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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 
 
ELMANO de FREITAS da Costa 
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 
 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS 
 
SAMUEL ELÂNIO de Oliveira Júnior - DPF 
SECRETÁRIO DA SSPDS 
 
ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE 
 
LEONARDO D`Almeida Couto BARRETO - DPC 
DIRETOR-GERAL DA AESP|CE 
 
Francisca ASMENHA Cruz Furtado Torquato – Cel PM 
DIRETORA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA DA AESP|CE 
 
EVANDRO Queiroz de Assunção – Cel PM 
COORDENADOR DE ENSINO E INSTRUÇÃO DA AESP|CE 
 
CIRO de Assis Lacerda - DPC 
COORDENADOR ACADÊMICO PEDAGÓGICO DA AESP|CE 
 
Francisca ADEIRLA Freitas da Silva – Maj PM 
SECRETÁRIA ACADÊMICA DA AESP|CE 
 
MÔNICA Pontes Rodrigues 
ORIENTADORA DA CÉLULA DE ENSINO A DISTÂNCIA DA AESP|CE 
 
CURSO DE HABILITAÇÃO A SARGENTO POLICIAL MILITAR - CHS PM/2024 
 
DISCIPLINA 
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME E SINISTRO 
 
CONTEUDISTA 
Francisco Silvio Maia 
 
FORMATAÇÃO 
JOELSON Pimentel da Silva – 1º SGT PM 
 
• 2024 • 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME E SINISTRO ....................................... 1 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 
2. A PRESERVAÇÃO E OS EXAMES DE LOCAL DE CRIME TÊM POR OBJETIVOS: .................... 2 
3. CADEIA DE CUSTÓDIA ..................................................................................................... 5 
4. O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL .................................................................................... 7 
5. RESUMO DOS PROCEDIMENTOS PADRÕES ................................................................... 10 
6. LOCAL DE CRIME – OBSTÁCULOS À SUA PRESERVAÇÃO ................................................ 11 
7. EVOLUÇÃO DO LOCAL DE CRIME .................................................................................. 14 
8. CONCEITO DE LOCAL DE CRIME .................................................................................... 16 
9. CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIME ........................................................................ 17 
9.1 Internos ou Fechados ............................................................................................... 17 
9.2 Externos ou Abertos ................................................................................................ 18 
9.3 Locais Relacionados ................................................................................................. 18 
9.4 Preservados, Idôneos ou Não violados ..................................................................... 19 
9.5 Não Preservados, Inidôneos ou Violados: ................................................................ 19 
10. CORPO DE DELITO, VESTÍGIO, EVIDÊNCIA E INDÍCIO ................................................... 19 
10.1 Corpo de Delito ...................................................................................................... 20 
10.2 Vestígio .................................................................................................................. 21 
10.3 Evidência ................................................................................................................ 21 
10.4 Indício .................................................................................................................... 21 
11. VESTÍGIOS VERDADEIROS, ILUSÓRIOS E FORJADOS. ................................................... 22 
11.1 Vestígio verdadeiro ................................................................................................ 22 
11.2 Vestígio ilusório ...................................................................................................... 23 
11.3 Vestígio forjado ...................................................................................................... 24 
11.4 Vestígios Transitórios ............................................................................................. 25 
11.5 Vestígios Permanentes ........................................................................................... 25 
12. INDÍCIOS ..................................................................................................................... 26 
12.1 Indício Manifesto ................................................................................................... 26 
12.2 Indício Próximo ...................................................................................................... 26 
12.3 Indício Distante ...................................................................................................... 26 
13. ASPECTOS TÉCNICOS E PERICIAIS DE LOCAIS DE CRIME CONTRA A PESSOA ............... 27 
14. PROCEDIMENTOS DURANTE O EXAME DE LOCAL DE CRIME ...................................... 28 
14.1 Procedimentos Preliminares .................................................................................. 28 
 
 
14.2 Fotografia Criminal ................................................................................................. 30 
14.3 Croquis e outros recursos ...................................................................................... 31 
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 32 
ANEXO I ............................................................................................................................ 33 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
1 
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME E 
SINISTRO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A preservação e o isolamento do local de crime são extremamente fundamentais 
para que se obtenha sucesso durante a investigação criminal, que pode ser conceituada 
como sendo o conjunto de procedimentos, deveres e atividades desenvolvidas pelos 
agentes da Segurança Pública com o intuito de esclarecer um fato delituoso ou criminoso. 
Constitui-se num ato continuo que envolve as seguintes fases: o policiamento ostensivo, 
os procedimentos técnicos – investigativos e a perícia criminal. 
Citado por Nilton José Costa Ferreira, o Professor Carlos Kehdy define local de crime 
como “toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de um crime 
ou delito e que, portanto, venha a exigir providências policiais” sendo, então um ponto de 
encontro dos órgãos que compõe as Secretarias de Segurança Pública em todo território 
pátrio. Pode-se dizer ainda, que o local de crime, não se resume apenas no espaço físico, 
onde ocorreu um fato delituoso, mas também naqueles onde se desenvolvera atividades 
anteriores e posteriores ao fato. 
 
 
 
 É sabido que um dos maiores objetivos da investigação criminal é buscar respostas 
e soluções sobre um fato dito como criminoso, que necessite de providências policiais. O 
investigador criminal, tal qual um cientista, busca incessantemente solucionar o problema 
que lhe é apresentado mediante o desenvolvimento de uma pesquisa/investigação que 
será executada seguindo procedimentos e metodologias que permitam aos demais 
 
2 
profissionais de segurança pública que se depararem com situações semelhantes possam 
tirar as mesmas conclusões acerca do fato. 
A sedimentação da pesquisa desenvolvida neste manual traz como pressuposto 
mostrar a importância sobre a o isolamento, preservação e levantamentos de dados nos 
mais diversos locais de crimes, bem como o cuidado que se ter na manutenção dos mais 
variados vestígios e indícios, suas importâncias na elucidação de fatos delituosos, bem 
como, de modo especial, orientar, esclarecer e advertir pessoas menos avisadas o quanto 
é essencial a preservação de um local de crime, até a chegada de peritos criminais, que 
poderão, durante seus estudos, descobrir material acusador, colhê-lo e interpretá-lo, com 
o fim único deapontar o autor ou autores de um fato criminoso, baseado em provas 
irrefutáveis, frutos de uma independência imparcial, para que no procedimento policial e 
judicial a prova apresentada seja valorizada. 
 
2. A PRESERVAÇÃO E OS EXAMES DE LOCAL DE CRIME TÊM POR 
OBJETIVOS: 
 
A perpetuação da cena do crime (manter o ambiente o mais inalterado possível, ou 
seja, não mover e/ou subtrair objetos de sua posição original); 
A coleta de vestígios e/ou evidências (projétil de arma de fogo, fios de cabelo, 
manchas sanguíneas, impressões digitais e objetos em geral) e demonstrar sua ligação 
direta com o delito em questão; 
O estudo da dinâmica dos fatos, pelos peritos criminais; 
Evitar a colocação ou plantação de vestígios forjados ou ilusórios por curiosos ou 
pessoas alheias ao fato, que venham a mudar o rumo da investigação criminal; 
Dar subsídios para a elucidação do fato e sua autoria. 
Segundo Dórea quando enumera como causas responsáveis pelas alterações 
características dos vestígios: 
- as causas naturais, resultantes da ação dos elementos da natureza; - as causas 
acidentais, frutos de ações deficientes de proteção dos vestígios e em geral decorrentes 
de imperícia ou negligência; 
- as causas propositais, resultado de ato voluntário de pessoas interessada na 
destruição do vestígio. 
 
3 
 
 
A excelência na preservação do local de crime dará melhor suporte à perícia 
criminal, irá instruir de forma mais clara o inquérito policial, quanto às circunstâncias e 
autoria do delito e a respectiva ação penal. Os esclarecimentos de um delito estão 
proporcionalmente relacionados ao nível de preservação a que foi submetido o local. 
Feito o isolamento, o acesso a essa área será restrito ao perito criminal, além de 
outros componentes da polícia científica como laboratoristas, fotógrafos, datiloscopistas, 
desenhistas policiais, etc. A nenhuma outra pessoa, ainda que parente da vítima ou 
integrante da organização policial deverá ser dado acesso àquela área, antes da conclusão 
dos exames periciais. Em hipótese alguma representantes dos meios de comunicação 
devem ter acesso ao interior do perímetro delimitado (DÓREA, 2012). 
É pertinente deduzir que nas últimas décadas a delinquência, sobretudo nas áreas 
urbanas, cresceu de forma surpreendente e que as cifras em matérias delituosas se 
tornaram cada vez mais expressivas, denotando que o delinquente está cada vez mais 
astuto, calculista e perigoso. As forças de segurança e ordem encontram-se muitas 
ocasiões em desvantagem para policiar as manifestações de subversão que nossa 
sociedade moderna originou, sendo necessário cada vez mais estudos e capacitações 
técnico-operacionais e psico-científicas para combater tais situações. 
 
 
 
4 
A sociedade necessita de profissionais prontos a fornecerem soluções imediatas, 
confiáveis e seguras, sendo sempre necessária a renovação do conhecimento humano, 
sobretudo o científico. 
No Brasil, a instituição policial no combate ao crime e na busca da verdade real 
trabalha, de modo geral, em três vias concomitantes: 1) o policiamento ostensivo, pelas 
forças policiais militares estaduais, o qual tem papel fundamental na preservação e 
isolamento de um local de delito quando este já ocorrera e na prevenção e tentativa de 
evitar sua ocorrência através do confronto direto com prospectos delinquentes; 2) a 
investigação policial, realizada pela polícia civil ou judiciária, estágio no qual dar-se 
prosseguimento de forma empírica com a busca de provas objetivas (materiais) e 
subjetivas (testemunhais), as quais poderão levar os agentes a preciosas evidências 
criminais e indícios do(s) criminoso(s); 3) a pesquisa de vestígios em cenas de crime, 
realizada pela polícia científica ou perícia criminal. 
Nos moldes da Polícia Americana, a Polícia brasileira, principalmente os grupos 
especializados em crimes de Homicídio, está aderindo ao conceito da Recognição 
Visuográfica do Local de Crime, que se define como uma minuciosa busca e registro de 
provas encontradas nas cenas de crime, as quais serão depuradas no próprio local ou nos 
laboratórios especializados, devido a celeridade e necessidade de uma investigação mais 
rápida e apurada. (Desgualdo, 2001). 
 
 
 
A eficiência na preservação e isolamento do local de crime, evitando que vestígios 
não se deteriorem ou se percam, por ações de pessoas estranhas aos acontecimentos 
delituosos, é o primeiro passo para uma investigação policial bem sucedida, seguido de 
um trabalho de perícia criminal com suportes e/ou fundamentos suficientes para 
apresentar resultados (laudo) técnico-científicos contundentes, vem a colaborar para o 
aumento da taxa de elucidação de fatos delituosos que atormentam a sociedade 
brasileira. 
 
5 
Video 1: Simulação de local de crime 
hthtps://www.youtube.com/watch?v=NzotyM0Hgp8&spfreload=1 
 
 
 
3. CADEIA DE CUSTÓDIA 
 
 
 
Ettore Ferrari Júnior, Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, farmacêutico-
bioquímico e especialista em Investigação Policial, discorreu na rede mundial de 
computadores, sobre a importância da manutenção da cadeia de custódia para validação 
da prova criminal e da própria investigação que se segue. Afirmando que a cadeia de 
custódia contribui para a validação da prova pericial e o respectivo laudo gerado. A 
responsabilidade de manutenção da idoneidade processual é compartilhada a todos os 
agentes do Estado envolvidos, incluindo o perito criminal. 
A necessidade de procedimentos padronizados é necessária, para que diante dos 
questionamentos da defesa do acusado, as provas periciais permaneçam robustas e 
confiáveis, servindo de elemento de convicção do juiz. 
 
6 
A prova pericial é, dentre as provas produzidas na persecução penal, a que mais 
baseia a decisão dos juristas. Seu poder de convencimento está amparado em 
características como imparcialidade e embasamento científico. Entretanto, por mais que 
os avanços tecnológico e científico venham contribuindo com as ciências forenses, não 
representam garantia que estas evidências serão aceitas como prova pericial pela justiça 
(FERREIRA, 2011). 
Para garantir a validade dos exames periciais, os experts forenses devem respeitar a 
cadeia de custódia, que seria a documentação que o laboratório dos Institutos de 
Criminalísticas, possui com a intenção de rastrear todas as operações realizadas com cada 
vestígio, desde a coleta no local do crime até a completa destruição. 
A cadeia de custódia contribui para manter e documentar a história cronológica da 
evidência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do preparo do 
recipiente coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e do 
armazenamento. Inclui toda a sequência de posse. 
Na área forense, todas as amostras são recebidas como vestígios ou evidências. São 
analisadas e o seu resultado é apresentado na forma de laudo para ser utilizado na 
persecução penal. As amostras devem ser manuseadas de forma cautelosa, para tentar 
evitar futuras alegações de adulteração ou má conduta que possam comprometer as 
decisões relacionadas ao caso em questão. 
O detalhamento dos procedimentos deve ser minucioso, para tornar o procedimento 
robusto e confiável, deixando o laudo técnico produzido, com teor irrefutável. A 
sequência dos fatos é essencial: QUEM manuseou, COMO manuseou, ONDE o vestígio foi 
obtido, COMO ARMAZENOU-SE, POR QUE manuseou-se. O fato de assegurar a memória 
de todas as fases do processo constitui um protocolo legal que possibilita garantir a 
idoneidade do caminho que a amostra percorreu. 
Segundo CHASIN, a cadeia de custódia se divide em externa e interna: a fase externa 
seria o transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório. A interna, refere-se ao 
procedimento interno no laboratório, até o descarte das amostras. WATSON (2009) 
descreve a cadeia de custódia como o processo pelo qual as provas estãosempre sob o 
cuidado de um indivíduo conhecido e acompanhado de um documento assinado pelo seu 
responsável, naquele momento. 
 
 
 
7 
Exercício de Fixação: 
 
1. Quais os principais objetivos da Preservação do Local de Local de Crime 
2. O que você entende por Recognição Visuográfica de Local de Crime 
3. Defina Cadeia de Custódia 
 
 
 
4. O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
A cadeia de custódia, na Lei, inicia-se logo após o conhecimento do fato criminoso: 
 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Inciso com redação dada 
pela Lei nº 8862, de 28.03.1994); 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo 
III do Título VII, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 (duas) 
testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e 
fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e 
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e 
 
8 
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu 
temperamento e caráter. 
Portanto, a Autoridade Policial (leia-se Delegado de Polícia), constatada a existência 
do fato criminoso, providenciará que seja feito o isolamento da área e preservados os 
vestígios do local do crime, a fim de que os peritos possam examinar todo o conjunto de 
vestígios ali dispostos. 
Assim, em muitos casos a autoridade policial que não puder se deslocar até a área 
onde ocorreu o delito, deve tomar providências e determinar que um agente seu 
compareça e realize aquelas tarefas em seu nome. Portanto, o fato de - mesmo 
justificadamente - não puder comparecer ao local do crime, não o exime da 
responsabilidade legal. 
Caso não ocorram estes procedimentos por parte dos policiais, os peritos deverão 
dar cumprimento ao artigo 169 do CPP e seu parágrafo único, sob pena de serem 
responsabilizados posteriormente pela autoridade judiciária. 
Art. 169 - Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a 
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a 
chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou 
esquemas elucidativos. 
Parágrafo Único - Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas 
e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos. Os 
peritos, ao cumprirem essa determinação legal, não a fazem sob a conotação de 
fiscalização do trabalho policial, pois não é este o espírito do dispositivo legal. Deve haver 
coerência e bom senso por parte dos peritos, em simplesmente relatarem tais condições, 
caso tenha de fato ocorrido prejuízo para a realização da perícia. 
A presença dos peritos no local do delito, todavia, não substituí as ações da 
autoridade policial, a qual caberá, além dos procedimentos para isolar a cena do crime e 
impedir o acesso de qualquer elemento alheio à equipe da perícia, ações que possibilitem 
a segurança dos peritos e sua equipe, viabilizando deste modo à conclusão do trabalho 
pericial. 
Os trabalhos periciais no local de uma ocorrência findam quando o perito esgotar 
todas as possibilidades de exames, e se der por satisfeito, momento em que ele 
autorizará à Autoridade Policial a remover a interdição do sítio do delito. A Autoridade 
Policial, entretanto, poderá optar por manter o local isolado, para os trabalhos 
 
9 
preliminares de investigação. 
O CPP cita que a autoridade policial deve garantir a conservação da cena do crime, 
manipular indícios do local do fato, portanto a garantia da robustez da investigação se 
inicia neste momento. ESPÍNDULA (2009) cita que todos os elementos que darão origem 
às provas periciais ou documentais requerem cuidados para resguardar a sua idoneidade 
ao longo de todo o processo de investigação e trâmite judicial. 
O artigo 170 do CPP cita que "nas perícias de laboratório, os peritos guardarão 
material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os 
laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou 
esquemas". O fato de a Lei exigir a guarda de amostra do material analisado garante ao 
investigado a possibilidade de contestação e defesa. 
O Art. 159 § 5º Durante o curso do processo judicial é permitido às partes, quanto à 
perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a 
quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem 
esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo 
apresentar as respostas em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser 
fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à 
perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua 
guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for 
impossível a sua conservação. 
Percebe-se que a cadeia de custódia não é exclusividade do perito criminal, mas sim 
de todos os envolvidos na localização e produção de provas: delegados, agentes, 
escrivães, papiloscopistas. A importância do procedimento adequado na cena de crime é 
a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma condenação. 
Como exemplo, o famoso julgamento de O.J. Simpson, que ocorrera nos Estados 
Unidos, em que a defesa do réu questionou o modo de coleta e produção da prova 
incriminatória e persuadiu o júri demonstrando que havia dúvidas sobre a autoria de O.J. 
Simpson, apesar de o perfil genético dele ter coincidido com o da prova coletada no local 
do crime. 
 
 
10 
Vídeo 2 - Palestra capacita Policiais para preservar local do crime 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=0hH5o_L8GKc 
 
5. RESUMO DOS PROCEDIMENTOS PADRÕES 
 
a) Primeiro policial – Verificar a existência da ocorrência; isolar o local do crime; 
b) Demais policiais – Isolar e preservar o local do crime; 
c) Autoridade Policial – comparecer ao local; solicitar a perícia a ser realizada; 
garantir a segurança dos agentes envolvidos na investigação; apreender os objetos 
relacionados com o fato; 
d) Peritos Criminais – atender à solicitação da autoridade policial, realizar a perícia e 
consignar em documento todas as informações relativas ao trabalho desenvolvido. 
O procedimento padrão, embora definido em lei, na prática é de difícil 
implementação, haja vista as carências de toda ordem existentes nos diversos órgãos de 
segurança. Assim, o conceito de autoridade policial é por vezes estendido aos demais 
policiais, que são ditos “agentes da autoridade”. 
Deste modo, o primeiro policial a chegar ao sítio da ocorrência, após verificar a 
existência do delito criminoso, comunicará o fato, no caso do Estado do Ceará a CIOPS 
(Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança Pública) e tomará as primeiras 
providências no sentido de preservar o local do crime. Os procedimentos seguintes 
dependerão do tipo de ocorrência. 
 
 
11 
6. LOCAL DE CRIME – OBSTÁCULOS À SUA PRESERVAÇÃO 
 
 
 
Uma pesquisa monográficarealizada por Hélder Taborelli em dezembro de 2003, na 
cidade de Cuiabá – MT relata sobre a atuação do Policial militar em locais de crime, onde 
a classificação das áreas, quanto à atuação do militar no local de crime ficará 
condicionada ao espaço físico, amplitude do fato e necessidade de estabelecimento das 
mesmas: a variação, limitação e delimitação, e é condicionado à estrutura física do local. 
Preservar é manter livre de qualquer mal, perigo ou dano. O ato de preservar é bem 
mais amplo e abrangente, ou seja, é a medida tomada para proteger alguma coisa de 
causas que a possam deteriorar. Logo, o conceito é: o ato de mantê-lo rigorosamente no 
estado em que o criminoso o deixou, até a chegada da autoridade policial competente 
para tomar conhecimento do fato. 
Os obstáculos que o militar encontra no local de crime são vários, porém, é 
necessário ter em mente o que deve ser preservado e, ainda, como deve ser preservado. 
O principal a ser preservado são todos os vestígios e a providência essencial a ser tomada 
é a interdição rigorosa do local. A importância dos vestígios não está restrita ao que ele 
representa. São de fundamental importância, também, as posições em que se encontram 
e suas possíveis relações com outros vestígios, que podem não ser perceptível de 
imediato. O perigo da inobservância desta regra não reside apenas na possibilidade de 
serem destruídos vestígios importantes, mas, também, a de serem alterados vestígios, 
posições e a inclusão de novos vestígios. 
A interdição consiste, idealmente, em delimitar o perímetro do local e as duas vias 
de acesso, impedindo a entrada, de qualquer pessoa, animal ou coisa. Em locais abertos, 
a interdição se torna mais difícil, pois o acesso geralmente é fácil, sendo necessária a 
utilização de fitas e/ou cordas de isolamento. O isolamento necessitará de uma vigilância 
 
12 
efetiva sobre todo o perímetro, principalmente nas vias de acessos normais. Tratando-se 
de locais fechados, as próprias características tornam mais fácil o isolamento, onde 
normalmente o acesso se dá pelas aberturas, portas e janelas, destinadas a essa 
finalidade, bastando interditá-las. 
Em diversos países recomenda-se que a interdição se faça 50 (cinquenta) metros 
após a verificação do último vestígio presente no local mediato. Todavia, muitas vezes a 
aplicação dessa regra é impossível. Não há como fixarem normas rígidas no tocante à 
delimitação da extensão e da forma do local de crime. A autoridade e seus agentes é 
quem deve fazer tal delimitação, em cada caso concreto, usando seu próprio 
discernimento. 
Na prática, o primeiro policial que chegar ao local deve tomar as providências para 
que o local seja adequadamente preservado. 
De nada valerá a interdição do local, se ela não for mantida eficazmente até a sua 
liberação pelos peritos. O trabalho de levantamento no local de crime requer máximas 
atenção e concentração, devendo, pois, a sua custodia ser mantida, até a conclusão do 
trabalho pericial. Embora deva ser extremamente evitado alterar de qualquer forma o 
‘estado das coisas’, casos ocorrem em que algumas providências como cobrir o cadáver 
evitam que a chuva ou outra intempérie destrua vestígios importantes como manchas de 
fluídos corpóreos ou esfumaçamento. 
 
 
 
Em casos extremos é aceitável a proteção de vestígios, no entanto, ao penetrar no 
local para fazer isso, o policial deverá fazê-lo com o máximo de cuidado, evitando, tanto 
quanto possível, correr risco de, na tentativa de proteger certos vestígios, causar dano a 
estes ou a outros vestígios. É importante lembrar que nada deve ser alterado de suas 
posições originais. 
 
13 
Em algumas situações, faz-se necessário à ação da autoridade policial e/ou dos seus 
agentes no local de crime o que, em tese, poderia constituir numa não preservação do 
estado das coisas como foram encontradas. Essas situações obrigam a entrada da 
autoridade policial e seus agentes no local, com vistas a: 
 
• Para fazer cessar o fato; 
• Para prestar socorro a vítima; 
• Para fazer a evacuação do local; 
• Para conhecer o fato; 
• Para evitar mal maior (ocorrência de trânsito - Lei 5970/73). 
 
A rotina de procedimentos do militar nos locais tem sido objeto de constantes 
questionamentos, o que tem proporcionado vários posicionamentos a respeito. Deverá 
proteger todo o local a fim de serem aproveitadas pelos peritos de todos indícios que 
possam levar a elucidação do fato delituoso, como manchas de sangue, pegadas, 
impressões digitais que estão sujeitas a desaparecem pela ação do tempo. Não deverá 
permitir de nenhum modo que policiais de folga andem pelo local. Repórteres e 
fotógrafos antes de fazerem os seus trabalhos, deverão primeiramente respeitar os 
trabalhos do policial e do perito. 
Entende-se que na prática é bem diferente dos preceitos doutrinários, mas o militar 
e/ou qualquer agente da Segurança Pública deve se esforçar para impedir que curiosos 
prejudiquem os trabalhos policiais. É certo que todos querem ver de perto e até tocar em 
objetos no local de crime, querem também ver o corpo ou os instrumentos utilizados em 
um homicídio, arrombamento ou em outro tipo de delito. 
Esse conflito se agrava quando familiares insistem em ver de perto o corpo do filho, 
marido ou alguém da família. Contudo, o militar deverá ser paciente e dedicado, 
tratando-se com a atenção e respeito, mas com a apuração atenção para que se evite a 
adulteração do local. 
No caso do policial militar, o mesmo deve entender que alterar ou permitir que se 
altere o local de crime, além de transgressão disciplinar, poderá estar incorrendo em 
crime. No local de crime, a polícia colhe os elementos necessários à elucidação do fato e à 
fixação das responsabilidades. 
 
 
14 
Daí a grande importância que lhe atribuímos nas investigações policiais, podendo-se 
dizer que a sua preservação e correto aproveitamento decidem quase sempre do êxito 
dessas investigações. Além dos dados que possibilitem descobrir a identidade do 
criminoso, o local de crime pode oferecer elementos preciosos na fixação das 
responsabilidades. Quantos delinqüentes de comprovada periculosidade escapam às 
penas da lei, apenas por falta de provas suficientes. 
 
 
 
E quantos outros alcançam absolvição em crimes de homicídio, graças à habilidade 
de seus advogados que, sentindo a inconsistência da prova, conseguem atrair para seus 
constituintes os favores da legitima defesa. 
E, tudo isso, tem origem na defeituosa interpretação do local de crime e no mau 
aproveitamento dos indícios e provas que ele oferece. Enfim, sobre a relevância, a 
importância, a oportunidade de estudar e analisar o comportamento do militar nos locais 
de crimes entendeu-se que não há o que se questionar. É necessária uma busca constante 
da perfeição. 
 
7. EVOLUÇÃO DO LOCAL DE CRIME 
 
Na idade média não havia órgão policial preparado para a elucidação de fatos 
delituosos, no que diz respeito aos vestígios e indícios, que oferecesse aos julgadores 
provas, frutos de uma convicção lógica e sem margem de erros da autoria ou não dos 
delitos. 
Quando ocorria um crime, se não fossem a intervenção das revelações por 
adivinhos, era necessária a prova testemunhal, que na época era considerada a RAINHA 
 
15 
DAS PROVAS, ou a própria confissão dos acusados. Para conseguir-se tais informações 
empregava-se a força, enervamento, terror ou desmoralização dos suspeitos ou acusados. 
Com o decorrer dos tempos, houve a necessidade, por força da humanização dos 
povos, em relação as questões forenses, da apuração dos fatos, baseadas em regras da 
verdade formal, evitando-se a confissão diretamente dos suspeitos ou de testemunhas, 
por meio de vícios, sugestões, tortura, cujos fatos eram muitas vezes, confessados com 
simulação ou através de manifestações capazes de confundir a consciência das 
autoridades, quando da condenaçãoou absolvição de acusados. 
Já existem recursos nos Laboratórios de Polícia Técnica a serviço da justiça através 
das Ciências, pelo processo tecnológico, com aparelhamento de testes de processamento 
de associação de idéias, detectores de mentira com a divulgação de exames psicológico e 
psicanalítico, químico, estereoscópio, etc., onde são analisados e interpretados os 
vestígios e indícios deixados pelos criminosos no local de crimes, sendo mais valiosos do 
que aquelas informações prestadas por testemunhas ou acusados, que são hoje 
consideradas as PROSTITUTAS DAS PROVAS. 
Para alcançarmos o modernismo das polícias, antes do aparelhamento supracitado, 
foi necessário a incorporação de homens exercitados, desde longo tempo, no 
conhecimento de pessoas e coisas. 
O aperfeiçoamento desses homens, nas ACADEMIAS DE FORMAÇÃO POLICIAL foi 
também por necessidade e exigência premente da especialização profissional, reclamada 
pela evolução dos tempos. Pois, em contrapartida, os criminosos também evoluíram de 
forma e aspecto, acompanhando a evolução da humanidade, processando disfarces sob 
variados métodos de ação, os quais, vive dramatizando seus atos, iludem, falseiam, 
fingem, escamoteiam, catequizam, representam, trapaceiam, ludibriam, fazem truques e 
passam aos olhos da maioria das pessoas como homens honestos. 
 
 
 
16 
oje, graças à atuação e evolução dos programas acadêmicos das ACADEMIAS DE 
FORMAÇÃO POLICIAL, como exemplo da AESP – Academia Estadual de Segurança Pública 
do Estado do Ceará se vê Laboratórios e departamentos compostos de profissionais 
capacitados e conscientes. Profissionais esses, cuja missão é pesquisar e elaborar 
materiais didáticos, novas metodologias de ensino-aprendizagem com o objetivo 
prioritário de atingir excelência na formação inicial e continuada de membros que 
compõem o sistema de segurança pública nacional, capacitando-os adequadamente e 
eficazmente para o combate ao crime e aos criminosos e para fomentação dos direitos 
humanos. 
 
8. CONCEITO DE LOCAL DE CRIME 
 
O objetivo deste tópico é mostrar o que é local de crimes, sua importância na 
elucidação de fatos delituosos, bem como, de modo especial, orientar, esclarecer e 
advertir pessoas menos avisadas, o quanto é essencial a preservação de um local de 
crime, até a chegada de Peritos Criminais, que poderão, durante os estudos, descobrir 
material acusador, colher esse material e interpretá-lo, com o fim único, que é apontar o 
autor ou autores de um fato criminoso, baseado em provas irrefutáveis, frutos de uma 
independência imparcial, para que no procedimento policial e judicial a prova 
apresentada seja valorizada. 
Carlos Kehdy em sua obra Elementos de Criminalística traz a seguinte definição de 
local de crime: “Local de crime é toda área onde tenha ocorrido um fato, que pela sua 
natureza assuma a configuração de delito e que portanto exija as providências da polícia”. 
O local do crime para o Rabello (1996: pg. 17), é resumido com muita propriedade, 
como sendo: 
 
 
17 
 
 
“Local de crime é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por 
origem o ponto no qual é constatado o fato, se entenda de modo a abranger 
todos os lugares em que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido 
praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou 
posteriores, à consumação do delito, e com este diretamente relacionado”. 
 
Da definição podemos concluir que o local do crime não se constituiu apenas da 
região onde o fato foi constatado, mas em todo e em qualquer local onde existem 
vestígios relacionados com o evento, que sejam capazes de indicar uma premeditação do 
fato ou uma ação posterior para ocultar provas, que seriam circunstâncias qualificadas do 
crime em investigação. 
 
9. CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIME 
 
Os locais do crime podem ser classificados em: 
 
9.1 Internos ou Fechados 
 
Que são caracterizados quando o fato ocorreu em um ambiente fechado, 
circunscrito por paredes ou outras formas de fechamento como residências, fábricas, 
interiores de veículos, prédios, dentre outros, que também, divide em: 
Área Mediata Interna: são consideradas as vias de acesso ao ambiente onde ocorrer 
o fato delituoso, como corredores, os ambientes ao redor do cômodo, os jardins e demais 
área vizinhas; 
 
18 
Área Imediata Interna: consiste no espaço físico onde ocorreu o fato delituoso, como 
um quarto ou outro cômodo qualquer. 
 
9.2 Externos ou Abertos 
 
É determinado quando o crime ocorre em ambiente aberto, não limitado por 
edificações, como estradas, matagal, beira de rios e outros, que também são 
subdivididos: 
 
 Área Mediata Externa: são consideradas as áreas de acesso para onde ocorreu 
o crime, como estradas, picadas e ainda as imediações; 
 Área Imediata Externa: consiste no local propriamente dito, onde ocorreu o 
crime. 
 
9.3 Locais Relacionados 
 
São aqueles locais que, apesar de diversos daqueles relacionados anteriormente, 
apresentam relações com um único fato delituoso. Esses locais de crimes são de 
interesses puramente teórico, porém quanto à situação tem por finalidade determinar a 
dinâmica do fato ocorrido. 
 
 
 
Os locais de crimes são classificados ainda, conforme a sua preservação em: 
 
 
19 
9.4 Preservados, Idôneos ou Não violados 
 
São aqueles em que os locais de crime são mantidos nas condições originais que 
foram deixados pelo seu autor envolvido, sem alteração do estado das coisas, após a 
prática da infração penal, até a chegada dos peritos. 
 
9.5 Não Preservados, Inidôneos ou Violados: 
 
são aqueles em que após a prática de uma infração penal e antes da chegada e 
assunção dos peritos no local, eles apresentam-se alterados, quer nas posições originais 
dos vestígios, quer na subtração ou acréscimos destes, modificado de qualquer forma o 
estado das coisas. 
 
Os locais de crimes são classificados também quanto á natureza do fato em: 
• Local de homicídios; 
• Local de suicídios; 
• Local de acidente; 
• Local de furto qualificado; 
• Local de explosão; 
• Local de incêndio, etc. 
 
Exercício de Fixação 
 
1. Cite três procedimentos, de acordo com Art. 6º do CPP, que deverá ter a Autoridade 
Policial, após conhecimento de um fato criminoso. 
2. Quais os procedimentos padrões dos agentes da Segurança Pública em Local de Crime? 
3. Conceitue Local de Crime. 
 
10. CORPO DE DELITO, VESTÍGIO, EVIDÊNCIA E INDÍCIO 
 
Em todo lugar delitivo quase sempre se produz um intercâmbio de meios de prova 
entre autor (es), vítima (s) e espaço físico onde se perpetuara uma ação criminosa. Uma 
 
20 
vez identificada uma evidência, estudadas suas características químicas, físicas e 
biológicas, traça-se um diagnóstico com o objetivo de se obter uma valorização das 
provas ora estudadas. Durante uma investigação cientifica criminal, com muita 
propriedade e sofisticação diz Edmond Locard (1912): “O tempo que passa é proporcional 
a verdade que se vai”. 
 
10.1 Corpo de Delito 
 
O conceito de corpo de delito, como originalmente aparece no Código de Processo 
Penal, num decreto-lei publicado em 3 de outubro de 1941, referia-se, certamente, 
apenas ao corpo humano. Todavia, do ponto de vista técnico-pericial atual, entende-se 
corpo de delito como “qualquer coisa material relacionada a um crime passível de um 
exame pericial”. “É o delito em sua corporação física.” 
 Desta forma, o corpo de delito constitui-se no elemento principal de um local de 
crime, em torno do qual gravitam os vestígios e para o qual convergem as evidências. É o 
elemento desencadeador da perícia e o motivo e a razão última de sua implementação. 
Exemplificando, em um local em que ocorreu um homicídio, o corpo de delito será, 
naturalmente, o cadáver da vítima. Tratando-se, porém, de um local de disparo de arma 
de fogo, no qual uma vidraça fora atingida por um projétil de origemdesconhecida, o 
corpo de delito será a vidraça e, por extensão, o prédio em que esta se localizava. 
 
 
 
Em perícias internas, efetuadas nos órgãos como Instituto de Criminalística e 
Instituto de Medicina Legal, o corpo de delito poderá se constituir em uma mídia como, 
 
21 
CD-ROM, pendrive, em uma pessoa com lesões corporais, em elementos de munição, 
armas, documentos, etc, dependendo do tipo de perícia solicitada e aos propósitos a que 
se destina. 
 
10.2 Vestígio 
 
Define-se o termo vestígio, conforme o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, como 
“sinal que homem ou animal deixa no lugar onde passa; rastro, pegada, sinal, (...)”. 
Os vestígios constituem-se, pois, em qualquer marca, objeto ou sinal sensível que 
possa ter relação com o fato investigado. A existência do vestígio pressupõe a existência 
de um agente provocador (que o causou ou contribuiu para tanto) e de um suporte 
adequado para a sua ocorrência (local em que o vestígio se materializou). Os conceitos de 
corpo de delito e vestígios nem sempre são facilmente distinguíveis. Contudo, 
segregando-se um deles, o outro por exclusão é facilmente reconhecido. 
 
10.3 Evidência 
 
É a “qualidade daquilo que é evidente, incontestável, que todos veem ou podem ver 
e verificar”. No âmbito da Criminalística, porém, constitui uma evidência o vestígio que, 
após analisado pelos peritos, se mostrar diretamente relacionado com o delito 
investigado. As evidências são, portanto, os vestígios depurados pelos peritos. Observa-se 
que as evidências, por decorrerem dos vestígios, são elementos exclusivamente materiais 
e, por conseguinte, de natureza puramente objetiva. Edmond Locard (1912) define 
evidência da seguinte forma: “As evidências são testemunhas mudas que não mentem” 
(apud Zajaczkowski, 1998). 
 
10.4 Indício 
 
O termo indício encontra-se explicitamente definido no artigo 239 do Código de 
Processo Penal: “Considera-se indício a circunstância conhecida e provada que, tendo 
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras 
 
22 
circunstâncias.” Num primeiro momento, o termo definido pelo Art. 239 do CPP onde lê-
se: 
“Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o 
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias”, 
parece sinônimo do conceito de evidência. Contudo, a expressão indício foi definida para 
a fase processual, portanto para um momento pós-perícia, o que quer dizer que a 
nomenclatura “indício” engloba, além dos elementos materiais de que trata a perícia, 
outros de natureza subjetiva, próprios da esfera da polícia judiciária. 
Neste contexto, cabe aos peritos a alquimia de transformar vestígios em evidências, 
enquanto aos policiais reserva-se a tarefa de, agregando-se às evidências informações 
subjetivas, apresentar o indiciado à Justiça. Disto conclui-se que toda evidência é um 
indício, porém, nem todo indício é uma evidência. Atesta-se, desta forma, o que, com 
muita precisão e singeleza distingue o Professor Gilberto Porto, em seu Manual de 
Criminalística: “o vestígio encaminha; o indício aponta”. 
 
 
 
11. VESTÍGIOS VERDADEIROS, ILUSÓRIOS E FORJADOS. 
 
11.1 Vestígio verdadeiro 
 
No âmbito de uma área onde tenha ocorrido um crime, vários serão os elementos 
deixados pela ação dos agentes da infração. 
 
 
23 
 
 
Todavia, nesse contexto - área física você vai encontrar inúmeras coisas além dos 
vestígios produzidos por vítima e agressor. O vestígio verdadeiro é uma depuração total 
dos elementos encontrados no local do crime, pois somente o são aqueles que sejam 
produtos direto das ações do cometimento do delito em si. Por exemplo, se o agressor 
coloca uma arma de fogo na mão da vítima para simular situação de suicídio, este é um 
vestígio forjado e, portanto, não se trata de elemento produto da ação direta do delito 
em si. 
Os peritos, ao examinarem um local de crime, devem estar atentos e conscientes da 
possibilidade de encontrarem vestígios dessa natureza e que, portanto, suas análises no 
próprio local são de fundamental importância para o sucesso da perícia. Os peritos devem 
ter muito claro sobre quais são os vestígios verdadeiros em uma cena de crime. 
 
11.2 Vestígio ilusório 
 
O vestígio ilusório é todo elemento encontrado no local do crime que não esteja 
relacionado às ações dos atores da infração e desde que a sua produção não tenha 
ocorrido de maneira intencional. 
A produção de vestígio ilusório nos locais de crime é muito grande, tendo em vista a 
problemática da falta de isolamento e preservação de local. 
 
 
 
 
24 
Este é o maior fator da sua produção, pois contribuem para isso desde os populares 
que transitam pela área de produção dos vestígios, até os próprios policiais desatentos 
com as técnicas de preservação. 
 
11.3 Vestígio forjado 
 
Por vestígio forjado entendemos todo elemento encontrado no local do crime, cujo 
autor teve a intenção de produzi-lo, com o objetivo de modificar o conjunto dos 
elementos originais produzidos pelos atores da infração. Um vestígio forjado poderá ser 
produzido por qualquer pessoa que tenha interesse em modificar a cena de um crime, 
por razões as mais diversas. 
No entanto, neste rol de pessoas, vamos encontrar alguns grupos mais incidentes. 
Um dos grandes produtores de vestígios forjados são os próprios autores de delito, que o 
fazem na intenção de dificultar as investigações para se chegar até a sua pessoa. Também 
podemos encontrar vestígios forjados produzidos por pessoas que tenham interesse 
indireto no resultado da investigação de um crime. 
Um exemplo disso são parentes de vítimas de suicídio que – por não aceitarem o 
fato ou por interesse de recebimento de seguros – tentam acrescentar elementos que 
venham a ser entendidos como uma ocorrência de homicídio ou até de acidente. 
 
 
 
Os Vestígios quanto à sua natureza podem ser: 
 
 
25 
 
 
11.4 Vestígios Transitórios 
 
São todos aqueles que em pouco tempo se deformam ou se inutilizam, exemplo: 
 
Pegada humana; Impressão digital latente; Marca de pneumático; Cinza; Poeira, etc. 
 
 
 
11.5 Vestígios Permanentes 
 
São todos aqueles que permanecem por certo tempo, sem alterar sua constituição, 
exemplo: 
Vidros quebrados; Mercas de arrombamento de móvel; Pedaços de pano (tecido); 
Fio; Pêlo; Ponta de cigarro; Marcas de ferramenta; Marcas de dentes em fruta; Marcas de 
apagamento de números (rasura); 
Manchas de sangue, etc. 
 
 
 
 
 
26 
12. INDÍCIOS 
 
Indícios são as circunstancias conhecidas e aprovadas, que tendo relação com o fato, 
autoriza por indução, concluir-se pela existência de outras circunstâncias, isto é, são 
elementos materiais que apontam diretamente uma pessoa, que pode ser a autora de um 
fato criminoso. Os principais indícios são: MANIFESTO; PRÓXIMO; DISTANTE. 
 
12.1 Indício Manifesto 
 
é aquele que conhecido do público, parte da própria natureza do fato, exemplo: sinal 
que indique o caminho seguido pelo criminoso, servindo como elemento robustecedor de 
outras pessoas que depois de examinado pode contribuir para a descoberta de vestígios 
ou de coisas relacionadas com o fato delituoso. 
 
12.2 Indício Próximo 
 
é aquele que tem relação direta com o fato, exemplo: Cédula de identidade e 
documentos outros encontrados no local da ocorrência, presumivelmente caídos quando 
da luta corporal ou da prática do crime. 
 
12.3 Indício Distante 
 
é aquele que tendo relação com o fato delituoso, mesmo distante é aceito nas 
indagações ou investigações que serão procedidas, exemplo: característica físicas ou 
sinais peculiares do (s) acusado (s) indicados por testemunhas. 
 
Exercícios de Fixação 
 
1. Defina Corpo de Delito, Vestígios e Indício 
2. De acordo com a apostila, quanto sua natureza quais são os tipos de vestígios?3. Cite exemplos de vestígios permanentes. 
 
27 
Video 3 – Caso Mércia Nakashima 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=h3rPSEN2uzA 
 
13. ASPECTOS TÉCNICOS E PERICIAIS DE LOCAIS DE CRIME 
CONTRA A PESSOA 
 
 
 
A perícia em local de crime contra a pessoa, o chamado local de morte violenta, é 
uma das áreas da criminalística que mais oferece riqueza de vestígios, capaz de propiciar 
ao investigador criminal um trabalho de desafio ao raciocínio lógico e à metodologia 
científica que deve ser aplicada em cada caso (Carvalho, 2005). 
Numa investigação de assassinato, à medida que o tempo passa, fica mais difícil 
encontrar os vestígios. E, por mais similares que sejam não existem dois exames de local 
de morte violenta iguais. A cena do crime pode produzir uma enorme quantidade de 
rastros de evidência. 
 
 
28 
A primeira ação é verificar se o local está devidamente isolado e preservado senão, 
orientar a quem de direito para que este possa isolar a área da cena do crime – mesmo 
sendo um quarto pequeno ou uma rua inteira. Todos os vestígios encontrados devem ser 
preservados. Também é importante reduzir o número de pessoas que tem acesso à cena 
do crime, pois podem introduzir materiais que possam confundir o caminho da 
investigação. Tudo deverá ser anotado cuidadosamente e minuciosamente. 
O exame em local de morte violenta, normalmente, é um dos mais ricos em 
quantidade de detalhes. Para se realizar um bom exame os profissionais de segurança 
devem ter em mente três pressupostos básicos: a paciência, a perseverança e a atenção 
em todos os detalhes. 
 
14. PROCEDIMENTOS DURANTE O EXAME DE LOCAL DE CRIME 
 
14.1 Procedimentos Preliminares 
 
A cena de um crime é documentada com anotações escritas, fotografias, vídeos e 
desenhos. É fundamental definir o sentido e forma de deslocamento no interior das áreas 
de exame, visando resguardar os vestígios na sua forma original, conforme foram 
produzidos pelos agentes da infração (vítima e agressor). Esse deslocamento deve tomar 
um sentido de direção (circular, varredura, etc.), por onde, ao passarmos, devemos 
proceder a todos os exames necessários naquelas áreas. 
 
 
(Saferstein, 2006) 
 
 
 
29 
Observe que a orientação circular na prática pode sofrer pequenas variações no seu 
percurso, dependendo dos vestígios que forem sendo encontrados ao longo da área em 
exame. A orientação do tipo varredura é muito usada para ambientes abertos. 
É importante ter em mente que o exame em um local de crime tem aspectos 
irreversíveis e quando examinamos determinado vestígio poderemos estar - ao mesmo 
tempo - destruindo-o. É o que chamamos de “ponte” que ao atravessarmos, poderá ser 
destruída. Exemplo disso é o de um fragmento de impressão digital, uma marca de 
calçado no solo, o formato de uma mancha de sangue, etc. Tomados os procedimentos 
iniciais - tão importantes quanto os exames a seguir – e escolhida a rotina e metodologia 
a ser adotada (circular, varredura, etc.), iniciaremos a entrada (percurso) no local definido 
por nós como local imediato. 
 
 
 
No local onde houver cadáver é sempre recomendável aos peritos checarem se 
realmente a vítima está morta, pois já houve casos em que, depois de passadas duas a 
três horas do fato, a vítima ainda estava com vida e - devido à aparente morte – ninguém 
se preocupou em verificar o óbito. É evidente que existem situações que não será preciso 
fazer tal verificação, tendo em vista, por exemplo, o início de estado de putrefação ou 
lesões graves que, ao observar de longe, já é possível saber que a vítima não sobreviveria. 
É importante que o investigador ao iniciar os trabalhos investigativos, comece com a 
tomada de informações para o desenvolvimento de futuras análises e comparações, tais 
como hora em que chegou ao local, condições atmosféricas, condições de visibilidade, 
vias de acesso e outras informações relevantes do local, como por exemplo, vias de 
acesso, rotas de aviões e etc. 
 É fundamental a observação detalhada de todo o local, no sentido de verificar toda 
a sua configuração. Não se trata ode exame dos vestígios, mas sim o de observar o local 
quando a sua disposição e topografia. 
 
30 
Se é área pública ou privada; área com ou sem edificações ou o local envolve 
situação mista; as vias de acesso existentes (e de possíveis rotas de fuga do agressor); se é 
área urbana, rural, industrial, comércio, residência e tudo sobre essas destinações de 
prédios e áreas existentes naquele local dos exames. Se o crime ocorreu à noite, deverá 
constar se o local possui iluminação artificial. 
Se foi em via pública, em pistas de trânsito asfaltada, terra, etc. Enfim, tudo o que 
puder ser observado naquele local, deverá ser objeto de anotações, pois muitas dessas 
informações poderão ser valiosas para confrontar ou complementar análises de algumas 
informações futuras. 
 
14.2 Fotografia Criminal 
 
 
 
A fotografia auxilia sob dois aspectos muito importantes. O primeiro é de visualizar 
posteriormente as condições exatas do local antes de qualquer tomadas de decisões. O 
segundo aspecto é o da importância da fotografia constar como ilustração em todos os 
laudos, para servir de instrumento de convencimento junto aos seus usuários, acerca do 
que é descrito pelos peritos do local examinado. 
Segundo a legislação específica temos determinando que “os cadáveres serão 
sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do 
possível, todas as lesões externas e vestígios encontrados no local de crime”. Art. 324 
(CPPM) - Sempre que conveniente e possível, os laudos de perícias ou exames serão 
ilustrados com fotografias, microfotografias, desenhos ou esquemas, devidamente 
rubricados. 
 
 
31 
14.3 Croquis e outros recursos 
 
O desenho criminalístico é uma ferramenta indispensável não só do perito, mas de 
todos esses profissionais, uma vez que os ajuda na sua tarefa tanto de examinar um dado 
local e expressar esse exame de maneira que outros também possam compreendê-lo, 
como também interpretar os dados contidos neste documento, ou seja, o que se quer 
transmitir. O desenho criminalístico “Croqui” é usado para ilustrar os mais diversos tipos 
de laudos, desde o de local de Ocorrência de Trânsito e morte violenta até os laudos de 
exames de materiais, como: peças, veículos, projéteis, armas e etc. Deve também ser 
usados para confeccionar gráficos, tabelas, organogramas e outros meios comunicativos, 
os quais enriquecerão grandemente o laudo pericial. 
Recursos como a trena métrica, a régua com e sem escalas, esquadros, compasso, 
gabaritos e outros instrumentos são de grande utilidade ao trabalho, principalmente no 
momento da produção da arte final no laboratório. A trena é o meio ou o instrumento 
mais usado e adequado de medição de pequenos e médios espaços. Seja a trena métrica 
de fita ou trena eletrônica, a sua finalidade é a de permitir a tomada desses espaços com 
uma escala de precisão e facilidade, que deve ser empregada no momento em que o local 
estiver sendo levantado ou examinado. 
Os esboços no local do crime desempenham um papel vital na investigação. O 
esboço acabado fornece um registro preciso e permanente dos fatos encontrados no local 
do crime. Uma fotografia é normalmente uma vista bidimensional do local e não fornece 
informações precisa no que diz respeito à distância entre objetos que estão presentes no 
local e não pode ser claramente entendida a menos que as distâncias tomadas entre estes 
pontos sejam conhecidas. 
Croqui em local de morte violenta, tendo como exemplo um esfaqueado dentro de 
uma residência. Recomenda-se que sejam representados: 
1- A rua (tipo de via, medidas); 
2- O terreno (suas características e dimensões); 
3- As medidas externas da casa e sua posição dentro do terreno, e se julgar 
necessário características das casas vizinhas; 
4- Distribuição das peças: localização,medidas, posição das aberturas (portas, 
janelas); 
5- Distribuição dos mobiliários (dimensões e posicionamento); 
 
32 
6- Posicionamento da vítima dentro da residência; 
7- Posicionamento dos vestígios (faca, armas, gotas de sangue). 
 
 
(Saferstein, 2006) 
 
Exercícios de Fixação. 
 
01. Qual a importância da Fotografia Forense 
02. O que você entende por croquis. 
 
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A preservação dos vestígios deixados pelo fato, em tese delituoso, exige a 
conscientização dos profissionais da segurança pública e de toda a sociedade de que a 
alteração no estado das coisas sem a devida autorização legal do responsável pela 
coordenação dos trabalhos no local, pode prejudicar a investigação policial e, 
consequentemente, a realização da justiça, visto que os indícios materiais serão 
interpretados na forma como foram encontrados no local da ocorrência. 
Todavia, nem sempre é possível manter o isolamento da área e preservar os 
vestígios até a chegada da perícia criminal, pois a primeira preocupação dos profissionais 
da segurança pública é com o socorro à vítima - em casos de acidente de trânsito, por 
exemplo -, momento em que muitas vezes o local é descaracterizado ante a necessidade 
de salvar uma vida ou evitar algum perigo iminente. 
Excetuando-se tais hipóteses, verifica-se a importância da manutenção do estado 
das coisas por meio do correto isolamento do local, a fim de se garantir a idoneidade das 
evidências relacionadas ao fato investigado e agilizar os trabalhos periciais. Nesse sentido, 
 
33 
é imprescindível a integração dos órgãos de segurança pública, na execução de suas 
atribuições, vez que os procedimentos atinentes a cada um desses órgãos devem 
convergir os trabalhos das equipes para dois focos principais: o rápido atendimento à 
sociedade e o sucesso da investigação criminal. 
 
ANEXO I 
 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL. PORTARIA Nº1678/2014 -GS 
- O SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL DO ESTADO DO CEARÁ no uso 
de suas atribuições legais, Considerando a necessidade de aprimorar e disciplinar os 
procedimentos que visam à modernização da atuação conjunta da Coordenadoria 
Integrada de Operações de Segurança, da Polícia Civil, da Policia Militar, do Corpo de 
Bombeiros Militar, Perícia Forense e Academia Estadual de Segurança Pública; 
Considerando o que prevê o próprio Código de Processo Penal em seus artigos 6º, incisos 
I e II, e 169, com nova redação dada pela Lei nº8.862, de 28 de março de 1994; 
Considerando o que dispõe o art.166 do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº2.848, de 
07 de abril de 1940); Considerando o que dispõe a Lei nº5.970, de 11 de dezembro de 
1973, publicada no Diário Oficial da União, de 13 de dezembro de 1973; Considerando 
que o rápido e correto atendimento de locais de crime ou de sinistro contribui, 
sobremaneira, para a eficiência da investigação criminal, agilizando a liberação de pessoas 
e coisas; Considerando que a eficiência no isolamento e na preservação do local de crime 
ou de sinistro influi positivamente no resultado dos exames periciais, sendo evitadas 
irreparáveis dificuldades à consecução da investigação criminal, resolve: 
 
SEÇÃO I 
Da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança – CIOPS 
Art.1º – À CIOPS compete o acionamento dos órgãos do sistema de segurança 
pública de acordo com a natureza do fato, o registro das ocorrências, e o 
acompanhamento das atividades policiais, periciais e de bombeiros, certificando-se, 
sempre, quando a presença dos elementos acionados nos destinos que lhes foram 
determinados, até o término de todos os trabalhos. 
 
 
34 
Art.2º – Ao tomar conhecimento de uma ocorrência, a CIOPS deve acionar, 
imediatamente, os órgãos competentes, com uma breve descrição, contendo: 
I – nome e registro do responsável pela transmissão; 
II – número da ocorrência; 
III – natureza da ocorrência, esclarecendo se é de autoria conhecida ou 
desconhecida; 
IV – local, com citação precisa do nome do logradouro (rua, praça, avenida, etc.), 
número, bairro, ponto de referência e outros que facilitem sua localização; 
V – esclarecimento, se possível, sobre o tipo de local, se é aberto ou fechado; 
público ou privado; se é de utilidade ou necessidade pública; de fácil ou difícil acesso; e 
VI - outros dados e informações necessários ao melhor atendimento da ocorrência. 
 
SEÇÃO II 
Do Órgão, da Autoridade e do Agente Policial 
Art.3º – O órgão, a autoridade ou o agente policial, recebendo da CIOPS a 
comunicação sobre uma ocorrência, deve dirigir-se imediatamente para o local. 
Parágrafo Único – Se a comunicação sobre uma ocorrência não for originária da 
CIOPS, deve o órgão, a autoridade ou o agente policial que a recebeu ligar-se com aquela 
Coordenadoria, imediatamente, para transmitir o fato, possibilitando o acionamento dos 
órgãos competentes e a transmissão de orientações quanto aos procedimentos a serem 
adotados. 
Art.4º- A autoridade ou o agente policial, que primeiro chegar ao local de crime ou 
de sinistro, deve, de imediato, isolar e preservar adequadamente a área onde ocorreu o 
fato e, se possível, as cercanias, até a chegada dos peritos criminais e a conclusão dos 
levantamentos periciais, cuidando para que não ocorram salvo os casos previstos em lei, 
modificações por sua própria iniciativa, impedindo, ainda, a ultrapassagem da linha de 
isolamento por qualquer pessoa, mesmo familiares da vítima, imprensa, ou outros 
policiais e peritos que não fazem parte da equipe de atendimento acionada pela CIOPS. 
Parágrafo Único – A liberação do acesso ao local de crime ou de sinistro para os 
responsáveis pelos trabalhos de polícia judiciária só deve ocorrer após a conclusão dos 
levantamentos periciais. 
Art.5º – Sob pena de responsabilidade, a autoridade ou o agente policial deve isolar 
e preservar o local de crime ou de sinistro, não lhe alterando o cenário, sob nenhuma 
 
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hipótese ou pretexto, incluindo-se nisso: 
I – não mexer em absolutamente nada que componha a cena do crime ou do 
sinistro, em especial não retirando, colocando, ou modificando a posição do que quer que 
seja, exceto os casos de estrita necessidade de prestação de socorro à vítima; 
II – havendo cadáver, não tocá-lo, não movê-lo de sua posição original, não revirar os 
bolsos das vestes e não realizar sua identificação, atribuição esta de responsabilidade da 
perícia criminal; 
III – não recolher pertences; 
IV – não mexer nos instrumentos do crime, principalmente armas e estojos; 
V – não tocar nos objetos que estão sob guarda; 
VI – não fumar, nem comer ou beber nada na cena do crime; 
VII – em locais internos, manter portas, janelas, mobiliário, eletrodomésticos, 
utensílios, tais como foram encontrados, não os abrindo ou fechando, não os ligando ou 
desligando, salvo o estritamente necessário para conter risco eventualmente existente; 
não usar o telefone, sanitário ou lavatório; 
VIII – em locais internos ou externos, afastar os animais soltos, principalmente, onde 
houver cadáver. 
§1º - Havendo suspeita de alteração do local de crime ou de sinistro, deve a 
autoridade policial investigar o fato no intuito de identificar os possíveis causadores, 
registrando tal situação no boletim de ocorrência. 
§2 º – Em caso de acidente de trânsito com vítima, a autoridade ou o agente policial 
que primeiro chegar ao local pode autorizar, independentemente do exame sobre o fato, 
a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele 
envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego; devendo lavrar 
a respectiva autorização no boletim da ocorrência, nele consignando o fato, as 
testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstancias necessárias ao 
esclarecimento da verdade. 
Art.6º – Ao chegar ao local, além do estrito cumprimento às normas prescritas no 
Art.5º,desta Portaria, deve a autoridade ou o agente policial: 
I – verificar a natureza da ocorrência (homicídio, suicídio, morte acidental, morte 
natural, acidente de trânsito com vítima, crime contra o patrimônio, acidente do trabalho, 
incêndio, desabamento, soterramento, explosão, enchente, afogamento e outras); 
 
 
36 
II – havendo possibilidade, conhecer sobre as circunstâncias relacionadas com a 
ocorrência e solicitar a identificação das testemunhas arroladas; 
III – tratando-se de crimes, verificar se é de autoria conhecida ou desconhecida; 
IV – tratando-se de morte, confirmar o acionamento da Coordenadoria de Perícia 
Criminal e Coordenadoria de Medicina Legal/PEFOCE; 
V – em outras situações que não envolva casos de morte, confirmar o acionamento 
da Coordenadoria de Perícia Criminal/PEFOCE, quando indicado; 
VI - em casos de busca e salvamento, ou de local de difícil acesso, confirmar o 
acionamento do Corpo de Bombeiros Militar. 
Art.7º – Enquanto perdurar a necessidade de que o local de crime ou de sinistro seja 
mantido isolado e preservado, não pode o mesmo ser abandonado, em qualquer 
hipótese, devendo ficar guarnecido por, no mínimo, dois agentes policiais em princípio. 
Art.8º – Caso o primeiro atendimento do local de crime ou de sinistro seja realizado 
por policial civil, este é o responsável pelas medidas de isolamento e de preservação, até 
a chegada da Polícia Militar ou a conclusão da perícia criminal. 
Art.9º – A Autoridade Policial da Delegacia de Polícia Civil competente, após 
cientificada da ocorrência, passa a ser responsável pela realização de todo o trabalho de 
polícia judiciária, devendo respeitar a liberação do local de crime ou de sinistro pela 
perícia criminal. 
Art.10 – A Autoridade Policial da Delegacia de Polícia Civil em funcionamento no 
local mais próximo da ocorrência deve expedir, imediata e prioritariamente, a guia de 
solicitação de exame de corpo de delito, mesmo que o cadáver não esteja identificado. 
 
SEÇÃO III 
Do Corpo de Bombeiros Militar 
Art.11 – Dentro dos limites de suas atribuições institucionais, o Corpo de Bombeiros 
Militar deve atuar no necessário apoio aos demais órgãos do sistema de segurança 
pública, isolando e preservando os locais quando do atendimento de ocorrências, 
devendo ser substituído após a chegada dos policias militares solicitados pra isolar e 
preservar os locais até a conclusão dos trabalhos periciais. 
Parágrafo Único – Devem ser observadas as normas insculpidas no Art.5º, desta 
Portaria. 
 
 
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SEÇÃO IV 
Da Coordenadoria de Perícia Criminal 
Art.12 – A Coordenadoria de Perícia Criminal deve dar prioridade máxima ao local 
com vítima fatal, especialmente em via pública. 
Art.13 – Havendo necessidade de que perdure a preservação do local de crime ou 
sinistro após a diligência preliminar, a fim de serem realizados exames complementares, 
deve o perito criminal comunicar a situação à CIOPS que adotará as medidas necessárias 
junto à Polícia Militar. 
Parágrafo Único – Perdurando a preservação do local de crime ou de sinistro, após a 
diligência preliminar, continuam prevalecendo as normas prescritas no Art.5º, 
ressaltando-se que, sequer entre os intervalos das diligências periciais, pode ser admitido 
o acesso de qualquer pessoa estranha aos trabalhos periciais, salvo quando autorizado 
pela perícia. 
Art.14 – O perito criminal responsável pela realização da perícia do local de crime ou 
de sinistro deve zelar para que este seja liberado o mais prontamente possível, 
possibilitando o prosseguimento dos trabalhos da polícia judiciária, devendo, ainda, 
documentar a comunicação de tal ato e ter ciência de que o retardamento injustificado 
da liberação do local acarretará pena de responsabilidade. 
 
SEÇÃO V 
Da Coordenadoria de Medicina Legal 
Art.15 – A Coordenadoria de Medicina Legal deve atender, imediatamente, às 
solicitações da CIOPS para utilização do carro de cadáver (rabecão). 
Art.16 – Existindo vítima com lesões corporais deve ser realizado o Exame de Corpo 
de Delito, devendo haver o cuidado de ser verificado se o interessado é possuidor da 
respectiva Guia para o exame, expedida pela Delegacia de Polícia responsável pelo caso. 
Art.17 – A retirada de cadáver do local de crime ou de sinistro somente deve ocorrer 
após a conclusão das atividades de perícia criminal e a autorização do responsável pelos 
trabalhos de polícia judiciária. Art.18 – A Coordenadoria de Medicina Legal aplica-se, 
também, no que lhe compete, o disposto no Artigo 10, desta Portaria. 
 
 
 
 
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SEÇÃO VI 
Das Disposições Finais 
Art.20 - As Polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiro Militar e a Perícia Forense, 
como um todo e seus integrantes, individualmente, cada um dentro de suas atribuições, 
são responsáveis pelo rápido e correto atendimento do local de crime ou de sinistro. 
Art.21 - O rápido e correto atendimento do local de crime ou de sinistro tem por 
objetivo contribuir para a eficiência da investigação criminal e minimizar a angústia das 
partes envolvidas. 
Art.22 - Qualquer ato que venha a contrariar o interesse da sociedade, 
caracterizando o retardamento injustificado no atendimento à ocorrência e a falta de 
cumprimento das normas prescritas na presente Portaria, em que fase seja, é passível de 
responsabilidade. 
Art.23 - Os Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, o 
Delegado Geral da Polícia Civil e o Perito Geral da PEFOCE, devem realizar, junto aos 
respectivos órgãos subordinados sediados no interior do Estado, as adaptações lógicas 
necessárias ao fiel cumprimento das normas prescritas nessa Portaria. 
Art.24 - A Academia Estadual de Segurança Pública deve disseminar o conteúdo 
desta Portaria no âmbito do Sistema de Segurança Pública, capacitando os profissionais 
de segurança pública para a correta aplicação dos termos aqui expressos, inclusive 
conciliando este conhecimento com o que está posto no Procedimento Operacional 
Padrão - POP nº001.2014/SSPDS, o qual foi elaborado com a observância fiel da 
legislação vigente e ao que está prescrito nesta Portaria. 
Parágrafo único - O Procedimento Operacional Padrão nº001.2014/Local de 
Crime/SSPDS a que se refere este artigo, será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias, 
pela SSPDS, a contar da data de publicação desta Portaria. 
Art.25 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário, em especial a Portaria nº271/2000-GS/SSPDS, de 10 de julho de 
2000. 
GABINETE DO SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL, em Fortaleza, 
1º de dezembro de 2014. 
Servilho Silva de Paiva 
SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL 
 
 
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