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Gabriella R Oliveira - Cirurgia - 8ºP INSUFICIÊNCIA VENOSA AGUDA E CRÔNICA: SISTEMA VENOSO: VENOSO: fluxo sanguíneo contrário a gravidade, vai de compartimento em compartimento, válvulas retém sangue no compartimento, abre, sobe e fecha, quando isso é insuficiente, válvula não segura sangue, tem refluxo arterial: a favor da gravidade RESERVATÓRIO E CONDUTOR DE SANGUE adventícia: mais externa interior → contém as válvulas túnica média de uma veia é mais fina do que da artéria, vaso de grande capacitancia, é capaz de se distender/dilatar + que arteria, acomodando grande volume de sangue tunica media de uma arteria é mais robusta e forte, espessa, não se distende como a veia a maioria das veias funciona com válvulas, de compartimento em compartimento, da periferia para o centro * DESPROVIDAS DE VÁLVULAS v cava superior, vv da cabeça, braquicefalica nao tem valvulas, restante tudo tem pois são contrárias a gravidade safena - v periferica, superficial, começa no dorso e sobe até encontrar v femoral sistema superficial se comunica com profundo pelas vv perfurantes que perfuram fáscia muscular perfurantes = comunicantes difícil o sistema profundo ser insuficiente pois é circundado por vários músculos, facilitando o retorno compartimental INSUFICIÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA: hipertensão venosa → bomba muscular inadequada, atrofia muscular congênita ou adquirida, tetraplegia, fisiológico → idoso que tem atrofia muscular, além disso, as válvulas incompetentes, TVP por obstrução que leva a hipertensão venosa local, e oclusão venosa → tumor, aumento da P intra abdominal pela anamnese e exame físico multiparidade e ACO - viscosidade, hipercoagulabilidade idade avançada - tecidos frouxos cirurgias/imobilização - atrofia muscular, reduz força da bomba obesidade - dificulta retorno venoso desidratação - reduz parte líquida pós trombose - obstáculo HF - paterna: 20%, materna 65%, os 2 → 90% trabalhos - questionável pois há recursos neoplasia - compressão e trombogênica TVP: dor subita, empastamento e edema CRONICA: ardencia, formigamento, prurido, cansaço nas pernas leva no final do dia ao edema de mmii, principalmente no tornozelo, região maleolar hiperpigmentação: dermatite ocre, deposito de hemossiderina, acastanhada, é a mais comum • Exame físico: • Inspeção; • Palpação; • Ausculta. • Paciente em pé e deitado; começa em pé, a 2 m de distancia, observa um membro comparando com outro, pede para virar, olha outro lado, volta e olha perto o que viu de longe, e faz palpação cicatriz de úlcera e dermatite ocre veias tortuosas e edema PALPAÇÃO: • Temperatura; • Umidade; • Sensibilidade; • Característica do edema, comprime por 3 a 5 segundos; • Frêmito ou não - se perceber, deve auscultar, pode ser sopro AUSCULTA: Avaliar presença de sopros. depois deitado -> pulsos e testes INSUFICIENCIA VENOSA CRÔNICA: varizes CONGÊNITAS: Alterações anatômicas - ausência de válvulas, etc. RARAS PRIMÁRIAS: Adquirida Mais comum SECUNDÁRIAS: Após evento patológico Ex.: Pós trombótico, neoplasia TELANGIECTASIAS: dilatações de veias superficiais • Vênulas intradérmicas < 1mm de diâmetro - muito diminutas para demonstrar refluxo ; • Coloração rosada; “vasinhos” • Assintomáticas, ou dor e desconforto na área afetada; • Podem ser manifestação de uma doença sistêmica; • Veias de aranha ou microvarizes. VEIAS RETICULARES: • Veias subdérmicas dilatadas; • Aproximadamente 1 a 3mm de diâmetro; geralmente tortuosas; • Cores variando entre verde, azul e lilás; • Queimação e prurido; VEIAS VARICOSAS: • Subcutâneas, dilatadas e tortuosas > 3mm de diâmetro; • Cores azul escuro ou roxo intenso • Dor, queimação e espasmos. EDEMA: • Não é específico (descartar outras patologias); • Doença venosa de longa data refluxo venoso final do dia persistente tornozelo panturrilha • Associado a outras alterações venosas periférica; • Geralmente unilateral; • Melhora/desaparece ao decúbito região maleolar - + comum ALTERAÇÃO PIGMENTAR: • Deposição de hemossiderina • Inicial: tornozelo medial • Crônica: pé e parte inferior da perna Lipodermatoesclerose: Mais grave = fibrose subcutâneo eczema + celulite ÚLCERAS: • Tornozelo medial, maléolo lateral, ou ao longo do curso das veias safenas magnas ou pequenas • Bordas irregulares; • Até circunferencial insuficiencia das valvulas dentro da veia parte do fluxo progride e outro volta → dilata compartimento que recebe + sangue, fluxo sanguineo que volta turbilhonando - favorece lesão endotelial que pode evoluir para trombose, altera triade de virshow Classificação Clínica-Etiologia-Anatomia-Patofisiológica Sinais Clínicos: CEAP C c1: superficiais, teleangiectasias c2: nodulações elevadas, veias tortuosas c3: tem edema, veias reticulares, associada a nodulações e edema maleolar c4: alteração trófica, dermatite ocre, celulite, prurido, alteração de cor c5: tem cicatriz de úlcera de estase venosa c6: úlcera aberta, visível • Dupplex-Scan/Ecodoppler: Confirma o diagnóstico demonstrando a presença de refluxo venoso, local comprometido Tratamento Clínico: • Medidas Gerais: elevar pernas 2 h ao longo do dia, dormir com algo que eleve os pés na cama, não pode ter refluxo • Evitar sedentarismo, obesidade e ortostatismo prolongados. • Repouso em posição de Trendelemburg • Terapia Compressiva • Suave: 15 – 20 mmHg = uso profiláctico; telangiectasias sem HF • Média: 20 – 30 mmHg = varizes incipientes, edemas e na gravidez; tem HF • Alta 30 – 40 mmHg = insuficiência venosa avançada e edemas importantes, já tem alteração mais acessível: candle, esquenta e rasga fácil, má adesão não se usa meia compressiva com úlcera aberta, trata primeiro, quando cicatrizar usa meia meia: coxim que não tem no sistema superficial, comprime deita 5 min com perna para cima e calça meia • Medicamentos Venoativos: • Reforçam o tônus da parede venosa; • Efeito anti-inflamatório; • Ajudam na drenagem linfática; • Reduzem a permeabilidade capilar Exemplos: - Diosmina/hesperidina 450/50 mg, 12/12h. (Daflon, Diosmin, Flavonid, Perivasc, Venaflon, Venovaz) - Cumarina/Troxerrutina 15mg/90mg, 1 a 6 vezes ao dia (Angiolot, Varicoss, Venalot) • Venoativo Tópico • Proteger e hidratar a pele; • Combater eczemas e micoses cutâneas passar depois de tirar meia e tomar banho muito líquido, não virar Exemplo: - Cumarina/Heparina sódica 5mg/50UI (Venalot H – frasco com 40 e 80 ml) • Escleroterapia • Estética; hoje: entender que evolui • Varicorragias; • Ajudar na cicatrização em algumas úlceras venosas. • Tratamento Cirúrgico • CONTRA-INDICAÇÕES: • Úlcera infectada; • Isquemia no membro afetado por varizes; • Sistema Venoso Profundo ocluído ou ausente (necessário avaliação com Doppler) • Gravidez; • Discrasias sanguíneas; • Linfedema • Safenectomia incisões na região maleolar, passa fio guia, tira veia do avesso, pode precisar de várias incisões • Termoablação endovenosa melhor recuperação, a laser ponte: 2 mamárias e braquial, necessidade não impede de tirar safena INSUFICIÊNCIA VENOSA AGUDA Tromboembolismo Venoso: temos a Trombose Venosa Profunda e Tromboembolismo Pulmonar • Morbimortalidade nos pacientes internados e pós-cirúrgicos; • Principal causa do tromboembolismo pulmonar (TEP); óbito protocolo de TEV - para evitar tromboembolismo venoso FATORES DE RISCO: aco: hiperviscosidade cirurgias longas: sem bota pneumática ou meia compressiva tabagismo - altera epitélio endotelial neoplasia: estado de hipercoagulabilidade Trombose Venosa Profunda: • Morbimortalidade nos pacientes internados; • Fatores clínicos; • Fatores hereditários. PRECISA ALTERAR A Tríade de Virchow: alterando 1, todos alteram, formando trombo trombo pode se desprender, causar embolia, dependendo do local – pulmão, tromboembolismo pulmonar, cérebro (causa avc isquêmico de origem venosa) EXAME FÍSICO: dor súbita, uma perna mais vermelha e inchada membro fica quente:sangue arterial chega, rico em nutrientes, 02, muito volume de sangue, esquenta, pois sistema arterial não está comprometido oclusão arterial: frio, sem pulso cianose: discreta, não é muito comum região trombosada: tem dor, ponto que não tem trombo não sente dor a partir dali DIAGNÓSTICO: precisa fazer o doppler para saber ponto de obstrução d-dímero: não é muito usado para tvp, usa para suspeita de tromboembolismo pulmonar, aumenta quando tem, exclui ausência de trombo TRATAMENTO: • Tratamento fase aguda: de baixo peso molecular: clexane em BIC sempre avaliar coagulograma e INR → deve estar entre 1,5 e 2,5 ANTICOAGULANTE ORAL: seria o melhor, alta eficácia CIRÚRGICO: • Filtro de Veia Cava; antes da cirurgia oncológica • Embolectomia – vaso muito grande sem conseguir tirar ou muito êmbolo e vai ter que fazer cirurgia • Tratamento tardia • Meia elástica; • Anticoagulante oral (marevan, xarelto - melhor, mais seguro) • Acompanhamento INR (2 – 3) uso de marevan precisa ter controle de coagulograma semanal até achar dose e depois mensal, INR entre 2 e 3 • Profilaxia Intra-Hospitalar: • Meia elástica; • Compressão pneumática; bota • Deambulação precoce; no pós op • Heparina não Fracionada; • Heparina Baixo Peso Molecular; cirurgias ortopédicas → maior chance de trombose TROMBOFLEBITE: Inflamação de uma veia superficial (periférica), que gera a formação de um trombo (coágulo) • Início agudo (1 a 3 semanas); Sintomas locais: • Calor • Dor • Rubor (eritema) • Cordão endurecido e doloroso à palpação, percebe trajeto da veia pela palpação, edema e vermelhidão só na região acometida muito comum no idoso DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA SISTEMA ARTERIAL: TÚNICA ÍNTIMA: ATEROMAS: originam-se na parte interna da túnica intima a partir de depósito de placas de gorduras que estreitam a luz do vaso, reduzem o fluxo sanguíneo e enfraquecem a camada média. A ruptura do ateroma resulta em trombose - desprender e causar oclusão arterial fluxo sanguíneo a favor da gravidade na maioria quando tem DAP: diminuição do calibre e redução do fluxo, pressão aumenta, risco de lesão endotelial, por turbilhonar fluxo pode achar nos exames e não ter sintomas sintomas → alteração do nível de consciência, síncope marcador cerebrovascular e cardiovascular: pode ter placa de ateroma em aa cerebrais e coronárias, fator de risco para ave e iam ATEROSCLEROSE: é crônica, envelhecimento - enrijecimento das artérias, favorece não adaptação do diâmetro e estilo de vida favorece depósito de gordura, com o tempo, obstrui e gera isquemia morte celular, sedentarismo, má alimentação aterosclerose: processo de envelhecimento normal do endotélio arterial, enrijecimento da parede arterial associado à idade, todos tem placa de ateroma: associada ao estilo de vida, nem todos tem piora na qualidade arterial → arteriosclerose FATORES DE RISCO: FISIOPATOLOGIA: • Velocidade X Volume no local da estenose aumento da velocidade, e diminuição do volume INSUFICIÊNCIA ARTERIAL CRÔNICA: assintomático ou ter queixa claudicação: anda e para, pela isquemia, não tem suprimento arterial adequado para nutrir musculo, dói úlcera arterial - não tem pulso CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD: estágio 6: todo isquemiado, é amputação esteira por 5 minutos DIAGNÓSTICO: alteração da pressão - índice tornozelo braquial se sintomático TRATAMENTO: Dor em repouso, súbita, com alteração trófica, não tem pulso → endarterectomia, pela carótida, tirar placa • Tratamento cirúrgico: Endarterectomia → pode fazer outra lesão Angioplastia com balão; insufla balão e puxa placa de ateroma, pode fazer lesão endotelial Stent; esmaga placa com malha, pode soltar Endopróteses; Revascularização; miocárdica, ponte de safena Amputação, último caso • Endarterectomia e derivação (ponte) • Derivação (ponte): prótese ou safena • Angioplastia com balão INSUFICIÊNCIA ARTERIAL AGUDA: mais comum: fibrilação atrial, microembolia constante por trauma - IAA • Regra dos 6 Ps: • Poikilothermic – frialdade; • Pain (dor); • Pallor (palidez); • Pulselessness (ausência de pulso), • Paresthesias (parestesia) e • Paralysis (paralisia). Insuficiência arterial Crônica pode não ter todos os P pois desenvolve circulação colateral É UMA URGÊNCIA CIRÚRGICA VASCULAR: saber diagnosticar é essencial! DIAGNÓSTICO: mais usado: usg doppler arteriografia com contraste - na hemodinâmica TRATAMENTO: trombose: medicação algodão: aquecer, vasodilatação, aumentar calibre e fluxo da área acometida casos irreversíveis - amputação nunca esfriar o que já tá frio - agrava isquemia, + vasoconstrição nunca elevar os membros → tendência deixar para baixo para favorecer, agrava isquemia local