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AULA 2 
GESTÃO ESTRATÉGICA 
DA INOVAÇÃO 
TEMA 1 – A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DA INOVAÇÃO E 
ÁREAS ORGANIZACIONAIS: INOVAÇÃO E RECURSOS 
HUMANOS 
Como vimos na aula anterior, inovação é o resultado de uma ideia inicial, 
que partiu da criatividade e experiência das pessoas inseridas no 
processo. Dessa forma, o setor de recursos humanos das organizações 
pode e deve contribuir para uma cultura de aprendizagem e 
conhecimento dentro da empresa. 
Compreendemos como recursos humanos os colaboradores de uma 
empresa, sendo este o capital vivo fundamental para o desenvolvimento 
da organização. No entanto, é mais comum o uso da expressão recursos 
humanos para fazer referência ao departamento responsável pela 
identificação, seleção, contratação, integração, avaliação e demissão de 
funcionários, bem como pelo treinamento, recrutamento e 
aperfeiçoamento desses profissionais. 
As organizações, nos últimos anos, se deram conta da importância das 
pessoas nas empresas e a maneira como são gerenciadas. No passado, 
o foco estava na tecnologia do produto ou processo, nos mercados 
protegidos ou regulamentados, no acesso a recursos financeiros e 
economias de escala. 
Uma das finalidades do departamento de recursos humanos de uma 
empresa é alinhar a gestão de pessoas às estratégias da organização, 
uma vez que seus profissionais são os responsáveis por sua 
implementação. Isso significa que, se a organização adotar uma política 
de favorecimento às inovações em seu planejamento estratégico, por 
meio da criatividade, gestão do conhecimento e sustentabilidade, o seu 
departamento de recursos humanos deverá estar alinhado a tais 
finalidades. 
Dessa forma, o departamento de recursos humanos desempenha o 
papel de “selecionar, formar, integrar e aperfeiçoar um grupo de pessoas 
para trabalhar numa empresa como uma verdadeira equipe, com 
objetivos definidos, fazendo com que cada membro conheça seu papel, 
coopere com os demais e vista a camisa para produzir resultados” 
(Pessole, 2014, p. 36). 
Para implementar as estratégias da organização, é essencial que a 
gestão de recursos humanos trabalhe com base em conceitos como 
comunicação organizacional, liderança, trabalho em equipe, negociação 
e cultura organizacional. Desse modo, o trabalho de organização em 
equipes, assim como a escolha, o apoio e a orientação dos gerentes de 
departamento são algumas das atribuições da gestão de recursos 
humanos. 
2 
Além da avaliação, a capacitação dos trabalhadores e o estímulo à 
geração de ideias devem ser planejados em conjunto com as áreas de 
negócios da organização, visando desenvolver as competências 
necessárias. A seguir, conforme descrito por Braga (2016), são 
apresentados alguns exemplos efetivos de como inovar nos recursos 
humanos. 
• Utilizar redes sociais: alguns gestores têm usado as redes sociais 
para a seleção de candidatos a uma vaga na empresa. Segundo a 
revista Você RH, 60% da geração “milênio” – jovens de até 30 anos 
– usam as redes sociais para conseguir um emprego. 
• Implantar tecnologias: conforme divulgado na revista Exame, o 
grupo Votorantim, por meio da tecnologia, tem conseguido mapear 
comunidades online que possuem os valores exigidos pela 
empresa, e afirmou ainda que esse método é muito mais eficiente 
que outras formas de seleção. Outra inovação fantástica são as 
plataformas de recrutamento e seleção que, entre outras 
funcionalidades, ajudam o gestor de RH a encontrar um profissional 
ideal para o cargo desejado, além de monitorar o desempenho dos 
colaboradores para futuras promoções. 
• Conceder vantagens aos colaboradores: algumas empresas 
inovam na forma como se relacionam com seus colaboradores, 
concedendo benefícios como: horário de trabalho flexível, dia de 
folga para os colaboradores mais produtivos e até sala de 
entretenimento para a descontração. Outras instituições preferem 
premiar os colaboradores visando promover um ambiente interno 
feliz. 
• Cuidar dos profissionais: os recursos humanos podem inovar na 
maneira em que cuidam dos trabalhadores. A revista Exame 
entrevistou a consultora britânica Carolyn Taylor, que citou a 
empresa Natura como referência em zelar pelo bem-estar de seus 
colaboradores. A Natura consegue ter colaboradores mais 
engajados com a cultura organizacional e, como resultado, eles são 
mais felizes e produtivos. E como é muito bem conhecido, o “bom 
exemplo vem de cima”. Cabe aos líderes da organização e à área 
de RH estimular essa cultura e transmitir os valores para que todos 
os gestores repliquem em suas áreas. 
• Melhore a comunicação interna: todo profissional de recursos 
humanos sabe da importância da comunicação interna para a saúde 
da empresa. Por isso, algumas organizações decidiram implantar 
um portal corporativo para 
3 
aproximar o relacionamento entre seus colaboradores. Por meio desse 
portal, a equipe pode dar sugestões acerca dos processos da empresa. 
Além disso, todos os envolvidos em um projeto ficam a par do 
andamento das tarefas e dialogam sobre os meios para atingir as metas 
estabelecidas. Apesar de serem muito úteis para a comunicação interna, 
as ferramentas virtuais não devem extinguir a comunicação pessoal entre 
os colaboradores, uma vez que a interação face a face é elemento 
fundamental para a integração da equipe interna. Sendo assim, é sábio 
equilibrar o contato físico com o virtual. 
TEMA 2 – A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DA INOVAÇÃO E 
ÁREAS ORGANIZACIONAIS: INOVAÇÃO E MARKETING 
Marketing pode ser descrito como a disciplina que estuda o 
comportamento dos mercados e consumidores e analisa a gestão 
comercial das organizações a fim de reter e fidelizar clientes por meio da 
satisfação de suas necessidades. Assim, o conceito de marketing 
descreve uma filosofia de gestão que está orientada no sentido de 
identificar e satisfazer necessidades e desejos dos clientes, 
caracterizando uma forma de se obter benefícios a longo prazo. 
Nesse sentido, as ações de marketing tem como objetivo alcançar um 
nível de faturamento satisfatório, e, para isso, devem contemplar a 
identificação, seleção e avaliação das mais diversas oportunidades de 
negócio, bem como o delineamento das estratégias para alcançar os 
resultados. 
Estudiosos de marketing defendem que podem haver diferentes 
orientações: 
• Produto: quando a empresa monopoliza a atenção do mercado e é 
limitada a melhorar o processo de produção; 
• Vendas: quando há um esforço para se aumentar a participação da 
empresa no mercado; 
• Mercado: refere-se a situações em que o produto precisa ser adaptado 
ao gosto do consumidor. 
As rápidas mudanças no ambiente e os hábitos e exigências dos 
consumidores em relação aos produtos mudaram as características do 
marketing, haja vista o mercado estar atualmente voltado para a 
pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e serviços, ou seja, 
para a inovação. 
4 
Nos últimos anos, algumas tendências de inovação no marketing estão 
tomando conta das organizações. Podemos citar, como exemplo, as 
descritas por Digital Marketing (2017): 
• Gerações X, Y, W, Z e alpha: a geração X são os filhos dos baby- boomers, fruto da 
explosão populacional com a volta dos soldados da Segunda Guerra Mundial. Essas 
crianças, nascidas entre 1945 e meados dos anos 1960, eram mais conservadoras e 
objetivas, e menos consumistas. Geração X: nascidos entre 1960 e 1980, se 
“rebelaram” contra os pais “certinhos” e buscavam liberdade e direitos civis. Geração Y: 
nascidos entre 1980 e 2000, também chamados millennials, estão constantemente 
conectados, têm pressa em realizar o que querem, sendo muito competitivos. Mas, por 
outro lado, consideram que devemos trabalhar para viver e não viver para trabalhar. 
Geração W: uma variante dos Y, nascidos no mesmo período, são pessoas mais 
emotivas e menos competitivas, igualmente conectadas, mas sabendo transitar por 
todos os círculos de conhecimento, evitando se isolar no mundo virtual, sem deixar de 
admirá-lo. Geração Z: a geração de 1990 a 2010, quejá encontrou o mundo virtual 
pronto para ser curtido em sua totalidade! Por isso, o encaram com muito mais 
naturalidade e muitos os consideram os verdadeiros “nativos digitais”, isto é, pessoas 
que não precisaram se adaptar a um mundo conectado 24 horas por dia. Geração 
alpha: nascidos depois de 2010 e totalmente imersos no ambiente digital, sem 
preconceitos ou receios ainda enfrentados por algumas das gerações anteriores. 
Acredita-se que vão se desenvolver muito mais independentes. Têm a característica de 
serem muito mais observadores e estão expostos a mais estímulos positivos e 
educativos que anteriormente. Baseando-se nesses perfis, é possível pensar em 
inovações de marketing. Que produto ou serviço você poderia desenvolver para as 
pessoas da geração Z, por exemplo? Uma empresa na Índia resolveu transformá-las 
em gênios e criou um serviço que promete “promover o desenvolvimento super 
sensorial nas crianças”. 
• Produtos freemium: inovação de marketing que consiste em oferecer produtos ou 
serviços de alta qualidade gratuitamente por curto período de tempo ou conseguir dar 
acesso a eles para pessoas que normalmente não teriam. Um exemplo é usar o serviço 
premium do LinkedIn por um mês e depois, se gostar, assinar o serviço. O Skype é 
outro que usa uma tática parecida: para usar Skype como telefone, ligando para outros 
números, é preciso pagar. Mesmo representando apenas 12% de seus usuários, estes 
valores são suficientes para que os outros usem o Skype de graça para conversar com 
outros computadores, sem usar números de telefone. 
• Coolpon: este trocadilho unifica o velho conceito do cupom de descontos com uma 
ação legal, divertida, bacana (cool em inglês). Um exemplo dessa inovação de 
marketing foi uma ação da Ford chamada “Orgulho Ford”, em que os proprietários 
desse veículo poderiam trocar gratuitamente o logo da marca, o emblema metálico que 
fica fixado no carro, por um novo, em melhor estado, se quisesse. Empresas que 
notificam ofertas em tempo real para seu celular quando você passa perto do ponto de 
venda com preço especial também são um exemplo da tendência coolpon. 
• Varejo virtual reativando o ponto de venda real: esta inovação de marketing mostra 
que o varejo real, com lojas físicas, não vai morrer, mas será potencializado pelo varejo 
virtual. Algumas lojas já usam dispositivos que dão alertas aos clientes, dentro das 
lojas, sobre os produtos que eles pesquisaram recentemente na internet. Fazem isso ao 
verificar seus dados no celular e, em alguns casos, mostram até vídeos e vitrines 
virtuais indicando a oferta antes mesmo que você peça a um atendente. Um dos 
dispositivos eletrônicos que permite isso são os chamados ESC – Eletronic Shelf Labels 
(mais simples) e os NFC – Near Field Communication. 
5 
Como podemos ver, esses são alguns exemplos de uma infinidade de 
inovações que o mercado cria a cada dia para conseguir entreter seus 
consumidores, diante das inúmeras inovações tecnológicas que surgem 
num curto período de tempo. 
TEMA 3 – A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DA INOVAÇÃO E 
ÁREAS ORGANIZACIONAIS: INOVAÇÃO E GESTÃO DA 
QUALIDADE 
Dentro do campo da administração, qualidade é um termo em evolução e 
com múltiplas definições. Na década de 1950, qualidade dizia respeito ao 
padrão de produção em massa. Nos anos 1960, tal conceito passou a 
ser relacionado às possibilidades de adequação ao uso levando-se em 
consideração a necessidade do consumidor. Diante da crise do petróleo 
na década de 1970, a qualidade passou a estar relacionada à adequação 
aos custos. Já a partir dos anos 1980, ela volta a se adequar à 
necessidade latente do mercado. A partir do final da década de 1990, a 
qualidade se relaciona com a adequação à cultura organizacional e ao 
ambiente global e social. 
Nesse sentido, de acordo com Toledo (1994, p.107), existem sete 
dimensões que servem como parâmetro de qualidade, são eles: 
• Qualidade de características funcionais intrínsecas ao produto: tem 
como parâmetro o desempenho do produto e a facilidade de uso. 
• Qualidade de características funcionais temporais: engloba 
parâmetros relacionados a tempo, por exemplo, durabilidade, 
disponibilidade, confiabilidade. 
• Qualidade de conformação: o parâmetro é a conformidade do 
produto. 
• Qualidade dos serviços associados ao produto: tem como 
parâmetros a facilidade de instalação e as relativas orientações, 
assim como a 
efetividade da assistência técnica. 
• Qualidade de interface do produto com o meio: a interface com o 
consumidor/usuário e o impacto ambiental são os parâmetros. 
• Qualidade de características subjetivas associadas ao produto: os 
parâmetros são a aparência estética, o reconhecimento da marca e 
a 
qualidade percebida relacionada. 
6 
• Qualidade referente ao custo do ciclo de vida do produto para o usuário: 
nesse caso, o parâmetro é o resultado da soma dos custos de aquisição, 
de operação, de remuneração e de descarte do produto. 
Essas sete dimensões compõem um todo sistêmico que se pode 
denominar qualidade total do produto, que representa a qualidade 
experimentada e avaliada pelo usuário, objetiva e subjetivamente, na 
etapa de utilização do produto e em todas as suas dimensões, sejam 
intrínsecas ou associadas a ele. 
Os diferenciais nos produtos por meio das inovações integradas podem 
ocorrer em qualquer uma dessas dimensões, diante das exigências e 
necessidades dos ambientes internos e externos. Os fatores externos 
seriam as concorrências, inovações tecnológicas, leis e o próprio 
mercado como um todo. Já os fatores internos dizem respeito às 
estratégias empresariais, tecnologias adotadas, ao mercado e também 
ao produto. 
Esse processo de alteração de produtos tem como meta garantir a 
qualidade, a qual é interligada a quatro etapas (Toledo, 1994, p. 107): 
• Identificação da necessidade ou oportunidade da mudança; 
• Concepção da mudança a ser desenvolvida; 
• Desenvolvimento da mudança; 
• Implantação da mudança. 
Um exemplo de inovação e gestão na qualidade empresarial são as 
normatizações, nos anos 1990, por meio das ISSO 9000. Essas 
normas tinham como função cooperar com as organizações na 
gestão da qualidade e competitividade. Ao utilizar esse sistema, as 
empresas facilitam o processo de entrada e saída de produtos 
inovadores, e oportunizam uma série de outras inovações 
relacionadas aos oito princípios da qualidade (Clube Sebrae, 2017): 
• Foco no cliente; 
• Liderança; 
• Abordagem de processo; 
• Abordagem sistêmica de gestão; 
• Envolvimento de pessoas; 
• Melhoria contínua; 
• Abordagem factual para tomada de decisões; 
• Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores. 
7 
Assim, inovação vai muito além de adquirir novas tecnologias. A inovação 
organizacional deve incluir estratégias inovadoras que permeiam toda a 
organização e auxiliam nos objetivos e metas traçados pela gestão. 
Neste contexto, alguns enfoques evidenciam o contexto inovador nas 
organizações (Clube Sebrae, 2017): 
• Comunicação eficaz em toda a organização; 
• Conhecimento do contexto (mercado, concorrência, organização); 
• Envolvimento da alta diretoria; 
• Orientação a riscos; 
• Valorização e desenvolvimento do capital intelectual; 
• Envolvimento e desenvolvimento de parcerias com clientes e 
fornecedores; 
• Valorização e desenvolvimento do capital intelectual; 
• Existência de estruturas, procedimentos e métodos sistemáticos 
conducentes para criação contínua de conhecimento; 
• Gestão e liderança eficaz dos recursos humanos. 
TEMA 4 – A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DA INOVAÇÃO 
E ÁREAS ORGANIZACIONAIS: INOVAÇÃO E 
SUSTENTABILIDADE 
Se inovar tornou-se algo imprescindível para as organizações, fazê-
lo com responsabilidade socioambiental é uma necessidade global. 
Num contexto em que produtos e serviços são oferecidos 
mundialmente e tecnologias estão sendo aperfeiçoadas 
rapidamente, surge a preocupação com as consequências sociais e 
ambientais da chamada sociedade de consumo.O termo sustentabilidade ambiental diz respeito aos meios 
organizados de gestão a partir das ações humanas, em diferentes 
escalas, que devem compreender a harmonia entre os diversos 
ambientes e ecossistemas. 
A resiliência de um ecossistema consiste em sua capacidade de 
tolerar uma atividade que o perturba sem perder irreversivelmente 
seu equilíbrio. Já capital natural define os recursos não renováveis, 
que, conjuntamente com a capacidade sistêmica do ambiente de 
reproduzir recursos renováveis, devem ser levados em conta como 
um todo. 
Já sustentabilidade social diz respeito às condições sistêmicas por 
meio das quais, em nível mundial ou regional, as ações da 
sociedade não contrariam 
8 
os valores da justiça e da responsabilidade pelo futuro, tendo como base 
a distribuição atual e a disponibilidade futura do espaço ambiental. 
Transformar uma organização inovadora em sustentável ou vice-versa 
pode ser um grande desafio, posto que inovação e sustentabilidade nem 
sempre andam juntas. Nesse sentido, de acordo com Barboza (2015), 
“uma organização inovadora sustentável não é que introduz novidades 
de qualquer tipo, mas novidades que atendam as múltiplas dimensões da 
sustentabilidade em bases sistemáticas e colham resultados positivos 
para ela, para a sociedade e o meio ambiente.” 
Nesse sentido, a organização é inovadora e sustentável quando se 
preocupa com as seguintes dimensões da sustentabilidade: 
• Social: impactos sociais (desemprego, pobreza, exclusão etc.); 
• Ambiental: impactos ambientais (emissão de poluentes, uso 
indiscriminado de recursos naturais etc.); 
• Econômica: obtenção de lucro e vantagens competitivas. 
Assim, percebe-se diversas formas de inovar de forma sustentável nas 
organizações. Empresas que optam por essa filosofia de inovação 
conseguem alcançar resultados e consumidores diferenciados, elevando 
o nível de competitividade e criando barreiras, muitas vezes, difíceis de 
serem imitadas. 
Para facilitar o processo de desenvolvimento sustentável voltado para a 
inovação, é possível seguir algumas tendências, por exemplo: 
reutilização de materiais; cooperação com comunidades carentes e que 
possam ser integradas às atividades empresariais; troca entre países e 
empresas parceiras com objetivo em comum; alterações nas abordagem 
e metodologias de produção, optando por métodos econômicos e com 
uso de materiais que geram baixa impacto ambiental. 
De acordo com Somers e Szekely (2017): 
A inovação para a sustentabilidade é mais dinâmica do que a inovação em si, pois exige 
bastante flexibilidade das pessoas para dar conta dos inúmeros fatores chave em jogo. 
Por exemplo, precisam pensar em longo prazo: basta lembrar a história dos CFCs – 
considerados uma solução tecnológica altamente inovadora quando introduzida na 
década de 1920, cientistas descobriram, décadas depois, que prejudicam a camada de 
ozônio. O problema foi resolvido ao substituí-los por HFCs – que, agora sabemos, são 
gases de efeito estufa que também têm efeito poderoso sobre o clima terrestre. A 
empresa do amanhã terá de pensar muito à frente quando tratar de assuntos no curto 
prazo, e, cada vez mais, soluções futuras terão de sustentar os três pilares do 
desenvolvimento sustentável: ambiental, social e econômico. 
9 
A abordagem que envolve inovação e sustentabilidade tem sofrido 
modificações nos últimos anos, sendo considerada um conceito popular, 
e não mais uma forma de fazer negócio. 
. As empresas que já estão implementando a inovação estratégica para a 
sustentabilidade relatam que há uma série de elementos que podem 
ajudar a melhorar esta área (Somers; Szekely, 2017): 
• Valorizar o papel da liderança, junto com prioridades claras e uma 
estratégia corporativa alinhada; 
• Certificar-se que o caso de negócio para a inovação é apoiado por 
uma análise detalhada e planejamento de possíveis cenários; 
• Focar nas necessidades do cliente, aproveitar a tecnologia aplicada 
e compartilhar conhecimento por meio de uma abordagem 
transparente para pesquisa e desenvolvimento dentro da empresa; 
• Certificar-se que a estratégia e o desempenho da sustentabilidade 
estejam incorporados nos principais processos da empresa, em que 
possam impulsionar a mudança, e não ser apenas algo aglomerado; 
• Engajar os funcionários por meio de uma estratégia clara, 
treinamento em toda a empresa e comunicação eficaz das melhores 
práticas; 
• Apoiar o desenvolvimento e a implementação da estratégia ao 
incentivar uma cultura empresarial inovadora e interativa. 
TEMA 5 – IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO 
ORGANIZACIONAL 
Compreendendo a ideia inicial de que as inovações são 
responsáveis para o desenvolvimento das organizações, bem como 
dos países, é interessante que essas instituições façam isso de 
forma sustentável, agregando valor aos seus produtos e serviços, o 
que a tornará diferenciada no ambiente mercadológico. Diante 
desse contexto, o Instituto Inovação (2017) aponta que: 
inovar é ainda mais importante em mercados comoditizados, ou seja, com alto 
nível de competição e cujos produtos são praticamente equivalente entre os 
ofertantes. Assim, organizações inovadoras obtêm uma colocação vantajosa 
sobre as demais, independentemente do tipo de inovação praticada (incremental 
ou radical, de produto, processo ou modelo de negócio). 
Dessa forma, entende-se que inovar gera conhecimento para as 
organizações, de maneira que este conhecimento fica disponível 
aos atores internos e externos às empresas. Além disso, esse 
conhecimento difundido fora 
10 
da organização acaba por gerar um desenvolvimento das comunidades e 
nações como um todo. 
Para auxiliar os processos de inovação nas organizações, uma forma 
vem ganhando força no ambiente organizacional, o open innovation, no 
qual as empresas buscam fora da organização conceitos e novas 
maneira de desenvolver a inovação. 
Esse método de inovação é normalmente representado pelo momento onde a 
organização percebe que não é eficiente nem eficaz utilizar apenas em seus próprios 
conhecimentos, fontes e recursos internos (como sua própria equipe de P&D, por 
exemplo) para inovar no mercado, seja nos produtos, serviços, modelos de negócios, 
processos internos, logística, vendas, dentre outros. (Silva, 2018) 
Grandes empresas, mesmo que tenham espaços mais estruturados para 
o desenvolvimento de inovações, também buscam por fontes externas, 
com o objetivo de impulsionar aquilo que vem sendo desenvolvido. 
Dessa forma, a inovação aberta pode ser classificada em dois grupos 
principais: inovação aberta de entrada e inovação aberta de saída. 
Inovação de entrada diz respeito às fontes de conhecimento necessárias 
para o desenvolvimento de um produto, processo ou serviço inovador. 
Essas informações são coletadas e refinadas para serem utilizadas em 
seus processos. 
Já a inovação de saída é o processo inverso, no qual a captura ocorre no 
ambiente organizacional, por meio das atividades já realizadas e a 
experiência adquirida. 
Agora que abordamos o conceito de inovação aberta e suas duas 
principais categorizações, cinco exemplos, citados pela DisruptBox 
(2018), apontam como isso ocorre na prática. 
• Liga ventures: aceleradora de startups brasileira totalmente dedicada a 
conectar startups e grandes empresas, utilizando práticas de inovação 
aberta e corporate ventures. O método é basicamente composto em 
identificar as melhores startups, aproximá-las de corporações 
consolidadas e alavancá-las com um programa de aceleração 
personalizado para solucionar os desafios das grandes empresas. Todos 
ganham nesse processo: as startups conseguem maior alcance no 
mercado, mais recursos, aumentam sua rede de contatos e dão um 
passo importante em ganho de escala. As grandes corporações 
conseguem inovar mais rápido, 
11 
gerar novas oportunidades de negócio e aprender com a cultura 
empreendedora da startup. 
• Cubo: é um dos mais relevantes centros de empreendedorismo 
tecnológico 
de toda a América Latina. Essainiciativa foi fundada pelo famoso 
Itaú Unibanco, em parceria com a Redpoint Eventures. O objetivo 
com essa iniciativa é conectar em um espaço unificado agentes do 
ecossistema de inovação como: empreendedores, grandes 
empresas, investidores, universidades, incubadoras e aceleradoras. 
• Oxigênio aceleradora: A Oxigênio é uma aceleradora de startups 
voltada a identificar startups com soluções inovadoras e que tenham 
sinergia com a 
recebem investimento direto de pelo menos US$ 50.000,00 e ainda 
são aceleradas por três meses no Centro de Inovação da Oxigênio, 
que fica em São Paulo, e mais três meses na sede da Plug and 
Play, no Vale do Silício. 
• Fast Dating: é um método simples e eficiente para que a Tecnisa 
possa conhecer ótimas startups no mercado e descobrir grandes 
oportunidades no setor. São rápidos encontros periódicos entre 
startups e tomadores de decisão internos. Ao todo, são 
disponibilizados 10 minutos de apresentação para cada startup, 
incluindo um tempo para tirar dúvidas. 
• Wayra: aceleradora de startup corporativa de iniciativa do Telefónica 
Open Future, programa de inovação aberta e apoio ao 
empreendedorismo do Grupo Telefónica (no Brasil representado pela 
Vivo). A aceleradora investe em startups que atuam nos segmentos: 
internet das coisas; soluções digitais em telecomunicações; Fintech; 
Agtech; SaaS (Software as a Service); Big Data; machine learning; 
inteligência artificial; E2E (end to end); Edutech; segurança; mídia; 
comunicação; games. 
Nesse sentido, inovar dentro das organizações é fundamental para que a 
proposta de valor aos clientes se mantenha válida e ativa 
independentemente das mudanças que ocorrem no mercado. Mas a 
forma e a estratégia podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso dos 
projetos. 
12 
Porto 
Seguro e seus setores de atuação. As startups, por sua vez,
REFERÊNCIAS 
ANDREASSI, T. Gestão da inovação tecnológica. São Paulo: Thomson 
Learning, 2007. 
CANONGIA, C. et al. Foresight, inteligência competitiva e gestão do 
conhecimento: instrumentos para a gestão da inovação. Gestão & 
Produção, v. 11, n. 2, 2004. 
CARVALHO, H. G. de; REIS, D. R. dos; CAVALCANTE, M. B. Gestão da 
inovação. Curitiba: Aymará, 2011. 
DIGITAL MARKETING. Inovação de marketing: 4 tendências que você 
precisa conhecer. 2017. Disponível em: <http://www.cldigital.com.br/blog/
inovacao-de- marketing-4-tendencias-que-voce-precisa-conhecer-2/>. 
Acesso em: 23 out. 2018. 
REIAS, D. R. dos. Gestão da inovação tecnológica. Barueri, SP: 
Manole, 2008. FIGUEIREDO, P., N. Gestão da inovação: conceitos, 
métricas e experiências de 
empresas no Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009. 
POSSOLI, G. E. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na 
prática: como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a 
inovação. São Paulo: Atlas, 2000. 
SCHMITT, V. G. H.; MORETTO NETO, L. Gestão da inovação. 
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TAKAHASHI, S.; TAKAHASHI, V. P. Gestão de inovação de produtos: 
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Elsevier, 2007. 
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. São Paulo: Bookman, 
2015. TIGRE, P. B. Gestão da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 
_____. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013. 
13

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