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PÓS-GRADUAÇÃO Análise crítica: plataformas multimídia e conteúdo PÓS-GRADUAÇÃO Produto midiático como mercadoria Bloco 1 Kátia Raquel Bonilha Keller O que você estudará • Conceitos-chave, objetivando a multiplicidade de olhares e uma contribuição para o desenvolvimento da análise crítica dos pós-graduandos. • A temática de forma abrangente e provocativa, a fim de levar os pós-graduandos à livre reflexão. • Produções audiovisuais, principalmente as direcionadas às plataformas digitais, e a presença das estratégias de Marketing/Publicidade para suas arquiteturas. Mas quais conceitos são esses? • Mercadoria, fetichismo da mercadoria e alienação. • Sociedade do espetáculo. • O homem como mercadoria e subjetividade da sociedade de consumidores: relações de compra e venda como símbolos de construção da identidade. • Ecologia publicitária e estética na publicidade. • Publicidade e produções audiovisuais contemporâneas. Cibercultura, cultura moderna e o ideário de Lévy • “A mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa que, por meio de suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de um tipo qualquer. A natureza dessas necessidades – se, por exemplo, elas provêm do estômago ou da imaginação – não altera em nada a questão” (MARX, 2013, p. 158). Fetichismo da mercadoria e alienação • Ocorre quando a mercadoria ultrapassa seu status de um bem de qualquer natureza, empodera-se e se destaca de quem o produziu, isto é, aliena o produtor do “fruto de suas mãos”. Dentro do fetichismo da mercadoria, são apagadas as relações sociais e a exploração do trabalho. Sociedade do espetáculo (Debord) • Todas as relações sociais são mediadas por imagens. • Há uma espetacularização do mundo por meio de imagens. • A realidade chega ao homem como espetáculo. O homem como mercadoria (Bauman) • Fenômeno de coisificação ou reificação = a perda da consciência de si. • Os “confessionários” portáteis. • Subjetividade da sociedade de consumidores: relações de compra e venda como símbolos de construção da identidade. Público X privado Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/selfie- mulheres-sensual-mulher-sexy-429449/. Acesso em: 3 set. 2019. Figura 1 – A compulsão de exposição da vida privada e pública escancara a necessidade de espetacularização, à qual se sujeitam as pessoas na contemporaneidade https://pixabay.com/pt/photos/selfie-mulheres-sensual-mulher-sexy-429449/%3e. Subjetividade da sociedade de consumidores: relações de compra e venda como símbolos de construção da identidade Fonte: <https://pixabay.com/pt/photos/r%C3%A3-touro- verde-lagoa-2525989/ >. Acesso em: 3 set. 2019. Figura 2 – Sua “majestade”, o consumidor, foi estratégia ilusionista eficaz, principalmente no início dos anos 2000, no Brasil https://pixabay.com/pt/photos/r%C3%A3-touro-verde-lagoa-2525989/ Ecologia publicitária e estética na publicidade • Conforme Perez e Aquino (2018), integram a ecologia publicitária práticas promocionais, merchandising, insert, product placement, gameficação, blitz, ativação, marketing de relacionamento, branded content, loja conceito, flashmobs, aplicativos etc., bem como suas estruturas e suportes (internet, TV, rádio, cinema, rua, casa). • Ainda conforme os autores, o gosto ordinário que manifesta uma estética, demanda a identificação com o público-alvo da campanha. Objetiva, pretende a aceitação (não necessariamente compra ou adesão) e criação de vínculo positivo (via identificação). Apegos Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/ainda-life- rosas-perfume-1460067/. Acesso em: 4 set. 2019. Figura 3 – Conforme afirmam Perez e Aquino (2018), as relações de consumo passam também por vínculos afetivos, que incluem até o apego a embalagens (o não descarte), devido à sua estética/beleza https://pixabay.com/pt/photos/ainda-life-rosas-perfume-1460067/ PÓS-GRADUAÇÃO Produto midiático como mercadoria Bloco 2 Kátia Raquel Bonilha Keller Publicidade e produções das plataformas digitais • Sobre publicidade: • “Marcada por certo grau de formalidade e de adequação à mensagem, tem a função de operar como discurso informativo e persuasivo. Seu dever principal é o de levar à ação, ou seja, em última instância, ao consumo de um produto ou serviço, ou à adesão a uma ideia ou a um conceito [...]” (KELLER, 2010, p. 23) • A estratégias de Marketing • Viralizações Exemplos: • Nissan: Pôneis Malditos e Agroboys (modelo Frontier). • Rap “Anti Ford”. • Filme “Livina” (versus Fiat, GM e Honda). • Pedido de desculpas às marcas em tom de sátira. PÓS-GRADUAÇÃO Teoria em Prática Bloco 3 Kátia Raquel Bonilha Keller Desafio Imagine que você é um dos proprietários de uma produtora de audiovisuais e que sua empresa completará o primeiro ano de atuação no mercado no dia 22 de abril, Dia Mundial da Terra. Vocês decidem, então, fazer um vídeo de um minuto para mostrar o real engajamento da produtora com as questões ambientais. O que você consideraria para essa produção? Com esse mini briefing em mente, você pode informalmente descrever qual seria o resultado final do vídeo, em termos de conteúdo e plataformas, não se esquecendo da trilha sonora e fotografia? PÓS-GRADUAÇÃO Dica da Professora Bloco 4 Kátia Raquel Bonilha Keller Dicas • SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. • BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. • Filmes da Nissan no YouTube. Referências BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2008. BODART, C. N. O conceito marxiano de Fetichismo da Mercadoria. Blog Café com Sociologia, 2016. Disponível em: http://www.cafecomsociologia.com/para-entender-de-uma-vez-por-todas- o-conceito-de-fetichismo-da-mercadoria-em-marx/. Acesso em: 2 set. 2019. DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. KELLER, K. R. B. Em busca do enunciatário de discursos (nada) amorosos: um olhar analítico sobre peças publicitárias para o Dia dos Namorados 2007. 2010. 171 f. Tese (Doutorado em Letras, Análise do Discurso), Faculdade de Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2010. http://www.cafecomsociologia.com/para-entender-de-uma-vez-por-todas-o-conceito-de-fetichismo-da-mercadoria-em-marx/ Referências KELLER, K. R. B. Século XXI: as mídias sociais como formadoras horizontais de opinião sobre marcas. In: KELLER, K.R.B.; SATLER, L. (orgs). Século XXI: a Publicidade sem fronteiras? Goiânia: PUC Goiás, 2011. MARX, K. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013. PEREZ, C.; AQUINO, V. Estética do consumo: uma perspectiva a partir da ecologia publicitária. Visualidades, Goiânia v. 16, n. 2, p. 301-318, jul./dez. 2018. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/56392/26911. Acesso em: 3 set. 2019. SALTARELLI, Bia. Plataformas digitais: o que é e como as grandes empresas do mundo utilizam?. Inteligência corporativa, 26 de outubro de 2018. Disponível em: http://inteligencia.rockcontent.com/plataformas-digitais/. Acesso em: 3 set. 2019. http://www.revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/56392/26911 http://inteligencia.rockcontent.com/plataformas-digitais/%3e. Referências SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 11. ed., Porto Alegre: Bookman, 2016. VIANA, N. Debord: espetáculo, fetichismo e abstratificação. Revista Panorama, v. 1., n. 1, ago./2011. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/panorama/article/view/1601. Acesso em: 3 set. 2019. http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/panorama/article/view/1601