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3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
FICHA DE APOIO
Cd: Edson Samuel Manhoso
1. Leis de Composição Internas
1.2.Definição 1. (Operação sobre E ou lei de composição interna sobre E).
Definição: Sendo um conjunto não vazio toda a aplicação Recebe o
nome operação sobre E (ou em E) ou lei de composição interna sobre E (ou em E).
Nas considerações de carácter geral que faremos a seguir neste parágrafo, uma
operação f sobre E associa a cada par de um elemento de E que será
simbolizado por (lê-se estrela ’) Assim é uma forma de indicar
Diremos também que E é um conjunto munido da operação *.
O elemento x*y é chamado composto de x e y pela operação . Os elementos
do composto x e y são chamados termos do composto .
Os termos x e y do composto x*y são chamados, respectivamente, primeiro e segundo
termos ou, então, termo do esquerdo e termo do direito.
Outras notações poderão ser usadas para indicar uma operação sobre F.
a) Notação aditiva
Nesse caso, o símbolo da operação é +, a operação é chamada adição, o com posto
é chamado sorna, e os termos x e y são as parcelas
b) Notação multiplicativa
3. Referencias Bibliográficas
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2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Nesse caso, o símbolo da operação é ou a simples justaposição, a opera ção é chamada
multiplicação, o composto ou é chamado produto, e os ter mos x e y são os
factores.
c) Outros símbolos utilizados para operações genéricas são ⨂
2. Propriedades
3.1.Propriedade associativa
Como é do conhecimento geral que a propriedade associativa é aquela em que os termos
de uma operação podem ser agrupados indistintamente, obtendo sempre o mesmo
resultado. É regra que se cumpre na adição e multiplicação.
Diz-se que goza da propriedade associativa quando satisfaz o seguinte:
Quais que sejam
Exemplos 1:
1) As adições em ou são operações que gozam da propriedade
associativa. (Costuma-se dizer que são operações associativas)
2) As multiplicações em ou são operações associativas
3) A adição em Conjunto das matrizes do tipo m x n com elementos reais,
é operação associativa.
3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
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3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
4) A multiplicação em ) é operação associativa.
5) A composição de funções de em é operação associativa.
1) A potenciação em não é operação associativa, pois:
=
2) A divisão em R* não é operação associativa, pois:
Observação
O fato de urna operação ser associativa possibilita indicar o composto de mais de
dois elementos sem necessidade de usar os parênteses, uma vez que qualquer associação
entre os elementos presentes conduz ao mesmo resultado. Por exemplo:
Se uma operação não é associativa, temos a obrigação de usar parênteses
para indicar como deve ser calculado um composto de três ou mais elementos,
pois, caso contrário, deixamos o composto sem significado. Por exemplo, em
Não tem significado, pois:
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Exemplo:
Verifique se
é associativa
Resposta:
1º Primeiro vai se substituir , teremos
2º Olhando para condição teremos
Logo não é associativa.
3.2.Propriedade comutativa
Como é do nosso conhecimento é aquela que mesmo alterando os factores o resultado
não altera, ou seja continua o mesmo.
Diz-se que goza da propriedade comutativa quando satisfaz o seguinte:
Quais que sejam .
Exemplos 1:
1) As adições em ou são operações que gozam da propriedade comutativa.
(Costuma-se dizer que são operações comutativas.)
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2) As multiplicações em ou são operações comutativas.
2) A adição em é operação comutativa.
Exemplo 2:
Verifique se em ; é comutativa
Resposta:
4. Logo é comutativa, porque goza da propriedade ou seja satisfaz a condição para ser
comutativa.
3.3. Propriedade (existência de elemento neutro)
Dizemos que um elemento neutro é qualquer elemento cuja utilização numa operação
binária bem definida não causa alteração de identidade no outro elemento com qual
entra em operação.
Definição: Dizemos que e é um elemento neutro para operação * quando
Exemplo 1:
1) O elemento neutro das adições em ou é o número O, pois
para qualquer número x.
2) O elemento neutro das multiplicações em ou é o número 1, pois
para qualquer número K.
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3) O elemento neutro da adição em matriz nula do tipo ). pois
,quaIquer que seja .
4) O elemento neutro da multiplicação em é In,., (matriz identidade do tipo
), pois In n qualquer que seja .
5) 0 elemento neutro da composição em É a função i (função idêntica em ), pois
‘ , qualquer que seja
Proposição: Se uma operação sobre tem um elemento neutro, * E então ele é único
Demonstração: Suponhamos que sejam elementos neutros da operação *. Como
e é elemento neutro e E. então . Por raciocínio análogo, chega-se à
conclusão de que . De onde.
3.4. Elementos simetrizáveis
Definição: Seja * uma operação sobre E que tem elemento neutro a Dizemos que
é um elemento simetrizáve! Para essa operação se existir tal que
’
O elemento é chamado simétrico de para a operação *.
Quando a operação é uma adição, o simétrico de x também é chamado oposto de x e
indicado por — .
Quando a operação è uma multiplicação, o simétrico de também é chamada inverso de
e indicado por .Exemplos:
1) é um elemento simetrizável para a adição em , e seu simétrico (ou oposto) é
pois:
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1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
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2) 3 é um elemento simetrizável para a multiplicação em , e seu simétrico (ou
inverso)
, Pois:
O não é simetrizável para a mesma operação, pois não há elemento tal que:
3) Existem apenas dois elementos simetrizáveis para a multiplicação em : o e o — ,
que são iguais aos seus respectivos inversos.
Já o não é simetrizável para a multiplicação em , uma vez que não existe tal
que
4) (
)é simetrizável para a adição em , e seu simétrico é (
) pois:
(
) (
) (
) (
) (
)
5. (
) não é simetrizável para a multiplicação em pois, supondo que sua
inversa pudesse ser (
) teríamos:
(
) (
) (
) (
) (
) {
E esse sistema não tem solução.
Proposição : Seja * uma operação sobre E que é associativa e tem elemento to neutro e.
a) Se um elemento é simetrizável, então o simétrico de x é único.
b) Se é sinietrizável, então seu simétrico também é e
c) Se são simetrizáveis, então é simetrizável e
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Demonstração:
a) Suponhamos que e sejam simétricos de Temos :
b) Sendo o simétrico de temos:
E pela definição , x é o simétrico de x ou seja, x = (x’)’.
c) Para provarmos que ’ é o simétrico de devemos mostrar que:
De fato, temos:
] ]
(2) Analogamente. #
Por indução, pode-se generalizar a propriedade C): se , São elementos de E,
então ( )’=
,
Notação: conjunto dos simetrizáveis
Se * operação sobre E com elemento neutro e, indica-se por (E) o conjunto dos
elementos simetrizáveis de E para a operação *.
(E)={ |
}
Exemplos:
{ }
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1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
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{ }
{ | }
{ }
Podemos notar que , Pois necessariamente e uma vez que
3.5. Elementos regulares
Definição: Seja * uma operação sobre E Dizemos que um elemento a E é regular (ou
simplificável ou que cumpre a lei do cancelamento) à esquerda em relação à operação *
se, para quaisquer tais que , vale
Dizemos que um elemento a E é regular (ou simplificável) à direita relativamente à
operação * se, para quaisquer tais que , vale Se a E é
um elemento regular à esquerda e à direita para a operação * dizemos simplesmente que
o é regular para essa operação.
Exemplos:
1) é regular para a adição em N, pois:
Quaisquer que sejam
2) 3 é regular para a multiplicação em . pois:
Quaisquer que sejam
3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
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3) 0 Não é regular para a multiplicação em , pois:
4.) (
) é regular para a adição cm , pois:
Se (
) (
) (
) (
) então (
)=(
)
e dai de onde (
) (
) .
Proposição : Se a operação * sobre E é associativa, tem elemento neutro e
e um elemento simetrizável, então a é regular.
Demonstrações
Sejam elementos quaisquer de E tais quo e
Da primeira dessas hipóteses, segue que Daí,
considerando-se a associatividade, , ou seja,
De onde, . Analogamente se prova que, se então .
Portanto, a é regular.
Notação: conjunto dos regulares
Sendo * uma operação sobre E, indica-se com o conjunto dos elementos
regulares de E para a operação *.
Exemplo :
( )
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Podemos notar que, se * tem elemento neutro , então e, portanto,
Podemos notar também que, se * é associativa e tem elemento neutro então
Conforme mostrou a proposição.
3.6. Propriedade distributiva
Como é do nosso conhecimento que a distribuitividade de duas operações binárias, em
que a ordem em que as são efectuadas pode, de certa forma, ser trocada.
Definição: Sejam * e duas operações sobre E Dizemos que é distributiva à
esquerda relativamente a * se:
Quaisquer que sejam
Dizemos que é distributivo à direita relativamente a * se;
Quaisquer que sejam Quando A é distributiva à esquerda e à direita de 1c
dizemos simplesmente que A é distributiva relativamente a .
Exemplos:
1) A multiplicação em é distributiva em relação à adição em , pois:
Quaisquer que sejam .
2) A multiplicação em é distributiva em relação à adição em pois;
3. Referencias Bibliográficas
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Quaisquer que sejam .
3) Em , a potenciação é distributiva à direita em relação à multiplicação,
Quaisquer que sejam .
Entretanto, a potenciação em não ê distributiva à esquerda em relação à
multiplicação, pois, por exemplo:
5. Parte fechada para uma operação
Definição. Dizemos que A é uma parte de E, fechada para a operação * ou,
simplesmente, que A é fechado para a operação *, se, e somente se, vale o seguinte:
Neste caso, a operação *, definida em E, também é uma operação definida em A. Essa
operação, definida em A , é chamada restrição de * ao conjunto A .
Exemplo 1. O subconjunto A = {-1, 0, 1}, do conjunto Z, dos números inteiros, é
fechado para a multiplicação de números inteiros.
Exemplo 2. O subconjunto E = {1, i, -1, -i}, do conjunto C, dos números complexos, é
fechado para a multiplicação de números complexos.
Exemplo3 :
o conjunto é uma parte fechada para adição e a multiplicação em pois :
e
3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Quaisquer que sejam
Exemplo 4:
o conjunto é uma parte fechada para de para a adição e a multiplicação em pois
e
Quaisquer que sejam
Exemplo 5:
O conjunto é uma parte fechada de para operação de multiplicação em , pois:
Quaisquer que sejam