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COMO FAZER UMA PRESCRIÇÃO VETERINÁRIA PRESCRIÇÃO MÉDICO-VETERINÁRIA: I. CONCEITOS BÁSICOS: 1. FARMACOLOGIA: Estudo da fonte das drogas (farmacógnosia) e da ação e destino das mesmas no organismo (farmacodinâmica). 2. TERAPÊUTICA: Aplicação clínica da farmacologia, ou seja, como administrar determinado medicamento para o tratamento e/ou prevenção de doenças. 3. DROGA: Todas as substâncias químicas (exceto alimentos) que sejam utilizadas para promover ou salvaguardar a saúde de seres humanos e dos animais. Em outras palavras, pode-se chamar de droga a qualquer substância química pura com atividade terapêutica. 4. MEDICAMENTO: É a droga devidamente preparada para ser utilizada pelo paciente. 5. FORMA FARMACÊUTICA: Maneira como os medicamentos são apresentados, ou seja, comprimido, xarope, suspensão e outras. 6. FÓRMULA MÉDICO-VETERINÁRIA: Conjunto de bases com suas respectivas quantidades e instruções para o uso. 7. POSOLOGIA: Estudo da dosagem dos medicamentos. Dose de uma droga é a quantidade capaz de provocar uma resposta terapêutica desejada no paciente, preferivelmente sem outras ações no organismo. II. CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS: 1. QUANTO À FINALIDADE: Curativos: Têm como objetivo eliminar o agente causal da doença. Ex.: Antibióticos, antiparasitários e outros; Profiláticos: Previnem o aparecimento da doença. Ex.: Eimeriostáticos (como aditivos de ração) e vacinas; Sintomáticos: Combatem apenas os sintomas produzidos pela enfermidade. Ex.: Antitérmicos, analgésicos e antinflamatórios; Dietéticos: Visam a correção de um problema nutricional como causa primária ou secundária de uma doença. Ex.: Suplementos vitamínico-minerais; Diagnósticos: Auxiliam a realização de um procedimento diagnóstico. Ex.: Contrastes radiológicos. 2. QUANTO AO MECANISMO DE AÇÃO: a. Etiológicos: Eliminam o agente etiológico. Ex.: Antiparasitários; b. Fisiopatológicos: Drogas que estimulam determinadas ações fisiológicas do organismo quando as mesmas se mostram deficientes. Ex.: Diuréticos e cardiotônicos; c. De reposição: Repõem determinadas perdas orgânicas. Ex.: Coleréticos e soluções hidroeletrolíticas. 3. QUANTO AO TIPO DE PREPARAÇÃO: Oficinais: São aqueles medicamentos cuja preparação se faz a partir das informações obtidas em uma farmacopéia, tendo como base droga(s) pura(s). As principais obras consultadas são a Farmacopéia Brasileira, a United States Pharmacopea (USP), o New Formulary inglês (NF) e o Martindale - The Extra Pharmacopea, também inglês; Magistrais: Medicamentos onde o clínico elabora a fórmula e a prepara ou manda aviar numa farmácia de manipulação. São, portanto, medicamentos individualizados para cada paciente. É um tipo de preparação pouco utilizado atualmente, ficando quase que restrito à área de homeopatia veterinária; Especialidades terapêuticas: Produtos comerciais já prontos e adquiridos na farmácia, também conhecidos como remédios. 4. QUANTO À CONSTITUIÇÃO: Simples: Constituídos somente por base mais veículo ou excipiente, (respectivamente líquido ou sólido), que dão corpo a esta base, aumentando seu volume. Normalmente são usadas substâncias inertes como amido ou água.; Compostos: Além da base e do veículo, têm outros componentes, que podem ser: Intermediário: Substâncias que melhoram a atuação da base principal nos aspectos químicos e físicos, sem interferir com seu efeito terapêutico. Ex.: Iodeto de potássio melhorando a solubilidade do iodo metálico no veículo, quando se prepara soluções ou tinturas de iodo; Adjuvante: Droga que auxilia de alguma maneira o efeito terapêutico da base principal. Ex.: Dimetilsulfóxido (DMSO) aumentando a distribuição de outras drogas; Corretivo: Corrige o sabor e/ou odor desagradáveis de certas bases. Quando se trata especificamente da correção do sabor, pode-se usar o termo edulcorante. Ex.: Sacarose nos xaropes. 5. QUANTO À NATUREZA: De acordo com sua origem, as drogas podem ser animais, vegetais, minerais, sintéticas ou semi-sintéticas. Podem ainda ser classificadas em alopáticas ou homeopáticas. 6. QUANTO À INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: De acordo com sua aplicação terapêutica, podem ser antitérmicos, antibióticos, antiparasitários, analgésicos e outros. III. PRESCRIÇÃO MÉDICO-VETERINÁRIA: O êxito do tratamento de um paciente está, na maioria das vezes, relacionado à qualidade da prescrição que se faz para o mesmo. Assim, precisa o clínico estar atento a certas implicações que envolvem este instrumento. A receita deve, sempre que possível, ser sucinta e inteligível; ao fazê-la, entretanto, não se deve privar dos preceitos da terminologia técnica. Informações complementares se farão sempre necessárias ao seu bom entendimento e serão fornecidas à parte, como esclarecimentos. Todo clínico necessita ter, no decorrer de suas atividades, o seu próprio receituário, familiarizando-se com determinadas drogas que possam ser usadas em diferentes situações. Os compêndios são bons auxiliares nestas ocasiões. 1. FORMATO GRÁFICO: Uma receita médico-veterinária não deve ser feita em qualquer pedaço de papel. Além das implicações legais, tal ato demonstra um enorme descaso do profissional para com o cliente e é um atestado de desorganização. Os blocos de receita devem ser confeccionados numa gráfica, em papel ½ ofício e num padrão pré-determinado,. As receitas são constituídas das seguintes partes: Cabeçalho ou superscrição: Contém os dados do profissional. Obrigatoriamente, devem constar, nº de inscrição no Conselho Regional e endereço, podendo ser acrescidos outros dados como CPF/CGC, especialidade do profissional e outros; Identificação: Identifica o animal e seu proprietário; Inscrição: Indica a droga com sua concentração e quantidade prescrita. É sempre grifada e, opcionalmente, pode ser precedida de termos que indicam a via de administração, também grifados: Uso interno, uso parenteral, uso tópico e outros; Subscrição: Pode estar presente quando se prescreve um medicamento magistral, sendo o local onde se informa a forma farmacêutica e a quantidade a ser aviada; Instrução ou indicação: Informa ao proprietário sobre a maneira de se administrar o medicamento. Aconselha-se sempre o uso do tempo verbal imperativo nas instruções de uma prescrição; Assinatura: É a parte final de uma prescrição. Caso o cabeçalho não identifique o profissional (p. ex. receituários de clínicas ou hospitais), esta assinatura deve ser obrigatoriamente seguida de aposição de carimbo com o nome e inscrição no Conselho Regional do mesmo. EXEMPLO: Observação: Opcionalmente, os blocos de receita podem ter um canhoto contendo a identificação do animal e um sumário dos achados clínicos e do tratamento efetuado. Este formato de bloco é especialmente útil para os profissionais de campo ou para aqueles que erroneamente não mantêm um arquivo com os dados de seus pacientes. V. LEGISLAÇÃO: O médico veterinário pode receitar, sem restrições, medicamentos das linhas veterinária ou humana. Tal “poder” deve ser judiciosamente utilizado, pois não são poucos os profissionais que se aproveitam dele para receitar ilegalmente drogas controladas para pacientes humanos. OBSERVAÇÃO: Através do Decreto Presidencial nº 793 de 5 de abril de 1993, instalou-se a “Lei dos Nomes Genéricos”, que obriga a utilização destes nomes nos rótulos dos medicamentos humanos em maior destaque em relação aos comerciais. Apesar de esgotados os prazos para a execução da lei, poucos foram os laboratórios que a https://1.bp.blogspot.com/-0So96QYuDV0/WBHXdgHvNdI/AAAAAAAAIuQ/4GF8x8_4D3EhiploDNMsRYwUoGpnx1aYgCK4B/s1600/1.PNG acataram e, de maneira geral, os nomes comerciais continuam prevalecendo.LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE PRESCRIÇÃO DE DROGAS (APENAS ARTIGOS DE INTERESSE DO MÉDICO VETERINÁRIO): SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 (Decreto nº 54.216/64), a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971 (Decreto nº 79.388/77), a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas de 1998 (Decreto 154/91), o Decreto-Lei nº 891/38, o Decreto-Lei 157/67, a Lei nº 6.368/76 e o Decreto nº 78.992/76, resolve: Aprovar o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Art. 1º - Para os efeitos deste regulamento e para sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes definições: DROGA - Substância ou matéria prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. Entorpecente - Substância que pode determinar dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste Regulamento. MEDICAMENTO - Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos. NOTIFICAÇÃO DE RECEITA - Documento padronizado destinado à notificação de prescrição de medicamentos: a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor azul) e c) retinóides de uso sistêmico ou imunossupressores (cor branca). A Notificação concernente aos dois primeiro grupos (a e b) deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c), exclusivamente por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina. PRECURSORES - Substâncias utilizadas para a obtenção de entorpecentes ou psicotrópicos e constantes das listas aprovadas pela Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste Regulamento. PREPARAÇÃO MAGISTRAL - Medicamento preparado mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica. PSICOTRÓPICO - Substância que pode determinar dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste Regulamento. RECEITA - Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado. SUBSTÂNCIA PROSCRITA - Substância cujo uso está proibido no Brasil. CAPÍTULO V DA PRESCRIÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA Art. 36 - A Notificação de Receita é o documento que, acompanhado de receita, autoriza a dispensação de medicamentos à base de substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicas), “C2” (retinóicas para uso sistêmico) e “C3” (imunossupressoras) deste Regulamento e suas atualizações. 1º - Caberá à Autoridade Sanitária fornecer, ao profissional ou instituição devidamente cadastrados, o talonário de Notificação de Receita “A” e a numeração para a confecção dos demais talonários, bem como avaliar e controlar esta numeração. 2º - A reposição do talonário da Notificação de Receita “A” ou a solicitação da numeração subseqüente para as demais Notificações de Receita se fará mediante requisição devidamente preenchida e assinada pelo profissional. 3º - A Notificação de Receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. 4º - A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos. 5º - A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou dispensação. 6º - Não será exigida a Notificação de Receita para pacientes internados nos estabelecimentos hospitalares, médicos ou veterinários, oficiais ou particulares, porém a dispensação se fará mediante receita ou outro documento equivalente (prescrição diária de medicamento), subscrita em papel privativo do estabelecimento. 7º - A Notificação de Receita é personalizada e intransferível, devendo conter somente uma sustância das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicas), “C2” (retinóides de uso sistêmico) e “C3” (imunossupressoras) deste Regulamento e de suas atualizações, ou um medicamento que as contenham. Art. 37 - A Notificação de Receita conforme o anexo IX (modelo de talonário oficial “A”, para as listas “A1”, “A2” e “A3”), anexo X (modelo de talonário “B” para as listas “B1” e “B2”), anexo XI (modelo de talonário “B”, uso veterinário, para as listas “B1” e “B2”), anexo XII (modelo para os retinóides de uso sistêmico, lista “C2”) e anexo XIII (modelo para a talidomida, lista “C3”) deverá conter os itens referentes às alíneas a, b e c devidamente impressos e apresentando as seguintes características: Sigla da Unidade da Federação; Identificação numérica, cuja seqüência será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com sigla da respectiva Unidade da Federação ou nome da instituição, endereço completo e telefone; Identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente e, no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; Nome do medicamento ou da substância, prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; Símbolo indicativo: no caso de retinóicos deverá conter o símbolo de uma mulher grávida recortada ao meio, com a seguinte advertência: “Riscos graves de defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto”; Data da emissão; Assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso do profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível; Identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone; Identificação do fornecedor: nome e endereço completos, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento; Identificação da gráfica: nome, endereço e C.G.C impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também a numeração inicial e final concedidas ao profissional ou instituição e o número da autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local Identificação do registro: anotação da quantidade aviada no verso e, quando se tratar de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário. 1º - A distribuição e controle do talão de Notificação de Receita “A” e a seqüência numérica da Notificação de Receita “B” (psicotrópicos) e a Notificação de Receita Especial (retinóides e talidomida) obedecerão ao disposto na Instrução Normativa deste Regulamento. 2º - Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita à base de substâncias constante das listas deste Regulamentoe suas atualizações em papel não oficial, devendo conter obrigatoriamente o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 (setenta e duas) horas, para “visto”. Art. 38 - Será suspenso o fornecimento do talonário de Notificação de Receita “A” e/ou seqüência numérica da Notificação de Receita “B” e da Notificação de Receita Especial quando for apurado seu uso indevido pelo profissional ou pela instituição, devendo o fato ser comunicado ao órgão de classe e demais autoridades competentes. Art. 39 - As prescrições por cirurgiões-dentistas ou médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico ou veterinário, respectivamente. Art. 40 - Nos casos de roubo, furto ou extravio de parte ou de todo o talonário de Notificação de Receita, fica o responsável obrigado a informar, imediatamente, à Autoridade Sanitária local, apresentando o respectivo Boletim de Ocorrência Policial (B.O.). Art. 41 - A Notificação de Receita “A”, para a prescrição dos medicamentos e substâncias das listas “A1” e “A2” (entorpecentes) e “A3” (psicotrópicos), de cor amarela, será impressa às expensas da Autoridade Sanitária Estadual ou do Distrito Federal, conforme modelo do anexo IX, contendo 20 (vinte) folhas em cada talonário. Será fornecida gratuitamente pela Autoridade Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal aos profissionais e instituições devidamente cadastrados. 1º - Na solicitação do primeiro talonário de Notificação de receita “A”, o profissional ou portador poderá dirigir-se pessoalmente ao Serviço de Vigilância Sanitária para o cadastramento ou encaminhar ficha cadastral devidamente preenchida com sua assinatura reconhecida em cartório. 2 - Para o recebimento do talonário, o profissional ou portador deverá estar munido do respectivo carimbo, que será aposto na presença da Autoridade Sanitária em todas as folhas do campo “Identificação do Emitente”. Art. 42 - A Notificação de Receita “A” será válida por 30 (trinta) dias a contar de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja acompanhada de receita médica com justificativa do uso quando para aquisição em outra Unidade Federativa. Parágrafo Único - As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações de Receita “A” procedentes de outras Unidades Federativas, para averiguação e visto. Art. 43 - As Notificações de Receita “A” que contiverem medicamentos à base de substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes) e “A3” (psicotrópicas) deste Regulamento e de suas atualizações deverão ser remetidas até o dia 15 (quinze) do mês subseqüente às Autoridades Sanitárias Estaduais ou Municipais e do Distrito Federal, através de relação em duplicata, que deverá ser recebida pela Autoridade Sanitária competente mediante recibo, as quais, após conferência, serão devolvidas no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 44 - A Notificação de Receita “A” poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas de apresentação, a quantidade correspondente a um máximo de 30 (trinta) dias de tratamento. 1º - Acima das quantidades previstas neste Regulamento, o prescritor deverá apresentar, juntamente com a Notificação, a justificativa em forma de CID ou diagnóstico e posologia, datando e assinando a mesma. A notificação receberá “visto prévio” da Autoridade Sanitária da localidade do prescritor para ser aviada em estabelecimento farmacêutico. 2º - No caso de formulações, as formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as concentrações que constam de Literaturas Nacional e Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XV). Art. 45 - Quando, por qualquer motivo, for interrompida a administração de medicamentos à base de substâncias constantes das listas deste Regulamento ou de suas atualizações, a Autoridade Sanitária local deverá orientar o paciente ou seu responsável sobre a destinação do medicamento remanescente. Art. 46 - A Notificação de Receita “B”, de cor azul, impressa às expensas do profissional ou da instituição, conforme os modelos anexos (X e XI) a este Regulamento, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. Art. 47 - A Notificação de Receita “B” poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade correspondente a um máximo de 60 (sessenta) dias de tratamento. 1º - Acima das quantidades previstas neste Regulamento, o prescritor deverá apresentar, juntamente com a Notificação, a justificativa em forma de CID ou diagnóstico e posologia, datando e assinando a mesma. A notificação receberá “visto prévio” da Autoridade Sanitária da localidade do prescritor para ser aviada em estabelecimento farmacêutico. 2º - No caso de formulações, as formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as concentrações que constam de Literaturas Nacional e Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XEV). Art. 48 - Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de fórmulas contendo associação medicamentosa das substâncias anorexígenas constantes das listas deste regulamento e de suas atualizações, associadas a substâncias simpatolíticas ou parassimpatolíticas. Art. 52 - Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas médicas e clínicas veterinárias (no que couber), oficiais ou particulares, os medicamentos a base de substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicas), “C2” (retinóicas de uso sistêmico) e “C3” (imunossupressoras) deste Regulamento e de suas atualizações poderão ser dispensados ou aviados a pacientes internados ou em regime de semi-internato, mediante receita privativa do estabelecimento, subscrita por profissional em exercício no mesmo. Parágrafo único - Para pacientes em tratamento ambulatorial será exigida a Notificação de Receita, obedecendo ao disposto no artigo 37 deste Regulamento. DA RECEITA Art. 53 - O formulário de Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os dizeres “1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria” e “2ª via - Orientação ao Paciente”. § 1º - A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade por 30 (trinta) dias, contados a partir da data de sua emissão, para medicamentos à base de substâncias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial), “C2” (retinóicos para uso tópico) e “C5” (anabolizantes) deste Regulamento e de suas atualizações. 2º - A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar a receita quando todos os itens estiverem devidamente preenchidos. 3º - É vedada a aplicação do fator de correção em prescrições contendo formulações magistrais. Art. 54 - O aviamento ou dispensação de Receitas de Controle Especial contendo medicamentos à base de substâncias constantes das listas “C1” e “C5” deste Regulamento e suas atualizações, em qualquer forma farmacêutica ou apresentação, é privativo de farmácia ou drogaria e só poderá ser efetuado mediante receita, sendo a “1ª via - Retida no Estabelecimento Farmacêutico” e a “2ª via - Devolvida ao Paciente” com o carimbo comprovando o atendimento. Art. 55 - A prescrição de medicamentosà base de substâncias anti-retrovirais (lista “C4”) só poderá ser feita por médico e será aviada ou dispensada nas farmácias do Sistema Único de Saúde, em formulário próprio estabelecido pelo programa DST/AIDS, onde a receita ficará retida. Ao paciente deverá ser entregue um receituário médico com informações sobre seu tratamento. No caso de medicamento adquirido em farmácias ou drogarias, será considerado o previsto no artigo anterior. Parágrafo único - Fica vedada a prescrição de medicamentos à base de substâncias constantes da lista “C4” (anti-retrovirais) por médico veterinário ou cirurgião dentista. Art. 56 - As receitas que incluam medicamentos à base de substâncias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial), “C5” (anabolizantes) em os adendos das listas “A1” (entorpecentes), “A2” e “B1” (psicotrópicos) e “C2” (retinóides para uso tópico) deste Regulamento e de suas atualizações somente poderão ser prescritas por profissionais devidamente habilitados e com os campos abaixo devidamente preenchidos: Identificação do emitente: impresso em formulário do profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do consultório e/ou residência do profissional, número da inscrição no Conselho Regional e, no caso da instituição, nome e endereço da mesma; Identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente e, no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; Data da emissão; Assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No caso do profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional; Identificação do registro: na receita médica deverá ser anotada, no verso, a quantidade aviada e, quando se tratar de formulações magistrais, também o número do registro da receita no livro correspondente. 1º - As prescrições por cirurgiões dentistas ou médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico ou veterinário, respectivamente. 2º - Em caso de emergência, poderá ser aviada ou dispensada a receita de medicamentos à base de substâncias constantes da lista “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial) deste Regulamento e suas atualizações em papel não privativo do profissional ou da instituição, devendo conter obrigatoriamente o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 (setenta e duas) horas, para “visto”. Art. 57 - Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas médicas e clínicas veterinárias, oficiais ou particulares, os medicamentos à base de substâncias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial) deste Regulamento e de suas atualizações, poderão ser dispensados ou aviados a pacientes internados ou em regime de semi-internato, mediante receita privativa do estabelecimento, subscrita por profissional em exercício no mesmo. Parágrafo único - Para pacientes em tratamento ambulatorial, será exigida a Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias, obedecendo ao disposto no artigo 56 deste regulamento. Art. 58 - A prescrição poderá conter, em cada receita, no máximo 3 (três) substâncias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial) e “C5” (anabolizantes) deste Regulamento e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. Art. 59 - A prescrição de anti-retrovirais poderá conter, em cada receita, no máximo 5 (cinco) substâncias constantes da lista “C4” (anti-retrovirais) deste Regulamento e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. Art. 60 - A quantidade prescrita de cada substância constante da lista “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial) e “C5” (anabolizantes) deste Regulamento e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade correspondente a um máximo de 60 (sessenta) dias de tratamento. Parágrafo único - No caso de prescrição de substâncias ou medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a quantidade ficará limitada a até 6 (seis) meses de tratamento. Art. 61 - Acima das quantidades previstas nos artigos 58 e 60, o prescritor deverá apresentar justificativa com o CID ou diagnóstico e posologia, datando e assinando as duas vias. A Receita de Controle Especial deverá ser encaminhada à Autoridade Sanitária local para visto prévio. Art. 62 - As substâncias de uso proscrito constantes das listas “E” (plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e “F” (substâncias de uso proscrito no Brasil) não poderão ser objeto de prescrição e manipulação de medicamentos alopáticos ou homeopáticos. CAPÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 90 - É proibido distribuir amostras grátis de substâncias e/ou medicamentos constantes deste regulamento e suas atualizações. 1º - Será permitida a distribuição de amostras grátis de medicamentos que contenham substâncias constantes das listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial) e “C4” (anti-retrovirais) deste Regulamento e suas atualizações, em suas embalagens originais, exclusivamente aos profissionais médicos, que assinarão comprovante de distribuição emitido pelo fabricante. 2º - Em caso do profissional doar medicamentos amostras-grátis à instituição a que pertence, deverá fornecer o respectivo comprovante de distribuição devidamente assinado. A instituição deverá dar entrada no Livro de Registro da quantidade recebida. 3º - O comprovante a que se refere o caput deste artigo deverá ser retido pelo fabricante ou pela instituição que recebeu a amostra-grátis do médico, pelo período de 2 (dois) anos, ficando à disposição da Autoridade Sanitária para fiscalização. 4º - É vedada a distribuição de amostras-grátis de medicamentos à base de misoprostol. Art. 92 - Somente as farmácias poderão receber receitas de medicamentos magistrais ou oficinais para aviamento, vedada a intermediação sob qualquer natureza. Art. 94 - Os medicamentos destinados a uso veterinário serão regulamentados em legislação específica. Art. 95 - Os profissionais, serviços médicos e/ou ambulatoriais poderão possuir, na maleta de emergência, até 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes e até 5 (cinco) ampolas de medicamentos psicotrópicos, para aplicação em caso de emergência, ficando sob sua guarda e responsabilidade. Parágrafo único - A reposição das ampolas se fará com a Notificação de Receita devidamente preenchida com o nome e endereço completo do paciente ao qual tenha sido administrado o medicamento. Art. 99 - O não cumprimento das exigências deste regulamento constituirá infração sanitária, ficando o infrator sujeito às penalidades previstas na legislação sanitária vigente, sem prejuízo das demais sanções de natureza cível ou penal cabíveis. Art. 100 - Os casos omissos serão submetidos à apreciação da Autoridade Sanitária competente do Ministério da Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 102 - As listas de substâncias constantes deste Regulamento serão atualizadas através de publicações no Diário Oficial da União sempre que ocorrerconcessão de registro de produtos novos, alteração de fórmulas, cancelamento de registro de produto e alteração de classificação de lista para registro anteriormente publicado. Art. 105 - A revisão e atualização deste Regulamento Técnico deverão ocorrer no prazo de 2 (dois) anos. Art. 107 - O Órgão de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde baixará instruções normativas de caráter geral ou específico sobre a aplicação do presente regulamento, bem como estabelecerá documentação, formulários e periodicidades de informações. Art. 108 - Compete aos Estados, Municípios e Distrito Federal exercer a fiscalização e o controle dos atos relacionados à produção, comercialização e uso das substâncias constantes das listas deste regulamento, bem como os medicamentos que as contenham, no âmbito de seus territórios, bem como fará cumprir as determinações da legislação federal pertinente e deste Regulamento. Art. 110 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. LISTA A1 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES (Sujeitas a Notificação de Receita “A”) ACETILDIIDROCODEINONA FENTANILA ACETILMETADOL FURETIDINA ACETORFINA HIDROCODONA ALFACETILMETADOL HIDROMORFINOL ALFAPROMEDINA HIDROMORFONA ALFAMETADOL HIDROXIPETIDINA ALFAPRODINA ISOMETADONA ALFENTANILA LEVOFENACILMORFANO ALILPRODINA LEVOMETORFANO ANILERIDINA LEVOMORAMIDA BENZETIDINA LEVORFANOL BENZILMORFINA METADONA BENZOILMORFINA METAZOCINA BETACETILMETADOL METILDESORFINA BETAMEPRODINA METILDIIDROMORFINA BETAMETADOL METOPON BETAPRODINA MIROFINA BEZITRAMIDA MORFERIDINA BUPRENORFINA MORFINA BUTORFANOL MORINAMIDA CETOBEMIDONA NICOMORFINA CLONITAZENO NORACIMETADOL CODOXIMA NORLEVORFANOL CONC. DE DORMIDEIRA NORMETADONA DEXTROMORAMIDA NORMORFINA DIAMPROMIDA NORPIPANONA DIETILTIAMBUTENO N-OXICODEÍNA DIFENOXILATO ÓPIO DIFENOXINA OXICODONA DIIDROMORFINA OXIMORFONA DIMEFEPTANOL (METADOL) PENTAZOCINA DIMENOXADOL PETIDINA DIMETILTIAMBUTENO PIMINODINA DIOXAFETILABUTIRATO PIRITRAMIDA DIPIPANONA PROEPTAZINA DROTEBANOL PROPERIDINA ETILMETILTIAMBUTENO RACEMETORFANO ETONITAZENO RACEMORAMIDA ETORFINA RACEMORFANO ETOXERIDINA SUFENTANILA FENADOXONA TEBACONA FENAMPROMIDA TEBAÍNA FENAZOCINA TILIDINA FENOMORFANO TRIMEPERIDINA FENOPERIDINA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Preparações à base de DIFENOXILATO, contendo não mais que 2,5 mg por unidade farmacológica da substância como base e uma quantidade de sulfato de atropina equivalente a pelo menos 1% da quantidade de fenoxilato ficam sujeitas à prescrição através de Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. LISTA A2 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DE USO PERMITIDO EM CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS (Sujeitas a Notificação de Receita “A”) ACETILDIIDROCODEÍNA NALORFINA CODEÍNA NALOXONA DEXTROPROPOXIFENO NICOCODINA DIIDROCODEÍNA NICODICODINA ETILMORFINA (DIONINA) NORCODEÍNA FOLCODINA PROPIRAM NALBUFINA TRAMANDOL ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Preparações de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA, DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA e TRAMANDOL associadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de entorpecentes não exceda a 100 miligramas por unidade posológica e a concentração não exceda a 2,5% nas formas indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial em duas vias. Associações medicamentosas contendo DEXTROPROPOXIFENO sob a forma de comprimidos sem outra substância listada neste Regulamento, em que a quantidade de entorpecentes não exceda a 100 miligramas por unidade posológica e a concentração não exceda a 2,5% nas preparações indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial em duas vias. Preparações à base de PROPIRAM, contendo não mais que 100 mg por unidade posológica e associados, no mínimo, a igual quantidade de metilcelulose, ficam sujeitos a prescrição da Receita de Controle Especial em duas vias. LISTA A3 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeitas a Notificação de Receita “A”) ANFETAMINA FENMETRAZINA CATINA LEVANFETAMINA CLOBENZOREX LEVOMETANFETAMINA CLORFENTERMINA METANFETAMINA DEXANFETAMINA METILFENIDATO FENCICLIDINA TANFETAMINA FENETILINA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. LISTA B1 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeitas a Notificação de Receita “B”) ALOBARBITAL BARBEXACLONA ALPRAZOLAM BARBITAL AMOBARBITAL BROMAZEPAM BROTIZOLAM MEPROBAMATO BUTALBITAL MESOCARBO CAMAZEPAM METILFENOBARBITAL CATAZOLAM METILPRILONA CETAZOLAM MIDAZOLAM CICLOBARBITAL N-ETILANFETAMINA CLOBAZAM NIMETAZEPAM CLONAZEPAM NITRAZEPAM CLORAZEPAM NORCANFANO CLORAZEPATO NORDAZEPAM CLORDIAZEPÓXIDO OXAZEPAM CLOTIAZEPAM OXAZOLAM CLOXAZOLAM PEMOLINA DELORAZEPAM PENTOBARBITAL DIAZEPAM PINAZEPAM ESTAZOLAM PIPRADOL ETCLORVINOL PIROVARELONA ETINAMATO PRAZEPAM FENCANFAMINA PROLINTANO FENDIMETRAZINA PROMINAL FENOBARBITAL PROPILEXEDRINA FLUDIAZEPAM SECOBARBITAL FLUNITRAZEPAM TEMAZEPAM FLURAZEPAM TIAMILAL GLUTETIMIDA TIOPENTAL HALAZEPAM TRIAZOLAM HALOXAZOLAM TRIEXIFENIDIL LEFETAMINA VINILBITAL LOFLAZEPATOETILA ZOLPIDEM LOPRAZOLAM ZOPICLONA MEDAZEPAM ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Os medicamentos que contenham FENOBARBITAL, PROMINAL, BARBITAL e BARBEXACLONA ficam sujeitos a Receita de Controle Especial em duas vias. LISTA B2 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS ANOREXÍGENAS (Sujeitas a Notificação de Receita “B”) AMINOREX FENDIMETRAZINA ANFEPRAMONA FENTERMINA DIETILPROPIONA MAZINDOL FEMPROPOREX MEFENOREX ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. LISTA C1 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL (Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas vias) ACEPROMAZINA AMOXAPINA ÁCIDO VALPRÓICO AZACICLONOL AMANTADINA BECLAMIDA AMINEPTINA BENACTIZINA AMISSULPRIDA BENZOCTAMINA AMITRIPTILINA BENZOQUINAMIDA BIPERIDENO IMIPRAMINA BUSPIRONA IMIPRAMINÓXIDO BUTAPERAZINA IPROCLORIZIDA BUTRIPTILINA ISOXOCARBOXAZIDA CAPTODIAMINA ISOFLURANO CARBAMAZEPINA ISOPROPILCROTONILURÉIA CAROXAZONA LAMOTRIGINA CETAMINA LEVODOPA CICLARBAMATO LEVOFACETOPERANO CICLEXEDRINA LEVOMEPROMAZINA CICLOPENTOLATO LINDANO CITALOPRAM LISSURIDA CLOMACRANO LÍTIO CLOMETIAZOL LOPERAMIDA CLOMIPRAMINA LOXAPINA CLORPROMAZINA MAPROTILINA CLORPROTIXENO MECLOFENAXATO CLOTIAPINA MEFENOXALONA CLOZAPINA MEFEXAMIDA DEANOL ACEGLUTAMATO E MEPAZINA ACETAMINOBENZOATO MESORIDAZINA DESFLURANO METILPENTINOL DESIPRAMINA METISERGIDA DEXETIMIDA METIXENO DEXFENFLURAMINA METOPROMAZINA DEXTROMETORFANO METOXIFLURANO DIBENZEPINA MIANSERINA DIMETRACRINA MINAPRINA DISOPIRAMIDA MIRTAZAPINA DISSULFIRAM MISOPROSTOL DEVALPROATO DE SÓDIO MIOCLOBEMIDA DIXIRAZINA MOPERONA DOXEPINA NALTREXONA DROPERIDOL NEFAZODONA EMILCAMATO NIALAMIDA ENFLURANO NOMIFENSINA ETOMIDATO NORTRIPTILINA ETOSSUCCINIMIDA NOXPTILINA EXTIL URÉIA OLANZAPINA FACETOPERANO OPIPRAMOL FENAGLICODOL OXCARBAMAZEPINA FENELZINA OXIFENAMATO FENFLURAMINA OXIPERTINA FENITOÍNA PAROXETINA FENILPROPANOLAMINA PENFLURIDOL FENIPRAZINA PERFENAZINA FENPROBAMATO OXIFENAMATO FLUFENAZINA OXIPERTINA FLUMAZENIL PAROXETINA FLUOXETINA PENFLURIDOL FLUPENTIXOL PERFENAZINA FLUPOXAMINA PERGOLIDA HALOPERIDOL PERICIAZINA HALOTANO PIMOZIDA HIDRATO DE CLORAL PIPAMPERONA HIDROCLORBEZETILAMINAPIPOTIAZINA HIDROXIDIONA SÓDICA PRIMIDONA HOMOFENAZINA PROCLORPERAZINA IMICLOPRAZINA PROMAZINA PROPANIDINA TIOPROPERAZINA PROPERICIAZIDA TIORIDAZINA PROPIOMAZINA TIOTIXENO PROPOFOL TOPIRAMATO PROTIPENDIL TRANILCIPROMINA PROTIPTILINA TRAZODONA PROXIMETACAÍNA TRICLOFÓS RISPERIDONA TRICLORETILENO SELEGILINA TRIFLUOPERAZINA SERTRALINA TRIFLUPERIDOL SEVOLFURANO TRIMIPRAMINA SIBUTRAMINA VALPROATO DE SÓDIO SULPIRIDA VENLAFAXINA TACRINA VERALIPRIDA TALCAPONA VIGABATRINA TETRACAÍNA ZIPRAZIDONA TIANEPTINA ZUCLOPENTIXOL TIAPRIDA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Os medicamentos à base de FENILPROPANOLAMINA e LOPERAMIDA ficarão sujeitos a venda sob prescrição médica sem retenção de receita. Só serão permitidos a compra e uso de medicamento contendo MISOPROSTOL em estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados junto à Vigilância Sanitária para este fim. LISTA C2 LISTA DESUBSTÂNCIAS RETINÓICAS (Sujeitas a Notificação de Receita especial) ACITRETINA ISOTRETINOÍNA ADAPALENO TRETINOÍNA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta lista ficarão sujeitos a prescrição de Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. LISTA C3 LISTA DE SUBSTÂNCIAS IMUNOSSUPRESSORAS (Sujeitas a Notificação de Receita especial) FTALIMIDOGLUTARIMIDA (TALIDOMIDA) ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários da substância enumerada acima. LISTA C4 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANTI-RETROVIRAIS (Sujeitas a Receituário do Programa da DST/AIDS ou Receita de Controle Especial) DELAVIDINA NEVIRAPINA DIDANOSINA (ddl) RITONAVIR ESTAVUDINA (d4t) SAQUINAVIR INDINAVIR ZALCITABINA (ddC) LAMEVUDINA (3tc) ZIDOVUDINA NELFINADIR ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. Os medicamentos à base de substâncias anti-retrovirais constantes deste Regulamento deverão ser prescritas em receituário próprio estabelecido pelo Programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde, para dispensação nas farmácias hospitalares ou ambulatoriais do Sistema Público de Saúde. Quando dispensadas em farmácias ou drogarias particulares, estas drogas ficarão sujeitas à venda sob Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. LISTA C5 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANABOLIZANTES (Sujeitas a Receita de Controle Especial) DIIDROETILANDROSTERONA METANDRIOL ESTANOZOLOL METILTESTOSTERONA FLUXIMESTERONA NANDROLONA FLUXIMETILTESTOSTERONA OXIMETALONA MESTEROLONA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. LISTA D1 LISTA DE SUBSTÂNCIAS PRECURSORAS DE ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICOS (Sujeitas a Receita Médica sem retenção) 1-FENIL-2-PROPANONA ERGOMETRINA 3,4-METILENODIOXIFENIL-2- ERGOTAMINA PROPANONA ISOSAFROL ÁCIDO ANTRANÍLICO PIPERIDINA ÁCIDO FENILACÉTICO PIPERONAL ÁCIDO LISÉRGICO PSEUDOEFEDRINA ÁCIDO N-ACETANTRANÍLICO SAFROL EFEDRINA ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. LISTA D2 LISTA DE INSUMOS QUÍMICOS UTILIZADOS COMO PRECURSORES PARA A FABRICAÇÃO E SÍNTESE DE ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICOS (Sujeitas a controle do Ministério da Justiça) CLOROFÓRMIO ACETONA ÉTER ETÍLICO ÁCIDO CLORÍDRICO METILETILCETONA ÁCIDO SULFÚRICO PERMANGANATO DE POTÁSSIO ANIDRIDO ACÉTICO SULFATO DE SÓDIO CLORETO DE METILENO TOLUENO ADENDO: Produtos e insumos químicos, sujeitos a controle da Polícia Federal, de acordo com a Lei nº 9.017 de 30/03/1995, Decreto nº 1.646 de 26/09/1995, Decreto nº 2.036 de 14/10/1996, Resolução nº 01/95 de 07/11/1995 e Instrução Normativa nº 06 de 25/09/1997. O insumo CLOROFÓRMIO está proibido para uso em medicamentos. LISTA E LISTA DE PLANTAS QUE PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS Cannabis sativum Claviceps paspali Datura suaveolans Erytroxylum coca Lophophora Williamsii (cacto peyote) Prestonia amazonica (Haemadictyon amazonicum) ADENDO: Ficam também sob controle todos os sais, isômeros e intermediários das substâncias enumeradas acima. ADENDO I: ABREVIATURAS UTILIZADAS EM TERAPÊUTICA Na seguinte relação são indicados a abreviatura, a expressão latina entre parênteses e seu significado: • ad lib (ad libitum): À vontade • n. r. (non repetatur): Não repetir • a.c. (ante cibum): Antes das refeições https://1.bp.blogspot.com/-S3W7sxmaPj4/WBHYX5ZKFrI/AAAAAAAAIuc/Bv2_Il6zI8M_bdFXFsFem5AZ2AtncpxBgCK4B/s1600/3.PNG • o.d. (omne die): A cada dia • aa (ana): Partes iguais • no. (numero): Número • aq. (aqua): Água • p.c. (post cibum): Após as refeições • b.i.d. (bis in die): Duas vezes ao dia • p.r.n. (pro re nata): Conforme a necessidade • cap (capsula): Cápsula • Q.R.(quantum rectum):Quantidades corretas • dos. (dosis): Uma dose • q.s.(quantum sufficiat):Quantidade suficiente • eq. pts. (equalis partis): Partes iguais • q 6h (quaque 6 hora): A cada 6 horas • ft (fiat): Fazer • q.i.d.(quater in die): Quatro vezes ao dia • gtt. (gutta): Uma gota • s.i.d. (simel in die): Uma vez ao dia • haust. (haustus): Beberragem • ss (semisse): Metade • M. (misce): Misturar • s.o.s. (se opus sit): Se necessário • sol (solutio): Solução • tab (tabella): Um comprimido • stat. (statim): Imediatamente • t.i.d. (ter in die): Três vezes ao dia ADENDO II: EQUIVALÊNCIA DE MEDIDAS 1. MEDIDAS DE PESO: 1 grama (g) = 1.000 miligramas (mg) 1 mg = 1.000 microgramas ( g ou mcg) 1 parte por milhão (ppm) = 1 mg/kg = 1 g/g 1 grão (gr) = 65 mg. ATENÇÃO: Não confundir as abreviaturas em inglês para grama (gm) e grão (gr). 1 onça (ingl.: ounce = oz) = 31.1 g 1 libra (ingl.: pound = lb) = 453,6 g 2. MEDIDAS DE VOLUME: 1 litro (l) = 1.000 mililitros (ml) 1 gota (ingl.: minimum ou drop) ≅ 0,05-0,06 ml 1 ml ≅ 20-24 gotas (dependendo da densidade do líquido) Solução a 12,5% = 125 mg/ml (para converter, basta multiplicar a concentração em porcentagem por 10) Sol. 1:1.000 = 1 mg/ml = sol. 0,1% Sol. 1 ppm = 1 mg/l 1 colher de chá (ingl.: teaspoon = tsp) ≅ 4-5 ml 1 colher de sobremesa ≅ 10 ml 1 colher de sopa (ingl.: tablespoon = tbp) ≅ 15 ml 1 onça líquida (ingl.: fluid ounce = fl.oz) = 29,57 ml 1 xícara (ingl.: cup) ≅ 180 ml 1 copo (ingl.: glass) ≅ 240 ml 1 pinta (ingl.: pint = pt) = 473,2 ml 1 quarto (ingl.: quart = qt) = 946,4 ml 1 galão (ingl.: gallon = gl) = 3.785 ml (EUA) ou 4.500 ml (Inglaterra) 3. MEDIDAS DE TEMPERATURA (CONVERSÃO): º C para º F = (ºC x 1,8) + 32 º F para º C = (º F - 32) x 0,555 LEITURA SUPLEMENTAR RECOMENDADA: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Regulamento Técnico Sobre Substâncias e Medicamentos Sujeitos a Controle Especial. Diário Oficial da União. Brasília, 15 de maio de 1998. Sec. I 1998, pp. 3-27. SPINOSA, H.S. Prescrição e Legislação Brasileira dos Medicamentos. In: SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp. 6-11, 1999.