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BASES NEUROPSICOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR UNIDADE II A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO Elaboração Rogério Gonçalves de Castro Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE II A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO ...........................................................................5 CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E AS FUNÇÕES COGNITIVAS ............................................................................... 5 CAPÍTULO 2 O PRINCÍPIO DO ISOMORFISMO ......................................................................................................................................... 10 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA ...................................................................................................................................... 13 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................15 4 5 UNIDADE II A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E AS FUNÇÕES COGNITIVAS Ao estudarmos a literatura a respeito da complexidade das funções cognitivas, percebemos que os primeiros estudos de Luria (1981) a respeito dos fundamentos da neuropsicologia, vista como ciência, têm suporte no pressuposto conceitual de função, posicionando o termo no campo sistêmico, e levando em consideração que a função, nos casos em que se refere à análise do comportamento do ser humano, não está relacionada unicamente à “função de um tecido” em especial. Dito isso, ao estudarmos o termo “função” no campo da neuropsicologia, percebemos que ele está vetorizado em direção a uma série de movimentos que incluem as ações das pessoas, é dizer, o seu comportamento visto de forma global. É possível afirmar, portanto, que as abordagens relacionadas com as atividades mentais/cognitivas, do ponto de vista das formas conscientes de representação, constituem o resultado de um grupo de funções, que, por seu turno, abrangem outras várias funções menores, singulares, que, na abrangência das suas interações como o todo, conduzem o indivíduo a raciocinar, atuar e colocar-se no mundo social. Por acreditar que o homem, dada à sua maneira de perceber e agir, sua capacidade de memorizar, falar e pensar, lança mão de um sistema extremamente complexo de zonas do córtex cerebral que trabalham em sintonia, Luria (1981) estabelece um inovador conceito de função, realizada por sistemas funcionais que objetivam a execução de uma tarefa particular. Segundo a sua teoria, os locais das mais elementares funções podem ser identificados, porém os correspondentes processos mentais usualmente abrangem zonas ou sistemas que performam de forma conjunta, apesar de estarem situados, com frequência, em zonas distintas e afastadas do cérebro (FUENTES, et al. 2008). 6 UNIDADE II | A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO Luria (1981) explica que o sistema funcional complexo tem a sua organização delineada a partir das seguintes premissas. Os processos mentais complexos, tais como: linguagem, pensamento, memória, abstração, não estão “prontos” no ser humano adulto, não são fenômenos fixos, derivados mecânicos de uma área cerebral que entra em ação, independente do desenvolvimento do indivíduo. Eles são construídos durante a ontogênese (processo evolutivo acerca das alterações biológicas sofridas pelo indivíduo, desde o seu nascimento até seu desenvolvimento final), por meio da experiência social, ou seja, pela interação intensa e contínua da criança com seus pais e seu meio social. Essa interação permite ao indivíduo adquirir todas as suas funções cognitivas, como memória, linguagem, pensamento, reconhecimento etc. Para Sirgado (2000, p. 51), a ontogênese se dedica à “história pessoal” do organismo de cada ser humano de forma individualizada, a exemplo do desenvolvimento psicomotor particular do homem, anteriormente delineado numa sequência, integrando a história humana, apesar da sua natureza singular nas intercorrências inerentes à vida, ao ambiente e à cultura de cada indivíduo. O autor entende que não nascemos completamente preparados para caminhar, raciocinar ou nos expressar verbalmente, mas que somos hereditariamente predestinados a nos desenvolver ao longo da nossa história filogenética e ontogenética. Do ponto de vista cerebral, as funções e os processos mentais complexos são organizados em sistemas que envolvem zonas cerebrais distintas, cada uma delas desempenhando um papel específico no sistema funcional, agindo e interagindo em concerto. Tais zonas, na maior parte das vezes, estão em áreas diferentes e, em geral, distantes uma das outras no cérebro. Embora distantes, agem de forma coordenada para produzir uma função mental complexa. A lesão de uma das áreas cerebrais implicada em determinada função mental superior pode acarretar desintegração de todo o sistema funcional. Portanto, a perda de uma função particular pode informar pouco sobre a sua localização. Muito mais relevante que uma área cerebral circunscrita são os sistemas funcionais complexos, constituídos por rede neuronais amplas e dinâmicas. Por esse prisma, a teoria dos sistemas funcionais, desenvolvida por Luria (1981), é constituída pelas seguintes três unidades: » a unidade de atenção, que corresponde ao sistema reticular; » a unidade sensorial; 7 A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO | UNIDADE II » a unidade de planejamento, ambas englobando as áreas primárias, secundárias e terciárias do córtex cerebral. As áreas primárias (de projeção) são aquelas que recebem os impulsos da periferia ou que os envia; as secundárias correspondem às áreas de associação, onde ocorre o processamento ou a programação das informações; e as terciárias constituem as zonas de superposição, onde se originam os processos mais complexos da mente, a exemplo do planejamento ou do monitoramento do comportamento. Desse modo, o processo de codificação ou recepção das informações que alcançam o nosso cérebro demanda a plena integridade das zonas corticais dos analisadores, que precisarão ter a capacidade de organizar as informações em pistas elementares, modalmente específicas (visuais, auditivas ou táteis), eleger as pistas relevantes, e, ao final, agrupá-las em estruturas integrais dinâmicas. Luria (1981) entende que as ações voluntárias, assim entendidas como os comportamentos humanos, constituem sistemas funcionais integrados por um complexo sistema de zonas cerebrais, que performam de forma sincronizada, com a contribuição individual de cada um deles para o todo. Desde o momento em que os processos da mente humana começaram a ser entendidos como sistemas de alta complexidade funcional, e não somente como situados em áreas estreitas e circunscritas do cérebro, ocorreu um progresso na neuropsicologia, uma vez que foram levantadas questões até então não estudadas ou analisadas. É dizer, a forma como o cérebro atua para se organizar em unidades que executam tarefas como a obtenção, o processamento e o armazenamento das informações, além da programação, verificação e regulação das atividades mentais. Vygotsky (1989) também fez do seu objeto de estudo as funções psicológicas superiores tipicamente humanas, sendo que ele e Luria expuseram a existência de diversos conceitos entrelaçados, inerentes ao desenvolvimento e à aprendizagem humana. Ao tempo em que Luria (1981) desenvolveu a teoria dos sistemas funcionais, Vygotsky (1960) conceituou a construção de sistemas funcionais complexos humanos como sendo o início da organização extracortical das funções complexas da mente. Esse termo sugere que todos os tipos de atividades humanas conscientes são formados com o apoio de ajuda ou instrumentos auxiliares externos (LURIA, 1981), ou seja, com a ajuda do ambiente. Noentendimento desses estudiosos, a construção do conhecimento constitui um processo que pressupõe a integração das sensações, percepções e representações da mente. 8 UNIDADE II | A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO Desse modo, pode-se enxergar o cérebro como um sistema aberto que se encontra em constante interação com o meio e que promove transformações nas suas estruturas e mecanismos de funcionamento durante todo esse processo de interação (VYGOTSKY, 1989). Por essa linha, não é possível conceber o cérebro como um sistema fechado, com funções predefinidas, que se mantêm constantes no processo de relação do indivíduo com o mundo: Desde o princípio, compartilhávamos a opinião de que nem a psicologia subjetiva nem as tentativas de reduzir a atividade consciente como um todo a esquemas simplistas baseados nos reflexos representam um modelo satisfatório da psicologia humana. Era necessária uma nova síntese das vertentes parciais existentes até então. (LURIA, 1992, p. 45) Mesmo que a compreensão do que é uma função seja complexa, a neuropsicologia cognitiva se desenvolve a partir de um pressuposto denominado modularidade (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2007). Trata-se da independência funcional observada entre diferentes processamentos. É dizer, o desenvolvimento ou o prejuízo de certos componentes que integram a capacidade cognitiva não impactam a plenitude do sistema cognitivo (FERNANDES, 2003). Sendo assim, os diversos módulos cognitivos têm por característica atuarem em domínios específicos, isto é, processam informações específicas. Por essa linha, uma determinada disfunção ou lesão do cérebro pode levar a uma alteração importante e específica, mas não generalizada, do aparelho cognitivo. O conceito de que o cérebro é constituído por unidades funcionais individuais, denominadas módulos, conduz à conclusão de que os processos da mente ocorrem de alguma maneira compartimentados e, consequentemente, atuam de maneira relativamente independente entre si, processando apenas uma espécie única de informação – auditiva, linguística, corporal, visual etc. (CANDIOTTO, 2008). Todavia, Nitrini (2003) assinalou que: » o comprometimento de uma função complexa (como a nomeação, por exemplo) por uma lesão focal não localiza a função na região afetada. Informamos apenas que essa região participa do sistema ou da rede de conexões relacionadas à função comprometida; » lesões focais em outras regiões que façam parte do sistema podem comprometer diferentes aspectos dessa mesma função. A análise detalhada do distúrbio poderá fornecer informações sobre a 9 A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO | UNIDADE II contribuição específica de cada uma das regiões na organização da função, em condições normais; » Lesão de uma única região pode afetar diversas funções. Outro pressuposto da neuropsicologia cognitiva além da modularidade é a dissociação. Por meio dela, podem-se verificar situações em que um indivíduo apresente desempenho alterado numa dada tarefa A, mas desempenho intacto numa tarefa B. Um exemplo clássico de dissociação é encontrado no paciente K.F., que, após uma lesão cerebral, apresentou desempenhos em memória de curto prazo seriamente alterados, enquanto que sua memória de longo prazo permaneceu intacta (EYSENCK; KEANE, 1994). Segundo Capovilla e Capovilla (2007), a questão das dissociações tem origem na impossibilidade de determinar se as duas tarefas em que foi identificada a dissociação constituem fenômenos específicos, independentes, ou apenas se uma dessas tarefas tem maior grau de complexidade que a outra. Por fim, o isomorfismo, terceiro pressuposto da neuropsicologia, relaciona-se com o pressuposto da universalidade do sistema cognitivo funcional (FERNANDES, 2003). É dizer, de que os módulos cognitivos têm natureza universal para todos os indivíduos e se relacionam, aproximadamente, aos mesmos sistemas neurológicos. Tal pressuposto viabiliza a pesquisa neuropsicológica a partir do método de caso único (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2007). 10 CAPÍTULO 2 O PRINCÍPIO DO ISOMORFISMO A conexão mente-corpo: o princípio do isomorfismo A conceituação de isomorfismo tem sido suscitada com frequência para definir a relação mente/corpo por diversos dos autores que, sabidamente, deram sua contribuição para o desenvolvimento da psicologia moderna. Dentre os mais conhecidos, encontram-se: William James, Kofka, Bechterew, Dunbar, Ribot e Claparède. Willian James (2013) promoveu um detalhado levantamento dos vários conceitos destes e de outros autores, apresentando uma convergência fundamental entre eles: todos enxergam a mente e o corpo como uma unidade. Isto não quer dizer que o que os processos mentais sejam idênticos aos processos que ocorrem no corpo ou no cérebro, uma vez que a dimensão psíquica apresenta características próprias, únicas, emergentes. Mas físico e psíquico formam uma unidade, variam em conjunto, são manifestações isomórficas. Tendo em vista a extrema importância das implicações do princípio do isomorfismo, vejamos como os aludidos autores abordaram a questão antes de delineá-lo de maneira sintética. Koffka O sentimento subjetivo e a observação objetiva do comportamento ou das manifestações fisiológicas demonstram uma concordância total. Isso é fundamental para nossa teoria das emoções. Se não houvesse tal concordância, se nós pudéssemos nos sentir excitados enquanto o nosso campo psicofísico estivesse... calmo...., nossa teoria das emoções e, de fato, toda nossa psicologia teria de ser completamente diferente. Elas então certamente não seriam isomórficas, mas acontece que os fatos dão apoio à concepção isomórfica. Bechterew A reflexologia concebe os estados emocionais como reflexos somato-miméticos em que os aspectos subjetivos e objetivos representam um e o mesmo processo indivisível. Dunbar A teoria organísmica apresenta um fundamental conceito na medicina psicossomática: a ideia de que o psíquico e o somático não perfazem dois universos distintos, mas um único universo percebido a partir de abordagens diferentes. 11 A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO | UNIDADE II Ribot Nenhum estado de consciência pode ser dissociado de suas condições físicas; eles perfazem uma integralidade natural, que precisa ser analisada sob essa ótica. As emoções, individualmente, devem ser percebidas: tudo aquilo que objetivamente expressa por movimentos faciais e corporais, por alterações vasomotoras, de respiração e secreção é manifestado de forma subjetiva a partir de um estado de consciência correlacionado. É uma ocorrência singular que se manifesta em duas linguagens. Ribot faz um alerta esclarecendo que não se trata de uma relação entre causa e efeito. Isso não quer dizer que as emoções sejam causadas pelas manifestações físicas. De outra sorte, trata-se de uma composição análoga e única existente entre as duas ordens de eventos, uma denominada mental e outra denominada física. Emoções e funções vitais De início, a maioria dos estudiosos pensava que certas técnicas orientais e ocidentais utilizadas para a modificação do estado de consciência indicavam uma separação radical entre mente e corpo no que concerne às emoções. As pesquisas atuais, no entanto, evidenciaram o oposto. Ao final de um treinamento, normalmente duradouro, baseado nessas técnicas, oriundas da ioga, do zen, do aikido, do sufismo etc., os indivíduos assumem o controle sobre as suas mentes por meio do controle sobre o corpo e vice-versa. De fato, toda uma nova área de pesquisa adquiriu status científico exatamente quando os psicofisiologistas da década de sessenta e setenta conseguiram evidenciar que zen budistas, aikidokas, iogues e outros praticantes de artes semelhantes foram capazes de controlar de forma voluntária aquelas que eram tidas por funções orgânicas integralmente autônomas, como temperatura do corpo, frequência cardíaca, ritmo das ondas cerebrais etc.Os resultados dessas pesquisas corroboram o princípio do isomorfismo, indicando uma integração essencial entre os dois níveis. Por outro lado, a constatação empírica de que as pessoas podem, por meio de treinamento, adquirir um controle consciente sobre funções viscerais dá uma maior relevância de que os sintomas de ordem física identificados nas doenças de natureza psicossomática, a exemplo das reações conversivas, originam-se em distúrbios emocionais. Ao menos não resta dúvida de que de a atuação de um polo específico pode impactar o outro. O argumento é simples: considerando estar demonstrado ser possível o controle das funções viscerais e de outras funções fisiológicas por meio da aplicação de técnicas psicológicas, conclui-se que uma função pode sofrer influência a partir da atuação da outra. Ao admitirmos que um nível pode atuar sobre o outro, resulta evidente 12 UNIDADE II | A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO também a possibilidade de interferir em fatores psicoemocionais no aparecimento e desenvolvimento de diversas doenças físicas. O que distingue o controle voluntário, obtido de forma gradativa por meio do treinamento, dos distúrbios de ordem psicossomática ou conversiva, é o fato de que estes últimos são o produto de processos defensivos não conscientes que, na busca pela eliminação de sentimentos não desejados, causam danos aos sensíveis mecanismos de autorregulação orgânica, causando predisposição à incidência de distúrbios orgânicos. A partir do princípio do isomorfismo, é possível entender de que maneira a interferência com as emoções está vinculada ao surgimento de tantas doenças de ordem física, uma vez que tudo que impacta nos sentimentos causa reflexos também nas funções vitais, uma vez que os dois são governados pelos mesmos sistemas: o sistema nervoso autônomo, o neuro-humoral etc. Para além disso, as alterações de ordem emocional são, ao mesmo tempo, alterações nas funções vitais de ordem fisiológica. Sendo assim, ao manipular a manifestação natural de um sentimento, estamos manipulando também as funções vitais. 13 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA A avaliação psicológica lastreada na neuropsicologia cognitiva busca evidenciar os processos inerentes às atividades mentais superiores do ser humano e correlacioná-los à atuação do sistema neurológico (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2007). Por essa linha, salientamos que a avaliação neuropsicológica tem um lugar de destaque na neuropsicologia, uma vez que se trata da metodologia de investigação utilizada para essa finalidade. São os mais diversos possíveis os recursos usados na avaliação neuropsicológica, fundamentados, sobretudo, em material produzido em laboratórios de neuropsicologia, neurologia e psicometria (MÄDER, 1996). Para Lezak (1995), a avaliação neuropsicológica abrange o estudo de dois fatores: » os quantitativos: os testes normatizados que permitem obter desempenhos relativamente precisos; » os qualitativos: que incluem entrevistas, questionários, dentre outros. Mäder (1996) explica que o propósito da avaliação neuropsicológica consiste essencialmente em ajudar o diagnóstico diferencial, identificar a existência ou não de disfunção de ordem cognitiva e o nível de funcionamento em comparação ao nível ocupacional, além de identificar modificações sutis, com vistas a identificar as disfunções nos seus estágios ainda iniciais. Somando-se a isso, a avaliação neuropsicológica surge para contribuir com o bom planejamento do tratamento, além de auxiliar e colaborar com o acompanhamento da evolução do quadro em comparação às terapias feitas com medicamentos, cirurgias e reabilitações. Fuentes et al. (2008) explicam que os motivos principais para se solicitar uma avaliação neuropsicológica são os seguintes: » auxílio diagnóstico: as questões diagnósticas geralmente buscam saber qual seria o problema do paciente e como ele se apresenta. Isso implica que seja feito um diagnóstico diferencial entre quadros que têm manifestações muito semelhantes ou passíveis de serem confundidas; » prognóstico: com o diagnóstico feito, deseja-se estabelecer o curso da evolução e o impacto que a desordem terá no longo prazo. Esse tipo de previsão tem a ver com a própria patologia ou condição de base da doença ou transtorno, quando há 14 UNIDADE II | A NEUROCIÊNCIA, OS MOVIMENTOS E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO lesão, com o lugar, o tamanho e lado no qual se encontra e, nesse caso, devem ser considerados os efeitos à distância que elas provocam; » orientação para o tratamento: ao estabelecer a relação entre o comportamento e o substrato cerebral ou a patologia, a avaliação neuropsicológica não só delimita áreas de disfunção, mas também estabelece as hierarquias e a dinâmica das desordens em estudo. Tal delineamento pode contribuir para a escolha ou para mudanças nos tratamentos medicamentosos ou outros; » auxílio para planejamento da reabilitação: a avaliação neuropsicológica estabelece quais são as forças e as fraquezas cognitivas, provendo assim um “mapa” para orientar quais funções devem ser reforçadas ou substituídas por outras; » seleção de pacientes para técnicas especiais: a análise detalhada de funções permite separar subgrupos de pacientes de mesma patologia, possibilitando uma triagem específica de pacientes para um procedimento ou tratamento medicamentoso; » perícia: auxiliar a tomada de decisão que os profissionais da área do direito precisam fazer em uma determinada questão legal. Para conhecer mais detalhes referentes à avaliação neuropsicológica para crianças com dificuldades de leitura, consulte o estudo “Avaliação neuropsicológica de crianças com dificuldades de leitura através do instrumento de avaliação neuropsicológica breve Infantil Neupsilin-Inf”, disponível em: http://hdl.handle.net/10183/35039. 15 REFERÊNCIAS ALMEIDA, G. P. Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro, RJ. Wak Editora, 2014. ALMEIDA, G. P.. Teoria e prática em psicomotricidade: Jogos atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak, 2006. ALVES, F.. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012. AMARO, K. N. et al. A importância da avaliação motora em escolares: análise da confiabilidade da escala de desenvolvimento motor. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 12, n. 6, pp. 422-427, 2010. ANDRADE, N. C. 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UNIDADE II A neurociência, os movimentos e o processo de avaliação Capítulo 1 Avaliação neuropsicológica e as funções cognitivas Capítulo 2 O princípio do isomorfismo Capítulo 3 Avaliação neuropsicológica Referências