Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

Míiase
Dípteros causadores de míiase
- Díptero: moscas específicas
Berme: única -> obrigatória
Bicheira: várias -> facultativa
- Vivo: não tem bicheira, tem a berme, não precisa de lesão pré-existente
- Necrose: precisa de lesão pré-existente
- Quantidades altas em mamíferos
Definição
· Miíase é a infestação de órgãos ou tecidos de animais hospedeiros e do homem por estágios larvais de moscas dípteras 
· As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos alimentos por ele ingeridos 
· Hospedeiros – geralmente mamíferos, ocasionalmente aves, raramente anfíbios e répteis
Classificação pela localização anatômica
· Dérmica
· Sub-dérmica ou cutânea
· Naso-faríngea
· Ocular
· Intestinal (não é muito importante)
· Entérica (não é muito importante)
· Urogenital (teve a cria e não limpou direito, pode ter moscas entrando)
Classificação pelas lesões
· Traumáticas (lesões abertas) – muitas quantidades de larvas
· Furunculares (formam cistos) – um berme por lesão furuncular
Classificação pela relação parasita-hospedeiro
· Obrigatórias (geralmente primárias) - as larvas se desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos, não são capazes de sobreviver fora do hospedeiro – larvas biontófagas (tem que se alimentar de tecido vivo -> berme, ela penetra, cria lesão furuncular – sem lesões pré-existente)
· Facultativa ou acidental (geralmente secundárias) - Espécies se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, tais como carcaças, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas em tecidos vivos do hospedeiro - larvas necrobiontófagas (precisa de lesão pré-existente – tecido morto -> bicheira pré-obrigatória – só se alimenta de tecido vivo)
· Podem ser: 
· Primárias - produzidas por espécies que adotaram o hábito ectoparasita, são capazes de iniciar uma miíase. 
· Secundárias - não são capazes de iniciar uma miíase, a não ser secundariamente a uma outra miíase
Se quando necrosa a partir da primária, inicia-se a secundária para se alimentar
Patogenia
· A patogenia varia de acordo com:
· Espécie envolvida 
· Local da infestação 
· Grau da infestação 
· Fortes infestações -> irritação, desconforto, prurido, queda no consumo de alimento, redução da fertilidade, queda na produtividade do rebanho 
· Casos extremos -> hemorragia, infecção bacteriana, desidratação, anafilaxia e toxemia (anafilaxia e toxemia – resposta exagerada)
Classificação taxonômica
Oestridae, subfamília Oestrinae
· Somente gênero Oestrus tem importância veterinária
· Gênero Oestrus apresenta 5 espécies, somente Oestrus ovis importante
· Oestrus ovis -> Distribuição cosmopolita, larvas são parasitas obrigatórios dos condutos nasais e dos seios frontais de ovinos de caprinos.
(sem importância)
Fica nos seios da face nasal do animal
Oestrus ovis
· Características: cabeça avantajada, amarelada, com pequenas depressões escuras na parafrontália; aparelho bucal atrofiado. 
· Face dorsal do mesotórax castanho-avermelhado, revestido de pelos amarelos, com numerosos tubérculos pretos, pequenos, de tamanho aproximadamente uniforme.
· Larvas: encontradas nas passagens nasais, são brancas, ficando amareladas ou castanhas à medida que se tornam maduras. (ela não empupa no animal, ela cai no solo e ai sim ela empupa no ambiente)
· Superfície ventral com uma fileira de pequenos espinhos. (para se grudar na carne)
· Superfície dorsal: há uma série de faixas escuras transversais.
· Durante o vôo, nas horas mais quentes do dia, as fêmeas fecundadas depositam sobre as narinas de ovinos e de caprinos substância líquida contendo até 25 larvas por emissão. 
· Cada fêmea pode depositar de cada vez até 25 larvas (fêmeas são ovovivíparas – solta o ovo já eclodido), totalizando até 500 larvas. 
· As larvas (~1,0 mm de comprimento) -> lentamente para dentro dos condutos nasais. 
· Com o auxílio dos ganchos orais permanecem por pelo menos 2 semanas fixadas à membrana mucosa, onde alimentam-se de muco, cuja produção é estimulada pelos movimentos larvais. Podem permanecer nestes por 2 a 9 meses.
· A mosca não se alimenta durante a fase adulta 
· Adultos sobrevivem no máximo até 2 semanas após sua emergência do pupário (ela só sai para reproduzir e morrer)
· Durante esse tempo podem depositar, em média 500 larvas nas narinas de seus hospedeiros
· Danos aos hospedeiros: Ovinos e caprinos ficam muito excitados, irritados na presença da mosca. Sacodem a cabeça, espirram e esfregam as narinas no solo. Permanecem aglomerados, na tentativa de se proteger das moscas. 
· O parasitismo é benigno, mas a ação mecânica dos ganchos orais e dos espinhos larvais, associados à liberação de determinadas toxinas pelas larvas leva a um processo inflamatório das membranas nasais, com corrimento de secreção mucosa a muco-purulenta e, ocasionalmente, sangramentos. (não causa danos, o animal espirra e elimina)
· Os animais infestados podem apresentar dificuldade respiratória, inapetência e emaciação (perda de tecido muscular)
· Ocasionalmente a larva pode penetrar na mucosa olfatória e atingir o cérebro -> ataxia, andar em círculos. 
· Se atingir pulmões -> pneumonia. 
· Prejuízos econômicos -> decréscimo na produção de carne e de lã. 
· Tratamento -> avermectina em formulação injetável e oral. Tem atividade sistêmica contra todos os estágios larvais.
Oestridae, subfamília Cuterebrunae
· Espécie mais importante é a Dermatobia hominis (mosca do berne)
Dermatobia hominis
· Muscóide robusto, com 12-17 mm de comprimento, semelhante aos califorídeos. (ela é grande)
· Cabeça amarela, escurecida na parte superior, peças bucais rudimentares, antenas amarelas e olhos vermelho-tijolo. 
· Tórax revestido de cerdas escuras, abdome azul-metálico. 
· Asas são castanho-claras e os pares de patas amarelas.
· Ela nunca chega no hospedeiro, ela bota o ovo em outro animal para migrar para o hospedeiro.
· Durante o século XVI, antes da introdução de gado bovino e de outros animais domésticos na Região Neotropical a D. hominis parasitava mamíferos silvestres. 
· Atualmente os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis.n (zoonose)
· Causam uma miíase furuncular (denominação popular: berne) -constitui um problema econômico-sanitário de grandes proporções.
· Outros animais domésticos também são suscetíveis - cães, gatos, caprinos, ovinos, suínos, equinos etc.
· São biontofágos (se alimentam de tecidos vivos)
Ciclo Biológico
· Necessita de vetores de transporte ou foréticos (foresia – “viajando juntos”), geralmente outros dípteros, para veicular seus ovos, especialmente muscóides ou culicídeos.
· Para encontrar estes vetores a D. hominis fica próxima aos seus hospedeiros, que são visitados por vários dípteros. 
· Características comuns dos vetores: 
· Hábitos zoofílicos, independentemente de serem ou não hematófagos. 
· Período diurno de atividade. 
· Tamanho igual ou menor que a D. hominis 
· Hábitos moderadamente ativos (muito lentos não estimulam acaptura. Muito rápidos, não são capturados).
(ele vem voando, se agarra nele peso abdômen e deposita na parte ventral do animal, libera a lava aos poucos, para disseminar no ambiente, quando a temperatura está boa, eles eclodem aos poucos e assim se difusa no ambiente)
· Postura: fêmea captura o vetor durante o vôo, segurando-o com suas patas e deposita os ovos na região abdominal do vetor. Pode depositar 800 e 1000 ovos, em várias posturas. 
· Os ovos ficam dispostos em cachos (30 a 40 ovos), fortemente aderidos ao abdome do vetor. Geralmente em apenas um dos lados. São de coloração creme e medem de 2 a 3 mm de comprimento.
(pode eclodir numa pele integra, não precisa de necrose, ficam 20-28 dias vivas dentro do ovo, liberação lenta para dispersar)
· Incubação dos ovos de D. hominis sobre seus vetores -> alta viabilidade: ovos protegidos, particularmente contra a dessecação. 
· A posição dos ovos permite que os opérculos entrem em contato com apele do hospedeiro quando os vetores pousarem. 
· A eclosão das larvas ocorre em uma semana, entretanto,podem permanecer viáveis nos ovos por aproximadamente 20-28 dias. 
· Capacidade das larvas de eclodirem somente sob estímulo adequado (calor e o CO2 emanado pelo hospedeiro) -> maior probabilidade do encontro parasito-hospedeiro. Se a larva L1 quando está eclodindo não consegue atingir a pele ou pêlo do hospedeiro, retorna para dentro do ovo. 
· Nem todos os ovos eclodem na primeira vez em que são estimulados -> maior dispersão das larvas entre os hospedeiros.
· A larva eclodida (1,0-1,5 mm de comprimento), é muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar até 19 cm sobre a pele do hospedeiro para então penetrar na pele. Não há uma região preferencial para o desenvolvimento das larvas
(procura uma região para penetrar e criar um furúnculo)
Aspecto estreitado na extremidade posterior.
· No tecido subcutâneo -> permanece em posição quase horizontal, se mantém em comunicação com o exterior através dos orifícios(espiráculos) respiratórios posteriores. 
· No interior de cavidades subdérmicas -> larva se alimenta do material purulento e necrótico da lesão. Passa por 3 instares sofrendo duas ecdises.
(elas sempre deixam um buraco para respirar – na superfície da pele)
· Ao cair no solo -> formação do pupário -> emergência dos adultos. 
· Solos macios e úmidos e ricos em matéria orgânica -> a larva enterra-se facilmente (10 e 15 minutos), demora de 1 a 2 dias para se transformarem pupa. 
· A temperatura e a umidade influenciam o tempo de evolução da pupa, prazo médio de 21-35 dias. 
· Os adultos emergem do pupário por um opérculo situado na região antero-dorsal e alcançam a maturidade sexual após 1,5 a 4 horas. 
· A duração total do ciclo evolutivo da D. hominis é ao redor e 120 dias.
(jamais se tira berme viva, porque ela pode explodir e dar mais infecções, NUNCA puxar, desenvolvimento em 3 semanas, sobre o antero-vertical, ela fica vertical para subir e descer para respirar)
Lesões
· Miíase furunculosa que se caracteriza pela formação de um nódulo parasitário cutâneo, apresentando um orifício no qual se percebe os estigmas do parasita. 
· As feridas podem se contaminar devido às contaminações secundárias.
· Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e muito dolorosos. 
· Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam nervosos, irrequietos e se alimentam mal.
(danos no couro -> bovinos)
Controle
· Controle do berne -> controle do vetor, de um grande número dedípteros, muitos dos quais nem são ectoparasitos ou pragas do gado bovino. 
· Controle efetivo -> tratamento das larvas no corpo do animal (uso de avermectinas).
(não é fácil controle, quando se tem berne tratar com medida profilática)
Família Calliphoridae
· Conhecidos popularmente como “varejeiras” 
· Dípteros de tamanho grande (4 – 16 mm) 
· Geralmente azulados, esverdeados, violáceos 
· Abdômen com reflexos metálicos 
· Família apresenta dois gêneros de maior importância
· Cochliomyia – parasitas obrigatórios (miíases primárias) ( tem que ter lesão pré existente – lesões abertas) (podem ter as duas em desenvolvimento no animal)
· Chrysomya – parasitas facultativos (miíases secundárias) 
Cochliomyia spp
· Este gênero inclui a “mosca da bicheira” ou “mosca varejeira” 
· Mais importantes: Cochliomyia hominivorax e Cochliomyia macellaria
· Cochliomyia hominivorax – apresenta pêlos pretos na parte inferior da parafrontália 
· Ocorre em toda região subtropical e tropical da América do Sul e América Central.
· Cochliomyia macellaria: semelhante à C. hominivorax, larvas se desenvolvem no lixo, cadáveres, tecidos necrosados (larvas necrobiontófagas) e outros tipo de matéria orgânica em decomposição. Causam miíase secundária. 
· Cochliomyia hominivorax: mais importante mosca produtora de miíases nas Américas (larvas biointófagas) 
· Parasita todos os animais de sangue quente, particularmente bovinos, ovinos, equinos, caninos e suínos. Também parasita o homem. 
· Qualquer ferimento pode ser alvo da infestação 
· Causa uma miíase traumática grave (bicheira) - conjunto de larvas se instala em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula ou ulceração da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se exclusivamente de tecidos vivos.
Cochliomyia hominivorax
· Coloração metálica azul ou azul-esverdeada
· Olhos vermelho amarelados
· Cabeça amarelada.
Ciclo biológico
· Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos -> biontófagas 
· Fêmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos recentes -> miíase primária, geralmente de tecido cutâneo.
· Larva -> pode invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral, vaginal, anal..). 
· Se não controladas -> pode ocorrer alta mortalidade.
· Ovos (14 a 18 horas) -> eclosão -> larvas se alimentam nas bordas das feridas e se desenvolvem em 4 a 10 dias atingindo 17 mm. 
· Abandona a ferida -> solo -> pupa (1 semana no verão e 3 semanas no inverno) -> adulto 
· Adultos recém-eclodidos se alimentam de néctar das flores ou de substâncias açucaradas das plantas. 
· Fêmeas acasalam uma única vez -> após 5 a 10 dias -> depositam seus ovos. 
· Fêmeas fecundada se alimenta de sangue ou exsudatos presentes nas feridas.
Ciclo demora de 21 a 60 dias. Podem ocorrer de 12 a 13 gerações/ano
Danos diretos
· Animais -> inquietude, dor, feridas sangram. 
· Na ausência de feridas, acometem a região umbilical dos bezerros. Infecções secundárias.
Importância
· Bovinos são os mais acometidos seguido por ovinos, equinos, caprinos, suínos, bubalinos e humanos.
Controle
· Estados Unidos -> erradicação -> utilização de machos estéreis
Tratamento
· Inseticidas, antissépticos, cicatrizantes, repelentes. 
· Prevenção é o mais adequado.
2

Mais conteúdos dessa disciplina