Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ANTEPROJETO DE UMA ESCOLA SENSORIAL INCLUSIVA 
PARA CRIANÇAS NEURODIVERGENTES
BIANCA DE SOUZA ARAÚJO
ESCOLA ACOLHER
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - PROAC
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
JOÃO PESSOA l 2023
BIANCA DE SOUZA ARAÚJO
Trabalho de conclusão de curso apre-
sentado ao Centro universitário de João 
Pessoa - UNIPÊ, como requisito parcial 
para a obtenção do título de Arquiteta e 
Urbanista.
Orientador (a): Prof. Sebastiã o Cezar 
Paredes do Amaral
 
A663a Araújo, Bianca de Souza 
 
Anteprojeto de uma escola sensorial inclusiva para 
crianças neurodivergentes. /Bianca de Souza Araújo. - João 
Pessoa, 2023. 
93f. 
 
Orientador (a): Prof. Sebastião Cezar Paredes do Amaral 
Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – 
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. 
 
1. Arquitetura Escolar. 2. Educação Infantil. 3. 
Neuroarquitetura. 4. TDAH e TEA. I. Título. 
 
 
UNIPÊ / BC CDU - 727:373 
 
 
BIANCA DE SOUZA ARAÚJO
BANCA EXAMINADORA
ANTEPROJETO DE UMA ESCOLA SENSORIAL INCLUSIVA 
PARA CRIANÇAS NEURODIVERGENTES
JOÃO PESSOA,_____ de ____________________ de ________.
____________________________________________________
Orientador Prof. Me. Sebastião Cezar Paredes do Amaral
Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
____________________________________________________
Avaliadora Interna Profa. Ma. Christiane Nicolau
Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
____________________________________________________
Avaliador Externo
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem as 
oportunidades que Ele me deu e a fé do seu propósito em minha 
vida eu jamais estaria aqui. A minha familia, especialmente aos 
meus pais, Walquiria Bastos e Luiz Carlos, que não mediram 
esforços pra realizar os meus sonhos, principalmente o maior de 
todos: minha graduação em arquitetura e urbanismo, ao meu ir-
mão Bruno Navarro e meu primo Deny Bastos que sempre acre-
ditaram no meu potencial. Ao meu parceiro de vida, Arlington 
Neto, que esteve ao meu lado em todos os momentos me incen-
tivando e segurando a minha mão para não desistir. Em especial 
a minha avó, Marli Bastos, que tanto se orgulhava de mim, e 
partiu antes que esse e tantos outros sonhos se concretizassem. 
Agradeço aos amigos e futuros colegas de profissão que 
partilharam dessa caminhada comigo em meio noites em claro, 
desespero, porém muita parceria e cumplicidade, Vitória Andra-
de, Emily Costa, Lucas Macedo, Maria Eduarda e Ana Gabriela. 
E a Amanda Saraiva e Priscilla Magalhães que conheci ao longo 
dessa jornada na arquitetura e que se tornaram grandes amigas.
Aos professores que fizeram parte e marcaram minha traje-
tória, principalmente meu orientador Sebastião Cezar, que sem-
pre me apoiou diante de todas as dificuldades que enfrentei ao 
longo da graduação e acima de tudo acreditou no meu potencial. 
E a equipe do TCC nota 10 Vitor e Gaby que me auxiliaram não 
só no TCC, mas durante toda a minha graduação. 
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho discorre sobre a arquitetura escolar 
e a inclusão de pessoas com deficiência, mais especificamen-
te o TDAH e o TEA, com a finalidade de desenvolver um ante-
projeto de uma escola infantil inclusiva, utilizando métodos da 
neuroarquitetura, na cidade de João Pessoa – PB. Tendo como 
objetivo principal a execução de ambientes estimuladores dos 
campos sensoriais, cognitivos e comportamentais. A elaboração 
do trabalho foi subsidiada através de pesquisas bibliográficas 
que contribuíram para a compreensão e embasamento do tema 
possibilitando a elaboração de um projeto arquitetônico de um 
ambiente escolar que auxilie o processo de aprendizagem e de-
senvolvimento infantil. Além disso, foi imprescindível a análise 
das características do local, através de coletas de dados, para 
melhor compreensão das problemáticas e potencialidades da 
área e assim atender as necessidades na elaboração da pro-
posta final. 
Palavras-chave: Arquitetura Escolar, Educação Infantil, 
Neuroarquitetura, TDAH e TEA. 
This paper discusses school architecture and the inclusion 
of people with disabilities, more specifically ADHD and ASD, with 
the purpose of developing a preliminary project for an inclusive 
children’s school, using neuroarchitecture methods, in the city 
of João Pessoa – PB. The main objective is to execute stimula-
ting environments for sensory, cognitive and behavioral fields. 
The paper’s preparation was supported through bibliographical 
research that contributed to the understanding and basis of the 
theme, enabling the elaboration of an architectural project for a 
school environment that helps the learning process and child de-
velopment. Furthermore, it was essential to analyze the charac-
teristics of the site, through data collection, to better understand 
the problems and potential of the area and thus meet the needs 
in preparing the final proposal.
Keywords: School architecture, Childhood education, 
Neuroarchitecture, Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and 
Autism Spectrum Disorder.
RESUMO ABSTRACT
Nossa tarefa, em termos de criatividade, é ajudar as crianças a escalar 
suas próprias montanhas o mais alto possível. 
Loris Malaguzzi
LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS
Figura 1: Taxa de escolarização de pessoas com e sem deficiência no Brasil 
e regiões .....................................................................................................20
Figura 2: Pessoas com deficiência no Brasil ..............................................21
Figura 3: Pessoas com deficiência nas regiões do Brasil ..........................22
Figura 4: Objetivos .....................................................................................22
Figura 5: Procedimentos metodológicos ....................................................23
Figura 6: Blocos de Froebel .......................................................................32
Figura 7: Diagrama de alguns parâmetros de projeto (patterns)................34
Figura 8: Fluxograma para elegibilidade aos serviços de educação especial 
36
Figura 9: Escala de avaliação do TEA ........................................................39
Figura 10: Métodos de tratamento para o TEA ..........................................40
Figura 11: Vista aérea ................................................................................44
Figura 12: Planta baixa térreo ....................................................................44
Figura 13: Performance ambiental .............................................................45
Figura 14: Fachada acesso principal..........................................................45
Figura 15: Planta baixa...............................................................................46
Figura 16: Corte..........................................................................................46
Figura 17: Pátio interno ..............................................................................47
Figura 18: Mapa de localização..................................................................50
Figura 19: Imagem via satélite ...................................................................50
Figura 20: Mapa de cheios e vazios ...........................................................51
Figura 21: Mapa de uso e ocupação ..........................................................51
Figura 22: Mapa de atributos ambientais ................................................... 52
Figura 23: Mapa de mobilidade urbana ......................................................52
Figura 24: Níveis de temperatura e precipitação durante o ano em João Pes-
soa ..............................................................................................................53
Figura 25: Rosa dos ventos........................................................................53
Figura 26: Diagramade insolação e ventilação ......................................... 54
Figura 27: Mapa de macrozoneamento de João Pessoa ...........................54
Figura 28: Mapa de usos de João Pessoa .................................................54
Figura 29: Tabela de zoneamento ..............................................................55
Figura 30: Divisão dos grupos por idades e quantidade de crianças por 
turma ..........................................................................................................55
Figura 31: Funcionograma .........................................................................58
Figura 32: Conceito do projeto ...................................................................62
Figura 33: Diagrama de implantação .........................................................63
Figura 34: Diagrama de acessos................................................................64
Figura 35: Diagrama de setorização ..........................................................65 
Figura 36: Diagrama de fluxos ...................................................................66
Figura 37: Diagrama de volumetria ............................................................67
Figura 38: Perspectiva fachadas norte e leste ...........................................69
Figura 39: Diagrama estrutural ...................................................................70
Figura 40: Materiais e elementos ...............................................................71
Figura 41: Perspectivas fachadas norte e leste .........................................72
Figura 42: Fachada norte ...........................................................................73
Figura 43: Playground ................................................................................74
Figura 44: Pátio interno ..............................................................................75
Figura 45: Pátio interno ..............................................................................78
Figura 46: Sala de atividades grupo B e C .................................................79
Figura 47: Sala de atividades grupo B e C .................................................81
Figura 48: Sala de atividades grupo B e C .................................................82
Figura 49: Catinho da calma, sala de atividades grupo B e C ...................83
Tabela 1: Tabela de autores para embasamento teórico .............................23
Tabela 2: Tabela de documentos utilizados .................................................24
Tabela 3: Dias e horários das observações em campo ...............................24
Tabela 4: Quadro resumo dos correlatos ....................................................47
Tabela 5: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor adminis-
trativo ...........................................................................................................56
Tabela 6: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor educa-
cional ...........................................................................................................56
Tabela 7: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor de su-
porte ............................................................................................................56
Tabela 8: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor de servi-
ço .................................................................................................................57
Tabela 9: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor recreati-
vo .................................................................................................................57
Tabela 10: Diretrizes projetuais ...................................................................62
SUMARIO´
1
2 4
5
6
+3
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
PROPOSTA ARQUITETÔNICA
ESPACIALIDADES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
REFERENCIAL PROJETUAL
1.2 JUSTIFICATIVA
1.1 INTRODUÇÃO
2.1 A ARQUITETURA E A NEUROCIÊNCIA
4.1 LOCALIZAÇÃO
4.2 DIAGNÓSTICO DE CAMPO
5.1 CONCEITO E PARTIDO
3.1 PROJETO VENCEDOR DO CONCURSO 
NACIONAL DE ARQUITETURA PROMOVIDO PELA 
CODHAB-DF PARA ESCOLA DE CLASSE
3.2 ESCOLA INFANTIL E CRECHE 
EM PALMERAS EM ALCÁZARES / COR & 
ASSOCIADOS
3.3 QUADRO RESUMO DE PROJETOS 
CORRELATOS
2.2 A ARQUITETURA ESCOLAR
5.2 DIRETIZES PROJETUAIS
6.1 PÁTIO INTERNO INTERATIVO
6.2 AMBIENTE INTERNO2.3 TDAH E TEA
4.3 CONDICIONANTES LOCAIS
5.3 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS
4.4 LEGISLAÇÃO VIGENTE
5.4 SETORIZAÇÃO E FLUXOS
5.5 FORMA E VOLUME
5.6 MODULAÇÃO ESTRUTURAL
5.7 MATERIAIS E ELEMENTOS
4.6 FUNCIONOGRAMA
4.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES E 
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
1.3 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
1.3.1 OBJETIVOS GERAIS
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.4.2 PESQUISA DE CAMPO
1.4.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA, 
SISTEMATIZAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
1.4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E 
DOCUMENTAL
20
18
28
50
51
62
44
45
47
31
62
78
7935
53
62
54
65
67
70
71
58
55
22
22
22
24
24
23
23
1. INTRODUÇÃO
18 19INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O anteprojeto em questão trata da execução de uma esco-
la para crianças portadoras de necessidades especiais através 
da compreensão da neuroarquitetura1 aplicada em ambientes 
de trabalho, escolas e até mesmo nas residências. É de extre-
ma importância que esses lugares estimulem positivamente os 
usuários, visto que se passa grande parte do tempo de vida em 
espaços internos.
A neuroarquitetura é uma área interdisciplinar que une os 
conhecimentos da neurociência, da ciência cognitiva, da psico-
logia, da arquitetura e do urbanismo e busca compreender como 
o ambiente nos afeta. Com ela se projeta focando não apenas 
na estética e na função, mas também levando em consideração 
os impactos em níveis mais profundos que o ambiente pode ge-
rar em nosso organismo, muitos deles fugindo da nossa percep-
ção consciente. 
Esta área da arquitetura se refere as diferentes substân-
cias produzidas pelo cérebro que são capazes de alterar o hu-
mor e o comportamento dos usuários ao longo de sua presença 
em determinado ambiente tanto a curto como a longo prazo. Os 
1 A Academy of Neuroscience for Architecture (ANFA) foi formada em San Diego (Califórnia) em 2003, na Convenção da AIA. Quem inaugurou o termo 
foi o Dr. Fred Gage (neurocientista sênior do Salk Institute e ex-presidente da Sociedade de Neurociências), em seu discurso sobre arquitetura e neurociência: 
a neuroarquitetura.
2 O “self autobiográfico”, portanto, depende das lembranças sistematizadas de situações que ocorrem durante o processo de vigília ao longo de toda a 
vida de um indivíduo, gerando aquilo que Damásio denominou de “memória autobiográfica” (SILVA, 2010).
3 O transtorno do espectro do autismo (TEA), conforme denominado pelo DMS-5, o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, tam-
bém conhecido pela sua denominação antiga (DSM IV): autismo, é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comu-
nicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo.
4 Síndrome de Asperger (SA) é uma perturbação do desenvolvimento caracterizada por dificuldades significativas a nível dos relacionamentos sociais e 
comunicação não verbal, a par de interesses e padrões de comportamento restritos e repetitivos.
efeitos são analisados através e estímulos cerebrais, das subs-
tâncias que o cérebro produz e dos sinais vitais das pessoas 
durante seu período naquele espaço. 
Contudo, os efeitos que um ambiente pode gerar em jo-
vens e adultos não é o mesmo gerado em crianças ou idosos. 
O estudo de Maria Montessori (1949) sobre como funciona o 
cérebro das crianças constatou que durante a primeira infância 
a mente das crianças é dividida em duas partes: a mente absor-
vente inconsciente, que dura do 0 aos 3 anos e a mente absor-
vente consciente, de 3 a 6 anos de idade. Ou seja, de acordo 
com essa teoria, a criança pode absorver estímulos do ambientedesde o seu nascimento. 
Dessa forma, é de extrema importância que os ambientes 
que as crianças vão passar mais tempo, como a escola, sejam 
ricos em estímulos que contribuam para um desenvolvimento 
saudável, pois de acordo com o estudo de David Hubel e Torns-
ten Wiesel, vencedores do prêmio Nobel de Fisiologia e Medici-
na de 1981, determinadas habilidades dependem da experiência 
para que o cérebro se desenvolva normalmente, principalmente 
no período pós-natal. 
Além disso, esse tipo de arquitetura contribui para a criação 
de um senso de identidade nas crianças. É durante a infância e 
adolescência que se forma o banco de memórias básico que 
influenciará no comportamento ao longo da vida. Partes dessas 
memórias integrarão o self-autobiográfico2 , que é nossa auto-
biografia. Ambientes enriquecidos sensorialmente podem ajudar 
na criação de memórias mais fortes e que se mantem vivas ao 
longo da vida. É importante que os ambientes sejam desafiado-
res, estimulem os sentidos e proporcionem uma vontade de ex-
plorar, e que, ao mesmo tempo, as crianças sintam-se seguras 
no espaço. É imprescindível também que a arquitetura estimule 
não apenas o cérebro, mas similarmente o corpo da criança. 
Assim, é primordial que todas as crianças tenham acesso 
a uma boa educação incluindo aquelas com necessidades es-
peciais, sejam elas físicas, visuais, mental, auditiva ou múltiplas. 
Em casos como o TEA3 , asperger4 , entre outros, a estimulação 
na infância deve ser personalizada, com acompanhamento in-
dividualizado, e utilizando todos os canais sensoriais para con-
quistar a comunicação com a criança podendo se utilizar ferra-
mentas como o desenho, brinquedos, música, e outras coisas a 
mais que presentes no ambiente irão encoraja-las de maneira 
natural a se integrar socialmente. 
O seguinte trabalho se trata de um anteprojeto de uma es-
cola sensorial inclusiva para crianças neurodivergentes, através 
do emprego da neuroarquitetura e utilizando a metodologia de 
Reggio Emilia. Ele está estruturado em três capítulos sendo eles, 
o referencial teórico onde é tratado questões sobre a arquitetura 
e a neurociência, o ambiente escolar atual e o TDAH (Transtorno 
de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e o TEA (Transtorno 
do Espectro Autista); o diagnóstico de campo que contará com 
informações sobre o lote escolhido para realizar o projeto e seu 
entorno; e o memorial projetual que apresentará o resultado final 
do anteprojeto.
20 21INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
De acordo com dados estatísticos coletados do IBGE5 no 
último censo de 2010 foram identificadas 14,6 milhões de pesso-
as não sabiam ler nem escrever entre 162 milhões de brasileiros 
com mais de 10 anos. O ensino obrigatório no Brasil começa 
com a matrícula da criança aos 6 anos de idade, a taxa de esco-
larização para o grupo etário de 6 a 14 anos para os segmentos 
das crianças sem nenhuma das deficiências (visual, auditiva, 
motora e mental ou intelectual) e com pelo menos uma das defi-
ciências no Brasil resultou respectivamente em 96,9% e 95,1%. 
Apesar disso, a taxa de analfabetismo em pessoas com defici-
ência foi de 9,6%. É importante destacar que a situação atual da 
educação infantil precisa de algumas mudanças e para isto as 
políticas públicas devem priorizar a educação básica e construir 
projetos que contribuam para o desenvolvimento das crianças.
A educação infantil é o momento inicial em que os edu-
candos começam a construir suas identidades a partir de ex-
periências diversas, dos novos relacionamentos e dos aprendi-
zados relativos tanto ao autoconhecimento como a descoberta 
do mundo que os cerca. Inúmeras conquistas devem acontecer 
nessa fase da vida das crianças, dentre elas o desenvolvimento 
da autoconfiança, aumento da autoestima, ampliação de víncu-
Figura 1: Taxa de escolarização de pessoas com e sem deficiência no Brasil 
e regiões
Figura 2: Pessoas com deficiência no Brasil
Fonte: Censo IBGE, 2010
Fonte: Censo IBGE, 2010
5 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no principal provedor de dados e informações do País, que atendem às necessidades 
dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.
6 Projeto criado em 2018 por Andréa de Paiva para disseminar discussões sobre as conexões entre a ciência cognitiva e a arquitetura, o design e o 
urbanismo.
los afetivos para além do ambiente familiar, ganho de autono-
mia, construção do valor da responsabilidade social, entre ou-
tros. Esses são alguns fatores responsáveis pela constituição 
de cidadãos ativos, críticos, engajados e que, no futuro, poderão 
agir em prol da sociedade. 
A neuroarquitetura está começando a ganhar espaço no 
Brasil. Cada vez mais profissionais de diversas áreas buscam 
criar um ambiente ao qual o usuário se conecte emocionalmente 
por meio dos sistemas sensoriais, tendo uma experiência po-
sitiva e marcante. A Academia de Neurociência para arquitetu-
ra (ANFA) é a principal corporação em estudos voltados para a 
área. Já no país em pauta podemos destacar o NeuroAu6 , proje-
to nacional que procura promover e avançar o conhecimento da 
neuroarquitetura e suas diversas formas de aplicação. 
Algumas alternativas que serão utilizadas no projeto e que 
proporcionarão um ambiente sensorial são: emprego da psico-
logia das cores, da iluminação natural, do layout, da altura dos 
ambientes e dos materiais nele presentes, texturas, o equilíbrio 
entre o som e sua ausência e até mesmo cheiros presentes nos 
espaços podem estimular o campo cerebral das crianças. Além 
desses fatores, há uma preocupação com a ergonomia e com a 
acessibilidade tornando o espaço inclusivo para todos. 
A escolha para a inserção da proposta na cidade de João 
Pessoa se deu através da constatação do Censo demográfico 
de 2010 realizado pelo IBGE no qual os resultados apontam que 
o Nordeste é a região que possui a maior taxa de prevalência de 
pessoas com pelo menos uma das deficiências (visual, auditiva, 
motora e mental ou intelectual) com 26,63%, sendo os estados 
do Rio Grande do Norte e da Paraíba os de maior incidência 
com taxas de 27,76% e 27,58% respectivamente.
22 23INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Figura 3: Pessoas com deficiência no Brasil
Figura 5: Procedimentos metodológicos
Tabela 1: Tabela de autores para embasamento teórico
Figura 4: Objetivos
Fonte: Censo IBGE, 2010
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
 Pesquisa Bibliográfica 
Autor Publicação/Ano Tema 
MONTESSORI, Maria Livro Mente Absorvente / 1949 Personalidade e 
desenvolvimento da criança 
MEDINA, Vilma 10 conselhos para estimular 
crianças com autismo / 14 de 
agosto de 2018 
Como estimular crianças com 
autismo 
KOWALTOWSKI, Doris Livro arquitetura escolar o 
projeto do ambiente de ensino / 
2011 
Projeto arquitetônico e 
conforto ambiental para a 
qualidade do ambiente 
escolar 
TEIXEIRA, Gustavo Livro desatentos e hiperativos/ 
2017 
TDAH: Transtorno de déficit 
de atenção/hiperatividade 
SILVA, A.B.B. Livros Mentes Inquietas/ 2014 TDAH: Desatenção 
hiperatividade e 
impulsividade 
STONER, Dupaul Livro TDAH nas escolas/ 2007 TDAH: Estratégias de 
avaliação e intervenção 
 
Dessa forma, mediante os benefícios da neuroarquitetura, 
seu avanço e sua limitada exploração nas escolas do país, as-
sim como a pretensão por um sistema de ensino adequado e 
que abranja todas as crianças, de diversas idades e limitações, 
foi proposto um anteprojeto de uma escola com salas interativas 
e sensoriais na cidade de João Pessoa - PB visando unir os con-
ceitos da estratégia citada anteriormente.
Desenvolver o anteprojeto de uma escola sensorial inclu-
siva para o aperfeiçoamento do ensino das crianças em João 
Pessoa – PB aplicando metodologias da neuroarquitetura.
No presente trabalho será necessária uma pesquisa docu-
mental no acervodo IBGE, censo de 2010, com o intuito de iden-
tificar em qual região do país abrange uma maior quantidade de 
pessoas que apresentam algum tipo de deficiência.
Outra fonte importante são os estudos da pedagoga infan-
til, Maria Montessori que em 1949 publica o livro ‘Mente Absor-
vente’ que analisa a mente das crianças em suas diversas fases 
de crescimento, a partir da influência do ambiente. 
Além desses, outro artigo bibliográfico importante que será 
utilizado é o estudo da Jornalista, Mestre em Necessidades e Di-
reitos da Criança e do Adolescente e diretora do site guiainfantil.
com Vilma Medina, onde foi publicado o mesmo em 14 de agos-
• Compreender o emprego da neuroarquitetura visando a 
execução de ambientes estimuladores;
• Realizar estudos sobre o desenvolvimento e as necessi-
dades das crianças neurodivergentes;
• Conceber espaços que adotam princípios das neuroar-
quitetura com ênfase em estímulos dos campos sensoriais, cog-
nitivos e comportamentais.
1.3 OBJETIVOS 1.4 METODOLOGIA
1.3.1 OBJETIVOS GERAIS 
1.4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E DOCUMENTAL
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
to de 2018 que se expõe 10 conselhos para estimular crianças 
com autismo. 
Por fim, é de extrema importância a pesquisa documental 
na prefeitura de João Pessoa com o propósito de coletar dados 
como bases cartográficas digitais, perfis topográficos, legislação 
urbanística via plano diretor e código de obras para melhor com-
preensão da área onde a escola será inserida.
24 25INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Tabela 2: Tabela de documentos utilizados
Tabela 3: Tabela de dias e horários das observações de campo
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
 Pesquisa Documental 
Instituição Publicação/Ano Tema 
IBGE CENSO / 2010 Número de pessoas com 
alguma deficiência por 
região 
PMJP Código de urbanismo Leis da cidade de João 
Pessoa 
NBR 16636-2 Norma técnica Elaboração de projeto de 
arquitetura 
 
 Idas a campo para observação 
Dia Turno Horário 
29/05/2023 Manhã 9h00 
31/05/2023 Tarde 14h00 
01/06/2023 Noite 18h00 
 
É imprescindível conhecer bem o local em que acontece-
rá o projeto. Para isso é de suma importância a realização de 
visitas na área de estudo que fica localizada no bairro Paratibe 
na cidade de João Pessoa PB, para observações das condicio-
nantes locais, além da análise através de imagens de satélite e 
dados fornecidos pela prefeitura.
Para um melhor resultado da coleta de dados e realização 
do anteprojeto, foram utilizados diversos instrumentos como, 
registros fotográficos e uso de imagens de satélite para com-
preensão das condicionantes, leitura do lugar para mapear os 
resultados e o uso de instrumentos topográficos para verificar 
medidas e desníveis presentes no terreno.
Após a coleta, com as informações obtidas, foram realiza-
dos mapas temáticos, gráficos, textos e diagramas através de 
softwares como autocad, sketchup, illustrator, photoshop, entre 
outros, contribuindo assim para uma melhor concepção do local.
1.4.2 PESQUISA DE CAMPO
1.4.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA, SISTEMATIZAÇÃO E 
ANÁLISE DE DADOS
2. REFERENCIAL TEÓRICO
28 29REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
A arquitetura é, fundamentalmente, uma forma de lingua-
gem. Uma edificação está em constante diálogo com os seus 
usuários mesmo que de forma inconsciente. A interação comuni-
cativa da mesma não é apenas do tipo estético, ou seja, do tipo 
“belo” ou “feio”, nem apenas funcional ou cultural – que reflete a 
cultura de um povo –, mas também para aquilo que as pessoas 
sentem, fazem e são. 
A neurociência possui diversos métodos que buscam com-
preender como o ambiente físico impacta os indivíduos, isto é, 
sobre seu comportamento e saúde. O arquiteto norte americano 
e um dos maiores especialistas mundiais em arquitetura com-
portamental John Zeisel cita alguns meios práticos fornecidos 
pela neurociência que a arquitetura pode dispor:
A neuroarquitetura presume que o ambiente tem influência 
direta nos padrões mais primitivos de funcionamento do cérebro. 
Essa atividade cerebral e a percepção individual contribui para 
o trabalho dos arquitetos, pois, com isso, permite-se projetar 
ambientes que suprem não somente a necessidade física dos 
indivíduos, mas, sobretudo, necessidades psicológicas e emo-
cionais. 
Ao estudar os sentidos do corpo humano e compreender 
que o nosso cérebro foi programado para viver na natureza, que 
é extremamente rica em estímulos, entende-se a importância 
da arquitetura ser uma extensão disso. É essencial o arquite-
to perceber quais sensações o ambiente irá provocar em seus 
usuários para então projetar aplicando a neuroarquitetura para 
os sentidos.
(…) o conhecimento de que em UTIs neonatais de 
vem ser evitadas luzes fortes e sons intensos, que pode 
danificar a sequência genética programada do desenvol-
vimento do pavilhão auditivo e do córtex cerebral dos be-
bês. [...] Já em centros de tratamento de portadores de 
Alzheimer os corredores devem ser planejados de forma 
a mostrarem um destino claro, que conduza o paciente a 
andar com objetivo, e não vagar, ação comum em quem é 
atingido pela doença. ” (Zeisel, 2010 apud Oliveira, 2012). 
As percepções do espaço não consistem apenas 
no que podemos ver, mas também no que ouvimos, sen-
timos, e até mesmo no que cheiramos. Desta maneira a 
arquitetura é capaz de mostrar o invisível, aquilo que não 
podemos ver, mas podemos sentir, despertando associa-
ções de que não tínhamos consciência antes. ” (Hertzber-
ger,1999. pg. 230).
A luz é, assim, a grande intermediária entre a natu-
reza e o homem. Ela apresenta todos os detalhes à per-
cepção do ser humano numa multivariada gama de sen-
sações visuais coloridas ou não. ” (Farina, 2006, p. 27).
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 A ARQUITETURA E A NEUROCIÊNCIA
Uma das formas de manifestação sensorial na arquitetura 
é o uso das cores. A neuroarquitetura, juntamente com cientistas 
e psicólogos buscam compreender os impactos gerados pelas 
cores nos usuários. “Percebemos que as cores assumem polari- 7 Ritmo circadiano ou ciclo circadiano (do latim circa cerca de + diem dia) designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo 
biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.
zações de sentidos. Em determinado contexto, estão carregadas 
de sensações positivas e, em outro, podem assumir sensações 
absolutamente negativas. ” (FARINA, 2006, p. 2).
A escolha de uma cor para a aplicação em um projeto vai 
muito além da estética. A identificação das cores está diretamen-
te ligada a sobrevivência da nossa espécie, por isso, nosso or-
ganismo evoluiu de forma a gerar respostas padronizadas para 
algumas cores. Conforme nós passamos a viver em sociedades 
com culturas próprias, significados foram sendo atribuídos as 
cores: vermelho é a cor da paixão; preto é a cor do luto, sendo 
capaz dessa interpretação mudar de cultura para cultura. 
Outro ponto que pode gerar um grande impacto aos usu-
ários é a iluminação. A arquitetura dispõe de elementos do es-
paço para captar, refletir e até mesmo emitir a luz. Contudo, a 
iluminação natural é de extrema importância para os espaços 
vivenciados de uma obra arquitetônica, pois ela permite a sin-
cronização do ritmo circadiano7 com os períodos de dia e noite 
do ambiente, ou seja, é através da luz que nosso cérebro sincro-
niza grande parte do seu funcionamento com o mundo exterior.
Para criar ambientes mais humanos e que respeitem o rit-
mo biológico, os projetos devem incorporar as percepções da 
neuroarquitetura, principalmente em espaços de longa perma-
nência. No interior de um recinto, se bem empregada, a luz na-
tural pode melhorar a obtenção de qualidade, diminuindo consi-
deravelmente os índices térmicos e evitando problemas como 
ofuscamento e contraste. Essa estratégia propicia o bem-estar, 
além de melhorqualidade de vida aos usuários. 
 Diversos métodos são aplicados ao projeto com objetivo 
de promover estímulos positivos nos usuários, alguns deles são: 
o método Montessori, abordagem Reggio Emilia e a pedagogia 
Waldorf. 
No início do séc. XX, Maria Montessori começou a desen-
volver um método com o objetivo de promover uma educação 
que contribua positivamente ao desenvolvimento do cérebro da 
criança. De acordo com Montessori, o ponto mais importante do 
método é a possibilidade de libertar a verdadeira natureza dos 
indivíduos para que então possa ser observada e compreendi-
da, e para que a educação se desenvolva com base na evolução 
da criança. 
30 31REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
Diante disso, é de extrema importância dar a criança con-
dições de movimentar-se com liberdade de escolha, ou seja, 
diante de suas necessidades sem a interferência de um adulto. 
Algumas características essenciais de uma escola Montesso-
ri incluem: um conjunto completo de materiais montessorianos 
para cada sala e grupo etário; liberdade concedida aos alunos 
para que escolham em que, onde e por quanto tempo trabalhar; 
mesas e cadeiras dimensionadas a escala da criança, o uso de 
materiais que elas possam manipular, entre outros.
No período pós guerra mundial, por iniciativa de mães vi-
úvas e sob a coordenação do pedagogo e jornalista Loris Mala-
O material sensorial é constituído por uma série 
de objetos, agrupados segundo uma determinada quali-
dade física dos corpos, tais como: cor, forma, dimensão, 
som, grau de aspereza, peso, temperatura... Assim, por 
exemplo, um grupo de campainhas musicais reproduz os 
tons musicais; um conjunto de tabuinhas de cores dife-
rentes, em gradação; um conjunto de sólidos que tem a 
mesma forma e dimensões graduadas; e outros que, ao 
contrário, se diferenciam entre si pela forma geométrica; 
objetos de diferentes pesos e de tamanho igual, etc. Cada 
um desses conjuntos possui a mesma qualidade, porem 
em graus diferentes: trata-se, pois, de uma graduação na 
qual a diferença de objeto para objeto varia regulamen-
te e, quando possível, é matematicamente estabelecida. 
(apud Moraes, 2009, pg. 73) 
O sistema de Reggio pode ser descrito sucinta-
mente da seguinte maneira: ele é uma coleção de escolas 
para crianças pequenas, nas quais o potencial intelectual, 
emocional, social e moral de cada criança é cuidadosa-
mente cultivado e orientado. (Edwards; Gandini; Forman, 
1999, prefácio)
Se prepararmos um ambiente em casa que seja 
adequado às dimensões da criança, às suas forças, às 
suas faculdades psíquicas, se as deixarmos viver com 
liberdade, teremos dado um passo imenso rumo à solu-
ção do problema educativo em geral, pois teremos dado à 
criança o seu ambiente. (Montessori, 1929, p. 65)
8 Régio da Emília (em italiano: Reggio Emilia) é uma comuna italiana da região da Emília-Romanha, província de Régio da Emília, com cerca de 169.223 
habitantes.
guzzi foi criada a pedagogia de Reggio Emilia8. Em uma época 
de reconstrução das cidades, a preocupação do grupo era em 
relação as novas escolas, onde desejavam criar um ambiente 
tranquilo, acolhedor e alegre, com uma atmosfera de lar, onde 
as crianças pudessem ficar enquanto as mães trabalhavam.
Para que uma escola, seguindo os modelos Reggio Emilia 
seja construída ou reformada, é imprescindível que o contexto 
urbano do local onde será inserida seja considerado e analisado. 
Além disso, há alguns parâmetros que devem ser seguidos. São 
os seguintes: Elementos arquitetônicos são entendidos como 
parte do material didático das aulas; Iluminação natural é apro-
veitada para criar efeitos de luz e cores que estimulam a curiosi-
dade e a criatividade; Ambientes mais aconchegantes que visam 
a sensação de acolhimento; Flexibilidade dos interiores que, de 
preferência não tenha elementos fixos, para assegurarem rapi-
dez e segurança na modificação proposta pelas próprias crian-
ças; Paredes de vidro com função de conectar jardins internos 
e externos; Praças centrais promovendo espaços de encontro; 
Espaço de recolhimento, que são menores e estrategicamen-
te posicionados para proporcionar refúgio para as crianças que 
sentirem essa necessidade emocional; entre outros. 
Assim, mediante o que foi exposto, é possível concluir que 
essas metodologias podem e devem ser utilizadas para tornar a 
ação humana mais efetiva e, acima de tudo, para criar espaços 
mais saudáveis no curto e no longo prazo. Além disso, são capa-
zes de tornar o aprendizado das crianças mais didático, tornan-
do-as mais preparadas para serem adultos e cidadãos melhores.
O ambiente escolar é o local do desenvolvimento do pro-
cesso de ensino e aprendizagem. O edifício escolar deve ser 
analisado como resultado da expressão cultural de uma comu-
nidade, por refletir e expressar aspectos que vão além da sua 
materialidade. A discussão sobre a arquitetura escolar exige re-
flexões sobre a história e a evolução da sua linguagem formal e 
das avaliações do ambiente, que incluem o conforto dos aspec-
tos térmico, acústico, de iluminação e funcionalidade. 
2.2 A ARQUITETURA ESCOLAR
O arquiteto, ao definir os espaços e usos da instituição 
escolar pode influenciar a definição do conceito de ensino da 
escola. Por essa razão, é importante ter o conhecimento dos 
aspectos pedagógicos, uma vez que eles refletem o tipo de ati-
vidade que as escolas vão desenvolver e auxilia a definição do 
programa de necessidades de cada edificação escolar. 
A escola, como instituição de ensino atualmente conheci-
da, é resultado de um longo processo histórico, e a educação 
é considerada como a transmissão de valores e o acúmulo de 
conhecimento de uma sociedade. O primeiro programa de es-
colarização universal foi criado por Comenius (Jan Amos Ko-
mensky), que propôs uma escola a qual todos – ricos, pobres, 
homens e mulheres - teriam acesso. Ele pregava a necessidade 
de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e eco-
lógico, capaz de favorecer a aprendizagem que se iniciava pelos 
sentidos.
O educador de maior destaque no período do século XIX 
foi Friedrich Froebel, cuja principal contribuição é atribuída ao 
brinquedo e a essência de sua pedagogia tem por base a ativi-
dade e a liberdade. Em 1837 abriu o primeiro jardim de infância 
e dedicou sua vida ao ensino pré-escolar, a formação de pro-
fessores e a elaboração de métodos e equipamentos para as 
instalações. 
32 33REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
Nas escolas de Froebel, trabalhava-se com diferentes ti-
pos de materiais e expressavam grande valor as histórias, pois 
enquanto os brinquedos davam força e poder ao corpo, as his-
tórias desenvolviam a mente. Os blocos de construções cha-
mados “Froebel blocks” eram usados pelas crianças nas suas 
atividades criativas e exerceram papel fundamental no desen-
volvimento das habilidades espaciais e tridimensionais, inclusive 
na infância do arquiteto Frank Lloyd Wright.
Os aspectos físicos do ambiente escolar impactam sobre 
os níveis de aprendizagem dos alunos e na produtividade dos 
professores ao transmitir conhecimentos, pois pelo menos 20% 
Figura 6: Blocos de Froebel
Fonte: A arquitetura escola, Kowaltowski, 2011
da população passam grande parte do dia nas escolas. Sendo 
assim, deve existir a certeza que o ambiente físico contribua po-
sitivamente para uma produção acadêmica expressiva. Deste 
modo, cabe ao arquiteto buscar formas e elementos que estimu-
lem a relação homem/ambiente, pois o espaço projetado pode 
trazer a sensação de conforto, segurança, ou passar uma carac-
terística de ambiente social e coletivo ou individual e íntimo. 
Para o autor Robert Sommer (1974), a organização e a es-
trutura funcional das escolas impactam no grau de participação 
dos usuários desses ambientes. A rigidez da organização espa-
cial cria uma imagem de arquitetura inflexível que ele chama de 
“pseudoespaços fixos”, como por exemplo locaisconfigurados 
com sucessivas fileiras de carteiras que, mesmo sendo móveis, 
raramente tem sua disposição modificada, gerando assim uma 
falta de estimulo a interação com o ambiente. 
A escola surge na Europa, no século XIX, como disciplina-
dora da ordem social (Kowaltowski, 2011), e é considerada um 
suporte, pela pontualidade e pela organização do tempo imposto 
pela indústria. A educação é apresentada como forma de domi-
nação política e social, e discute-se a preocupação com o espa-
ço de ensino, para que as normas sejam corretamente seguidas.
A organização espacial da escola apresentava configura-
ções que mostravam a importância dada a ordenação, antes 
mesmo do aparecimento da indústria. No século XVIII, Michel 
Foucault, apresentou a teoria da arquitetura panóptica9, desen-
volvida com o objetivo de controlar todos os movimentos de uma 
determinada sociedade, através da ordenação por fileiras, defi-
nindo o espaço serial, organizando os lugares, os espaços de 
circulação, imprimindo os valores de obediência para transfor-
mar a escola em um espaço de vigilância.
No Brasil, as primeiras construções possuíam projetos-ti-
pos (padronização em planta) e eram construídos em diversos 
pontos de São Paulo. Sendo erguidos de modo mais rápido, em 
maior quantidade e com custo reduzido, contratavam-se arqui-
tetos apenas para desenharem fachadas distintas, para que as 
edificações fossem distinguidas umas das outras.
Atualmente, a disposição espacial da maioria das escolas 
no Brasil ainda segue os modelos tradicionais e um projeto pa-
drão. Entretanto, essa padronização nem sempre leva em conta 
especificidades do local resultando em ambientes desfavoráveis. 
Devemos ainda nos admirar que a prisão se pareça 
com as fabricas, com as escolas, com os quarteis, com 
os hospitais, e todas se pareçam com prisões? (Foucault, 
1987, p. 250).
9 Panóptico é uma forma de estrutura arquitetônica projetada para cárceres e prisões. O panoptismo baseia-se em poder impor comportamentos com 
base na ideia de que estamos sendo observados
Essa é uma pratica comum em projetos públicos de interesse 
social que usam programas de necessidades padronizados das 
atividades estipuladas pelos órgãos administrativos de equipa-
mentos urbanos.
O programa Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundes-
cola), desenvolvido pelo atual Ministério da Educação (MEC), 
publicou “cadernos técnicos: subsídios para a elaboração de 
projetos e adequação de edificações escolares” vols. 1-4 (MEC, 
2022), com diretrizes e recomendações técnicas para constru-
ções e adequações de escolas públicas.
Alguns pesquisadores procuraram qualificar a arquitetura 
com métodos de projetos menos subjetivos, como é o caso de 
Christopher Alexander que em sua busca metodológica de pro-
jeto extrai configurações que considera holísticas e essenciais 
para tornar o ambiente humanizado, as quais ele denominou 
patterns ou parâmetros de projeto que conferem qualidade a ar-
quitetura.
Esses parâmetros referem-se aos problemas, subproble-
mas e suas respectivas soluções no projeto. Os autores Nair 
e Fielding (2005) aplicaram esse conceito no projeto escolar e 
apresentaram vários critérios que podem enriquecer as expe-
34 35REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
riências no ambiente de ensino. Para sua aplicação no projeto escolar eles explicitam um reenquadramento das discussões entre 
arquitetura e educação com base em 25 parâmetros que contribuem para definir uma linguagem gráfica do projeto de ambientes 
educacionais saudáveis e funcionais, na figura 2 é possível identificar alguns desses preceitos.
Figura 7: Diagrama de alguns parâmetros de projetos (patterns)
Fonte: A arquitetura escolar, Kowaltowski, 2011. Adaptado pela autora, 2023.
PARÂMETROS DE
PROJETO - PATTERNS
SALAS DE AULA ,
AMBIENTES DE ENS INO
E COMUNIDADES
PEQUENAS DE
APRENDIZAGEM
CONEXÃO ENTRE
ESPAÇOS
EXTERNOS E
INTERNOS
ACESS IB I L IDADE
Os alunos podem se
movimentar livremente;
Os alunos podem
desenvolver diversas
atividades com
equipamentos e objetos;
Os layouts para diferentes
tipos de atividades;
Os professores podem
transitar e interagir
livremente entre os alunos
A escola deve ter
lugares para trilhas,
circuito de corrida,
horta e pomar, como
extensão dos seus
ambientes internos;
As conexões entre
interior e exterior dos
ambientes da escola
devem ser otimizadas
ao máximo, por meio
de vistas, terraços,
salas de aula ao ar
livre, cantos para
sentar, ler, discutir, etc.;
As áreas externas
conectadas as salas de
aula também permitem
atividades
diferenciadas, não
adequadas a espaços
internos, como as que
fazem sujeira com o
uso de água, terra, etc.
O projeto deve
considerar
diversidades
antropométrica ao
detalhar mobiliários da
edificação;
O ambiente deve ter
dimensões e espaços
de uso, de forma a
abrigar
confortavelmente o
usuário;
A legibilidade da
sinalização nos locais
de circulação pública
e a utilização
adequada dos recursos
de contrastes
cromáticos em placas
e letreiros
TRANSPARÊNCIA
Uma área
administrativa aberta,
em um espaço
convidativo, para que os
funcionários consigam
monitorar a entrada;
corredores com luz
natural, vistas ocasionais
para o exterior ao
longo do percurso para
evitar sensação de
confinamento e
monotonia;
Áreas de estudo com
aberturas para os
corredores, permitindo
a supervisão natural
desses espaços
CONEXÃO COM
A COMUNIDADE
Localização: próxima
ao centro da
comunidade;
Relação com o
comércio local e a
infraestrutura social e
cultural existente;
Abertura para a
comunidade utilizar o
espaço escolar em
eventos
Com isso, concluímos que, a qualidade do ambiente esco-
lar para a melhoria do ensino e os parâmetros que visam me-
lhorar a qualidade desses ambientes dependem do processo 
de projeto, na busca por soluções mais criativas e adequadas 
ao contexto e com a participação da comunidade. Além disso, 
para que o novo processo de projeto escolar se concretize, é 
essencial os estudos voltados ao retorno do arquiteto as proble-
máticas da pratica de projeto e o investimento em ferramentas 
de avaliação em projetos escolares a fim de que a condução 
do ensino atinja as metas essenciais do ambiente escolar: efici-
ência energética, sustentabilidade, conforto, segurança e saúde 
dos usuários.
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) 
é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por três 
principais sintomas: impulsividade, hiperatividade e desatenção. 
De acordo com o American Psychiatric Association em 2014, 
esse transtorno acomete cerca de 3% a 6% da população infantil 
mundial, sendo considerado um dos mais comuns. 
Esses sintomas são responsáveis por muitos prejuízos na 
vida escolar dos jovens acometidos, além de problemas de rela-
cionamento social e ocupacional, trazem impactos na vida dos 
familiares, amigos e membros da comunidade em que vivem. 
2.3 TDAH E TEA
Segundo Rohde, Barbosa, Tramontina e Polanczyk, normalmen-
te as pessoas com TDAH tem dificuldade de prestar atenção a 
detalhes, erram por descuido, tem dificuldade em seguir instru-
ções, são esquecidas, etc. (Rohde, et al. 2000).
Outro indício marcante desse transtorno é a impulsivida-
de, resultando em crianças e adolescentes muito irritados, com 
baixo limiar de frustração e que se envolvem constantemente 
em brigas com colegas, familiares e professores. Essas dificul-
dades/manifestações começam a surgir com maior ênfase no 
âmbito escolar quando a criança é solicitada a cumprir metas, 
seguir rotinas e executar tarefas, sendo recompensada ou puni-
da de acordo com a eficiência com que são sucedidas.
Com isso, a criança e adolescente apresentarão um baixo 
rendimento escolar, sendo muitas vezes até reprovada intensifi-
cando problemas com autoestima (principalmente se o aluno já 
apresentar dificuldades nos relacionamentos e interações com 
outras crianças), tristeza, falta de motivação e de interesse nos 
estudos favorecendo o aumento de suspensões,expulsões, mu-
danças frequentes de colégio e até mesmo o abandono escolar.
É imprescindível que os profissionais das escolas conhe-
çam os procedimentos de avaliação apropriados, pois os psi-
cólogos escolares têm acesso direto a fontes de informações e 
dados cruciais para o diagnóstico. Portanto, os psicólogos das 
36 37REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
escolas devem estar em condições de conduzir uma avaliação. 
Muito se discute sobre a qualificação de estudantes com 
TDAH tornarem-se candidatos a serviços de educação especial. 
A provisão da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentá-
vel) tem sido o critério ais aplicado para julgar a capacitação de 
um aluno para tais serviços. Essa provisão afirma claramente 
que, se o diagnóstico da criança é limitado por TDAH crônico 
a ponto de prejudicar seu desempenho educacional, a criança 
pode necessitar de serviços de educação especial. A decisão di-
fícil sobre esse assunto é se a criança realmente precisa desse 
programa para abordar essas dificuldades e/ou competências 
acadêmicas, ou se intervenções na sala de aula normal serão 
suficientes. Caso a criança fosse considerada elegível para a 
educação especial, uma equipe de profissionais elaboraria, im-
plementaria e avaliaria um programa educacional individualiza-
do, já se fosse considerada ilegível os profissionais da escola 
continuariam responsáveis por “romper barreiras” a aprendiza-
gem na sala de aula. 
Zirkel (1992) criou uma lista de conferencia para determi-
nar a elegibilidade legal para os serviços de educação especial 
de acordo com a seção 50410.
Diversos estudos evidenciam a proeminência do uso com-
binado de intervenções medicamentosas e comportamentais, 
porém, o uso de intermédios farmacológicos tem predominado, 
devido à grande diversidade de medicamentos disponíveis no 
mercado e o aumento no consumo destes. Apesar da eficácia 
evidenciada desse tratamento existem restrições ao seu uso de-
vido a potenciais efeitos colaterais ou intolerância, efeitos a curto 
prazo e limitações de faixa etária, sendo o uso desse tratamento 
permitido apenas para crianças acima dos 6 anos.
A intervenção comportamental tem sido apontada como 
estratégia alternativa ou complementar a farmacológica no con-
texto escolar. Esse método busca promover quadros comporta-
mentais mais adaptáveis e evitar o fracasso e a evasão escolar. 
Essa técnica concentra-se em intervenções acadêmicas e no 
uso de uma análise funcional com formulação de planejamento 
para tratar necessidades individuais. O conhecimento e a postu-
ra dos professores para com o TDAH são cruciais. 
Outro critério utilizado nessa intervenção é a modificação 
na estrutura do ambiente, regras na sala de aula e natureza das 
tarefas. As adaptações conforme a seção 504 costumam ter fá-
cil implementação até mesmo nas salas de aula de educação 
regular. Algumas das mediações são, afastar a mesa do estu-
dante em questão dos demais para uma área mais próxima ao 10 Faz parte da lei de reabilitação de 1973: uma lei federal que protege os indivíduos da discriminação por deficiência. De acordo com esta lei, os indivídu-
os com deficiência não podem ser excluídos ou privados da oportunidade de receber benefícios e serviços de determinados programas. A Seção 504 define in-
divíduo com deficiência como uma pessoa com deficiência física ou mental que limite consideravelmente uma ou mais de suas principais atividades cotidianas.
Figura 8: Fluxograma para elegibilidade aos serviços de educação especial
Fonte: TDAH nas escolas, George DuPaul, Zirkel, 1992.
professor, permitindo assim maior monitoramento do mesmo, ter 
mesas separadas e individuais, para evitar perturbações entre 
os colegas, alterar o arranjo das cadeiras, salas de aula mais fe-
chadas, com poucas esquadrias para evitar ruídos e distrações 
visuais.
Dessa maneira, é certo que não existe uma solução sim-
ples no cuidado com crianças que possuem TDAH, e que requer 
tempo, dedicação e persistência, tanto da família como da base 
escolar e de diversos profissionais que nela está inserida. Esses 
fatores apresentados, em conjunto, determinarão o futuro des-
sas crianças rumo a uma vida menos caótica e mais feliz. 
O TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um distúrbio de 
desenvolvimento cujas características principais consistem em 
prejuízos sociais e de comunicação, restrições de interesses, 
comportamentos repetitivos e estereotipadas. O TEA pode estar 
presente em uma a cada 100 (cem) pessoas.
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda perma-
nece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há 
uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e 
ambientais. As interações entre esses fatores parecem estar re-
lacionadas ao TEA, porém, é importante ressaltar que “risco au-
mentado” não é o mesmo que causa fatores de riscos ambien-
tais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco 
38 39REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora ne-
nhum desses fatores pareça ter forte correlação com o aumento 
e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, de-
ficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como 
ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade 
gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (me-
nor que 2500g), gestações múltiplas, infecção materna durante 
a gravidez e idade parental avançada são fatores contribuintes 
para o desenvolvimento do TEA. 
A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos 
de vida da criança variando em intensidade de mais severo a 
mais brando, sendo alguns deles com pouco ou nenhum contato 
visual, riso inapropriado, dificuldade de relacionamento com ou-
tras crianças, intolerância ao toque, isolamento, modos arredios, 
manipulação esquisita de objetos, cheirar ou lamber os brinque-
dos e intensa fixação por determinados objetos, perceptível hi-
peratividade ou extrema inatividade, aparente insensibilidade a 
dor/temperatura, descontrole emocional, surtos e agressividade. 
A avaliação de pessoas com suspeita do transtorno deve 
ser ampla e multiprofissional. Isso é necessário, pois o TEA afeta 
diversas áreas e, portanto, abrange a atuação profissional de 
especialistas de inúmeros campos da área de saúde e educa-
ção. Com o objetivo de uma unificação de dados e a promoção 
de uma avaliação rigorosa e sistemática, sugere-se a utilização 
de instrumentos padronizados para a avaliação do comprometi-
mento e nível funcional do indivíduo que possibilitem a formula-
ção de um projeto terapêutico singular (TPS). É de responsabili-
dade do profissional a escolha dos instrumentos que melhor se 
adequem a cada caso, no entanto, cada instrumento tem a sua 
especificidade, alguns são de uso restrito a algumas profissões, 
como psicólogos ou fonoaudiólogos, portanto é importante que 
haja uma consulta aos manuais de aplicação e supervisão de 
profissionais com vasta experiência na área
Figura 9: Escalas de avaliação do TEA
Fonte: Site AMA, associação de amigos do autista, ama.org.br. Adaptado pela autora, 2023.
ADI-R
(Autism Diagnostic Interview-
Revised)
Trata-se de uma entrevista diagnóstica semiestruturada concebida para ser aplicada no principal cuidador da
criança com hipótese de transtorno global do desenvolvimento (TGD). Tem o objetivo de fornecer uma avaliação
ao longo da vida de uma série de comportamentos relevantes para o diagnóstico diferencial de TGD em indivíduos
a partir dos 5 anos até o início da idade adulta e com idade mental a partir dos 2 anos de idade.
CARS
(Childhood Autism Rating Scale)
Trata-se de uma escala com 15 itens que auxiliam o diagnóstico e identificação de crianças com autismo, além de
ser sensível na distinção entre o autismo e outros atrasos no desenvolvimento. A sua importância é baseada na
capacidade de diferenciar o grau de comprometimento do autismo entre leve,moderado e severo
ABC ou ICA
(Autism Behavior Checklist)
É uma lista de 57 comportamentos atípicos que são sintomáticos do autismo, organizados em seis áreas:
sensoriais, relacionais, imagem corporal, linguagem, interação social e auto-cuidado.
ASQ ou SCQ
(Social Communication
Questionnaire ou Autism
Screening Questionnaire)
Trata-se de uma seleção de 40 perguntas respondidas a partir de quatro anos. Seu diagnóstico é baseado na
pontuação de comportamentos organizados em três áreas de funcionamento: interação social recíproca,
linguagem e comunicação; além de padrões repetitivos e esteriotipados de comportamento.
ADOS
(Autism Diagnostic Observation
Schedule-Generic)
É uma avaliação semiestruturada da interação social, da comunicação, do brincar e do uso imaginativo de
materiais para indivíduos suspeitos de terem algum transtorno do espectro do autismo (TEA). Consiste em quatro
sessões ou módulos de 30 minutos, cada um concebido para ser administrado a diferentes indivíduos de acordo
com seu nível de linguagem expressiva. 
PEP-R
(perfil psicoeducacional
revisado)
É um instrumento de medida da idade de desenvolvimento de crianças com autismo ou com transtorno
correlatados da comunicação. Este instrumento surgiu em função da necessidade de identificar padrões
irregulares de aprendizagem, visando a subsequente elaboração do planejamento psicoeducacional.
M-CHAT
(modifield - checklist for autism
in toddlers)
É uma escala de rastreamento que pode ser utilizada em todas as crianças durante visitas pediátricas, com
objetivo de identificar traços de autismo em crianças com idade precoce. É extremamente simples e não precisa
ser administrada por médicos. A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação
ao comportamento da criança.
40 41REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO
O tratamento envolve as intervenções de médicos, psi-
cólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeu-
tas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível 
orientação dos pais e cuidadores. É altamente recomendado 
que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um progra-
ma de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com 
TEA é igual a outra. É possível observar na figura 7 os métodos 
de intervenção mais conhecidos e utilizados internacionalmente 
para promover o desenvolvimento social e cognitivo da pessoa 
com esse transtorno, além de possuírem vasta pesquisa que 
atesta sua eficácia.
Ainda que, em muitos países a educação das crianças 
com TEA seja garantida por lei, ainda permanece considerável 
controvérsia sobre o local onde elas devem receber educação 
e suporte, sobre as estratégias de instrução especifica a serem 
adotadas e sobre o grau de intensidade de serviços e apoios 
educacionais e afins. Coordenar e controlar serviços para crian-
ças que possuem necessidades especiais, tanto no campo da 
educação quanto da saúde, são tarefas complexas. 
A escola é um ambiente com grande potencial para ajudar 
a criança a melhorar suas habilidades sociais, ajudar a seguir 
instruções e rotinas, além de alcançar habilidades escolares bá-
Figura 10: Métodos de tratamento para o TEA
Fonte: Site AMA, associação de amigos do autista, ama.org.br. Adaptado pela autora, 2023.
TEACCH
(Treatment and Education of
Autistic and Related
Communication Handcapped
Children)
 É um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico por meio
de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível. Esse método visa a
independência e o aprendizado.
PECS
(Picture Exchange
Communication System
É um método de comunicação alternativa por meio de troca de figuras. É uma ferramenta valiosa tanto na vida
das pessoas com autismo que não desenvolvem a linguagem falada, quanto na vida daquelas que apresentam
dificuldades ou limitações na fala.
ABA
(Applied Behavior Analysis)
Consiste na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento
operante e reforçadores com o objetivo de incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir
comportamentos indesejáveis e desenvolver habilidades. 
MEDICAÇÕES
 O uso do medicamento deve ser prescrito pelo médico especialista da área e indicado quando existe alguma
comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas trazem algum prejuízo, seja social ou
ocupacional à vida cotidiana. Porém, vale ressaltar que até o momento não existe uma medicação específica para
o tratamento do autismo.
sicas. É importante ressaltar que crianças com TEA não apren-
dem de forma fluida e, usualmente, só demonstram ter apren-
dido uma habilidade em circunstancias muito especificas. Se a 
criança tem algumas habilidades de comunicação básicas, a es-
cola regular em geral oferece o melhor ambiente para o desen-
volvimento de habilidades escolares e sociais. A escola especial 
pode ser indicada em alguns casos muito particulares. 
O sistema de ensino vem se adaptando as propostas de 
educação para todos, na perspectiva da inclusão de alunos com 
necessidades educativas especiais em sala de aula regular. O 
que se espera é promover uma melhor adaptação do indivíduo 
ao ambiente. Dessa forma, acredita-se na manutenção do aluno 
com TEA em sala, de forma a se desenvolver dentro das possi-
bilidades de suas limitações.
É fundamental que exista um ambiente físico feito para 
promover a interação e acelerar o aprendizado. Com pequenas 
adaptações e um olhar focado em garantir conforto e oportuni-
dades de aprendizagem, é possível criar um ambiente inclusivo, 
visando o desenvolvimento de habilidades e bem-estar das pes-
soas com TEA. Essas adaptações abrangem desde aspectos fí-
sicos e sensoriais até o apoio visual e a formação de uma equipe 
especializada e engajada. 
A primeira etapa para criar um ambiente inclusivo é realizar 
adaptações físicas no espaço garantindo que ele não crie sobre-
carga sensorial ou emocional em pessoas atípicas. Isso envolve 
o uso de iluminação adequada, cores suaves e neutras, redução 
de ruídos excessivos e uso de mobiliários que possam agregar 
no desenvolvimento. Além disso, a organização do ambiente de 
forma clara e previsível, pensando em orientação espacial, com 
espaços segmentados para diferentes atividades, gerando uma 
sensação de segurança e tranquilidade, oferecer um ambiente 
terapêutico inclusivo para controlar estímulos que podem levar 
a uma crise sensorial, quadros de comunicação visual, agendas 
visuais e outras ferramentas que facilitem a expressão e com-
preensão de informações. 
Oferecer um ambiente terapêutico inclusivo é de extrema 
importância para proporcionar o melhor suporte para pessoas 
neurodivergentes. Ao considerar as adaptações físicas é possí-
vel criar um ambiente que promove o desenvolvimento, a auto-
nomia e a inclusão de pessoas com o transtorno. Com isso, ao 
olhar para a individualidade de cada um é possível aumentar 
espaços onde as pessoas se sintam seguras, confortáveis e per-
tencentes.
3. REFERENCIAL PROJETUAL
44 45REFERENCIAL PROJETUAL REFERENCIAL PROJETUAL
O projeto vencedor do primeiro lugar do concurso nacio-
nal de arquitetura teve como equipe Priscila Pasquarelli, Marcus 
Rosa, Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues 
Alves, e como responsável técnico Matheus Marques Rodrigues 
Alves. Está localizado no bairro de Crixá, no Distrito Federal e 
o terreno possui uma área de 8.000m² enquanto a construção 
possui 4.500m².
O jardim de infância está localizado na cidade de Los Al-
cázares na Espanha, possui uma área de 811m² e é assinado 
pelos arquitetos cor & associados. A extensão do terreno permi-
te considerar a compatibilidade do uso educativo com o recre-
ativo, projetando, como resultado, o centro de educação infantil 
dentro de um percurso arborizado ou espaço público. Esta situ-
ação permite a criação de um ‘espaço sinérgico’ que beneficia 
duplamentetoda a população com a oferta de um novo centro 
público rodeado de zonas verdes.
A proposta teve como premissa um único pavimento com 
formas retilíneas, atendendo seu objetivo de forma funcional, 
acessível e de fácil construção. O partido adotado baseia-se na 
organização do projeto ao longo do eixo longitudinal do terreno 
aproveitando sua extensão para organizar o programa por meio 
de um pavilhão central de uso coletivo onde encontram-se os 
pátios, auditório, sala de leitura e quadra poliesportiva.
Esse pavilhão é o elemento norteador dos fluxos, no qual 
se conectam os blocos com diferentes funções, além disso, o 
pátio interno garante um aproveitamento da ventilação e da luz 
natural para os ambientes. Outros pontos que contribuem para a 
performance ambiental do projeto são a organização das salas 
de aula no sentido norte-sul por meio de volumes paralelos inter-
calados por espaços livres proporcionando uma boa distribuição 
da iluminação e da ventilação cruzada aproveitando os ventos 
dominantes do local norte-nordeste, o emprego das esquadrias 
em maior dimensão na fachada sul e janelas superiores volta-
das para os corredores abertos garantindo a ventilação cruzada 
também nesses ambientes, e a captação da água da chuva para 
ser aproveitada nos banheiros e para regar as vegetações da 
escola. 
3. REFERÊNCIAL PROJETUAL
3.1 PROJETO VENCEDOR DO CONCURSO NACIONAL 
DE ARQUITETURA PROMOVIDO PELA CODHAB-DF PARA 
ESCOLA DE CLASSE 
3.2 ESCOLA INFANTIL E CRECHE EM PALMERAS EM 
ALCÁZARES / COR & ASSOCIADOS 
Figura 11: Vista aérea
Figura 13: Performance ambiental 
Figura 12: Planta baixa térreo
Fonte: Site concursos de projeto, Concursosdeprojeto.org.
Fonte: Site concursos de projeto, Concursosdeprojeto.org.
Fonte: Site concursos de projeto, Concursosdeprojeto.org, adaptado pela 
autora, 2023.
Figura 14: Fachada acesso principal
Fonte: Site Archdaily, archdaily.com.
46 47REFERENCIAL PROJETUAL REFERENCIAL PROJETUAL
O programa articula seis salas de aula, ninho, sala multiu-
so, quarto, sala de jantar, e dependências necessárias parta o 
desenvolvimento correto das atividades a que são destinados. 
Interiormente, o centro se organiza em duas alas unidas por um 
acesso principal que articula o conjunto de espaços internos ao 
pátio externo, de forma que o edifício se feche à rua, e se abra 
interiormente ao pátio, que abraça buscando proteger a brin-
cadeira das crianças e gerar uma paisagem interior única. Das 
duas alas, a primeira e maior, onde se organizam a maioria dos 
espaços docentes e de uso próprio das crianças, assim como 
despachos e vestiários; na segunda se localizam os serviços de 
alimentação, cozinha e instalações.
As salas de aula são voltadas para o pátio, filtrando assim 
a poluição sonora, e principalmente intermediando o espaço até 
o exterior, podendo oferecer uma série de situações de ensino 
interessantes, assim como desenvolver atividades diárias ao ar 
livre. Para que esta situação seja mais generosa, propõe-se pro-
teger o limite das salas de aula com um grande beiral capaz de 
proteger do sol e do tempo.
A escola se baseia nos benefícios da educação fora da sala 
de aula como contexto de formação. O que pode ser melhor en-
sinado dentro da sala de aula deve ser feito ali, e o que pode ser 
melhor aprendido através da experiência direta com os materiais 
naturais e situações fora da escola devem ser feitos assim. Além 
disso, proporcionar uma atenção individual as crianças. 
Figura 15: Planta baixa
Figura 16: Corte Figura 17: Pátio interno
Tabela 4: Quadro resumo dos correlatos
Fonte: Site Archdaily, archdaily.com. Adaptado pela autora, 2023.
Fonte: Site Archdaily, archdaily.com. Adaptado pela autora, 2023.
Fonte: Site Archdaily, archdaily.com.
Fonte: Autora, 2023.
PROJETOS
PROJETO VENCEDOR
DO CONCURSO 
NACIONAL DE 
ARQUITETURA
ESCOLA INFANTIL E 
CRECHE EM 
PALMERAS ALCÁZARES
IDENTIDADE
Pavilhão central/Pátio 
interno norteador dos 
fluxos e conector entre os 
blocos.
Salas de aula voltadas 
para o pátio para 
desenvolvimento de 
atividades ao ar livre.
ICONOLOGIA Promover autonomia em 
todas as atividades.
Inserção da edificação 
dentro de um percurso 
arborizado/espaço 
público permitindo a 
criação de um espaço 
sinérgico.
PLÁSTICA
Volumetria com linhas 
retas e blocos dispostos 
de forma separada sendo 
conectados pelo pátio.
Volume com poucas 
esquadrias voltadas para 
a parte externa e grande 
esquadrias voltadas para 
o pátio interno.
MATERIAIS
Uso do metal na coberta 
como elemento principal 
e em outros 
componentes da 
edificação.
Predominância de placas 
metálicas brancas e nos 
brises e paleta de cores 
pouco explorada.
SIGNIFICADO DE USO Programa distribuído em 
um único pavimento.
Programa de 
necessidades simples e 
funcional organizado em
duas alas unidas por um 
acesso principal.
GEOMETRIA
Forma geométrica 
retilínea, sem presença 
de curvas.
Dois blocos retangulares 
conectados, sem 
presença de curvas.
3.3 QUADRO RESUMO DE PROJETOS CORRELATOS
4. ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
50 51ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
O lote escolhido para a implantação do anteprojeto da es-
cola sensorial inclusiva para crianças neurodivergentes está si-
tuado na cidade de João Pessoa – PB, no bairro Paratibe, na 
zona Sul. De acordo com o senso do IBGE de 2010, o bairro 
possui 12.396 habitantes. A sua escolha se deu devido ao re-
cente crescimento populacional e desenvolvimento dessa área 
e por seu uso ser predominantemente residencial.
Devido ao recente desenvolvimento do bairro é possível 
identificar muitos lotes sem uso. Com isso, é provável que essa 
área se torne deserta no período da noite, causando inseguran-
ça na população, sendo isso uma problemática a ser analisada 
e proposta uma solução no projeto.
É possível identificar que seu entorno é predominantemen-
te residencial, porém possui também lotes mistos, ou seja, tanto 
de uso residencial como comercial, lotes comerciais concentra-
dos nas vias coletoras e suas proximidades e poucos lotes ins-
titucionais, sendo a maioria dos que existem igrejas. Com isso, 
observamos que existe um déficit de escolas nessa área para o 
número de população residindo no local.
O terreno escolhido para receber o projeto está inserido em 
uma quadra prevista pela prefeitura, pois atualmente ainda não 
existe essa demarcação como é possível ver na figura abaixo. 
O mesmo encontra-se entre a rua Oscar Lopes Machado, Rua 
José Luiz de Albuquerque e duas ruas ainda sem nome, portan-
to, possui quatro frentes. É possível identificar algumas edifica-
ções pré-existentes que serão realocadas em terrenos vazios 
nas proximidades, mantendo assim a população no mesmo bair-
ro, causando o mínimo de impacto possível. A geometria do lote 
é retangular com dimensões de 141,07m x 48,90m, totalizando 
uma área de 6.891,34m², atendendo assim a todos os critérios 
necessários para realização do projeto.
4. ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
4.1 LOCALIZAÇÃO
4.2 CONDICIONANTES LOCAIS
Figura 18: Mapa de Localização
Figura 19: Imagem via satélite
Figura 20: Mapa de cheios e vazios Figura 21: Mapa de cheios e vazios
Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa, filipeia.joaopessoa.pb.gov.br. 
Adaptado pela autora, 2023.
Fonte: Site Google Earth, earth.google.com. Adaptado pela autora, 2023
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
BRASIL
PARAIBA
JOÃO PESSOA
ÁREA DE INTERVENÇÃO
LEGENDA:
BAIRRO PARATIBE
LOTE DE INTERVENÇÃO
RUA OSCAR LOPES MACHADO
RUA JOSÉ LUIZ DE ALBUQUERQUE
RUAS SEM NOME
0 100 200 300 400 500m
RUA OSCAR LOPES MACHADO
AV
 A
VE
NI
DA
 J
AC
AR
AN
DÁ
RU
A 
PA
U 
- F
ER
RO
RUA ORELHA - DE - PAU
R
U
A C
ÁSSIA
R
U
A AN
A LU
C
IA D
E SO
U
ZA SAN
TO
S
RUA DOS CACIQUES
RUA CAIÇARAS
RUA PINTASSILG
O
RUA SEM NOME 5211
RUA DOS QUILOMBOS
RUA IPÊ- AMARELO
RUA DO URUCUM
RUA AG
ENO
R FELIPE DE M
O
RAIS
RUA DA CAIXETA
RUA JEQUITIBÁ ROSA
RUA JAGUATIRICA
RUA SO
NIA LEITECO
RDEIRO
RUA GUAPURUVU
R
U
A AN
TEN
O
R
 FELIPE D
E M
O
R
AIS
RUA DOS TUCANOS
RUA MANACÁ
RU
A 
JO
SE
 M
EN
DE
S 
LE
IT
E
RUA IMBAÚBA
RUA JOAO AMARO DE BRITO
RUA RITA ALVES DA COSTA
RUA JUSTINIANO DOS SANTOS
RUA INDÍGENAS
RUA HELENO FRANCISCO PEREIRA
RUA DO MARFIM PESCADOR
RUA PINHEIRO DO PARANÁ
RUA FRANCISCO DO NASCIMENTO
RUA DANIEL FERREIRA DA SILVA
RUA SEM
 NO
M
E 6848
RUA CARLOS ANTONIO DOS SANTOS
RUA ANTONIO MARQUES DE SOUZA
RUA PEDRO
 G
ABRIEL DE ARAUJO
RUA DA COTOVIA
RUA QUARESMEIRA
RUA LIRIO JOSE DE SOUZA
RUA ANTONIO JOSE DE MORAIS
RUA MANACÁ DA SERRA
R. OLAVO PESSOA DE AMORIM
RUA EDMILSON DIAS DE ALMEIDA
RUA ADALBERTO DA SILVA CASTRO
RUA AMANCIO JOAO DOS SANTOS
RUA MARIA DE LOURDES BEZERRA
RUA PROF ANDREI FARIAS DE OLIVEIRA
RUA FRANCISCO DE ASSIS SILVESTRE
RUA VITORINA ANDRADE DE ARAÚJORUA WALTER PAIVA DE ALBUQUERQUE
RUA ANALICE PEREIRA DO
S SANTO
S
RUA JOAO FIGUEIREDO DE ALCANTARA
RUA JOSE ROBERTO GURJAO GUEDES
RUA SEM N
OME 64
17
RUA MILTON FERREIRA DE SOUSA
RUA M
ARIA DAS NEVES ALM
EIDA URTIGA
RUA IRACI FELIX CORDEIRO
RUA JUVENAL BELO DE SOUZA
RU
A 
SE
M
 N
O
M
E 
52
69
RUA CLECIO RIBEIRO DE SOUSA
RUA TONYS ALBINO DE MORAIS
RUA ALAYDE BATISTA DE AZEVEDO
RUA SEBASTIAO BERNARDO DA COSTA
RUA DA G
ARÇA BRANCA PEQ
UENA
RUA EST FELIPE CORDEIRO DE MEDEIROS
RUA 
FU
NC A
LC
ID
ES S
EVERIN
O D
OS S
ANTO
S
LEGENDA:
CHEIOS
VAZIOS
LOTE DE INTERVENÇÃO
0 100 200 300 400 500m
RUA OSCAR LOPES MACHADO
AV
 A
VE
NI
DA
 J
AC
AR
AN
DÁ
RU
A 
PA
U 
- F
ER
RO
RUA ORELHA - DE - PAU
R
U
A C
ÁSSIA
R
U
A AN
A LU
C
IA D
E SO
U
ZA SAN
TO
S
RUA DOS CACIQUES
RUA CAIÇARAS
RUA PINTASSILG
O
RUA SEM NOME 5211
RUA DOS QUILOMBOS
RUA IPÊ- AMARELO
RUA DO URUCUM
RUA AG
ENO
R FELIPE DE M
O
RAIS
RUA DA CAIXETA
RUA JEQUITIBÁ ROSA
RUA JAGUATIRICA
RUA SO
NIA LEITE CO
RDEIRO
RUA GUAPURUVU
R
U
A AN
TEN
O
R
 FELIPE D
E M
O
R
AIS
RUA DOS TUCANOS
RUA MANACÁ
RU
A 
JO
SE
 M
EN
DE
S 
LE
IT
E
RUA IMBAÚBA
RUA JOAO AMARO DE BRITO
RUA RITA ALVES DA COSTA
RUA JUSTINIANO DOS SANTOS
RUA INDÍGENAS
RUA HELENO FRANCISCO PEREIRA
RUA DO MARFIM PESCADOR
RUA PINHEIRO DO PARANÁ
RUA FRANCISCO DO NASCIMENTO
RUA DANIEL FERREIRA DA SILVA
RUA SEM
 NO
M
E 6848
RUA CARLOS ANTONIO DOS SANTOS
RUA ANTONIO MARQUES DE SOUZA
RUA PEDRO
 G
ABRIEL DE ARAUJO
RUA DA COTOVIA
RUA QUARESMEIRA
RUA LIRIO JOSE DE SOUZA
RUA ANTONIO JOSE DE MORAIS
RUA MANACÁ DA SERRA
R. OLAVO PESSOA DE AMORIM
RUA EDMILSON DIAS DE ALMEIDA
RUA ADALBERTO DA SILVA CASTRO
RUA AMANCIO JOAO DOS SANTOS
RUA MARIA DE LOURDES BEZERRA
RUA PROF ANDREI FARIAS DE OLIVEIRA
RUA FRANCISCO DE ASSIS SILVESTRE
RUA VITORINA ANDRADE DE ARAÚJORUA WALTER PAIVA DE ALBUQUERQUE
RUA ANALICE PEREIRA DO
S SANTO
S
RUA JOAO FIGUEIREDO DE ALCANTARA
RUA JOSE ROBERTO GURJAO GUEDES
RUA SEM N
OME 64
17
RUA MILTON FERREIRA DE SOUSA
RUA M
ARIA DAS NEVES ALM
EIDA URTIGA
RUA IRACI FELIX CORDEIRO
RUA JUVENAL BELO DE SOUZA
RU
A 
SE
M
 N
O
M
E 
52
69
RUA CLECIO RIBEIRO DE SOUSA
RUA TONYS ALBINO DE MORAIS
RUA ALAYDE BATISTA DE AZEVEDO
RUA SEBASTIAO BERNARDO DA COSTA
RUA DA G
ARÇA BRANCA PEQ
UENA
RUA EST FELIPE CORDEIRO DE MEDEIROS
RUA 
FU
NC A
LC
ID
ES S
EVERIN
O D
OS S
ANTO
S
LEGENDA:
RESIDENCIAL
COMERCIAL
INSTITUCIONAL
USO MISTO
LOTES SEM USO
LOTE DE INTERVENÇÃO
0 100 200 300 400 500m
52 53ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
A partir da análise dos atributos ambientais da área, é pos-
sível observar que há uma grande densidade de cobertura ve-
getal nas proximidades e em boa parte do lote, devido a zona de 
preservação ambiental que se encontra ao lado dessa região. 
Isso possibilita o aproveitamento da vegetação existente no lote 
diminuindo assim a quantidade de novas árvores inseridas no 
projeto. Quanto a topografia é possível observar poucas curvas 
de níveis no terreno tornando-o predominantemente plano. Sen-
do assim, com base nesses parâmetros, pode-se dizer que a 
implantação da edificação é viável e econômica.
Apesar de ser um bairro mais distante dos demais da ci-
dade, possui uma boa qualidade de mobilidade urbana, pois é 
possível identificar diversas vias que o conectam com os bair-
ros vizinhos. A via arterial avenida Jacarandá, ou PB-008 e as 
coletoras, Rua Oscar Lopes Machado e Rua Sibipiruna são as 
principais, onde é possível localizar os pontos de ônibus que 
circulam na área. As demais ruas são classificadas como locais, 
pois apresentam pouco fluxo de veículos e pedestres. 
Figura 22: Mapa de atributos ambientais Figura 23: Mapa de mobilidade urbana
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
AV
 A
VE
NI
DA
 J
AC
AR
AN
DÁ
RU
A 
PA
U 
- F
ER
RO
R
U
A C
ÁSSIA
R
U
A SIBIPIR
U
N
A
R
U
A AN
A LU
C
IA D
E SO
U
ZA SAN
TO
S
RUA DOS CACIQUES
RUA SEM NOME 5211
RUA AG
ENO
R FELIPE DE M
O
RAIS
RUA DA CAIXETA
RUA JEQUITIBÁ ROSA
RUA SO
NIA LEITE CO
RDEIRO
RUA GUAPURUVU
RUA DOS TUCANOS
RU
A 
JO
SE
 M
EN
DE
S 
LE
IT
E
RUA RITA ALVES DA COSTA
RUA INDÍGENAS
RUA PINHEIRO DO PARANÁ
RUA CARLOS ANTONIO DOS SANTOS
RUA QUARESMEIRA
RUA LIRIO JOSE DE SOUZA
RUA AMANCIO JOAO DOS SANTOS
RUA PROF ANDREI FARIAS DE OLIVEIRA
 S
EM
 N
O
M
E 
52
69
RUA OSCAR LOPES MACHADO
RUA MILTON FERREIRA DE SOUSA
RUA EST FELIPE CORDEIRO DE MEDEIROS
RUA MARIA DE LOURDES BEZERRA
RUA EDMILSON DIAS DE ALMEIDA
RUA CLECIO RIBEIRO DE SOUSA
RUA ALAYDE BATISTA DE AZEVEDO
RUA TONYS ALBINO DE MORAIS
RUA SEBASTIAO BERNARDO DA COSTA
RUA JUVENAL BELO DE SOUZARUA IRACI FELIX CORDEIRO
R
U
A AN
TEN
O
R
 FELIPE D
E M
O
R
AIS
RUA VITORINA ANDRADE DE ARAÚJO
RUA WALTER PAIVA DE ALBUQUERQUER. OLAVO PESSOA DE AMORIM
RUA DA G
ARÇA BRANCA PEQ
UENA
RUA ORELHA - DE - PAU
RUA ADALBERTO DA SILVA CASTRO
RUA PINTASSILG
O
RUA SEM
 NO
M
E 6848
RUA PEDRO
 G
ABRIEL DE ARAUJO RUA ANTONIO JOSE DE MORAIS
RUA FRANCISCO DE ASSIS SILVESTRE
RUA M
ARIA DAS NEVES ALM
EIDA URTIGA
RUA ANALICE PEREIRA DO
S SANTO
S
RUA DOS QUILOMBOS
RUA CAIÇARAS
RUA MANACÁ DA SERRA
RUA DA COTOVIA
RUA IMBAÚBA
RUA MANACÁ
RUA JOSE ROBERTO GURJAO GUEDES
RUA JOAO FIGUEIREDO DE ALCANTARA
RUA ANTONIO MARQUES DE SOUZA
RUA DO URUCUM
RUA FRANCISCO DO NASCIMENTO
RUA JUSTINIANO DOS SANTOS
RUA JOAO AMARO DE BRITO
RUA DANIEL FERREIRA DA SILVA
RUA JAGUATIRICA
RUA DO MARFIM PESCADOR
RUA IPÊ- AMARELO
RUA HELENO FRANCISCO PEREIRA
 SEM N
OME 64
17
RUA 
FU
NC A
LC
ID
ES S
EVERIN
O D
OS S
ANTO
S
LEGENDA:
VIA ARTERIAL
LOTE DE INTERVENÇÃO
VIA COLETORA
VIA LOCAL
PONTOS DE ÔNIBUS
0 100 200 300 400 500m
Sendo assim, observando as vias no entorno do lote, é 
possível identificar uma via de maior fluxo que é a Rua Oscar 
Lopes Machado, permitindo assim maior facilidade de acesso à 
escola, e as ruas de menor fluxo como a Rua José Luiz de Al-
buquerque, que permite melhor tráfego para estacionamentos e 
cargas e descargas sem prejudicar o transito do local.
A cidade de João Pessoa está localizada na região Nor-
deste do Brasil, com latitude de 7°08’S e longitude de 34°53’O. 
Seu clima é quente e úmido, e possui uma temperatura média 
anual de 25.8°C. Analisando o gráfico 4 (p.26), é possível iden-
tificar as épocas do ano que a cidade atinge maiores e menores 
temperaturas e o nível de precipitação.
Ao analisar a carta solar e a rosa dos ventos da cidade é 
possível identificar predominância da incidência solar na dire-
ção Oeste e da ventilação vinda principalmente do Sudeste. A 
fachada Sul do terreno é a mais privilegiada, pois devido a sua 
dimensão pode haver uma maior distribuição de ambientes que 
irão receber boa ventilação e pouca incidência solar. Da mesma 
forma se dá as fachadas Leste e Oeste, por terem menor dimen-
são, poucos ambientes receberão insolação direta. Durante as 
épocas do ano os ventos podem variar para Leste ou para Sul, 
mas essas mudanças não influenciam de forma considerável a 
elaboração da setorização dos ambientes.
4.3 CONDICIONANTES CLIMÁTICAS
Figura 24: Níveis de temperaturae precipitação durante o ano em João 
Pessoa
Figura 25: Níveis de temperatura e precipitação durante o ano em João 
Pessoa
Fonte: Site clima tempo, climatempo.com.br
Fonte: Site projeteee, mme.gov.br/projeteee
54 55ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
Figura 26: Diagrama de insolação e ventilação
Figura 27: Mapa de macrozoneamento de João Pessoa
Figura 28: Mapa de macrozoneamento de João Pessoa
Figura 29: Tabela de zoneamento
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa, 2021.
Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa, 2021. Fonte: Código de Urbanismo de João Pessoa, 2021.
No diagrama abaixo é possível identificar como a insolação 
e ventilação da cidade onde o projeto será inserido impactam no 
lote escolhido para a inserção da edificação. 
De acordo com o mapa de macrozoneamento da cidade de 
João Pessoa, o terreno está localizado na Zona não adensável 
(ZNA), isto é, onde a carência da infraestrutura básica da rede 
viária e o meio ambiente restringem a intensificação do uso e 
ocupação do solo. Conforme o plano diretor seu índice de apro-
veitamento é básico e será igual a 1,0 (um). Já quanto ao seu 
uso, a área está localizada em uma Zona Residencial 2 (ZR2) 
e o uso definido com INST 1, ou seja, que compreende as ati-
Conforme apresenta o quadro de zoneamento exibido no 
código de urbanismo da cidade, o uso institucional 1 (INST 1) 
apresenta taxa de ocupação de 50% para pavimento térreo e 
40% para os demais pavimentos. Além disso, é possível cons-
truir até uma altura de 5 pavimentos e o lote por possuir quatro 
frentes deve ter recuos de 5 metros.
4.4 LEGISLAÇÃO VIGENTE
vidades que congregam as categorias institucionais na área de 
cultura, esporte, religião e cultos, e atividades governamentais. Para elaboração dessa etapa foram utilizados materiais 
bibliográficos com abordagem em arquitetura escolar e ergono-
mia de ambientes. O programa de necessidades foi dividido em 
cinco setores, administrativo, educacional, suporte, serviço e re-
creativo. 
Foi levado em consideração para o funcionamento da es-
cola que a mesma será privada e será dividida em dois turnos, 
matutino e vespertino, de segunda a sexta – das 8h ás 17h, 
sendo disponibilizadas 150 vagas por turno distribuídas em 9 
turmas de acordo com os grupos estabelecidos por faixa etária 
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE, 
2017).
4.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES
Figura 30: Divisão dos grupos por idades e quantidade de crianças por 
turma
Fonte: Autora, 2023
56 57ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
Tabela 5: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor admi-
nistrativo
Tabela 6: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor educa-
cional.
Tabela 7: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor de 
suporte
Tabela 8: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor de 
serviço
Tabela 9: Programa de necessidades e pré-dimensionamento, setor recrea-
tivo
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
²
58 59ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS ASPECTOS PRÉ-PROJETUAIS
Após a realização do programa de necessidades e pré-dimensionamento foi elaborado um diagrama que apresenta o funciona-
mento do edifício tendo em vista seus acessos e como estes irão direcionar o usuário para cada ambiente proposto
4.6 FUNCIONOGRAMA
Figura 31: Funcionograma
Fonte: Autora, 2023
PÁTIO INTERNO
PÁTIO COBERTO
ACESSO PRINCIPAL 
FOYER
REFEITÓRIO PLAYGROUNDCOZINHADESPENSA
RECEBIMENTO E 
HIGIENE
ROUPARIA LAVANDERIA
COPA
VESTIÁRIOS
DEPÓSITO
CARGA E 
DESCARGA
ACESSO SERVIÇO 
GÁS
LIXO
BERÇÁRIO FRALDÁRIO
SOLÁRIO
LACTÁRIO
SALA DE 
AMAMENTAÇÃO
WC PCD
SALA GRUPO B
SALA GRUPO C
SALA GRUPO D
WC’s
SALA MULTIUSO
BRINQUEDOTECA
SALA DE DANÇA
SALA DE MÚSICA
SALA DE ARTES
SALA DE CULINÁRIA
RECEPÇÃO SECRETARIA
DIRETORIA
COORDENAÇÃO
SALA DE REUNIÃO
DML
ALMOXARIFADO
COPA
WC
ASSISTÊNCIA 
SOCIAL
PSICÓLOGA
TERAPEUTA
ENFERMARIA
ACESSO 
ADMINISTRATIVO 
5. PROPOSTA ARQUITETÔNICA
62 63PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
IMPLANTAÇÃO
A proposta tem como objetivo promover a inclusão e o in-
centivo a criatividade e autonomia de todos os alunos a partir de 
diretrizes projetuais direcionadas a esses pontos. O conceito foi 
escolhido com a ideia e intenção de proporcionar sensação de 
acolhimento, integração, autonomia e criatividade. Sendo assim, 
o partido propõe um layout integrado, fluxos simples, pátio inter-
no, espaços de vivência, ambientes estimuladores, entre outros. 
Além disso, o uso de cores suaves, mobiliários com escala ade-
quada aos usuários e que incentivam a exploração do ambiente 
e convívio social. 
O terreno está localizado no bairro Paratibe, na cidade de 
João Pessoa, entre as ruas Oscar Lopes Machado, José Luiz de 
Albuquerque e duas ruas sem nome. O lote possui quatro fren-
tes, sendo assim, obedece ao recuo frontal de 5 metros. Devido 
a sua forma mais linear, a edificação foi implantada no limite 
dos recuos em duas de suas frentes, permitindo assim que se 
executasse a ideia do pátio interno, e deixando dois lados mais 
recuados para inserção das vagas de estacionamento. 
5. PROPOSTA ARQUITETÔNICA
5.1 CONCEITO E PARTIDO
5.3 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS
5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS
INTEGRAÇÃO
ACOLHIMENTO
1
2 4
3
CRIATIVIDADE
AUTONOMIA
Figura 32: Conceito do projeto
Fonte: Autora, 2023
Tabela 10: Diretrizes Projetuais
Figura 33: Diagrama de implantação
Fonte: Autora, 2023
Fonte: Autora, 2023
DIRETRIZES PROJETUAIS 
CONFORTO TÉRMICO E 
ACÚSTICO
INTEGRAR O 
CONSTRUÍDO COM O 
NATURAL
LÚDICO
Através da setorização 
proporcionar aos 
ambientes, 
principalmente os de 
maior permanência, 
conforto térmico e 
acústico de acordo com 
as condicionantes locais, 
além de utilizar 
elementos que geram 
proteção da insolação e 
das chuvas como brises
e marquises. E, o uso de 
grandes esquadrias nos 
ambientes garantindo 
iluminação natural e 
ventilação cruzada.
Parte do terreno 
destinada a realização de 
um pátio interno que 
proporciona integração 
com a natureza através 
de um paisagismo. Além 
disso, a vegetação foi 
utilizada no entorno da 
edificação servindo como 
barreira visual, acústica e 
amenizando a 
temperatura das salas de 
aula. E o uso de 
materiais naturais como a 
madeira na edificação 
trazendo ainda mais 
conexão com o natural.
Através da utilização de 
brises coloridos na 
fachada e brises que 
criam uma barreira do 
pátio interno com os 
corredores das salas de 
aula, ambos em tons 
pastéis. Um pátio interno 
interativo com passeio 
em forma de ciclovia, 
mesas orgânicas para 
atividades e refeições, 
brinquedos que 
despertam a curiosidade 
e uma grande árvore 
central com banco.
As condicionantes climáticas também influenciaram a loca-
ção dos ambientes no terreno. Os blocos do setor educacional, 
por possuírem os ambientes de maior permanência foram inse-
ridos ao Sul, onde a incidência solar é menor e possui predo-
minância da ventilação; O bloco de serviço, e o estacionamen-
to administrativo, estão localizados mais a Oeste onde possui 
maior incidência solar no horário da tarde, e o volume desse 
setor foi posicionado de forma que serve de barreira para o pátio 
interno e bloco das salas de aula. O bloco com as salas recre-
ativas, o setor administrativo e setor de suporte ficam a norte, 
de forma que recebem menor incidência solar e ainda recebem 
boa ventilação pois os blocos de salas de aula possuem afasta-
mentos, um deles com largura considerávelonde se encontra o 
playground, que permite a circulação e direcionamento da ven-
tilação até eles. 
64 65PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
Tendo em vista que a proposta da escola é ser inclusiva para crianças com TDAH e TEA é de suma importância definir acessos 
e circulações simples e conexas para maior compreensão e facilidade para as crianças circularem pela edificação evitando confu-
sões. A escola possui três acessos, o principal, dos alunos e do estacionamento/embarque e desembarque, pela rua sem nome 2, 
que por ter um fluxo menor gera menor congestionamento já que será o acesso com maior movimento de entrada e saída, o acesso 
administrativo que terá menor fluxo de pessoas foi inserido na rua Oscar Lopes Machado, principal e de maior movimento de veícu-
los, o acesso ao estacionamento administrativo se dá pela rua José Luiz de Albuquerque pois possui menor tráfego de veículos, e o 
acesso de serviço se dá pela rua sem nome 1 pois também possui pouco movimento.
Figura 34: Diagrama de acessos
Figura 35: Diagrama de setorização
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
RUA SEM NOME 1
RUA SEM NOME 2
RUA OSCAR LOPES MACHADO
RUA JOSÉ LUIZ DE ALBUQUERQUE
Setor administrativo
Setor educacional
Setor de serviço
Setor recreativo
Es
ta
ci
on
am
en
to
 a
dm
in
ist
ra
tiv
o
Es
ta
ci
on
am
en
to
 p
úb
lic
o
Se
to
r d
e 
se
rv
iç
o
Se
to
r a
dm
in
ist
ra
tiv
o
Se
to
r e
du
ca
ci
on
al
Pá
tio
 in
te
rn
o
Se
to
r r
ec
re
at
ivo
Setor administrativo
Setor educacional
Setor de serviço
Setor recreativo
SETORIZAÇÃO
Se
to
r e
du
ca
ci
on
al
Pla
yg
ro
un
d
Se
to
r e
du
ca
ci
on
al
So
lár
io
O estudo de setores é realizado levando em consideração as atividades realizadas e as condicionantes do lugar. Dessa forma, 
os ambientes foram distribuídos todos no pavimento térreo, proporcionando funcionalidade, acessibilidade e maior conexão entre os 
usuários gerando mais relações interpessoais.
5.4 SETORIZAÇÃO E FLUXOS
66 67PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
O setor administrativo e de suporte representados em azul ficam mais próximo à entrada administrativa facilitando o acesso 
de funcionários e visitantes. O setor de serviço, representado pela cor salmão está posicionado mais a Oeste do terreno e tem seu 
acesso no lado Sul, ficando mais isolada dos demais fluxos. O setor recreativo conta com as salas de atividades dinâmicas, pátio 
coberto e refeitório, e foram posicionados separados, o pátio coberto que irá servir de apoio para chegada e saída dos alunos sendo 
também um local de espera foi implantado próximo à entrada principal, o refeitório ficou próximo a cozinha para funcionalidade dos 
fluxos e as salas de atividades ficaram ao lado do setor administrativo. O setor educacional está localizado na fachada sul para me-
lhor ventilação e menor incidência solar, assim como o playground. Por fim, o pátio interno se encontra no centro da edificação, onde 
a mesma gera sombreamento, além da grande barreira vegetal. 
Os fluxos foram pensados para serem funcionais, de fácil entendimento e distribuídos de maneira intuitiva. A circulação pública, 
que será utilizada principalmente pelas crianças e professores, é em volta do pátio interno ou por passeios que cruzam o pátio pro-
porcionando um fluxo mais lúdico. O fluxo do setor administrativo e de suporte se dá por um corredor interno que pode ser acessado 
pela recepção ou pelo pátio interno. Já no fluxo de serviço o contato limita-se ao refeitório e uma passagem externa que leva ao pátio 
interno. Com isso, entende-se que, o pátio é o principal norteador dos fluxos que acontecem na escola, exceto o serviço que possui 
pouco contato com as demais áreas da escola. 
Figura 36: Diagrama de fluxos
Fonte: Autora, 2023
FLUXO ALUNOS
FLUXO ADMINISTRATIVO
FLUXO SERVIÇO
FLUXO PAIS
LEGENDA:
FLUXOS
RUA SEM NOME
RUA SEM
 NOM
E
RUA OSCAR LOPES MACHADO
RUA JOSÉ LUIZ DE ALBUQUERQUER
68 69PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
A edificação possui predominantemente traços retilíneos. 
A posição dos blocos de serviço e do berçário de forma vertical 
contribui para o isolamento da escola sem a necessidade de 
muitos muros e/ou grades, ficando necessário a utilização des-
tes apenas em uma fachada, onde fica o playground e a área 
carga e descarga do serviço. Apesar de alguns blocos serem 
dispostos afastados um do outro há uma conexão feita através 
de criação de cobertas mais elevadas e ‘soltas’ da edificação 
e pelas marquises que contornam os corredores das salas em 
volta do pátio interno. Esses afastamentos entre os blocos, prin-
cipalmente entre os blocos de salas de aula do grupo B e C, e 
grupo D, e o espaço entre o bloco do berçário onde se encontra 
o playground contribui para a ventilação cruzada. 
5.5 FORMA E VOLUME
Figura 37: Diagrama da volumetria
Fonte: Autora, 2023
localização do volume 
no terreno
subtração do volume para criação 
do pátio interno e playground e 
separação dos volumes por setores
subtração dos volumes na 
fachada principal 
adição parcial dos volumes no 
bloco da fachada principal 
adição de cobertas mais 
elevadas nos acessos 
principais e no playground 
Os cheios e vazios presentes no volume através do uso de diferentes alturas e recuos trazem mais ritmo e movimento a volu-
metria, pontos abordados pela metodologia utilizada, gerando campos de visão mais interessantes e instigantes. O uso de curvas se 
deu nos caminhos do pátio interno, tornando-o mais lúdico, e no agenciamento externo de forma mais leve, e que ainda se conecta 
a edificação como um todo. 
Figura 38: Perspectiva fachadas norte e leste
Fonte: Autora, 2023
70 71PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
As soluções estruturais escolhidas para serem aplicadas 
ao projeto foram pensadas para vencer grandes vãos, já que 
era necessário a presença de ambientes amplos e abertos, por 
isso, foi adotado o sistema tradicional de vigas e pilares em con-
creto, que podem vencer de 9 a 10 metros. Nos ambientes que 
possuem vãos maiores que 10 metros, como o pátio coberto e 
o refeitório, foi utilizado um sistema estrutural com vigas metá-
licas. As paredes são de alvenaria tradicional e a coberta em 
telha termoacústica, que oferecem grande isolamento térmico, 
chegando a até 90% de redução do calor do ambiente. As co-
bertas da entrada principal, da recepção e do playground, são 
impermeabilizadas, pois possuim uma área pequena.
5.6 MODULAÇÃO ESTRUTURAL
Figura 39: Diagrama estrutural
Fonte: Autora, 2023
01
01 TERRENO
vigas metálicas
vigas metálicas
02 VIGAS E PILARES EM 
CONCRETO
03 PAREDES EM ALVENARIA
04 COBERTA TERMOACÚSTICA
02
03
04
A escolha dos materiais e dos elementos que compõe o projeto foi pensada de forma a seguir os principios da metodologia 
Reggio Emilia, como o uso de elementos arquitetônicos pertinentes e paredes de vidro, e visar melhor aproveitamento entre am-
biente e individuo levando em consideração o que cada textura e cor transmitem. Dessa forma, por se tratar de um ambiente infantil 
foi utilizada uma proposta com cores claras e suaves de forma que o foco das crianças não seja nos materiais, utilizando a madeira 
nas fachadas e um tom ainda mais claro nas salas de aula, a cor branca nas cobertas e na estrutura das esquadrias, além do uso 
do vidro incolor que permite a iluminação natural, e o uso de tons pastéis nos brises da fachada e os que dividem o pátio interno das 
demais cirurlações. 
5.7 MATERIAIS E ELEMENTOS
Figura 40: Materiais e elementos
Fonte: Autora, 2023
CO
N
CR
ET
O COM PINTURA BRAN
CA
AL
U
M
ÍN
IO
 BRANCO E VIDRO INCO
LO
R
MADEIRA
BRISES COLORIDOS
72 73PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
Figura 41: Perspectiva fachadas norte e leste Figura 42: Fachada norte
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
74 75PROPOSTA ARQUITETÔNICA PROPOSTA ARQUITETÔNICA
Figura 43: Playground
Fonte: Autora, 2023
Figura 44: Pátio interno
Fonte: Autora,2023
6 ESPACIALIDADES
78 79ESPACIALIDADES ESPACIALIDADES
De acordo com a metodologia Reggio Emilia, um dos parâmetros utilizados no projeto arquitetônico de escolas que seguem 
essa filosofia é o uso de praças centrais, além da busca pelo desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e interacio-
nais. Um dos pontos utilizados no projeto foi o uso de um pátio interno interativo, onde as crianças podem percorrê-lo e encontrarem 
diversas atividades. O emprego de caminhos como ciclofaixas, diversos tipos de brinquedos e brincadeiras, mesas orgânicas para 
alimentação e outros usos, e uma grande árvore central com banco ao seu redor como um ponto de referência. 
6. ESPACIALIDADES
6.1 PÁTIO INTERNO INTERATIVO
Figura 45: Pátio interno
Figura 46: Sala de atividades grupo B e C
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
É de suma importância a aplicação dos principios da neuroarquitetura, e principalmente da metodologia escolhida, aplicadas 
aos ambientes internos, tendo em vista que são eles os de maior permanência e onde ocorrem diversas atividades. A escolha dos 
materiais é essencial para um bom aproveitamento do espaço, pois seu uso determina as sensações que serão transmitidas, princi-
palmente quando incluimos crianças com TDAH e TEA. 
6.2 AMBIENTES INTERNOS
80 81ESPACIALIDADES ESPACIALIDADES
Assim como nas fachadas das escola, nas salas de aula 
também foi utilizado a madeira nas paredes e em alguns mobili-
ários, pois passa uma sensação de aconchego e tranquilidade. 
Os tons pastéis também foram replicados nos ambientes inter-
nos, pois possuem menos brilho e são mais suaves, deixando o 
ambiente mais delicado e discreto. 
O layout foge do tradicional, proporcionando maior flexibili-
dade e permitindo criar diversas áreas de atividades no mesmo 
ambiente. O mobiliário foi pensado de forma que preservasse 
a escala do usuário permitindo assim maior autonomia além do 
uso de mesas de atividades orgânicas garantindo maior segu-
rança e evitando acidentes. 
O uso das esquadrias em grande escala permite a entrada 
da luz e ventilação naturais, e o brises garantem maior conforto 
e controle destes quando necessário. A esquadria que divide a 
sala de descanso com a sala de atividades possui material an-
ti-impacto, e serve tanto para que a ventilação possa cruzar por 
esses ambientes como para melhor visibilidades das professo-
ras nos ambientes como um todo. A esquadria voltada para o 
corredor permite visibilidade para o pátio interno permitindo uma 
integração do interno com o externo, despertando sentimentos 
de calma, pureza e conexão com a natureza, devido a vista para 
o bosque presente no pátio interno. 
Além disso, foi criado um ‘cantinho da calma’, espaço sen-
sorial destinado as crianças neurodivergentes, que possui ele-
mentos que auxiliam nas técnicas utilizadas para acalma-lás e 
fornecer as sensações que seus corpos precisam.
Com isso, é importante destacar que esses ambientes fo-
ram desenvolvidos utilizando os parâmetros mencionados na 
metodologia Reggio Emilia, como por exemplo o uso de paredes 
de vidro, espaços/ambientes de refúgio, mobiliários flexíveis, or-
ganização e acessibilidade, entre outros.
 
Figura 47: Sala de atividades grupo B e C
Fonte: Autora, 2023
82 83ESPACIALIDADES ESPACIALIDADES
Figura 48: Sala de atividades grupo B e C Figura 49: Cantinho da calma, sala de atividades grupo B e C
Fonte: Autora, 2023 Fonte: Autora, 2023
CONSIDERAÇÕES FINAIS
87CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho se deu a partir da elaboração de um 
anteprojeto de uma escola infantil inclusiva para crianças com 
TDAH e TEA, realizando a compreensão dos traços desses usu-
ários para que fossem executados ambientes estimuladores que 
facilitassem o processo de inclusão e desenvolvimento dessas 
crianças, através de decisões projetuais utilizando os princípios 
da neuroarquitetura e técnicas com base na metodologia reggio 
emilia. Sendo assim, o ambiente influencia nas relações entre os 
usuários e ajudam as crianças a desenvolver vínculos afetivos, 
responsabilidade social, autoconfiança e autonomia, ou seja, é 
onde começam a construir suas identidades. Compreende-se 
também que os objetivos expostos anteriormente propostos fo-
ram atingidos e que foi de grande relevância para a formação 
acadêmica no curso de arquitetura e urbanismo, contribuindo 
assim para o futuro no mercado de trabalho, tanto para projetos 
na área escolar como em diversas outras áreas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
90 91REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA (SP); AGUIAR 
AGOSTO, Vinicius. Introdução a algumas escalas de avalia-
ção relacionadas ao espectro do autismo. [S. l.], 2009. Dispo-
nível em: https://www.ama.org.br/site/autismo/escalas/. Acesso 
em: 11 out. 2023.
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA (SP); CALMON 
DRUMMOND AMORIM, Letícia. Tratamento: TEA. [S. l.], [entre 
2009 e 2023]. Disponível em: https://www.ama.org.br/site/autis-
mo/tratamento/. Acesso em: 11 out. 2023.
CARVALHO, Isabella Chaves. Linha Histórica da Arqui-
tetura no Brasil. In: CARVALHO, Isabella Chaves. Projeto Ar-
quitetônico Escolar: uma proposta voltada à Educação Am-
biental. 2011. TCC (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) 
- Universidade Federal do Pará (FAU-UFPa), Pará, 2009. p. 227. 
Disponível em: https://germinalconsultoria.blog/textos-classicos-
-sobre-educacao/linha-historica-da-arquitetura-escolar-do-bra-
sil/. Acesso em: 26 maio 2023.
CENSO demográfico IBGE: educação e deslocamen-
to. Censo IBGE 2010: resultados da amostra, Rio de Janeiro, 
2010. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
periodicos/545/cd_2010_educacao_e_deslocamento.pdf. Aces-
so em: 24 maio 2023.
REFERÊNCIAS DE PAIVA, Andréa. Ambientes para Crianças: o que a Neu-
roArquitetura pode nos ensinar. Neuroarquitetura, [s. l.], 6 out. 
2020. Disponível em: https://www.neuroau.com/post/ambientes-
-para-crian%C3%A7as-e-a-neuroarquitetura. Acesso em: 6 out. 
2020.
DE PAIVA, Andréa. Efeitos da cor: insights da neuroarqui-
tetura. Neuroarquitetura, [S. l.], 2 dez. 2019. Disponível em: 
https://www.neuroau.com/post/efeitos-da-cor-insights-da-neuro-
arquitetura. Acesso em: 23 nov. 2020
DE PAIVA, Andréa. NeuroArquitetura e os impactos da luz 
no cérebro. Neuroarquitetura, [S. l.], p. 01-01, 25 mar. 2020. 
Disponível em: https://www.neuroau.com/post/neuroarquitetura-
-e-os-impactos-da-luz-no-c%C3%A9rebro. Acesso em: 23 nov. 
2020.
DE PAIVA, Andréa. Os Olhos do Corpo: percepção, sen-
sorialidade e a NeuroArquitetura. Neuroarquitetura, [S. l.], 2 
dez. 2019. Disponível em: https://www.neuroau.com/post/os-o-
lhos-do-corpo-percep%C3%A7%C3%A3o-sensorialidade-e-a-
-neuroarquitetura. Acesso em: 23 nov. 2020.
DE PAIVA, Andréa. Princípios da NeuroArquitetura e do 
NeuroUrbanismo. NeuroArquitetura, [s. l.], junho 2017. Dispo-
nível em: https://www.neuroau.com/post/principios. Acesso em: 
30 set. 2020.
DE SOUZA COSTA, Danielle; FERNANDES MALLOY-DI-
NIZ, Leandro; MARQUES DE MIRANDA, Débora; NÚCLEO DE 
INVESTIGAÇÃO DA IMPULSIVIDADE E DA ATENÇÃO (Minas 
Gerais). Universidade Federal; PEARSON CLINICAL (Brasil). 
Aprendizagem de A a Z: Transtorno do Espectro Autista. TEA, [s. 
l.], [entre 2013 e 2023]. Disponível em: https://www.academia.
edu/39393852/Aprendizagem_de_A_a_Z_Transtorno_do_Es-
pectro_Autista_TEA. Acesso em: 12 out. 2023.
DIAS, Alisson de Souza; ANJOS, Marcelo França dos. Pro-
jetar sentidos: A Arquitetura e a manifestação sensorial. Arqui-
tetura Sensorial, [S. l.], 21 jun. 2017. Disponível em: https://
www.passeidireto.com/arquivo/75220273/arquitetura-sensorial. 
Acesso em: 24 nov. 2020.
DUPAUL, G. J.; STONER, Gary. TDAH nas escolas: Es-
tratégias de Avaliação e Intervenção. 1. ed. São Paulo: M.Books, 
2007.
Escola Infantil e Creche em Palmeras em Alcázares / Cor 
& Asociados” [Escuela Infantil y Guardería entre Palmeras en 
los Alcázares / Cor & Asociados] 19 Ago 2013. ArchDailyBra-
sil. Acessado 10 Set 2023. <https://www.archdaily.com.br/br/01-
135137/escola-infantil-e-creche-em-palmeras-em-alcazares-s-
lash-cor-and-asociados> 
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunica-
ção. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Pau-
lo, Ed. Martins Fontes, 1999.
KOWALTOWSKI, Doris C. C. K. Arquitetura escolar: O 
projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de textos, 
2011.
LESIÊ, Yasmin. Anteprojeto de um Centro de Referência 
para Tratamento de Crianças com Transtornos do Espectro 
Autista (TEA) em João Pessoa. 2019. Trabalho de conclusão 
de curso (Graduanda em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Uni-
versitário de João Pessoa - UNIPÊ, [S. l.], 2019. Disponível em: 
https://bdtcc.unipe.edu.br/publications/anteprojeto-de-um-cen-
tro-de-referencia-para-tratamento-de-criancas-com-transtornos-
-do-espectro-autista-tea-em-joao-pessoa-yasmim-lesie-da-sil-
va-medeiros/. Acesso em: 5 out. 2020.
MEC. FUNDESCOLA. 2022. Espaços educativos ensino 
fundamental: subsídios para elaboração de projetos e adequa-
ção de edificações escolares, Brasília, v. 2, 2002.
MEDINA, Vilma. 10 conselhos para estimular crianças com 
autismo. Autismo, [s. l.], 14 ago. 2018. Disponível em: https://
br.guiainfantil.com/materias/saude/autismo10-conselhos-para-
-estimular-criancas-com-autismo/. Acesso em: 6 out. 2020.
MIGLIANI, Audrey. A importância do ambiente na abor-
92 93REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS
dagem Reggio Emilia. Reggio Emilia, [S. l.], 25 jul. 2020. 
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/943136/a-im-
portancia-do-ambiente-na-abordagem-reggio-emilia?ad_sour-
ce=search&ad_medium=search_result_all. Acesso em: 23 nov. 
2020.
MIGLIANI, Audrey. Como estimular a autonomia das crian-
ças através da arquitetura e o método Montessori. Método 
Montessori, [S. l.], 18 dez. 2019. Disponível em: https://www.
archdaily.com.br/br/928963/como-estimular-a-autonomia-das-
-criancas-atraves-da-arquitetura-e-o-metodo-montessori?ad_
source=search&ad_medium=search_result_all. Acesso em: 22 
nov. 2020.
MIGLIANI, Audrey. Neuroarquitetura aplicada a projetos 
para crianças. Neuroarquitetura, [s. l.], 5 jul. 2020. Disponível 
em: https://www.archdaily.com.br/br/941959/neuroarquitetura-
-aplicada-a-arquiteturas-para-criancas. Acesso em: 30 set. 2020.
MONTESSORI, Maria. Em Família. [S. l.: s. n.], 1980.
MONTESSORI, Maria. Mente Absorvente. Itália: Portugá-
lia, 1949.
MORAES, Magali Saquete Lima. Escola Montessori: Um 
Espaço De Conquistas e redescobertas. Método Montessori, 
[S. l.], 2009.
OLIVEIRA, Ana Beatriz. Luz - Elo entre Neurociência e Ar-
quitetura. Neurociência, [S. l.], maio 2012. Disponível em: ht-
tps://www.passeidireto.com/arquivo/59537748/elo-entre-neuro-
ciencia-e-arquitetura. Acesso em: 23 nov. 2020.
OLIVEIRA, João Ferreira; FONSECA, Marilia; TOSCHI, 
Mirza Seabra. O programa fundescola: concepções, objetivos, 
componentes e abrangência: a perspectiva de melhoria da ges-
tão do sistema e das escolas públicas. Programa fundescola, 
Campinas, v. 26, n. 90, p. 127-147, 2005. Disponível em: https://
www.scielo.br/j/es/a/sxk6jjB3MP9MkNWLZ6RmHNn/?lang=p-
t&format=pdf#:~:text=Fundo%20de%20Fortalecimento%20
da%20Escola,de%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20dos%20
estados%20envolvidos. Acesso em: 26 maio 2023.
OLIVEIRA, Luiza Maria Borges. Cartilha do Censo 2010: 
Pessoas com deficiência. Censo IBGE 2010, Brasília, 2012. 
Disponível em: https://inclusao.enap.gov.br/wp-content/uplo-
ads/2018/05/cartilha-censo-2010-pessoas-com-deficienciaredu-
zido-original-eleitoral.pdf. Acesso em: 25 maio 2023.
PAGAN, Manuela. Estimule o desenvolvimento da crian-
ça com autismo: Brincadeiras e interação social trazem benefí-
cios a quem tem essa disfunção. Autismo, [s. l.], 2 abr. 2014. 
Disponível em: https://www.minhavida.com.br/familia/galerias/
14958-estimule-o-desenvolvimento-da-crianca-com-autismo. 
Acesso em: 6 out. 2020.
PREMIADOS-CONCURSO Nacional-Escola Classe-Bair-
ro Crixá-São Sebastião-DF. [S. l.], 11 set. 2018. Disponível em: 
https://concursosdeprojeto.org/2018/09/11/premiados-concurso-
-nacional-escola-classe-bairro-crixa-sao-sebastiao-df/. Acesso 
em: 17 ago. 2023.
ROHDE, Luis Augusto; BARBOSA, Genário; TRAMONTI-
NA, Silzá; POLANCZYK, Guilherme. Transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade. TDAH, Rev Bras Psiquiatr, v. 22, p. 07-
11, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/zsRj5Y4D-
dgd4Bd95xBksFmc/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 17 out. 
2023
SALOMÃO, Gabriel. Método Montessori. In: Método Mon-
tessori. [S. l.], 2013. Disponível em: https://larmontessori.com/o-
-metodo/. Acesso em: 23 nov. 2020.
SILVA, A.B.B. Mentes Inquietas: TDAH: Desatenção, Hi-
peratividade e Impulsividade. 4. ed. São Paulo: Globo S.A., 2014.
SMART BABY. Entenda a situação atual da educação in-
fantil brasileira. Educação, [s. l.], 2018 ou 2019. Disponível em: 
https://sistemasmartcare.com.br/situacao-atual-educacao-infan-
til-brasileira/. Acesso em: 6 out. 2020.
TEIXEIRA, Gustavo. Desatentos e Hiperativos: manual 
para alunos, pais e professores. 6. ed. Rio de Janeiro: Bestseller 
LTDA, 2017.
UOL (São Paulo). Nordeste concentra maior percentual de 
população deficiente, mostra IBGE... - Veja mais em https://no-
ticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/04/27/rn-pb-e-
-ce-tem-maior-percentual-de-populacao-deficiente-revela-cen-
so-2010.htm?cmpid=copiaecola. Nordeste, [s. l.], 27 abr. 2012. 
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-no-
ticias/2012/04/27/rn-pb-e-ce-tem-maior-percentual-de-popula-
cao-deficiente-revela-censo-2010.htm. Acesso em: 6 out. 2020.

Mais conteúdos dessa disciplina