de eventos como IAM, AVE por isso o alvo da Hb deve ser entre 10 e 11,5. DOENÇA ÓSSEA – OSTEODISTROFIA RENAL Doença renal crônica, com hipocalcemia, hiperfosfatemia e PTH aumentado. Hiperparatireoidismo 2º à insuficiência renal, condição que repercute sobre a saúde óssea causando a síndrome de Osteodistrofia renal. O osso vive em um processo contínuo de remodelamento. Os ossos ficam fracos, pois há aumento de turnover ósseo com produção de osso estruturalmente anômalo (Woven bone). O resultado é a ocorrência de dor e deformidades ósseas, além de risco aumentado de fraturas de fragilidade. >> FISIOLOGIA 1. OSTEÍTE FIBROSA (Hiperpara 2ário; alto turn-over) Reabsorção óssea subperiosteal >> ALTERAÇÕES: - Reabsorção subperiosteal das falanges - Crânio em sal e pimenta - Coluna em Rugger-Jersey “coluna em camisa” 79 >> CONDUTA 1) Restringir fósforo na dieta (800-1000 mg/dia) 2) Quelante de fósforo: sevelamer; carbonato de Ca 3) Vitamina D: calcitriol 4) Calcimimético: cinacalcete 2. DOENÇA ÓSSEA ADINÂMICA (baixo turn- over) >> DIAGNÓSTICO: ↓ PTH >> CONDUTA: ↓ intensidade do tratamento da osteíte fibrosa TRANSPLANTE E DIÁLISE O que preferir: transplante 1. Transplante Renal • Preferencial – melhora a sobrevida •Limitações: doadores, contraindicações, complicações (rejeição, infecções – citomegalovirose, pneumocistose,) Imunossupressão: corticoide + inibidor de calcineurina (tacrolimus ou ciclosporina) + antiproliferativo (micofenolato ou azatioprina) 2. Diálise • Reverte achados “agudos” (hipervolemia, eletrólitos, acidose, disfunção plaquetária, pericardite) >> INDICAÇÕES (1) Urgência para casos agudos e graves (2) Doença renal crônica: TFG < 10-15 (estágio IV) >> INDICAÇÕES DE URGÊNCIA Síndrome urêmica franca com: Sangramento gastrointestinal de vulto Pericardite Encefalopatia Condições refratárias ao tratamento conservador acidose, hipercalcemia e hipervolemia Algumas intoxicações >> MODALIDADES Hemodiálise (90%): + fácil de ser feita V. jugular interna, V. femoral, fístula AV Peritoneal: criança, sem acesso, intolerância à hemodiálise >> Manifestações da síndrome urêmica que NÃO respondem à dialise: Anemia Osteodistrofia renal Distúrbio do cálcio e fosfato (hipocalcemia, hiperfosfatemia) Algumas alterações cutâneas, como o prurido Alterações articulares: artrite, periartrite, tenossinovite Aterosclerose acelerada Dislipidemia Hipercatabolismo com desnutrição proteicocalórica Depressão imunológica com predisposição à infecção Síndrome urêmica crônica: ↓ metabolização da insulina OBS: A insulina é uma droga que é depurada pelo rim se o doente está precisando de menos insulina devemos pensar que ele está retendo esta droga pensar em nefropatia diabética. 80 O SÓDIO Íon extracelular Na = 135-145 mEq/L Determina a osmolaridade plasmática Osmpl = 2 x Na + 𝐺𝑙𝑖 18 + 𝑈𝑟 6 (N: 290 mosm/L) Ureia é menos importante, participa pouco Osmpl EFETIVA (Tonicidade)= 2 x Na + 𝐺𝑙𝑖 18 HIPONa é HIPO-OSMOLAR, com 2 exceções: HipoNa HIPERosmolar: ↑ Glicemia HipoNa ISOsmolar: ↑ Lipídio/proteína GAP OSMÓTICO = Osm medida (osmômetro) – Osm plasm. Se > 10 mOsm/L = intoxicação exógena Controlado por SEDE e ADH (retém H2O livre) Hiponatremia = excesso de água ou ADH SIADH Hipernatremia = déficit de água ou ADH Diabetes insipidus >> CAUSAS HIPONATREMIA (Na < 135 mEq/L) É o DHE + encontrado na pratica clinica ↑ H2O ou ADH HIPOVOLEMIA (+ comum): sangramento, perda digestiva e urinaria HIPERVOLEMIA (“com edema”): insuf cardíaca, cirrose NORMOVOLEMIA: SIADH Secreção inapropriada de ADH (principal causa), hipotireoidismo SIADH – Secreção inapropriada de ADH Síndrome antidiurese inapropriada SIADH tem + chance de aparecer na prova CAUSAS SNC (meningite, AVE, TCE) Iatrogênica (psicofármacos) Doença pulmonar (Legionella, Oat cell) HIV Reabsorção de H2O no Coletor HIPONATREMIA HIPERVOLEMIA TRANSITÓRIA Liberação de peptídeo natriurético atrial (ANP) NATRIURESE [Na+ urinário > 40] ↑ OSMOL. URINÁRIA (> 100 mOsm/kg) URICOSÚRIA NORMOVOLEMIA PARA A PROVA: HIPONa com Lesão Neurológica!!! Sd Cerebral Perdedora de Sal Liberação de peptídeo natriurético cerebral (BNP) NATRIURESE Estimulo APROPRIADO ao ADH Reabsorção de H2O no Coletor HIPONATREMIA HIPOVOLEMIA >> CLÍNICA Edema neuronal HipoNa aguda (< 48hs): Cefaleia, convulsão, coma HipoNa crônica (> 48 hs): Assintomático Hipotensão, mucosas ressecadas, taquicardia OBS: medicação indutora de hiponatremia são os diuréticos tiazídicos, com a Hidroclorotiazida. >> TRATAMENTO 1) HIPOVOLEMIA: Soro Fisiológico 0,9% 2) HIPERVOLÊMICA (IC / Cirrose): Restrição Hídrica + Furosemida 3) NORMOVOLÊMICA (SIADH): Restrição Hídrica + Furosemida + Antag ADH (Demeclociclina ou Vaptanos) >> E a reposição de NaCl 3%? CUIDADO com a Desmielinização Osmótica (mielinólise pontina). >> MIELINÓLISE PONTINA CEREBRAL Também conhecida como síndrome da desmielinização osmótica... Desenvolvimento de um meio extracelular excessivamente osmolar com a administração de salinas hipertônicas (Ex: NaCl 3%) Como resultado, teremos a saída de água das células, gerando desidratação neuronal, mais pronunciado no tronco encefálico+ frequente em mulheres na pré-menopausa, desnutridos, etilistas, hepatopatas e hipocalêmicos. Clinicamente, manifesta-se com tetraparesia / plegia, disfagia, disartria, disfonia, distúrbio comportamental, letargia e rebaixamento da consciência. Indicação: HipoNa AGUDA SINTOMÁTICA (NA < 125 mEq/L) Déficit Na+ = 0,6 (0,5 se mulher) x Peso x ∆Na Calcular na prescrição sempre quanto tem que repor em 24 horas, mas nas 1as 3 horas pode pegar mais pesado, pode fazer mais porque o paciente pode demandar. Elevar Natremia em até 3 mEq/L em 3 hs Elevar Natremia em até 12 mEq/L em 24 hs* (*) Pode ir até 12 mEq/L, mas é recomendado uma conduta + conservadora, de 8 até 10 mEq/L, isso pode ser encontrado em provas... HIPERNATREMIA (Na > 145 mEq/L) O que tenho que saber sobre HIPERNATREMIA? O que é? Déficit de água e ADH (Na > 145 mEq/L) Causas Incapacidade de pedir líquidos (coma/ RN/ idoso) Diabetes insipidus (central / nefrogênico) Clínica DESIDRATAÇÃO NEURONAL (cefaleia, HEMORRAGIA, coma) DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS 81 Tratamento De forma lenta e gradual Água potável (VO, SNE) SG 5% ou NaCl 0,45% (IV) Reduzir Na em até 10 mEq/L nas 1as 24 hs Complicação (reposição rápida) Edema Cerebral Crise convulsiva Coma O POTÁSSIO Íon intracelular K= 3,5-5,5 mEq/L Determina a excitabilidade neuromuscular Controlado por FLUXO CELULAR e ALDOSTERONA FLUXO CELULAR pH alcalino, adrenalina, insulina = entrada d K+ na célula ALDOSTERONA Perda de K+ ou H+ no túbulo coletor Hipocalemia = armazena ou perde K+ Hipercalemia = libera ou retém K+ >> CAUSAS HIPOCALEMIA (K < 3,5 mEq/L) - Armazenamento intracelular: Alcalose metabólica β2 agonista Cetoacidose (tratamento) Vitamina B12 - Perda excessiva: HIPERaldosteronismo Diuréticos Vômitos* e diarreia Anfotericina B Insuf Renal com HIPOcalemia Sd de Bartter, Sd de Gitelman, Sd de Liddle Leptospirose (*) ela não perde K no vômito, perde pela URINA ATENÇÃO: Vômitos Perda de HCl = alcalose hipoclorêmica hipocalemica Perde K+ pela URINA!!! >> CLÍNICA Fraqueza / Íleo paralítico / Cardíaca (ECG) Alteração na onda T – repolarização ventricular, então se tem uma HIPOcalemia, a alteração + precoce é a ↓ onda T/ aparece onda U Onda P apiculada >> TRATAMENTO Reposição de KCl: Escolha – via ORAL (3-6 g/dia) Se intolerância oral ou K+ < 3 mEq/L: NaCl 0,45% [210 ml] + KCl 10% [40 ml] Correr em 4 hs Evitar Soro Glicosado! Refratários: corrigir HIPOmagnesemia! HIPERCALEMIA (k > 5,5 mEq/L) - Liberação: Acidose Rabdomiólise Lise tumoral Hemólise maciça - Retenção de K: HIPOaldosteronismo Insuficiência renal IECA, espironolactona Heparina Sd neuroléptica maligna >> CLÍNICA Fraqueza muscular / Cardíaca (ECG) ↑ onda T (“tenda”) Onda P achatada QRS alargado “Quanto MAIOR o cálcio, MENOR o intervalo QT” >> TRATAMENTO 1ª MEDIDA: - Se ECG alterado ESTABILIZAR A MEMBRANA MIOCÁRDICA COM: Gluconato de Cálcio 10% (1 amp, 2-5 min) Faz para estabilizar! 2ª MEDIDA: Reduzir o K+ ARMAZENAR NA CÉLULA: Glicoinsulinoterapia (10 UI + Gli 50g) Outros: Beta 2-agonista inalatório NaHCO3 (se houver acidose) PERDA RENAL OU DIGESTIVA: Furosemida ou Resina de troca (EX: sorcal) REFRATÁRIOS: Diálise 82 EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 1. Manutenção do pH (nível de acidez ou alcalinidade) Sistema tampão CO2-HCO3: corrige em segundos BASE ÁCIDO H+ + HCO3- H2CO3 CO2 + H2O Pulmões e rins pH = 𝐻𝐶𝑂3− 𝐶𝑂2 Rins: horas a dias / Pulmões: em minutos 2. GASOMETRIA ARTERIAL pH = 7,35 – 7,45 pCO2 = 35-45 (mmHg) HCO3 act = 22-26 (mEq/L) HCO3 std = 22-26 (mEq/L) – se tiver os 2 (act e std), confiar + no padrão std, q é + fidedigno BE (base excesso) = -3,0 a + 3,0 (mEq/L) Se o BE já se alterou é porque tem um dist crônico 3. Distúrbios Ácido-básicos SIMPLES Acidose Metabólica ↓ pH, ↓ HCO3 Alcalose Metabólica ↑pH, ↑ HCO3 Acidose Respiratória ↓pH, ↑ PCO2 Hipoventilação Alcalose Respiratória ↑ pH, ↓ PCO2 Hiperventilação MISTOS Distúrbios combinados >> EXEMPLOS pH = 7,20 Acidose PCO2 = 26 mmHg ↓ HCO3 = 12 mEq/L ↓ HCO3 é uma resposta compensatória = Acidose Metabólica pH = 7,48 Alcalose PCO2 = 46 mmHg ↑ HCO3 = 32 mEq/L ↑ CO2 é uma resposta compensatória = Alcalose Metabólica pH = 7,50 Alcalose PCO2 = 26 mmHg ↓ HCO3 = 19 mEq/L ↓ = Alcalose Respiratória pH = 7, 25 Acidose PCO2 = 60 mmHg ↑ HCO3 = 26 mEq/L ↑ = Acidose Respiratória 1º CASO 2º CASO pH = 7,15 pH = 7,34 PCO2 = 60 mmHg PCO2 = 60 mmHg HCO3 = 24 mEq/L HCO3 = 30 mEq/L BE = 0,0 mEq/L BE = 7,0 mEq/L ACIDOSE RESPIRATÓRIA Caso 1: Ac Resp AGUDA Caso 2: Ac Resp CRÔNICA porque o RIM compensou pH = 7,40 Normal PCO2 = 55 mmHg ↑ HCO3 = 32 mEq/L ↑ = Acidose Respiratória + Alcalose Metabólica pH Normal não define ausência de distúrbio acido- básico pH = 7,10 Acidose PCO2 = 50 mmHg ↑ HCO3 = 15 mEq/L ↓ = Acidose Mista (Metabólica e Respiratória) pH = 7,70 Alcalose PCO2 = 26 mmHg ↓ HCO3 = 32 mEq/L ↑ = Alcalose Mista (Metabólica e Respiratória) pH = 7,30 Alcalose PCO2 = 26 mmHg ↓ HCO3 = 12 mEq/L ↓ = Acidose Metabólica PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 = pode tolerar o valor com variação de ± 2 PCO2 esperada = (1,5 x 12) + 8 = 26 mmHg Entre 24 e 28 mmHg Teve uma resposta Simples compensada pH = 7,15 Acidose PCO2 = 32 mmHg ↓ HCO3 = 10 mEq/L ↓ = Acidose Metabólica PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 = pode tolerar o valor com variação de ± 2 PCO2 esperada = (1,5 x 10) + 8 = 23 mmHg Tolera na faixa de 21 a 25 mmHg Não compensada, porque é um Distúrbio MISTO (Metabólica + Respiratória) 83 ALGORITMO DA GASOMETRIA 1) O pH é de acidose ou alcalose? pH < 7,35 = ácido pH > 7,45 = alcalino 2) Quem justifica: PCO2 ou HCO3? PCO2 = respiratório (agudo x crônico/ BE) HCO3 = metabólico 3) Pode ser distúrbio misto? Sem resposta compensatória esperada Acidose Metabólica: PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 Alcalose Metabólica: PCO2 esperada = HCO3 + 15 ACIDOSE METABÓLICA pH < 7,35; HCO3 < 22 CARGAS (+) = CARGAS (-) Na 140 mEq/L Cl + HCO3 106 + 24 mEq/L Ânion Gap (AG) = “ânions não medidos” AG = Na – (Cl + HCO3) = 8 -12 mEq/L Ou aumenta o CLORO AG NORMAL (hiperclorêmica) Ou aumenta o ÂNION GAP AG aumentado AG AUMENTADO Salicilato (AAS) Alcool (metanol, etilenoglicol) Lactato (choque, dça hepática, trânsito GI lento) Uremia Diabetes (cetoânions) - Tratar o distúrbio de base! - HCO3: ↑ Na+, volemia / ↓ Ca2+ / alcalose Indicações: Intoxicação Uremia com pH < 7,1 - 7,2 Cetoacidose com pH < 6,9 Álcool: METANOL: História: destilados clandestinos Metabólito: ác. Oxálico ETILENOGLICOL: História: anticongelantes (radiadores) Metabólito: ác. Oxálico MINAS GERAIS – DIETILENOGLICOL: Sistema de resfriamento da cervejaria AG NORMAL (Hiperclorêmica) - Perda digestiva BAIXA (diarreia, fístula pancreática, ureterossigmoidostomia) - Acidose Tubular Renal (Tipo 2 – proximal; Tipo 1 e 4 – distais) - Tratar com reposição de bases! Citrato de potássio VO ALCALOSE METABÓLICA pH > 7,45; HCO3 > 26 “O rim lida bem com o HCO3” Mas por que existe ALCALOSE? 1. HIPOVOLEMIA Leva à reabsorção de Na+ e HCO3- 2. HIPOCALEMIA EstimulaALDOSTERONA e faz alcalose 3. HIPOCLOREMIA Poupa carga (-) e não perde HCO3- Consequência: acidúria paradoxal HIPOVOLEMIA ↓ K, Cl Perdas digestivas altas Diuréticos, doenças tubulares Repor SF 0,9% + KCl NORMO ou HIPERVOLEMIA Hiperaldo 1º ou 2º Adenoma suprarrenal: cirurgia Hiperplasia: espironolactona Estenose a. renal: IECA ou revascularização 84 CONCEITOS A formação das células sanguíneas Na medula óssea.... Stem Cell (Célula tronco) Eritropoiese: Linfócitos Monócito / Macrófago Granulócitos Hemácias Plaquetas A Eritropoiese: O rim produz a Eritropoetina Medula óssea Eritroblastos – Formacao da Hb / Perda do núcleo Circulação Reticulócitos (24 hs) Hemácias O reticulócito é um grande marcador da produção As hemácias não se multiplicam Na QUEDA das Hemácias: Rim: Eritropoetina AUMENTA Medula óssea: Eritroblastos AUMENTAM Circulação: Reticulócitos AUMENTAM ↓ HEMÁCIAS Hipoxemia Então, se em uma anemia a MO conseguir responder = HIPERPROLIFERATIVA – RETICULOCITOSE - Anemia Hemolítica - Sangramento Agudo Então, se em uma anemia a MO NÃO conseguir responder = HIPOPROLIFERATIVA – SEM reticulocitose - Anemias Carenciais >> ferropriva, B12, folato - Anemia de Dça Crônica - Ins Renal crônica A Hemoglobina... (o conteúdo da hemácia) Formada pela: Protoporfirina IX + Ferro HEME 4 HEME + 4 GLOBINA HEMOGLOBINA Se o paciente não tem a PROTOPORFIRINA = An Sideroblástica Não tem FERRO o suficiente = Na Ferropriva / Dç Crônica Se tiver algum problema com a cadeia de GLOBINA = Talassemias / Anemia Falciforme Talassemia Defeito de quantidade An Falciforme Defeito de qualidade DIAGNÓSTICO HEMOGRAMA: 1º - Hb: 12-17 g/dL 2º - Hm: 4-6 milhões/mm3 3º - Ht: 36-50% VCM: 80-100 fL HCM: 28-32 pg CHCM: 32-35 g/dL RDW: 10-14% Reticulócitos: 0,5 – 2% -- se prolifera ou não Leuc: 5.000 – 11.000/mm3 Plaq: 150.000-400.000/mm3 VCM: avalia o tamanho – micro/ normo/ macrocítica HCM e CHCM: avalia a cor – hipo/ normo/ hipercrômica Anemia hipercrômica = esferocitose RDW: índice de anisocitose >> é a discrepância entre os tamanhos das hemácias Se alto = Anemias carenciais CLASSIFICAÇÃO Anemias Microcíticas Ferropriva (1º) Doença crônica (2º) Talassemia Sideroblástica (forma hereditária) Anemias Normocíticas Ferropriva (1º) Doença Crônica (2º) Insuficiência renal Anemia Hemolíticas Anemia Aplásica Anemias Macrocíticas Megaloblásticas Etilismo Crônico Sideroblástica (forma adquirida) ANEMIA FERROPRIVA >> QUADRO CLÍNICO Síndrome anêmica: palidez, astenia, cefaleia, angina... Carência Nutricional: - Qualquer carência: glossite, queilite angular - Carência Fe: perversão do apetite (PICA – pagofagia), coiloníquia, disfagia (Plummer-Vinson) - DISFAGIA (PLUMMER-VINSON – fibrose ao redor do esôfago – essa manifestação não é restrita apenas à ferropenia, podendo aparecer também em casos de tireoidopatias). >> DIAGNÓSTICO Ciclo do Ferro Intestino MO Fe Transferrina Hemácias (dieta) 120 dias Transporte Baço Ferritina Fe Hemocatarese Não existe via de eliminação fisiológica do ferro, ele entra, mas não sai do seu organismo Decorrente de eritropoese inefetiva SÍNDROMES ANÊMICAS 85 >> Balanço Negativo do Ferro Depleção dos Estoques (Ferritina ↓) Aumento da Transferrina TIBC ↑ Ferro Sérico ↓ ANEMIA Normocítica Microcítica Hipocrômica TIBC = Capacidade Total de Combinação do Ferro Valor Normal: 220 a 240 ug/dL Saturação da Transferrina (ferro/ TIBC) – N: 30-40% Hemograma - Anemia: Normo/ Normo (início) Micro/ Hipo (clássico) - ↑ RDW (N: 10-14%) - Trombocitose Índices do Ferro >> Estoque - ↓ Ferritina - ↑ Transferrina ↑ TIBC ↑ Receptor solúvel da Transferrina ↑ Capacidade total de ligação de Fe >> Transporte - ↓ Ferro sérico ↓ Sat da Transferrina >> Ferro - ↑ Protoporfirina Outros exames Reticulócitos ↓ Hepcidina ↓ Anisocitose >> CONDUTA 1. Investigar a Causa - Crianças: desmame precoce, ancilostomíase (eosinofilia)... - Adultos: hipermenorreia, sangramento GI crônico... Se > 50 anos = colono e EDA 2. Iniciar Sulfato Ferroso - Dose? 300 mg (ou 60 mg Fe elementar) 3x/dia - Como avaliar a resposta? Contagem de Reticulócito - Duração? 6 meses a 1 ano (ou ferritina > 50 ng/ml) >> Reposição de Fe elementar Segundo o MS: 3 a 6 mg/kd/dia Segundo a SBP: 3 a 5 mg/kg/dia Gluconato de Fe 12% de ferro elementar Sulfato ferroso 20% Após inicio do tratamento da An. Ferrop., o 1º sinal de melhorar é o AUMENTO na contagem de reticulócitos, que se dá por voltar do 4º ao 5º dia, atingindo um pico entre 7-10 dias, que é quando os níveis de Hb começam efetivamente a aumentar. A normalização da hemoglobina se da por voltar da 6ª semana de tto. ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA Dças crônicas: Infecciosas, Inflamatórias, Neoplásicas >> Citoquinas >> Fígado >> ↑ HEPCIDINA: - Aprisionamento do Ferro* - Redução da absorção intestinal do Ferro >> LABORATÓRIO - Anemia – Normo/ Normo - ↓ Ferro sérico - ↓ Sat de Transferrina - ↑ Ferritina (faz a ≠ com Ferropriva) - ↓ Transferrina - ↓ TIBC - ↓ Receptor solúvel da transferrina - ↑ hepcidina >> TRATAMENTO Tratar a doença de base Eritropoetina (casos selecionados) ANEMIA SIDEROBLÁSTICA Falha na síntese do HEME (álcool, chumbo, hereditária) OBS: O uso de drogas com isoniazida e rifampicina é uma das causas clássicas de Anemia Sider. Medicamentosa. - Pode ser microcítica e hipocrômica - Fe sérico alto - Ferritina alta - Transferrina normal >> DIAGNÓSTICO Aspirado de MO: > 15% de Sideroblastos em anel Sangue periférico: Corpúsculos de Pappenheimer >> TRATAMENTO Tratar causa de base Vitamina B6 Desferoxamina (Quelante do ferro) TALASSEMIA Defeito na quantidade de globina Aconselhamento genético 4 HEME + 4 GLOBINA HEMOGLOBINA (ααββ) HbA 97% (ααδδ) HbA2 2% (ααγγ) HbF 1% ↓ cadeia β: Betatalassemia ↓ cadeia α: Alfatalassemia OBS: o resultado “FAS” (HbF + HbA + HbS) significa traço falcêmico 86 BETATALASSEMIA Β0: sem produção / Β+: ↓ produção Hemácia pequena e com sobra de cadeia alfa (tóxica) - Eritropoiese Ineficaz (“Hemólise na MO”) - Hemólise (baço e fígado) - Anemia micro / hipo com RDW normal - Acúmulo de ferro - Diagnóstico: Eletroforese de Hb: ↓ HbA, ↑ HbA2 e ↑ HbF >> FORMAS CLÍNICAS Betatalassemia Major (β0β0, β0β+) - COOLEY Anemia hemolítica grave depois de 6 meses de idade Hepatoesplenomegalia / Baixa estatura Expansão de MO (deformidades) TTO: Ác Fólico/ Quelante de Fe/ Esplenectomia/ Transplante MO Betatalassemia Intermedia (β+β+) Clinica mais branda TTO: Ác Fólico e Quelante do Fe Betatalassemia Minor (β+ β, β0β) – TRAÇO Somente anemia micro/hipo TTO: acompanhamento ALFATALASSEMIA Deleção de um ou mais genes alfa (normal são 4) Hemácia pequena e com sobra de cadeias BETA e GAMA (tóxicas) Clínica, laboratório e tto semelhantes à betatalassemia Sintomas só com mais de 3 deleções (já ao nascimento) >> FORMAS CLÍNICAS Carreador assintomático (ααα-) Deleção de apenas uma cadeia Alfatalassemia Minor (αα- -) Só Microcitose e hipocromia Eletroforese de Hb normal Alfatalassemia Intermédia (α- - -) – Dç da Hemoglobina H Anemia hemolítica moderada/grave Eletroforese de Hb: 5 a 40% de Hb H HidropsiaFetal (- - - -) Incompatível com a vida Eletroforese de Hb: 80% de Hb Bart ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Deficiência de Ácido Fólico e/ou Vitamina B12 Tem um bloqueio na síntese do DNA Na medula óssea tem Megaloblastos (células que não “dividiram”) Eritropoiese ineficaz (“hemólise na medula”). No sangue periférico: Macrocitose, Pancitopenia, Neutrófilos HIPERsegmentados >> Metabolismo do “Folato” “Folheato”. O folato está presente nas “Folhas verdes” (dieta) → iremos ingeri-lo sob a forma inativa de MTHF, que, ao entrar na célula, será convertido em THF (reação catalisada pela vitamina B12) – o grupamento metil retirado é utilizado para transformar a homocisteína em metionina. Depende de B12 e consome homocisteína... >> DEFICIÊNCIA DO “FOLATO” Má nutrição – *Alcoólatra, criança... ↑ Necessidade – Gestante, Hemólise crônica Metotrexato Doenças intestinais difusas Metabolismo da Cobalamina (B12) A vit B12 é de origem animal – principalmente da carne A vitamina B12 ligada a proteína chega ao estômago – no estômago, a pepsina separa a B12 da proteína → a vitamina B12 liga-se então ao ligante R (saliva) → B12 + ligante R chegam ao duodeno → do duodeno, através das proteases pancreáticas, temos a separação da vitamina B12 do ligante R → a vitamina B12 liga-se agora ao fator intrínseco (produzido no estômago) → no íleo terminal há receptores para o fator intrínseco, e assim, a vitamina B12 pode então ser absorvida. A absorção da vitamina B12 depende de vários fatores: da dieta, da saliva, do estômago, do duodeno/ pâncreas e do íleo terminal. >> CAUSAS DE DEFICIÊNCIA DE B12 Anemia perniciosa (+ comum em mulheres idosas, associação com vitiligo) Vegetariano estrito Gastrectomia Pancreatite crônica Doença ileal Diphyllobothrium latum Antrectomia Uso de inibidor da bomba de prótons – IBP Uso crônico de metformina Síndrome da alça cega >> QUADRO CLÍNICO Deficiência de B12 e Ácido Fólico Síndrome anêmica Glossite + Queilite + Diarreia 87 Só na Deficiência de B12: Síndromes neurológicas (neuropatia – mielopatia – demência) Por que os sintomas neurológicos? >> LABORATÓRIO An Macrocítica (>110) / Neutrófilos hipersegmentados (tbm chamado de pleocariócitos) ↑ RDW e Normocromia ↓ Plaquetas e Leucócitos (pancitopenia leve) ↑ LDH e Bilirrubina Indireta (eritropoiese ineficaz) Valor normal de B12: > 200 Mas é carência de B12 ou folato? ↑ Homocisteína: os dois causam... ↑ Ácido Metilmalônico: só Vit B12 Se não tem como saber quem é tratar as DUAS, porque podem se tornar IRREVERSÍVEIS >> TRATAMENTO Def B12: - Repor B12 IM Def Ácido Fólico: - Repor folato VO ANEMIAS II HIPERPROLIFEATIVA X HIPOPROLIFERATIVA Reticulócitos > 2% Reticulócitos < 2% - Hemólise - Sangramento Ag Reconhecendo a Hemólise... >> CLÍNICA Anemia + Icterícia Litíase Biliar Esplenomegalia >> LABORATÓRIO ↑ reticulócitos (VCM N ou ↑) ↑ bilirrubina indireta e LDH ↓ haptoglobina CRISES ANÊMICAS: Sequestro esplênico Falcêmicos < 2a ... ↑ baço + anemia grave! Idade + acometida: entre 6 meses e 1 ano Aplásica Parvovírus B19... precursores eritroides Transitória (24-48 hs) Megaloblástica ↑ turnover... déficit de folato Hiper-hemolítica Incomum >> COOMBS DIRETO Se + = IMUNE Mecanismo Autoimune (AHAI) Se - = NÃO IMUNE Congênita ou Adquirida Congênita: Membrana (esferocitose hered) Enzima (defic de G6PD) Hemoglobina (falciforme, talassemia) Adquirida: Intravascular x Extra (baço) (hiperesplenismo, trauma, SHU) ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA ↓ Espectrina / Anquirina: Alteração na membrana >> CLÍNICA Hemólise + ... Esferócitos / HIPERcromia (↑ CHCM) / Coombs (-) OBS: esferócitos no sangue periférico não é patognomônico de esferocitose hereditária! >> DIAGNÓSTICO: Teste da fragilidade osmótica >> TTO: existe cura para isso? NÃO, o problema é genético ... mas a clínica pode curar... Alteração Hematológica: NÃO CURA, defeito GENÉTICO! Para o Quadro Clínico: CURA... a partir de uma ESPLENECTOMIA! A partir dos 4 anos 88 DOENÇAS FALCIFORMES Defeito qualitativo da hemoglobina Cadeia β: troca ácido glutâmico por valina Hemoglobina S (Hb S) Traço falciforme: heterozigoto – AS Anemia falciforme: homozigoto – SS ANEMIA FALCIFORME / DREPANOCITOSE >> DEFINIÇÃO: Eletroforese com HbS > 85-90% Se passa por situações de estresse: HbS ↓O2 / Desidratação / ↓ pH / ↑ temperatura Polimerização / Afoiçamento (célula em foice ou drepanócito) A anemia falciforme se deve a uma única mutação genética, na qual há troca d aminoácido ácido glutâmico por valina na 6ª posição do gene da cadeia beta de hemoglobina, no cromossoma 11, dar origem a um tipo de hemoglobina com a capacidade de se polimerizar ao ser desoxigenada. Para que seja observada anemia falciforme clássica, é necessária homozigose para hemoglobina S (SS), ou seja, ambos os pais devem ser portadores do gene. Esta mutação genética é prevalente em países da África equatorial, compondo a região do “cinturão da malária”. >> QUADRO CLÍNICO Hemólise e inflamação / Vaso-oclusão É uma doença isquêmica, com inflamação vascular e vaso-oclusão – pode se desenvolver de forma súbita ou arrastada AGUDO: CRISES VASO-OCLUSIVAS - Síndrome mão-pé Dactilite: 6m-3a (HbF protege no início) - Crises álgicas: ossos longos, vértebras, arcos costais No caso especifico da manifestação óssea dos arcos costais Dx diferencial: osteomielite (lembrar salmonella) Abdominal, hepática, priapismo - Síndrome Torácica Aguda: infiltrado pulmonar novo + febre, tosse, dor torácica, secreção purulenta, dispneia e/ou hipoxemia infecção, TEP, embolia gordurosa. - Sistema Nervoso Central: AVEi (< 15a) ou AVEh (adultos) 3 condições + GRAVES – 3Ps Pulmão Priapismo Parênquima cerebral CRÔNICO: DISFUNÇÃO DE ÓRGÃOS - BAÇO Autoesplenectomia até 5 anos... Risco de sepse pneumocócica! Corpúsculo de Howell-Jolly (núcleo não removido) Se baço continua palpável: pensar em outra doença falciforme (S-talassemia?) - RIM GEFS, Hematúria (papila) Traço falciforme: única alteração - RETINOPATIA - OSTEONECROSE (fêmur) Hemoglobinopatia SC - ÚLCERAS CUTÂNEAS >> TRATAMENTO TERAPIA AGUDA - Hidratação / O2 Não hiper-hidratar / O2 por dispositivo de alto fluxo apenas se hipoxemia - Analgesia Dor INTENSA... Não poupar opioide!!! - Febre ATB: cefalosporina 3ª (Ceftriaxone) Internar: < 3a ou ↑ risco (Hb < 5, choque, sepse) - Osteomielite: Cefuroxima, 100 mg/kg/dia, visando obter adequada penetração óssea - Sd Torácica Aguda: Macrolídeos + Betalactâmicos OU Quinolona respiratória - Transfusão sanguínea se Hb < 7 g/dl: Crises: anêmica ou álgica refratária Sd torácica aguda, priapismo ou AVE (exsanguineotransfusão parcial) - Priapismo > 3-4 hs avaliar drenagem de corpo cavernoso TERAPIA CRÔNICA - Evitar infecção Penicilina VO: 3m aos 5 anos Vacina: pneumo, hemóf, meningo, influenza, HBV - FOLATO: 1-2 mg/dia - Transfusão crônica: Doppler transcraniano – Vel. Fluxo ACM > 200 cm/s AVE prévio: manter HbS < 30-50% - Hidroxiureia (↑HbF, ↓ aderência): Anemia Grave (Hb < 6 por 3 meses) Crises Álgicas (> 3 crises/ano com internação) Sd torácica aguda/ priapismo/ AVE Lesão crônica de órgãos: rim, retina - Transplante de Medula: Jovens com doença grave... Curativo! ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE (AHAI) COOMBS (+) / Esferócitos Ac. quentes (IgG)– 75% [Extravascular – Baço] Idiopática (maioria) 2ª: HIV / lúpus / linfoma / LMC Drogas (penicilina, sulfa, metildopa) >> LABORATÓRIO ↑ LDH ↓ Haptoglobina Anemia com reticulocitose >>TTO: Corticoide / Esplenectomia Rituximabe (anti-CD20) Ac. frios (IgM) [Intravasc. – Crioaglutininas] Mycoplasma, Mieloma TTO: Evitar exposição ao frio Rituximabe 89 DEFICIÊNCIA DE G6PD / FAVISMO ↓ NADPH... Lesão por estresse oxidativo (droga x infecção) COOMBS (-) / Hemoglobinúria (Intravascular) Corpúsculo de Heinz / Células mordidas (bite cells) Anemia normocítica com reticulocitose “Feijões de fava” Os corpos de Heinz são corpúsculos esféricos e escuros, de tamanhos variados, geralmente agregados à membrana. A precipitação de corpos de Heinz é decorrente de processos oxidativos induzidos ou espontâneos que afetam a molécula de hemoglobina oxigenada culminando a desagregação das globinas alfa e beta, que se precipitam e deformam o eritrócito. A deficiência de G6PD é uma desordem genética ligada ao cromossomo X e representa a anormalidade + comum do metabolismo da hemácia. >> TTO: Suporte clinico Evitar Medicamentos Ex: Ácido Nalidíxico, Nafitalina, Nitrofurantoína GSeisPD Sulfa – Primaquina – Dapsona Alterações patológicas encontradas no esfregaço de sangue periférico >> Hemácias em gosta ou dacriócitos (Hemácias em lagrimas): encontradas em pacientes com hematopoiese extramedular, como mielofibrose ou metaplasia mieloide agnogênica. >> Hemácias em alvo ou leptócitos: presentes nas talassemias e hemoglobinopatias C, D e E além de doenças hepáticas (principalmente as obstrutivas). >> Acantócitos: são característicos das hepatopatias; a membrana plasmática celular das hemácias fica espiculada devido à deficiência hepática em metabolizar o colesterol e ácidos graxos dessas células. >> Corpúsculos de Howell-Jolly: são fragmentos nucleares não removidos pelo baço nos casos de hipoesplenismo. SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA Infecção prévia respiratória ou intestinal (E. coli O157:H7) • Hemólise (com esquizócitos) • Uremia • Sangramento (plaquetopenia) É grande causa de insuficiência renal em crianças mais novas. Apesar de ser trombótica, não tem benefício do uso de anticoagulantes. O melhor tratamento para a doença é a terapia de suporte. SÍNDROME DIAMOND-BLACKFAN Também chamada de anemia hipoplásica congênita Apoptose das células eritroides na MO que leva à hipoplasia eritroides com consequente anemia hipoproliferativa (reticulócitos baixos). Anemia Macrocítica importante, sem reticulocitose, ao longo do 1º ano de vida O quadro se inicia a partir do 3º mês de vida Outros achados: baixa estatura, hipertelorismo, espessamento do lábio superior, pulsos filiformes, achatamento da eminência tenar e polegar apresentando 3 falanges. >> TRATAMENTO Prednisona 2 mg/kg/dia Se não responde ao corticoide programa de hipertransfusão a cada 4-8 semanas Profilaxia da sobrecarga crônica de ferro relacionada à transfusão 90 PANCITOPENIA Plaquetas < 150.000, Hb < 12 e Leucócitos < 4.500 >> CLÍNICA Sangramento, equimose, hematoma Cansaço, palidez, taquicardico Infecção, febre >> TRATAMENTO DE SUPORTE ANEMIA - Transfusão de hemácias Indicação: px instável com Hb < 10 1 concentrado = aumenta Hb em 1 ponto e o Ht em 3% Testes Obrigatórios ANTES da transfusão de uma bolsa de hemácias: 1. Tipagem sanguínea para determinar grupo ABO/ Rh do paciente 2. Screening de aloanticorpos ou “Ac irregulares” 3. Prova de reação cruazada, para confirmar a compatibilidade entre a bolsa e o sangue do doador PLAQUETOPENIA - Transfusão de plaquetas (PTT e PTI EVITAR) Indicação: plaquetas < 10.000 ou < 50.000 com sangramento 1 Unidade de plaqueta para cada 10 kg A cada 1 un de PQT é esperado que pqt suba 10.000 PTT = ideal é a plasmaférese PTI = ideal é o corticoide LEUCOPENIA >> NEUTROPENIA FEBRIL Neutrófilos < 500 (segmentados e bastões) + Febre > 38,5º C * Geralmente ocorre no nadir da quimioterapia, 7-14 dias após o ultimo ciclo. Pode ser causada por gram negativos ou positivos (o predomínio depende de cada hospital). >> Conduta: - Colher culturas e radiografia de tórax - Betalactâmico (ação antipseudomonas) – Gram negat. entéricos. Ex: Cefepime - Vancomicina se evidência de MRSA Desconfiar se: Mucosite, cateter infectado, celulite, instabilidade... - Antifúngico se fez tudo isso e continua 4 a 7 dias com febre: Anfotericina B (cobre Candida), Caspofungina ou Voriconazol (cobre Aspergilus) A regra é internar o paciente maaaas ele pode ficar em casa SE BAIXO risco (> 21 pontos) Motivação, acompanhamento frequente, facilidade de transporte... + - Assintomático (ou sintomas leves), estável, tumor sólido, < 60 anos, não internados e sem DPOC Opção oral: amoxicilina + clavulanato + ciprofloxacina >> CAUSAS Aspirado de medula (avalia celularidade) MO VAZIA MO CHEIA Aplasia Fibrose (no início é cheia) Indica ocupação medular O resto... FIBROSE DE MEDULA ÓSSEA Pancitopenia + Mgalias (espleno, hepato, linfonodo...) No sangue periférico... - Hemácias em lágrima (dacriócitos) - Leucoeritroblastose (formas jovens no sangue periférico). Quando 1ª Metaplasia Mieloide Agnogênica / Mielofibrose primária Quando 2ª Mieloftise >> DIAGNÓSTICO Biópsia de medular (hipocelular + fibrose) >> TTO Suporte APLASIA DE MO / ANEMIA APLÁSICA Lesão da célula tronco Pancitopenia + NADA!!! >> DIAGNÓSTICO Biópsia de medula (hipocelular + gordura) >> TTO Transplante de MO Imunossupressão MIELODISPLASIA Presença de clone defeituoso de céls hematopoiéticas, levando a uma maturação defeituosa das mesmas (mielodisplasia), marcada por hematopoiese ineficaz e presença variável de blastos (<20%). Potencial de evoluir para LMA. Idoso + Citopenia + Células anormais (Sideroblastos em anel, plaquetas gigantes, eliptócitos, acantócitos...) >> DIAGNÓSTICO De exclusão... Citopenias + Céls anormais + < 20% de Blastos na MO >> TTO Suporte – transfusões, eritropoetina e granulokine Quimioterapia Transplantes de MO – casos selecionados idade < 60a, boas condições clinicas) LEUCEMIA AGUDA PANCITOPENIAS E OUTRAS DESORDENS HEMATOLÓGICAS 91 Bloqueio de maturação das células da medula óssea (blastos) Proliferação do Clone Leucêmico (excesso de BLASTOS) Infiltração da Medula – Pancitopenia “Leucemização” – Blastos na circulação (leucocitose por blastos) Infiltração Tecidual >> Doenças que levam ao aumento do risco de leucemia aguda: Síndrome de Down Síndrome de ataxia – telangiectasia Portador de anemia de fanconi – risco 700x maior que o da população geral saudável LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA Homens – Idosos >> CLÍNICA Além da pancitopenia... - Cloromas – tumor localizado por blasto - CIVD (especificamente no subtipo M3) - Hiperplasia Gengival e Infiltração Cutânea (M4 e M5) - Síndrome da leucostase (blastos > 50.000 a 100.000/mm3), geralmente nos subtipos M4 e M5 >> Síndrome de Leucostase: leucócitos > 100 mil + sintomas = Emergência Médica 1. CITORREDUÇÃO Quimioterapia, hidroxiureia, leucoaferese Prevenção de Sd de lise tumoral em caso de QT 2. SUPORTE Postergar transfusão de hemácias (se necessário: fazer lentamente – 1 concentrado em algumas horas ou durante leucoaferese) Manter plaquetas > 20.000-30.000 >> DIAGNÓSTICO > 20% blasto na MO >> FATORES PROGNÓSTICOS De melhor prognóstico: CRITÉRIOS CLÍNICOS Idadeentre 2 e 50 anos Status performance < 1 Leucocitose < 25.000/mm3 LDH sérico normal CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS Bastonetes de Auer Eosinófilos (m4) Subtipos m2, m3, m4 Marcador de membrana enzimático CD2+ Características dos blastos: - Morfologia: Bastonetes de Auer (LMA) - Citoquímica: Mieloperoxidase ou Sudan Black B - Imunofenotipagem: CD 34, 33, 13, 14 - Citogenética: M2 – t (8;21) M3 – t (15;17) M4 – inv (16) >> SUBTIPOS >> TRATAMENTO A terapia pós-remissão deve ser iniciada apenas nos pacientes que atingiram remissão completa com a terapia de indução – pode ser uma nova QT, o transplante alogênico de medula óssea (TMO alogênico) ou o transplante autólogo de MO (TMO autólogo). A QT é o tratamento preferível na maioria dos pacientes com bom prognóstico. - TMO alogênico: é o melhor tratamento e deve ser utilizado nos pacientes com prognóstico ruim e idade até 70-75 anos, desde que disponham de doador HLA- compatível. Mortalidade em torno de 20% - TMO autólogo: deve ser usado nos pacientes com prognostico ruim sem doador HLA-compatível ou com idade > 70-75 anos. - Quimioterapia / Transplante - M3 Ácido Transretinóico (ATRA) LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA Câncer + comum na infância De PIOR prognóstico >> CLÍNICA Além da pancitopenia... - Infiltração do SNC + Testículo - Dor óssea - Adenomegalia >> FATORES DE MAU PROGNÓSTICO Idade < 1 ano ou > 10 anos Leucocitose > 50.000 ou > 100.000/mm3 LLA de células + Hipoploidia 92 Cromossomo Philadelphia Translocação t (4; 11) Rearranjo dos genes MLL Deleção do gene IKZF1 >> DIAGNÓSTICO > 20% blastos na MO >> LABORATÓRIO Leucócitos > 50.000/mm3 = hiperleucocitose Anemia normocítica / normocrômica Trombocitopenia = pqt < 150.000/mm3 Características dos blastos: - Citoquímica: PAS positivo - Imunofenotipagem: CD 10, 19, 20, 22 (linf B) - 80% CALLA é do linf B CD 2, 3, 5, 7 (linf. T) - 20% - Citogenética: hiperploidia, t (9; 22), t (8; 14) >> SUBTIPOS L1: Variante infantil – + comum, bom prognóstico L2: Variante do adulto – prognóstico ruim L3: Burkitt-like T: Leucemia linfocítica aguda de cél T - menos comum >> TRATAMENTO Quimioterapia -- Proliferação celular NÃO blástica – CÉLULAS MADURAS Que pode ser... Hemácias Policitemia vera Sd Mieloproliferativa Plaquetas Trombocitemia essencial Granulócitos Leucemia Mieloide Crônica Linfócitos Leucemia Linfoide Crônica Sd Linfoproliferativa LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA Cromossoma Philadelphia t(9; 22) Doença mieloproliferativa, com expansão clonal de célula-tronco hematopoiética neoplásica que sofreu translocação entre os cromossomos 9 e 22 >> acúmulo de neutrófilos diferenciados e seus precursores >> evolução natural p leucemia mieloide aguda (crise blástica) Gene hibrido bcr / abl1 proteína tirosina quinase LMC >> LABORATÓRIO - Leucocitose GRANULOCÍTICA com desvio p esquerda “Infecção Mortal” Hemograma: leucocitose, Trombocitose, basofilia, presença de todos os tipos celulares da linhagem neutrofílica sem atipias. Vitamina B12 aumentada Os PMN são os Neutrófilos Aparece desvio para esquerda tem que olhar o PMN Se tiver muita forma jovem (mielócito, metamielócito, bastão) = Desvio p Esq = Infecção bacteriana Se tiver forma com muito PMN com segmentados = Desvio para direita Reação leucemoide = > 25.000 leucócitos / Infecção bacteriana >> CLÍNICA Anemia Esplenomegalia Sd de Leucostase Sem infecção Evolui para LMA (crise blástica) >> DIAGNÓSTICO Clínica + Cromossomo Philadelphia >> TTO - Mesilato de Imatinibe (Inibidor da tirosina-quinase) - Se não responder Transplante de MO LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA Linfócito B que não vira plasmócito 2x + frequente que a LMC Bem + comum em idosos >> CLÍNICA Adenomegalia Esplenomegalia Infecções de repetição (hipogamaglobulinemia) Associação com PTI e Anemia hemolítica auto-imune (AHAI) >> DIAGNÓSTICO - > 5.000 de linfócitos B CD5, CD19, CD20 e CD23 Não é necessária biópsia de MO Imunofenotipagem no sangue periférico + usado >> TRATAMENTO Paliativo com QT Corticoide se PTI ou AHAI POLICITEMIA VERA Produção exagerada de hemácias >> CLÍNICA Prurido (pior no banho) – Esplenomegalia “PANCITOSE” Sd de hiperviscosidade – Úlcera péptica Pletora facial – Eritromelalgia – Trombose >> DIAGNÓSTICO DX: Critério maiores + qualquer 1 critério menor Crit Maiores: Eritrocitose absoluta, Presença de mutação JAK-2, Medula hipercelular Crit Menores: “Pancitose” medular, Eritropoetina normal/ baixa, Formação de colônias eritroides in vitro 93 Hb > 16,5 ou Ht > 49% em homens Hb > 16 ou Ht > 48 em mulheres MO: hiperplasia principalmente eritroides, com áreas de fibrose >> TTO Flebotomia – aumenta sobrevida de 2 para 10 anos AAS Hidroxiureia ou Anagrelida TROMBOCITEMIA ESSENCIAL Produção exagerada de plaquetas >> CLÍNICA Plaquetocitose + esplenomegalia Trombose Sangramento (> 1 milhão de plaquetas) Eritromelalgia >> DIAGNÓSTICO > 450.000 plaquetas Biopsia de MO Mutação de JAK2, CALR ou MPL >> TRATAMENTO Hidroxiureia (opção angrelida) AAS em dose baixa TRICOLEUCEMIA Leucemia de Células Pilosas 1-2% das leucemias crônicas Prognóstico EXCELENTE >> CLÍNICA Sintomas inespecíficos de pancitopenia: febre, astenia, sangramento … Desconforto abdominal – esplenomegalia de grande monta >> LABORATÓRIO Pancitopenia Monocitopenia acentuada (< 100/mm3) – predispõe a tuberculose, micobacterioses atípicas... Linfocitose relativa (à custa de céls pilosas) >> DIAGNÓSTICO Aspirado de medula seco Biópsia de MO: céls neoplásicas – de linhagem dos linfócitos B Análise citoquímica mostra coloração da fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) positiva >> TTO 95% cura Cladribina x 7 dias 94 LINFONODOMEGALIA >> DÚVIDA: benigno x maligno? REACIONAL x NEOPLASIA >> CONDUTA: biópsia excisional INDICAÇÕES: > 2 cm (> 1,5 x 1,5 cm) Supraclavicular ou escalênico > 4-6 semanas Crescimento progressivo Aderido a planos profundos >> Causas de linfadenopatia Cânceres – linfomas, leucemias, neoplasias não hematológicas Hipersensibilidade Infecção Colagenoses e outras doenças reumatológicas Atypical lymphoproliferative disorders (doenças linfoproliferativas atípicas) Granulomatosous lesions (lesões granulomatosas) Outras LINFOMA Linfócito T – imunidade celular Linfócito B – imunidade humoral / produção de anticorpos Se nascer na/ no: Medula óssea = LEUCEMIA Tecido linfoide = LINFOMA DEFINIÇÃO: Tumores do Tecido Linfoide (linfócitos B/ T/ Células NK) Principal local: Linfonodo >> CLÍNICA Linfonodomegalia não dolorosa cervical e supraclavicular Sintomas B febre > 38º C / sudorese noturna / ↓ peso > 10% em 6m >> CLASSIFICAÇÃO HODGKIN Centralizado / Contiguidade Mediastino, Extranodal raro Dor no linfonodo quando ingere bebida alcoólica Prurido / Eosinofilia Febre IRREGULAR Pel-Ebstein JOVENS Prognóstico Melhor NÃO HODGKIN + comum Periférico / Hematogênica Epitroclear, Extranodal comum Sintomas B + frequentes PRURIDO discreto Febre CONTÍNUA IDOSOS Prognóstico PIOR ESTADIAMENTO DOENÇA LOCALIZADA DOENÇA AVANÇADAEstágio 1 Estagio 2 Estagio 3 Estagio 4 1 cadeia ou Estrutura linfoide (baço, timo) > 2 cadeias no mesmo lado do diafragma Ambos os lados do diafragma III1: andar superior III2: andar inferior Acometimento Extranodal DISTANTE (fígado, MO) E1-2: QT + Radioterapia E3-4: Quimioterapia Recidivas: Transplante de M.O >> Prognóstico PIOR: idade > 60a, ↑ LDH / sintomas B/ extranodal LINFOMA DE HODGKIN ORIGEM: Diferenciação aberrante de linf B – Célula de Reed-Sternberg (RS) >> DIAGNÓSTICO Células gigantes multinucleadas, com núcleos bilobulados, nucléolos específicos. DX: Biópsia excisional do linfonodo Cél RS NÃO É PATOGNOMÔNICA! - Mononucleose infecciosa - Carcinoma e Sarcomas >> SUBTIPOS LH CLÁSSICO (CD15, CD30) - ESCLEROSE NODULAR (65%) + comum, mulheres jovens - CELULARIDADE MISTA (25%) HIV / Epstein-Barr (EBV) - PREDOMÍNIO “RICO” LINFOCÍTICO (5%) MELHOR prognóstico DEPLEÇÃO LINFOCITÁRIA (1%) PIOR prognóstico, idosos LH com Predomínio Linfocitário >> TRATAMENTO CURA: 60-95% QT ± Radioterapia LINFONODO E ESPLENOMEGALIA Pano de fundo reacional (histiócitos, plasmócitos...) 95 OBS1: Alguns dados podem ser utilizados para distinguir L.H (“comportadinhos”) dos L.N.H (“aloprados”). Os LH tendem a acometer cadeias contíguas, são centrípetos (cadeias centrais) e envolvem menos órgãos extranodais; os LNH não respeitam contiguidade, afetam cadeias distantes e periféricas, e mais frequentemente invadem outros órgãos. Além disso, o linfoma “comportadinho” sente dor (no gânglio) ao ingerir bebida alcoólica. OBS2: Os linfomas de zona marginal podem ser nodais ou esplênicos. Há indícios de associação do HCV com linfoma da zona marginal esplênica. Os demais patógenos possuem relação com linfoma de zona marginal em outros órgãos. LINFOMA NÃO HODGKIN >> ORIGEM: Linfócitos B, T e células NK >> PARADOXO PROGNÓSTICO “Vive muito, cura pouco / Vive pouco, cura muito” >> SUBTIPOS INDOLENTE (sobrevida: anos) FOLICULAR: 2º + comum, idosa, diagnóstico tardio TTO: curativo (?) – Paliativo AGRESSIVO (... meses) DIFUSO DE GRANDES CÉLS B: + comum idosos, homens CD20 TTO: Curativo (40-60%) ALTAMENTO AGRESSIVO (... semanas) BURKITT: crianças (massas – face/abdome), HIV e HBV LINFOBLÁSTICO DE CÉLS PRÉ-T: crianças, mediastino TTO: Curativo (50-80%) HIV tem maior chance no LNH A infecção pelo Helicobacter pylori e consequente processo de gastrite crônica tem sido considerada um elemento importante no desenvolvimento desta neoplasia. A erradicação da bactéria isoladamente induz a regressão do linfoma gástrico MALT na maioria dos casos. MONONUCLEOSE INFECCIOSA Vírus Epstein Barr – EBV Contato com saliva infectada, transmissão sexual “Doença do Beijo” 15-24 anos >> CLÍNICA Síndrome mononucleose-like (outras causas: CMV, toxo, HIV) LINFONODOMEGALIA cervical, occipital, submentoniana, submandibular… Febre baixa, < 2 semanas Hepatoesplenomegalia pode ter ruptura esplênica! (principal causa de ruptura esplênica não traumática, por isso essas pessoas devem ser afastadas de esportes de contato) Alteração hematológica linfocitose, atipia (> 10%) Faringite exsudação, membrana, pode obstruir VA Exantema com amoxicilina/ ampicilina (NÃO ALÉRGICO) Sinal de Hoagland edema palpebral, bilateral >> DIAGNÓSTICO Anticorpos heterofilos: Paul-Bunnel ou Monoteste (↓ especificidade) Leucocitose com predomínio de linfócitos atípicos - Ac específicos (anti-VCA, anti-EBNA): fase inicial, idade < 4 anos >> DX DIFERENCIAL CMV retinite Fundo de olho: “aspecto de queijo com ketchup” Toxoplasmose HIV >> TRATAMENTO Sintomáticos: evitar AAS *Risco de Síndrome de Reye (risco maior no vírus influenza, varicela) Graves (SNC, coração): corticoide DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO Bartonella henselae >> TRANSMISSÃO: arranhadura ou mordida do gato + comum na infância e sexo masculino Entre os gatos a transmissão pode ocorrer através da pulga Gatos filhotes tem uma bacteremia maior que os adultos Incubação: 7 – 21 dias (3-30 dias) >> CLÍNICA FORMA CLÁSSICA Pápula no sítio de inoculação LINFADENOPATIA (dolorosa): axilar + comum, pode supurar, pode ser única e pode ter + de 1 cadeia acometida Principal causa de adenite infecciosa crônica na infância, segundo diretrizes Norte americana Síndrome oculoglandular de Parinaud: Inoculação na conjuntiva Conjuntivite granulomatosa Linfadenopatia pré-auricular >> COMPLICAÇÕES – raras Meningite Encefalite Hepatite Infecção disseminada 96 >> DIAGNÓSTICO Biópsia ou punção aspirativa dos linfonodos acometidos, que devem ser submetidos à analise histopatológica, sorologia ou PCR (preferível). >> TRATAMENTO Azitromicina x 5 dias 1º dia de Azt: 500 mg 2º ao 5º dia de Azt: 250 mg Embora seja autolimitada, a duração da doença não tratada pode levar a meses. O ATB reduz a sintomatologia e o risco de evolução para formas + graves, estando reservado para TODOS os pxs com linfadenopatia extensa. DOENÇA DE CHAGAS Trypanosoma cruzi TRANSMISSÃO: ORAL, vetorial (extradomiciliar), vertical, sanguínea * região NORTE / homens adultos >> FORMA AGUDA Exame direto (sangue periférico) / IgM anti-T. Cruzi Chagoma / Sinal de Romaña (porta de entrada) Mononucleose / Miopericardite / Encefalite >> FORMA CRÔNICA IgG (2 testes +) Forma Indeterminada (60%): assintomático Cardíaca (30%, + grave): IC / Aneurisma apical / Tromboembolismo Bloqueio de Ramo Direito (BRD) + Bloqueio Divisional Anterossuperior (BDAS) (tbm pode encontrar como Hemibloqueio Anterior Esquerdo) Miocardiopatia dilatada (pior no VD), cardiomegalia... predispõe a IC e arritmias malignas Digestiva (10%): Acalásia e constipação Lesões de plexo nervoso (“MEGAS” esôfago e cólon) Forma mista: Cardíaca + Digestiva >> TRATAMENTO CONGÊNITA/ AGUDA/ CRÔNICA RECENTE: Crônica recente Crianças e adolescentes (<12a) / Adult < 50 a Benznidazol... 60 dias CRÔNICA AVANÇADA: Tratar IC e Sintomas Gastrointestinais OBS Forma Aguda = NOTIFICAÇÃO IMEDIATA Forma Cônica = Notificação SEMANAL ESPLENOMEGALIA DÚVIDA: benigno x maligno? REACIONAL x NEOPLASIA Pensar em Hipertensão Porta Hiperplasia / Infiltração (hemólise, Amiloidose...) >> CONDUTA: avaliar outros locais (linfonodo / medula óssea) Esplenomegalia de monta > 8 cm Fossa ilíaca esquerda Linha média Malária (forma imunorreativa) Esquistossomose Gaucher (depósito lisossômico Leishmaniose visceral Ias 3 doenças hematológicas (Hemólise, LMC, Tricoleucemia) >> COMPLICAÇÃO TARDIA da esplenectomia Superinfecção por germes encapsulados podendo ocorrer via bacteriana, pneumonia ou meningite Causada por: Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae TOXOPLASMOSE Transmissão: oral, hemotransfusão, transplante de órgãos, congênita. >> CLINICA Pode causar malformação congênita (TORCHS) Síndrome mononucleose like 1% dos imunocompetentes: pneumonia, encefalite, coriorretinite... >> DIAGNÓSTICO Presença de IgM IgG ↑↑ IgG de baixa avidez = infecção aguda PCR >> TRATAMENTO Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico Indicações de tto: Quadro grave ou persistente Acometimento de órgãos nobres (coriorretinite, encefalite) Imunodepressão Gestação 97 Como eu estudo ARTRITE? POLIARTRITE: > 4 articulações - Artrite Reumatoide: aditiva, pequena articulação - Síndrome Reumatoide:parece artrite reumatoide - Febre Reumática: migratória, grande articulação - Artrite Gonocócica (fase inicial): artrite gonocócica - Colagenoses (Artrite Lúpica): migratória, pequena articulação MONO/ OLIGOARTRITE:< 4 articulações ARTRITE REUMATOIDE “Rosto”: Mulher de meia-idade (35-55 anos) MARILIA GRABRIELA >> PATOGENIA - Idiopática - Participação imunológica (anticorpos): Fator Reumatoide (FR): IgM contra IgG “self” Marília Gabriela Anti-peptídeo citrulinado cíclico (ANTI-CCP) ALTAMENTE ESPECÍFICO (86%) >> CLÍNICA “Doença sistêmica com marco articular” 1. MANIFESTAÇÕES ARTICULARES (ARTRITES) Sinovite crônica: deformidade articular MÃO, PÉ, PUNHO E PRONTO! PADRÃO ARTICULAR - Pequenas articulações periféricas - Aditivo e simétrico * Comum: rigidez matinal > 1 hora AS DEFORMIDADES Nas mãos... - Desvio ulnar dos dedos - Pescoço de cisne - Abotoadoura flexão da interfalangeana proximal e hiperextensão da interfalangeana distal “poupa INTERFALANGIANA DISTAL da artrite” Nos “pés”... (1) JOELHO: Cisto de Baker (simula TVP) No punho... (1) Dorso de camelo (risco de Sd do Túnel do Carpo) PADRÃO ARTICULAR - Pequenas articulações periféricas - Aditivo e simétrico Exceção: PESCOÇO C1 x C2 (Subluxação Atlanto-Axial) Dor cervical com risco de compressão medular 2. MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES Associado a altos título de FR e Anti-CCP CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DIAGNÓSTICO: > 6 PONTOS Articulações (desconsiderar IFD) 1 grande 2-10 grandes 1-3 pequenas 4-10 pequenas > 10 (1 pequenas) 0 1 2 3 5 Sorologia (FR / ANTI-CCP) Ambos negativos Baixos títulos Altos títulos 0 2 3 Inflamação (VHS / PCR) Ambos normais Aumentados 0 1 Duração < 6 semanas > 6 semanas 0 1 >> OBSERVAÇÕES Fator reumatoide (FR) é positivo em 80% dos pacientes e o anti-CCP também. FR tem especificidade de 80% Anti-CCP tem especificidade de 95% >> TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Drogas Sintomáticas AINEs / Corticoide (dose baixa / não deve ultrapassar 100 mg/dia) Drogas que alteram evolução da doença - DARMDs (Drogas antirreumáticas modificadoras de doença) (metotrexate / sulfassalazina / cloroquina / leflunomida) De escolha CUIDADO: anemia megaloblástica - BIOLÓGICAS Inibidor de TNF-alfa: infliximab, etanercept (risco de reativação da TB latente, por isso recomenda PPD para investigar), adalimumab Não-inibidor de TNF alfa: rituximab (anti-CD20) CUIDADO: Tuberculose (rastrear antes) SÍNDROME REUMATOIDE Poliartrite viral Principais: rubéola, HBV, HCV, Parvovírus B19... São vírus que provocam um quadro articular que parece artrite reumatoide ARTRITES 98 >> DIAGNÓSTICO Exclusão (excluir AR) + sorologia viral >> TRATAMENTO Sintomático FEBRE REUMÁTICA >> O QUE É? É uma complicação não supurativa tardia (2-4 semanas) de uma infecção faríngea pelo Streptococcus do Grupo A (SGA) por reação cruzada. Típico com 5-15 anos >> PATOGENIA e CLÍNICA S. pyogenes FARINGOAMIGDALITE: 2 – 4 semanas PIODERMITE Reação cruzada – processo imune >> ONDE? ARTICULAÇÃO CORAÇÃO POLIARTRITE (2-4 sem) PADRÃO ARTICULAR: - Grandes articulações - Migratória e assimétrica PANCARDITE Endocardite (+ importante) Miocardite Pericardite Válvula + lesada: mitral - Aguda (até 8 sem): Insuficiência Mitral - Crônica (sequela): Estenose Mitral SNC (gânglios da base) PELE COREIA DE SYDENHAM - Manifestação Tardia (1-6 meses depois) Não deixa sequelas neurológicas NÓDULO SUBCUTÂNEO ERITEMA MARGINADO Relação com Cardite... ESTENOSE MITRAL: é a lesão valvar + observada na fase crônica da Febre Reumática. Os pacientes podem apresentar sopro característico: Ruflar diastólico, que se inicia após a 2ª bulha com intensidade maior (fase de enchimento ventricular rápida) atenua brevemente, e se eleva novamente ao final (enchimento lento). >> DIAGNÓSTICO MAIORES Artrite Cardite Nódulos SC Eritema Marginado Coreia de Sydenham MENORES Artralgia Febre ↑ VHS e/ou PCR ↑ Intervalo PR DIAGNÓSTICO: 2 maiores OU Infecção recente 1 maior e 2 menores estreptocócica Artrite Se moderado OU alto risco (como no BRASIL): poliartralgia A grande exceção... COREIA de SYDENHAM Aparecimento muito tardio É a grande exceção porque o aparecimento dela, mesmo de modo isolado e tardio já permite diagnosticar o surto agudo de febre reumática, não precisando de nenhum outro critério (seja ela maior, menor ou obrigatório). >> TRATAMENTO DO SURTO AGUDO ANTIBIÓTICO? SIM: PENICILINA BENZATINA, IM, dose única para erradicação do estreptococo. - A Penicilina VO também pode ser utilizada, mas se escolhida tem de ser ofertada por 10 dias. Se alérgico: Eritromicina VO x 10 dias O ATB Não tem diferença para o surto ATUAL, mas tem que dar o ATB porque evita a reinfecção e a transmissão da bactérias para outras pessoas. >> MANIFESTAÇÕES... - Artrite: AINEs (AAS) - Cardite: prednisona (dose imunossupressora) - Coreia: repouso (relativo) + (Fenobarbital / Clorpromazina / Valproato) >> PROFILAXIA SECUNDÁRIA Evitar recorrência... “PENICILINA BENZATINA, 1.200.000, IM (21/21 dias) até ... ” - SEM Cardite: 21 anos OU 5a de profilaxia após o último surto - CARDITE sem sequela: 25 anos OU 10a pós-surto - CARDITE com sequela valvar: Sempre OU 40 anos Como eu estudo ARTRITE? 2 DICAS: 1. JOVEM: Gonocócica x Reiter 2. ↑ INFLAMAÇÃO: Gota x Séptica (gonocócica ou não) = ARTROCENTESE! ARTRITE SÉPTICA >> CONCEITO: Infecção das estruturas do espaço articular por diferentes tipos de patógenos Estudo do líquido sinovial: alta celularidade, aspecto turvo, predomínio de Polimorfonucleares. Gonocócica (N. gonorrhoeae) Não-gonocócica (S. aureus) CLÍNICA 1ª Fase: poliartrite + lesão de pele 2ª Fase: monoartrite Já inicia com monoartrite Porta de entrada TTO Ceftriaxona 7-10 dias Lavagem articular geralmente desnecessária Oxacilina 3-4 sem Lavagem articular se necessária ARTRITE GOTOSA Principal doença do grupo das “artropatias por cristais” Os pacientes + comuns são homens entre 30-60 anos. Hiperuricemia Precipitação de ácido úrico Leucócito fagocita ácido úrico precipitado após: variação da uricemia ou trauma >> FATORES DE RISCO P HIPERURICEMIA Neoplasias / tratamento quimioterápico Hiperparatireoidismo Psoríase Estresse Ingestão de álcool Insuficiência renal Drogas que inibem eliminação de ácido úrico (diurético, AAS em baixas doses, pirazinamida) Intoxicação por chumbo >> MARCAS 99 - Fator precipitante (varia uricemia / trauma) - Podagra (mais distal / mais típico...) - Mono / Oligoartrite intensa (≠ séptica) >> DIAGNÓSTICO ARTROCENTESE Cristais NO INTERIOR de leucócitos com birrefringência NEGATIVA sob LUZ POLARIZADA >> Fatores que DIMINUEM a excreção de Ác. Úrico Insuficiência renal Tiazídicos Álcool >> Fatores que AUMENTAM a produção de Ác. Úric. Álcool Carne vermelha Síndrome de lise tumoral >> TRATAMENTO 1. INTERROMPER A CRISE - NÃO FAZER ALOPURINOL – não pode mexer na uricemia - AINEs (indometacina, naproxeno) não iniciar AAS porque interfere na uricemia - Colchicina 2. PREVENIR RECIDIVA - Afastar fatores de risco (álcool, tiazídico) - Colchicina - Depois: ↓ uricemia ↓ síntese Alopurinol ↑ eliminação urinaria Uricosúrico (probenecida) PSEUDOGOTA Também conhecida como Condrocalcinose É o diagnóstico diferencial da gota É + comum em mulheres idosas Acomete articulações maiores, como o joelho Ex de Imagem: deposição linear de cristais naarticulação Cristais romboides com birrefringência francamente + cristais de pirofosfato de cálcio ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL < 16 anos com artrite > 6 semanas Inflamação crônica da sinovial das articulações (SINOVITE CRÔNICA) periféricas em crianças e adolescentes < 16 anos Forma Pauciarticular Doença de Still Forma Poliarticular < 4 articulações Forma sistêmica > 4 articulações Forma + COMUM Meninas < 4 anos FR negativo Se FAN +: Uveíte anterior (referenciar para oftalmologista) Febre diária + rash de cor salmão + artrite FR variável: > 10 anos (+) < 10 anos (-) Se FAN +: Uveíte anterior ARTRITE REATIVA Desenvolvimento de uma forma de artrite estéril, soronegativa, deflagrada por alguma infecção a distância. + comum em crianças (epidêmicas) e homens jovens (endêmica). Parece ser ligada ao HLA-B27 >> FISIOPATOLOGIA Processo infeccioso à distancia - INTESTINAL: Shigella, Salmonella... - GENITAL (uretrite / cervicite): Chlamydia trachomatis >> CLÍNICA Artrite de 1 a 4 semanas após o evento precipitante. O padrão é Oligoartrite assimétrica, predominando em MMII. Pode cronificar. Manifestações associadas: - Uretrite - Conjuntivite - Balanite circinada - Úlceras orais - Ceratoderma blenorrágico - Uveíte anterior - Tendinite do aquileo - Dactilite (“dedos em salsicha”) - O esqueleto axial pode ser envolvido com sacroileíte assimétrica. PROTÓTIPO: SÍNDROME DE REITER - Artrite - Uretrite - Conjuntivite >> DIAGNÓSTICO Clínico / Exclusão >> TRATAMENTO Sintomático + Antibiótico Doença aguda: AINEs Erradicar Clamídia: Doxiciclina ou Azitromicina Evitar: corticoide sistêmico ARTRITES CRÔNICAS ARTRITE TUBERCULOSA Monoartrite crônica de evolução insidiosa Envolve + as articulações de sustentação do peso – joelho, quadril Sintomas sistêmicos ausentes ou leves Radiografia de tórax pode ser normal PPD positivo em 90% dos casos Artrocentese: 10.000-20.000 leuc./mm3 (50% PMN) BAAR do líquido sinovial POSITIVO em apenas 10- 20% dos casos Cultura do liquido sinovial POSITIVA em 80% dos casos Biopsia da sinóvia revela GRANULOMA CASEOSO em 90% dos casos TTO: RIPE por 6 meses A resposta é muito boa e poupa a articulação de uma sequela irreversível se for iniciada em uma fase precoce. ARTRITE FÚNGICA Comprometimento osteoarticular raro (5 a 10%) É relatado em alguns casos como: esporotricose, blastomicose, coccidioidomicose, 100 paracoccidioidomicose, histoplasmose, criptococose, aspergilose e candidemia. Em nosso meio, destaca-se ESPOROTRICOSE como importante causa de MONOARTRITE CRÔNICA INDOLENTE. >> CLÍNICA Lesão eritematopapulonodular >> evolui para úlcera indolor de bordos elevados >> surge múltiplos nódulos violáceos Forma extracutânea: comum em diabéticos, alcoólatras, pneumopatias e imunodeprimidos Acomete preferencialmente o tecido osteoarticular e em seguida o pulmão. Surge uma monoartrite, de evolução crônica e insidiosa, na ausência de qualquer outro sintoma, afetando uma das grandes articulações periféricas (joelho, tornozelo, punho e cotovelo) Dx diferencial: Artrite Tuberculosa >> DX: deve ser confirmado pelo exame micológico do liquido sinovial. HUPE RJ 2018 – Paciente de 56 anos, com diagnóstico prévio de hemocromatose hereditária, é atendido de emergência pelo serviço de reumatologia em função de monoartrite aguda de joelho direito. Ao exame, há intensa sinovite aguda na articulação afetada, que se mostra ruborizada à inspeção. Uma radiografia simples de joelhos evidencia condrocalcinose local. O diagnóstico provável da artrite aguda do paciente é: RESPOSTA: Pseudogota UFSP 2016 – Menina de 6 anos de idade com poliartrite crônica de joelhos, tornozelos, punhos e quadril direito há 6 meses. Neste caso, a positividade do fator reumatoide é um marcador de: RESPOSTA: Pior prognóstico articular. IAMSPE SP 2016 – O estudo do líquido sinovial de um paciente com artrite séptica revela: RESPOSTA: Alta celularidade, aspecto turvo e predomínio de polimorfonucleares. HFA DF 2016 – Acerca do tratamento da gota, assinale a alternativa correta: RESPOSTA: Antes da utilização de glicocorticoides intra- articulares para analgesia da gota, deve-se excluir a artrite séptica. AMPR 2013 – Em relação aos achados laboratoriais da artrite reumatoide, assinale a afirmativa correta: RESPOSTA: O anti-CCP está associado com doença grave e erosiva. 101 A hemostasia compreende 3 etapas: HEMOSTASIA PRIMÁRIA Corresponde à interpretação de vasos e plaquetas para a formação do tampão plaquetário; - Plaquetas: 1º combate para segurar o sangramento - Pele e mucosa: sangramento cutâneo e mucoso petéquia, equimose, epistaxe - Sangramento precoce e espontâneo: situações mínimas podem essa pessoa sangrar geralmente é a característica de hemostasia 1ª na prova (na pratica não é tão fácil de diagnosticar) Plaquetas: 150-450 mil Tempo de sangramento (TS): 3-7 min * TS só avalia a FUNÇÃO se PLAQUETOMETRIA estiver NORMAL HEMOSTASIA SECUNDÁRIA A cascata da coagulação (fatores de coagulação) para formar rede de fibrina e estabilizar o coágulo. - Tardio e profundo - Apresenta grandes hematomas, hemartrose - Fatores de coagulação - Músculos e articulações - Para e volta a sangrar Via Extrínseca: TAP < 10s; INR < 1,5 Via Intrínseca: PTTa < 30s; Paciente/Controle < 1,5 “REPARO TECIDUAL (3ª FASE)” Corresponde ao sistema fibrinolítico que removerá o excesso de trombos. - Ativa Plasmina e leva a Fibrinólise Produtos de degradação da fibrina (D-dímero) HEMOSTASIA PRIMÁRIA Disfunção plaquetária: problema na função Trombocitopenia: problema na quantidade Se plaquetas baixas pensar Está tendo ↑ Destruição Púrpuras (imune X trombótica) Outros ↓ Produção / Sequestro Dilucional PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE (PTI) “Doença do capeta” Ac contra plaquetas... Opsonização... Destruição no baço Presença de anticorpos anti-GP IIb/IIIa, causa desconhecida. >> CLÍNICA Idiopática: infecção respiratória < 4 semanas Criança: aguda e autolimitada Mulher (20-40a): crônica e recorrente 2ª: HIV, Lúpus, LLC, HEPARINA >> DIAGNÓSTICO Plaquetopenia... e mais nada!!! Em casos DUVIDOSOS: aspirado de medula (hiperplasia dos megacariócitos) >> TRATAMENTO - Corticoide VO Prednisona Indicações: - Sangramento ativo ou Plaqueta < 20-30.000 *Aguda: < 10.000 - Todos os com sangramento; - Pacientes sem sangramento podem ser tratados em caso de plaquetas < 10 mil/mm3 (PTI aguda) ou < 20- 30 mil/mm3 (PTI crônica). Imunoglobulina polivalente (IGIV) Indicações: - Sangramento grave (SNC, gastrointestinal) - Necessidade de aumento rápido da plaquetometria (pré-operatório) *opções: corticoide IV, fator 7a Rituximabe, Esplenectomia PTI crônica refratária ou dependente de corticoide Plaquetas: Sangramento MUITO grave PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA (PTT) ↓ ADAMTS 13 e FvWB “gigante”... Microangiopatia trombótica >> PATOGÊNESE Trombose e injúria endotelial >> isquemia de múltiplos órgãos, consumo de plaquetas e lise de hemácias. >> CLÍNICA Mulher + Dor abdominal + Plaquetopenia Esquizócitos (hemólise) Neurológicas Temperatura elevada Anúria >> TRATAMENTO Plasmaférese NÃO REPOR PLAQUETAS!!! SÍNDROME HEMOLÍTICO URÊMICA (SHU) E. coli O157:H7 + Shigatoxina... Microangiopatia trombótica Lesão endotelial com ativaçãoplaquetária e trombose >> CLÍNICA “Irmã da PTT” Criança + ... Sangramento (plaquetopenia) Hemólise Uremia >> LABORATÓRIO Anemia hemolítica, leucocitose e plaquetopenia < 50 mil/mm3 - o encontro de esquizócitos (fragmentos de hemácias) no sangue periférico fecha o diagnóstico de anemia hemolítica microangiopática TAP e PTTa normais Coombs direto negativo (destruição de hemácias não é mediada por anticorpos) >> DIAGNÓSTICO CLÍNICO HEMOSTASIA 102 >> TTO: Suporte clinico >> DISFUNÇÃO PLAQUETÁRIA Lesão endotelial (colágeno) FASES: Adesão Ativação Agregação Gp Ib + Fator de von Willebrand (FvWB) ADP (atua no receptor P2Y12) Tromboxane A2 Gp IIb IIIa Hereditário Deficiências: Fator de vWB, Gp Ib (Bernard-Soulier) Gp IIb IIIa (Glanzmann) Adquirido Uremia, antiplaquetários FATOR DE VON WILLEBRAND Distúrbio Hereditário + COMUM da hemostasia!!! TIPO 1 (80%): Deficiência parcial / Exames NORMAIS TIPO 2: Qualitativo / TS alargado TIPO 3 (< 5%): Redução intensa / TS alargados e PTTa alargado >> DIAGNÓSTICO Atividade de FvWB Teste Quantitativo + confiável, porém + caro e nem sempre disponível Teste ou funcional (ristocetina) menos confiável >> TRATAMENTO - Desmopressina (DDAVP) – INICIAL - Fator 8 - Crioprecipitado (FvWB, fator 8, 13 e fibrinogênio) - Plasma fresco congelado (todos os fatores) - Antifibrinolíticos (Ácido tranexâmico) HEMOSTASIA SECUNDÁRIA TAP / PTTa não avaliam VIA EXTRÍNSECA (FATOR 7) DEFICIÊNCIA DE VITAMINA K Vitamina K dependentes: 2-7-9-10 DICA “2+7 = 9 Parabéns você tirou nota 10” Colestase / Má-absorção intestinal (vitaminas lipossolúveis - ADEK) CUMARÍNICOS (warfarin) Antagonista da vitamina K Efeito terapêutico: INR 2-3 Sangramento / INR > 5*-10: Vitamina K Sangramento grave: Complexo protrombínico (fatores 2-7-9-10) Opções: fator 7a / plasma fresco Não há NENHUMA evidencia formal de que oferecer plasma fresco com todos os fatores é algo efetivo para o sangramento pelos cumarínicos, mas na pratica você vê isso acontecendo VIA INTRÍNSECA (FATORES 8/A, 9/B e 11/C) HEMOFILIA: A (+ comum) – deficiência de fator 8 Ligada ao X (homem) ou adquirida (lúpus) “3 Hs” – Hemorragia + Hematoma + Hemartrose - ↑ PTTa / Repor o fator HEPARINA Potencializa Antitrombina 3 (anticoagulante endógeno) NÃO-FRACIONADA (HNF): Monitoriza com PTTa / antídoto: protamina BAIXO PESO MOLECULAR: (enoXaparina) Monitoriza com fator Xa (não é rotina) Protamina (ação parcial) VIA COMUM (10, 5, 2, 1) INIBIDOR DO FATOR Xa: fondaparinux, rivaroxaban INIBIDOR DA TROMBINA: argatroban, dabigatran COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD): Sepse grave, DPP, Neoplasia... Hemólise + ↓ Plaqueta + ↑ TAP, PTTa e ↓ Fibrinogênio Aguda: Hemorragia Crônica: Trombose de repetição >> TRATAMENTO Suporte / anticoagulação Doença Hepática >> HEPARINA + TROMBOSE??? Trombocitopenia induzida por Heparina (HIT) se caracteriza pela queda da contagem plaquetária imunomediada induzida pelo uso de heparina. É definida por redução em + que 50% do número de plaquetas ou valor absoluto menor que 150 mil/mm3 associado ao uso de heparina. Anticorpos contra complexo [Heparina / fator 4 plaquetário (PF4)]. ESCORE 4T Tempo: 5-10 dias de uso da heparina - toda heparina (não fracionada: ↑ risco) - qualquer dose Trombocitopenia (2) - não grave: > 20.000 / sem outra causa Trombose (até 50% dos casos!!!) >> TRATAMENTO SUSPENDER HEPARINA!!! - Trocar por Inibidor de trombina ou Inibidor do fator Xa Análogos da Hirudina (Lepirudina e Argatroban) e o fodaparinux. TROMBOSE >> Tríade de Virchow: Estase + Lesão endotelial + HIPERCOAGULABILIDADE TROMBOFILIAS VENOSA (+ comum) x ARTERIAL 103 HEREDITÁRIA x ADQUIRIDA Hereditária: fator V de Leiden (+ comum) Mutação no gene protrombina Deficiência de proteína C e S PROVA: SAF (Sd anticorpo antifosfolipidio) Lúpus... TVP, AVE, história obstétrica >> Na anticoagulação de pacientes com trombose de repetição, qual grupo de medicações pode interferir com o uso de cumarínicos? Isoniazida, Fenitoína, Azatioprina, Espironolactona >> TRALI ou LPAPT Lesão Pulmonar Aguda relacionada à transfusão Complicação que ocorre em até 6 horas após a transfusão. Consiste na reação de anticorpos do plasma doador contra leucócitos do receptor, que serão ativados e promoverão lesão do endotélio vascular pulmonar. A consequência será o edema pulmonar não cardiogênico. O quadro consiste em febre, calafrios, taquidispneia, cianose, hipotensão e infiltrados pulmonares, com risco de evolução para síndrome do desconforto respiratório. 104 Doença autoimune contra tecido conjuntivo 1. Lúpus Eritematoso Sistêmico 2. Esclerodermia (esclerose sistêmica) 3. Dermato/Polimiosite – aula de fraqueza 4. Sjögren – boca e olhos secos / anti-Ro e anti-La 5. Doença Mista do Tecido Conjuntivo – anti-RNP LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ORIGEM: idiopática / autoimune >> EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Atinge especialmente as MULHERES + JOVENS (15-45 anos) ATAQUE INTERMITENTE “ITES” e “PENIAS” em surtos e remissões Pele: dermatite; Articulações: artrite; Pulmão: pneumonite; Membranas serosas: serosites; Rins: glomerulonefrite; Vasos: vasculite; Coração: miocardite >> DIAGNÓSTICO (CRITÉRIO 2019) CRITÉRIO OBRIGATÓRIO: FAN POSITIVO + 1 CLÍNICO + > 10 PONTOS Clínico - Constitucional: febre > 38,3º C (2 pts) - Hemato: ↓ leucopenia (3 pts); ↓ plaqueta (4 pts); hemólise autoimune (4 pts) - Pele/ mucosa: alopecia (2 pts); úlcera oral (2 pts); cutâneo agudo (rash) (6 pts) - Rim: ptnúria > 0,5 g/24 hs (6 pts); bx classe II/V (8 pts); bx classe III/IV (10 pts) - Serosa: derrame pleural / pericárdico (5 pts); pericardite aguda (6 pts) - Articulação: > 2 articulações (artrite; rigidez matinal) (6 pts) - Neuro: delirium (2 pts); psicose (3 pts); convulsão (5 pts) Imunol ógico - Ac antifosfolipídio: Anticardiolipina OU antiβ2GPI OU anticoagulante lúpico (2 pts) - Complemento (C3 e C4): apenas uma fração baixa (3 pts) | ambas baixas (4 pts) - Ac do lúpus: anti-DNAdh OU anti-Sm (6 pts) Para ajudar... FAN + nefrite IV FAN + 3 critérios F ebre A nticorpos (anti-DNA e anti-Sm) N eurológico D iminuição do complemento A ntifosfolipídios R enal A rtrite S erosite H ematológico >> CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO BRANDO: pele / mucosa / articulação / serosa TTO: Corticoide tópico | Antimaláricos | Corticoide sistêmico (em dose anti-inflamatória) “Síndrome Lupus-Like” P – procainamida (maior risco) H – hidralazina (mais comum) D – d-penicilamina MODERADO: “penias” sanguíneas TTO: Corticoide sistêmico (dose imunossupressora) GRAVE: rim / cabeça TTO: Imunossupressão LÚPUS X AVC Como o LES pode facilitar a ocorrência de um AVC isquêmico: (1) Vasculite cerebral lúpica (redução de fluxo sanguíneo para o parênquima cerebral) (2) Embolia – endocardite de Libman-Sacks (mitral espessada pela inflamação → fragmentos imunológicos da valva se soltam → êmbolos imunes se soltam, podendo impactar na vasculatura cerebral) (3) Trombose – síndrome do anticorpo antifosfolipídio SINDROME DO AC ANTIFOSFOLIPÍDIO A SAF é mediada por anticorpos e caracterizada por trombose arterial ou venosa recorrente e/ou morbidade gestacional. As características clínicasassociadas à trombose venosa consistem em TV profunda e superficial, TV cerebral, sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, trombose da veia retiniana, embolia pulmonar, hipertensão arterial pulmonar e Sd de Budd-chiari, livedo reticularis e vegetação de Libman Sacks. >> DIAGNÓSTICO 1 CRIT CLÍNICO: - Trombose - Morbidade Gestacional: > 3 perdas < 10 sem; perda > 10 sem; prematuridade < 34 sem) + 1 CRIT LABORATORIAL: - Anticardiolipina (> p99) - Anti-β2glicoptn I (> p99) - Anticoagulante lúpico ** Repetir o teste em 3 meses Abordagem: - Assintomáticos (Ac positivo): AAS ou NADA - Gestante + perda fetal prévia: Heparina profilática + AAS - Portador de SAF + evento trombótico anterior Uso de Warfarin durante toda a vida com o objetivo de INR entre 2,5 a 3,5. NEFRITE LÚPICA PARA A PROVA: - Mais comum e + GRAVE... CLASSE IV (difusa) - Laboratório... Anti-DNAdh e ↓ complemento Exceção: CLASSE V (membranosa) Manifestação com síndrome nefrótica: classe V (nefrite membranosa) Síndrome nefrótica → mais suscetível a eventos trombóticos → ex.: trombose de veia renal (forte dor lombar, piora da função renal, hematúria) O anticorpo anti-DNAdh é o que mais se associa à ocorrência de nefrite – e essa agressão geralmente consome as proteínas do sistema complemento – a única exceção a essa regra laboratorial é a nefrite lúpica classe V COLAGENOSES 105 LUPUS E OS AUTOANTICORPOS FAN indica que no organismo do indivíduo existe pelo menos 1 anticorpo antinuclear – assim, deve-se fazer um painel para descobrir qual ou quais foram responsáveis pela positivação do exame. >> Antinucleares: 1. Anti-DNA dh (nativo) Nefrite 2. Anti-histona Droga (“Síndrome Lupus-Like”) 3. Anti-ENA - Anti-Sm + específico - Anti-RNP Dç Mista do Tecido Conjuntivo - Anti-Ro/ anti-SSA lúpus neonatal, Sjögren - Anti-La / anti-SSB sem nefrite, Sjögren - Anticitoplasmáticos: Anti-P Psicose - Antimembrana: Anti-fosfolipídio, Antineurônio, Anti- hemácia, Antilinfócito, Antiplaqueta ESCLERODERMIA | ESCLEROSE SISTÊMICA É uma doença caracterizada pela fibrose, cujo nome significa “pele dura”. >> EPIDEMIOLOGIA / FISIOPATOLOGIA Mulher de meia-idade (30-50 anos) Superprodução de colágeno >> FIBROSE Disfunção vascular >> isquemia tecidual crônica - Como e onde? Teoria vascular: VASOCONSTRICÇÃO... (Pele | Esôfago | Rim | Pulmão) >> QUADRO CLÍNICO ESÔFAGO Refluxo / Disfagia RIM Crise Renal: ↑ PA, oligúria, anemia hemolítica IECA (“pril”) PULMÃO 1) Alveolite com Fibrose - Tratar na alveolite (TC: vidro fosco): imunossupressão Hipertensão Pulmonar PELE - Esclerodactilia: espessamento; mão em garra - Fácies de esclerodermia: microstomia; nariz fino - Calcinose: cálcio SC - Telangiectasia: dilatação vascular - Fenômeno de Raynaud: alteração trifásica dos dedos Palidez Cianose Rubor FORMAS SISTÊMICAS FAN (+) 90-95% - Cutânea Difusa: Antitopoisomerase I (anti-Scl 70) “Pega pele difusamente” Faz Crise Renal/ Fibrose - Cutânea Limitada: Anticentrômero “Se limita à pele distal” Síndrome CREST; Hipert. Pulmonar Calcinose Raynaud Esofagopatia Sclerodactyly Telangiectasias OBS: Raynauld costuma ser a 1ª manifestação vista em 80% dos casos >> TRATAMENTO Depende da complicação... (Raynaud, Rim, Esôfago, Alveolite, HAP) Geral: imunossupressores e AAS em baixas doses podem ser benéficos. Corticosteroides são reservados para casos selecionados. Especifico: RAYNAUD: prevenção de Vasoespasmo - Evitar tabagismo, betabloqueadores, simpaticomiméticos, frio. - Vasodilatadores: nitroglicerina tópica, antagonistas do cálcio, simpaticolíticos, análogos da prostaciclina. - Simpatectomia digital nos casos graves. ALVEOLITE FIBROSANTE: prednisona + ciclofosfamida ou azatioprina. O tratamento é indicado apenas na presença de algum grau de inflamação (alveolite) VASCULOPATIA COM HIPERTENSÃO PULMONAR Oxigenoterapia quando necessário Vasodilatadores CRISE RENAL: IECA Não suspender o IECA mesmo que haja deterioração da função renal >> dialisar Evitar diuréticos (exacerbam sistema renina- angiotensina), corticoides e imunossupressores (agravam dano renal). SÍNDROME DE SJÖGREN 50% primária: predomina em mulheres entre 30 e 50 anos 50% secundária: Artrite reumatoide (+ comum), LES >> PATOGÊNESE Infiltração linfocitária das glândulas exócrinas >> disfunção glandular Deposição de Imunocomplexos >> vasculite, glomerulonefrite >> QUADRO CLÍNICO GLANDULAR Xeroftalmia Xerostomia Acloridria Constipação intestinal Aumento parotídeo EXTRAGLANDULAR Artralgia e artrite não erosiva Fenômeno de Raynaud Doença pulmonar Doença renal: nefrite intersticial linfocitária, Glomerulonefrite por Imunocomplexos Vasculite Pseudolinfoma Associar com cirrose biliar 1ª >> LABORATÓRIO Anemia de doença crônica / VHS ↑↑ Anti-Ro (Anti-SSA) Positivo em 60% e Anti-La (Anti- SSB) positivo em 40% FAN + em 80 a 90% 106 Fator Reumatoide em 75 a 90% >> DIAGNÓSTICO Teste de Schirmer Escore de rosa bengala >> TRATAMENTO Aumento da ingesta hídrica, colírio de metilcelulose (lágrima artificial), saliva artificial Colinérgicos Corticoterapia: casos + graves OBS: Mulheres jovens com Síndrome de Sjögren 1ª e Anti-Ro + apresentam maior risco de RN com lúpus neonatal e BAV completo congênito. 107 VISÃO GERAL LESÃO: Processo imunológico gerando inflamação >> QUADRO CLÍNICO Sintomas constitucionais (inespecíficos) Relacionado ao(s) vaso(s) acometido(s)... >> CLASSIFICAÇÃO DAS VASCULITES Predomínio Exemplos Quadro clínico Grandes vasos Arterite de Takayasu Arterite Temporal Claudicação ↓ pulso / sopro Médios vasos Poliarterite Nodosa (PAN) Doença de Kawasaki Livedo reticular Mononeurite Múltipla Microaneurisma Pequenos vasos Poliangeíte Microscópica Churg-Strauss / Wegener Crioglobulinemia Púrpura de Henoch-Schönlein Púrpura palpável Hemorragia alveolar Glomerulonefrite Uveíte Variável Behçet / Buerger Variável... Hemorragia alveolar + GN = Sd pulmão rim Poliangeíte Microscópica e Wegener >> DIAGNÓSTICO Laboratório ↑ VHS e PCR Anemia (dç crônica) / Leucocitose / ↑ Plaquetas ANCA (Anticorpo anticitoplasma de neutrófilo) - C-ANCA: Granulomatose de Wegener (“WC”) - P-ANCA: Poliangeíte Microscópica e Churg-Strauss Lembre: associação com lesão glomerular (imperceptível em Churg-Strauss) CONFIRMAÇÃO Biópsia (vaso ou estrutura irrigada) Angiografia VASCULITES DE GRANDES VASOS MULHERES TAKAYASU TEMPORAL* Idade Jovem Idosa Artéria Subclávia, carótida, renal + intenso do lado E Temporal (o nome sugere...) Claudicação Membro superior Mandíbula Lesão grave HAS renovascular Cegueira (a. oftálmica) Detalhe Coarctação reversa (↓ MMSS) Cefaleia, ↑ VHS, febre de origem indeterminada Diagnóstico Aortografia Biópsia Tratamento Corticoide Revascularizar? Corticoide POLIARTERITE NODOSA (PAN) Homem de meia idade >> PATOGÊNESE Idiopática HBV (HBsAg / HBeAg) >> QUADRO CLÍNICO PAN: poupa pulmão; poupa glomérulo - Mononeurite múltipla (vasa nervorum) - Insuf Renal e HAS renovascular (ramos...) - Sintomas GI (angina mesentérica) - Dor Testicular - Lesão cutânea (livedo, nódulo, úlcera...) >> DIAGNÓSTICOBiópsia (nervo, pele, testículo fazer onde tem clínica) Angiografia (mesentérica / renal) CRIOGLOBULINEMIA Hepatite C Consome Complemento >> CLÍNICA Púrpura palpável, Raynaud, artralgia Acomete microvasos Glomerulonefrite membranoproliferativa em 20-60% Outros achados: hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, neuropatia periféricas >> LABORATÓRIO Única vasculite que consome complemento C4 Sempre buscar hepatite C associada >> TRATAMENTO Prednisona, com ou sem ciclofosfamida/ rituximabe Paciente HCV +: tto antiviral Plasmaférese DOENÇA DE KAWASAKI >> DIAGNÓSTICO (5 DE 6 CRITÉRIOS): - Febre > 5 dias OBRIGATÓRIO - Congestão ocular - Alteração oral - Linfadenopatia cervical - Exantema Polimorfo - Alteração de extremidades (edema indurado – descamação de mãos e pés) Regrinha mnemônica Mucosite Exantema Linfonodomegalia > 1,5 cm Extremidades (edema mão e pé) Congestão ocular Aumento de temperatura) >> COMPLICAÇÃO Aneurisma de coronária >> TRATAMENTO Até o 10º dia: Ig + AAS dose alta Após 10º dia: AAS em dose baixa* SÍNDROME PULMÃO-RIM >> CONCEITO: Hemoptise + Glomerulonefrite Granulomatose de Wegener Poliangeíte Microscópica Síndrome de Goodpasture Leptospirose Lúpus GRANULOMATOSE DE WEGENER Granulomatose com Poliangeíte >> QUADRO CLÍNICO - VAS (sinusite, rinite, deformidade | nariz em sela) - Pulmão (hemoptise, nódulos...) - Rim (glomerulonefrite – possível GNRP) “Pulmão-rim que pega nariz” >> DIAGNÓSTICO Sorologia: C-ANCA + Biópsia: vasculite granulomatosa VASCULITES PRIMÁRIAS 108 Auto anticorpo que justifica o padrão C-ANCA na pesquisa por imunofluorescência é o antiproteinase 3 >> TRATAMENTO Prednisona + ciclofosfamida Pacientes graves: pulsoterapia com corticoide Opção para pacientes com recidivas frequentes e portadores de doença renal ou pulmonar grave: rituximabe GNRP: plasmaférese POLIANGEÍTE MICROSCÓPICA Homem meia-idade – 40 a 60ª >> QUADRO CLÍNICO PAN + Síndrome Pulmão-Rim Sorologia: P-ANCA >> TRATAMENTO Corticoide – associar ciclofosfamida, metotrexato ou rituximabe caso necessário Plasmaférese em caso de GNRP + Síndrome urêmica com necessidade de diálise SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS GRANULOMATOSE EOSINOFÍLICA COM POLIANGEÍTE Discreto predomínio feminino, com idade média de 48ª Forte associação com atopia e infiltração eosinofílica >> QUADRO CLÍNICO 1. Asma “tardia” – Fase Prodrômica: manifestações alérgicas, como asma ou rinite “alérgica” (frequentemente graves), que podem durar de meses a anos. Geralmente esses pacientes também tem pólipos nasais. 2. Eosinofilia – Fase Eosinofílica: Infiltrado pulmonar migratório... pode haver infiltração de trato gastrointestinal e mesmo miocárdio. 3. Fase Vasculítica (pele, nervo, pulmão...): Geralmente aparece 3 anos após o quadro de asma “Vasculite com Asma” >> DIAGNÓSTICO Sorologia: p-ANCA Eosinofilia > 1.000 cél/ml em > 80% dos pacientes IgE elevada Biópsia PULMONAR PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN MENINO 3-20 ANOS Vasculite + comum da infância Vasculite por IgA >> FISIOPATOLOGIA IVAS ↑ IgA >> QUADRO CLÍNICO Púrpura palpável (MMII e nádegas) – poupa o tronco Hematúria (lembra berger) Síndrome álgica abdominal (dor) Artralgia - Púrpura Indolor e não pruriginosa - Sintomas Gastrointestinais: dor, melena, íleo e hematêmese - Manifestações comuns: orquite, epididimite, torção testicular, hemorragia conjuntival, cefaleia, alteração do comportamento e crise convulsiva >> LABORATÓRIO Plaquetas normais ou ELEVADAS >> DIAGNÓSTICO 2 dos 4 critérios a seguir: - Púrpura palpável não trombocitopênica - Idade < 20 anos no início da doença - Angina intestinal - Biópsia evidenciando granulócitos nas paredes ou vênulas >> TRATAMENTO Geralmente, apenas analgesia Corticoide em caso de envolvimento gastrointestinal grave ou nefrite grave >> COMPLICAÇÕES Invaginação intestinal íleo-ileal (51%) / íleo-cólica (39%) / jejuno-jejunal (7%) DOENÇA DE BUERGER TROMBOANEÍTE OBLITERANTE Homem 35ª – tabagista “Tabagismo com isquemia / necrose de extremidade” Em jovem com vasos proximais poupados DOENÇA DE BEHÇET 20-35 anos >> QUADRO CLÍNICO MUCOSAS: úlceras orais e genitais dolorosas PELE: acne, patergia (hiper-reatividade cutânea) OLHOS: uveíte, hipópio *Eventuais: artrite (50%), trombose (30%), aneurisma pulmonar Sorologia: ASCA + em fases TARDIAS da dç >> Tratamento intensivo em autoanticorpos... Qual é o ANTICORPO característico do (a) Nefrite lúpica Anti-DNA dh (nativo) Lúpus farmacoinduzido Anti-histona Lúpus neonatal (bloqueio cardíaco cardiogênico) Anti-Ro Lúpus cutâneo subagudo Anti-Ro Lúpus FAN negativo Anti-Ro Psicose lúpica Anti-P Síndrome CREST Anti-centrômero Esclerodermia cutânea difusa Anti-topoisomerase I (Antigo Anti Scl 70) Síndrome de Sjögren (2) Anti-Ro / Anti-La Doença Mista do Tecido Conjuntivo Anti-RNP Granulomatose de Wegener C-ANCA Síndrome de Churg- Strauss p-ANCA Poliangeíte microscópica p-ANCA 109 A formação do edema... O edema pode ser: ↑ Pressão hidrostática ICC, IR, hipertensão porta... ↓ Pressão oncótica Nefrótica, insuficiência hepática... ↑ Permeabilidade vascular Inflamação Obstrução linfática Compressão, ressecção... - Generalizados (doença orgânica): ↑ Pressão hidrostática e ↓ Pressão oncótica - Localizados: ↑ Permeabilidade vascular e Obstrução linfática INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO: IC é a condição na qual o coração é incapaz de garantir um débito cardíaco adequado à demanda tecidual ou quando só o faz à custa do aumento de suas pressões de enchimento (intracavitárias). Ela também pode ser definida como a síndrome clínica complexa que resulta de desordem estrutural ou funcional que diminui a habilidade do ventrículo se encher de sangue ou ejetá-lo. Funções do Coração: Bombear sangue FUNÇÃO Suprir demanda SISTÓLICA Sem elevar as pressões de enchimento FUNÇÃO DIASTÓLICA TIPOS DE IC SISTÓLICA DIASTÓLICA ICFE reduzida ICFE normal ↓ Força contração (Ejeção ruim) ↓ Relaxamento (Enchimento ruim) DC baixo FE < 40% FE > 50% ↑ câmaras cardíacas = câmaras ↑ coração = coração B3 B4 ALTO DÉBITO x BAIXO DÉBITO ALTO DÉBITO Maior trabalho cardíaco: ↑ demanda ou desvio de sangue EXEMPLOS: Anemia Tireotoxicose Sepse Beribéri Fístula AV sistêmica BAIXO DÉBITO Problema do coração CLÍNICA IVD: congestão sistêmica IVE: ↓ débito e congestão pulmonar Cansaço Turgência jugular patológica Refluxo hepatojugular Sinal de Kussmaul (aumento da jugular na inspiração) Hepatomegalia Dispneia aos esforços Ortopneia Dispneia paroxística noturna Estertoração pulmonar B3 DIAGNÓSTICO CLÍNICO Critérios de Framingham AVALIAÇÃO INICIAL: ECG + RX de tórax CLASSIFICAÇÃO / ETIOLOGIA: ECO transtorácico DÚVIDA (dispneia na sala de emergência) ↑ BNP e NT-proBNP (alto VP negativo) CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM CRITÉRIOS MAIORES CRITÉRIOS MENORES 1. Dispneia paroxística noturna ou Ortopneia 2. Turgência jugular patológica 3. Estertoração pulmonar 4. Cardiomegalia no RX 5. Edema agudo de pulmão 6. Terceira bulha (B3) 7. Aumento da altura do pulso jugular (PVC > 16 cm) 8. Refluxo hepatojugular 9. Perda > 4,5 kg em 5 dias de diureticoterapia 1. Edema maleolar bilateral 2. Tosse noturna 3. Dispneia aos esforços 4. Hepatomegalia 5. Derrame pleural 6. Diminuição da capacidade vital 7. Frequência cardíaca > 120 bpm CLASSIFICAÇÃO DA IC CLASSIF. FUNCIONAL (NYHA) I – SEM dispneia com atividades usuais-- > 6 METs II – COM dispneia com atividades usuais – 4-6 METs III – Dispneia com atividade LEVE - < 4 METs IV – Dispneia em REPOUSO ou qualquer atividade >> CLASSIF. EVOLUTIVA A. Só fatores de risco B. Doente, mas assintomático C. Sintomático NYHA D. Refratário TRATAMENTO DA ICFE REDUZIDA Primeiro, alguns conceitos... Redução da força de contração (↓ FE) SINDROME EDEMIGÊNICA O problema está FORA do coração 110 “Fica muito sangue” “Sai pouco sangue” (↑VOLUME) (↓ DÉBITO) Drogas que AUMENTAM a sobrevida IECA Para quem? TODOS (mesmo assintomático) Não usar se... K+ > 5,5; IR; Estenose bilateral da A. Renal βbloqueador Metoprolol / Carvedilol / Bisoprolol Para quem? Todos (mesmo se assintomático) Não iniciar se... Paciente agudamente compensado Antagonistas da Aldosterona Espironolactona Para quem? CF II a V (sintomáticos c IECA + BB) Não usar se... K+ > 5,0; IR Hidralazina + Nitrato Para quem? Alternativa a IECA e BRA-II ou Sintomáticos c IECA + BB + Ant. aldost BRA Para quem? Intolerância ao IECA (tosse ou angioedema) Não usar se... = IECA IVABRADINA Ação Inibidor seletivo da corrente If do nó sinoatrial Para quem? Sint com IECA e BB + FC > 70 e sinusal VALSARTAN – SACUBITRIL Degrada vasodilatadores Ação BRA + Inibidor de Neprilisina Para quem? Substituir o IECA nos pacientes que permanecem sintomáticos DAPAGLIFOZINA Ação Inibidor da SGLT2 Para quem? Sintomáticos com IECA + BB + Ant aldosterona Drogas SINTOMÁTICAS DIURÉTICOS Para quem? Sintomáticos Preferência… Furosemida DIGITAL Para quem? Refratários Benefício Melhora sintomática; ↓ Internação Não usar se… Insuficiência diastólica pura; Cardiomiopatia hipertrófica RESUMINDO... A Só fatores de risco Tratar os fatores B Doença estrutural assintomático IECA + β-Bloqueador C Sintomático NYHA I – IECA + β-BLOQ II a IV – DIURÉTICO + Espironolactona + Hidralazina + Nitrato + Ivabradina + Dapaglifozina + Digital D Sintomas refratários TRATAMENTO DA ICFE NORMAL Controlar os fatores que prejudicam o relaxamento - PA - FC - Coronariopatia - FA Se congestão - DIURÉTICO IC DESCOMPENSADA Perfusão Periférica Inadequada Evidência de Congestão ? NÃO SIM NÃO A Quente e Seco B Quente e Úmido SIM D ou L Frio e Seco C Frio e Úmido Pior prognóstico A – Quente e Seco Avaliar outras causas para os sintomas B – Quente e Úmido Diurético + Vasodilatadores C – Frio e Úmido Inotrópico + Vasodilatadores (PAS > 90) D ou L – Frio e Seco Hidratação Venosa CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA >> DEFINIÇÃO: é a doença primária do miocárdio, geneticamente determinada por mutações nos diversos genes que codificam proteínas contráteis dos sarcômeros, caracterizada por uma inapropriada hipertrofia ventricular concêntrica, geralmente restrita ao VE, associada a uma função sistólica hiperdinâmica. Ou seja, a HVE secundária à HAS ou à estenose aórtica, por exemplo, não preenchem este critério. >> ETIOLOGIA: GENÉTICA, FAMILIAR, JOVEM >> CLÍNICA SOPRO SISTÓLICO: piora com Valsava / melhora com agachamento Sincope, dispneia aos esforços... >> DIAGNÓSTICO ECO/ RM: sinais de HVE, hipertrofia septal ASSIMÉTRICA >> TRATAMENTO Controlar PA e FC: Beta-bloq, Ant Cálcio - Evitar: Nitrato, Digital, Diurético Invasivo: embolização septal / ventriculomiomectomia Cardiodesfibrilador implantável (CDI): síncope, taqui ventricular, morte súbita abortada CONGESTÃO (sintoma) RENINA-ANGIO-ALDO Noradrenalina (remodelamento) 111 NÃO-ISQUÊMICA x ISQUÊMICA ANGINA TÍPICA - Dor ou Desconforto retroesternal - Piora com esforço ou estresse - Melhora com repouso ou nitrato Podem ter queixa de dor torácica: Pericardite Dissecção de aorta Pleuropulmonar Músculo-esquelética Gastrointestinal Avaliação inicial: ECG + Rx de tórax DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA Ruptura da camada íntima Dissecção da parede Falsa luz >> FATORES DE RISCO HAS / Trauma / Síndrome de Marfan >> QUADRO CLÍNICO DOR TORÁCICA: intensa, súbita, irradiação para o dorso AORTA ASCENDENTE IAM / Insuficiência aórtica Tamponamento cardíaco ARCO AÓRTICO Subclávia: Diferença de PA Carótida: Síncope/ AVEi AORTA DESCENDENTE Hemotórax Isquemia mesentérica Renal >> CLASSIFICAÇÃO Classificação de DeBakey TIPO I: a ruptura da íntima ocorre na aorta ascendente, mas a dissecção envolve também a aorta descendente. TIPO II: a ruptura da íntima e a dissecção estão limitadas à aorta ascendente. TIPO III: a ruptura da íntima e a dissecção estão limitadas à aorta descendente (IIIa = dissecção após a emergência da subclávia esquerda até a emergência do tronco celíaco; IIIb = dissecção começa após a emergência da subclávia esquerda e ultrapassa a emergência do tronco celíaco). Classificação de Stanford TIPO A (67%): a dissecção envolve a aorta ascendente (tipos I e II DeBakey). TIPO B (33%): a dissecção é limitada à aorta descendente (tipo III DeBakey). >> DIAGNÓSTICO ESTÁVEL: AngioTC / AngioRM de tórax INSTÁVEL: ECO transesofágico >> TRATAMENTO -- CLÍNICO: Alvos PAS 100-110 e FC < 60 - Beta-bloqueador IV (esmolol, propranolol) - HAS PERSISTENTE: Nitroprussiato de sódio - ALTERNATIVA: Labetalol (bloqueio alfa e beta) -- CIRÚRGICO TIPO A Sempre TIPO B Casos complicados... PERICARDITE Inflamação dos folhetos pericárdicos, que pode ter evolução aguda ou subaguda/ crônica. >> CAUSAS Idiopática (viral) Piogênica Imune Urêmica Pós-IAM >> CLÍNICA Dor torácica contínua, tipo pleurítica “Dor ventilatório dependente” Melhora: genupeitoral e “abraçado” (Blechman) Piora: decúbito, tosse ou inspiração profunda Atrito pericárdico (85% dos casos) – especifico !!! DIAGNÓSTICO Rx de tórax: “coração em moringa” ECG: Supra ST difuso (côncavo, sem q de necrose) Infra de PR (+ específico) Ecocardiograma: derrame pericárdico >> TRATAMENTO AINE ± Colchicina / Corticoide (Refratários) COSTOCONDRITE IDIOPÁTICA Corresponde à inflamação da articulação costocondral, que liga as costelas ao esterno. + frequente unilateral >> CAUSAS Não esta bem definido Predisposição genética Trauma local DOR TORÁCICA 112 >> CLÍNICA Dor à digitopressão da borda esternal Inflamação / Episódios recorrentes Sd de Tietze: corresponde à mesma condição, porém com edema e calor locais, e geralmente com provas inflamatórias (VHS, PCR) positivas. >> TRATAMENTO O tto de ambas inclui: - Repouso - Gelo local - Anti-inflamatórios Quadros + INTENSOS: patches de lidocaína e o corticoide local ESPASMO ESOFAGIANO DIFUSO >> CLÍNICA Cólica esofágica com deglutição / estresse >> DIAGNÓSTICO Esofagografia baritada: “saca rolhas” PADRÃO-OURO: ESOFAGOMANOMETRIA >> TRATAMENTO Nitrato ou Antagonista do Ca++ Opções: antidepressivos, sildenafil, toxina botulínica Refratários: esofagomiotomia longitudinal DOENÇA ISQUÊMICA DO MIOCÁRDIO Síndrome Coronariana Crônica “Angina Estável” Síndrome Coronariana Aguda “Angina Instável ou IAM” Outras apresentações: - Prinzmetal: homem, Vasoespasmo, supra ST transitório - Silenciosa: idoso, DM, renal crônico, transplantado - Microvascular: mulher, “disfunção endotelial” SINDROME CORONARIANA CRÔNICA ABORDAGEM 1. ECG DE REPOUSO - Onda T simétrica e pontiaguda - Desnivelamento do segmento ST Paciente ambulatorial ECG geralmente INESPECÍFICO Realizar teste provocativo (funcional) 2.TESTE ERGOMÉTRICO (ESFORÇO) Teste ergométrico pode ser solicitado para pacientes com probabilidade intermediária para Doença arterial coronariana. Teste provocativo de isquemia, serve para estratificar sua extensão e consequentemente seu risco Não deve ser feito na presença de isquemia ativa em repouso, como em angina instável. Teste +: Infra ST > 1 mm Alta disponibilidade / Baixo Custo Limitações: Física / ECG de base (HVE, BRE) 3. PERFUSÃO POR RADIONUCLÍDEOS Cintilografia / PET + brilhante está funcionando + escuro déficit de perfusão Teste +: defeito na perfusão com esforço - Localiza melhor - Avalia viabilidade miocárdica (reversível x não reversível) Limitação física: Teste com Estresse farmacológico Cintilo com dipiridamol / ECO ou RM com dobutamina 4. TESTE ANATÔMICOS (AngioTC / AngioRM) - TC: escore de cálcio (> 400 = grave) - Identificam a lesão coronariana - Elevado VPN (excluem!!) Limitações: - Menor disponibilidade - Pode ser lesão ocasional 5. CATETERISMO CARDÍACO (CAT) OU CORONARIOGRAFIA PADRÃO OURO !!! INDICAÇÕES: 1. Causa indefinida 2. Angina limitante e refratária 3. Teste diagnóstico de ↑ risco - isquemia com baixa carga - múltiplos déficits de perfusão Limitações: - A lesão pode não ser culpada 6. REFINAMENTO PARA O CAT - Angiografia quantitativa - USG intravascular - Reserva de fluxo fracionada (FFR < 0,8) RESUMINDO... ECG de repouso 1º exame: Teste ergométrico Alternativa: Cintilo, PET, Estresse farmacológico Anatômicos: AngioTC / RM CAT + Refinamentos 113 >> Complicações do IAM que necessita de intervenção cirúrgica de urgência ou emergência: - Ruptura Cardíaca - Comunicação Interventricular - Insuficiência Mitral Aguda CONDUTA TERAPÊUTICA >> TERAPIA ANTITROMBÓTICA “controlar a obstrução” - AAS (ou antag. ADP – clopidogrel) - Estatina (atorvastatina ou rosuvastatina) >> TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA “controlar PA e FC” - Betabloqueador (propranolol, metoprolol) - IECA (enalapril, captopril, lisinopril) - Nitrato SL ou VO (NÃO altera sobrevida) “ABC” AAS Betabloqueador Captopril / Colesterol >> Refratários? CAT + Cirurgia ou Angioplastia >> Escore SYNTAX CIRURGIA: lesões graves ou difícil abordagem - Lesão de tronco - Disfunção de VE - Diabetes OUTRAS: DA proximal, trivascular Cirurgia de Revascularização do Miocárdio INDICAÇÕES: - Lesão não protegida (sem enxerto distal patente) de tronco da coronária esquerda com obstrução > 50%; - Lesão trivascular (com ou sem envolvimento na Descendente Anterior proximal) ou lesão na DA proximal + outro ramo coronariano principal com obstrução > 70%; - Lesão bivascular com isquemia miocárdica extensa ou grave pelos critérios de alto risco na estratificação; - Lesão multivascular ou na DA proximal com obstrução > 70% e disfunção ventricular com Fe 35- 50% na presença de viabilidade miocárdica; - Anatomia muito desfavorável para angioplastia (EX: oclusão coronariana crônica, há + de 3 meses); - Lesões multivasculares em diabéticos. SINDROME CORONARIANA AGUDA >> ABORDAGEM - Dor prolongada > 15 – 20 min - Pequeno esforço ou repouso - Instalação rápida, “em crescimento” >> SUBOCLUSÃO: - Angina instável - IAM subendocárdico: tem necrose SEM SUPRA DE ST Troponina – (angina instável) Troponina + ( IAM subendocárdico) >> OCLUSÃO TOTAL IAM transmural COM SUPRA ST Troponina + >> CONDUTA: ECG (< 10 min) define a CONDUTA Troponina (curva: 0 – 1h – 3h) ECG NA SD CORONARIANA ECG normal Como identificar o SUPRA de ST? SUPRA ST: > 1 mm em 2 derivações consecutivas V2-V3: > 2-2,5 mm HOMEM; > 1,5 mm MULHER >> Hiperaguda: onda T elevada, supra desnivelamento ST Pode ocorrer entre 30 min- primeiras horas | até 12 hs >> Subaguda: “carinha triste” Horas, dias, até 4 semanas >> Crônica: onda T invertida, Onda q profunda e ampla – onda q de necrose A partir de 2-4 semanas Como saber o vaso culpado? ECG – 12 derivações 114 Como saber a parede infartada? LOCALIZANDO O VASO PAREDE DERIVAÇÕES VASO ANTERIOR V1, V2, V3, V4 DA LATERAL BAIXA: V5 + V6 ALTA: D1 + aVL CX ANTERIOR EXTENSO V1 – V6 + D1 + aVL Infarto + GRAVE TCE DA + CX INFERIOR D2, D3, aVF CD (70%) VD V1, V3R, V4R CD DORSAL (posterior) V7, V8, V9 CD (70%) PROVA: imagem em espelho LATERAL ALTA < - > espelho INFERIOR ANTERIOR < - > espelho DORSAL O que era Supra Vira Infra O que era Q (Necrose) Vira R Ampla Quem vem PRIMEIRO é o SUPRA tem + repercussão MARCADORES DE NECROSE MIORCÁRDICA Mioglobina: não usa + Troponina: + Sensível e + Específica CK-MB: pede quando não tem troponina Qual troponina eu peço? T ou I A que tem no seu hospital A Troponina I É boa na Insuficiência Renal Critério: Troponina > percentil 99 Significa que tem lesão miocárdica + grave Troponina + sensível 0 – 1 – 3 >> ALTO RISCO CARDIOVASCULAR - Dor em repouso com > 20 minutos de duração - Inversão simétrica e profunda (> 3 mm) da onda T, em toda a parede antero-lateral SD CORONARIANA AGUDA SEM SUPRA ST TERAPIA ANTITROMBÓTICA - AAS + Ant. ADP (ticagrelor, prasugrel, clopidogrel) Inibidor receptor P2Y12 - Estatina (atorvastatina) - Heparina TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA - Beta-bloqueador por VO !!! - IECA +/- Nitrato SL ou Nitroglicerina IV NÃO USAR β-BLOQ SE Sinais de IC BAV intervalo PR > 240 ms Broncoespasmo Risco alto idade > 70a, PA < 120, FC > 110 Uso de cocaína NITRATO CI EM Hipotensão IAM de VD Sildenafil < 24 hs (Inibidor da fosfodiesterase) AAS Betabloqueador Propanolol / Atenolol / Metoprolol Captopril / Colesterol / Clopidogrel / Clexane MONABICHE Morfina Se tem dor refratária Oxigênio Sat < 90% Nitrato não é de rotina AAS Betabloqueador IECA Clopidogrel Heparina (anticoagulante) Estatina 115 Estratégia Invasiva (CAT) x Conservador (Otimizar medicação) Depende da ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO!!! >> ESTRATÉGIA INVASIVA – INDICAÇÕES: CONDUTA RISCO FATORES Imediata (< 2 hs) MUITO ALTO “Instável” Hemodinâmica (IC, choque) Elétrica (TV / FV) Clínica (angina refratária) Precoce (< 24 hs) ALTO “Papel” (exame/escore) ↑ Troponina ECG alterado Escore GRACE > 140 Retardada (< 72 hs) MODERADO “Relacionadas” DM Insuf. Renal ou Cardíaca Revascularização prévia NA ALTA: Suspende heparina / Clopidogrel por 1 ano SD CORONARIANA AGUDA COM SUPRA ST >> TERAPIA ANTITROMBÓTICA - AAS + Ant. ADP (inibidor receptor P2Y12) - Estatina - Heparina >> TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA - Beta-bloqueador por VO !!! - IECA +/- Nitrato SL ou Nitroglicerina IV >> REPERFUSÃO IMEDIATA Sintomas < 12 hs + Supra ST ou Bloq. De ramo novo Angioplastia (ICP) ou trombolítico (fibrinolítico) Angioplastia Preferência: se realizada em < 90-120 min OU choque cardiogênico Se indisponível, fazer trombolítico em até 30 min Trombolítico 1ª escolha: Tenecteplase (TNK) – dose em bolus Opções: Alteplase – tPA; estreptoquinase – SK CAT em 24 hs (estratégia farmacoinvasiva) >> CRITÉRIOS DE REPERFUSÃO: Melhora da dor + ↓ Supra ST > 50% SCA com elevação ST SCA sem elevação ST Abrir a artéria Anticoagular Antiagregação (dupla) Esqueça o 1º A Trombólise e Angioplastia não fazer parte da conduta inicial PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES SCA Fibrilação Ventricular Principal causa de óbito pré-hospitalar- Cardiodesfibrilador implantável (CDI): PCR, TV sustentada, FE < 30% Infarto de VD IAM inferior (até 50%) Pedir V3r / V4r - Evitar diurético, nitrato e morfina CIV / Insuficiência Mitral CIV: sopro sistólico na borda esternal IM: sopro sist. na ponta Suporte + Cirurgia Pericardite AGUDA: precoce (< 2 sem), contiguididade = AAS DRESSKER: tardia (2-6 sem), imune = AAS / corticoide 116 1. ONDAS Onda P, QRS, T 2. RITMO SINUSAL Ritmo Sinusal: Onda P (+) em D2 de cada QRS 3. INTERVALOS Intervalo PR: 120-200 ms (3 a 5 quadradinhos) Intervalo QT: até 440 ms (11 quadradinhos) 4. FREQUÊNCIA CARDÍACA 1500 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑅𝑅 1 Q (5 q) = 300 pbm 2 Q (10 q) = 150 bpm 3 Q (15 q) = 100 bpm 4 Q (20 q) = 75 bpm 5 Q (25 q) = 60 bpm Se R-R < 3 Q (FC > 100) = TAQUICARDIA Se R-R > 5 Q (FC < 60) = BRADICARDIA Intervalo R-R < 3 Q Existe uma Onda P (+) precedendo o QRS Taquicardia Sinusal É a + comum q existe Intervalo R-R < 3 Q Onda P (-) precedendo QRS Taquicardia Atrial Unifocal Intervalo R-R < 3 Q Onda P (+), cada hora de um jeito, vem de locais ≠ É um Dx Diferencial da Fibrilação Atrial Taquicardia Atrial Multifocal Arritmia clássica/ típica dos pxs com DPOC Intervalo R-R < 3 Q Não tem Onda P precedendo QRS Onda F = Flutter – Arritmia Matemática (2:1) Flutter Atrial Tem aspecto serrilhado, batendo a 150 bpm Intervalo R-R < 3 Q PQRS sinusal TV Monomórfica Não-Sustentada (TVMNS) Batimento precoce – fora do tempo = Extrassístole > 3 Extrassístoles = TAQUICARDIA > 30s ou instabilidade = SUSTENTADA QRS alargado (> 120 ms) ↓ PA, síncope, dor torácica, congestão pulmonar = Existe INSTABILIDADE HEMODINÂMICA Se ARRITMIA + INSTABILIDADE HEMODINÂMICA = CHOQUE Toda vez que tiver uma TAQUIARRITMIA com QRS largo, até que se prove o contrário é de origem do VENTRÍCULO Intervalo R-R < 3 Q Não tem Onda P precedendo QRS Não tem Onda Flutter QRS alargado É uma derivação que vem se repetindo a morfologia, então é MONOMÓRFICA TV Monomórfica Sustentada (TVMS) QRS alargado De várias morfologias = Polimórfica TV Polimórfica De maior gravidade Torsades de Pointes QT longo (> 440 ms) TTO: Sulfato de Magnésio IV Ritmo de FV, + grave, principal causa de óbito na PCR Fibrilação Ventricular Ritmo chocável SÍNCOPE E ARRITMIAS 117 QRS estreito Intervalo R-R IRREGULAR Fibrilação atrial Intervalo R-R Regular “Arritmia que vem la de cima” Taquicardia Supraventricular Paroxística Aparece em pessoas + jovens, em paroxismos/ crises DIAGNÓSTICO – TAQUIARRITMIAS 1. Existe taquicardia? RR < 3 Q 2. Existe onde P Se existir: ou é ATRIAL ou é SINUSAL 3. Existe onda F de flutter atrial? Se existir: é FLUTTER Onda de aspecto serrilhado – existe arritmia matemática 4. QRS estreito ou alargado? Se alargado: VENTRICULAR QRS > 120 ms 5. R-R regular ou irregular? Se irregular: FIBRILAÇÃO ATRIAL Se regular: TAQUI SUPRAVENTRICULAR FIBRILAÇÃO ATRIAL RR irregular, ausência de onda P ou qualquer atividade atrial rítmica. Qualquer FC, mas geralmente entre 110- 180 bpm. >> CAUSAS Estrutural (HAS, estenose mitral...) Reversível (tireotoxicose, pós-op, álcool...) Isolada >> CLASSIFICAÇÃO 1º episódio x recorrente Duração: Paroxística (< 7 dias) Persistente (> 7 dias) Longa duração (> 1 ano) Permanente (já tentou reverter e continua) >> CLÍNICA Pulso irregularmente irregular Déficit de pulso ausculta de batimentos sem palpação do pulso periférico Variação da fonese de B1 Ausência de B4 Ausência da “onda A” no pulso venoso jugular OBS: A FA é a causa + comum de AVE isquêmico cardioembólico >> CONSEQUÊNCIAS Hemodinâmica: ↑ FC + ↓ contração atrial Ausência da B4 Tromboembólica: estase atrial ALTO RISCO – TROMBOEMBOLISMO FA VALVAR: estenose mitral mod-grave/ prótese ESCORE CHA2DS2-VASc: > 2 (H) ou > 3 (M) Congestive (IC) Hipertensão Age (> 75a)** Diabetes Stroke (AVE, AIT, embolia)** Age (65-74a) Sexo (feminino) 1 (H) ou 2 (M): considerar anticoagulação Escore 0 (H) ou 1 (M): sem anticoagulação >> TRATAMENTO - INSTÁVEL (Sinais de hipoperfusão orgânica, como hipotensão e síncope): Cardioversão elétrica (sincronizada, 120-200J). DESFIBRILAÇÃO: quando tem ritmo de parada cardíaca Dessincronizado “onde cair, caiu” Cardioversão elétrica sincronizada - Se o paciente estiver consciente, analgesia (opioide) associada a um agente sedativo (Midazolam ou Propofol) devem ser feitos. - A oxigenação é fundamental e, por vezes, a ventilação com bolsa-máscara é necessária. - Oxímetro de pulso deve ser conectado - O choque deve ser sincronizado (cardioversão elétrica) e a carga inicial utilizada é de 120-200 J (se bifásico) ou 200 J (se monofásico). - Para reverter uma FA persistente, pode-se iniciar um antiarrítmico pré-cardioversão (EX: amiodarona) pois pode aumentar a eficácia de cardioversão elétrica na FA. - Contraindicado cardioversão na presença de intoxicação digitálica ou hipocalemia. ESTÁVEL: OBJETIVO: Aliviar os sintomas e Prevenção dos episódios embólicos. 1. Controle da FC: betabloqueador - antag Ca++ (verapamil, diltiazem) – tem q ser cardioseletivo - digital (apenas se IC com FE reduzida) 2. Controle do ritmo: opcional (não altera mortalidade...) “Idade < 65ª, 1os episódios, sintomática” Reversão: Choque / Amiodarona / propafenona Profilaxia: Amio (IC, toxicidade?) / propafenona / sotalol Ablação por RF - Amiodarona IV 150 mg de ataque, (máximo 300 mg), em 30-60 minutos + 1 mg/min por 8 horas + 0,5 mg/min por 16 horas. - Propafenona VO 600 mg em dose única 118 3. Terapia anticoagulante Preferência: dabigatran, rivaroxaban, apixaban, edoxaban Warfarin (INR 2-3): Dça valvar, Cl. Cr < 15 ml/min Pré-reversão (3-4 sem): > 48 hs ou indeterminada ou ↑ Risco * Pode omitir anticoagulação se ECO TE (-) Pós-reversão (4 sem): crônica se ↑ risco TAQUI SUPRAVENTRICULAR (TSV) RR regular, FC entre 120-150 bpm, QRS estreito (duração < 0,12 segundos / 3 mm), sem onda P >> MECANISMOS - Reentrada Nodal (70%) ... Mulher Jovem 75% dos casos... Mecanismo de reentrada utilizando 2 vias do nódulo AV, a via alfa (lenta) e a via beta (rápida). O tipo dito “comum” (90% dos casos) é forma “lenta- rápida” – o estímulo desce pela via alfa (lenta) e sobe pela via beta (rápida). O tipo dito “incomum” (10% dos casos) é a forma “rápida-lenta” – o estimulo desce pela via beta (rápida) e sobe pela via alfa (lenta). - Reentrada na via acessória (30%) ... Criança Onda P’ depois do QRS (RP’ > 70 ms) 15-25% dos casos... Mecanismo de reentrada utilizando o nódulo AV e uma via acessória (feixe de fibras musculares que comunica átrio com ventrículo e compete com NAV). O tipo + comum é a taquicardia ortodrômica (95% dos casos) – o estimulo desce pelo nódulo AV e sobe pela via acessória. O tipo menos comum (raro) é a taquicardia antidrômica (5% dos casos) – o estimulo desce pela via acessória e sobe pelo nódulo AV. Como saber que existe uma via acessória? >> ECG DE BASE: PR curto + onda delta (Sind de pré-excitação ventricular) VIA ACESSÓRIA + TAQUIARRITMIA Wolff- Parkinson-White – WPW >> CONDUTA INSTÁVEL: incomum, cardioversão (50-100J) Criança = 0,5-1J/kg ESTÁVEL: manobra vagal - Adenosina (bolus): 6-12 mg se não reverter: Verapamil ou Diltiazem IV - Profilaxia: ablação por RF OBS: Adenosina é contraindicado em paciente asmático, porque pode provocar broncoespasmo. TAQUICARDIA VENTRICULAR Extrassístoles TV não sustentada Sem cardiopatia: conservador (β-bloqueador) Cardiopatia: holter 24 hs Estudo eletrofisiológico (EEF) RIVA: ritmo idioventricular acelerado FC 60-120... Arritmia de reperfusão Conduta expectante TV sustentada INSTÁVEL: cardioversão (100J) / desfibrilação ESTÁVEL: Procainamida / Amiodarona / Sotalol (“PAS”) Cardiodesfibrilador implantável (CDI): instabilidade ou FE < 30-40% SÍNCOPE Perda SÚBITA e TRANSITÓRIA da consciência e do tônus História + Exame Físico + ECG REFLEXA (neurocardiogênica, vasovagal) ORTOSTÁTICA (postural) NEUROLÓGICA CARDÍACA SÍNCOPE REFLEXA + comum nos jovens Sintomas pré-sincope: sudorese, náuseas - Situacional (estimulada por tosse, levantamento de peso, dor, medo…): Pernas para o alto / fludrocortisona - Hipersensibilidade do seio carotídeo: Evitar estímulo cervical / marca-passo - Vasovagal: após estresse emocional ou ortostático ORTOSTÁTICA ↓ PAs > 20 ou PAd > 10 mmHg após 3 min de ortostase - Hipovolemia / Medicamento / Disautonomia: Fludrocortisona, Midodrina REFLEXA + ORTOSTÁTICA = DX CLÍNICO! Casos duvidosos / Ocupacional = Tilt Test NEUROLÓGICA Cefaleia, sopro carotídeo, auras - Hemorragia Subaracnoide / Dç Carotídea bilateral / enxaqueca basilar CARDÍACA Súbita, palpitação prévia, cardiopatas, pós-exercício, ECG alterado Indica hospitalização e avaliação + extensa - Jovens, atletas Cardiomiopatia hipertrófica, Wolff, QT longo - > 45-50 anos IAM, estenose aórtica, BAVT SÍNDROME DO QT LONGO >> CAUSAS - Congênita - Droga (Macrolídeo, antipsicótico, antiarrítmicos, cloroquina...) - Inseticidas - “Hipos” (K / Mg / Ca) - BAVT >> COMPLICAÇÕES Torsades de pointes >> CONDUTA Sulfato de Mg, desfibrilação, marco-passo 119 - Benigna: ↓ sintoma / observação ou atropina (↓ vagal) * Localização alta (com inervação vagal) - Maligna: grave / marca-passo, dopamina, adrenalina * Localização baixa ou fibrose... Disfunção Sinusal Ritmos de Escape Bloqueios AV DISFUNÇÃO SINUSAL BRADICARDIA SINUSAL Ritmo sinusal lento Vagotonia, droga bradicardizante... Benigno Todos os indivíduos podem fazer episódios de bradicardia durante a noite (maior tônus vagal) >> BLS / ACLS 2020 Bradicardia sinusal + Instabilidade Hemodinâmica Administrar Atropina de 1 mg, que pode ser repetida a cada 3-5 minutos para um total de 3 mg PAUSA SINUSAL Vagotonia, droga bradicardizante: Benigno Doença do Nodo Sinusal (Fibrose): Maligno (> 3 seg) Ritmo sinusal com pausa – o indivíduo tem momentos de “silencio elétrico” ou pausas elétricas, e após, volta com ritmo sinusal. Geralmente é benigna (até porque geralmente é muito rápida); contudo, uma pausa sinusal longa (>3 seg) pode levar à síncope. Conduta no maligno: marca-passo >> E se o nodo sinusal não comanda? RITMO DE ESCAPE (ou IDIO) ESCAPE ATRIAL Ritmo Idioatrial FC 40-60 bpm / Onda P ≠ sinusal Benigno Estimulo vagal, vagotonia ESCAPE JUNCIONAL FC 40-60 bpm / sem onda P + QRS estreito Benigno ESCAPE VENTRICULAR FC 8-40 bpm / sem onda P + QRS alargado Maligno BLOQUEIOS AV Benignos: Suprahissianos Malignos: Infrahissianos Expectativa: Onda P sem QRS >> BAV 1º grau Intervalo PR > 200 ms (ou > 5 Q) “Benigno” - Suprahissiano Geralmente não tem sintomas, nem gera bradiarritmia Lentificação / alentecimento da condução atrioventricular Responde Atropina >> BAV 2º grau – MOBITZ I Bloqueio não sequencial de P Ondas “P” bloqueadas eventualmente COM fenômeno de Wenckebach (alargamento progressivo do intervalo PR) Macete: “quem avisa amigo é. Wenckebach = Vou ter q parar...” >> BAV 2º grau – MOBITZ II SEM fenômenos de Wenckebach “MALIGNO” Infrahissiano marca-passo “Bloqueia do nada” >> BAV 2º grau 2:1 Bloqueio não sequencial de P Não consigo avaliar Wenckebach A cada 2 ondas P uma é bloqueada Estudo eletrofisiológico para localizar a lesão >> BAV 3º grau (BAVT) BRADIARRITMIAS 120 Bloqueio total de P – todas ondas P estão bloqueadas Maligno – Infrahissiano marca-passo temporário PARADA CARDÍACA Interrupção súbita e inesperada da circulação Circulation Airway (ABRIR VIA AÉREA) Breathe Defibrilation Circulation Assegurar a circulação do paciente através das compressões torácicas / compressão cardíaca 30 compressões TÉCNICA: paciente deve ser colocado sobre uma superfície rígida; local no tórax onde devem ser feitas as compressões = metade inferior do esterno; posição de compressão = mãos sobrepostas em paralelo e dedos entrelaçados, braços estendidos; o local do corpo que faz o movimento de flexão para a compressão torácica é a articulação do quadril - Frequência: 100-120 comp/ min - Intensidade: 5-6 cm Airway “Head tilt, Chin lift” - Hiperextensão da cabeça; - Elevação do mento Essa manobra anterioriza a língua e com isso é possível abrir a via aérea. Não fazer em caso de lesão cervical. Breathe - 2 ventilações (com o que tiver a disposição) OBS.: é permitido fazer apenas as compressões torácicas, embora o melhor seja também ventilar - Compressão: Ventilação 30 compressões : 2 ventilações = 1 Ciclo de RCP Ideal: alternar a cada 2 minutos de RCP (ou 5 ciclos) Compressão torácica: 5 cm (2 polegadas), permitindo seu retorno total Em adultos, independente do número de socorristas, é sempre respeitada essa relação de 30 compressões para cada 2 ventilações → fazer isso de modo repetido até a chegada do desfibrilador → monitorizar o ritmo Defibrilation Se RITMO CHOCÁVEL: FV / TV Choque ÚNICO: Monofásico (360 J) / Bifásico (200 J) OBS: Chegou o DESFIBRILADOR, você para a RCP no momento q estiver / Monitoriza o Paciente e veja se é o RITMO CHOCÁVEL (FV / TV) DEPOIS que dar o choque o que fazer? Voltar para as compressões RCP (2min ou 5 ciclos) 30:2 Após: checar ritmo... Fiz o BLS (CABD primário) e não deu certo... e agora? FAZER O ACLS ADVANCED CARDIOVASCULAR LIFE SUPPORT (ACLS) TUBO + VEIA >> TUBO Compressão e ventilação independentes Compressão: 100-120/ min Ventilação: 10/min >> VEIA Sem acesso: VANEL Vasopressina, Atropina, Naloxone, Epinefrina, Lidocaína Se não conseguir acesso venoso -> acesso intra- ósseo -> caso não consiga, é possível administrar algumas drogas pelo tubo = VANEL OBS.: para intubar + acesso venoso -> de preferência, não interromper a RCP, caso necessário, parar por no máximo 10 segundos. ACLS Depende do ritmo de parada... Existe um protocolo para cada Desfibrilação: choque não sincronizado Cardioversão: choque sincronizado 121 RITMO: FV ou TV SEM PULSO BLS FV/TV CHOQUE – Mono 360J / Bi 200J RCP 2 min Ritmo? ACLS: Tubo + Veia RCP 2 min + VASOPRESSOR Adrenalina 1 mg Ritmo? CHOQUE RCP 2 min + ANTIARRÍTMICO Amiodarona OU Lidocaína Ritmo? CHOQUE RCP 2 min + VASOPRESSOR Adrenalina 1 mg RCP + Droga Ritmo Choque >> DETALHES: - Amiodarona: 1a dose = 300 mg / 2o dose = 150 mg - Checar pulso: apenas se ritmo organizado - Utilizar apenas 2 doses depois utilizar Adrenalina OBS: Quando não tem amiodarona