Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CBI of Miami 1 
 
 
 
CBI of Miami 2 
 
 
DIREITOS AUTORAIS 
 
 Esse material está protegido por leis de direitos autorais. Todos os 
direitos sobre ele estão reservados. 
 Você não tem permissão para vender, distribuir gratuitamente, ou copiar 
e reproduzir integral ou parcialmente esse conteúdo em sites, blogs, jornais ou 
quaisquer veículos de distribuição e mídia. 
 Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará sujeito a ações 
legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBI of Miami 3 
 
 
Anamnese Comportamental 
Liliane Guethe 
 
 Quando recebemos um aluno com alguma dificuldade de aprendizagem, 
normalmente é a família que nos procura para a prestação de serviços, porque 
o aluno recebeu um diagnóstico médico e foi encaminhado pelo profissional ou 
a escola fez algumas observações e solicitou uma avaliação psicopedagógica 
ou ainda a própria família percebeu a dificuldade e nos procurou. E qual seria 
então o primeiro passo a dar assim que realizamos este contato inicial com a 
família? Neste primeiro contato realizamos a anamnese comportamental. 
 A palavra anamnese tem origem grega e está relacionada aos termos 
“trazer de volta” e “memória”. No dicionário, a palavra vem relacionada à 
medicina e significa histórico dos antecedentes de uma doença (doenças 
anteriores, caracteres hereditários, condições de vida etc.). Em nosso contexto 
de uso, a anamnese é uma entrevista inicial, realizada com a família ou 
responsáveis pelo aluno, com profissionais da escola que convivem 
diretamente com o aluno ou ainda com ele próprio, quando for possível. O 
objetivo da anamnese é resgatar a história de vida do aluno e coletar 
informações importantes sobre como foi seu processo de aprendizagem, quais 
oportunidades lhe foram dadas para aprender e qual a situação atual relativa à 
aprendizagem. O Psicopedagogo Comportamental realiza a anamnese 
comportamental. 
 A anamnese comportamental é uma forma indireta de acessar os 
comportamentos do aluno e, de certa forma, pode orientar a tomada de decisão 
do Psicopedagogo com relação à escolha da avaliação e também com relação 
ao planejamento das intervenções. Na anamnese comportamental a 
preocupação do Psicopedagogo está em fazer perguntas que possam fornecer 
informações sobre as condições do ambiente antes, durante e depois da 
ocorrência dos comportamentos que podem implicar nas experiências de 
aprendizagem. Além disso, é a oportunidade para o estabelecimento de um 
relacionamento com quem está participando da entrevista, de saber qual a 
visão da família e/ou professores a respeito do aluno e também de se atentar 
CBI of Miami 4 
 
 
às expectativas destas pessoas com relação ao serviço prestado pelo 
Psicopedagogo. 
 Para conduzir a anamnese comportamental o profissional pode usar 
como ferramenta um roteiro, que além de direcionar as suas questões a 
aspectos relevantes do comportamento do aluno, funciona como uma folha de 
registro, para que as principais informações sejam anotadas e possam ser 
revistas sempre que necessário. 
 A seguir, descrevemos os principais tópicos que compõem uma 
anamnese comportamental, porém, é apenas uma sugestão, e o profissional 
pode e deve adequar estes tópicos de acordo com a sua realidade de trabalho 
e, principalmente, de acordo com a realidade do aluno e seus comportamentos, 
que são o foco da entrevista. Se a anamnese for realizada com professores, 
por exemplo, alguns tópicos não são aplicáveis, pois dizem respeito somente à 
família ou responsáveis. 
 Inicialmente, podemos anotar informações gerais, como nome do aluno, 
data da realização da anamnese, nome do entrevistador (Psicopedagogo), 
nome do entrevistado (familiares, responsáveis ou professores), contatos, 
endereço e e-mail. 
 O histórico médico também pode ser questionado e contemplar 
informações relacionadas à visão, audição ou outras condições médicas e 
possíveis diagnósticos, alergias e medicações em uso (dosagem/frequência). 
 Algumas informações sobre a moradia do aluno, do tipo com quem o 
aluno mora (número de pessoas), se os pais são separados, se há guarda 
compartilhada, podem ser importantes para quando forem feitas orientações 
sobre determinados procedimentos de ensino ou treinamento de pais. 
 Informações sobre outros profissionais de outras áreas (psicólogo, 
fonoaudiólogo, fisioterapeuta, educador físico) que prestem atendimentos ao 
aluno são relevantes para identificar as terapias que o aluno já frequenta e para 
a necessidade de realizar reuniões com o objetivo de alinhar todas as 
intervenções. 
 Sobre comunicação e outras habilidades, podem ser questionados fatos 
sobre as características da forma de comunicação do aluno (fala, sinais, trocas 
de figuras, gestos), se ele consegue pedir pelo que quer obter. 
CBI of Miami 5 
 
 
 Questões relacionadas a estímulos sensoriais, à busca por certos tipos 
de estímulos sensoriais ou esquiva de outros tipos podem alertar para 
questões sensoriais que precisam ser investigadas por profissionais 
competentes e, portanto, encaminhadas. 
 Habilidades de brincar, se ocorrem de forma independente, de maneira 
apropriada, com outros alunos, podem ser alvos interessantes da anamnese, e 
podem se estender a habilidades sociais, como fazer e manter amizades, sobre 
entendimento em questões de normas sociais, entre outras. 
 A abordagem de habilidades motoras, de execução de atividades de 
vida diária (vestir-se, tomar banho, lavar as mãos, escovar os dentes), controle 
de esfíncteres (uso do banheiro), habilidades de se alimentar (uso de 
utensílios, tipos de alimentos ingeridos) e rotina do sono também faz parte da 
anamnese. 
 Questões sobre a compreensão e uso de habilidades de segurança (na 
cozinha, na rua, com estranhos, etc.) devem ser feitas e também sobre 
problemas de comportamento como agressões e destruição de objetos. 
 Com relação ao histórico educacional, podem ser formuladas perguntas 
sobre a escola que frequenta, se escola regular ou de educação especial, 
quantos dias da semana, por quantas horas, se a escola oferece um Plano de 
Ensino Individualizado (PEI) para o aluno, se ele tem acompanhante 
especializado. Além desses pontos, podem ser investigadas algumas 
habilidades acadêmicas ou seus pré-requisitos: 
• Comportamentos de aluno: estabelecer e manter contato visual, sentar e 
permanecer sentado, atentar-se à pessoa que fornece instrução, atentar-se aos 
estímulos de ensino, etc. 
• Leitura (sons, letras, sílabas, palavras, frases, trocas). 
• Escrita (rabiscar, tracejar, pintar, copiar, escrever, trocas). 
• Matemática (contar, nomear números, relacionar números e 
quantidades, adição, subtração, valor de moedas). 
 
 Conhecer os itens, atividades e alimentos preferidos do aluno pode nos 
ajudar na hora de selecionar possíveis reforçadores para a intervenção, por 
isso podemos dedicar algumas questões da anamnese a esta finalidade. 
CBI of Miami 6 
 
 
 Para finalizar a entrevista, podemos pedir ao entrevistado que descreva 
os pontos fortes que ele observa no aluno, assim como os pontos fracos e 
também suas expectativas com relação à intervenção. 
 
A seguir sugerimos um roteiro para a anamnese comportamental: 
Sugestão de Roteiro para Anamnese Comportamental 
 
Informações gerais: 
• Nome do aluno; 
• Data; 
• Psicopedagogo; 
• Entrevistado(s); 
• Contatos; 
• E-mail. 
 
Histórico médico: 
• Algum problema de visão, audição ou outras condições médicas; 
• Alergias (medicamentos/alimentos);• Medicações em uso (dosagem/frequência). 
 
Informações de casa: 
• Com quem mora (número de pessoas na casa); 
• Pais separados; 
• Guarda compartilhada. 
 
Atendimento por profissionais de outras áreas: 
• Psicólogo; 
• Fonoaudiólogo; 
• Fisioterapeuta; 
• Educador Físico. 
(Obs.: anotar dias da semana/horários) 
 
 
CBI of Miami 7 
 
 
Comunicação: 
• Fala; 
• Sinais; 
• Troca de figuras; 
• Gestos; 
• Consegue pedir pelo que quer obter. 
 
Questões sensoriais: 
• Busca por estímulos sensoriais; 
• Evita estímulos sensoriais. 
 
 Habilidades de brincar: 
• Brinca de forma independente; 
• De maneira apropriada; 
• Com outros alunos. 
 
 Habilidades motoras: 
• Correr, andar, pular, etc. 
 
Atividades de vida diária: 
• Vestir-se, tomar banho, lavar as mãos, escovar os dentes); 
• Uso do banheiro (controle de esfíncteres); 
• Alimentar-se (uso de utensílios, tipos de alimentos ingeridos); 
• Rotina do sono. 
 
 Habilidades de segurança: 
• Uso de utensílios e eletrodomésticos (cozinha); 
• Atravessar a rua; 
• Falar com estranhos. 
 
 
 
 
CBI of Miami 8 
 
 
 Comportamentos desafiadores: 
• Agressões (a si mesmo e a ao outro); 
• Destruição de objetos. 
 
Histórico educacional: 
• Escola regular; 
• Escola de educação especial; 
• Dias da semana/horários; 
• Escola oferece Plano de Ensino Individualizado (PEI); 
• Acompanhante especializado. 
 
 Habilidades acadêmicas e pré-acadêmicas: 
• Comportamentos de aluno: estabelecer e manter contato visual, sentar e 
permanecer sentado, atentar-se à pessoa que fornece instrução, atentar-se aos 
estímulos de ensino, etc. 
• Leitura (sons, letras, sílabas, palavras, frases, trocas); 
• Escrita (rabiscar, tracejar, pintar, copiar, escrever, trocas); 
• Leitura (sons, letras, sílabas, palavras, frases, trocas); 
• Matemática (contar, nomear números, relacionar números e 
quantidades, adição, subtração, valor de moedas). 
 Preferências do aluno: 
• Itens, objetos; 
• Atividades; 
• Alimentos. 
 
 Visão do(s) entrevistado(s) sobre o aluno: 
• Pontos fortes; 
• Pontos fracos. 
 
 
 
 
CBI of Miami 9 
 
 
Dimensões Mensuráveis do Comportamento 
 Nós já falamos anteriormente sobre a importância do Diagnóstico 
Comportamental feito pela avaliação direta do comportamento. Após a 
avaliação comportamental, o Psicopedagogo tem uma visão geral dos 
comportamentos que o aluno apresenta, quais seus antecedentes (contexto) e 
suas consequências (o que os mantém, o reforçador). A partir daí, as 
intervenções podem ser planejadas de maneira mais direta e com maiores 
chances de darem certo. 
 A observação do comportamento durante a avaliação também envolve 
medi-lo com precisão. Aliás, a medida precisa do comportamento é uma das 
características fundamentais da Análise do Comportamento Aplicada (ABA). 
 Através das medidas nós identificamos os níveis de ocorrência do 
comportamento. Medir um comportamento significa quantificar, dar valores e 
números a uma dimensão deste comportamento. 
 E quais dimensões (aspectos) do comportamento podem ser medidas? 
 O comportamento, como um fenômeno do ambiente físico, apresenta 
propriedades que podem ser medidas, quantificadas. Assim como podemos 
medir a altura de uma mesa, a largura de uma caixa, também podemos medir a 
ocorrência do comportamento em um determinado momento do tempo, o 
quanto ele durou e quantas vezes ele ocorreu. As dimensões mensuráveis do 
comportamento que vamos abordar a seguir são: latência, duração e 
frequência/taxa. 
 A latência nos diz em que momento o comportamento ocorre no tempo. 
É a quantidade de tempo que se passa entre a apresentação de um 
antecedente e a ocorrência do comportamento. Vamos imaginar uma situação 
em que o Psicopedagogo dita uma palavra para o aluno escrever. O tempo que 
se passa entre o Psicopedagogo ditar a palavra e o aluno começar a escrever 
é chamado de latência. Neste caso, se uma demora em iniciar a escrita após o 
ditado estiver atrapalhando o desempenho do aluno, o registro de latência pode 
ser usado para avaliar se é necessário planejar uma intervenção para diminuir 
esse tempo. 
 E, na prática, como é feito esse registro? Para o registro de latência, 
ainda no caso do ditado de palavras, o Psicopedagogo aciona um cronômetro 
CBI of Miami 10 
 
 
assim que ele termina de ditar a palavra e pausa o cronômetro assim que o 
aluno inicia a escrita. E então registra o tempo de latência em uma folha de 
registro, como no modelo abaixo: 
 
 
Modificado de CANOVAS, Daniela (2018) 
 
 A próxima dimensão mensurável do comportamento a ser abordada será 
a duração. A duração é o tempo que se passa entre o início e o término de um 
comportamento. A medida de duração pode ser importante quando precisamos 
saber a quantidade de tempo que o aluno permanece em um determinado 
comportamento. Por exemplo, não é adequado que um aluno permaneça 
falando com os colegas de sala por um período de tempo prolongado, já que 
isso pode interferir na realização de algumas atividades, então uma intervenção 
CBI of Miami 11 
 
 
poderia ser planejada para diminuir a duração deste comportamento. Por outro 
lado, permanecer sentado durante um período de tempo maior na sala de aula, 
durante uma explicação do professor, por exemplo, é relevante. Neste sentido, 
a medida de duração ajudaria no planejamento de uma intervenção com o 
objetivo de aumentar o tempo que o aluno permanece sentado. 
 Podemos registrar a duração de um comportamento de duas formas: por 
ocorrência ou por duração total. No caso do registro por ocorrência, vamos 
registrar a duração de cada ocorrência do comportamento, ou seja, toda vez 
que o comportamento for iniciado (o aluno sentar) vamos acionar o cronômetro 
e a hora que o comportamento terminar (aluno levantar) vamos pausar o 
cronômetro. O cronômetro pode então ser zerado e aguardamos a próxima vez 
que o aluno sentar para iniciar o próximo registro. E assim, durante o período 
de aula vamos ter o registro de duração para cada ocorrência do 
comportamento de sentar do aluno. Já no registro de duração total, vamos 
iniciar o cronômetro quando o comportamento ocorrer pela primeira vez (aluno 
começar a conversar com os colegas) e pausar o cronômetro quando o 
comportamento terminar (aluno parar de conversar com os colegas). Mas desta 
vez nós não vamos zerar o cronômetro, e quando o aluno iniciar novamente o 
mesmo comportamento (conversar com os colegas) retomamos a medida, a 
partir da duração anterior que permaneceu no cronômetro. Se no primeiro 
registro a duração da conversa foi de 10 minutos, na segunda vez que o aluno 
começar a conversar com os colegas vamos acionar o cronômetro a partir dos 
10 minutos, e assim por diante. 
Neste caso, teremos a duração total do comportamento ao longo de uma 
sessão de observação. 
 Uma outra dimensão mensurável do comportamento é a frequência, 
relacionada à repetição. A frequência é o número de vezes que o 
comportamento se repete e em geral, medimos a taxa do comportamento, isto 
é, a repetição em um determinado tempo. Então, a frequência ou taxa de 
comportamento é a razão entre o número de comportamentos e o tempo de 
observação. Para calcular a taxa, nós dividimos o número de comportamentos 
pelo tempo de observação, seja a unidade de tempo em segundos, minutos, 
horas ou dias. 
CBI of Miami 12 
 
 
 Medidas de taxa do comportamento são muito usadas ABA e são 
indicadas para comportamentos em que seja possível identificar a sua 
ocorrência ou o seuinício e fim e que tenham duração curta. Se a frequência 
do comportamento for muito alta, pode ser difícil de registrar, aí esta medida 
não é a mais indicada. Em alguns comportamentos autolesivos, como por 
exemplo, morder-se e bater-se, o registro de taxa pode ser indicado. Vamos 
imaginar um aluno que apresenta um comportamento de morder a sua própria 
mão 60 vezes durante um período de observação de 60 minutos. Neste caso, 
nós dividimos 60 (número de comportamentos) por 60 (tempo de observação) e 
a taxa vai ser 1 comportamento/minuto. A partir destas coletas da taxa do 
comportamento é possível planejar uma intervenção para diminuir este 
comportamento (morder-se) que é prejudicial para o aluno. 
 Também podemos utilizar a medida de taxa quando pretendemos 
ensinar uma habilidade nova para um aluno ou melhorar o seu desempenho 
em alguma habilidade que ele já apresente. Pensando em melhorar o 
desempenho de um aluno na escrita de palavras, um objetivo para a 
intervenção pode ser aumentar o número de palavras escritas de forma correta 
em um dado período de tempo. Neste exemplo, se o aluno escrever 12 
palavras de maneira correta em 2 minutos, a taxa é de 6 palavras corretas/min 
(12 palavras corretas dividido por 2 minutos). A intervenção pode ser planejada 
para aumentar o número de palavras escritas de forma correta para 20 em 2 
minutos, por exemplo. 
 E como fazemos esse tipo de medida na prática? Programamos o tempo 
de observação no timer e no caso do exemplo de comportamento autolesivo 
(morder-se), acionamos o timer no momento planejado para o início da 
observação e vamos anotando cada ocorrência do comportamento em folha de 
registro ou usando um contador manual. Quando o timer tocar, somamos as 
ocorrências (quando anotadas em folha de registro) ou verificamos o número 
de ocorrências pelo contador e então podemos calcular a taxa do 
comportamento. No caso do exemplo de escrita de palavras, a própria folha 
em que o aluno escreve as palavras pode ser usada para a realização da soma 
de palavras escritas e cálculo da taxa. 
CBI of Miami 13 
 
 
 Realizar medidas dos comportamentos é uma constante na prática do 
Psicopedagogo Comportamental, pois sem elas não existem intervenções de 
qualidade. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
UNIVERSITY of Washington, Center on Human Development & Disability. ABA 
Intake Form. Disponível em: 
https://depts.washington.edu/uwautism/wp-content/uploads/2018/04/1b.-
IntakeForm_ABA1.pdf. Acesso em: 08 out. 2021. 
 
CANOVAS, Daniela. Escolha das medidas do comportamento. In: SELLA, Ana 
Carolina; RIBEIRO, Daniela Mendonça (Orgs). Análise do comportamento 
aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba: Appris Editora, 2018. p. 
167-184. 
 
SAMPAIO, Simaia. Manual prático do diagnóstico psicopedagógico clínico. 
6. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2016. 
 
 
https://depts.washington.edu/uwautism/wp-content/uploads/2018/04/1b.-IntakeForm_ABA1.pdf
https://depts.washington.edu/uwautism/wp-content/uploads/2018/04/1b.-IntakeForm_ABA1.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina