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Os vasos linfáticos são responsáveis pelo transporte da
linfa, um líquido esbranquiçado/amarelado que possui água,
proteínas e glóbulos brancos Os vasos são dispostos parale-
lamente ao sistema circulatório e têm como função principal
drenar o líquido (proveniente do sangue) que se acumula no
espaço intersticial Através da rede de vasos, esse líquido é
devolvido ao sangue. O baço é um órgão essencial no sistema
imune, pois participa do processo de produção de anticorpos
Já as tonsilas são aglomerados de tecido linfoide, mas que
não entram em contato direto com os vasos linfáticos
Resposta inflamatória
Uma lesão na pele causada por um espinho, por exemplo,
pode introduzir algumas bactérias capazes de proliferar no
organismo e causar danos maiores. O organismo desenvolve,
em situações como essa, uma resposta de defesa conhecida
como reação inflamatória. O tecido atingido apresenta quatro
sinais: calor, rubor (vermelhidão), tumor (aumento de volume)
e dor. A área afetada passa a receber maior fluxo sanguíneo,
tornando a região mais avermelhada e com temperatura mais
alta que o normal. A permeabilidade dos capilares aumenta e
isso propicia liberação de líquido para o fluido intersticial, au-
mentando o volume do tecido (tumor) e causando o inchaço
característico. Há também a liberação de substâncias (como
as bradicininas) que provocam dor.
O local é envolvido por uma rede de fibrina, coibindo e
dificultando a dispersão das bactérias infectantes para ou-
tras partes do organismo. Leucócitos dos tipos neutrófilos
e monócitos atravessam a parede dos capilares (processo
chamado diapedese) e fagocitam bactérias (Fig. 3). Trava-se
uma verdadeira batalha contra os invasores, na qual ocorre a
morte de vários tipos de células: bactérias, leucócitos e célu-
las do tecido atingido; esse conjunto constitui o pus. A bolsa
formada pelo acúmulo de pus constitui um abscesso e, com
o tempo, o conteúdo é eliminado para a superfície da pele
por meio de uma abertura. Apesar do desconforto, a reação
inflamatória, dentro de certos limites, é benéfica ao organismo,
pois corresponde ao combate aos agentes invasores.
(toxinas). Os anticorpos são proteínas de defesa capazes de
se ligar a antígenos específicos, evitando ou minimizando
os potenciais danos que eles possam causar; os anticorpos
são específicos para os antígenos aos quais se ligam.
Antígenos introduzidos no organismo nem sempre
são potencialmente perigosos, como ocorre no caso de
transplantes e de transfusões sanguíneas. O sistema imu-
nitário, contudo, não tem esse “discernimento” sobre as
“intenções” do antígeno, pois a seleção natural, ao longo
de milhões de anos, reconheceu os elementos não per-
tencentes ao organismo como fonte de perigo potencial
A resposta imune, propriamente dita, é o processo de
combate aos antígenos invasores, promovendo a defesa
do organismo, ou seja, sua imunização; apresenta duas
modalidades: imunização humoral e imunização celular.
Quando tratamos de resposta imune, é importante salientar
os tipos de células de defesa presentes no organismo. Os
leucócitos (ou glóbulos brancos do sangue) são as célu-
las responsáveis pelo combate a antígenos e dividem-se
em diversos grupos celulares: linfócitos e os macrófagos.
Os linfócitos podem apresentar se como linfócitos T ou B,
sendo ambos de vários tipos (Tab. 1).
A imunização humoral envolve a produção de anticorpos e
a imunização celular envolve a atuação das células de defesa.
O processo de resposta imune é iniciado a partir do
momento em que os antígenos invadem pela primeira vez o
organismo; assim, o sistema imunitário é acionado. Os linfóci-
tos B são responsáveis pelo reconhecimento dos invasores
e, quando entram em contato com o antígeno, são estimu-
lados a se dividirem e a se diferenciarem em plasmócitos.
Os plasmócitos realizam a síntese de anticorpos e os
linfócitos T4 (ou CD4) conhecidos como linfócitos auxi-
liadores –, linfócitos T8 e linfócitos B podem se converter
em linfócitos de memória (Tab. 1). O ataque aos antígenos
é feito então pelos anticorpos.
Fig. 3 Alguns aspectos da reação inflamatória, incluindo a diapedese de leucócitos
e a fagocitose de microrganismos.
Células
envolvidas
Atuação
Macrófagos
� Fagocitam microrganismos e expõem alguns
de seus antígenos na superfície de sua própria
membrana
� Apresentam esses antígenos a linfócitos T4
Linfócitos T4
(auxiliadores)
� Estimulados por interleucinas, multiplicam-se
e diferenciam-se em células de memória
imunitária.
� Estimulam, também por meio de interleucinas,
os linfócitos T8 e os linfócitos B.
Linfócitos T8
(citotóxicos)
� Destroem determinadas células (como as
provenientes de transplantes, as cancerosas e
as que possuem vírus) por meio de perforinas
(substâncias que lesam a membrana plasmática
das células)
Linfócitos B
� Estimulados por interleucinas, multiplicam-se e
completam o reconhecimento do antígeno.
� Alguns se convertem em células de memória
imunitária e outros em plasmócitos.
Plasmócitos
� Resultam da diferenciação de linfócitos B
� São responsáveis pela síntese de anticorpos
Tab. 1 Principais células que atuam na resposta imune.
Resposta imune
O organismo pode reconhecer estruturas que não são
próprias do corpo, mas provenientes do ambiente. Antígeno
é o nome dado às estruturas que podem ser reconhecidas
como corpos estranhos ao organismo, como os vírus, as
bactérias, os protozoários e diversos tipos de substâncias
BIOLOGIA Capítulo 13 Sistema imunitário170
A primeira exposição ao antígeno desencadeia a res-
posta imunitária primária que demora alguns dias para
iniciar a síntese de anticorpos, atingindo, no final do pro-
cesso, concentração plasmática reduzida dessas proteínas
A produção de anticorpos é estimulada pela presença
do antígeno no organismo; com o desaparecimento do an
tígeno, cessa a produção de anticorpos, mas permanecem
as células de memória imunológica. Isso acontece, pois, com
o tempo, o organismo pode entrar novamente em contato
com o mesmo antígeno e assim poderá ser desencadeada
a resposta imunitária secundária, com a participação dessas
células O resultado dessa resposta é a síntese mais rápida
de anticorpos que atingem concentração plasmática mais ele-
vada e garantem o combate mais eficaz do antígeno (Fig 4).
Caso o organismo seja exposto novamente ao mesmo an
tígeno, as células de memória desencadearão uma rápida
produção de anticorpos específicos contra aquele antígeno
invasor ou atacarão as células infectadas diretamente (no
caso da utilização de linfócitos T8). O organismo humano
pode ser protegido por meio de soros ou de vacinas.
Resposta
primária
Primeiro contato
com o antígeno
Segundo contato
com o antígeno
Nível de
anticorpos
Resposta
secundária
Fig. 4 Gráfico representativo da variação do nível de anticorpos na resposta
imune primária e secundária.
Soro imune e imunização passiva
O soro é um produto que contém anticorpos prontos.
Um exemplo é o soro empregado para tratar pessoas que
sofreram acidentes com mordidas de serpentes, como a
cascavel. O veneno dessa serpente é extremamente peri
goso e pode causar a morte do indivíduo. O tratamento é
efetuado com o emprego de soro anticrotálico. A obtenção
desse soro envolve uma série de procedimentos: o vene
no é retirado de serpentes, diluído e depois aplicado em
um cavalo. O sistema imunitário do animal é estimulado a
produzir anticorpos. Posteriormente, retira-se uma parte do
sangue do cavalo e dele é extraída a fração que contém
anticorpos, obtendo-se o soro anticrotálico. Esse soro não é
eficaz no tratamento de acidentes com veneno de jararaca,
que requer um outro tipo de soro, o antibotrópico. Isso se
deve ao fato de os anticorpos serem específicos em relação
aos seus antígenos.
O soro imune tem, portanto, anticorpos prontos e apre-
senta uma atuação rápida, tendo efeito curativo, ou seja,
é empregado para o tratamento de um distúrbio. Por outrolado, a presença dos anticorpos do soro é de pequena
durabilidade, uma vez que são destruídos no fígado após
alguns dias.
O emprego de soro corresponde a uma imunização
passiva (pois a pessoa não produz os anticorpos) e é um
processo de imunização artificial, pois requer uma série
de procedimentos técnicos e não tem ocorrência em con-
dições naturais. A imunização passiva não desenvolve
memória imunológica e o organismo não fica preparado
para outro contato com o antígeno.
Um exemplo de imunização passiva natural ocorre
quando uma mulher grávida transfere anticorpos para o
feto Assim, quando a criança nasce, tem uma proteção
contra vários agentes do ambiente O aleitamento ma
terno também transfere anticorpos da mãe para o filho, o
que representa outra modalidade de imunização passiva
natural.
Vacina e imunização ativa
A vacina tem a finalidade de preparar o organismo
para o contato com um antígeno potencialmente peri-
goso, como toxinas, bactérias ou vírus. Na preparação
de uma vacina, isola-se o antígeno e ele é introduzido no
organismo Os antígenos da vacina estimulam o sistema
imunitário a produzir anticorpos específicos Esse proce-
dimento desenvolve memória imunológica e prepara o
organismo para um futuro contato com o antígeno. Caso o
novo contato ocorra, o organismo produzirá grande quan-
tidade de anticorpos em um curto intervalo de tempo.
Assim, a vacina tem ação preventiva, seu efeito é mais
lento do que o emprego de soro, porém tem maior durabi
lidade Trata se de uma modalidade de imunização ativa,
pois o indivíduo produz seus próprios anticorpos; também
é uma forma de imunização artificial, pois envolve uma
série de procedimentos técnicos e não tem ocorrência
natural. Quando uma pessoa contrai uma doença (saram-
po, por exemplo), pode sobreviver à enfermidade e ficar
imune a ela. Trata-se de um processo de imunização ativa
e natural
A preparação da vacina envolve uma série de proce-
dimentos técnicos. Em alguns casos, pode-se empregar
bactérias ou vírus mortos (vírus sem capacidade de re-
produção) na preparação da vacina. Há também vacinas
preparadas com o emprego de vírus vivos enfraquecidos,
sem capacidade de produzir doença em um indivíduo cujo
sistema imunitário esteja funcionando adequadamente; é o
caso da vacina contra a febre amarela e da vacina Sabin
(contra a poliomielite). Já a vacina antitetânica é produzida
a partir da toxina que a bactéria causadora do tétano produz
e não da própria bactéria.
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1 Quais são as primeiras barreiras que os agentes potencialmente perigosos encontram ao tentarem entrar em nosso corpo?
2 O sistema imunitário é constituído por órgãos primários e secundários. Quais são eles e como participam na defesa
do organismo?
3 Como ocorre a chamada reação inflamatória?
4 O que é resposta imune?
5 O que é o soro? Em que casos ele é usado?
6 Sobre a vacina, responda:
a) Para que é usada?
b) De que é feita?
c) Como funciona?
Revisando
1 UFPR Os anticorpos, componentes do nosso sistema
de defesa, são proteínas sintetizadas para combater
agentes externos (bactérias e vírus, por exemplo) ou
seus produtos e permanecem na corrente sanguínea
prontos para nos proteger da ação de patógenos,
muitas vezes por períodos bastante longos. Os anti
corpos também são capazes de proteger o embrião
humano, na vida intrauterina. Em relação às caracterís
ticas dos anticorpos, é correto afirmar que:
01 são capazes de neutralizar toxinas bacterianas.
02 são capazes de neutralizar os vírus.
04 são produzidos somente pela vacinação.
08 podem atravessar a barreira placentária.
16 são dotados de memória imunológica.
32 são capazes de imobilizar os microrganismos.
Soma:
2 PUC Minas Os anticorpos são proteínas específicas de
defesa do corpo. O gráfico abaixo representa o re-
sultado de duas aplicações de mesmo antígeno, em
intervalos diferentes.
Concentração
de anticorpos
plasmáticos
Tempo
1a aplicação 2a aplicação
Exercícios propostos

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