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ÉTICA
Para Bittar, ética corresponde a um exercício social de reciprocidade que envolve respeito e responsabilidade. Como um exercício de humanidade, é aquilo que nos confirma na condição de ser que produz valor. 
Valor aquilo que uma sociedade considera importante, que lhe é fundante, básico, devendo delinear e conformar a nossa ação, como um princípio. Tratam-se de comportamentos que, de tão relevantes para esta sociedade, devem ser seguidos por todos os seus membros, e cuja infração normalmente levará a uma sanção. Esta sanção pode ser jurídica (quando o principio for elevado a uma categoria legal, transformado em dispositivo jurídico) ou não, pois podem ser vários os fundamentos que levam o sujeito a evitar a infração. O ato de matar alguém, por exemplo, além de punido com privação de liberdade, sofre uma reprovação moral, é desestimulado por questões religiosas, entre outras causas, observadas nas diversas teorias éticas, que buscam explicar porque, por exemplo, não matar é um valor ético.
Trata-se de um exercício de reciprocidade pois a maioria dos membros da sociedade respeitam os valores de forma reciproca. Pensando no valor “não matar”, por exemplo, um sujeito se compromete a não matar o outro, que faz o mesmo, de forma recíproca, permitindo que a sociedade se mantenha. Pode haver, porém, justificativas para violar tais princípios, como a possibilidade de matar em legítima defesa.
Somos seres produtores de valor, pois dizemos o que é relevante em nossa sociedade. Isto se dá não apenas através dos códigos de ética profissional, mas também em outros ambientes – como num clube de campo – onde alguns comportamentos são incentivados e outros são desestimulados e sua realização constituirá uma infração. Assim, a questão do comportamento social não é relevante apenas para a sociedade em geral, mas também para as pequenas sociedades que formamos ao longo de nosso desenvolvimento enquanto membro da sociedade, dentro da nossa profissão, numa relação de amizade, romântica ou familiar, pois em todas elas estabelecemos valores.
Dizer sobre “o fino equilíbrio sobre a modulação e a dosagem dos comportamentos no plano da ação humana [é uma das coisas que] importa à ética”. Assim, sempre que se fala em ética, é no “agir” que se foca. Ação é tudo aquilo que o agente, o ser, o ente, realiza, faz. A ação moral é uma categoria de ação. As diversas ações humanas se misturam à ação moral e exercem-se atos morais quando se elegem prioridades pessoais de vida, quando se é solidário com quem necessita, por exemplo. Assim, as ações morais permeiam as ações do homem onde quer que ele se projete enquanto personalidade humana.
Para que uma conduta seja ética, demanda-se do agente alguns requisitos, algumas características que esta conduta precisa possuir. Ela precisa ser:
· Livre e autônoma: realizada por motivos que não envolvam obter uma determinada vantagem ou simplesmente cumprir algo. Desta forma, o cumprimento de uma determinação legal com a qual não se concorda, em sua essência, não seria uma conduta ética de per si, pois não seria livre e autônoma, se estaria apenas cumprindo um regramento. Assim, neste estágio inicial, ao avaliar-se se a conduta é ética ou não, não se deve considerar se ela foi transformada numa norma jurídica. Por isto, este requisito não contradiz a necessidade de se cumprir as determinações do código de ética mesmo que não se concorde com elas, pois, havendo uma classificação de valores, aqueles lá presentes são colocados como tão importantes que devem ser cumpridos independentemente da vontade do agente sob pena de uma sanção jurídica;
· Dirigida pela convicção pessoal do agente: ele tendo aquela ação como correta, como um balizador de seu agir e que lhe permite ter uma justa expectativa do agir do outro para consigo;
· Insuscetível de coerção: procurar diferença entre coerção e coação 
Ética, moral e direito
Direito e moral
Usar livro do Nalini
Fatores de aproximação
· Ambos disciplinam a relação entre os homens por meio de normas e impõem uma conduta obrigatória a seus destinatários;
· Tanto as normas jurídicas quanto as morais se apresentam sob a forma de imperativos e, logo, não constituem uma mera recomendação, de modo que sua infração gera sanções, embora estas sejam diversas;
· Ambos são pré-ordenados à garantia de uma coesão social e, portando, atendem a uma necessidade social;
· Ambos se modificam no momento em que se altera historicamente o conteúdo da função social de cada um deles, ambos podem ser considerados formas históricas de comportamento humano.
Fatores de diferenciação
· A vida moral é interior e a vida jurídica é exterior. A observância de uma norma moral depende do intimo, de uma consciência individual, da interiorização de um preceito moral. Já a observância da norma jurídica independe da consciência, pois ainda que o sujeito ache que uma norma jurídica não é certa, haverão sanções ao seu descumprimento;
· A coação é interna em relação à moral e externa em relação ao direito. O descumprimento de um preceito moral pode ensejar reações da consciência do indivíduo ou uma reprovação social que pode constranger o sujeito, uma sanção virtual; o descumprimento de uma norma jurídica impõe consequências exteriores como a privação de liberdade ou de uma parte do patrimônio, havendo uma sanção concreta;
· A moral é mais abrangente que o direito, o direito está dentro da moral, já que normalmente as infrações jurídicas são também infrações morais, mas nem toda infração moral é uma infração jurídica;
· A moral é anterior ao direito, o precede, ela é voltada a permitir a coexistência entre as pessoas e existe inclusive em manifestações precárias, de grupos sociais muito incipientes. Já o direito é uma manifestação de um estagio aprimorado de convivência, de modo que algumas teorias de teoria geral do estado dizem que o direito surge com o estado, que seria a fonte do direito;
· O direito positivo/escrito/de acordo com certas formalidades é, necessariamente, estatal, vindo desta estrutura, enquanto a moral pode não o ser. Uma sociedade pode cultivar várias morais, vários comportamentos recomendáveis, que podem não coincidir com o direito – que é sempre um – com a moral oficial expressa em lei;
· Tanto a relação mutua entre moral e direito, quanto as respectivas esferas de incidência, revestem-se de caráter histórico. A proporção que os homens respeitam as regras fundamentais de convivência de maneira espontânea torna desnecessária a coação e, a partir disso, há uma ampliação da esfera moral e, portanto, um critério de aferição do progresso moral é a ampliação da esfera moral e a redução da esfera do direito. Ou seja, se as pessoas cumprem suas obrigações, por exemplo, o direito se torna menos necessário, é preferível uma composição autônoma dos conflitos existentes, motivo pelo qual o direito é o fim da razão/ultima ratio, já que só age quando o ser humano descumpre as normas previamente estabelecidas, sendo necessário um apaziguamento externo.
Diferenças entre moralidade e justiça
· A justiça não só impõe um dever, mas estabelece um direito que é correspectivo, ou seja, a obrigação de um é correlata à faculdade do outro exigi-la daquele, ou puni-lo pelo seu descumprimento, tudo através do judiciário;
· O direito, como uma norma de cooperação pacífica externa, não vai entrar em atividade se não depois que a função cooperante seja exteriorizada, depois que aconteçam violações que traduzam as ações. A lei moral, por outro lado, governa também determinações interiores, seu assunto máximo se consuma entre o domínio interno e o que a lei predispõe;
· Os preceitos morais não podem ser coercitivos, não podem pretender que sejam adimplidos por meio de coação judicial. Já os preceitos jurídicos são coercíveis, se pode obrigar outrem a seu cumprimento. Por exemplo, é moral que uma mãe ame seu filho, mas o judiciário não pode obriga-la a fazê-lo, podendo apenas atribuir-lhe uma sanção por não fazer isto.
Ética e moral
Teorias
- Não-distinção
Alguns doutrinadores, como Ferri, não fazem estadistinção, utilizando uma justificativa etimológica: a palavra “moral” vem do latim “mores”, que significa “costumes”; a palavra “ética” vem do grego “éthos”, que também significa costumes. Em ambos os casos “costumes” refere-se ao modo de agir reiterado dos agentes enquanto inseridos numa determinada realidade social, tanto é que, conforme a LINDB, o judiciário pode se valer dos costumes para fundamentar sua decisão.
- Distinção
Para Kant, moral é o conjunto dos princípios gerais, uma ciência, enquanto a ética é a aplicação concreta destes princípios. Para outros a moral é a teoria dos deveres para com os outros, enquanto a ética é a doutrina da salvação e da sabedoria. 
A maioria dos pensadores atuais, ao contrário de Kant, entendem que a ética – e não a moral – é uma ciência, pois possui leis/normas que só se aplicam a ela/a regulam, método e objeto de pesquisa/estudo próprios. Todavia, estes pensadores definem a ética como a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, o que se assemelha à definição kantiana. Assim, a ética também pode ser chamada de teoria dos costumes. A moral, por sua vez, seria o objeto da ciência ética. A ética procura extrair dos fatos morais, dos costumes, enquanto prática de atos reiterados, os princípios gerais a eles aplicáveis. Deste modo a ética é mais teórica que a moral, de caráter mais pragmático. A ética se direciona aos fundamentos, enquanto a moral é a concretude. Enquanto objeto da ética, a moral é uma espécie de matéria prima da ciência do comportamento das pessoas em sociedade. Enquanto a ontologia trata do “ser” – buscando sua essência, o que ele é – a deontologia trata do “dever ser”.
Hierarquia entre ética e moral
O que designa a ética não é apenas uma moral, uma prática, mas um conjunto de regras práticas de uma cultura, uma verdadeira metamoral, uma teoria que se situa além da moral. Normas morais aplicam-se apenas a um indivíduo ou grupo, enquanto a ética tem caráter geral. Por isto alguns autores dizem que a ética tem uma primazia sobre a moral. Isto se dá, pois, é através da ética que se extraem os princípios, de modo que ela desconstrói os costumes que não estejam de acordo com os princípios observados, e ao mesmo tempo funda um certo tipo de ação, evidencia, enuncia, deixa claro quais deveriam ser os princípios que devem conduzir os atos humanos. Por isso fala-se em códigos de ética, e não em códigos morais, até porque é possível falar em diversas morais, costumes distintos, conforme o local. Além disso, os costumes mudam com o tempo e conforme o local – a exemplo das diferentes vivencias de mulheres nos tempos atuais e antigos, nas sociedades ocidentais e orientais – e, logo, a moral também muda, sendo possível extrair dela novos princípios. A moral, enquanto prática, também leva em conta o livre arbítrio, vícios e vontades.
A partir disso, Nalini observa algumas características da ética, dizendo que ela:
· É normativa, não por criar normas, mas elucida-las, extraí-las da ação;
· Aprimora e desenvolve o sentido moral do comportamento e, por isso, influencia a conduta humana. Caso a ética não questionasse, não refletisse sobre determinados comportamentos, não haveria mudança.
· É a doutrina do valor, do bem, e da conduta humana, tendo como objetivo realizar, concretizar o que se tem por importante, ou seja, os valores por ela descobertos;
· É uma das formas de atualização ou experiência de valores, ou um dos aspectos da axiologia (teoria dos valores, a deontologia sendo a teoria dos deveres).
O complexo de normas éticas se alicerça em valores que são, normalmente, designados como bons. Assim, existe uma conexão indissolúvel entre dever (norma) e o que é valioso. Para isto, é preciso pensar o que tem valor na sociedade em que estamos inseridos, seja ela ampla e organizada politicamente (o Estado) ou uma sociedade familiar, comercial ou matrimonial, por exemplo. Deste modo, toda norma (principio e regra) pressupõe uma valoração, ou seja, trata daquilo que é importante, de modo que quando se aprecia uma norma surge o correspondente do bom, e o bom neste sentido tem uma correspondência ao que é valioso. Ao mesmo tempo, se terá um conceito de mau, o que é desvalioso, não é valioso, não é importante. Assim quando se fala em norma, neste aspecto, se fala de uma regra de conduta que postula um dever. Conforme Max Scheler “todo dever ser está fundado sobre os valores, ao contrário, os valores não estão fundados de nenhum modo sobre o dever ser”, pois é através do que é valioso, através do que é importante, que se irá falar sobre o que é bom e o que é mau. 
Classificação moral
Alguns dizem que “o moral” (utilizando-se de um substantivo masculino) é um fenômeno, e não uma doutrina, pois acompanha a vida dos homens e é captado por uma reflexão filosófica de várias dimensões. Filosoficamente, a dimensão humana pode ser definida como uma espécie de dimensão moral, e quando se fala numa espécie de filosofia da consciência se fala de uma consciência moral. Portanto, dentro de uma consciência moral é possível pensar numa linguagem moral. Assim, a expressão linguística relacionada à moral pode ser expressa em palavras de uso corrente como justiça, verdade e lealdade. Estes conceitos filosóficos relacionados à moral são intuitivos a qualquer pessoal considerada normal – no sentido de higidez mental, desconsiderando-se eventuais patologias – no sentido de uma correção mental, uma compreensão imanente ao ser quando se pretende dizer que é algo é moral ou não, como se o ser humano tivesse uma intuição moral. Os preceitos éticos são, de certa forma, imperativos, e para que sejam racionalmente aceitos por quem se destinam, ou seja, para os membros da sociedade, estes membros precisam acreditar que tais valores derivam de uma justificativa forte, consistente. Assim, a norma de conduta moral decorre de um valor, do que importante objetivamente? Ou deriva de uma espécie de fixação arbitrária? A moral é valida para todos, em todos os tempos e lugares? Ou é historicamente condicionada? Existem posições em ambos os sentidos:
Moral absolutista/a priorista/objetivista
Existem regras morais válidas para todos, em todos os tempos, em todos os lugares, sendo consideradas absolutas, de validade universal. Todo ser humano que não tem uma patologia, considerado normal pelo senso comum, que tem o mínimo de consciência, em seu intimo, possui um conceito do bom e do ruim, uma bússola moral, discernindo o que poderia fazer sem culpa alguma, aquilo sobre o que precisaria refletir um pouco antes e aquilo que não poderia praticar, que deveria ser evitado. Há uma consciência estimativa na qual reside o que é valoroso, qual o sentido do valor. Nalini cita Ernest Hanneway, segundo o qual moral é aquilo que nos faz sentirmos bem, e imoral é aquilo que nos faz sentir mal. Neste caso, não seria necessário consultar um código para saber que determinados atos são errados. Não se poderia falar em bem e mal, em virtude e em vício, se não houvesse um critério que os distinguisse, e uma instancia, que chama de ciência humana, que seria capaz de intuir, pressentir, o que é moralmente bom, como se fosse um tribunal. Sem essa bússola interna, sem este conceito de bom e mau, não haveria como se seguir ao estudo da ética. Trata-se de um conceito a priorista da ética pois ela é interna, não necessita da experiência.
Esta tese conduz, no terreno epistemológico, à conclusão de que não há uma criação, uma transmutação de valores, mas simplesmente ignorância contra eles e, portando, a ética iria apenas revelar valores que já existem. Ela teria como missão essencial, capital, afinar no ser humano um órgão moral que tornasse possível descobrir estes valores que eventualmente fossem ignorados.
Moral relativista/empirista
A normal mora é dotada de validade histórica, condicionada, resultado de pura convenção, e por isto é mutável. Os valores são fruto da vontade dos homens. Ele formulam, conforme sua necessidade ou conforme for oportuno, uma espécie de escala que serve de parâmetro para a conduta inseridanum momento histórico e que funciona de acordo com o estamento, com o grau a que pertence, considerando-se também outros fatores condicionantes da opção concreta em cada oportunidade que lhe seja apresentada.
A moral é de ordem empírica, existem várias morais não uma moral universal objetiva. Não há sentido falar no que é considerado valoroso, falar do próprio conceito de valor, à margem da própria subjetividade humana, visto que cada qual pode estabelecer sua própria hierarquia valorativa, que dependerá essencialmente de circunstancias personalíssimas. Questões como época e local de nascimento, estrutura familiar e fé que se professa, predispõem uma determinada individualidade heterogênea que forma o ser e que, portanto, demonstram que as experiências da vida individual caracterizam a personalidade da pessoa e é isto que determina o que é certo e o que é errado. Assim, bem e mal não valem por si só, mas são palavras cujo conteúdo é condicionado por um referencial. O bom, assim, é fruto de uma criação subjetiva. Por exemplo, a moral ocidental do século XXI difere da moral oriental do mesmo século, e ao mesmo tempo difere da moral ocidental do século XIX.
Por exemplo, a mentira é justificável ou a verdade deve prevalecer a qualquer custo? Alguém que escondesse judeus em sua casa no contexto da 2ª guerra, ao ser abordado por nazistas, deveria mentir dizendo que não os estava escondendo, ou deveria dizer a verdade independentemente das consequências disso? Ainda, é possível que se decida por não contar sobre o judeu escondido por amor a uma moral absoluta que considera que todos os seres humanos são iguais, se mentiria em prol de um princípio maior.
Para Kant que, no imperativo categórico, não se pode ter um objetivo secundário, a coisa – no caso, a verdade – é um fim em si mesmo, devendo prevalecer. Ele pensa no dever pelo dever, de modo que, se a ação engloba alguma outra intenção, o sujeito já não esta o cumprindo. Assim, entende que é necessário fazer o que é certo, ainda que isto cause um desconforto ao sujeito. O mesmo entende Sandel, exemplificando que, por exemplo, quando uma pessoa com sede opta por beber um refrigerante, ela não age com liberdade, pois este é um desejo que ela não escolheu ter.
Por vezes, porém, a mentira não serve para evitar apenas um certo incomodo ao que a pratica, mas preserva sua vida, como pode ocorrer caso a pessoa esteja sendo ameaçada de morte caso não minta ou faça algo errado de forma semelhante, tratando-se de uma mentira não decorrente do livre arbítrio, mas de uma coação. Questiona-se, assim, se esta mentira, decorrente de coação, poderia ser punida da mesma forma.

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