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Faculdade Santos Agostinho – FASAI 
Componente Curricular: Sistema Orgânico Integrado II 
Turma: Medicina - 2021.1 
Docente: Ademilde Cerqueira 
Discente: Francielle Santos Agostinho Pinheiro 
 
 Qual a causa das luxações recidivantes do ombro em alguns pacientes? 
 Qual tipo de acidente mais comumente causa a luxação do ombro? 
 
A luxação é definida como a “perda do contato articular”, ou seja, a separação de dois 
ossos que costumam estar em íntimo e contínuo contato por meio da cartilagem. A luxação do 
ombro ocorre quando uma força extrema supera os mecanismos estabilizadores (lábio, cápsula 
e manguito) e desloca a cabeça do úmero para fora da glenóide. Quando o úmero retorna à 
posição original sozinho após o deslocamento, chamamos de subluxação. Essas circunstâncias 
podem ocasionar lesões dos tecidos. Na maioria das vezes, os danos serão no lábio e nos 
ligamentos. Em pacientes acima dos 40 anos, além do lábio, os tendões do manguito rotador 
também podem ser lesados, o que torna a luxação mais grave. 
A luxação do ombro mais comum é a anterior. Nesse tipo, o trauma é normalmente com 
o ombro em o que chamamos de abdução e rotação externa, que nada mais é do que a posição 
de arremesso com o braço rodado para fora. Às vezes também pode ocorrer por uma tração do 
ombro para frente, como se o braço fosse puxado. E em muitos casos o paciente não se recorda 
ou não sabe como foi o trauma. Na luxação anterior, o úmero é deslocado para frente. Existe 
um outro tipo de luxação em que o úmero será deslocado para trás, chamada de luxação 
posterior. Ela é muito mais rara (menos de 10% dos casos de luxação) e ocorre após convulsões, 
choques elétricos ou acidentes automobilísticos em que o paciente encontrava-se com o braço 
esticado no volante e sofreu um trauma súbito. 
A luxação anterior recidivante do ombro é uma lesão bastante freqüente nos consultórios 
 
 
ortopédicos, acometendo principalmente jovens, muitas vezes atletas, praticantes de esportes 
de contato; pode evoluir para episódios recorrentes de instabilidade sintomática e ser bastante 
incapacitante. Ocorre em todas as idades, com complicações relativas a cada período; em 
jovens, comumente durante esportes de contato e, em idosos, após traumas de baixa energia. 
Para melhor delinearmos as condições patológicas da luxação anterior recidivante do ombro, 
temos que definir alguns termos: instabilidade e frouxidão capsuloligamentar. 
A articulação do ombro é provida do mais alto grau de mobilidade do corpo humano, 
fato que a torna mais suscetível à perda da congruência entre suas superfícies articulares. Para 
a realização de seus complexos movimentos, translações e rotações ocorrem na interface 
articular, só sendo possível devido à frouxidão ligamentar fisiológica, indolor, assintomática e 
necessária para as atividades diárias. Fatores congênitos ou do envelhecimento podem alterar 
essa frouxidão e, dependendo da sua intensidade, constituir um fator de risco para a 
estabilidade. 
Instabilidade é uma condição patológica, onde a translação na interface glenoumeral se 
torna excessiva, causando dor e desconforto, representando a quebra do equilíbrio entre os 
estabilizadores estáticos e dinâmicos do ombro. A instabilidade pode variar em graus 
(subluxação, luxação e microinstabilidade), direção (anterior, inferior, posterior e 
multidirecional), etiologia (traumática e atraumática) e volição (voluntária e involuntária). 
A forma mais comum de instabilidade do ombro é a subluxação anterior recorrente ou a luxação 
resultante do trauma. O primeiro episódio, geralmente, está associado a um trauma indireto do 
ombro com um vetor de força anteriormente direcionado, aplicado ao braço em abdução e 
rotação lateral, fazendo com que a cabeça umeral se choque contra a borda fibrocartilaginosa 
da glenóide, causando freqüentemente sua desinserção, mas podendo apenas lesar a cápsula 
sem acometer o lábio. 
 Com o braço na "posição de risco", a resistência à rotação externa é condicionada pelo 
complexo glenoumeral inferior (banda anterior, recesso axilar e banda posterior do ligamento 
glenoumeral inferior), que atua como uma rede (hammock), retendo a cabeça umeral na 
articulação. O impacto direto sobre o ombro também pode levar a luxação anterior deste, 
embora com menor freqüência. 
 
Referências: 
MARQUES, Fabiano; GEIST, João Guilherme Brochado; GERVINI, Fábio Milach; MILACH, 
Felipe. Luxação aguda de ombro – avaliação e tratamento. 2018. Disponível em: 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880514/luxacao-aguda-de-ombro-avaliacao-e-
tratamento.pdf 
 
 
 
LECH, Osvandré; FREITAS, José Renato; PILUSKI, Paulo; SEVERO, Antônio. Luxação 
recidivante do ombro: do papiro de edwin smith à capsuloplastia térmica. Revista 
Brasileira de Ortopedia, Sumário Vol.40 Número 11/12 / 2005. 
 
 
https://www.rbo.org.br/sumario/193

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