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PROMOÇÃO, PUBLICIDADE E PROPAGANDA APRESENTAÇÃO Professor Especialista Kauê Fabrício Berto de Oliveira ● MBA em Marketing: Comunicação, Mercado e Mídia (Unicesumar). ● Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) (Faculdade Maringá). ● Professor Tutor EAD - UniFatecie. Jornalista, com vivência em assessoria de imprensa; produção de conteúdo, reportagem e textos publicitários para jornal, revista, rádio e web; e apoio à criação e revisão de conteúdos acadêmicos. Professora Nilza Pinheiro Rasmussen ● Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda (Faculdade Metropolitana de Maringá – UNIFAMMA) Publicitária com habilidade na produção criativa de textos publicitários (creative writer) Histórico Profissional: NILZA PINHEIRO – HISTÓRIAS & ESTÓRIAS - freelancer - 2019 PAMDI&YH PUBLICIDADE – Agência de Publicidade - 2015 PUBWAY - Agência de Publicidade - Paranavaí (PR) - 2015 ICON - Agência de Publicidade - Paranavaí (PR) - 2014 Informações complementares: ● Criação dos mascotes JOB & JUBA – 2015 ● Primeira colocada no concurso 1º EDUCRIAÇÃO - Campanhas Publicitárias, promovido pela VIAPAR - Maringá, veiculado nas rodovias de domínio da Concessionária (novembro/2011) Slogan: "NÃO REDUZA A CACOS A VIDA DE QUEM TE AMA" ● Primeira colocada no concurso sobre antitabagismo, promovido pela UEM - Universidade Estadual de Maringá (agosto/2010) Slogan: "O CIGARRO APAGA O FÔLEGO DA VIDA" APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), convidamos você a embarcar no instigante universo que compõe a Promoção, a Publicidade e a Propaganda. Juntos, vamos entender os conceitos fundamentais sobre a história desta área da Comunicação. Também vamos explorar as percepções dela na sociedade — passando pela produção de bens, serviços e consumo — e aspectos tanto teóricos quanto técnicos da profissão. Abordaremos ainda as noções da Psicologia relacionadas a esta atividade, bem como a estrutura de uma agência, o setor da propaganda, a legislação vigente, perspectivas e tendências do mercado. Além disso, conheceremos os serviços de comunicação e as novas alternativas de mídia a partir das tecnologias contemporâneas. Iniciaremos a unidade I pelo conceito de Promoção — como ela fomenta a comercialização e divulgação do produto ou serviço — bem como o de Propaganda e de Publicidade, que têm como foco a persuasão. Conheceremos a história da Publicidade no Mundo, desde os anúncios criados no início das civilizações até as transformações após marcos como a Revolução Francesa e a Segunda Guerra Mundial. Veremos que, com a transferência da monarquia portuguesa para o Brasil, cartazes, panfletos e anúncios de jornal deram início à publicidade brasileira. Analisaremos ainda a evolução da linguagem utilizada no setor, as novidades tecnológicas que mudaram o perfil do consumidor e, à luz da Psicologia, como a compreensão do comportamento humano é determinante na criação publicitária. Este módulo traz ainda um Glossário com os principais termos adotados neste meio. Já na unidade II, vamos abranger as percepções da Publicidade na sociedade, como a produção de bens, serviços e consumo, além de esmiuçar o conceito de composto de marketing, prática que visa alcançar um resultado positivo na venda de um produto ou serviço. Outro ponto importante a ser visitado são os tipos de Promoção — como sorteios, concursos, liquidações, exposições e patrocínios — e a diferença em relação aos tipos de Publicidade e de Propaganda, sendo esta mais ideológica enquanto aquela tem fins estritamente comerciais. Aprenderemos também as leis que regem o setor e como segui-las a fim de manter a confiança depositada na agência e na marca. Na unidade III, vamos destacar o papel da criatividade na realização publicitária, bem como compreender, sob a ótica da teoria da Gestalt, o que leva o consumidor a criar uma percepção total da marca antes de ater-se a detalhes mais específicos, como o design gráfico, a logística e o serviço pós-venda. Passaremos ainda pelas definições e segmentações de agência, além de aprofundarmos aspectos como atendimento, planejamento, pesquisa de mercado e opinião, como também a atividade de RTVC ou RTV. Por fim, a unidade IV versará sobre os tipos de Mídia: impressos, jornal e revista; outdoor e grandes formatos; rádio, televisão e cinema; internet e mídias alternativas. Aproveito para reforçar a proposta de percorrermos juntos esta trilha de conhecimento a fim de formar profissionais habilitados e capacitados para exercer diversas áreas do marketing, capazes de identificar e solucionar problemas pertinentes a este meio. Desejamos agregar valor ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. Muito obrigado e bom estudo! UNIDADE I HISTÓRIA DA PUBLICIDADE Professor Especialista Kauê Fabrício Berto de Oliveira Professora Nilza Pinheiro Rasmussen Plano De Estudo: • Conceitos: Promoção - Propaganda - Publicidade; • História da Publicidade No Mundo; • História da Publicidade No Brasil; • Evolução da linguagem publicitária; • Noções de Psicologia na Publicidade; • Glossário de Comunicação Social. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar Promoção, Publicidade e Propaganda; • Conhecer e compreender a história da Publicidade no mundo; • Conhecer e compreender a história da Publicidade no Brasil; • Ter uma visão sobre a evolução da linguagem publicitária; • Ter uma breve noção acerca da Psicologia na Publicidade. • Lista alfabética com a definição de termos da Publicidade e Propaganda. INTRODUÇÃO Ao se falar em Publicidade e Propaganda, é preciso entender que, mais do que uma ferramenta estratégica de Marketing, trata-se de uma área da Comunicação Social inventiva, técnica, e com ótimo desempenho social e cultural na sociedade. Assim, para que se compreenda tanto o universo da Publicidade e da Propaganda, quanto à linguagem utilizada, e como a mesma propicia a criação de conexões emocionais entre marcas e consumidores, esta primeira unidade vai abordar os conceitos fundamentais de Marketing, a história da Publicidade no Brasil e no mundo e seus aspectos psicológicos mais relevantes. Nos estudos sobre os conceitos fundamentais de marketing, será abordado o Mix de Marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção. Esse mix constitui a base de qualquer estratégia de Marketing e veremos como esses aspectos precisam estar alinhados para que se obtenha o sucesso. Conjuntamente, entenderemos como surgiu a publicidade do modo como conhecemos hoje, abordando sua evolução e sua história, associada ao desenvolvimento das sociedades. Além disso, será visto como sua influência segue impactando a sociedade, destacando e fazendo apontamentos de como esse processo se deu no mundo e no Brasil, gerando mudanças na economia, hábitos e costumes. Tão importante quanto a história é a linguagem utilizada pela publicidade, que se apropria de recursos linguísticos específicos para persuadir o consumidor, influenciando em seu comportamento. Assunto relevante para os futuros profissionais de Publicidade e Propaganda. Serão abordadas as principais vertentes psicológicas, presentes na publicidade, considerando que ao mesmo tempo que se comporta como reflexo da sociedade, influencia e molda novos padrões de comportamento. 1 CONCEITOS: PROMOÇÃO - PROPAGANDA - PUBLICIDADE Promoção Embora o termo Marketing Mix, 4Ps, não tenha sido criado por Philip Kotler, foi ele quem assinalou sua relevância e uso nas empresas. Para esse renomado autor (1998), Promoção é uma das variáveis que incide sobre o produto ou serviço, na intenção de fomentar sua comercialização e divulgação. Lasda parte visual do comercial, incluindo cenografia, figurinos, objetos de cena, etc. (Veja Criação e Dupla). DIRETOR DE FOTOGRAFIA - Em produção, denominação do fotógrafo do comercial. DIRETOR DE PRODUÇÃO - Em produção, denominação do profissional encarregado da direção-geral da parte de produção. DISCUSSÃO EM GRUPO - Técnica de pesquisa qualitativa em que um grupo de pessoas discute um assunto, produto, ou empresa, sob a moderação de um profissional de pesquisa, levantando todos os aspectos sobre o tema, sem ter o objetivo da quantificação. DISPLAY - Peça promocional e de merchandising que exibe uma mensagem, ou uma mensagem e um produto, no ponto de venda. (Veja Ponto de venda). DOMÍNIO - Endereço de um website na internet. É um nome (como www. amazon.com) que substitui uma longa combinação de números, para facilitar a vida dos usuários da rede. (Veja Internet e Website). DOWNLOAD - Ato de transportar a informação de um servidor para o computador do usuário, ao acessar uma página web ou solicitar um arquivo via internet. Novos softwares, documentos, imagens etc. podem ser obtidos através de download, sendo copiados de um servidor remoto para a máquina do usuário. (Veja Web e Upload). DTP - Desktop publishing ou editoração eletrônica. Sistema, processo e equipamento digital, capaz de fazer a diagramação, composição, artes e arte-final no computador, com o resultado sendo mostrado no vídeo e dando saída do trabalho em papel, fotolito ou disquete – para ser enviado aos fornecedores de pré-impressão e/ou às gráficas. (Veja Diagramação, Arte-final e Fotolito). DUPLA - 1. Conjunto de um diretor de arte e um redator que trabalham juntos para desenvolver peças publicitárias e promocionais. Unidade básica da criação de uma agência. Às vezes, pode haver o trabalho conjunto de mais elementos de uma área ou outra e o auxílio do diretor e do compositor. (Veja Criação, Compositor, Diretor, Diretor de Arte e Redator) 2. Abreviação de página dupla. E-COMMERCE - Nome em inglês, mas adotado internacionalmente, para definir o comércio eletrônico feito, sobretudo, através da internet. Todo o comércio realizado on-line é denominado e-commerce. EDIÇÃO - No campo da produção de comerciais, é a tarefa de editar as cenas gravadas em VT ou filme (estas, depois de telecinadas) de forma organizada, selecionando-as e colocando-as na sequência adequada para estabelecer a mensagem. Este trabalho, que corresponde à montagem dos filmes, geralmente é feito em duas etapas: uma off-line, para definir a sequência correta; e a outra on-line, em equipamentos mais sofisticados e de maiores recursos, para finalizar o trabalho em alta qualidade. (Veja Montagem, Telecinagem e Capítulo 5.) O mesmo conceito aplica-se para a preparação de jingles, spots e trilhas sonoras. (Veja Jingle, Spot e Trilha sonora). EDITOR - Em produção, profissional que faz a edição ou aparelho de videoteipe que realiza esse trabalho. (Veja Edição). EDITORA - Empresa que edita revistas ou jornais. EFEITO ESPECIAL - Em produção, qualquer efeito mecânico (realizado durante a filmagem ou gravação), digital ou de edição (realizado na etapa de finalização) capaz de gerar uma imagem especialmente modificada da realidade, dramatizando a intenção de comunicação desejada. (Veja Filmagem, Finalização e Gravação). EFEITO RESIDUAL - Aquilo que fica gravado como lembrança/percepção nas pessoas de uma peça ou campanha de propaganda. (Veja Recall). E-MAIL - Nome em inglês, mas adotado internacionalmente, para definir as mensagens enviadas pela da internet; correio eletrônico. (Veja Internet). E-MAIL MARKETING - Mensagem publicitária isolada ou em campanha que se utiliza de e-mails. ENCAIXE - 1. Em mídia, disponibilidade de tempo ou espaço em veículo. 2. Em direção de arte, espaço aberto em um texto para colocar a ilustração ou vice-versa. 3. Ato de preencher uma janela da página editorial ou programação de um veículo com anúncio ou comercial. ENCALHE - Diferença entre a circulação e a tiragem de um veículo impresso, que é devolvida pelas bancas e distribuidoras às editoras. (Veja Circulação e Tiragem). ENCARTE - Peça publicitária gráfica encartada em jornal e revista, no formato do veículo ou não. Serve para dar visibilidade à mensagem, ser destacada pelo consumidor ou para atingir segmentos geográficos e de mercado. ENDOCOMUNICAÇÃO - Mensagem ou ação de comunicação direcionada a públicos internos das empresas e organizações. ENTRELINHA - Em artes gráficas, espaço entre as linhas de um título ou texto. ESCALA DE CORES - Em artes gráficas, as provas de cada uma das cores (geralmente quatro) de uma matriz para impressão. Serve para que o impressor possa controlar a impressão de cada cor de modo a atingir um bom resultado final. ESPAÇO - Em mídia, todo e qualquer espaço (na mídia impressa) ou tempo (no rádio, televisão e cinema) publicitário. (Veja Tempo). ESPACEJAMENTO - Em artes gráficas, espaço entre as letras de um título ou texto. ESPELHADO - Em mídia, designa anúncio em uma página anterior ou posterior a outra que também tem uma mensagem publicitária. ESPELHO - Esquema da diagramação de uma publicação. (Veja Diagramação). ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing; entidade de ensino do mercado publicitário, com sede em São Paulo e unidades no Rio de Janeiro e Porto Alegre. ESTANDE - Pequena construção ou balcão armado em feiras ou locais públicos para servir de base a promotores e divulgadores de uma empresa ou marca, receber clientes e prospects, expor mercadorias e amostras, material publicitário ou promocional. EVENTOS - Ação de comunicação ao vivo, integrando fisicamente pessoas que a promove e as que participam dela. EXECUÇÃO - 1. Em mídia, a tarefa de executar a mídia, emitindo as autorizações e enviando os materiais. 2. Na criação, a tarefa de dar forma física às mensagens. (Veja Autorização e Produção). EXECUTIVO DE CONTA - Profissional da área de atendimento de agência. (Veja Atendimento). EXIBIÇÃO - Veiculação da mensagem publicitária pelo veículo. EXPOSIÇÃO - Sinônimo de cobertura alcançada por um meio, veículo, campanha ou peça publicitária. (Veja Cobertura, Meio e Veículo). EXTERNA - Em produção, a filmagem ou gravação (em videoteipe) de cenas fora do estúdio, ao ar livre. (Veja Filmagem, Gravação e Locação). F FACA - Em artes gráficas, instrumento de metal montado em madeira que serve para recortar impressos em formatos especiais. FAIXA - Mensagem publicitária impressa em faixas de pano ou plástico, colocadas nas ruas, fachadas de prédios ou em seu interior. FAIXA DE GÔNDOLA - Tipo de faixa específica para gôndolas de supermercados. (Veja Gôndola). FAMÍLIA - 1. Em marketing, termo utilizado para definir um grupo de produtos semelhantes, com funções complementares ou parecidas. 2. Em artes gráficas, termo utilizado para definir um conjunto de tipos com as mesmas características. (Veja Tipo). FECHAMENTO - Prazo limite para aceitação de anúncios e comerciais pelos veículos. FEE - 1. Importância paga por uma tarefa ou período; quantia que o cliente paga à agência, produtora ou empresa especializada pela prestação de seus serviços. 2. Importância paga por qualquer empresa a um profissional, por tarefa ou período. FEEDBACK - Em comunicação, todo e qualquer retorno do target à comunicação feita pela empresa, seja através de pesquisa, de um mecanismo de resposta (cupom, telefone etc.) ou de forma espontânea. (Veja Target). FENAPEX - Federação Nacional da Publicidade Exterior; federação dos sete sindicatos que representam as empresas que fazem publicidade exterior ou out-of- home (OOH), tais como painéis luminosos, placas em prédios e ruas, outdoors e assemelhados. FENAPRO - Federação dos 23 sindicatos dasagências de propaganda espalhados pelo país. FICHA TÉCNICA - Nível de fidelidade do consumidor a uma determinada marca ou veículo de comunicação. FIDELIZAÇÃO - Neologismo criado pelos profissionais de marketing para definir programas e esforços no sentido de conquistar ou incentivar a fidelidade dos consumidores à determinada marca ou empresa. FILMAGEM - Ação de filmar (ou gravar em vídeo) uma cena para a produção de comercial para televisão ou cinema (Veja Gravação). FINALIZAÇÃO - Em produção, as tarefas de conclusão de um comercial, como a edição, sonorização, realização de efeitos especiais e copiagem. (Veja Edição e Efeitos especiais). FLIGHT - Em mídia, designa um período contínuo de veiculação de uma campanha, como uma “onda” de veiculação de suas mensagens. FOLDER - 1. Folheto publicitário constituído de uma única folha, com uma ou mais dobras. 2. Anúncios de revista com uma ou mais dobras. (Veja Folheto). FOLHETO - Peça publicitária gráfica com uma ou mais folhas. FOLLOW UP - Sequência, em inglês. Ação de acompanhar a execução de um plano de comunicação ou de mídia ou a produção de qualquer peça publicitária. FONOGRAMA - Peça publicitária sonora, para veiculação em rádio, televisão ou cinema. (Veja Jingle, Spot e Trilha sonora). FONTE - Em artes gráficas, o nome e o formato de uma família de tipos. (Veja Tipo). FORMATO - Dimensões e forma de um anúncio ou peça gráfica, tempo e tipo de um comercial de rádio, televisão ou cinema. FOTOLITO - 1. Filme de artes gráficas, que serve como matriz de impressão off-set e sobre o qual são reproduzidos textos, fotos e ilustrações originalmente em papel ou cromo. FRANQUIA DE MARCA - Valor e poder (franquia) de mercado de uma determinada marca, incluindo sua capacidade de gerar negócios, reduzir investimentos em comunicação de marketing ou aumentar o valor de venda. (Veja Branding e Marca). FREELANCE - Trabalho realizado de forma temporária, sem vínculo empregatício. FREELANCER - Profissional que trabalha no regime de freelance. FREQUÊNCIA - Quantidade de vezes que uma pessoa é atingida por uma determinada mensagem publicitária em determinado período de tempo. FREQUÊNCIA MÉDIA - Quantidade média de vezes que a audiência total de uma campanha ou programação foi atingida por suas mensagens. Este valor é obtido pela divisão do número de audiência bruta pela audiência líquida. (Veja Audiência bruta, Audiência líquida, Frequência e GRP). FUSÃO - Ação de fundir duas ou mais imagens em uma, seja em fotografias estáticas, cinematográficas (filmes) ou videográficas (videoteipe). G GESTALT - 1. Palavra de origem alemã que significa unidade, harmonia, percepção global. 2. Conceito empregado para estimular e orientar a realização da melhor comunicação integrada de marketing. (Veja CIM). GIMMICK - Truque ou efeito criado para chamar a atenção do consumidor para determinado anúncio, comercial, produto ou promoção. GÔNDOLA - Prateleira de supermercado, na qual estão expostas as mercadorias para o consumidor fazer sua seleção. (Veja Faixa e Ponta de gôndola). GOODWILL - 1. Ação de gravar uma cena em videoteipe para produção de comercial para televisão ou cinema. 2. Ação de gravar locução, música ou canto para comerciais, jingles, spots e trilhas. (Veja Filmagem, Jingle, Spot e Trilha). GRIFO - O mesmo que itálico. (Veja Itálico). GRP - Abreviação de Gross Rating Point. 1. Soma total da audiência obtida por uma campanha ou programação. 2. Unidade de audiência (1 GRP equivale a 1% da audiência). O mesmo que audiência bruta. (Veja Audiência bruta e Programação). GRUPO DE MÍDIA - Entidade que reúne os profissionais de mídia das agências. O principal é o de São Paulo. H HÁBITOS DE MÍDIA - Os padrões de consumo de um determinado meio, veículo, horário e seção, de um consumidor em particular ou um agrupamento/segmento deles. HARD SELL - Venda pesada, em inglês. Expressão utilizada para definir abordagens e mensagens de venda direta, de estilo promocional e sem sutilezas. (Veja Soft). HD - Abreviação corrente de high definition, alta definição. HEAVY USER - Consumidor pesado, em inglês. Em marketing, termo utilizado para designar os principais consumidores de um produto. HIT - Solicitação ao computador servidor para receber cada elemento (imagem, texto, som) que compõe uma determinada página de website. (Veja Página e Website). HOMEPAGE - Página de abertura de um website, que hoje geralmente tem inúmeras páginas. (Veja Website). HONORÁRIOS - 1. Remuneração da agência por qualquer de seus serviços ao cliente, com exceção da veiculação, paga através da comissão concedida pelos veículos. 2. Remuneração do profissional freelancer ou contratado. (Veja Freelancer e Comissão). HOSPEDAGEM - Tradução de um termo em inglês, hosting, que é o serviço provido por um computador permanentemente conectado à internet que armazena e disponibiliza o conteúdo digital de um website. Geralmente é oferecida por empresas especializadas nessa tarefa. (Veja Internet e Website). HOT SITE - Website temporário e bastante enxuto para lançamento de um produto, uma promoção ou mesmo uma informação urgente na internet. (Veja Internet, Página e Website). HOUSE AGENCY - Agência da casa, em inglês. Agência de propaganda pertencente ao próprio anunciante, que trabalha para seu proprietário e, eventualmente, para outros clientes. HOUSE ORGAN - Qualquer publicação periódica de uma empresa, destinada a seus funcionários, consumidores, distribuidores, varejistas ou mercado em geral. I IAB BRASIL - Capítulo brasileiro do Interactive Advertising Bureau (IAB); entidade que reúne empresas e profissionais que trabalham com o universo digital, incluindo internet, mobile e assemelhados. IBOPE - 1. Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, o maior instituto de pesquisa no Brasil. 2. Sinônimo de sucesso e aceitação popular. IDENTIDADE VISUAL - Conjunto de símbolos e cores que identificam uma empresa ou marca, como logotipo e logomarca, alfabeto, papelaria, pintura de frota, padrões visuais de embalagem e de propaganda etc. ILUSTRAÇÃO - 1. Qualquer desenho, fotografia, gravura ou símbolo gráfico que ilustre uma peça publicitária. 2. Técnica específica de desenho para uso em propaganda, promoção, etc. IMAGEM CORPORATIVA - Conjunto das percepções em relação a uma empresa, tanto por parte de seus consumidores como por parte de outros grupos de pessoas e do mercado, da sociedade como um todo. Estas percepções são a visão externa em relação a diversos aspectos da empresa, como tamanho, objetivos, postura diante do mercado, produtos fabricados ou serviços prestados, qualidade desses produtos/serviços, volume de produção e de faturamento, rentabilidade, contemporaneidade etc. IMAGEM DE MARCA - O mesmo que imagem corporativa, mas aplicada a um produto/serviço ou linha deles. IMPACTO - 1. Ação de se atingir um consumidor pelas mensagens publicitárias. 2. Capacidade de uma mensagem publicitária em motivar as pessoas atingidas. (Veja Atingimento). INCENTIVO - Ferramenta de comunicação utilizada para motivar o público interno (empregados) e intermediário (distribuidores, atacadistas, varejistas etc.) a cumprir determinados objetivos definidos pela empresa. INDETERMINADO - Espaço publicitário não determinado. Quando o veículo pode publicar o anúncio ou veicular o comercial no local ou horário que achar mais conveniente. (Veja Determinado). INFORMAÇÃO PUBLICITÁRIA - Mensagem publicitária (na mídia impressa, rádio ou televisão) sem as características habituais de um anúncio ou comercial, geralmente imitando o estilo editorial do veículo em que está sendo veiculada. (O mesmo que Informe publicitário ou Publieditorial). INFORME PUBLICITÁRIO- O mesmo que informação publicitária. (Veja Informação publicitária). INSERÇÃO - 1. Anúncio ou comercial veiculado. 2. Ato de veicular qualquer peça publicitária nos veículos. INSERT - 1. O mesmo que encarte. 2. Ato de inserir alguma mensagem curta durante um programa de rádio ou televisão (como uma frase, um letreiro, uma logomarca etc). INSTITUCIONAL - 1. Relativo à instituição (empresa, associação ou entidade pública ou privada). 2. Tipo de propaganda feita para valorizar a instituição e obter ganhos para a imagem corporativa e imagem de marca. (Veja Imagem corporativa e Imagem de marca) INSTITUTO - Em pesquisa, empresa especializada na realização de pesquisas. INTERNET - A rede internacional de computadores, que se transformou em uma mídia universal e interativa, permitindo a mais ampla obtenção, disponibilização e troca de dados, informações e e-mails digitais, contendo textos, imagens e sons através de uma variedade de recursos. ITÁLICO - Forma de escrita intermediária entre o impresso normal (em pé ou “redondo”) e o cursivo (feito à mão). Caracteriza-se pelas letras inclinadas (geralmente para a direita). (Veja Grifo, Negrito e Redondo). IVC - Instituto Verificador de Circulação; entidade mantida por anunciantes, agências e veículos para auditar, de forma independente, a tiragem e circulação de jornais e revistas. (Veja Circulação e Tiragem.) J JANELA - 1. Espaço em branco deixado em um anúncio para posterior encaixe de mensagem específica, muito usado na propaganda cooperada entre indústria e varejo. 2. Tempo de alguns segundos deixado em mensagem de rádio ou de televisão para a mesma finalidade apontada em 1. 3. Intervalo comercial para uso das emissoras locais quando das transmissões em rede (Veja Encaixe e Rabicho). JINGLE - Mensagem publicitária para rádio na forma de música em que se canta os benefícios da marca. JOB - 1. Nome de todos os trabalhos específicos feitos para um cliente que se atende de forma permanente. 2. Trabalho feito para um anunciante do qual a agência não tem a conta. JUSTIFICAR - Em mídia, tarefa de explicar as razões técnicas pelas quais um determinado meio, veículo, horário e posição foram selecionados para compor o plano de veiculação. K KINESCOPIA - Processo que transfere material gravado em videoteipe para filme. (Veja Telecinagem). KINESCÓPIO - Aparelho que realiza a kinescopia. (Veja Kinescopia). L LANÇAMENTO - Esforço de lançamento de um produto, marca ou campanha, feito através de diversas ações de marketing e comunicação. (Veja Sustentação.) LAYOUT - Diagramação, em inglês. (Veja Diagramação.) LAYOUTMAN - Profissional que faz layouts, diagramador. (Veja Diagramador.) LIGHT USER - Consumidor leve, em inglês. O contrário de heavy user. Ou seja, o consumidor moderado ou pequeno de um produto. (Veja Heavy user). LINK - Ligação, em inglês. 1. Termo utilizado para expressar a ligação entre sistemas de comunicação eletrônica e telecomunicações. 2. Termo utilizado para expressar uma ligação temática ou formal entre as peças de uma campanha publicitária. 3 . No campo da internet, é a conexão entre os websites e hot sites, entre uma página e outra, entre uma página e um arquivo, feita de forma automática ou por solicitação do usuário. É a tecnologia mais revolucionária na internet, permitindo que com um clique do mouse se passe de uma página qualquer para qualquer outra página do mundo. Este é o segredo do hipertexto (daí vem HTML, ou hipertext mark-up language), que tem a capacidade de embutir em um documento ligações (ou links) com outros documentos. Todo link remete o usuário de um documento a outro. (Veja Hot site, Internet, “Linkar”, Página e Website). LINKAR Ato de fazer o link. (Veja Link.) LOCAÇÃO - 1. Realização de uma filmagem ou gravação fora do estúdio, seja em externas ou em ambientes fechados naturais (com ou sem adaptação). 2. Lugar onde são feitas estas filmagens/gravações. (Veja Externas.) LOCUÇÃO - 1. Texto falado por locutor ou intérprete para comerciais de rádio, televisão e cinema. 2. Ato de realizar a gravação deste texto. (Veja Gravação.) LOCUÇÃO EM OFF - Texto de comercial interpretado por locutor/intérprete que não se vê na cena. (Veja Off). LOGO - Abreviatura de logotipo ou logomarca. (Veja Logotipo e Logomarca). LOGOMARCA - Símbolo gráfico identificador de uma empresa ou marca, quando composta do símbolo em si mais o logotipo. (Veja Logotipo e Marca). LOGOTIPO - Letras (especialmente desenhadas ou adaptadas) utilizadas para compor o nome de marca ou empresa. (Veja Logomarca). LUMINOSO - Tipo de cartaz publicitário com iluminação interna. M MAILING - Abreviação de mailing list. (Veja Mailing list). MAILING LIST - Lista de correio, em inglês. Relação de nomes, endereços e dados adicionais de consumidores e prospects, para realizar ações de marketing direto. (Veja Marketing direto e Prospect). MALA DIRETA - 1. Mensagem publicitária ou de marketing direto enviado pelo correio ou portadores. 2. Tipo de mídia que consiste em enviar mensagens pelo correio ou portadores. (Veja Marketing direto e Mídia). MAPA DE PROGRAMAÇÃO - Quadro utilizado no planejamento e execução de mídia para mostrar visualmente quais as inserções que serão feitas. (Veja Inserção e Programação). MARCA - 1. Um nome, termo, símbolo, desenho ou qualquer elemento que identifique o bem ou serviço de uma organização como distinto dos de outras. Uma marca pode identificar um item, uma família ou todos os itens dessa organização. 2. Conjunto organizado de percepções (cognitivo) e sentimentos (emocional), residentes no consumidor, que faz com que determinado bem ou serviço seja mais do que simplesmente diferente de seus competidores. Um conjunto de percepções e sentimentos que faz com que ele possa vir a ser único e capaz de satisfazer as necessidades tangíveis e simbólicas do consumidor. 3. Convenção utilizada para definir um produto, serviço ou empresa, incluindo sua denominação comercial e origem. (Veja Brand e Logomarca). MARKETING - 1. Conjunto das atividades empresariais destinadas à descoberta, conquista, manutenção e expansão de mercados para as empresas e suas marcas. 2. Área da empresa encarregada de planejar e administrar as tarefas de marketing. MARKETING DIRETO - Ferramenta de marketing e de comunicação de marketing utilizada para estabelecer o relacionamento direto entre as empresas e seus consumidores e prospects (tanto pessoas físicas quanto outras empresas). MARKETING MIX - O conjunto das atividades necessárias à realização do marketing. Estas atividades são reunidas em quatro áreas básicas: produto (tudo o que se refere ao produto ou serviço em si, como formulação física, características, produção, qualidade etc); distribuição (tarefas necessárias para apresentar o produto/serviço ao consumidor, para que ele possa comprá-lo e consumi-lo); promoção (todas as tarefas de comunicação de marketing, que visam promover o consumo do produto/serviço); e preço (política de preço). MARKETING VIRAL - Comunicação feita através da internet, principalmente nas redes sociais, de forma espontânea pelas pessoas, a partir de um elemento detonador feito pela marca ou empresa interessada em comunicar alguma coisa. (Veja Redes Sociais). MATERIAL - Em mídia, as peças publicitárias em sua forma física (fotolitos, fitas com comercias, etc.) que são encaminhadas aos veículos. MEIO - Abreviatura de meio de comunicação. (Veja Meio de comunicação). MEIO DE COMUNICAÇÃO - Os meios pelos quais a comunicação é feita, como jornal, revista, televisão, outdoor etc. (Veja Mídia). MEIO-TOM - Graduação do preto. As partes em cinza nas peças em preto e branco. MERCADO - Segmento de pessoas, empresas ou área geográfica onde estão osconsumidores e prospects de uma empresa ou marca. (Veja Mercado-alvo e Mercado- teste). MERCADO-ALVO - Mercado objetivado pela empresa ou marca. (Veja Mercado). MERCADO-TESTE - Mercado escolhido pela empresa ou marca para fazer testes – de todos ou qualquer dos elementos do marketing mix – antes do lançamento definitivo de um produto ou serviço. MERCHANDISING - Ferramenta de comunicação de marketing utilizada no ponto de venda e em espaços editoriais (televisão, mídia impressa etc.) para reforçar mensagens publicitárias feitas anteriormente (ou mesmo em substituição à propaganda, em alguns casos). MÍDIA - 1. Forma adaptada da palavra media, que significa meio de comunicação, em latim e inglês. 2. Termo utilizado para designar os veículos de comunicação, no seu conjunto ou em particular. 3. Técnica publicitária que estuda e indica os melhores meios, veículos, volumes, formatos e posições para veicular as mensagens publicitárias. 4. Área especializada em mídia nas agências de propaganda. 5. Profissional especializado nas técnicas de mídia. (Veja Meio de comunicação e as definições de Mídia a seguir). MÍDIA BÁSICA - Em um plano de mídia, o meio de comunicação (ou veículo) utilizado como base da comunicação a ser feita. (Veja Mídia de Apoio). MÍDIA DE APOIO - Em um plano de mídia, os meios de comunicação (ou veículos) utilizados como complemento e apoio à mídia básica. (Veja Mídia básica). MÍDIA DIGITAL - O conjunto dos meios de comunicação digital, organizados na internet, mobile e outras redes cibernéticas. MÍDIA ELETRÔNICA - Os meios de comunicação eletrônicos, como o rádio, a televisão e até certos tipos de luminosos e outdoors eletrônicos. O cinema, apesar de não ser necessariamente eletrônico, entra nesta categoria, por hábito do mercado. (Veja Mídia e Mídia impressa). MÍDIA EXTERIOR - Conceito contemporâneo para designar todo o espectro de propaganda ao ar livre, incluindo o outdoor e o mobiliário urbano. (Veja Outdoor, OOH e Mobiliário Urbano). MÍDIA GRÁFICA - Conceito contemporâneo para designar todo o espectro de materiais gráficos passíveis de serem usados como veículo de propaganda, promoção ou marketing direto, como folhetos, publicações customizadas, encartes na mídia impressa, tabloides promocionais, sales e welcome kits, malas diretas, cartazes e peças de merchandising, pôsteres etc. MÍDIA IMPRESSA - Os meios de comunicação impressos, especialmente a revista e o jornal, incluindo também o outdoor e todo tipo de material impresso. (Veja Mídia e Mídia eletrônica). MÍDIA MIX - Conjunto dos meios, veículos, formatos e posições utilizados em um plano de mídia. (Veja Mídia e Multimídia). MIOLO - Parte interna de um jornal, revista ou folheto. MOBILE - Comunicação digital direcionada a celulares, tablets e outros aparelhos móveis. MOBILIÁRIO URBANO - Equipamento urbano. Em propaganda, a mídia e peças feitas através de back lights e outras formas de reprodução, colocada em abrigos de pontos de ônibus, placas de rua, placas indicativas em geral, banheiros públicos e em toda sorte de equipamento que possa ser útil à população. (Veja OOH e Mídia exterior). MÓDULO - Em um plano de mídia, conjunto de meios, veículos, formatos e posições com características semelhantes, que possam ser repetidos, combinados ou comparados com outros módulos nas tarefas de avaliação e simulação. (Veja Avaliação e Simulação). MONTAGEM - Ação de organizar, selecionar, avaliar e editar as cenas e sequências dos filmes. MULTIMÍDIA - 1. Mensagem que utiliza mais de uma mídia para ser transmitida, como um audiovisual ou vídeo interativo 2. Sinônimo de mídia mix. (Veja Mídia mix). N NEGRITO - Letra mais grossa que o normal, usada para fazer destaque no texto ou como recurso gráfico. (Veja Bold, Itálico e Redondo). NET - 1. Sigla utilizada para definir um comercial exibido em rede nacional de televisão, geralmente com transmissão via satélite. 2. No campo da internet, é a abreviação deste termo. NETWORK - 1. Qualquer rede – de pessoas, computadores (internet) ou veículos de comunicação. 2. Em propaganda, costuma denominar uma rede nacional de televisão ou rádio. NETWORKING - 1. Capacidade e trabalho feito através de redes formais e informais visando um objetivo comum ou compartilhado. 2. Rede de relacionamento de pessoas e empresas. NEWSLETTER - Peça gráfica, na forma de uma carta ou pequeno jornal, com estilo editorial, utilizada como veículo de comunicação publicitária de relações públicas. NTSC - Padrão norte-americano de televisão em cores. (Veja PAL e Secam). O OFF - Abreviação de locução em off. (Veja Locução em off). OFF-SET - Técnica de impressão que utiliza máquinas planas, nas quais o papel entra em folhas e é impresso pela passagem de um cilindro (no qual está gravada a mensagem) sobre ele. ORIGINAL - Em produção, arte-final ou cromo encaminhado – junto com o paste-up – para se fazer os fotolitos e rotofilmes. (Veja Arte-Final, Fotolito, Paste-Up e Rotofilme). OTIMIZAÇÃO - Técnica empregada para selecionar as melhores alternativas de um plano de mídia, através do processo de avaliação e simulação. (Veja Avaliação e Simulação). OUTDOOR - 1. Tipo de cartaz publicitário de grandes proporções, de tamanho padronizado, exposto ao ar livre. 2. Meio de comunicação publicitária. P P.I. - Abreviação de pedido de inserção, que corresponde à autorização emitida pela agência ou anunciante para os veículos. (Veja Autorização). PACK-HOT - Expressão em inglês que designa a cena em que é feito um close do produto ou da marca que está sendo promovida no comercial. O pack-shot entra geralmente no final do comercial (ou um pouco antes), acompanhado de letreiro e/ou locução em off com o tema/slogan da campanha ou marca. (Veja Locução em off). PÁGINA - 1. Unidade básica de anúncio no caso das revistas. 2. No campo da internet, um documento típico da web composto de texto e imagens, que são apresentados pelo browser como uma página, embora a analogia com o papel impresso seja muito limitada. Uma página web não tem comprimento definido, muito menos verso, por exemplo. (Veja Homepage e Web). PÁGINA DUPLA - Duas páginas de anúncio, lado a lado. PAINEL - Tipo de cartaz, pintado diretamente sobre o muro, madeira, metal ou outro suporte. (Veja Pôster). PAL - Padrão alemão de televisão em cores, adaptado para uso em diversos países. No Brasil, por exemplo, utiliza-se o Pal-M. (Veja NTSC e Secam). PAN - Abreviação de panorâmica. (Veja Panorâmica). PANORÂMICA - Movimento da câmera (da esquerda para a direita ou vice-versa) que mostra uma tomada geral de um objeto, cena ou pessoa que está sendo filmada ou gravada. (Veja Filmagem, Gravação, Travelling e Zoom). PANTONE - Padrão de cores muito utilizado em artes gráficas como referência para impressão. PDV - Abreviação de ponto de venda (Veja Ponto de venda). PENETRAÇÃO - 1. Em mídia, termo utilizado para definir o índice de atingimento de um determinado veículo sobre o total de consumidores de um meio, um segmento de mercado ou uma região geográfica 2. O termo também é empregado para definir a extensão da presença de marcas e categorias de produtos em um determinado mercado. PEOPLEMETER - Aparelho eletrônico colocado no televisor dos domicílios integrantes do painel de audiência de televisão do Ibope, para registrar automaticamente as mudanças de canal, enviando os dados via telefone ou radiofrequência para o instituto. PESQUISA - Técnica para se conhecer as motivações, atitude e comportamentos dos consumidores e prospects. Pode ser contínua (quando realizada de forma sistemática), ad hoc (quando realizada de forma específica para um cliente), quantitativa e qualitativa. (Veja Ad hoc, Prospect e demais definiçõesde Pesquisa a seguir). PESQUISA DE COMUNICAÇÃO - Tipo de pesquisa realizada para aferir aspectos ligados à comunicação de marketing, como percepção da marca, índice de recall, compreensão da mensagem etc. Fornece subsídios para a criação e produção de peças publicitárias. (Veja demais definições de Pesquisa e Recall). PESQUISA DE MERCADO - Tipo de pesquisa realizada para aferir aspectos ligados ao produto em si e ao mercado, como motivações de consumo, necessidades e desejos dos consumidores e prospects, conceito dos principais concorrentes etc. (Veja demais definições de Pesquisa e Prospect). PESQUISA DE MÍDIA - Tipo de pesquisa realizada para aferir aspectos ligados à mídia, como índices e perfil de audiência, hábitos de consumo de veículos e programas, relacionamento com os veículos etc. (Veja demais definições de Pesquisa). PESQUISA QUALITATIVA - Tipo de pesquisa realizada para aferir aspectos qualitativos de alguma questão, como percepção de imagem, atitudes diante de marcas, motivações e hábitos, sem qualquer objetivo de mensuração etc. (Veja demais definições de Pesquisa). PESQUISA QUANTITATIVA - Tipo de pesquisa que objetiva quantificar (ou seja, fornecer resultados numéricos) sobre hábitos, atitudes, imagem, conhecimento, tamanho de mercado e outras informações de interesse das empresas clientes. Pode ser feita isoladamente ou em conjunto com as pesquisas qualitativas. (Veja Pesquisa Qualitativa). PLANEJAMENTO - 1. Tarefa de realizar planos (de marketing, comunicação, mídia, etc.). 2. Sinônimo de plano. 3. Área ou departamento das agências e demais empresas. (Veja Briefing e definição mais detalhada no Apêndice F). PLUS - Extra, em inglês. Termo utilizado em promoção para definir aquela coisa a mais que será oferecida ao consumidor (como um desconto, que é um valor menor em dinheiro, mas também é um plus). POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO - Estratégia básica de comunicação de uma empresa ou marca. Regras (polices) que devem ser seguidas no trabalho de planejamento, criação, produção e mídia de todas as ferramentas de comunicação. POLÍTICA DE PROPAGANDA - Estratégia básica de propaganda de uma empresa ou marca, que deve estar em consonância com a política de comunicação (quando esta existe). Regras (polices) que devem ser seguidas no trabalho publicitário de planejamento, criação, produção e mídia. (Veja Política de comunicação). PONTO DE VENDA - Local onde as vendas são efetivamente realizadas, como supermercados, lojas, pontos de dose (bares, restaurantes etc), centros de serviços e muitos outros. (Veja PDV). POPAI BRASIL - Capítulo brasileiro do The Global Association for Marketing at Retail, entidade que se dedica ao universo do merchandising no ponto de venda. PORTA-FÓLIO - Versão brasileira (pouco usada) de portfólio. PORTFÓLIO - 1. Conjunto de marcas, produtos e serviços de uma empresa. 2. Conjunto das contas de uma agência. 3. Trabalhos já realizados por uma agência, produtora, fornecedor ou profissional. 4. Conjunto dos títulos de uma editora e de programas de uma emissora de rádio e televisão. POSIÇÃO - Localização de uma mensagem publicitária dentro do veículo, como o anúncio em uma revista, jornal ou outro veículo impresso; o comercial na sequência da programação de uma emissora de rádio ou televisão etc. POSICIONAMENTO - Técnica de marketing e comunicação que determina em que posição a marca deve ser colocada no mercado. Ou seja, com que qualidade, com que preço, para quais segmentos do mercado (prioritários e secundários), qual a imagem a ser construída etc. É uma decisão básica do anunciante e uma informação muito importante para o briefing e o planejamento. (Veja Briefing e Planejamento). PÔSTER - Tipo de cartaz publicitário, geralmente impresso. (Veja Cartaz). PÓS-TESTE - Tipo de pesquisa qualitativa/quantitativa realizada após a veiculação de comercial, anúncio ou campanha para verificar o desempenho das peças publicitárias. (Veja definições de Pesquisa, Pré-teste e Day-after recall). POTENCIAL DE MERCADO - Mensuração das possibilidades de volume de venda de um determinado produto/serviço em um segmento de mercado ou região. PREÇO BRUTO - Em mídia, preço cobrado pelo veículo aos clientes, que é o da sua tabela menos os descontos obtidos nas negociações. (Veja Preço líquido). PREÇO LÍQUIDO - Em mídia, o preço cobrado pelo veículo das agências, que é o preço bruto menos sua comissão. (Veja Comissão e Preço bruto). PREMIUM - 1. Produto/serviço de qualidade e preço superiores. 2. Palavra inglesa para designar brinde, bastante utilizada na área de promoção. É a materialização do plus, aquele objeto ou serviço que é dado ao consumidor que cumpra determinada condição da promoção. (Veja Plus). PRESS-KIT - Conjunto de informações, textos, ilustrações, fotografias e até amostras de produtos entregues à imprensa nos trabalhos de relações públicas e assessoria de imprensa. PRESS-RELEASE - Texto com informações para a imprensa. (Veja Release). PRÉ-TESTE - Tipo de pesquisa realizada antes da produção ou veiculação de comercial, anúncio ou campanha para saber qual as perspectivas da mensagem (nível de atingimento dos seus objetivos) e analisar como o target percebe seu conteúdo e approach criativo. (Veja definições de Pesquisa, Pós-teste, Animatic e Approach). PRODUÇÃO - 1. Tarefa de dar forma física às mensagens publicitárias imaginadas pela criação. 2. Área da agência responsável pela produção e pelo relacionamento com as produtoras e fornecedores gráficos. (Veja Criação, Produção gráfica e RTV). PRODUÇÃO GRÁFICA - 1. Tarefa de dar forma física às peças publicitárias gráficas imaginadas pela criação. 2. Área da agência encarregada da produção e do relacionamento com os fornecedores gráficos. (Veja Criação) PRODUTOR - 1. Profissional que trabalha na área de produção da agência. 2. Nas produtoras de som e de comerciais, profissionais especializados nas diversas tarefas que viabilizam a produção. PROGRAMAÇÃO - 1. - Conjunto de programas de uma emissora de rádio ou televisão, incluindo sua estratégia de transmissão. 2. Conjunto de veiculações programadas em um meio ou veículo. (Veja Mídia). PROGRAMAÇÃO VISUAL - Veja Identidade visual. PROJETO ESPECIAL - Formato de mensagem ou tipo de programação de mídia fora do habitual proposta pelos veículos para anunciantes determinados ou desenvolvidos pelas agências para atender a necessidades específicas de seus clientes. (Veja Formato, Mídia e Programação). PROMOÇÃO - Ferramenta de marketing e comunicação que tem a função de motivar consumidores e prospects. (Veja definição mais detalhada no Apêndice B). PROPAGANDISTA - Profissional que faz propaganda pessoalmente para um consumidor ou intermediário (como os representantes de laboratórios, que visitam médicos e farmácias). (Veja Publicitário). PROSPECT - Pessoa não consumidora de um determinado produto ou serviço que tem potencial de vir a se tornar um consumidor, se devidamente motivada. Também chamado cliente potencial. PROSPECTO - Veja Folheto. PROPERTY - Propriedade, em inglês. Qualidade(s) ou característica(s) que se relaciona(m) a uma determinada marca, empresa, produto ou serviço – derivada de seu posicionamento, propaganda ou outra ação de comunicação. (Veja Posicionamento). PROVA - 1. Em artes gráficas, a impressão manual e limitada do fotolito, para analisar se ele está correto e ter uma visão prévia de como será o resultado final. No caso dos trabalhos em cores, além da prova com todas as cores utilizadas, há uma prova de escala com cada cor utilizada, que serve de guia para a impressão. 2. Impressão (por diversas técnicas) do resultado de um trabalho gráfico de editoração eletrônica feito digitalmente em computador. 3. Esboço de spot ou jingle, para aprovaçãode uma ideia criativa, letra e música e para servir de guia para a produção. (Veja Escala, Fotolito, Jingle e Spot) PROVEDOR DE ACESSO - Empresa especializada em prover acesso à internet para qualquer pessoa ou empresa poder se transformar em um usuário(a) da rede. (Veja Internet). PUBLICITÁRIO - Qualquer profissional que trabalhe em propaganda (seja anunciante, agência, veículo, fornecedor ou produtora), com exceção dos propagandistas. (Veja Propagandista). PÚBLICO-ALVO - Tradução de target. Grupo de consumidores ou prospects aos quais é dirigida, prioritariamente, uma peça ou campanha de propaganda, bem como qualquer outra ação de comunicação ou marketing. (Veja Target e as demais definições de Público, a seguir). PÚBLICO EXTERNO - Grupos de pessoas de fora da empresa com as quais ela tem de se relacionar (como consumidores, prospects, governo, imprensa, formadores de opinião etc). (Veja demais definições de Público). PÚBLICO INTERMEDIÁRIO - Grupos de pessoas de fora da empresa (como distribuidores, varejistas, imprensa, formadores de opinião etc.) que se relacionam com o consumidor final de seus produtos e serviços. (Veja demais definições de Público). PÚBLICO INTERNO - Grupos de pessoas de dentro da empresa (como funcionários, vendedores, gerentes, acionistas etc).(Veja demais definições de Público). PÚBLICO MULTIPLICADOR - Grupo de pessoas de fora da empresa (como a imprensa, formadores de opinião etc) que exercem influência sobre as demais pessoas. (Veja demais definições de Público). PUBLIEDITORIAL - Expressão que designa os anúncios feitos na forma de matérias editoriais em qualquer mídia. (Veja Apêndice A). Q QUADRICROMIA - Sistema gráfico que separa as cores em retículas de amarelo, ciano (azul), magenta (um tipo de vermelho) e preto, permitindo que praticamente todas as cores sejam reproduzidas com a impressão dessas quatro. (Veja Seleção de cores). QUALIFICAÇÃO - Em mídia, o perfil do público leitor de uma publicação, ouvinte de uma emissora de rádio ou telespectador de um canal de televisão. QUINZENA - Espaço-padrão de tempo para a comercialização do outdoor e também no cinema (neste, porém, o padrão é a cine-semana). (Veja Outdoor). R RABICHO - Mensagem final de um comercial com informações sobre distribuidor ou varejista local. Pode ser acrescentada ao comercial normal ou em janela especialmente deixada para esse fim. (Veja Janela). RAFE - Forma abrasileirada de rough. (Veja Rough). RECALL - Lembrança ou recordação, em inglês. Informação/percepção que fica junto ao target após seus integrantes terem visto/ouvido/lido alguma peça ou campanha publicitária. (Veja Day-after recall e Target). RECLAME - Antigo nome do anúncio e da propaganda. Atualmente é utilizado apenas em sentido pejorativo. REDATOR - Profissional de criação especializado na criação e redação de conceitos, títulos e textos. Geralmente, trabalha em dupla com o diretor de arte. (Veja Criação, Diretor de arte e Dupla). REDONDO - Tipo de letra normal, escrita de forma impressa verticalmente, encontrada em dezenas de famílias (estilos) de letras. Base da qual são feitos os tipos em itálico (grifo), negrito, condensado (mais estreito que o normal) e expandido (mais largo que o padrão redondo). (Veja Bold, Grifo e Itálico). REGISTRO - Em artes gráficas, sinal gráfico cheio de detalhes que registra a posição correta da sobreposição de cada uma das quatro cores que fazem a impressão em quadricromia. (Veja Quadricromia). RELAÇÕES PÚBLICAS - Atividade de comunicação que estabelece e mantém relações adequadas com os diversos públicos da empresa, com objetivos institucionais ou de apoio a marketing. (Veja as diversas definições de Público e uma definição mais detalhada no Apêndice A). RELEASE - Forma condensada e muito empregada de press-release. (Veja Press- release). RELEVO - Técnica de impressão que permite imprimir textos e ilustrações em relevo (alto ou baixo), mesmo sem tinta (relevo seco, apenas fazendo contornos no papel) e de lâminas metálicas (hot stamping em ouro, prata, bronze etc). REPRESENTAÇÃO - Na área de veículos, atividade de representar um veículo nas praças comerciais nas quais ele não tenha escritório. Os representantes atendem anunciantes e agências e vendem espaço publicitário dos veículos que representam. (Veja Representante). REPRESENTANTE - Profissional especializado em representação. (Veja Representação). REPRINT - Impressão em pequena escala de anúncio publicado em jornal ou revista, para uso interno e para distribuidores e varejistas. REVIEW - Revisão analítica das propostas de estratégia, táticas, criação, produção e mídia para verificar se elas estão de acordo com a política e o plano de comunicação e se têm chance de atingir os objetivos propostos. (Veja Review board). REVIEW BOARD - Comitê de revisão, em inglês. Grupo de profissionais da agência ou do anunciante (recrutado entre diretores, gerentes e pessoal operacional) que têm como missão fazer o review. (Veja Review). RODAPÉ - Tipo de anúncio localizado no pé das páginas de jornal e revista. ROI - Retorno do investimento (return of investiment, em inglês); mensuração dos resultados obtidos com as aplicações feitas em uma ação de marketing ou comunicação. ROTATIVA - Máquina impressora do sistema de rotogravura. (Veja Rotogravura). ROTOFILME - Tipo de fotolito utilizado em rotogravura. (Veja Fotolito e Rotogravura). ROTOGRAVURA - Técnica de impressão que utiliza máquinas rotativas, em que o papel, em bobinas, é impresso quando passa (em alta velocidade) pelos cilindros em que estão gravadas as mensagens. ROUGH - Palavra inglesa a qual se pronuncia “raf” (daí rafe), designando “rascunho”. São os primeiros rascunhos, ou o primeiro, de um anúncio ou de qualquer outra peça publicitária. (Veja Rafe). RP - Abreviação usual de relações públicas. (Veja Relações Públicas). RTV - Também grafado como RTVC. 1. Departamento de produção eletrônica (rádio, televisão, cinema) de uma agência. 2. Profissional dessa área que trabalha na agência. (Veja Produção). S SAMPLING - Amostragem, em inglês. Ferramenta de marketing e comunicação de marketing que leva mensagens publicitárias e amostras de produtos a prospects, de forma a motivar sua experimentação. (Veja definição mais detalhada no Apêndice A). SANGRADO - Anúncio ou cartaz cujos limites ultrapassam o espaço em que eles estão impressos. Ou seja, o final da folha corta o fundo da mensagem. SATURAÇÃO - Exagero no uso de uma mesma campanha ou mensagem publicitária, gerando desgaste para o anunciante junto a seu(s) target(s). Quando isso acontece, a(s) mensagem(ns) deixa(m) de ser positiva(s) e pode(m) até mesmo gerar efeito(s) negativo(s). Em termos de mídia, significa o excesso de frequência de exposição de uma pessoa ou target ao comercial ou anúncio. SCANNER - 1. Equipamento de artes gráficas, computadorizado, que faz a seleção de cores, os fotolitos e rotofilmes. 2. Acessório de computador ou workstation (de DTP) que permite gravar uma ilustração ou foto na memória do aparelho para iniciar o processo de diagramação. (Veja DTP, Diagramação, Fotolito, Rotofilme e Seleção de cores). SECAM - Padrão francês de televisão em cores. (Veja NTSC e PAL). SEGMENTAÇÃO - Técnica de dividir o mercado em unidades geográficas ou, principalmente, em grupos de consumidores com interesses e comportamentos semelhantes. SEGMENTO - 1. Grupo de consumidores com perfil e com comportamento de compra idêntico. 2. Pedaço do mercado total. (Veja Share e Target). SELF LIQUIDA-TED - Autopagável, em inglês. Tipo de promoção em que o brinde ou premium entregue tem seu custo pago pelos consumidores. Esse valor sempre é mais baixo que o do brinde no mercado e, constantemente,esse premium é exclusivo, ou seja, só pode ser obtido através de participação na promoção. (Veja Brinde e Premium). SEPEX - Sindicatos das Empresas de Publicidade Exterior, estabelecidos em sete estados (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro), que representam as empresas que fazem publicidade exterior ou out-of- home (OOH), tais como painéis, luminosos, placas em prédios e ruas, outdoors e assemelhados. (Veja Fenapex). SERIGRAFIA - Processo artesanal de impressão, que consiste em fazer a tinta passar para o papel, pano ou outro suporte através de uma tela de seda, náilon ou outro material que possa ser utilizado como matriz. (Veja Silk Screen). SHARE - Participação, em inglês. Forma abreviada que pode significar share-of- market, share-of-mind ou share-of-voice, dependendo do contexto no qual é utilizada. (Veja definições de Share, a seguir, e Segmento). SHARE-OF-MARKET - Participação de mercado. Percentagem do mercado total ou de um segmento que uma empresa ou marca detenha. (Veja demais definições de Share e Segmento). SHARE-OF-MARKET - Participação na cabeça do consumidor, ou seja, percepção do share-of-market de uma empresa ou marca. (Veja demais definições de Share). SHARE-OF-MIND - Participação no volume total de propaganda veiculada. Percentagem de toda a comunicação com o mercado ou segmento que uma empresa ou marca detenha. (Veja demais definições de Share e Segmento). SHARE-OF-VOICE - Participação no volume total de propaganda veiculada. Percentagem de toda a comunicação com o mercado ou segmento que uma empresa ou marca detenha. (Veja demais definições de Share e Segmento). SHOW-ROOM - Loja ou escritório montado para exibir a linha de produtos e marcas de uma empresa, destinada a revendedores, distribuidores, varejistas e até consumidores finais (sendo que estes geralmente não podem comprar nada diretamente, uma vez que se trata de uma loja para exibição e promoção, não para venda). SILK SCREEN - O mesmo que serigrafia. (Veja Serigrafia). SIMULAÇÃO - Processo de análise, feito em computador, de um plano de mídia e seus módulos, de forma a determinar seu efeito em termos de atingimento do target (cobertura e frequência) e prever seus resultados. Corresponde a uma simulação da realidade e serve para se obter a otimização dos investimentos de mídia. (Veja Avaliação, Módulo e Otimização). SINAPRO - Sindicatos das Agências de Propaganda; que reúnem as agências nos seguintes estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. SITE - Veja Website. SLOGAN - Frase-tema de uma campanha ou marca, que procura resumir e definir seu posicionamento. (Veja Marca e Posicionamento). SOBREPOSIÇÃO - Em mídia, a sobreposição da cobertura entre um veículo e outro, uma inserção e outra. Para se calcular a audiência líquida, por exemplo, é preciso eliminar as sobreposições da audiência bruta. (Veja Audiência bruta e Audiência líquida). SOFT - Macio, em inglês. Expressão utilizada para definir abordagens e mensagens sofisticadas, requintadas e sutis. (Veja Hard sell). SOLICITAÇÃO - Ato da solicitação pela agência da conta de um anunciante. SPAM - Envio de e-mails não solicitados a um grande número de pessoas. Embora no mundo real esse tipo de mailing seja de praxe, o spam é fortemente condenado na web, podendo levar a retaliações por parte dos destinatários e mesmo a ações legais. (Veja E-mail e Web). SPOT - Mensagem publicitária de rádio, feita por uma locução simples ou mista (duas ou mais vozes), com ou sem efeitos sonoros e uma música de fundo. (Veja Jingle e definição mais detalhada no Apêndice A). STAND - Estande, em inglês. (Veja Estande). STAKEHOLDERS - Públicos que sustentam – direta ou indiretamente – uma determinada empresa ou marca, como consumidores, clientes, acionistas, colaboradores, fornecedores, distribuidores etc. STORY BOARD - Esquema ilustrado do roteiro de um comercial, definindo algumas de suas cenas principais, de modo a facilitar sua análise, aprovação e produção. SUPERPOSIÇÃO - Em mídia, o mesmo que sobreposição. (Veja Sobreposição). SUSTENTAÇÃO - Etapa seguinte ao lançamento de um produto, marca ou campanha. Fase na qual é sustentado o esforço de marketing ou comunicação. (Veja Lançamento). T TABELA - Relação de preços dos espaços de um veículo de honorários de uma agência, produtora ou fornecedor. (Veja Espaço e Veículo). TABELA CONJUNTA - Na área de veículos, a tabela que combina os preços de dois ou mais veículos ou faixas de programação, já com um desconto em razão de compra múltipla do espaço. (Veja Espaço e Tabela). TABLOIDE - Jornal de formato pequeno, geralmente metade do jornal tradicional. TABULETA - 1. Unidade do meio outdoor, ou seja, cada um dos locais de exibição dos cartazes ou painéis. 2. Armação na qual é colado o cartaz. (Veja Cartaz, Outdoor e Painel). TARGET - Alvo, em inglês. Expressão utilizada para definir o público-alvo de um plano de marketing, campanha ou peça de comunicação. Grupo (segmento) de consumidores ou prospects aos quais é dirigida, prioritariamente, uma peça ou campanha de propaganda, bem como quaisquer outras ações de comunicação ou marketing. (Veja Segmento e Público-alvo). TARGET GROUP - O mesmo que target. (Veja Target). TEASER - Mensagem curta que antecede o lançamento de uma campanha publicitária, gerando expectativa para ela. Pode ou não ser identificada (ou seja, ter o nome da empresa ou marca). TELECINAGEM - Processo que transfere material filmado para videoteipe. (Veja Kinescopia e Videoteipe). TELECINE - Aparelho que realiza o processo de telecinagem. (Veja Telecinagem). TELEMARKETING - Técnica e mídia de marketing direto, que consiste no contato direto com consumidores e prospects através do telefone, seja no sentido emissor (a empresa liga) ou receptor (o consumidor ou prospect liga para a empresa). (Veja Marketing direto e definição mais detalhada no Apêndice A). TEMPO - Forma de se referir ao espaço publicitário no rádio, no cinema e na televisão. (Veja Espaço). TEXTO FOGUETE - Pequena locução publicitária feita durante a transmissão de programação (geralmente esportes ou eventos musicais) do rádio e da televisão. TIMING - 1. Duração subjetiva de uma peça publicitária, ou seja, a sensação de duração que ela passa para as pessoas. 2. Sentido de oportunidade, ou seja, capacidade de definir qual é o exato momento para praticar uma ação de comunicação ou veicular uma peça publicitária. TIPO - Estilo de uma letra impressa. Característica visual comum de cada uma das letras que compõem uma família de tipos. (Veja Família, Itálico, Negrito e Redondo). TIRAGEM - Total dos exemplares impressos de uma edição de jornal ou revista. (Veja Circulação e Encalhe). TOP-OF-MIND - Lembrança espontânea de marca junto aos consumidores, seja em termos gerais, em cada categoria de negócios, ou em relação à sua comunicação de marketing. (Veja Share-of-voice). TRAÇO - 1. Em artes gráficas, definição de ilustração ou símbolo sem nenhum meio- tom, em preto e branco (PB) ou cor chapada. 2. Em mídia, expressão usada para definir audiências de rádio e televisão muito pequenas, quase inexpressivas. (Veja Audiência, Meio-tom e PB). TRADE - Expressão em inglês para denominar o comércio (distribuidores, representantes, atacadistas, varejistas etc). TRADE MARKETING - Atividade e área das empresas que se ocupam das relações e das atividades relacionadas a seus canais de distribuição, o trade. TRÁFEGO - Nas agências, é o departamentoou profissional que cuida do tráfego das tarefas e materiais entre os vários setores da empresa. TRÁFEGO DE LEITURA - Em mídia, hábito de leitura das diversas seções de um jornal ou revista, que têm audiências diferentes, dependendo do nível de interesse que despertam nos seus leitores. (Veja Audiência). TRAVELING - Deslocamento da câmera, em qualquer direção (horizontal, vertical) ou sentido para se aproximar, se afastar ou acompanhar o objeto, cena ou pessoa que está sendo filmada ou gravada. (Veja Filmagem, Gravação, Panorâmica e Zoom). TRILHA - Forma abreviada e usualmente empregada de trilha sonora. (Veja Trilha sonora). TRILHA SONORA - Música incidental ou de fundo do comercial – combinada ou não com ruídos descritivos. U UPGRADE - 1. No campo da informática (e no mundo da internet), versão mais atual ou poderosa de um programa, equipamento ou sistema. 2. Em propaganda, o termo é utilizado para definir uma campanha, mensagem ou qualquer ação de comunicação de qualidade superior à anteriormente empregada com a mesma finalidade, do mesmo ou de outro anunciante da mesma categoria. 3. Forma popular de dizer que se está fazendo um up-grading nestes dois sentidos apontados. (Veja Upgrade). UP-GRADING - Ação de realizar um upgrade. (Veja Upgrade). UPLOAD - Ato de transportar a informação de um computador para um servidor remoto, geralmente através da internet. (Veja Web e Download). URL - Endereço de um site na internet, abreviação de universal resource locator. Tudo na internet tem um endereço, até mesmo a imagenzinha no rodapé do site do “Joãozinho”, cuja URL provavelmente é algo como “http://www.joaozinho.com.br/ imagens/rodape.gif”. (Veja Domínio e Site). V VAZADO - Texto branco sobre fundo preto ou cor chapada. VEÍCULO - 1. Nome genérico de qualquer empresa de comunicação, como editoras, emissoras, exibidoras de outdoor etc. 2. Empresa individual de cada meio de comunicação, como o canal ou a rede de televisão ou rádio, a editora de jornais e revistas etc. 3. Título de jornal ou revista, emissora de rádio ou televisão e qualquer outro instrumento de comunicação física, que leva as mensagens dos anunciantes aos consumidores. 4. Área da propaganda que agrupa os veículos de comunicação. (Veja Meio). VERBA - Montante em dinheiro disponível para se fazer propaganda de uma empresa ou marca, por determinado período de tempo (mês, ano etc.) ou tarefa específica (lançamento, sustentação, etc.). VÍDEO - 1. Abreviação usual de videoteipe. 2. Nome genérico do aparelho ou tela de televisão. 3. Expressão de uma produção audiovisual, inclusive comerciais em filme ou VT. 4. Unidade do computador em que se pode visualizar o trabalho que está sendo feito. (Veja Videoteipe). VIDEOTEIPE - 1. Fita magnetizada na qual são gravadas imagens e sons. 2. Sistema de gravação, edição, manipulação (geração de efeitos) e reprodução de imagens usando fita magnetizada (nos últimos anos a utilização de gravação digitalizada vem aumentando). (Veja Edição, Gravação e Apêndice E). VINHETA - 1. Pequena ilustração colocada em um anúncio ou trabalho gráfico. 2. Cena animada (em desenho ou fotografia) bem rápida (até cinco segundos) para lembrar um tema, empresa, comercial ou marca na televisão. 3. Mensagem sonora musical, acompanhada ou não por uma pequena locução, bem rápida (até cinco segundos) para lembrar um tema, empresa ou marca no rádio. VOLANTE - Pequeno folheto, bem simples, de uma página. (Veja Folheto e Panfleto). VT - Abreviação de videoteipe. (Veja Videoteipe). W WEB - Termo inglês para teia e abreviação de world wide web (teia mundial), a www, que é a “face gráfica” da internet, com sua rede de páginas em HTML, imagens e sons. WEBMASTER - Profissional encarregado de manter um ou mais websites em funcionamento. Embora esse papel seja de natureza técnica, o termo webmaster vem sendo estendido a profissionais de comunicação que realizam a atualização do conteúdo de websites. (Veja Website). WEBSITE - Um website é como uma publicação na web. Pode conter apenas uma página ou centenas de milhares; pode distribuir informações ou então coletá-las; pode ser alimentado pelos visitantes ou por bancos de dados; pode ser pessoal ou corporativo; pode ter, até mesmo, apenas links para outros sites. (Veja Página e Web). Z ZAPPING - Ato de mudar rapidamente de canal para canal ao assistir televisão ou ouvir rádio, usando o controle remoto. ZOOM - Movimento de aproximação (zoom in) ou afastamento (zoom out) da câmera de um objeto, pessoa ou cena que está sendo filmada ou gravada. (Veja Filmagem, Gravação, Panorâmica e Traveling). UNIDADE II PERCEPÇÕES DA PUBLICIDADE NA SOCIEDADE: PRODUÇÃO DE BENS, SERVIÇOS E CONSUMO; LEGISLAÇÃO Professor Especialista Kauê Fabrício Berto de Oliveira Professora Nilza Pinheiro Rasmussen Plano De Estudo: • A Publicidade na Sociedade: Produção de Bens, Serviços e Consumo; • Composto Promocional de Marketing - A Propaganda do Marketing Mix; • Tipos de Promoção, Publicidade e Propaganda; • Leis Publicitárias. Objetivos de Aprendizagem: • Compreender a influência da Publicidade na Sociedade; • Conhecer o conjunto dos instrumentos de Marketing e compreender seus objetivos; • Conhecer e compreender os tipos de Promoção, Publicidade e Propaganda; • Conhecer as Leis Publicitárias; INTRODUÇÃO Após ter um panorama geral de como publicidade e propaganda se configuram, atuam, e os recursos que utilizam, nesta segunda unidade, esses conhecimentos serão aprofundados e será estudado como ela auxilia no processo de produção de bens e serviços, bem como, no consumo em si. Neste sentido, será abordada aqui a capacidade reguladora da publicidade, tendo em vista que incentiva a aquisição de bens, o que influencia diretamente o processo produtivo dos mesmos e o modo de se consumir, ajudando a fomentar a economia e influenciar comportamentos. Como já visto na primeira unidade, Publicidade e Propaganda são distintas e cada uma tem seu papel nesse processo de promoção e divulgação de produtos, serviços e ideias. Assim, será possível aprimorar o conhecimento sobre as características de cada uma delas, bem como compreender qual o seu papel, que vai desde a responsabilidade por movimentar a economia, à geração de novas necessidades de consumo. É feito breve comentário sobre a interação que deve existir entre os componentes do Mix de Marketing (produto, preço, praça, promoção), e nessa via, o Composto Promocional de Marketing, o 4º P, é o tema de destaque em um próximo tópico, levando-se em conta que é dentro desse Composto que a propaganda está inserida, ao lado da promoção de vendas, relações públicas, marketing direto, e outros mais. Em seguida, são descritos de maneira superficial, somente para conhecimento, os tipos de promoção, propaganda e publicidade, classificados de acordo com suas funções e características. Contudo, diferentemente da época de seu surgimento, em que não havia diretrizes sobre conteúdo e o modo de divulgação, as atividades publicitárias hoje não são mais “terra de ninguém”, há uma legislação vigente que faz a regulação da mesma. Portanto, também será visto nesta unidade como se dá esta regulamentação e como os profissionais devem atuar neste mercado atendendo a padrões éticos. 1 A PUBLICIDADE NA SOCIEDADE: PRODUÇÃO DE BENS, SERVIÇOS E CONSUMO Kotler (1998) aposta no conceito de produto como uma combinação de bens e serviços, proporcionados por empresas que visam atender o desejo, ou a necessidade de consumo de uma sociedade. Esse artigo pode ser tangível e intangível, em outras palavras, um elemento físico ou abstrato. Toda oferta de marketing traz em sua essência uma ideia básica. [...] Produtos e serviços são plataformas para a entrega de algum conceitoou benefício. As empresas emprenham-se arduamente na busca da necessidade essencial que tentarão satisfazer. (KOTLER, 2000, p. 27). Para apresentar ao mercado consumidor os atributos do produto, o composto de marketing – ou mix de marketing – aciona a ferramenta publicidade, que valendo- se de seu elemento fundamental - a persuasão - desenvolve peças publicitárias, voltadas para esse propósito. Para Sampaio (1999, p. 21): “Apesar de buscarmos a racionalidade do ceticismo, de incentivarmos a defesa da indiferença, sempre há uma mensagem publicitária que nos atrai, interessa e convence”. A propaganda tem, realmente, essa capacidade de influenciar o indivíduo em suas escolhas, alguns mais, outros menos. Todavia, como bem destacam Sant’anna et al. (2016), o sucesso não depende unicamente dessa ação, outros fatores são muito relevantes, como a qualidade do produto, sua aparência atraente, a logística de distribuição, e sua condição de preço, assim dizendo, os pilares básicos do mix de marketing. Tais autores (SANT’ANNA et al., 2016) declaram que a publicidade regulou o consumo, vista a necessidade da fabricação em série, provocada por ela, o que reduziu o custo do produto por unidade. Partindo desse conceito, prosseguem considerando que o investimento em publicidade é uma “fração mínima” (2016, p. 69), do que realmente seria gasto na produção unitária, caso não houvesse essa linha de produção. A publicidade também é utilizada por empresas que não trabalham com fabricação em série, elaboradoras de artigos de luxo, geralmente artesanais, cujo produto dirige-se a um público mais específico, não de massa. Existem ainda, as organizações não governamentais, as ONGs, que em muitos casos, confeccionam e comercializam produtos que divulgam seus programas, empregando ferramentas da publicidade. Salientam a importância da publicidade quando afirmam que, “bem utilizada é uma fonte de economia para os produtores e de benefícios para os consumidores.” (SANT’ANNA et al. 2016, p. 69). Na sociedade contemporânea, a publicidade ganhou robustez e, conjuntamente, dicotomia entre seus apoiadores e críticos. Os que a defendem vislumbram seu poder quando “vende, educa e estimula o progresso”; enquanto seus questionadores afirmam que ela “induz as pessoas a consumirem o que não necessitam.” (SANT’ANNA et al., 2016, p. 70). Para a autora do artigo - “A Publicidade e o Consumo” - (MARANHO, 2007), a dialética capitalista é sustentada por duas colunas: a produção e o consumo; e a ponte que une esses dois alicerces é a publicidade, atuante como força transformadora de uma produção - impessoal e bruta - em um ato sedutor e individualizado, que é o consumo. E, é por meio dessa ponte de ligação, chamada publicidade, que o homem encontra maior satisfação na imaterialidade do bem de consumo, do que no conteúdo do produto em si. Maranho realça sua preocupação com o comportamento dos profissionais da publicidade, em relação à sociedade civil: [...] Não há limites quando se trata dos lucros exorbitantes. A realidade tem mostrado um consumidor antes de tudo vulnerável e indefeso; por isso, é necessária uma conscientização dos consumistas, para que estes lutem em pé de igualdade com os publicitários, que se encontram muito à frente. A presença desse tipo de publicidade é marcante nos centros urbanos, através de diferentes meios de comunicação comerciais – rádio, TV, internet, jornais e revistas, além de outros. (MARANHO, 2007, p. 5). Maranho (2007) avalia o poder da publicidade, que contribui com a formação de conceitos e posições, dentro de uma sociedade, a qual categoriza seus próprios membros, de acordo com a posse de determinados produtos adquiridos, apresentados pela publicidade. Esse comportamento exibe padrões, estilos de vida e hábitos, que podem admiti-lo, ou não, como parte de um grupo. [Trocando em miúdos as palavras da autora: a sociedade cria rótulos, os rótulos classificam os indivíduos; a publicidade anuncia produtos, os produtos, na grande maioria das vezes, ficam vinculados à conceitos, como sucesso, conquistas e satisfação; o consumidor, dotado de uma natureza ávida de aceitação, adquire o produto embalado nesse conceito, recebe seu selo, e passa a fazer parte de uma determinada categoria dentro do coletivo]1. Não obstante, Maranho (2007, p. 6) também apreende o ponto positivo da publicidade, e sublinha como “a mola propulsora do desenvolvimento nacional”, levando em conta a relação que existe entre o crescimento do país e o crescimento da produção, o que acarreta um aumento no volume de vendas de produtos e serviços, proporcionados pelos anúncios da publicidade. Costa e Mendes (2012, p. 5) acreditam que “o poder da publicidade vai além da sua capacidade de persuadir, mas consiste na capacidade de manter o sucesso do produto, inquietando as fantasias e desejos do consumidor”. Logo, compreende-se que a produção em série é uma atividade imparcial e impessoal, que gera um consumo em massa, percebido no escoamento e comercialização do produto, resultado fundamental para sua sobrevivência no mercado. Todavia, para que esse resultado obtenha o êxito aguardado, as técnicas persuasivas da publicidade entram em meio-campo, na busca por desencadear na mente das pessoas o desejo em adquirir determinados produtos, posicionados estrategicamente como chave de solução; e partindo dessa aceitação do consumidor, redobrado empenho é investido na fidelização do indivíduo. A ABAP - Associação Brasileira de Agências de Publicidade - (s.d.), avalizada por 11 entidades2, em estudo realizado sobre o impacto da publicidade, no ambiente econômico brasileiro, do ano de 2014, informou que em cada R$ 1,00 aplicado em publicidade, a média gerada foi de R$ 10,69 para o total da economia; de modo que, os R$ 33,5 bilhões de receita produzida, impactaram o PIB em R$ 358 bilhões, no ano de 2014. Em defesa da publicidade, a ABAP (s.d., p. 10) ressalta que ela “[...] 1 Nota do autor da pesquisa 2 » Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP » Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão - ABERT » Associação Brasileira de Propaganda - ABP » Associação Brasileira de Televisão por Assinatura - ABTA » Associação Brasileira de Editores de Revistas - ANER » Associação Nacional de Jornais - ANJ » Associação Nacional de Editores de Publicações - ANATEC » Associação dos Profissionais de Propaganda - APP Brasil » Federação Nacional da Publicidade Exterior - FENAPEX » Federação Nacional das Agências de Propaganda - FENAPRO » IAB Brasil - Interactive Advertising Bureau movimenta o mercado, suporta a independência e a pluralidade dos meios de comunicação e assegura o direito de escolha dos consumidores”. Prossegue sublinhando que, sem publicidade o mercado não seria como é hoje, a inovação seria em uma escala menor, porque segundo a ABAP (s.d.) não há nenhuma outra forma pela qual os consumidores recebam esse benefício, que não seja por meio da publicidade, produtos seriam mais difíceis de serem encontrados pelo consumidor, e seu preço mais elevado. O atributo da publicidade se fortalece na economia baseada na livre iniciativa, cenário na qual ela difunde as características, utilidades e preços dos produtos, promovendo a evolução desses, e fomentando sua venda. Trata-se de uma ferramenta fundamental do marketing, a tal ponto de ser, por vezes, confundida com o próprio marketing. Costa e Mendes (2012, p. 8), por outra via, frisam que “A Publicidade é a Alma do Consumismo”, e que tal não existiria não fosse à publicidade; atribuem-lhe a responsabilidade pelo surgimento de novos padrões, rotinas, estilos, e, por conseguinte, o suscitar de novas necessidades físicas, psicológicas e sociais. Declaram que o indivíduo impactado pela publicidade, muitas vezes adquire um produto do qual nem necessita, impulsionadosomente pelo desejo de ser percebido pelos outros, e não se sentir incógnito diante dos demais. As autoras reiteram que, o consumo é o cerne da publicidade, seu princípio basilar, e destacam que tal comportamento do consumidor não é alusivo ao seu passado, mas sim às suas expectativas futuras. Portanto, não se trata somente de comercializar produtos, ou superar concorrentes, refere-se a inserir conceitos no mundo, conteúdos que promovam a satisfação no imaginário do indivíduo, qual resultado seja a efetivação da compra de um produto, que vem escoltado por uma sensação de compensação. REFLITA A mão faz o produto, o produto dá forma à marca, a marca alcança o coração do consumidor3: “O produto é algo feito em uma fábrica, ao passo que a marca é algo comprado por consumidores. O produto pode ser copiado pelo concorrente: a marca é única. O produto pode rapidamente se tornar ultrapassado: a marca de sucesso é eterna”. 4 (KING, S, apud WHITE; JONES, 2004, p. 78). #REFLITA# 3 Nota do autor da pesquisa 4 Stephen King - pioneiro em planejamento e atendimento da J. Walter Thompson de Londres (década de 1960). 2 COMPOSTO PROMOCIONAL DE MARKETING - A PROPAGANDA NO MARKETING MIX Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/marketing-mix-4p-banner-web-icon- 1128817916 O composto de marketing envolve um conjunto de atividades em uma empresa, que visam alcançar um resultado positivo na venda de seu produto ou serviço. Recebem também outros nomes, mix de marketing e, os mais popularmente conhecidos, 4Ps: produto, preço, praça (ponto de venda/distribuição) e promoção. Será neste 4º P – o P de promoção, que faremos uma análise, um pouco mais aprofundada do que a breve introdução discorrida na UNIDADE I. Assim como o composto de marketing, promoção é igualmente designada de forma diferente por autores distintos: composto promocional, composto de comunicação de marketing, mix promocional e o próprio nome – promoção. Entretanto, Crescitelli; Shimp (2016) alertam para o uso equivocado da palavra promoção, salientando seus dois sentidos: primeiro, ao representar um dos Ps do mix de marketing, no que diz respeito à divulgação do produto; e segundo, quando está relacionado à promoção de vendas do produto, no qual benefícios são oferecidos ao consumidor, na intenção de estimular e agilizar as vendas. A promoção de vendas está inserida no P de Promoção, fazendo parte dele. Reparadas eventuais dúvidas, Crescitelli; Shimp (2016) mencionam os componentes que integram o 4º P (Promoção), que é denominado por eles de comunicação de marketing – ou comar; sugerem que essas atividades sejam trabalhadas integradamente, em razão da busca por um melhor resultado ao comunicar o produto: propaganda, promoção de vendas, relações públicas, marketing direto5, e outros mais. Dentre esses elementos do composto promocional, ou comunicação de marketing, ou mix promocional, como se queira designar, a propaganda é o componente que será aprofundado neste estudo. Já visto na UNIDADE I, sabe-se que há um conflito conceitual entre publicidade 5 Marketing direto - é um conjunto de estratégias aplicadas com o objetivo de entrar em contato com um público específico e muito bem segmentado. Esse público pode também ser formado por potenciais consumidores que já demonstraram interesse pela sua marca, produto ou serviço. Alguns exemplos: vendas diretas, telemarketing, mala direta, cupons, mobile, redes sociais, newsletter, e-mail marketing. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/marketing-direto/. Acesso em: 22 jul. 2021. e propaganda, com definições contraditórias abordadas por autores diferentes; todavia, no Brasil o termo propaganda é o mais abrangente e o mais utilizado em todos os sentidos, portanto, neste texto emprega-se o termo propaganda, ao referir-se às divulgações de anúncios veiculados na mídia, seguindo a mesma linha conceptual de Antônio Sandmann (1993, p. 10, grifo do autor), quando declarou que: “Em português publicidade é usado para a venda de produtos ou serviços e propaganda tanto para a propagação de ideias como no sentido de publicidade. Propaganda é, portanto, o termo mais abrangente e o que pode ser usado em todos os sentidos”. A veiculação da propaganda é função da Mídia; sua atribuição básica é transmitir a mensagem comercial publicitária ao consumidor potencial. Para Franzão Neto6, a missão da Mídia não é uma tarefa fácil, trata-se de uma atividade que exige muito esforço, habilidade, disciplina, dedicação e competência. Diferente da técnica quantitativa, que era usada para definir o público atingido, nos dias atuais7 o foco é qualitativo, melhor dizendo, os “consumidores são determinados pelos padrões comportamentais, dados psicográficos, hábitos, comportamentos e atitudes; todos os canais de comunicação são considerados no processo sem preconceitos ou prévias definições de utilização [...]”. (PREDEBON, 2000, p. 18). Para Crescitelli; Shimp (2016) os investimentos nas mídias tradicionais, como televisão, rádio, revista e outros, são cada vez mais dispendiosos, e tal fato vem causando o redirecionamento da verba de comunicação para a internet, que segundo os mesmos, é uma opção economicamente mais viável e mais eficaz, no alcance de determinados grupos. Ana Moisés8, presidente do IAB Brasil, defende que esse aumento no volume investido nas mídias digitais, não acontece somente por se tratar de uma mídia menos onerosa, e sim por se tornar cada vez mais, uma mídia mais elaborada, com um posicionamento mais assertivo e dinâmico, que traz um resultado mais transparente e diligente, medido em tempo real. (PARAÍZO, 2018). Com a mesma linha de pensamento, Belch, G.; Belch, M. (2014), também 6 Angelo Franzão Neto – autor do capítulo “Mídia - Função Básica”. 7 Dias atuais - essa indicação cronológica faz referência ao ano de publicação do livro – 2000. 8 Ana Moisés - presidente do IAB Brasil – Interactive Advertising Bureau. Citada por Danúbia Paraízo em seu artigo online de 2018 – Disponível em: https://propmark.com.br/mercado/publicidade-na- internet-cresce-impulsionada-pela-migracao-de-verba/. acreditam que a migração de gastos, das mídias tradicionais para outras mídias, não ocorre apenas em razão do alto custo das mídias convencionais, mas pela perda de receptividade do consumidor a essas mídias. Dando destaque ao fato de que os anúncios podem ser evitados com a mudança de canal, ou estação de rádio. Crescitelli e Shimp (2016) entendem como desafio a conquista pelo consumidor, que é o centro de todo empenho publicitário. O indivíduo é dotado de uma natureza incerta e enigmática, em constante transformação, suas preferências e gostos não são permanentes, o que torna o universo publicitário dinâmico e desafiante, exigindo empenho e habilidade no planejamento e desenvolvimento da campanha. As mensagens precisam ser consonantes com a mídia selecionada, e o público pretendido. Para Crescitelli e Shimp (2016, p. 162) a “propaganda é paga, repetitiva, veiculada em uma mídia, tem promotor identificável e o objetivo de persuadir o receptor agir, agora ou no futuro”; todavia, muitas empresas em momentos de crise, alegando que a propaganda tem alto custo e resultados incertos, eliminam ou reduzem seus gastos, justificando que a marca já tem sucesso garantido no mercado, e que cada valor economizado é adicionado ao montante final da empresa. Segundo os autores, esse não é um comportamento apropriado, posto que não se trata somente de uma despesa, mas de um investimento, uma aplicação que precisa ser repetida; e para ilustrar essa opinião, destacam no livro, as palavras de um bem-sucedido profissional da área e ex-CEO da Procter & Gamble – grande anunciante no mercado mundial – em qual texto o mesmo relaciona propaganda à prática de exercícios: Se você querCasas (2006) confere-lhe o sentido de Comunicação, e Rocha (1999) conceitua como: [...] o conjunto dos instrumentos de marketing voltados para informar o cliente atual ou potencial sobre ofertas da empresa, motivá-lo a considerar essas como alternativas de compra e persuadi-lo a adquirir os produtos ou serviços da empresa como melhor alternativa para a realização de seus desejos ou o atendimento de suas necessidades. (1999, p.149). O ‘P’ de promoção aborda a forma como o produto será divulgado, a linguagem adequada para comunicá-lo, não se limitando aos meios empregados para isso. Pretende dar visibilidade à marca, utilizando estratégias que procuram envolver e conquistar o público alvo. Qualquer atitude adotada nesse sentido faz parte do conjunto Promoção, a exemplo da propaganda, publicidade, promoção de vendas, relações públicas, redes sociais e outros mais. Propaganda e Publicidade A Propaganda e a Publicidade, ainda que habitualmente conceituadas sem distinção, percorrem vias diferentes, porém mantêm o mesmo foco: a persuasão. A Propaganda é vista como propagação de princípios e teorias, e a publicidade, como técnica de comunicação de massa paga, que vende produtos ou serviços (SANT’ANNA et al., 2016). Sant’anna et al. (2016) lembram que a Propaganda foi utilizada inicialmente com fins religiosos, por Papa Clemente VII, em 1597, quando fundou a Congregação da Propaganda, com a qual visava propagar a Fé católica. Propagare, do latim, significa reproduzir por mergulhia, processo reprodutivo que enterra o caule da planta, que se propaga quando enraizado, gerando uma nova planta, qual “seria, então, a propagação de doutrinas religiosas ou princípios políticos de algum partido.” (2016, p. 67). Os autores Sant’anna et al. (2016) entendem que devido à origem eclesiástica da palavra propaganda, muitos preferiram usar a palavra publicidade. Não obstante, nos dias de hoje, os dois termos são mencionados naturalmente, como sinônimo um do outro, sobretudo aqui no Brasil. Esse sentido de semear, como bem lembra Martins (2010, p.20) “[...] é plantar aguardando a colheita, não apenas lançar ao vento”, e chama a atenção para a admirável ação da Igreja Católica Apostólica Romana, que superou toda a dinâmica de marketing de grandes empresas como: IBM, General Motors, Nestlé e outras similares. Publicidade, do latim publicus, constitui público, o ato de tornar pública uma ideia, divulgar um produto ou serviço, por meio de matérias pagas por seus anunciantes; em termos comerciais, promover vendas. Os anúncios exigem empenho na ação de despertar em seu target1 o desejo de compra. Com o fortalecimento do capitalismo, a publicidade ganhou os moldes atuais, e tornou-se mais comercial, despontando como a principal ferramenta de comunicação utilizada para atrair e convencer o público a consumir determinado serviço, marca ou produto (SANT’ANNA et al., 2016). Forechi et al. (2018) lembram que a publicidade, com sua capacidade de convencimento, é muito mais antiga que a propaganda. Em síntese, sob o olhar dos autores citados, compreende-se que propaganda é a propagação de ideias, sem fins comerciais, e que visam influenciar o receptor, seja de forma religiosa ou política; e a publicidade, de uso comercial, que surgiu muito antes que a propaganda, atuando por meio de anúncios pagos, tem a óbvia intenção de gerar vendas. Seus objetivos são distintos, no entanto compartilham do mesmo propósito, convencer a outrem. Todavia, atualmente tais conceitos não se distinguem um do outro. 1 Target - alvo 2 HISTÓRIA DA PUBLICIDADE NO MUNDO Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/world-planet-earth-map-hologram- social-2006660483 Na ausência de um termo científico, Martins (2010) aventurou nominar o homem da pré-história [de forma criativa e espirituosa]2 de Paleantropus Publicitarius, ao levar em conta sua atitude de expor na abertura de sua caverna, a pele do animal capturado na empreitada, com óbvio desejo de comercializar seu produto, e fazendo assim seu comercial. Martins (2010) narra ainda um fato histórico, descoberto na China, por volta de 3 mil a.C., e publicado por arqueólogos. Trata-se, eventualmente, de uma tabuleta com endereço, indicando a moradia de um alfaiate, ao que Martins (2010) designou, [divertidamente]3, como inventor do outdoor de Sinantropus Propagandisticus, e arrematou dizendo que, embora essas atividades fossem de alguma forma um tipo de “[...] comunicação comercial [...]” (2010, p. 20), não seria a Propaganda em si, posto que esse nome surgiu e foi difundido pelo Vaticano somente em 1597, com o já mencionado propagare (SANT’ANNA et al., 2016). Entre outras dessas descobertas do mundo antigo, os autores Martino; Pavarino (2015, p. 6)4 lembraram que “[...] sob o rótulo de ‘formas antigas de publicidade’, estão os papiros sobre escravos fugidos em Tebas, as paredes cobertas de notícias em Pompeia, os pregoeiros da Grécia, os anúncios em Roma sobre os gladiadores.” (apud FORECHI et al., 2018, p. 28, grifo do autor). Não obstante, esses anúncios do mundo antigo não continham o atributo basilar da publicidade e da propaganda, o elemento persuasão, limitando-se a informar (FORECHI et al., 2018). Para Martins (2010), as técnicas de persuasão da Propaganda surgiram pelas mãos de Joseph Goebbels, ministro das comunicações do 30 Reich e responsável por criar a imagem de Adolf Hitler. “Goebbels foi um inovador na comunicação de massa. Provando conhecer bem a Sociologia e a Antropologia Cultural, reinventou o papo- 2 Nota do autor deste trabalho 3 Nota do autor deste trabalho 4 MARTINO, L. C.; PAVARINO, R. N. História e teoria da publicidade: origem e autonomia. Colección Académica de Ciencias Sociales, v. 2, n. 1, p. 1-14, jan./jun. 2015. furado da raça pura, uma forma bastante eficaz de driblar muitas consciências;” (MARTINS, 2010, p. 20, grifo nosso). Martins (2010) recorda que, o formato exibido atualmente pela Propaganda teve início no período pós Segunda Guerra Mundial, anterior a isso os anúncios eram apenas reclames. Muito do que foi criado por Goebbels, depois de aperfeiçoado, foi agregado à comunicação [especialmente, à comunicação de massa5].6 As autoras Forechi et al. (2018, p.29) assinalam que “tanto publicidade quanto propaganda, no contexto contemporâneo, surgem junto com os veículos de comunicação de massa e mantêm com eles uma relação circular”. Em outras palavras, compreendem que a publicidade e a propaganda seguem unidas ao jornalismo, desde o aparecimento dos primeiros jornais em 1609. Ao mesmo tempo em que se utilizam desse veículo, propiciam sua existência. Martins (2010) aponta o desenvolvimento dos canais de comunicação, sobretudo os eletrônicos, que avançam quase diariamente, como responsáveis no aperfeiçoamento da estética na propaganda. Essa evolução, dos meados do século XVIII, nasceu na Inglaterra, com a Revolução Industrial, e se espalhou pelo mundo, vindo substituir a produção artesanal, limitada e dispendiosa, por uma produção em série, rápida e mais acessível ao consumidor. Para Sant’anna et al. (2016), com a modernização das técnicas e maquinários, no início do século XX, e o surgimento de cartazes, como do francês Toulouse- Lautrec, valorizando a imagem e ampliando as possibilidades do anúncio, deu-se origem “a propaganda moderna aplicada ao mundo dos negócios.” (2016, p. 8). Martins (2010), rememorando a história, destaca que pelos idos de 1920, o excesso de produção dos bens de consumo gerou um questionamento: “E se fizermos o contrário? Que tal saber o que as pessoas querem comprar, com que cara e em qual quantidade para, aí sim, fabricar e vender? Não será mais inteligente, fácil e objetivo?” (2010, p. 26), e esse questionamento gerou o nascimento do marketing nos Estados Unidos, mesmo que imaturo,que sua marca fique em forma, é importante exercitá-la regularmente. Quando você̂ tem a oportunidade de ir ao cinema ou fazer outra coisa em vez de praticar exercícios, você̂ pode fazer isso de vez em quando – isso é equivalente a transferir os fundos para promoções de vendas. Mas não é bom fazer isso. Se você̂ sair do regime, pagará́ por isso mais tarde. (apud CRESCITELLI; SHIMP, 2016, p. 168). Crescitelli e Shimp (2016) complementam essa analogia de modo imperativo: “Pare de se exercitar e você perderá condicionamento e provavelmente ganhará peso. Pare de anunciar e sua marca perderá uma parte de seu valor e market share9.” (2016, p. 168), e ressaltam as cinco funções exercidas pela propaganda: informar – influenciar – relembrar – agregar valor e auxiliar nos demais elementos do composto promocional. Segue abreviada explanação sobre cada uma: Informar - Instrui sobre as particularidades da marca, promovendo uma imagem positiva na mente do consumidor. Influenciar - Estimula o indivíduo a optar pela marca anunciada. Relembrar – Evoca na memória do consumidor determinada marca, quando surge a necessidade do uso de um produto. Agregar valor – Promove no indivíduo, em relação à marca, uma sensação de poder, status, elegância, melhor eficiência, maior qualidade. Auxiliar nos demais elementos - A propaganda faz parte do composto promocional (P de Promoção), ao lado da promoção de vendas, relações públicas e marketing direto; utilizada simultaneamente, com esses outros componentes, proporciona maior impacto no mercado. A exemplo do representante de vendas que, auxiliado pela propaganda, na grande maioria das vezes, depara-se com um consumidor já impactado pelos anúncios veiculados na mídia, e portanto já conhece, ou ouviu falar do produto. Em conformidade com os autores supracitados (2016), Belch, G.; Belch, M. (2014) defendem que para o anunciante, que deseja introduzir e fixar sua marca na mente do consumidor, a propaganda veiculada é a ferramenta mais eficaz. Consideram-na igualmente eficiente, quando o propósito é construir o valor de uma marca (termo conhecido no meio publicitário como brand equity)10, em razão de que esse é um dos talentos da propaganda, informar e influenciar o consumidor. Acredita-se que muitos visualizam somente o lado charmoso da propaganda, especialmente aqueles que nutrem desejo de ingressar nessa área. Vislumbram 9 Market share - a porção do público que o seu negócio foi capaz de conquistar, o que é diretamente proporcional à receita gerada por essa fatia do mercado. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/market-share/. Acesso em: 20 jul. 2021 10 Nota do autor da pesquisa. jantares sofisticados, reuniões bem-sucedidas, clientes elegantes, premiações para os melhores profissionais, e o uso indiscriminado de uma criatividade sem planejamento, o uso pelo uso. De tudo pode haver um pouco, o charme desse universo é inegável, no entanto, sem o aparato de um planejamento estruturado e interconectado, possivelmente o goleiro não será capaz de segurar o arremesso do adversário, e perderá o jogo. 3 TIPOS DE PROMOÇÃO, PUBLICIDADE E PROPAGANDA Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/new-york-june-23-collage-neon-214882000 Tipos de Promoção Totalizam 24, as modalidades promocionais utilizadas pelas agências de marketing e pelas empresas, citadas por Riva et.al. (2014). O fator sorte divide essas modalidades em dois grupos: aquelas que dependem dela, e as que não dependem. Segue abaixo as 24 modalidades mencionadas no livro “Marketing Promocional” (2014): (1) Sorteios - (2) Concursos - (3) Premiações - (4) Ofertas/Descontos - (5) Vale-brinde - (6) Liquidações - (7) Remarcações - (8) Cross Merchandising - (9) Coleções - (10) Material de Apoio a Vendas - (11) Treinamentos de Equipes de Vendas - (12) Sampling/Blitz - (13) Degustações - (14) Demonstrações - (15) Self Liquidated - (16) Exibitécnica - (17) Material de Ponto de Venda - (18) Convenções - (19) Patrocínios - (20) Festivais - (21) Desfiles/Eventos - (22) Feiras/Exposições - (23) Incentivo a Vendas - (24) Brindes Os autores (2014) colocam em destaque algumas dessas modalidades, ou por exigirem maior quantidade de informações para que sejam executadas, como o sorteio de prêmios e o concurso cultural; ou por promoverem aumento imediato nas vendas. De maneira simplificada, é feito um comentário sobre cada tipo apontado: Sorteios de Prêmios - certos tipos de sorteios envolvem a Caixa Econômica Federal, responsável pela autorização de campanhas promocionais, cujo atributo é o coeficiente sorte. Concurso Cultural - de natureza lúdica, não tem apelo comercial; seu objetivo não pode estar ligado à compra de produtos ou serviços, posto que precisa estar disponível a todos interessados, abstraindo de ser, ou não, um consumidor da marca. Vale-brinde - depois dos sorteios de prêmios, o vale-brinde é o mais explorado, quando a regra é a sorte. Geralmente são utilizados por produtos de menor valor, ou por empresas que vendem o mesmo produto, com preços análogos, como os postos de combustíveis. Self Liquidated - o consumidor ganha um brinde exclusivo, na compra de uma determinada marca, ou determinado valor. Junte-troque - consumidor junta embalagens, ou outro material de comprovação da compra, e troca por um brinde. Comprou-ganhou – recebe vários nomes diferentes; é a promoção que alcança o maior número de vendas, todavia, demanda amplo investimento nos brindes que são distribuídos. Degustação e Experimentação – degustação é a estratégia mais utilizada pelas empresas que vendem alimentos; e por meio da experimentação, uma marca consegue apresentar seu produto ao consumidor de forma mais pessoal. Publicidade e Propaganda As semelhanças e diferenças, entre a publicidade e a propaganda, desde a UNIDADE I tem sido conteúdo de estudo. No início desta UNIDADE, de número II, optou-se por empregar o termo propaganda para os dois sentidos, por sua percepção mais ampla, em conformidade com a apreciação do autor Antônio Sandmann (1993). Entretanto, neste capítulo elas se desdobram, deixando de serem aplicadas como sinônimos, para que suas modalidades sejam delineadas separadamente. Tomando-se como base as definições de Neil Patel11(2020), renomado profissional da área de marketing, a publicidade é avaliada como estratégia que “procura tornar um produto ou serviço conhecido através de anúncios e campanhas com foco na impulsão das vendas”, inteiramente focada em fins comerciais, e remunerada pelos anunciantes que a contratam; e a propaganda, em contraposição, pode ser gratuita, possui fins diversos, e “procura atuar no campo ideológico, moldando a opinião do público e agregando valor à marca”. Neil Patel (2020) entende que “a publicidade faz parte da propaganda”. 11 Neil Patel é um autor best-seller do New York Times, reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos, pelo presidente Obama, e como um dos 100 melhores até 35 anos, pelas Nações Unidas. Co-fundador da NP Digital, considerado pelo The Wall Street Journal como o influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing, e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado Tipos de Publicidade Para apresentar os tipos de publicidade utilizados na divulgação de um produto/serviço, respaldou-se na pesquisa de Eloá Muniz (2004), que oferece um conteúdo mais completo. Publicidade de Produto – veicula o produto na mídia, desejando convencer o consumidor sobre sua eficácia, para levá-lo à compra. Publicidade de Serviço - busca divulgar bens não materiais, tais como, bancos, seguradoras, serviços de advocacia, e mais. Publicidade Industrial – divulga a matéria-prima, não o produto final, visto que seu objetivo não é o comércio da mercadoria,mas sim, seu fortalecimento no mercado. O chocolate é um bom exemplo, enquanto insumo, sem referência de marcas. Publicidade de Varejo - ou Comercial - é o tipo de publicidade patrocinada pelo mercado varejista. O varejo é um canal de distribuição, especializado na venda direta ao consumidor final. Publicidade Comparativa - comparação a nível de preço, qualidade ou características de um produto, de determinada marca, com a mercadoria de seu concorrente. Publicidade Cooperativa - sentido oposto da publicidade de varejo. Nesta modalidade os fabricantes e lojistas se reúnem para promover a venda de um produto. Publicidade de Promoção - utilizada como suporte às promoções de vendas, por meio de veiculação nos meios de massa: televisão, internet, rádio, cinema e mídia impressa. Tipos de Propaganda Partindo do conceito de que a atuação da propaganda é no sentido de influenciar opiniões e comportamentos, fundamentou-se nas pesquisas de Eloá Muniz (2004), e Neil Patel (2020), para descrever os tipos de propaganda mais conhecidos. Propaganda Ideológica - aplicada para difundir determinadas ideologias, que visam orientar, de acordo com suas doutrinas, o comportamento do indivíduo impactado. Propaganda Política – um grande acontecimento dominante do século XX, empregada de maneira expressiva na implantação do comunismo, fascismo e nazismo. Ao longo da história vem sendo aplicada regularmente, inclusive no horário eleitoral, durante o período do pleito. Propaganda Eleitoral - espécie de fusão da propaganda ideológica com a propaganda política. Utilizada para transmitir mensagens de candidatos ao pleito, quais competem entre si, desejando mostrar mais aptidão e capacidade para o cargo eletivo, ávidos pelo voto do eleitor. [A propaganda eleitoral consta somente na pesquisa de Eloá Muniz (2004), não foi citada no blog de Neil Patel (2020). Porém, compreendida como relevante, foi lembrada neste trabalho]12. Propaganda Governamental - exercida pelo governo e suas instituições, em todas as camadas: municipal, estadual e federal. Idealiza, consolida e modifica a imagem de um governo, dentro e fora da nação; divulga campanhas de conscientização, presta contas à população, e outras finalidades mais. Propaganda Institucional - atua, basicamente, na criação e consolidação da imagem positiva de uma marca perante o consumidor. Seu propósito não é a venda do produto ou serviço, mas sim destacar sua contribuição com o país, com a comunidade, seja pelos empregos que gera, ou pelos projetos de responsabilidade social, cultural, educacional e ambiental. Interage com a área de Relações Públicas. 12 Nota do autor deste trabalho Propaganda Corporativa - o objetivo específico é informar ao consumidor sobre as políticas e normas da empresa, visando conquistar uma imagem confiável, que possa atrair investidores nas ações da companhia, ou mesmo, para seu próprio desenvolvimento estrutural financeiro. [A propaganda corporativa consta somente na pesquisa de Eloá Muniz (2004), não foi citada no blog de Neil Patel (2020). Porém, compreendida como relevante, foi indicada neste trabalho].13 Propaganda Religiosa - pode-se dizer que a propaganda religiosa foi o marco inicial da Propaganda. Começou com os testemunhos e pregações de cristãos a grupos de pessoas. Mais tarde, com o surgimento da escrita, a comunicação verbal avançou pelos caminhos da música, nos cantos gregorianos; pelo teatro; e pelas artes plásticas, nas esculturas, na arquitetura dos próprios templos, e nas pinturas em paredes nas capelas. Mais recente, com a invenção da tipografia de Gutenberg, a primeira obra de relevância impressa foi a Bíblia. Esse tipo de propaganda é utilizado para expor questões morais, e temas controversos, a exemplo do aborto, ideologias e religião nas escolas. Propaganda Social - não tem viés comercial, estão voltadas para a conscientização da sociedade em favor de causas sociais, como desemprego, aids, drogas, campanha antitabagismo, desidratação, campanha de agasalho, adoção de animais, proteção ao meio ambiente, entre outras. 13 Nota do autor deste trabalho 4 LEIS PUBLICITÁRIAS O bom profissional, independente da área de atuação, busca desempenhar seu trabalho com responsabilidade e excelência, trilhando as normas da empresa. Para o publicitário não é diferente, ainda que muitos acreditem que esse profissional transite por uma linha sem fronteiras, dentro da agência a história é contada de outra maneira. A responsabilidade é grande e se ramifica para várias direções. Sant’anna et al. (2016, p. 396) alerta que para o primeiro momento, a responsabilidade deve ser “com o cliente, com o produto anunciado, com a empresa anunciante, com marcas e outras propriedades”; e, no momento seguinte, durante o desenvolvimento da campanha, os cuidados precisam voltar-se para a linguagem empregada, direitos de veiculação da imagem, forma de apresentação do produto, e especialmente, para o conteúdo da mensagem, considerando-se a diversidade do público atingido, em crenças, valores e costumes; distintos uns dos outros, há de se apreciar que o respeito é a substância ímpar em qualquer contexto. Assim, pelo fato de que a própria sociedade faz vigilância sobre ‘o que e como’ a marca se comunica, conquistar sua confiança tornou-se o pote de ouro no final do arco-íris. Martins (2010) sublinha a importância de se obter a credibilidade desse consumidor, e narra que o mercado publicitário estando consciente disso, e determinado a evitar tropeços, decorridos de culpas ou enganos, criou o Código Nacional de Autorregulamentação Publicitária, que trata da regulamentação de normas éticas para a publicidade e propaganda, e seu agente fiscalizador, o CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. O órgão é mantido por agências, veículos e anunciantes, sem interferência governamental, com a missão única de garantir uma propaganda transparente, respeitosa e confiável. O Código de Autorregulamentação Publicitária foi redigido em 1977, e aprovado em 1978, no III Congresso Brasileiro de Propaganda em São Paulo, e no dia 05 de maio de 1980, era fundado o CONAR. Martins (2010, p. 233) traz uma informação que talvez não seja do conhecimento de todos, o Tribunal Ético do CONAR pode ser acionado pelo cidadão comum, que se sinta ofendido, prejudicado ou agredido com algum anúncio veiculado: “Basta procurar o órgão e fazer sua queixa. Se ela fizer sentido, se proceder, pode acreditar que o anunciante e sua agência terão de explicar-se muito bem explicado. O Código existe, é respeitado e o CONAR funciona de fato.” Entretanto, é importante frisar que a função do CONAR não é exercer censura prévia, sua atribuição está relacionada à peça publicitária que está sendo veiculada, ou que já foi. É fundamental que no desenvolvimento de um anúncio, a agência tenha em alta conta a ética publicitária, definida em poucas e robustas palavras: ➢ todo anúncio deve ser honesto e verdadeiro e respeitar as leis do país; ➢ deve ser preparado com o devido senso de responsabilidade social, evitando acentuar diferenciações sociais; ➢ deve ter presente a responsabilidade da cadeia de produção junto ao consumidor; ➢ deve respeitar o princípio da leal concorrência; ➢ deve respeitar a atividade publicitária e não desmerecer a confiança do público nos serviços que a publicidade presta; (acessar História no site do CONAR. Disponível em: http://www.conar.org.br)14 No site do CONAR15 estão disponíveis o Código de Autorregulamentação, e as Leis e regulamentos para o mercado publicitário, todavia, buscando impulsionar o interesse pela consulta de substancial conteúdo, os dois materiais seguem anexos a esta Unidade. 14 acessar História no site do CONAR. Disponível em: http://www.conar.org.br 15 http://www.conar.org.br/SAIBA MAIS A MELHOR FORMA DE FAZER É FAZER CERTO16 “O Tribunal Ético do CONAR é composto por profissionais do meio publicitário e normalmente não demora mais do que uns três dias para dar seus vereditos. Agências e anunciantes têm amplo direito à defesa, como na Justiça Comum. A diferença, aqui, é que a coisa é absolutamente rápida e não importa o poder econômico do acusado; não fará muita diferença se ele puder contar com ‘melhores’ advogados. Frequentemente, grandes anunciantes têm seus comerciais tirados do ar. Visite o sítio do CONAR e acompanhe os principais julgamentos. Há três possibilidades de sentença: arquivamento, quando a queixa não procede; alteração, quando se obrigam modificações dos termos dos anúncios, e sustação, quando se tira definitivamente a peça publicitária dos meios de comunicação. E se, porventura, mesmo assim, houver continuidade no desrespeito ao consumidor, está prevista a punição suprema – até́ hoje, nos 30 anos de existência do órgão, só́ aplicada uma vez – quando o CONAR vem a público, nos principais veículos de comunicação, e acusa formalmente o anunciante de desrespeitar a Ética publicitária e, por conseguinte, o cidadão comum.” Fonte: Zeca Martins. Propaganda é isso aí. (2010, p. 233) #SAIBA MAIS# 16 Nota do autor deste trabalho CONSIDERAÇÕES FINAIS Agora, tendo chegado ao final desta segunda Unidade, pode-se ter dimensão da importância que a Publicidade e a Propaganda têm não somente na economia, por meio do estímulo ao consumo, mas também, na mudança de hábitos e padrões de comportamento dos consumidores, influenciando a maneira como consomem. Ao mesmo tempo que, ao incentivar o consumo, estimula que as empresas trabalhem para atender à procura por bens e serviços, também dita o modo e a época em que tais bens e serviços serão adquiridos. Portanto, Publicidade e Propaganda não se resume a criar anúncios e vender produtos. Vimos nesta unidade que se trata de um engenhoso sistema criativo e estratégico, que se vale de inúmeras ferramentas para levar a mensagem publicitária ao seu público-alvo. É tão eficiente que é capaz de mudar os padrões de comportamento dos consumidores e, assim, da sociedade. Através dos estudos desta segunda unidade, também foi possível entender como acontece a regulamentação da atividade publicitária atualmente no Brasil, fato que não acontecia no passado e que tornou-se necessário, para que a divulgação de produtos e serviços não transgridam princípios éticos e morais. De posse desse conhecimento, propiciado pelos estudos já mencionados e, entendendo a abrangência e complexidade da atividade publicitária, os alunos já estão prontos para avançar para a próxima etapa de estudo, e compreender ainda mais as particularidades desta importante ferramenta do marketing. REFERÊNCIAS ABAP - Associação Brasileira de Agências de Publicidade. O impacto da publicidade na economia do Brasil. s.d. Disponível em: http://www.abapnacional.com.br/pdfs/Impacto_da_Publicidade_na_Economia_do_Br asil.pdf. Acesso em: 12 jul. 2021. BELCH, George E.; BELCH, Michael E. Propaganda e Promoção. Porto Alegre: Grupo A, 2014. 9788580553659. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553659/. Acesso em: 20 jul. 2021. COSTA, M. I. L.; MENDES, M. L. G; A Publicidade como ferramenta de consumo: uma reflexão sobre a produção de necessidades. BOCC – Biblioteca On-Line de Ciências da Comunicação, 2012. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa- mendes-a-publicidade-como-ferramenta-de-consumo.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021. CRESCITELLI, E.; SHIMP, T. A. Comunicação de Marketing: Integrando propaganda, promoção e outras formas de divulgação - Baseado na 8a edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. 9788522126231. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126231/. Acesso em: 16 jul. 2021. FRANZÃO NETO, Angelo. Mídia Função Básica. In: PREDEBON, J. (org.). Propaganda: Profissionais Ensinam Como se Faz. São Paulo: Atlas, 2000, p. 17 – 51. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, P. Administração de Marketing. Tradução: Bazán Tecnologia e Linguística. São Paulo: Prentice Hall, 2000. MARANHO, Gicelma. A Publicidade e o Consumo. Orientador: Fábio Viana Ribeiro. 2007. 24 f. Programa de Desenvolvimento Educacional – Área de História, Fundação Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2007. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/955-4.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021. MARTINS, Z. Propaganda é isso aí! São Paulo: Editora Saraiva, 2010. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502124837/. Acesso em: 21 jun. 2021. MUNIZ, Eloá. Publicidade e propaganda – origens históricas. 8 f. Caderno Universitário, Nº 148. Canoas: Editora ULBRA, 2004. Disponível em: https://www.eloamuniz.com.br/arquivos/1188171156.pdf. Acesso em: 26 jul. 2021. PARAIZO, D.; Publicidade na internet cresce impulsionada pela migração de verba. PROPMARK, 2018. Disponível em: https://propmark.com.br/mercado/publicidade- na-internet-cresce-impulsionada-pela-migracao-de-verba/. Acesso em: 18 jul. 2021. PATEL, Neil. O Que É Propaganda? Guia Completo Com Os Principais Tipos (2020). BLOG NEILPATEL, 2020. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/o-que- e-propaganda/. Acesso em: 26 jul. 2021. RIBEIRO, Júlio et al. Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar. São Paulo: Atlas, 1995. RIVA, J.; OLIVEIRA, F.E.D.; MANSANO, K.; BONETTI, L.; SCHIASCHIO, M.; SANTO, T. Marketing Promocional. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2014. 9788522113149. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522113149/. Acesso em: 25 Jul 2021. SANDMANN, Antônio. A linguagem da propaganda. Contexto: São Paulo, 1993. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: Teoria, Técnica e Prática. São Paulo: Pioneira, 1990. SANT’ANNA, A.; JUNIOR, I.R.; GARCIA, L.F.D. Propaganda: Teoria, técnica e prática. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. 9788522123964. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522123964/. Acesso em: 19 jun. 2021. WHITE, Roderick. Marcas e Publicidade. In: JONES, J. P. (org.); Tradução: Elizabeth Chammas. A publicidade na construção de grandes marcas. São Paulo: Nobel, 2004, p. 77– 93. UNIDADE III ESTRUTURA DE UMA AGÊNCIA, O SETOR DA PROPAGANDA, PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS DO MERCADO Professor Especialista Kauê Fabrício Berto de Oliveira Professora Nilza Pinheiro Rasmussen Plano de Estudo: • Conceito de Criatividade; • Teoria da Gestalt; • Conceitos psicológicos das Formas e Cores; • Histórico e definições de Agência; • Segmentações da Agência: Comunicação - Propaganda - Consultoria - Assessoria - Eventos; • Atendimento; • Planejamento; • Pesquisa de Mercado e Opinião; • Criação; • RTVC ou RTV. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar Criatividade; • Compreender a Teoria da Gestalt; • Conhecer os conceitos psicológicos das Formas e Cores; • Conhecer o histórico da Agência e suas definições; • Apresentar a segmentação de uma Agência de Publicidade; • Descrever e conceituar Atendimento; Briefing; Planejamento; Pesquisa de Mercado e Opinião; Criação e RTVC ou RTV. INTRODUÇÃO A criatividade está intrínseca à linguagem publicitária e suas atividades, em razão de que na busca pela solução de problemas dos clientes, a criatividade está presente. Nesta Terceira Unidade será possível compreender como se dá o processo criativo da publicidade e propaganda, e algumas menções de autores publicitários, que poderão auxiliar profissionais no campo das ideias. Assim como visto nas unidades anteriores, a publicidade tem uma linguagem própria, persuasiva e eficiente.Todavia, outros elementos vêm reforçar sua capacidade de persuasão, e são tais elementos que serão abordados nesta unidade, com alguns exemplos que facilitam a visualização do uso prático dos mesmos. A apropriação do conhecimento, e uso de variados recursos, além dos linguísticos, merece atenção dos futuros profissionais da área, para que compreendam e valorizem sua importância no momento em que estiverem desenvolvendo conteúdos publicitários. Nesta unidade também se mostrará a estrutura de uma agência, fazendo uma abordagem histórica e contextualizando com os dias atuais, para que seja possível entender como se dá o processo criativo de uma campanha dentro dessa estrutura. 1 CONCEITO DE CRIATIVIDADE Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/left-right-human-brain-concept-creative-671483350 Dos vários autores pesquisados encontram-se diversas definições para Criatividade, divergentes e convergentes. Para compreender-se do mais básico ao mais complexo, a primeira visita é ao dicionário Priberam1, que descreve criatividade como a “capacidade de criar, de inventar”, ou a “qualidade de quem tem ideias originais, de quem é criativo”. Neil Patel2 (s.d)3, já citado na UNIDADE II, acredita que a criatividade: “Também indica a qualidade de quem possui ideias originais ou se mostra capaz de propor novos enunciados”. Para esse profissional de marketing (s.d), criatividade não é somente vocação, trata-se de capacitação, desenvolvimento e aprimoramento de alguma aptidão que o indivíduo já tenha. Para Heller (2013) a criatividade é dividida em 3 partes: talento natural, influência do ambiente que cerca o indivíduo, e conhecimentos adquiridos. Menna Barreto (2004, p.72) conceitua criatividade como “solução de problema”, considerando que, em um momento de dificuldade a criatividade poderá mostrar seu valor, trazendo solução para a questão, e ressalta que ter um problema para se resolver é a “verdadeira razão de ser de tudo o que se compreende sob título de ‘criatividade’. ” 1 criatividade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa – 2008/2021. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/criatividade. Acesso em: 02 ago. 2021 2 Neil Patel. Criatividade: O Que É e Como Aplicar No Seu Dia-a-Dia. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/criatividade-o-que-e/. Acesso em: 02 ago. 2021 3 – sem data no blog (2004, p.72, grifo do autor). O autor reforça seu argumento lembrando o ilustre comentário de Thomas Edison4, ao dizer que a inspiração fazia parte de 1% de suas invenções, os outros 99% eram frutos de sua transpiração. Para Barreto, o que muitos chamam de inspiração, e resguardam como o cerne da criatividade, ele nomeia como “técnicas para ter ideias” (2004, p.49), um processo que exige conhecimento, prática, aperfeiçoamento, pesquisas e esboços, até chegar a um resultado favorável. O anúncio sedutor, o comercial bem feito, não nascem gratuitamente, demandam conhecimento e empenho no desenvolvimento das peças publicitárias. Predebon (2000, p. 101) resume criatividade como “o original relevante”, uma “competência inata, podendo ser definida como uma característica da espécie humana” (2000, p. 113), na qual deve haver uma conexão estreita entre a ideia e a realidade, já que a racionalidade deve ser parte integrante da criatividade. Prossegue afirmando que, a expansão dessa capacidade criativa depende da remoção, ou ao menos da redução, dos obstáculos que a refreiam, e compara a criatividade com a faculdade de respirar, cuja ação inconsciente ocorre em função de um comando automático do cérebro. Para aqueles que respiram mal existem técnicas de correção, e da mesma forma, existem técnicas que podem aprimorar a criatividade: a estrutural, a comportamental e a atitudinal, comentadas aqui brevemente. Estrutural – explora o problema através de recursos racionais, discutidos além da lógica. O brainstorm5 é uma técnica estrutural muito aplicada na publicidade, uma tempestade de opiniões incoerentes que podem abrir as portas da criatividade; muito embora, grandes criativos, donos de famosas agências de publicidade, discordem que essa técnica seja salutar para a criação de novas ideias, um exemplo dessa controversa são 4 As mais famosas invenções de Thomas Edison: Bateria de carro elétrico – Câmera de cinema – Caneta elétrica – Distribuição de energia elétrica – Embalagem a vácuo – Fonógrafo – Lâmpada incandescente – mimeógrafo. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/02/8-invencoes-de- thomas-edison-que-mudaram-o-mundo.html. Acesso em: 02 ago. 2021 5 Brainstorming é uma técnica utilizada para propor soluções a um problema específico. Consiste em uma reunião também chamada de tempestade de ideias, na qual os participantes devem ter liberdade de expor suas sugestões e debater sobre as contribuições dos colegas. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/o-que-e-brainstorming/. Acesso em: 03 ago. 2021 as palavras de William Bernbach, ao considerar a criação um processo necessariamente desacompanhado, e ao desafiar os grupos de brainstorm, quando comenta que: "Uma girafa é um cavalo saído de uma reunião dessas", arrematando com a declaração de que "Equipe alguma jamais criou coisa alguma!". (BERNBACH apud BARRETO, 2004, p. 36). Atitudinal – pretende causar modificações internas, através de uma autoanálise, buscando gerar um novo olhar, sob novas perspectivas, que promovam um comportamento criativo. É uma técnica que trabalha o indivíduo de fora para dentro. As técnicas podem ser trabalhadas simultaneamente; o resultado positivo não depende unicamente da técnica, mas sim da adaptação de cada pessoa ao programa. A melhor abordagem é aquela na qual o indivíduo se sinta mais confortável. No entanto, Predebon (2000) no desejo de compartilhar a experiência que delineou sua vida, inicialmente de uma maneira inconsciente e espontânea, e depois, de forma consciente, revela a abordagem das aberturas, cuja qual é transmitida em seus cursos. Trata-se de uma interação com o mundo ao seu redor, adotando posturas mais receptivas e emancipadas, e um desprendimento dos inflexíveis padrões mentais, que possibilitem a abertura de novas possibilidades. O autor fundamenta-se em 3 elementos, traçados rapidamente: a emoção (flexibilizar regras particulares), os sentidos (intensificar a criança que há no homem), e a mente (explorar a fantasia). O publicitário Stalimir Vieira (2000) frisa que a habilidade criativa é um produto da inteligência, e que o aclamado dom criativo é uma porção mais generosa de informações captadas e cultivadas na mente do indivíduo, de modo que vincula a criatividade a dois aspectos: memória e comando. A memória é o espaço no qual, se acumulam as informações obtidas por meio de leituras, do que foi visto, do que foi ouvido e do que foi sentido, no transcorrer da vida; o comando é a ação que apontará quais desses elementos, apreendidos na memória, serão úteis diante de determinada situação. Atrevo-me a fazer uma analogia trivial do conceito de Stalimir: um indivíduo que pouco se alimenta, pouca força tem, ficando impossibilitado de levantar uma carga pesada; quanto mais se alimenta de conhecimento, mais vigorosa fica a memória, e, por conseguinte, o poder criativo. Conclui-se o tópico com uma frase que pode parecer elementar, porém, dentro do mundo publicitário é de muito valor: “Lembrem-se: soluções não-convencionais nascem de posturas não-convencionais.” (VIEIRA, 2004, p. 35). SAIBA MAIS O mais pode ser menos...cuidado! “AS VEZES, confundimos o simples com o pobre, ser diretos com falta de criatividade. Daí ficarmos dando voltas atrás de uma solução intelectualmente agradável. Ficamos procurando uma tirada inglesa, que demonstre o refinamento de nossa inteligência. Na verdade, a propagandaaté pode ter espaço e momentos em que certa erudição se enquadre. Mas, de modo geral, o mérito da criação estará sempre no efeito das idéias sobre os objetivos de marketing. Não importa como. Isso significa que o pensamento na criação publicitária deve ser, a princípio, sempre muito objetivo. Este deve ser o ponto de partida. Ficou claro?” Fonte: VIEIRA, Stalimir. Raciocínio Criativo na Publicidade. 4 ed. São Paulo: Loyola, 2004, p. 23. #SAIBA MAIS# 2 TEORIA DA GESTALT O que é Gestalt?! Gestalt não tem uma tradução literal para a língua portuguesa, é de origem alemã 6, conhecida como a teoria da forma, padrão ou totalidade 7. Sua proposta é o estudo da percepção humana, em uma interpretação primária da totalidade, para depois compreender-se as partes. No glossário do livro “Propaganda de A a Z”, o autor salienta sua importância no mundo do marketing, e, por conseguinte, no âmbito da propaganda: GESTALT - 1. Palavra de origem alemã que significa unidade, harmonia, percepção global. 2. Conceito empregado para estimular e orientar a realização da melhor comunicação integrada de marketing. (SAMPAIO, 1999, p. 254). Sampaio admite que o consumidor percebe a marca em sua totalidade, que é a gestalt; as partes associadas ao produto, componentes desse conjunto, como o design gráfico, a propaganda, o meio de vendas, a logística, o trabalho pós-venda, não são elementos independentes, estão correlacionados. Portanto, o autor chama a atenção para o fato de que “a qualidade da marca é mais do que a qualidade do produto em si. É a qualidade de toda sua gestalt. ” (SAMPAIO, 1999, p. 184); desta maneira, para se obter um ótimo resultado na comunicação de uma marca, seu desenvolvimento precisa ser elaborado como uma gestalt, empregando com qualidade máxima cada um dos recursos disponíveis. Jones (2004), no seu capítulo sobre Gestalt, igualmente afirma que o consumidor 6 Criada em 1920, pelos psicólogos alemães Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Kohler. AKKARI, Paula Farias. Gestalt. INFOESCOLA, (s.d). Disponível em: https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/. Acesso em: 05 ago. 2021 7 AKKARI, Paula Farias. Gestalt. INFOESCOLA, (s.d). Disponível em: https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/. Acesso em: 05 ago. 2021 cria uma percepção total da marca, produzida pelos elementos que a comunicam. Há situações em que alguns elementos ocasionam uma impressão negativa, e ainda que os elementos de efeito positivo sejam maioria, corre-se o risco da sensação negativa predominar. Para Jones (2004, p. 74), a gestalt é ferramenta significativa para o profissional que desenvolve uma marca, uma vez que se trata da “soma de muitas comunicações sobre a marca”, e cada um desses elementos precisa ser examinado com atenção. Crescitelli et al. (2016) mencionam a importância na harmonia dos elementos que compõem a embalagem de uma marca, como a cor, o desenho, o formato, e outros mais, e designa essas informações, de gestalt. Isto é, o consumidor responde “ao todo unificado – a gestalt – e não às partes individuais.” (2016, p. 72). Os autores sublinham o uso da gestalt, para redução do tempo na compreensão de uma mensagem, e utilizam o velho ditado de que uma imagem vale mais que mil palavras. Segundo Crescitelli et. al. (2016), o indivíduo decifra imediatamente uma imagem em seu todo (gestalt), sem precisar de muita reflexão sobre o conteúdo da mensagem. Para exemplificar esse processo, consideram um anúncio do remédio Naldecon dia e noite, no qual duas ovelhinhas seguram as cartelas de comprimido em suas patinhas. O uso das ovelhinhas é significativo, visto que elas estão associadas ao ato de dormir, de contar ovelhas para dormir. A percepção gestalt do anúncio é que o consumidor ao tomar o remédio conseguirá dormir, objeto de desejo do indivíduo que está acometido de resfriado ou gripe. Qual o Proveito da Gestalt na Propaganda?! Acredita-se que todo recurso lícito, que traga relevância e originalidade ao trabalho, não deva ser ignorado. Mais conhecimento, mais técnica e mais detalhes, propiciam melhores criações, e geram maior poder de persuasão na composição das peças, por conseguinte, mais vantagem ao profissional. Mendes (2020), em seu blog, refere-se aos oito princípios da Gestalt como sendo primordiais para o setor da criação. Neste tópico faz-se uma apreciação básica sobre essas leis: Figura 1 - Esquema dos oito princípios Gestalt Fonte: disponível em: http://rndg.com.br/gestalt/ Princípio 1: Lei da Pregnância (ou boa forma) - ou lei da simplicidade. A construção da forma deve apresentar uma estrutura simples e descomplicada, para garantir a identificação e compreensão do leitor. Figura 2 - Anúncio da Lego Rápido e intuitivo: primeiro você enxerga 5 conjuntos de blocos, depois processa as cores. Com um pouco de raciocínio, já está imaginando os personagens dos Simpsons, como o anúncio pede: “imagine”. A peça acima tem alta pregnância. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/ Figura 3 - Gazeta Mercantil São vários elementos contidos na peça. O que traduz a composição é a frase logo abaixo: “Entenda o valor real do dinheiro”. A moeda retratada acima é o Yen e o arranjo de elementos retrata parte do contexto do Japão. Por conter inúmeros elementos em conflito e por necessitar de mais tempo de compreensão para digerir o anúncio, essa peça é de menor pregnância, porém de fácil interpretação. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 2: Lei da Unidade – O elemento é apreendido como um só, ainda que composto de várias partes, independente daquilo que o cerca. Normalmente, elementos comuns se vinculam numa composição única. Figura 4 - Anúncio da marca Heinz Anúncio da Heinz utilizando pedaços de tomate para compor o formato de uma garrafa de ketchup tradicional. A proposta do anúncio é evidenciar o frescor e a saúde que o tomate puro sem conservantes traz consigo. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 3: Lei da Segregação – É a capacidade de separar as partes de uma imagem, distinguindo-as por suas variações, em comparação às demais. O contraste permite melhor entendimento na leitura da mensagem. Na lei da Segregação permite-se enfatizar uma mensagem mais que outra. Figura 5 - Anúncio da fabricante Land Rover Anúncio da Land Rover, destacando hipopótamos e o carro Freelander ao fundo, ambos dentro da água. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 6 - Anúncio do McDonald's Corporation Anúncio do MC Donald’s, que realiza um jogo de interpretação ao substituir os ingredientes do sanduíche por livros de culinária. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 7 - Símbolo da empresa multinacional britânica-neerlandesa Unilever O símbolo em forma de U da Unilever. Um exemplo de elementos diferentes, mas harmoniosos entre si pela proximidade. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 8 - Logo da Rede de Televisão NBC O logo da NBC é formado por 6 formas coloridas em proximidade; nos espaços vazados forma-se a silhueta de um pavão. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 5: Lei da Semelhança - Objetos com características visuais semelhantes induzem o cérebro a discerni-las como do mesmo grupo, se unem aos olhos do leitor. Igualmente utilizada paraconstruir imagens, a partir de outras formas. Figura 9 - Anúncio da Shootz Cafe & BillIards - Cerveja e Sinuca Anúncio da Shootz Cafe & BillIards, no qual dois grupos de bolas de sinuca de cores semelhantes se agrupam para formar uma nova composição. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 10 - Anúncio da marca da Nestlé Nespresso S.A. Anúncio de Natal da Nespresso, que utiliza xícaras de café para formar uma árvore natalina. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 6: Lei da Unificação – A capacidade humana de unificar é que permite a percepção das unidades, interpretando-se determinados elementos como de um mesmo grupo. Pode-se dizer que uma Unificação é ideal quando as leis de Pregnância, Proximidade e Unidade, estão distribuídas de maneira uniforme na imagem. Figura 11 - Mandala Um exemplo de unificação perfeita são as mandalas, que utilizam na proporção balanceada dois princípios da Gestalt – semelhança e proximidade – para criar composições simétricas e agradáveis. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 7: Lei da Continuidade - Técnica que produz uma impressão de movimento contínuo, sem interrupções, facilitando a fluidez da mente, e tornando-se mais agradável. Entre várias situações em que é utilizada, cita-se a arquitetura de edifícios, estradas, diagramação de revistas, e outros mais. Figura 12 - Anúncio da empresa americana de remessa expressa de correspondência FedEx https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/ https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/ O anúncio da FedEx mostra sequencialmente o movimento de despacho e recebimento de um produto por meio da empresa. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 13 - Imagem do Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão Estádios de futebol são um ótimo exemplo de continuidade. O Mineirão repete as formas e linhas de maneira sequencial em todo o seu contorno. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Princípio 8: Lei do Fechamento – Quando os olhos se deparam com imagens vazadas, a mente, naturalmente, tende a preencher esses espaços, buscando uma figura familiar para dar-lhes significado. A Proximidade e a Semelhança contribuem para o Fechamento. Figura 14 - Desenho de um cachorro dálmata, caracterizando o princípio da Gestalt: fechamento Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. Figura 15 - Anúncio da marca de refrigerantes Coca-Cola Este anúncio simples da Coca-Cola simula uma garrafa entre talheres. Sem sua silhueta completa, possuímos a forma em nossa memória. Pois se trata de um objeto simples e famoso que se faz presente em nossa cultura. Fonte: disponível em: https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/. Acesso em: 20 set. 2021. 3 CONCEITOS PSICOLÓGICOS DAS FORMAS E CORES Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/thoughts-options-vector-illustration-head- arrows-137316659 O QUE É COR ? “As cores falam todas as línguas.”8 Para dar início ao tema, primeiramente é necessário conhecer como as cores são percebidas em nossa mente. Não se trata de um estudo científico, são somente pinceladas básicas para não pisar no escuro. A profissional de marketing, Thiel, esclarece que: Para ver as cores, precisamos de luz. Quando a luz brilha em um objeto, algumas cores refletem no objeto e outras são absorvidas por ele. Nossos olhos só veem as cores que são refletidas. O olho humano não é capaz de perceber uma cor se a iluminação não for adequada. (THIEL, c2019, p. 7). Dispondo em outras palavras: a luz incide sobre um objeto e produz cores, que são refletidas ou absorvidas por esse elemento; as cores refletidas são vistas pelos nossos olhos e interpretadas por nosso cérebro. Em sua obra, Thiel (2019) comenta sobre a polêmica do preto, avaliado pelos artistas como cor, e para os cientistas como “a ausência de todas as cores” (c2019, p. 8), posto que, um objeto preto absorve todas as cores e não reflete nenhuma; ao contrário disso, a luz branca, que é a mistura das cores, ao atingir um objeto branco reflete-as igualmente, transmitindo a sensação do branco. 8 (ADDISON, Joseph, apud THIEL, c2019, p. 7) Temperatura das Cores Thiel (c.2019) ao comentar sobre a temperatura das cores, observa que não se trata de uma medida real, apenas perceptiva, associada à impressões, emoções e sensações, que são despertadas em nosso corpo, mente e alma. Destaca o fato de que uma mesma cor, conforme seu grau de variação, pode ser mais quente ou mais fria. Cores Frias: AZUL VERDE ROXO - Transmitem a sensação do objeto ser menor do que o real, e diminuem a percepção do tempo. Ideais para usar como fundo. Cores Quentes: AMARELO LARANJA VERMELHO – Associadas ao conforto e à felicidade, geram sensação de calor e aconchego, proximidade e rapidez, avanço e expansão. E as cores neutras que são o preto, o branco e o cinza. Psicologia das Cores Heller (2013) fez uma extensa pesquisa na Alemanha, e examinou em torno de 2000 (duas mil) pessoas, de variadas profissões, onde questionou sobre as cores favoritas e não favoritas, os efeitos das cores sobre as pessoas, e a cor peculiar para cada sentimento. O resultado contou com 160 sentimentos, e particularidades diferentes, associados às cores, com intervalos entre o amor e o ódio, a confiança e a aflição, o belo e o feio, o contemporâneo e o retrógrado. Partindo desse estudo, Heller (2013, p. 21) conclui que, “cores e sentimentos não se combinam ao acaso nem são uma questão de gosto individual – são vivências comuns que, desde a infância, foram ficando profundamente enraizadas em nossa linguagem e em nosso pensamento.” Thiel (c2019) seguindo a mesma linha de raciocínio, argumenta que o efeito emocional que as cores provocam no ser humano, do azul do céu, ao sabor das frutas, é o resultado de sua evolução natural. E, indo mais adiante, declara que, as associações feitas do vermelho com a paixão, do preto com o luto, estão ligadas à teoria de rede associativa, que são interconexões de conhecimento. Thiel (c2019) ilustra um exemplo, desse processo de interligação: Emoção = Felicidade Experiência Sensorial = Cheiro de Mar Significado Semântico 9 = Praia A memória gera conexões, na maioria das vezes, relacionadas aos sentimentos, que vão se interligando conforme o nível de afinidade entre os ‘nós’: maior afinidade, conexão mais forte. No decorrer dos anos, novos elementos são incorporados à essa rede, em cada nova experiência criam-se ‘nós’, geram-se conexões, ou revigoram-se as ligações existentes. Neste ponto do livro, a autora formaliza uma pergunta retórica sobre, qual tipo de ligação pode haver entre a cor e essas conexões?! O cérebro apresenta um nó para cada cor, ao observar-se determinada cor, o nó pode tornar-se mais consistente ou sofrer transformação, de acordo com a experiência vivida pelo indivíduo. A experiência de cada um aciona um significado próprio para cada cor. Uma mesma cor poderá ter sentido distinto, para pessoas diferentes. Como pode também, um grupo de pessoas, que sustentam as mesmas impressões sobre determinada cor, em razão de suas experiências pessoais, apresentarem-se mais ou menosintensas em relação a essa mesma cor. A figura abaixo assinala a relevância de se conhecer o público a quem é destinada a mensagem. Figura 16 - Assimilação de cor 9 Semântica é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos de uma língua. Disponível em: https://www.significados.com.br/semantica/. Acesso em: 10 ago. 2021 Fonte: THIEL, C. R. A Psicologia das Cores no Marketing: Entenda o Impacto das Cores em Nossas Emoções e Saiba Como Aplicar esses Conhecimentos aos Negócios (c2019, p. 28). Heller (2013) enfatiza que para a Psicologia, cada uma das 13 cores tem seu valor, e embora, uma cor possa dar origem à outra, as sensações ocasionadas por elas são totalmente diferentes; exemplifica com 3 situações: o rosa é obtido do vermelho, porém ambos mantêm seus efeitos peculiares; o cinza é resultado do branco com preto, no entanto não guarda a impressão nem de um, nem do outro, gerando sua própria sensação. O laranja tem semelhança com o marrom, todavia proporcionam impressões opostas. A autora defende o pensamento que um profissional não pode abster-se de conhecimento, e confiar somente em seu talento natural. É importante compreender os efeitos, e a simbologia das cores, empregando-as com excelência, para rendimento do tempo e do esforço, e evitar ser ultrapassado pelos que somam talento com conhecimento. Thiel (c2019) comenta que foram realizadas pesquisas, na área da psicologia das cores, que indicam que o mesmo efeito produzido no contato visual é gerado no indivíduo, quando o mesmo pensa na cor. A autora traz um resumo das cores e suas associações: Vermelho: Audácia, Energia, Paixão e Coragem. Laranja: Diversão, Calor, Extroversão e Inovação. Amarelo: Confiança, Criatividade, Simpatia e Otimismo. Verde: Natureza, Paz, Segurança e Conforto. Azul: Inteligência, Calmante, Sucesso e Confiança. Roxo: Autenticidade, Luxo, Riqueza e Charme. Rosa: Inocência, Suavidade, Maciez e Sinceridade. Marrom: Natureza, Robustez, Suporte e Resistência. Preto: Elegância, Poder, Sofisticação e Luxo. Branco: Calma, Pureza, Honestidade e Limpeza. (THIEL c2019, p. 31, grifo nosso) A psicologia das cores é vastamente aplicada no campo do marketing e do branding, e a profissional de marketing Thiel (c.2019) aponta a eficiência de sua atuação na percepção do consumidor, quando é influenciado em favor do produto, conforme os propósitos do profissional que desenvolve a peça. A Psicologia das Cores no Marketing “A alma fica tingida pela cor dos seus pensamentos.” 10 É sabido que essa ciência estuda a interferência das cores no comportamento humano, por conseguinte, a associação de um tema ao outro, deixa evidente que o propósito é atrair a atenção do consumidor, e converter seu interesse em compra. Em seu blog, Thiel (s.d) menciona uma pesquisa, na qual descobriu-se que dependendo do produto, grande parte das avaliações feitas pelo consumidor, até 90%, podem ser alicerçadas somente pela cor. Tal resposta, atestada por elevado percentual, vem reforçar o conceito que associa cor à experiência vivida. Figura 17 - Infográfico Guia Emocional das Cores Fonte: BLOG CRISTIANE ROCHA THIEL (s.d). A Psicologia das Cores no Marketing. Disponível em: https://cristianethiel.com.br/a-psicologia-das-cores-no-marketing/. Acesso em: 16 set. 2021. Contudo, é imprescindível lembrar que não se pode limitar uma cor a um determinado sentimento, uma vez que as experiências não são universais, e sim próprias de cada pessoa. 10 (AURELIUS, Marcus, apud THIEL, c2019, p. 68) 4 HISTÓRICO E DEFINIÇÕES DE AGÊNCIA Sant’anna et al. (2016) relatam que as primeiras agências surgiram no século XIX, na Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos, e em 1914, nascia no Brasil a Eclética Publicidade. Essas agências, inicialmente, tinham a função de vender espaços em jornais. Compravam uma generosa quantidade, os dividiam, e vendiam em partes aos anunciantes, atuando como intermediárias de anúncios. Avistaram nesse contexto, uma oportunidade de prover os anunciantes com material mais eficiente, que trouxesse melhor resultado, incentivando-os a investir mais em anúncios, e estimulando os demais a adotar essa prática. Dessa maneira, ficaram responsáveis em redigir e ilustrar os anúncios, dando início à técnica publicitária. Embora, grande parte dos manuais de publicidade tenham sido baseados em padrões norte-americanos, não apropriados para o contexto brasileiro, de acordo com Sant’anna et al. (2016) foram adaptados modelos para nossa realidade, que superaram o molde original. E o que faz então uma agência de propaganda?! Martins (2010, p. 38) responde de forma objetiva: Quando uma empresa qualquer decide fazer Propaganda do seu negócio, dos seus produtos, contrata uma agência. A agência estudará o mercado do anunciante, o perfil socioeconômico e comportamental do público-alvo e mais uma série de variáveis para, finalmente, fazer uma proposta de ação que não precisa ser, obrigatoriamente, uma grande campanha publicitária nos moldes que o Sr. Target está acostumado a assistir. Se a ação proposta envolver uma campanha publicitária, a agência criará e desenvolverá todas as peças publicitárias necessárias: comerciais de TV, de rádio, Internet, anúncios de revistas e tudo mais. [...] Mas a execução física destas peças ficará a cargo de terceiros, os fornecedores, como são chamadas no meio publicitário, as empresas que operam em uma ou outra especialidade: gráficas, produtoras de vídeo, produtoras de áudio, estúdios de fotografia, ilustradores, [...] para veicular os anúncios, a agência terá contato com os veículos de comunicação e distribuirá estes anúncios com a frequência e a intensidade que julgar apropriadas. Martins (2010) enfatiza que nada de palpável é oferecido pela agência de propaganda, são elementos abstratos como talento, experiência e criatividade, que produzem as ideias e as efetivam. Sant’anna et al. igualmente, defendem que o talento tem cadeira permanente desde a área da criação até a venda da ideia, e que o negócio publicitário depende da qualidade do trabalho produzido. Sem bons profissionais não há um bom trabalho, sem um bom trabalho não há bons clientes, e sem clientes não há empresa. Improvisam uma adaptação do velho ditado popular: “[...]o negócio é a alma da propaganda.” (SANT’ ANNA et al., 2016, p. 320). Sampaio (1999) adverte que uma agência, por razões éticas, não deve atender clientes concorrentes, de marcas distintas em um mesmo ramo de negócios. Sabe-se que por vezes, para a produção dos anúncios, o segredo da marca precisa ser exposto para os criadores da campanha. A independência da agência, quanto a fornecedores, veículos, ou produtoras, também é fator fundamental para evitar ingerência. Em seu livro, “Propaganda de A a Z” (1999), o autor apresenta os 3 modelos de agências do Brasil, discorridas rapidamente: ● Agência pequena – diretor; atendimento/planejamento; criação/produção; administração/finanças. ● Agência média – os mesmos departamentos básicos da agência de pequeno porte; mais 4 subdepartamentos: pesquisa (opera com atendimento/planejamento); estúdio e produção (ligado à criação); tráfego (alinhado à administração). ● Agência grande - os departamentos básicos (ligados à presidência); departamento do setor digital; relações públicas; promoção; merchandising; assessoria de imprensa; etc. 5 SEGMENTAÇÕES DA AGÊNCIA: COMUNICAÇÃO – PROPAGANDA – CONSULTORIA - ASSESSORIA – EVENTOS Já há algumas décadas as agências vêm buscando diferenciação no mercado publicitário e apostando no desdobramento de suas funções. A visão perspicaz que fez história com a propaganda, transpôs aquilo que se via, em busca do que se avistava ao longe. Alguns profissionais, os mais arrojados, procuraram abordar todoselementos que envolviam a marca, almejando descobrir e prover as necessidades do seu cliente, que talvez ele próprio desconhecesse. Outros, menos intrépidos e tão menos dispostos a cruzar as mídias tradicionais, permaneceram em sua órbita satisfatória. Comunicação - Propaganda - Consultoria Para Sant’anna et al. (2016), apesar de receber o nome de agência, e por esse motivo ficar caracterizada como agente, as agências já há muito tempo vêm atuando como consultoras, uma vez que, geralmente, atividades associadas à comunicação mercadológica são desenvolvidas pela Agência, inclusive a propaganda [propositalmente, desejaram realçar que uma agência não está limitada a fazer somente propaganda, como é o pensamento de muitos]11. Os autores (2016) apontam dois padrões de performance das atuais agências: ● Agências de comunicação integrada: na elaboração de suas estratégias utilizam ferramentas adaptadas e conectadas entre si. Encontram-se neste grupo as grandes agências, com seus planejamentos complexos, e moderno desenvolvimento. ● Agências especializadas: uso de ferramentas - propaganda, promoção, merchandising, marketing de relacionamento, web e outros; voltadas para os segmentos - esportivo, cultural e outros; agências que buscam especialização, e atuam como consultoras. Dantas (2015) avaliza o conceito de que uma agência não se restringe a criar e divulgar peças publicitárias, isso foi há décadas passadas, na década de 90. Defende que as inovações tecnológicas, que também chegaram ao consumidor, e o aumento na concorrência, obrigaram as agências a incrementar-se dentro desse novo mercado, estendendo suas funções para além das mídias tradicionais. Embasado nessa realidade, 11 Nota do autor do trabalho Dantas (2015) apresenta 04 segmentos, compreendidos por ele, como exemplos das agências de comunicação publicitária: • Agência Tradicional – ou above the line12: campanhas em mídias tradicionais. • Agência Alternativa – ou below the line13: ações promocionais, de guerrilha, eventos, campanhas de patrocínio. • Agência de Consultoria; Assessoria em Comunicação; Agência de Marketing: gestão de contas, pesquisas, eventos, patrocínios. Acompanhamento das campanhas, criação e elaboração de manual de marcas. Neste segmento, os serviços podem ser praticados por profissionais autônomos, ou empresas especializadas. • Agência Publicitária aprimorada em tecnologia: criação e desenvolvimento de campanhas destinadas à internet. Assessoria (comunicação e imprensa) Para Wels (2004), assessorias de comunicação são “[...] núcleos responsáveis por estabelecer e manter um canal permanente de comunicação entre a organização e os diferentes públicos com os quais se relaciona [...]”. (WELS, 2004, p. 12-13, apud MORESCO, 2020, p. 29, grifo nosso). E, assessores de imprensa, dentro de uma esfera menor, têm a função de mediar, divulgar e orientar a veiculação de informações da 12 Ações Above lhe Line (ATL) são todas as estratégias de comunicação midiática, tais como publicidade, propaganda, patrocínios, que sejam realizadas em meios de comunicação (rádio, TV, cinema, Internet, outdoor e suas variações, jornal, revista e etc.). DANTAS, E. B.; A Agência de Comunicação Publicitária como Empresa: O Lado Menos Charmoso da Publicidade e Propaganda. São Paulo: Grupo GEN, 2015, p. 147. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597001167/. Acesso em: 19 ago. 2021 13 Ações Below the Line (BTL) são aquelas realizadas fora dos meios de comunicação tradicionais, ou seja, normalmente são atribuídas às ações de promoção de vendas, seja no PDV (ponto de venda) ou não, e que objetivam retorno imediato de vendas. Participação em feiras especializadas ou promocionais, realização de eventos, promoção de descontos por quantidade comprada, cuponagens, concursos. DANTAS, E. B.; A Agência de Comunicação Publicitária como Empresa: O Lado Menos Charmoso da Publicidade e Propaganda. São Paulo: Grupo GEN, 2015, p. 148. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597001167/. Acesso em: 19 ago. 2021 empresa para a imprensa. Moresco et al. (2020) comentam que no Brasil é comum se misturarem em um só conceito, assessoria de imprensa e assessoria de comunicação, desse modo, fazem um delineamento sobre a diferença entre ambos. A Assessoria de Comunicação é mais sistematizada, e mais abrangente, com funções que se desdobram desde o gerenciamento de informações da empresa, até o contato com os públicos externos e internos. E, assim como as demais ferramentas do marketing, também exige planejamento e acompanhamento durante todo o processo, do início ao fim. Aos profissionais desse setor, formados por jornalistas, publicitários e relações públicas, Moresco et al. (2020) atribuem as tarefas de promover a identidade da marca, e uma imagem positiva no mercado, criar estratégias de comunicação, planejar e executar ações que divulgam eventos, visitas e atividades patrocinadas pela empresa, manter contato com a imprensa, com o público externo e interno, desenvolver textos informativos, conteúdo para sites, redes sociais e canais da empresa, de acesso ao público. A assessoria de imprensa é uma área habitualmente composta por jornalistas e relações públicas, sua maior finalidade é intermediar entre a empresa e a imprensa (jornais, redes sociais, emissoras de rádio e tv, etc). Esse profissional, ao transmitir sua mensagem deve se posicionar de forma correta e objetiva. Embora pareça perfeitamente definido, nem sempre é assim que acontece, uma vez que as empresas têm autonomia para delimitar suas estruturas; não obstante, o conceito é esse: assessoria de imprensa comunica-se com os veículos, jornalistas e influenciadores; e a de comunicação, de maneira mais ampla, elabora e executa os planos de comunicação para diversos públicos. Eventos Como já foi dito, o consumidor tornou-se mais exigente devido à grande quantidade de informações que passou a receber, e esse comportamento determinou maior empenho das marcas, no sentido de atrair a atenção, e conservar na mente desse consumidor a preferência por seu produto na hora da compra. Um consumidor mais exigente, tornou mais exigente o dono da marca, que foi buscar no mercado publicitário um profissional que pudesse lhe oferecer o mais do melhor. Essa competitividade praticamente forçou os profissionais a buscarem novos meios de comunicar produtos e serviços no mercado, estimulando o uso de outros formatos, além dos tradicionais. Para Oliveira et al. (2021), os Eventos ganharam espaço no mercado, com garantida difusão e consolidação das marcas, motivada pelo estreitamento que ocorre entre o consumidor e o produto, trata-se de uma ação direta com o cliente. Destinado a um público preestabelecido, listado como consumidor fiel ou consumidor potencial, a presença desse convidado no evento mostra indícios de seu interesse, da curiosidade, e da aceitação da marca, podendo ser uma passada larga, em direção à conquista de um cliente. Nesse contato, torna-se indispensável conduzir o indivíduo a uma experiência agradável com o produto, para que sua memória registre e condicione a sensação positiva com a marca, podendo converter satisfação em venda, venda em compra, e compra em fidelização. A Divisão da Agência A estrutura de uma agência já foi assunto tratado, mas volta à baila para alinhavar os temas que serão mencionados neste tópico. Sampaio (1999, p. 33, grifo nosso) assinala a agência como uma especialista no processo e na arte da propaganda, que aplica tecnologia peculiar, e emprega profissionais qualificados, distribuídos em funções específicas de “atendimento, planejamento, criação, mídia, pesquisa, etc.”; apesar dos vários formatos de agências, e aptidões diversas, sua essência é assessorar, executar e coordenar os trabalhos relacionadosà propaganda, e os envolvidos com tais questões. Sant’anna et al. (2016, p. 320, grifo nosso) interpreta agência como a soma de profissionais talentosos sujeitos a ela, designados para as áreas de “atendimento, planejamento, pesquisa, criação, mídia, produção e administração”, que tem por objetivo, orientar e assessorar o cliente na sua comunicação com o mercado. O próximo passo é discorrer, sinteticamente, sobre as funções de: atendimento (briefing) – planejamento – pesquisa de mercado e opinião – criação – mídia. 6 ATENDIMENTO Martins (2010) atribui ao atendimento, a coordenação sobre todos os pontos técnicos e burocráticos que envolvam a conta do anunciante, com resultados que lhe sejam favoráveis, posto que dentro da agência, o profissional de atendimento atua como advogado do cliente. Zeca (2010) prossegue grifando sua representatividade, nesse elo de ligação entre agência e anunciante, e a relevância de seu bom conhecimento sobre o negócio do cliente, ao mesmo tempo em que deverá entender o funcionamento das técnicas publicitárias. Martins (2010, p. 26) discorre algumas características fundamentais para essa função: [...] capacidade de saber ouvir, estar sempre com as antenas ligadas em todo o universo do cliente, confrontar as opiniões do cliente com as do seu mercado, conhecer tecnicamente os produtos, ser hábil na conduta de negociações com cliente, departamentos da agência e fornecedores, ser um verdadeiro gentleman para conduzir com harmonia os momentos de conflitos e tensões, o que é mais que normal existir. Sampaio (1999) percebe o atendimento, e o planejamento, como funções que assistem o cliente, compreendendo suas peculiaridades, buscando solução para seus problemas, acompanhando e desempenhando o planejamento da solução encontrada, e estreitando essa relação agência - anunciante. Sant´anna et al. (2016) conferem ao atendimento, profissional encarregado do briefing14, a responsabilidade de levar até a agência, os fatos elementares da situação do cliente, o escopo (alvo), e a expectativas daquilo que o cliente espera; para os autores (2016, p. 331), o atendimento é “o elo formal entre a agência e o cliente”, o coordenador desse jogo, e necessita ter basicamente, em seu perfil, organização, liderança, habilidade para negociar, interatividade com diferentes tipos de profissionais, aptidão de comando e percepção estratégica. Briefing 14 Briefing – nominado por Sant’anna et al. (2016, p. 331) como “síntese dos dados colhidos”. Entre muitos conceitos pesquisados, de diversos autores diferentes, chama a atenção a forma lacônica e espirituosa com que o publicitário Zeca Martins (2010, p. 40) referiu-se ao briefing, o “Resumo da ópera”, e formalmente o conceituou como o “conjunto de informações mercadológicas que deverão ser passadas à agência para que ela possa começar seu trabalho.” Salienta que essas informações podem ser em documento escrito, ou por meio de entrevista, entre o profissional de atendimento e o cliente. O autor defende que o briefing deve ser o mais completo possível, para que possa ser sustentável aos profissionais que farão o trabalho, porém, sublinha que completo não é extenso. Para Públio (2012) o briefing deve ser mais objetivo, sem ser incompleto, e conter somente as informações relevantes. Avalia o briefing como o ponto de partida de uma empresa, no delineamento de sua área de atuação, e na esquematização das forças ambientais influentes. Sant’anna et al. (2016) comenta que o briefing deve ser sucinto, porém completo, elaborado e validado na empresa do cliente. Zeca Martins (2010, p. 41) chama a atenção para um erro muito comum, que acontece quando alguns clientes elaboram seus briefings: o anunciante desatento em vez de “passar um problema muitíssimo bem equacionado em termos mercadológicos”, prepara uma lista de informações sobre o mercado e o público alvo, e demais elementos que não levam ao cerne da questão. O autor (2010, p. 42) afirma que briefing é algo simples sim, porém significativo, e arremata com uma comparação: “Briefing é saber dirigir, não é ter o mapa da estrada”. Observa- se que os autores seguem a mesma linha de pensamento quanto ao significado e importância do briefing. REFLITA Informação é bagagem para a vida “Bem, já dissemos que o pensamento criativo é resultado de duas qualidades de dados: aqueles que você recebe, objetivamente, para atender a um briefing e os dados gerais que você obteve "historicamente”, ao longo de sua vida. ” Fonte: VIEIRA, Stalimir. Raciocínio Criativo na Publicidade. 4 ed. São Paulo: Loyola, 2004, p. 15. #REFLITA# 7 PLANEJAMENTO Sampaio (1999) quando enumera os passos para o desenvolvimento de uma propaganda, aponta inicialmente para a demarcação dos objetivos, seguido pelo conteúdo do que deverá ser transmitido. Esse passo exige uma pesquisa, formal ou informal, que deverá levantar exatamente, quem é o público alvo da propaganda, sua reação ao produto/serviço, seus costumes, o aspecto social, econômico, cultural, e psicológico, e diversas outras informações relevantes, para chegar ao próximo passo: o planejamento, que para Sant’anna et al. (2016) é a primeira etapa. Nesta fase, o profissional da área, partindo de informações complementares ao briefing, abrevia, explora, cruza informações, faz sua interpretação, compõe uma estrutura, e define o plano. Segundo Sant’anna et al. (2016) existe mais de uma forma de prosseguir com o desenvolvimento deste trabalho. Há circunstâncias em que o planejamento realiza todo processo, definindo as estratégias e direcionando os outros departamentos envolvidos; em outras situações, o planejamento é o líder de uma equipe interna, composta pelos profissionais das outras áreas, também vinculados a esse trabalho, podendo incluir aqui, os prestadores de serviço. Estando aprovado o planejamento, Sampaio (1999) informa que inicia um trabalho conjunto entre a criação e planejamento de mídia. 8 PESQUISA DE MERCADO E OPINIÃO A pesquisa de mercado é uma entre várias ferramentas aplicadas pelo marketing, e pela publicidade, que busca por meio dos resultados, avaliar as tendências de um mercado que está em constante transformação. Sant’anna et al. (2016, p. 59) declaram que o objetivo de uma pesquisa de mercado: [...] é fazer uma sondagem com os usuários de determinado produto para travar um conhecimento com as necessidades do mercado, com os níveis de preferência entre os produtos de determinada fabricação e os de sua concorrência, a fim de planificar a produção industrial indo ao encontro dos desejos do consumidor, diminuindo as suas resistências no ato da compra. Zeca Martins (2010) argumenta sobre a importância da pesquisa, citando as grandes marcas e suas contínuas análises. O mercado é dinâmico e sofre modificações, essa movimentação precisa ser examinada de perto. O autor lembra que, para os pequenos anunciantes, a pesquisa sobre o comportamento do público alvo, e do mercado, provém geralmente, da experiência de anos de “barriga no balcão”15, e aconselha o publicitário a evitar excesso de confiança em sua própria percepção, mantendo-se alerta sobre as tendências do mercado. Sampaio (1999) afirma que, nas agências mais requintadas a pesquisa é realizada por uma área especializada dentro da própria agência. Martins (2010) relata que a pesquisa é subdividida em primária, pesquisa feita sob encomenda, direcionada para determinado assunto; e secundária, dados já publicados em veículos como jornais, livros, concorrência, entidade de classe, especialistas, etc. É uma parte da ciência social, que por meio de método científico identifica o comportamento e opinião das pessoas. Atua como um fio condutor na tomada de decisões. 15 “Barriga no balcão”é um termo que fascina o publicitário Zeca Martins, como ele próprio confessa em nota de rodapé, em seu livro “Propaganda é isso aí”. (MARTINS, 2010, p. 73) 9 CRIAÇÃO Como lembra Sampaio (1999), é neste momento que a mensagem publicitária começa a tomar rumo. Assim que é aprovado o planejamento, a criação e o planejamento de mídia iniciam o desenvolvimento do anúncio. A conexão entre esses setores é fundamental para otimizar o trabalho, pois de acordo com Sampaio (1999), a criação e a mídia precisam analisar em conjunto, quais veículos serão utilizados para difundir a mensagem, seu formato, tamanho e posição. A interatividade, por vezes, resulta na interferência de um setor no outro, evento que deve ser visto com bons olhos pelos profissionais envolvidos. Martins (2010) defende a ideia de que a propaganda é uma ferramenta aplicada na solução de problemas do anunciante, seja em suas vendas, seja no seu posicionamento no mercado, ou por algum outro motivo, por conseguinte, institui o publicitário como um “solucionador de problemas” (2010, p. 92). O autor destaca a relevância da dupla, redator e designer, que compõem o setor de criação na grande maioria das agências, e, que ele avalia como um dos pontos fundamentais de uma agência. Para Zeca (2010), a criatividade é de fato, a estrutura fundamental, todavia, existem algumas outras peculiaridades que não podem faltar na propaganda, e grifa alguns traços, que devem ser elementares no perfil da dupla de criação. O redator deve ter um ótimo domínio do idioma nativo; percepção exata do significado das palavras; monitoração das tendências linguísticas; compreensão dos dialetos e lugares comuns; linguagem concisa, clara, objetiva, eficaz. O designer precisa ter domínio estético sobre a linguagem visual; produção harmoniosa e agradável aos olhos do consumidor; grande observador; atualizado; curioso com o mundo fora de si. A curiosidade com os eventos, que ocorrem ao redor do indivíduo e no mundo, são de suma importância aos criativos, pois é desse contexto que retiram matéria-prima para suas produções. Quanto mais informação, mais material para criação. Zeca (2010) sugere uma fórmula, que ele afirma ser infalível, aplicada por ele próprio em sua vida profissional e fora dela: análise (namore o problema) – esquentamento (pense muitíssimo a respeito do problema) – incubação (descanse e esqueça propositalmente o problema) – iluminação (como um raio de luz, a solução do problema surge em sua mente). Sant’anna et al. (2016) recomendam que o texto publicitário não tenha introduções, seja simples como uma conversa amigável, nada obscuro, e especialmente que seus criadores lembrem-se que não se trata de arte, na qual anseiam por elogios para alimentarem a fome de suas vaidades, trata-se de uma atividade comercial que tem a finalidade de granjear lucro para o dono do produto. Afirmam que “toda publicidade se desenvolve em torno de sentimentos e de tudo que afeta os interesses humanos: o bom e o mau, o confortável e o não confortável, o grande e o pequeno, o sublime e o ridículo etc. Desde que criem fatos que gerem sentimentos, produzam reações e formem ideias. ” (SANT’ANNA et al., 2016, p. 143); os autores asseguram que mesmo se tratando de uma comunicação técnica, há um certo volume de emoção envolvido. 10 RTVC OU RTV A estrutura básica de uma agência já foi citada anteriormente, entretanto, para dar impulso ao objeto deste tópico, são novamente trazidas aqui: área de atendimento, planejamento, criação, pesquisa, produção e mídia. As agências adequam esses setores de acordo com sua conveniência. Sampaio (1999) comenta que em algumas agências, especialistas na comunicação audiovisual/eletrônica trabalham em conjunto com a dupla de criação (redator e designer); o mesmo acontece em agências que possuem estúdio fotográfico, porém, manter um estúdio na agência, é certamente uma situação pouco comum. Dantas (2015) enfatiza que em certas agências, o setor de produção divide-se em duas partes: a área da produção impressa, responsável por fotografias, anúncios para jornais, revistas, cartazes, diagramações, etc.; e o setor de produção audiovisual/eletrônica, encarregada de solicitar e monitorar o desempenho da produtora contratada, especialista em peças audiovisuais, para Rádio, TV e Cinema (origem da sigla RTVC). Zeca Martins (2010) esclarece que, nem todo consumidor tem ciência de que o comercial assistido na TV tenha sido desenvolvido por uma agência publicitária, muitos supõem que tenha sido realizado pela própria empresa, dona da marca. Na realidade quem executa o filme publicitário não é a agência, e sim uma produtora de filmes e vídeos, contratada pela agência, trata-se de uma empresa terceirizada. As agências mantêm uma generosa lista de fornecedores, para prestar-lhes os mais variados serviços, valendo destacar que são os profissionais da agência, do setor de RTVC ou RTV, os responsáveis por conduzir e acompanhar toda essa produção, do princípio ao fim. Martins (2010) ressalta a importância atribuída a esse profissional, que deve ter um perfil de completa responsabilidade e vasta experiência, uma vez que se trata de algo bem dispendioso. CONSIDERAÇÕES FINAIS O discurso publicitário tem como objetivo levar o consumidor à ação, seja efetivando uma compra ou aderindo a uma ideia. No entanto, a quantidade de informações às quais as pessoas são expostas diariamente são inúmeras, e, ainda que não seja uma tarefa fácil, é fundamental que a mensagem publicitária seja criativa, e possa reter a atenção do destinatário, essa é a virada da chave para o sucesso do anúncio. Nesta perspectiva, conhecemos os elementos que fazem parte desse discurso, e a maneira como podem vir a ser empregados na publicidade e propaganda. Vale lembrar que, a comunicação não é estática, e com os avanços especialmente tecnológicos, a maneira de se comunicar vai sendo transformada, cabendo aos profissionais investir em conhecimento, informações, aprimorar seu conteúdo. Em se tratar do repertório pessoal dos alunos, também se faz necessário muni-lo de informações sobre suas possíveis áreas de atuação na publicidade e propaganda, assim como, elucidar como se dá o processo criativo nas agências. Por isso, a Unidade III também trouxe de forma concisa essas informações, para que se tenha uma visão macro das engrenagens que movimentam a Publicidade e Propaganda e sua setorização. LIVRO • Título: Criatividade em Propaganda - 14ª edição • Autor: Roberto Menna Barreto. • Ano: 1978. • Editora: Sammus Editorial. • Sinopse: Um livro que põe o cérebro do leitor em movimento. Incrivelmente absorvente do primeiro ao último capítulo. Cheio de casos reais e testes práticos e inéditos. Consagrado no gênero. Ideal não só para publicitários, mas também para os que consomem tudo o que os publicitários anunciam. Link: https://www.google.com.br/books/edition/_/z-A00RddwvQC?hl=pt-BR&gbpv=1 FILME/VÍDEO • Título: As Mil Palavras • Ano: 2021. • Sinopse: A comédia conta a história do executivo Jack McCall, interpretado pelo ator Eddie Murphy, que sempre consegue os melhores negócios por meio de sua oratória. Porém, um feitiço faz com que o personagem tenha que economizar as palavras para sobreviver. A cada palavra, uma folha de sua árvore cai. Na milésima folha, Jack iria morrer. Esse filme mostra como um profissional precisa usar a sua criatividade para conseguir novas maneiras de atingir as pessoas. A obra foi lançada em 2012, dirigida por Brian Robbins, e, além de Eddie Murphy, tem em seu elenco as atrizes Kerry Washington, Allison Janneu e os atores Clark Duke, Cliff Curtis e Alain Chabat. REFERÊNCIAS BARRETO, R. M. Criatividade em Propaganda. 12 ed. São Paulo: Summus, 2004. CRESCITELLI, E.;já sublinhava suas bases: conhecer previamente o comportamento do seu público alvo e esquadrinhá-lo o máximo possível, estabelecer segmento sobre o quanto esse público está disposto a consumir, 5 Comunicação de Massa: Atinge uma audiência heterogênea, com traços em comum, ainda que sejam desconhecidos em sua individualidade. (SANT’ANNA et al., 2016). 6 Nota do autor deste trabalho explorar sua forma de viver e a questão familiar. Dentro desse contexto surgem os famigerados 4 Ps: produto, preço, ponto de venda e promoção, ou propaganda, como convir. 3 HISTÓRIA DA PUBLICIDADE NO BRASIL Forechi et al. (2018) sinalizam que, o advento da publicidade e propaganda no Brasil ocorreu no século XIX, com a transferência da sede da monarquia portuguesa para cá, gerando mudanças na economia, hábitos e costumes. Nascia nesse contexto, em 1808, o primeiro jornal - Gazeta do Rio de Janeiro – e a veiculação do primeiro anúncio publicitário, que tratava da venda de imóveis, nos mesmos conformes dos classificados de hoje, com textos breves, informativos e sem imagens, o teor artístico não tinha relevância. Marcondes (2001) relata que, em 1860 surgem os cartazes, os painéis de rua e os panfletos de propaganda. Esses panfletos eram afixados em pontos comerciais, de alto movimento. Conforme consta no livro “100 anos de Propaganda” (CADENA, 2001), em 1875 - 15 anos depois, aparecem nos jornais Mequetrefe e O Mosquito, peças ilustradas com desenhos; e em 1900, no Rio de Janeiro, surgem as primeiras revistas, utilizando técnicas de impressão mais modernas, exibindo, portanto, anúncios mais atrativos e de página inteira. Trilhando pela linha do tempo, da publicidade brasileira, de acordo com Marcondes (2001), demarca-se em 1913 – 1914 o nascimento da primeira agência – a Eclética; em 1930, surgem as propagandas no rádio, que para o autor trata-se de alta referência para a Propaganda no Brasil; muito embora a primeira emissora tenha sido implantada em 1923, as propagandas no rádio somente foram permitidas em 1930; e dentro desse contexto nasciam os jingles7 e spots.8 Seguindo a ordem cronológica, em 1950, no dia 18 de setembro, despontava em São Paulo, a TV Tupi, primeira TV do Brasil, fato que veio revolucionar a publicidade brasileira; todavia, foi com o advento da internet, a partir de 1993, que a publicidade se solidificou. Desde esse salto tecnológico, a publicidade vem buscando aprimorar sua criatividade no contato com o público, buscando tornar-se menos invasiva e mais direcionada.9 7 o jingle é uma peça de áudio “cantada” para a fixação de uma marca/produto. Disponível em: https://maximalstudio.com.br/jingle-vs-spot/ 8 o spot é uma peça de áudio “falada” para passar uma informação mais completa de uma marca/produto. Disponível em: https://maximalstudio.com.br/jingle-vs-spot/ 9 Nota do autor deste trabalho 4 EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM PUBLICITÁRIA Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-holding-smartphone-drawn-media-icons- 248776741 Quando se ouvia falar em publicidade, imediatamente nos lembrávamos dos comerciais da TV aberta, nos intervalos das novelas e outros programas, dos cartazes coloridos nas ruas, dos atraentes outdoors, dos anúncios em jornais e revistas. A pergunta é: tudo isso ainda tem o mesmo poder de atração de tempos atrás? O que se pode afirmar com certeza é que nos dias atuais, a mídia digital foi abocanhando grande parte desse mercado, e distanciando o consumidor das mídias tradicionais. Há, certamente, um público fiel às mídias impressas, e aos canais abertos, entretanto não é mais a maioria. Como já mencionado no tópico anterior, a Revolução Industrial foi responsável pela mecanização da produção em larga escala, trazendo novo cenário para a publicidade. “O que quer dizer que já não é o consumidor que vai atrás do produto, mas sim é o produto que vai ao encontro do consumidor por intermédio da publicidade” (CASTRO, 2007, p. 50). A persuasão e a transformação da linguagem publicitária A publicidade transmite a ilusória ideia de que tudo é útil, desejável e possível; e diariamente, de forma demasiada, somos cercados por anúncios com as mais diversas formatações e finalidades. A publicidade é capaz de solidificar marcas e sonhos, ao ponto de sentirmos uma necessidade preeminente de adquirir determinados produtos oferecidos por ela. O conceito da marca é fundamentalmente importante para o entendimento da publicidade a longo prazo. É a publicidade que transforma um produto com benefícios apenas funcionais em uma marca que ofereça ao consumidor recompensas psicológicas além daquelas funcionais. (JONES, 1999, p. 35). Em um mundo ideal, acredita-se que os produtos deveriam ser usados de acordo com as necessidades sociais e as finalidades para as quais foram criados, porém, a publicidade tem a capacidade de impulsionar o consumo, agindo como uma força motriz. Neste sentido, Pinto (1997, p. 10), afirma que: Adquirimos um perfume porque apreciamos o seu aroma, mas também porque nos identificamos com todos os outros sinais sociais que a imagética publicitária divulgou. Sonhamos com a aquisição de um carro porque gostamos das características físicas e confiamos nas suas capacidades tecnológicas, mas também porque nos revemos na personalidade que a linguagem publicitária lhe concedeu. Ao longo do tempo, através de recursos linguísticos como as chamadas figuras de retórica10, a persuasão sempre foi a estratégia principal usada para cativar e fidelizar o público-alvo. Os bons profissionais do ramo entendem que, a utilização de mecanismos emocionais, ou simbólicos, são essenciais para induzir alguém a aceitar uma ideia, atitude ou ação. Se fizermos uma reflexão, enquanto consumidores, é fácil perceber o quanto somos estimulados pela publicidade. Usufruímos nosso dinheiro não apenas com o que precisamos, mas com o que desejamos ou mesmo somos induzidos. “A publicidade, para além de ser uma atividade informativa e persuasiva, seduz o público 10 Figuras retóricas, também conhecidas por figuras de linguagem, são recursos linguísticos que ajudam a criar um significado figurativo e expressivo na mensagem transmitida. Disponível em: http//www.significados.com.br/figuras-retóricas/ utilizando acima de tudo imagens que agradem os olhos dos destinatários.” (CANHINGUIQUINE, 2018, p. 21). Figura 2 – Para os apreciadores uma imagem basta Fonte: o autor, 2021. A Era Tecnológica Sabe-se que a evolução tecnológica é algo presente na vida humana desde os primórdios. A cada dia, somos rodeados de inovações que sequer poderíamos imaginar ser possível anos atrás. A publicidade vai ao encontro dessas transformações, trazendo um novo parâmetro para o homem contemporâneo, e ainda que a persuasão continue sendo a ferramenta principal de sua comunicação, o público agora tem o poder de escolha e também de bloqueio sobre as mensagens publicitárias que lhe são direcionadas. As criações humanas, advindas do próprio ritmo acelerado da era tecnológica, trouxeram grandes mudanças ao nosso cotidiano e, consequentemente, ao perfil do consumidor, uma vez que este passa a assumir o papel ativo nas decisões de compra. Haja vista o desenvolvimento da televisão digital, a perspectiva interativa das redes sociais digitais e cada vez mais, dispositivos de comunicação portáteis. (BEZERRA; COVALESKI, 2013). Provenientes da evolução tecnológica, tais mudanças configuram um novo cenário na publicidade, com a chegada das redes sociais digitais11, e dos canais audiovisuais de entretenimento, como telenovelas, filmes e séries. Estes recursos tornam-se ferramenta para a propagação massiva de mensagens persuasivas, através do chamado marketing viral12. Embora a tática seja atrair o maior número possível de consumidores, a premissa agora é “personalizar o produtoSHIMP, T. A. Comunicação de Marketing: Integrando propaganda, promoção e outras formas de divulgação - Baseado na 8a edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. 9788522126231. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126231/. Acesso em: 16 jul. 2021. DANTAS, E. 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Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar a Mídia; • Conhecer e compreender os Tipos de Mídia; • Conhecer e compreender os canais de mídia que transmitem a mensagem publicitária. INTRODUÇÃO É fato que todas as funções desenvolvidas em uma agência de publicidade são essenciais. No entanto, a Mídia constitui um papel central na dinâmica da agência, pois está diretamente ligada à rentabilidade do negócio, visto que a equipe avalia quais meios, recursos e veículos de comunicação serão mais adequados para alcançar o público-alvo. Martins (2010, p. 155) ressalta que Mídia “é pura engenharia a serviço do interesse que todos temos em fazer com que nossos clientes sintam-se felizes por levar sua mensagem mercadológica às pessoas certas, no lugar certo, no momento certo, pelo menor custo possível". De acordo com o autor, a atividade é uma das mais importantes quando se pensa em propaganda. É através dela que será feita a divulgação da ideia, da empresa ou do produto/serviço que se pretende vender. Dantas (2015) pontua que um bom profissional de mídia precisa dispor de requisitos básicos, como a criatividade, para detectar oportunidades junto ao público em estudo, coletando informações que lhes permitam conhecer o comportamento desses consumidores e, assim, obter resultados satisfatórios na análise do público desse veículo. Também se faz necessário identificar os traços psicológicos dos consumidores, para compreender quais hábitos irão influenciar o seu consumo. Ademais, cabe a esse profissional ter uma noção eficiente de cálculo, para planejar e aplicar o uso da verba disponibilizada pelo anunciante nos meios de comunicação, a partir da estratégia definida, ou seja, identificar qual o tipo de mídia mais conveniente à campanha do cliente. O “mídia”1, como costuma ser chamado o profissional que desempenha esta função, assume o papel de gestor enquanto executa tarefas, negocia e compra espaços publicitários, programa as inserções, planeja as ações e acompanha as veiculações. Por isso, é fundamental ter um conhecimento consistente do papel da mídia — como ela se divide e as formas como pode ser utilizada para entregar a mensagem publicitária ao público ao qual se destina. 1 MÍDIA 1 Nota do autor deste trabalho. Para que o anúncio chegue ao público ao qual se destina, é necessário um suporte material, canais que transmitam a mensagem publicitária. Assim, conforme Neto (in PREDEBON, 2000, p. 17), “a Mídia tem como função básica tornar acessível a mensagem comercial publicitária a esse mesmo público”. O surgimento da mídia está associado à invenção da impressão, na metade do século XV. McQuail (2014), ao falar sobre o desenvolvimento da esfera pública da comunicação, divide-o em períodos e atrela a origem do que conhecemos hoje, como mídia de massa2, ao terceiro período desse desenvolvimento, período que “foi a era da comunicação de massa propriamente dita [...]” (MCQUAIL, 2014, p. 20). Quando analisada em seu contexto de surgimento, verifica-se que a mídia tinha 2 Mídia de Massa ou meios de comunicação de massa são meios de comunicação que visam fornecer informações ao maior número possível de pessoas simultaneamente. Podemos dizer que a primeira mídia de massa foi a imprensa escrita (jornal), depois o rádio, em seguida a televisão e, finalmente, a internet. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/mass-media/. Acesso em: 09 set. 2021. por premissa o foco quantitativo. Por isso, os “consumidores eram definidos exclusivamente por perfis sociodemográficos, por áreas geográficas envolventes” (NETO in PREDEBON,2000, p. 17). No entanto, com o crescente desenvolvimento das economias, decorrente da Revolução Industrial, o foco antes quantitativo deu lugar ao qualitativo. Agora, “os consumidores são determinados pelos padrões comportamentais, dados psicográficos, hábitos, comportamentos e atitudes” (NETO in PREDEBON, 2000, p. 18). Portanto, tornou-se fundamental criar táticas e estratégias de mídia para escolher os melhores canais de transmissão da mensagem publicitária, levando em consideração todas essas especificidades de cada consumidor. Atualmente, contamos com diversos tipos de mídia. Assim, como já foi mencionado, faz-se necessário conhecê-las, para que se possa fazer escolhas assertivas dos meios de veiculação dessa mensagem publicitária, tendo em vista que, são esses meios que darão suporte às estratégias de mídia, fazendo com que a mensagem chegue ao público ao qual se destina e da maneira ideal, atingindo então, o objetivo de comunicação. Por isso, os próximos tópicos são dedicados à compreensão das principais características dos tipos de mídia. 2 TIPOS DE MÍDIA Partindo da premissa de que a mídia é todo meio de difusão de comunicação que entrega uma mensagem publicitária, será possível verificar nesta unidade que a mesma é abrangente e engloba desde um brinde promocional à televisão (MARTINS, 2010). Contudo, apesar dessa abrangência, é possível categorizar os tipos de mídia conforme algumas características que lhes são comuns. Para Públio (2012), essa classificação se dá em três categorias: Mídia tradicional, No Media e Digital Media. Elas são descritas a seguir: a) Mídia tradicional é aquela que se utiliza de um meio pré-estabelecido como suporte para difundir informação (PÚBLIO, 2012). Como principais características, esse tipo de mídia tem comunicação de mão única e até pouco tempo atrás tinha amplo alcance de audiência3; b) No Media é o tipo de mídia que cria seu próprio suporte para divulgar a informação. Como exemplo, Públio (2012) cita a panfletagem, que utiliza o papel como suporte para fazer a divulgação da mensagem publicitária; c) Digital media (mídia digital) é a mídia que utiliza como suporte às tecnologias digitais; são canais de comunicação interativa (PÚBLIO, 2012), e conquistaram grande fatia no mercado, substituindo o espaço que era demarcado pelas mídias tradicionais4; Porém, é importante deixar explícito que essa categorização é sobretudo para efeito didático, tendo em vista que, “com a convergência tecnológica, a interdependência entre as mídias está ficando cada vez maior, e fica cada vez mais difícil classificá-la” (PÚBLIO, 2012, p. 186). Portanto, torna-se mais comum e viável o uso associado dos 3 Nota do autor deste trabalho 4 Nota do autor deste trabalho tipos de mídia na divulgação, tomando por base o objetivo e a estratégia de comunicação5. Tabela 1 – Tipos de mídia e canais de difusão de comunicação Fonte: Públio (2012, p.187) 5 Nota do autor deste trabalho 2 IMPRESSOS, JORNAL E REVISTA Impressos Foi no século XVI que “a impressão se tornou uma pequena indústria e seus produtos um importante item de comercialização” (FEBVRE; MARTIN in MCQUAIL, 2014, p.18). Desde então, a mídia impressa foi se tornando uma grande aliada para a transmissão da mensagem publicitária. Classificada por Públio (2012) como No media, os impressos também podem ser chamados de mídia off-line6, sendo os formatos mais comuns desse tipo de mídia os panfletos, folhetos, flyers, filipetas, folders e cartazes. Cada um deles tem suas especificidades, que são descritas a seguir: a) Panfleto e folheto, apesar de terem a mesma origem vocabular7 e terem baixo custo de produção, têm pequenas diferenças em se tratar de suas dimensões e características. Enquanto o panfleto costuma ser maior, mais simples, com até 2 cores e impresso em papel colorido ou sulfite, o folheto é menor, trazendo mais conteúdo (PANFLETO, 2020); b) Flyer é uma derivação melhorada do panfleto. Com dimensões reduzidas, habitualmente é impresso em papel com uma maior gramatura e é mais sofisticado, devido sua estética mais apurada (VIANA, 2020). Portanto, quando se pretende fazer um material promocional ou para divulgação de novos produtos e/ou serviços que sejam mais customizados, os flyers são uma excelente mídia para se utilizar; 6 Mídia offline é aquela utilizada para ações de marketing fora da internet. Disponível em: https://www.projecttus.com/blog/midias-online-x-midias- offline/#:~:text=As%20m%C3%ADdias%20offline%20s%C3%A3o%20utilizadas,%2C%20mas%20ainda %20assim%20offline). Acesso em: 15 set. 2021. 7 Panfleto vem do inglês “pamphlet”, que, em português, ficaria se traduz como “folheto”. Disponível em: https://www.printi.com.br/blog/flyer-panfleto-ou-folder-saiba-a-diferenca. Acesso em: 17 set. 2021. c) Filipeta tem um formato mais alongado e suas características se assemelham às do panfleto. Geralmente, é utilizada para propagandas explicativas, como anúncios de cursos e cardápios (VIANA, 2020); d) Folder é um termo que deriva do inglês “fold” e significa dobrar, sendo as variações das dobras sua principal característica. Essa mídia permite que se explore a criatividade no desenvolvimento do design, já que pode assumir uma vasta gama de formatos. Quando se pensa em segmentação e nichos de mercado, o folder se configura como uma ótima opção para anunciar (VIANA, 2020); e) Cartaz é o tipo de impresso em que a impressão é feita somente em um dos lados, apresenta grandes dimensões, se comparado aos outros impressos, e geralmente é afixado em locais específicos, para uma comunicação rápida. Por isso, é uma boa opção quando a campanha publicitária tem caráter informativo, como por exemplo o anúncio de um evento (MÍDIA, 2018); Jornal As primeiras estratégias de mídia tinham como foco a divulgação em mídias tradicionais, dentre as quais os jornais tinham destaque, principalmente aqueles de grande tiragem (NETO in PREDEBON, 2000). Uma das características mais marcantes do jornal é a credibilidade que lhe é atribuída, devido ao seu caráter informativo e o compromisso com a veracidade dos fatos relatados8. Sendo assim, “o jornal, sob este ponto de vista, é um meio que beneficia a informação publicitária” (MARTINS, 2010, p. 166). Seu cunho mais local e regional também propicia um dinamismo dos anúncios mais elaborados, que podem ser veiculados tendo em consideração o conteúdo editorial dos cadernos, para que seja convergente ao perfil do leitor (PÚBLIO, 2012). Ademais, 8 Opinião do autor deste trabalho: o texto escrito no tópico JORNAL foi baseado no autor Zeca Martins - do ano de 2010. Atualmente, operando em interesses próprios, é quase impraticável atribuir ao jornal a herança da credibilidade que lhe havia sido imputada desde sua criação. como é mais perecível do que as outras mídias, o jornal é excelente para veicular anúncios de oportunidade, que trazem temas do dia (MARTINS, 2010). [...] presta um serviço de utilidade pública, através dos anúncios classificados, muito usado por toda a população e empresas de todos os tamanhos [...] oferece grande agilidade para sua utilização, alto impacto entre as classes mais elevadas e alta credibilidade para os anúncios, transferida pela autoridade do jornal junto a seus leitores, que com estes mantêm uma forte relação de identidade (SAMPAIO, 1999, p. 96). Por fim, no que diz respeito a variação de formatos, o jornal – apesar de suas limitações, se comparado a outras mídias – tem certa flexibilidade, indo desde “a veiculação de mensagens na embalagem plástica, que leva o exemplar de assinantes, até́ as multipáginas, passando por meias-capas, encartes, anúncios redondos etc.” (MARTINS, 2010, p. 166). Revista A revista, assim como o jornal, é considerada uma mídia tradicional. Com sua alta capacidade de segmentação deconteúdo, consegue atingir diferentes grupos de pessoas com interesses em comum (MARTINS, 2010). Por isso, quando o objetivo da comunicação visa a divulgação de produtos de nicho9, a revista se configura como uma excelente alternativa para estar no plano de mídia10. Como é uma mídia que evoca credibilidade, visto que, também tem um caráter informativo e educativo, a revista se torna viável para fazer o lançamento de um produto ou serviço, principalmente, quando a campanha publicitária tem que fornecer informações mais detalhadas sobre manuseio ou uso dele. Ademais, é uma mídia que pode auxiliar a conceder credibilidade à marca ou produto/serviço, quanto esta tem identificação com o nicho da revista escolhida para divulgação (MARTINS, 2010). 9 O nicho de mercado é uma segmentação ou recorte de um mercado. Ou seja, é a identificação de um grupo menor dentro de um setor, com necessidades e interesses específicos. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/nicho-de-mercado/. Acesso em: 14 set. 2021. 10 Plano de mídia é um documento no qual ficam planejadas as veiculações dos anúncios, tendo definidos os veículos, formatos e posições recomendadas pela agência (SAMPAIO, 1999). 3 OUTDOOR E GRANDES FORMATOS Os grandes formatos da publicidade, classificados como mídias ao ar livre e que também são conhecidas como Out of Home (OOH)11 , têm alto poder de impacto sobre o público, visto que, se destacam na paisagem por seu tamanho, cores, luminosidade e são vistos repetidamente pelo público, contribuindo para a fixação da mensagem transmitida (SANT’ANNA.; JUNIOR; GARCIA, 2016). Os formatos mais famosos e utilizados são: Outdoor, Frontlight, Backlight e Empena. Assim, suas principais características serão descritas na sequência. Outdoor Além de ser uma mídia tradicional, o outdoor se configura como uma mídia de massa, já que é visto por todos que transitam nas vias públicas, indiscriminadamente. O uso estratégico está, sobretudo, na escolha dos melhores roteiros de instalação. 11 Mídias Out of Home são o conjunto de mensagens e ações publicitárias capazes de atingir o seu público fora de suas casas. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-ooh/. Acesso em 14 set. 2021. Figura 1 - Anúncio em forma de painel publicitário, cartaz ou outdoor Fonte: disponível em: https://observatoriopantanal.org/wp-content/uploads/2020/08/WhatsApp-Image- 2020-08-17-at-12.11.47.jpeg. Acesso em: 20 set. 2021. Ainda, se tratando das vantagens do uso do outdoor, o mesmo possui baixo custo e é uma excelente ferramenta de divulgação para complementar os “esforços regionais de uma campanha de maior abrangência territorial ou, por razões evidentes, para encerrar em si mesma uma campanha inteira de pequeno alcance geográfico” (MARTINS, 2010, p. 165). Frontlight O frontlight, assim como o outdoor, possui grande apelo visual, sendo que, graças a sua iluminação frontal, também deixa a mensagem publicitária em destaque à noite, uso comum em rodovias. Todavia, versões menores são frequentemente encontradas nas áreas urbanas, não há uma padronização de tamanho para o frontlight (BATALHA, 2019). Figura 2 - Frontlight traduzido do inglês significa "luz frontal" Fonte: disponível em: https://midiamixooh.com.br/wp-content/uploads/2017/09/painel-m%C3%ADdia-mix- 1.jpg. Acesso em: 20 set. 2021. Devido à versatilidade, essa mídia permite uma comunicação criativa, podendo ser utilizada para gerar buzz12 (uma espécie de boca a boca - o assunto preferido entre internautas), e para lançar produtos, serviços ou anunciar promoções. 12 Gerar buzz é uma estratégia para captar a atenção do público-alvo e fazer com que ele fale sobre uma campanha ou produto. Para isso, são usados gatilhos mentais e emocionais. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/buzz-marketing/. Acesso em: 14 set. 2021. Blacklight Figura 3 - Blacklight traduzido do inglês significa "luz de fundo" Fonte: disponível em: https://www.tresmeios.com.br/blog/wp- content/uploads/2019/12/53524799_2070650992984561_3382477034126049280_n.jpg. Acesso em: 20 set. 2021. Com uma flexibilidade de formatos, tamanhos e com uma diversidade de cores, essa mídia é ideal para fazer anúncios chamativos, com frases curtas e que visam atingir o público-alvo em locais mais pontuais (BATALHA, 2019). Empena Empena possui iluminação frontal, como o frontlight, porém a característica mais marcante é sua dimensão, visto que, sua estrutura é muito grande. Por isso, torna-se quase impossível não visualizar essa mídia na paisagem urbana. Figura 4 - Empena com a anúncio da marca brasileira de sandálias Havaianas Fonte: disponível em: https://forthlux.com.br/wp-content/uploads/2019/09/empena.jpg. Acesso em: 20 set. 2021. Utilizada para veicular anúncios nas laterais dos edifícios, as empenas são mídias de alto impacto. Assim sendo, se configuram como excelente opção para dar visibilidade e valorizar produtos e serviços, bem como, as marcas, contribuindo para sua fixação na mente dos consumidores. Contudo, seu uso deve ser pensado estrategicamente, alinhando a imagem do edifício escolhido para fazer essa divulgação à marca, sem esquecer do perfil do público-alvo (BATALHA, 2019). 4 RÁDIO, TELEVISÃO E CINEMA Com o advento do rádio, da televisão e do cinema, essas mídias passaram a ser o cerne da comunicação massiva, juntamente com o jornal e a revista, sustentando essa posição por um longo período, posto que as estratégias e táticas de mídia se concentravam exclusivamente nesses meios (NETO in PREDEBON, 2000). Ainda que atualmente se tenha a internet – sobre a qual falaremos posteriormente – rádio, televisão e cinema, mídias às quais se dedicam esse tópico, continuam se configurando como excelentes opções de divulgação. Rádio O rádio é uma mídia tradicional e em seus primórdios tinha caráter massivo. Mas, como já visto anteriormente, esse foco quantitativo já foi superado, visto que, com a programação cada vez mais heterogênea dos veículos de rádio, os mesmos têm uma audiência segmentada. Entretanto, apesar dessa segmentação, o rádio é um meio democrático, ou seja, é ouvido por todas as classes sociais. Aliado a isso, o caráter regional do rádio faz com que sua audiência crie proximidade com essa mídia e o mesmo se configure como um companheiro cotidiano (MARTINS, 2010). Ademais, sua principal característica, a de fazer com que os ouvintes criem imagens mentais do que estão ouvindo, permite criar anúncios que evoquem a emoção das pessoas para que criem laços psicológicos com as marcas (MARTINS, 2010). Televisão A televisão ou simplesmente TV, como é comumente chamada, continua sendo o meio de comunicação de maior penetração nos lares brasileiros. Segundo dados do IBGE, em 2019 o percentual de domicílios com TV era de 96,3% (IBGE, 2021). Com horários e uma programação versátil, a TV tem grande poder de alcance, “é um meio mais adequado para se atingir grupos bem maiores de pessoas, e áreas geográficas um pouco mais extensas” (MARTINS, 2010, p. 162). Além disso, tem uma flexibilidade de formatos de anúncios, possibilitando adequar a verba de mídia ao objetivo de comunicação, partindo da premissa de que essa mídia não é a mais barata para se divulgar, sendo que “a televisão é um dos meios que gera maior envolvimento emocional do Sr. Target” (MARTINS, 2010, p. 164). A TV por assinatura tem um público mais seleto, e forte segmentação de conteúdo editorial. Segundo Sant’Anna, Junior e Garcia (2016) os custos de divulgação são baixos se comparada a veiculação em TV aberta, devido ao público segmentado. Cinema Os serviços de streamings13 ganharam muita força nos últimos anos, porém a alta qualidade de som e imagem do cinema, causam impacto visual e ainda atrai as pessoas. Com tais qualidades,favorecem a divulgação de anúncios, somada a baixa dispersão dessa mídia, pois quem vai ao cinema já está predisposto a assistir algo. O cinema favorece a transmissão da mensagem publicitária no âmbito regional e seletivo, afinal, se localizam, em sua maioria, nos shopping centers, que são bem localizados e com mais frequentadores de classe média e alta (MARTINS, 2010). Por fim, para além das telas estão as ações promocionais dentro da sala de cinema, que criam conexão com a mensagem do anúncio, seja pela presença de atores, distribuição de amostras de produto ou outras várias ações possíveis (SANT’ANNA.; JUNIOR; GARCIA, 2016). 13 São serviços que possibilitam a transmissão de conteúdos como filmes, músicas ou livros pela internet, sem a necessidade de fazer download. Disponível em: https://melhorplano.net/streaming. Acesso em 16 set. de 2021. 5 INTERNET E MÍDIAS ALTERNATIVAS A evolução tecnológica foi modificando, entre outras coisas, a maneira de se comunicar. Logo, as mídias também sofreram avanços e modificações para desenvolver formas criativas de conquistar e reter a atenção de seus consumidores, algo cada vez mais difícil (NETO in PREDEBON, 2000). Assim, vinculado ao surgimento da internet está o aparecimento da mídia digital, com “[...] dinâmicas propriedades de comunicação viabilizadas pelo recurso digital” (NETO in PREDEBON, 2000, p. 36). Além delas, as chamadas mídias alternativas14, que são mais criativas e inusitadas. Então, para elucidar alguns de seus aspectos principais e o modo como são e podem ser utilizadas, esses tipos de mídia são abordados na sequência. Internet A internet ocasionou mudanças significativas na maneira de entregar o conteúdo publicitário e propagandístico para as pessoas, configurando-se como uma nova potência midiática de massa. Contudo, Crescitelli e Shimp (2016, p. 334) ressaltam que “é importante reconhecer que o papel exato da Internet como mídia de comar15 está em um estado de descobrimento e exploração [...]”. As principais características dessa mídia são o individualismo e a interatividade, pois os próprios usuários auxiliam a controlar o fluxo de informações e os tipos de anúncios que irão receber, sendo que, nos canais de comunicação que utilizam a internet, as marcas conseguem se relacionar com os consumidores por meio de comunicação bilateral (CRESCITELLI; SHIMP, 2016). Logo, também pode-se acrescentar o dinamismo como atributo dessa mídia, que resulta desse intenso fluxo de troca de informações. 14 São mídias que fogem dos formatos tradicionais e são exibidas para o consumidor em diferentes lugares e situações. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/midias-alternativas/. Acesso em 16 de set. de 2021. 15 Comar: comunicações de marketing (CRESCITELLI; SHIMP, 2016, p. 03) Além disso, a internet tem uma vasta gama de formatos para divulgação da mensagem publicitária, quais principais formatos serão abordados a seguir: a) Websites: São o ponto de convergência de outros formatos de propaganda online, pois estes conduzem o tráfego àquele. Assim, ter um website, além de excelente recurso para transmitir a filosofia da marca e empresa, configura-se como plataforma de vendas e comunicação com os clientes (CRESCITELLI; SHIMP, 2016); b) Display ou banner: são anúncios estáticos (semelhantes aos impressos em revistas e jornais), veiculados nos sites (CRESCITELLI; SHIMP, 2016). Como são vistos com frequência, auxiliam na visibilidade e fixação de marca; c) Rich media formats: basicamente, são anúncios dinâmicos e animados, com imagens e sons, que chamam a atenção para o conteúdo. Esses anúncios “[...] permitem transmitir a maior quantidade de informações por meio de interfaces otimizadas e inclui pop-ups, floaters, intersticiais, supersticiais e anúncios em vídeo” (CRESCITELLI; SHIMP, 2016, p. 339); d) Vídeos e Webisódios: os anúncios criativos em forma de vídeo trazem um apelo visual mais atrativo e podem ser veiculados no site da empresa ou em plataformas como o Youtube. Já os webisódios são uma variação desse tipo de propaganda, em que os vídeos são exibidos em episódios, como se fossem uma série (CRESCITELLI; SHIMP, 2016). Com um enredo criativo, anúncio veiculados nesses formatos conseguem reter a atenção da audiência e aumentar o engajamento com as marcas;16 e) Blogs: trazem uma forma particular de se comunicar com a audiência, por isso, a definição de uma linha editorial faz com que se crie comunidades digitais que compartilham visões semelhantes. Assim, é uma forma direta das marcas se 16 Nota do autor deste trabalho comunicarem com seus clientes e promover seu brand equity17 (CRESCITELLI; SHIMP, 2016); f) Podcasts: pode-se dizer que os podcasts são blogs em versão de áudio, em que é possível compartilhar ideias, estilos de vida, informações etc. É uma alternativa para as marcas segmentarem conteúdo e direcionarem mensagens específicas aos consumidores (CRESCITELLI; SHIMP, 2016); g) Redes sociais: Instagram, Facebook, TikTok e tantas outras redes que surgem a cada dia constituem o universo das mídias sociais. As pessoas gostam de se relacionar com pessoas, assim, utilizar as mídias sociais para entregar conteúdo de valor e, então, humanizar as marcas, contribui para criar conexões mais profundas com os consumidores e ajudar a fomentar o tráfego nos blogs e sites, favorecendo à venda (ROCHA; TREVISAN, 2020); h) E-mail marketing: é um tipo de comunicação dirigida18 em que, a partir de uma base de dados dos clientes, é possível enviar mensagens publicitárias e propagandísticas de modo rápido e forma massiva ou seletiva, conforme a estratégia de comunicação (SANT’ANNA; JUNIOR; GARCIA, 2016); i) Buscadores: a procura por produtos e serviços nos buscadores como Google, Buscapé, Mercado Livre, entre outros, é muito grande. Por isso, fazer divulgação nessas plataformas, seja por meio de palavras-chave ou por ranqueamento de anúncios, auxilia o conteúdo de determinada marca a se destacar e ser exibido no topo dos resultados de busca (CRESCITELLI; SHIMP, 2016). 17 Valor de marca 18 Visa atingir um conjunto de consumidores de maneira mais próxima e particular, buscando uma relação one to one – um a um (SANT’ANNA; JUNIOR; GARCIA, 2016). Tabela 2 – Formatos da propaganda na internet Fonte: Crescitelli e Shimp (2016, p. 336) Mídias alternativas Considera-se que mídia alternativa é toda aquela que foge do tradicional e que se apresenta de diversas formas ao consumidor, em diferentes lugares e situações (PIRES, 2019). Sendo assim, abrange desde ações nos pontos de venda da marca à eventos. Entre as principais vantagens dessa mídia está sua capacidade de colocar uma marca ou empresa em evidência de forma criativa, trazendo elementos inovadores, que chamam a atenção e expõem a mensagem publicitária em lugares pontuais – que vão ao encontro do público-alvo (PIRES, 2019). Pires (2019) elege as seguintes mídias alternativas como as principais e mais utilizadas: ● Mobiliário urbano; ● Veículos; ● Escadas rolantes de shoppings; ● Ônibus e metrô; ● Telefones públicos; ● Telas em ambiente externo; ● Elevadores; ● Embalagens; ● Espaços em aviões; ● Mobiliário de banheiros; ● Intervenções em prédios e ruas. Contudo, vale ressaltar que o uso em conjunto, das mídias tradicionais, digitais e alternativas, possibilita maiores resultados, uma vez que “[...] a eficácia da comunicação em determinados segmentos é efetivada exatamente nesse mix de alternativas” (NETO in PREDEBON, 2000, p. 37). CONSIDERAÇÕES FINAIS Indo ao encontro da premissa de que todos os tipos de mídias têm suas limitações e nenhum deles é perfeito para todos os propósitos de comunicação, os tópicos abordados nestaUnidade IV, com todo embasamento propiciado pelos autores aqui trabalhados, buscaram elucidar os conceitos e particularidades mais marcantes das mídias utilizadas com maior frequência no mercado publicitário, dando um panorama de como eram feitos os primeiros anúncios desde o surgimento das mídias tradicionais até os dias atuais, marcados pela atuação da mídia digital. Assim, é importante enfatizar que o sucesso de uma campanha de publicidade e propaganda começa bem antes de chegar à escolha das mídias, tem início na definição do real problema de comunicação e, a partir disso, dos objetivos da campanha, já visto em unidades anteriores. Em razão desse fato, a escolha das mídias deve sempre estar alinhada com tais objetivos. Ainda em relação aos parâmetros dessa escolha, é necessário ressaltar que a mídia precisa estar em conformidade com a natureza da mensagem e seu público-alvo. Certamente, todos esses parâmetros também têm de levar em consideração a verba de mídia, para que sejam encontrados os melhores veículos de comunicação e com o melhor custo-benefício. Quanto aos quesitos para atuar nessa área da publicidade, bem como as demais áreas relacionadas ao mercado publicitário, manter-se atualizado e buscar aprimorar seus conhecimentos sobre as mídias existentes é fundamental, haja vista que, conforme os avanços tecnológicos vão acontecendo, novos meios e veículos de comunicação vão surgindo. Em suma, quando se analisa todos os processos que envolvem o departamento de mídia – pesquisar, planejar, negociar e acompanhar a execução, percebe-se a importância de um profissional comprometido não somente com seu papel dentro da agência, mas também, com os interesses do cliente, valorizando o investimento do anunciante. Todo setor tem sua atribuição, assim como todo profissional a sua contribuição, a relevância está em procurar sempre dar o melhor de si. SAIBA MAIS Confira uma lista com 10 filmes sobre marketing que você deve assistir Fonte: 10 filmes sobre marketing que todo profissional precisa assistir!. Rock Content, 2017. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/filmes-sobre-marketing/. Acesso em: 20 set. 2021. #SAIBA MAIS# REFLITA “Marketing não é sobre sua agência ganhar prêmios. É sobre sua empresa ganhar negócios” – David Meerman Scott, autor de The New Rules of Marketing e PR. #REFLITA# LIVRO • Título: Mídia/Mídia Alternativa: a escolha de uma estratégia global de comunicação para a empresa • Autor: Xavier Dordor. • Editora: Nobel. • Sinopse: Mídias/mídias alternativas é uma questão concreta feita pelos empresários, ou seja, como divulgar sua marca ou seus produtos? a solução, segundo o autor deste livro, não está na escolha, na exclusão da mídia 'clássica' ou da mídia alternativa, mas na associação e na inclusão - mídia e mídia alternativa. Este livro destina-se ao profissional que busca uma visão mais ampla, que englobe todas as técnicas clássicas combinadas em um plano que apele simultaneamente para a mídia e a mídia alternativa. A partir das práticas existentes, o autor avalia cuidadosamente vantagens e desvantagens de cada ação de mídia, e apresenta as ferramentas para a elaboração de uma estratégia de mídia/mídia alternativa que possa ser praticada no contexto de um plano global de comunicação. FILME/VÍDEO • Título: Do que as mulheres gostam. • Ano: 2001. • Sinopse: A comédia conta a história do personagem Nick Marshall, interpretado pelo ator Mel Gibson, que é um executivo que passa a escutar os pensamentos na mente das mulheres após um acidente. Nick fica confuso, mas aos poucos percebe que pode tirar proveito disso, tanto na parte profissional quanto na pessoal. O longa tem uma mensagem muito interessante para passar sobre a necessidade de se colocar no lugar dos outros e tentar entender suas necessidades. No caso do personagem central, ele achava que entendia as mulheres, mas teve uma grande surpresa negativa. O filme foi lançado em 2001 e dirigido por Nancy Meyers. REFERÊNCIAS BATALHA de meios: Frontlight, Backlight, Outdoor ou Empena? Três Meios. 01 abr. 2019. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2021. CRESCITELLI, E.; SHIMP, T. A. Comunicação de Marketing: Integrando propaganda, promoção e outras formas de divulgação - Baseado na 8 ed. norte- americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. 9788522126231. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126231/. Acesso em: 16 set. 2021. DANTAS, E. B.; A Agência de Comunicação Publicitária como Empresa: O Lado Menos Charmoso da Publicidade e Propaganda. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788597001167. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597001167/. Acesso em: 12 set. 2021. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PNAD Contínua TIC 2019: internet chega a 82,7% dos domicílios do país. Rio de Janeiro: IBGE, 2021. 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Acesso em: 15 de set. de 2021.CONCLUSÃO GERAL Prezado(a) aluno(a), Neste material, apresentamos a você os principais conceitos sobre Promoção, Publicidade e Propaganda. Com base nas teorias abordadas, entendemos a trajetória da Publicidade tanto no mundo quanto especificamente no Brasil, bem como a importância de mapear os desejos e necessidades do cliente e do consumidor para alcançar resultados positivos. Aprofundamos também toda a estrutura necessária ao funcionamento ideal de uma agência, a importância de seguir com rigor e ética a legislação vigente, além da relevância de se conhecer as novas alternativas de mídia a partir das tecnologias contemporâneas. Também refletimos os conceitos e ferramentas referentes ao uso da criatividade, além da aplicação da teoria da Gestalt no que se refere à visão do consumidor acerca de um produto ou serviço. Conhecemos ainda os tipos de Mídia, como impressos, jornal e revista; outdoor e grandes formatos; rádio, televisão e cinema; internet e mídias alternativas. Desejamos que estes conhecimentos inspirem e apoiem a sua caminhada neste setor. Entender todas as possibilidades envolvidas na criação, manter a escuta aberta tanto para o seu cliente quanto para os profissionais envolvidos e ter atenção acerca das movimentações e expectativas do público-alvo são passos fundamentais para a criação de campanhas bem sucedidas que venham não apenas comunicar como somar à história da Publicidade. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!ao gosto do cliente”13. Esta reconfiguração das tecnologias criou um ambiente de comunicação mais flexível, onde os receptores não são mais passivos e submissos aos conteúdos emitidos pelas grandes mídias (THOMPSON, 2011). A revolução digital das últimas décadas mudou o uso da tecnologia em várias gerações, entretanto, apesar do crescente avanço entre os idosos no mundo digital, o público jovem ainda é o que tem maior domínio e habilidade com os smartphones e a internet, trazendo assim uma nova geração de produtores de conteúdo14, tais como blogueiros, youtubers e o professor conteudista. Seguindo a linha de pensamento de Toffler, a ascensão destes profissionais e, consequentemente, o crescimento de produções personalizadas, mudaram a forma pela qual consumimos produtos, informações e até mesmo aspectos da nossa ou de outras culturas. A desmassificação dos meios de comunicação de massa desmassifica igualmente as nossas mentes. Hoje, em vez de massas de pessoas recebendo todas as mensagens, grupos desmassificados menores 11 Redes Sociais Digitais em palavras são constituídas por integrantes com interesses em comum que formam uma comunidade com ligações e intenção de compartilhar conteúdo. Formando redes que, por acaso, se utilizam dos sites de Redes Sociais Digitais. Disponível em: https://pt.slideshare.net/data4info/redes-sociais-digitais-o-que-so-e-como-aproveitar 12 Marketing Viral é uma estratégia que visa atrair e surpreender o público ao ponto das próprias pessoas espalharem a mensagem adiante, criando um “buzz” sobre o assunto. O marketing viral é uma técnica com custos menores que as ações tradicionais, pois a mídia utilizada é o próprio público-alvo. Acesso em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-que-e-marketing-viral/ 13 Nota do autor deste trabalho 14 Desenvolve conteúdos informativos a serem publicados em sites, blogs, redes sociais, e-books, dentre outras plataformas. Pesquisa tendências para produção de conteúdos, redige releases e sugere pautas. Acesso em: https://www.catho.com.br/profissoes/produtor-de-conteudo/ recebem e enviam grandes quantidades de suas próprias imagens de uns para os outros (TOFFLER, 1980, p. 171). Nossas escolhas tornam-se mais individualizadas e seletivas. A publicidade, agora, mais do que persuadir, precisa encantar o seu público e entretê-lo, para que assim consiga a interação, a visibilidade e o engajamento que almeja alcançar. “Em relação ao boca a boca, podemos afirmar que o marketing viral é o seu correspondente no ciberespaço” (SILVA, 2008, p. 95). Porém, para que tal efeito seja atingido, a mensagem deve conter entretenimento, humor, agilidade (ser fácil de compartilhar), além de uma temática interessante, que motive o consumidor a propagar essa ideia entre seus contatos. O envolvimento, neste caso, torna-se essencial. Portanto, diante desta nova formação consumidor-produtor e do direcionamento da mensagem publicitária à segmentação de um público — com necessidades específicas, mas também amplo poder de escolha, sobretudo nas plataformas digitais, que conectam pessoas e empresas — a publicidade praticada nos tempos atuais vem se aliar cada vez mais ao entretenimento, para explorar emoções e capturar um público diversificado, já saturado dos velhos estímulos comerciais, a fim de fidelizá-lo. A nossa jornada, no intuito de investigar essa intrigante área da Comunicação, requer a compreensão de que, ao encantar o público, a publicidade abre espaço para que a mente humana teça novas referências de desejos, conquistas e ambições, aspectos diretamente ligados à evolução, sem os quais a vida em sociedade seria no mínimo diferente da que conhecemos. SAIBA MAIS A linguagem é uma ferramenta poderosa que permite que você se conecte com o público e estimule-os a agir. Para as campanhas de e-mail, a importância de usar as palavras “corretas” não pode ser exagerada. Qual palavra ou frase irá impactar com seus assinantes e despertar o interesse em abrir e-mails para visitar seu site ou fazer uma compra? Muitas palavras têm a capacidade de motivar. O truque é determinar quem trabalha para o seu negócio e sua situação particular. Uma palavra ou frase que funciona bem em uma campanha pode não ser a melhor opção para sua próxima campanha. Teste e erro, e, claro, testes A / B, podem ajudá-lo a diminuir as palavras que se conectam com seu público. Saiba mais em: http://www.2ideas.com.br/2017/09/22/as-30-palavras-magicas-que-voce-deve-usar- para-o-marketing/. Acesso em 18 de jul de 2021. Fonte: as 30 palavras mágicas que você deve usar para o Marketing. 2 IDEAS, 2017. Disponível em: http://www.2ideas.com.br/2017/09/22/as-30-palavras-magicas-que-voce-deve-usar-para-o-marketing/. Acesso em 18 de jul de 2021. #SAIBA MAIS# REFLITA “Os produtos são criados na fábrica. As marcas são criadas na mente.” designer Walter Landor. #REFLITA# 5 NOÇÕES DE PSICOLOGIA NA PUBLICIDADE A publicidade, inicialmente, tinha como propósito básico anunciar as características do produto em questão, e torná-lo conhecido entre os consumidores potenciais. Com o desenvolvimento industrial aconteceu uma mudança no comportamento da sociedade que gerou um consumo em massa. Esse consumismo determinou um generoso aumento na oferta de produtos similares, e a necessidade de cada fabricante tornar sua mercadoria mais atrativa, diante dos olhos do público consumidor. Nesse contexto, ecoa a voz da persuasão; e simultâneo ao período da Revolução Industrial, brilha a luz da Psicologia15, visando compreender o homem nessa nova realidade. Considerando que o objeto de estudo dessa ciência é o comportamento humano e seus processos mentais, sublinha-se aqui a convergência entre ambas. Para Forechi et al. (2018), quando a Psicologia desvenda esse espaço íntimo do indivíduo, a Publicidade se apropria, desejando inserir nele convenientemente, uma posição favorável sobre seu produto. Williams (2002) aborda em seu livro, “Os mundos mágicos do MAGO DA PUBLICIDADE”, a questão sobre a divisão do cérebro em dois hemisférios principais, o lado esquerdo, que é o lógico/racional, e o lado direito, que é o subjetivo/emocional. O autor ainda ressalta que: “A capacidade de ‘trocar’ de hemisférios (de convocar o hemisfério apropriado no momento apropriado) é a marca de uma pessoa equilibrada e bem ajustada.” (WILLIAMS, 2002, p. 22, grifo do autor). Forechi et al. (2018, p. 110, grifo do autor) ressaltam que, o “chamado ‘cérebro emocional’ leva apenas 1/5 do tempo para processar os mesmos estímulos sensoriais recebidos pelo ‘cérebro cognitivo racional’ “; o que significa que, geralmente, a emoção precede a lógica/racional, sobretudo nos casos de consumo, ainda que fique a impressão de que nossa escolha tenha sido determinada pelo lado racional/esquerdo; avaliado como ‘principal’, associado ao pensamento consciente, o racional tem menor velocidade e exige maior diligência para operar; e, considerado secundário, o hemisfério direito/intuitivo, opera em tempo integral, e se manifesta 15 Segundo a APA (American Psychological Association), a psicologia é responsável pelo estudo da mente e do comportamento humano, englobando todos os aspectos da experiência humana e de seus processos cognitivos. Disponível em: https://www.psicologoeterapia.com.br/clinica-de- psicologia/o-que-e-psicologia/ naquelas “atitudes que tomamos quando estamos ‘em modo automático’ ”. (FORECHI et al., 2018, p. 110, grifo do autor). É válido argumentar, com as próprias palavras das autoras do livro “Concepções teóricas na propaganda”, a causa do efeito desencadeado no indivíduo, quando esse se sente seduzido pelo desejo de possuir determinado objeto: A via secundária libera imediatamente serotonina e dopamina (neurotransmissores responsáveis por sentimentos como prazer e desejo). De repente, nos vemos naquelasituação em que paramos para avaliar se devemos ou não nos entregar a esse sentimento tão forte. Esse segundo sentimento, que nos fez parar e pensar, é o sinal de que a via principal foi acionada. (FORECHI et al., 2018, p. 111). Em geral, essas emoções acontecem inconscientemente no indivíduo, muito embora tenham sido elaboradas com esse propósito, por profissionais da área de propaganda. A estratégia utilizada para atingir o target demanda prudência e responsabilidade, pois torna-se indispensável que os sentimentos, a serem estimulados pelo anúncio, estejam intrinsecamente ligados ao produto/serviço. Forechi et al. (2018) citam alguns exemplos - as campanhas de pastas de dente que apostam em sentimentos negativos, como o constrangimento por causa do mau hálito, que é associado à necessidade do uso do produto oferecido no anúncio - campanha do Hospital do Câncer, que exige grande cuidado no uso das estratégias. REFLITA PISANDO EM OVOS “Muito cuidado com o sentimento que você pode gerar no seu público-alvo. Uma estratégia errada pode trazer consequências nada agradáveis ao seu cliente. Estude seu público e faça bom uso da ciência da psicologia.” (FORECHI et al., 2018, p. 112). #REFLITA# Como bem lembram Forechi et al. (2018), o legítimo objetivo de uma marca é conquistar e fidelizar seu cliente, em um relacionamento a longo prazo. Para atingir esse objetivo não basta conhecer suas necessidades, desejos, expectativas e hábitos, pois, ainda que sejam importantes, é determinante compreender todo processo que ocorre com o consumidor, de seu interesse inicial até a decisão de compra. E foi sob a condição de otimizar o processo de vendas de suas equipes que em 1898, Elmo Lewis criou o AIDA – atenção, interesse, desejo, ação. As autoras, Forechi et al. (2018), discorrem brevemente sobre os passos do processo AIDA: Atenção – primeira fase. Momento que se pretende atrair a atenção do consumidor para o produto. Nesta etapa, quanto maior a criatividade maior a oportunidade de chamar atenção, e sobrepor-se aos concorrentes. Interesse – segunda fase. A marca já foi notada, pretende-se agora despertar seu interesse. Neste passo, o consumidor busca conhecer melhor as características do produto/serviço. Desejo – terceira fase. Na maioria das vezes essa etapa leva mais tempo que as anteriores (atenção e interesse). Esse é o momento em que o consumidor faz um aprofundamento sobre o produto/serviço, na busca pela certeza de que serão atendidas suas necessidades e expectativas. Essa é a ocasião em que o profissional da propaganda precisará tocar corações, e suscitar um desejo irresistível de posse na alma do consumidor. Depoimentos, comentários de pessoas conhecidas e indicações, colaboram expressivamente, para o ganho de confiança no produto. Ação – quarta fase, a mais importante de todas. É neste momento, nesta etapa final, que a decisão é tomada, a compra concluída, e o acesso até o consumidor fica menor. Algum tempo depois, Elmo Lewis, o criador de AIDA, compreendendo a necessidade de fidelizar esse cliente, acrescentou mais uma fase ao processo, a satisfação. Satisfação – quinta fase. Uma empresa que queira garantir seu sucesso, não pode arriscar-se a ficar no aguardo de possíveis consumidores, através de vendas avulsas. Torna-se imprescindível que depois de atraído na primeira compra, esse cliente seja fidelizado. O trabalho de pós-venda tem papel importante no cumprimento dessa tarefa, e não deve ser desprezado. Sant’anna et al. (2016), visando demonstrar a influência da Psicologia na propaganda, apontam alguns conceitos de grande importância para a execução de uma campanha publicitária, e apresentam um fluxograma, desenvolvido pelos autores, a respeito do processo de decisão de compra: Atenção – Inibição – Interesse – Memória – Percepção – Identidade – Imagem – Imaginação – Emoção – Vontade ou ato voluntário – Conduta – Necessidades biológicas - Desejo – Associação de ideias – Motivação. Quadro 1 - Fluxograma do processo de decisão de aquisição Fonte: SANT’ANNA et al., 2016, p. 87. Forechi et al. (2018) acreditam que esse processo de compra fica sujeito a razões internas – desejo e necessidade – e que tais fatores precisam ser provocados no consumidor, pelo profissional da propaganda, de modo que o produto anunciado represente a solução para esses estímulos. Para os autores, “ ‘necessidade’ é tudo aquilo que o ser humano precisa para sobreviver e que ‘desejo’ é aquilo que não é essencial, mas que faz as pessoas felizes ao adquirirem ou experienciarem.” (FORECHI et al., 2018, p. 114, grifo do autor). Contudo, houve uma mudança no comportamento da sociedade, que se pode atribuir à evolução tecnológica, e muito daquilo que era considerado luxo, passou a ser avaliado como necessidade, a exemplo da energia elétrica, o saneamento básico, e o advento da internet. Sant’anna et al. (2016) mencionam três fatores que atuam como influenciadores na mente do consumidor: sugestão – imitação – empatia; e sobre cada elemento fazem um breve relato: Sugestão - opera no sentido emocional do cérebro. Trata-se de uma mensagem exterior recebida e acolhida sem um embasamento racional. Um indivíduo pode ser mais influenciável que outro, e essa mesma pessoa, dependendo a ocasião, pode estar mais vulnerável a sugestões do que em outros momentos. O testemunho de pessoas prestigiadas é combustível para alimentar esse motor; a sugestão é estimulada pela repetição de conceitos, pois aderem à mente como fato provável; pela persuasão, na firmeza de quem fala; pela atmosfera, o ambiente adequado que deve envolver o anúncio. Imitação – presença ativa da sugestão. Na grande maioria das vezes, nossos comportamentos e atitudes, são reflexos de outras pessoas, porque a tendência do ser humano é fazer o que os outros fazem. Os autores trazem exemplos tangíveis, para compreensão desse fator: moda, estilo de cabelos, músicas, gírias e sentimentos. A psicologia social explica que, o ato de imitar membros de um grupo, ocorre diante da necessidade de pertencer a uma coletividade, na qual o indivíduo sente estar fazendo parte de algo. Empatia – atua na conformidade emocional com outros. Refere-se à experiência de identificar-se com as outras pessoas, vivendo os mesmos sentimentos, ou experimentando mentalmente situações desejadas. O profissional da propaganda deve ignorar seus próprios anseios e pontos de vista, e mergulhar na compreensão do que seu público alvo pensa, aspira e espera, tendo-se em vista que é com esse público que ele precisa comunicar-se, de modo a convencê-lo. SAIBA MAIS Empatia e Simpatia: qual a diferença? Podemos entender a simpatia como um sentimento de afinidade com determinada pessoa, que leva o indivíduo a estabelecer uma harmonia no encontro com ela. Simpatizamos com amigos e com as pessoas com quem partilhamos afinidades, interesses e valores e nas quais reconhecemos alguma compatibilidade e complementaridade com o nosso funcionamento. Por seu lado, a empatia implica a capacidade de nos posicionarmos no lugar do outro para compreendermos a sua realidade interna, independentemente da pessoa em questão, de estarmos ou não de acordo com ela ou de simpatizarmos ou não com ela. A empatia genuína está ao serviço da comunhão emocional, da aceitação e do respeito pelo outro e pela sua realidade, o que implica uma atitude de não julgamento e de despojamento de preconceitos do próprio. Demonstrar simpatia por alguém, isto é, gentileza e amabilidade, sendo-se amistoso, agradável e educado, não implica necessariamente que também se seja empático. Muitas vezes, a simpatia pode até esconder uma empatia diminuta, nos casos em que a simpatia é utilizada para agradar e estimular no outro, sentimentos positivos em relação a nós, com o intuito de se obter algum tipo de aprovaçãoe valorização narcísica. Quando somos empáticos, posicionamo-nos no lugar do outro para nos sentirmos em sintonia com as suas emoções e acedermos à compreensão do seu funcionamento. Este movimento empático implica olhar o outro com isenção, isto é, um olhar despojado dos próprios valores e preconceitos, reconhecendo e aceitando que há diferentes maneiras de operar. (VALÉRIO, 2018). #SAIBA MAIS# CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando se fala em Publicidade e Propaganda, no Brasil é comum considerá- las sinônimo. Entretanto, cada uma tem sua definição e desempenha um papel específico, seja na divulgação de produtos ou na propagação de ideias e valores. Ambas empregam estratégias e táticas assertivas, para entregar a mensagem publicitária ao seu público-alvo, sendo a persuasão um ponto convergente. Verificou-se a forma como a Publicidade e a Propaganda estão inseridas no Mix de Marketing, compondo o elemento Promoção, buscando envolver e conquistar o consumidor. Para que o processo aconteça de maneira eficaz, o uso de linguagem própria, por meio de recursos linguísticos e recursos psicológicos, capazes de cativar audiências, vêm sendo aperfeiçoados ao longo do tempo, evoluindo no método e na criatividade, com um arsenal persuasivo. Desse modo, as sociedades vêm sendo transformadas, tanto no âmbito econômico como social. História é conhecimento, base fundamental para compreensão do passado, e do presente, seguindo rumo ao futuro. Prontos para avançar para a próxima etapa?! vamos aprimorar as habilidades. LIVRO • Título: Storytelling: Histórias que deixam marcas • Autor: Adilson Xavier. • Editora: Best Business. • Sinopse: O que a Apple, a Disney, a Coca-Cola, a Ford, as Havaianas e a Nike têm em comum? Há uma série de fatores que tornam essas poderosas e bilionárias marcas as líderes de mercado que são. No entanto, ser excelentes contadoras de histórias é a semelhança fundamental que as une como marcas influentes a nível global, e é desse assunto que Storytelling – Histórias que deixam marcas trata. Em seu novo livro, Adilson Xavier examina com riqueza de detalhes e exemplos a capacidade que essas e outras empresas têm de mexer com a percepção de consumidores mundo afora através de histórias detalhadamente construídas. O storytelling é uma estratégia que engloba todo o plano de comunicação de uma marca. E, para comunicar com legítima eficácia, absorver o leque de conhecimentos da "tecnarte" de se contar histórias torna-se indispensável. FILME/VÍDEO • Título: As Mil Palavras • Ano: 9 de março de 2012 (Canadá). • Sinopse: A comédia conta a história do executivo Jack McCall, interpretado pelo ator Eddie Murphy, que sempre consegue os melhores negócios por meio de sua oratória. Porém, um feitiço faz com que o personagem tenha que economizar as palavras para sobreviver. A cada palavra, uma folha de sua árvore cai. Na milésima folha, Jack iria morrer. Esse filme mostra como um profissional precisa usar a sua criatividade para conseguir novas maneiras de atingir as pessoas. A obra foi lançada em 2012, dirigida por Brian Robbins, e, além de Eddie Murphy, tem em seu elenco as atrizes Kerry Washington, Allison Janneu e os atores Clark Duke, Cliff Curtis e Alain Chabat. REFERÊNCIAS ABAP - Associação Brasileira de Agências de Publicidade. O impacto da publicidade na economia do Brasil. s.d. Disponível em: http://www.abapnacional.com.br/pdfs/Impacto_da_Publicidade_na_Economia_do_Br asil.pdf. Acesso em: 12 jul. 2021. BRAGA BEZERRA, B.; COVALESKI, R. Estratégias de Comunicação na Cultura Digital: publicidade e entretenimento aliados. Revista GEMInIS, v. 4, n. 2, p. 120- 133, 15 dez. 2013. ANAUT, Norberto. Breve História de la Publicidade. Buenos Aires: Editora Claridade,1990. CANHINGUIQUINE, J. Linguagem publicitária: um estudo sobre figuras de retórica nos anúncios de marcas latinas. Dissertação (Mestrado em Estudos Lusófonos) - Universidade da Beira Interior. Covilhã - Portugal, p. 74. 2018. CADENA, Nelson Varón. Brasil - 100 Anos de Propaganda. São Paulo: Edições Referência, 2001. CASTRO, João Pinto e. Comunicação de Marketing. 2. ed. Lisboa: Edições Sílabo, 2007. COSTA, M. I. L.; MENDES, M. L. G; A Publicidade como ferramenta de consumo: uma reflexão sobre a produção de necessidades. BOCC – Biblioteca On-Line de Ciências da Comunicação, 2012. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa- mendes-a-publicidade-como-ferramenta-de-consumo.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021. FORECHI, M.; SANTOS, K. N.; CONSTANTE, F. L. P. Concepções teóricas na propaganda. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595027350. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595027350/. Acesso em: 22 Jun. 2021. JONES, Jones Philip. A Publicidade na Construção de Grandes Marcas. São Paulo: Nobel, 2005. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, P. Administração de Marketing. Tradução: Bazán Tecnologia e Linguística. São Paulo: Prentice Hall, 2000. LAS CASAS, A. L., Marketing - Conceitos, Exercícios, Casos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. MARANHO, Gicelma. A Publicidade e o Consumo. Orientador: Fábio Viana Ribeiro. 2007. 24 f. Programa de Desenvolvimento Educacional – Área de História, Fundação Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2007. 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SAMPAIO, R. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. São Paulo: Campus, 1999. SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 2003. SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso / Rafael Sampaio. 4. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 303 p. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: Teoria, Técnica e Prática. São Paulo: Pioneira, 1990. SANT’ANNA, A.; JUNIOR, I.R.; GARCIA, L.F.D. Propaganda: Teoria, técnica e prática. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. 9788522123964. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522123964/. Acesso em: 19 Jun. 2021. SILVA, Nelito Falcão. Marketing viral: quando os internautas são a melhor propaganda. 2008. 171 f. Dissertação (Mestrado em Teorias e Tecnologias da Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008. TOFFLER, Alvin. A Terceira Onda. Rio de Janeiro: Record, 1980. THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. 12.ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2011. VALÉRIO, J. S. Empatia e Simpatia: qual a diferença? PSICOLOGIA.PT – Publicações em Língua Portuguesa - ISSN 1646-6977 – Brasil , 04 fev. 2018. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/ver_carreira.php?empatia-e- simpatia-qual-a-diferenca&id=359. Acesso em: 07 jul. 2021 WHITE, Roderick. Marcas e Publicidade. In: JONES, J. P. (org.); Tradução: Elizabeth Chammas. A publicidadena construção de grandes marcas. São Paulo: Nobel, 2004, p. 77– 93. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/955-4.pdf https://www.psicologia.pt/artigos/ver_carreira.php?empatia-e-simpatia-qual-a-diferenca&id=359 https://www.psicologia.pt/artigos/ver_carreira.php?empatia-e-simpatia-qual-a-diferenca&id=359 WILLIAMS, R. H. Os mundos mágicos do MAGO DA PUBLICIDADE. Tradução: Bazán Tecnologia e Linguística, Luciana Teixeira Gomes. São Paulo: Editora Futura, 2002. ANEXO I GLOSSÁRIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL “Mais que uma reunião dos principais termos, expressões e siglas da propaganda, este glossário permitirá que o leitor faça uma revisão dos conceitos apresentados no livro e descubra detalhes que serão muito importantes em seu trabalho na propaganda, seja como anunciante ou produtora, fornecedor ou veículo.” (SAMPAIO, 2013, p. 235). A ABA: Associação Brasileira de Anunciantes; entidade que congrega as principais empresas anunciantes do país. ABAP: Associação Brasileira de Agências de Propaganda; entidade que congrega as principais agências do país. ABEP: Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa; entidade que congrega as principais empresas e institutos de pesquisa do país. ABERT: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão; entidade que congrega as principais emissoras de rádio e televisão do país. ABP: Associação Brasileira de Propaganda; entidade, com sede no Rio de Janeiro, que reúne empresas e profissionais da área de propaganda e é a mais antiga das associações brasileiras na área publicitária. ABTA: Associação Brasileira de Televisão por Assinatura; entidade que congrega as operadoras, distribuidoras, programadoras e produtoras desse meio. ADEQUAÇÃO: Em mídia, o grau quantitativo e qualitativo de pertinência de um meio, veículo ou mesmo horário/posição a um determinado target ou objetivo publicitário. É um dos principais critérios de seleção de mídia. AD HOC: Trabalho feito sob encomenda, especialmente para um cliente e para resolver um problema específico. Termo geralmente utilizado na área de pesquisa. ADVERTISING: Propaganda comercial, em inglês. AGÊNCIA: 1. Empresa dedicada à arte e técnica da propaganda. 2. Empresa especializada em agenciar modelos e intérpretes. ALL-TYPE: Anúncio de jornal ou revista, outdoor ou qualquer outro tipo de material impresso apenas com frases escritas, sem nenhum tipo de ilustração. AMPRO: Associação de Marketing Promocional; entidade que congrega profissionais e empresas (agências, clientes e fornecedores) das áreas promocionais e correlatas. ANATEC: Associação Nacional de Editores e Revistas Técnicas; entidade que congrega as empresas editoras deste gênero de publicação. ANER: Associação Brasileira de Editores de Revistas; entidade que congrega as principais editoras de revistas do país. ANIMATIC: Esboço de um comercial de televisão ou cinema, feito com ilustrações e movimentos básicos, de forma a explicar melhor como será o resultado após sua efetiva produção. Geralmente empregado em pesquisa, para fazer pré-teste de comerciais. (Veja Pré-teste.) ANJ: Associação Nacional de Jornais; entidade que congrega os principais jornais do país. ANUNCIANTE: Veja Cliente. ANÚNCIO: Peça publicitária em revista ou jornal. Também utilizado como sinônimo de qualquer peça de propaganda. ANÚNCIO COOPERADO: Anúncio feito por mais de uma empresa, em conjunto, com os custos divididos entre elas. O exemplo mais comum está nos anúncios de lojas de varejo que destacam as marcas de determinados fabricantes. APP: Associação dos Profissionais de Propaganda; entidade sediada em São Paulo que reúne empresas profissionais da área de propaganda. APRO: Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais; entidade que congrega as produtoras de comerciais. APPROACH: Abordagem, em inglês. Termo utilizado para definir a linha de comunicação adotada ou o gancho criativo da peça de propaganda. APROSOM: Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários; entidade que congrega as produtoras de som. ARTE 1: Qualquer imagem utilizada para compor uma peça publicitária. 2. Montagem final de uma peça gráfica feita em computador. ARTE-FINAL: Imagem em sua forma definitiva, seja ela composta por desenhos, símbolos, letras ou fotografias. ATENDIMENTO 1: Área da agência (do veículo, produtora ou fornecedor) que atende aos clientes da empresa. 2. Profissional que cumpre a tarefa de atendimento. 3. Ato de atender a um cliente, ou seja, trabalhar de forma permanente e regular para ele. ATINGIMENTO: Neologismo criado pelos profissionais de marketing e comunicação. 1. Ato de atingir um consumidor através de mensagem publicitária. 2. Região geográfica ou segmento de consumidores cobertos por um meio ou veículo de comunicação. (Veja Cobertura, Impacto, Meio e Veículo.) AUDIÊNCIA: Pessoas atingidas pelos veículos de comunicação. Termo aplicado tanto para definir as pessoas que ouvem determinada emissora de rádio como as que assistem a determinado canal de televisão ou lêem determinado título de jornal ou revista, ou, ainda, navegam por um site na internet. AUDIÊNCIA ACUMULADA: Soma das audiências obtidas pelo emprego de diversos meios e veículos de comunicação, com o uso de vários programas, diversas mensagens e/ou a repetição delas. Pode ser bruta ou líquida. (Veja GRP e outras definições de Audiência.) AUDIÊNCIA BRUTA: Somatório de todas as audiências obtidas, sem descontar as duplicações. AUDIÊNCIA LÍQUIDA: Volume total de audiência obtida, descontadas as duplicações. Soma dos que viram, ouviram ou leram a mensagem no mínimo uma vez, contando apenas uma vez cada pessoa. AUDIÊNCIA MÉDIA 1: Volume habitual de audiência de um veículo. 2. Média das audiências obtidas com o emprego de diversos veículos de comunicação ou programas. AUDIÊNCIA PRIMÁRIA: Audiência obtida prioritariamente por um veículo de comunicação (ou programa), como, por exemplo, as crianças em um programa infantil, os assinantes de uma revista, os compradores de um jornal etc. AUDIÊNCIA SECUNDÁRIA: Audiência obtida entre pessoas às quais o veículo (ou programa) não é destinado, como, por exemplo, os adultos em um programa infantil e as pessoas que pedem emprestado uma revista ou jornal. AUTORIZAÇÃO: Documento entregue pela agência ou anunciante autorizando a veiculação de mensagem publicitária em um veículo de comunicação. (Veja P.I.) AVALIAÇÃO: Na área de mídia, tanto pode ser o trabalho inicial de análise do que as marcas concorrentes estão fazendo em termos de propaganda como o estudo da melhor alternativa (plano) de mídia a ser empregada ou a comparação entre os objetivos definidos e os resultados efetivamente alcançados. (Veja Mídia, Módulo, Otimização e Simulação.). B B2B – BUSINESS - TO-BUSINESS - Negócios (produtos e serviços) feitos de uma empresa para consumo/uso de outras empresas ou instituições. BUSINESS - TO - CONSUMER - Negócios (produtos e serviços) feitos de uma empresa para consumo/uso de pessoas físicas. BACK PROJECTION - Técnica de cinema que consiste em projetar por trás de uma cena outra imagem já existente. O exemplo mais comum é colocar uma pessoa falando em um estúdio com imagens de uma paisagem correndo por trás. BANNER - Bandeira, em inglês. 1. No campo da internet, é a imagem digital nas páginas de um website contendo mensagem, marca ou logotipo de uma empresa, produto ou serviço – para promovê-los, estabelecendo ou não um link com um website ou hot site. É a unidade publicitária básica da internet. (Veja Internet, Link, Website e HotSite.) 2. No campo da promoção e do merchandising, é um cartaz (impresso digitalmente ou por serigrafia) para passar mensagens dentro de ambientes internos. BG -1. Música que fica ao fundo de uma locução falada em um comercial de rádio. 2. Locução feita por baixo da cena que se vê no comercial, ou seja, sem que a imagem da pessoa que fala apareça. BLOW UP - Técnica fotográfica que consiste em ampliar o detalhe de uma fotografia, destacando-o. BOLD - Grosso ou espesso, em inglês. Termo utilizado para definir uma letra mais grossa que o normal. (Veja Negrito.) BONIFICAÇÃO - Veja BV. BRAINSTORMING - Tempestade cerebral, em inglês. Técnica utilizada para gerar ideias publicitárias. Consiste em propor e relacionar todo tipo de associações que vierem à cabeça, sem nenhuma análise sobre sua pertinência, para avaliação posterior. Geralmente é feita por duas ou mais pessoas, em conjunto. BRAND - Marca, em inglês. BRANDING - Branding designa o conjunto de atividades de investigação, estratégia, criação, design e gestão de marca para coordenar suas expressões, otimizar suas relações com as partes interessadas (stakeholders), visando aumentar sua eficácia e seus valores econômico e simbólico. O branding inclui as seguintes atividades: a) estratégia de marcas; b) pesquisas e auditorias de marcas; c) identidade verbal ou naming (criação e definição de nomes e sistemas de nomenclatura); d) design da identidade visual e ambiental; e) comunicação da marca; f) gestão da marca; g) valorização da marca. (Veja Franquia de Marca e Stakeholders). BREAK - Intervalo comercial, no rádio e na televisão. BRIEFING - Resumo, em inglês. Documento contendo a descrição da situação da marca ou empresa, seus problemas, oportunidades, objetivos e recursos para atingi- los. Base do processo de planejamento. "BRIFAR" - Ato de passar o briefing para outra parte envolvida. BROADSIDE - Folheto especialmente dirigido aos públicos internos (vendedores, funcionários) e intermediários (distribuidores, varejistas) de uma empresa, geralmente explicando como será uma campanha de propaganda e/ou promoção. BUDGET - Orçamento, em inglês. Geralmente utilizado para definir a verba disponível para uma determinada campanha ou período de tempo, incluindo produção e mídia. BV - Sigla de Bonificação de Volume, uma remuneração extra dada pelos veículos às agências que conseguem encaminhar a eles elevados volumes de mídia de diversos de seus clientes. CACHÊ - Em produção, valor pago a um artista ou técnico por seu trabalho na realização de uma peça publicitária. CACHE - No campo da internet, é um arquivo oculto onde ficam os muitos elementos de uma página típica da web que, na verdade, é uma colcha de retalhos formada por vários elementos (textos, imagens, sons), que são trazidos um a um via rede e “costurados” na hora pelo browser. Como tempo é dinheiro, os browsers costumam ser precavidos e esses elementos todos ficam guardados nesse arquivo denominado cache. Assim, quando o usuário entrar nessa página novamente, esses elementos todos já estarão ali, no cache, evitando que tenham de ser buscados de novo, um a um. A página é carregada, então, mais rapidamente. CAIXA ALTA (CA) - Letra maiúscula ou texto escrito todo em letras maiúsculas. CAIXA ALTA E BAIXA (CAb) - Texto escrito em letras maiúsculas e minúsculas. CAIXA BAIXA (cb) - Letra minúscula ou texto escrito todo em letras minúsculas. CADERNO - 1. - Cada uma das partes de uma revista ou jornal. 2. Suplemento publicitário (com ou sem adição de material editorial) das revistas e jornais nacionais veiculados em regiões específicas. 3. Em pesquisa, um questionário regular que é preenchido pelo entrevistado, e, depois, coletado e processado pelo instituto de pesquisa. CALENDÁRIO PROMOCIONAL - Plano atual de promoções e eventos promocionais de uma marca ou empresa. CALHAU - Anúncio ou comercial colocado no lugar de um espaço não comercializado, que iria ficar em branco. Geralmente, os veículos colocam suas próprias mensagens, peças comunitárias ou de utilidade pública. CAMPANHA - Conjunto integrado de peças e esforços publicitários, promocionais ou de outras ferramentas de comunicação. CANCELAMENTO - Contraordem da autorização dada a um veículo para veicular um anúncio ou comercial. CARTAZ - 1. Qualquer mensagem publicitária gráfica impressa em papel ou pintada diretamente sobre madeira, metal ou outro material. 2. Unidade padrão do meio outdoor. (Veja Outdoor). CARTAZETE - Tipo de cartaz, de pequenas dimensões, geralmente utilizado no ponto de venda (supermercados, bares, lojas etc). CASE HISTORY - História de um caso, em inglês. Termo utilizado para definir uma história, geralmente de sucesso, vivida por uma empresa ou marca. CASE - Abreviação de case history e termo usado mais frequentemente. CENTIMETRAGEM - Tamanho de um anúncio de jornal, definindo quantos centímetros/coluna ele ocupa. CENTÍMETRO/ - Espaço-padrão de um jornal, ou seja, centímetro de comprimento por uma coluna de largura. COLUNA - CENP Conselho Executivo das Normas-Padrão; entidade responsável pela gestão das Normas-Padrão da Atividade Publicitária. CENP - Conselho Executivo das Normas-Padrão; entidade responsável pela gestão das Normas-Padrão da Atividade Publicitária. CENTRAL DE MÍDIA - Unidade localizada no anunciante ou na agência, que coordena as operações de planejamento, negociação, compra e execução de mídia de um determinado cliente. CENTRAL DE OUTDOOR - Entidade que congrega as principais exibidoras de outdoor. CHAMADA - Comercial de rádio ou televisão promovendo sua própria programação. CHAPA - Lâmina de metal que serve como matriz para impressão. CHAPADO - Trabalho gráfico com fundo uniforme de uma única cor. CHAT - Forma de comunicação, em tempo real, de um grupo de usuários através da internet. Pode ser usado de maneira descompromissada, para diversão, ou como ferramenta de trabalho, permitindo reuniões virtuais. (Veja Internet). CHECKING - Checagem, em inglês. Trabalho de conferência da atividade da veiculação das mensagens autorizadas, incluindo a qualidade de impressão ou transmissão e a precisão de horário ou posição. CICLO DE VIDA - Termo utilizado para definir os períodos da vida de um produto, que começa com seu lançamento, passa pelo seu crescimento, sustentação, declínio e, muitas vezes, reciclagem. CIM - Sigla de Comunicação Integrada de Marketing; método estruturado de fazer comunicação em vários meios e veículos, com diversas ferramentas de comunicação, de forma coordenada e integrada. CIRCUITO ABERTO - Em rádio ou televisão, serve para definir as emissões de caráter aberto, que qualquer aparelho sintonizador pode detectar. CIRCUITO FECHADO - 1. Em rádio ou televisão, serve para definir as emissões de caráter fechado destinadas apenas aos aparelhos que tenham o decodificador da transmissão ou estejam direta e fisicamente ligadas à fonte emissora. 2. Também usado para definir esforço publicitário ou promocional dirigido a pequenos segmentos de públicos. CIRCULAÇÃO - Total dos exemplares de um jornal ou revista efetivamente distribuídos ou comprados pelos leitores. (Veja Encalhe e Tiragem). CIRCULAÇÃO CONTROLADA - Total da circulação gratuita dirigida a determinados segmentos da população ou grupos profissionais. CIRCULAÇÃO DIRIGIDA - O mesmo que circulação controlada. CIRCULAÇÃO PAGA - Total da circulação efetivamente paga pelos leitores, através de assinaturas ou compra em bancas. CIRCULAÇÃO PROMOCIONAL - Total da circulação gratuita dirigida aos anunciantes, agências e segmentos de formadores de opinião. CLAIM - Afirmação, alegação, declaração, em inglês. É o resumo do benefício e/ou valor de um produto, serviço ou marca que é repetido inúmeras vezes para ser “gravado” no público objetivado, tornando-se o indutor do top-of-mind. (Veja Top-of- Mind). CLAQUETE - Tela de identificaçãode um comercial (com título, duração, nome do anunciante, agência, produtora etc) colocada antes de seu começo e que jamais é exibida ao público. CLASSE SOCIOECONÔMICA - Parcela da população agrupada por suas características de renda, conforme critérios adotados pelas entidades de pesquisa e representativas dos seus usuários. (Veja Critério Brasil). CLASSIFICADOS - Tipo de anúncio, geralmente de pequenas dimensões, publicados pelos jornais (e algumas revistas) agrupados por área de interesse (aluguel e venda de imóveis, empregos, venda de automóveis etc). CLIENTE - 1. Empresa anunciante que é uma usuária habitual da propaganda e do mercado publicitário. 2. Profissional que trabalha no anunciante e é responsável pela propaganda. CLIPPING - Coleção de material impresso, de rádio ou televisão com notícias sobre determinado assunto, empresa, pessoa ou marca. CLOSE - Abreviação usual de close up. Fotografia ou tomada videocinematográfica que mostra de modo mais detalhado um objeto, situação ou pessoa. CLUBE DE CRIAÇÃO - Entidade que reúne profissionais de criação. O principal deles é o de São Paulo (CCSP), que edita um anuário com o melhor da criação publicitária de cada ano, sendo seguido em importância pelo Clube de Criação do Rio de Janeiro. COBERTURA - Espectro geográfico ou de segmento da população coberto por um veículo. CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA - Conjunto de normas autodefinidas pelo mercado publicitário para garantir a honestidade da propaganda e a concorrência ética entre as empresas. COMERCIAL - Peça publicitária para rádio, cinema ou televisão. COMISSÃO - Remuneração paga pelos veículos às agências de propaganda pela propaganda a eles encaminhada. COMPENSAÇÃO - Veiculação adicional de comercial ou anúncio para compensar peça que não tenha sido veiculada ou que tenha sido exibida ou publicada em más condições técnicas ou em desacordo com a autorização do cliente/ agência. (Veja Autorização). COMPOSITOR - Profissional especializado na criação do som publicitário (spot, jingle e trilha), que geralmente trabalha como freelancer ou ligado a uma produtora. (Veja Criação, Freelancer, Jingle, Produtora, Spot e Trilha sonora.) COMPROVANTE - Documento emitido pelas emissoras de rádio e televisão assegurando que o comercial foi veiculado conforme a autorização. (Veja Autorização). CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária; entidade formada por anunciantes, veículos, agências que administra o cumprimento do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. (Veja Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária). CONTA - Termo utilizado para designar o atendimento publicitário permanente da agência a determinado produto, serviço, marca ou empresa. (Veja Atendimento). CONTATO - Outra denominação do profissional de atendimento, seja de agência, veículo, produtora ou fornecedor. (Veja Atendimento). COPY - Texto, em inglês. Termo utilizado para definir o texto de uma peça publicitária. COPYRIGHT - Direito legal de propriedade de um texto, frase, livro, obra de arte, música ou qualquer outra forma de expressão. CORPO - Em termos gráficos, o tamanho da letra que é utilizada na composição dos textos. (Veja Composição). COTA - Em mídia, divisão do valor de patrocínio de um programa (edição ou projeto especial) entre mais de um anunciante. COUCHÉ - Tipo de papel, coberto por uma fina camada de gesso, indicado para impressos de boa qualidade. CPM - Veja Custo por Mil. CRIAÇÃO - 1. Tarefa de idealizar as peças publicitárias. 2. Departamento encarregado do trabalho criativo dentro da agência. 3. Profissionais especializados na criação de peças publicitárias. CRITÉRIO BRASIL - Critério comum adotado no Brasil para a classificação das pessoas segundo seu poder de compra, considerando sua posse de itens de consumo e grau de escolaridade. Divide a população urbana brasileira em sete classes socioeconômicas: A1, A2, B1, B2, C, D e E. Foi proposto pela ANEP e ABA, em 1997, e aceito pelas demais entidades de pesquisa e de seus usuários para substituir os antigos critérios ABA-Abipeme e ABA-Anep. (Veja Classe socioeconômica). CROSS CONTENT - Conteúdo cruzado, em inglês. É a distribuição de um conteúdo relacionado em partes complementares nos diversos meios e veículos, adotando a linguagem, estética, formatos e ritmo de cada um deles. (Veja Cross media, Mídia mix e Multimídia.) CUSTO - 1. Valor de qualquer espaço, trabalho de produção, material e projeto publicitário. 2. Valor em dinheiro da unidade de espaço (página, centímetro/coluna, cartaz, segundos etc.) comercializada pelo veículo. (Veja Custo por GRP e Custo por mil). CUSTO BRUTO - Custo total de um veículo, espaço ou programação de mídia a ser pago pelo anunciante. (Veja Audiência, Espaço e Programação). CUSTO LÍQUIDO - Custo de um veículo, espaço ou programação de mídia menos a comissão de agência. (Veja Audiência, Espaço e Programação). CUSTO POR GRP - Custo para atingir 1% da audiência de um veículo, espaço ou programação de mídia. (Veja Audiência, Espaço, Programação e GRP). CUSTO POR MIL (CPM) - Custo para atingir mil consumidores através de um veículo, espaço ou programação de mídia. (Veja Audiência, Espaço e Programação). CUSTO DO TARGET - Custo (bruto, líquido, por GRP ou por mil) para atingir o target ou público-alvo de uma campanha (Veja Custo, Público-alvo e Target). DAY-AFTER RECALL - Tipo de pesquisa realizada no dia seguinte à veiculação de um comercial de televisão para avançar o nível de recall obtido junto ao target. (Veja Recall e Target). DEADLINE - Prazo limite ou final, em inglês. Utilizado para definir o prazo máximo para a realização de qualquer tarefa publicitária. DECUPAGEM - Na produção de um comercial, a descrição pormenorizada de cada uma de suas cenas, com diálogos, cenografia, presença de intérpretes e figurantes, figurino, efeitos especiais etc. DESCONTO DE FREQUÊNCIA - Desconto concedido pelos veículos aos anunciantes em função do nível de frequência de suas veiculações. DESCONTO DE VOLUME - Desconto concedido pelos veículos aos anunciantes em função do volume total de suas veiculações. DESIGN - Ferramenta de comunicação de marketing que trabalha com formas, traços e cores (Veja Apêndice A). DETERMINADO - Espaço publicitário determinado (o veículo deve publicar o anúncio ou veicular o comercial exatamente no espaço definido pelo anunciante). (Veja Indeterminado). DIAGRAMAÇÃO - 1. Divisão e ordenação do espaço de uma página, cartaz ou outra peça gráfica entre imagens e textos. 2. Distribuição gráfica da publicação de matérias e anúncios em uma revista ou jornal. DIAGRAMADOR - Profissional que faz a diagramação. (Veja Diagramação). DIÁRIO - 1. Jornal que circula diariamente. 2. Em pesquisa, caderno em que a pessoa pesquisada de forma contínua faz as anotações a respeito do que está sendo pedido (como hábito de consumo de mídia, de produtos etc). DIFERENCIAL - Neologismo criado para caracterizar a diferença competitiva de um produto, serviço ou empresa em relação ao mercado em que atua. DIGITAL - 1. Informação ou comunicação cibernética, organizada em bytes ou pixels. 2. Comunicação que é feita por computadores e distribuída virtualmente pela www. 3. Setor da publicidade que trabalha na criação, produção ou distribuição de comunicação digital. DIRETOR - Em produção, denominação do profissional encarregado da direção-geral de um comercial, geralmente freelancer ou ligado a uma produtora. (Veja Freelancer e Produtora). DIRETOR DE ARTE - 1. Profissional de criação especializado em desenvolver a parte visual e gráfica das peças publicitárias. 2. Em produção, profissional responsável pelo projeto e execução