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1/6
Seres Abissais
Animais
Na zona abissal, a temperatura é constante e baixa (cerca de 3 °C), não há luz solar, há menor
concentração de gás oxigênio e pouco alimento e a pressão ultrapassa dos 600 atm. Por apresentar
condições abióticas extremas, poucas espécies de seres vivos conseguiram colonizá-la, tornando a
comunidade dos ecossistemas da zonal abissal peculiar. As espécies adaptadas a ela são chamadas de
seres abissais.
O fundo oceânico faz parte da zona abissal ou abissopelágica, que compreende a camada do
ambiente pelágico entre 4 mil e 6 mil metros de profundidade, correspondendo a 70% da biosfera do
planeta.
A total ausência de luz não permite a existência de seres autótrofos fotossintetizantes, por isso, por
muitos anos, acreditava-se que os poucos seres abissais conhecidos dependiam exclusivamente dos
alimentos vindo da superfície. Porém, com os avanços do mergulho de profundidade, os cientistas
descobriram uma teia alimentar tão complexa quanto a de ambientes de superfície.
Adaptações à vida abissal
Os fatores abióticos do ambiente inóspito da zona abissal causam grande pressão seletiva, que gerou,
ao longo do processo evolutivo, algumas adaptações interessantes. Na escuridão dos fundos oceânicos,
uma dessas adaptações é a bioluminescência, capacidade dos organismos de produzir e de emitir luz,
por meio de reações bioquímicas. Estima-se que 90% dos seres abissais emitem bioluminescência, que
está relacionada, por exemplo, à predação (atração de presas) e ao acasalamento.
https://www.coladaweb.com/biologia/animais
2/6
Peixe-pescador.
O peixe-pescador é o nome popular para várias espécies de peixes actinopterígeos lofiformes. São
peixes exclusivamente marinhos que utilizam uma modificação na nadadeira dorsal em forma de “vara
de pesca” para atrair presas próximas à boca. Nas espécies abissais, a ponta dessa “vara” emite
bioluminescência, adquirida por meio de simbiose com bactérias. A boca e o estômago dos lofiformes
distendem o suficiente para engolir presas com o dobro do seu comprimento.
Portador de pente.
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Aparentados aos cnidários, algumas espécies de ctenóforos circulam pela zona abissal. Animais
exclusivamente marinhos, os ctenóforos recebem esse nome “portador de pente” em razão da
presença de pentes ciliados utilizados na locomoção. Apresentam bioluminescência.
Em animais com algum sistema visual desenvolvido, como peixes, existem espécies totalmente cegas e
outras com olhos comparativamente maiores, capazes de captar as menores quantidades de luz.
Os seres abissais também possuem uma fisiologia diferenciada, que depende de macromoléculas
resistentes a pressão esmagadora e que funcionam no frio. Por exemplo, até certa profundidade, a
presença de óxido de trimetilamina (TMAO), encontrada em peixes, evita a distorção e a compressão de
proteínas e outras moléculas vitais dentro do corpo sob pressão externa intensa. Além disso, os seres
abissais tendem a apresentar um corpo mais mole, com poucas cavidades que possam acumular gases
e com maior concentração de água, cuja compressão é desprezível.
A lula-gigante (foto) e a lula-colossal são os maiores invertebrados de
que se tem conhecimento. Habitam águas profundas, com mais de
500 metros. O maior espécime de lula-gigante já preservado mede
8,26 m e está guardado no Museu de História Natural de Londres. A
primeira filmagem de uma lula-gigante viva no hábitat natural foi feita
por cientistas japoneses em 10 de julho de 2012.
No caso dos peixes ósseos, essas características do corpo se refletem em tecidos que acumulam mais
gordura, perda de ossos, que também são menos densos, e na ausência de bexiga natatória e outras
cavidades que possam acumular gás.
Em comparação aos peixes de superfície são mais lentos e menos ágeis. A maioria dos peixes abissais
é carnívora e dependente do alimento que vem da superfície. Apresentam boca grande, mandíbula
articulada com dentes afiados e estômago mais elástico, por isso são capazes de processar grandes
quantidades de alimentos, que são escassos. Essas criaturas chegam a se alimentar de outros peixes
até quatro vezes maiores do que o tamanho deles.
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Não se conhece muito sobre a biologia do peixe-enguia-
pelicano, que habita regiões de até 3 mil metros de
profundidade. Os poucos espécimes conhecidos foram
coletados acidentalmente em redes de pesca de
profundidade. A estrutura da boca avantajada é uma das
características mais marcantes desse animal.
A reprodução é outro desafio para os seres abissais. Muitas espécies são hermafroditas, o que significa
que, na ausência de parceiros, fecundam-se a si mesmos. Há também espécies com sexos separados.
Entre as espécies de peixes-pescadores, por exemplo, os machos podem ser até seis vezes menores
que a fêmea e, ao encontrá-la, prende-se ao corpo dela, tornando-se um suprimento de esperma.
Peixes-pescadores.
Em algumas espécies de peixes-pescadores, ocorre uma fusão da boca do macho à região ventral da
fêmea, prendendo-os pelo resto da vida. O macho prende-se por tanto tempo, que a pele da fêmea
cresce ao redor da boca do macho, ao ponto de haver uma ligação entre o sistema circulatório dos
animais. Ao se fundir, o macho depende inteiramente da fêmea para alimentar-se e eliminar os resíduos
metabólicos. Uma única fêmea pode ter mais um macho ligado ao corpo.
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Em razão de estarem adaptados às condições extremas da zona abissal, a maioria dos seres abissais
não chegam vivos à superfície.
Quimiossíntese: a base das teias alimentares abissais
Ao longo das dorsais meso-oceânicas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, em profundidades
superiores a 2 mil metros, são encontrados os escapes hidrotermais, regiões resultantes da atividade
vulcânica do fundo marinho, de onde emerge o magma escaldante das partes profundas da crosta.
A água que entra em contato com o magma é aquecida acima dos 400 °C, dissolvendo metais e
minerais das rochas. Essa mistura é expelida como geyser, que, em contato como a água fria e densa
do oceano profundo, causa um acúmulo de minerais e de metais precipitados em uma formação
geológica singular, denominada de chaminés. Das chaminés, emanam as fumarolas, que podem ser
negras ou brancas, de acordo com a temperatura da água e da composição química. As fumarolas
negras emanam de águas mais quentes, contendo sulfeto de ferro. Já as fumarolas brancas são
formadas a partir da água menos quente, contendo compostos de bário, cálcio e sílica.
Associados aos escapes hidrotermais, habitam organismos endêmicos a esses locais, adaptados a
gradientes de temperaturas elevadas, baixas taxas de gás oxigênio e concentrações tóxicas de enxofre
e de metais pesados. A teia alimentar tem como base bactérias quimiossintetizantes que utilizam a
energia química do sulfeto de hidrogênio (H2S), gás liberado pelos escapes.
Poliquetas da espécie Riftia pachyptila.
Uma característica convergente entre organismos que habitam as regiões dos escapes hidrotermais é o
gigantismo, ou seja, seres com proporções gigantes se comparado aos existentes em águas rasas. Um
exemplo é dos poliquetas da espécie Riftia pachyptila, que podem atingir cerca de três metros de
comprimento e quatro centímetros de diâmetro. Esses animais formam tubos fixos nos afloramentos
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rochosos dos escapes hidrotermais e estabelecem uma relação simbiótica com bactérias, as quais
oxidam o H2S em um nutriente utilizável pelos vermes. Por sua vez, os poliquetos liberam sangue
contendo hemoglobina que ajudam as bactérias na decomposição dos sulfetos.
Veja também:
Biociclos Aquáticos
https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/biociclos-aquaticos-talassociclo-e-limnociclo

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