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MEDIDAS E 
AVALIAÇÃO EM 
EDUCAÇÃO FÍSICA
Suziane Ungari Cayres Santos
Avaliação da velocidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever os testes utilizados para avaliação da velocidade.
  Analisar as tabelas de classificação de acordo com os resultados dos 
testes.
  Aplicar um teste de avaliação da velocidade.
Introdução
No meio acadêmico, quando o assunto é a otimização do rendimento 
físico, logo pensamos em quais seriam os componentes da aptidão 
física que poderiam alicerçar tal resultado. De fato, a aptidão física tem 
sido, nas últimas décadas, pensada especificamente para a saúde e 
para o desempenho motor, sendo preciso avaliar as potencialidades e 
limitações do atleta/aluno, identificando uma base de dados concretos. 
É nesses termos que a avaliação da velocidade, uma capacidade física 
determinante, se assenta. 
Neste capítulo, vamos conferir alguns dos testes mais utilizados na área 
da educação física para avaliar a velocidade de deslocamento, de reação e 
de membros (execução). Além disso, vamos verificar a aplicabilidade dos 
valores de referências para os testes de velocidade em diferentes setores 
de atuação do profissional de educação física na atualidade. 
1 Testes, protocolos e instrumentos para 
avaliação da velocidade
No âmbito dos testes mais utilizados para avaliar a velocidade em diferentes 
setores de prática profi ssional na área da educação física, alguns pormenores 
precisam ser delineados. Primeiro, é preciso reconhecer que a velocidade, uma 
capacidade física, é um elemento treinável que varia substancialmente conforme 
o protocolo de intervenção a que o sujeito é submetido. Além disso, é neces-
sário ter amplo conhecimento dos procedimentos, protocolos e instrumentos 
que delinearão sua anamnese inicial. Se executada de maneira errada, muito 
provavelmente acarretará em planejamento e prescrição equivocados. Assim 
como o médico observa e avalia seu paciente por intermédio de diferentes 
instrumentos técnicos, você poderá escolher qual é o teste de velocidade mais 
adequado para a amostra a ser avaliada. 
Outro aspecto que precisa ser levado em consideração são os cuidados com a saúde e 
a prevenção de acidentes antes, durante e até mesmo depois da avaliação, que poderão 
repercutir na vida do avaliado. Ao trabalhar com esse componente da aptidão física, 
muitos avaliados se sentem instigados a dar seu máximo, e é aí que mora o perigo, 
afinal a velocidade máxima num físico não adaptado pode levar a mal súbito. 
Confira a seguir alguns exemplos de testes para avaliar a velocidade de 
reação, a velocidade de membros (execução) e a velocidade de deslocamento, 
bem como os respectivos protocolos e instrumentos necessários para a execução 
da avaliação motora.
Velocidade de reação
Conceito: rapidez com que o avaliado responde a um estímulo (sonoro, físico, 
etc.), mensurando o tempo necessário para ser iniciada uma resposta motora 
frente ao estímulo percebido.
Teste da régua
  Materiais: uma régua de plástico de 30 cm e uma cadeira.
  Protocolo: o avaliado deve estar sentado, com o antebraço apoiado 
e a mão espalmada de modo a formar um ângulo de 90° com o dedo 
polegar. A marca zero da régua deverá ser colocada no plano imaginário 
formado pelo dedo polegar e o dedo indicador (Figura 1). 
Avaliação da velocidade2
Figura 1. Teste da régua para avaliar a velocidade de reação.
Fonte: Medidas... (2016, documento on-line).
O avaliador dará o comando do teste e soltará a régua. O avaliado, por sua 
vez, deverá se esforçar para segurá-la o mais rápido que conseguir. Desse modo, 
será medida a distância que a régua percorreu (com precisão de milímetros), 
do momento que o avaliador a soltou até o nível do plano horizontal que passa 
pela parte superior dos dedos polegar e indicador do avaliado. Esse protocolo 
deverá ser executado por três vezes, considerando-se como resultado a média 
das três medidas. 
Velocidade de deslocamento
Conceito: capacidade máxima do avaliado em deslocar-se de um ponto a outro.
Teste de corrida de 20 metros 
  Materiais: cronômetro, dois cones e um espaço amplo, no qual seja 
possível efetuar a demarcação de ao menos 22 metros de distância de 
um ponto a outro (GAYA; GAYA, 2016). 
  Protocolo: riscando com giz ou colando uma fita no chão, o avaliador 
deve demarcar a linha de partida em que avaliado inicia o teste. A 
distância da linha de partida até o posicionamento dos cones deve ser de 
22 metros, com o avaliador posicionando-se 2 metros antes (Figura 2). 
3Avaliação da velocidade
Figura 2. Teste de corrida de 20 metros para avaliar a velocidade 
de deslocamento. 
Fonte: Gaya e Gaya (2016, p. 14).
Ao comando do avaliador, o avaliado deve posicionar um pé de apoio 
à frente, mas logo atrás da linha de partida. O avaliado iniciará o teste, e 
somente quanto um pé passar pela linha de partida o cronômetro deve ser 
disparado. O avaliado deve percorrer o percurso o mais rápido que conseguir 
a linha dos cones. Quando o avaliado ultrapassar a linha do avaliador, que 
está a 20 metros de distância, o cronômetro deve ser parado, pois o teste 
objetiva avaliar a velocidade de deslocamento numa distância pré-fixada de 
20 metros. Mas por que colocar os cones a 22 metros de distância da linha 
de partida? Para o que avaliado não desacelere quando estiver próximo 
da linha de chegada, fazendo-o ultrapassar a linha do avaliador ainda em 
máxima velocidade. 
Velocidade de membros
Conceito: resposta motora do sujeito em movimentar membros superiores 
ou inferiores tão rapidamente quanto possível frente ao estímulo percebido.
Avaliação da velocidade4
Teste de batimento em placas
Este teste de velocidade de membros é específi co para os membros superiores, 
no caso braço e mão dominante ou não dominante.
  Materiais: uma mesa cuja a altura não exceda a linha da sínfise púbica 
do avaliado, um cronômetro e adesivos (para formar dois círculos de 
20 cm de diâmetro e um retângulo de 10 por 20 cm). 
  Protocolo: o avaliado deve se posicionar em pé próximo à mesa, com as 
pernas afastadas uma da outra. A mão não dominante do avaliado deve ser 
espalmada e apoiada sobre o retângulo. Já a mão dominante tocará ora um 
ora outro círculo, alternando de um para o outro durante todo o teste. Após 
o sinal de início do teste pelo examinador, o avaliado deverá mover a mão 
dominante o mais rápido possível de um círculo a outro, tocando com toda 
a mão dentro do local demarcado. A pontuação somente será computada 
se o avaliado tocar com a mão inteira dentro do círculo. O teste consiste 
em realizar 25 ciclos completos, ou 50 batidas, no menor tempo possível. 
Você pode conferir um vídeo ilustrativo desse teste acessando o canal oficial do 
professor Dartagnan Pinto Guedes (do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
da Universidade Norte do Paraná — Unopar) no YouTube e buscando por “Testes 
Motores - Batimento em Placas” dentro do canal (GUEDES, 2017). O vídeo mostra os 
procedimentos básicos, as precauções e a postura que o avaliador deve apresentar 
durante a avaliação de velocidade de membros superiores de seu aluno.
Assim, para cada tipo de avaliação da velocidade há um teste específico. 
Cabe enfatizar que o examinador deverá explicar previamente cada teste e, se 
necessário, fazer uma breve demonstração, além de abrir espaço para o avaliado 
expor suas dúvidas. Esclarecidos os procedimentos, as finalidades e as precauções, 
pode-se permitir que o avaliado experimente executar o gesto motor apenas se 
familiarizar com o teste. Em certos casos, é recomendável que o avaliado faça 
alguns exercícios de aquecimento da musculatura esquelética antes do teste. 
5Avaliação da velocidade
2 Parâmetros para classificação de amostras 
Ainda há muito a ser aperfeiçoado na área da educação física em se tratando de 
avaliação, seja no contexto escolar, desportivo ou acadêmico. Especifi camente 
no ambiente escolar, embora seja uma prática recorrente,o processo avaliativo 
revestiu-se por muito tempo da métrica do rendimento, fato que levou os alunos 
a temerem o dia de sua aplicação, como se o instrumento fosse de repressão. 
Nos últimos tempos, porém, roupagem da avaliação nesse contexto passou a 
ser encarada como um processo (DARIDO, 2010). 
Conforme previamente mencionado, há três tipos de velocidade: de reação, 
de deslocamento e de membros. Em contexto escolar, o docente poderá lançar 
mão, por exemplo, do teste de velocidade de deslocamento de 20 metros. Mas 
após checar o resultado de cada aluno, como classificá-lo? Em termos práticos, 
além de conhecer a pluralidade de testes, protocolos e instrumentos, é preciso 
ter em mãos os pontos de corte para classificação dos resultados dos alunos.
Nesse quesito, cabe um alerta: é importante que, sempre que possível, você busque na 
literatura científica especializada em pontos de corte para um determinado parâmetro 
que tenha sido especificamente elaborado para a amostra que você vai avaliar (criança, 
adolescente, adulto ou idoso), e de preferência que sejam parâmetros nacionais. 
Embora os artigos internacionais apresentem valiosos testes (validados e com elevada 
reprodutibilidade), as características da amostra de base para a proposição dos pontos 
de corte se distinguem bastante do brasileiro médio. Um exemplo disso é o teste de 
coordenação motora para crianças conhecido como Körperkoordinationstest Für 
Kinder (KTK). Embora avalie tarefas específicas, como equilíbrio dinâmico, força dos 
membros inferiores, velocidade, lateralidade e estruturação espaço-temporal (RIBEIRO 
et al., 2012), esse é um teste cujo ponto de corte é baseado em escores alcançados 
por crianças alemãs. É claro que, quando não há pontos de corte nacionais para uma 
determinada variável, é consenso utilizar os valores de referência de outros países, mas 
sempre com cautela na extrapolação dos resultados ou nas inferências de conclusões. 
Na prática, em contexto escolar você poderá utilizar o teste de velocidade 
de 20 metros para medir a velocidade de deslocamento de seus alunos (GAYA; 
GAYA, 2016). Confira no Quadro 1 os pontos de corte específicos para clas-
sificação da velocidade de deslocamento para crianças e adolescentes do sexo 
masculino, e no Quadro 2 para o sexo feminino. 
Avaliação da velocidade6
Fonte: Adaptado de Gaya e Gaya (2016).
Idade Excelente
Muito 
bom Bom Razoável Fraco
6 ≤ 3,72 3,73–4,20 4,21–4,53 4,54–4,80 > 4,80
7 ≤ 3,65 3,66–4,12 4,13–4,42 4,43–4,62 > 4,62
8 ≤ 3,50 3,51–4,00 4,01–4,21 4,22–4,47 > 4,47
9 ≤ 3,15 3,16–3,88 3,89–4,09 4,10–4,31 > 4,31
10 ≤ 3,07 3,08–3,74 3,75–3,98 3,99–4,15 > 4,15
11 ≤ 3,00 3,01–3,62 3,63–3,86 3,87–4,03 > 4,03
12 ≤ 3,00 3,01–3,50 3,51–3,74 3,75–3,96 > 3,96
13 ≤ 3,00 3,01–3,37 3,38–3,60 3,61–3,81 > 3,81
14 ≤ 2,90 2,91–3,23 3,24–3,46 3,47–3.,67 > 3,67
15 ≤ 2,87 2,88–3,16 3,17–3,38 3,39–3,60 > 3,60
16 ≤ 2,78 2,79–3,12 3,13–3,31 3,32–3,50 > 3,50
17 ≤ 2,72 2,73–3,12 3,13–3,30 3,31–3,53 > 3,53
Quadro 1. Pontos de corte para classificação da velocidade de deslocamento de 20 m 
entre crianças e adolescentes do sexo masculino
Idade Excelente
Muito 
bom Bom Razoável Fraco
6 ≤ 4,01 4,02–4,54 4,55–4,83 4,84–5,11 > 5,11
7 ≤ 3,90 3,91–4,47 4,48–4,77 4,78–5,07 > 5,07
8 ≤ 3,87 3,88–4,27 4,28–4,53 4,54–4,75 > 4,75
9 ≤ 3,55 3,56–4,00 4,01–4,28 4,29–4,54 > 4,54
10 ≤ 3,43 3,44–3,97 3,98–4,16 4,17–4,41 > 4,41
11 ≤ 3,29 3,30–3,87 3,88–4,09 4,10–4,31 > 4,31
Quadro 2. Pontos de corte para classificação da velocidade de deslocamento de 20 m 
entre crianças e adolescentes do sexo feminino
(Continua)
7Avaliação da velocidade
Como resultado final, embora os conceitos sejam aparentemente subjetivos, 
classificando a velocidade de deslocamento como fraca, razoável, boa, muito 
boa ou excelente, você enquanto docente terá dados concretos para observar 
se determinada velocidade “razoável” de seu aluno é uma velocidade de 
deslocamento mais próxima do limiar do conceito de fraca ou boa. 
Além disso, é recomendável ter pontos de corte classificados por idade 
cronológica, e não por grupamentos etários (como dos 9 aos 11 anos ou dos 
13 aos 15 anos), afinal uma menina de 9 anos de idade, por exemplo, que 
ainda não atingiu a menarca possui uma estrutura biológica e um arcabouço 
de aprendizagem motora totalmente distintos de outras em pré-puberdade 
com 11 anos e 11 meses. Desse modo, precisamos ter em mente que a ma-
nutenção e o progresso do rendimento físico dependem em grande parte do 
manejo da prescrição do esforço físico. Assim, a sinergia da busca constante 
por melhorar as marcas nos testes é o caminho a ser trilhado rumo ao 
aprimoramento físico.
Fonte: Adaptado de Gaya e Gaya (2016).
Idade Excelente
Muito 
bom Bom Razoável Fraco
12 ≤ 3,07 3,08–3,78 3,79–4,00 4,01–4,25 > 4,25
13 ≤ 3,00 3,01–3,71 3,72–3,98 3,99–4,19 > 4,19
14 ≤ 3,00 3,01–3,70 3,71–3,97 3,98–4,21 > 4,21
15 ≤ 3,05 3,06–3,72 3,73–4,00 4,01–4,25 > 4,25
16 ≤ 3,24 3,25–3,70 3,71–4,00 4,01–4,23 > 4,23
17 ≤ 3,16 3,17–3,79 3,80–4,07 4,08–4,32 > 4,32
Quadro 2. Pontos de corte para classificação da velocidade de deslocamento de 20 m 
entre crianças e adolescentes do sexo feminino
(Continuação)
Avaliação da velocidade8
3 Aplicação de teste de velocidade
Vejamos então alguns exemplos de aplicação de testes de avaliação da 
velocidade na prática. Em linhas gerais, você pode comparar duas situações-
-problema a fi m de averiguar a postura do avaliador, a forma como o teste 
foi explicado e aplicado no avaliado, e como uma avaliação diagnóstica 
(pré-intervenção) errada poderá infl uenciar sobremaneira numa prescrição 
equivocada.
O teste que tomaremos como base aqui é o teste do quadrado (GAYA; 
GAYA, 2016), que avalia a interação entre a velocidade máxima de execução 
de um gesto motor e a agilidade. Confira a seguir uma breve descrição do 
teste do quadrado, bem como seu protocolo e os materiais necessários para 
sua aplicação. 
Teste do quadrado
  Materiais: quatro cones ou garrafas PET com areia dentro, fita crepe 
para demarcar os lados do quadrado (4 metros de comprimento) ou giz 
branco e um cronômetro, 
  Protocolo: primeiro o avaliador deverá dispor os cones formando um 
quadrado de 4 metros de lado. Além disso, deverá desenhar no chão a 
linha de partida (linha amarela na Figura 3). Ao sinal do avaliador, o 
avaliado deverá correr o mais rápido possível da linha de partida em 
direção ao cone na aresta oposta, tocando-o com uma das mãos. Na 
sequência, o avaliado deverá se deslocar para o cone ao lado (à sua 
direita ou esquerda) e tocá-lo com a mão. Por fim, para finalizar o teste, 
o avaliado deverá correr novamente em direção ao cone na aresta oposta, 
atravessando o quadrado novamente na diagonal. O avaliador deverá 
parar o cronômetro quando o avaliado tocar com a mão no terceiro 
e último no cone. O tempo total deve ser registrado com precisão de 
centésimos de segundo.
9Avaliação da velocidade
Figura 3. Teste do quadrado.
Fonte: Gaya e Gaya (2016, p. 13).
Para a classificação da velocidade máxima e agilidade do avaliado no teste 
do quadrado, o Quadro 3 exibe os pontos de corte por faixa etária para o sexo 
masculino e o Quadro 4, para o feminino.
Fonte: Adaptado de Gaya e Gaya (2016).
Idade Excelente
Muito 
bom Bom Razoável Fraco
6 ≤ 6,40 6,41–7,30 7,31–7,79 7,80–8,19 > 8,19
7 ≤ 6,07 6,08–7,00 7,01–7,43 7,44–7,76 > 7,76
8 ≤ 5,97 5,98–6,78 6,79–7,20 7,21–7,59 > 7,59
9 ≤ 5,81 5,82–6,50 6,51–6,89 6,90–7,19 > 7,19
10 ≤ 5,58 5,59–6,25 6,26–6,66 6,67–7,00 > 7,00
11 ≤ 5,39 5,40–6,10 6,11–6,50 6,51–6,87 > 6,87
12 ≤ 5,17 5,18–6,00 6,01–6,34 6,35–6,70 > 6,70
13 ≤ 5,00 5,01–5,86 5,87–6,16 6,17–6,53 > 6,53
14 ≤ 5,00 5,01–5,69 5,70–6,00 6,01–6,37 > 6,37
15 ≤ 4,91 4,92–5,59 5,60–5,99 6,00–6,26 > 6,26
16 ≤ 4,90 4,91–5,42 5,43–5,75 5,76–6,10 > 6,10
17 ≤ 4,90 4,91–5,43 5,44–5,75 5,76–6,03 > 6,03
Quadro 3. Pontos de corte para classificação da velocidade máxima e agilidade no teste 
do quadrado para crianças e adolescentes do sexo masculino
Avaliação davelocidade10
Fonte: Adaptado de Gaya e Gaya (2016).
Idade Excelente
Muito 
bom Bom Razoável Fraco
6 ≤ 6,58 6,59–7,66 7,67–8,26 8,27–8,68 > 8,68
7 ≤ 6,56 6,57–7,56 7,57–8,00 8,01–8,41 > 8,41
8 ≤ 6,40 6,41–7,22 7,23–7,59 7,60–7,98 > 7,98
9 ≤ 6,03 6,04–6,89 6,90–7,25 7,26–7,63 > 7,63
10 ≤ 5,88 5,89–6,60 6,61–7,00 7,01–7,35 > 7,35
11 ≤ 5,72 5,73–6,49 6,50–6,90 6,91–7,24 > 7,24
12 ≤ 5,63 5,64–6,36 6,37–6,80 6,81–7,17 > 7,17
13 ≤ 5,57 5,58–6,28 6,29–6,70 6,71–7,10 > 7,10
14 ≤ 5,49 5,50–6,22 6,23–6,68 6,69–7,03 > 7,03
15 ≤ 5,33 5,34–6,19 6,20–6,66 6,67–7,00 > 7,00
16 ≤ 5,41 5,42–6,15 6,16–6,55 6,56–6,94 > 6,94
17 ≤ 5,54 5,55–6,22 6,23–6,58 6,59–7,00 > 7,00
Quadro 4. Pontos de corte para classificação da velocidade máxima e agilidade no teste 
do quadrado para crianças e adolescentes do sexo feminino
Agora, vejamos exemplos do desenrolar dessa avaliação em duas situações-
-problema. São situações hipotéticas nas quais você poderá notar a importância 
da postura do avaliador e da qualidade da explicação do teste para o avaliado. 
Teste do quadrado — exemplo 1
  Materiais disponíveis: cronômetro, quatro garrafas PET com areia 
dentro e um giz branco.
  Local de avaliação: quadra poliesportiva de uma escola.
  Faixa etária do avaliado: 11 anos.
  Explicação do teste: “Murilo, hoje na aula de educação física você será 
avaliado pelo teste do quadrado. Observei que você não veio preparado 
para aula, pois está usando jeans e chinelos, mas mesmo assim poderá 
participar do teste correndo descalço, pois é arriscado correr de chinelos 
11Avaliação da velocidade
neste teste. O teste funciona assim: você sairá dessa linha de partida 
aqui e deverá correr a toda velocidade em direção àquela garrafa PET 
lá, que está a diagonal, e tocar nela. Depois, corra para o lado e toque na 
outra garrafa PET. Para finalizar o teste, corra em diagonal até alcançar 
essa última garrafa aqui, tocando-a com a mão. Somente quando você 
tocar aqui eu vou parar o cronômetro, e daí conto se você vai tirar boa 
nota na corrida. Vamos lá! Hoje não temos tempo para tirar dúvidas, 
pois ainda tenho mais 34 alunos para avaliar nessa aula. No 3, 2, 1 e...” 
(soa o apito do docente). 
  Tempo de execução do teste: 6,80 segundos.
  Classificação da velocidade máxima e agilidade do avaliado: razoável.
  Aspectos positivos: 
 ■ condução do teste do quadrado em contexto escolar para que o do-
cente saiba antes de intervir no bimestre letivo quais são as potencia-
lidades e dificuldades dos seus alunos no que tange os componentes 
da aptidão física relacionada ao desempenho motor, neste caso a 
velocidade máxima e a agilidade; 
 ■ utilização de materiais recicláveis para execução do teste, como 
garrafas PET.
  Aspectos negativos: 
 ■ vestimenta e calçado inadequados do aluno, o que certamente pre-
judica seu resultado final; 
 ■ além de não reservar um tempo para os alunos tirarem suas dúvidas 
com relação ao teste, o docente não demonstrou sua execução, apenas 
a explicou verbalmente; além disso, o aluno não teve a oportunidade 
de se familiarizar com a execução da avaliação. 
Teste do quadrado — exemplo 2
  Materiais disponíveis: cronômetro, quatro cones e um rolo de fita 
crepe branca.
  Local de avaliação: quadra poliesportiva de uma escolinha de iniciação 
esportiva de futsal.
  Faixa etária do avaliado: 12 anos.
  Explicação do teste: “Pietro, hoje, dentre os testes de avaliação da 
velocidade, você vai participar do teste do quadrado. Vejo que você 
está com roupa adequada e seu tênis parece novo, o que deve prevenir 
derrapagens, certo? A ideia do teste é a seguinte: velocidade máxima e 
agilidade, dois pontos essenciais para um jogador de futsal durante uma 
Avaliação da velocidade12
partida. Então é isso, dê o seu máximo. Você sairá dessa linha de partida 
aqui (linha branca desenhada com fita crepe) e deverá correr o mais 
rápido possível até aquele cone ali, que está a diagonal, entendeu? Daí, 
na sequência você toca com uma das mãos na parte superior do cone e 
se desloca para a direita ou esquerda e toca a mão no outro cone. No fim, 
para fechar o teste, você deve correr na diagonal novamente e alcançar 
esse cone aqui, tocando com uma das mãos na as parte superior. Nesse 
instante eu pararei o cronômetro, e depois vamos conferir sua classificação 
no teste, tudo bem? Alguma dúvida? Agora eu vou demonstrar o teste. 
Observe como você deverá fazer. Tudo certo então? Pelo que vejo você 
está aparentemente descansado dos testes prévios e já pode realizar este. 
Vamos lá? À sua marca, preparar...” (soa o apito do técnico). 
  Tempo de execução do teste: 6,05.
  Classificação da velocidade máxima e agilidade do avaliado: bom.
  Aspectos positivos: 
 ■ condução da avaliação do teste do quadrado em contexto de iniciação 
esportiva no futsal previamente à prescrição do treinamento físico;
 ■ o avaliado está com vestes e calçados adequados para executar o teste;
 ■ o técnico reservou tempo para o avaliado tirar suas dúvidas com 
relação ao teste, além de demonstrar a prática da sequência motora. 
  Aspectos negativos: 
 ■ o técnico não permitiu que o avaliado se familiarizasse com o teste; 
 ■ o técnico avaliou subjetivamente o executante com relação ao cansaço, 
pois mesmo tendo executado outros testes prévios, foi submetido a 
mais um teste, cujo resultado, dessa forma, pode ter sido submáximo; 
nesse aspecto, o resultado “bom” talvez não reflita o que aquele 
aluno poderia de fato executar caso o teste do quadrado tivesse sido 
o primeiro da lista a ser executado naquela ocasião.
Como fica claro, cabe ao profissional de educação física pensar em todos os 
pormenores de planejamento, execução, avaliação e classificação dos resultados 
de seus alunos. Uma avaliação da velocidade conduzida de maneira errada 
poderá levar, na grande maioria dos casos, a uma prescrição equivocada. A 
velocidade é um componente da aptidão física relacionado ao desempenho 
motor, que se ramifica em velocidade de reação, de execução e de deslo-
camento. Para cada especificidade dessa capacidade física, há testes para 
avaliá-la, sendo preciso escolher o teste validado e certeiro para a amostra 
a ser analisada, bem como conhecer os parâmetros (pontos de corte) para 
classificação dos resultados. 
13Avaliação da velocidade
DARIDO, S. C. Diferentes concepções sobre o papel da Educação Física na escola. In: 
UNIVERSI DADE ESTADUAL PAULISTA. Caderno de formação: formação de profes sores 
didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 34-50. 6 v.
GAYA, A.; GAYA, A. Manual de testes e avaliação. Porto Alegre: UFRGS, 2016. (E-book).
MEDIDAS e avaliações no esporte. EDUCAÇÃO FÍSICA SME/SM/ES, 2016. Disponível em: 
http://conteudosef.blogspot.com/2016/03/medidas-e-avaliacoes-no-esporte.htmld
RIBEIRO, A. S. et al. Teste de coordenação corporal para crianças (KTK): aplicações e 
estudos normativos. Motricidade, v. 8, nº. 3, p. 40–51, 2012. Disponível em: http://www.
scielo.mec.pt/pdf/mot/v8n3/v8n3a05.pdf. Acesso em: 30 jul. 2020.
Leituras recomendadas
BARBANTI, V. Aptidão física: conceitos e avaliação. Revista Paulista de Educação Fí-
sica, v. 1, nº. 1, p. 24–32, 1986. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rpef/article/
view/138164/133608. Acesso em: 30 jul. 2020.
DARTAGNAN PINTO GUEDES. Testes motores: batimento em placas. 1 vídeo (3 min), 
2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v9fYOcmUlW4. Acesso 
em: 30 jul. 2020.
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