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<p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>DOENÇA VENOSA CRÔNICA</p><p>CONCEITO</p><p>É O DISTÚRBIO MAIS COMUM DO SISTEMA VASCULAR PERÍFERICO</p><p>As manifestações clínicas variam desde PEQUENAS VARIZES</p><p>ASSINTOMÁTICAS até ÚLCERAÇÕES VENOSAS CUTÂNEAS. É</p><p>secundária à INSUFICIÊNCIA DAS VÁLVULAS VENOSAS ou a</p><p>OBSTRUÇÃO DO SISTEMA VENOSO PROFUNDO. Esses dois quadros</p><p>levam à HIPERTENSÃO VENOSA,, associada a dilatação e</p><p>deformidade das veias, e também a um ESTADO INFLAMATÓRIO</p><p>CRÔNICO, responsável por uma série de alterações dermatológicas.</p><p>FISIOPATOLOGIA</p><p>O SISTEMA VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES É DIVIDIDO EM 3 PARTES</p><p>Sistema venoso profundo</p><p>PORÇÃO DO SISTEMA VENOSO QUE ESTÁ PROFUNDO ÀS FÁSCIAS MUSCULARES</p><p>x É o maior responsável pelo retorno venoso, cerca de 85% do sangue retorna através dele.</p><p>Ö As veias profundas acompanham as artérias, então a veia cava encontra-se ao lado da</p><p>aorta, a veia ilíaca comum ao lado da artéria ilíaca comum e assim por diante. De tal</p><p>forma que ATÉ O JOELHO SE TEM 1 VEIA PARA CADA ARTÉRIA e ABAIXO DO JOELHO</p><p>SE TEM 2 VEIAS PARA CADA ARTÉRIA.</p><p>o As artérias da perna são: tibial posterior, fibular e tibial superior, ou seja,</p><p>existem 3 pares de veias na perna.</p><p>o Existem outras veias profundas, como veias musculares, soleares, veias de</p><p>panturrilha etc.</p><p>Sistema venoso superficial</p><p>PORÇÃO DO SISTEMA VENOSO QUE ESTÁ ACIMA DAS FÁSCIAS MUSCULARES</p><p>Cirurgia Vascular</p><p>Veia Superficial</p><p>Veia Perfurante</p><p>estare</p><p>,</p><p>acúmulo dermatite our</p><p>anterior</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>x Grande parte desse sistema está conectado as veias SAFENA MAGNA e SAFENA PARVA, também superficiais.</p><p>Ö VEIA SAFENA MAGNA começa no maléolo medial, sobe a</p><p>face medial da perna e da coxa e desemboca na femoral</p><p>comum, na JUNÇÃO SAFENA-FEMORAL.</p><p>Ö VEIA SAFENA PARVA começa no maléolo lateral, sobe a</p><p>face posterior da perna e desemboca na JUNÇÃO SAFENO-</p><p>POPLÍTEA.</p><p>x Carreiam 20% do retorno venoso.</p><p>Sistema venoso perfurante</p><p>FORMADO POR VASOS QUE PERFURAM A FÁSCIA E CONECTAM O SISTEMA SUPERFICIAL AO PROFUNDO</p><p>A drenagem do sangue acontece no sentido DISTAL PARA PROXIMAL e SUPERFICIAL PARA PROFUNDO e o que faz esse sangue</p><p>voltar é o RETORNO VENOSO.</p><p>Essas características do fluxo ocorrem graças a 2 mecanismos básicos:</p><p>A CONTRAÇÃO MUSCULAR COMPRIME AS VEIAS, aumentando a pressão em seu</p><p>interior e propelindo o sangue em direção às veias proximais.</p><p>“Vis a Tergo”</p><p>É a TRANSMISSÃO DA PRESSÃO ARTERIAL para o LEITO CAPILAR VENOSO, ou seja, a força de retorno venoso da pressão pós-</p><p>capilar residual gerada inicialmente pela atividade do ventrículo esquerdo. É o primeiro empurrão que estimula o retorno venoso.</p><p>“Vis a Fronte”</p><p>É a ASPIRAÇÃO TORÁCICA, ou seja, a força de sucção resultante da atividade cardíaca e do diafragma durante a INSPIRAÇÃO E</p><p>EXPIRAÇÃO:</p><p>x Na INSPIRAÇÃO, o volume da caixa torácica aumenta e a pressão intratorácica diminui, enquanto a pressão intra-</p><p>abdominal aumenta. Isso faz com que o sangue venoso da parte cefálica do corpo seja sugado para a veia cava superior</p><p>e, posteriormente, liberado para o átrio direito.</p><p>x Na EXPIRAÇÃO, o volume da caixa torácica diminui e a pressão intratorácica aumenta, enquanto a pressão intra-</p><p>abdominal diminui. Isso faz com que o sangue da parte inferior do corpo seja drenado para a veia cava inferior e,</p><p>posteriormente, liberado para o átrio direito.</p><p>“Vis a Latere”</p><p>↓</p><p>por isso, 4 estímulo ao exercício físico</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>É a TRANSMISSÃO DA PULSATILIDADE ARTERIAL, ou seja, a força de retorno venoso resultante das pressões aplicadas nas paredes</p><p>das veias devido à pulsação das arteríolas adjacentes, principalmente quando artéria e veia correm na mesma bainha. Essa</p><p>pulsatilidade está ligada À ATIVIDADE MUSCULAR, seja por contração muscular ou pela bomba da panturrilha durante a caminhada.</p><p>Esponja Plantar</p><p>O tecido presente na planta do pé funciona como uma esponja, então conforme se caminha, se comprime essa esponja e se</p><p>impulsiona o sangue venoso para cima.</p><p>As válvulas são ESTRUTURAS PRESENTES NO INTERIOR DAS VEIAS QUE PERMITEM QUE O FLUXO</p><p>PROSSIGA EM APENAS UMA DIREÇÃO, garantindo que, mesmo com o relaxamento muscular, o sangue</p><p>ainda fluirá em direção ao coração e não a favor da gravidade.</p><p>Por isso, a INEFETIVIDADE DAS VÁLVULAS leva à incapacidade de escoar adequadamente o sangue dos membros inferiores e faz</p><p>com que haja AUMENTO DA PRESSÃO VENOSA. Além disso, PROCESSOS OBSTRUTIVOS do sistema nervoso profundo como</p><p>TROMBOSE VENOSA PROFUNDA, também prejudicam o escoamento sanguíneo e AUMENTAM A PRESSÃO VENOSA. Em longo</p><p>prazo, essas alterações favorecem EXTRAVASAMENTO CAPILAR DE MACROMOCÉLULAS que levam a alterações cutâneas, como</p><p>DEPOSIÇÃO DE FIBRINA e SEQUESTRO DE ERITRÓCITOS, levando à fibrose da pele e à hiperpigmentação cutânea.</p><p>Em um contexto de INFLAMAÇÃO CRÔNICA e FIBROSE, a oxigenação dos tecidos é reduzida, levando ao surgimento de</p><p>ULCERAÇÕES. As MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TERMINAIS da hipertensão venosa são a LIPODERMATOESCLEROSE (fibrose de pele</p><p>e tecido subcutâneo) e FORMAÇÃO DE ÚLCERAS SECUNDÁRIAS A HIPÓXIA TECIDUAL.</p><p>VÁLVULAS VENOSAS</p><p>DISFUNÇÃO VALVAR</p><p>PROCESSOS OBSTRUTIVOS</p><p>AUMENTO DA PRESSÃO VENOSA</p><p>EXTRAVASAMENTO CAPILAR DE MACROMOLÉCULAS</p><p>V</p><p>FIBROSE HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA</p><p>LIPODERMATOESCLEROSE</p><p>ÚLCERA VENOSA</p><p>FALHA DA BOMBA MUSCULAR</p><p>A coluna de sangue átrio - pé em repouso tem uma pressão de 90mmHg e quando</p><p>há caminhada e contração muscular, a pressão na perna fica</p><p>HORMONAL</p><p>o O aumento da progesterona determinada hipotonia de fibras musculares lisas,</p><p>aumentando a distensibilidade venosa.</p><p>o O aumento do estrogênio causa aumento do fluxo arterial no útero e esse incremento</p><p>no fluxo de retorno venoso causa um obstáculo funcional nas veias ilíacas externas, que</p><p>é transmitido às veias dos membros inferiores.</p><p>x ORTOSTASE PROLONGADA</p><p>Ö Por aumento crônico da pressão hidrostática</p><p>x HISTÓRIA PRÉVIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA</p><p>x SEDENTARISMO</p><p>x ELITISMO</p><p>x USO CRÔNICO DE HORMÔNIOS DA TIREOIDE</p><p>APRESENTAÇÃO CLÍNICA</p><p>A PRINCIPAL QUEIXA É SENSAÇÃO DE DOR, PESO OU FADIGA NAS PERNAS</p><p>Esses sintomas PIORAM COM ORTOSTATISMO PROLONGADO e isso ocorre porque essa postura favorece a estase venosa nos</p><p>membros inferiores. Por isso, são pacientes ASSINTOMÁTICOS PELA MANHÃ e, com o passar do dia, apresentam progressão dos</p><p>sintomas. Por outro lado, posições que favorecem o retorno venoso, como decúbito horizontal e elevação do membro, aliviam os</p><p>sintomas.</p><p>Outra queixa comum desses pacientes é o EDEMA PERIAMBULAR nos membros inferiores e nos casos mais avançados, pode</p><p>haver DOR INTENSA E CONSTANTE EM QUEIMAÇÃO, chamada de neuropatia venosa. Outras manifestações clínicas tardias são</p><p>hiperpigmentação, eczema, lipodermatoesclerose e úlceras.</p><p>TELANGIECTASIA</p><p>Não geram</p><p>sintomas!</p><p>VARIZES</p><p>Veias dilatadas e tortuosas > 3mm</p><p>Isso já fecha o diagnóstico de</p><p>varizes. Se for menor que 3mm</p><p>não é varize, e sim, veia</p><p>reticular.</p><p>CANSAÇO</p><p>estético</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Pode-se observar a HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA desse paciente. Isso acontece devido ao</p><p>extravasamento de macromoléculas e saída da HEMÁCIA DO CAPILAR PARA O TECIDO CELULAR</p><p>SUBCUTÂNEO, onde se fragmenta e libera HEMOSSIDERINA, que uma substância acastanhada</p><p>e ferruginosa, responsável pela COLORAÇÃO DA PELE.</p><p>SINAIS DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA</p><p>x DILATAÇÃO DO SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL</p><p>Ö Telangiectasias</p><p>Ö Varizes</p><p>x EDEMA VESPERTINO</p><p>x HIPERCROMIA CUTÂNEA</p><p>x ECZEMA</p><p>x LIPODERMATOESCLEROSE</p><p>x PRESENÇA DE ULCERAÇÕES</p><p>CARACTERÍSTICA ÚLCERA VENOSA ÚLCERA ARTERIAL</p><p>Localização Distal, sem localização específica</p><p>Dor Pouca ou moderadamente dolorosa, que</p><p>melhora com a elevação do membro</p><p>Muito dolorosa e melhora com o</p><p>membro pendente</p><p>Exsudato Muito exsudativa, com piora em</p><p>ortostase</p><p>Pouco exsudativa</p><p>Bordas Elevadas e irregulares Rasas com margens bem definidas</p><p>Pulsos Reduzidos ou ausentes</p><p>Edema Presente Geralmente ausente</p><p>Lipodermatoesclerose e</p><p>hiperpigmentação cutânea</p><p>História clínica de claudicação</p><p>intermitente ou dor isquêmica em</p><p>repouso</p><p>LIPODERMATOESCLEROSE TELANGIECTASIA</p><p>ÚLCERA VENOSA ÚLCERA ARTERIAL</p><p>ATROFIA BRANCA OU</p><p>CICATRIZ</p><p>VARIZES</p><p>C : úlcera cicatrizada</p><p>8</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>CEAP</p><p>Essa classificação é utilizada para UNIFORMIZAR O TRATAMENTO e avalia a CLÍNICA (C), a ETIOLOGIA (E), a ANATOMIA (A) e a</p><p>FISIOPATOLOGIA (P).</p><p>Classificação Clínica (C)</p><p>C0</p><p>Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa crônica.</p><p>C1</p><p>Telangiectasia ou Veias reticulares (veias com dilatações 3mm).</p><p>x C 2R => Recidiva pós cirurgia</p><p>C3</p><p>Edema sem alterações cutâneas.</p><p>C4</p><p>Alterações cutâneas secundárias a insuficiência venosa (hiperpigmentação e lipodermatoesclerose).</p><p>x C 4A => Dermatite ocre ou eczema</p><p>x C 4B => Dermatoesclerose</p><p>x C 4C => Corona flebegtásica (área circular de veia)</p><p>Lembrar que é sempre a alteração mais avançada que conta na classificação.</p><p>forma de coroa</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>C5</p><p>Alterações cutâneas com úlcera venosa cicatrizada.</p><p>C6</p><p>Alterações cutâneas com úlcera venosa aberta.</p><p>x C 6A=> Úlcera recorrente após cirurgia</p><p>Classificação Etiológica (E)</p><p>PODE SER</p><p>x CONGÊNITA (EC)</p><p>x PRIMÁRIA (EP)</p><p>x SECUNDÁRIA (ES)</p><p>x SEM CAUSA DEFINIDA (EN)</p><p>Classificação Anatômica (A)</p><p>PODE SER</p><p>O cerne do problema pode estar no sistema superficial, profundo ou perfurante, mas a MANIFESTAÇÃO CLÍNICA É APENAS NO</p><p>SUPERFICIAL.</p><p>x VEIAS SUPERFICAIS (AS)</p><p>x VEIAS PROFUNDAS (AD)</p><p>ÚLCERA FLEOPÁTICA</p><p>Caracteriza-se por ser uma lesão limpa, com bordas bem delimitadas e de superfície</p><p>irregular, que acomete preferencialmente a FACE MEDIAL DA PERNA (pois o regime</p><p>de hipertensão venosa é maior nessa região) e NÃO DÓI, a não ser quando</p><p>infeccionada. A pele ao redor dessa úlcera pode ser purpúrica ou hiprpigmentada</p><p>(dermatite ocre).</p><p>gênese = onde iniciou</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>x VEIAS PERFURANTES (AP)</p><p>Ö Como um refluxo de vias perfurantes.</p><p>x SEM LOCALIZAÇÃO VENOSA IDENTIFICADA (NA)</p><p>Classificação Fisiopatológica (P)</p><p>PODE SER</p><p>x REFLUXO (PR)</p><p>x OBSTRUÇÃO (PO)</p><p>x REFLUXO E OBSTRUÇÃO (PR, O)</p><p>Ö Nesse caso, a obstrução por uma trombose prévia gerou</p><p>uma DISFUNÇÃO VALVAR, que culminou no refluxo.</p><p>x SEM FISIOPATOLOGIA IDENTIFICÁVEL (PN)</p><p>Para se obter o C (clínica) e o E (etiologia) basta apenas conversar com o paciente e observar, então essas suas classificações são</p><p>possíveis apenas com ANAMNESE + EXAME FÍSICO. Já para obter o A (anatomia) e o P (fisiopatologia) é preciso um EXAME DE</p><p>IMAGEM, como o DOPPLER VENOSO, que possibilite a visualização do sistema afetado, a hemodinâmica e o fluxo sanguíneo.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>ANAMNESE</p><p>x DOR VESPERTINA E EM PESO</p><p>Ö Piora com ortostatismo e melhora com a elevação do membro.</p><p>x PRURIDO</p><p>x CAIMBRAS</p><p>Mulher, 50 anos, com varizes associadas a dor e edema em perna, com úlcera aberta. Realizou duplex venoso</p><p>que demonstrou refluxo de veia safena interna, veias perfurantes em perna e veia femoral. Sem sinais de TVP</p><p>recente ou antiga.</p><p>C => C6</p><p>E => EP</p><p>A => S, P E D</p><p>P => PR</p><p>CASO CLÍNICO</p><p>atípico</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>x INSPEÇÃO</p><p>Ö Observa-se sinais de insuficiência venosa crônica.</p><p>o Varizes</p><p>o Edema</p><p>o Pigmentação da pele</p><p>o Lipodermatoesclerose</p><p>o Eczema</p><p>o Úlceras</p><p>x PALPAÇÃO</p><p>Ö Espessamento da pele</p><p>Ö Dor no trajeto venoso</p><p>o Flebalgia: dor ao toque sobre a veia. Ela é mais presente ao final da tarde, pois é quando a veia se</p><p>encontra mais dilatada.</p><p>Ö Sumiço das veias com elevação do membro</p><p>x PERCUSSÃO (PROVA DE SCHWARTZ)</p><p>Ö A veia dilatada e cheia de sangue conduz um</p><p>impulso de percussão na mesma direção do</p><p>fluxo sanguíneo normal, mas em direção inversa</p><p>se as válvulas estiverem insuficientes.</p><p>Ö Se percutir em cima e sentir a onda chegando</p><p>no dedo acima, está normal. Se percutir em cima</p><p>e sentir a onda para baixo, é sinal de refluxo.</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>Mapeamento Duplex</p><p>ULTRASSOM QUE FAZ UMA AVALIAÇÃO ANATÔMICA E HEMODINÂMICA</p><p>x Caracteriza o refluxo;</p><p>x Informa a localização das perfurantes;</p><p>x Avalia o sistema venoso superficial e profundo (já que não se consegue</p><p>avaliar esse clinicamente);</p><p>x Descarta TVP associada</p><p>Pletismografia ao ar</p><p>Avalia-se a variação do volume do membro em repouso e após a utilização da bomba muscular.</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Outros exames menos utilizados são a FLEBOGRAFIA e a PRESSÃO VENOSA AMBULATORIAL.</p><p>x FLEBOGRAFIA é uma radiografia contrastada que permite avaliar a anatomia de uma veia.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>DERMATOESCLEROSE E HIPERPIGMENTAÇÃO</p><p>É o ESPESSAMENTO DA PELE e a HIPERPIGMENTAÇÃO, devido ao extravasamento de macromoléculas</p><p>por conta da hipertensão venosa, que leva a deposição de fibrina e saída da hemácia do capilar para</p><p>o tecido celular subcutâneo, onde ela se fragmenta e libera hemossiderina, substância responsável</p><p>pela cor acastanhada que a pele fica.</p><p>TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL</p><p>Caracteriza-se pela PRESENÇA DE UM TROMBO NA LUZ DE UMA VEIA SUPERFICIAL acompanhada de uma REAÇÃO INFLAMATÓRIA</p><p>da sua parede e dos tecidos adjacentes.</p><p>x Apresenta-se como um cordão palpável, quente, doloroso e</p><p>hiperemiado no curso de uma veia superficial.</p><p>Se ocorresse em uma VEIA PROFUNDA receberia o nome de TROMBOSE</p><p>VENOSA PRODUNDA.</p><p>SANGRAMENTO (VARICORRAGIA)</p><p>É um sangramento CONTÍNUO e de quantidade considerável.</p><p>ÚLCERA FLEBOPÁTICA</p><p>Em geral, a úlcera flebopática é uma LESÃO LIMPA COM BORDAS BEM DELIMITADAS</p><p>E SUPERFÍCIE IRREGULAR, que acomete mais</p><p>comumente a FACE MEDIAL DA PERNA e NÃO DÓI, a não ser que esteja infeccionada.</p><p>x No entanto, essa lesão da imagem é uma ÚLCERA SUJA com HIPEREMIA</p><p>PERILESIONAL, está INFECTADA. Nesse caso, o ideal é realizar a ABORDAGEM</p><p>CIRÚRGICA para transformar a úlcera infectada em não infectada. E junto a isso, iniciar</p><p>ANTIBIOTICOTERAPIA.</p><p>Ö CEFTRIAXONA + CLINDAMICINA</p><p>Ö AMOXICILINA + CLAVULANATO</p><p>o Para casos mais superficiais.</p><p>Pele com coloração ferruginosa</p><p>causada pela hemossiderina.</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>TRATAMENTO</p><p>É PRECISO TRATAR O CERNE DO PROBLEMA: HIPERTENSÃO VENOSA</p><p>Medidas como perda de peso, atividade física, elevação do membro e terapias compressivas auxiliam no tratamento.</p><p>TERAPIA COMPRESSIVA</p><p>Ocorre por meio da MEIA ELÁSTICA de compressão graduada, que alivia os sintomas, ajuda no retorno venoso e melhora a</p><p>cicatrização das lesões ulceradas.</p><p>x É preciso definir a EXTENSÃO que a meia vai ter:</p><p>Ö Gestante</p><p>Ö Meia calça</p><p>Ö 7/8</p><p>Ö 3/4</p><p>o Essa é a mais simples e resolve cerca de 90% dos casos.</p><p>x E definir também a COMPRESSÃO:</p><p>Ö Suave</p><p>o É para a perna sem varizes, mais usada para queixas de cansaço.</p><p>Ö Média</p><p>o De 20-30</p><p>o É a que se utiliza para doença varicosa</p><p>Ö Alta</p><p>o > 30</p><p>o Indicada nos casos de linfedema</p><p>C1 (TELANGIECTASIAS OU VEIAS RETICULARES)</p><p>Trata-se de um TRATAMENTO ESTÉTICO, pois veias reticulares e telangiectasias NÃO PROVOCAM SINTOMAS, como cansaço e</p><p>edema. No entanto, caso o paciente tenha sintomas, trate os vasinhos e não apresente melhora, é necessário INVESTIGAR O</p><p>MOTIVO, como varizes, refluxo de veia profunda ou de veia perfurante, por exemplo.</p><p>ESCLEROTERAPIA</p><p>É realizada com a aplicação de determinadas substâncias, como agentes hipertônicos,</p><p>detergentes e químicos. Na maioria das vezes, se usa GLICOSE HIPERTÔNICA. Essa</p><p>medicação esclerosante estimula o organismo do paciente a FIBROSAR AS VARIZES.</p><p>MICROCIRURGIA</p><p>Nos casos em ocorre hiperpigmentação no local da aplicação.</p><p>C2 (VEIAS VARICOSAS)</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Para o perfil de paciente JOVEM E SAUDÁVEL COM VARIZES SINTOMÁTICAS, a indicação é realizar CIRURGIA PARA RETIRAR OS</p><p>VASOS COMPROMETIMENTOS.</p><p>Já para os pacientes que preferem não operar, o tratamento é clínico com PERDA DE PESO, ATIVIDADE FÍSICA E MEIA ELÁSTICA.</p><p>Se o problema for na VEIA SAFENA, ou seja, se houver refluxo na junção safeno-femoral ou safeno-poplítea, a indicação é que</p><p>se faça SAFENECTOMIA.</p><p>x Nesse procedimento, realiza-se duas incisões: uma a nível inguinal de</p><p>aproximadamente 2 a 3cm e outra a nível do tornozelo, de 1cm.</p><p>Posteriormente, insere-se um FELBOEXTRATOR para que ele alcance o</p><p>corte feito mais distalmente, ele é amarrado na veia safena e puxado</p><p>para fora, removedno a veia danificada.</p><p>Uma alternativa a SAFENECTOMIA TRADICIONAL é a MICROCIRURGIA COM ENDOLASER, em que é introduzida uma fibra óptica</p><p>dentro da veia safena, que QUEIMA ESSA VEIA SEM RETIRÁ-LA, essa RADIOABLAÇÃO tranforma-a em um CORDÃO FIBROSO sem</p><p>função, então é como se a veia não existisse mais. Mas, esse procedimento só é válido para a veia safena, para outras veias deve</p><p>ser feita a fleboextração.</p><p>Recomenda-se também o uso dos VENOTÔNICOS, medicações que agem na camada muscular das veias, OTIMIZANDO A</p><p>CONTRATILIDADE, aumentando o TÔNUS e a VELCIDADE DE CIRCULAÇÃO DO SANGUE, dessa forma, reduz a congestão venosa.</p><p>Também atuam diminuindo a inflamação local e aumentam a resistência dos vasos.</p><p>x Essas medicações atuam nos SINTOMAS do paciente, como dor, inchaço,</p><p>formigamento, coceira, câimbras e sensação de peso e cansaço, isso porque nenhum</p><p>medicamento oral isolado tem potencial para tratar varizes.</p><p>C3 (EDEMA SEM ALTERAÇÕES CUTÂNEAS), C4 (COM ALTERAÇÕES CUTÂNEAS) E C5 (ÚLCERA CICATRIZADA)</p><p>O tratamento baseia-se na SAFENECTOMIA, caso haja refluxo na junção safeno-femoral ou safeno-poplítea.</p><p>x Pode se usar LASER/ESPUMA.</p><p>Ö Essa técnica da espuma baseia-se na aplicação de</p><p>POLIDOCANOL na forma de espuma dentro da veia, ela</p><p>leva a uma irritação da parede do vaso, levando a</p><p>formação de coágulos locais e fechamento do mesmo.</p><p>Com o passar do tempo, o organismo absorve esses</p><p>coágulos e o mesmo se torna CICATRICIAL.</p><p>Devem ser também usadas as MEIAS ELÁTICAS > 30mmHg e VENOTÔNICO.</p><p>x Os venotônicos podem até ser utilizados no paciente C2, mas a sua recomendação mesmo DOCUMENTADA é do C3</p><p>EM DIANTE.</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>C6 (ÚLCERA VENOSA ABERTA)</p><p>A primeira coisa a se fazer com uma úlcera venosa aberta é DESBRIDAR, ou seja, retirar a parte infectada e desvitalizada e iniciar</p><p>ANTIBIOTICOTERAPIA se houver infecção local. Depois dessa limpeza, é que se pode fechá-la, com ENFAIXAMENTO.</p><p>Além disso, recomenda-se PERDA DE PESO, USO DE MEIA ELÁSTICA > 35mmHg e ELEVAÇÃO DO MEMBRO. Com isso, em cerca</p><p>de 8 meses a ferida fecha.</p><p>Caso haja refluxo safeno-femoral ou safeno-poplíteo, pode se realizar a SAFENECTOMIA tradicional ou com LASER/ESPUMA.</p>