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LEIS ESQUEMATIZADAS
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011
http://www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA ...............................5
1. Das Disposições Preliminares ...........................................................5
2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança ................................6
2.1. Provimento ................................................................................6
2.2. Do Concurso Público ..................................................................10
2.3. Da Nomeação ...........................................................................13
2.4. Da Posse e do Exercício .............................................................16
2.5. Do Estágio Probatório ................................................................22
2.6. Da Estabilidade .........................................................................28
2.7. Da Reversão .............................................................................29
2.8. Da Reintegração .......................................................................31
2.9. Da Recondução .........................................................................33
2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento .....................................34
2.11. Dos Remanejamentos ..............................................................35
3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho ........................45
3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção .........................................45
3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho ...........................................46
4. Dos Direitos ................................................................................51
4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Básico e do Subsídio ..... 51
4.2. DAS VANTAGENS ......................................................................57
4.4. Das Vantagens Permanentes Relativas ao Cargo, das Vantagens 
Relativas às Peculiaridades de Trabalho, das Vantagens Periódicas, 
Pessoais e Eventuais ........................................................................58
4.5. Das Vantagens de Caráter Indenizatório .......................................70
4.6. Das Férias ................................................................................80
4.7. Das Licenças ............................................................................83
4.8. Dos Afastamentos .....................................................................92
4.9. Do Tempo de Serviço e do Tempo de Contribuição ....................... 103
4.10. Do Direito de Petição ............................................................. 109
5. Dos Deveres ............................................................................. 113
6. Do Regime Disciplinar ................................................................. 115
6.1. Das Responsabilidades ............................................................. 115
6.2. Das Infrações Disciplinares ....................................................... 119
6.3. Das Sanções Disciplinares ........................................................ 123
7. Dos Processos de Apuração de Infração Disciplinar ......................... 133
7.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 133
7.2. Da Sindicância e da Sindicância Patrimonial ................................ 136
7.3. Do Processo Disciplinar, do Contraditório e da Ampla Defesa ......... 140
7.4. Do Afastamento Preventivo ...................................................... 145
7.5. Da Comissão Processante ......................................................... 146
8. Das Fases Processuais ................................................................ 149
8.1. Das Disposições Gerais ............................................................ 149
8.2. Da Instauração ....................................................................... 149
8.3. Da Instrução .......................................................................... 151
8.4. Da Defesa .............................................................................. 157
8.5. Do Relatório ........................................................................... 159
8.6. Do Julgamento ....................................................................... 160
8.7. Da Revisão Do Processo ........................................................... 165
8. Da Seguridade Social do Servidor ................................................ 170
8.1. Das Disposições Gerais e da Assistência à Saúde ......................... 170
8.2. Da Licença Médica e da Licença Odontológica .............................. 172
8.3. Da Readaptação ...................................................................... 174
9. Das Disposições Finais e Transitórias ............................................ 174
Prof. Diogo Surdi
Lei Complementar n. 840/2011
4
A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma responsável por estabelecer 
o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Distrito Federal, das autar-
quias e das fundações públicas distritais.
Consequentemente, seu estudo é imprescindível para todos aqueles que 
almejam a aprovação em um cargo público regido pelas disposições da pre-
sente norma.
Nesse sentido, um dos concursos em que essa lei é exigida é a Câmara 
Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que teve o seu edital publicado recen-
temente e trata-se de uma das melhores oportunidades de 2018 no âmbito 
dos concursos públicos.
Sendo assim, como forma de facilitar a compreensão dos inúmeros artigos 
que, em conjunto, formam o regime funcional dos servidores distritais, todo 
o texto da lei foi comentado e detalhado.
O objetivo, com isso, é que você otimize a sua preparação para o concurso 
da CLDF.
Boa leitura a todos e ótimos estudos!!
Diogo
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Lei Complementar n. 840/2011
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA
1. Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servi-
dores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacio-
nal e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é 
a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida-
des previstas na estrutura organizacional e cometidas a um servi-
dor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denomi-
nação própria e subsídio ou vencimentos pagos pelos cofres públi-
cos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
A Lei Complementar n. 840/2011 é a norma que institui o regime jurí-
dico dos servidores públicos civis da administração direta, autárquica 
e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Fe-
deral.
É por meio das disposições da mencionada lei, dessa forma, que os ser-
vidores distritais estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles 
conferidos, bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar n. 840/2011 não se 
aplicam a todos os agentes públicos, mas sim apenas aos servidores 
públicos civis distritais, o que implica em dizer que os empregados públicos, 
regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atuação do 
estatuto federal.
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Lei Complementar n. 840/2011
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Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatu-
tários dos demais entes federativos, tal como a União, os Estados e os Muni-
cípios. Ainda que esses servidores sejam regidos por um estatuto, caberá ao 
respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.
A Lei Complementar n. 840/2011 é 
aplicada
A Lei Complementar n. 840/2011 não é 
aplicada
aos servidores estatutários da administração 
diretadistrital
aos empregados públicos distritais, que são 
regidos pelas disposições da CLT
aos servidores das autarquias (inclusive as 
em regime especial) distritais
aos servidores públicos da União, dos 
Estados e dos Municípios
aos servidores das fundações públicas 
distritais
aos militares
Nesse sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor pú-
blico apresentados pela Lei Complementar.
Podemos definir, assim, servidor público como a pessoa anteriormente 
aprovada em concurso público, nomeada (ato de provimento) e que 
dentro do prazo legal (30 dias, como regra geral) tomou posse peran-
te a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, 
que é o conjunto de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que 
o agora agente público terá na sua carreira profissional.
2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança
2.1. Provimento
Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de 
prévia aprovação em concurso público.
Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atri-
buições de direção, chefia e assessoramento, são de livre nomea-
ção e exoneração pela autoridade competente.
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§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se cargo em 
comissão:
I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da 
administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e 
imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxi-
liar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
§ 2º Pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão devem 
ser providos por servidor público de carreira, nos casos e condições 
previstos em lei.
§ 3º É proibida a designação para função de confiança ou a nome-
ação para cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de 
pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibili-
dade prevista na legislação eleitoral, observado o mesmo prazo de 
incompatibilidade dessa legislação.
Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, des-
tinam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e asses-
soramento.
Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
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§ 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura 
em cargos públicos.
§ 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar 
o disposto em Lei federal.
§ 3º Os requisitos para investidura em cargo público devem ser 
comprovados por ocasião da posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I – nomeação;
II – reversão;
III – aproveitamento;
IV – reintegração;
V – recondução.
Art. 9º É vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício com 
efeito retroativo.
Art. 10. O ato de provimento de cargo público compete ao:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os can-
didatos aprovados. Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de 
regras devem ser estabelecidas pela respectiva administração.
Dessa forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da 
autoridade competente de cada Poder, que deverá observar, conforme as re-
gras estabelecidas no edital, um limite mínimo de provimentos para as pes-
soas portadoras de deficiência.
Tal limite, atualmente, é de até 20% das vagas oferecidas no con-
curso.
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A Lei Complementar n. 840/2011 estabelece diversas formas de provi-
mento de cargo público, sendo elas a nomeação, a reversão, o aproveita-
mento, a reintegração e a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de pro-
vimento, sendo que todas as demais são classificadas como formas de pro-
vimento derivadas.
Ressalta-se que o ato de provimento de cargo público, no âmbito do Dis-
trito Federal, compete às seguintes autoridades:
a) Governador, no Poder Executivo;
b) Presidente da Câmara Legislativa;
c) Presidente do Tribunal de Contas.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efe-
tivo exercício, podem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela Administração Pública para as 
funções de direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as 
pessoas designadas poderão ou não já ser integrantes do serviço público.
Observe que três são as diferentes funções que dão ensejo ao provimento 
dos cargos em comissão, sendo elas a direção, a chefia e o assessora-
mento.
Nesse sentido, a norma se preocupou em definir cada um destes concei-
tos, da seguinte forma:
a) cargo em comissão de direção: aquele cujo desempenho envolva 
atribuições da administração superior;
b) cargo em comissão de chefia: aquele cujo desempenho envolva re-
lação direta e imediata de subordinação;
c) cargo em comissão de assessoramento: aquele cujas atribuições 
sejam para auxiliar os detentores de mandato eletivo, os ocupantes de cargos 
vitalícios ou os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
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�ATENÇÃO!
Pelo menos 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor 
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei.
Não poderá ser nomeado para cargo em comissão aquele que tenha praticado 
ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral, 
observado o mesmo prazo de incompatibilidade dessa legislação.
2.2. Do Concurso Público
Art. 11. As normas gerais sobre concurso público são as fixadas em 
lei específica.
§ 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, confor-
me dispuser a lei do respectivo plano de carreira.
Art. 12. O edital de concurso público tem de reservar vinte por 
cento das vagas para serem preenchidas por pessoa com deficiên-
cia, desprezada a parte decimal.
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§ 1º A vaga não preenchida na forma do caput reverte-se para pro-
vimento dos demais candidatos.
§ 2º A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo 
são verificadas antes da posse, garantido recurso em caso de deci-
são denegatória, com suspensão da contagem do prazo para a 
posse.
§ 3º Não estão abrangidas pelos benefícios deste artigo a pessoa 
com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para 
qualquer trabalho.
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual 
pode ser prorrogada uma única vez, por igual período, na forma do 
edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato apro-
vado deve ser nomeado com prioridade sobre novos concursados 
para assumir cargo na carreira.
§ 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco 
dias contados da publicação do ato de nomeação, pode solicitar seu 
reposicionamento para o final da lista de classificação.
O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, 
primando pelo princípio da impessoalidade e assegurando igualdade de con-
dições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. 
Caso assim o fosse, seriamuito fácil para administradores mal-intencionados 
fraudar as regras previstas e conceder certos favorecimentos para determina-
dos candidatos, desrespeitando gravemente a impessoalidade, princípio basi-
lar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei Complementar n. 840/2011 se preocupou em 
estabelecer diversas regras a serem observadas pela Administração Pública 
quando da realização de concurso público.
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Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucio-
nais sobre a forma de realização dos concursos públicos, disposições 
estas de observância obrigatória para toda a Administração Pública.
Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, 
mas nunca, para os servidores regidos pela Lei Complementar n. 840/2011, 
poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua 
prorrogação, que poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo pra-
zo inicialmente previsto para a validade do certame.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
Poderá a Administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de valida-
de de 1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser 
prorrogado uma única vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma 
faculdade) prorrogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um 
novo concurso.
E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de 
validade de 2 anos, improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi 
que a Administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possi-
bilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a 
possibilidade de prorrogação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, 
com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desres-
peitada a regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado 
nulo nesse aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo 
como prazo de validade 2 anos, com a possibilidade de prorrogação 
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por 1 ano. Estaria a Administração, nessa situação, respeitando a Lei 
Complementar n. 840/2011?
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo 
total respeitado. No entanto, além dessas regras, não podemos nos esque-
cer de que a prorrogação, em todos os casos, deve ser pelo mesmo período 
inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2 anos, 6 meses + 
6 meses.
Importante regra da lei complementar refere-se à possibilidade de o can-
didato aprovado em concurso público solicitar seu reposicionamento para o 
final da lista de classificação.
Para que essa medida seja possível, a solicitação deve ser feita, impreteri-
velmente, no prazo de 5 dias contados da publicação do ato de nome-
ação.
2.3. Da Nomeação
Art. 14. A nomeação faz-se em cargo:
I – de provimento efetivo;
II – em comissão.
§ 1º A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de clas-
sificação e o prazo de validade do concurso público.
§ 2º O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital 
do concurso tem direito à nomeação no cargo para o qual concor-
reu.
Art. 15. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nome-
ado para ter exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, 
hipótese em que deve:
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
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II – optar pela remuneração de um deles durante o período da inte-
rinidade.
Art. 16. É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a desig-
nação para função de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de 
parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por afinidade:
I – do Governador e do Vice-Governador, na administração pública 
direta, autárquica ou fundacional do Poder Executivo;
II – de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
III – de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no 
Tribunal de Contas;
§ 1º As vedações deste artigo aplicam-se:
I – aos casos de reciprocidade de nomeação ou designação;
II – às relações homoafetivas.
§ 2º Não se inclui nas vedações deste artigo a nomeação ou a 
designação:
I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos 
os aposentados, desde que seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com 
o cargo em comissão ou a função de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe-
tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente 
público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun-
dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para 
cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo 
que o anteriormente ocupado.
§ 3º Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupan-
te de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação 
hierárquica mediata ou imediata.
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Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo 
público, podendo ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos 
em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de pro-
vimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, pre-
cisa de aprovação em concurso público anteriormente realizado.
Duas importantes regras devem ser observadas com relação aos nomea-
dos para cargos de provimento efetivo:
a) A nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de classificação 
e o prazo de validade do concurso público.
b) O candidato aprovado no número de vagas previstas no edital do con-
curso tem direito à nomeação no cargo para o qual concorreu.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de 
livre nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de 
direção, chefia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente 
escolhidos pela autoridade nomeante, que pode optar por provê-los com um 
servidor de carreira ou com uma pessoa até então estranha aos quadros fun-
cionais do serviço público.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter 
exercício, interinamente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve:
a) acumular as atribuições de ambos os cargos;
b) optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
�ATENÇÃO!
É vedada a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função 
de confiança, do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consan-
guinidade até o terceiro grau ou por afinidade:
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a) do Governador e do Vice-Governador, na Administração Pública direta, 
autárquica ou fundacional do Poder Executivo;
b) de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
c) de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de 
Contas;
As vedações elencadas se aplicam aos casos de reciprocidade de nomea-
ção ou designação ou, ainda, às relações homoafetivas.
Em sentido contrário, não estão incluídas nas vedações em questão a 
nomeação ou designação:
I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos 
os aposentados, desde que seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com 
o cargo em comissão ou a função de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efe-tivo com o cargo em comissão ou a função de confiança;
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente 
público e o nomeado ou designado;
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fun-
dação antes do início do vínculo familiar com o agente público, para 
cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo 
que o anteriormente ocupado.
Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de 
cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação hierár-
quica mediata ou imediata.
2.4. Da Posse e do Exercício
Art. 17. A posse ocorre com a assinatura do respectivo termo, do 
qual devem constar as atribuições, os direitos e os deveres ineren-
tes ao cargo ocupado.
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§ 1º A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da 
publicação do ato de nomeação.
§ 2º O prazo de que trata o § 1º pode ser prorrogado para ter início 
após o término das licenças ou dos afastamentos seguintes:
I – licença médica ou odontológica;
II – licença-maternidade;
III – licença-paternidade;
IV – licença para o serviço militar.
§ 3º A posse pode ocorrer mediante procuração com poderes espe-
cíficos.
§ 4º Só há posse nos casos de provimento por nomeação.
§ 5º Deve ser tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não 
ocorrer no prazo previsto neste artigo.
Art. 18. Por ocasião da posse, é exigido do nomeado apresentar:
I – os comprovantes de satisfação dos requisitos previstos no art. 
7º e nas normas específicas para a investidura no cargo;
II – declaração:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem 
como de proventos da aposentadoria de regime próprio de previ-
dência social;
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de 
cargo público.
§ 1º É nulo o ato de posse realizado sem a apresentação dos docu-
mentos a que se refere este artigo.
§ 2º A aptidão física e mental é verificada em inspeção médica ofi-
cial.
§ 3º A declaração prevista no inciso II, a, deve ser feita em for-
mulário fornecido pelo setor de pessoal da repartição, e dele deve 
constar campo para informar bens, valores, dívidas e ônus reais 
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exigidos na declaração anual do imposto de renda da pessoa física, 
com as seguintes especificações:
I – a descrição do bem, com sua localização, especificações gerais, 
data e valor da aquisição, nome do vendedor e valor das benfeito-
rias, se houver;
II – as dívidas e o ônus real sobre os bens, com suas especificações 
gerais, valor e prazo para quitação, bem como o nome do credor;
III – a fonte de renda dos últimos doze meses, com a especificação 
do valor auferido no período.
Art. 19. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público.
§ 1º O servidor não pode entrar em exercício:
I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou 
a vacância de que trata o art. 54;
II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade 
de horários;
III – se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a 
remuneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção 
por uma das formas de pagamento.
§ 2º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor entrar em exercí-
cio, contado da posse.
§ 3º Compete ao titular da unidade administrativa onde for lotado 
o servidor dar-lhe exercício.
§ 4º Com o exercício, inicia-se a contagem do tempo efetivo de ser-
viço.
§ 5º O servidor que não entrar em exercício no prazo do § 2º deve 
ser exonerado.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor tem de apresentar ao 
órgão competente os documentos necessários aos assentamentos 
individuais.
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19
Parágrafo único. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do 
exercício são registrados nos assentamentos individuais do servi-
dor.
Art. 21. O exercício de função de confiança inicia-se com a publica-
ção do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licen-
ça ou afastado por qualquer motivo legal, hipótese em que o exer-
cício se inicia no primeiro dia útil após o término do impedimento, 
que não pode exceder a trinta dias da publicação.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o no-
meado tem o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse 
no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma vez 
que o indivíduo nomeado ainda não é considerado servidor público, fato que 
apenas ocorre com a posse.
A norma elenca, no entanto, quatro diferentes licenças que podem dar 
ensejo ao diferimento do momento do início do prazo para que o particular 
tome posse.
Assim, caso o particular esteja licenciado com base nestas quatro licenças, 
o prazo de 30 dias para a posse apenas terá início após o término das 
respectivas licenças, sendo elas:
a) licença médica ou odontológica;
b) licença-maternidade;
c) licença-paternidade;
d) licença para o serviço militar.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprova-
dos e anteriormente nomeados têm o primeiro contato com a Administração 
Pública, passando, a partir de então, a serem servidores públicos e estando 
legalmente investidos em cargo público.
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A lei complementar, em seu artigo 7º, relaciona os requisitos que devem 
obrigatoriamente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo 
público.
Tais requisitos devem ser comprovados no momento da posse, 
sendo inconstitucional norma que estabeleça outro momento para a sua exi-
gência, tal como a inscrição ou a data da realização das provas.
Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, 
em virtude das atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, 
tal como a comprovação de experiência mínima no ramo de atividade e a 
aprovação em curso de formação.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os 
quadros funcionais da Administração Pública distrital.
E como forma de o servidor conhecer o local da repartição para onde foi 
nomeado e se organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, a Lei Complementar faculta ao servidor o prazo de 
5 dias úteis, contados da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no pra-
zo legal, teremos, ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração 
do servidor, uma vez que, conforme anteriormente mencionado, a posse é o 
momento em que o particular passa a constar nos assentamentos funcionais 
da Administração, sendo considerado, a partir de então, servidor público.
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Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma 
de “chamar” o candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não 
atenda ao chamado público, o ato apenas será tornado sem efeito, acarre-
tando, como consequência, a nomeação do candidato classificado na posição 
subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos 
efeitos, por meio do gráfico a seguir:
Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da 
função de confiança. Nos termos da lei, compete à autoridade para onde foi 
nomeado o servidor todas as instruções e orientações necessárias para que o 
servidor prestesuas atividades adequadamente.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem 
presentes, de forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de 
obrigações, submetendo-se a um período de estágio probatório e adquirindo, 
caso cumpra os requisitos previstos em lei, a estabilidade.
No entanto, o servidor não poderá entrar em exercício nas seguintes situ-
ações:
a) se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a respectiva exone-
ração ou a vacância;
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b) se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de 
horários;
c) se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a re-
muneração ou subsídio do cargo efetivo, sem comprovar a opção por uma das 
formas de pagamento.
2.5. Do Estágio Probatório
Art. 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo fica sujeito ao estágio probatório pelo prazo de 
três anos.
Art. 23. Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio pro-
batório é cumprido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja 
o servidor, vedado o aproveitamento de prazo ou pontuação.
Art. 24. O servidor pode desistir do estágio probatório e ser recon-
duzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado no 
qual já possuía estabilidade, observado o disposto no art. 37.
Parágrafo único. Não pode desistir do estágio probatório o servidor 
que responde a processo disciplinar.
Art. 25. É vedado à administração pública conceder licença não 
remunerada ou autorizar afastamento sem remuneração ao servi-
dor em estágio probatório.
§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o afastamento para o ser-
viço militar ou para o exercício de mandato eletivo.
§ 2º A vedação de que trata este artigo aplica-se ao gozo de licen-
ça-prêmio por assiduidade.
Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:
I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no 
órgão, autarquia ou fundação de lotação;
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II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de 
natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Art. 27. Fica suspensa a contagem do tempo de estágio probatório 
quando ocorrer:
I – o afastamento de que tratam os arts. 26, II, e 162;
II – licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família 
do servidor.
Art. 28. Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a 
capacidade e a eficiência do servidor para o desempenho do cargo, 
com a observância dos fatores:
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
§ 1º O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem 
regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedi-
mentos de avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, 
o seguinte:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita 
semestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a 
dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia ime-
diata do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, 
pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenha-
das pelo servidor, no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
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§ 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuí-
das;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Com-
plementar.
§ 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que 
trata o art. 29.
Art. 29. A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como 
condição para aquisição da estabilidade, deve ser feita por comis-
são, quatro meses antes de terminar o estágio probatório.
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servi-
dores estáveis do mesmo cargo ou de cargo de escolaridade supe-
rior da mesma carreira do avaliado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a compo-
sição da comissão deve ser definida, conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;
III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordina-
do, incluídos os servidores de autarquia, fundação e demais órgãos 
vinculados.
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar 
os seguintes procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na 
forma do art. 28, incluídos eventuais pedidos de reconsideração, 
recursos e decisões sobre eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmen-
te emergirem das oitivas de que trata o inciso II;
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IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por deci-
são fundamentada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de 
reconsideração ou recurso, a serem processados na forma desta Lei 
Complementar.
Art. 30. As autoridades de que trata o art. 29, § 2º, são competen-
tes para:
I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto 
na forma do art. 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão 
e, como consequência, efetivar o servidor no cargo, quando ele for 
aprovado no estágio probatório.
Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, con-
forme o caso, exonerado ou reconduzido ao cargo de origem.
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor 
ocupante de cargo efetivo, o estágio probatório, período de avaliação em 
que diversos fatores são levados em conta para a verificação da aptidão e da 
capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da 
eficiência, sendo um dos momentos em que a administração pode verificar se 
o servidor atende às condições por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, são as 
seguintes:
a) assiduidade;
b) pontualidade;
c) disciplina;
d) capacidade de iniciativa;
e) produtividade;
f) responsabilidade.
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Deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 
19, ocorrida em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou 
a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período 
necessário para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por 
toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio probatório deve ser 
de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço 
público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser 
periódica e de acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada 
órgão.
Dessa forma, o Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativo devem 
regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedimentos de 
avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, o seguinte:
I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita se-
mestralmente, com pontuação por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata 
do servidor, em ficha previamente preparada e da qual conste, pelo menos, 
o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas 
pelo servidor, no semestre de avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
Em todas as avaliações,é assegurado ao avaliado:
a) o amplo acesso aos critérios de avaliação;
b) o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
c) o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
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Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de de-
sempenho do servidor, que será realizada por comissão constituída para esta 
finalidade, será submetida à homologação da autoridade competente.
E o que acontece quando o servidor exerce cargos públicos que 
possam ser acumulados?
Na hipótese de acumulação lícita de cargos, o estágio probatório é cum-
prido em relação a cada cargo em cujo exercício esteja o servidor, vedado o 
aproveitamento de prazo ou pontuação.
Durante o estágio, é vedado à Administração Pública conceder licença não 
remunerada ou autorizar o afastamento sem remuneração do servidor. Em 
caráter de exceção, há a possibilidade de afastamento do servidor em estágio 
para o serviço militar ou para o exercício de mandato eletivo.
Poderá o servidor, ainda que em estágio, exercer qualquer cargo em 
comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de 
lotação.
Além disso, poderá ele ser cedido a outro órgão ou entidade para ocu-
par cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Em três diferentes situações, o período de estágio probatório ficará sus-
penso, sendo que a contagem de tempo apenas continuará após o tér-
mino da ocorrência. De acordo com a norma, são as seguintes as situações 
que dão ensejo à suspensão do estágio probatório:
a) Quando o servidor for cedido a outro órgão ou entidade para ocupar 
cargo de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
b) Quando o agente se afastar do cargo ocupado para participar de curso 
de formação previsto como etapa de concurso público.
c) Quando o servidor estiver em licença remunerada por motivo de doença 
em pessoa da família do servidor.
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Caso não seja aprovado no estágio probatório, os efeitos, para o servidor, 
poderão ser dois:
a) Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido 
ao cargo anteriormente ocupado. Nessa hipótese, caso o cargo anterior-
mente ocupado já esteja preenchido por outra pessoa, o servidor inabilitado 
será aproveitado em outro, a critério da Administração.
b) Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório 
acarreta a exoneração do cargo público, oportunidade em que o vínculo 
com o Poder Público é rompido.
2.6. Da Estabilidade
Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regu-
larmente aprovado no estágio probatório adquire estabilidade no 
serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previs-
tas na Constituição Federal.
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores pú-
blicos estatutários. Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor 
desempenhe suas atribuições sem a coação das autoridades superiores, que, 
não fosse a estabilidade, poderiam condicionar determinados comportamen-
tos dos servidores à exoneração do cargo público.
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Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez 
que não existem direitos e garantias com essa qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento 
do serviço público, com a possibilidade surreal de termos servidores pratican-
do faltas graves contra a Administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Lei Complementar estabelece que o servidor 
estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Fe-
deral.
De acordo com a Constituição, são as seguintes as situações que po-
dem resultar na perda do cargo por parte do servidor público estável:
2.7. Da Reversão
Art. 34. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada 
a sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insub-
sistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria;
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III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital 
que fixe os critérios de reversão voluntária aos interessados que 
estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
§ 1º É de quinze dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer-
cício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão.
§ 2º Não pode reverter o aposentado que tenha completado setenta 
anos.
Art. 35. A reversão deve ser feita no mesmo cargo ou no cargo 
resultante de sua transformação.
Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 34, I e II, encontrando-se 
provido o cargo, o servidor deve exercer suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga.
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por três diferen-
tes motivos:
I – por invalidez, quando, por junta médica oficial, ficar comprovada a 
sua reabilitação;
II – quando constatada, administrativa ou judicialmente, a insubsistên-
cia dos fundamentos de concessão da aposentadoria;
III – voluntariamente, desde que, cumulativamente:
a) haja manifesto interesse da administração, expresso em edital que fixe os 
critérios de reversão voluntária aos interessados que estejam em igual situação;
b) tenham decorrido menos de cinco anos da data de aposentadoria;
c) haja cargo vago.
Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo car-
go anteriormente ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de 
uma possível transformação.
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Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anterior-
mente recebia, com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente 
existentes.
Importante salientar que não poderá reverter o aposentado que te-
nha completado 70 anos.
Deferida a reversão, será de 15 dias úteis o prazo para o servidor retornar 
ao exercício do cargo, contados da data em que tomou ciência da reversão.
Quando a reversão for decorrente de reabilitação declarada por junta mé-
dica ou da insubsistência dos fundamentos de concessão da aposentadoria, 
deverá o servidor, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja provido, 
exercer as suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga.
2.8. Da Reintegração
Art. 36. A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo ante-
riormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial, com o restabelecimento dos direitos que deixou de auferir 
no período em que esteve demitido.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica em dis-
ponibilidade, observado o disposto nos arts. 38, 39 e 40.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve 
ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou 
aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade.
§ 3º É de cinco dias úteis o prazo para o servidor retornar ao exer-
cício do cargo, contados da data em que tomou ciência do ato de 
reintegração.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demi-
tido ao cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua 
transformação, com ressarcimento de todas as vantagens.
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Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administra-
tiva ou judicial.
Grande controvérsia reside nos efeitosda reintegração para o servidor 
eventualmente ocupante da vaga decorrente de demissão.
Isso porque a Lei Complementar n. 840/2011 determina que “encontran-
do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo 
ou, ainda, posto em disponibilidade”.
Vejamos: um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reinte-
gração. A Administração Pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que 
passa a exercer normalmente suas atribuições.
Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado 
com todas as vantagens.
E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável 
e, por isso mesmo, não puder ser reconduzido ou posto em disponi-
bilidade?
Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente 
federativo disciplinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas afirmavam que o servidor deveria ser exonerado.
Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, 
haja vista que o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser pre-
judicado por atos anteriores da administração.
Dessa forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá 
ser mantido como excedente. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o ser-
vidor fica em disponibilidade.
Importante informação refere-se ao prazo para que o servidor reintegrado 
retorne ao exercício. Nesse sentido, a norma afirma que “É de cinco dias 
úteis o prazo para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da 
data em que tomou ciência do ato de reintegração”.
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2.9. Da Recondução
Art. 37. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 202, § 3º, e 
decorre de:
I – reprovação em estágio probatório;
II – desistência de estágio probatório;
III – reintegração do anterior ocupante.
§ 1º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor tem de 
ser aproveitado em outro cargo, observado o disposto no art. 39.
§ 2º O servidor tem de retornar ao exercício do cargo até o dia 
seguinte ao da ciência do ato de recondução.
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor 
estável ao cargo anteriormente ocupado.
Três são as situações, de acordo com a norma em estudo, que ensejam a 
recondução do servidor, sendo que elas decorrem da estabilidade por ele 
alcançada no serviço público.
a) reprovação em estágio probatório;
b) desistência de estágio probatório;
c) reintegração do anterior ocupante.
Nessas situações, o servidor público já é estável no serviço público, 
de forma que uma possível desistência ou inabilitação em estágio probatório 
relativo a outro concurso por ele prestado não possui o efeito, por si só, de 
acarretar o rompimento do vínculo com a Administração Pública.
Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo 
até então ocupado por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga 
anular a sua demissão na justiça, sendo reintegrado ao cargo que ocupava, 
não poderá o servidor estável ser exonerado, devendo ser reconduzido ao 
cargo em que adquiriu a estabilidade.
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Independentemente da situação que deu ensejo à recondução, o servidor 
tem de retornar ao exercício do cargo até o dia seguinte ao da ciência 
do ato de recondução.
Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor deverá ser apro-
veitado em outro cargo.
2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 38. O servidor só pode ser posto em disponibilidade nos casos 
previstos na Constituição Federal.
Parágrafo único. A remuneração do servidor posto em disponibili-
dade, proporcional ao tempo de serviço, não pode ser inferior a um 
terço do que percebia no mês anterior ao da disponibilidade.
Art. 39. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade é feito 
mediante aproveitamento:
I – no mesmo cargo;
II – em cargo resultante da transformação do cargo anteriormente 
ocupado;
III – em outro cargo, observada a compatibilidade de atribuições e 
vencimentos ou subsídio do cargo anteriormente ocupado.
Art. 40. É obrigatório o imediato aproveitamento de servidor em 
disponibilidade, assim que houver vaga em órgão, autarquia ou 
fundação.
§ 1º É de trinta dias o prazo para o servidor retornar ao exercício, 
contados da data em que tomou ciência do aproveitamento.
§ 2º Deve ser tornado sem efeito o aproveitamento e ser cassada 
a disponibilidade, se o servidor não retornar ao exercício no prazo 
do § 1º, salvo se por doença comprovada por junta médica oficial.
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O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela Admi-
nistração Pública, para que o servidor público em disponibilidade volte 
a exercer suas atividades.
Nesse sentido, a norma determina que é de 30 dias o prazo para o ser-
vidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou ciência do apro-
veitamento.
2.11. Dos Remanejamentos
2.11.1. Da Remoção
Art. 41. Remoção é o deslocamento da lotação do servidor, no 
mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carreira, de uma 
localidade para outra.
§ 1º A remoção é feita a pedido de servidor que preencha as condi-
ções fixadas no edital do concurso aberto para essa finalidade.
§ 2º O sindicato respectivo tem de ser ouvido em todas as etapas 
do concurso de remoção.
§ 3º A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a 
necessidade de serviços que não comporte o concurso de remoção.
Art. 42. É lícita a permuta entre servidores do mesmo cargo, 
mediante autorização prévia das respectivas chefias.
A remoção pode ser entendida como o “deslocamento da lotação do 
servidor, no mesmo órgão, autarquia ou fundação e na mesma carrei-
ra, de uma localidade para outra”, conforme determina o artigo 41 da Lei 
Complementar n. 840/2011.
A remoção poderá ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto de 
ofício, no interesse do Poder Público.
A remoção a pedido é feita por servidor que preencha as condições fi-
xadas no edital do concurso aberto para essa finalidade. Nessa situação, o 
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sindicato respectivo deve, obrigatoriamente, ser ouvido em todas as etapas 
do concurso de remoção.
A remoção de ofício destina-se exclusivamente a atender a necessidade 
de serviços que não comporte o concurso de remoção.
Poderemos ter, ainda, a permuta entre servidores do mesmo cargo, me-
diante autorização prévia das respectivas chefias. Com a permuta, é 
como se os servidores “trocassem” de lotação, de forma que o servidor A 
passa a ter exercício na lotação de B e o servidor B passa a exercer suas atri-
buições na lotação anterior de A.
2.11.2. Da Redistribuição
Art. 43. Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou 
vago, para outro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder.
§ 1º A redistribuição dá-se:
I – para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização 
ou ajustamento de quadro de pessoal às necessidades do serviço;
II – no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação.
§ 2º Nas hipóteses do § 1º, II, devem ser observados o interesse da 
administração pública, a vinculação entre os graus de complexidade 
e responsabilidade do cargo, a correlação das atribuições, a equi-
valência entre os vencimentos ou subsídio e a prévia apreciação do 
órgão central de pessoal.
A redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, para ou-
tro órgão, autarquia ou fundação do mesmo Poder.
A redistribuição poderá ocorrer em duas diferentes situações:
a) para cargo de uma mesma carreira, no caso de reorganização ou 
ajustamento de quadrode pessoal às necessidades do serviço;
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b) no caso de extinção ou criação de órgão, autarquia ou fundação. 
Nessa situação, devem ser observados o interesse da administração pública, 
a vinculação entre os graus de complexidade e responsabilidade do cargo, a 
correlação das atribuições, a equivalência entre os vencimentos ou subsídio e 
a prévia apreciação do órgão central de pessoal.
2.11.3. Da Substituição
Art. 44. O ocupante de cargo ou função de direção ou chefia tem 
substituto indicado no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designado pela autoridade competente.
§ 1º O substituto deve assumir automaticamente o exercício do 
cargo ou função de direção ou chefia:
I – em licenças, afastamentos, férias e demais ausências ou impe-
dimentos legais ou regulamentares do titular;
II – em caso de vacância do cargo.
§ 2º O substituto faz jus aos vencimentos ou subsídio pelo exercí-
cio do cargo de direção ou chefia, pagos na proporção dos dias de 
efetiva substituição.
Art. 45. O disposto no art. 44 aplica-se aos titulares de unidades 
administrativas organizadas em nível de assessoria.
A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da conti-
nuidade dos serviços públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não 
seja interrompido em razão da ausência do titular da função. Caso assim não 
fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria prejudicada pela 
sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de di-
reção, sendo que os servidores que ocupam tais funções, além de receber um 
adicional pelo exercício desempenhado, exercem atividades que exigem um 
maior nível de responsabilidade.
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Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exem-
plo, nas férias, licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser ante-
riormente designado, assume cumulativamente, ou seja, sem prejuízo do 
cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar 
a substituição.
2.11.4. Da Acumulação
Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas.
§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para 
os fins do inciso II, qualquer cargo público para o qual se exija 
educação superior ou educação profissional, ministrada na forma e 
nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional.
§ 2º A proibição de acumular estende-se:
I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empre-
sas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público;
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de 
previdência social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Muni-
cípio, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável na 
forma deste artigo.
§ 3º O servidor que acumular licitamente cargo público fica obriga-
do a comprovar anualmente a compatibilidade de horários.
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Art. 47. Ressalvados os casos de interinidade e substituição, o ser-
vidor não pode:
I – exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
II – acumular cargo em comissão com função de confiança.
Art. 48. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de 
cargos, empregos, funções públicas ou proventos de aposentado-
ria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo 
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência da notifica-
ção.
§ 1º Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do 
cargo, emprego ou função por que não mais tenha interesse.
§ 2º Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o 
seu pagamento cessa imediatamente.
§ 3º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, o setor 
de pessoal da repartição deve solicitar à autoridade competente a 
instauração de processo disciplinar para apuração e regularização 
imediata.
§ 4º Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último 
dia de prazo para defesa escrita, fizer a opção de que trata este 
artigo, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito.
§ 5º O disposto no § 4º não se aplica se houver declaração falsa 
feita pelo servidor sobre acumulação de cargos.
§ 6º Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a 
administração pública deve observar o seguinte:
I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao 
órgão, autarquia ou fundação onde o processo foi instaurado;
II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição 
ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos 
cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em 
que os órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
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Art. 49. É vedada a participação de servidor, salvo na condição de 
Secretário de Estado, ainda que suplente, em mais de um conse-
lho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelha-
do, na administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito 
Federal.
§ 1º É vedada a remuneração pela participação em mais de um 
conselho.
§ 2º É permitida, observado o disposto no § 1º, a participação 
remunerada de servidor em conselho de administração ou conselho 
fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que 
o Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, participação no 
capital social.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acu-
mulação remunerada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se 
aplica a todos os cargos, empregos e funções da Administração direta 
ou indireta de todos os entes federados.
Assim, ainda que o texto da Lei Complementar n. 840/2011 seja direcio-
nado apenas aos servidores públicos distritais, por força da norma constitu-
cional, a vedação à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restrin-
ge ao ente federativo regulado pelo presente estatuto.
Nesse sentido, estabelece a norma em estudo que a proibição de acumular 
estende-se:
a) a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas pú-
blicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades contro-
ladas direta ou indiretamente pelo Poder Público;
b) aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdên-
cia social do Distrito Federal, da União, de Estado ou Município, ressalvados 
os proventos decorrentes de cargo acumulável na forma deste artigo.
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As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam condicionadas 
à compatibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, 
sendo elas:
• dois cargos de professor;
• um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com pro-
fissões regulamentadas.
Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica qualquer 
cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissio-
nal, ministrada na forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional.
Situação interessante ocorre com os ocupantes de cargos em comis-
são. Tais servidores são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro 
funcional da entidade, sendo designados por indicação do titular da unidade 
para exercer as funções de direção,chefia ou assessoramento.
Dessa forma, estabelece a norma que, ressalvados os casos de interini-
dade e substituição, o servidor não pode:
a) exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
b) acumular cargo em comissão com função de confiança.
Ainda com relação à acumulação de cargos públicos, a norma determina 
que é vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de 
Estado, ainda que suplente, em mais de um conselho, comissão, comitê, 
órgão de deliberação coletiva ou assemelhado, na Administração di-
reta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal.
Diversamente, é permitida a participação remunerada de servidor em 
conselho de administração ou conselho fiscal de empresa pública ou 
sociedade de economia mista em que o Distrito Federal detenha, di-
reta ou indiretamente, participação no capital social.
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�ATENÇÃO!
É vedada a remuneração pela participação em mais de um conselho.
2.11.5. Da Vacância
Art. 50. A vacância do cargo público decorre de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição 
Federal.
Art. 51. A exoneração de cargo de provimento efetivo dá-se a 
pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dá-se, exclusivamente, 
quando o servidor:
I – for reprovado no estágio probatório;
II – tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabe-
lecido.
Art. 52. A exoneração de cargo em comissão dá-se:
I – a critério da autoridade competente;
II – a pedido do servidor.
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem 
vínculo com o serviço público não pode, sem justa causa, ser exo-
nerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses 
após o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regu-
lamento.
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Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, 
quando constatado que a servidora estava gestante e não foi inde-
nizada.
Art. 54. Ao tomar posse em outro cargo inacumulável de qualquer 
órgão, autarquia ou fundação do Distrito Federal, o servidor estável 
pode pedir a vacância do cargo efetivo por ele ocupado, observan-
do-se o seguinte:
I – durante o prazo de que trata o art. 32, o servidor pode retornar 
ao cargo anteriormente ocupado, nos casos previstos no art. 37;
II – o cargo para o qual se pediu vacância pode ser provido pela 
administração pública.
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor pú-
blico deixa o cargo público anteriormente ocupado.
Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade em que o 
agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de 
hipóteses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
De acordo com a lei em estudo, são as seguintes as situações que dão 
ensejo à vacância do servidor distrital:
I – exoneração;
II – demissão;
III – destituição de cargo em comissão;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – perda do cargo, nos demais casos previstos na Constituição 
Federal.
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, 
mas sim do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a Admi-
nistração Pública. Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária 
ou involuntária.
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É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-
-se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante 
da exoneração involuntária.
De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, apenas em duas situ-
ações teremos a exoneração involuntária (de ofício) do servidor público 
ocupante de cargo efetivo:
a) Quando o servidor for reprovado no estágio probatório;
b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entrar em exercício no 
prazo estabelecido.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de 
livre nomeação e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a 
exoneração poderá ocorrer, a qualquer tempo, a pedido do servidor (voluntá-
ria) ou de ofício, no interesse da Administração (involuntária).
Importante regra está relacionada com a impossibilidade de exoneração 
da servidora gestante, ainda que no desempenho de cargo em comissão e 
sem vínculo anterior prévio com o Poder Público.
De acordo com as disposições legais, a servidora gestante, nessa situação, 
não poderá ser exonerada de ofício desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses após o parto, salvo mediante indenização paga na forma 
do regulamento.
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3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho
3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção
Art. 55. Os cargos de provimento efetivo são organizados em car-
reira, criada por lei, que deve fixar:
I – a denominação, o quantitativo e as atribuições dos cargos;
II – os requisitos para investidura no cargo e desenvolvimento na 
carreira;
III – a estrutura da carreira com a fixação dos vencimentos ou do 
subsídio;
IV – os critérios de capacitação;
V – o regime e a jornada de trabalho.
Parágrafo único. As alterações de requisitos para provimento de 
cargo público de carreira aplicam-se, exclusivamente, àqueles ser-
vidores cujo ingresso se der após elas terem sido publicadas.
Art. 56. Salvo disposição legal em contrário, a promoção é a movi-
mentação de servidor do último padrão de uma classe para o pri-
meiro padrão da classe imediatamente superior.
§ 1º A promoção dá-se por merecimento ou por antiguidade, na 
forma do plano de carreira de cada categoria funcional.
§ 2º A promoção não interrompe o tempo de exercício no cargo.
Ainda que a Lei Complementar n. 840/2011 não elenque a promoção como 
uma forma de provimento, é importante que tenhamos conhecimento das re-
gras relacionadas com o mencionado instituto.
Basicamente, a promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra 
classe no âmbito da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacân-
cia no cargo de classe mais baixa e o provimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um 
provimento, não gerando saldo a ser reposto pela Administração.
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Vejamos o seguinte exemplo: no âmbito do Poder Judiciário, os cargos são 
estruturados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma 
dessas classes é subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar 
em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão 
subsequente, permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão 
da classe a que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para 
outra da carreira, oportunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a 
classe B.
3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho
Art. 57. Salvo disposição legal em contrário, o servidor efetivo fica 
sujeito ao regime de trabalho de trinta horas semanais.
§ 1º No interesse da administração pública e mediante anuência 
do servidor, o regime de trabalho pode ser ampliado para quarenta 
horas semanais, observada a proporcionalidade salarial.
§ 2º É vedado aplicar ao regime de trabalho interpretação por ana-
logia, extensão ou semelhança de atribuições.
§ 3º A jornada de trabalho em sistema de escala de revezamento 
deve ser definida em lei ou regulamento, observando o registro em 
folha de ponto do horário de entrada e de saída.Art. 58. O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício 
de função de confiança tem regime de trabalho de quarenta horas 
semanais, com integral dedicação ao serviço.
Art. 59. No serviço noturno, a hora é considerada como tendo cin-
quenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Considera-se noturno o serviço prestado entre as 
vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
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Art. 60. Para atender a situações excepcionais e temporárias do 
serviço, a jornada de trabalho pode ser ampliada, a título de serviço 
extraordinário, em até duas horas.
Parágrafo único. Nos casos de risco de comprometimento da ordem 
e da saúde públicas, o Governador pode autorizar, excepcionalmen-
te, a extrapolação dos limites previstos neste artigo, para os servi-
dores que atuem diretamente nas áreas envolvidas.
Art. 61. Pode ser concedido horário especial ao servidor:
I – com deficiência ou com doença falciforme;
II – que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com 
doença falciforme;
III – matriculado em curso da educação básica e da educação supe-
rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar 
e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo;
IV – na hipótese do art. 100, § 2º.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos I e II, o horário especial consiste na 
redução de até 20% da jornada de trabalho e sua necessidade deve 
ser atestada por junta médica oficial.
§ 2º Nos casos dos incisos III e IV, é exigida do servidor a com-
pensação de horário na unidade administrativa, de modo a cumprir 
integralmente o regime semanal de trabalho.
§ 3º O servidor estudante deve comprovar, mensalmente, a sua 
frequência escolar.
Art. 62. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode 
ausentar-se do serviço, mediante comunicação prévia à chefia ime-
diata:
I – por um dia para:
a) doar sangue;
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b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou peri-
ódicos voltados ao controle de câncer de próstata, de mama ou do 
colo de útero;
II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer trans-
ferência do domicílio eleitoral;
III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em 
razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, 
pai, mãe, padrasto, madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob 
guarda ou tutela.
Art. 63. Em caso de falta ao serviço, atraso, ausência ou saída 
antecipada, desde que devidamente justificados, é facultado à 
chefia imediata, atendendo a requerimento do interessado, auto-
rizar a compensação de horário a ser realizada até o final do mês 
subsequente ao da ocorrência.
§ 1º O atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são 
computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de 
cada mês.
§ 2º Apurado o tempo na forma do § 1º, são desprezados os resí-
duos inferiores a sessenta minutos.
§ 3º Toda compensação de horário deve ser registrada pela chefia 
imediata junto ao setor de pessoal da repartição.
Art. 64. As faltas injustificadas ao serviço configuram:
I – abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias con-
secutivos;
II – inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta 
dias, interpoladamente, no período de doze meses.
Art. 65. Salvo na hipótese de licença ou afastamento prevista no 
art. 17, § 2º, considera-se falta injustificada, especialmente, a que 
decorra de:
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I – não retorno ao exercício, no prazo fixado nesta Lei Complementar, 
em caso de reversão, reintegração, recondução ou aproveitamento;
II – não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia 
ou fundação, em caso de remoção ou redistribuição;
III – interstício entre:
a) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o 
exercício no órgão ou entidade para o qual o servidor foi cedido ou 
colocado à disposição;
b) o término da cessão ou da disposição de que trata a alínea a e 
o reinício do exercício no órgão, autarquia ou fundação de origem.
Além das vantagens devidas aos servidores distritais, a norma elenca uma 
série de concessões. Nessas situações, a regra é de que o servidor pode se 
ausentar do trabalho, por um número determinado de dias, sem que isso im-
plique em prejuízo de sua remuneração.
guarda ou tutela
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Poderá ser concedido horário especial ao servidor nas seguintes situações:
a) com deficiência ou com doença falciforme (A doença falciforme é 
caracterizada pela presença de hemoglobina alterada nos glóbulos verme-
lhos);
b) que tenha cônjuge ou dependente com deficiência ou com do-
ença falciforme;
Nestas duas situações, o horário especial consiste na redução de até 20% 
da jornada de trabalho, e sua necessidade deve ser atestada por junta médica 
oficial.
c) matriculado em curso da educação básica e da educação supe-
rior, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar 
e o da unidade administrativa, sem prejuízo do exercício do cargo;
d) no desempenho de encargo de curso ou concurso.
Nessas situações, é exigida do servidor a compensação de horário na uni-
dade administrativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de 
trabalho.
Em determinadas situações (falta ao serviço, atraso, ausência ou sa-
ída antecipada), desde que devidamente justificadas, é facultado à chefia 
imediata, atendendo a requerimento do interessado, autorizar a compensação 
de horário a ser realizada até o final do mês subsequente ao da ocorrência.
Importante salientar que o atraso, a ausência justificada ou a saída ante-
cipada são computados por minutos, a serem convertidos em hora, dentro de 
cada mês.
Uma vez tendo sido apurado o tempo, serão desprezados os resíduos in-
feriores a 60 minutos.
Já que mencionamos a possibilidade de compensação de horários, 
devemos saber, adicionalmente, qual a jornada de trabalho dos ser-
vidores distritais, não é mesmo?
De acordo com a norma, salvo disposição legal em contrário, o servidor 
efetivo fica sujeito ao regime de trabalho de 30 horas semanais.
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No interesse da Administração Pública e mediante anuência do servidor, o 
regime de trabalho pode ser ampliado para 40 horas semanais, observada a 
proporcionalidade salarial.
O servidor ocupante de cargo em comissão ou no exercício de função de 
confiança tem regime de trabalho de 40 horas semanais, com integral dedi-
cação ao serviço.
Por fim, ressalta-se que as faltas injustificadas ao serviço configuram:
a) abandono do cargo, se ocorrerem por mais de trinta dias consecuti-
vos;
b) inassiduidade habitual, se ocorrerem por mais de sessenta dias, in-
terpoladamente, no período de doze meses.
4. Dos Direitos
4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Bá-
sico e do Subsídio
Art. 66. A retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público é 
fixada em lei, sob a forma de subsídio ou remuneração mensal.
§ 1º O valor diário da remuneração ou subsídio obtém-se dividindo-
-se o valor da retribuição pecuniária mensal por trinta.
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§ 2º O valor horário da remuneração ou subsídio obtém-se dividin-
do-se a retribuição pecuniária mensal pelo quíntuplo da carga horá-
ria semanal.
§ 3º Na retribuição pecuniária mensal de que tratam os §§ 1º e 2º, 
não se incluem:
I – as vantagens de natureza periódica ou eventual, as de caráter 
indenizatório, o adicional noturno e o adicional por serviço extraor-
dinário;
II – os acréscimos de que trata o art. 67, I a VII.
Art. 67. O subsídio é constituído de parcelaúnica, e a ele pode ser 
acrescido, exclusivamente:
I – o décimo terceiro salário;
II – o adicional de férias;
III – o auxílio-natalidade;
IV – o abono de permanência;
V – o adicional por serviço extraordinário;
VI – o adicional noturno;
VII – as vantagens de caráter indenizatório;
VIII – a remuneração ou subsídio:
a) pelo exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, 
de que trata o art. 77;
b) decorrente de substituições.
Art. 68. A remuneração é constituída de parcelas e compreende:
I – os vencimentos, que se compõem:
a) do vencimento básico;
b) das vantagens permanentes relativas ao cargo;
II – as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
III – as vantagens pessoais;
IV – as vantagens de natureza periódica ou eventual;
V – as vantagens de caráter indenizatório.
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Art. 69. Os vencimentos ou o subsídio são irredutíveis.
Art. 70. A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e 
funções públicos da administração direta, autárquica e fundacional, 
incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proven-
tos, as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumu-
lativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie, 
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios.
§ 1º O valor do teto de remuneração ou subsídio deve ser publica-
do no Diário Oficial do Distrito Federal pelo Poder Executivo sempre 
que se alterar o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Jus-
tiça do Distrito Federal e Territórios.
§ 2º Excluem-se do valor do teto de remuneração o décimo terceiro 
salário, o adiantamento de férias, o adicional de férias, o auxílio-
-natalidade, o auxílio pré-escolar e as vantagens de caráter indeni-
zatório.
Art. 71. O vencimento básico é fixado por padrão na tabela de 
remuneração da carreira.
Art. 72. Na fixação do subsídio ou dos padrões do vencimento 
básico e das demais parcelas do sistema remuneratório, devem ser 
observados:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos 
cargos componentes de cada carreira;
II – os requisitos para investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
Art. 73. O subsídio ou o vencimento básico inicial da carreira não 
pode ser inferior ao salário-mínimo.
§ 1º O valor do subsídio ou do vencimento básico deve ser comple-
mentado, sempre que ficar abaixo do salário-mínimo.
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§ 2º Sobre o valor da complementação de que trata o § 1º, devem 
incidir as parcelas da remuneração que incidem sobre o vencimento 
básico.
O vencimento e a remuneração são, sem dúvida alguma, duas das 
mais importantes vantagens concedidas aos servidores.
E como estamos no âmbito da Administração Pública, em plena conso-
nância com o princípio da legalidade, é a própria norma distrital que estipula 
as diversas regras referentes ao assunto, dentre as quais se destaca a que 
determina que “é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo nos 
casos estipulados em lei” (art. 124).
De acordo com a lei, a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo públi-
co é fixada em lei, sob a forma de subsídio ou remuneração mensal.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em 
parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratifi-
cação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servi-
dores públicos, uma vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou 
pouco detalhadas. Por meio do subsídio, temos um valor único fixado em lei, 
de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor já é conhecido de an-
temão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais que se 
incorporem ao vencimento.
De acordo com a Constituição Federal, todas as classes de servidores po-
dem receber por meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a res-
pectiva carreira funcional.
Para algumas categorias, no entanto, temos a determinação constitucional 
do recebimento por meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda 
que por intermédio de norma legal, sendo elas:
a) Agentes Políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Magistrados, 
Ministros, Secretários);
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b) Membros da Advocacia-Geral da União;
c) Defensores Públicos;
d) Procurador-Geral da Fazenda Pública;
e) Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;
f) Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
g) Corpo de Bombeiros Militar;
De acordo com a norma distrital, o subsídio é constituído de parcela única, 
e a ele pode ser acrescido, exclusivamente:
I – o décimo terceiro salário;
II – o adicional de férias;
III – o auxílio-natalidade;
IV – o abono de permanência;
V – o adicional por serviço extraordinário;
VI – o adicional noturno;
VII – as vantagens de caráter indenizatório;
VIII – a remuneração ou subsídio:
a) pelo exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;
b) decorrente de substituições.
A remuneração, por sua vez, é constituída de parcelas e compreende:
I – os vencimentos, que se compõem:
a) do vencimento básico;
b) das vantagens permanentes relativas ao cargo;
II – as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
III – as vantagens pessoais;
IV – as vantagens de natureza periódica ou eventual;
V – as vantagens de caráter indenizatório.
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De acordo com o artigo 73, temos a previsão de que “o subsídio ou o 
vencimento básico inicial da carreira não pode ser inferior ao salário 
mínimo”.
No entanto, a Súmula Vinculante n. 6 do STF criou uma exceção à regra 
geral ao estabelecer que:
“Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário 
mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.”
Os praças militares são os indivíduos recém-incorporados ao serviço 
militar. Ainda que não sejam abrangidos pela norma em estudo, trata-se de 
importante entendimento do STF que já foi cobrado diversas vezes em provas 
de concurso.
�ATENÇÃO!
Os vencimentos ou o subsídio são irredutíveis.
Como vimos, as parcelas recebidas pelo servidor, de caráter pecuniário, 
objetivam conferir a este uma retribuição pelos serviços prestados ao Estado. 
Tal remuneração, entretanto, não poderá exceder aos valores recebidos 
pelos detentores de Poder, em plena consonância com a disposição cons-
titucional que estabelece a obrigatoriedade de observância, por toda a Admi-
nistração Pública, do teto remuneratório.
Assim, estabelece o artigo 70 do estatuto distrital regra geral de que
a remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos 
por mandato eletivo, e os proventos, as pensões ou outra espécie remunerató-
ria, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espé-
cie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios.
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No entanto, estão excluídos do cálculo do teto remuneratório o décimo 
terceiro salário, o adiantamento de férias, o adicional de férias, o 
auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as vantagens de caráter 
indenizatório.
4.2. DAS VANTAGENS
Art. 74. Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, 
como vantagens, as seguintes parcelas remuneratórias:
I – gratificações;
II – adicionais;
III – abonos;
IV – indenizações.
§ 1º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, 
nos casos e nas condições indicados em lei.
§2º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento 
para qualquer efeito.
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Art. 75. As vantagens pecuniárias não são computadas, nem acu-
muladas, para efeito de concessão de qualquer outro acréscimo 
pecuniário ulterior.
Além do vencimento básico, podem ser pagas ao servidor, como vanta-
gens, as seguintes parcelas remuneratórias:
I – gratificações;
II – adicionais;
III – abonos;
IV – indenizações.
Ao passo que as gratificações e os adicionais se incorporam ao ven-
cimento, nos casos e nas condições indicados em lei, as indenizações não 
se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
Importante salientar que as vantagens pecuniárias não são compu-
tadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de qualquer outro 
acréscimo pecuniário ulterior.
4.4. Das Vantagens Permanentes Relativas ao Cargo, 
das Vantagens Relativas às Peculiaridades de Traba-
lho, das Vantagens Periódicas, Pessoais e Eventuais
Art. 76. As vantagens permanentes relativas ao cargo, criadas por 
lei, compreendem as gratificações e os adicionais vinculados aos 
cargos de carreira ou ao seu exercício.
DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA E DOS VEN-
CIMENTOS DE CARGO EM COMISSÃO
Art. 77. Sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo, 
o servidor faz jus:
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I – ao valor integral da função de confiança para a qual foi desig-
nado;
II – a oitenta por cento dos vencimentos ou subsídio do cargo em 
comissão por ele exercido, salvo disposição legal em contrário.
§ 1º As férias, o adicional de férias e o décimo terceiro salário são 
pagos proporcionalmente aos meses de efetivo exercício do servi-
dor efetivo no cargo em comissão ou função de confiança.
§ 2º O servidor efetivo pode optar pelo valor integral do cargo em 
comissão, hipótese em que não pode perceber o subsídio ou a remu-
neração do cargo efetivo.
Art. 78. O disposto no art. 77 aplica-se ao servidor ou empregado 
requisitado de qualquer órgão ou entidade dos Poderes do Distrito 
Federal, da União, de Estado ou Município.
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE
Art. 79. O servidor que trabalha com habitualidade em locais insa-
lubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radio-
ativas ou com risco de vida faz jus a um adicional de insalubridade 
ou de periculosidade.
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de 
periculosidade tem de optar por um deles.
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa 
com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a 
sua concessão.
Art. 80. Deve haver permanente controle da atividade de servido-
res em operações ou locais considerados insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante, enquanto durar a 
gestação e a lactação, deve exercer suas atividades em local salu-
bre e em serviço não perigoso.
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Art. 81. Na concessão dos adicionais de insalubridade ou de peri-
culosidade, devem ser observadas as situações estabelecidas em 
legislação específica.
Art. 82. Os locais de trabalho e os servidores que operam com 
raios X ou substâncias radioativas devem ser mantidos sob controle 
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultra-
passem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo devem 
ser submetidos a exames médicos a cada seis meses.
Art. 83. O adicional de insalubridade ou de periculosidade é devido 
nos termos das normas legais e regulamentares pertinentes aos 
trabalhadores em geral, observados os percentuais seguintes, inci-
dentes sobre o vencimento básico:
I – cinco, dez, ou vinte por cento, no caso de insalubridade nos 
graus mínimo, médio ou máximo, respectivamente;
II – dez por cento, no caso de periculosidade.
§ 1º O adicional de irradiação ionizante deve ser concedido nos per-
centuais de cinco, dez ou vinte por cento, na forma do regulamento.
§ 2º A gratificação por trabalhos com raios X ou substâncias radio-
ativas é concedida no percentual de dez por cento.
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 84. O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo de 
cinquenta por cento em relação ao valor da remuneração ou subsí-
dio da hora normal de trabalho.
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 85. O serviço noturno a que se refere o art. 59 é remunerado 
com acréscimo de vinte e cinco por cento sobre o valor da remune-
ração ou subsídio da hora trabalhada.
Parágrafo único. O adicional noturno incide sobre o adicional de ser-
viço extraordinário.
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DAS VANTAGENS PESSOAIS
Art. 86. Consideram-se pessoais as parcelas da remuneração que 
dependam da situação individual de cada servidor perante a admi-
nistração pública.
Art. 87. As vantagens pessoais, uma vez adquiridas, incorporam-
-se à remuneração.
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 88. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de um 
por cento sobre o vencimento básico do cargo de provimento efeti-
vo por ano de efetivo serviço.
Parágrafo único. O adicional de tempo de serviço é devido a partir 
do mês em que o servidor completar o anuênio.
DO ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO
Art. 89. O adicional de qualificação, instituído por lei específica, 
destina-se a remunerar a melhoria na capacitação para o exercício 
do cargo efetivo.
Parágrafo único. Os conteúdos dos cursos de qualificação devem 
guardar pertinência com as atribuições do cargo efetivo ou da uni-
dade de lotação e exercício.
DAS VANTAGENS PESSOAIS NOMINALMENTE IDENTIFICÁVEIS
Art. 90. As vantagens pessoais nominalmente identificáveis são 
definidas em lei ou reconhecidas em decisão judicial.
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 91. Independentemente de solicitação, é pago ao servidor, 
por ocasião das férias, um adicional correspondente a um terço da 
remuneração ou subsídio do mês em que as férias forem iniciadas.
§ 1º No caso de o servidor efetivo exercer função de confiança ou 
cargo em comissão, a respectiva vantagem é considerada no cálcu-
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lo do adicional de que trata este artigo, observada a proporcionali-
dade de que trata o art. 121, § 1º.
§ 2º O adicional de férias incide sobre o valor do abono pecuniário.
§ 3º A base para o cálculo do adicional de férias não pode ser supe-
rior ao teto de remuneração ou subsídio, salvo em relação ao abono 
pecuniário.
DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Art. 92. O décimo terceiro salário, observado o disposto no art. 66, 
§ 3º, corresponde à retribuição pecuniária do mês em que é devido, 
à razão de um doze avos por mês de exercício nos doze meses 
anteriores.
§ 1º A fração superior a quatorze dias é considerada como mês 
integral.
§ 2º O décimo terceiro salário é devido sobre a parcela da retri-
buição pecuniária percebida por servidor efetivo pelo exercício de 
função de confiança ou cargo em comissão, observada a proporcio-
nalidade de que trata este artigo e o art. 121, §1º.
Art. 93. O décimo terceiro salário é pago:
I – no mês de aniversário do servidor ocupante de cargo de pro-
vimento efetivo, incluído o requisitado da administração direta, 
autárquica ou fundacional de qualquer Poder do Distrito Federal, da 
União, de Estado ou Município;
II – até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, para os ser-
vidores não contemplados no inciso I.
§ 1º No mês de dezembro, o servidor efetivo faz jus a eventu-
ais diferenças entre o valor pago como décimo terceiro salário e a 
remuneração devida nesse mês.
§ 2º O Poder Executivo e os órgãos do Poder Legislativopodem 
alterar a data de pagamento do décimo terceiro salário, desde que 
ele seja efetivado até o dia vinte de dezembro de cada ano.
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Art. 94. Ao servidor demitido, exonerado ou que entre em licença 
sem remuneração, é devido o décimo terceiro salário, proporcio-
nalmente aos meses de exercício, calculado sobre o subsídio ou a 
remuneração do mês em que ocorrer o evento.
Parágrafo único. Se o servidor reassumir o cargo, o décimo tercei-
ro salário deve ser pago proporcionalmente aos meses de exercício 
após a reassunção.
Art. 95. O décimo terceiro salário não pode:
I – ser considerado para cálculo de qualquer outra vantagem;
II – ser superior ao valor do teto de remuneração a que o servidor 
está submetido.
DO AUXÍLIO-NATALIDADE
Art. 96. O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo 
de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimen-
to básico do serviço público distrital, inclusive no caso de natimorto.
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor deve ser acrescido de 
cinquenta por cento por nascituro.
§ 2º O auxílio-natalidade deve ser pago ao cônjuge ou companheiro servi-
dor público, quando a parturiente não for servidora pública distrital.
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se às situações de adoção.
DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 97. O auxílio-funeral é devido à família do servidor efetivo 
falecido em atividade ou aposentado, em valor equivalente a um 
mês da remuneração, subsídio ou provento.
§1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio-funeral é pago 
somente em razão do cargo de maior remuneração ou subsídio.
§ 2º O auxílio-funeral deve ser pago no prazo de quarenta e oito 
horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família 
que houver custeado o funeral.
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§ 3º No caso de servidor aposentado, o auxílio-funeral é pago pelo 
regime próprio de previdência social, mediante ressarcimento dos 
valores pelo Tesouro do Distrito Federal.
Art. 98. O terceiro que custear o funeral tem direito de ser inde-
nizado, não podendo a indenização superar o valor de um mês da 
remuneração, subsídio ou provento.
Art. 99. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do 
local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte 
do corpo correm à conta de recursos do Distrito Federal, da autar-
quia ou da fundação pública.
DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO
Art. 100. A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida 
ao servidor estável que, em caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimen-
to ou de treinamento regularmente instituído nos Poderes Executivo 
ou Legislativo;
II – participar de banca examinadora ou de comissão de concurso 
para:
a) exames orais;
b) análise de currículo;
c) correção de provas discursivas;
d) elaboração de questões de provas;
e) julgamento de recursos interpostos por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de concur-
so público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, 
supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais ativida-
des não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;
IV – participar da aplicação de provas de concurso público, fiscalizá-la 
ou avaliá-la, bem como supervisionar essas atividades.
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§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação para as 
atividades de que trata este artigo são fixados em regulamento, 
observados os seguintes parâmetros:
I – o valor da gratificação deve ser calculado em horas, observadas 
a natureza e a complexidade da atividade exercida;
II – o período de trabalho nas atividades de que trata este artigo não 
pode exceder a cento e vinte horas anuais ou, quando devidamen-
te justificado e previamente autorizado pela autoridade máxima do 
órgão, autarquia ou fundação, a duzentas e quarenta horas anuais;
III – o valor máximo da hora trabalhada corresponde aos seguintes 
percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da tabela 
de remuneração ou subsídio do servidor:
a) dois inteiros e dois décimos por cento, em se tratando de ativi-
dades previstas nos incisos I e II do caput;
b) um inteiro e dois décimos por cento, em se tratando de atividade 
prevista nos incisos III e IV do caput.
§ 2º A gratificação por encargo de curso ou concurso somente pode 
ser paga se as atividades referidas nos incisos do caput forem exer-
cidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for 
titular, devendo implicar compensação de horário quando desem-
penhadas durante a jornada de trabalho, na forma do art. 61, § 2º.
§ 3º A gratificação por encargo de curso ou concurso não se incor-
pora à remuneração do servidor para qualquer efeito e não pode 
ser utilizada como base para cálculo de qualquer outra vantagem, 
nem para fins de cálculo dos proventos de aposentadoria ou das 
pensões.
Vejamos as características de cada uma das vantagens que podem ser 
pagas aos servidores regidos pelas disposições da Lei Complementar n. 
840/2011:
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Gratificação de 
Função de Confiança 
e dos Vencimentos 
de Cargo em 
Comissão
Sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo, o ser-
vidor faz jus:
a) ao valor integral da função de confiança para a qual foi desig-
nado;
b) a 80% dos vencimentos ou subsídio do cargo em comissão por 
ele exercido, salvo disposição legal em contrário.
O servidor efetivo pode optar pelo valor integral do cargo em comis-
são, hipótese em que não pode perceber o subsídio ou a remune-
ração do cargo efetivo.
Além disso, deve ser salientado que as férias, o adicional de férias e 
o décimo terceiro salário serão pagos proporcionalmente aos meses 
de efetivo exercício do servidor efetivo no cargo em comissão ou 
função de confiança.
Adicionais de 
Insalubridade e de 
Periculosidade
A periculosidade está relacionada com atividades que coloquem o 
servidor em situações de risco de morte.
A insalubridade está relacionada com condições do ambiente de 
trabalho, que, ainda que não causem um risco imediato, vão preju-
dicando, aos poucos, a saúde do servidor, tal como a falta de ilumi-
nação adequada ou o contato com substâncias tóxicas.
Em todas estas situações, será devido aos servidores um adicional, 
que será pago conforme as disposições estabelecidas em regula-
mento do órgão público.
Caso o servidor se enquadre em uma das situações que enseje o 
pagamento, simultaneamente, do adicional de periculosidade e de 
insalubridade, deverá optar pelo recebimento de um deles.
As servidoras gestantes ou lactantes deverão, obrigatoriamente, ser 
afastadas das atividades exercidas em locais penosos, insalubres ou 
perigosos durante o período da respectiva gestação ou lactação.
Deve a administração, nestas situações, proporcionar que o tra-
balho da servidora seja feito em um ambiente salubre e livre dos 
riscos de periculosidade.
O adicional de insalubridade ou de periculosidade é devido 
nos termos das normas legais e regulamentares pertinentes aos 
trabalhadores em geral, observados os percentuais seguintes, inci-
dentes sobre o vencimento básico:
I – cinco, dez, ou vinte por cento, no caso de insalubridade nos 
graus mínimo, médio ou máximo, respectivamente;
II – dez por cento, no caso de periculosidade.
Importante questão refere-se aos servidores públicos que exer-
cem as atividades de operação com raio x ou substâncias 
radioativas. Nestes casos, o Poder Público possui as seguintes 
obrigações:
a) manter controle permanente dos locais de trabalho, monitorandopara que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível 
máximo legalmente permitido.
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b) submeter os servidores, a cada período de 6 meses de ativida-
des, a exames médicos.
O adicional de irradiação ionizante deve ser concedido nos per-
centuais de cinco, dez ou vinte por cento, na forma do regula-
mento.
A gratificação por trabalhos com raios-X ou substâncias radioativas 
é concedida no percentual de 10%.
Adicional 
por Serviço 
Extraordinário
São as populares “horas extras”, cuja remuneração, em caso de 
exercício, é acrescida de um adicional de 50% sobre o valor da hora 
normal de serviço.
Estabelece a norma que, para atender a situações excepcionais e 
temporárias do serviço, a jornada de trabalho pode ser ampliada, a 
título de serviço extraordinário, em até 2 horas.
Adicional Noturno
Os servidores que trabalharem no período compreendido entre as 
22 horas de um dia até às 05 horas do dia seguinte terão 
direito ao recebimento do adicional noturno, que será calculado 
sobre o valor da hora normal de trabalho.
O serviço noturno é remunerado com acréscimo de 25% sobre o 
valor da remuneração ou subsídio da hora trabalhada.
Em caso de recebimento cumulativo dos adicionais noturno e de 
serviços extraordinários, o percentual do adicional noturno apenas 
incidirá após a aplicação do percentual relativo às horas extras.
Adicional por Tempo 
de Serviço
O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% sobre 
o vencimento básico do cargo de provimento efetivo por ano 
de efetivo serviço.
Tal adicional é devido a partir do mês em que o servidor completar 
o anuênio.
Adicional de 
Qualificação
Trata-se de adicional que possui o objetivo de estimular a capa-
citação para o exercício do cargo efetivo.
Os conteúdos dos cursos de qualificação devem guardar pertinên-
cia com as atribuições do cargo efetivo ou da unidade de lotação e 
exercício.
Vantagens Pessoais 
Nominalmente 
Identificáveis
As vantagens pessoais nominalmente identificáveis são definidas 
em lei ou reconhecidas em decisão judicial.
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Adicional de Férias
O adicional de férias decorre de uma previsão constitucional, 
podendo ser entendido como um percentual que será aplicado 
sobre a remuneração do servidor público sempre que este desejar 
gozar das suas férias.
Tal percentual, de acordo com as disposições da Lei Complementar 
n. 840/2011, é de 1/3 sobre a remuneração ou subsídio do 
mês em que as férias forem iniciadas.
Caso o servidor exerça função de confiança ou cargo em comissão, 
o valor recebido pelo exercício das funções de direção, chefia ou 
assessoramento será levado em conta para efeitos de cálculo do 
adicional.
Importante salientar que o adicional de férias incide sobre o valor 
do abono pecuniário. Nesse sentido, a base para o cálculo do adi-
cional de férias não pode ser superior ao teto de remuneração ou 
subsídio, salvo em relação ao abono pecuniário.
Décimo Terceiro 
Salário
O décimo terceiro salário corresponde à retribuição pecuniária do 
mês em que é devido, à razão de um doze avos por mês de exercí-
cio nos doze meses anteriores.
Dessa forma, a cada mês de efetivo exercício o servidor público 
adquire o direito a 1/12 do respectivo adicional, que deverá ser 
pago da seguinte forma:
a) no mês de aniversário do servidor ocupante de cargo de pro-
vimento efetivo, incluído o requisitado da administração direta, 
autárquica ou fundacional de qualquer Poder do Distrito Federal, da 
União, de Estado ou Município;
b) até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, para os servi-
dores não contemplados na regra anterior.
Importante: a fração superior a quatorze dias é considerada 
como mês integral para fins de recebimento do décimo terceiro.
Ao servidor demitido, exonerado ou que entre em licença sem remu-
neração, é devido o décimo terceiro salário, proporcionalmente aos 
meses de exercício, calculado sobre o subsídio ou a remuneração 
do mês em que ocorrer o evento. Se o servidor reassumir o cargo, 
o décimo terceiro salário deve ser pago proporcionalmente aos 
meses de exercício após a reassunção.
Por fim, ressalta-se que o décimo terceiro salário não pode:
a) ser considerado para cálculo de qualquer outra vantagem;
b) ser superior ao valor do teto de remuneração a que o servidor 
está submetido.
Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade é devido à servidora efetiva por motivo de 
nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento 
básico do serviço público distrital, inclusive no caso de natimorto.
Ocorrendo parto múltiplo, o valor do auxílio deve ser acrescido de 
50% por nascituro.
Quando a parturiente não for servidora pública distrital, o valor 
deve ser pago ao respectivo cônjuge ou companheiro servidor.
As regras relacionadas com o auxílio natalidade, em sintonia com o 
princípio da isonomia, são aplicados aos casos de adoção.
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Auxílio-Funeral
O auxílio-funeral é devido à família do servidor efetivo falecido em 
atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remu-
neração, subsídio ou provento.
O auxílio-funeral deve ser pago no prazo de 48 horas, por meio de 
procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custe-
ado o funeral.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de 
trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo 
correm à conta de recursos do Distrito Federal, da autarquia ou da 
fundação pública.
Gratificação por 
Encargo de Curso ou 
Concurso
A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao servi-
dor estável que, em caráter eventual:
I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvi-
mento ou de treinamento regularmente instituído nos Poderes Exe-
cutivo ou Legislativo;
II – participar de banca examinadora ou de comissão de concurso para:
a) exames orais;
b) análise de currículo;
c) correção de provas discursivas;
d) elaboração de questões de provas;
e) julgamento de recursos interpostos por candidatos;
III – participar da logística de preparação e de realização de concurso 
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, super-
visão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não 
estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;
IV – participar da aplicação de provas de concurso público, fiscali-
zá-la ou avaliá-la, bem como supervisionar essas atividades.
Uma série de regras devem ser observadas para que o servidor 
público possa receber a gratificação em questão, sendo elas:
a) o valor da gratificação deve ser calculado em horas, observadas 
a natureza e a complexidade da atividade exercida;
b) o período de trabalho nas atividades de que trata este artigo não 
pode exceder a cento e vinte horas anuais ou, quando devidamente 
justificado e previamente autorizado pela autoridade máxima do 
órgão, autarquia ou fundação, a duzentas e quarenta horas anuais;
O valor máximo da hora trabalhada corresponde aos seguintes per-
centuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da tabela de 
remuneração ou subsídio do servidor:
a) dois inteiros e dois décimos por cento, quando atuar como 
instrutor ou participar de banca examinadora ou de comissão de 
concurso.
b) um inteiro e dois décimos por cento, quando participar da 
logística de preparação e de realização de concurso público ou par-
ticipar da aplicação e demais fases das provas de concurso público.
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Abono de Ponto
O servidor que não tiver falta injustificada no ano anterior faz jus 
ao abono de ponto de 5 dias, que poderão ser usufruídos em dias 
intercalados.
Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que o 
servidor tenha estado em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 
de dezembro do ano aquisitivo.
Ocorrendo a investiduraapós 1º de janeiro do período aquisitivo, o 
servidor faz jus a um dia de abono de ponto por bimestre de efetivo 
exercício, até o limite de cinco dias.
O direito ao gozo do abono de ponto extingue-se em 31 de dezem-
bro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
Deve ser salientado que o número de servidores em gozo de abono 
de ponto não pode ser superior a um quinto da lotação da respec-
tiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação.
4.5. Das Vantagens de Caráter Indenizatório
Art. 101. Tem caráter indenizatório o valor das parcelas relativas a:
I – diária e passagem para viagem;
II – transporte;
III – alimentação;
IV – creche ou escola;
V – fardamento;
VI – conversão de férias ou de parte delas em pecúnia;
VII – abono de permanência;
VIII – créditos decorrentes de demissão, exoneração e aposentado-
ria, ou relativos a férias, adicional de férias ou conversão de licen-
ça-prêmio em pecúnia.
Art. 102. Os valores das indenizações, assim como as condições 
para a sua concessão, são estabelecidos em lei ou regulamento, 
observadas as disposições dos artigos seguintes.
Art. 103. O valor das indenizações não pode ser:
I – incorporado à remuneração ou ao subsídio;
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II – computado na base de cálculo para fins de incidência de impos-
to de renda ou de contribuição para a previdência social, ressalva-
das as disposições em contrário na legislação federal;
III – computado para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária.
DA DIÁRIA E DA PASSAGEM
Art. 104. O servidor que, a serviço, se afastar do Distrito Federal 
em caráter eventual ou transitório faz jus a passagem e diária, para 
cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.
§ 1º A diária é concedida por dia de afastamento, sendo devida pela 
metade quando o deslocamento não exigir pernoite.
§ 2º Nos casos em que o afastamento do Distrito Federal constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não faz jus a diária.
Art. 105. O servidor que receber diária ou passagem e não se afas-
tar do Distrito Federal, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-
-las integralmente, no prazo de setenta e duas horas, contadas da 
data em que deveria ter viajado.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo 
menor do que o previsto para o seu afastamento, tem de restituir, 
no prazo previsto neste artigo, as diárias recebidas em excesso.
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 106. O servidor que realiza despesas com a utilização de meio 
próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por 
força das atribuições próprias do cargo, faz jus à indenização de 
transporte, na forma do regulamento.
DO AUXÍLIO-TRANSPORTE
Art. 107. Ao servidor é devido auxílio-transporte, a ser pago em 
pecúnia ou em vale-transporte, destinado ao custeio parcial das 
despesas realizadas com transporte coletivo, inclusive interestadu-
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al, no início e no fim da jornada de trabalho, relacionadas com o 
deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa.
§ 1º O auxílio-transporte não pode ser computado para cálculo de 
qualquer outra vantagem pecuniária.
§ 2º O auxílio-transporte não é devido:
I – quando o órgão, autarquia ou fundação proporcionar, por meios 
próprios ou por meio de terceiros contratados, o transporte do ser-
vidor para o trabalho e vice-versa;
II – durante as férias, licenças, afastamentos ou ausências ao ser-
viço, exceto nos casos de:
a) cessão do servidor para órgão da administração direta, autár-
quica ou fundacional do Distrito Federal, cujo ônus da remuneração 
recaia sobre o órgão cedente;
b) participação em programa de treinamento regularmente instituído;
c) participação em júri e outros serviços obrigatórios por lei;
III – quando a despesa mensal com transporte coletivo for igual ou 
inferior ao valor resultante da aplicação do percentual de que trata 
o art. 108;
IV – cumulativamente com outro benefício ou vantagem de natu-
reza igual ou semelhante ou com vantagem pessoal originária de 
qualquer forma de indenização ou auxílio pago sob o mesmo título 
ou idêntico fundamento, salvo nos casos de:
a) acumulação lícita de cargos públicos;
b) servidor que exerça suas atribuições em mais de uma unidade 
administrativa do órgão ou entidade a que esteja vinculado, aqui 
compreendidos os estabelecimentos públicos de ensino e saúde do 
Distrito Federal.
§ 3º É facultado ao servidor optar pela percepção do auxílio refe-
rente ao deslocamento:
I – da repartição pública para outro local de trabalho ou vice-versa;
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II – do trabalho para instituição de ensino onde esteja regulamente 
matriculado ou vice-versa.
Art. 108. O valor mensal do auxílio-transporte corresponde ao 
montante das despesas realizadas com transporte coletivo, nos 
termos do art. 107, subtraído o montante de seis por cento inciden-
te exclusivamente sobre:
I – subsídio ou vencimento básico do cargo efetivo ocupado pelo 
servidor;
II – retribuição pecuniária de cargo em comissão, quando se tratar 
de servidor não detentor de cargo efetivo.
Art. 109. O pagamento do auxílio-transporte, em pecúnia ou em 
vale-transporte, deve ser efetuado no mês anterior ao da utilização 
de transporte coletivo, salvo nas seguintes hipóteses, quando pode 
ser feito até o mês imediatamente subsequente:
I – efetivo exercício no cargo em razão de primeira investidura ou 
reinício do exercício decorrente de licença ou afastamento previstos 
em lei;
II – modificação no valor da tarifa do transporte coletivo, no ende-
reço residencial, no local de trabalho, no trajeto ou no meio de 
transporte utilizado, quando passa a ser devida a complementação 
correspondente;
III – mudança de exercício financeiro.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no art. 119, § 2º, no caso de 
pagamento indevido do auxílio-transporte.
Art. 110. A concessão do auxílio-transporte fica condicionada à 
apresentação de declaração, firmada pelo próprio servidor, de que 
realiza despesas com transporte coletivo, nos termos do art. 107.
§ 1º O servidor deve manter atualizados os dados cadastrais que 
fundamentam a concessão do auxílio-transporte.
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§ 2º Sem prejuízo da fiscalização da administração pública e de 
eventual responsabilidade administrativa, civil ou penal, presumem-
-se verdadeiras as informações constantes da declaração prestada 
pelo servidor.
DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
Art. 111. É devido ao servidor, mensalmente, o auxílio-alimenta-
ção, com o valor fixado na forma da lei.
Art. 112. O auxílio-alimentação sujeita-se aos seguintes critérios:
I – o pagamento é feito em pecúnia, sem contrapartida;
II – não pode ser acumulado com outro benefício da mesma espé-
cie, ainda que pago in natura;
III – depende de requerimento do servidor interessado, no qual 
declare não receber o mesmo benefício em outro órgão ou entidade;
IV – o seu valor deve ser atualizado anualmente pelo mesmo índice 
que atualizar os valores expressos em moeda corrente na legislação 
do Distrito Federal;
V – não é devido ao servidor em caso de:
a) licença ou afastamento sem remuneração;
b) licença por motivo de doença em pessoa da família;
c) afastamento para estudo ou missão no exterior;
d) suspensão em virtude de pena disciplinar;
e) falta injustificada e não compensada.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no art. 119, § 2º, ao caso de 
pagamento indevido do auxílio-alimentação.
DO ABONO PECUNIÁRIO
Art. 113. A conversão de um terço das férias em abono pecuniário 
depende de autorização do Governador, do Presidente da Câmara 
Legislativa ou do Presidente do Tribunal de Contas.
§ 1º Sobre o valor do abono pecuniário, incide o adicional de férias.
§ 2º Abase para o cálculo do abono pecuniário não pode ser supe-
rior ao teto de remuneração ou subsídio.
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DO ABONO DE PERMANÊNCIA
Art. 114. O servidor que permanecer em atividade após ter com-
pletado as exigências para aposentadoria voluntária faz jus a um 
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição 
previdenciária, na forma e nas condições previstas na Constituição 
Federal.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 115. Se não for feita a compensação de horário de que trata o 
art. 63, o servidor perde:
I – a remuneração ou subsídio dos dias em que faltar ao serviço, 
sem motivo justificado;
II – a parcela da remuneração ou subsídio diário, proporcional aos 
atrasos, ausências injustificadas e saídas antecipadas.
Art. 116. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum 
desconto pode incidir sobre a remuneração ou subsídio.
§ 1º Mediante autorização do servidor e a critério da administração 
pública, pode haver consignação em folha de pagamento a favor de 
terceiros, com reposição de custos, na forma definida em regula-
mento.
§ 2º A soma das consignações de que trata o § 1º não pode exceder 
a trinta por cento da remuneração ou subsídio do servidor.
§ 3º A consignação em folha de pagamento não traz nenhuma res-
ponsabilidade para a administração pública, salvo a de repassar ao 
terceiro o valor descontado do servidor.
Art. 117. O subsídio, a remuneração ou qualquer de suas parce-
las tem natureza alimentar e não é objeto de arresto, sequestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes 
de decisão judicial.
Parágrafo único. O crédito em conta bancária não descaracteriza a 
natureza jurídica do subsídio ou remuneração.
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Art. 118. A quitação da folha de pagamento é feita até o quinto dia 
útil do mês subsequente.
Parágrafo único. No caso de erro desfavorável ao servidor no pro-
cessamento da folha de pagamento, a quitação do débito deve ser 
feita no prazo de até setenta e duas horas, contados da data de que 
trata este artigo.
Art. 119. As reposições e indenizações ao erário devem ser comuni-
cadas ao servidor para pagamento no prazo de até dez dias, poden-
do, a seu pedido, ser descontadas da remuneração ou subsídio.
§ 1º O desconto deve ser feito:
I – em parcela única, se de valor igual ou inferior à décima parte da 
remuneração ou subsídio;
II – em parcelas mensais iguais à décima parte do subsídio ou 
remuneração, devendo o resíduo constituir-se como última parcela.
§ 2º No caso de erro no processamento da folha de pagamento, o 
valor indevidamente recebido deve ser devolvido pelo servidor em 
parcela única no prazo de setenta e duas horas, contados da data 
em que o servidor foi comunicado.
Art. 120. O pagamento efetuado pela administração pública em 
desacordo com a legislação não aproveita ao servidor beneficiado, 
ainda que ele não tenha dado causa ao erro.
Parágrafo único. É vedado exigir reposição de valor em virtude de 
aplicação retroativa de nova interpretação da norma de regência.
Art. 121. Em caso de demissão, exoneração, aposentadoria ou 
qualquer licença ou afastamento sem remuneração, o servidor tem 
direito de receber os créditos a que faz jus até a data do evento.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos casos de dis-
pensa da função de confiança ou exoneração de cargo em comis-
são, quando:
I – seguidas de nova dispensa ou nomeação;
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II – se tratar de servidor efetivo, hipótese em que faz jus à percep-
ção dos créditos daí decorrentes, inclusive o décimo terceiro salário 
e as férias, na proporção prevista nesta Lei Complementar.
§ 2º Nas hipóteses deste artigo, havendo débito do servidor com 
o erário, tem ele de ser deduzido integralmente dos créditos que 
tenha ou venha a ter em virtude do cargo ocupado.
§ 3º Sendo insuficientes os créditos, o débito não deduzido tem de 
ser quitado no prazo de sessenta dias.
§ 4º O débito não quitado na forma dos §§ 2º e 3º deve ser descon-
tado de qualquer valor que o devedor tenha ou venha a ter como 
crédito junto ao Distrito Federal, inclusive remuneração ou subsídio 
de qualquer cargo público, função de confiança, proventos de apo-
sentadoria ou pensão, observado o disposto no art. 119.
§ 5º A não quitação do débito no prazo previsto implica sua inscri-
ção na dívida ativa.
§ 6º Os créditos a que o ex-servidor faz jus devem ser quitados no 
prazo de até sessenta dias, salvo nos casos de insuficiência de dota-
ção orçamentária, observado o regulamento.
Art. 122. Em caso de falecimento do servidor e após a apuração 
dos valores e dos procedimentos de que trata o art. 121, o saldo 
remanescente deve ser:
I – pago aos beneficiários da pensão e, na falta destes, aos suces-
sores judicialmente habilitados;
II – cobrado na forma da lei civil, se negativo.
Art. 123. O débito do servidor com o erário ou o crédito que venha 
a ser reconhecido administrativa ou judicialmente deve:
I – ser atualizado pelo mesmo índice que atualizar os valores expres-
sos em moeda corrente na legislação do Distrito Federal;
II – sofrer compensação de mora, na forma da legislação vigente.
Art. 124. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os 
casos previstos em lei.
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Duas são as principais peculiaridades das parcelas de caráter indenizatório:
a) A não incidência de imposto de renda e de contribuição previ-
denciária sobre os valores recebidos, de forma que o total líquido recebido a 
título de indenização é idêntico ao valor estabelecido em lei ou regulamento.
b) O fato destas verbas não se incorporarem ao vencimento ou ao 
provento do servidor, sendo que o recebimento é cessado tão logo as cau-
sas que ensejaram o recebimento desapareçam.
De acordo com a Lei Complementar, são consideradas vantagens indeni-
zatórias:
I – diária e passagem para viagem;
II – transporte;
III – alimentação;
IV – creche ou escola;
V – fardamento;
VI – conversão de férias ou de parte delas em pecúnia;
VII – abono de permanência;
VIII – créditos decorrentes de demissão, exoneração e aposenta-
doria, ou relativos a férias, adicional de férias ou conversão de licen-
ça-prêmio em pecúnia.
Da Diária e da 
Passagem
As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do 
servidor que se ausentar da sua sede em caráter transitório ou even-
tual.
As hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição 
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual 
ou transitória. Terminada a atividade, o servidor retorna para a sede da 
repartição pública.
O servidor que receber diária ou passagem e não se afastar do Distrito 
Federal, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, 
no prazo de 72 horas, contadas da data em que deveria ter viajado.
Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o 
previsto para o seu afastamento, deverá ele restituir, no prazo de 72 
horas, as diárias recebidas em excesso.
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Indenização de 
Transporte
A concessão de transporte tem como objetivo ressarcir as despesas que 
o servidor teve, no desempenho de suas atividades, com a utilização de 
meio próprio de locomoção.
Aprendendo na Prática: os Oficiais de Justiça possuem, dentre as suas 
atribuições, a de realizar diligências externas com a finalidade de dar 
cumprimento a mandados judiciais, devendo, para tal, dirigir-se, com 
veículo próprio de locomoção, aos diversos Municípios que compõema 
sua jurisdição.
Como utilizam meio próprio de locomoção, recebem, como contrapar-
tida, uma parcela de caráter indenizatório destinada a custear as des-
pesas incorridas para a prestação da atividade.
Auxílio-
Transporte
Ao servidor é devido auxílio-transporte, a ser pago em pecúnia ou em 
vale-transporte, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas 
com transporte coletivo, inclusive interestadual, no início e no fim da 
jornada de trabalho, relacionadas com o deslocamento da residência 
para o trabalho e vice-versa.
O valor mensal do auxílio-transporte corresponde ao montante das 
despesas realizadas com transporte coletivo, subtraído o montante de 
6%, incidente exclusivamente sobre:
I – subsídio ou vencimento básico do cargo efetivo ocupado pelo servidor;
II – retribuição pecuniária de cargo em comissão, quando se tratar de 
servidor não detentor de cargo efetivo.
A concessão do auxílio-transporte fica condicionada à apresentação de 
declaração, firmada pelo próprio servidor, de que realiza despesas com 
transporte coletivo.
Nesse sentido, o servidor deve manter atualizados os dados cadastrais 
que fundamentam a concessão do auxílio-transporte.
Auxílio-
Alimentação
É devido ao servidor, mensalmente, o auxílio-alimentação, com o valor 
fixado na forma da lei.
A Lei Complementar estabelece uma série de regras para a concessão 
do auxílio-alimentação, sendo elas:
Art. 112. O auxílio-alimentação sujeita-se aos seguintes critérios:
I – o pagamento é feito em pecúnia, sem contrapartida;
II – não pode ser acumulado com outro benefício da mesma espécie, 
ainda que pago in natura;
III – depende de requerimento do servidor interessado, no qual declare 
não receber o mesmo benefício em outro órgão ou entidade;
IV – o seu valor deve ser atualizado anualmente pelo mesmo índice 
que atualizar os valores expressos em moeda corrente na legislação do 
Distrito Federal;
V – não é devido ao servidor em caso de:
a) licença ou afastamento sem remuneração;
b) licença por motivo de doença em pessoa da família;
c) afastamento para estudo ou missão no exterior;
d) suspensão em virtude de pena disciplinar;
e) falta injustificada e não compensada.
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Abono 
Pecuniário
A conversão de um terço das férias em abono pecuniário depende de 
autorização do Governador, do Presidente da Câmara Legislativa ou do 
Presidente do Tribunal de Contas.
Caso seja possível a conversão, a base para o cálculo do abono pecuni-
ário não poderá ser superior ao teto de remuneração ou subsídio.
Abono de 
Permanência
O servidor que permanecer em atividade após ter completado as exi-
gências para aposentadoria voluntária faz jus a um abono de perma-
nência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, na 
forma e nas condições previstas na Constituição Federal.
Sobre a vantagem em questão, temos que saber que, atualmente, a 
idade limite para a aposentadoria compulsória, em todos os entes fede-
rativos, é os 75 anos.
4.6. Das Férias
Art. 125. A cada período de doze meses de exercício, o servidor faz 
jus a trinta dias de férias.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias, são exigidos doze 
meses de efetivo exercício.
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica aos casos de férias coletivas, 
hipótese em que as primeiras férias são proporcionais ao efetivo 
exercício.
§ 3º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 4º As férias podem ser acumuladas por até dois períodos, no caso 
de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses previstas em 
legislação específica.
§ 5º Mediante requerimento do servidor e no interesse da adminis-
tração pública, as férias podem ser parceladas em até três perío-
dos, nenhum deles inferior a dez dias.
Art. 126. Até dois dias antes de as férias serem iniciadas, devem 
ser pagos ao servidor:
I – o adicional de férias;
II – o abono pecuniário, se deferido;
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III – o adiantamento de parcela correspondente a quarenta por cento 
do valor líquido do subsídio ou remuneração, desde que requerido.
Parágrafo único. O adiantamento de que trata o inciso III é descon-
tado do subsídio ou remuneração do servidor em quatro parcelas 
mensais e sucessivas de idêntico valor.
Art. 127. O servidor que opera direta e permanentemente com 
raios X ou substâncias radioativas tem de gozar vinte dias consecu-
tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em 
qualquer hipótese a acumulação.
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não faz jus ao 
abono pecuniário.
Art. 128. As férias somente podem ser suspensas por motivo de 
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço 
militar ou eleitoral ou por necessidade do serviço.
Parágrafo único. A suspensão das férias depende de:
I – portaria do Secretário de Estado ou autoridade equivalente, no 
Poder Executivo;
II – ato do Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de 
Contas, nos respectivos órgãos.
Art. 129. Em caso de demissão, destituição de cargo em comissão, 
exoneração ou aposentadoria, as férias não gozadas são indeniza-
das pelo valor da remuneração ou subsídio devido no mês da ocor-
rência do evento, acrescido do adicional de férias.
§ 1º O período de férias incompleto é indenizado na proporção de 
um doze avos por mês de efetivo exercício.
§ 2º Para os efeitos do § 1º, a fração superior a quatorze dias é 
considerada como mês integral.
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva 
dos servidores públicos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da 
iniciativa privada.
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Decorre o direito de férias, dessa forma, de uma previsão constitucional, 
conforme estabelece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal;
Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente pre-
visto para os trabalhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores 
públicos de todos os entes federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas 
férias, um adicional de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas pecu-
liaridades com relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, 
as férias dos servidores podem ser parceladas em até 3 etapas, desde 
que requeridas pelo servidor e no interesse da administração.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados 
quando da utilização da primeira etapa, devendo ser observada a antecedên-
cia mínima de 2 dias.
Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores 
públicos, a regra é a de que as férias não podem ser interrompidas.
No âmbito do serviço público, tal como ocorre para as demais classes de 
trabalhadores, é exigido um tempo mínimo de 12 meses de exercício para 
que o servidor adquira o direito ao primeiro período de férias. Os demais pe-
ríodos, no entanto, serão contados por exercício, não havendo a necessidade 
de ser completado um ano de trabalho para a sua fruição.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
Micheli entrou em exercício no serviço público em 29/10/2014. Para que ela 
tenha direito ao gozo de férias, deve completar o período de 1 ano de efeti-
vo exercício, período este que termina em 28/10/2015. Nessa data, Micheli 
passa a ter direito de usufruir de suas férias.
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Para os demais períodos, no entanto, não há necessidade da observância de 
1 ano de efetivo exercício. Nessa situação, Micheli poderia, perfeitamente, 
requerersuas férias para o início do ano de 2016, uma vez que já estaríamos 
em um novo exercício.
Outro ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que ope-
ram constantemente com raio x ou outras substâncias radioativas.
Para estes, há a expressa determinação de que deverão gozar do período 
de 20 dias de férias a cada semestre de atividade profissional, sendo 
vedada a sua acumulação.
Além disso, tais servidores não fazem jus ao abono pecuniário.
4.7. Das Licenças
Art. 130. Além do abono de ponto, o servidor faz jus a licença:
I – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – para o serviço militar;
IV – para atividade política;
V – prêmio por assiduidade;
VI – para tratar de interesses particulares;
VII – para desempenho de mandato classista;
VIII – paternidade;
IX – maternidade;
X – médica ou odontológica.
Parágrafo único. A concessão da licença-maternidade sujeita-se às 
normas do regime de previdência social a que a servidora se encon-
tra filiada.
Art. 131. A licença concedida dentro de sessenta dias do término 
de outra da mesma espécie é considerada como prorrogação.
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Art. 132. Ao término das licenças previstas no art. 130, II a X, o 
servidor tem o direito de retornar à mesma lotação, com a mesma 
jornada de trabalho de antes do início da licença, desde que uma ou 
outra não tenha sofrido alteração normativa.
DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE 
OU COMPANHEIRO
Art. 133. Pode ser concedida licença ao servidor estável para acom-
panhar cônjuge ou companheiro que for deslocado para:
I – trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de 
Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno – RIDE;
II – exercer mandato eletivo em Estado ou Município não compre-
endido na RIDE.
§ 1º A licença é por prazo de até cinco anos e sem remuneração ou 
subsídio.
§ 2º A manutenção do vínculo conjugal deve ser comprovada anu-
almente, sob pena de cancelamento da licença.
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 134. Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de 
doença do cônjuge ou compa nheiro, padrasto ou madrasta, ascen-
dente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o 
segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 1º A licença somente pode ser deferida se a assistência direta 
do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultanea-
mente com o exercício do cargo.
§ 2º A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsí-
dio do cargo efetivo.
§ 3º Nenhum período de licença pode ser superior a trinta dias, e 
o somatório dos períodos não pode ultrapassar cento e oitenta dias 
por ano, iniciando-se a contagem com a primeira licença.
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§ 4º Comprovada por junta médica oficial a necessidade de licença 
por período superior a cento e oitenta dias, a licença é sem remu-
neração ou subsídio, observado o prazo inicial previsto no § 3º.
Art. 135. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o 
usufruto da licença prevista no art. 134.
Parágrafo único. São considerados como faltas injustificadas ao ser-
viço, para todos os efeitos legais, os dias em que for constatado, 
em processo disciplinar, o exercício de atividade remunerada duran-
te a licença prevista no art. 134, ainda que a licença se tenha dado 
sem remuneração ou subsídio.
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 136. Ao servidor convocado para o serviço militar é concedida 
licença, na forma e nas condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor tem até 
trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 137. O servidor tem direito a licença para atividade política 
nos períodos compreendidos entre:
I – a data de sua escolha em convenção partidária como candida-
to a cargo eletivo e a véspera do registro da candidatura perante a 
Justiça Eleitoral;
II – o registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral e até dez 
dias após a data da eleição para a qual concorre.
§ 1º No caso do inciso I, a licença é sem remuneração ou subsídio; 
no caso do inciso II, é com remuneração ou subsídio.
§ 2º Negado o registro ou havendo desistência da candidatura, o 
servidor tem de reassumir o cargo imediatamente.
§ 3º O servidor candidato a cargo eletivo que exerça cargo em 
comissão ou função de confiança dele deve ser exonerado ou dis-
pensado, observados os prazos da legislação eleitoral.
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Art. 138. O servidor efetivo que pretenda ser candidato deve ficar 
afastado de suas atribuições habituais, quando assim o exigir a 
legislação eleitoral.
§ 1º Ao servidor afastado na forma deste artigo, sem prejuízo da 
remuneração ou subsídio, devem ser cometidas atribuições compa-
tíveis com seu cargo e a legislação eleitoral.
§ 2º O afastamento de que trata o § 1º encerra-se na data da con-
venção partidária, aplicando-se a partir daí o disposto no art. 137, 
I e II.
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 139. Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servi-
dor efetivo faz jus a três meses de licença-prêmio por assiduidade, 
sem prejuízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
Art. 140. A contagem do prazo para aquisição da licença-prêmio é 
interrompida quando o servidor, durante o período aquisitivo:
I – sofrer sanção disciplinar de suspensão;
II – licenciar-se ou afastar-se do cargo sem remuneração.
Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardam a con-
cessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um mês 
para cada falta.
Art. 141. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-
-prêmio não pode ser superior a um terço da lotação da respectiva 
unidade administrativa do órgão, autarquia ou fundação.
Art. 142. Os períodos de licença-prêmio adquiridos e não gozados 
são convertidos em pecúnia, quando o servidor for aposentado.
Parágrafo único. Em caso de falecimento do servidor, a conversão em 
pecúnia de que trata este artigo é paga aos beneficiários da pensão 
ou, não os havendo, aos sucessores judicialmente habilitados.
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Art. 143. Fica assegurado às servidoras públicas o direito de iniciar 
a fruição de licença-prêmio por assiduidade logo após o término da 
licença-maternidade.
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo aplica-se à licen-
ça-prêmio por assiduidade cujo período de aquisição for completa-
do até dez dias antes do término da licença-maternidade.
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 144. A critério da administração pública, pode ser concedida 
ao servidor estável licença para tratar de assuntos particulares, pelo 
prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração, desde que:
I – não possua débito com o erário relacionado com sua situação 
funcional;
II – não se encontre respondendo a processo disciplinar.
§ 1º A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido 
do servidor ou a critério da administração.
§ 2º O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacu-
mulável durante a licença de que trata este artigo.
§ 3º A licença pode ser prorrogada por igual período, uma única vez.
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
Art. 145. Fica assegurado ao servidor estável o direito a licença 
para o desempenho de mandato em central sindical, confederação, 
federação ou sindicato representativos de servidores do Distrito 
Federal, regularmente registrados no órgão competente.
§ 1º A licença prevista neste artigo é considerada como efetivo 
exercício.
§ 2ºA remuneração ou subsídio do servidor licenciado na forma 
deste artigo e os encargos sociais decorrentes são pagos pelo órgão 
ou entidade de lotação do servidor.
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Art. 146. A licença de servidor para sindicato representativo de 
categoria de servidores civis do Distrito Federal é feita da forma 
seguinte:
I – o servidor tem de ser eleito dirigente sindical pela categoria;
II – cada sindicato tem direito à licença de:
a) dois dirigentes, desde que tenha, no mínimo, trezentos servido-
res filiados;
b) um dirigente para cada grupo de dois mil servidores filiados, 
além dos dirigentes previstos na alínea a, até o limite de dez diri-
gentes.
Parágrafo único. Para cada dois dirigentes sindicais licenciados na 
forma deste artigo, observado o regulamento, pode ser licencia-
do mais um, devendo o sindicato ressarcir ao órgão ou entidade o 
valor total despendido com remuneração ou subsídio, acrescido dos 
encargos sociais e provisões para férias, adicional de férias, décimo 
terceiro salário e conversão de licença-prêmio em pecúnia.
Art. 147. Para o desempenho de mandato em central sindical, con-
federação ou federação, pode ser licenciado um servidor para cada 
grupo de vinte e cinco mil associados por instituição.
§ 1º O grupo de servidores referido no caput é aferido pelo número 
de servidores associados aos sindicatos filiados a cada instituição 
de que trata este artigo.
§ 2º O servidor deve ser eleito dirigente pela categoria.
Art. 148. A licença tem duração igual à do mandato, podendo ser 
prorrogada no caso de reeleição.
Art. 149. O servidor investido em mandato classista, durante o 
mandato e até um ano após o seu término, não pode ser removi-
do ou redistribuído de ofício para unidade administrativa diversa 
daquela de onde se afastou para exercer o mandato.
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DA LICENÇA-PATERNIDADE
Art. 150. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direi-
to a licença-paternidade de sete dias consecutivos, incluído o dia da 
ocorrência.
DO ABONO DE PONTO
Art. 151. O servidor que não tiver falta injustificada no ano ante-
rior faz jus ao abono de ponto de cinco dias.
§ 1º Para aquisição do direito ao abono de ponto, é necessário que 
o servidor tenha estado em efetivo exercício de 1º de janeiro a 31 
de dezembro do ano aquisitivo.
§ 2º O direito ao gozo do abono de ponto extingue-se em 31 de 
dezembro do ano seguinte ao do ano aquisitivo.
§ 3º O gozo do abono de ponto pode ser em dias intercalados.
§ 4º O número de servidores em gozo de abono de ponto não pode 
ser superior a um quinto da lotação da respectiva unidade adminis-
trativa do órgão, autarquia ou fundação.
§ 5º Ocorrendo a investidura após 1º de janeiro do período aquisi-
tivo, o servidor faz jus a um dia de abono de ponto por bimestre de 
efetivo exercício, até o limite de cinco dias.
Estabelece a Lei Complementar n. 840/2011 uma série de licenças passí-
veis de utilização pelo servidor público distrital, sendo elas:
I – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – para o serviço militar;
IV – para atividade política;
V – prêmio por assiduidade;
VI – para tratar de interesses particulares;
VII – para desempenho de mandato classista;
VIII – paternidade;
IX – maternidade;
X – médica ou odontológica.
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Importante salientar que a licença concedida dentro de 60 dias do 
término de outra da mesma espécie é considerada como prorrogação.
Licença por Motivo 
de Afastamento 
do Cônjuge ou 
Companheiro
Pode ser concedida licença ao servidor estável para acompanhar 
cônjuge ou companheiro que for deslocado para:
I – trabalhar em localidade situada fora da Região Integrada de 
Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno – RIDE;
II – exercer mandato eletivo em Estado ou Município não compre-
endido na RIDE.
A licença em questão será pelo prazo de até 5 anos, acarretando, 
durante o período, a perda da remuneração ou subsídio.
No entanto, a manutenção do vínculo conjugal deve ser compro-
vada anualmente, sob pena de cancelamento da licença.
Licença por Motivo 
de Doença em 
Pessoa da Família
Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do 
cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, des-
cendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo 
grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
A licença é concedida sem prejuízo da remuneração ou subsídio do 
cargo efetivo
Importante: nenhum período de licença pode ser superior a 30 
dias, e o somatório dos períodos não pode ultrapassar 180 dias por 
ano, iniciando-se a contagem com a primeira licença.
Licença para o 
Serviço Militar
A informação imprescindível sobre tal licença é que, uma vez con-
cedida, terá o servidor, após concluir a obrigação, um prazo de 
30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo 
público.
A licença para o serviço militar terá todas as suas condições esta-
belecidas em legislação específica.
Licença para 
Atividade Política
Com a finalidade de não influenciar no pleito democrático, o ser-
vidor que estiver concorrendo a algum cargo eletivo terá direito a 
esta licença, sem remuneração, a partir da sua escolha em conven-
ção partidária e até a véspera do registro da candidatura. Nessa 
situação, a licença será sem remuneração.
Com o registro, o servidor passa a ter direito, novamente, à licença, 
que irá durar do registro da candidatura até 10 dias após as elei-
ções. Nessa situação, a licença será com remuneração.
O servidor candidato a cargo eletivo que exerça cargo em comissão 
ou função de confiança dele deve ser exonerado ou dispensado, 
observados os prazos da legislação eleitoral.
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Licença-Prêmio por 
Assiduidade
Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor efetivo 
faz jus a três meses de licença-prêmio por assiduidade, sem preju-
ízo da remuneração ou subsídio do cargo efetivo.
Deve ser salientado que o número de servidores em gozo simultâ-
neo de licença-prêmio não pode ser superior a um terço da lotação 
da respectiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou fun-
dação. Previne-se, com a medida, que as atividades da repartição 
sejam prejudicadas.
Os períodos de licença-prêmio adquiridos e não gozados serão con-
vertidos em pecúnia quando o servidor for aposentado.
Em caso de falecimento do servidor, a conversão em pecúnia de 
que trata este artigo será paga aos beneficiários da pensão ou, não 
os havendo, aos sucessores judicialmente habilitados.
Importante questão refere-se às servidoras que estiverem fazendo 
uso de licença-maternidade.
De acordo com a norma, fica assegurado às servidoras públicas o 
direito de iniciar a fruição de licença-prêmio por assiduidade logo 
após o término da licença-maternidade.
O direito em questão aplica-se à licença-prêmio por assiduidade 
cujo período de aquisição for completado até dez dias antes do tér-
mino da licença-maternidade.
A contagem do prazo para aquisição da licença-prêmio será inter-
rompida quando o servidor, durante o período aquisitivo:
a) sofrer sanção disciplinar de suspensão;
b) licenciar-se ou afastar-se do cargo sem remuneração.
Licença para tratar 
de Interesses 
Particulares
A critério da Administração Pública, poderá ser concedida ao ser-
vidor estável (trata-se de um ato discricionário) licença para tratar 
de assuntos particulares.
O prazo da licença será de até 3 anos consecutivos, implicando na 
perda da remuneração do servidor durante o período.
Para o deferimento da licença, deve o servidor atender aos seguin-
tes requisitos:
a) não possuir débito com o erário relacionado com sua situação 
funcional;
b) não estar respondendo a processodisciplinar.
A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do 
servidor ou a critério da Administração.
Devemos saber, ainda, que a licença pode ser prorrogada por igual 
período, uma única vez.
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Licença para o 
Desempenho de 
Mandato Classista
Fica assegurado ao servidor estável o direito a licença para o desem-
penho de mandato em central sindical, confederação, federação ou 
sindicato representativos de servidores do Distrito Federal, regular-
mente registrados no órgão competente.
A licença de servidor para sindicato representativo de categoria de 
servidores civis do Distrito Federal é feita da forma seguinte:
I – o servidor tem de ser eleito dirigente sindical pela categoria;
II – cada sindicato tem direito à licença de:
a) dois dirigentes, desde que tenha, no mínimo, trezentos servido-
res filiados;
b) um dirigente para cada grupo de dois mil servidores filiados, 
além dos dirigentes previstos na alínea a, até o limite de dez diri-
gentes.
Para o desempenho de mandato em central sindical, confederação 
ou federação, pode ser licenciado um servidor para cada grupo de 
vinte e cinco mil associados por instituição.
A licença tem duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada 
no caso de reeleição.
Importante: o servidor investido em mandato classista, durante o 
mandato e até 1 ano após o seu término, não pode ser removido ou 
redistribuído de ofício para unidade administrativa diversa daquela 
de onde se afastou para exercer o mandato.
Licença-Paternidade
Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor tem direito a licen-
ça-paternidade de 7 dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência.
4.8. Dos Afastamentos
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU 
ENTIDADE DO EXERCÍCIO EM OUTRO CARGO
Art. 152. Desde que não haja prejuízo para o serviço, o servidor 
efetivo pode ser cedido a outro órgão ou entidade dos Poderes do 
Distrito Federal, da União, dos Estados ou dos Municípios, para o 
exercício de:
I – emprego ou cargo em comissão ou função de confiança, cuja 
remuneração ou subsídio seja superior a:
a) um décimo do subsídio de Secretário de Estado no caso do Dis-
trito Federal;
b) um quinto do subsídio de Secretário de Estado nos demais casos;
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II – cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do 
Distrito Federal ou da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Insti-
tucional da Presidência da República;
III – cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de 
Deputado Federal ou Senador da República integrante da bancada 
do Distrito Federal;
IV – cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Muni-
cipal nos Municípios que constituem a RIDE;
V – cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas 
da União, de servidores das áreas de saúde, educação ou segurança 
pública.
§ 1º À cessão de servidor do Poder Executivo para órgão do Poder 
Legislativo aplica-se o seguinte:
I – no caso da Câmara Legislativa, podem ser cedidos até cinco ser-
vidores por Gabinete Parlamentar;
II – no caso do Congresso Nacional, podem ser cedidos até dois ser-
vidores por gabinete de Deputado Federal ou Senador da República 
eleito pelo Distrito Federal.
§ 2º A cessão de servidor é autorizada pelo:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
§ 3º Em caráter excepcional, pode ser autorizada cessão e requisi-
ção fora das hipóteses previstas neste artigo e no art. 154.
§ 4º O servidor tem garantidos todos os direitos referentes ao exer-
cício do cargo efetivo durante o período em que estiver cedido.
Art. 153. A cessão termina com a:
I – exoneração do cargo para o qual o servidor foi cedido, salvo se 
houver nova nomeação na mesma data;
II – revogação pela autoridade cedente.
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Parágrafo único. Terminada a cessão, o servidor tem de apresentar-
-se ao órgão, autarquia ou fundação de origem até o dia seguinte 
ao da exoneração ou da revogação, independentemente de comu-
nicação entre o cessionário e o cedente.
Art. 154. O ônus da cessão é do órgão ou entidade cessionária.
Parágrafo único. Excetua-se do disposto neste artigo, passando o 
ônus para o órgão, autarquia ou fundação cedente, a cessão para 
exercício de cargo:
I – previsto no art. 152, II a V e § 1º;
II – em comissão da administração direta, autárquica ou fundacio-
nal de qualquer dos Poderes do Distrito Federal.
Art. 155. Na cessão com ônus para o cessionário, são ressarcidos 
ao órgão cedente os valores da remuneração ou subsídio, acresci-
dos dos encargos sociais e das provisões para férias, adicional de 
férias, décimo terceiro salário e licença-prêmio por assiduidade.
§ 1º O órgão ou entidade cedente tem de apresentar ao cessioná-
rio, mensalmente, a fatura com os valores discriminados por parce-
las remuneratórias, encargos sociais e provisões.
§ 2º Havendo atrasos superiores a sessenta dias no ressarcimento, 
a cessão tem de ser revogada, devendo o servidor reapresentar-se 
ao seu órgão, autarquia ou fundação de origem.
§ 3º Fica autorizada a compensação de valores, quando o Distrito 
Federal for cedente e cessionário de servidores.
Art. 156. O servidor, quando no exercício de cargo em comissão ou 
função de confiança, fica afastado das atribuições do seu cargo de 
provimento efetivo.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se ao servidor que acumular lici-
tamente dois cargos efetivos.
§ 2º No caso do § 1º, a remuneração do segundo cargo efetivo 
depende da contraprestação de serviço e da compatibilidade de 
horário com o cargo em comissão ou função de confiança.
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§ 3º A contraprestação de serviço e a compatibilidade de horário 
com o cargo em comissão ou função de confiança de que trata o § 
2º devem ser declaradas pelas autoridades máximas dos órgãos ou 
entidades envolvidos.
§ 4º Independentemente da contraprestação do serviço, se a soma 
das horas de trabalho dos cargos em regime de acumulação não 
superar quarenta e quatro horas semanais, o servidor afastado 
na forma deste artigo faz jus à remuneração ou subsídio dos dois 
cargos efetivos, salvo no caso da opção de que trata o art. 77, § 2º.
DO EXERCÍCIO EM OUTRO ÓRGÃO
Art. 157. O servidor estável, sem prejuízo da remuneração ou sub-
sídio e dos demais direitos relativos ao cargo efetivo, pode ser colo-
cado à disposição de outro órgão ou entidade para o exercício de 
atribuições específicas, nos seguintes casos:
I – interesse do serviço;
II – deficiência de pessoal em órgão, autarquia ou fundação sem 
quadro próprio de servidores de carreira;
III – requisição da Presidência da República;
IV – requisição do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regio-
nal Eleitoral do Distrito Federal.
§ 1º O interesse do serviço caracteriza-se quando o remanejamen-
to de pessoal se destina a:
I – lotar pessoal de órgão ou unidade orgânica reestruturado ou 
com excesso de pessoal;
II – promover o ajustamento de pessoal às necessidades dos ser-
viços para garantir o desempenho das atividades do órgão cessio-
nário;
III – viabilizar a execução de projetos ou ações com fim determina-
do e prazo certo.
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§ 2º No caso dos incisos I e II do caput, o afastamento do cargo 
efetivo restringe-se ao âmbito do mesmo Poder e só pode ser para 
fim determinado e a prazo certo.
§ 3º Em caráter excepcional, pode ser autorizada a disposição fora 
das hipóteses previstas neste artigo, precedida de autorização por 
autoridade competente, nos moldes do art. 152, § 2º.
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
Art. 158. Ao servidor efetivo investido em mandatoeletivo apli-
cam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, fica afas-
tado do cargo;
II – investido no mandato de prefeito, fica afastado do cargo, sen-
do-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo;
III – investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, percebe as vantagens de 
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, é afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo.
§ 1º O servidor de que trata este artigo, durante o mandato e até 
um ano após o seu término, não pode ser removido ou redistribuído 
de ofício para unidade administrativa diversa daquela de onde se 
afastou para exercer o mandato.
§ 2º O servidor tem garantidos todos os direitos referentes ao exer-
cício do cargo efetivo durante o período em que estiver em cargo 
eletivo.
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
Art. 159. Mediante autorização do Governador, do Presidente da 
Câmara Legislativa ou do Presidente do Tribunal de Contas, o ser-
vidor estável pode ausentar-se do Distrito Federal ou do País para:
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I – estudo ou missão oficial, com a remuneração ou subsídio do 
cargo efetivo;
II – serviço sem remuneração em organismo internacional de que o 
Brasil participe ou com o qual coopere.
§ 1º A ausência não pode exceder a quatro anos, nem pode ser 
concedida nova licença antes de decorrido igual período.
§ 2º Em caso de exoneração, demissão, aposentadoria voluntária, 
licença para tratar de interesse particular ou vacância em razão 
de posse em outro cargo inacumulável antes de decorrido período 
igual ao do afastamento, o servidor beneficiado pelo disposto no 
inciso I tem de ressarcir proporcionalmente a despesa, incluída a 
remuneração ou o subsídio e os encargos sociais, havida com seu 
afastamento e durante ele.
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAR DE COMPETIÇÃO DES-
PORTIVA
Art. 160. Mediante autorização do Governador, do Presidente da 
Câmara Legislativa ou do Presidente do Tribunal de Contas, pode 
ser autorizado o afastamento remunerado do servidor estável:
I – para participar de competição desportiva nacional para a qual 
tenha sido previamente selecionado;
II – quando convocado para integrar representação desportiva 
nacional, no País ou no exterior.
Parágrafo único. O afastamento de que trata este artigo é pelo prazo 
da competição e gera como única despesa para o órgão, autarquia 
ou fundação a prevista no caput.
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAR DE PROGRAMA DE 
PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
Art. 161. O servidor estável pode, no interesse da administração 
pública, e desde que a participação não possa ocorrer simultane-
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amente com o exercício do cargo ou mediante compensação de 
horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração ou subsídio, para participar de programa de pós-gra-
duação stricto sensu em instituição de ensino superior, no País ou 
no exterior.
§ 1º O titular do órgão, autarquia ou fundação deve definir os pro-
gramas de capacitação e os critérios para participação em progra-
mas de pós-graduação de que trata este artigo, com ou sem afas-
tamento do servidor, observado o regulamento.
§ 2º O afastamento para realização de programas de mestrado, 
doutorado ou pós-doutorado somente pode ser concedido ao ser-
vidor estável que esteja em efetivo exercício no respectivo órgão, 
autarquia ou fundação há pelo menos:
I – três anos consecutivos para mestrado;
II – quatro anos consecutivos para doutorado ou pós-doutorado.
§ 3º É vedado autorizar novo afastamento:
I – para curso do mesmo nível;
II – antes de decorrido prazo igual ao de afastamento já concedido.
§ 4º O servidor beneficiado pelos afastamentos previstos nos §§ 1º, 
2º e 3º tem de:
I – apresentar o título ou grau obtido com o curso que justificou seu 
afastamento;
II – compartilhar com os demais servidores de seu órgão, autarquia 
ou fundação os conhecimentos adquiridos no curso;
III – permanecer no efetivo exercício de suas atribuições após o seu 
retorno por um período igual ao do afastamento concedido.
§ 5º O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo tem de res-
sarcir a despesa havida com seu afastamento, incluídos a remune-
ração ou o subsídio e os encargos sociais, da forma seguinte:
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I – proporcional, em caso de exoneração, demissão, aposentadoria 
voluntária, licença para tratar de interesse particular ou vacância 
em razão de posse em outro cargo inacumulável, antes de decorri-
do período igual ao do afastamento;
II – integral, em caso de não obtenção do título ou grau que justifi-
cou seu afastamento, salvo na hipótese comprovada de força maior 
ou de caso fortuito.
DO AFASTAMENTO PARA FREQUÊNCIA EM CURSO DE FOR-
MAÇÃO
Art. 162. O servidor pode afastar-se do cargo ocupado para partici-
par de curso de formação previsto como etapa de concurso público, 
desde que haja:
I – expressa previsão do curso no edital do concurso;
II – incompatibilidade entre os horários das aulas e os da repartição.
§ 1º Havendo incompatibilidade entre os horários das aulas e os da 
repartição, o servidor fica afastado:
I – com remuneração ou subsídio, nos casos de curso de formação 
para cargo efetivo de órgão, autarquia ou fundação dos Poderes 
Legislativo ou Executivo do Distrito Federal;
II – sem remuneração, nos casos de curso de formação para cargo 
não contemplado no inciso I deste parágrafo.
§ 2º O servidor pode optar por eventual ajuda financeira paga em 
razão do curso de formação, vedada a percepção da remuneração 
prevista no § 1º, I.
A doutrina não identifica uma diferença precisa entre os afastamentos e as 
licenças passíveis de concessão ao servidor público.
Em ambos os casos, estamos diante de um direito, possibilitando que o 
servidor se ausente sem que, via de regra, ocorra a perda da respectiva re-
muneração ou a cessação da contagem do tempo de afastamento como de 
efetivo exercício.
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Lei Complementar n. 840/2011
100
De acordo com a Lei Complementar n. 840/2011, podemos identificar os 
seguintes afastamentos:
Afastamento para 
servir em outro 
Órgão ou Entidade
O servidor efetivo pode ser cedido a outro órgão ou entidade dos 
Poderes do Distrito Federal, da União, dos Estados ou dos Municí-
pios, nas seguintes situações:
I – emprego ou cargo em comissão ou função de confiança, cuja 
remuneração ou subsídio seja superior a:
a) um décimo do subsídio de Secretário de Estado no caso do Dis-
trito Federal;
b) um quinto do subsídio de Secretário de Estado nos demais casos;
II – cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do 
Distrito Federal ou da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Insti-
tucional da Presidência da República;
III – cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de 
Deputado Federal ou Senador da República integrante da bancada 
do Distrito Federal;
IV – cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Muni-
cipal nos Municípios que constituem a RIDE;
V – cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas da 
União, de servidores das áreas de saúde, educação ou segurança pública.
A cessão de servidor é autorizada pelo:
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
A cessão termina de duas diferentes formas:
a) com a exoneração do cargo para o qual o servidor foi cedido, 
salvo se houver nova nomeação na mesma data;
b) com a revogação pela autoridade cedente.
Terminada a cessão, o servidor deve apresentar-se ao órgão, autarquia ou 
fundação de origem até o dia seguinte ao da exoneração ou da revogação,independentemente de comunicação entre o cessionário e o cedente.
Como regra geral, o ônus da cessão é do órgão ou entidade cessio-
nária, ou seja, aquele que está recebendo o servidor.
Em caráter de exceção, o ônus será do órgão ou entidade cedente 
nas seguintes situações:
a) cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do 
Distrito Federal ou da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Insti-
tucional da Presidência da República;
b) cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de 
Deputado Federal ou Senador da República integrante da bancada 
do Distrito Federal;
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101
c) cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Munici-
pal nos Municípios que constituem a RIDE;
d) cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas 
da União, de servidores das áreas de saúde, educação ou segurança 
pública.
e) cessão de servidor do Poder Executivo para órgão do Poder Legis-
lativo;
f) cargo em comissão da administração direta, autárquica ou funda-
cional de qualquer dos Poderes do Distrito Federal.
Importante salientar que o servidor estável, sem prejuízo da remu-
neração, subsídio e dos demais direitos relativos ao cargo efetivo, 
pode ser colocado à disposição de outro órgão ou entidade para o 
exercício de atribuições específicas, nos seguintes casos:
I – interesse do serviço;
II – deficiência de pessoal em órgão, autarquia ou fundação sem 
quadro próprio de servidores de carreira;
III – requisição da Presidência da República;
IV – requisição do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regio-
nal Eleitoral do Distrito Federal.
Afastamento para 
Exercício de Man-
dato Eletivo
Caso o servidor público seja eleito para o desempenho de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, fica afas-
tado do cargo;
II – investido no mandato de prefeito, fica afastado do cargo, sen-
do-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo;
III – investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, percebe as vantagens de 
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, é afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela remuneração do cargo efetivo.
Importante: o servidor afastado em virtude de mandato eletivo, 
durante o mandato e até 1 ano após o seu término, não pode ser 
removido ou redistribuído de ofício para unidade administrativa 
diversa daquela de onde se afastou para exercer o mandato.
Afastamento para 
Estudo ou Missão 
no Exterior
Mediante autorização do Governador, do Presidente da Câmara 
Legislativa ou do Presidente do Tribunal de Contas, o servidor está-
vel pode ausentar-se do Distrito Federal ou do País para:
I – estudo ou missão oficial, com a remuneração ou subsídio do 
cargo efetivo;
II – serviço sem remuneração em organismo internacional de que o 
Brasil participe ou com o qual coopere.
A ausência em questão não pode exceder a 4 anos, não podendo 
ser concedida nova licença antes de decorrido igual período.
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102
Em caso de exoneração, demissão, aposentadoria voluntária, licença para 
tratar de interesse particular ou vacância em razão de posse em outro 
cargo inacumulável antes de decorrido período igual ao do afastamento, 
deverá o servidor ressarcir, de forma proporcional, os cofres públicos.
Afastamento para 
participar de Com-
petição Desportiva
Mediante autorização do Governador, do Presidente da Câmara Legis-
lativa ou do Presidente do Tribunal de Contas, pode ser autorizado o 
afastamento remunerado do servidor estável:
I – para participar de competição desportiva nacional para a qual tenha 
sido previamente selecionado;
II – quando convocado para integrar representação desportiva nacio-
nal, no País ou no exterior.
O afastamento em questão será pelo prazo da competição esportiva.
Afastamento para 
participar de Pro-
grama de Pós-
-Graduação Stricto 
Sensu
O servidor poderá afastar-se para participar de programa de pós-
-graduação stricto sensu no país sempre que não for possível a 
concessão com o desempenho das atividades do cargo ou com a 
compensação de horários.
Enquadram-se no conceito de pós-graduação stricto sensu os pro-
gramas de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
O afastamento para realização de programas de mestrado, dou-
torado ou pós-doutorado somente pode ser concedido ao servidor 
estável que esteja em efetivo exercício no respectivo órgão, autar-
quia ou fundação há pelo menos:
I – 3 anos consecutivos para mestrado;
II – 4 anos consecutivos para doutorado ou pós-doutorado.
O servidor que fizer uso desse tipo de afastamento deve, após a 
conclusão dos estudos, adotar as seguintes medidas:
a) apresentar o título ou grau obtido com o curso que justificou seu 
afastamento;
b) compartilhar com os demais servidores de seu órgão, autarquia 
ou fundação os conhecimentos adquiridos no curso;
c) permanecer no efetivo exercício de suas atribuições após o seu 
retorno por um período igual ao do afastamento concedido.
Em caso de exoneração, demissão, aposentadoria voluntária, licença 
para tratar de interesse particular ou vacância em razão de posse 
em outro cargo inacumulável, antes de decorrido período igual ao 
do afastamento, deverá o servidor ressarcir os cofres públicos de 
forma proporcional.
Em caso de não obtenção do título ou grau que justificou seu afas-
tamento, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso 
fortuito, o ressarcimento deve ser integral.
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103
Afastamento para 
frequência em 
Curso de Formação
O servidor pode afastar-se do cargo ocupado para participar de 
curso de formação previsto como etapa de concurso público, desde 
que haja:
I – expressa previsão do curso no edital do concurso;
II – incompatibilidade entre os horários das aulas e os da repartição.
Teremos esse tipo de afastamento quando o servidor for aprovado 
em concurso relativo a outro cargo público.
Em caso de incompatibilidade entre os horários das aulas do curso 
de formação e os da repartição, o servidor fica afastado:
I – com remuneração ou subsídio, nos casos de curso de formação 
para cargo efetivo de órgão, autarquia ou fundação dos Poderes 
Legislativo ou Executivo do Distrito Federal;
II – sem remuneração, nos casos de curso de formação para cargo 
não contemplado na regra anterior.
4.9. Do Tempo de Serviço e do Tempo de Contribui-
ção
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 163. Salvo disposição legal em contrário, é contado para todos 
os efeitos o tempo de serviço público remunerado, prestado a órgão, 
autarquia ou fundação dos Poderes Executivo e Legislativo do Dis-
trito Federal.
§ 1º A contagem do tempo de serviço é feita em dias, que são con-
vertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta 
e cinco dias.
§ 2º É vedado proceder:
I – ao arredondamento de dias faltantes para complementar perío-
do, ressalvados os casos previstos nesta Lei Complementar;
II – a qualquer forma de contagem de tempo de serviço fictício;
III – à contagem cumulativa de tempo de serviço prestado conco-
mitantemente:
a) em diferentes cargos do serviço público;
b) em cargo do serviço público e em emprego na administração 
indireta ou na iniciativa privada;
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104
IV – à contagem do tempo de serviço já computado:
a) em órgão ou entidade em que o servidor acumule cargo público;
b) para concessão de aposentadoria em qualquer regime de previ-
dência social pelo qual o servidor receba proventos.
Art. 164. Salvo disposição legal em contrário, não são contados 
como tempo de serviço:
I – a falta injustificada ao serviço e a não compensada na forma 
desta Lei Complementar;
II – o período em que o servidor estiver:
a) licenciado ou afastado sem remuneração;b) cumprindo sanção disciplinar de suspensão;
III – o período decorrido entre:
a) a exoneração e o exercício em outro cargo de provimento efeti-
vo;
b) a concessão de aposentadoria voluntária e a reversão;
c) a data de publicação do ato de reversão, reintegração, recondu-
ção ou aproveitamento e o retorno ao exercício do cargo.
Art. 165. São considerados como efetivo exercício:
I – as férias;
II – as ausências previstas no art. 62;
III – a licença:
a) maternidade ou paternidade;
b) médica ou odontológica;
c) prêmio por assiduidade;
d) para o serviço militar obrigatório;
IV – o abono de ponto;
V – o afastamento para:
a) exercício em outro órgão ou entidade, inclusive em cargo em 
comissão ou função de confiança, de qualquer dos Poderes do Dis-
trito Federal, União, Estado ou Município;
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b) estudo ou missão no exterior, com remuneração;
c) participação em competição desportiva;
d) participação em programa de treinamento regularmente institu-
ído ou em programa de pós-graduação stricto sensu;
VII – o período entre a demissão e a data de publicação do ato de 
reintegração;
VIII – a participação em tribunal do júri ou outros serviços obriga-
tórios por lei.
Parágrafo único. A licença para o desempenho de mandato classista 
ou o afastamento para exercer mandato eletivo federal, estadual, 
distrital ou municipal são considerados como efetivo exercício.
Art. 166. Conta-se para efeito de disponibilidade:
I – o tempo de serviço prestado a Município, Estado ou União, inclu-
sive o prestado ao Tribunal de Justiça, Ministério Público ou Defen-
soria Pública do Distrito Federal e Territórios;
II – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao regime 
geral de previdência social, inclusive o prestado à empresa pública 
ou à sociedade de economia mista de qualquer ente da federação;
III – a licença remunerada por motivo de doença em pessoa da 
família do servidor;
IV – a licença remunerada para atividade política;
V – o tempo de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou 
distrital, anterior ao ingresso no serviço público do Distrito Federal;
VI – o afastamento para frequência em curso de formação, quando 
remunerado.
DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Art. 167. Faz-se na forma da legislação previdenciária a contagem 
do tempo:
I – de contribuição;
II – no serviço público;
III – de serviço no cargo efetivo;
IV – de serviço na carreira.
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Salvo disposição legal em contrário, é contado para todos os efeitos o 
tempo de serviço público remunerado, prestado a órgão, autarquia ou funda-
ção dos Poderes Executivo e Legislativo do Distrito Federal.
O tempo de serviço é utilizado para, dentre outras finalidades, verificar o 
momento em que o agente público pode ou não se aposentar.
Nesse sentido, deve ser ressaltado que a contagem do tempo de servi-
ço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o 
ano como de 365 dias.
A Lei Complementar n. 840/2011 apresenta uma série de situações que 
serão ou não computadas como tempo de serviço.
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Lei Complementar n. 840/2011
107
São considerados como efetivo exercí-
cio
Salvo disposição legal em contrário, não 
são contados como tempo de serviço
I – as férias;
II – as seguintes ausências:
a) por um dia para: doar sangue ou realizar, 
uma vez por ano, exames médicos preventivos 
ou periódicos voltados ao controle de câncer de 
próstata, de mama ou do colo de útero;
b) por até dois dias, para se alistar como 
eleitor ou requerer transferência do domicílio 
eleitoral;
c) por oito dias consecutivos, incluído o dia da 
ocorrência, em razão de casamento ou do faleci-
mento do cônjuge, companheiro, parceiro homo-
afetivo, pai, mãe, padrasto, madrasta, filho, 
irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.
III – a licença:
a) maternidade ou paternidade;
b) médica ou odontológica;
c) prêmio por assiduidade;
d) para o serviço militar obrigatório;
IV – o abono de ponto;
V – o afastamento para:
a) exercício em outro órgão ou entidade, 
inclusive em cargo em comissão ou função 
de confiança, de qualquer dos Poderes do 
Distrito Federal, União, Estado ou Município;
b) estudo ou missão no exterior, com remu-
neração;
c) participação em competição desportiva;
d) participação em programa de treinamento 
regularmente instituído ou em programa de 
pós-graduação stricto sensu;
VII – o período entre a demissão e a data de 
publicação do ato de reintegração;
VIII – a participação em tribunal do júri ou 
outros serviços obrigatórios por lei.
Parágrafo único. A licença para o desempe-
nho de mandato classista ou o afastamento 
para exercer mandato eletivo federal, esta-
dual, distrital ou municipal são considerados 
como efetivo exercício.
I – a falta injustificada ao serviço e a não 
compensada na forma desta Lei Complemen-
tar;
II – o período em que o servidor estiver:
a) licenciado ou afastado sem remuneração;
b) cumprindo sanção disciplinar de suspen-
são;
III – o período decorrido entre:
a) a exoneração e o exercício em outro cargo 
de provimento efetivo;
b) a concessão de aposentadoria voluntária 
e a reversão;
c) a data de publicação do ato de reversão, 
reintegração, recondução ou aproveitamento 
e o retorno ao exercício do cargo.
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Além disso, a norma elenca situações que apenas serão contadas para 
fins de disponibilidade, e não como de efetivo exercício, sendo elas:
a) o tempo de serviço prestado a Município, Estado ou União, inclusive o 
prestado ao Tribunal de Justiça, Ministério Público ou Defensoria Pública do 
Distrito Federal e Territórios;
b) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao regime geral de 
previdência social, inclusive o prestado à empresa pública ou à sociedade de 
economia mista de qualquer ente da federação;
c) a licença remunerada por motivo de doença em pessoa da família do 
servidor;
d) a licença remunerada para atividade política;
e) o tempo de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, 
anterior ao ingresso no serviço público do Distrito Federal;
f) o afastamento para frequência em curso de formação, quando remune-
rado.
Da análise das disposições legais, consegue-se observar que três são as 
diferentes possibilidades com relação à contagem de tempo.
a) situações que são computadas como de efetivo exercício;
b) situações que não são consideradas como de efetivo exercício;
c) situações que apenas são computadas para fins de disponibili-
dade;
Além disso, precisamos saber que a lei em questão estabelece uma série 
de vedações relacionadas com a contagem de tempo.
Tais vedações possuem o objetivo de evitar que a contagem privilegie 
determinados agentes públicos, gerando, com isso, benefícios indevidos aos 
agentes estatais. Nesse sentido, é vedado proceder:
I – ao arredondamento de dias faltantes para complementar período, res-
salvados os casos previstos nesta Lei Complementar;
II – a qualquer forma de contagem de tempo de serviço fictício;
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III – à contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitante-
mente:
a) em diferentes cargos do serviço público;
b) em cargo do serviço público e em emprego na administração indireta 
ou na iniciativa privada;
IV – à contagem do tempo de serviço já computado:
a) em órgão ou entidade em que o servidor acumule cargo público;
b) para concessão de aposentadoria em qualquer regime de previdência 
social pelo qual o servidor receba proventos.
Em consonância com a legislação previdenciária, a Lei Complementar n. 
840/2011 apresenta as diversas formas como a contagem do tempo de con-
tribuição será feito:
4.10. Do Direito de Petição
Art. 168. É assegurado ao servidor o direitode petição junto aos 
órgãos públicos onde exerce suas atribuições ou junto àqueles em 
que tenha interesse funcional.
§ 1º O direito de petição compreende a apresentação de requeri-
mento, pedido de reconsideração, recurso ou qualquer outra mani-
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110
festação necessária à defesa de direito ou interesse legítimo ou à 
ampla defesa e ao contraditório do próprio servidor ou de pessoa 
da sua família.
§ 2º Para o exercício do direito de petição, é assegurada:
I – vista do processo ou do documento, na repartição, ao servidor 
ou a procurador por ele constituído;
II – cópia de documento ou de peça processual, observadas as 
normas daqueles classificados com grau de sigilo.
§ 3º A cópia de documento ou de peça processual pode ser forne-
cida em meio eletrônico.
Art. 169. O requerimento, o pedido de reconsideração ou o recurso 
é dirigido à autoridade competente para decidi-lo.
Parágrafo único. A autoridade competente, desde que fundamente 
sua decisão, pode dar efeito suspensivo ao recurso.
Art. 170. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser 
renovado.
Art. 171. Cabe recurso:
I – do indeferimento do requerimento, desde que não tenha sido 
interposto pedido de reconsideração;
II – da decisão sobre pedido de reconsideração ou de outro recurso 
interposto.
Parágrafo único. O recurso é dirigido à autoridade imediatamente 
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, suces-
sivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
Art. 172. O prazo para interposição de pedido de reconsideração 
ou de recurso é de trinta dias, contados da publicação ou da ciência 
pelo interessado da decisão impugnada.
Art. 173. O requerimento, o pedido de reconsideração ou o recurso 
de que tratam os arts. 168 a 172 deve ser despachado no prazo de 
cinco dias e decidido dentro de trinta dias, contados da data de seu 
protocolo.
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Art. 174. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou 
do recurso, os efeitos da decisão retroagem à data do ato impug-
nado.
Art. 175. O direito de requerer prescreve:
I – em cinco anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou de destituição do cargo em 
comissão;
II – em cinco anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos 
resultantes das relações de trabalho;
III – em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo disposição legal 
em contrário.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é contado da data:
I – da publicação do ato impugnado;
II – da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado;
III – do trânsito em julgado da decisão judicial.
Art. 176. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição.
Art. 177. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser rele-
vada pela administração pública.
Art. 178. A administração pública deve rever seus atos, a qualquer 
tempo, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, assegurado 
o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º Os atos que apresentarem defeitos sanáveis podem ser conva-
lidados pela própria administração pública, desde que não acarre-
tem lesão ao interesse público, nem prejuízo a terceiros.
§ 2º O direito de a administração pública anular os atos administra-
tivos de que decorram efeitos favoráveis para o servidor decai em 
cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo em 
caso de comprovada má-fé.
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§ 3º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadên-
cia é contado da percepção do primeiro pagamento.
§ 4º No caso de ato sujeito a registro pelo Tribunal de Contas do 
Distrito Federal, o prazo de que trata o § 2º começa a ser contado 
da data em que o processo respectivo lhe foi encaminhado.
Art. 179. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste 
Capítulo, salvo por motivo de força maior.
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos 
e estará obrigado a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau 
de hierarquia em suas estruturas, é de extrema importância que o servidor 
tenha meios de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações 
em que se sentir coagido ou em que houver descaso por parte dos seus supe-
riores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
Para o exercício do direito de petição, é assegurada ao agente público uma 
série de garantias:
a) vista do processo ou do documento, na repartição, ao servidor ou a 
procurador por ele constituído;
b) cópia de documento ou de peça processual, observadas as normas da-
queles classificados com grau de sigilo.
Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo 
que entenderem de direito. Nesse sentido, devemos fazer uso do artigo 175 
da Lei Complementar n. 840/2011, que estabelece o prazo prescricional para 
o direito de petição do servidor público distrital:
a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposen-
tadoria ou disponibilidade, ou de destituição do cargo em comissão;
b) em cinco anos, quanto ao interesse patrimonial ou créditos resultan-
tes das relações de trabalho;
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113
c) em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo disposição legal em 
contrário.
Para entendermos como funciona a sistemática dos pedidos, reconside-
ração e recursos, vamos a um esquema que nos ajudará a visualizar todo o 
processo:
Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os 
efeitos da decisão retroagem à data do ato impugnado.
5. Dos Deveres
Art. 180. São deveres do servidor:
I – exercer com zelo e dedicação suas atribuições;
II – manter-se atualizado nos conhecimentos exigidos para o exer-
cício de suas atribuições;
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III – agir com perícia, prudência e diligência no exercício de suas 
atribuições;
IV – atualizar, quando solicitado, seus dados cadastrais;
V – observar as normas legais e regulamentares no exercício de 
suas atribuições;
VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais;
VII – levar ao conhecimento da autoridade superior as falhas, vul-
nerabilidades e as irregularidades de que tiver ciência em razão do 
cargo público ou função de confiança;
VIII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;
IX – zelar pela economia do material e pela conservação do patri-
mônio público;
X – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XI – ser leal às instituições a que servir;
XII – ser assíduo e pontual ao serviço;
XIII – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
XIV – declarar-se suspeito ou impedido nas hipóteses previstas em 
lei ou regulamento;
XV – tratar as pessoas com civilidade;
XVI – atender com presteza:
a) o público em geral, prestando as informações requeridas, ressal-
vadas as protegidas por sigilo;
b) os requerimentos de expedição de certidões para defesa de direi-
to ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) as requisições para a defesa da administração pública.
De acordo com o estatuto distrital, temos uma série de deveres para os 
servidores públicos regidos pela norma.
Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas 
sim meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar 
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que deixou de cumprir com alguma obrigação por elanão estar prevista ex-
pressamente no texto da norma que rege a sua categoria funcional.
6. Do Regime Disciplinar
6.1. Das Responsabilidades
Art. 181. O servidor responde penal, civil e administrativamente 
pelo exercício irregular de suas atribuições.
§ 1º As sanções civis, penais e administrativas podem cumular-se, 
sendo independentes entre si.
§ 2º A responsabilidade administrativa do servidor é afastada no 
caso de absolvição penal que negue a existência do fato ou sua 
autoria, com decisão transitada em julgado.
§ 3º A responsabilidade administrativa perante a administração 
pública não exclui a competência do Tribunal de Contas prevista na 
Lei Orgânica do Distrito Federal.
Art. 182. A responsabilidade penal abrange crimes e contraven-
ções imputados ao servidor, nessa qualidade.
Art. 183. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comis-
sivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a ter-
ceiro.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário 
somente pode ser liquidada na forma prevista no art. 119 e seguin-
tes na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela 
via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responde o servidor 
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores, e 
contra eles tem de ser executada, na forma da lei civil.
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Art. 184. A responsabilidade perante o Tribunal de Contas decorre 
de atos sujeitos ao controle externo, nos termos da Lei Orgânica do 
Distrito Federal.
Art. 185. A perda do cargo público ou a cassação de aposentadoria 
determinada em decisão judicial transitada em julgado dispensa a 
instauração de processo disciplinar e deve ser declarada pela auto-
ridade competente para fazer a nomeação.
Art. 186. A responsabilidade administrativa, apurada na forma 
desta Lei Complementar, resulta de infração disciplinar cometida 
por servidor no exercício de suas atribuições, em razão delas ou 
com elas incompatíveis.
§ 1º A responsabilidade administrativa do servidor, observado o 
prazo prescricional, permanece em relação aos atos praticados no 
exercício do cargo:
I – após a exoneração;
II – após a aposentadoria;
III – após a vacância em razão de posse em outro cargo inacumu-
lável;
IV – durante as licenças, afastamentos e demais ausências previs-
tos nesta Lei Complementar.
§ 2º A aplicação da sanção cominada à infração disciplinar decorre 
da responsabilidade administrativa, sem prejuízo:
I – de eventual ação civil ou penal;
II – do ressarcimento ao erário dos valores correspondentes aos 
danos e aos prejuízos causados à administração pública;
III – da devolução ao erário do bem ou do valor público desviado, 
nas mesmas condições em que se encontravam quando da ocorrên-
cia do fato, com a consequente indenização proporcional à depre-
ciação.
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De acordo com as disposições da lei em estudo, três são as esferas de 
responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos, sendo elas: 
civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso 
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se 
no conceito de responsabilidade civil todas as ações ou omissões do servidor 
público que, agindo em nome da Administração, cause algum dano ao parti-
cular ou ao próprio Poder Público.
Nesse caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a 
teoria da imputação (por meio do qual todas as ações do servidor, no desem-
penho de suas atividades, são atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele 
desempenha suas atribuições), caberá ao Poder Público, inicialmente, res-
ponder pelos danos causados.
Tendo a Administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação 
do agente público ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar 
uma ação regressiva contra o servidor.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputa-
das ao servidor.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissi-
vo ou comissivo praticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.
A responsabilidade administrativa perante a Administração Pública não exclui 
a competência do Tribunal de Contas prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é 
perfeitamente cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas 
ao servidor.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
Como exemplo, podemos citar o servidor público que utiliza materiais da 
repartição em atividades particulares e que, para evitar que o fato chegue ao 
conhecimento de terceiros, faz uso da extorsão e da chantagem.
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Nesse caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de 
improbidade administrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, respon-
derá o servidor, da mesma forma, na esfera penal, pois praticou o crime de 
extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas.
A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, 
que são as situações em que a absolvição na esfera penal acarreta a ab-
solvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que 
esta expressamente negue a existência do fato ou de sua autoria.
No primeiro caso, prova-se que o fato imputado ao servidor não ocorreu. 
No segundo, ainda que o fato tenha ocorrido, a autoria da infração compro-
vadamente não é do servidor.
Em ambas as situações, a decisão na órbita penal apenas exercerá in-
fluência na esfera administrativa caso tenha transitado em julgado, ou seja, 
quando não puder mais ser objeto de recursos.
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6.2. Das Infrações Disciplinares
6.2.1. Das Disposições Gerais
Art. 187. A infração disciplinar decorre de ato omissivo ou comis-
sivo, praticado com dolo ou culpa, e sujeita o servidor às sanções 
previstas nesta Lei Complementar.
Art. 188. As infrações disciplinares classificam-se, para efeitos de 
cominação da sanção, em leves, médias e graves.
Parágrafo único. As infrações médias e as infrações graves são sub-
classificadas em grupos, na forma desta Lei Complementar.
Art. 189. Para efeitos desta Lei Complementar, considera-se reinci-
dência o cometimento de nova infração disciplinar do mesmo grupo 
ou classe de infração disciplinar anteriormente cometida, ainda que 
uma e outra possuam características fáticas diversas.
Parágrafo único. Entende-se por infração disciplinar anteriormente 
cometida aquela já punida na forma desta Lei Complementar.
A infração disciplinar decorre de ato omissivo ou comissivo, praticado com 
dolo (intenção) ou culpa, sujeitando o servidor às sanções previstas em lei.
De acordo com a norma, as infrações são classificadas, para efeitos de co-
minação da sanção, em leves, médias e graves. Com relação às infrações 
médias e graves, estas serão, ainda, classificadas em grupos.
6.2.2. Das Infrações Leves
Estabelece a norma as seguintes situações como caracterizadoras de in-
frações leves:
I – descumprir dever funcional ou decisões administrativas emana-
das dos órgãos competentes;
II – retirar, sem prévia anuência da chefia imediata, qualquer docu-
mento ou objeto da repartição;
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III – deixar de praticar ato necessário à apuração de infração disci-
plinar, retardar indevidamente a sua prática ou dar causa à prescri-
ção em processo disciplinar;
IV – recusar-se, quando solicitado por autoridade competente, a 
prestar informação de que tenha conhecimento em razão doexer-
cício de suas atribuições;
V – recusar-se, injustificadamente, a integrar comissão ou grupo de 
trabalho, ou deixar de atender designação para compor comissão, 
grupo de trabalho ou para atuar como perito ou assistente técnico 
em processo administrativo ou judicial;
VI – recusar fé a documento público;
VII – negar-se a participar de programa de treinamento exigido de 
todos os servidores da mesma situação funcional;
VIII – não comparecer, quando convocado, a inspeção ou perícia 
médica;
IX – opor resistência injustificada ou retardar, reiteradamente e 
sem justa causa:
a) o andamento de documento, processo ou execução de serviço;
b) a prática de atos previstos em suas atribuições;
X – cometer a servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e em caráter transitório;
XI – manter sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou 
função de confiança, o cônjuge, o companheiro ou parente, por 
consanguinidade até o terceiro grau, ou por afinidade;
XII – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição;
XIII – perturbar, sem justa causa, a ordem e a serenidade no recin-
to da repartição;
XIV – acessar, armazenar ou transferir, intencionalmente, com 
recursos eletrônicos da administração pública ou postos à sua dis-
posição, informações de conteúdo pornográfico ou erótico, ou que 
incentivem a violência ou a discriminação em qualquer de suas 
formas;
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XV – usar indevidamente a identificação funcional ou outro docu-
mento que o vincule com o cargo público ou função de confiança, 
em ilegítimo benefício próprio ou de terceiro.
6.2.3. Das Infrações Médias
As infrações médias são subdivididas em dois grupos, sendo eles o grupo 
I e o grupo II.
Infrações Médias do Grupo I Infrações Médias do Grupo II
I – cometer a pessoa estranha à repartição, 
fora dos casos previstos em lei, o desempe-
nho de atribuição que seja de sua responsa-
bilidade ou de seu subordinado;
II – ausentar-se do serviço, com frequência, 
durante o expediente e sem prévia autoriza-
ção da chefia imediata;
III – exercer atividade privada incompatível 
com o horário do serviço;
IV – praticar ato incompatível com a morali-
dade administrativa;
V – praticar o comércio ou a usura na repar-
tição;
VI – discriminar qualquer pessoa, no recinto 
da repartição, com a finalidade de expô-la a 
situação humilhante, vexatória, angustiante 
ou constrangedora, em relação a nascimento, 
idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, tra-
balho rural ou urbano, religião, convicções 
políticas ou filosóficas, orientação sexual, 
deficiência física, imunológica, sensorial ou 
mental, por ter cumprido pena, ou por qual-
quer particularidade ou condição.
I – ofender fisicamente a outrem em serviço, 
salvo em resposta a injusta agressão ou em 
legítima defesa própria ou de outrem;
II – praticar ato de assédio sexual ou moral;
III – coagir ou aliciar subordinado no sentido de 
filiar-se a associação, sindicato, partido político 
ou qualquer outra espécie de agremiação;
IV – exercer atividade privada incompatí-
vel com o exercício do cargo público ou da 
função de confiança;
V – usar recursos computacionais da admi-
nistração pública para, intencionalmente:
a) violar sistemas ou exercer outras ativida-
des prejudiciais a sites públicos ou privados;
b) disseminar vírus, cavalos de Troia, spyware e 
outros males, pragas e programas indesejáveis;
c) disponibilizar, em sites do serviço público, 
propaganda ou publicidade de conteúdo pri-
vado, informações e outros conteúdos incom-
patíveis com os fundamentos e os princípios 
da administração pública;
d) repassar dados cadastrais e informações 
de servidores públicos ou da repartição para 
terceiros, sem autorização;
VI – permitir ou facilitar o acesso de pessoa 
não autorizada, mediante atribuição, forneci-
mento ou empréstimo de senha ou qualquer 
outro meio:
a) a recursos computacionais, sistemas de 
informações ou banco de dados da adminis-
tração pública;
b) a locais de acesso restrito.
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6.2.4. Das Infrações Graves
Assim como ocorre com as infrações médias, as infrações graves também 
são divididas em dois diferentes grupos:
Infrações Graves do Grupo I Infrações Graves do Grupo II
I – incorrer na hipótese de:
a) abandono de cargo;
b) inassiduidade habitual;
II – acumular ilegalmente cargos, empregos, 
funções públicas ou proventos de aposen-
tadoria, salvo se for feita a opção na forma 
desta Lei Complementar;
III – proceder de forma desidiosa, incorrendo 
repetidamente em descumprimento de vários 
deveres e atribuições funcionais;
IV – acometer-se de incontinência pública ou 
ter conduta escandalosa na repartição que per-
turbe a ordem, o andamento dos trabalhos ou 
cause dano à imagem da administração pública;
V – cometer insubordinação grave em ser-
viço, subvertendo a ordem hierárquica de 
forma ostensiva;
VI – dispensar licitação para contratar pessoa 
jurídica que tenha, como proprietário, sócio 
ou administrador:
a) pessoa de sua família ou outro parente, 
por consanguinidade até o terceiro grau, ou 
por afinidade;
b) pessoa da família de sua chefia mediata ou 
imediata ou outro parente dela, por consangui-
nidade até o terceiro grau, ou por afinidade;
VII – dispensar licitação para contratar 
pessoa física de família ou parente mencio-
nado no inciso VI, a e b;
VIII – aceitar comissão, emprego ou pensão 
de estado estrangeiro;
IX – exercer o comércio, exceto na qualidade 
de acionista, cotista ou comanditário;
X – participar de gerência ou administração 
de sociedade ou empresa privada, personifi-
cada ou não personificada, salvo:
I – praticar, dolosamente, ato definido em lei 
como:
a) crime contra a administração pública;
b) improbidade administrativa;
II – usar conhecimentos e informações 
adquiridos no exercício de suas atribuições 
para violar ou tornar vulnerável a segurança, 
os sistemas de informática, sites ou qualquer 
outra rotina ou equipamento da repartição;
III – exigir, solicitar, receber ou aceitar pro-
pina, gratificação, comissão, presente ou 
auferir vantagem indevida de qualquer espé-
cie e sob qualquer pretexto.
IV – valer-se do cargo para obter proveito 
indevido para si ou para outrem, em detri-
mento da dignidade da função pública;
V – utilizar-se de documento sabidamente 
falso para prova de fato ou circunstância que 
crie direito ou extinga obrigação perante a 
administração pública distrital.
Parágrafo único. Para efeitos do inciso III, 
não se considera presente o brinde definido 
na legislação.
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a) nos casos previstos nesta Lei Complementar;
b) nos períodos de licença ou afastamento do 
cargo sem remuneração, desde que não haja 
proibição em sentido contrário, nem incom-
patibilidade;
c) em instituições ou entidades beneficentes, 
filantrópicas, de caráter social e humanitá-
rio e sem fins lucrativos, quando compatíveis 
com a jornada de trabalho.
Parágrafo único. A reassunção das atribuições, 
depois de consumado o abandono de cargo, 
não afasta a responsabilidade administrativa, 
nem caracteriza perdão tácito da administra-
ção pública, ressalvada a prescrição.
6.3. Das Sanções Disciplinares
Art. 195. São sanções disciplinares:
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
V – destituição do cargo em comissão.
Parágrafo único. As sanções disciplinares são aplicadas às infrações 
disciplinares tipificadas em lei.
Art. 196. Na aplicação das sanções disciplinares, devem ser consi-
derados:
I – a natureza e a gravidade da infração disciplinar cometida;
II – os danos causados para o serviço público;
III – o ânimo e a intenção do servidor;
IV – as circunstâncias atenuantes e agravantes;
V – a culpabilidade e os antecedentes funcionais do servidor.
§ 1º A infraçãodisciplinar de menor gravidade é absorvida pela de 
maior gravidade.
§ 2º Nenhuma sanção disciplinar pode ser aplicada:
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I – sem previsão legal;
II – sem apuração em regular processo disciplinar previsto nesta 
Lei Complementar.
Art. 197. São circunstâncias atenuantes:
I – ausência de punição anterior;
II – prestação de bons serviços à administração pública distrital;
III – desconhecimento justificável de norma administrativa;
IV – motivo de relevante valor social ou moral;
V – estado físico, psicológico, mental ou emocional abalado, que 
influencie ou seja decisivo para a prática da infração disciplinar;
VI – coexistência de causas relativas à carência de condições de 
material ou pessoal na repartição;
VII – o fato de o servidor ter:
a) cometido a infração disciplinar sob coação a que podia resistir, ou 
em cumprimento a ordem de autoridade superior, ou sob a influência 
de violenta emoção, provocada por ato injusto provindo de terceiro;
b) cometido a infração disciplinar na defesa, ainda que putativa ou 
com excesso moderado, de prerrogativa funcional;
c) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo 
após a infração disciplinar, evitar ou minorar as suas consequências;
d) reparado o dano causado, por sua espontânea vontade e antes 
do julgamento.
Art. 198. São circunstâncias agravantes:
I – a prática de ato que concorra, grave e objetivamente, para o 
desprestígio do órgão, autarquia ou fundação ou da categoria fun-
cional do servidor;
II – o concurso de pessoas;
III – o cometimento da infração disciplinar em prejuízo de criança, 
adolescente, idoso, pessoa com deficiência, pessoa incapaz de se 
defender, ou pessoa sob seus cuidados por força de suas atribuições;
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IV – o cometimento da infração disciplinar com violência ou grave 
ameaça, quando não elementares da infração;
V – ser o servidor quem:
a) promove ou organiza a cooperação ou dirige a atividade dos 
demais coautores;
b) instiga subordinado ou lhe ordena a prática da infração disciplinar;
c) instiga outro servidor, propõe ou solicita a prática da infração 
disciplinar.
Art. 199. A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por 
meio da qual se reprova por escrito a conduta do servidor.
Parágrafo único. No lugar da advertência, pode ser aplicada, moti-
vadamente, a suspensão até trinta dias, se as circunstâncias assim 
o justificarem.
Art. 200. A suspensão é a sanção por infração disciplinar média 
pela qual se impõe ao servidor o afastamento compulsório do exer-
cício do cargo efetivo, com perda da remuneração ou subsídio dos 
dias em que estiver afastado.
§ 1 º A suspensão não pode ser:
I – superior a trinta dias, no caso de infração disciplinar média do 
grupo I;
II – superior a noventa dias, no caso de infração disciplinar média 
do grupo II.
§ 2º Aplica-se a suspensão de até:
I – trinta dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infra-
ção disciplinar leve;
II – noventa dias, quando o servidor incorrer em reincidência por 
infração disciplina média do grupo I.
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de 
suspensão pode ser convertida em multa, observado o seguinte:
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I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração 
ou subsídio, por dia de suspensão;
II – o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada de 
trabalho a que está submetido.
§ 4º É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na 
atividade infração disciplinar punível com suspensão.
§ 5º A multa de que trata o § 4º corresponde ao valor diário dos 
proventos de aposentadoria por dia de suspensão cabível.
Art. 201. A advertência e a suspensão têm seus registros cancela-
dos, após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, res-
pectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado 
nova infração disciplinar, igual ou diversa da anteriormente come-
tida.
§ 1º O cancelamento da sanção disciplinar não surte efeitos retroa-
tivos e é registrado em certidão formal nos assentamentos funcio-
nais do servidor.
§ 2º Cessam os efeitos da advertência ou da suspensão, se lei pos-
terior deixar de considerar como infração disciplinar o fato que as 
motivou.
§ 3º A sanção disciplinar cancelada nos termos deste artigo não 
pode ser considerada para efeitos de reincidência.
Art. 202. A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares 
graves, pela qual se impõe ao servidor efetivo a perda do cargo 
público por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento 
de nova investidura em cargo público.
§ 1º A demissão de que trata este artigo também se aplica no caso 
de:
I – infração disciplinar grave, quando cometida por servidor efetivo 
no exercício de cargo em comissão ou função de confiança do Poder 
Executivo ou Legislativo do Distrito Federal;
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127
II – reincidência em infração disciplinar média do grupo II.
§ 2º Se o servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da 
sanção prevista neste artigo, a exoneração é convertida em demissão.
§ 3º Também se converte em demissão a vacância em decorrência 
de posse em outro cargo inacumulável ocorrida antes da aplicação 
da sanção prevista neste artigo.
Art. 203. A cassação de aposentadoria é a sanção por infração dis-
ciplinar que houver sido cometida pelo servidor em atividade, pela 
qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser comi-
nada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
Parágrafo único. A cassação de aposentadoria é aplicada por infra-
ção disciplinar punível com demissão.
Art. 204. A cassação de disponibilidade é a sanção por infração dis-
ciplinar que houver sido cometida em atividade, pela qual se impõe 
a perda do cargo público ocupado e dos direitos decorrentes da dis-
ponibilidade, podendo ser cominada com o impedimento de nova 
investidura em cargo público.
Parágrafo único. A cassação de disponibilidade é aplicada por infra-
ção disciplinar punível com demissão e na hipótese do art. 40, § 2º.
Art. 205. A destituição do cargo em comissão é a sanção por infra-
ção disciplinar média ou grave, pela qual se impõe ao servidor sem 
vínculo efetivo com o Distrito Federal a perda do cargo em comis-
são por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de 
nova investidura em outro cargo efetivo ou em comissão.
Parágrafo único. Se o servidor já tiver sido exonerado quando da 
aplicação da sanção prevista neste artigo, a exoneração é converti-
da em destituição do cargo em comissão.
Art. 206. A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade ou a destituição de cargo em comissão, motivada por infração 
disciplinar grave do grupo II, implica a incompatibilização para nova 
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investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de dez 
anos, sem prejuízo de ação cível ou penal e das demais medidas 
administrativas.
Art. 207. A punibilidade é extinta pela:
I – morte do servidor;
II – prescrição.
Art. 208. A ação disciplinar prescreve em:
I – cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo em comis-
são ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – dois anos, quanto à suspensão;
III – um ano, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da primeira data em que 
o fato ou ato se tornou conhecido pela chefia da repartição onde ele 
ocorreu, pela chefia mediata ou imediata do servidor, ou pela autori-
dade competente para instaurar sindicância ou processo disciplinar.
§ 2º A instauração de processo disciplinarinterrompe a prescrição, 
uma única vez.
§ 3º Interrompida a prescrição, sua contagem é reiniciada depois 
de esgotados os prazos para conclusão do processo disciplinar, pre-
vistos nesta Lei Complementar, incluídos os prazos de prorrogação, 
se houver.
§ 4º O prazo de prescrição fica suspenso enquanto a instauração ou 
a tramitação do processo disciplinar ou a aplicação de sanção disci-
plinar estiver obstada por determinação judicial.
§ 5º Os prazos de prescrição previstos na lei penal, havendo ação 
penal em curso, aplicam-se às infrações disciplinares capituladas 
também como crime.
Art. 209. Não é punido o servidor que, ao tempo da infração disci-
plinar, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, devido a:
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I – insanidade mental, devidamente comprovada por laudo de junta 
médica oficial;
II – embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força 
maior.
Parágrafo único. A punibilidade não se exclui pela embriaguez, 
voluntária ou culposa, por álcool, entorpecente ou substância de 
efeitos análogos.
Art. 210. Fica isento de sanção disciplinar o servidor cuja conduta 
funcional, classificada como erro de procedimento, seja caracteriza-
da, cumulativamente, pela:
I – ausência de dolo;
II – eventualidade do erro;
III – ofensa ínfima aos bens jurídicos tutelados;
IV – prejuízo moral irrelevante;
V – reparação de eventual prejuízo material antes de se instaurar 
sindicância ou processo disciplinar.
Conforme previsão da Lei Complementar n. 840/2011, as seguintes san-
ções disciplinares podem ser aplicadas aos servidores públicos do Distrito 
Federal:
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
V – destituição do cargo em comissão.
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, tra-
ta-se de uma lista taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente 
inovar e criar uma nova modalidade de penalidade para ser aplicada ao ser-
vidor.
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Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade, deve 
ser garantido o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado 
todo o processo de aplicação.
A advertência é a sanção por infração disciplinar leve, por meio da 
qual se reprova por escrito a conduta do servidor. No lugar da advertência, 
poderá ser aplicada, motivadamente, a suspensão até 30 dias, se as circuns-
tâncias assim o justificarem.
A suspensão é a sanção por infração disciplinar média pela qual se 
impõe ao servidor o afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, 
com perda da remuneração ou subsídio dos dias em que estiver afastado.
Quando a infração média for do grupo I, a penalidade de suspensão 
não poderá exceder a 30 dias.
Quando a infração média for do grupo II, a penalidade de suspensão 
não poderá exceder a 90 dias.
Em caso de reincidência no cometimento de uma infração leve, o servidor 
deverá ser sancionado com a suspensão até 30 dias.
Por fim, em caso de reincidência no cometimento de infração média do 
grupo I, a sanção será a de suspensão por até 90 dias.
Importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por 
prazo superior a 90 dias, bem como que, a critério da autoridade compe-
tente, dentro das situações em que for conveniente para o serviço público, a 
pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50% por dia 
trabalhado.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
Imaginemos a situação na qual um servidor foi punido com suspensão. No 
entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais 
danoso para o serviço público se o servidor penalizado permanecesse sem 
trabalhar durante o prazo de cumprimento da penalidade.
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Ainda que a Administração tenha o dever de punir, essa punição não poderá 
resultar em um prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do 
interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a 
Administração poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situa-
ção em que o servidor permanecerá trabalhando e receberá apenas 50% do 
que ganharia por dia normal de trabalho.
No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que 
estas, depois de decorrido certo lapso de tempo, terão seus registros can-
celados dos assentamentos funcionais do servidor que houver sofri-
do a penalidade, sem que tal providência gere qualquer espécie de direito 
retroativo.
A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se 
impõe ao servidor efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo 
ser cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
A demissão também será aplicada quando a infração grave for cometida 
por servidor efetivo no exercício de cargo em comissão ou função de confian-
ça do Poder Executivo ou Legislativo do Distrito Federal.
Além disso, a norma determina a aplicação de demissão nas situações de 
reincidência das infrações médias do grupo II.
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�ATENÇÃO!
Se o servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da sanção disci-
plinar em questão, a exoneração será convertida em demissão.
Também se converte em demissão a vacância em decorrência de posse em 
outro cargo inacumulável ocorrida antes da aplicação da penalidade de 
demissão.
A cassação de aposentadoria é a sanção por infração disciplinar que 
houver sido cometida pelo servidor em atividade, pela qual se impõe a perda 
do direito à aposentadoria, podendo ser cominada com o impedimento de 
nova investidura em cargo público.
A cassação de disponibilidade é a sanção por infração disciplinar que 
houver sido cometida em atividade, pela qual se impõe a perda do cargo 
público ocupado e dos direitos decorrentes da disponibilidade, podendo ser 
cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
A destituição do cargo em comissão é a sanção por infração disciplinar 
média ou grave, pela qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o 
Distrito Federal a perda do cargo em comissão por ele ocupado, podendo ser 
cominada com o impedimento de nova investidura em outro cargo efetivo ou 
em comissão.
�ATENÇÃO!
A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição 
de cargo em comissão, quando motivada por infração disciplinar grave 
do grupo II, implica na incompatibilização para nova investidura em 
cargo público do Distrito Federal pelo prazo de 10 anos, sem prejuízo 
de ação cível ou penal e das demais medidas administrativas.
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133
Ainda que a Administração possua o dever de punir todas as infrações de 
que tiver conhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser apli-
cadas dentro de um lapso de tempo a partir da data em que o fato se tornou 
conhecido.
E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma 
vez que não é admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver 
punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica em afirmar que, mesmo que um servidor 
tenha cometido uma infração e esta seja do conhecimento da administração, 
caso a repartição competente não tome as medidas legais (aplicação da pe-
nalidade) dentro de um determinado período, não mais poderá o fazer, uma 
vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível, da 
seguinte forma:
a) cincoanos, quanto à demissão, destituição de cargo em comissão ou 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
b) dois anos, quanto à suspensão;
c) um ano, quanto à advertência.
7. Dos Processos de Apuração de Infração Disciplinar
7.1. Das Disposições Gerais
Art. 211. Diante de indícios de infração disciplinar, ou diante de 
representação, a autoridade administrativa competente deve deter-
minar a instauração de sindicância ou processo disciplinar para 
apurar os fatos e, se for o caso, aplicar a sanção disciplinar.
§ 1º São competentes para instaurar sindicância ou processo disci-
plinar as autoridades definidas no art. 255, em relação às infrações 
disciplinares ocorridas em seus respectivos órgãos, autarquias ou 
fundações, independentemente da sanção cominada.
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134
§ 2º A competência para instaurar processo disciplinar para apurar 
infração cometida por servidor efetivo no exercício de cargo em 
comissão ou função de confiança do qual foi exonerado ou dispen-
sado é da autoridade do órgão, autarquia ou fundação onde a infra-
ção disciplinar foi cometida.
§ 3º Por solicitação ou determinação da autoridade competente, a 
apuração da infração disciplinar pode ser feita pelo órgão central do 
sistema de correição, preservada a competência para o julgamento.
§ 4º Os conflitos entre servidores podem ser tratados em mesa de 
comissão de mediação, a ser disciplinada em lei específica.
Art. 212. A infração disciplinar cometida por servidor é apurada 
mediante:
I – sindicância;
II – processo disciplinar.
§ 1º A representação sobre infração disciplinar cometida por ser-
vidor deve ser formulada por escrito e conter a identificação e o 
endereço do denunciante.
§ 2º No caso de denúncias anônimas, a administração pública pode 
iniciar reservadamente investigações para coleta de outros meios 
de prova necessários para a instauração de sindicância ou processo 
disciplinar.
§ 3º Em caso de infração disciplinar noticiada pela imprensa, nas 
redes sociais ou em correspondências escritas, a autoridade com-
petente, antes de instaurar sindicância ou processo disciplinar, deve 
verificar se há indícios mínimos de sua ocorrência.
§ 4º Na hipótese do § 3º, no caso de não comprovação dos fatos, 
a autoridade competente deve se pronunciar por escrito sobre o 
motivo do arquivamento da verificação.
§ 5º Se houver indícios suficientes quanto à autoria e à materialida-
de da infração disciplinar, a autoridade administrativa pode instau-
rar imediatamente o processo disciplinar, dispensada a instauração 
de sindicância.
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135
Art. 213. Não é objeto de apuração em sindicância ou processo 
disciplinar o fato que:
I – não configure infração disciplinar prevista nesta Lei Complemen-
tar ou em legislação específica;
II – já tenha sido objeto de julgamento pelo Poder Judiciário em 
sentença penal transitada em julgado que reconheceu a inexistên-
cia do fato ou a negativa da autoria, salvo se existente infração dis-
ciplinar residual.
§ 1º O servidor não responde:
I – por ato praticado com fundamento em lei ou regulamento pos-
teriormente considerado inconstitucional pelo Poder Judiciário;
II – quando a punibilidade estiver extinta.
§ 2º Deve ser arquivada eventual denúncia ou representação que 
se refira a qualquer das hipóteses previstas neste artigo.
Além das normas materiais, a Lei Complementar n. 840/2011 estabelece 
uma série de procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação das 
penalidades nela estabelecidas.
Sendo assim, sempre que a Administração Pública estiver diante de indí-
cios de infração disciplinar, ou diante de representação, deverá ela determinar 
a instauração de sindicância ou de processo disciplinar para apurar os 
fatos e, se for o caso, aplicar a sanção disciplinar.
Salienta-se que a representação sobre infração disciplinar cometida por 
servidor deve ser formulada por escrito e conter a identificação e o endereço 
do denunciante.
Nada impede, no entanto, que a investigação seja motivada por denúncias 
anônimas. Quando isso ocorrer, a Administração Pública pode iniciar reserva-
damente investigações para coleta de outros meios de prova necessários para 
a instauração de sindicância ou processo disciplinar.
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136
A regra geral é de que a autoridade administrativa determine, previamen-
te, a instauração de sindicância, que se trata do instrumento que irá subsidiar 
um futuro processo administrativo disciplinar.
Entretanto, quando estivermos diante de indícios suficientes quan-
to à autoria e à materialidade da infração disciplinar, a autoridade ad-
ministrativa pode instaurar imediatamente o processo disciplinar, dispensada 
a instauração de sindicância.
7.2. Da Sindicância e da Sindicância Patrimonial
Art. 214. A sindicância é o procedimento investigativo destinado a:
I – identificar a autoria de infração disciplinar, quando desconheci-
da;
II – apurar a materialidade de infração disciplinar sobre a qual haja 
apenas indícios ou que tenha sido apenas noticiada.
§ 1º O ato de instauração da sindicância deve ser publicado no 
Diário Oficial do Distrito Federal.
§ 2º O prazo para conclusão da sindicância é de até trinta dias, 
prorrogável por igual período, a critério da autoridade competente.
Art. 215. Da sindicância pode resultar:
I – o arquivamento do processo;
II – instauração de processo disciplinar;
III – aplicação de sanção de advertência ou suspensão de até trinta 
dias.
§ 1º Constatado na sindicância que a infração classifica-se como 
leve ou média do grupo I, a comissão de sindicância deve citar o 
servidor acusado para acompanhar o prosseguimento da apuração 
nos mesmos autos.
§ 2º Aplicam-se, a partir do ato processual de que trata o § 1º, as 
normas do processo disciplinar, incluídas as garantias ao contraditó-
rio e à ampla defesa e as normas relativas à comissão processante.
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Art. 216. Diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito de 
servidor ou de evolução patrimonial incompatível com a remunera-
ção ou subsídio por ele percebido, pode ser determinada a instau-
ração de sindicância patrimonial.
§ 1º São competentes para determinar a instauração de sindicância 
patrimonial:
I – o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, 
nos respectivos órgãos;
II – o Governador ou o titular do órgão central de sistema de cor-
reição, no Poder Executivo.
§ 2º A sindicância patrimonial constitui-se de procedimento sigiloso 
com caráter exclusivamente investigativo.
§ 3º O procedimento de sindicância patrimonial é conduzido por 
comissão composta por três servidores estáveis.
§ 4º O prazo para conclusão do procedimento de sindicância patri-
monial é de trinta dias, prorrogável por igual período.
§ 5º Concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a comis-
são responsável por sua condução deve elaborar relatório sobre os 
fatos apurados, concluindo pelo arquivamento ou pela instauração 
de processo disciplinar.
Nos termos da Lei Complementar n. 840/2011, temos duas diferentes es-
pécies de sindicância, sendo elas a sindicância ordinária (ou simplesmente 
sindicância) e a sindicância patrimonial.
A sindicância ordinária pode ser dividida em duas modalidades, sendo 
elas a preparatória e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua 
instauração for a de servir como base para o processo administrativo discipli-
nar. A sindicância punitiva, por sua vez, ocorre quando o procedimento, por 
si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades previstas em lei.
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Nota-se, assim, que o fato que distingueas duas modalidades é um só: a 
punição que será aplicada.
�APRENDENDO NA PRÁTICA
A sindicância representa o início das investigações. Por meio dela, a autorida-
de administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar 
provas que comprovem se realmente houve uma infração funcional disciplinar.
Caso a sindicância, por si só, verificar que houve uma infração punível com a 
penalidade de advertência ou de suspensão até 30 dias, será ela classificada 
como punitiva, uma vez que não haverá necessidade de instauração de pro-
cedimento administrativo disciplinar.
Caso, em sentido oposto, a sindicância constate que houve o cometimento de 
uma penalidade mais grave que a de suspensão por 30 dias, deverá ser ins-
taurado o PAD, classificando-se a sindicância como preparatória.
Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do pro-
cesso, a aplicação das penalidades de advertência ou de suspensão 
até 30 dias ou, no caso de constatação de infração com maior gravidade, a 
instauração de processo administrativo disciplinar.
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139
Diversamente, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a im-
posição de penalidade de suspensão por mais de 30 dias ou, ainda, de outra 
sanção mais gravosa, será obrigatória a instauração de processo adminis-
trativo disciplinar.
�ATENÇÃO!
A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 dias, prazo este que poderá 
ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade competente.
A sindicância patrimonial, por sua vez, trata-se do procedimento ado-
tado quando estivermos diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito 
ou de evolução patrimonial incompatível com a remuneração ou subsídio re-
cebida pelo servidor público.
Ao contrário do que ocorre com a sindicância ordinária, a sindicância pa-
trimonial trata-se de procedimento exclusivamente investigativo.
Em outros termos, não poderemos ter, como resultado da sindicân-
cia patrimonial, a aplicação de uma penalidade administrativa, mas 
sim apenas a investigação que servirá de base para a instauração do processo 
administrativo disciplinar.
Dessa forma, concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a comis-
são responsável deve elaborar relatório sobre os fatos apurados, concluindo 
pelo arquivamento ou pela instauração de processo disciplinar.
São competentes para determinar a instauração de sindicância patrimonial:
I – o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas, nos res-
pectivos órgãos;
II – o Governador ou o titular do órgão central de sistema de cor-
reição, no Poder Executivo.
Assim como acontece com a sindicância ordinária, a sindicância patri-
monial deve ser concluída no prazo de 30 dias, podendo o prazo ser 
prorrogado por igual período.
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140
Além disso, a norma estabelece que o procedimento de sindicância patri-
monial é conduzido por comissão composta por três servidores está-
veis.
7.3. Do Processo Disciplinar, do Contraditório e 
da Ampla Defesa
Art. 217. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade do servidor por infração disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para a conclusão do processo disciplinar é 
de até sessenta dias, prorrogável por igual período.
Art. 218. Os autos da sindicância, se houver, são apensados aos do 
processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Art. 219. O processo disciplinar obedece aos princípios da legalida-
de, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, interesse 
público, contraditório, ampla defesa, proporcionalidade, razoabili-
dade, motivação, segurança jurídica, informalismo moderado, jus-
tiça, verdade material e indisponibilidade.
§ 1º Os atos do processo disciplinar não dependem de forma deter-
minada senão quando a lei expressamente o exigir, reputando-se 
válidos os que, realizados de outro modo, preencham sua finalidade 
essencial.
§ 2º É permitida:
I – a notificação ou a intimação do servidor acusado ou indiciado ou 
de seu procurador em audiência;
II – a comunicação, via postal, entre a comissão processante e o 
servidor acusado ou indiciado;
III – a utilização de meio eletrônico, se confirmado o recebimento 
pelo destinatário ou mediante certificação digital, para:
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a) a entrega de petição à comissão processante, salvo a defesa 
escrita prevista no art. 245, desde que o meio utilizado pelo reme-
tente seja previamente cadastrado na comissão processante;
b) a notificação ou a intimação sobre atos do processo disciplinar, 
salvo os previstos nos arts. 243 e 245, desde que o meio eletrônico 
tenha sido previamente cadastrado pelo servidor acusado ou indi-
ciado na comissão processante.
§ 3º Se a comissão notificar ou intimar o servidor por meio eletrôni-
co, deve, sempre que possível, avisá-lo por meio telefônico de que 
a comunicação foi enviada.
§ 4º O uso dos meios permitidos nos §§ 2º e 3º deve ser certifica-
do nos autos, juntando-se cópia das correspondências recebidas ou 
enviadas.
§ 5º Não é causa de nulidade do ato processual a ausência:
I – do servidor acusado ou de seu procurador na oitiva de testemu-
nha, quando o servidor tenha sido previamente notificado;
II – do procurador no interrogatório do servidor acusado.
Art. 220. Os autos do processo disciplinar, as reuniões da comissão 
e os atos processuais têm caráter reservado.
§ 1º Os autos do processo disciplinar não podem ser retirados da 
repartição onde se encontram.
§ 2º É lícito o fornecimento de cópia de peças dos autos ao servidor 
ou ao seu procurador, observado o disposto no art. 168, §§ 2º e 3º.
Art. 221. Salvo quando autorizado pela autoridade instauradora, é 
vedado deferir ao servidor acusado, desde a instauração do proces-
so disciplinar até a conclusão do prazo para defesa escrita:
I – gozo de férias;
II – licença ou afastamento voluntários;
III – exoneração a pedido;
IV – aposentadoria voluntária.
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142
DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO
Art. 224. No processo disciplinar, é sempre assegurado ao servidor 
acusado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Art. 225. O servidor acusado deve ser:
I – citado sobre a instauração de processo disciplinar contra sua 
pessoa;
II – intimado ou notificado dos atos processuais;
III – intimado, pessoalmente, para apresentação de defesa escrita, 
na forma do art. 245;
IV – intimado da decisão proferida em sindicância ou processo dis-
ciplinar, sem suspensão dos efeitos decorrentes da publicação no 
Diário Oficial do Distrito Federal.
Parágrafo único. A intimação de que trata o inciso II deve ser feita 
com antecedência mínima de três dias da data de comparecimento.
Art. 226. Ao servidor acusado é facultado:
I – arguir a incompetência, o impedimento ou a suspeição:
a) da autoridade instauradora ou julgadora da sindicância ou pro-
cesso disciplinar;
b) de qualquer membro da comissão processante;
II – constituir procurador;
III – acompanhar depoimento de testemunha, pessoalmente ou por 
seu procurador;
IV – arrolar testemunha;
V – reinquirir testemunha, por intermédio do presidente da comis-
são processante;
VI – contraditar testemunha;
VII – produzir provas e contraprovas;
VIII – formular quesitos, no caso de prova pericial;
IX – ter acesso às peças dos autos, observadas as regras de sigilo;
X – apresentar pedido de reconsideração, recurso ou revisão do jul-
gamento.
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§ 1º A arguição de que trata o inciso I do caput deve ser resolvida:
I – pela autoridade imediatamente superior, no caso do inciso I, a, 
ou pelo substituto legal, se exaurida a via hierárquica;
II – pela autoridadeque instaurou o processo disciplinar, no caso 
do inciso I, b.
§ 2º É do servidor acusado o custo de perícias ou exames por ele 
requeridos, se não houver técnico habilitado nos quadros da admi-
nistração pública distrital.
Art. 227. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do ser-
vidor acusado, a comissão processante deve propor à autoridade 
competente que ele seja submetido a exame por junta médica ofi-
cial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental deve ser proces-
sado em autos apartados e apenso ao processo principal, após a 
expedição do laudo pericial.
Art. 228. Estando preso o servidor acusado, aplica-se o seguinte:
I – a citação inicial e a intimação para defesa escrita são promovi-
das onde ele estiver recolhido;
II – o acompanhamento do processo disciplinar é promovido por 
procurador por ele designado ou, na ausência, por defensor dativo;
III – o interrogatório é realizado em local apropriado, na forma pre-
viamente acordada com a autoridade competente.
O processo disciplinar, nos termos da lei, é o instrumento destinado a apu-
rar responsabilidade do servidor por infração disciplinar.
Importante salientar que o processo disciplinar deverá obedecer a uma 
série de princípios, sendo eles: legalidade, moralidade, impessoalidade, 
publicidade, eficiência, interesse público, contraditório, ampla defesa, 
proporcionalidade, razoabilidade, motivação, segurança jurídica, in-
formalismo moderado, justiça, verdade material e indisponibilidade.
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144
Considerando que o processo administrativo disciplinar é instrumento mais 
complexo do que a sindicância, o prazo para conclusão é, igualmente, maior. 
Assim, determina a norma que o PAD deverá ser concluído dentro do 
prazo de 60 dias, prazo este que poderá ser prorrogado, por igual período, 
pela autoridade competente.
Os atos do processo disciplinar não dependem de forma determinada 
senão quando a lei expressamente o exigir, reputando-se válidos os que, 
realizados de outro modo, preencham sua finalidade essencial.
Em todas as fases do processo administrativo disciplinar, devem ser asse-
guradas ao acusado as garantias do contraditório e da ampla defesa.
Nesse sentido, a norma elenca uma série de obrigações e de faculdades 
procedimentais, todas elas com o objetivo de assegurar que a defesa seja 
exercida pelo agente estatal.
O servidor acusado deve ser Ao servidor acusado é facultado
I – citado sobre a instauração de processo 
disciplinar contra sua pessoa;
II – intimado ou notificado dos atos proces-
suais;
III – intimado, pessoalmente, para apre-
sentação de defesa escrita. Esta intimação 
deverá ser feita com antecedência mínima de 
3 dias da data de comparecimento.
IV – intimado da decisão proferida em sindi-
cância ou processo disciplinar, sem suspen-
são dos efeitos decorrentes da publicação no 
Diário Oficial do Distrito Federal.
I – arguir a incompetência, o impedimento 
ou a suspeição:
a) da autoridade instauradora ou julgadora 
da sindicância ou processo disciplinar;
b) de qualquer membro da comissão proces-
sante;
II – constituir procurador;
III – acompanhar depoimento de testemu-
nha, pessoalmente ou por seu procurador;
IV – arrolar testemunha;
V – reinquirir testemunha, por intermédio do 
presidente da comissão processante;
VI – contraditar testemunha;
VII – produzir provas e contraprovas;
VIII – formular quesitos, no caso de prova 
pericial;
IX – ter acesso às peças dos autos, observa-
das as regras de sigilo;
X – apresentar pedido de reconsideração, 
recurso ou revisão do julgamento.
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Salvo quando autorizado pela autoridade instauradora, é vedado deferir 
ao servidor acusado, desde a instauração do processo disciplinar até a con-
clusão do prazo para defesa escrita:
I – gozo de férias;
II – licença ou afastamento voluntários;
III – exoneração a pedido;
IV – aposentadoria voluntária.
7.4. Do Afastamento Preventivo
Art. 222. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não 
venha a influir na apuração da infração disciplinar, a autoridade 
instauradora do processo disciplinar pode determinar o seu afasta-
mento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem 
prejuízo da remuneração.
§ 1º O afastamento preventivo pode:
I – ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessam os seus efei-
tos, ainda que não concluído o processo disciplinar;
II – cessar por determinação da autoridade competente.
§ 2º Salvo motivo de caso fortuito ou força maior, o servidor afasta-
do não pode comparecer à repartição de onde foi afastado, exceto 
quando autorizado pela autoridade competente ou pela comissão 
processante.
Art. 223. Em substituição ao afastamento preventivo, a autoridade 
instauradora pode, no prazo do art. 222, determinar que o servi-
dor tenha exercício provisório em outra unidade administrativa do 
mesmo órgão, autarquia ou fundação de sua lotação.
Caso entenda necessário, a autoridade instauradora do processo poderá 
solicitar o afastamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, 
prorrogados por mais 60 em caso de necessidade.
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Objetiva-se, com o afastamento, que o servidor não dificulte os trabalhos 
da comissão, que terá, com a ausência do servidor, uma maior liberdade de 
atuação para averiguar documentos e eventuais provas do cometimento da 
irregularidade.
Considerando que o afastamento seja medida cautelar, tem-se que o ser-
vidor continua recebendo sua remuneração normalmente durante o 
período de afastamento.
Salvo motivo de caso fortuito ou força maior, o servidor afastado não 
pode comparecer à repartição de onde foi afastado, exceto quando au-
torizado pela autoridade competente ou pela comissão processante.
Como vimos, temos três importantes institutos com prazos pre-
vistos diretamente na Lei Complementar n. 840/2011. Dessa forma, 
vamos esquematizar os prazos, evitando uma possível confusão no 
momento da prova:
7.5. Da Comissão Processante
Art. 229. A sindicância ou o processo disciplinar é conduzido por 
comissão processante, de caráter permanente ou especial.
§ 1º A comissão é composta de três servidores estáveis designados 
pela autoridade competente.
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§ 2º Os membros da comissão processante são escolhidos pela 
autoridade competente entre os ocupantes de cargo para o qual se 
exija escolaridade igual ou superior à do servidor acusado.
§ 3º Nos casos de carreira organizada em nível hierárquico, os 
membros da comissão devem ser ocupantes de cargo efetivo supe-
rior ou do mesmo nível do servidor acusado.
§ 4º Compete ao presidente da comissão manter a ordem e a segu-
rança das audiências, podendo requisitar força policial, se necessá-
ria.
§ 5º A Comissão tem como secretário servidor designado pelo seu 
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.
§ 6º A comissão processante, quando permanente, deve ser reno-
vada, no mínimo, a cada dois anos, vedado ao mesmo membro 
servir por mais de quatro anos consecutivos.
§ 7º Nas licenças, afastamentos, férias e demais ausências de 
membro da comissão processante, a autoridade competente pode 
designar substituto eventual.
§ 8º O local e os recursos materiais para o funcionamento dos tra-
balhos da comissão processante devem ser fornecidos pela autori-
dade instauradora da sindicância ou do processo disciplinar.
§ 9º Podem participar como membros da comissão processante 
servidores integrantes de outros órgãos da administração pública, 
distintos daquele onde ocorreram as infrações disciplinares, se con-
veniente para o interesse público.
§ 10. A comissão funciona com a presença de todos os seus membros.
Art. 230.O servidor não pode participar de comissão processante 
quando o servidor acusado for pessoa de sua família, seu padrasto, 
madrasta, enteado ou parente, na forma da lei civil.
§ 1º Também não pode participar de comissão processante o ser-
vidor que:
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I – seja amigo íntimo ou inimigo capital, credor ou devedor, tutor ou 
curador do servidor acusado;
II – seja testemunha ou perito no processo disciplinar;
III – tenha sido autor de representação objeto da apuração;
IV – tenha atuado em sindicância, auditoria ou investigação da qual 
resultou a sindicância ou o processo disciplinar;
V – atue ou tenha atuado como procurador do servidor acusado;
VI – tenha interesse em decisão administrativa a ser tomada pelo 
servidor acusado;
VII – tenha interesse no assunto que resultou na instauração da 
sindicância ou do processo disciplinar;
VIII – esteja litigando, judicial ou administrativamente, com o ser-
vidor sindicado, acusado ou indiciado, ou com o respectivo cônjuge 
ou companheiro;
IX – responda a sindicância ou processo disciplinar;
X – tenha sido punido por qualquer infração disciplinar, ressalvado 
o disposto no art. 201;
XI – seja cônjuge, companheiro, padrasto, madrasta, enteado ou 
parente, na forma da lei civil, de outro membro da mesma comis-
são processante.
Art. 231. A comissão processante exerce suas atividades com inde-
pendência e imparcialidade, assegurado o acesso, nas repartições 
públicas, a informações, documentos e audiências necessários à 
elucidação do fato em apuração.
Parágrafo único. O presidente da comissão de sindicância ou de pro-
cesso disciplinar pode requisitar apoio, inclusive policial, dos órgãos 
da administração pública para realização de diligência, segurança 
ou locomoção até o local de coleta de prova ou de realização de ato 
processual.
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149
Art. 232. As reuniões da comissão processante têm de ser regis-
tradas em ata, da qual deve constar o detalhamento das delibera-
ções adotadas.
Art. 233. Sempre que necessário, a comissão processante deve 
dedicar tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros 
dispensados dos trabalhos na repartição de origem, até a entrega 
do relatório final.
Art. 234. São asseguradas passagens e diárias aos membros da 
comissão e ao servidor acusado, nos casos de atos processuais 
serem praticados fora do território da RIDE.
Os artigos em questão apresentam as regras relacionas com a comissão 
processante, que é o órgão colegiado responsável por conduzir a sindicância 
e o processo administrativo disciplinar.
8. Das Fases Processuais
8.1. Das Disposições Gerais
Art. 235. O processo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:
I – instauração;
II – instrução;
III – defesa;
IV – relatório;
V – julgamento.
8.2. Da Instauração
Art. 236. O processo disciplinar é instaurado pela autoridade com-
petente.
Art. 237. Para a instauração de processo disciplinar, deve constar 
dos autos:
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I – a indicação da autoria, com nome, matrícula e cargo do servidor;
II – a materialidade da infração disciplinar.
Parágrafo único. A instauração de processo disciplinar depende de 
ato publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, do qual conste:
I – a comissão processante;
II – o número do processo que contém as informações previstas no 
caput, I e II.
Art. 238. Instaurado o processo disciplinar, o servidor acusado deve 
ser citado para, se quiser, acompanhar o processo pessoalmente ou 
por intermédio de procurador.
§ 1º A citação deve ser acompanhada de cópia, eletrônica ou em 
papel, das peças processuais previstas no art. 237 e conter número 
do telefone, meio eletrônico para comunicação, endereço, horário e 
dias de funcionamento da comissão processante.
§ 2º O servidor acusado que mudar de residência fica obrigado a 
comunicar à comissão processante o lugar onde pode ser encontrado.
§ 3º Estando o servidor acusado em local incerto ou não sabido, a 
citação de que trata este artigo é feita por edital publicado no Diário 
Oficial do Distrito Federal e em jornal de grande circulação no Dis-
trito Federal.
§ 4º Se, no prazo de quinze dias contados da publicação de que 
trata o § 3º, o servidor acusado não se apresentar à comissão pro-
cessante, a autoridade instauradora deve designar defensor dativo, 
para acompanhar o processo disciplinar enquanto o servidor acusa-
do não se apresentar.
A instauração trata-se do momento em que a autoridade administrativa 
dá início ao processo administrativo disciplinar. Para que isso ocorra, o ato 
deverá ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, contendo, obri-
gatoriamente, as seguintes informações:
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igor.coser
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a) a comissão processante;
b) o número do processo, que deverá conter a indicação da autoria, com 
nome, matrícula e cargo do servidor, e a materialidade da infração disciplinar.
Instaurado o processo disciplinar, o servidor acusado deve ser citado para, 
se quiser, acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procu-
rador.
Caso o servidor acusado esteja em local incerto ou não sabido, a citação 
será feita por edital publicado no Diário Oficial do Distrito Federal e em jornal 
de grande circulação no Distrito Federal.
Realizada a citação por edital, se, no prazo de 15 dias, contados da pu-
blicação, o servidor acusado não se apresentar à comissão processante, a 
autoridade instauradora deve designar defensor dativo para acompanhar o 
processo disciplinar enquanto o servidor acusado não se apresentar.
Além disso, sempre que o servidor mudar de residência, deve ele comunicar 
tal fato à comissão processante.
Todas as medidas previstas possuem a finalidade de proporcionar que o 
servidor acompanhe o processo administrativos disciplinar em todas 
as suas fases, evitando a arguição de nulidade em virtude do não conheci-
mento de determinada prática por parte da comissão processante.
8.3. Da Instrução
Art. 239. Na fase da instrução, a comissão processante deve pro-
mover tomada de depoimentos, acareações, investigações e dili-
gências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando 
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elu-
cidação dos fatos.
Art. 240. Para a produção de provas, a comissão processante pode, 
de ofício ou a requerimento do servidor acusado:
I – tomar depoimentos de testemunhas;
II – fazer acareações;
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III – colher provas documentais;
IV – colher provas emprestadas de processos administrativos ou 
judiciais;
V – proceder à reconstituição simulada dos fatos, desde que não 
ofenda a moral ou os bons costumes;
VI – solicitar, por intermédio da autoridade competente:
a) realização de buscas e apreensões;
b) informações à Fazenda Pública, na forma autorizada na legislação;
c) quebra do sigilo bancário ou telefônico;
d) acesso aos relatórios de uso feito pelo servidor acusado em sis-
tema informatizado ou a atos que ele tenha praticado;
e) exame de sanidade mental do servidor acusado ou indiciado;
VII – determinar a realização de perícias;
VIII – proceder ao interrogatório do servidor acusado.
§ 1º O presidente da comissão processante, por despacho funda-
mentado, pode indeferir:
I – pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, 
ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos;
II – pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato inde-
pender de conhecimento especial.
§ 2º São classificados como confidenciais, identificados pela comis-
são processante e autuados em autos apartados, os documentos:
I – de carátersigiloso requeridos pela comissão processante ou a 
ela entregues pelo servidor acusado ou indiciado;
II – sobre a situação econômica, financeira ou patrimonial do servi-
dor acusado ou indiciado;
III – sobre as fontes de renda do servidor acusado ou indiciado;
IV – sobre os relacionamentos pessoais do servidor acusado ou 
indiciado.
§ 3º Os documentos de que trata o § 2º são de acesso restrito:
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I – aos membros da comissão processante;
II – ao servidor acusado ou ao seu procurador;
III – aos agentes públicos que devam atuar no processo.
§ 4º Os documentos em idioma estrangeiro trazidos aos autos pela 
comissão processante devem ser traduzidos para a língua portu-
guesa, dispensada a tradução juramentada, se não houver contro-
vérsia relevante para o julgamento da infração disciplinar.
Art. 241. As testemunhas são intimadas a depor mediante manda-
do expedido pelo presidente da comissão processante, devendo a 
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
§ 1º Se a testemunha for servidor público, a expedição do manda-
do deve ser comunicada ao chefe da repartição onde tem exercício, 
com a indicação do dia e da hora marcados para inquirição.
§ 2º A ausência injustificada de servidor público devidamente inti-
mado como testemunha deve ser comunicada à autoridade compe-
tente, para apuração de responsabilidade.
Art. 242. O depoimento de testemunha é feito oralmente, sob 
compromisso, e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha 
trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas são inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infir-
mem, pode-se proceder à acareação entre os depoentes.
§ 3º O servidor acusado, seu procurador ou ambos podem assistir 
à inquirição das testemunhas, sendo-lhes:
I – vedado interferir nas perguntas e nas respostas;
II – facultado reinquiri-las, por intermédio do presidente da comis-
são processante.
Art. 243. Concluída a inquirição das testemunhas e a coleta das 
demais provas, a comissão processante deve promover o interroga-
tório do servidor acusado, observados os procedimentos previstos 
nos arts. 241 e 242.
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§ 1º No caso de mais de um servidor acusado, o interrogatório 
é feito em separado e, havendo divergência entre suas declara-
ções sobre fatos ou circunstâncias, pode ser promovida a acareação 
entre eles.
§ 2º O não comparecimento do servidor acusado ao interrogatório 
ou a sua recusa em ser interrogado não obsta o prosseguimento do 
processo, nem é causa de nulidade.
§ 3º O procurador do servidor acusado pode assistir ao interro-
gatório, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e nas respos-
tas, facultando-se-lhe, porém, propor perguntas, por intermédio do 
presidente da comissão processante, após a inquirição oficial.
Art. 244. Encerrada a instrução e tipificada a infração disciplinar, 
deve ser formulada a indiciação do servidor, com a especificação 
dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
§ 1º Não cabe a indiciação do servidor se, com as provas colhidas, 
ficar comprovado que:
I – não houve a infração disciplinar;
II – o servidor acusado não foi o autor da infração disciplinar;
III – a punibilidade esteja extinta.
§ 2º Ocorrendo a hipótese do § 1º, a comissão processante deve 
elaborar o seu relatório, concluindo pelo arquivamento dos autos.
Estando a comissão do PAD constituída, iniciam-se os trabalhos de instru-
ção. É nesta fase que a comissão realiza todas as acareações, depoimentos, 
investigações e diligências.
Sendo necessário, a comissão nomeará peritos especializados em assun-
tos de maior complexidade. Após a inquirição de todas as testemunhas, pro-
moverá a comissão o interrogatório do acusado.
Para a produção de provas, a comissão processante pode, de ofício ou a 
requerimento do servidor acusado, adotar as seguintes medidas:
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I – tomar depoimentos de testemunhas;
II – fazer acareações;
III – colher provas documentais;
IV – colher provas emprestadas de processos administrativos ou judiciais;
V – proceder à reconstituição simulada dos fatos, desde que não ofenda a 
moral ou os bons costumes;
VI – solicitar, por intermédio da autoridade competente:
a) realização de buscas e apreensões;
b) informações à Fazenda Pública, na forma autorizada na legislação;
c) quebra do sigilo bancário ou telefônico;
d) acesso aos relatórios de uso feito pelo servidor acusado em sistema 
informatizado ou a atos que ele tenha praticado;
e) exame de sanidade mental do servidor acusado ou indiciado;
VII – determinar a realização de perícias;
VIII – proceder ao interrogatório do servidor acusado.
Importante questão refere-se ao depoimento das testemunhas. De acordo 
com a norma, “as testemunhas são intimadas a depor mediante man-
dado expedido pelo presidente da comissão processante, devendo a 
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos”.
Se a testemunha for servidora pública, a expedição do mandado deve ser 
comunicada ao chefe da repartição onde ela tem exercício, com a indicação 
do dia e da hora marcados para inquirição.
A ausência injustificada de servidor público, quando devidamente intima-
do, como testemunha deve ser comunicada à autoridade competente, para 
apuração de responsabilidade.
Como regra geral, as testemunhas são inquiridas separadamente. No en-
tanto, em caso de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, poderá ser 
realizada a acareação entre os depoentes.
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�ATENÇÃO!
O depoimento de testemunha é feito oralmente, sob compromisso, e reduzido 
a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
Além disso, tanto o servidor quanto o eventual procurador legalmente cons-
tituído podem acompanhar todos os depoimentos das testemunhas, 
sendo, no entanto:
a) vedado interferir nas perguntas e nas respostas;
b) facultado reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão proces-
sante.
Concluída a inquirição das testemunhas e a coleta das demais provas, 
chega o momento em que a comissão processante deve promover o interro-
gatório do servidor acusado.
No caso de mais de um servidor acusado, o interrogatório é feito em se-
parado e, havendo divergência entre suas declarações sobre fatos ou 
circunstâncias, pode ser promovida a acareação entre eles.
O procurador do servidor acusado pode assistir ao interrogatório, sendo-
-lhe, no entanto, vedado interferir nas perguntas e nas respostas. Poderá o 
procurador, em sentido oposto, propor perguntas, por intermédio do presi-
dente da comissão processante, após a inquirição oficial.
Encerrada a instrução e tipificada a infração disciplinar, deve ser for-
mulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputa-
dos e das respectivas provas.
A indiciação é o momento em que a comissão conclui que houve o come-
timento ou não de uma infração administrativa.
Consequentemente, apenas teremos a indiciação em caso de cometimen-
to de uma irregularidade funcional.
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8.4. Da Defesa
Art. 245. O servidor, uma vez indiciado, deve ser intimado pessoal-
mente por mandado expedido pelo presidente da comissão proces-
sante para apresentar defesa escrita, no prazo do art. 250.
§ 1º A citação de que trata o art. 238, § 1º, não exclui o cumpri-
mento do disposto neste artigo.
§ 2º No caso de recusa do servidor indiciado em apor o ciente na 
cópia da intimação, o prazo para defesa conta-se da data declarada, 
em termo próprio, pelo membro ou secretário da comissão proces-
sante que fez a intimação, com a assinatura de duas testemunhas.
Art. 246. Quando,por duas vezes, o membro ou o secretário da 
comissão processante houver procurado o servidor indiciado, em 
seu domicílio, residência, ou repartição de exercício, sem o encon-
trar, deve, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa 
da família ou, em sua falta, a qualquer vizinho, que voltará em dia 
e hora designados, a fim de efetuar a intimação.
§ 1º No dia e hora designados, o membro ou o secretário da comis-
são processante deve comparecer ao domicílio ou à residência do 
servidor indiciado, a fim de intimá-lo.
§ 2º Se o servidor indiciado não estiver presente, o membro ou o 
secretário da comissão processante deve:
I – informar-se das razões da ausência e dar por feita a citação, 
lavrando de tudo a respectiva certidão;
II – deixar cópia do mandado de intimação com pessoa da família 
do servidor indiciado ou com qualquer vizinho, conforme o caso, 
declarando-lhe o nome.
Art. 247. Junto à intimação para apresentar a defesa escrita, deve 
ser apresentada ao servidor acusado cópia da indiciação.
Art. 248. O servidor indiciado que se encontrar em lugar incerto 
e não sabido deve ser intimado por edital para apresentar defesa.
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§ 1º O edital de citação deve ser publicado no Diário Oficial do Dis-
trito Federal e em jornal de grande circulação no Distrito Federal.
§ 2º Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa é de quinze dias, 
contados da última publicação do edital.
Art. 249. Considera-se revel o servidor indiciado que, regularmen-
te intimado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º A revelia deve ser declarada em termo subscrito pelos inte-
grantes da comissão processante nos autos do processo disciplinar.
§ 2º Para defender o servidor revel, a autoridade instauradora do 
processo deve designar um servidor estável como defensor dativo, 
ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do servidor indicia-
do, preferencialmente com formação em Direito.
Art. 250. O prazo para apresentar defesa escrita é de dez dias.
§ 1º Havendo dois ou mais servidores indiciados, o prazo é comum 
e de vinte dias.
§ 2º O prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro, para dili-
gências reputadas indispensáveis.
Art. 251. Cumpridas eventuais diligências requeridas na defesa 
escrita, a comissão processante deve declarar encerradas as fases 
de instrução e defesa.
Parágrafo único. A comissão pode alterar a indiciação formalizada 
ou propor a absolvição do servidor acusado em função dos fatos 
havidos das diligências realizadas.
O servidor, uma vez indiciado, deve ser intimado para apresentar defesa 
escrita no prazo de 10 dias. Em caso de dois ou mais indiciados, o prazo será 
comum e de 20 dias.
O prazo de defesa poderá, em caso de necessidade de realização de dili-
gências reputadas indispensáveis, ser prorrogado pelo dobro.
A intimação para defesa será realizada pessoalmente por mandado ex-
pedido pelo presidente da comissão processante.
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Uma vez tendo sido cumpridas eventuais diligências requeridas na defesa 
escrita, a comissão processante deve declarar encerradas as fases de 
instrução e defesa.
8.5. Do Relatório
Art. 252. Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão 
processante deve elaborar relatório circunstanciado, do qual constem:
I – as informações sobre a instauração do processo;
II – o resumo das peças principais dos autos, com especificação 
objetiva dos fatos apurados, das provas colhidas e dos fundamen-
tos jurídicos de sua convicção;
III – a conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servi-
dor indiciado, com a indicação do dispositivo legal ou regulamentar 
infringido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
IV – a indicação da sanção a ser aplicada e do dispositivo desta Lei 
Complementar em que ela se encontra.
Art. 253. A comissão processante deve remeter à autoridade ins-
tauradora os autos do processo disciplinar, com o respectivo rela-
tório.
Art. 254. Na hipótese de o relatório concluir que a infração discipli-
nar apresenta indícios de infração penal, a autoridade competente 
deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público.
Concluída a instrução e apresentada a defesa, a comissão processante 
deve elaborar relatório circunstanciado, do qual constem:
a) as informações sobre a instauração do processo;
b) o resumo das peças principais dos autos, com especificação objetiva 
dos fatos apurados, das provas colhidas e dos fundamentos jurídicos de sua 
convicção;
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c) a conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, 
com a indicação do dispositivo legal ou regulamentar infringido, bem como as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes;
d) a indicação da sanção a ser aplicada e do dispositivo desta Lei Comple-
mentar em que ela se encontra.
A comissão processante deve remeter à autoridade instauradora os autos 
do processo disciplinar, com o respectivo relatório.
Na hipótese de o relatório concluir que a infração disciplinar apresenta in-
dícios de infração penal, a autoridade competente deve encaminhar cópia 
dos autos ao Ministério Público.
8.6. Do Julgamento
Art. 255. Salvo disposição legal em contrário, o julgamento do pro-
cesso disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar, observada a 
subordinação hierárquica ou a vinculação do servidor, são da com-
petência:
I – no Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Legislativa ou do 
Tribunal de Contas;
II – no Poder Executivo:
a) do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilida-
de;
b) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando se 
tratar de suspensão superior a trinta dias ou, ressalvado o disposto 
na alínea a, das demais sanções a servidor que a ele esteja imedia-
tamente subordinado;
c) de administrador regional, dirigente de órgão relativamente 
autônomo, subsecretário, diretor regional ou autoridade equivalen-
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te a que o servidor esteja mediata ou imediatamente subordinado, 
quando se tratar de sanção não compreendida nas alíneas a e b.
§ 1º No caso de servidor de autarquia ou fundação do Poder Execu-
tivo, o julgamento do processo disciplinar e a aplicação da sanção 
disciplinar são da competência:
I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – do respectivo dirigente máximo, quando se tratar de sanção 
disciplinar não compreendida no inciso I deste parágrafo.
§ 2º No caso de servidor de conselho ou outro órgão de deliberação 
coletiva instituído no Poder Executivo, o julgamento do processo 
disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar são da competência:
I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – de Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja Secre-
taria de Estado o conselho ou o órgão esteja vinculado, quando se 
tratar de suspensão;
III – do respectivo presidente, quando se tratar de advertência.
§ 3º A competência para julgar o processo disciplinar regula-se pela 
subordinação hierárquica existente na data do julgamento.
§ 4º Da decisão que aplicar sanção de advertência ou suspensão 
cabe recurso hierárquico, na forma do art. 171, vedado o agrava-
mento da sanção.
Art. 256. No prazo de vinte dias, contados do recebimento dos 
autos do processo disciplinar, a autoridade competente deve profe-
rir sua decisão.
§ 1º Se a sanção a ser aplicada exceder a alçada da autoridade 
instauradora do processo disciplinar, este deve ser encaminhado à 
autoridade competente para decidir no mesmo prazo deste artigo.
§ 2º Havendomais de um servidor indiciado e diversidade de san-
ções propostas no relatório da comissão processante, o julgamen-
to e a aplicação das sanções cabe à autoridade competente para a 
imposição da sanção mais grave.
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§ 3º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do pro-
cesso, observada a prescrição.
§ 4º A autoridade que der causa à prescrição de que trata o art. 208 
pode ser responsabilizada na forma do Capítulo I do Título VI.
Art. 257. A autoridade julgadora deve decidir, motivadamente, 
conforme as provas dos autos.
§ 1º A autoridade julgadora pode converter o julgamento em dili-
gência para repetição de atos processuais ou coleta de novas provas, 
caso seja necessário para a elucidação completa dos fatos.
§ 2º Em caso de divergência com as conclusões do relatório da 
comissão processante, a autoridade julgadora pode agravar a 
sanção disciplinar proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de 
responsabilidade.
§ 3º A autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar mais 
grave é também competente para aplicar sanção disciplinar mais 
branda ou isentar o servidor de responsabilidade, nas hipóteses 
previstas no § 2º.
§ 4º Se discordar da proposta de absolvição ou da inocência do ser-
vidor acusado não anteriormente indiciado, a autoridade julgadora 
deve designar nova comissão processante para elaborar a indicia-
ção e praticar os demais atos processuais posteriores.
§ 5º Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julga-
dora deve declarar a nulidade total ou parcial do processo discipli-
nar e ordenar, conforme o caso:
I – a realização de diligência;
II – a reabertura da instrução processual;
III – a constituição de outra comissão processante, para instaura-
ção de novo processo.
§ 6º Os atos não contaminados pelo vício devem ser reaproveitados.
§ 7º Nenhum ato é declarado nulo, se da nulidade não resultar pre-
juízo para a apuração dos fatos, para a defesa ou para a conclusão 
do processo.
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§ 8º O vício a que o servidor acusado ou indiciado tenha dado causa 
não obsta o julgamento do processo.
Art. 258. O ato de julgamento do processo disciplinar deve:
I – mencionar sempre o fundamento legal para imposição da pena-
lidade;
II – indicar a causa da sanção disciplinar;
III – ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.
Tendo recebido o relatório, a autoridade competente irá realizar, com 
base nos autos do processo administrativo disciplinar, o julgamento.
Você sabe quem são as autoridades competentes para o julgamento 
dos servidores?
A resposta nos é dada pelo artigo 255 da Lei Complementar n. 840/2011, 
de forma que a competência depende de dois fatores: a infração cometida 
e o local de exercício do servidor.
Vamos simplificar essas importantes informações?
Local de exercício Autoridade competente para o julgamento
Poder Legislativo Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de Contas
Poder Executivo
Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou dispo-
nibilidade
Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando se 
tratar de suspensão superior a trinta dias ou, ressalvado o 
disposto na alínea a, das demais sanções a servidor que a ele 
esteja imediatamente subordinado
Administrador regional, dirigente de órgão relativamente 
autônomo, subsecretário, diretor regional ou autoridade equi-
valente a que o servidor esteja mediata ou imediatamente 
subordinado, quando se tratar de sanção não compreendida 
nas previsões anteriores.
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Autarquia ou fundação 
do Poder Executivo
Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponi-
bilidade;
Respectivo dirigente máximo, quando se tratar de sanção dis-
ciplinar não compreendida anteriormente.
Servidor de conselho 
ou outro órgão de 
deliberação coletiva 
instituído no Poder 
Executivo
Governador, quando se tratar de demissão, destituição de 
cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponi-
bilidade.
Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja Secre-
taria de Estado o conselho ou o órgão esteja vinculado, quando 
se tratar de suspensão.
Respectivo presidente, quando se tratar de advertência.
No prazo de 20 dias, contados do recebimento dos autos do processo dis-
ciplinar, a autoridade competente deve proferir sua decisão.
Havendo mais de um servidor indiciado e diversidade de sanções propos-
tas no relatório da comissão processante, o julgamento e a aplicação das 
sanções cabe à autoridade competente para a imposição da sanção 
mais grave.
Na aplicação das sanções disciplinares, devem ser considerados os seguin-
tes aspectos:
a) a natureza e a gravidade da infração disciplinar cometida;
b) os danos causados para o serviço público;
c) o ânimo e a intenção do servidor;
d) as circunstâncias atenuantes e agravantes;
e) a culpabilidade e os antecedentes funcionais do servidor.
No que se refere às circunstâncias atenuantes e agravantes, a norma se 
preocupou em relacionar as situações que, quando caracterizadas, podem ser 
utilizadas para atenuar ou agravar a penalidade do servidor público.
Circunstâncias Atenuantes Circunstâncias Agravantes
I – ausência de punição anterior;
II – prestação de bons serviços à administra-
ção pública distrital;
III – desconhecimento justificável de norma 
administrativa;
I – a prática de ato que concorra, grave e 
objetivamente, para o desprestígio do órgão, 
autarquia ou fundação ou da categoria fun-
cional do servidor;
II – o concurso de pessoas;
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IV – motivo de relevante valor social ou 
moral;
V – estado físico, psicológico, mental ou emo-
cional abalado, que influencie ou seja deci-
sivo para a prática da infração disciplinar;
VI – coexistência de causas relativas à carên-
cia de condições de material ou pessoal na 
repartição;
VII – o fato de o servidor ter:
a) cometido a infração disciplinar sob coação 
a que podia resistir, ou em cumprimento a 
ordem de autoridade superior, ou sob a influ-
ência de violenta emoção, provocada por ato 
injusto provindo de terceiro;
b) cometido a infração disciplinar na defesa, 
ainda que putativa ou com excesso mode-
rado, de prerrogativa funcional;
c) procurado, por sua espontânea vontade 
e com eficiência, logo após a infração disci-
plinar, evitar ou minorar as suas consequên-
cias;
d) reparado o dano causado, por sua espon-
tânea vontade e antes do julgamento
III – o cometimento da infração disciplinar 
em prejuízo de criança, adolescente, idoso, 
pessoa com deficiência, pessoa incapaz de se 
defender, ou pessoa sob seus cuidados por 
força de suas atribuições;
IV – o cometimento da infração disciplinar 
com violência ou grave ameaça, quando não 
elementares da infração;
V – ser o servidor quem:
a) promove ou organiza a cooperação ou 
dirige a atividade dos demais coautores;
b) instiga subordinado ou lhe ordena a prá-
tica da infração disciplinar;
c) instiga outro servidor, propõe ou solicita a 
prática da infração disciplinar.
8.7. Da Revisão Do Processo
Art. 259. O processo disciplinar pode ser revisto, a qualquer tempo, 
a pedido ou de ofício, quando forem aduzidos fatos novos ou cir-
cunstâncias não apreciadas no processo originário, suscetíveis de 
justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da sanção 
disciplinar aplicada, observado o disposto no art. 175, II.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do ser-
vidor, qualquer pessoa da família pode requerer a revisão do pro-
cesso.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão pode ser 
requerida pelo respectivo curador.
§ 3º A simples alegação de injustiçada sanção disciplinar aplicada 
não constitui fundamento para a revisão.
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166
§ 4º Não é admitido pedido de revisão quando a perda do cargo 
público ou a cassação de aposentadoria decorrer de decisão judicial.
Art. 260. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao reque-
rente.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente deve pedir dia e 
hora para produção de provas e inquirição das testemunhas que 
arrolar.
Art. 261. O requerimento de revisão do processo deve ser dirigido, 
conforme o caso, à autoridade administrativa que julgou, origina-
riamente, o processo disciplinar.
§ 1º Autorizada a revisão, o pedido deve ser encaminhado ao diri-
gente do órgão, autarquia ou fundação onde se originou o processo 
disciplinar, para providenciar a constituição de comissão revisora, 
observadas, no que couber, as disposições dos arts. 229 a 234.
§ 2º Não pode integrar a comissão revisora o servidor que tenha 
atuado na sindicância ou no processo disciplinar cujo julgamento se 
pretenda revisar.
Art. 262. A revisão corre em apenso ao processo originário.
Art. 263. A comissão revisora tem o prazo de sessenta dias para a 
conclusão dos trabalhos.
Art. 264. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no 
que couber, as normas e procedimentos do Capítulo V.
Art. 265. A competência para julgamento do pedido de revisão é 
da autoridade administrativa que aplicou, originariamente, a sanção 
disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para julgamento é de vinte dias, contados 
do recebimento dos autos do processo disciplinar, durante o qual a 
autoridade julgadora pode determinar diligências.
Art. 266. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito 
a penalidade aplicada.
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167
§ 1º Se a conclusão sobre o pedido de revisão for pela inocência do 
servidor punido, deve ser declarada sem efeito a sanção disciplinar 
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto 
em relação à destituição de cargo em comissão, que deve ser con-
vertida em exoneração.
§ 2º Se a conclusão sobre o pedido de revisão for pela inadequação 
da sanção disciplinar aplicada, deve-se proceder à nova adequa-
ção, restabelecendo-se todos os direitos do servidor naquilo que a 
sanção disciplinar aplicada tenha excedido.
Art. 267. Da revisão do processo não pode resultar agravamento 
de sanção disciplinar.
A possibilidade de revisão do processo administrativo disciplinar decorre 
do conhecimento de fatos novos ou de circunstâncias que, se fossem do co-
nhecimento da autoridade processante, no momento da investigação, 
poderiam modificar a decisão da autoridade competente.
Dessa forma, a revisão do PAD pode ser solicitada a qualquer tempo, não 
correndo contra o instituto da revisão nenhum tipo de prazo prescricional.
No âmbito do processo administrativo disciplinar, o ônus de provar que o 
servidor é o responsável pelo cometimento de alguma infração é da adminis-
tração. Como consequência, o servidor apenas será condenado se a comissão 
processante tiver provas da conduta do agente, presumindo-se, em caso de 
negativa, a inocência do servidor.
No processo de revisão, acontece exatamente o contrário. Como a 
decisão da Administração foi pela penalização do servidor, caberá a este, 
mediante a apresentação de fatos novos, provar que a decisão admi-
nistrativa encontra-se prejudicada e que merece ser modificada.
Em outros termos, o ônus da prova caberá ao servidor, que, se não 
conseguir fundamentar o seu pedido com provas ou fatos novos, não conse-
guirá êxito no processo revisional.
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�ATENÇÃO!
Uma vez que o PAD inicial já está julgado, a simples alegação de injustiça, 
por parte dos interessados, não é motivo suficiente para instaurar um 
procedimento de revisão.
Para que isso ocorra, é necessário que fatos novos tenham surgido, 
fatos estes que, se fossem do conhecimento da comissão, à época do julga-
mento do PAD, implicariam em um outro resultado.
Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qual-
quer pessoa da família pode requerer a revisão do processo. No caso de in-
capacidade mental do servidor, a revisão pode ser requerida pelo respectivo 
curador.
O requerimento de revisão do processo deve ser dirigido, conforme o caso, 
à autoridade administrativa que julgou, originariamente, o processo disciplinar.
Uma vez autorizada a revisão e constituída a comissão revisora, esta terá 
o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade 
aplicada.
Caso a conclusão sobre o pedido de revisão seja pela inocência do servidor 
punido, deve ser declarada sem efeito a sanção disciplinar aplicada, res-
tabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição 
de cargo em comissão, que deve ser convertida em exoneração.
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Diversamente, caso a conclusão sobre o pedido de revisão seja pela ina-
dequação da sanção disciplinar aplicada, deve-se proceder à nova ade-
quação, restabelecendo-se todos os direitos do servidor naquilo que a sanção 
disciplinar aplicada tenha excedido.
Importante característica da revisão refere-se à impossibilidade da “re-
formatio in pejus”, conforme previsão do artigo 267 da Lei Complementar 
n. 840/2011:
Art. 267. Da revisão do processo não pode resultar agravamento de sanção 
disciplinar.
Dessa forma, a revisão do processo administrativo disciplinar não poderá 
agravar a penalidade inicialmente aplicada.
Ressalta-se que tal peculiaridade é exclusiva da revisão do processo ad-
ministrativo disciplinar.
Em sentido oposto, os diversos recursos que podem ser impetrados con-
tra a decisão que aplicou uma penalidade ao servidor podem perfeitamente 
ter a sua decisão agravada pela autoridade responsável pelo julgamento do 
recurso.
�EXEMPLIFICANDO
Paulo foi sancionado com a pena de advertência, pela autoridade adminis-
trativa, sob o fundamento de ter cometido a pessoa estranha à repartição o 
desempenho de atribuições que era de sua responsabilidade.
Inconformado, Paulo apresentou recurso no prazo da lei. Uma vez apreciado, 
a autoridade responsável verificou que Paulo, na verdade, cometeu as suas 
atribuições a outro servidor, e não a um terceiro alheio ao serviço público.
Nessa situação, a penalidade de Paulo será agravada, passando de advertên-
cia para suspensão.
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Caso, no entanto, Paulo conseguir provar, por intermédio de fatos novos não 
conhecidos no momento da aplicação da penalidade, que o motivo de ter 
cometido a outro servidor as atribuições de seu cargo estava relacionado com 
uma situação de urgência, poderá ele solicitar a revisão do processo.
E desta revisão não poderá a autoridade agravar a penalidade do servidor.
8. Da Seguridade Social do Servidor
8.1. Das Disposições Gerais e da Assistência à Saúde
Art. 268. A seguridade social do servidor público distrital compre-
ende um conjunto integrado de ações destinadas a assegurar direi-
tos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Art. 269. A previdência social destina-se exclusivamente aos servi-
dores ocupantes de cargo de provimento efetivo, na forma prevista 
na Constituição Federal e em lei complementar específica.
Art. 270. A assistência social deve ser prestada na forma da legis-
lação específica e segundo os programas patrocinados pelo órgão, 
autarquia ou fundação.
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 271. A assistência à saúde do servidor ativo ou inativo, de seu 
cônjuge, companheiro, dependentes e do pensionista compreende 
a assistência médica, hospitalar, odontológica,psicológica e farma-
cêutica e é prestada:
I – pelo Sistema Único de Saúde;
II – diretamente pelo serviço de saúde do órgão, autarquia ou fun-
dação a que o servidor estiver vinculado;
III – pela rede privada de saúde, mediante credenciamento por 
convênio, na forma estabelecida em lei ou regulamento;
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IV – na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor 
despendido com planos ou seguros privados de assistência à saúde, 
na forma estabelecida em regulamento.
Art. 272. O servidor deve ser submetido a exames médicos perió-
dicos gratuitos, nos termos e condições definidos em regulamento.
A seguridade social do servidor público distrital compreende um conjunto 
integrado de ações destinadas a assegurar direitos relativos à saúde, à pre-
vidência e à assistência social.
Com relação à previdência social, é importante salientar que as dispo-
sições pertinentes são destinadas, exclusivamente, aos servidores ocupantes 
de cargo de provimento efetivo, na forma prevista na Constituição Federal e 
em lei complementar específica.
Isso implica em afirmar que os servidores ocupantes, exclusivamente, de 
cargos em comissão, não fazem jus à previdência social dos demais servido-
res públicos distritais.
A assistência social, por sua vez, deve ser prestada na forma da 
legislação específica e segundo os programas patrocinados pelo órgão, au-
tarquia ou fundação.
A assistência à saúde do servidor ativo ou inativo, de seu cônjuge, com-
panheiro, dependentes e do pensionista compreende a assistência médica, 
hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica e é prestada:
I – pelo Sistema Único de Saúde;
II – diretamente pelo serviço de saúde do órgão, autarquia ou fundação a 
que o servidor estiver vinculado;
III – pela rede privada de saúde, mediante credenciamento por convênio, 
na forma estabelecida em lei ou regulamento;
IV – na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor des-
pendido com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma 
estabelecida em regulamento.
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8.2. Da Licença Médica e da Licença Odontológica
Art. 273. Pode ser concedida licença médica ou odontológica para 
o servidor tratar da própria saúde, sem prejuízo da remuneração 
ou do subsídio.
§ 1º Após 24 meses consecutivos de licença para tratamento de 
saúde, ou 24 meses cumulativos ao longo do tempo de serviço 
prestado ao Distrito Federal, em cargo efetivo, em razão da mesma 
doença, o servidor deve ser submetido à perícia médica, que opi-
nará pela possibilidade de retorno ao serviço, pela readaptação ou 
pela aposentadoria por invalidez.
§ 2º Caso o servidor seja readaptado após o período mencionado 
no § 1º e volte a se afastar em razão da mesma doença, deve ter 
seu quadro de saúde analisado por Junta Médica Oficial.
§ 3º No caso de servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Fede-
ral, suas autarquias ou fundações, aplicam-se à licença médica ou 
odontológica as normas do regime geral de previdência social.
Art. 274. A licença de que trata o art. 273 depende de inspe-
ção feita por médico ou cirurgião-dentista do setor de assistência à 
saúde.
§ 1º Se necessário, a inspeção de que trata este artigo pode ser 
realizada onde o servidor se encontrar.
§ 2º O atestado de médico ou de cirurgião-dentista particular só 
produz efeitos depois de homologado pelo setor de assistência à 
saúde do respectivo órgão, autarquia ou fundação.
§ 3º No caso de atestado de comparecimento a serviços médicos, 
odontológicos ou laboratoriais, a ausência ao serviço restringe-se 
ao turno em que o servidor foi atendido.
§ 4º O atestado ou o laudo da junta médica não pode se referir ao 
nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões pro-
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duzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer 
das doenças especificadas na legislação do regime próprio de pre-
vidência dos servidores públicos do Distrito Federal.
§ 5º O atestado médico de até três dias durante o bimestre do ano 
civil pode ser recebido pela chefia imediata, sem a homologação do 
serviço de saúde.
Art. 275. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou 
funcionais deve ser submetido à inspeção médica.
Parágrafo único. A administração pública deve adotar programas de 
prevenção a moléstia profissional.
Art. 276. O servidor acidentado em serviço que necessite de tra-
tamento especializado pode ser tratado em instituição privada, às 
expensas do Distrito Federal.
Parágrafo único. O tratamento referido neste artigo constitui medida 
de exceção e somente é admissível quando inexistirem meios e 
recursos adequados em instituição pública.
Nos termos da lei, poderá ser concedida licença médica ou odontológica 
para o servidor tratar da própria saúde, sem prejuízo da remuneração ou do 
subsídio.
No entanto, após 24 meses consecutivos de licença para tratamento de 
saúde, ou, ainda, de 24 meses cumulativos ao longo do tempo de serviço 
prestado ao Distrito Federal, em cargo efetivo, em razão da mesma doença, o 
servidor deve ser submetido à perícia médica, que opinará pela possibilidade de 
retorno ao serviço, pela readaptação ou pela aposentadoria por invalidez.
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Como regar geral, o atestado de médico ou de cirurgião-dentista particu-
lar só produz efeitos depois de homologado pelo setor de assistência à saúde 
do respectivo órgão, autarquia ou fundação.
No entanto, frisa-se que o atestado médico de até 3 dias durante o 
bimestre do ano civil pode ser recebido pela chefia imediata, sem a neces-
sidade de homologação do serviço de saúde.
8.3. Da Readaptação
Art. 277. Ao servidor efetivo que sofrer redução da capacidade 
laboral, comprovada em inspeção médica, devem ser proporciona-
das atividades compatíveis com a limitação sofrida, respeitada a 
habilitação exigida no concurso público.
Parágrafo único. O servidor readaptado não sofre prejuízo em sua 
remuneração ou subsídio.
Ainda que a Lei Complementar n. 840/2011 não tenha, como ocorre em 
diversos outros estatutos dos servidores, elencado a readaptação como uma 
forma de provimento do cargo público, estabelece ela, na parte destinada à 
seguridade social, esta importante garantia.
Dessa forma, ao servidor efetivo que sofrer redução da capacidade labo-
ral, comprovada em inspeção médica, devem ser proporcionadas ativida-
des compatíveis com a limitação sofrida, respeitada a habilitação exigida 
no concurso público.
Importante salientar que o servidor readaptado não sofre prejuízo 
em sua remuneração ou subsídio.
9. Das Disposições Finais e Transitórias
Art. 278. O dia do servidor público é comemorado em vinte e oito 
de outubro.
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Art. 279. Podem ser instituídos os seguintes incentivos funcionais, 
além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:
I – prêmio pela apresentação de ideias, inventos ou trabalhos que 
favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos ope-
racionais;
II – concessão de medalha, diploma de honra ao mérito, condeco-
ração e elogio.
Art. 280. Aos prazos previstos nesta Lei Complementar, salvo dis-
posição legal em contrário, aplica-se o seguinte:
I – sua contagem é feita em dias corridos, excluindo-se o dia do 
começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado para o 
primeiro dia útil seguinte o começo ou o vencimento do prazo que 
cair em dia:
a) sem expediente;
b) de ponto facultativo;
c) em que a repartição ficou fechada;
d) cujo expediente foi encerrado antes do horário habitual;
II – pela interrupção, extingue-se a contagem do prazo já feita e 
reinicia-se novacontagem a partir da data em que o prazo foi inter-
rompido;
III – durante a suspensão, a contagem do prazo fica paralisada, 
devendo ser retomada de onde parou na data em que cessar a 
causa suspensiva.
§ 1º Salvo disposição legal em contrário, os prazos são contínuos, 
não se interrompem, não se suspendem, nem se prorrogam.
§ 2º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a 
data.
§ 3º Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente ao do 
começo do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
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Art. 281. Em razão de nacionalidade, naturalidade, condição social, 
física, imunológica, sensorial ou mental, nascimento, idade, esco-
laridade, estado civil, etnia, raça, cor, sexo, orientação sexual, con-
vicção religiosa, política ou filosófica, de ter cumprido pena ou de 
qualquer particularidade ou condição, o servidor não pode:
I – ser privado de qualquer de seus direitos;
II – ser prejudicado em seus direitos ou em sua vida funcional;
III – sofrer discriminação em sua vida funcional ou pessoal;
IV – eximir-se do cumprimento de seus deveres.
Art. 282. Ao servidor público civil são assegurados, nos termos 
da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os 
seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
I – representação pelo sindicato, inclusive como substituto proces-
sual;
II – desconto em folha, sem ônus para a entidade sindical a que 
for filiado, do valor das mensalidades e contribuições definidas em 
assembleia geral da categoria.
Art. 283. Para efeitos desta Lei Complementar, consideram-se da 
família do servidor o cônjuge ou o companheiro, os filhos e, na 
forma da legislação federal sobre imposto de renda da pessoa física, 
os que forem seus dependentes econômicos.
§ 1º O servidor pode requerer o registro em seus assentamentos 
funcionais de qualquer pessoa de sua família.
§ 2º A dependência econômica deve ser comprovada, por ocasião 
do pedido, e a sua comprovação deve ser renovada anualmente, na 
forma do regulamento.
§ 3º Equiparam-se à condição de companheira ou companheiro os 
parceiros homoafetivos que mantenham relacionamento civil per-
manente, desde que devidamente comprovado.
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Art. 284. As orientações normativas para a uniformização dos pro-
cedimentos de aplicação desta Lei Complementar são formuladas, 
no Poder Executivo, pelo órgão central do sistema de:
I – correição, sobre questões atinentes ao regime, à sanção e ao 
processo disciplinar, sem prejuízo das competências de corregedo-
rias específicas;
II – pessoal, sobre as questões não compreendidas no inciso I.
Art. 285. As disposições desta Lei Complementar não alteram a 
jornada de trabalho vigente na data de sua publicação, não extin-
guem direitos adquiridos, nem direitos ou deveres previstos em lei 
especial.
Art. 286. Até que lei específica fixe o valor do auxílio-alimentação 
previsto no art. 111, ficam mantidos os valores pagos na forma da 
legislação vigente até a data de publicação desta Lei Complementar.
Art. 287. Fica mantido, com os respectivos efeitos, o tempo de 
serviço regularmente averbado na forma da legislação anterior à 
publicação desta Lei Complementar.
Art. 288. Ficam mantidas, até sua adequação às disposições desta 
Lei Complementar, as normas regulamentares expedidas com base 
na legislação anterior, exceto naquilo que conflitarem com esta Lei 
Complementar.
Art. 289. O décimo terceiro salário, previsto nesta Lei Complemen-
tar, substitui a gratificação natalícia prevista na Lei n. 3.279, de 31 
de dezembro de 2003.
Art. 290. As remissões feitas na legislação distrital a dispositi-
vo da Lei federal n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou a dispo-
sitivos das leis revogadas por esta Lei Complementar consideram-
-se feitas às disposições correspondentes desta Lei Complementar.
Art. 293. Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 1º de janei-
ro de 2012.
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http://www.fazenda.df.gov.br/aplicacoes/legislacao/legislacao/TelaSaidaDocumento.cfm?txtNumero=3279&txtAno=2003&txtTipo=5&txtParte=.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112cons.htm
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Art. 294. Ficam revogadas as disposições em contrário, deixando 
de ser aplicadas, no Distrito Federal, a Lei federal n. 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990, e a Lei federal n. 8.647, de 13 de abril de 1993.
No capítulo destinado às disposições finais e transitórias, a Lei Com-
plementar n. 840/2011 apresenta informações que não se enquadram como 
um direito ou um dever do servidor público distrital.
Ainda assim, conseguimos extrair importantes informações, que podem 
perfeitamente ser objeto de cobrança em provas de concursos.
Dessa forma, veremos a seguir as principais regras relacionadas com as 
disposições finais e transitórias:
1) O dia do servidor público é comemorado em 28 de outubro.
2) Podem ser instituídos os seguintes incentivos funcionais aos servidores 
públicos distritais:
a) prêmio pela apresentação de ideias, inventos ou trabalhos que favore-
çam o aumento de produtividade e a redução dos custos operacionais;
b) concessão de medalha, diploma de honra ao mérito, condecoração e 
elogio.
3) A contagem dos prazos previstos na lei em questão é feita da seguinte 
forma:
a) a contagem, como regra geral, é feita em dias corridos, excluindo-se 
o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado 
para o primeiro dia útil seguinte o começo ou o vencimento do prazo que cair 
em dia sem expediente, de ponto facultativo, em que a repartição ficou fecha-
da ou cujo expediente foi encerrado antes do horário habitual.
b) quando tivermos a interrupção, extingue-se a contagem já feita do 
prazo e reinicia-se nova contagem a partir da data em que o prazo foi 
interrompido;
c) quando tivermos a suspensão, a contagem do prazo fica paralisada, 
devendo ser retomada de onde parou na data em que cessar a causa 
suspensiva.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8647.htm
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179
d) os prazos são contínuos, não se interrompem, não se suspendem, nem 
se prorrogam.
e) os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. 
Assim sendo, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente ao do 
começo do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
4) Em razão de nacionalidade, naturalidade, condição social, física, imu-
nológica, sensorial ou mental, nascimento, idade, escolaridade, estado civil, 
etnia, raça, cor, sexo, orientação sexual, convicção religiosa, política ou filo-
sófica, de ter cumprido pena ou de qualquer particularidade ou condição, o 
servidor não pode:
a) ser privado de qualquer de seus direitos;
b) ser prejudicado em seus direitos ou em sua vida funcional;
c) sofrer discriminação em sua vida funcional ou pessoal;
d) eximir-se do cumprimento de seus deveres.
5) Ao servidor público civil são assegurados, nos termos da Constituição 
Federal, o direito à livre associação sindical e aos seguintes direitos, entre 
outros, dela decorrentes:
a) representação pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) desconto em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, 
do valor das mensalidades e contribuições definidas em assembleia geral da 
categoria.
6) Para efeitos desta Lei Complementar, consideram-se da família do 
servidor o cônjuge ou o companheiro, os filhos e, na forma da legislação 
federal sobre imposto de renda da pessoa física, os que forem seus depen-
dentes econômicos.
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	LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 ESQUEMATIZADA
	1. Das Disposições Preliminares
	2. Dos Cargos Públicos e das Funções de Confiança
	2.1. Provimento2.2. Do Concurso Público
	2.3. Da Nomeação
	2.4. Da Posse e do Exercício
	2.5. Do Estágio Probatório
	2.6. Da Estabilidade
	2.7. Da Reversão
	2.8. Da Reintegração
	2.9. Da Recondução
	2.10. Da Disponibilidade e do Aproveitamento
	2.11. Dos Remanejamentos
	3. Das Carreiras e do Regime e da Jornada de Trabalho
	3.1. Das Disposições Gerais e da Promoção
	3.2. Do Regime e da Jornada de Trabalho
	4. Dos Direitos
	4.1. Do Sistema Remuneratório, do Vencimento Básico e do Subsídio
	4.2. DAS VANTAGENS
	4.4. Das Vantagens Permanentes Relativas ao Cargo, das Vantagens Relativas às Peculiaridades de Trabalho, das Vantagens Periódicas, Pessoais e Eventuais
	4.5. Das Vantagens de Caráter Indenizatório
	4.6. Das Férias
	4.7. Das Licenças
	4.8. Dos Afastamentos
	4.9. Do Tempo de Serviço e do Tempo de Contribuição
	4.10. Do Direito de Petição
	5. Dos Deveres
	6. Do Regime Disciplinar
	6.1. Das Responsabilidades
	6.2. Das Infrações Disciplinares
	6.3. Das Sanções Disciplinares
	7. Dos Processos de Apuração de Infração Disciplinar
	7.1. Das Disposições Gerais
	7.2. Da Sindicância e da Sindicância Patrimonial
	7.3. Do Processo Disciplinar, do Contraditório e da Ampla Defesa
	7.4. Do Afastamento Preventivo
	7.5. Da Comissão Processante
	8. Das Fases Processuais
	8.1. Das Disposições Gerais
	8.2. Da Instauração
	8.3. Da Instrução
	8.4. Da Defesa
	8.5. Do Relatório
	8.6. Do Julgamento
	8.7. Da Revisão Do Processo
	8. Da Seguridade Social do Servidor
	8.1. Das Disposições Gerais e da Assistência à Saúde
	8.2. Da Licença Médica e da Licença Odontológica
	8.3. Da Readaptação
	9. Das Disposições Finais e Transitórias

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