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Medicina - 5º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa
6 de abr. de 2023
Introdução do exame neurológico
1- No primeiro momento se analisa a topografia dos sinais e sintomas clínicos do indivíduo
● Ex: paciente com queixa de convulsão (queixa de alteração de funcionalidade) → será
necessário buscar dentro do exame uma topografia (que seria saber qual parte cerebral que foi
afetada)
● Ou seja, o exame físico neurológico ajuda muito na localização cerebral
2- História clínica/ Anamnese
● Ex: paciente com dificuldade de andar (na marcha), a partir daí colhe se ele é hipertenso,
diabetico → para entender se teve AVE e se esse afetou algumas áreas topográficas
3- Avaliação da consciência
● Pode ter subjetividade → podem estar fingindo
● Alteração da consciência pode ter:
○ Alteração topográfica: Algum dano neurológico - “Piano tocando” (vias, estruturas do
cérebro)
■ Ex: caiu e bateu a cabeça, tumor crescendo entre diencéfalo e telencéfalo - com
isso a pessoa muda, fica agitada, etc.
■ Para descartar essa possibilidade, analisar se a causa é por trauma, intoxicação,
tumor.
○ Alteração da consciência sem ser afetada área neurológica/não neurológica: sem
afetar área do cérebro, mas essa pessoa teve alteração da consciência - “Melodia”
■ Ex: Pacientes psiquiátricos com delirium ou alucinação
■ Estruturas preservadas, porém temmais neurotransmissores
■ Se o problema de delirium ou alucinação não for associado a área clínica = grande
chance de ser um problema psiquiátrico
OBS! Paciente chega falando que tem naves alienígenas fora do local - pensar em
pacientes: psiquiátricos ou com dano neurológico
○ Transtorno → diminuição da funcionalidade do indivíduo, que não consegue trabalhar, se
socializar, problemas de perfil de personalidade.
■ Vive em altos e baixos - não consegue se programar, estudar, resolver problemas,
é agressivo, etc
■ Transtornar = disfuncionalizar (diminuição da funcionalidade)
■ Transtorno de Personalidade Borderline: alteração de comportamento brusco,
podendo ficar mais agressivo, com dependência emocional de pessoas e a partir
daí não consegue trabalhar, se relacionar, ou seja, perde a funcionalidade.
OBS! Perfil de Borderlike - parecido com o Borderline, mas que não alterou
funcionalidade da pessoa.
● Às vezes dá uns ataques, mas não altera funcionalidade, pois consegue
manter os relacionamentos
● Não considerado transtorno porque não alterou a funcionalidade
- Transtorno afetivo bipolar X Transtorno de personalidade borderline
● Diferentes
Exame neurológico
- Exame neurológico completo → é longo e muitas vezes desnecessário para estabelecer o
diagnóstico
● Começa assim que o paciente entra na sala
● Está mais atrelado à queixa principal e a história da moléstia atual
● Quando já tem todos os itens da anamnese e vai para o exame físico
1
● O paciente pode se cansar, prejudicando o exame
○ Por esse motivo, o médico tem que ser o mais breve possível
- Como fazer o exame:
● Breve exame neurológico seguido por um exame completo direcionado à queixa do paciente
● A avaliação começa quando o paciente entra e continua durante toda a entrevista
○ Como fala, como se porta, se está agressivo, hostilizado, etc.
● Adotar uma rotina fixa (sequência de exames)
● Dificuldade em realizar diagnóstico neurológico
○ Lesões em diferentes níveis podem causar os mesmos achados
○ Fisiopatologia neurológica pode ter efeitos positivos e/ou negativos
○ Perda de função motora ou sensorial pode ser transitória ou permanente
○ Algumas estruturas do sistema nervoso têm efeitos inibitórios
○ Muitas doenças têm exame neurológico normal. Ex: epilepsia
● Existe alguma doença neurológica?
● Qual a localização da lesão?
○ Os achados são simétricos?
○ Qual a fisiopatologia dos achados anormais?
○ Qual é o diagnóstico diferencial preliminar?
● Passos para a realização:
1. Avaliação da consciência
○ Lúcida/vigil - atenta
■ Pergunta o nome da paciente e observar se ele respondeu normalmente
○ Orientação
■ Temporal - “Que dia é hoje?”
■ Espacial - “Onde nós estamos?”
2. Exame neurológico - quando é observado algum comprometimento na fase anterior
(isso após todo o exame físico)
OBS! Pálpebra tremendo → provável hiperestimulação do sistema colinérgico (estimulação
neuromuscular ou alterações hidroeletrolítica (Na+ e K+)
● Importante perguntar: “Este tremor está te incomodando?”
● Pois essa pode não ser a queixa principal, às vezes o paciente quer resolver os problemas
neurológicos
OBS! Paciente dependente → reclama de tremores
● Médico deve perguntar se ele faz alguma coisa que melhora
● Ele responde que quando bebe melhora
OBS! Paciente diabético → pode ter problemas neurológicos
● Colocar então, uma rotina fixa de exame neurológico, pois afeta vias neurológicas
● Geralmente o problema é relacionada a membros inferiores
● Ex: Foi na manicure e não sentir machucar, ou pode ter onicomicose, candidíase, etc.
● O exame é feito tocando no pé do paciente e perguntando se ela está sentindo
○ Fazer também teste cego → não toca no pé e perguntar se ele está sentindo (para
verificar se ela está mentindo)
○ Pode também perguntar onde a paciente sentiu o estímulo para saber se ela está
mentindo
OBS! Paciente com epilepsia → ocorre em crises, então se pegar em ummomento que não está tendo
crise, o exame neurológico pode dar normal
● Muitas vezes se confunde com convulsão
○ Convulsão → tem causa , etiologia. Ex: Usar cocaína (pró-convulsiva), de origem febril, etc.
○ Epilepsia → não tem etiologia (congênita ou pode diminuir na fase adulta)
● Focal (crise de ausência → afeta uma parte do cérebro)
○ Mais comum na infância e dura emmédia 15 minutos
2
○ Nessa crise, quando tem estímulo a criança volta ao normal
● Generalizada (afeta os dois lados do cérebro)
○ Dura de 2 a 3 minutos
○ Ocorre de forma mais “brusca”
○ Há perda de consciência, logo após começa a chorar pois é uma criança e não entende o
que está acontecendo
○ Exame neurológico:
■ Consciência ausente
■ Psicomotricidade alterada → se contrai inteiro
○ Período pré-ictal: criança de tanto ter crise já sabe quando vai acontecer, essa criança se
esconde, fica mais quieta ou fica chamando pela mãe
Anatomia Funcional
- Sistema nervoso central:
● Encéfalo: cerebro, tronco encefálico e cerebelo
● Medula espinal
OBS! Controla pulso, sistema de vasoconstrição, vasodilatação, etc.
- Sistema nervoso periférico:
● Nervos cranianos
● Nervos periféricos
OBS! Composto pelo simpático e parassimpático
- Encéfalo:
● Origem das respostas complexas do SNC:
○ Raciocínio lógico-matemático
○ Fala
○ Movimentos complexos → movimentos finos
OBS! Para melhorar esses movimentos final é bom fazer: exercício físico, leitura, música, dança,
jogos de caça-palavras
- Quanto mais conectado o cérebro com outras regiões, mais habilitado o neurônio será
3
- Reserva cognitiva → toda atividade intelectualmente estimulante ajuda a aumenta a
capacidade do cérebro e retarda doenças demenciais.
○ Interpretação de sinais de outra língua → mais neuroplasticidade no cérebro
● Cada sub-região tem funções características
● Divisão anatomo-funcional
● Corpo caloso: contém um giro mais para o lobo frontal e outro mais para o lobo occipital
OBS! Quanto mais jovem, mais neuroplasticidade
- Trauma → Sinal de Guaxinim - consistem em uma equimose (área roxa) em torno das órbitas
- Lobos, giros e sulcos cerebrais:
● Lobos:
○ Lobo frontal → funções cognitivas superiores
■ Raciocínio lógico e abstrato
■ Memória
■ Comportamento social
● Exemplo: comportamento reativo ou violento → é no sulco frontal
● Escolher a roupa para trabalhar
○ Lobo parietal
○ Lobo occipital
○ Lobo temporal
○ Lobo da ínsula
● Sulcos:
○ Sulco central → divide giro pré-central e pós-central
○ Sulco Lateral
● Giros:
○ Giro pré-central → área motora somática primária
■ Neurônios motores
■ Tem uma região chamada de Nigra-striatum (responsável pelo controle fino),
onde há 2 grandes neurônios que estão associados ao equilíbrio (ACTH e
Dopamina)
■ Há receptores para os dois neurotransmissores■ Associado ao Parkinson
● Alteração do neurônio dopaminérgico e aumenta a acetilcolina
4
● Perde os movimentos finos
● Pede se para paciente escrever e ele não consegue → movimento fica mais
robotizado
■ OBS! ACTH é metabolizada pela Ache → que degrada ACTH em acetil +
colinesterase - se usa ummedicamento que inibe a Ache → maior ação da ACTH →
elevado no nigro striatum = tremores
○ Giro pós-central → área sensitiva primárias
■ Tem uma região chamada Tálamo → central de informações, que através de um
estímulo, envia o estímulo para todas as áreas do sensório: seja estímulo doloroso,
visual, temperatura, etc.
■ O tálamo tem assim, que contar com neurotransmissores excitatórios, como:
● Glutamato
● ACTH
● Dopamina
● Serotonina
- Se inibir muito esses neurônios → consciência reduz
OBS! GABA → inibitórios
- Excesso de dopamina no pós-central → aumenta todas as sensações - com isso,
aumenta as crenças e podem começar os delírios (pessoa acredita no que fala)
- Delírio → uma alteração do juízo de realidade caracterizado por apresentar uma convicção subjetiva
irremovível ou crença inabalável, presente na esquizofrenia, transtorno bipolar e aquelas relacionadas
ao abuso de drogas
- Delirium → é um quadro agudo
- Deliróide ou idéia deliróide → tem origem em estados psicologicamente alterados, como nos
transtornos de humor, alterações da sensopercepção e rebaixamento do nível de consciência
- Quando chega um paciente em delírio:
● Primeiro → ver se não está intoxicado (drogado)
● Tumor cerebral
● Ter diabetes descompensada
● Depois pensar em psicose
○ Giro frontal inferior
■ Área motora da fala → Lado direito: ritmo e entonação da fala
○ Giro frontal médio
■ Áreas motoras secundárias
○ Giro frontal superior
■ Atenção, iniciativa e comportamento social
OBS! Benzodiazepínico → não pode tirar de uma vez tem que fazer desmame. Ex: Alprazolam
- Diencéfalo:
5
● Emoções mais primitivas → medo, prazer,etc.
● Tálamo: processa os impulsos sensoriais e os retransmite para o córtex cerebral. Essas funções
relacionam-se com sensibilidade, motricidade e comportamento emocional
● Hipotálamo
○ Mantém a homeostasia – do grego HOMEO “similar ou igual – STASIS “estático” –
equilíbrio das funções
○ Regula:
■ Temperatura
■ Frequência cardíaca
■ Pressão arterial
○ Influencia o sistema endócrino
○ Regulação e integração de processos emocionais (raiva, impulso sexual), coordenando as
manifestações periféricas das emoções
- Cerebelo:
● Possui sulcos que lembra uma estrutura cerebral mais avançada
● Centro integrador da motricidade
● Manutenção de equilíbrio, coordenação e marcha
● Relacionado com o controle do tônus muscular
● Aprendizagemmotora
- Áreas especializadas em funções altamente complexas:
● Wernicke: entendimento da linguagem (conhecimento, interpretação e associação de
informações)
○ Ex: Faz se um pergunta ao paciente esse não entende
● Broca: expressão da linguagem
○ Ex: Se atende ummenino de 11 anos que não consegue falar direito, como se a língua
estivesse presa (chiando)
■ Ocorreu por violência física que sofria do pai quando menor, o tratamento
adequado seria a fonoaudiologia.
● As duas áreas estão conectadas através de um grupo de fibras nervosa – fascículo arqueados
-Medula espinal:
● Envolta pela coluna vertebral
● Termina no nível de L1-L2
● Fluxo de informações aferentes e eferentes do cérebro
● Divisão em regiões bem definidas
● Periferia: substância branca medular (tratos ou vias neuronais descendentes e ascendentes)
● Centro (“H”): substância cinzenta (corpos neuronais): elaboração de respostas estereotipadas
(reflexos) e modulação das vias ascendentes e descendentes
Dermátomos
- Um dermátomo é a faixa de pele inervada pela raiz sensorial de um nervo espinal
6
- Sistema nervoso periférico (SNP) → composto por nervos cranianos e nervos periféricos que se
projetam para o coração, para as vísceras, para a pele e para os membros
● Origem dos 12 pares cranianos
○ Cérebro: 2 pares
○ Tronco encefálico: 10 pares
Anamnese neurológica
- Identificação completa
- Pesquisar sinais e sintomas
- Pesquisar antecedentes pessoais e familiares
- Atenção para sintomas de alerta neurológico
- Anamnese:
● Cefaléia
○ Pode ser em áureas [ver estrelas], pulsátil, crônica, etc
○ Pode ser desencadeada por alimentos (queijo amarelo, chocolate, cafeína, refrigerante,
bebida alcoólica, embutidos)
● Episódios de perda ou rebaixamento do nível de consciência
○ Perdas rápidas da consciência
● Amnésia
○ Perda temporária da memória, podendo ser:
■ Anterógrada - pouco tempo. Ex: o que comeu no café da manhã?
■ Retrógrada - há muito tempo. Ex: o que almoçou há anos atrás?
7
OBS! Cérebro só lembra de coisas marcantes
- Sinais de quadros demenciais, temmemória retrógrada, mas perde memória
anterógrada
● Convulsões
○ Tônica clônica - mais comum nas fases adultas
○ Crise de ausência - mais comum na criança
OBS! Epilepsia tem vários momentos convulsivos - não tem causa e na convulsão tem
etiologia (Ex: hipoglicemia, toxicidade, febre, etc)
● Náusea e vômito
● Disfagia
○ No Alzheimer desaprende a engolir → precisa passar sonda e depois gastrostomia
● Dor facial ou de qualquer outro tipo
○ Dor que “pisca” → latejando
● Distúrbios do sono
● Distúrbios motores
○ Plegia - hemiplegica, paraplégicas, etc.
○ Paresia - pode ser só de um lado do corpo, alterações da marcha
● Distúrbios do movimento
○ Movimentos involuntários: tremores, fasciculações, balismos
○ Dismetrias - diferença de comprimentos dos membros inferiores
● Distúrbios de equilíbrio
○ São feitas manobras para avaliar o equilíbrio do paciente com o centro gravitacional
● Distúrbios sensitivos
○ Parestesia - sensação de formigamento ou dormência
○ Anestesia - tocar no paciente e fazer movimento e ele não sentir nada
● Distúrbios visuais
○ Ambliopia - diminuição da capacidade visual – falta de estímulo do olho afetado
○ Amaurose - perda total da visão por afecção do nervo óptico ou centros nervosos
○ Diplopia – visão dupla
● Distúrbios auditivos
○ Hipoacusia - perda da audição, ouvir cada vez menos
○ Anacusia - não ouvir nada
○ Zumbidos
● Distúrbios da comunicação
○ Disfasia - descoordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de modo
compreensível, relacionada com lesão cortical
○ Disartria - perda da capacidade de articular as palavras de forma normal. A fala pode ser
espasmódica, com a respiração interrompida, irregular, imprecisa ou monótona, mas as
pessoas podem compreender a linguagem e usá-la corretamente
● Distúrbios esfincterianos
○ Urgência miccional - bexiga neurogênica (bexiga contrai sem controle)
○ Incontinência urinária
○ Obstipação - incapacidade de evacuar
○ Incontinência fecal - defeca e não sente que tá defecando, não tem controle
esfincteriano
- Antecedentes pessoais:
● Condições de parto e gestação
○ Ligada às histórias neurológicas para um público infanto-juvenil
○ Com isso, é necessário considerar as condições da mãe (perguntar pré natal da mãe -
intercorrências?)
● Desenvolvimento neuropsicomotor
○ Sustentou a cabeça
○ Circunferência cefálica
○ Engatinhou e andou no tempo certo
○ Foi para a creche? Comportamento na creche
○ Início da fala
● Histórico vacinal
○ Para todas as faixas etárias
8
■ Infantojuvenil
■ Adulto-jovens
■ Gestantes
■ Idosos
■ Indígenas
■ Populações ribeirinhas
■ Privados de liberdades
■ População da saúde
■ Profissionais de sexo
■ População em situação de rua
■ População com comorbidade
● Enfermidades pregressa
○ ICC (insuficiência cardíaca congestiva)
○ Diabetes
○ Cirurgias
○ Neoplasias
○ Imunocomprometidos (Quimioterapia, HIV, corticoides e doenças autoimunes)
○ Depressão
- Anamnese neurológica:
● Cefaléia
○ Condições benignas ou fatais primárias (enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia em
salvas e cefalalgias autônomas trigeminais)
○ Secundárias (consequentes a causas estruturais, sistêmicas ou infecciosas subjacentes e
são potencialmente fatais)
○ Avaliar intensidade
○ Localização
○ Duração
○ Fatores de piora e melhora
○ Fatores associados
● Vertigem
○Medicação
○ Pré-síncope
○ Ataxia
○ Hipotensão
○ Vertigem vestibular → todas as estruturas que compõe o ouvido interno
○ Causas centrais
● Dificuldades na anamnese neurológica:
○ Queixas vagas ou imprecisas. Ex: tontura
○ Muitos pacientes com doenças neurológicas apresentam nível intelectual reduzido ou
estão inacessíveis à anamnese – anamnese com familiares
● Antes da realização do exame neurológico deve ser feito exame físico completo
● O exame neurológico pode ser dividido em:
○ Funções superiores
■ Consciência
■ Cognição
■ Compreensão
■ Comunicação (fala e linguagem)
○ Motricidade
○ Sensibilidade
○ Pares cranianos
● Dados positivos
● Diagnóstico sindrômico
○ Há uma doença do sistema nervoso?
● Diagnóstico topográfico
○ Onde está o problema?
● Diagnóstico etiológico
○ Que tipo de problema?
9
Exemplo 1 → Anamnese neurológica e Exame físico
ANAMNESE:
- Identificação: Jocélia, 20 anos, mora com os pais. Não concluiu o ensino médio, não trabalha, não
religiosa, moradora de São Paulo.
● Perguntar nome social, cor e gênero
● SIFE: Sentimentos, Ideias, Funcionalidade e Expectativa
- Queixa principal: “enxaqueca há 3 meses”
- HMA: Começou a mais ou menos 3 meses, sensação de pisoteamento, sensibilidade à luz,
acompanhado de náuseas, intensidade da dor (10/10+), localizada na região temporal, semanalmente,
coincidindo com período menstruais. Melhora com baixa luminosidade e uso de ergotamina. Nega
uso de AINEs
● Quando começou
● Fatores de melhora
● Fatores de piora
● Fatores que acompanham
● Caráter
● Intensidade
● Localização
● Frequência
● Periodicidade
● Fármacos utilizados
OBS! Ergotamina, anticonvulsivante, beta bloqueador → para tratar enxaqueca
- Antecedentes familiares:
● Mãe: não, “estresse”, “depressão”, ansiedade, DM, HAS
● Pai: não reconhece, nega.
● Avó: enxaqueca, dislipidemia, HAS, DM
● Outros: ndn
- ISDA:
● Cabeça: trauma, convulsões, visão, audição, olfato, paladar memória
○ Teve algum trauma?
○ Costuma ter convulsões?
○ Teve alguma alteração de visão? Visão dupla, turva?
○ Teve alguma alteração na audição, olfato, paladar, memória?
OBS!Memória pode estar sendo afetada pois não terminou o ensino médio e não
trabalha
● Neuromuscular: tremores, falta de sensibilidade, formigamento
● Linguagem: Clareza na fala, entende, etc.
OBS!Wernicke → entende
Broca → conseguir falar
● Comportamental:
○ Sono
○ Alimentação
○ Cognição → capacidade de compreender, entender e ter crítica sobre os assuntos
PROVA OSCE
EXAME FÍSICO:
- Antes de tudo faz-se uma avaliação do estado geral
● Bom estado geral
● Regular estado geral
● Mau estado geral
- Geral: Bom estado geral (BEG) afebril, anictérica, corada e hidratada, estado vigil (atenta), lúcida e
orientada
10
● Faz perguntas para analisar isso
○ Onde você está?
○ Que dia é hoje?
- Sinais vitais: Hemodinamicamente estável
● FC: 76 bpm
● FR: 16 irpm
● Temperatura: 36,0ºC
● Pressão Arterial: 110x80 mmhg
● Saturação: 99% em ar ambiente
- Passos do exame:
● Ausculta cardíaca
● Ausculta pulmonar
● Abdome - palpação
○ Profunda e superficial
○ Procurar dor, gases peristalse
● Membros inferiores
ANAMNESE NEUROLÓGICA:
OBS! Agora, como a queixa é neurológica, faz um exame mais sofisticado dessa parte
- Exame neurológico: 4 domínios a serem avaliados
● Funções superiores/ corticais → avalia o SNC
○ Consciência
○ Cognição
○ Compreensão
○ Comunicação (fala e linguagem)
● Motricidade → movimentos voluntários e involuntários
● Sensibilidade → condução elétrica
● Pares cranianos
- Dados positivos
- Diagnóstico sindrômico
● Há uma doença do sistema nervoso?
- Diagnóstico topográfico
● Onde está o problema? Necessário dados que estão de acordo com a queixa → Dor em lobo
temporal
- Diagnóstico etiológico
● Que tipo de problema?
● Tem bactéria, tumor ou outra alteração que leva a essa enxaqueca?
OBS! como descrever exames fizemos sem alterações:
Coração: bulhas cardíacas normofonéticas em 2 tempo
Pulmões: murmúrio vesicular presentes sem ruídos
Abdome: abdome palpável superficial e profundo sem alterações de dor ou massas.
Exemplo 2 → Anamnese neurológica e Exame físico
Avaliar o nível de consciência
ANAMNESE:
Consulta 1
- Identificação:
● Joaquim, 69 anos, masculino, casado, católico, teve 5 filhos e trabalha na construção civil.
Procedência: Bahia, se declara pardo e nível de escolaridade 4 anos.
- QP:
● Perda de memória há 1 ano
11
- HMA:
● Relata sentir-se mal com a memória, sem sinais de melhora e constante, afeta as atividades
avançadas do dia (trabalho). Cefaleia algumas vezes. Nega convulsão, náusea, vômito,
dificuldade de equilíbrio e comunicação. Apresenta dificuldade no sono. Perda de memória
recente. Nega perda de apetite.
- HPP:
● Perda de consciência, relata que se perdeu no metrô, já confundiu objetos várias vezes e relata
acidente de trabalho. Apresenta confusão mental. Nega AVC. Portador de DM2, HAS, nega
doenças autoimunes, nega patologias da tireóide.
OBS! DM2 e HAS podem ter perda de memória por problemas nos vasos sanguíneos do cérebro.
- ISDA:
● Cabeça: cefaleia, nega dor na face (sinusite).
● Sistema nervoso: nega febre, tremor e tem sensibilidade preservada
● Pele e anexos: ndn
● Cardiovascular: ndn
● Sistema respiratório: ndn
● Sistema urinário: ndn
● Aparelho genital: ndn
● Sistema locomotor: vertigem
- Antecedentes pessoais:
● Cirurgia de hérnia, etilista, relata tomar cerveja todos os finais de semana, já fez uso no
trabalho. Nega uso de drogas ilícitas. Tabagista 2 maços/dia. Uso de:
○ Ginkgo Biloba 1x/dia
○ Metformina 850mg 2x/dia
○ Gliclazida 60 mg 1x/dia
○ Hidroclorotiazida 25mg 1x/dia
○ Losartana 50 mg 1x/dia
○ Sinvastatina 20mg 1x/dia
○ Omeprazol 20mg 1x/dia
○ Vitamina D 5000 UI 1x/semana
○ Clonazepam 2mg 1x/noite
○ Polivitamínico 1x/dia
○ Vitamina c 1x/dia
○ Dipirona 500mg 1 comprimido/SOS (se tiver dor)
OBS! Ginkgo Biloba → diz que faz bem para a memória, mas não tem evidência científica
- Metformina é hipoglicemiante - inibe a gliconeogênese
- Gliclazida é hipoglicemiante - secretagogo
- Clonazepam é benzodiazepínico - agonista gabaérgico
OBS! Acima de 5 medicamentos já é considerado polifarmácia
- História familiar:
● Relata que não lembra de problemas psiquiátricos neurológicos na família
● Mãe: falecida, tinha HAS
● Pai: falecido por doença hepática alcoólica
● Irmãos: 9
● Tia: Faleceu de câncer de intestino
- Alimentação:
● Manhã: café preto com açúcar, coxinha e coca-cola
● Colação: nada
● Almoço: Arroz, feijão, farinha e carne de panela. Às vezes, caipirinha.
● Tarde: nada
● Jantar: Repete o almoço
12
● Ceia: Pão commanteiga
OBS! Não pratica atividades físicas
- Exame físico:
● BEG, afebril ao toque, lúcido, orientado, fácies atípicas e anictérico.
● PA: 150x90 mmHg
● FC: 89 bpm
● FR: 16 irpm
● SatO2: 99% em ar ambiente
● T: 36,0ºC
● SCV: bulhas cardíacas normofonéticas (BNF) em 2T, sem sopros
● AR: murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios
● ABDM: Ruídos hidroaéreos presentes, sem dor a palpação
● MMII: Sem edemas
- Estado mental:
● MEEM: 20 pontos
○ Linguagem preservada
○ Saúde bucal comprometida
● Fluência verbal: 10 pontos
● Teste do relógio: 1 ponto
- Hipótese diagnóstica:
● Diabetes / HAS → ele já tem
● Etilista
● Tabagista
● Dislipidemia
● Usuário de benzodiazepínicos
● Obesidade grau 2
● Ansiedade
● Perda de memória (mais grave)/ lapso (pode virar uma perda de memória)
○ O que pode causar as perdas de memória:
■ HAS/DM2 → pode ter alteração de fluxo sanguíneo cerebral
■ Uso de benzodiazepínico
■ Zolpidem
■ Álcool
■ Infecções (sífilis)
■ Deficiencia de B12 e tiamina
■ Por último: neoplasias e demência
- Conduta:
● P1 = exame de laboratório
○ Hemograma → ver B12 e infecção
○ TGO/TGP, gama GT e Bilirrubinas → pelo uso do álcool
■ Ver se está metabolizando amônia que é neuropática
○ Hemoglobina glicada e glicemia em jejum → ver a diabetes
○ Ureia, creatinina e K+ → dano renal pela HA e diabetes
○ Ácido úrico → ver por conta da HA
■ Fator preditor para hipertensão
■ Ácido úrico elevado → destrói a célula endoteliais, ficando contraído = aumentaa
PA e pode também dar crise de gota
○ Sorologias para:
■ FTA abs - sorologia para sífilis
■ HIV
■ Hepatite B
○ Vitamina D
○ Vitamina B12
○ Urina I
■ Ver se não tem infecção urinária, pois pode dar alterações cerebrais
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○ ECG (Eletrocardiograma)
■ Diminuição do fluxo sanguíneo → pode não estar indo sangue para o cérebro
OBS! Espera sair o resultado para pedir uma ressonância, pois vai estar expondo o paciente à radiação
desnecessária
○ Ultrassonografia de carótidas e paravertebrais com doppler
● P2 = Farmacológico
○ Suspender o uso:
■ Vitaminas
■ Ginkgo biloba
■ Omeprazol
○ Manter:
■ Metformina - 850mg
● Creatinina está alta, então tem que ficar de olho nesse medicamento
porque o mesmo é nefrotóxico (não aumenta a dose)
■ Gliclazida - 60 mg - 2x/dia
● Sulfonilureia que baixa a glicemia
■ HCTZ - 25 mg - 1x/dia
■ Losartana - 50mg - 1x/dia
○ Acrescentar:
■ Propranolol 40mg - 1x/dia noite
■ Tiamina de 300 mg - 1 cp no almoço → por conta do álcool
■ Ácido fólico 5mg - 1 cp almoço
OBS! Naloxona (efeitos colaterais) e naltrexona (caro) → usado para controlar o uso
do álcool
- Carbamazepina, topiramato e ácido valpróico → estabilizadores de humor (uso
off-label)
■ Ácido valpróico 250mg 2x/dia ou Topiramato 300mg
■ Pen G benzatina - 2.400.000 (3 meses)
■ Amitriptilina 25mg → da sonolência
○ Rever:
■ benzodiazepínico → iniciar a desprescrição dele
● Pois ele é um fármaco que causa perda de memória
● Para desprescrever, pedir para tomar 1mg (cortar no meio) → metade
● Para dormir: trocar benzodiazepínico por valeriana officinalis 50-200 mg,
clorpromazina 25mg ou dramin B6 26 gts - (calmante)
OBS! Essa troca tem que ser feita de maneira lenta
■ Sinvastatina - 20mg → trocar por atorvastatina 40mg 1x/noite
● Sinvastatina tem efeito colateral de rabdomiólise → dor
● Troca por atorvastatina pois ela é estabilizadores de placa (se tiver)
○ Mudança no estilo de vida:
■ Alimentação saudável → encaminhar para nutricionista
■ Prática de exercícios físicos
■ Práticas alternativas (aromaterapia, acupuntura, fisioterapia, meditação, higiene
do sono, etc)
■ Incentivar a perda de peso → sem colocar meta
■ Meditação
■ Redução de dano: ingestão de água, se beber não dirija
■ Encaminhar para grupo anti-tabagismo
● Lá oferecem: apoio psicológico, medicamentos, oferece motivação e apoio
psicológico
■ Higiene do sono
● Diminuição da luminosidade
● Evitar uso de cafeína
● Evitar celular antes de dormir
● Evitar o sono diurno
● Não ingerir alimentos pesados antes de dormir
● Estabelecer um horário para dormir
14
■ Atividades em grupo
■ Apoio psicológicos para fortalecer a perda de peso
■ Educação sexual em saúde + ver parceira → sífilis
CALCULADORA PARA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR:
http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/etapa1.html
QUESTIONÁRIO CAGE:
C – (cut down)– Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim
A – (annoyed) – As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim
G – (guilty) – Se sente culpado (a) pela maneira com que costuma beber?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim
E – (eye opened) – Costuma beber pela manhã (ao acordar), para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
0 – ( ) não 1 – ( ) sim
Resultado: Se duas ou mais questões foram respondidas afirmativamente, procure um profissional
de saúde para conversar sobre seu modo de consumo
ESCALA AUDIT:
15
http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/etapa1.html
https://subpav.org/download/prot/Question%C3%A1rio%20AUDIT
ESCALA DE FAGERSTRON: (Dependente de nicotina)
16
https://subpav.org/download/prot/Question%C3%A1rio%20AUDIT
Os escores obtidos no teste permitem a classificação da dependência à nicotina em cinco níveis:
● Muito baixo (0 a 2 pontos);
● Baixo (3 a 4 pontos);
● Moderado (5 pontos);
● Alto (6 a 7 pontos);
● Muito alto (8 a 10 pontos)
INVENTÁRIO DE BECK
http://docs.fct.unesp.br/docentes/fisio/augustocesinando/AVALIACAO%20FISIOTERAPEUTICA%20NEU
ROLOGICA/Invent%E1rio%20de%20Depress%E3o%20de%20BECK.pdf
17
http://docs.fct.unesp.br/docentes/fisio/augustocesinando/AVALIACAO%20FISIOTERAPEUTICA%20NEUROLOGICA/Invent%E1rio%20de%20Depress%E3o%20de%20BECK.pdf
http://docs.fct.unesp.br/docentes/fisio/augustocesinando/AVALIACAO%20FISIOTERAPEUTICA%20NEUROLOGICA/Invent%E1rio%20de%20Depress%E3o%20de%20BECK.pdf
- Os valores básicos são:
● 0-9 indicam que o indivíduo não está deprimido
● 10-18 indicam depressão leve a moderada
● 19-29 indicam depressão moderada a severa
● 30-63 indicam depressão severa
● Valores maiores indicammaior severidade dos sintomas depressivos
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Os 3 Ds
- Delirium: uma síndrome multifatorial, consiste em um estado confusional agudo caracterizado por
instalação abrupta, evolução flutuante, falta de atenção e, às vezes, alterando os níveis de
consciência.
- Demência: redução da memória e da capacidade cognitiva que interferem nas atividades da vida
diária.
- Depressão: é mais comum em indivíduos com condições clínicas importantes. É subdiagnosticada
● Dificuldades na anamnese neurológica
● Queixas vagas ou imprecisas. Ex: tontura
● Muitos pacientes com doenças neurológicas apresentam nível intelectual reduzido ou estão
inacessíveis à anamnese – anamnese com familiares
Reflexos
OBS!Midríase – noradrenalina - sistema simpático
- Miose → acetilcolina - sistema parassimpático
OBS! Hipoativo → algo impede que reflexos cheguem na medula → impede vários reflexos
neurológicos importantes
- Exemplo:
● Paciente com déficit motor em hemicorpo esquerdo, com força muscular grau 4, reflexos
exaltados, cutâneo plantar em extensão, hipertonia espástica, diminuição da sensibilidade
superficial à esquerda, fraqueza no andar inferior da face à esquerda. Alterações iniciais
subitamente há 1 dia
19
- Fácies do indivíduo:
- Paralisia facial periférica → acomete toda a hemiface
● Nervos que dominam a face: trigêmeo
○ Tratamento farmacológico (diminui a atividade viral)
○ Associado a terapia ocupacional para reabilitar os músculos
● Esse pode ser ocupado pelo vírus da herpes que leva a paralisia facial de Bell
- Paralisia facial central → poupa a metade superior da face
● Quando o desvio é muito intenso, provavelmente teve alteração de território cerebral
OBS! Na imagem demonstra um desvio de comissura labial, pode ser por risco cerebrovascular
- Vídeo sinal de Babinski: https://www.youtube.com/watch?v=ClK6NqunS3o
Raciocínio Neurológico
- Exemplo: Fraqueza nas mãos
● Onde está o problema?
○ SNC?
■ Supratentorial?
■ Fossa posterior?
■ Espinhal?
○ SNP?
■ Nervo?
■ Junção neuromuscular? Músculo?
- Diagnóstico sindrômico:
● Síndrome motora (síndrome piramidal de déficit e liberação)
● Síndrome sensitiva
- Diagnóstico topográfico:
● SNC acometendo encéfalo
● Lesão córtico/subcortical frontal direita
- Diagnóstico etiológico: (causa)
● Vascular: AVC isquêmico ou hemorrágico
● Neoplásico
● Infeccioso
Exame do Estado Mental e das Funções Corticais Superiores
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https://www.youtube.com/watch?v=ClK6NqunS3o
- Capacidade de julgamento crítico: não tem noção, só faz o que quer
- Nível de consciência:
● Vai do estágio de:
○ Pessoa alerta = vígil
■ Responde a estímulos
○ Pessoa em coma
■ Não responde a estímulos
Miniexame do estado mental (MEEM)
● Ferramenta de triagem (boa sensibilidade 93,6% e baixa especificidade 46,1%)
● Comprometimento cognitivo sem alteração do nível de consciência
● Detectar pacientes que precisam de exame mais detalhado da cognição
- Domínios:
● Orientação
○ Onde está, que dia é
● Retenção
○ Retenção de memória presente
● Atenção e cálculo
● Memória
● Linguagem
● Distúrbios da comunicação verbal: fala espontânea, compreensão oral, repetição, nomeação,
leitura, escrita
- Avaliação muito utilizada para verificar possíveis quadros demenciais de forma rápida e objetiva,
porém não deve ser a única forma de diagnosticar demências.
- O MEEM divide-se em duas etapas.
● A primeira procura avaliar a orientação, memória e atenção, Soma, no total de 21pontos.
● A segunda analisa habilidades específicas como nomeação e compreensão. Seu resultado
máximo é 9 pontos.
● As duas fases somam 30 pontos.
● Considera-se como normal o paciente que alcança mais de 25 pontos. Suspeita-se de perda
cognitiva leve quando o escore está entre 21 e 24 pontos, moderada, entre 10 e 20 e grave
menor ou igual a 9.
OBS! Na última imagem, tem que fazer os 4 pontos de interseção do pentágono
21
- Vale 30 pontos
- Para indivíduos altamente alfabetizados desconfia-se de uma possível demência se a pontuação for
menor que 24. Para pessoas com ensino fundamental a suspeita deve ser aguçada se o resultado for
menor que 18. E para analfabetos, inferior a 14.
- O MEEM pode ser comprometido por confusão mental (uma alteração temporária do estado
mental)
● Delirium, embriaguez
● Causas:
○ Toxinas/drogas
○ Infecções
○ Doenças neurológicas
○ Afecções metabólicas
○ Doenças psiquiátricas
- A avaliação do MEEM pode ser complementada por outros testes, como o de “fluência verbal” e
o “teste do relógio”
-Teste do relógio
● O Teste do Relógio consiste em pedir ao paciente que desenhe um relógio com os números
marcando um horário determinado, geralmente esse horário é 11:10, pois há um ponteiro em
cada lado do relógio, de modo que os dois hemisférios são avaliados, mas os horários variam de
acordo com o autor.
- Resultado:
● Quem coloca os números muito junto só de um lado do círculo → perde os 5 pontos (início de
quadros demenciais)
● Desorganização grave, mas parece um relógio → perde 4 pontos
● Desorganização moderada, hora incorreta, círculo errado → perde 3 pontos
● Quem coloca o ponteiro no 10 e no 11 tem problemas espaciais → perde 2 pontos
● Quem coloca os números pertos, pequenos erros espaciais → perde 1 ponto
● Relógio completo → 5 pontos
- Teste de fluência verbal:
● O paciente terá que falar o maior número de animais em umminuto
● O paciente terá que falar o maior número de frutas em umminuto
- Resultado:
● 15 animais ou mais → 10 pontos (em 1 minuto)
● 15 frutas ou mais → 10 pontos (em 1 minutos)
22
Exame do nível de consciência
- Consciência: completo e permanente conhecimento de si mesmo e do ambiente
● Escala de Glasgow vai avaliar:
○ Abertura ocular
○ Resposta verbal
○ Resposta motora
OBS! Usada até mesmo para dar uma conduta
Trauma grave → intubação orotraqueal
- Rigidez de decorticação (resposta flexora anormal)
● Os braços estão fletidos bem perto das laterais do corpo com os cotovelos, punhos e dedos das
mãos flexionados. Os membros inferiores estão estendidos e girados internamente, os Pés
apresentam flexão plantar.
● É uma resposta flexora anormal → é resultado de uma decorticação cerebral anormal
- Rigidez de descerebração (resposta extensora anormal)
● As mandíbulas estão cerradas e o pescoço está estendido. Os braços estão aduzidos e
rigidamente estendidos nos cotovelos, com os antebraços pronados, punhos e dedos
flexionados. Os membros inferiores estão rígidamente estendidos na altura dos joelhos, com
pés em flexão plantar.
● Descerebração → quando tem alteração do córtex cerebelar
https://www.youtube.com/watch?v=gnifEzlJrTQ
- Níveis de consciência:
● Lucidez
○ Quando o paciente chega se apresentando, falando e conversando
23
https://www.youtube.com/watch?v=gnifEzlJrTQ
● Letargia
○ O paciente parece sonolento, mas abre os olhos, olha para o examinador, responde às
perguntas
○ Excesso de sono, noite mal dormida, uso inadequado de substâncias e uso de zolpidem
para ficar acordado
● Sonolência (ou obnubilação)
○ Definido como a incapacidade de manter o estado de vigília sem que um estímulo
externo seja aplicado. É indistinguível do sono normal, porém persiste continuamente
○ Sonolência é superficial, com qualquer estímulo o paciente acorda
○ Quando o paciente fica quase dormindo, estágio pós almoço
○ Problemas com sono (noites mal dormidas)
● Torpor
○ Sono semelhante ao normal, porém o paciente não altera a posição no leito
espontaneamente, despertando apenas com estímulo vigoroso e repetitivo. Nos casos
mais graves, há alteração das frequências cardíacas e respiratória
○ No torpor é preciso ter um estímulo vigoroso e repetido para o paciente acordar
○ Quando o paciente entra em sono profundo e não acorda
OBS! Existe o sono REM e sono não REM → Como o ciclo completo dura cerca de 90 ou 100 minutos,
ele é repetido de quatro a seis vezes por noite
● Coma superficial
○ Não há comunicação com omeio
○ Atividade motora somente com estímulos dolorosos
○ Reflexos do tronco encefálico preservados (pupilar, córneo palpebral, vestíbulos ocular,
tosse)
● Coma profundo
○ Não apresenta reação aos estímulos dolorosos
○ Reflexos do tronco encefálico deprimidos ou abolidos
○ Pode haver distúrbios das funções autonômicas → alteração do controle esfincteriano -
pode urinar e defecar sem saber
● Coma dépassé
○ Estado que pode ser reversível
○ Apnéia associada a falência das funções autonômicas → precisa de aparelho para se
manter ventilada
○ Ex: hipotermia intensa (moradores de rua de SP), intoxicação por barbitúricos ou coma
alcoólico
○ Se tiver lesão estrutural, pode ter sequela e só descobre depois que o paciente volta do
coma
● Morte encefálica
○ Falência total e irreversível das funções encefálicas
○ Importante → pois permite sugerir a doação de órgãos
OBS! Fentanil → opióide que leva ao coma e também é analgésico (anestésico inalatório)
- Também sevoflurano e halotano
- Exame neurológico do paciente em coma:
● O coma pode ser por uma lesão estrutural, metabólica ou induzido por drogas.
● Assimetria e alterações de reflexos são dados importantes que sugerem lesão estrutural
● Em um paciente em coma, os testes clínicos mais fidedignos são os reflexos, alguns deles
podendo, inclusive, colaborar no diagnóstico de morte encefálica
24
Passo 1:
● Avaliar resposta a estímulos verbais
● Avaliar resposta a estímulos dolorosos
○ O estímulo do esterno ( C ) é o estímulo mais doloroso que temos → aperta com o nó dos
dedos o esterno
OBS! Primeiro chama o paciente e depois faz o estímulo doloroso
- Rigidez de decorticação (resposta flexora anormal) - DECORTICAÇÃO
● Os braços estão fletidos bem perto das laterais do corpo com os cotovelos, punhos e os dedos
das mãos flexionados. Os membros inferiores estão estendidos e gerados internamente. Os pés
apresentam flexão plantar
● Implica lesão destrutiva dos tratos corticospinais (quando unilateral, esta é a postura da
hemiplegia espástica crônica)
- Hemiplegia (precoce)
● Lesão cerebral unilateral súbita que envolve o trato corticospinal provoca hemiplegia (paralisia
unilateral), que é flácida na fase inicial da evolução. A espasticidade ocorre mais tarde.
● Omembro inferior exibe rotação externa (lateral). Um lado da parte inferior da face está
paralisado e a bochecha se projeta para fora à expiração. Os olhos estão virados para o lado
oposto do lado paralisado
- Rigidez de descerebração (resposta extensora anormal) - DESCEREBRAÇÃO
● As mandíbulas estão cerradas e o pescoço está estendido. Os braços estão aduzidos e
rigidamente estendidos nos cotovelos, com os antebraços pronados, punhos e dedos
flexionados. Os membros inferiores estão rigidamente estendidos na altura dos joelhos, com os
pés em flexão plantar.
● Pode ocorrer espontaneamente ou apenas em resposta a estímulos externos, como luz, ruído
ou dor. é causada por uma lesão no diencéfalo, mesencéfalo ou ponte, embora também possa
ser causada por distúrbios metabólicos graves, tais como hipoxia ou hipoglicemia.
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OBS! Isocoria → os dois olhos midriáticos ou mióticos = normais
- Drogas que causammuita midríase = cocaína
- Anisocoria → um dos lados está midriático e outro miótico (mesmo jogando luz) → AVC, TCE
- Midriático → joga luz e não faz reflexo miótico = situação grave (hipóxia, choque, inconsciência,
parada cardíaca, hemorragia, TCE)
● Quando jogamos luz, o olho iluminado fica miótico e se projeta para o lado oposto
● Pode ter lesões de condução
1- Reflexo pupilar: com uma luz adequada, deve- se iluminar apupila do paciente. A resposta
esperada é a miose tanto da pupila irradiada (reflexo fotomotor direto) como da pupila contralateral
(reflexo fotomotor consensual)
● Aferência NC II
● Eferência NC III
OBS! Retina → Transferência de luz para impulso nervoso
● Reflexo fotomotor direto
● Reflexo fotomotor consensual
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2- Reflexo córneo palpebral: reflexo córneo-palpebral realizado com umamecha de algodão seco,
tocando alternadamente as córneas e observando-se a presença de fechamento palpebral ou o
desvio conjugado dos olhos para cima (fenômeno de Bell)
● Coloca um agulha na região pupilar → se não fizer reflexo = morte encefálica
OBS! Algodão seco ou agulha e paciente tem que ter reflexo
3- Reflexo oculocefálico: realiza-se a movimentação da cabeça no eixo horizontal (rotação da cabeça)
e no eixo vertical (flexão e extensão do pescoço). A resposta normal é o deslocamento ocular no
sentido contrário aos movimentos realizados, mantendo a fixação do olhar em um ponto específico
(p. ex.: o examinador rotaciona a cabeça do paciente para a esquerda observando o desvio conjugado
do olhar para a direita); quando isso não ocorre e os olhos se deslocam com a cabeça, observa-se o
sinal dos “olhos de boneca”.
Reflexo tronco encefálico→ a posição dos olhos muda conforme muda a posição da cabeça
4- Reflexo vestíbulo-ocular: cabeça do paciente elevada à 30º do plano horizontal
● Com o auxílio de uma seringa, injetar lentamente 50 mL de água a 4ºC sobre a membrana
timpânica do paciente
● A resposta normal é o desvio conjugado do olhar para o lado contralateral com nistagmo
batendo em direção à orelha injetada
5- Teste de apneia:
● Realizado desligando-se a ventilação mecânica por 10 minutos
○ 10 minutos pois esse tempo é possível manter sem necrose
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● O teste é positivo (indica lesão do centro respiratório bulbar) na ausência de qualquer
movimento espontâneo durante os 10 minutos
● IMPORTANTE – COMUNICAR A FAMÍLIA A REALIZAÇÃO
○ Quem faz o teste é o neurointensivista
- Fala e linguagem:
● Uma das funções humanas mais elaboradas
● Depende do funcionamento harmônico de diversos sistemas
● 3 modalidades:
○ Percepção
○ Expressão oral (na língua materna)
○ Expressão escrita
■ Avalia a caligrafia, como a aglutinação de palavras (escreve tudo muito pequeno,
ou metade em letra de forma e metade em letra de mão)
● Pode-se identificar na anamnese
○ Disfonia
○ Dislalia
○ Disartria
○ Taquilalia
○ Bradilalia
○ Gagueira
○ Afasia
- Disfonia: distúrbio do timbre e da intensidade
● Causas: laringite, neoplasias, paralisia das pregas vocais (uni ou bilateral)
● Paralisia de prega vocal unilateral: https://www.youtube.com/watch?v=V0Xce-yJSi0
- Afonia: ausência completa da voz
- Dislalia: distúrbio da articulação da palavra que decorre de causas múltiplas, excluídas as
perturbações neurológicas
- Disartria: distúrbios da articulação das palavras ocasionados por alterações neurológicas, em nível
periférico ou central
- As palavras podem ser nasalizadas, mal articuladas ou pouco nítidas, mas o aspecto simbólico
central da linguagem permanece intacto
- Causas:
● Lesões motoras do SNC ou do SNP
● Doença de Parkinson
● Doença cerebelar
- Taquilalia: aceleração da fala
- Bradilalia: lentificação em pronunciar palavras
- Gagueira: interrupção da fala, com tal frequência e anormalidade que chamam a atenção e
interferem na comunicação
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https://www.youtube.com/watch?v=V0Xce-yJSi0
- Afasia:
● Distúrbio na produção ou compreensão da linguagem
● Geralmente causada por lesões no hemisfério cerebral dominante
● As causas mais comuns de afasias são:
○ Acidentes vasculares cerebrais (AVC)
○ Traumatismos cranioencefálicos (TCE)
○ Processos expansivos hemisféricos, como neoplasias do SNC
● Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=4ZdhNWm-UfE
● Pode ser dividida em três formas de interesse clínico:
○ Afasias sensoriais (ou de Wernicke): dificuldade de entender a palavra escrita ou falada.
Os pacientes falam abundantemente, cometendo muitos erros
○ Afasias motoras (ou de Broca): dificuldade na expressão oral e/ou gráfica. Esses
pacientes falam pouco, têm consciência de seu déficit e, por isso, sofrem. A
compreensão da linguagem falada está aparentemente pouco alterada
○ Afasia total (ou mista): desintegração da função da linguagem, com incapacidade do
paciente para entender ordens verbais e para a expressão oral e gráfica
- Agnosia e apraxia:
● Distúrbios cognitivos que se refletem sobre o sistema motor ou sensitivo sensorial e impedem
a realização de tarefas simples que exijammovimentos coordenados ou a interpretação
consciente e adequada de informações captadas pelos sistemas sensitivos e sensoriais
○ Agnosia: dificuldade de reconhecer objetos ou sons por meio de estímulos sensitivos
(táteis) ou sensoriais (auditivos ou visuais)
■ Ausência de alterações ópticas, auditivas ou táteis
■ Causa: lesões cerebrais focais
■ Estereognosia: perda da capacidade de reconhecer objetos apenas pela palpação
○ Apraxia: incapaz de executar certos atos motores de maneira adequada (p. ex.: abotoar a
camisa, amarrar os sapatos, etc.) mesmo com os órgãos de execução intactos
29
https://www.youtube.com/watch?v=4ZdhNWm-UfE

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