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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br Educação Inclusiva: Inclusão Escolar de Alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais. Nailma da Cruz Passos. Prof. Telma Cristiane Ferreira Barros Tigre. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Pedagogia (PED3093) – Estágio //2022 1 INTRODUÇÃO A inclusão no ensino regular das pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais é um grande desafio para os profissionais da educação mesmo sendo direito por lei, muitas escolas e educadores sentem-se despreparados para lidar com a diversidade. Nesse sentido, a preparação para as praticas educativas na educação básica é um processo que já vem sendo bastante discutido pelos órgãos públicos responsáveis devido a carência de profissionais aptos a atuar neste meio. A escola é considerada um espaço de interação e construção de conhecimento e o docente precisa adquirir conhecimentos necessários para tornar o seu fazer pedagógico significativo, desenvolvendo praticas construtivas e inclusivas entre todos os educandos respeitando suas necessidades e especificidades. A LDB Lei de Diretrizes e Bases (Brasil, 1996) destaca a importância da preparação adequada dos professores como pré-requisito para a inclusão, determinando que o sistema de ensino devem garantir professores capacitados e especializados para a integração e adaptação dos educandos com NEE, no ensino regular. Desse modo, o trabalho objetiva em síntese destacar e refletir acerca do processo de inclusão no ensino regular tendo como justificativa da temática conhecer sobre a realidade da educação especial no Brasil principalmente nas escolas regulares da educação básica e quais as politicas publicas adotadas para efetivar o direito de aprendizagens desses educandos de forma integral, buscando frisar os desafios e perspectiva concernentes neste campo, enfatizando sobre o papel do professor, gestor escolar, coordenação pedagógica e comunidade escolar para a promoção de um ensino de qualidade, valorizando a diversidade de todos e de cada um, conhecer também como o atendimento educacional especializado vem atuando junto aos professores para promover o processo de inclusão entre todos, pois educação inclusiva demanda a ação politica, cultural, motivação social e pedagógica para proporcionar uma educação de qualidade a todos sem nenhum tipo de discriminação. Assim sendo, Willian Stainback destaca que: Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiências tem oportunidade de preparar-se para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados de melhorias da paz social. Para conseguir um ensino inclusivo, os professores em geral e especializados bem como os recursos, devem aliar-se em esforço unificado e consistente (Stainback,1999, p. 21). Diante disso, fica claro o quão importante que todos os agentes do meio educacional interajam juntos, trabalhando em conjunto para que se obtenha êxito nas aprendizagens dos alunos e por sua vez, no processo de inclusão escolar dos mesmos e assim fazer valer os objetivos imposto pela constituição brasileira que define a construção de uma sociedade livre, justa e solidaria, a garantia de desenvolvimento nacional, erradicação da pobreza e da marginalização, redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do bem todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação (Artigo 3º da Constituição Federal) (BRASIL, 2019). Nesta perspectiva, todos os alunos tem o direito de frequentar a escola regular, ambiente em que as diferenças devem ser valorizadas e a construção cotidiana de aprendizagem precisa ser oferecida a todos, no mesmo contexto e no mesmo ambiente escolar. Diante disso, a educação inclusiva pressupõe um ensino de qualidade para todos, eliminando as barreiras que possa prejudicar a aprendizagem dos educandos. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (MEC-SEESP, 1998). O conceito de escola inclusiva sugere em uma escola regular, indicar no projeto politico pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e na estratégia de ensino, ações que beneficiem a inclusão social e praticas educativas diferenciadas que atendem todos os alunos. Sendo assim, os problemas com a aprendizagem, estrutura curricular pedagógica e a eficácia de atender os alunos com necessidades especiais devem ser o ponto de partida para promover praticas pedagógicas e estratégicas de aprendizagem que incluam a todos de forma criativa e inovadora com vista a desenvolver a construção de conhecimento critica e produtiva de todos os educandos de forma coletiva, promovendo assim a inclusão escolar. A educação inclusiva apesar de encontrar, ainda serias resistências por parte de muitos educadores constituem, sem duvida, uma proposta que busca resgatar valores sociais fundamentais, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades para todos. Porém, para que a inclusão de todos os alunos com necessidades especiais no sistema regular se efetive, possibilitando o resgate de sua cidadania e ampliando suas perspectiva existenciais, não basta a promulgação de leis que determinem a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem a obrigatoriedade de matricula nas escolas da rede publica. Esta são sem duvidas a medidas essenciais, porem não suficiente. As politicas publicas para a inclusão deve ser concretizada na forma de programas de capacitação e acompanhamento continuo, que orientem o trabalho docente na perspectiva na diminuição gradativa a exclusão escolar, o que vira a beneficiar, não apenas com os alunos com necessidades especiais, mas de uma forma geral, a educação escolar como um todo. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Politicas publicas, acessibilidade nas escolas e o Atendimento Educacional Especializado. A educação inclusiva no Brasil estar regida por lei, e consiste em uma proposta na qual as escolas devem disponibilizar o acesso de alunos com deficiência ou altas habilidades no ensino regular. A Constituição Federal de 1988, trazendo novos paradigmas sociais ao estado brasileiro, definiu como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º, inciso IV). Em seu artigo 205, determina que a educação é direito de todos. No seu artigo 206, inciso I, “estabelece a igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios o ensino e dever do poder publico, a oferta do atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). Neste contexto o novo paradigma de inclusão que se constrói precisa, necessariamente, permear a educação na qualidade de direito fundamentais de todos. Assim, tratando-se de integração escolar, o educando tem acesso as escolas pelas possibilidades educacionais por meio do ensino em escola especializada, que em suma é crucial para que haja desenvolvimento no aprendizagem dos mesmo. Entretanto, a de se considerar que muitas escolas encontra-se em situações precárias em relação a sua infraestrutura, sem recursos acessíveis para os educandos e sala especializada, sem total acessibilidade as disponibilidade de rampas para cadeirantes, sinalizações para deficientes visuais, sem um interprete de libras para deficientes auditivos, acesso do meio de transporte até a unidade escolar, entre outros. Assim, é de fundamental importância que os órgãos responsáveis pelo meio educacional possam estar tendo um olhar mais critico com relaçãoa aprendizagem dos alunos, principalmente desenvolvendo politicas publicas que visem a melhoria dos ambientes escolares, tanto em sua infraestrutura quanto promovendo aos discentes acessibilidade escolar de um modo geral, também promover formações continuadas para professores desenvolvendo estratégias metodológicas que visem o integral do educando de forma autônoma, construtiva e inclusiva. Faz-se necessário a tomada dessas medidas tendo em vista que muitos profissionais tendo em vista que muitos profissionais as vezes não sabem como lidar com os portadores de necessidades educacionais especiais quando se deparam com eles na sua classe regular. Assim é um ponto que deve ser também prioridade no meio educacional estar em continua formação, pois a formação e a capacitação docente impõe-se como uma meta principal a ser alcançada na concretização do sistema que inclui a todos verdadeiramente. (BRASIL 1998). Segundo (MANTOAN 2015) “a formação do professor inclusivo requer uma nova interpretação e formação inicial e continuada que propiciem um educador apto a trabalhar com a diversidade”. Diante disso, é de suma importância que a implementação das politicas publicas educacionais na educação básica para a promoção de um ensino igualitário e inclusivo, em que todos os educandos se sintam acolhidos de todas as formas e com todos os direitos necessários desse modo, a escola de modo geral é um modelo para o educando, desde sua chegada até a sua saída do ambiente escolar, com isso todos os profissionais envolvidos neste meio devem trabalhar em um sistema colaborativo com vistas a desenvolver as aprendizagens dos alunos de forma acolhedora, inovadora e significativa. Na Declaração de Salamanca no seu art. 7, destaca-se a importância da escola manter um ambiente acolhedor e sadio, capaz de adaptar as necessidades educacionais especiais dos educandos. Ela afirma que: O principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independente de quaisquer dificuldades que possam ter. escolas inclusivas devem reconhecer é responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos estilos e ritmos de aprendizagem assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com as comunidades. Na verdade, existe uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao continuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola (BRASIL, 1994). Se a formação de cidadão, portanto politica, que é a meta a ser conquistada, não cabe limitar a educação ao ensino de tarefas simples, o que parece ocorrer nessas oficinas. Alias a educação voltada somente ou predominantemente para a adaptação é criticada por, Adorno (1995a). Na década de 1960, independentemente de os alunos terem ou não deficiência. A formação não deve se restringir a reprodução da sociedade existente, deve proporcionar a critica desta sociedade com o fito de altera-la, tornando-a justa, igualitária, propicia a liberdade. Como nos diz a Declaração de Salamanca no art. 7, destaca-se a importância da escola manter um ambiente acolhedor e sadio, capaz de adaptar as necessidades especiais dos educandos. Ela afirma que: O principio fundamental da escola inclusiva é de todas as crianças devem aprender juntas sempre que possível, independente de quaisquer dificuldades que elas possam ter. Escola inclusivas devem reconhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos estilos e ritmos de aprendizagem, assegurando um a educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com as comunidades. Na verdade, existe uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao continuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola (BRASIL, 1994). 1.2 Praticas pedagógicas, currículo adaptável e formação continuada. A orientação inclusiva diz respeito a escola em sua totalidade, sendo um equivoco considerar que cabe apenas ao professor de sala de aula esta responsabilidade. Assim, um dos principais problemas que impedem de a escola inclusiva se torne realidade na pratica cotidiana das escolas é o despreparo dos professores do ensino regular, para receber em suas salas de aula discentes com algum tipo de deficiência. Levando em consideração os Parâmetros Curriculares Nacionais-Adaptações Curriculares (BRASIL, 1998) acentua-se que a qualidade do processo envolve questões mais amplas implicadas as politicas publicas as decisões orçamentarias, a implantação de recursos humanos, materiais, a implantação de recursos humanos, aos materiais adequados em termos de quantidade e qualidade e a adoção de medidas educacionais compatíveis em suas diferentes modalidades. Assim, Carvalho (2010, p. 101) faz-se uma argumentação sobre a proposta de currículo adaptado: Ao pensar na proposta de educação inclusiva, além de estende-la a todos, sem exceções cumpre lembrar que o processo educacional não se limita ao espaço escolar. Na escola ele se sistematiza no projeto que inspira as praticas pedagógicas com ênfase para a desenvolvida em sala de aula. Diante disso, é valido ressaltar que cabe ao professor buscar por conhecimento para suprir as principais necessidades dos alunos. Nesta perspectiva, as adaptações curriculares visam garantir o acesso do aluno ao currículo, em todas as suas dimensões. Neste sentido, a adequação curricular procura subsidiar a pratica docente propondo alterações a serem desencadeadas na definição dos objetivos, no tratamento e desenvolvimento dos conteúdos, no transcorrer de todo o processo avaliativo, na temporalidade e na organização do trabalho didático pedagógico no intuito de favorecer a aprendizagem do aluno (BRASIL, 1999, p. 13). Portanto é de fundamental importância que os profissionais da educação estejam buscando estratégias metodológicas que possam ser adaptada e inseridas no currículo, e desenvolvidas na sala de aula, também precisam se aprofundar mais os conhecimentos relativos as pessoas com deficiência para poder desenvolver um fazer pedagógico que supram as necessidades e especificidades de todos os educandos. O acesso a educação especial, previsto na legislação educacional, deve dar-se de maneira adequada para todos os alunos que tiveram alguma necessidade especifica, seja na estrutura da escola ou na adaptação de currículo, seja nos métodos e técnicas de ensino ou até mesmo no acesso a eles. A educação especial é uma modalidade voltada a um determinado publico, que requer intervenções especificas para o desenvolvimento e aprendizagem. Nem todos os alunos com dificuldades de aprendizagem necessitam de educação especial. Outro fator fundamental, previsto em lei, envolve a formação e a busca por uma melhor qualificação dos professores para que eles possam proporcionar para os educandos uma melhor inclusão. A inclusão exige medidas de adequações da escola a todos os alunos, inclusive para aqueles com deficiência. Dentre essas adequações estar a presença do professor especializado. Portanto, se as necessidades educacionais especiais não desaparecem com a mera inserção dos alunos na classe comum e se professor do ensino regular muito provavelmente não conseguiram atender as necessidades de alguns de seus alunos, seria necessário promover apoios de professores e profissionais especializados afim de que possa garantir uma educação devida. (MENDES, 2002, p. 14). Portanto, para que se efetive realmente um movimento de inclusão satisfatório a que se adequar as escolas a realidade de seu alunado. Sobre a formação de professores de acordo com Souza e Silva (2005), é crucial a afirmação de que a cada dia, se faz mais urgente a qualificação profissional para se trabalhar na perspectiva da inclusão social. Esta é uma tendência que vem ganhando espaço em diferentes países num processo permanente de debates das questões praticas e teóricas para que os professores sejam capazes de responder astarefas que decorrem do processo de inclusão. Assim, faz-se necessário um tratamento especial para a docência, a formação continuada, para uma dinâmica social de formação continuada, em que os conhecimentos seja compartilhados, contribuindo significativamente para a melhoria na qualidade da pratica educativa, sendo em dado momento, compreendida como uma atividade não-facultativa para o docente engajar, mas de primordial relevância para o processo de ensino e aprendizagem significativo. Nóvoa (2002, p. 23) diz que “o aprender continuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”. Neste sentido, o professor como profissional da educação é um individuo que busca se profissionalizar no que faz, ou seja, a formação como continuação de sua pesquisa e aprendizado se faz necessário. O educador deve estar em constante pesquisa, preparando-se e formando-se continuamente. Com base na temática de Freire (1996), a formação do docente deve causar a indagação no educador, desafiando-o a apropriação de saberes que são necessários a praticas educativas. Nesta perspectiva, a formação continuada dos professores apoderam-se de uma definição impar, no que diz respeito a condição para a aprendizagem permanente e para o desenvolvimento pessoal, cultural e profissional de professores e especialistas, tendo em vista sempre um fazer pedagógico centrado no aluno, suas singularidades e especificidades. Diante do exposto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9. 394/96 diz que: Art. 61 a formação de profissionais da educação, de modo a atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando terá como fundamentos: I- A associação entre teorias e praticas, inclusive a capacitação em serviço; II- Aproveitamento da formação e experiência anteriores em instituições de ensino e outras atividades (LDB, 1996). Assim, fica claro a grande importância da formação continuada visto que, o professor ira lidar com a diversidade de culturas no ambiente escolar e este deve buscar novos saberes e praticas que lhes de suporte para sua pratica cotidiana, principalmente ao atuar em classes com portadores de deficiência, onde o mesmo terá que desenvolver praticas que promovam a inclusão de todos de forma respeitosa e integral. Aqui, cabe lembrar Freire (1996) ao expressar que: O ensinar não se limita apenas em transferir conhecimentos, senão também no desenvolve da consciência de um ser humano inacabado em que o ensinar se torna um compreender a educação como uma forma de intervir na realidade da pessoa e do mundo. Neste contexto, a formação do professor é indispensável para a pratica educativa, para que os conhecimentos adquiridos sejam repassados de forma critica, construtiva, autônoma e integral. Desse modo, a formação docente incide na reflexão fundamental é ser um profissional que precisa estar em busca constante de conhecimento por meio de processos que dão suporte a sua pratica pedagógica e social, enriquecendo seus saberes a respeito da inclusão escolar, tornando-se capaz de beneficiar efetivamente na aprendizagem de todos. REFERÊNCIAS