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Aline Martins T. XXIII ......53................ CONCEITOS INCIAIS ➺ Lesões mais comuns: ⦁ Trauma de lesão penetrante ⦁ Trauma de lesão contusa Lesão Penetrante ➺ Arma de fogo (PAF1) → mais comum acometer delgado, depois delgado, depois fígado ➺ Arma branca → mais comum acometer fígado, depois delgado, depois diafragma PAF1: Perfuração por Arma de Fogo Macete: Tiro - Tripa Faca - Fígado Lesão Contusa ➺ Mais comum acometer o baço ➺ Sinal do cinto de segurança → tatuagem equimótica traumática → acomete mais o delgado e mesentério Macete: Batida - Baço EXAMES E CONDUTAS Tomografia Computadorizada ➺ TC de corpo inteiro é o melhor exame para avaliar trauma contuso ⦁ Classifica as lesões e avalia o retroperitônio ⦁ Não avalia bem o delgado, vísceras ocas e diafragma OBS: a tomografia só pode ser solicitada com paciente ESTÁVEL hemodinamicamente Focused Assessment Sonography in Trauma ➺ FAST → usar em trauma contuso e pacientes estáveis - analisa líquido livre ➺ Janelas do FAST: ⦁ Saco pericárdico → subxifoideana ⦁ Espaço hepatorrenal (espaço de Morrison) ⦁ Espaço esplenorrenal ⦁ Pelve (fundo de saco) ➺ FAST estendido (E-FAST) → avaliar o tórax procurando hemotórax ou pneumotórax Lavado Peritoneal Diagnóstico ➺ Lavado peritoneal diagnóstico (cada vez menos usado), os critérios analisados para decretar lesão são: ⦁ Aspiração de pelo menos 10mL de sangue e, ou; ⦁ Contagem de hemácias superior a 100.000/mm3 Videolaparoscopia ➺ Videolaparoscopia → usar em lesões na transição toracoabdominal, geralmente penetrante. Também é de escolha em dúvidas diagnósticas OBS: a videolaparoscopia só pode ser feita se o paciente estiver ESTÁVEL hemodinamicamente Laparotomia ➺ Quando indicar a laparotomia no trauma abdominal: ⦁ Penetrante → choque, peritonite e/ou evisceração, arma de fogo (sempre) ⦁ Contuso → peritonite, retropneumoperitônio ou pneumoperitônio ou paciente instável ⦁ Sangue em dedo de luva ao toque retal OBS: se lesão penetrante por arma de fogo em flanco e dorso com paciente estável, a conduta não é laparotomia, mas sim TC ➺ Em casos de lesão por arma branca, só se indica laparotomia se tiver choque, peritonite e/ou evisceração. Caso contrário, faz exploração digital e analisa: ⦁ Não violou peritônio → dá alta pro paciente ⦁ Violou ou tem dúvida → observação 24h, exame físico e hemograma de 8/8h → se leucocitose ou ↓Hb >3g/dL = VLP2 ou TC Aline Martins T. XXIII ......54................ VLP2: Videolaparoscopia OBS: se lesão por arma branca no dorso, fazer TC de triplo contraste TRAUMA ESPLÊNICO ➺ É a lesão mais comum no trauma contuso ➺ Fraturas de arcos costais E e sinal de Kerh (E) ➺ Sinal de Kerh → dor referida em ombro, podendo indicar sangue na cavidade peritoneal ➺ O tratamento nesses casos onde se identifica de imediato uma lesão de baço, é a laparotomia. Se paciente estável e sem grande lesão, o tratamento é conservador ➺ Após feito o FAST, se classifica a lesão esplênica ➺ O tratamento também é cirúrgico se lesão grau IV (desvascularização > 25%) ou V (pulverizado) → esplenectomia e vacinação contra Pneumococo, Meningococo e Haemophilus TRAUMA HEPÁTICO ➺ Também se classifica a lesão após o FAST: ➺ No grau V → tentar angioembolização ➺ Deve-se tentar tratamento conservador caso paciente estável com lesão pequena ➺ Manobra de Pringle → clampear ligamento hepatoduodenal, clampeando por consequência o colédoco, A. Hepática e V. Porta para diminuir o sangramento ➺ Se ainda sim o sangramento não parar, o sangramento deve ser da VCI (retrohepática), tendo que intervir nas veias hepáticas → compressa e controle de danos CIRURGIA PARA CONTROLE DE DANOS ➺ O objetivo é evitar a tríade letal: ⦁ Hipotermia ⦁ Coagulopatia ⦁ Acidose ➺ Inicialmente se faz uma cirurgia inicial breve, apenas para controle da hemorragia e lesões grosseiras + peritoneostomia ➺ Em seguida se faz reanimação em UTI → controle da hipotermia, distúrbios hidroeletrolíticos e distúrbios hemorrágicos de 24 a 72 horas ➺ Depois é que se faz uma cirurgia definitiva com o reparo específico da lesão SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL ➺ PIA3 normal → 5 - 7 mmHg ➺ HIA4 → PIA > 12 mmHg. Descrita em graus: ⦁ Grau I: 12 - 15 mmHg ⦁ Grau II: 16 - 20 mmHg ⦁ Grau III: 21 - 25 mmHg ⦁ Grau IV: ≥ 25 mmHg ➺ SCA5 = PIA > 21 mmHg + disfunção orgânica PIA3: Pressão Intra Abdominal HIA4: Hipertensão Intra Abdominal SCA5: Síndrome Compartimental Abdominal Aline Martins T. XXIII ......55................ ➺ A avaliação do aumento da PIA se faz pela sondagem vesical ➺ Tratamento → medidas conservadoras: ⦁ Posição supina ⦁ Reposição com cautela ⦁ Drenagem de coleções ⦁ Analgesia e sedação ➺ Se PIA aumentar para ≥ 25 mmHg (grau IV) → sempre fazer descompressão com laparotomia descompressiva e usar a bolsa de bogotá (imagem abaixo) ➺ Essa cirurgia é importante para evitar isquemia intestinal