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Universidade Paulista – UNIP ROTEIRO DE ESTUDOS DIRIGIDOS – CONCURSO DE AGENTES 2º e 3º semestres Profa. Dra. Cibele Mara Dugaich 1. Qual é o fundamento legal que versa sobre concurso de agentes ou pessoas? R: Fundamento legal do Concurso de pessoa ou de agente: Artigo 29 de CP. 2. Qual é o princípio que o artigo lei observa? R: Princípio da individualização da pena. 3. Como a lei explícita a observância desse princípio? Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Quem=pessoa), (concorrer= quem de alguma forma colabora para o cometimento da conduta, sem que tenha praticado o núcleo do tipo. Não precisa estar na cena do crime. No entanto, o que fizer terá relevância para o cometimento da conduta. Na medida da sua culpabilidade = respeitando o princípio da individualização da pena, cada uma paga pelo que fez. 4. Qual é a natureza jurídica de concurso de agentes? R: A natureza jurídica de concurso é a unitária ou monista, porque é necessário que o concurso se realize para a prática de um único tipo penal. 5. Quantos tipos de concurso temos? R: São dois eventual e necessário. Eventual – para condutas, cujo núcleo do tipo apresenta verbos monossubjetivos. Não se faz necessária a ação de uma terceira pessoas para que a ação ocorre. Ex: 121 CP. Homicídio, 155 CP Furto 157 CP Roubo Pode existir concurso, mas não é uma condição da prática do verbo. Necessário – para condutas, cujo núcleo do tipo apresenta verbos plurissubjetivos. É preciso que haja mais de uma pessoa para que o tipo penal se realize. Ex: organização criminosa. Adultério quando era vigente, exigia a presença de uma outra pessoa. 6. Qual é o critério para que se estabeleça o tipo de concurso correto? R: Basta que se identifique o verbo núcleo do tipo. Se for monossubjetivo, será eventual. Se for plurissubjetivo será necessário, 7. Qual é a denominação dos verbos que são núcleos do tipo penal? R: Monossubjetivo: concurso eventual. Plurissubjetivo: concurso necessário. 8. Quais são as modalidades ou formas de concurso? R: Coautoria e participação. 9. Explique as teorias conceituais: I. teoria unitária ou subjetiva R: Não distingue autor de participe. Todos pagam da mesma forma II. teoria extensiva R: não distingue autor de participe e atribui a todos, ela gradua, de acordo a relevância do fato cometido. Teoria monista é a natureza jurídica de concurso Teoria restritiva é a natureza jurídica da teoria de autoria III. Teoria dualista ou objetiva Tteoria objetivo-formal R: Adotada pelo nosso código penal brasileiro. Autor é quem pratica o núcleo do tipo. Participe é quem concorre para a prática do tipo penal. A pena terá redução. a) teoria subjetivo-material R: Relevância da prática para o resultado é mais importante que a prática do núcleo o tipo. b) teoria de domínio final do fato. R: Apesar de NÃO PRATICAR O NÚCLEO DO TIPO, sujeito responde como autor porque tinha domínio de condições capazes de alterar o resultado. 10. Qual é a posição da doutrina, em sua maioria, quanto a teoria acolhida pelo Código Penal em relação à teoria de domínio final do fato? R: Questionou-se que o sujeito não poderia ser autor por não ter praticado o núcleo do tipo penal. Sua posição deveria ser a de participe. Mas, novo questionamento se punha: como ele poderia ser apenas partícipe e ainda recebeu pena reduzida, se ele tinha o poder de fazer com que nada acontecesse. 11. Qual fato deu projeção à Teoria do domínio final do fato? R: Caso de corrupção do Mensalão. 12. Explique as definições de autoria. I. Imediata ou direta – quem faz, aquele que pratica o núcleo do tipo. II. mediata ou indireta – quem manda, aquele que se valendo de terceiros que não pratica o núcleo do tipo, mas está por trás de toda operação. Geralmente se vale de inimputáveis, por menoridade, doentes mentais, cuja doença compromete o discernimento, oligofrênicos ou pessoas que tem seu sistema cognitivo comprometido o que leva ao comprometimento do discernimento, silvícolas, enfim pessoas que não teriam o dolo ou sequer a culpa ao realizarem o ato., aqueles que atuam por desconhecer a proibição ou porque estão subordinados a mando de terceiros, pessoas que agiram sob coação moral, a qual não tinham condições de resistir. 13. Quanto às hipóteses em que pode ocorrer autoria mediada. Explique- as a) erro de tipo justificado provocado por terceiro (CP artigo 20, parágrafo 2o) R: O autor mediato leva terceiros (autor imediato) a cometer um crime, sem dolo e sem culpa, fazendo-lhe pensar que se encontra perigo de morte. b) inimputabilidade penal do executor (CP artigo 62, inciso III). R: O autor mediato serve-se de pessoa (autor imediato) que tenha doença mental, com comprometimento do discernimento para realizar a conduta. c) coação moral irresistível (CP artigo 22) R: O autor mediato serve-se de terceiro (autor imediato) para a prática da conduta crime que, sob ameaça, para salvar bem jurídico próprio ou alheio, e comete o crime. d) obediência hierárquica (CP 22) R: O autor mediato, serve-se da sua posição de superior hierárquico, e dá uma ordem a um subordinado (autor imediato) que excute uma ação dada, que NÂO se mostra manifestamente ilegal. O funcionário executa a ordem. e) erro de proibição justificável provocado por terceiro CP, artigo 21,caput) R: O autor mediato leva o outro (autor imediato) a executar uma conduta crie, ignorando sua ilicitude, fazendo-o crer que está apenas colaborando. 14. Explique autoria colateral. R: Há mais de uma pessoa na prática de um crime. No entanto, não há liame subjetivo para a prática do delito, logo, não há concurso em tais circunstâncias. 15. Explique autoria incerta. R: Apenas um crime, dois possíveis autores, mas não se tem com identificar quem tinha em mãos a arma cujo projétil atingiu fatalmente a vítima que foi ferida no coração e na cabeça. Segundo o laudo, o tiro fatal foi o do coração. As armas não foram encontradas, pois foram atiradas num rio. A trilha do projetil não pode ser identificada. Logo, para que não se cometa a injustiça de indiciar por homicídio quem apenas tentou matar, os dois sujeitos serão indiciados por tentativa. In dubio pro reo. 16. Defina Participação R: A participação pode se realizar de várias formas. Divide-se em moral e material. 17. Quais as espécies de participação? R: Moral e material 18. Explique participação moral? R: O partícipe induz ou instiga o sujeito a praticar o crime. 19. Explique participação material. R: Auxílio e assistência material. Concretizar de alguma forma a ajuda. Empresta o carro para sequestro, empresta a arma, 20. Explique participação moral. R: Dar a ideia, induz ou instigar, provoca, desafia. 21. O que estabelece o CP, artigo 31? R: Se o partícipe não estabelece relação com os resultados, ele responde apenas pela ação com da qual aceitou participar. Não são puníveis, os crimes que não chegam, pelo menos, à forma tentada. 22. Quanto aos graus de acessoriedade, explique: I. Acessoriedade mínima – dá ênfase ao autor. O autor é quem realiza o verbo, ao participe a importância é dada em função da sua relevância. II. Acessoriedade limitada (média) – o partícipe é aquele que concorre, de alguma forma, para a prática da conduta ilícita sem praticar o núcleo do tipo. É a adotada pela doutrina majoritária. III. Acessoriedade máxima (ou extrema) – reconhece a condição de punir o partícipe, desde que este tenha colaborado para foto típico, antijurídico e culpável. IV. Hiperacessoriedade – participação reconhecida se o autor praticar fato típico, ilícito, culpável e punível. 23. Defina participe em cadeia. R: É a participação da participação. Combinado um assalto ao banco entre João e Antônio. João decide que deveria estar mais municiado e pede uma arma de melhor alcance para Paulo que não havia sido convidado antes. 24. Definição Participação inócua. R: A relevância da participação não se concretiza. Não só não houve relevância para resultado. Pedroempresta uma arma para que Martinho mate um desafeto, mas ele se vale de veneno, não utilizando a arma. Pedro não pode responder por participação material, porque Martinho não usou a ama emprestada. 25. Defina Participação de menor importância R: Se a participação for de menor relevância, o juiz, na dosimetria da pena, reduz de um sexto a um terço a pena do partícipe. Direito público de liberdade do réu. 26. Quais são os requisitos para configuração de concurso de pessoas? R: 1- Pluralidade de pessoas ou agentes, ao menos duas pessoas. 2- A ação de cada pessoa é relevante para que o crime aconteça 3- Liame subjetivo - sabe o que está fazendo e concordou em fazer. 4- As ações se dão em torno do mesmo tipo penal 28. Explique: I. Pluralidade de Agentes – mais de um II. Relação causal entre condutas e resultado – o resultado está atrelado a ação do participe III. Liane subjetivo entre agentes – acordo entre as partes não precisa ser formalizado ou anterior. Pode ocorrer a qualquer momento, desde que ainda não tenham concluídos os atos executórios. IV Mesmo tipo penal – tem que ser pela natureza jurídica o mesmo tipo e incide nas penas por ela cominada. 27. Deve haver acordo formal para haver Liame subjetivo? R: Não 30. Para que haja concurso é necessário que todos estejam de acordo ou basta que um esteja de acordo com o cometimento da conduta? R: Se um estiver de acordo com o autor já tem concurso ainda que os outros tenha desistido. 31. Quando deve se dar a concordância em relação ao cometimento da conduta? R: A qualquer momento desde que não tenha sido exauridos os atos executórios. 32. Qual é natureza jurídica da teoria de autoria? R: Restritiva. 33. O que entende por cooperação dolosamente distinta? R: O partícipe coopera até uma parte. Cooperação é limita.