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Gabriella Comerlatto – T3 • Supra ST: emergência médica. Alteração importante e que devemos diagnosticar. Isquemia e infarto • Não esperar exame de Troponina, mandar para hemodinâmica Isquemia • É a diminuição do aporte de oxigênio. Pode acontecer em vários lugares. Obstrução da passagem de oxigênio, o músculo começa a ter efeitos da perda da oxigenação • Perde a capacidade de funcionar • Dor • Diminuição do aporte de oxigênio com reversão Infarto • É a morte celular. A isquemia já causou lesão no músculo cardíaco com morte de miócitos. Síndrome clínica. • Laudos de ECG, ritmo sinusal com supra de segmento ST · Tríade clássica do infarto: Clínica (dor torácica)+ alteração do ECG ou alteração de exame de imagem + elevação de troponina • Durante um infarto agudo do miocárdio, o ECG evolui por três estágios: 1. a onda T se torna apiculada seguida por uma inversão 2. o segmento ST se eleva 3. novas ondas Q aparecem • Embora o ECG geralmente evolua por esses três estágios durante um infarto agudo, qualquer uma dessas alterações pode estar presente sem qualquer uma das outras • Além disso, muitos infartos do miocárdio não geram ondas Q • Aprenda a reconhecer cada uma dessas três alterações, mantenha a sua suspeita de infarto do miocárdio elevada e você quase nunca estará errado Onda T • Com a instalação do infarto, as ondas T se tornam altas e estreitas, esse fenômeno é chamado de apiculação • Essas ondas T apiculadas frequentemente são chamadas de ondas T hiperagudas • Logo após, geralmente algumas horas depois, as ondas T se invertem. A B • Essas alterações na onda T refletem isquemia miocárdica, a falta de fluxo sanguíneo adequado para o miocárdio • A inversão da onda T, por si, é indicativa apenas de isquemia e não é diagnóstica de infarto do miocárdio (A) Apiculação da onda T em um paciente na vigência de um infarto agudo (B) A mesma derivação, no mesmo paciente, duas horas após, mostra inversão da onda T * Uma característica diagnóstica útil é que as ondas T do infarto do miocárdio são invertidas simetricamente, ao passo que, na maioria das outras circunstâncias, elas são assimétricas, com uma inclinação suave para baixo e ascensão rápida Segmento ST • A elevação do segmento ST é a segunda alteração que ocorre agudamente na evolução de um infarto • A elevação do segmento ST significa lesão miocárdica • A lesão provavelmente reflete um grau de dano celular além da simples isquemia, mas ela também é potencialmente reversível e, em alguns casos, os segmentos ST podem retornar rapidamente ao normal • Na maioria dos casos, contudo, a elevação do segmento ST é um sinal confiável de que um infarto verdadeiro ocorreu e que o quadro eletrocardiográfico completo de um infarto irá evoluir, a não ser que haja uma intervenção terapêutica • Mesmo diante de um infarto verdadeiro, os segmentos ST geralmente retornam à linha de base dentro de algumas horas • A elevação persistente do segmento ST com frequência indica a formação de um aneurisma ventricular, um enfraquecimento e abaulamento da parede ventricular • O ponto J, ou ponto de junção, é o local onde o segmento ST se desliga do complexo QRS. • A elevação do ponto J é muito comum em indivíduos jovens, saudáveis. O segmento ST geralmente retorna à linha de base com o exercício • Como a elevação do segmento ST da lesão miocárdica pode ser diferenciada da elevação do ponto J? Na doença miocárdica, o segmento ST tem uma configuração distinta. Ele é arqueado para cima e tende a se mesclar de forma imperceptível com a onda T. Na elevação do ponto J, a onda T mantém o seu formato de onda independente Ondas Q • O aparecimento de novas ondas Q indica que ocorreu morte celular miocárdica irreversível • A presença de ondas Q é diagnóstica de infarto do miocárdio • Ondas Q geralmente aparecem dentro de algumas horas do início do infarto, mas, em alguns pacientes, elas podem levar vários dias para aparecer • Em geral, o segmento ST já retornou à linha de base quando as ondas Q aparecem • As ondas Q tendem a persistir por toda a vida do paciente Evolução com Supra • Coronária fechou 100%. Coronária não recebe nenhum oxigênio e começa a morrer Coronária fechou, isquemia, alteração em sódio e potássio (alteração na função da célula) • As alterações são sempre evolutivas • Se tiver dúvida, repetir os eletros 1. Elevação da onda T (pontiaguda) e perde assimetria. Imagem abaixo. Se dúvida, esperar 10 minutos e realizar ECG novamente. 2. À medida da evolução vamos ter… Supra de segmento ST. Ainda com onda T na mesma polaridade do segmento QRS. 3. Linha de base, junção do QRS com segmento ST (aqui olhamos se está superado ou não) • Nunca esquecer que o ECG pode ser normal em até 30% dos IAM Fase subaguda: Imagem abaixo teremos o supradesnivelamento ao ST. Ainda há maneira de reverter a perda muscular Fase crônica (cicatricial): sem supradesnivelamento de segmento ST, volta a linha de base. • Na corrente de lesão (IAM com supra) ocorre um encurtamento da repolarização • O vetor resultante “vai em direção à lesão” pois a área saudável ainda está negativa enquanto a área afetada já se positivou. • Na isquemia, o vetor resultante “foge da lesão” pois ocorre um prolongamento da repolarização. Assim, a área isquêmica permanece negativa enquanto a região saudável já está positiva ONDA Q PATOLÓGICA • A onda Q patológica surge quando existe fibrose do músculo, vira uma zona inativa, sem gerar vetor • A onda Q vai ser sempre NEGATIVA • Para onda Q patológica, tem que ser 1/3 maior que o QRS Diagnóstico diferencial A: síndrome isquêmica com supra B: Onda R inicial, supra (3 mm) com onda T assimétrica, com polaridade mantida. C: Supradesnivelamento. D: Onda T com parte superior simétrica. Critérios • Repetir Eletro para ter certeza se tem supradesnivelamento. Devemos comparar. • Olhar segmento ST e ver se apresenta alterações A) Supradesnivelamento de ST e onda T positiva. Temos início de formação de onda Q patológica B) Onda R inicial, suspeita de supra. C) Supradesnivelamento visível D) Onda R e Onda T com a parte anterior simétrica • ST côncava: sorrindo: Benigno, repetir ECG • ST concavidade para baixo, mau prognóstico Pericardite aguda Padrão típico • Na imagem abaixo temos supradesnivelamento em D2, D3 e aVF (paredes inferiores) • Supra: elevação de segmento ST com concavidade virada Diagnóstico diferencial • Dor torácica + outra alteração do ECG, podemos pensar em diagnósticos diferenciais • Principal é Pericardite • Pericárdio parietal e visceral inflamam e liberam substâncias inflamatórias que fazem uma alteração da passagem do sinal para o eletrodo do eletrocardiograma • Vamos ter outro fator atrapalhando a transmissão para o ECG • Processo inflamatório em volta do músculo. Envolve todo o pericárdio • Dor torácica, com quadro gripal prévio, pacientes mais jovens e dor contínua • Vários supras em várias derivações • Supra sem identificar a parede + quadro clínico típico de pericardite • Devemos repetir os ECG se tiver dúvida. Não tem Onda Q • Gera várias alterações na leitura do ECG, com o seguinte perf: • Supradesnivelamento difuso do ST, e menos comum o infradesnivelamento do PR Em suas fases, a T se inverte e depois volta ao normal Hipotermia: concavidade para cima • Bradicárdico. Haverá alteração no nível de consciência, diminuição da temperatura • Compatíveis com quadro clínico do paciente Onda J de Osborne • Bradicardia sinusal • Se duvida, repetir ECG • Aquecer paciente e repetir ECG. • Podemos ter supra de ST, concavidade para cima Repolarização precoce • Comum • Geralmente jovens, supra com concavidade para cima em várias derivações • Normalmente não significa nada • Faz supra de segmento ST, em parede anterior • Para fazer o diagnóstico diferencial, devemos repetir o ECG Infarto e paredes • Infarto de VD = Choque cardiogênico por deficiência de pré carga • Contra Indicado usar Nitrato Infarto anterior: supra e formação onda Q Infarto anterior extenso: V1 a aVL Infarto inferior Sinal De Winter: oclusão D.A· Onda T simétrica e hiperaguda. · Sinal de DeWinter: infra-ST com T apiculada invertida. Oclusão de DA. Shark Fin Oclusão DA proximal ou TCE • Emergência absoluta • Quase todo o músculo está em risco • Deve ir a hemodinâmica ou fazer trombolíticos • Ocorre quando o paciente tem um território grande acometido e geralmente quase todo o músculo cardíaco está em risco • Prognóstico ruim Wellens: oclusão iminente D.A • Dor torácica com padrão Plus de parede interior. Tratamos como supra de ST. A DA não está totalmente ocluída. Geralmente V2,V3, V4 e às vezes V5, na parede anterior, tratamos como supra. 2023.01