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CLÍNICA DE RUMINANTES Vaca apreende com a língua, e os pequenos ruminantes com os dentes incisivos e lábios. Se alimentam rápido porque são presas e por isso depois temos a ruminação. Ingerem grande volume e muito rápido. Bovinos pela forma que se alimentam estão mais sujeitos a traumas que os pequenos ruminantes. Retículo tem função de triturar alimentos e mandar para o rúmen, ele tem uma anatomia que faz com que as partículas adiram a sua parede. Ele tritura e o rúmen mistura e faz com que microrganismos ajam melhor com partículas menores (ciclo ruminoreticular). Reticulite/reticuloperitonite pode causar atonia, diminuição da movimentação do rúmen, podendo evoluir para uma reticulopericardite com pericardite, podendo evoluir um derrame pericárdio má expansão do coração (tamponamento cardíaco) insuficiência cardíaca congestiva má oxigenação dos tecidos (hipóxia, mucosas cianóticas), acumulo sanguíneo (edemas nos membros, edema pulmonar). Urolitíase é muito comum em pequenos ruminantes devido ao seu processo uretral. Cálculos renais são primariamente metabólicos (desequilíbrio mineral e apressamento do crescimento do animal), mas temos trabalhos falando de predisposição genética. Animais com aptidão leiteira, maioria vai ser fêmeas e a maioria das doenças vão ser no período de BEN, animal mais manejado, mais visto, provavelmente mais fácil de manejar e com doenças menos graves. Também temos muitas doenças ginecológicas e obstétricas. Doenças relacionadas ao úbere, e doenças relacionadas a neonatologia e pediatria. Trabalha principalmente com prevenção. Animais com aptidão de carne, muito mais machos, maiores, mais ariscos e imprevisíveis, mais difíceis de fazer o exame clinico. Muitas vezes o valor econômico do animal não justifica certos procedimentos, sendo o abate o procedimento recomendado. Trabalha muito com prevenção também. Animais com aptidão de pele, lã. Doenças principalmente que causam lesões de pele eu tenho que evitar. Animais atletas normalmente consigo explorar melhor a clínica, são mais fáceis de lidar. Temos animais de companhia, que são fáceis de lidar, e normalmente os problemas são relacionados a alimentação desbalanceada e normalmente na conversa com o proprietário já sabemos o que é que está acontecendo, podemos explorar mais procedimentos e tratamentos. SEMPRE PENSAR EM RAIVA COM SINAIS NEUROLÓGICOS Tiamina é originaria do capim, não produz tiaminase que está ligada a produção de ATP no cérebro e temos poliencefalomalácia corticoide e Vit. B1 isso no começo, começo a ver melhora em 6h-12h de tratamento. Acontece muito com animais de companhia que são alimentados só com carboidrato. A partir de um individua eu vou começar a investigar os problemas de rebanho. Congestão cerebral periférica é bem indicativo de babesia cerebral principalmente me bezerros. Vermifugação principalmente em pequenos ruminantes é um gargalo da criação. Doença do rebanho = examino indivíduo saudável, indivíduo no meio do desenvolvimento da doença e um na fase final, as vezes desse último já faço eutanásia e mando material fresco para o diagnóstico. Sinal clinico importante em animais de produção é a redução da produção. MELHORAMENTO CONTINUO DA EFICIENCIA NA PRODUÇÃO PELO TRATAMENTO DO ANIMAL/REBANHO ACOMETIDO. Transfusão = 2g de citrato de sódio (anticoagulante) + 1g Vit. C (antioxidante) diluo em 20 ml de água destilada e tenho anticoagulante para 500ml de sangue, Ou uso 1UI de heparina para cada ml de sangue. Silagem má conservada pode ter botulismo e listeriose Concentrado em excesso posso ter acidose, timpanismo, PEM. Fibras muito pequenas podemos ter deslocamento de abomaso, muito grande podemos ter impactação ruminal. Ovinos se intoxicam muito fácil com Co. Água muito contaminada pode levar a alcalose, mas é raro. Cada dente que a cabra perde ela pode se alimentar menos 30%. Edema de barbela em bovinos é sugestivo de insuficiência congestiva cardíaca e em pequenos ruminantes é indicativo de verminose. Lado esquerdo temos o rúmen e do lado direto abomaso dorsal e mais ventral o omaso. Lado esquerdo aumentado de forma homogenia provavelmente é um timpanismo espumoso. Dorsal timpanismo gasoso, ventral compactação. Aumento esquerdo dorsocranial é deslocamento de abomaso (pingue metálico na auscultação). Som de marulho no balotamento é acidose. Não posso auscultar o rúmen menos que 5min, porque ele não tem uma frequência sincronizada que nem o coração e a respiração. Mensuro movimentos completos e incompletos. Animal que come capim muito seco faz menos movimentos porque precisa umedecer material, mas movimentos são mais fortes, pra amassar conteúdo com mais força. Animal que come muito milho/concentrado, fermenta rápido e passa rápido pelo rúmen, eu tenho movimentos mais curtos numa frequência menor. Ovinos até 40ºC é normal, e caprinos até 40,5ºC é normal. Um dia antes do parto da vaca ela cai 1ºC e no dia do parto ela sobe 1ºC. Vacas que estão em estro a TºC cai. Animais de pelagem escura a TºC aumenta durante o dia e a partir do entardecer diminui/normaliza, e animais de pelagem clara tem TºC mais baixa. Hipocalcemia temos ↓ TºC e assim eu sei que se eu der Ca e a TºC ↑ é uma confirmação do meu diagnostico. Só palpo poplíteo em pequenos ruminantes e bezerros, bovinos adultos massa muscular cobre. Sistema Cardiovascular · Babesia e Anaplasma Em bovinos as Hm têm meia vida e diâmetro maior, e temos uma sedimentação melhor do que nos pequenos ruminantes, ao contrário do equino que não preciso centrifugar. Ht a partir dos 20% ficamos a tentos, 15% é crítico, e 12% precisa de transfusão e em animais jovens 15% e menor que 20% em sangramento crônico. Sinais de anemia são hipoglicemia, apatia e pode evoluir para coma profundo, ↑ FC, polipnéia evoluindo para dispneia e descoloração das mucosas podendo estar seca. Podemos ter edema ainda pela diminuição da pressão oncótica do sangue. Anemia tem diversas causas como ecto e endoparasitas, alimentar, traumática Famacha orienta de acordo com a coloração das mucosas o que devemos fazer, é para produtores rurais, mas no começo podemos usar com uma base. E ainda temos uma estimativa do hematócrito. Tristeza parasitária bovina relacionada a infestação concomitante ou não da babesia e da anaplasma, transmitido pelo carrapato Boophilus microplus causada por parasitar intra-eritrocitários. Podemos ver anemia, febre, pelos arrepiados, ↑ FC, ausência/↓ da ruminação e queda da produção, mas normalmente quando vemos isso já estamos num estágio avançado. Ainda podemos ver diarreia frequente, sangue nas fezes e abortos. Hemoglobinúria com espuma, é característica da babesia e começa a ter comprometimento renal. A babesia cauda uma hemoglobinúria, ela causa a fraqueza celular, por anemia hemolítica e a anaplasma cauda anemia auto-imune com icterícia e febre, as riquétcias precisam ser reconhecidas pelo sistema imune, o ciclo delas demora mais ou menos 21 dias, então ela demora uns 21 dias para destruir a célula e só quando já temos um grau de parasitose o sistema imune reconhece e ai começa a destruir a Hm. Temos diminuição da função hepática devido a hipóxia, e pela necessidade de metabolizar a Hg na circulação, e temos a ↓ produção de colesterol e cortisol (hipóxia da adrenal) que são responsáveis por estabilizar a membrana das Hm. ↓ pressão, vasodilatação e formação de coágulos. Babesiose posse ter a nervosa com ataxia, opistótono, tremores musculares, posição de alto-auscutação, manias, agressividade, head pressing, paralisias. Na necropsia podemos ter musculatura pálida ou ictérica, membranas mucosas ictéricas, órgãos congestos, petéquias, hepatomegalia e icterícia, esplenomegalia, rins congestos e escuros. Coloração rosa cereja do cérebro. Babesia é transmitida só pelo carrapato, a anaplasma pode ser transmitida por forma iatrogênica além de transplacentária e hematófagos. Anaplasma temos aborto em fase final da gestação e não temos sintomatologia nervosa. Primeira coisa do tratamentoé diminuir o agente. E depois tratar a doença. Tratamento de babesia. Imidocarb dá uma imunidade por 4 meses. Tratamento de anaplasma. Além do que em animais mais afetados precisamos de tratamento individualizado de suporte, como glicose, protetores hepáticos (metionina e arginina), transfusão sanguínea 6-7x em 3 dias 500ml de sangue total ou 2L de sangue para cada 250kg de PV e o doador podemos retirar 10-15ml/kg a cada 2-4 semanas. Para prevenção podemos fazer premunição ou administração de derivados de imidocarb. Vacina existe pra algumas cepas, mas não é eficiente para todo o território nacional. · Tripanossomíase Destrói Hm pela sua movimentação dentro dos vasos. Transmissão transplacentária e moscas hematófagas Stomoxys sp e Tabanus sp, iatrogênica. Redução de produção, anemia, fere, apatia, fraqueza, perda de peso, linfonodos palpáveis aumentáveis, ↑ FC e FR, mucosas com petéquias e equimoses, abortes, sinais neurológicos e morte. Vemos o animal ir definhando, ficando muito magro o rebanho. Temos sobrecarga de fígado e rim como nas doenças anteriores. Tratamento com cloreto de sometamidio 1ml/20kg, específico para tripanossoma, ele afeta o metabolismo energético do parasita e altera a membrana de retículo endoplasmático e das mitocôndrias, inutilizando-o em menos de 24h após o tratamento. 4 tratamentos com intervalo de 2-4 meses dependendo da gravidade do surto. · Verminoses Que vão causar problemas com a esfoliação e não absorção de nutrientes, além de eliminar toxinas. Muito sério principalmente me pequenos ruminantes. Haemonchus contortus, Strongyloides papilosus, Cooperia sp, Oephagostomum, Trichostrongylus, Moniezia sp. Haemonchus o vermífugo não faz efeito mais. Posso fazer tratamento preventivo a cada 4 meses, faço 3 vermifugações no verão e no inverno faço só uma. O que aconteceu foi que os parasitas que sobreviveram a 3 ciclos de vermífugo no verão e no inverno quando eram liberados tinham ambiente propicio para se desenvolver e estávamos selecionando. Tratamento curativo para animais com anemia. Tratamento tático em condições que vão favorecer a verminose. Tratamento supressivo todo o mês. Tratamento seletivo é com relação com o famacha. E o tratamento não intencional é quando eu dou uma ivermectina para uma bicheira, mas estou mexendo com helmintos. Controle integrado é o que devemos fazer, uso várias ferramentas além da vermifugação para diminuir o contato dos animais com os parasitas. · Coccidiose ou Eimeriose Acomete principalmente jovens, envolvido com os helmintos. Destrói a vilosidade até penetra a mucosa e tenho diarreia sanguinolenta. Além do fator autoimune que os adultos têm e não desenvolvem sintomas e os jovens ainda não tem. Toltrazuril 15mg/kg bovinos e a mesma dose para pequenos. A sulfadimidina não pega as fazes iniciais da doença. · Transfusão de Sangue Não precisamos ficar tão preocupados com choque anafilático, são menos imunogênicos as células. Só não posso repetir os doadores porque ela já criou imunidade aquelas células. Vou chegar com essa formula a quantidade de sangue que esse paciente precisa receber, para chegar num Ht normal. Posso transfundir até 2% do peso vivo do animal, mas uso para menos para ter segurança. Heparina usa 1ml/1L de sangue. Começa0,1ml/kg por 10-15 minutos para ver se tem reação, se não tiver posso aumentar para 20ml/kg/hora. Se der podemos usar epinefrina, corticoide e soro, e em casos extremos uma traqueostomia. Tuberculose Causada pelas micobactérias, pertencentes ao complexo Mycobacterium tuberculosis, englobando 4 espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti e M. microti. A tuberculosis é o agente em humanos e a bovis em bovinos. Mas a bovis infecta humanos. São pouco resistentes ao calor, morrendo sob pasteurização, fervura, na luz solar direta e ambiente seco. Agentes desinfetantes são bastante eficazes. Mas em condições de abrigo de luz solar, umidade e com matéria orgânica, como estábulos, aviários, pastos e em matéria orgânica em decomposição, podem sobreviver de 6 meses à 4 anos. São aeróbias estritas e gram +. No brasil os porcos funcionam como reservatório da bovis, e assim desempenham um papel de reservatório adicional da doença. Mesmo antes de desenvolver as lesões o bovino infectado já é capaz de transmitir a bactéria por via de secreções nasais, leite, fezes, urina, secreção vaginal; uterina, sêmen (uma das principais fontes de infecção). A via oral é comum em bezerros que bebem leite de vacas tuberculosas, mas alimentos e água contaminados com fezes, urina, leite, conteúdo de abcessos, secreções, etc., também são importantes. A via respiratória é comum em rebanhos com altas densidades populacionais e em confinamentos, eventos, etc. Mas estudos mostram que 80%-90% foram infectados por via respiratória. Ao tossir ou espirrar o bovino gera aerossóis que ao ser inalado gera a infecção. Soluções e equipamentos contaminados usados na glândula mamaria são formas de contaminação iatrogênica. A infecção humana pela bovis normalmente é devido a ingestão de leite contaminado, mas pode ser devido a manuseio de leite e carcaças contaminadas. Podemos ter lesões cutâneas que drenam conteúdo, que também são consideradas fonte de infecção. Ainda pode ser transmitida pelo cordão umbilical. Após a infecção, o sistema imune tenta isolar as bactérias, que conseguem inativar o sistema de lisossomos e se replicar e destruir os macrófagos, formando ao redor delas um anel formado por macrófagos e células gigantes, assim temos a formação do centro do tubérculo jovem, que é circundado por um anel de linfócitos, monócitos e outras células. Com a progressão da lesão o tubérculo desenvolve uma necrose de caseificação central, resultando na reação de hipersensibilidade do tipo tardia, fibrose periférica com circunscrição da lesão, podendo evoluir para a resolução e calcificação. O granuloma primário da tuberculose é a lesão granular no pulmão junto com a lesão no linfonodo regional. Quando atinge o pulmão pode se espalhar em momentos de queda da imunidade por via hematógena ou por metástase por estar em contato com outros órgãos. Pode ter caráter agudo, mas geralmente crônica com aparecimento tardio dos sinais e sintomas. Normalmente vemos emaciação progressiva, febre oscilante, fraqueza, ↑ volume dos linfonodos e em alguns casos tosse, dispneia, episódios de diarreia seguida de constipação. Os sinais variam de acordo com a via de infecção, por exemplo, se a via de infecção foi a respiratória teremos aumento de volume dos linfonodos regionais, e sintomatologia respiratória. Já se a via digestória foi a via de infecção, teremos aumento dos linfonodos regionais e sintomatologia digestória, e ainda pode ser generalizada com lesões nos rins, fígado, ossos, baco, articulações, glândula mamaria e sistema reprodutivo. O envolvimento pulmonar é caracterizado por tosse crônica devido a broncopneumonia, podendo ser estimulada pela compressão da região da faringe por nódulos nos linfonodos/pulmões/mediastino, linfonodos aumentados e nódulos. Em casos avançados vemos dispneia, ↑ FR e respiração profunda, anormalidades na percussão e auscultação do tórax, evidenciando áreas de silencio e maciez, além de estertores frequentemente nos lobos caudais. ↑ linfonodo retrofaríngeo provoca disfagia e respiração ruidosa. Forma mastitica é caracterizada pelo aumento do quarto posterior do úbere, ↑ dos linfonodos supramamarios. A tuberculose uterina é rara e pode apresentar infertilidade, aborto e vaginite. Linfonodos podem aumentar de tal modo a obstruir vaso sanguíneos e/ou linfáticos, vias aéreas e vias do sistema digestório. Diagnostico é feito principalmente com o teste de tuberculinização, que é de triagem, onde é injetado o antígeno na base da calda (prega caudal) ou na região cervical, com o local da injeção sendo reavaliado 72h após a injeção. Podemos fazer a simples ou a comparada, comparada tem antígeno da bovis e da avium. Animais que na simples apresentam resultadoduvidoso devem fazer outro teste após 42 dias no mínimo, caso a segunda prova não apresente resultados negativos os animais devem ser considerados positivos. · Leucose Enzoótica Bovina Doença viral, resistente a raios UV e RX, inativados em detergentes e solventes lipídicos, pelo calor em 56ºC durante 30 minutos, pasteurização destrói facilmente o vírus e não é considerado zoonose. Vai infectar os linfócitos B principalmente, tem a enzima transcriptase reversa, que permite que o DNA do vírus se integre ao da célula hospedeira, possibilitando a infecção crônica permanecendo por toda a vida do animal. Como esse vírus não produz normalmente partículas víricas livres, sua transmissão se da por meio da transmissão dos linfócitos infectados entre animais, assim a transmissão é principalmente através de fluidos biológicos que contenham os linfócitos. Transmissão principalmente por via horizontal, mas em casos raros pode ser por via vertical. Transmissão principalmente por fômites, castração, descorna, tatuagem e algum outro procedimento cirúrgico. Insetos hematófagos podem transmitir desde que a infecção seja alta. Enquanto a via vertical pode ocorrer pela via uterina ou pela ingestão do colostro e leite. Também pode ser transmitida por secreções corporais, tais como, nasal e traqueal, urina, sangue, leite e saliva. Sêmen apenas transmite a doença quando esse é contaminado com sangue. As vias de penetração são intrauterina, intraperitoneal, intratraqueal, intradérmica, intramuscular, subcutânea, intravenosa, intra-retal e oral. Maioria não apresenta sintomatologia, alguns podem desenvolver linfocitose persistente pelo ↑ de linfócitos B circulantes. Formação de linfomas ocorre em 5% dos animais acometidos, geralmente após longo período de infecção, em animais acima de 5 anos de idade. Com a progressão da doença normalmente o sistema imune é fragilizado abrindo espaço para o aparecimento de outras doenças. Sinais clínicos mais frequentes são inapetência, indigestão, diarreia, perda de peso, partos distócicos, exoftalmia, paralisia de membros e alterações neurológicas por compressão de nervos. Podemos ainda ter queda na produção, ↑ linfonodos, anemia, febre, dispneia, constipação, alterações cardíacas como insuficiência, edema subcutâneo ventral, pulso venoso positivo, morte fetal, hidronefrose. Queda na produção de leite e infertilidade. Podemos ter a forma maligna com formação de linfossarcomas (linfonodos periféricos ou internos, coração, abomaso, útero, espaço retrobulbar e região epidural do SNC) ou benigna com a leucocitose persistente. Diagnostico pode ser sorológico, patologia clínica (↑ persistente de linfócitos B). ELISA pode ser feito em amostrar de leite. Temos ainda PCR. Diagnostico diferencial para tuberculose e actinobacilose, raiva, linfossarcomas do coração, pericardite traumática. Não temos tratamento e nem medidas preventivas. Algumas medidas podem evitar a disseminação, como controle de insetos hematófagos, uso de luvas individuais para a palpação, higienização correta de equipamento, uso de seringas e agulhas individuais, testagem e quarentena de novos animais. Uso de leite e colostro pasteurizado ou de vacas soronegativos também se mostra importante. Abate de animais positivos (testar rebanhos a cada 3-6 meses), mas em rebanhos com ↑ prevalência podemos separar em dois lotes com no mínimo 150m para evitar a transmissão por insetos hematófagos, os positivos e negativos, que vão ser manejados separadamente, e bezerros nascidos no lote positivo serão removidos e isolados recebendo leite e colostro de fêmeas negativas, com 6 meses de idade serão testados e descartados caso sejam positivos (3 exames consecutivos com intervalo de 1 mês entre eles). Afecções do Aparelho Respiratório · Rinites Vamos ter ↓ conversão alimentar, retardo de ganho de peso, condenação da carcaça no abate, sequelas, honorários profissionais, ↑ morbidade e mortalidade, etc. Quanto mais compartimentado o pulmão mais difícil expelir conteúdos e de fazer as trocas gasosas, e bovino tem caixa torácica pequena que não permite ampliar os movimentos respiratórios. Trato respiratório superior afeta mais pequenos ruminantes. Ovinos tem a predisposição pelo fato de pastejar próximo ao solo, podendo aspirar fungos por exemplo, que causam muitos problemas respiratórios. Rinites são inflamações da mucosa nasal, podemos ter secreção serosa que é a mais comum ou uma secreção catarral podendo ir até purulenta. Quando tenho secreção muito densa o ar tem que passar pela secreção e aí vou ter um ronco. Espirros vem da irritação inicial, posso ter sibilos quando tenho obstrução parcial ou não. Edemas causados pela rinite podem evoluir para granulomas. Rinites alérgicas são estimuladas pela imunidade do animal a algo do ambiente, geralmente acomete poucos animais, pode ter caráter genético. Aparece mais em primavera ou verão, floração, esporos de fungos e condições ambientais úmidas. Secreção mais densa e amarelada, edema, prurido, dispneia. Pode apresentar sangramento por raspar a narina e com avanço da obstrução ele pode adotar posição de pescoço esticado (ortopneica) e salivação intensa. O próximo passo é o surgimento de pequenos nódulos que podem se unir e formar um granuloma, não é muito comum. Diagnostico por swabs, biópsia quando tem granulações, endoscopia, ↑ eosinófilos na secreção nasal; ausência e poucos neutrófilos e bactérias. Tratamento é tirar do ambiente, dissolver secreção, aspersão de descongestionante, anti-histamínicos como prometazina 5mg/kg e corticoides. Rinites fúngicas, principalmente pequenos ruminantes, mas quando acomete bovinos é com granulomas ou pólipos nasais, principal agente é Rhinosporidium. Tratamento com remoção da massa e iodeto de sódio IV SID-BID a cada 24h. Granuloma friável, amarronzado, fácil sangramento. Conidiobolus coronatus, C. lamprageus, C, incongruus. Fungos que ficam em alagados em locais com água com vegetação em decomposição, se animal tiver contato com a água contaminada e essa entrar em contato com a mucosa nasal temos a infecção, formação de massa, dificuldade respiratória. Pode ser rinocerebral ou nasal. Baixa morbidade, mas alta mortalidade. Granuloma pode se instalar na base no globo ocular. Tem capacidade de metastisar. Pitiose é diagnostico diferencial da primeira. Mas tem apresentação rostral, acomete pele e exterior da narina pois pode penetrar em qualquer tipo de tecido. Ainda as fúngicas pode ser por criptococose e prototeca. Ambas têm prognostico ruim e a mortalidade de 100%. Oestrose, Oestrus ovis. Rinite parasitaria. Larva depositada pela mosca, principalmente quando está com secreção nasal, larvas migram para fundo da cavidade, quando vira L3 começa a irritar e a larva é expelida e vira mosca e ciclo continua. Ao contrario das massas que incomodo é gradual, aqui é agudo. Algumas podem não ser expelidas e continuam incomodando. Rinite traumática e/ou sanguinolenta. Pode ir até seios paranasais, podendo chegar até cegueira e sinais nervosos se elas migram para o cérebro. Alguns compostos antiparasitários tratam para isso, quando é para ecto e endo, as que são só para endo não pegam elas. Rinites catarrais são muito mais processos secundários às pneumonias, geralmente são vírus como adenovírus 1-2-3, IBR (rinopneumonite), VSRB (vírus sinsircial respiratório bovino). Estimulo viral pode levar a formação de secreção densa que pode até obstruir, mas é raro. Rinites erosivas são secundários, como na febre catarral maligna, secreção nasal intensa e secreção ocular, ulceração da mufla. Dispneia, salivação, secreção nasal necrótica. BVD, pode se desenvolver como forma mucosa, com ulceras na narina, boca, etc. Tumores, que em pequenos ruminantes causado por um retrovírus ainda não identificado, massa branca, não tão necrótica, vai ocorrer de forma isolada. Principalmente no osso etmoide. Hiperplasia por má aplicação da argola nasal nos bovinos, não posso fazer na cartilagem. · Sinusites Acumulo de secreção que causa dor, inquietação. Lesões dentarias,neoplasias, descorna que podem abrir o caminho para entrada de secreção nesses seios. Vemos febre, depressão, sensibilidade a palpação e percussão, incomodo frequente, descarga nasal mucopurulenta. Tratamento é a drenagem cirúrgica do seio, devemos lavar saindo pela narina ou faço outra entrada, posso fazer descorna e lavagem via seio, e deixo sonda, mas isso é bem agressivo e em casos mais graves. · Laringite e Traqueíte Causada por IBR, Histophilus somni, Actinomyces pyogenes (ovinos), Fusobacterium necrophorum. Respiração ruidosa, dolorosa e odor fétido, todos oportunistas menos o vírus. Traumas. Podemos ter tosse, dispneia, estertores, roncos quando tenho secreção densa. Tosse sempre improdutiva no início e aumentando para produtiva. Diagnostico por lavagem e cultura. Tratamento com AINE, antibiótico, traqueostomia pode ser feita para curetagem, mas não faz sentido e pode levar a paralisia da laringe. image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png