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IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
ESPIRITUALIDADE E SAÚDE 
 ► A espiritualidade tem impacto em termos de saúde biológica, emocional e social. Há associação 
entre crenças religiosas com proteção da saúde mental, qualidade de vida e controle de sintomas, 
além de redução da mortalidade global e cardiovascular. 
 
► As pessoas desejam, em frequências diferentes, conforme o contexto e a gravidade de seu 
estado, que os profissionais de saúde abram espaço para serem conhecidas também em sua 
dimensão espiritual e/ou religiosa. 
 
► A abordagem da espiritualidade na prática clínica de médicos de família e comunidade ainda é 
um desafio. A literatura enumera várias barreiras para a abordagem da espiritualidade do paciente, 
tais como a falta de treinamento, o tempo ou conhecimento sobre o assunto ou, ainda, seus próprios 
valores pessoais, medo de conflitar com os da pessoa e/ou família ou considerar que abordar a 
espiritualidade não é papel do profissional de saúde. 
 
► O conhecimento das habilidades de comunicação, aliado à prática clínica centrada na pessoa 
podem ser ferramentas potentes para auxiliar o médico de família e comunidade no exercício da 
abordagem clínica da dimensão religiosa-espiritual da pessoa. 
 
► O médico de família e comunidade pode contribuir para a construção de resiliência de pessoas, 
de famílias e de comunidades, à medida que aborde o processo de saúde-adoecimento de modo 
integral, auxiliando na valorização de estratégias de superação ou na ressignificação de agentes 
estressores que produzam sofrimento ou desequilíbrio. 
 
Conceitos gerais 
Religião: Sistema organizado de crenças, práticas e simbolismos que catalisam a aproximação da 
pessoa com o sagrado. 
 
Religiosidade: o modo como um indivíduo acredita, segue e pratica uma religião,2 perfazendo o 
aspecto da vivência pessoal. Pode ser: 
►Organizacional ou extrínseca: participação na igreja, templo religioso ou grupos 
►Não organizacional ou intrínseca: prece ou oração, leituras, meditação, ouvir músicas ou ver 
programas de televisão 
 
Espiritualidade: dimensão que aborda o aspecto existencial, destacando-se as definições: 
►Busca pessoal para entender questões relacionadas ao fim da vida, ao seu sentido, as relações 
com o sagrado ou transcendente, que pode, ou não, levar ao desenvolvimento de práticas religiosas 
ou formação de comunidades religiosas.2 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
►Aspecto dinâmico e intrínseco da humanidade, por meio do qual se busca e expressa o 
significado, o propósito e a transcendência. Também é o modo da pessoa expressar a conexão 
com o momento, com si próprio, com os outros, com a natureza e com o que é significativo ou 
sagrado. 
►Dimensão em que obtemos significado, conexão, conforto e paz para as nossas vidas. Esse 
significado pode ser buscado não apenas na religião, como se pensa mais comumente, mas 
também na música, na arte, na natureza ou mesmo em valores e princípios pessoais ou científicos.4 
 
Enfrentamento ou coping religioso-espiritual: Coping é o modo como a pessoa lida com o 
estresse, ou seja, são as estratégias cognitivo-comportamentais utilizadas pela pessoa para 
manejar situações estressantes. Quando essa estratégia enfoca a religiosidade ou a 
espiritualidade, recebe o nome de coping religioso-espiritual (CRE). Pode ser: 
 
►Positivo: Quando a estratégia traz benefício à saúde e ao bem-estar da pessoa, devendo ser 
encorajado pelo profissional. Por exemplo: estímulo da fé, preces, perdão, contemplação, 
meditação e leitura de materiais espirituais. 
►Negativo: Quando a estratégia traz sofrimento ou “dor espiritual”, o profissional tem o papel de 
dar suporte para a ressignificação ou o reenquadramento dos conflitos que levam a pessoa a adotar 
essa perspectiva. Por exemplo: sentimento de ser abandonado por Deus por não se curar; 
relacionar o adoecimento ao sentimento de punição divina (como um câncer) ou manter-se em uma 
relação promotora de sofrimento devido a valores religiosos (como ao sofrer violência doméstica). 
 
 
Modelos de abordagem da espiritualidade na prática clínica 
- Para facilitar a abordagem da espiritualidade na prática clínica, muitos autores têm desenvolvido 
instrumentos para obtenção da história ou anamnese espiritual. 
- A proposta da história espiritual é aprender sobre como os pacientes lidam com suas doenças, os 
tipos de sistemas de suporte disponíveis para eles na comunidade e quaisquer crenças fortes que 
possam influenciar os cuidados médicos. 
- A anamnese espiritual como parte do cuidado em saúde, tendo como objetivos compartilhar e 
aprender sobre as crenças espirituais e religiosas; avaliar a angústia ou força espiritual; fornecer 
cuidados compassivos; ajudar o paciente a encontrar recursos internos de cura e aceitação; 
identificar as crenças espirituais/religiosas que afetam o tratamento do paciente e identificar 
aqueles que precisam de encaminhamento para um capelão ou provedor de cuidados espirituais 
especializados. 
- A importância da anamnese auxiliar na descoberta de barreiras ao uso de recursos espirituais e 
incentivo de práticas espirituais saudáveis. 
 
- A literatura descreve vários questionários que exemplificam questões para a realização da 
anamnese espiritual. Entre as cinco ferramentas com melhor pontuação, três foram desenvolvidas 
para utilização no âmbito da APS: FICA,32 HOPE33 e SPIRITual History 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
- O FICA se destaca por ser o único validado entre os três, em língua inglesa. 
 
 
- É preciso ter em mente, de modo geral, que um instrumento de avaliação espiritual deve ser fácil 
de aplicar, flexível, adaptável, não demorado e ser aplicado de modo dialogado com a pessoa, sem 
produzir uma abordagem focal, tipo check list. 
- O formato estruturado proposto para a anamnese espiritual deve ser visto como um guia dos 
tópicos importantes a serem pesquisados, uma vez que esse tema deve sempre ser abordado de 
forma leve e fluida, respeitando as crenças e o tempo de cada pessoa. 
 
- Para a aplicação prática dos questionários, é preciso observar a reação da pessoa e a resposta 
dada, reajustando o formato da próxima questão de acordo com o tom ditado pela própria pessoa. 
- É preciso identificar a linguagem utilizada e como a pessoa a relaciona com sua fé/crença (p. ex., 
Deus, família, natureza), seguindo, assim, o mesmo enfoque nos demais itens da anamnese. 
 
 
Conduta proposta 
- Uma proposta de aplicação clínica dessa visão pode ser exemplificada pelo método 3H, que 
compreende a vivência espiritual do ser humano como dividida em aspectos cognitivos (head), 
emotivo-experienciais (heart) e comportamentais (hands). 
- Esse modelo é particularmente interessante por ajudar o profissional de saúde a avaliar as 
estratégias de coping positivo (R/E sendo fonte de conforto ou suporte) ou negativo (aspectos da 
R/E que aumentem a carga de sofrimento da pessoa). 
- O aspecto cognitivo decorre de questões filosóficas ou reflexivas, tais como “Porque isso está 
acontecendo comigo?” ou “O que ocorrerá depois da morte?”. A dimensão emotivo-experiencial 
decorre do processo de significado que a pessoa dá à sua vivência, como senso de conexão e paz 
ou de solidão e desespero perante suas crenças. 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
- O aspecto comportamental se manifesta pelas ações diretas, como escolha de hábitos de vida 
(alimentação, aceitar ou não transfusão de sangue), prática de preces ou rituais religiosos. 
- Com essa abordagem, podem ser identificadas estratégias de apoio da pessoa, bem como 
pensamentos e sentimentos que lhe agravem a experiência, como culpa, medo ou percepção de 
punição dentro de sua relação com o sagrado (crenças, Deus ou instituição religiosa). A integração 
entre essas dimensões pode ser mais bem compreendida na FIGURA ABAIXO 
 
 
- Correlacionando esses modelos com a prática clínica na APS, é preciso destacar que a 
abordagem prática da espiritualidadeocorrerá à medida que o médico de família e comunidade 
integrar o conhecimento das evidências científicas sobre R/E às habilidades de comunicação e 
competência cultural. 
 
- Nesse sentido, retomamos a ideia de Pendleton e cols. sobre o processo de comunicação da 
consulta sendo compreendido como o “encontro entre dois especialistas”, o médico e a pessoa. 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
- Esse modelo de encontro de especialistas, dentro da abordagem espiritual, traz à tona a 
necessidade de autoconhecimento do médico para suas dimensões pessoais, no mesmo campo 
das dimensões do paciente. 
- Nesse caso, por exemplo, a dimensão espiritual do médico relaciona-se à postura de presença 
consciente, prática compassiva e atitude empática. Anadarajah define como autocuidado espiritual 
essa dimensão que diz respeito à prática individual de autoconhecimento e desenvolvimento de 
crenças e valores pessoais, além de realização de métodos como prece, meditação, contemplação 
da natureza, frequentação a templo religioso ou práticas corporais integrativas. 
 
Sob a ótica do modelo BMSEST o encontro clínico poderia ser expresso ABAIXO 
 
 
 
- A partir de todo esse entendimento, o MCCP, ferramenta clínica importante utilizada na APS, 
torna-se uma potente ferramenta de abordagem espiritual do paciente. 
- O MCCP parece interessante por satisfazer a demanda de um atendimento que contemple de 
maneira integral as necessidades das pessoas, suas preocupações e vivencias relacionadas à 
saúde ou as doenças. 
 
- Apoiado na reflexão sobre a prática, como um primeiro exercício da abordagem da espiritualidade, 
cabe ao profissional se perguntar o quanto tem ouvido e identificado a presença dos valores e 
crenças da pessoa e como tem conseguido conectar essas percepções com sua prática clínica. A 
partir dessa postura profissional, é possível inserir a anamnese espiritual dentro da abordagem dos 
componentes do MCCP, conforme pode ser visualizado ABAIXO: 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 
 
Abordagem da espiritualidade a partir método clínico centrado na pessoa 
1° Componente: explorando a doença e a experiência de doença 
A dimensão de significado que a pessoa atribui à sua fé, crença ou vivência ganha imensa 
importância. Ao avaliar as dimensões da vivência espiritual (significado, paz, fé e religiosidade) em 
relação à qualidade de vida, saúde mental e bem-estar em adultos. 
 
2° Componente: entendendo a pessoa como um todo 
Nesse componente, interrogar oportunamente sobre fé, crenças, valores e significado, para que a 
abordagem da pessoa seja integral. Conhecer a pessoa como um todo, incorporando a avaliação 
rotineira do CRE, pode melhorar nosso entendimento e descortinar pontos de resiliência a serem 
fortalecidos. A partir dessa avaliação, o CRE positivo pode ser encorajado por meio de reforço das 
práticas salutogênicas da pessoa, como meditação, práticas corporais integrativas, preces, perdão, 
contemplação, leitura de materiais espirituais ou outras. Neste componente, também pode ser 
abordada a dimensão relacional e comunitária da pessoa. Nesse passo, inserem-se interrogações 
sobre relações familiares (crenças semelhantes ou conflitivas), princípios religiosos ou culturais e 
suporte social, por exemplo, dentro de uma comunidade religiosa ou de um grupo em que a pessoa 
vivencie sua relação transcendental. 
 
3° Componente: elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas 
Os valores espirituais terão impacto nas decisões da pessoa, podendo influenciar condutas 
específicas, como não desejar transfusão sanguínea ou tratamento medicamentoso, mas também 
atuar de modo mais amplo, impactando diretamente no fator volitivo e motivacional. Abordar esses 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
aspectos pode fortalecer a aliança terapêutica e também auxiliar a pessoa na ressignificação de 
vivências prévias negativas ou que prejudiquem o vínculo com o tratamento clínico. 
 
4° Componente: intensificando o relacionamento entre pessoa e médico 
A espiritualidade se encontra em esfera bastante subjetiva da experiência humana, sobre a qual o 
profissional passa a ter de se debruçar. Para melhor desempenhar essa tarefa, na visão de Balint, 
o médico deve trabalhar a sua função apostólica, ou seja, não usar de proselitismo para com suas 
próprias ideias. Essa postura é reforçada por Puchalski3 no campo da abordagem espiritual. O 
encontro médico-pessoa tem papel dialético e de negociação de papéis. Para isso, é preciso que 
o médico tenha claro que sua postura será de estar ao lado da pessoa, ainda que ela seja refratária 
às intervenções. 
- Essa postura exige autoconhecimento do profissional, tanto para reconhecer e trabalhar com sua 
frustração quanto para gerir os processos de transferência e contratransferência. 
- Outra postura essencial é que o profissional se mantenha em situação de igualdade com a pessoa 
na construção da relação, de modo a garantir um ambiente seguro, livre de julgamento ou 
depreciação devido à fé ou conjunto de crenças da pessoa. 
- Adotar uma atitude compassiva e empática auxilia o profissional nesse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES 
Introdução 
► O QUE SÃO PICS: 
 ➔ São tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos 
tradicionais. 
 ➔ No Brasil, foi implantado em 2006, a partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares. 
 ➔ São voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. 
 ➔ Em alguns casos podem ser usados como tratamento paliativo em doenças crônicas. 
 ➔ O SUS, hoje, oferece de forma gratuita e integral, 29 procedimentos de PICS. 
 
Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) são ofertados 
atualmente 29 tipos de Práticas à população pelo SUS, de forma integral e gratuita. 
As 29 PICS ofertadas pelo SUS são: ACUPUNTURA, ANTROPOSOFIA, APITERAPIA, 
AROMATERAPIA, ARTETERAPIA, AYURVEDA, BIODANÇA, BIOENERGÉTICA, 
CONSTELAÇÃO FAMILIAR, CROMOTERAPIA, DANÇA CIRCULAR, FITOTERAPIA, 
GEOTERAPIA, HIPNOTERAPIA, HOMEOPATIA, IMPOSIÇÃO DE MÃOS, MEDITAÇÃO, 
MUSICOTERAPIA, NATUROPATIA, OSTEOPATIA, OZONIOTERAPIA, QUIROPRAXIA, 
REFLEXOLOGIA, REIKI, SHANTALA, TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA, TERAPIA DE 
FLORAIS, TERMALISMO e YOGAATENÇÃO! 
 
► UM POUCO SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL E A INTRODUÇÃO DAS PICS: 
 ➔ Segundo a OMS, as medicinas tradicionais são praticadas em todos os países do mundo. 
 ➔ A OMS, recomenda que os governos nacionais respeitem e preservem e divulguem os 
conhecimentos das MTs, enquanto realizam programas de saúde pública. 
 ➔ A importância das PICs foi retomada em 1960 com um movimento de contracultura. 
 ➔ Tenha em mente que esse movimento de contracultura era baseado em uma filosofia 
naturalista. 
 ➔ A partir do ano de 2000, nasceu um pluralismo terapêutico baseado no conceito de inclusão. 
 ➔ As PICs instaura uma nova forma terapêutica em que as diversas fontes de cuidado possam 
interagir simultaneamente. 
 ➔ No Brasil, a inserção dessas práticas ainda é tímida, porém avança consistentemente. 
 ➔ As PICs dão oportunidade para as práticas e saberes não formais e acadêmicos. 
 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
As Racionalidades Médicas 
► DE MANEIRA GERAL: 
 ➔ É um movimento acadêmico, o qual compara 5 grandes sistemas médicos: Medicina 
Antroposófica, Homeopatia, MTC, Alopatia, Ayurvédica. 
 ➔ É um sistema médico que é baseado em 5 dimensões. 
 ➔ É importante, pois: 
 1- Oferece práticas de saúde seguras e eficazes para a população; 
 2- Novos e velhos olhares são estudados e adaptados à realidade desse século; 
 3- Permite também realizar uma gestão de saúde mais econômica e humanizada. 
 
 
► MEDICINA ANTROPOSÓFICA: A sabedoria do Homem.➔ Vê o ser humano de forma integral, considerando os aspectos físicos, psicológicos, e 
espirituais. 
 ➔ É uma ampliação da medicina acadêmica e baseia-se nos métodos das ciências naturais. 
 ➔ É uma forma de medicina alternativa, que é segura, eficaz e econômica, aumenta a qualidade 
de vida. 
 ➔ Está presente em todos os continentes do globo e tem diversas iniciativas públicas e privada 
no Brasil, em quase todos os estados. 
 ➔ É muito benéfica no que diz respeito a seu uso para diminuir efeitos colaterais de medicações 
e procedimentos invasivos( a oncologia é a área mais estudada). 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 ➔ É muito importante nos processos de desintoxicação e é excelente nos cuidados paliativos. 
 ➔ É na APS que exerce o seu maior potencial. 
 
 
► PRINCÍPIOS DA MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE E MEDICINA ANTROPOSÓFICA: 
 ➔ Os princípios da MFC e da MA não se chocam, muito pelo contrário, eles se complementam, 
principalmente quando falamos em Integralidade. 
 ➔ Para a MFC, compreender o ser humano de forma integral, é ter entendimento sobre a origem 
das pessoas, suas redes sociais, sua família, costumes. 
 ➔ Para a MA, compreender o ser humano de forma integral, é entender seu corpo, alma e 
espírito. 
 ➔ A pedra fundamental dos 2 tipos de medicina em questão, é o vínculo. 
 ➔ A MA auxilia no enfrentamento dos desafios que cada ciclo de vida traz. 
 ➔ A MA olha a pessoa antes da doença. 
 
 
► PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MA: 
 ➔ TRIMEMBRAÇÃO: 
 √ A MA, considera a integração de cada órgão, cada célula em um conjunto que é 
intermediado pelo Sistema Rítmico( Circulação e Respiração). 
 √ Entende que existe uma relação entre o Sistema Neurossensorial, Sistema Metabólico-
Motor e Sistema Rítmico, a pesar de cada um ter sua função. 
 √ Revela que o espiritual pode agir sobre o orgânico, e que os medicamentos agem de forma 
simultânea em todas as partes orgânicas. 
 
 √ NO POLO SUPERIOR: Tem a capacidade de pensamento e reflexão, e os 12 sentidos( 
de acordo com a Antroposofia). Tem baixa capacidade metabólica e de reprodução, baixa 
vitalidade, não estão em contato direto com as forças da gravidade. É um polo que pesa 30 gramas; 
ele é a base para a captação do mundo. 
 
 √ NO POLO MÉDIO: Encontramos o Tórax. Temos uma proteção óssea aberta e 
segmentada, protegendo o coração e pulmões. A capacidade de regeneração, vitalidade, 
reprodução e metabólica, são medianas. Permite a relação saudável entre os polos inferiores e 
superiores. Permite a troca entre o externo e interno. Aqui, fazemos a relação entre o totalmente 
consciente e o totalmente inconsciente. Aqui encontramos o sentimento. 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 √ NO POLO INFERIOR: Aqui percebemos os membros, temos a cavidade abdominal e o 
sistema muscular estriado e o sistema urogenital. Não temos uma proteção por um arcabouço 
ósseo. Percebemos uma maior atuação das forças de gravidade, para a manutenção da saúde. 
Esse polo é marcado pelo movimento corpóreo e pela produção de calor( metabolismo). O seu 
fundamento é a vontade, que se divide em 7 itens: Resolução, Propósito, Aspiração, motivo, 
Desejo, Impulso, Instinto. É marcado por uma altíssima capacidade de reprodução, metabólica e 
alta vitalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 ➔ QUADRIMEMBRAÇÃO: 
 √ É baseado na interdependência, complementariedade, e interconexão de 4 corpos ou 
organizações: 
 1- Corpo Físico. 2- Corpo Etérico. 3- Corpo Astral. 4- O Eu. 
 
 √ CORPO FÍSICO: É toda manifestação material perceptíveis por órgãos de sentidos. São 
abordagens obtidas pela evolução tecnológica. 
 
 √ CORPO OU ORGANIZAÇÃO VITAL: São os movimentos que expressam qualquer forma 
de vitalidade humana. 
 
 √ CORPO ASTRAL OU ORGANIZAÇÃO ANÍMICA: É o pensar, o sentir, querer, agir, 
ansiedade, medos, alegria, depressão. 
 
 √ ORGANIZAÇÃO DO EU: São as manifestações do próprio ser, que o caracteriza, que 
analisa sua forma de agir no mundo, avaliando suas próprias atuações. 
 √ Os 4 elementos citados acima, relacionam-se com os 4 elementos empedocleanos: 
 1- Terra: É o corpo físico. Evoca solidez, peso, substância. 
 2- Água: É o organismo vital. Indica fluidez, vitalidade. 
 3- Ar: É o corpo Anímico. Indica animação, inquietude. 
 4- Fogo: É o Eu. Indica autoconsciência. 
 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 
 ➔ SALUTOGÊNESE: 
 √ É um processo que desperta o potencial do ser humano de viver a vida de forma mais 
satisfatória. 
 √ Visa o incentivo da capacidade de superação e recuperação das adversidades. 
 √ Conecta as manifestações orgânicas, com as psíquicas. 
 √ É necessário valorizar as emoções, com o mesmo peso com que as manifestações 
objetivas( orgânicas) são valorizadas. 
 √ Entende que o médico tem um papel de aconselhador do paciente, pois este último 
também é responsável pela sua saúde, e não só o médico. 
 
 
 
 
► SEMINÁRIOS BIOGRAFICOS NA MA: A BIOGRAFIA HUMANA COMO INSTRUMENTO DE 
CURA. 
 ➔ É uma proposta que visa compreender cada indivíduo perante as questões seguintes: 
 1- Conflitos internos integrados com diferentes paixões( pessoais, profissionais, sociais), que 
fazem o indivíduo expressar sua potência. 
 2- Escolhas que fazem as pessoas se reduzirem a reféns de regras instituitivas. 
 3- Núcleos restritivos que impedem o seu humano de expressar suas crenças, paixões, por 
medo da sociedade. 
 4- Desejos que justificam os atos. 
 5- A importância maior em se compreender o significado do ser humano saudável, em 
detrimento do ser humano doente. 
 
 ➔ Essa biografia é baseada nos Setênios, que são processo que tem mudança significativa a 
cada 7 anos. São basicamente o que acontece em cada fase da vida. Veja abaixo os 9 setênios: 
 1- É a fase do “ Viver é bom”, experimentado por crianças que vivem em ambientes adversos 
e são agredidas. 
 2- É a fase do “ Viver é Belo”, experimentado pelas crianças, que veem beleza até no ato 
mais simples 
 3- É a fase do que é “Real”, experimentado pelos adolescentes, que querem viver o 
verdadeiro. 
 4- É a fase da primeira maturidade, o adolescente busca experimentar de tudo. É a fase 
emotiva. 
 5- É a fase racional. O indivíduo faz o seu pé de meia. Geralmente já tem filhos. 
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 6- É a fase consciente. A pessoa passa por crise de autenticidade. É a segunda maturidade. 
 7- É a fase altruísta. A pessoa descobre uma enorme criatividade e se depara com propostas. 
 8- É a fase ética. O indivíduo quer fazer a coisa certa, fazer bonito para si mesmo e não para 
o outro. 
 9- É a fase da sabedoria. É a terceira maturidade. Aqui temos a realização plena da vida e 
as consequências disso. 
 
 
 
► MEDICAMENTOS ANTROPOSÓFICOS: 
 ➔ Se necessário a MA vai utilizar todas as medicações alopáticas para a sua prática, pois ela 
é um complemento da medicina acadêmica. 
 ➔ Entendemos assim, que utiliza tanto a medicação alopática quanto a antroposófica. 
 ➔ Esses medicamentos antroposóficos, são baseados nos reinos Vegetal, Mineral e Animal. 
 ➔ BRYOPHILLUM CALYCINUM: É de origem vegetal e é ótimo para quem está desvitalizado, 
estressado e desgastado. Essa planta cresce em qualquer lugar e não precisa de muito cuidado. 
 
 
► TERAPIAS COMPLEMENTARES ANTROPOSÓFICAS: 
 ➔ Além da terapia medicamentosa, a MA considera como forma de intervenção, a 
multiprofissionalidade, a interdisciplinaridade, e a transdisciplinaridade. 
 ➔ TERAPIAS CRIADAS AO LONGO DOS ANOS:1- Psicoterapias antroposóficas cognitivas. 
 2- Biografia humana antroposófica. 
 3- Terapia Artística, Musicoterapia, Cantoterapia, Psicoterapia. 
 4- Terapia Externa( Compressas, escalda-pés, fricções, emplastos). 
 5- Massagem rítmica, Eurritmia curativa. 
 
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► HOMEOPATIA: 
 ➔ É uma forma de terapia alternativa, que baseia-se no princípio: Similia Similibus Curantur, ou 
seja, o tratamento se dá pela diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma 
no indivíduo saudável. 
 ➔ Ao contrário da Alopatia( tratamento médico baseado na prescrição de medicamentos), a 
Homeopatia tem foco o paciente e a história da doença, estimulando o organismo a processar a 
auto cura. 
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 ➔ AVALIANDO A SE A HOMEOPATIA É PLAUSÍVEL, SE GERARÁ ÊXITO: 
 √ Nesse tópico, é importante entender, que não adianta eu misturar intervenção 
alopática com Homeopática, ou querer que o efeito de um seja o mesmo do outro, ou seja, não 
vai adiantar eu fazer um ensaio clínico randomizado, por exemplo, em pacientes que receberam 
tratamento homeopático, e além disso, eu não vou ter resultados alopáticos com ferramentas da 
homeopatia. 
 √ É importante entender, por exemplo, que eu não posso usar Arnica Montana C6 para 
todos os casos de trauma, pois cada paciente reage ao trauma de forma individualizada, o que 
pode culminar em falha terapêutica. 
 
 
 ➔ ELABORAÇÃO DOS MEDICAMENTOS HEMEOPÁTICOS: DINAMIZAÇÃO 
 √ Dinamização é justamente potencializar uma substância, pelo ato de diluir e sacudir de 
forma sucessiva. 
 √ A potência cresce de acordo com que se aumenta a diluição. Por isso, quando dizemos, 
por exemplo, Arsênico C1, quer dizer que 1 parte da substância está diluída em 100 partes do 
diluente. Para Facilitar esse cálculo, faça 10 elevado a 2, ou seja, duplique o valor que está ao lado 
da letra C e coloque na potência de 10. 
 √ É importante entender que quando temos um medicamento C12, ele já foi diluído tanto, 
que nem temos mais princípios ativos, o que leva a uma falha terapêutica. 
 
 √ Diante disso, para avaliar os resultado terapêuticos, utilizamos as Leis de Hering: 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 
 
 
 ➔ A PRÁTICA HOMEOSTÁTICA: 
 √ Para que haja o cumprimento do quadro de diretrizes inserido nesse resumo, o médico 
utiliza como suporte, uma anamnese detalhada, e também motivação para as longas consultas. 
 √ Na prática, escolhemos o medicamento, de acordo com o uso da ferramenta Repertório 
de sintomas, que cataloga e conduz à prescrição do medicamento. Atualmente esse repertório é 
usado por meio de aplicativos de informática. 
 
 ➔ EXEMPLOS DE USO: 
 √ Tenha em mente que os antibióticos, quando indicados pela visão biomédica, pouco se 
oporão aos efeitos dos medicamentos homeopáticos, diferentemente dos Anti-Histamínicos e Anti-
inflamatórios( corticoides). 
 √ Vamos mostrar aqui 3 principais síndromes mais comuns na APS e a utilização de 
homeopáticos para casa uma delas, sendo que a potência tem que C6, 5 gotas de 3/3 horas, 
durante 5 a 7 dias, ou até a melhora dos sintomas. Quando houver melhora, suspenda o fármaco 
no dia seguinte. 
 
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► MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: 
 ➔ Abrange muitas formas curativas e é fundamentada na filosofia Taoista. 
 ➔ Ele está baseado na crença de que o corpo humano possui um sistema sofisticado para 
localizar as doenças, e direcionar energia e recursos para curar os problemas por si mesmo. 
 ➔ Para tanto, utilizamos: Acupuntura( colocar agulhas em pontos específicos); Moxabustão( 
Incineração de ervas na pele); Shiatsu( estímulo digital de pontos específicos); Massagem. 
 ➔ Fazemos esses procedimentos para manter um equilíbrio das forças internas. 
 ➔ SAÚDE E DOENÇA: O EQUILÍBRIO DINÂMICO: 
 1- A MTC acredita que as doenças vem da estase( que gera acúmulo) ou dispersão( que 
gera carência) excessivos do fluxo energético em determinados pontos ou órgãos. 
 2- A saúde seria o equilíbrio de forças polares que interagem no organismo. 
 
 ➔ FORÇAS INTERATUANTES NO ORGANISMO HUMANO: YIN-YANG: 
 √ Todas as ocorrências da natureza e da visa são fruto da ação recíproca dessas duas forças 
contraditórias. 
 √ A força Yin, é receptivo, feminino, lunar, escuro, frio, úmido, profundo, relacionado com a 
terra, tendendo a acolher. 
 √ A força Yang, relaciona-se com o Céu, convexo, raso, secura, calor, movimento, sol, 
masculino, ativo, tende a penetrar. 
IANI SOARES LUZ XIII MED 
 
 √ É como se a Sístole fosse a Yang e a Diástole o Yin. Faça essa mesma comparação na 
questão da Inspiração/Expiração, Osteoclasto/Osteoblasto, Anabolismo/Catabolismo. 
 √ O predomínio de um dos polos revela o biótipo do indivíduo, e os múltiplos perfis de 
saúde individual. Já o exagero caracteriza as doenças. 
 
 OS 5 MOVIMENTOS:

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