Logo Passei Direto
Buscar

DIREITODOTRABALHO-COMENTADAS

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

QUESTÃO 01 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase

Um sindicato de categoria profissional, após ser procurado por uma sociedade empresária e seguir os trâmites legais, pretende assinar com ela um acordo coletivo que, entre outras cláusulas, fixa redução em 20% da jornada e 20% do salário durante 1 ano para todos os empregados. Em relação a esse acordo coletivo, considerando a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta.


A) O acordo coletivo deverá prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
B) O acordo coletivo será nulo porque deveria ser pactuado por, no mínimo, 2 anos.
C) O acordo coletivo será inconstitucional, porque não pode haver redução do salário, haja vista o prejuízo direto que isso causa ao trabalhador.
D) A redução da jornada e do salário somente seria válida se fosse prevista em convenção coletiva, pois essa previsão é vedada pela CLT no acordo coletivo.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

QUESTÃO 01 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase

Um sindicato de categoria profissional, após ser procurado por uma sociedade empresária e seguir os trâmites legais, pretende assinar com ela um acordo coletivo que, entre outras cláusulas, fixa redução em 20% da jornada e 20% do salário durante 1 ano para todos os empregados. Em relação a esse acordo coletivo, considerando a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta.


A) O acordo coletivo deverá prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
B) O acordo coletivo será nulo porque deveria ser pactuado por, no mínimo, 2 anos.
C) O acordo coletivo será inconstitucional, porque não pode haver redução do salário, haja vista o prejuízo direto que isso causa ao trabalhador.
D) A redução da jornada e do salário somente seria válida se fosse prevista em convenção coletiva, pois essa previsão é vedada pela CLT no acordo coletivo.

Prévia do material em texto

@ G U I A D A O A B
Questões para
TRABALHO
Comentadas
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
1 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 01 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Um sindicato de categoria profissional, após ser procurado por uma sociedade empresária e seguir os 
trâmites legais, pretende assinar com ela um acordo coletivo que, entre outras cláusulas, fixa redução em 
20% da jornada e 20% do salário durante 1 ano para todos os empregados. 
Em relação a esse acordo coletivo, considerando a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O acordo coletivo deverá prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo 
de vigência do instrumento coletivo. 
B) O acordo coletivo será nulo porque deveria ser pactuado por, no mínimo, 2 anos. 
C) O acordo coletivo será inconstitucional, porque não pode haver redução do salário, haja vista o prejuízo 
direto que isso causa ao trabalhador. 
D) A redução da jornada e do salário somente seria válida se fosse prevista em convenção coletiva, pois essa 
previsão é vedada pela CLT no acordo coletivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Vamos analisar as alternativas da questão! 
 
A. De acordo com o parágrafo terceiro do artigo 611 - A da CLT se for pactuada cláusula que reduza o salário 
ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos 
empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
 
B. ERRADA. A letra "B" está errada ao afirmar que o acordo coletivo será nulo porque deveria ser pactuado 
por, no mínimo, 2 anos. Ora, não há que se falar em prazo mínimo de dois anos para a celebração de acordo 
coletivo de trabalho. 
 
De acordo com o parágrafo terceiro do artigo 611 - A da CLT se for pactuada cláusula que reduza o salário ou 
a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados 
contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
 
C. ERRADA. A letra "C" está errada ao afirmar que o acordo coletivo será inconstitucional, porque não pode 
haver redução do salário, haja vista o prejuízo direto que isso causa ao trabalhador. 
 
O artigo 611- B da CLT estabelece que constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo 
de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução, dentre outros direitos, do salário-mínimo. 
 
D. ERRADA. A letra "D" está errada ao afirmar que a redução da jornada e do salário somente seria válida se 
fosse prevista em convenção coletiva, pois essa previsão é vedada pela CLT no acordo coletivo. 
 
O artigo 611- B da CLT estabelece que constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo 
de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução, dentre outros direitos, do salário-mínimo. 
 
De acordo com o parágrafo terceiro do artigo 611 - A da CLT se for pactuada cláusula que reduza o salário ou 
a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados 
contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
2 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 02 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
João Luiz trabalha desde os 18 anos no Banco Dinheiro Futuro S/A. Começou como caixa em 1990. Devido 
ao seu desempenho brilhante, agora, no dia 30/05/2022, foi eleito diretor. Em razão dessa nova condição, 
consultou você, na qualidade de advogado(a), acerca dos desdobramentos jurídicos relacionados ao seu 
contrato de trabalho. 
Sobre a hipótese, considerando o teor das normas trabalhistas em vigor e o entendimento jurisprudencial 
consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se 
computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à 
relação de emprego. 
B) Com a eleição do empregado para o cargo de diretor, o respectivo contrato de trabalho será extinto com 
o pagamento dos direitos rescisórios pertinentes. 
C) A eleição de empregado para o cargo de diretor não induz suspensão ou interrupção do contrato de 
trabalho, uma vez que se considera promoção, podendo haver a reversão ao cargo efetivo após o término 
do mandato. 
D) O contrato de trabalho ficará interrompido, já que permanecem as obrigações de pagamento de 
remuneração, contagem do tempo de serviço e de recolhimento do FGTS. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Vamos analisar as alternativas da questão! 
 
A. CERTA. A letra "A" está certa ao afirmar que o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o 
respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se 
permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. 
 
Observem o teor do entendimento sumulado do TST! 
 
Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho 
suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de emprego. 
 
B. ERRADA. A letra "B" está errada ao afirmar que com a eleição do empregado para o cargo de diretor, o 
respectivo contrato de trabalho será extinto com o pagamento dos direitos rescisórios pertinentes. 
 
Observem que não há que se falar em interrupção ou extinção, uma vez que a súmula 269 do TST estabelece 
que o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não 
se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à 
relação de emprego. 
 
C. ERRADA. A letra "C" está errada ao afirmar que a eleição de empregado para o cargo de diretor não induz 
suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, uma vez que se considera promoção, podendo haver a 
reversão ao cargo efetivo após o término do mandato. 
 
Observem que não há que se falar em interrupção ou extinção, uma vez que a súmula 269 do TST estabelece 
que o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não 
se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à 
relação de emprego. 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
3 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
D. ERRADA. A letra "D" está errada ao afirmar que o contrato de trabalho ficará interrompido, já que 
permanecem as obrigações de pagamento de remuneração, contagem do tempo de serviço e de 
recolhimento do FGTS. 
 
Observem que não há que se falar em interrupção ou extinção, uma vez que a súmula 269 do TST estabelece 
que o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não 
se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à 
relação de emprego. 
 
 
 
QUESTÃO 03 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Pedro é empregado em uma indústria farmacêutica, atuando como propagandista. Desejoso de lutar por 
melhores condições para os brasileiros, Pedro se filiou a um partido político e lançou sua candidatura a 
deputado federal. Em razão disso, Pedro requereu ao empregador uma licença remunerada por 30 dias 
para poder se dedicar à campanha eleitoral e aumentar suas chances de ser eleito, já informando que, no 
caso de indeferimento, irá judicializar a questão. 
Sobre o caso apresentado, sabendo-se que a norma coletiva da categoria dePedro nada diz a respeito 
dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Pedro não poderá exigir a interrupção do seu contrato porque não há tal previsão na CLT. 
B) A pretensão de Pedro somente teria cabimento se a campanha fosse para cargo político estadual ou 
municipal, não prevalecendo se for federal. 
C) O contrato de trabalho de Pedro ficará automaticamente suspenso a partir do lançamento da candidatura. 
D) Pedro poderá ser dispensado por justa causa, pelo fato de concorrer às eleições sem comunicar 
previamente o empregador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Questão interdisciplinar que correlaciona Direito do Trabalho e Direito Eleitoral 
 
A CLT prevê as hipóteses em que o contrato de trabalho pode ser suspenso, como a prestação do serviço 
militar obrigatório ou o afastamento por doença ou acidente do trabalho, por exemplo. (art. 473, CLT) 
 
Entretanto, não há previsão legal para a interrupção do contrato de trabalho para que o empregado possa 
se dedicar a uma campanha eleitoral. 
 
Além disso, a jurisprudência entende que a participação em campanha política é uma atividade incompatível 
com o contrato de trabalho, pois a legislação eleitoral prevê que o candidato deve se afastar do emprego 
para se dedicar exclusivamente à campanha eleitoral, sem prejuízo do salário. 
 
Portanto, caso Pedro decida participar da campanha eleitoral, deverá se afastar do emprego sem 
remuneração, sob pena de configurar abandono de emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
4 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 04 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Sabrina era empregada de um grande escritório de contabilidade desde 2021, e sempre chegava ao local 
de trabalho com 5 minutos de antecedência em relação ao horário contratual para trocar a roupa e colocar 
o uniforme da sociedade empresária. 
O empregador permitia que o empregado chegasse uniformizado, mas Sabrina achava melhor trocar a 
roupa na empresa por questão de segurança. Da mesma forma, após terminar o horário contratual, Sabrina 
permanecia mais 5 minutos no emprego para tirar o uniforme e colocar a sua roupa pessoal. 
Sabrina foi dispensada em fevereiro de 2023 e ajuizou reclamação trabalhista postulando 10 minutos 
diários de horas extras relativas às trocas de roupa. 
Sobre a hipótese apresentada, diante do que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Sabrina está correta na postulação e, caso comprovada, ensejará o pagamento de horas extras. 
B) A sociedade empresária deverá pagar metade do período como hora extra, uma vez que o excesso era de 
10 minutos diários e o objetivo era a troca de uniforme. 
C) Sabrina terá direito ao pagamento dos 10 minutos diários, mas não do adicional de 50%. 
D) Sabrina está errada, pois esse período não será descontado nem computado como jornada extraordinária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Vamos analisar as alternativas da questão: 
 
A. ERRADA. A letra "A" está errada ao afirmar que Sabrina está correta na postulação e, caso comprovada, 
ensejará o pagamento de horas extras. 
 
Observem que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más 
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer 
atividades particulares, entre outras, as práticas religiosas, o descanso, o lazer, o estudo, a alimentação, as 
atividades de relacionamento social. a higiene pessoal, a troca de roupa ou uniforme, quando não houver 
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
B. ERRADA. A letra "B" está errada ao afirmar que a sociedade empresária deverá pagar metade do período 
como hora extra, uma vez que o excesso era de 10 minutos diários e o objetivo era a troca de uniforme. 
 
Observem que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más 
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer 
atividades particulares, entre outras, as práticas religiosas, o descanso, o lazer, o estudo, a alimentação, as 
atividades de relacionamento social. a higiene pessoal, a troca de roupa ou uniforme, quando não houver 
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
C. ERRADA. A letra "C" está errada ao afirmar que a Sabrina terá direito ao pagamento dos 10 minutos diários, 
mas não do adicional de 50%. 
 
Observem que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más 
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer 
atividades particulares, entre outras, as práticas religiosas, o descanso, o lazer, o estudo, a alimentação, as 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
5 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
atividades de relacionamento social. a higiene pessoal, a troca de roupa ou uniforme, quando não houver 
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
D. CERTA. A letra "D" está certa ao afirmar que a Sabrina está errada, pois esse período não será descontado 
nem computado como jornada extraordinária. 
 
Observem que por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más 
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer 
atividades particulares, entre outras, as práticas religiosas, o descanso, o lazer, o estudo, a alimentação, as 
atividades de relacionamento social. a higiene pessoal, a troca de roupa ou uniforme, quando não houver 
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
6 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 05 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
Rachel foi contratada como empregada em 2019 por uma sociedade empresária fabricante de automóveis. 
Ocorre que a fábrica fica em um lugar longínquo, não servido por transporte público regular, e por isso a 
sociedade empresária disponibiliza um ônibus para buscar os empregados pela manhã e deixá-los em casa, 
ao final da jornada. Raquel gasta diariamente, em média, 50 minutos para chegar ao emprego e outros 50 
minutos para retorno. 
Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os 50 minutos gastos na ida e os 50 minutos gastos na volta devem ser pagos como horas extras, na 
condição de hora in itinere. 
B) O tempo despendido pelo empregado desde sua residência até o posto de trabalho e para seu retorno 
não será computado na jornada de trabalho. 
C) O tempo gasto no transporte deverá ser pago porque será computado na jornada de trabalho, mas sem 
adicional. 
D) O juiz, no caso concreto, após a análise da geografia do local, deverá decidir seo tempo gasto no 
transporte deverá, ou não, ser quitado como hora extra. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Vamos analisar as alternativas da questão: 
 
A. ERRADA. A letra "A" está errada ao afirmar que os 50 minutos gastos na ida e os 50 minutos gastos na 
volta devem ser pagos como horas extras, na condição de hora in itinere. 
 
O parágrafo segundo do artigo 58 da CLT estabelece que o tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer 
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por 
não ser tempo à disposição do empregador. 
 
B. CERTA. A letra "B" está certa ao afirmar que o tempo despendido pelo empregado desde sua residência 
até o posto de trabalho e para seu retorno não será computado na jornada de trabalho. 
 
O parágrafo segundo do artigo 58 da CLT estabelece que o tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer 
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por 
não ser tempo à disposição do empregador. 
C. ERRADA. A letra "C" está errada ao afirmar que o tempo gasto no transporte deverá ser pago porque será 
computado na jornada de trabalho, mas sem adicional. 
 
O parágrafo segundo do artigo 58 da CLT estabelece que o tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer 
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por 
não ser tempo à disposição do empregador. 
D. ERRADA. A letra "D" está errada ao afirmar que o juiz, no caso concreto, após a análise da geografia do 
local, deverá decidir se o tempo gasto no transporte deverá, ou não, ser quitado como hora extra. 
 
O parágrafo segundo do artigo 58 da CLT estabelece que o tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer 
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por 
não ser tempo à disposição do empregador. 
O gabarito é a letra B. 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
7 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
 
Legislação: 
Art. 58 da CLT A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. 
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no 
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de 
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo 
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
8 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 06 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
Sua cliente é uma empresa do setor calçadista com sede em Sapiranga, no Rio Grande do Sul, e lhe 
procurou indagando acerca da possibilidade de transferir alguns empregados para outras localidades. 
Diante disso, considerando o texto da CLT em vigor e o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) O empregado com contrato de trabalho no qual consta cláusula expressa de transferência decorrente de 
comprovada real necessidade de serviço obrigatoriamente deve aquiescer com a transferência, sendo tal 
concordância requisito indispensável para a validade da transferência. 
B) Apenas serão consideradas transferências aquelas que acarretarem, necessariamente, a mudança de 
domicílio do empregado. 
C) Em caso de necessidade de serviço, o empregador será livre para transferir o empregado provisoriamente, 
desde que com a aquiescência deste, sendo desnecessário o pagamento de qualquer outra vantagem ou 
benefício ao empregado, exceto a ajuda de custo para a mudança. 
D) Havendo transferência provisória com o pagamento do respectivo adicional, as despesas resultantes da 
transferência serão do empregado, uma vez que já indenizada a transferência pelo adicional respectivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Alternativa A: 
Se no contrato de trabalho houver cláusula expressa de transferência decorrente de comprovada real 
necessidade de serviço, o empregado poderá ser transferido independentemente da sua concordância (§1º 
do art. 469 da CLT). 
 
Alternativa B: 
De acordo com o art. 469 da CLT da CLT, não se considera transferência a que não acarretar necessariamente 
a mudança do seu domicílio. 
Desse modo, em sentido contrário, apenas serão consideradas transferências aquelas que acarretarem, 
necessariamente, a mudança de domicílio do empregado. 
 
Alternativa C: 
De acordo com o § 3º do art. 469 da CLT, em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir 
o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, mas, nesse caso, ficará obrigado a um 
pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado 
percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. 
 
Alternativa D: 
De acordo com a Súmula 29 do TST, o empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local 
mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa 
de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
9 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 07 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
Gael foi contratado pela Sociedade Empresária Aldeia da Pipoca Ltda. em fevereiro de 2022 como 
cozinheiro. No contrato de trabalho de Gael, há uma cláusula prevendo que a jornada de trabalho será de 
8 horas diárias de 2ª a 6ª feira, com intervalo de 1 hora, e de 4 horas aos sábados, sem intervalo. Na mesma 
cláusula, há previsão de que, havendo realização de horas extras, elas irão automaticamente para um 
banco de horas e deverão ser compensadas em até 5 meses. Em conversas informais com os colegas, Gael 
ficou sabendo que não existe nenhuma previsão de banco de horas em norma coletiva da sua categoria 
profissional. 
Considerando a situação retratada e os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Trata-se de cláusula nula, porque a instituição do banco de horas precisa ser feita em convenção coletiva 
de trabalho. 
B) É possível a pactuação individual do banco de horas desde que a compensação seja feita em até 12 meses. 
C) A cláusula é válida, porque a compensação ocorrerá em menos de 6 meses, cabendo acerto individual com 
o empregado para a instituição do banco de horas. 
D) Trata-se de cláusula nula, porque a instituição do banco de horas precisa ser feita em acordo coletivo de 
trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Alternativa A: 
Trata-se de cláusula válida, uma vez que a Lei nº 13. 467/2017 (reforma trabalhista) acrescentou § 5º ao art. 
59 da CLT, estabelecendo que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde 
que a compensação ocorra no período máximo de 6 (seis) meses. 
 
Alternativa B:No caso de banco de horas com compensação em até 12 meses, exige-se negociação coletiva (§2º do art. 59 
da CLT). 
 
Alternativa C: 
Trata-se de cláusula válida, uma vez que a Lei nº 13. 467/2017 (reforma trabalhista) acrescentou § 5º ao art. 
59 da CLT, estabelecendo que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde 
que a compensação ocorra no período máximo de 6 (seis) meses. 
 
Alternativa D: 
Trata-se de cláusula válida, uma vez que a Lei nº 13. 467/2017 (reforma trabalhista) acrescentou § 5º ao art. 
59 da CLT, estabelecendo que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde 
que a compensação ocorra no período máximo de 6 (seis) meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
10 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 08 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
João da Silva se submeteu, em novembro de 2021, a um processo seletivo para ingresso em um banco 
privado. Meses depois, recebeu um e-mail do banco informando que ele havia sido selecionado para a 
vaga. O e-mail solicitava a apresentação na sede do banco em 5 dias, com a carteira de trabalho e demais 
documentos pessoais, e, por causa disso, João da Silva recusou a participação em outros dois processos 
seletivos para os quais foi chamado, resolvendo focar as energias no futuro emprego no banco. Ocorre 
que, no dia em que se apresentou no banco, o gerente do setor de Recursos Humanos pediu desculpas e 
alegou ter havido um engano: segundo ele, o selecionado foi realmente João da Silva, mas um homônimo, 
e, por descuido do setor, enviaram a informação da aprovação para o e-mail errado. Nenhum documento 
foi exibido a João da Silva, sendo que o gerente renovou o pedido de desculpas e desejou boa sorte a João 
da Silva. 
Diante dos fatos narrados e das normas de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Nada há a fazer, pois a empresa se justificou, pediu desculpas e não houve prejuízo a João da Silva. 
B) O banco deverá ser obrigado a contratar João da Silva, em razão da promessa constante do e-mail. 
C) A situação envolve dano pré-contratual, de competência da Justiça do Trabalho. 
D) Uma vez que não houve contrato formalizado, a eventual responsabilidade civil deverá ser analisada pela 
Justiça Comum. 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Alternativa A: 
João poderá ingressar com reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho, postulando eventual indenização 
por danos morais pré-contratuais. 
 
Alternativa B: 
Em razão do poder diretivo do empregador, não é possível obrigar o banco a contratar João, cabendo a este 
ingressar com reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho, postulando eventual indenização por danos 
morais pré-contratuais. 
 
Alternativa C: 
Ocorre dano moral pré-contratual quando a empresa cria para o trabalhador expectativa de contratação, 
sobretudo quando na fase das tratativas, como no caso narrado na questão. 
Nesse caso, é possível o ajuizamento de reclamação trabalhista em face do Banco, pleiteando-se indenização 
pelos danos morais. 
O Colendo Tribunal Superior do Trabalho tem reconhecido a competência da Justiça do Trabalho para o 
julgamento de lides relativas à fase pré-contratual, desde que atinentes, naturalmente, à relação trabalhista 
que se pretendia estabelecer, como o que se verifica no presente caso. 
 
Alternativa D: 
Eventual responsabilidade será analisada pela Justiça do Trabalho, conforme explicado na alternativa "c". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
11 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 09 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
Lúcio Lima foi contratado para trabalhar em uma empresa no ramo da construção civil. Seu empregador 
descumpriu inúmeros direitos trabalhistas, e, notadamente, deixou de pagar as verbas rescisórias. No 
período, Lúcio Lima prestou serviços em um contrato de subempreitada, já que seu empregador fora 
contratado pelo empreiteiro principal para realizar determinada obra de reforma. Diante desse cenário, 
Lúcio Lima contratou você, como advogado(a), para ajuizar uma reclamação trabalhista. 
Sobre a hipótese, segundo o texto legal da CLT em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Cabe ação em face de ambas as sociedades empresárias, que figurarão no polo passivo da demanda. 
B) Trata-se de grupo econômico, o que induz obrigatoriamente à responsabilidade solidária de ambas as 
sociedades empresárias. 
C) Cabe apenas ação em face do efetivo empregador, já que não se trata de terceirização de mão de obra. 
D) A subempreitada é atividade ilícita por terceirizar atividade fim, razão pela qual se opera a sucessão de 
empregadores, configurando-se fraude. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Alternativa A: 
Conforme previsto no art. 455 da CLT, se o empreiteiro contratar outra pessoa para a realização da obra, 
responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, 
todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento 
daquelas obrigações por parte do primeiro. Assim, o empreiteiro e o subempreiteiro devem figurar no polo 
passivo da reclamação trabalhista. 
 
Alternativa B: 
Não se trata de grupo econômico e sim de terceirização, formalizada por de contrato de empreitada e 
subempreitada. 
 
Alternativa C: 
Cabe ação também em face do empreiteiro que realizou a subempreitada, conforme art. 455 da CLT. 
 
Alternativa D: 
Com a reforma trabalhista, a distinção entre atividade meio e atividade fim perdeu importância, já que o 
caput do art. 4º-A da Lei n. 6.019/74 passou a admitir a terceirização ampla, inclusive da atividade principal, 
comprometendo, assim, a distinção feita pelo item III da Súmula n. 331 do TST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
12 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 10 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Mangiare Bene, do ramo de serviços de alimentação, tem um plano de expansão 
em que pretende assumir as atividades de outros restaurantes, passando a deter a maioria do capital social 
destes. Preocupada com os contratos de trabalho dos futuros empregados, ela consulta você, na condição 
de advogado(a). Em relação à consulta feita, considerando a CLT em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da sociedade não afetará os contratos de trabalho dos 
respectivos empregados, mas, em caso de sucessão de empregadores, as obrigações trabalhistas, inclusive 
as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade 
do sucessor. 
B) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos 
respectivos empregados, mas, operando-se a sucessão de empregadores, as obrigações trabalhistas 
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida serão de responsabilidade 
desta; já as obrigações trabalhistas posteriores à sucessão são de responsabilidade do sucessor. 
C) Em caso de comprovação de fraude na sucessão de empregadores, a empresa sucessora responde como 
devedora principal, e a sucedida responderá subsidiariamente. 
D) Em caso de sucessão trabalhista, esta implicará novação dos contratos de trabalho dos empregados 
admitidos antes da sucessão, de modo que poderão ocorrer alterações contratuais pelo atual empregador 
por se entender como novo contrato, respeitado apenas o tempo de serviço. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Alternativa A:De acordo com o art. 448 da CLT, a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará 
os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
O art. 448-A da CLT, por sua vez, dispõe que, caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores 
prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em 
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor 
 
Alternativa B: 
As obrigações trabalhistas contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida 
serão de responsabilidade da empresa sucessora, conforme art. 448-A, "caput", da CLT. 
 
Alternativa C: 
Em caso de comprovação de fraude na sucessão de empregadores, a empresa sucedida responderá 
solidariamente com a empresa sucessora. 
 
Alternativa D: 
De acordo com o art. 448 da CLT, a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará 
os contratos de trabalho dos respectivos empregados, ou seja, não haverá novação nos contratos de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
13 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 11 - FGV - 2022 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVI - Primeira Fase 
 
A partir de 2021, uma determinada sociedade empresária passou a oferecer aos seus empregados, 
gratuitamente, plano de saúde em grupo como forma de fidelizar a sua mão de obra e para que o 
empregado se sinta valorizado. O plano oferece uma boa rede credenciada e internação, se necessária, em 
enfermaria. Tanto o empregado quanto os seus dependentes são beneficiários. Todos os empregados se 
interessaram pelo plano e assinaram o documento respectivo de adesão. 
Em relação a essa vantagem, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O benefício não é considerado salário utilidade e, assim, não haverá qualquer reflexo. 
B) O plano, por se tratar de salário in natura, vai integrar o salário dos empregados pelo seu valor real. 
C) O valor do plano deverá ser integrado ao salário dos empregados pela metade do seu valor de mercado. 
D) O valor relativo ao empregado não será integrado ao salário, mas o valor referente aos dependentes 
refletirá nos demais direitos do trabalhador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Alternativa A: 
De acordo com o inciso IV do §2º do art. 458 da CLT, a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada 
diretamente ou mediante seguro-saúde não possui natureza salarial. 
 
Alternativa B: 
O plano de saúde não é considerado salário, conforme art. 458, §2º, IV, da CLT. 
 
Alternativa C: 
O valor do plano de saúde não deve ser integrado ao salário, uma vez que não possui natureza salarial (art. 
458, §2º, IV, da CLT). 
 
Alternativa D: 
O valor referente aos dependentes também não possui natureza salarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
14 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 12 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
Sheila e Irene foram admitidas em uma empresa de material de construção, sendo Sheila mediante 
contrato de experiência por 90 dias e Irene, contratada por prazo indeterminado. 
Ocorre que, 60 dias após o início do trabalho, o empregador resolveu dispensar ambas as empregadas 
porque elas não mostraram o perfil esperado, dispondo−se a pagar todas as indenizações e multas 
previstas em Lei para extinguir os contratos. No momento da comunicação do desligamento, ambas as 
empregadas informaram que estavam grávidas com 1 mês de gestação, mostrando os respectivos laudos 
de ultrassonografia. 
Considerando a situação de fato, a previsão legal e o entendimento consolidado do TST, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) As duas empregadas poderão ser dispensadas. 
B) Somente Sheila poderá ser desligada porque o seu contrato é a termo. 
C) Sheila e Irene não poderão ser desligadas em virtude da gravidez. 
D) Apenas Irene poderá ser desligada, desde que haja autorização judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Tanto as empregadas contratadas por prazo indeterminado, quanto às contratadas por prazo determinado, 
de acordo com a súmula 244, III, do TST, têm estabilidade da confirmação da gravidez até 5 meses após o 
parto, prevista no artigo 10, II, b, do ADCT. 
 
Fundamentação legal: 
Art. 391-A (CLT). A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que 
durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade 
provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido 
concedida guarda provisória para fins de adoção. 
 
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada 
em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da 
indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de 
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período 
de estabilidade. 
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por 
tempo determinado. 
 
Art. 10, ADCT, Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição : 
II - Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. (Vide Lei 
Complementar nº 146, de 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
15 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 13 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Transportes Canela Ltda., que realiza transporte rodoviário de passageiros, abriu 
processo seletivo para a contratação de motoristas profissionais e despachantes. 
Interessados nos cargos ofertados, Sérgio se apresentou como candidato ao cargo de motorista e Bárbara, 
ao cargo de despachante. A sociedade exigiu de ambos a realização de exame toxicológico para detecção 
de drogas ilícitas como condição para a admissão. 
Considerando a situação de fato e a previsão legal, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Em hipótese alguma, o exame poderia ser feito, uma vez que viola a intimidade dos trabalhadores. 
B) O exame pode ser feito em ambos os empregados, desde que haja prévia autorização judicial. 
C) O exame seria válido para Sérgio por expressa previsão legal, mas seria ilegal para Bárbara. 
D) É possível o exame em Bárbara se houver fundada desconfiança da empresa, mas, para Sérgio, não pode 
ser realizado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
De acordo com o artigo 168, § 6º, da CLT, o exame toxicológico somente é exigido para os motoristas 
profissionais. Assim, para Bárbara não pode ser exigido o referido exame 
 
CLT, Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste 
artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: (Redação dada pela 
Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
 
§ 6o Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão e por ocasião do desligamento, quando 
se tratar de motorista profissional, assegurados o direito à contraprova em caso de resultadopositivo e a 
confidencialidade dos resultados dos respectivos exames. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) 
 
Como se vê a lei fala somente sobre o motorista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
16 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 14 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
Rogéria trabalha como eletricista na companhia de energia elétrica da sua cidade, cumprindo jornada 
diária de 6 horas, de 2ª a 6ª feira, com intervalo de 1 hora para refeição. Em um sábado por mês, Rogéria 
precisa permanecer na sede da companhia por 12 horas para atender imediatamente a eventuais 
emergências (queda de energia, estouro de transformador ou outras urgências). Para isso, a empresa 
mantém um local reservado com cama, armário e espaço de lazer, até porque não se sabe se haverá, de 
fato, algum chamado. 
De acordo com a CLT, assinale a opção que indica a denominação desse período no qual Rogéria 
permanecerá na empresa aguardando eventual convocação para o trabalho e como esse tempo será 
remunerado. 
 
A) Sobreaviso; será pago na razão de 1/3 do salário normal. 
B) Prontidão; será pago na razão de 2/3 do salário-hora normal. 
C) Hora extra; será pago com adicional de 50%. 
D) Etapa; será pago com adicional de 100%. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Quando o empregado fica no estabelecimento aguardando o chamado do empregador para prestar serviços, 
trata-se de prontidão, conforme artigo 244, § 3º, da CLT, devendo esse período ser pago na razão de 2/3 do 
salário-hora normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
17 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 15 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
Pedro Paulo joga futebol em um clube de sua cidade, que é classificado como formador, e possui com o 
referido clube um contrato de formação. Recentemente, recebeu uma proposta para assinar seu primeiro 
contrato profissional. 
Sabedor de que não há nenhum outro clube interessado em assinar um primeiro contrato especial de 
trabalho desportivo como profissional, Pedro Paulo consultou você, como advogado(a), para saber acerca 
da duração do referido contrato. 
Diante disso, observada a Lei Geral do Desporto, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O contrato poderá ter prazo indeterminado. 
B) O contrato poderá ter duração máxima de cinco anos. 
C) O contrato poderá ter duração máxima de três anos. 
D) Não há prazo máximo estipulado, desde que seja por prazo determinado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Quanto ao contrato de formação de jogador previsto na Lei n.º 9.615/98, em seu artigo 29, o prazo máximo 
de celebração desse tipo de contrato é de 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
18 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 16 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
Paulo Sampaio foi chamado para uma entrevista de emprego em uma empresa de tecnologia. Sabendo 
que, se contratado, desenvolverá projetos de aplicativos para smartphones, dentre outras invenções, 
resolveu consultar você, como advogado (a), para saber sobre a propriedade intelectual sobre tais 
invenções, sendo certo que não foi tratada nenhuma condição contratual até agora. 
Diante disso, de acordo com a redação da CLT em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Na qualidade de empregado, toda a propriedade sobre as invenções será do empregador. 
B) No curso do contrato de trabalho, as invenções realizadas pessoalmente pelo empregado, mas com 
utilização de equipamentos fornecidos pelo empregador, serão de propriedade comum, em partes iguais, 
salvo se o contrato de trabalho tiver por objeto pesquisa científica. 
C) O empregador poderá explorar a invenção a qualquer tempo sem limitação de prazo após a concessão da 
patente, uma vez que se trata de contrato de trabalho. 
D) A propriedade do invento deverá ser dividida proporcionalmente após a apuração da contribuição do 
empregado e o investimento em equipamentos feito pelo empregador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Quando a propriedade de invenção ou o modelo de utilidade resultarem da contribuição pessoal do 
empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada 
expressa disposição contratual em contrário, será comum, em partes iguais, consoante disposto na Lei n.º 
9.279/96, no artigo 91. 
 
CLT 
Art. 454 - Na vigência do contrato de trabalho, as invenções do empregado, quando decorrentes de sua 
contribuição pessoal e da instalação ou equipamento fornecidos pelo empregador, serão de propriedade 
comum, em partes iguais, salvo se o contrato de trabalho tiver por objeto, implícita ou explicitamente, 
pesquisa científica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
19 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 17 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
 
A churrascaria Boi Gordo tem movimento variado ao longo dos diversos meses do ano. A variação também 
ocorre em algumas semanas, razão pela qual decidiu contratar alguns empregados por meio do chamado 
contrato intermitente. Diante disso, esses pretensos empregados ficaram com dúvidas e consultaram você, 
como advogado(a), para esclarecer algumas questões. 
Assinale a opção que indica, corretamente, o esclarecimento prestado. 
 
A) O tempo de resposta do empregado em relação à convocação para algum trabalho é de um dia útil para 
responder ao chamado, e o silêncio gera presunção de recusa. 
B) O empregador poderá convocar o empregado de um dia para o outro, sendo a antecedência de um dia 
útil, portanto. 
C) Para o empregado existe um limite de recusas por mês. Extrapolado o número de três recusas no mês, 
considerar-se-á rompido o contrato. 
D) O contrato intermitente pode ser tácito ou expresso, verbal ou escrito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
No contrato intermitente, o empregado terá o prazo de 1 dia útil para responder à convocação, em caso de 
silencia, presume-se a recursa, com base no artigo 452-A, § 2º, da C LT. 
 
Art. 452-A § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de vinte e quatro horas para responder ao 
chamado, presumida, no silêncio, a recusa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
20 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 18 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Rita trabalha, desde a contratação, das 22h às 5h, como recepcionista em um hospital. Tendo surgido uma 
vaga no horário diurno, a empresa pretende transferir Rita para o horário diurno. 
Diante disso, de acordo com o entendimento consolidado da jurisprudência do TST, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A alteração do turno de trabalho do empregado é vedada, pois implica redução remuneratória pela perda 
do respectivo adicional. 
B) A alteração do turno noturno para o diurno é lícita, mesmo com a supressão do adicional noturno. 
C) A alteração de turno depende do poder diretivo do empregador, mas o adicional noturno não pode ser 
suprimido. 
D) A alteração do turno de trabalho será lícita, desde que haja a incorporação definitiva do adicional ao salário 
de Rita. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativacorreta letra B. 
 
Por ser mais benéfico ao empregado não há óbice para essa alteração, inclusive com a perda do adicional 
noturno. 
 
Súmula nº 265 do TST 
ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A 
transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
21 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 19 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Júlia é analista de sistemas de uma empresa de tecnologia e solicitou ao empregador trabalhar 
remotamente. 
Sobre a pretensão de Júlia, observados os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O teletrabalho só pode ser assim considerado se a prestação de serviços for totalmente fora das 
dependências da empresa. 
B) O ajuste entre Júlia e seu empregador poderá ser tácito, assim como ocorre com o próprio contrato de 
trabalho. 
C) O computador e demais utilidades que se fizerem necessárias para o trabalho remoto de Júlia não 
integrarão sua remuneração. 
D) O ajuste entre as partes para o trabalho remoto deverá ser por mútuo consentimento, assim como o 
retorno ao trabalho presencial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
a) O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam 
a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho, portanto, a 
expressão "totalmente fora" invalidade a alternativa. (CLT art. 75-B Parágrafo único.) 
 
b) A mudança do regime presencial para o teletrabalho deve constar expressamente no contrato de trabalho. 
(Art. 75-C.) 
 
c) as utilidades não integram a remuneração do empregado. (Gabarito) (CLT - Art. 75-D. Parágrafo único.) 
 
d) a primeira parte está correta, mas a ampliação da regra para o retorno ao trabalho presencial não é 
verdadeira, pois pode ser unilateral. (CLT Art 75-C § 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
22 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 20 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Milton possui uma fábrica de massas que conta com 23 (vinte e três) empregados. Em fevereiro de 2021, 
Milton conversou individualmente com cada empregado e propôs, para trazer maior agilidade, que dali 
em diante cada qual passasse a marcar ponto por exceção, ou seja, só marcaria a eventual hora extra 
realizada. Assim, caso a jornada fosse cumprida dentro das 8 (oito) horas diárias, não haveria necessidade 
de marcação. Diante da concordância, foi feito um termo individual para cada empregado, que foi 
assinado. 
Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O acordo é inválido, porque somente poderia ser feito por norma coletiva, e não individual. 
B) O acerto é válido, porque o registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho pode ser feito por 
meio de acordo individual. 
C) A alteração, para ter validade, depende da homologação do Poder Judiciário, por meio de uma 
homologação de acordo extrajudicial. 
D) Para o acerto da marcação por exceção, é obrigatória a criação de uma comissão de empregados, que irá 
negociar com o empregador, e, em contrapartida, a empresa deve conceder alguma vantagem. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
O controle por exceção caracteriza-se por controlar apenas o que difere da jornada de trabalho comum, seja 
horas acima da jornada (hora extra) ou horas abaixo da jornada. 
 
Art. 74. § 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, 
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
23 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 21 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Determinada sociedade empresária propôs, em 2022, a um grupo de candidatos a emprego, um contrato 
de trabalho no qual a duração máxima seria de 30 (trinta) horas semanais, sem a possibilidade de horas 
extras. Como alternativa, propôs um contrato com duração de 26 (vinte e seis) horas semanais, com a 
possiblidade de, no máximo, 6 (seis) horas extras semanais. 
Um dos candidatos consultou você, na qualidade de advogado(a), sobre os contratos de trabalho 
oferecidos. Assinale a opção que apresenta, corretamente, sua resposta. 
 
A) Os dois casos apresentam contratos de trabalho em regime de tempo parcial. 
B) No primeiro caso, trata-se de contrato de trabalho em regime de tempo parcial; no segundo, trata-se de 
contrato de trabalho comum, dada a impossibilidade de horas extras nessa modalidade contratual. 
C) Os dois casos não são contratos em regime de tempo parcial, já que o primeiro excede o tempo total de 
horas semanais e, o segundo, contém horas extras, o que não é cabível. 
D) Não se trata de contrato por tempo parcial, pois, na hipótese, admite-se tempo inferior ao limite máximo, 
quando na modalidade de regime por tempo parcial os contratos só poderão ter 30 (trinta) ou 26 (vinte e 
seis) horas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Letra da lei. CLT Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 
a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja 
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas 
suplementares semanais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
24 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 22 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Eduarda é auditora contábil e trabalha na sociedade empresarial Calculadora Certa Ltda., exercendo sua 
atividade junto aos vários clientes do seu empregador. Por necessidade de serviço, e tendo em vista a 
previsão expressa em seu contrato de trabalho, Eduarda será transferida por 4 (quatro) meses para um 
distante Estado da Federação, pois realizará a auditoria física no maior cliente do seu empregador. 
Considerando essa situação e os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A transferência é nula, porque o empregado tem a expectativa de permanecer em um só lugar. 
B) A empregada pode ser transferida e receberá um adicional de 10% (dez por cento), que será incorporado 
ao seu salário mesmo após o retorno. 
C) A transferência somente será possível se houver prévia autorização judicial e, caso permitida, Eduarda fará 
jus a um adicional mínimo de 50% (cinquenta por cento). 
D) Eduarda poderá ser transferida e terá direito a um adicional não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre seu salário, enquanto estiver na outra localidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Pontos extremamente importantes a serem observados: 
 
Necessidade de serviço 
Previsão expressa no contrato de trabalho 
Transferência por 4 meses (não é permanente) 
Por força do Art. 469 §§ 1º, 2º (CLT) essa transferência é legitima. 
 
Ademais, o § 3º do mesmo artigo afirma que, o empregador ficará obrigado a um pagamento suplementar, 
nunca inferior a 25% dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa 
situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
25 Questõescomentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 23 - FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
 
Na reclamação trabalhista movida por Paulo contra a sociedade empresária Moda Legal Ltda., o juiz 
prolator da sentença reconheceu que o autor tinha direito ao pagamento das comissões, que foram 
prometidas, mas jamais honradas, mas indeferiu o pedido de integração das referidas comissões em outras 
parcelas (13º salário, férias e FGTS) diante da sua natureza indenizatória. 
Considerando a situação de fato e a previsão legal, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Correta a decisão, porque todas as verbas que são deferidas numa reclamação trabalhista possuem 
natureza indenizatória. 
B) Errada a decisão que indeferiu a integração, porque comissão tem natureza jurídica salarial, daí 
repercute em outras parcelas. 
C) Correta a decisão, pois num contrato de trabalho as partes podem atribuir a natureza das parcelas desde 
que haja acordo escrito neste sentido assinado pelo empregado. 
D) A decisão está parcialmente correta, porque a CLT determina que, no caso de reconhecimento judicial 
de comissões, metade delas terá natureza salarial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
CLT Art. 457 § 1Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas 
pelo empregador. 
 
Repercutir em outras parcelas quer dizer que entra no cálculo dessas parcelas. Se por exemplo, o 13° está 
sendo calculado unicamente no salário de R$ 1.500,00 (como exemplo), e a comissão daria uma somatória 
de R$ 2.000,00 (Salário + comissão), então o valor correto a ser recebido do 13° é R$ 2.000,00 e não R$ 
1.500,00, o mesmo a respeito das demais parcelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
26 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 24 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Jorge e Manoel integram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da empresa na qual 
trabalham. Jorge é representante do empregador e Manoel, representante dos empregados. Durante a 
vigência dos seus mandatos, ambos foram dispensados, sem justa causa, na mesma semana, recebendo 
aviso prévio indenizado. 
Considerando a situação de fato e a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não há empecilho à dispensa de Jorge, mas Manoel tem garantia no emprego e não poderia ser desligado 
sem justa causa. 
B) Ambos os empregados podem ser dispensados, porque o empregador concedeu aviso prévio indenizado. 
C) Jorge, por ser representante do empregador junto à CIPA e dele ter confiança, não poderá ser dispensado, 
exceto por justa causa. 
D) Nenhum empregado integrante da CIPA pode ser dispensado sem justa causa durante o mandato e até 1 
ano após. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes traz uma garantia provisória relativa, conforme 
classificada dada pelo Prof. Mauricio Godinho Delgado, posto prescindir de inquérito judicial para dispensa 
imotivada do empregado. Agora, ressalta-se que somente será detentor da referida garantia os empregados 
eleitos. Os empregados indicados pelo empregador, não possuem a referida garantia, justamente por não 
serem representantes de seus pares. A previsão está trazida no art. 10, II, a do ADCT. 
 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: 
 
II - Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o 
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
27 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 25 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Genilson e Carla trabalham como operadores de atendimento em uma sociedade empresária de 
telemarketing. Ambos possuem plano de saúde empresarial, previsto no regulamento interno e custeado 
integralmente pelo empregador, com direito a uma ampla rede credenciada e quarto particular em caso 
de eventual internação. Ocorre que a sociedade empresária, desejando reduzir seus custos, alterou o 
regulamento e informou seus empregados que o plano foi modificado, com redução significativa da rede 
credenciada e que, eventual internação hospitalar, seria feita em enfermaria – e não mais em quarto 
particular. 
Sobre a alteração efetuada e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A alteração não é válida para Genilson e Carla, porque só pode ser efetivada para aqueles admitidos após 
a mudança. 
B) A alteração é válida para Genilson e Carla, porque o plano de saúde continuou a ser mantido, ainda que 
em condições diferentes. 
C) A alteração somente será válida para os admitidos anteriormente à mudança. 
D) A alteração, que alcança apenas os admitidos após a mudança, deve ser homologada judicialmente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva 
 
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por 
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
 
Súmula nº 51 do TST: I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - 
Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito 
jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
28 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 26 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Um grupo de investidores está estimando custos para montar empresas em diversos ramos. Por isso, 
procuraram você, como advogado(a), para serem informados sobre os custos dos adicionais de 
periculosidade e insalubridade nas folhas de pagamento. 
Sobre a orientação dada, de acordo com o texto da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O adicional de insalubridade varia entre os graus mínimo, médio e máximo sobre o salário mínimo; o de 
periculosidade tem percentual fixo: 30% do salário básico do empregado. 
B) Os adicionais de periculosidade e insalubridade variam entre os graus mínimo, médio e máximo, sendo, 
respectivamente, de 10%, 20% e 30% do salário dos empregados. 
C) As atividades com inflamáveis, explosivos e energia elétrica são consideradas as de maior risco, com um 
adicional de 50% sobre as remunerações dos empregados. 
D) O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou periculosidade só pode cessar com a mudança 
de função ou por determinação judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
O adicional de insalubridade varia entre os graus mínimo, médio e máximo sobre o salário mínimo; 
 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo 
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus 
máximo, médio e mínimo. 
 
O adicional de periculosidade tem percentual fixo: 30% do salário básico do empregado. 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, aquelas que, por suanatureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente 
do trabalhador a: 
I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei 
nº 12.740, de 2012) 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
29 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 27 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Carlos foi contratado como estagiário, em 2018, por uma indústria automobilística, pelo prazo de dois 
anos. Todas as exigências legais foram atendidas, e o estágio era remunerado. Após um ano de vigência 
do contrato, ele procura você, como advogado(a), para saber se terá direito a férias nos 12 meses 
seguintes. 
Sobre a situação narrada, de acordo com a Lei de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não haverá direito a qualquer paralisação, porque somente o empregado tem direito a férias. 
B) O estagiário tem direito a férias normais acrescidas do terço constitucional. 
C) Uma vez que a Lei é omissa a respeito, caberá ao empregador conceder, ou não, algum período de 
descanso a Carlos. 
D) Carlos terá direito a um recesso remunerado de 30 dias, mas sem direito ao acréscimo de 1/3(um terço). 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Conforme o art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 
ano, período de recesso de 30 dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. 
 
Dessa forma, o estagiário tem direito a um recesso remunerado de 30 dias, porém sem direito ao acréscimo 
de 1/3. Até porque o estagiário contém uma relação de trabalho e não de emprego; não sendo considerado 
empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
30 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 28 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
 
Walmir foi empregado da sociedade empresária Lanchonete Chapa Quente Ltda., na qual atuou como 
atendente por um ano e três meses, sendo dispensado sem justa causa em julho de 2021. 
A sociedade empresária procura você, como advogado(a), para saber o modo de pagamento dos direitos 
devidos a Walmir. 
De acordo com o que dispõe a CLT, sabendo-se que a norma coletiva nada dispõe a respeito, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Uma vez que o contrato vigorou por mais de um ano, deve ser feita a homologação perante o sindicato de 
classe do empregado ou perante o Ministério do Trabalho. 
B) O pagamento poderá ocorrer na própria empresa, pois não há mais necessidade de homologação da 
rescisão contratual pelo sindicato profissional ou pelo Ministério do Trabalho. 
C) Não havendo discórdia sobre o valor devido a Walmir, deverá ser apresentada uma homologação de 
acordo extrajudicial na Justiça do Trabalho, com assinatura de advogado comum. 
D) A sociedade empresária, ao optar por fazer o pagamento em suas próprias instalações, deverá 
obrigatoriamente depositar o valor na conta do trabalhador para ter a prova futura do adimplemento. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A partir de 11/11/2017, com a entrada da Reforma Trabalhista, empregado e empregador estão 
desobrigados da homologação junto ao sindicato ou ao Ministério do Trabalho, podendo acordarem em 
formalizar o desligamento na própria empresa, independentemente do tempo de emprego, ficando o 
empregador obrigado apenas a comunicar a dispensa aos órgãos competentes e a realizar o pagamento das 
verbas rescisórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
31 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 29 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Bruno era empregado em uma sociedade empresária, na qual atuava como teleoperador de vendas on-
line de livros e artigos religiosos, usando, em sua estação de trabalho, computador e headset. Em 
determinado dia, o sistema de câmeras internas flagrou Bruno acessando, pelo computador, um site 
pornográfico por 30 minutos, durante o horário de expediente. Esse fato foi levado à direção no dia 
seguinte, que, indignada, puniu Bruno com suspensão por 40 dias, apesar de ele nunca ter tido qualquer 
deslize funcional anterior. 
Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A punição, tal qual aplicada pela empresa, importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. 
B) A punição é compatível com a gravidade da falta, devendo Bruno retornar ao emprego após os 40 dias de 
suspensão. 
C) A empresa deveria dispensar Bruno por justa causa, porque pornografia é crime, e, como não o fez, 
considera-se perdoada a falta. 
D) A empresa errou, porque, sendo a primeira falta praticada pelo empregado, a Lei determina que se aplique 
a pena de advertência. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre falta grave, especialmente o 
disposto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Antes de adentrar ao mérito, importa dizer que se tem como suspensão do contrato de trabalho a cessação 
da prestação de serviços pelo trabalhador e a contraprestação por parte do empregador. 
 
Inteligência do art. 474 da CLT, a suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa 
na rescisão injusta do contrato de trabalho. 
 
A) A assertiva está de acordo com disposto no art. 474 da CLT. 
 
B) Configura falta grave cometida pelo empregador a suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias, 
e, portanto, cabível rescisão indireta. 
 
C) Não configura perdão, haja vista que a empresa suspendeu o trabalhador, punindo-o pela falta cometida. 
Ademais, é possível que a empresa aplicasse a justa dada a possibilidade de rescisão pelo empregador por 
incontinência de conduta ou mau procedimento, prevista no art. 482, alínea b da CLT. 
 
D) Não há previsão legal quanto à obrigatoriedade de que seja aplicada uma advertência por ser a primeira 
falta do empregado, todavia, deve ser observada a gradação de penalidade mediante a gravidade da falta 
cometida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
32 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 30 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Regina foi admitida pela sociedade empresária Calçados Macios Ltda., em abril de 2020, para exercer a 
função de estoquista. No processo de admissão, foi ofertado a Regina um plano de previdência privada, 
parcialmente patrocinado pelo empregador. Uma vez que as condições pareceram vantajosas, Regina 
aderiu formalmente ao plano em questão. No primeiro contracheque, Regina, verificou que, na parte de 
descontos, havia subtrações a título de INSS e de previdência privada. 
Assinale a opção que indica, de acordo com a CLT, a natureza jurídica desses descontos. 
 
A) Ambos são descontos legais. 
B) INSS é desconto legal e previdência privada, contratual. 
C) Ambos são descontos contratuais. 
D) INSS é desconto contratual e previdência privada, legal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre descontos salariais, especialmente 
o disposto na Consolidação das Leis doTrabalho (CLT). 
 
Denomina-se desconto legal aquele que está previsto na legislação, ou seja, o empregador o faz mediante 
cumprimento de orientação da própria lei. 
 
Outrossim, o desconto contratual é aquele que realizado em decorrência de algum bem ou serviço que foi 
ofertado ao trabalhador, integrando ao contrato de trabalho. 
 
A) A previdência privada decorre de adesão que incorporou ao contrato de trabalho, portanto, contratual. 
 
B) A assertiva está correta, haja vista as definições acima apresentadas. 
 
C) A contribuição previdenciária é um desconto legal, compulsório. 
 
D) A contribuição previdenciária é um desconto legal compulsório, e a previdência privada decorre de adesão 
que incorporou ao contrato de trabalho, portanto, contratual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
33 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 31 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Desde abril de 2019, Denilson é empregado em uma indústria de cosméticos, com carteira profissional 
assinada. No último contracheque de Denilson verifica-se o pagamento das seguintes parcelas: abono, 
prêmio, comissão e diária para viagem. 
Considerando essa situação, assinale a opção que indica a verba que, de acordo com a CLT, integra o salário 
e constitui base de incidência de encargo trabalhista. 
 
A) Abono. 
B) Prêmio. 
C) Comissão. 
D) Diária para viagem. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre remuneração, especialmente o 
disposto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Inteligência do art. 457, caput da CLT que se compreendem na remuneração do empregado, para todos os 
efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber. 
 
Ademais, dispõe o § 2º do mencionado artigo que as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de 
ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e 
abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não 
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 
 
A) Nos termos do art. 457, § 2º da CLT não integra a remuneração do empregado. 
 
B) Nos termos do art. 457, § 2º da CLT não integra a remuneração do empregado. 
 
C) Dispõe o § 1º do art. 457 da CLT que integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais 
e as comissões pagas pelo empregador. 
 
D) Nos termos do art. 457, § 2º da CLT não integra a remuneração do empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
34 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 32 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Luiz e Selma são casados e trabalham para o mesmo empregador. Ambos são teletrabalhadores, tendo o 
empregador montado um home office no apartamento do casal, de onde eles trabalham na recepção e no 
tratamento de dados informatizados. Para a impressão dos dados que serão objeto de análise, o casal 
necessitará de algumas resmas de papel, assim como de toner para a impressora que utilizarão. 
Assinale a opção que indica quem deverá arcar com esses gastos, de acordo com a CLT. 
 
A) Cada parte deverá arcar com 50% desse gasto. 
B) A empresa deverá arcar com o gasto porque é seu o risco do negócio. 
C) A responsabilidade por esse gasto deverá ser prevista em contrato escrito. 
D) O casal deverá arcar com o gasto, pois não há como o empregador fiscalizar se o material será utilizado 
apenas no trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre teletrabalho. 
 
Inteligência do art. 75-B da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se teletrabalho a prestação 
de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de 
informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. 
 
A) Inexiste previsão legal quanto aos percentuais de responsabilização dos custos, devendo esses serem 
ajustados entre as partes e previsto em contrato, conforme se extrai da redação do art. 75-D da CLT. 
 
B) Inexiste previsão legal a obrigatoriedade da empresa em arcar com os custos, devendo esses serem 
ajustados entre as partes e previsto em contrato, conforme se extrai da redação do art. 75-D da CLT. 
 
C) A assertiva está de acordo com disposto no art. 75-D da CLT. 
 
D) Inexiste previsão legal quanto aos trabalhadores arcarem com os custos, devendo esses serem ajustados 
entre as partes e previsto em contrato, conforme se extrai da redação do art. 75-D da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
35 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 33 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
 
Uma indústria de chocolates constatou que precisava de mais trabalhadores para produzir ovos de Páscoa 
e, em razão disso, contratou vários trabalhadores temporários, pelo prazo de 30 dias, por meio de uma 
empresa de trabalho temporário. Maria era uma dessas trabalhadoras temporárias. Ocorre que a empresa 
contratada (a empresa de trabalho temporário) teve a falência decretada pela Justiça e não pagou nada a 
esses trabalhadores temporários. 
Maria procura você, como advogado(a), para saber se a indústria de chocolates, tomadora do serviço, teria 
alguma responsabilidade. 
Sobre a hipótese, de acordo com a norma de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A indústria de chocolates contratante terá responsabilidade solidária. 
B) Não haverá qualquer tipo de responsabilidade da contratante, porque a terceirização foi lícita. 
C) A então contratante se tornará empregadora dos trabalhadores temporários em razão da falência da 
empresa contratada. 
D) A indústria de chocolates contratante terá responsabilidade subsidiária se isso estiver previsto no contrato 
que entabulou com a empresa prestadora dos serviços. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre relações de trabalho na empresa 
de trabalho temporário. 
 
Inteligência do art. 2º da Lei 6.019/1974, com a redação alterada pela Lei 13.429/2017, trabalho temporário 
é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de 
pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. 
 
A) A assertiva está de acordo com disposto no art. 16 da Lei 6.019/1974. 
 
 
B) Independentemente da licitude da contratação, a empresa contratante, como regra, é subsidiariamente 
responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, 
conforme dispõe o art. 5º-A, § 5º da Lei 6.019/1974. 
 
 
C) Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de 
serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante, de acordo com art. 4º-A, § 2º da Lei 
6.019/1974. 
 
D) No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente 
responsável, conforme art. 16 da Lei 6.019/1974. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
36 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 34 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Renato é um empregado domésticoque atua como caseiro no sítio de lazer do seu empregador. Contudo, 
a CTPS de Renato foi assinada como sendo operador de máquinas da empresa de titularidade do seu 
empregador. Renato tem receio de que, no futuro, não possa comprovar experiência na função de 
empregado doméstico e, por isso, intenciona ajuizar reclamação trabalhista para regularizar a situação. 
Considerando a situação narrada e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Caso comprove que, de fato, é doméstico, Renato conseguirá a retificação na CTPS, pois as anotações nela 
lançadas têm presunção relativa. 
B) Somente o salário poderia ser objeto de demanda judicial para se comprovar que o empregado recebia 
valor superior ao anotado, sendo que a alteração na função não é prevista, e a demanda não terá sucesso. 
C) Caso Renato comprove que é doméstico, o pedido será julgado procedente, mas a alteração será feita com 
modulação de efeitos, com retificação da data da sentença em diante. 
D) Renato não terá sucesso na sua reclamação trabalhista, porque a anotação feita na carteira profissional 
tem presunção absoluta. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Renato é um empregado doméstico que atua como caseiro no sítio de lazer do seu empregador. Contudo, a 
CTPS de Renato foi assinada como sendo operador de máquinas da empresa de titularidade do seu 
empregador. Renato tem receio de que, no futuro, não possa comprovar experiência na função de 
empregado doméstico e, por isso, intenciona ajuizar reclamação trabalhista para regularizar a situação. 
 
SÚMULA As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram 
presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". 
 
Juris et de jure -> É a presunção absoluta, que não permite prova em contrário. 
juris tantum -> Consiste na presunção relativa, válida até prova em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
37 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 35 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Eduardo e Carla são empregados do Supermercado Praiano Ltda., exercendo a função de caixa. Após 10 
meses de vigência do contrato, ambos receberam aviso prévio em setembro de 2019, para ser cumprido 
com trabalho. Contudo, 17 dias após, o Supermercado resolveu reconsiderar a sua decisão e manter 
Eduardo e Carla no seu quadro de empregados. Ocorre que ambos não desejam prosseguir, porque, nesse 
período, distribuíram seus currículos e conseguiram a promessa de outras colocações num concorrente do 
Supermercado Praiano, com salário um pouco superior. 
Diante da situação posta e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os empregados não são obrigados a aceitar a retratação, que só gera efeito se houver consenso entre 
empregado e empregador. 
B) Os empregados são obrigados a aceitá-la, uma vez que a retratação foi feita pelo empregador ainda no 
período do aviso prévio. 
C) A retratação deve ser obrigatoriamente aceita pela parte contrária se o aviso prévio for trabalhado, e, se 
for indenizado, há necessidade de concordância das partes. 
D) O empregador jamais poderia ter feito isso, porque a CLT não prevê a possibilidade de reconsideração de 
aviso prévio, que se torna irreversível a partir da concessão. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
Os empregados não são obrigados a aceitar a retratação, que só gera efeito se houver consenso entre 
empregado e empregador. 
 
Fundamentação legal no artigo 489 da CLT, vejamos: 
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante 
reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. 
Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a 
vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
38 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 36 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Rafaela trabalha em uma empresa de calçados. Apesar de sua formação como estoquista, foi preterida em 
uma vaga para tal por ser mulher, o que seria uma promoção e geraria aumento salarial. Um mês depois, 
a empresa exigiu que todas as funcionárias do sexo feminino apresentassem atestado médico de gravidez. 
Rafaela, 4 meses após esse fato, engravidou e, após apresentação de atestado médico, teve a jornada 
reduzida em duas horas, por se tratar de uma gestação delicada, o que acarretou a redução salarial 
proporcional. Sete meses após o parto, Rafaela foi dispensada. 
Como advogado(a) de Rafaela, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, assinale a opção que 
contém todas as violações aos direitos trabalhistas de Rafaela. 
 
A) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista. 
B) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista, exigência de atestado de 
gravidez e redução salarial. 
C) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista, exigência de atestado de 
gravidez, redução salarial e dispensa dentro do período de estabilidade gestante. 
D) Dispensa dentro do período de estabilidade gestante. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Fundamentação legal: 
CLT 
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de 
trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a 
natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de 
gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; 
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional 
e oportunidades de ascensão profissional; 
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no 
emprego; 
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, 
em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; 
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. 
 
Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese 
alguma, a redução de salário. 
 
Lembrando que a Estabilidade da empregada após o parto é de 05 meses: 
ADCT 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
39 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 37 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Enzo é professor de Matemática em uma escola particular, em que é empregado há 8 anos. Após 2 anos 
de namoro e 1 ano de noivado, irá se casar com Carla, advogada, empregada em um escritório de advocacia 
há 5 anos. 
Sobre o direito à licença pelo casamento, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.A) O casal poderá faltar aos seus empregos respectivos por até 3 dias úteis para as núpcias. 
B) Carla, por ser advogada, terá afastamento de 5 dias e Enzo, por ser professor, poderá faltar por 2 dias 
corridos. 
C) Enzo poderá faltar ao serviço por 9 dias, enquanto Carla poderá se ausentar por 3 dias consecutivos. 
D) Não há previsão específica, devendo ser acertado o período de afastamento com o empregador, 
observado o limite de 10 dias. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
CLT 
Professor, regra especial: 
Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas semanais, na conformidade dos horários. 
§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto (...) 
 
Demais trabalhadores, regra geral: 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
40 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 38 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Paulo trabalhou para a Editora Livro Legal Ltda. de 10/12/2017 a 30/08/2018 sem receber as verbas 
rescisórias ao final do contrato, sob a alegação de dificuldades financeiras da empregadora. Em razão disso, 
ele pretende ajuizar ação trabalhista e procurou você, como advogado(a). Sabe-se que a empregadora de 
Paulo estava sob o controle e a direção da sócia majoritária, a Editora Mundial Ltda. 
Assinale a afirmativa que melhor atende à necessidade e à segurança de satisfazer o crédito do seu cliente. 
 
A) Poderá incluir a sociedade empresária controladora no polo passivo da demanda, e esta responderá 
solidariamente com a empregadora, pois se trata de grupo econômico. 
B) Poderá incluir a sociedade empresária controladora no polo passivo da demanda, e esta responderá 
subsidiariamente com a empregadora, pois se trata de grupo econômico. 
C) Não há relação de responsabilização entre as sociedades empresárias, uma vez que possuem 
personalidades jurídicas distintas, o que afasta a caracterização de grupo econômico. 
D) Não se trata de grupo econômico, porque a mera identidade de sócios não o caracteriza; portanto, 
descabe a responsabilização da segunda sociedade empresária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra 
A CLT estabelece que a responsabilidade entre as empresas é SOLIDÁRIA. 
Vejamos o art. 2o, §2o da CLT: 
§ 2 - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, 
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, 
serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
 
Logo, CADA EMPRESA RESPONDE PELA INTEGRALIDADE DA DÍVIDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
41 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 39 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Gervásia é empregada na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo a função de atendente e 
recebendo o valor correspondente a um salário mínimo por mês. 
Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no contrato da 
empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A inserção não é possível, porque, no Direito do Trabalho, não cabe arbitragem em lides individuais. 
B) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no contrato citado, em razão do salário 
recebido pela empregada. 
C) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromissória de arbitragem nos contratos de trabalho, 
inclusive no de Gervásia. 
D) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os contratos de trabalho, sendo admitida de forma 
expressa ou tácita. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Para ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, é necessário: 
(1) salário igual ou superior a 2X o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social; 
(2) vontade própria do empregado OU mediante a sua concordância expressa. 
Lógica: há quem diga que é uma mitigação do princípio protetor, pois o legislador impôs uma regra, 
cerceando o direito do acesso à justiça do empregado, com viés de "desafogamento" da Justiça do Trabalho, 
presumindo que o empregado que ganhe mais, tenha condições de pactuar a cláusula. 
 
Não confundir com a figura do EMPREGADO HIPERSUFICIENTE (art. 444, CLT), que precisa: 
(1) ser empregado; 
(2) ter diploma de ensino superior; 
(3) salário igual ou superior a 2X o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
 
Fundamentação legal: 
Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por 
iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
42 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 40 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de 
uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa de logística. 
Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade de 
Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. 
B) Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, salvo por disposição em 
norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional de periculosidade. 
C) Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão 
sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco de vida. 
D) Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do risco de violência física. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
TST, SDI - 1 
Decidiu que o adicional de periculosidade não se estende ao ocupante da função de vigia. Entende que não 
se enquadra no artigo 193, II da CLT. 
 
Vigia noturno: NÃO 
Trabalhador em motocicleta: SIM (§4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
43 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 41 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
O sindicato dos empregados X entabulou, com o sindicato dos empregadores Y, uma convenção coletiva 
de trabalho para vigorar de julho de 2019 a junho de 2021. Nela ficou acertado que a jornada seria marcada 
pelos trabalhadores por meio de um aplicativo desenvolvido pelos sindicatos; que haveria instituição de 
banco de horas anual; que, nas jornadas de trabalho de até 7 horas diárias, haveria intervalo para refeição 
de 20 minutos; e que a participação nos lucros seria dividida em 4 parcelas anuais. 
Considerando o teor da norma coletiva e suas cláusulas, e considerando o disposto na CLT, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) A convenção é nula quanto à participação nos lucros, que não pode ser dividida em mais de 2 parcelas 
anuais. 
B)É nula a fixação de pausa alimentar inferior a 30 minutos para jornadas superiores a 6 horas, mesmo que 
por norma coletiva. 
C) Inválida a cláusula referente à modalidade de registro da jornada de trabalho, que não pode ser feito por 
meio de um aplicativo. 
D) Inválido o banco de horas estipulado, pois, em norma coletiva, ele somente pode ser realizado para 
compensação semestral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Para as jornadas acima de 6h o intervalo intrajornada deve ser de pelo menos 30 minutos (art. 611-A, inciso 
III da CLT), vejamos: 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
44 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 42 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Vera Lúcia tem 17 anos e foi contratada como atendente em uma loja de conveniência, trabalhando em 
escala de 12x36 horas, no horário de 19 às 7h, com pausa alimentar de 1 hora. Essa escala é prevista no 
acordo coletivo assinado pela loja com o sindicato de classe, em vigor. 
A empregada teve a CTPS assinada e tem, como atribuições, auxiliar os clientes, receber o pagamento das 
compras e dar o troco quando necessário. 
Diante do quadro apresentado e das normas legais, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A hipótese trata de trabalho proibido. 
B) O contrato é plenamente válido. 
C) A situação retrata caso de atividade com objeto ilícito. 
D) Por ter 17 anos, Vera Lúcia fica impedida de trabalhar em escala 12x36 horas, devendo ser alterada a 
jornada. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra 
Proibido trabalho noturno para menor de 18 anos. 
Art. 404, CLT 
Ao menor de 18 (dezoito)anos é vedado o trabalho noturno, considerando este o que for executado no período compreendido entre 
as 22(vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. 
 
Assim como prevê a CF, vejamos: 
Art. 33, inciso XXXIII da CF. O trabalho noturno não é ilícito, é possível que ele ocorra, PORÉM aos menores de idade é considerado 
como Trabalho proibido. 
 
Diferença de trabalho proibido para trabalho ilícito: 
 
Trabalho Proibido: Irregular ou proibido é o trabalho que se realiza em desrespeito à norma imperativa 
vedatória do labor em certas circunstâncias. Podemos citar como exemplo o trabalho noturno do menor, 
uma vez que a CF/88 veda tal trabalho. 
 
Trabalho Ilícito: Ilícito é o trabalho que compõe um tipo penal legal ou concorre para ele. Podemos 
exemplificar com o trabalho realizado pelo apontador de jogo do bicho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
45 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 43 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
João e Maria são casados e trabalham na mesma empresa, localizada em Fortaleza/CE. Maria ocupa cargo 
de confiança e, por absoluta necessidade do serviço, será transferida para Porto Alegre/RS, lá devendo 
fixar residência, em razão da distância. 
Diante da situação retratada e da legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A transferência não poderá ser realizada, porque o núcleo familiar seria desfeito, daí ser vedada por Lei. 
B) A transferência poderá ser realizada, mas, como o casal ficará separado, isso deverá durar, no máximo, 1 
ano. 
C) João terá direito, pela CLT, a ser transferido para o mesmo local da esposa e, com isso, manter a família 
unida. 
D) Não há óbice para a transferência, que poderá ser realizada sem que haja obrigação de a empresa 
transferir João. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Será lícita a transferência do trabalhador, mesmo sem a sua anuência, nas hipóteses de exercício de cargo 
de confiança, extinção do estabelecimento onde prestar serviços, bem como se o empregado for contratado 
sob essa condição (implícita ou explicitamente), convencionada para uma real necessidade do serviço. Neste 
sentido, veja o disposto no artigo 469, parágrafo primeiro, da CLT: 
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, 
não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. 
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos 
tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. 
 
Noutro giro, não há previsão legal quanto ao cônjuge/ companheiro. Como já dito acima, a questão buscou 
confundir com a regra aplicada aos funcionários públicos. A Lei nº 8.112/90 prevê que o servidor público 
federal tem direito subjetivo de ser removido para acompanhar seu cônjuge/companheiro que tiver sido 
removido no interesse da Administração. 
 
Exemplo: João e Maria, casados entre si, são servidores públicos federais lotados em Recife. João é removido 
de ofício, no interesse da Administração, para Porto Velho (art. 36, parágrafo único, I da Lei nº 8.112/90). 
Logo, Maria tem direito de também ser removida para Porto Velho, acompanhando seu cônjuge. 
 
Essa regra está prevista no art. 36, parágrafo único, III, “a” da Lei nº 8.112/90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
46 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 44 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Uma indústria de calçados, que se dedica à exportação, possui 75 empregados. No último ano, Davi foi 
aposentado por invalidez, Heitor pediu demissão do emprego, Lorenzo foi dispensado por justa causa e 
Laura rompeu o contrato por acordo com o empregador, aproveitando-se da nova modalidade de ruptura 
trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista). 
De acordo com a norma de regência, assinale a opção que indica, em razão dos eventos relatados, quem 
tem direito ao saque do FGTS. 
 
A) Davi e Laura, somente. 
B) Todos poderão sacar o FGTS. 
C) Laura, somente. 
D) Davi, Heitor e Lorenzo, somente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Pedido de demissão (Heitor): não há saque do FGTS. 
Aposentadoria por invalidez (Davi): há saque do FGTS 
Dispensa por justa causa (Lorenzo): não há saque do FGTS 
Distrato (Laura): movimenta a conta vinculada do FGTS até o limite de 80% + 20% de indenização sobre os 
depósitos 
Só para complementar vale lembrar da rescisão indireta e da culpa recíproca. 
Rescisão indireta: há o saque + 40% de indenização sobre os depósitos 
Culpa recíproca: há o saque + 20% de indenização sobre os depósitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
47 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 45 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de auxiliar de padeiro, com 
jornada de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Aproxima-se o final do 
ano, e Reinaldo aguarda ansiosamente pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo para 
comprar uma televisão. 
A respeito do 13º salário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Com a reforma da CLT, a gratificação natalina poderá ser paga em até três vezes, desde que haja 
concordância do empregado. 
B) A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiroe 
novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
C) Atualmente é possível negociar a supressão do 13º salário em convenção coletiva de trabalho. 
D) O empregado tem direito a receber a primeira parcela do 13º salário juntamente com as férias, desde que 
a requeira no mês de março. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Conforme art. 2º da Lei 4749/65: 
O 13º será pago em duas parcelas: primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda até o dia 
20 de dezembro. 
 
Fundamentação legal, vejamos: 
Art. 1º da Lei 4.749|65 A gratificação salarial instituída pela, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, 
compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na forma do artigo seguinte. 
Art. 2º da Lei 4.749|65 Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da 
gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. 
§ 1º - O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados. 
§ 2º - O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do 
correspondente ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
48 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 46 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Os empregados de uma sociedade empresária do setor metalúrgico atuavam em turnos ininterruptos de 
revezamento, cumprindo jornada de 6 horas diárias, conforme previsto na Constituição Federal, observado 
o regular intervalo. 
O sindicato dos empregados, provocado pela sociedade empresária, convocou assembleia no ano de 2018, 
e, após debate e votação, aprovou acordo coletivo para que a jornada passasse a ser de 8 horas diárias, 
com o respectivo acréscimo salarial, observado o regular intervalo, mas sem que houvesse qualquer 
vantagem adicional para os trabalhadores. 
Diante da situação apresentada e de acordo com a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É nulo o acordo coletivo em questão, e caberá ao interessado nessa declaração ajuizar ação de 
cumprimento. 
B) A validade de tal estipulação, por não prever benefício para os trabalhadores, depende de homologação 
da Justiça do Trabalho. 
C) É obrigatório que a contrapartida seja a estabilidade de todos os funcionários na vigência do acordo 
coletivo. 
D) O acordo coletivo é válido, porque sua estipulação não depende da indicação de vantagem adicional para 
os empregados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A partir da Reforma Trabalhista, em 11/11/2017, foram introduzidas importantes mudanças no Direito do 
Trabalho. Em especial, foi introduzida uma nova sistemática quanto às matérias regradas pelos acordos e 
convenções coletivas. A partir de então, conforme o Art. 611-A, a convenção coletiva e o acordo coletivo de 
trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre as matérias que não sejam expressamente 
vedadas pela CLT. 
 
Nesse sentido, o papel das partes negociantes nesse novo sistema passou a ser decisivo na composição das 
matérias constantes dos instrumentos coletivos. A convenção e o acordo coletivo foram alçados a 
importantes ferramentas na busca de melhorias e autonomia entre empregador e empregado, em relação 
às diversas pactuações sobre o trabalho. 
Vejamos: 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
49 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 48 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Plínio foi contratado, em 30/11/2017, como auxiliar administrativo de uma fábrica de motores. Graças ao 
seu ótimo desempenho, foi promovido, passando a gerente de operações, cargo dispensado do registro de 
horário, com padrão salarial cinco vezes mais elevado que o cargo efetivo imediatamente abaixo. Plínio 
era o responsável pela empresa, apenas enviando relatório mensal à diretoria. Em razão da nova função, 
Plínio passou a receber uma gratificação equivalente a 50% do salário básico recebido na função 
anteriormente exercida. 
O rendimento de Plínio, oito meses após a promoção, deixou de ser satisfatório, por questões pessoais. 
Em decorrência disso, a empresa retirou de Plínio a função gerencial e ele voltou à função que exercia 
antes, deixando de receber a gratificação de função. 
Diante disso, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O cargo que Plínio passou a ocupar não era de confiança, razão pela qual a alteração contratual equivale 
a rebaixamento, sendo, portanto, ilícita. 
B) O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, porém não poderia haver o retorno ao cargo anterior 
com a perda da gratificação de função, razão pela qual a alteração contratual equivale a rebaixamento, 
sendo, portanto, ilícita. 
C) O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, e a reversão ao cargo efetivo foi lícita, mas não a 
perda da remuneração, pois equivale a diminuição salarial, o que é constitucionalmente vedado. 
D) O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, razão pela qual se admite a reversão ao cargo 
anterior, sendo lícita a perda da gratificação de função. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
O cargo de Plínio era de confiança, desta forma a empresa pode retirar o cargo de confiança unilateralmente 
bem como a gratificação correspondente. Art. 468 da CLT. 
 
Fundamentação legal: 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda 
assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta 
garantia. 
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, 
anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. 
§ 2º A alteração de que trata o § 1 deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do 
pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva 
função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
50 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 49 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Em uma grande empresa que atua na prestação de serviços de telemarketing e possui 250 funcionários, 
trabalham as empregadas listadas a seguir: 
Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, 
engravidou; 
Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um 
acidente do trabalho; 
Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa; 
Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT 
alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista). 
Diante das normas vigentes e do entendimento consolidado do TST, assinale a opção que indica as 
empregadas que terão garantia no emprego. 
 
A) Sofia e Larissa, somente. 
B) Alice e Maria Eduarda, somente. 
C) Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente. 
D) Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Quando indicado pelo empregador o membro da CIPA não terá garantia doemprego. 
As bancas, às vezes, não colocam que o empregado foi indicado pelo empregador à CIPA, mas sim que ele 
era o presidente. Então vem outro lembrete: 
O presidente da CIPA é aquele indicado pelo EMPREGADOR, logo, não terá garantia do emprego. 
 
Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, engravidou. 
Certo (Súmula 244, III, TST e art. 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT). 
 
Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um 
acidente do trabalho. Certo (Súmula 378, TST). 
Observação: Há compreensão diversa em relação o gabarito publicado pela FGV. 
 
Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa. (art. 543, § 3º da CLT). Por ser 
indicado pelo empregador e não eleito pelos empregados, o Presidente da CIPA não é detentor da garantia 
provisória de emprego. 
 
Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada 
pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista). Certo (art. 510-D, § 3º da CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
51 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 50 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Fábio trabalha em uma mineradora como auxiliar administrativo. A sociedade empresária, 
espontaneamente, sem qualquer previsão em norma coletiva, fornece ônibus para o deslocamento dos 
funcionários para o trabalho, já que ela se situa em local cujo transporte público modal passa apenas em 
alguns horários, de forma regular, porém insuficiente para a demanda. O fornecimento do transporte pela 
empresa é gratuito, e Fábio despende cerca de uma hora para ir e uma hora para voltar do trabalho no 
referido transporte. Além do tempo de deslocamento, Fábio trabalha em uma jornada de 8 horas, com 
uma hora de pausa para repouso e alimentação. 
Insatisfeito, ele procura você, como advogado(a), a fim de saber se possui algum direito a reclamar perante 
a Justiça do Trabalho. 
Considerando que Fábio foi contratado em dezembro de 2017, bem como a legislação em vigor, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Fábio faz jus a duas horas extras diárias, em razão do tempo despendido no transporte. 
B) Fábio não faz jus às horas extras, pois o transporte fornecido era gratuito. 
C) Fábio faz jus às horas extras, porque o transporte público era insuficiente, sujeitando o trabalhador aos 
horários estipulados pelo empregador. 
D) Fábio não faz jus a horas extras, porque o tempo de transporte não é considerado tempo à disposição do 
empregador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
O tempo em que o empregado permanece à espera da condução fornecida pela empresa, no início e no 
término da jornada de trabalho, não é computado como tempo à disposição do empregador, não devendo 
portanto ser remunerado como hora extra. A decisão é da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-
1) do Tribunal Superior do Trabalho, em voto relatado pelo ministro João Oreste Dalazen. 
 
Comentários das demais alternativas. 
a) Art. 4º, § 2º primeira parte, da CLT " quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, 
em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas. 
 
b) Art. 4º, § 2º, segunda parte e incisos, da CLT: adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para 
exercer atividades particulares, entre outras: religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividade de 
relacionamento social, higiene pessoal, troca de roupa ou uniforme desde que não seja obrigatório realizar 
a troca na empresa. 
 
c) Art. 58, § 2º da CLT: O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação 
do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o 
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do 
empregador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
52 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 51 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Ômega Ltda. deseja reduzir em 20% o seu quadro de pessoal, motivo pelo qual 
realizou um acordo coletivo com o sindicato de classe dos seus empregados, prevendo um Programa de 
Demissão Incentivada (PDI), com vantagens econômicas para aqueles que a ele aderissem. 
Gilberto, empregado da empresa havia 15 anos, aderiu ao referido Programa em 12/10/2018, recebeu a 
indenização prometida sem fazer qualquer ressalva e, três meses depois, ajuizou reclamação trabalhista 
contra o ex-empregador. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) não impede a busca, com sucesso, por direitos 
lesados. 
B) A quitação plena e irrevogável pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) somente ocorreria 
se isso fosse acertado em convenção coletiva, mas não em acordo coletivo. 
C) O empregado não terá sucesso na ação, pois conferiu quitação plena. 
D) A demanda não terá sucesso, exceto se Gilberto previamente devolver em juízo o valor recebido pela 
adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI). 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Conforme previsto na CLT, vejamos: 
Art. 477- B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção 
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo 
disposição em contrário estipulada entre as partes. 
 
 
QUESTÃO 52 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Em uma greve ocorrida há dois dias dentro de uma indústria metalúrgica, o dirigente sindical, que é 
empregado da referida empresa, agrediu fisicamente o diretor com tapas e socos, sendo a agressão 
gravada pelo sistema de segurança existente no local. 
 
O dono da empresa, diante dessa prática, pretende dispensar o empregado por justa causa. Em razão disso, 
ele procura você, como advogado(a), no dia seguinte aos fatos narrados, para obter sua orientação. 
De acordo com o disposto na CLT, assinale a opção que apresenta sua recomendação jurídica e a respectiva 
justificativa. 
 
A) Dispensar imediatamente o empregado por justa causa e ajuizar ação de consignação em pagamento dos 
créditos porventura devidos. 
B) Apresentar notícia-crime e solicitar da autoridade policial autorização para dispensar o empregado por 
justa causa. 
C) Suspender o empregado e, em até 30 dias, ajuizar inquérito para apuração de falta grave. 
D) Não fazer nada, porque a justa causa teria de ser aplicada no dia dos fatos, ocorrendo então perdão tácito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
O dirigente sindical possui estabilidade, conforme previsto na CLT, vejamos: 
CLT, Art. 853 – Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o 
EMPREGADOR apresentará RECLAMAÇÃO POR ESCRITO à Vara do Trabalho ou Juízo de Direito, dentro de 30 dias*, contados da data 
da suspensão do empregado. 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
53 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 53 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Uma sociedade empresária consultou você, como advogado(a), para encontrar uma maneira de, 
periodicamente, firmar com seus empregados uma quitação de direitos, de modo a prevenir conflitos 
trabalhistas. 
Diante disso, na qualidade de advogado(a) da empresa, assinale a opção que indica a solução proposta. 
 
A) Poderá ser firmado termode quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato da categoria 
dos empregados. 
B) Os termos de quitação firmados entre empregados e empregadores nada valem, apenas sendo válidos os 
acordos judiciais; logo, a empresa nada pode fazer. 
C) Poderá ser firmado termo anual de quitação de obrigações trabalhistas no sindicato profissional ou no 
sindicato patronal. 
D) Basta firmar termo de quitação anual das obrigações trabalhistas por mútuo consentimento. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Com o advento da Reforma Trabalhista, passou a ser possível firmar um termo de quitação anual de 
obrigações trabalhistas. 
De acordo com o art. 507-B da CLT: 
É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de 
obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. 
Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada 
pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
54 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 54 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
Rogério foi admitido, em 08/12/2017, em uma locadora de automóveis, como responsável pelo setor de 
contratos, razão pela qual não necessitava comparecer diariamente à empresa, pois as locações eram 
feitas on-line. Rogério comparecia à locadora uma vez por semana para conferir e assinar as notas de 
devolução dos automóveis. 
Assim, Rogério trabalhava em sua residência, com todo o equipamento fornecido pelo empregador, sendo 
que seu contrato de trabalho previa expressamente o trabalho remoto a distância e as atividades 
desempenhadas. 
Após um ano trabalhando desse modo, o empregador entendeu que Rogério deveria trabalhar nas 
dependências da empresa. A decisão foi comunicada a Rogério, por meio de termo aditivo ao contrato de 
trabalho assinado por ele, com 30 dias de antecedência. 
Ao ser dispensado em momento posterior, Rogério procurou você, como advogado(a), indagando sobre 
possível ação trabalhista por causa desta situação. 
Sobre a hipótese de ajuizamento, ou não, da referida ação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não se tratando da modalidade de teletrabalho, deverá ser requerida a desconsideração do trabalho em 
domicílio, já que havia comparecimento semanal nas dependências do empregador. 
B) Não deverá ser requerido o pagamento de horas extras pelo trabalho sem limite de horário, dado o 
trabalho em domicílio, porém poderá ser requerido trabalho extraordinário em virtude das ausências de 
intervalo de 11h entre os dias de trabalho, bem como o intervalo para repouso e alimentação. 
C) Em vista da modalidade de teletrabalho, a narrativa não demonstra qualquer irregularidade a ser 
requerida em eventual demanda trabalhista. 
D) Deverá ser requerido que os valores correspondentes aos equipamentos usados para o trabalho em 
domicílio sejam considerados salário-utilidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A - ERRADA 
Se caracteriza como a modalidade de teletrabalho, prevista no artigo 75-a até o 75-e da CLT. Ressalvando 
que o teletrabalho pode ter o comparecimento nas dependências do empregador sem descaracterizar o 
teletrabalho. 
 
B- ERRADA 
De acordo com o artigo 62, III da CLT. Acerca da duração do trabalho, os empregados em regime de 
teletrabalho não estão abrangidos. 
 
C- CORRETA: 
Não houve no caso em tela alguma irregularidade em relação ao teletrabalho. 
 
D- ERRADA: 
De acordo com o artigo 75-d da CLT, a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos 
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do teletrabalho, bem 
como o reembolso de despesas arcadas pelo empregado, estarão em contrato escrito e não são consideradas 
salário-utilidade, que é entendido como toda parcela, bem ou vantagem que é fornecida pelo empregador 
para ser uma gratificação pelo trabalho desenvolvido. 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
55 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 55 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Determinada sociedade empresária ampliou os benefícios de seus empregados para fidelizá-los e 
evidenciar sua responsabilidade social. Dentre outras medidas, aderiu voluntariamente ao programa de 
empresa cidadã e, assim, aumentou o período de licença maternidade e o de licença paternidade de seus 
empregados. 
Marcondes, empregado da referida empresa, que será pai em breve, requereu ao setor de recursos 
humanos a ampliação do seu período de licença paternidade, e agora deseja saber quanto tempo ficará 
afastado. 
Assinale a opção que, de acordo com a Lei, indica o período total da licença paternidade que Marcondes 
aproveitará. 
 
A) 5 dias. 
B) 10 dias. 
C) 15 dias. 
D) 20 dias. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Licença maternidade: 120 dias (conforme a CF) e 180 dias (programa empresa cidadã) 
Licença paternidade: 5 dias (conforme a CF) e 20 dias (programa empresa cidadã) 
 
Lei 11.770/2008: 
Art. 1º - É instituído o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar: 
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal; 
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5 (cinco) dias estabelecidos no § 1º do art. 
10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
 
Neste caso houve a soma de 15+5 totalizando os 20 dias da questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
56 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 56 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Você, como advogado(a), foi procurado por Pedro para ajuizar ação trabalhista em face da ex-empregadora 
deste. 
Pedro lhe disse que após encerrar o expediente e registrar o efetivo horário de saída do trabalho, ficava 
na empresa em razão de eventuais tiroteios que ocorriam na região. Nos meses de verão, ocasionalmente, 
permanecia na empresa para esperar o escoamento da água decorrente das fortes chuvas. Diariamente, 
após o expediente, havia culto ecumênico de participação voluntária e, dada sua atividade em setor de 
contaminação radioativa, era obrigado a trocar de uniforme na empresa, o que levava cerca de 20 minutos. 
Considerando o labor de Pedro, de 10/12/2017 a 20/09/2018, e a atual legislação em vigor, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Apenas o período de troca de uniforme deve ser requerido como horário extraordinário. 
B) Todo o tempo que Pedro ficava na empresa gera hora extraordinária, devendo ser pleiteado como tal em 
sede de ação trabalhista. 
C) Nenhuma das hipóteses gera labor extraordinário. 
D) Como apenas a questão religiosa era voluntária, somente essa não gera horário extraordinário. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário 
o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 
desta consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de 
insegurança, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou 
permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I - práticas religiosas; 
II - descanso; 
III - lazer; 
IV - estudo; 
V - alimentação; 
VI - atividades de relacionamento social; 
VII- higiene pessoal; 
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
No caso em tela, Pedro era obrigado a realizar a troca do uniforme na empresa que trabalhava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
57 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 57 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Rita de Cássia é enfermeira em um hospital desde 10/01/2018, no qual trabalha em regime de escala de 
12x36 horas, no horário das 7.00 às 19.00 horas. Tal escala encontra-se prevista na convenção coletiva da 
categoria da empregada. Alguns plantões cumpridos por Rita de Cássia coincidiram com domingos e 
outros, com feriados. Em razão disso, a empregada solicitou ao seu gestor que as horas cumpridas nesses 
plantões fossem pagas em dobro. 
Sobre a pretensão da empregada, diante do que preconiza a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Ela fará jus ao pagamento com adicional de 100% apenas nos feriados. 
B) Ela não terá direito ao pagamento em dobro nem nos domingos nem nos feriados. 
C) Ela terá direito ao pagamento em dobro da escala que coincidir com o domingo. 
D) Ela receberá em dobro as horas trabalhadas nos domingos e feriados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A questão informa que Rita trabalha no regime de escala de 12x36. Mais à frente temos a informação de que 
ALGUNS plantões cumpridos por Rita coincidiram com domingos e outros com feriados. 
 
Observaram que temos a palavra ALGUNS? A CLT informa que VIA DE REGRA o repouso deverá ocorrer aos 
DOMINGOS, mas isso não implica dizer que é proibido trabalhar aos domingos e caso aconteça deverá 
receber em dobro, o que a CLT proíbe é a retirada total dos DOMINGOS como dia de descanso, o que não 
ocorreu aqui. 
 
Com essa lógica já poderíamos imaginar que Rita não tem direito a pagamento em dobro nenhum. Para quem 
trabalha nesse tipo de regime, é normal que às vezes se trabalhe em DOMINGOS e FERIADOS. 
 
Fundamentação Jurídica: 
CLT, Art. 59-A, Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput [12X36] deste artigo abrange os 
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os 
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5° do art. 73 desta Consolidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
58 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 58 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
Gerson Filho é motorista rodoviário e trabalha na sociedade empresária Viação Canela de Ouro Ltda. No 
dia 20 de agosto de 2018, ele se envolveu em grave acidente automobilístico, sendo, ao final da 
investigação, verificado que Gerson foi o responsável pelo sinistro, tendo atuado com dolo no evento 
danoso. Em razão disso, teve a perda da sua habilitação determinada pela autoridade competente. O 
empregador procura você, como advogado(a), afirmando que não há vaga disponível para Gerson em outra 
atividade na empresa e desejando saber o que deverá fazer para solucionar a questão da maneira mais 
econômica e em obediência às normas de regência. 
Diante desta situação e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O contrato de Gerson deverá ser suspenso. 
B) O empregador deverá interromper o contrato de Gerson. 
C) O contrato do empregado deverá ser rompido por justa causa. 
D) A empresa deverá dispensar Gerson sem justa causa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
No início do enunciado vemos que Gerson é MOTORISTA. Depois, ficamos sabendo que ele se envolveu em 
acidente de trânsito no qual fora constatado que ELE FOI O RESPONSÁVEL e AGIU COM DOLO 
(INTENCIONALMENTE). Como consequência teve A DECRETAÇÃO DA PERDA DA CARTEIRA pela autoridade 
competente. 
 
Agora pergunto, se ele não tem mais a carteira de habilitação, como irá poder trabalhar em uma empresa 
onde ele é motorista e precisa da mesma? 
 
O mais plausível de se pensar é que isso é causa de rompimento do contrato por justa causa. A empresa não 
pode suportar em seus quadros motorista irresponsável, mesmo que não esteja envolvida de forma direta 
do intento de Gerson, portanto, o gabarito só pode ser a alternativa C. 
 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa 
para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i) abandono de emprego; 
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo 
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de 
legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar; 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do 
empregado. 
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito 
administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
59 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 59 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Beta Ltda. está passando por grave crise econômica e financeira e, em razão disso, 
resolveu reduzir drasticamente suas atividades, encerrando unidades e terceirizando grande parte dos 
seus serviços. Por conta disso, a empresa, que possuía 500 empregados, dispensou 450 deles no dia 23 de 
janeiro de 2018. 
Diante do caso apresentado e dos preceitos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Trata-se de dispensa em massa, sendo nula porque não autorizada em norma coletiva. 
B) Equivocou-se a empresa, porque para realizar a dispensa coletiva ela é obrigada a oferecer antes adesão 
ao Programa de Demissão Voluntária (PDV). 
C) A ordem de antiguidade obrigatoriamente deve ser respeitada, pelo que os 50 empregados mais antigos 
não poderão ser dispensados. 
D) A dispensa ocorreu validamente, pois a dispensa coletiva é equiparada à dispensa individual. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Vejamos o que diz a CLT a respeito de cada alternativa: 
A) Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, 
não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva 
ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. 
B) Não há previsão legal na lei consolidadora determinado obrigatoriedade de oferecimento do referido 
Plano. 
C) Não há previsão legal na CLT a respeito dessa ordem para efetivar a rescisão. 
D) Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, 
não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva 
ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdoexclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
60 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 60 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
O sindicato dos empregados em tinturaria de determinado município celebrou, em 2018, acordo coletivo 
com uma tinturaria, no qual, reconhecendo-se a condição financeira difícil da empresa, aceitou a redução 
do percentual de FGTS para 3% durante 2 anos. 
Sobre o caso apresentado, de acordo com a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É válido o acerto realizado porque fruto de negociação coletiva, ao qual a reforma trabalhista conferiu 
força legal. 
B) Somente se houver homologação do acordo coletivo pela Justiça do Trabalho é que ele terá validade em 
relação ao FGTS. 
C) A cláusula normativa em questão é nula, porque constitui objeto ilícito negociar percentual de FGTS. 
D) A negociação acerca do FGTS exigiria que, ao menos, fosse pago metade do valor devido, o que não 
aconteceu no caso apresentado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
FUNDAMENTO: O Art. 611º-Bº, III, da CLT: 
Art. 611º-B - Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a 
redução dos seguintes direitos: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
IMPORTANTE: A CONVENÇÃO COLETIVA pode retirar direitos, desde que eles não estejam previstos no art. 
611º-B, da CLT. Algumas outras poucas exceções também não podem ser retiradas pela Convenção, contudo, 
ainda há de se firmar interpretação para estes casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
61 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 61 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Uma sociedade empresária do ramo de informática, visando à redução de custos, decidiu colocar metade 
de seus funcionários em teletrabalho, com possibilidade de revogação, caso não desse certo. 
Sobre o regime de teletrabalho, com base na legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do 
empregador, garantido o prazo de transição mínimo de 15 dias, com correspondente registro em aditivo 
contratual. 
B) Os materiais fornecidos pelo empregador para a realização do teletrabalho representam utilidades e 
integram a remuneração do empregado. 
C) A jornada do empregado em teletrabalho que exceder o limite constitucional será paga como hora extra. 
D) A empresa pode implementar, por vontade própria, o teletrabalho, sendo desnecessária a concordância 
expressa do empregado, já que seria mais vantajoso para ele. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
FUNDAMENTO: O Art. 75º-C, §2º, da CLT: 
Art. 75º-C - A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, 
que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§2º - Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo 
de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
(Vigência) 
 
IMPORTANTE: A contratação pela modalidade em TELETRABALHO não é imutável, sendo possível a mudança 
do regime presencial para o teletrabalho e vice-versa. Na primeira hipótese, é obrigatório o mútuo acordo 
entre as partes. Já a alteração do regime de teletrabalho para o presencial poderá ocorrer apenas por 
determinação do empregador, hipótese em que deverá ser observado o prazo de 15 dias, para que o 
empregado possa se adaptar à transição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
62 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 62 – FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Renato trabalha na empresa Ramos Santos Ltda. exercendo a função de técnico de manutenção. De 
segunda a sexta-feira, ele trabalha das 8h às 17h, com uma hora de almoço, e, aos sábados, das 8h às 12h, 
sem intervalo. 
Ocorre que, por reivindicação de alguns funcionários, a empresa instituiu um culto ecumênico toda sexta-
feira, ao final do expediente, cujo comparecimento é facultativo. O culto ocorre das 17h às 18h, e Renato 
passou a frequentá-lo. 
Diante dessa situação, na hipótese de você ser procurado como advogado (a) em consulta formulada por 
Renato sobre jornada extraordinária, considerando o enunciado e a legislação trabalhista em vigor, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A Renato não faz jus a qualquer valor de horas extras. 
B) Renato tem direito a uma hora extra semanal, pois o culto foi instituído pela empregadora. 
C) Renato tem direito a uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, em razão do horário de trabalho das 
8h às 17h. 
D) Renato tem direito a nove horas extras semanais, sendo cinco de segunda a sexta-feira e mais as 4 aos 
sábados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
João Paulo, trabalha de segunda à sexta de 8h às 17h, descontando- se 1h para alimentação, resultando em 
8h trabalhadas por dia (40h semanais), somando- se a 4h aos sábados, totalizando em 44h semanais. Quanto 
ao culto ecumênico que João Paulo começou a frequentar, facultativamente, conforme o enunciado, não lhe 
dá direito a receber HE. Portanto, João Paulo não terá direito ao recebimento de nenhuma hora extra. 
 
Art.4°, §2°, CLT. Não se configura tempo a disposição do empregador, não sendo computado como período extraordinário: 
a) práticas religiosas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
63 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 63 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Em determinada localidade, existe a seguinte situação: a convenção coletiva da categoria para o período 
2018/2019 prevê o pagamento de adicional de 70% sobre as horas extras realizadas de segunda-feira a 
sábado. Ocorre que a sociedade empresária Beta havia assinado um acordo coletivo para o mesmo 
período, porém alguns dias antes, prevendo o pagamento dessas horas extras com adicional de 60%. 
De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o adicional que deverá prevalecer. 
 
A) Prevalecerá o adicional de 70%, por ser mais benéfico aos empregados. 
B) Diante da controvérsia, valerá o adicional de 50% previsto na Constituição Federal. 
C) Deverá ser respeitada a média entre os adicionais previstos em ambas as normas coletivas, ou seja, 65%. 
D) Valerá o adicional de 60% previsto em acordo coletivo, que prevalece sobre a convenção. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A partir da Reforma Trabalhista, em 11/11/2017, foram introduzidas importantes mudanças no Direito do 
Trabalho. Em especial, foi introduzida uma nova sistemática quanto às matérias regradas pelos acordos e 
convenções coletivas. A partir de então, conforme o Art. 611-A, a convenção coletiva e o acordo coletivo de 
trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre as matérias que não sejam expressamente 
vedadas pela CLT. 
 
Antes, entendia-se que preponderava o instrumento coletivo que fizesse cumprir o princípio da norma mais 
favorável, afastando-se o critério geral oriundo do Direito Civil de que a norma mais específica deve 
sobressair. Ou seja, valia a norma que mais beneficiasse o trabalhador.Todavia, a partir da Reforma Trabalhista, acolheu-se o critério da especificidade como solução do conflito de 
normas, pelo que restou alterada a redação do art. 620 da CLT, estabelecendo em definitivo que o Acordo 
Coletivo de Trabalho sempre prevalecerá sobre a Convenção Coletiva de Trabalho. 
 
Em conclusão, a partir da reforma trabalhista, as empresas e os sindicatos ganharam mais autonomia para 
regrarem as relações entre si, de forma a fazer valer as cláusulas nos instrumentos coletivos que melhor 
atendam aos interesses de ambas as partes, privilegiando as questões específicas para cada pacto firmado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
64 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 64 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Gilda e Renan são empregados da sociedade empresária Alfa Calçados Ltda. há 8 meses, mas, em razão da 
crise econômica no setor, o empregador resolveu dispensá-los em outubro de 2018. Nesse sentido, 
concedeu aviso prévio indenizado de 30 dias a Gilda e aviso prévio trabalhado de 30 dias a Renan. 
Em relação ao prazo máximo, previsto na CLT, para pagamento das verbas devidas pela extinção, assinale 
a afirmativa correta. 
 
A) Ambos os empregados receberão em até 10 dias contados do término do aviso prévio. 
B) Gilda receberá até o 10º dia do término do aviso e Renan, até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso 
prévio. 
C) Gilda e Renan receberão seus créditos em até 10 dias contados da concessão do aviso prévio. 
D) Gilda receberá até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio e Renan, até o 10º dia do término do 
aviso. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
O aviso prévio, independentemente de ser trabalhado ou indenizado, projeta o término do contrato de 
trabalho para a respectiva data de término do aviso. 
 
Então, dizer que o pagamento deverá ser feito até 10 dias após o término do aviso é o mesmo que dizer que 
deverá ser 10 dias após o término do contrato. 
 
Muito embora não pareça correto adimplir as verbas daquele que foi dispersado do cumprimento do aviso 
somente após o término temporal deste, trata-se de literalidade da Lei, e o legislador não se atentou a esse 
detalhe quando de sua elaboração. 
 
Então, enquanto não houver um pronunciando do TST no sentido de apontar os termos da aplicabilidade no 
caso concreto, o prazo é de 10 dias após o término do contrato / aviso, seja indenizado, seja trabalhado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
65 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 65 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase 
 
Paula trabalha na residência de Sílvia três vezes na semana como passadeira. Em geral, comparece às 
segundas, quartas e sextas, mas, se necessário, mediante comunicação prévia, comparece em outro dia da 
semana, exceto sábados, domingos e feriados. 
A CTPS não foi assinada e o pagamento é por dia de trabalho. Quando Paula não comparece, não recebe o 
pagamento e não sofre punição, mas Sílvia costuma sempre pedir que a ausência seja previamente 
comunicada. 
Paula procura você, como advogado (a), com dúvida acerca da sua situação jurídica. À luz da legislação 
específica em vigor, assinale a opção que contempla a situação de Paula. 
 
A) Paula é diarista, pois trabalha apenas 3 vezes na semana. 
B) Paula é autônoma, porque gerencia seu próprio trabalho, dias e horários. 
C) Paula é empregada eventual. 
D) Paula é empregada doméstica. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
FUNDAMENTO: O Art. 1º, da LC 150/2015 (Trata sobre o contrato de trabalho doméstico): 
Art. 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal 
e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o 
disposto nesta Lei. 
 
IMPORTANTE: 
1- Prestação de serviço de natureza não lucrativa à pessoa ou à família; 
2- Executa o trabalho no âmbito residencial da pessoa ou à família; 
3- Continuadamente. 
4- Trabalha por mais de 2 dias por semana. 
DIREITOS TRABALHISTAS DO EMPREADO (A) DOMÉSTICO: 
a) Registro em CTPS; 
b) Ao salário-mínimo ou ao piso salarial estadual, fixado em lei; 
c) Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais; 
d) Seguro contra acidentes de trabalho; 
e) Irredutibilidade do salário; 
f) Horas Extras – com no mínimo 50% de acréscimo sobre o valor da hora normal; 
g) Adicional noturno – equivalente 20% do valor da hora normal; 
h) Décimo terceiro salário; 
i) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
j) Férias vencidas, acrescidas de 1/3 constitucional; 
k) Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; 
l) Férias em dobro, quando concedidas ou pagas fora do prazo; 
m) Salário-família; 
n) Vale transporte, nos termos da lei; 
o) FGTS equivalente a 8% da remuneração do empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
66 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 66 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Gustavo foi empregado da empresa Pizzaria Massa Deliciosa. Após a extinção do seu contrato, ocorrida 
em julho de 2018, as partes dialogaram e confeccionaram um termo de acordo extrajudicial, que levaram 
à Justiça do Trabalho para homologação. O acordo em questão foi assinado pelas partes e por um 
advogado, que era comum às partes. 
Considerando o caso narrado, segundo os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Viável a homologação do acordo extrajudicial, porque fruto de manifestação de vontade das partes 
envolvidas. 
B) Não será possível a homologação, porque empregado e empregador não podem ter advogado comum. 
C) Impossível a pretensão, porque, na Justiça do Trabalho, não existe procedimento especial de jurisdição 
voluntária, mas apenas contenciosa. 
D) Para a validade do acordo proposto, seria necessário que o empregado ganhasse mais de duas vezes o 
teto da Previdência Social. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A. INCORRETA. É possível a homologação do acordo extrajudicial, mas a manifestação da vontade fica 
prejudicada, pois as partes não poderão ser representadas por advogado comum. 
 
B. CORRETA. Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, 
sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
§ 1° As partes não poderão ser representadas por advogado comum. 
 
C. INCORRETA.Com a reforma trabalhista introduzida pela Lei n° 13.467/2017, foi introduzido o Capítulo III-
A: DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL. Art. 855-
B a 855-E. 
 
D. INCORRETA. Com a reforma trabalhista, foi introduzida a figura do trabalhador hipersuficiente e a Cláusula 
compromissória de Arbitragem. 
 
A lei 13.467 introduziu parágrafo único, ao artigo 444, da CLT, permitindo que a livre estipulação das 
condições contratuais do empregado, portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal 
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, tenha 
a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos. 
 
Concomitantemente, a referida lei acrescentou o artigo 507-A ao antigo texto da CLT, para permitir a 
estipulação de cláusula compromissória de arbitragem, para solução de conflitos oriundos da relação de 
emprego de empregado, cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo para os benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social, desde que por iniciativado empregado ou sua expressa concordância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
67 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 67 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Lucas trabalhava em uma empresa estatal, cuja norma interna regulamentar previa a necessidade de 
sindicância administrativa para apuração de falta e aplicação de suspensão. Após quatro anos de contrato 
sem qualquer intercorrência, em determinada semana, Lucas faltou sem qualquer comunicação ou 
justificativa por dois dias consecutivos. Diante disso, logo após o seu retorno ao trabalho, seu superior 
hierárquico aplicou a pena de suspensão por três dias. 
Na qualidade de advogado de Lucas, que tem interesse em manter o emprego, você deverá requerer 
 
A) a rescisão indireta do contrato por punição excessiva. 
B) a nulidade da punição, pois não foi observada a norma regulamentar da empresa. 
C) a conversão da suspensão em advertência. 
D) a ausência de nexo de causalidade e o decurso de tempo entre a punição e a falta. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Nulidade da punição, caso contrário estaria ferindo o Devido Processo Legal e a Ampla Defesa, a final as 
normas internas preveem a necessidade de sindicância administrativa para apuração de falta e aplicação de 
suspensão. 
 
A título de curiosidade: 
"A Sindicância em Empresas Privadas tem como objetivo esclarecer, identificar ou elucidar fatos, atos, 
ocorrências e ou transgressões disciplinares de natureza grave nos postos de trabalho das empresas, através 
de procedimento organizado, transparente, com a utilização de mecanismos lícitos, e tudo centralizado em 
um único documento. Para darmos início a uma Sindicância precisamos de um fato concreto que seja 
elencado no artigo 482 da CLT – Faltas Graves." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
68 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 68 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma sociedade empresária, a 
redução geral dos salários de seus empregados em 15% durante 1 ano. 
Nesse caso, conforme dispõe a CLT, 
 
A) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a sociedade 
empresária. 
B) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos durante a vigência do 
acordo coletivo. 
C) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será desnecessária. 
D) a norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada por 
convenção coletiva de trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
EM REGRA: O salário não pode ser reduzido, SALVO em CONVENSÃO ou ACORDO COLETIVO. 
 
ANTES DA REFORMA TRABALHISTA: Quando retira um direito do empregado, em contrapartida, tem que 
integrar um novo direito para o empregado. 
 
APÓS REFORMA TRABALHISTA: Sabemos que a convenção e acordo coletivo (Art. 611 - 611-A CLT) quando 
estão presentes os sindicatos, a convenção ou o acordo coletivo ou seja a negociação coletiva, ela prevalece 
a lei quando tem, a participação do sindicato - Art. 8º Inc. III CLT. 
 
EXEÇÃO: Art. 611, parágrafo 3º CLT. Garantia de emprego, durante 1 ano, o empregado tem direito a uma 
garantia até o término desse acordo, o empregado não pode ser dispensado a não ser por justo motivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
69 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 69 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Felisberto foi contratado como técnico pela sociedade empresária Montagens Rápidas Ltda., em janeiro 
de 2018, recebendo salário correspondente ao mínimo legal. Ele não está muito satisfeito, mas espera, no 
futuro, galgar degraus dentro da empresa. O empregado em questão trabalha na seguinte jornada: de 
segunda a sexta-feira, das 10h às 19h48min com intervalo de uma hora para refeição, tendo assinado 
acordo particular por ocasião da admissão para não trabalhar aos sábados e trabalhar mais 48 minutos de 
segunda a sexta-feira. 
Com base na situação retratada e na Lei, considerando que a norma coletiva da categoria de Felisberto é 
silente a respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Há direito ao pagamento de horas extras, porque a compensação de horas teria de ser feita por acordo 
coletivo ou convenção coletiva, não se admitindo acordo particular para tal fim. 
B) Não existe direito ao pagamento de sobrejornada, porque as partes podem estipular qualquer quantidade 
de jornada, independentemente de limites. 
C) A Lei é omissa a respeito da forma pela qual a compensação de horas deva ser realizada, razão pela qual 
caberá ao juiz, valendo-se de bom senso e razoabilidade, julgar por equidade. 
D) A situação não gera direito a horas extras, porque é possível estipular compensação semanal de horas, 
inclusive por acordo particular, como foi o caso. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A CLT prevê a possibilidade de compensação, que ocorre quando o empregado trabalha algumas horas a 
mais em um (ou mais) dia (s) e menos em outro (s). 
 
Após a reforma, a CLT passou a permitir: 
A compensação dentro do mês (não mais apenas na mesma semana) 
O estabelecimento mediante acordo individual tácito ou escrito (não só o escrito) 
 
Art. 59, §6º, CLT: é lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a 
compensação no mesmo mês 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
70 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 70 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Considerando a grave crise financeira que o país atravessa, a fim de evitar a dispensa de alguns 
funcionários, a metalúrgica Multiforte Ltda. pretende suspender sua produção por um mês. O Sindicato 
dos Empregados da indústria metalúrgica contratou você para, como advogado, buscar a solução para o 
caso. 
Segundo o texto da CLT, assinale a opção que apresenta a solução de acordo mais favorável aos interesses 
dos empregados. 
 
A) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos empregados por 30 dias, por meio de acordo 
individual de trabalho. 
B) Conceder férias coletivas de 30 dias. 
C) Promover o lockout. 
D) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos empregados por 30 dias, por meio de acordo 
coletivo de trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
> Quando ocorre a SUSPENSÃO do contrato de trabalho, o empregado não trabalha, mas também não 
recebe, não conta tempo de serviço... É a suspensão total dos efeitos do contrato por esse tempo. 
Ex: Afastamento no caso de prisão do empregado, etc 
 
> A INTERRUPÇÃO do contrato de trabalho, conta como tempo de serviço, o empregado continua recebendo 
salário. 
 
São os casos, por exemplo, de falta justificada - rol do art. 473, CLT, etc.. 
Na questão, para os trabalhadores é mais benéfica a concessão de férias coletivas, uma vez que continuarão 
com seus contratos produzindo efeitos como tempo de serviço, etc. 
Caso houvesse a suspensão, todos os efeitos dos contratos suspensos trariam como consequência a 
paralisação dos trabalhos, mas também não haveria a contraprestação do empregador aos empregados, nem 
contaria como tempo de serviço. 
Atenção ao enunciado: "O Sindicato dos Empregados da indústria metalúrgica contratou você para, como 
advogado..." Você é advogado dos trabalhadores, deve procuraruma solução mais benéfica para quem você 
representa. 
 
Vejamos os comentários por alternativa: 
Alternativas A e D: Visam a suspensão dos contratos de trabalho e consequentemente das obrigações 
decorrentes do vínculo empregatício, como o pagamento de salários, ausência da prestação de serviço e 
também não se computa para o tempo de serviço. Logo o Sindicato dos Empregados não vai solicitar tal 
medida. 
Alternativa B: As férias coletivas nos termos do art. 139, CLT é a hipótese mais benéfica para os empregados. 
Alternativa C: Lockout é vedado no Brasil - Art. 17 da Lei de greve conceitua o instituto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
71 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 71 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Paulo é policial militar da ativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Como policial militar, trabalha em 
regime de escala 24h x 72h.Nos dias em que não tem plantão no quartel, atua como segurança em uma 
joalheria de um shopping center, onde tem que trabalhar três dias por semana, não pode se fazer substituir 
por ninguém, recebe remuneração fixa mensal e tem que cumprir uma rotina de 8 horas a cada dia 
laborado. Os comandos do trabalho lhe são repassados pelo gerente-geral da loja, sendo que ainda ajuda 
nas arrumações de estoque, na conferência de mercadorias e em algumas outras funções internas. Paulo 
não teve a CTPS anotada pela joalheria. 
Diante dessa situação, à luz das normas da CLT e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, razão pela qual Paulo tem vínculo empregatício 
com a joalheria, independentemente do fato de ser policial militar da ativa, e de sofrer eventual punição 
disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar. 
B) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, mas Paulo não poderá ter vínculo empregatício 
com a joalheria, em razão da punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar. 
C) Não estão presentes os requisitos da relação de emprego, uma vez que Paulo poderá ser requisitado pela 
Brigada Militar e não poderá trabalhar nesse dia para a joalheria. 
D) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, sendo indiferente à relação de emprego uma 
eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar, mas Paulo não pode ter 
vínculo empregatício com a joalheria tendo em vista que a função pública exige dedicação exclusiva. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
SUM 386 TST - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de 
EMPREGO entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de 
penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
72 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 72 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
 
Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 
mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e 
aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computando-
se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não eram do banco, mas, sim, 
da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. 
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições 
da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de 
liberalidade. 
B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, porque 
relacionados a produtos de terceiros. 
C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. 
D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, uma vez que 
ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado pelo banco. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Súmula 93, do TST: 
Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários 
de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o 
consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
73 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 73 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Jorge trabalhou para a Sapataria Bico Fino Ltda., de 16/11/2017 a 20/03/2018. Na ocasião realizava 
jornada das 9h às 18h, com 15 minutos de intervalo. Ao ser dispensado ajuizou ação trabalhista, 
reclamando o pagamento de uma hora integral pela ausência do intervalo, além dos reflexos disso nas 
demais parcelas intercorrentes do contrato de trabalho. 
Diante disso, e considerando o texto da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória 
da parcela. 
B) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, além dos reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela. 
C) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica 
indenizatória da parcela. 
D) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica salarial 
da parcela. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A questão também tratou de inovações promovidas pela Lei n. 13.467/2017. 
 
Era importante que o candidato se atentasse ao fato de que o contrato em questão transcorreu 
integralmente após a vigência da referida lei, que ocorreu em 11.11.2017. 
 
E, segundo o disposto na atual redação do parágrafo 4º do art. 71 da CLT: 
“§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos 
e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) 
sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
74 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 74 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Lúcio foi dispensado do emprego, no qual trabalhou de 17/11/2017 a 20/03/2018, por seu empregador. 
Na sociedade empresária em que trabalhou, Lúcio batia o cartão de ponto apenas no início e no fim da 
jornada efetiva de trabalho, sem considerar o tempo de café da manhã, de troca de uniforme (que consistia 
em vestir um jaleco branco e tênis comum, que ficavam na posse do empregado) e o tempo em que jogava 
pingue-pongue após almoçar, já que o fazia em 15 minutos, e poderia ficar jogando até o término do 
intervalo integral. 
Você foi procurado por Lúcio para, como advogado, ingressar com ação pleiteando horas extras pelo tempo 
indicado no enunciado não constante dos controles de horário. 
Sobre o caso, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Lúcio não faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas não constituem tempo à 
disposição do empregador. 
B) Lúcio faz jus às horas extras pelasatividades indicadas, pois as mesmas constituem tempo à disposição do 
empregador, já que Lúcio estava nas dependências da empresa. 
C) Apenas o tempo de alimentação e café da manhã devem ser considerados como tempo à disposição, já 
que o outro representa lazer do empregado. 
D) Apenas o tempo em que ficava jogando poderá ser pretendido como hora extra, pois Lúcio não desfrutava 
integralmente da pausa alimentar. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
A questão também tratou de inovações promovidas pela Lei n. 13.467/2017. 
 
Era importante que o candidato se atentasse ao fato de que o contrato em questão transcorreu 
integralmente após a vigência da referida lei, que ocorreu em 11.11.2017. 
 
E, segundo o disposto na atual redação do art. 4º da CLT: 
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou 
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. 
§2º por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a 
jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, 
por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como 
adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I – Práticas religiosas; 
II – Descanso; 
III – lazer; 
IV – Estudo; 
V – Alimentação; 
VI – Atividades de relacionamento social; 
VII – higiene pessoal; 
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
75 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 75 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Jerônimo Fernandes Silva foi admitido pela sociedade empresária Usina Açúcar Feliz S.A. em 12 de 
fevereiro de 2018 para exercer a função de gerente regional, recebendo salário de R$ 22.000,00 mensais. 
Jerônimo cuida de toda a Usina, analisando os contratos de venda dos produtos fabricados, comprando 
insumos e materiais, além de gerenciar os 80 empregados que a sociedade empresária possui. 
A sociedade empresária pretende inserir cláusula compromissória de arbitragem no contrato de trabalho. 
Diante da situação retratada e dos preceitos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A cláusula compromissória de arbitragem pode ser estipulada no momento da contratação, desde que o 
empregado manifeste concordância expressa. 
B) A cláusula compromissória de arbitragem é viável, se o empregado for portador de diploma de nível 
superior. 
C) Não cabe arbitragem nas lides trabalhistas individuais, pelo que nula eventual estipulação nesse sentido. 
D) É possível a estipulação de cláusula compromissória de arbitragem, desde que isso seja homologado pelo 
sindicato de classe. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A questão tratou de inovação promovida pela Lei n. 13.467/2017. 
Importante que o candidato estivesse atento ao fato de que, diversamente da previsão para a livre 
estipulação contida no parágrafo único do art. 444 da CLT, não há o requisito que o trabalhador possua 
diploma de nível superior para pactuação da cláusula compromissória de arbitragem. 
 
Nos termos do art. 507-A da CLT: 
“Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios 
do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do 
empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
76 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 76 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Efigênia foi empregada da sociedade empresária Luz Eterna S.A., exercendo, por último, o cargo de chefe 
do setor de Recursos Humanos. 
Após décadas de dedicação à empresa, Efigênia se aposentou por tempo de contribuição e saiu do emprego 
por vontade própria, recebendo a indenização legal. 
Ocorre que, após seis meses da jubilação, Efigênia passou a sentir falta da rotina que o seu trabalho gerava 
e também do convívio com os colegas de trabalho, daí porque manifestou desejo de retornar ao mercado 
de trabalho. 
Ciente disso, a ex empregadora ofereceu novamente o emprego a Efigênia, nas mesmas condições vigentes 
antes da aposentadoria, já que ela era excelente empregada e tinha profundo conhecimento das rotinas 
do setor de RH. 
Com base na situação retratada e na Lei, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Uma vez que Efigênia se aposentou, ela não pode assumir emprego na mesma sociedade empresária na 
qual se jubilou, por vedação legal expressa, sob pena de nulidade do segundo contrato. 
B) Se Efigênia voltar a trabalhar na sociedade empresária, o seu contracheque terá o desconto do INSS 
mensal, sendo irrelevante que ela seja aposentada. 
C) A ex empregada pode voltar a trabalhar porque sua liberdade é garantida pela Constituição da República, 
mas deverá optar entre receber o salário do empregador ou a aposentadoria pelo INSS, já que não é possível 
o acúmulo. 
D) O tempo trabalhado antes da aposentadoria, caso seja quitado pela sociedade empresária, será 
considerado para fins de pagamento de adicional por tempo de serviço no segundo contrato. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Não existe vedação para que o trabalhador que, não esteja aposentado por invalidez, retorne ao trabalho. 
 
E, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal, é possível a incidência das 
contribuições previdenciárias sobre os ganhos de aposentado que retornou ao labor, por força do princípio 
da solidariedade, citando-se como exemplo a decisão proferida no ARE 430.418/RS, em 18/03/2014, de 
relatoria do Min. Luís Roberto Barroso: 
 
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO APOSENTADO QUE 
RETORNA À ATIVIDADE. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE. PRECEDENTES. O Supremo Tribunal 
Federal consolidou o entendimento de que é constitucional a cobrança de contribuição previdenciária sobre 
o salário do aposentado que retorna à atividade. O princípio da solidariedade faz com que a referibilidade 
das contribuições sociais alcance a maior amplitude possível, de modo que não há uma correlação necessária 
e indispensável entre o dever de contribuir e a possibilidade de auferir proveito das contribuições vertidas 
em favor da seguridade. Agravo regimental a que se nega provimento”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
77 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 77 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Ferdinando trabalha na sociedade empresária Alfa S.A. há 4 anos, mas anda desestimulado com o emprego 
e deseja dar um novo rumo à sua vida, retornando, em tempo integral, aos estudos para tentar uma outra 
carreira profissional. Imbuído desta intenção, Ferdinando procurou seu chefe, em 08/03/2018, e 
apresentou uma proposta para, de comum acordo, ser dispensado da empresa, com formulação de um 
distrato. 
Diante do caso apresentado e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A realização da extinção contratual por vontade mútua é viável, mas a indenização será reduzida pela 
metade e o empregado não receberá seguro desemprego. 
B) A ruptura contratual por consenso pode ser feita, mas depende de homologação judicial ou do sindicato 
de classedo empregado. 
C) O contrato não pode ser extinto por acordo entre as partes, já que falta previsão legal para tanto, cabendo 
ao empregado pedir demissão ou o empregador o dispensar sem justa causa. 
D) O caso pode ser considerado desídia por parte do empregado, gerando então a dispensa por justa causa, 
sem direito a qualquer indenização. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A questão tratou de inovação promovida pela Lei n. 13.467/2017, especificamente, sobre a rescisão 
contratual por acordo entre empregado e empregador. 
 
Nos termos do art. 484-A, da CLT: 
“O Contrato de Trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes 
verbas trabalhistas: 
I – Por metade: 
a) o aviso prévio, se indenizado; 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do tempo de serviço, prevista no § 1º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio 
de 1990; 
II – Na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. 
2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
78 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 78 - FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase 
 
Em março de 2015, Lívia foi contratada por um estabelecimento comercial para exercer a função de caixa, 
cumprindo jornada de segunda-feira a sábado das 8h às 18h, com intervalo de 30 minutos para refeição. 
Em 10 de março de 2017, Lívia foi dispensada sem justa causa, com aviso prévio indenizado, afastando-se 
de imediato. Em 30 de março de 2017, Lívia registrou sua candidatura a dirigente sindical e, em 8 de abril 
de 2017, foi eleita vice-presidente do sindicato dos comerciários da sua região. Diante desse fato, Lívia 
ponderou com a direção da empresa que não seria possível a sua dispensa, mas o empregador insistiu na 
manutenção da dispensa afirmando que o aviso prévio não poderia ser considerado para fins de garantia 
no emprego. 
Sobre a hipótese narrada, de acordo com a CLT e com o entendimento consolidado do TST, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O período do aviso prévio é integrado ao contrato para todos os fins, daí porque Lívia, que foi eleita 
enquanto o pacto laboral estava em vigor, não poderá ser dispensada sem justa causa. 
B) Não se computa o aviso prévio para fins de tempo de serviço nem anotação na CTPS do empregado e, em 
razão disso, Lívia não terá direito à estabilidade oriunda da eleição para dirigente sindical. 
C) O aviso prévio é computado para todos os fins, mas, como a candidatura da empregada ocorreu no 
decorrer do aviso prévio, Lívia não terá garantia no emprego. 
D) A Lei e a jurisprudência não tratam dessa situação especial, razão pela qual caberá ao magistrado, no caso 
concreto, decidir se o aviso prévio será computado ao contrato. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Embora o aviso prévio seja considerado para todos os fins, conforme o entendimento contido no item V da 
Súmula n. 369 do TST: 
“O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não 
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
79 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 79 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 
Um empregado de 65 anos foi admitido em 10/05/2011 e dispensado em 10/01/2013. Ajuizou reclamação 
trabalhista em 05/12/2016, postulando horas extras e informando, na petição inicial, que não haveria 
prescrição porque apresentara protesto judicial quanto às horas extras em 04/06/2015, conforme 
documentos que juntou aos autos. 
Diante da situação retratada, considerando a Lei e o entendimento consolidado do TST, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) A prescrição ocorreu graças ao decurso do tempo e à inércia do titular. 
B) A prescrição foi interrompida com o ajuizamento do protesto. 
C) A prescrição ocorreu, porque não cabe protesto judicial na seara trabalhista. 
D) A prescrição não corre para os empregados maiores de 60 anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Uma vez que o empregado tem prazo de dois anos para ingressar com ação trabalhista a contar do termo 
final do contrato de trabalho. Observe, ainda, que apesar do protesto judicial ser válido na Justiça do 
Trabalho, OJ n. 392 da SDI-I/TST, a ação já estava prescrita, quando de sua apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
80 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 80 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 
Uma instituição bancária construiu uma escola para que os filhos dos seus empregados pudessem estudar. 
A escola tem a infraestrutura necessária, e o banco contratou as professoras que irão dar as aulas nos 
primeiros anos do Ensino Fundamental. Não existe controvérsia entre empregador e empregadas acerca 
do enquadramento sindical. 
Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Sendo o empregador das professoras um banco, elas são bancárias e estão vinculadas à convenção coletiva 
dessa categoria profissional. 
B) O professor integra categoria conexa, cabendo às professoras definir a que sindicatos pretendem se filiar. 
C) Uma vez que a atividade desenvolvida pelas professoras não é bancária, caberá à Justiça do Trabalho 
definir as regras que deverão permear os seus contratos. 
D) As professoras não são bancárias, porque integram categoria diferenciada. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Revela-se correta, haja vista que a categoria de professores é diferenciada, e não houve exercício de atividade 
conexa ao banco ou a instituição financeira. 
 
Fundamentação legal: 
CLT: 
"Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos 
os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, 
a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. 
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constituem o vínculo 
social básico que se denomina categoria econômica. 
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade 
econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria 
profissional. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força 
de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. 
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional 
é homogênea e a associação é natural." 
 
TST, SUM-117 BANCÁRIO. CATEGORIA DIFERENCIADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabelecimento de crédito pertencentes a categorias 
profissionais diferenciadas.Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
81 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 81 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 
Carlos, professor de educação física e fisioterapeuta, trabalhou para a Academia Boa Forma S/A, que 
assinou sua CTPS. Cumpria jornada de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, com uma hora de intervalo 
para almoço. 
Ao longo da jornada de trabalho, ele ministrava quatro aulas de ginástica com 50 minutos de duração cada, 
e, também, fazia atendimentos fisioterápicos previamente marcados pelos alunos da Academia, na 
sociedade empresária Siga em Boa Forma Ltda., do mesmo grupo econômico da Academia, sem ter sua 
CTPS anotada. Dispensado, Carlos pretende ajuizar ação trabalhista. 
Diante disso, em relação ao vínculo de emprego de Carlos assinale a afirmativa correta. 
 
A) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis solidárias dos débitos 
trabalhistas. 
B) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis subsidiárias dos 
débitos trabalhistas. 
C) O caso gera duplicidade de contratos de emprego, cada empresa com sua responsabilidade. 
D) O caso não gera coexistência de mais de um contrato de trabalho. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A alternativa “D” revela-se correta, haja vista que em se tratando de grupo econômico, e o empregado venha 
a prestar serviço a mais de uma empresa do grupo não haverá a coexistência de mais de um contrato, salvo 
ajuste em contrário, o que não foi observado no caso em tela, conforme Súmula 129 do TST. 
 
Súmula no 129 do TST. Contrato de trabalho. Grupo econômico. 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza 
a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
82 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 82 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 
Solange é comissária de bordo em uma grande empresa de transporte aéreo e ajuizou reclamação 
trabalhista postulando adicional de periculosidade, alegando que permanecia em área de risco durante o 
abastecimento das aeronaves porque ele era feito com a tripulação a bordo. 
Iracema, vizinha de Solange, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional de insalubridade, mas, 
após cinco anos, sua atividade foi retirada da lista de atividades insalubres, por ato da autoridade 
competente. 
Sobre as duas situações, segundo a norma de regência e o entendimento consolidado do TST, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de 
insalubridade. 
B) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o adicional de insalubridade por ter 
direito adquirido. 
C) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o direito ao adicional de 
insalubridade. 
D) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de 
insalubridade. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Revela-se correta, nos termos expressos da Súmula n. 248 e 447 do TST, respectivamente: 
“A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo 
adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. ” 
 
“Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, 
permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 
16 do MTE. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
83 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 83 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 
João era proprietário de uma padaria em uma rua movimentada do centro da cidade. Em razão de obras 
municipais, a referida rua foi interditada para veículos e pedestres. Por conta disso, dada a ausência de 
movimento, João foi obrigado a extinguir seu estabelecimento comercial, implicando a paralisação 
definitiva do trabalho. 
Acerca da indenização dos empregados pela extinção da empresa, à luz da CLT, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo Município. 
B) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pela União. 
C) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo empregador, sem possibilidade de ressarcimento. 
D) Tratando-se de motivo de força maior, não há pagamento de indenização. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Questão que cobrou conhecimento do fato do príncipe, previsto na CLT, art. 486. 
CLT, art. 486 No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou 
federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da 
indenização, que ficará a cargo do governo responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
84 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 84 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 
Os irmãos Pedro e Júlio Cesar foram contratados como empregados pela sociedade empresária Arco Doce 
S/A e lá permaneceram por dois anos. Como foram aprovados em diferentes concursos públicos da 
administração direta, eles pediram demissão e, agora, com a possibilidade concedida pelo Governo, 
dirigiram-se à Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar o FGTS. 
Na agência da CEF foram informados que só havia o depósito de FGTS de 1 ano, motivo por que procuraram 
o contador da Arco Doce para uma explicação. O contador informou que não havia o depósito porque, no 
último ano, Pedro afastara-se para prestar serviço militar obrigatório e Júlio Cesar afastara-se pelo INSS, 
recebendo auxílio-doença comum (código B-31). Diante desses fatos, confirmados pelos ex empregados, o 
contador ponderou que não havia obrigação de a empresa depositar o FGTS durante 1 ano para ambos. 
Sobre a questão retratada e de acordo com a legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A sociedade empresária tem razão na justificativa de Júlio Cesar, mas está errada em relação a Pedro. 
B) A sociedade empresária está errada em relação a ambos os empregados. 
C) No que tange a Pedro, a sociedade empresária está certa, mas, no tocante a Julio Cesar, não tem razão. 
D) A pessoa jurídica está correta em relação a Pedro e a Júlio Cesar. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
No caso do empregado em serviço militar obrigatório, o empregador deve continuar recolhendo o FGTS (Lei 
8.036/90, art. 15, § 5º). Portanto, o contrato de trabalho de Pedro está suspenso, mas por força da lei do 
FGTS (Lei 8.036/1990), seu empregador deverá continuar efetuando o recolhimento. O mesmo não vale para 
o empregado que se afasta por motivo de doença/acidente que não seja relacionada ao trabalho, como é o 
caso de Júlio César. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
85 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 85 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 
Um grupo econômico é formado pelassociedades empresárias X, Y e Z. Com a crise econômica que assolou 
o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar 
dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por 
convenção coletiva; Y acertou a mesma redução em acordo coletivo; e Z fez a mesma redução, por acordo 
individual escrito com os empregados. 
Diante da situação retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) As empresas estão erradas, porque o salário é irredutível, conforme previsto na Constituição da República. 
B) Não se pode acertar redução de salário por acordo coletivo nem por acordo individual, razão pela qual as 
empresas Y e Z estão erradas. 
C) A empresa Z não acertou a redução salarial na forma da lei, tornando-a inválida. 
D) As reduções salariais em todas as empresas do grupo foram negociadas e, em razão disso, são válidas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Em que pese à questão não diga a luz de qual ordenamento jurídico, CRFB/1988 ou nova CLT, muito menos 
que “tipo” de trabalhador seria, referindo-se à redução salarial apenas para "reduzir o custo de mão de obra" 
(flexibilização). Entendo que o salário é imperativo necessário à existência/convivência do homem médio em 
sociedade, o qual, não raro, não atende as necessidades básicas de um trabalhador “comum”. 
 
Nesse sentido, no conceito de “salário vital” da obra clássica “O Salário” de 1968 (consultada na biblioteca 
digital da editora LTr em 2017), o professor Amauri Mascaro Nascimento dispõe que o salário aparece como 
imperativo de uma necessidade inadiável do trabalhador, que assegura não uma vida conveniente, mas o 
mínimo indispensável ao denominado “homem comum. 
 
A flexibilização não pode servir ao empregador como desculpa para ter lucro superior, para aumentar seus 
rendimentos. A flexibilização é um direito do patrão, mas deve ser utilizada com cautela e apenas em caso 
real e comprovada necessidade de recuperação da empresa (CASSAR, 2017, p. 35). 
 
Fundamentação legal: 
CLT: 
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a 
redução dos seguintes direitos: 
IV - Salário-mínimo mínimo; 
 
Vejamos agora o que diz o art. 7.º da CRFB/1988. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
86 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 86 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 
Um representante comercial ajuíza ação na Justiça do Trabalho pedindo a devolução de descontos. Ele 
explica que sua comissão sobre as vendas é de 5%, mas que pode optar pelo percentual de 10%, desde que 
se comprometa a pagar o valor da venda, caso o comprador fique inadimplente. Alega que sempre fez a 
opção pelos 10%, e que, nos casos de inadimplência, teve de pagar o valor do negócio para depois tentar 
reaver a quantia do comprador, o que caracterizaria transferência do risco da atividade econômica. 
Diante do caso apresentado e da lei de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A prática é válida porque o representante não é empregado nos moldes da CLT, além de ter sido uma 
opção por ele tomada. 
B) O caso traduz um truck system, sendo que a lei limita o prejuízo do representante comercial a 50% da 
venda não paga. 
C) A norma de regência é omissa a respeito desta situação, razão pela qual é válida, na medida em que se 
trata de relação de direito privado. 
D) A situação caracteriza a cláusula del credere, vedada pela Lei de Representação Comercial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Não só o Truck System mas também o Del Credere são vedados pela legislação trabalhista brasileira. 
 
Enquanto o Truck System é o sistema em que a empresa coage o empregado a gastar sua renda no próprio 
estabelecimento (condição análoga à escravo) por outro lado o Del Credere corresponde a parte contratante 
poder descontar do representante comercial determinado valores na hipótese da venda ou da transação ser 
desfeita ou cancelada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
87 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 87 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase 
 
Suely trabalha na casa de Rogério como cuidadora de seu pai, pessoa de idade avançada e enferma, 
comparecendo de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00 h, com intervalo de uma hora para refeição. De 
acordo com o caso narrado e a legislação de regência, assinale a afirmativa correta. 
A) O controle escrito não é necessário, porque menos de 10 empregados trabalham na residência de Rogério. 
B) A lei de regência prevê que as partes podem acertar, por escrito, a isenção de marcação da jornada normal, 
assinalando apenas a eventual hora extra. 
C) A Lei é omissa a respeito, daí por que a existência de controle deve ser acertado entre as partes envolvidas 
no momento da contratação. 
D) Rogério deve, por força de Lei, manter controle escrito dos horários de entrada e saída da empregada 
doméstica. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
LC nº 150: 
Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, 
desde que idôneo. 
 
Não necessariamente o registro deverá ser escrito, como podemos ver pela leitura do artigo supra (pode ser 
eletrônico, por exemplo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
88 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 88 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase 
 
Um aprendiz de marcenaria procura um advogado para se inteirar sobre o FGTS que vem sendo depositado 
mensalmente pelo empregador na sua conta vinculada junto à CEF, na razão de 2% do salário, e cujo valor 
é descontado juntamente com o INSS. Com relação ao desconto do FGTS, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O FGTS deveria ser depositado na ordem de 8% e não poderia ser descontado. 
B) A empresa, por se tratar de aprendiz, somente poderia descontar metade do FGTS depositado. 
C) A empresa está equivocada em relação ao desconto, pois o FGTS é obrigação do empregador. 
D) A conduta da empresa é regular, tanto em relação ao percentual quanto ao desconto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Lei nº 8.036/90: 
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta 
bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada 
trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere 
a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. 
§ 7o Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento. 
 
O FGTS não pode ser descontado. É uma obrigação apenas do empregador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
89 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 89 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase 
 
Na convenção coletiva de determinada categoria, ficou estipulado que oadicional de periculosidade seria 
pago na razão de 15% sobre o salário-base, pois, comprovadamente, os trabalhadores permaneciam em 
situação de risco durante metade da jornada cumprida. Sobre a cláusula em questão, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A cláusula não é válida, pois se trata de norma de ordem pública. 
B) A validade da cláusula depende de homologação judicial. 
C) A cláusula é válida, porque a Constituição da República garante eficácia aos acordos e às convenções 
coletivas. 
D) A legalidade da cláusula será avaliada pelo juiz, porque a Lei e o TST são silentes a respeito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Fundamentação legal: 
Art. 193. [...]. 
§ 1° - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem 
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
 
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a 
redução dos seguintes direitos: 
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; 
 
 
QUESTÃO 90 - FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase 
 
Lino trabalha como diagramador na sociedade empresária XYZ Ltda., localizada em um grande centro 
urbano, e recebe do empregador, além do salário, moradia e plano de assistência odontológica, 
graciosamente. Sobre o caso narrado, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Ambos os benefícios serão incorporados ao salário de Lino. 
B) Somente o benefício da habitação será integrado ao salário de Lino. 
C) Nenhum dos benefícios será incorporado ao salário de Lino. 
D) Somente o benefício do plano de assistência odontológica será integrado ao salário de Lino. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Como o enunciado da questão deixou claro que o local de trabalho situa-se em um grande centro urbano (e 
nada mais disse a respeito da habitação), depreende-se que o fornecimento da habitação não é indispensável 
para a realização do trabalho. Nessa senda, com fundamento na SUM-367, I, do TST, terá natureza salarial, 
integrando-se ao salário de Lino. 
 
Por outro lado, a assistência odontológica tem sua natureza salarial afastada por expressa disposição legal 
(CLT, art. 458, § 2º, II). 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
90 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 91 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase 
 
O empregado Júlio foi vítima de um assalto, fora do local de trabalho, sem qualquer relação com a 
prestação das suas atividades, sendo baleado e vindo a falecer logo após. O empregado deixou viúva e 
quatro filhos, sendo dois menores impúberes e dois maiores e capazes. 
Dos direitos abaixo listados, indique aquele que não é devido pela empresa e, de acordo com a lei de 
regência, a quem a empresa deve pagar os valores devidos ao falecido. 
 
A) A indenização de 40% sobre o FGTS não é devida e os valores devidos ao falecido serão pagos aos 
dependentes habilitados perante a Previdência Social. 
B) As férias proporcionais não são devidas e os valores devidos ao falecido serão pagos aos herdeiros. 
C) O aviso prévio não é devido e os valores devidos ao falecido serão pagos aos herdeiros. 
D) O 13º salário proporcional não é devido e os valores devidos ao falecido serão pagos aos dependentes 
habilitados perante a Previdência Social. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A morte de um empregado caracteriza a extinção do contrato de trabalho de modo involuntário, não sendo 
devida, no caso, a multa de 40% do FGTS. Esta penalidade aplica-se ao empregador que despede o obreiro 
sem justa causa. 
Ocorrendo a morte do empregado, deverão ser pagos aos seus dependentes (habilitados) ou sucessores. 
 
 
QUESTÃO 92 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase 
 
Paula e Joyce são empregadas de uma mesma sociedade empresária. O irmão de Paula faleceu e o 
empregador não autorizou sua ausência ao trabalho. Vinte dias depois, Joyce se casou e o empregador 
também não autorizou sua ausência ao trabalho em nenhum dia. 
Como advogado (a) das empregadas, você deverá requerer 
 
A) em ambos os casos, a ausência ao trabalho por três dias consecutivos. 
B) um dia de ausência ao trabalho para Paula e de três dias para Joyce. 
C) a ausência ao trabalho por dois dias consecutivos, no caso de Paula e, de até três dias, para Joyce. 
D) a ausência ao trabalho por dois úteis dias no caso de Paula e, de até três dias úteis, para Joyce. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Questão resolvida com o texto da lei, vejamos: 
CLT, art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em 
sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
91 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 93 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase 
 
O órgão do Ministério Público do Trabalho foi procurado por um grupo de trabalhadores da construção 
civil. Eles denunciam que o sindicato de classe obreiro está sendo omisso na busca de direitos e vantagens 
para a categoria, tanto assim que há cinco anos eles não têm reajuste salarial nem é elaborada uma 
convenção coletiva. 
Na hipótese narrada, sobre a situação do MPT, de acordo com o entendimento do TST e do STF, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O parquet poderá ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica na Justiça do Trabalho, em substituição 
ao sindicato de classe omisso, evitando maiores prejuízos para os trabalhadores. 
B) O órgão do Ministério Público não poderá ajuizar dissídio coletivo, pois sua atribuição fica limitada ao caso 
de greve em serviço essencial, o que não é o caso. 
C) O MPT poderá entabular negociação diretamente com o sindicato dos empregadores e, elaborada a 
convenção coletiva, levar à homologação do Poder Judiciário. 
D) O Ministério Público poderá instaurar inquérito civil e, apurando a irregularidade, ajuizar ação na Justiça 
do Trabalho, requerendo a condenação criminal dos dirigentes do sindicato por ato de improbidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Fundamentação legal: 
CLT, srt. 617 - Os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar Acordo Coletivo de Trabalho com as respectivas 
empresas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo da categoria profissional, que terá o prazo de 8 
(oito) dias para assumir a direção dos entendimentos entre os interessados, devendo igual procedimento ser observado pelas 
empresas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva categoria econômica. 
§ 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar 
conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, 
no mesmo prazo, assume a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados prosseguir diretamente na 
negociação coletiva até final. 
 
CF, art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho 
poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercializaçãoTodos os direitos reservados. 
92 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 94 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase 
 
Plínio é empregado da empresa Vigilância e Segurança Ltda., a qual não lhe paga salário há dois meses e 
não lhe fornece vale transporte há cinco meses. Plínio não tem mais condições de ir ao trabalho e não 
consegue prover seu sustento e de sua família. 
Na qualidade de advogado (a) de Plínio, de acordo com a CLT, assinale a opção que melhor atende aos 
interesses do seu cliente. 
 
A) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por 
não concessão do vale transporte, podendo permanecer, ou não, no serviço até decisão do processo. 
B) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por 
mora salarial. 
C) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por 
não concessão do vale transporte, mas deverá continuar trabalhando até a data da sentença. 
D) Propor uma ação trabalhista pedindo as parcelas decorrentes da ruptura contratual por pedido de 
demissão, além do vale transporte e salários atrasados e indenização por dano moral, mas seu cliente deve 
pedir demissão. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Conforme o artigo 483, alínea "d" da CLT, o empregado deverá propor uma reclamação trabalhista em face 
do empregador, pleiteando a rescisão do contrato de trabalho com a devida indenização, pelo fato do 
empregador não cumprir com as obrigações do contrato de trabalho. Podendo ainda o empregado 
permanecer ou não no serviço até a decisão final do processo, conforme §3, do mesmo artigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
93 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 95 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
 
Denise é empregada doméstica e labora em sistema de escala de 12 horas seguidas por 36 horas 
ininterruptas de descanso na residência da sua empregadora. Em relação ao caso concreto, e de acordo 
com a Lei de Regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O sistema de 12x36 horas para o doméstico depende da assinatura de acordo coletivo ou da convenção 
coletiva de trabalho. 
B) É vedada a adoção do sistema 12x36 horas para os empregados domésticos, daí porque inválido o horário 
adotado. 
C) A Lei de regência é omissa a respeito, daí porque, em razão da proteção, não se admite o sistema de escala 
para o doméstico. 
D) É possível a fixação do sistema de escala de 12x36 horas para o doméstico, desde que feito por acordo 
escrito individual. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
O TST, em sucessivos julgados, tem admitido a escala de revezamento que fixa a jornada na modalidade de 
12 por 36 horas, desde que seja estabelecida por convenção ou acordo coletivo de trabalho ou autorizada 
por lei. Nesse sentido, vale destacar a Súmula 444 editada pelo TST, in verbis: 
 
Súmula nº 444 do TST 
JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 
e27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 
26.11.2012 
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada 
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos 
feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e 
décima segunda horas. 
 
No caso de trabalho doméstico é facultado às partes, mediante acordo escrito, estabelecer horário de 
trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou 
indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 
 
LC150 
Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 
36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso 
semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho 
noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, e o art. 9o da Lei no 605, de 5 de janeiro de 1949. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
94 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 96 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
 
Um grupo de trabalhadores que atua voluntariamente na área de informática se reúne, e seus integrantes, 
desejosos de não se manterem na condição de empregados, resolvem criar uma cooperativa de serviço, 
na qual existe participação e ganho de todos, sendo conjunta a deliberação dos destinos da cooperativa. 
Sobre a situação narrada, de acordo com a Lei de Regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A cooperativa não poderá participar de licitações públicas. 
B) A quantidade mínima de sócios, para ser constituída a cooperativa, é de 7 (sete). 
C) O cooperativado que trabalhar entre 22h00min e 5h00min não receberá retirada noturna superior, porque 
não é empregado. 
D) O cooperativado é contribuinte facultativo da Previdência Social. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
O legítimo associado de cooperativa não possui vínculo de emprego com sua cooperativa nem com seus 
tomadores de serviço, haja vista o que dispõe o parágrafo único do art. 442 da CLT e a Lei 12.690/12. 
Entretanto, para que não se caracterize o vínculo de emprego, é indispensável que não estejam presentes os 
requisitos do art. 3º da CLT, pois se isto ocorrer estaremos diante de uma verdadeira relação de emprego, 
em que se pretende a simulação de um contrato de cooperativismo com o intuito de burlar a aplicação da 
CLT e fraudar o pagamento de encargos trabalhistas aplicáveis ao contrato de trabalho. 
 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de 
emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo 
empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. 
 
L12.690: Dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho; institui o Programa 
Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho - PRONACOOP; e revoga o parágrafo único do art. 442 da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. 
 
Art. 6º - A Cooperativa de Trabalho poderá ser constituída com número mínimo de 7 (sete) sócios. (B) 
Art. 7º - A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios os seguintes direitos, além de outros que a 
Assembleia Geral venha a instituir: 
V - Retirada para o trabalho noturno superior à do diurno; (C) 
Art. 10. A Cooperativa de Trabalho poderá adotar por objeto social qualquer gênero de serviço, operação ou 
atividade, desde que previsto no seu Estatuto Social. 
§ 2º - A Cooperativa de Trabalho não poderá ser impedida de participar de procedimentos de licitação pública 
que tenham por escopo os mesmos serviços, operações e atividades previstas em seu objeto social. (A) 
 
Em relação à alternativa D, acredito que o cooperativado de cooperativa de serviço é considerado 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, por conta do art. 30, § 5º,da Lei nº 8.212/91. Da leitura do rol constante do art. 
11, inciso V, da Lei nº 8.213/91, do art. 12, inciso V, da Lei nº 8.212/91 e do art. 9º, inciso V, do Decreto nº 
3.048/99, não consegui visualizar um enquadramento perfeito para o referido trabalhador, tendo em vista 
que a questão não trata de "associado eleito para cargo de direção em cooperativa" ou de "cooperado de 
cooperativa de produção". 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
95 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 97 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
 
Leônidas trabalha 44 horas semanais como churrasqueiro em um restaurante e recebe salário de R$ 
1.400,00 mensais. Considerando o aumento da clientela, o restaurante contratou Vinícius, também como 
churrasqueiro, a tempo parcial, para que ele cumpra jornada de 22 horas semanais e receba R$ 700,00 por 
mês. 
Diante da hipótese retratada e de acordo com a CLT e o entendimento do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O salário pago a Vinicius é ilegal porque inferior ao salário mínimo nacional, cabendo então reivindicar a 
diferença correspondente. 
B) O salário é de livre estipulação em cada contrato, daí porque não cabe ao Judiciário interferir nos valores 
fixados livremente pelas partes. 
C) A situação retrata discriminação salarial, pois não pode haver divergência salarial entre empregados que 
exercem a mesma função. 
D) É possível a estipulação do salário de Vinicius nessa base, pois ele guarda relação com o de Leônidas, que 
cumpre a jornada constitucional. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
CLT 
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco 
horas semanais. 
§ 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, 
em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 
 
OJ 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR 
PÚBLICO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.02.2016) - Res. 202/2016, DEJT 
divulgado em 19, 22 e 23.02.2016 
I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito 
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo 
proporcional ao tempo trabalhado. 
II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado 
público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo 
Tribunal Federal. 
 
"Os empregados contratados na modalidade de regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras 
(CLT, art. 59, § 4º), nem poderão converter um terço de férias em abono pecuniário (CLT, art. 143, § 3º). 
 
As férias dos trabalhadores contratados sob a modalidade de tempo parcial serão diferenciadas dos 
trabalhadores em regime integral, estando disciplinadas no art. 130-A da CLT, sendo no mínimo de 8 dias 
(para a duração de trabalho semanal igual ou inferior a 5 horas), e no máximo de 18 dias (para a duração do 
trabalho semanal superior a 22 horas, até 25 horas)." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
96 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 98 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
 
Lívia trabalha em uma empresa de jornalismo, cumprindo jornada de 23h00min às 5h00min, recebendo 
regularmente o adicional noturno. Após 12 meses nessa jornada, o empregador resolveu transferi-la para 
o horário de 10h00min às 16h00min. 
Diante do caso e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Lívia tem direito adquirido ao adicional noturno porque nele permaneceu 12 meses, de modo que o seu 
pagamento não pode ser suprimido. 
B) A supressão do adicional noturno exigiria, no caso, o pagamento de uma indenização de 1 mês de adicional 
noturno. 
C) O adicional noturno poderá ser suprimido porque Lívia não mais se ativa em horário noturno. 
D) O adicional noturno deva ser pago pela metade, segundo determinação do TST. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A questão correta é a letra C, haja vista que houve a transferência da trabalhadora para o horário diurno. 
 
Súmula nº 265 do TST ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE 
SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de 
trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
 
Ademais, conforme Recurso de Revista n° 75.942/2003-900-01-00.0: 
 
Recurso de revista não conhecido. ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. 
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. - A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito 
ao adicional noturno- (Súmula nº 265 desta Corte superior). Recurso de revista conhecido e provido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
97 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 99 – FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase 
 
João pretende se aposentar e, para tal fim, dirigiu-se ao órgão previdenciário. Lá ficou sabendo que o seu 
tempo de contribuição ainda não era suficiente para a aposentadoria, necessitando computar, ainda, 18 
meses de contribuição. Ocorre que João, 25 anos antes, trabalhou por dois anos como empregado para 
uma empresa, mas não teve a CTPS assinada. De acordo com a CLT, sobre uma eventual reclamação 
trabalhista, na qual João viesse a postular a declaração de vínculo empregatício para conquistar a 
aposentadoria, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Se a empresa arguir a prescrição a seu favor, ela será conhecida pelo juiz, já que ultrapassado o prazo de 
2 anos para ajuizamento da ação. 
B) Não há o instituto da prescrição na seara trabalhista porque prevalece o princípio da proteção ao 
empregado. 
C) O prazo, na hipótese, seria de 5 anos e já foi ultrapassado, de modo que a pretensão estaria fulminada 
pela prescrição total. 
D) Não haverá prescrição, pois a demanda tem por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência 
Social. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
CLT: 
Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: 
I - Em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; 
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. 
 
Vejamos na CF: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores 
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
98 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 100 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase 
 
Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em 
razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que 
está sendo instalada na cidade do México, o que foi imediatamente aceito. 
Em relação à situação retratada e ao FGTS, à luz do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Lúcia terádireito ao depósito do FGTS enquanto estiver trabalhando no México, que deverá continuar 
sendo depositado na sua conta vinculada no Brasil. 
B) Usando-se a teoria atomista, chega-se à conclusão que Lúcia terá direito à metade do FGTS, que será 
depositado na sua conta vinculada. 
C) Uma vez que na legislação do México não há previsão de FGTS, Lúcia não terá esse direito assegurado. 
D) Para que Lúcia tenha direito ao FGTS, deverá assinar documento próprio para tal fim, devidamente 
traduzido. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra 
 
Lúcia terá direito ao depósito do FGTS enquanto estiver trabalhando no México, que deverá continuar sendo 
depositado na sua conta vinculada no Brasil. 
Nos termos do artigo 3° da Lei nº 7.064/82 e Artigo 3°, parágrafo único da lei 7.064/82. 
A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da 
legislação do local da execução dos serviços: 
Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
99 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 101 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase 
 
Após ter sofrido um acidente do trabalho reconhecido pela empresa, que emitiu a competente CAT, um 
empregado afastou-se do serviço e passou a receber auxílio-doença acidentário. 
Sobre a situação descrita, em relação ao período no qual o empregado recebeu benefício previdenciário, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) A situação retrata caso de suspensão contratual e a empresa ficará desobrigada de depositar o FGTS na 
conta vinculada do trabalhador. 
B) Ocorrerá interrupção contratual e a empresa continua com a obrigação de depositar o FGTS para o 
empregado junto à CEF. 
C) Ter-se-á suspensão contratual e a empresa continuará obrigada a depositar o FGTS na conta vinculada do 
trabalhador. 
D) Haverá interrupção contratual e a empresa estará dispensada de depositar o FGTS na conta vinculada do 
trabalhador. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A partir do momento que ele começa a receber auxílio doença acidentário quer dizer que já se passaram 
mais de 15 dias, até 15 dias a responsabilidade é da empresa, se já se passaram mais de 15 dias teremos uma 
suspensão contratual, mas a empresa continuará obrigado a depositar o FGTS na conta vinculada do 
trabalhador. 
 
Até 15 dias - Interrupção 
16 dias em diante - suspensão 
 
 
QUESTÃO 102 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase 
 
Joana é empregada da sociedade empresária XYZ Ltda., que possui diversas filiais em sua cidade. Como 
trabalha na filial a 100 m de sua residência, não optou pelo vale-transporte. Dois anos depois, por ato 
unilateral do empregador, foi transferida para uma filial localizada a 30 km de sua residência. Para chegar 
ao local de trabalho necessita utilizar duas linhas de ônibus que têm custos distintos. 
Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Como Joana não optou por receber o vale-transporte, deverá custear suas despesas de transporte ou 
utilizar meio alternativo. 
B) A empresa deverá custear apenas uma tarifa modal de transporte, de acordo com a lei do vale-transporte. 
C) Como o local de residência de Joana é o problema, porque não é servido por transporte público regular, a 
empresa está obrigada a pagar apenas a tarifa modal. 
D) Se Joana é transferida por determinação do empregador para local mais distante, tem direito de receber 
o acréscimo que terá na despesa com transporte. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Súmula nº 29 do TST 
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento 
salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
100 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 103 - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase 
 
Jorge é um teletrabalhador e cumpre jornada preestabelecida pelo empregador, que o monitora por meio 
de meios telemáticos. A empresa montou um home office na residência do empregado, fornecendo móveis 
(mesa e cadeira ergonômica), computador e impressora. Em determinado dia de trabalho, quando conferia 
relatórios, a cadeira em que Jorge estava sentado quebrou e ele, devido à queda violenta, machucou-se. 
Na hipótese, de acordo com a Lei, 
 
A) ocorreu acidente do trabalho, sendo irrelevante se o trabalho é prestado na residência do empregado. 
B) não se pode cogitar de acidente do trabalho no teletrabalho, pois o empregado está em seu domicílio e 
não sob as vistas do empregador. 
C) o evento jamais poderá ser considerado acidente do trabalho, uma vez que a situação não foi 
testemunhada por ninguém. 
D) todo acidente domiciliar é acidente do trabalho, segundo a legislação previdenciária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A alternativa correta é a assertiva “A”, pois o artigo 6° da CLT afirma que “não se distingue entre o trabalho 
realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a 
distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego”. 
 
Também se considera acidente de trabalho no caso exposto por fundamento do artigo 19 da lei 8.213/1991 
que diz que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o resultado”. 
 
Ademais, o artigo 21 da lei 8.213/1991 também afirma que se equipara ao acidente de trabalho o acidente 
sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência dos casos dos incisos I e II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
101 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 104 – FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - II - Primeira Fase 
 
No contexto da teoria das nulidades do contrato de trabalho, assinale a alternativa correta. 
 
A) Configurado o trabalho noturno ilícito, é devido ao empregado somente o pagamento da contraprestação 
salarial pactuada. 
B) O trabalho noturno, perigoso e insalubre do menor de 18 (dezoito) anos de idade são modalidades de 
proibido ou regular. 
C) O trabalho do menor de 16 (dezesseis) anos de idade, que não seja aprendiz, é modalidade de trabalho 
ilícito não gerando qualquer vínculo. 
D) A falta de anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado invalida o contrato de 
trabalho. 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A) Alternativa incorreta, tendo em vista que o trabalho ilícito não há qualquer contraprestação. 
B) Alternativa correta, pois o trabalho noturno, perigoso e insalubre do menor de 18 (Dezoito) anos de idade, 
é trabalho proibido, ou seja gerando todos encargos trabalhistas até a data que trabalhou, sendo invocado o 
princípio “ninguém pode se beneficiar da própria torpeza” 
C) Alternativa Incorreta, o trabalho do menor de 16 anos é trabalho proibido, gerando o vínculo de todo o 
período trabalhado. 
D) Alternativa incorreta, o contrato de trabalho é válido, não podendo tal ato ser “in pejus ao empregado. 
 
 
QUESTÃO 105 – FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado -VI - Primeira Fase - Reaplicação 
 
Com relação ao contrato de emprego, assinale a alternativa correta. 
 
A) Quando da contratação por prazo determinado, somente é possível nova contratação entre as mesmas 
partes num prazo nunca inferior a três meses. 
B) São as formas autorizadas por lei para a celebração de qualquer contrato de trabalho por prazo 
determinado: transitoriedade do serviço do empregado, transitoriedade da atividade do empregador e 
quantidade extraordinária de serviço que justifique essa modalidade de contratação. 
C) Em nenhuma hipótese o contrato por prazo determinado poderá suceder, dentro de seis meses, a outro 
contrato por prazo determinado. 
D) O contrato de emprego, por prazo indeterminado é aquele em que as partes, ao celebrá-lo, não estipulam 
a sua duração nem prefixam o seu termo extintivo, podendo versar sobre qualquer obrigação de prestar 
qualquer tipo de serviço, manual ou intelectual. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A) Alternativa incorreta, tendo em vista que a nova contratação não poderá ser feita dentro do período de 6 
(seis) meses da primeira contratação, nos termos do artigo 452 da CLT. 
B) Alternativa incorreta, tendo em vista que o contrato de experiência também é contrato por prazo 
determinado, nos termos do artigo 452 § 3 da CLT 
C) Alternativa incorreta, pois, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados 
ou da realização de certos acontecimentos. 
D) Alternativa correta, invocando o princípio da continuidade da relação de emprego. 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
102 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 106 – FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - V - Primeira Fase 
 
Uma empresa põe anúncio em jornal oferecendo emprego para a função de vendedor, exigindo que o 
candidato tenha experiência anterior de 11 meses nessa função. Diante disso, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 6 meses de experiência. 
B) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 3 meses de experiência. 
C) A exigência é legal, pois a experiência até 1 ano pode ser exigida do candidato a qualquer emprego, 
estando inserida no poder diretivo do futuro empregador. 
D) A exigência não traduz discriminação no emprego de modo que poderia ser exigido qualquer período de 
experiência anterior. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A) Alternativa correta, o empregador somente pode exigir do empregado o período máximo de experiência 
de 6 meses, nos termos do artigo 442 – A. 
B) Alternativa incorreta, período máximo são de 6 meses nos termos do artigo 442 – A. 
C) Alternativa incorreta, período máximo são de 6 meses nos termos do artigo 442 – A. 
D) Alternativa incorreta, período máximo são de 6 meses nos termos do artigo 442 – A. 
 
 
QUESTÃO 107 – FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira Fase 
 
Eugênio é policial militar ativo e cumpre escala de 24x72 horas no seu batalhão. Nos dias que não está de 
plantão, trabalha em um supermercado de segurança, recebendo ordens do gerente e um valor fixo 
mensal, jamais se fazendo substituir na prestação do labor. Nesse caso, de acordo com a jusrisprudência 
consolidada do TST, assinale a alternativa correta. 
 
A) Por ser servidor público militar, Eugênio não poderá ter o vínculo empregatício reconhecido, mesmo que 
presentes os requisitos da CLT, pois trata-se de norma de ordem pública. 
B) Caso tenha vínculo empregatício reconhecido em juízo isso impede que a Administração Pública, aplique 
qualquer punição a Eugênio, pois ele realizou um trabalho lícito. 
C) Trata-se de trabalho ilícito que, portanto não gera vínculo empregatício e credencia a administração a 
aplicar imediata punição ao servidor. 
D) Eugênio poderá ser reconhecido como empregado, desde que presentes os requisitos legais, ainda que 
sofra a punição disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A) Alternativa incorreta, estando presentes os requisitos para se obter o vínculo empregatício, seu vínculo 
empregatício será reconhecido, nos termos da súmula 386 do TST. 
B) Alternativa incorreta, Poderá responder processo disciplinar, nos termos da sumula 386 do TST. 
C) Alternativa incorreta, tendo em vista que não se trata de trabalho ilícito e sim de trabalho proibido, sendo 
reconhecido o vínculo empregatício do período trabalhado. 
D) Alternativa correta, se presente os requisitos para o vínculo empregatício, mesmo que seja policial militar, 
será reconhecido o vínculo, nos termos da sumula 386 do TST. 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
103 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 108 – FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira Fase 
 
Uma grande empreiteira vence a licitação para construção de uma hidrelétrica, mas, tendo dificuldade em 
arregimentar trabalhadores em razão da distância até o canteiro de obras, resolve contratar estrangeiros 
em situação irregular no país, inclusive porque eles concordaram em não ter a carteira profissional 
assinada e receber valor inferior ao piso da categoria. 
A contratação, na hipótese apresentada, contempla um caso de 
 
A) Trabalho proibido. 
B) Trabalho ilícito. 
C) Trabalho escravo. 
D) Trabalho válido. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A) Alternativa correta, tendo em vista relata caso de trabalho proibido, pois o objeto do contrato não é ilícito. 
B) Alternativa incorreta, o objeto do contrato de trabalho não é ilícito. 
C) Alternativa incorreta, tendo em vista que não há no caso em tela, o empregador não força o empregado 
a trabalhar. 
D) Alternativa incorreta, é proibido a contratação de estrangeiros irregulares no país, nos termos do artigo 
359 da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
104 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 109 – FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase 
 
Em 2012, Maria Júlia foi contratada como estagiária de direito em uma empresa pública federal, que 
explora atividade bancária. Sua tarefa consistia em permanecer parte do tempo em um caixa para receber 
o pagamento de contas de água, luz e telefone e, na outra parte, no auxílio de pessoas com dificuldade no 
uso dos caixas eletrônicos. Com base na hipótese, assinale a opção correta. 
 
A) Trata-se de estágio desvirtuado que, assim, gerará como consequência o reconhecimento do vínculo 
empregatício com a empresa, com anotação da CTPS e pagamento de tosos os direitos devidos. 
B) Diante da situação, o Juiz do Trabalho poderá determinar que o administrador responsável pelo 
desvirtuamento do estágio pague diretamente uma indenização a Maria Júlia, haja vista que o princípio 
constitucional da moralidade. 
C) Não há desvirtuamento de estágio porque, tratando-se a concedente de uma instituição bancária, a 
atividade de recebimento de contas e auxílio a clientes está inserida na atividade do estagiário. 
D) Não é possível o reconhecimento do vínculo empregatício, haja vista a natureza jurídica daquele que 
concedeu o estágio, que exige a prévia aprovação em concurso público. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A) Alternativa incorreta, Mesmo que seja considerado estágio desvirtuado, não gerará o vínculo 
empregatício, pois se trata de ente público, onde, há ausência de concurso público, nos termos do artigo 37, 
II, e § 2º da CF. 
B) Alternativa incorreta, não há o que se falar em indenização, tendo em vista que há ausência de concurso 
público, nos termos doartigo 37, II, e § 2º da CF. 
C) Alternativa incorreta, tendo em vista que as atividades de Maria Julia não são coerentes com a atividade 
bancária. 
D) Alternativa correta, nos termos da OJ 366 da SDI 1 do TST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
105 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 110 – FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 - Branca 
 
Luiz Henrique é professor de Direito Constitucional e, durante o período letivo, precisará se afastar por 
dois meses para submeter-se a uma delicada cirurgia de emergência. Em razão disso, a faculdade contratou 
um professor substituto por esse período, valendo-se de uma empresa de contrato temporário. 
Diante da situação apresentada, considerando a jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Caso se admitisse a validade dessa contratação, o professor contratado a título temporário não teria 
assegurado direito ao mesmo valor da hora-aula do professor afastado. 
B) A contratação é válida, pois, por exceção, o contrato temporário pode ser usado para substituição de 
pessoal relacionado à atividade-fim. 
C) A contratação somente seria válida se o professor afastado concordasse com ela, de forma expressa, sob 
pena de ser maléfica a alteração contratual. 
D) Inválida a contratação, pois a faculdade não poderia terceirizar sua atividade-fim, como é o caso da 
educação. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A) Alternativa incorreta, tendo em vista que o professor contratado a título temporário, não possui vínculo 
empregatício com a empresa de trabalho temporário e não com a faculdade. 
B) Alternativa correta, haja vista que nos termos da lei 6.019/1974 artigo 9º § 3º, o contrato de trabalho 
temporário pode ser para atividade-meio e atividade-fim. 
C) Alternativa incorreta, não há o que se falar em concordância do professor afastado para contratar o 
professor temporário. 
D) Alternativa incorreta, é válido a contratação para atividade-fim como está disposto na lei lei 6.019/1974 
artigo 9º § 3º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
106 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 111 – FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase 
 
A empresa Infohoje, Ltda. Firmou contrato com Paulo, pelo qual ele prestaria consultoria e suporte de 
serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada 
atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos de trabalho 
por via remoto ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a 
sexta-feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como 
exclusividade na área de informática. 
 
A) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente a subordinação, já 
que inexistente fiscalização efetiva física. 
B) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o pagamento de 
salário fixo. 
C) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o requisito da 
pessoalidade, já que impossível saber se era Paulo quem efetivamente estaria trabalhando. 
D) Paulo é empregado da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores da relação de 
emprego. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A) Alternativa incorreta, haja vista que há subordinação de com a empresa, pois tinha a obrigação de estar 
conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira e sendo exigida sua assinatura digital pessoal 
e intransferível. 
B) Alternativa incorreta, não é necessário salário fixo para caracterização do vínculo empregatício, bastando 
a onerosidade pelos serviços prestados. 
C) Alternativa incorreta, haja vista que Paulo possui os requisitos para o vínculo empregatício, sendo claro a 
pessoalidade, pois é exigida a sua assinatura digital pessoal e intransferível. 
D) Alternativa correta, Tendo em vista que no caso em tela estão todos os requisitos preenchidos para o 
vínculo empregatício, nos termos dos artigos 2°e 3° da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
107 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 112 – FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase 
 
Nelson foi contratado como vigilante, diretamente pelo Banco Moeda Firme, empresa que assinou a sua 
carteira profissional. Ele atua em diversas agências bancárias e recebe adicional de periculosidade em seu 
contracheque. 
Sobre a categoria profissional de Nelson adicional de periculosidade, assinale a acordo com a 
jusrisprudência do TST e opção em relação correta ao de 
 
A) Nelson não é bancário 
B) O recebimento do adicional de periculosidade é uma liberdade do empregador. 
C) Nelson integra a categoria dos bancários, já que seu empregador explora essa atividade. 
D) A situação é irregular, pois o serviço de vigilante precisa ser terceirizado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A) Alternativa correta, o vigilante contratado pelo banco ou também fosse contratado por intermédio de 
empresas especializadas não é bancário. 
B) Alternativa incorreta, haja vista que o adicional de periculosidade é uma obrigação do empregador por 
força de lei, nos termos do artigo 193, II da CLT. 
C) Alternativa incorreta, tendo em vista que não é bancário por ser categoria diferenciada, nos termos da 
sumula 257 do TST e a profissão de vigilante é regulamenta pela lei 7.102/1983. 
D) Alternativa incorreta, haja vista que BANCO é a única instituição que pode contratar vigilantes de forma 
direta, todas as demais empresas precisam terceirizar, nos termos da lei 7.102/1983, artigo 2°. 
 
 
QUESTÃO 113 - FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase - Reaplicação 
 
A idade mínima para que alguém seja contratado como empregada doméstica, aprendiz e no trabalho em 
subsolo é de, respectivamente, 
 
16 anos, 14 anos e 25 anos. 
21 anos, 16 anos e 18 anos. 
14 anos, 16 anos e 30 anos. 
18 anos, 14 anos e 21 anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo 
com a Convenção n. 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n. 6.481, 
de 12 de junho de 2008. – art. 1º, parágrafo único da LC n. 150/2015. 
É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir 
dos quatorze anos. – art. 403 da CLT. 
O trabalho no subsolo somente será permitido a homens, com idade compreendida entre 21 (vinte e um) e 
50 (cinquenta) anos, assegurada a transferência para a superfície nos termos previstos no artigo anterior. – 
Art. 301 da CLT. 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
108 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 114 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVII - Primeira Fase 
 
A sociedade empresária Soluções Perfeitas Ltda. pretende implantar banco de horas com compensação 
das eventuais horas extras cumpridas em até 2 meses e, caso não compensadas, com pagamento ao 
empregado com adicional legal. 
Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A instituição do banco de horas depende de norma coletiva para sua validade, porque a compensação será 
superior a 30 dias. 
B) O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito,porque a compensação será feita em 
menos de 6 meses. 
C) O banco de horas é proibido por Lei, independentemente do tempo previsto para compensação das horas. 
D) O banco de horas pode ser feito por acordo individual ou coletivo independentemente do tempo para 
compensação, desde que seja pago o adicional legal para as horas não compensadas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Vamos analisar as alternativas da questão! 
 
Alternativa A: 
A letra "A" está errada ao afirmar que a instituição do banco de horas depende de norma coletiva para sua 
validade, porque a compensação será superior a 30 dias. 
 
Observem que o parágrafo quinto do artigo 59 da CLT estabelece que o banco de horas poderá ser pactuado 
por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. 
 
No caso em tela, a empresa pretende que a compensação das horas extras ocorra em até dois meses. Logo, 
está de acordo com o que estabelece o parágrafo segundo do artigo 59 da CLT. 
 
Art. 59 da CLT § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
 
Alternativa B: 
A letra "B" está certa ao afirmar que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, 
porque a compensação será feita em menos de 6 meses. 
 
No caso em tela, a empresa pretende que a compensação das horas extras ocorra em até dois meses. Logo, 
está de acordo com o que estabelece o parágrafo segundo do artigo 59 da CLT. 
 
Art. 59 da CLT § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
 
Alternativa C: 
A letra "C" está errada ao afirmar que o banco de horas é proibido por Lei, independentemente do tempo 
previsto para compensação das horas. 
 
No caso em tela, a empresa pretende que a compensação das horas extras ocorra em até dois meses. Logo, 
está de acordo com o que estabelece o parágrafo segundo do artigo 59 da CLT. 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
109 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
 
Art. 59 da CLT § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
 
Alternativa D: 
D. ERRADA. A letra "D" está errada ao afirmar que o banco de horas pode ser feito por acordo individual ou 
coletivo independentemente do tempo para compensação, desde que seja pago o adicional legal para as 
horas não compensadas. 
 
No caso em tela, a empresa pretende que a compensação das horas extras ocorra em até dois meses. Logo, 
está de acordo com o que estabelece o parágrafo segundo do artigo 59 da CLT. 
 
Art. 59 da CLT § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
110 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 115 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII - Primeira Fase 
 
Francisco é caseiro desde 2019 em uma chácara localizada em área urbana, cujo proprietário aluga o imóvel 
por temporada por meio de um site especializado neste tipo de negociação. Francisco tem a incumbência 
de manter limpa a casa, receber os locatários e atender às eventuais necessidades deles no tocante ao 
conforto e à segurança. Além disso, de 2ª feira a sábado, Francisco faz a manutenção geral do local, 
independentemente de estar locado, para que a aparência esteja sempre impecável e, assim, os hóspedes 
recomendem a estadia na chácara a outros candidatos. 
Diante desta situação e das normas de regência, assinale a opção que indica a categoria profissional de 
Francisco. 
 
A) Trabalhador intermitente. 
B) Empregado doméstico. 
C) Empregado rural. 
D) Empregado comum. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A alternativa A está incorreta, pois não se trata de trabalho intermitente, conforme definição trazida pelo 
art. 443, § 3º, da CLT: 
“Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, 
não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, 
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do 
empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria”. 
Logo, trata-se de empregado comum, conforme art. 3º da CLT. 
 
A alternativa B está incorreta, pois não se trata de trabalhador doméstico, conforme definição trazida pelo 
art. 1º da LC 150/2015: “Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma 
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito 
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei”. Logo, trata-se de 
empregado comum, conforme art. 3º da CLT. 
 
A alternativa C está incorreta, pois o trabalho não é rural. Logo, trata-se de empregado comum, conforme 
art. 3º da CLT. 
 
A alternativa D está correta, pois conforme art. 3º da CLT, considera-se empregada toda pessoa física que 
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
111 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 116 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII - Primeira Fase 
 
Sílvio Luiz foi convidado pelo seu empregador para ocupar interinamente o cargo de supervisor 
administrativo; sendo certo que, em caso de vacância do cargo, este seria preenchido por Sílvio Luiz. Diante 
desta situação, você foi consultado, como advogado(a) do empregado, para saber acerca dos seus direitos 
na hipótese. 
Sobre o caso apresentado, de acordo com o texto em vigor da CLT e a jurisprudência consolidada do TST, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Caso não haja a vacância e cessada a interinidade do cargo, Sílvio Luiz terá que ser desligado da empresa 
por motivo econômico, o que afasta o pagamento da multa de 40%, pois a alteração contratual de reversão 
será ilícita e autorizada a dispensa na hipótese por justo motivo. 
B) Sílvio Luiz, no caso de vacância definitiva do cargo, passará a ocupá-lo e terá necessariamente direito ao 
salário do seu antecessor. 
C) Sendo a hipótese de férias do efetivo supervisor administrativo que ensejou o trabalho interino de Sílvio 
Luiz no cargo, este último não faz jus ao mesmo salário do substituído no período. 
D) Considerando que o exercício do cargo será interino, não havendo a vacância posterior, Sílvio Luiz terá 
garantido o retorno ao seu cargo anterior e a contagem de tempo de serviçono cargo ocupado 
temporariamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A alternativa A está incorreta, pois é possível a reversão ao cargo anterior, conforme art. 468, § 1º da CLT: 
“Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado 
reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. “ 
 
A alternativa B está incorreta, conforme Súmula 159, II, do TST: 
“II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do 
antecessor.” 
 
A alternativa C está incorreta, conforme disposto na Súmula 159, I, do TST: 
“I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o 
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.” 
 
A alternativa D está correta, conforme art. 450 da CLT: 
“Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, 
cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como 
volta ao cargo anterior.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
112 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 117 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII - Primeira Fase 
 
Anne é diretora não-empregada de uma grande multinacional. Ela tem contraprestação pecuniária elevada 
e algumas vantagens pelo cargo que ocupa como, por exemplo, veículo com motorista e o aluguel de uma 
espaçosa residência. Na última assembleia, no entanto, Anne levou a debate sua pretensão de receber 
mensalmente FGTS em conta vinculada. 
Sobre a pretensão de Anne, de acordo com a lei de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A pretensão é inviável, porque Anne não tem o contrato regido pela CLT e, assim, não pode ter FGTS. 
B) Se a sociedade empresária desejar, poderá equiparar, para fins de FGTS, o diretor não-empregado aos 
demais trabalhadores. 
C) A Lei permite atender ao pedido, mas Anne terá creditada metade do percentual do FGTS de um 
empregado regular. 
D) Para ter direito ao FGTS, Anne terá que renunciar ao cargo que ocupa e passar a ser diretora empregada. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A alternativa A está incorreta, pois conforme art. 16 da Lei 8.036/90, a pretensão é sim viável. 
 
A alternativa B está correta, pois conforme art. 16 da Lei 8.036/90, as empresas sujeitas ao regime da 
legislação trabalhista poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos 
ao regime do FGTS. 
 
A alternativa C está incorreta, pois conforme art. 16 da Lei 8.036/90, é possível atender ao pedido, não 
havendo de se falar em metade do percentual. 
 
A alternativa D está incorreta, pois conforme art. 16 da Lei 8.036/90, não há de se falar em renúncia ao cargo, 
sendo possível a equiparação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
113 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 118 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII - Primeira Fase 
 
Vladimir, formado em Educação Física, 28 anos de idade, era instrutor em uma academia de ginástica há 1 
ano, com a CTPS devidamente assinada. Ao ser comunicado pelo empregador de sua dispensa sem justa 
causa, com aviso prévio que deveria ser trabalhado, Vladimir foi tomado de intensa emoção e teve um 
ataque cardíaco fulminante, vindo a óbito. 
De acordo com a situação retratada e a norma de regência, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A sociedade empresária será condenada pelo acidente do trabalho sofrido, mas não haverá indenização 
pela extinção do contrato porque o aviso prévio não foi cumprido. 
B) As verbas devidas serão pagas, em quotas iguais, aos dependentes de Vladimir habilitados perante a 
Previdência Social e, na falta, aos sucessores previstos na lei civil. 
C) Não haverá responsabilidade civil do empregador por se tratar de caso fortuito e a Lei determina, no caso 
de morte suspeita, a consignação em pagamento dos valores devidos. 
D) A morte do empregado extingue o contrato de trabalho e a indenização a ser paga será a metade do que 
é devido pela dispensa sem justa causa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A alternativa A está incorreta, pois no caso narrado, conforme dispõe art. 1º da Lei 6.858/80, os valores 
devidos serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma 
da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil. 
 
A alternativa B está correta, posto que conforme art. 1º da Lei 6.858/80: 
“Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos 
respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência 
Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores 
previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.” 
 
A alternativa C está incorreta, pois no caso narrado, conforme dispõe art. 1º da Lei 6.858/80, os valores 
devidos serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma 
da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil. 
 
A alternativa D está incorreta, pois no caso narrado, conforme dispõe art. 1º da Lei 6.858/80, os valores 
devidos serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma 
da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
Todos os direitos reservados. 
114 Questões comentadas para OAB – Direito do Trabalho 
QUESTÃO 119 - FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII - Primeira Fase 
 
Você advoga para uma rede de farmácias e recebeu uma petição inicial de reclamação trabalhista para 
elaborar defesa acerca de pedido de tempo despendido com troca de uniforme. 
No caso, alega o autor que levava cerca de 20 minutos para vestir o uniforme, composto por calça social 
comum, camisa social simples e sapato comum, só podendo registrar o ponto já uniformizado. Afirma, 
ainda, que levava o uniforme diariamente para casa para higienizá-lo, podendo chegar às dependências do 
empregador já uniformizado. 
Sobre a hipótese apresentada, observadas as normas da CLT, assinale a opção que você apresentaria em 
defesa de sua cliente. 
 
A) O tempo despendido para a troca de uniforme sempre será computado na duração do trabalho, pois o 
empregado já se encontra nas dependências do empregador. Já o tempo despendido na higienização não 
deve ser computado. 
B) Inexistindo obrigatoriedade de troca de uniforme nas dependências do empregador, o tempo despendido 
não é computado na jornada de trabalho. Tampouco deve ser computado o tempo de higienização. 
C) O tempo despendido na troca de uniforme, assim como o gasto na higienização do mesmo, são 
computados na jornada de trabalho, pois estão relacionados diretamente com a função desempenhada e a 
obrigatoriedade de trabalhar com o uniforme. 
D) O tempo despendido na higienização do uniforme deverá ser computado na duração do trabalho, pois 
reduz o intervalo mínimo entre duas jornadas. Já a troca de uniforme comum não deve ser computado, 
porque não há obrigatoriedade de troca na empresa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A alternativa A está incorreta, pois conforme art. 4º, § 2º, incisoVII da CLT, a troca de uniforme somente será 
computada quando houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Ademais, conforme art. 456-A 
da CLT, a higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, não havendo de se falar em 
cômputo deste tempo. 
 
A alternativa B está correta, pois conforme art. 4º, § 2º, inciso VII da CLT, inexistindo obrigatoriedade de troca 
de uniforme nas dependências do empregador, o tempo despendido não é computado na jornada de 
trabalho. Ademais, conforme art. 456-A da CLT, a higienização do uniforme é de responsabilidade do 
trabalhador, não havendo de se falar em cômputo deste tempo. 
 
A alternativa C está incorreta, pois nas dependências do empregador, o tempo despendido não é computado 
na jornada de trabalho. Ademais, conforme art. 456-A da CLT, a higienização do uniforme é de 
responsabilidade do trabalhador, não havendo de se falar em cômputo deste tempo. 
 
A alternativa D está incorreta, pois nas dependências do empregador, o tempo despendido não é computado 
na jornada de trabalho. Ademais, conforme art. 456-A da CLT, a higienização do uniforme é de 
responsabilidade do trabalhador, não havendo de se falar em cômputo deste tempo.

Mais conteúdos dessa disciplina