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@RITMODEFISIO_ Resumos em PDF PDF de Fisioterapia Pediátrica SUMÁRIO DE RESUMOS • Conceitos • Reflexos Primitivos • DNPM • Avaliação • Bases Psicomotoras • Fatores que influemciam o DNPM • Estimulação Motora • Condutas • Doenças Ortopédicas • Particularidades do Sistema Respiratório • Técnicas Respiratórias @ritmodefisio_ COMO CLASSIFICAR? • Neonatologia: de 0 à 28 dias de vida; • Pediatria: a partit de 29 dias aos 17 anos, 11 meses e 6 dias. NEONATOLOGIA: • DUM: data da última menstruação, é dai que se dá a IG do feto. Como pode dar uma variação de semanas, quando o bebê nasce é que vai calcular com mais certeza a IG que ele tem através das características físicas; • Capurro Somático: escala onde o neonatologista avalia a criança a partir das capacterísticas físicas para dar a idade gestacional equivalente as características que ele apresenta. – Não é o fisioterapeura que faz o cálculo. - Forma da orelha - Tamanho da glândula mamária - Formação do mamilo - Textura da pele - Pregas plantares Total de pontos + 204 ÷ 7 = Semanas de Gestação. Ex.: 43 + 204 = 247 ÷ 7 = 35 semanas OBS.: o método tem uma margem de erro de uma semana para mais ou para menos. Cada item tem uma pontuação, soma tudo e faz o cálculo. @ritmodefisio_ CLASSIFICAÇÃO PREMATURIDADE • OMS: - Extremo: 26-31 semanas - Moderado: 32-35s6d - Limítrofe: 36-36s6d • AAP: - Extremo: 26-31s - Moderado: 32-36s6d - Limítrofe: 37-37s6d • NOVA: - Extremo: ⬇️ 28s – abaixo de 27 semanas e 6 dias; - Grave: 28-30s - Moderado: 31-33s / Tardio: 34-36s – 37 semanas é considerado bebê termo; • Pós-maturidade: ⬆️ 42 semanas – trabalha com margem de segurança de até 41 semanas e 6 dias. PREMATURIDADE • Fatores de Risco: - Epidemiológicos: baixa renda / desnutrição - Clínicos: doenças maternas (HAS) – hipertensão aumenta o fluxo sanguineo da mãe e diminui o do bebê; - Obstétrico/gineco: infecções – infecções como a da placenta, infecção urinária recorrente; - Desconhecido – estilo de vida pode influenciar • Problemas - Asfixia perinatal – falta oxigênio nas primeiras horas de vida - Insuficiência respiratória - Infecção – sistema imunológicio baixo; - Doenças metabólicas - dificuldade de controle de glicemia; Não tem áreas de troca suficiênte por causa do desenvolvimento do Sistema respiratório, imaturidade da musculatura. @ritmodefisio_ - Alteração do tônus e mobilidade • Se a mulher chegar na emergia com 20 semanas ou com menos, mas o bebê tiver mais de 400g faz o parto e investe no bebê, mas não sabe se vai sobreviver. 19 semanas é considerado aborto ou com menos de 400g; • O campeão de prematuridade é o Maláui. O Brasil aumentou o nível de prematuridade por conta do estilo de vida e gestação tardia. PÓS-MATURIDADE • Fatores de risco - Epidemiológicos: baixa renda – nível de instrução, não ter serviço básico de saúde; - Erro da IG (idade gestacional) – a DUM errada ou o não acompanhamento mensal; - Desconhecidos - Má formação: anencefalia (não tem encéfalo). • Problemas A placenta tem um tempo e se fica por mais tempo, começa a falhar, faltar nutrientes: - Asfixia perinatal – deixa de receber oxigênio; - Aspiração de mecônio (primeiro cocô) – o liquido aminiotico pode ir para o pulmão mas não tem problema porque é líquido. O meconio é formado por descamação da pele, tecido, liquido e outros. Se faltar oxigênio por algum motivo, pode liberar mecônio porque libera esfíncter, se ele aspirar o mecônio vai para as vias aéreas e gruda. Quando o bebê nascer e for respirar, não tem como porque o resíduo está atrapalhando, tem que aspirar e entubar = Síndrome da Aspiração Meconial – importante observar a cor do líquido aminiótico; - Alterações metabólicas – dificuldades de controle de glicemia, picos elevados de glicemia. • SÍNDROME DA PÓS-MATURIDADE - Estágio I: menos grave, tem mais alterações a nível estético, vérnix e lanugo vão sendo perdidos perto do parto e como demora, quando nasce já não tem mais. @ritmodefisio_ ▪ Pele seca, rachada, descamativa, frouxa e enrrugada ▪ Aparência de desnutrição – começa a ter necessidade energética maior ou placenta tem falha ▪ Redução do tecido subcutâneo – começa a perder massa por conta da desnutrição; ▪ Pele “grande demais” para o neonato ▪ Neonato de olhos abertos e alerta - Estágio II: requer maior atenção ▪ Todas as características do estágio I ▪ Manchas de mecônio - pode não ter aspirado ainda ▪ Depressão perinatal (em alguns casos) – aspirou um pouco de mecônio - Estágio III: ▪ Todos os achados do estágio I e II ▪ Mancha de mecônio no cordão e nas unhas – o mecônio já está presente a tempo ▪ Risco mais elevado de morte fetal, intraparto ou neonatal – por conta da diminuição de oxigênio e aspiração meconial. Idade pós-natal: período de tempo que decorre do nascimento até a data presente. – idade normal, contando a partir do dia que nasceu. Tem que fazer a correção da idade gestacional para os prematuros Idade corrigida: idade pós-natal – o número de semnas que faltou para completar 40 semanas. • Idade corrigida = idade cronológica (40 semanas – idade gestacional) • Ex.: 32 semanas de idade gestacional e 3 meses de vida Idade corrigida = 3 meses – (40 – 32 semanas) Idade corrigida = 3 meses – 8 semanas (2 meses) Idade corrigida = 1 mês Quando fala de desenvolvimento neuropsicomotor, o bebê que tem 3 meses de vida na verdade, tem motoralmente falando 1 mês. Por isso tem que fazer a correção para ver em que parte do desenvolvimento ele está, paa descartar problemas neurológicos. Porém, se faz a correção e mesmo assim não é compatível com o desenvolvimento neuropsicomotor tem que prestar atenção. Peso ao nascer Peso é indicador de viabilidade, a maioria das vezes o peso está relacionado com a IG, para fazer o cálculo, existe uma curva de crescimento onde o médico correlaciona peso e IG para ver se está condizente. Peso é um dos motivos de alta. O bebê tem uma perda de peso nas primeiras horas de vida, mas é normal. • RN de baixo peso (RNBP) - RN com menos de 2500g • RN de muito baixo peso (RNMBP) - RN com menos de 1500g @ritmodefisio_ • RN de extremo baixo peso (RNEBP) - RN com menos de 1000g Pediatria • Lactente: 29 dias a 12 meses • Infante (Todller): 1 aos 3 anos • Pré-escolar: 3 anos a 6 anos • Escolar: 7 anos a 11 ou 12 anos • Pré-adolescente: 10 a 13 anos • Adolescente: 13 aos 17 anos, 11 meses e 6 dias. @ritmodefisio_ Reflexo é aquilo que se faz de forma involuntária e reação é o que se faz depois de sofrer uma ação. Para avaliar reflexos tem que estar em temperatura agradável, em um ambiente silencioso. A maioria dos reflexos, principalmente os mais críticos, tem um marco importante no 2º mês porque a maioria já vai ter pedido, outros surgem e no 4 mês começa a ter atividades motoras mais diferentes do que de reflexo, marcos motores, importante para avaliação neurológica. • Reflexo de Moro: desencadeada pela queda súbita da cabeça amparada pelo examinador, criança reage com extensão e abdução de membros superiores seguida de choro. Presente até os 5 meses de vida. Moro de RN é forte, já de 5º mês é quase inexistente, vai perdendo e sendo substituído por uma função motora. O bebê vai apresentar a extensão pela primeira vez. É o último reflexo a ser testado por causar choro; • Reflexo de Sucção: tocar os lábios da criança com o dedo enluvado provocando abertura involuntária da boca e preensão do dedo, a língua reage em forma de cânula e faz movimentos ondulatórios anteroposteriores. Presentes nos primeiros meses de vida, até os 3-4. Nasce com isso para aprender a se alimentar. Só é presente em bebê termo, pré termo não apresenta, tem sucção débil. Deixa de ser reflexo quando aprende o que é a alimentação; • Reflexo deGalant: presente desde o nascimento até o 2º mês, consiste em estimular a região dorso lateral e faz a flexão lateral de tronco. • Reflexo de Preensão Palmar: presente de 0 à 3-4 meses. O estimulo é o contato do examinador na palma da mão do bebê, reagindo com uma preensão do dedo (segurando o dedo da mãe). O reflexo vai sendo desgastado porque vai dessensibilizando a mão, até os 2 meses o bebê tem uma postura assimétrica, quando um lado estende o outro flexiona. Com 3 meses o principal marco motor é o estímulo a linha média, quando o bebê começa a se tocar, esse ato faz com que perca o reflexo involuntário e com 4 meses passa a ser voluntário. Lesão cerebral tem persistência de reflexo de preensão palmar por muito tempo, ficam com mão em garra; • Reflexo de Preensão Plantar: o mesmo princípio da mão, só que no pé. Estimula o peito do pé e o bebê faz a flexão dos dedos. Ele demora mais tempo porque o bebê demora mais tempo de usar. O perder dos reflexos do bebê se dá craniocaudal. Começa a perder quando senta e passa um pé no outro, por volta dos 7-8 meses. Começa a perder com 6 meses; • Reflexo Olho de Boneca: o bebê fica reclinado nos braços do examinador e faz a rotação lateral da cabeça e mantê-lo na posição por alguns segundos. Os olhos permanecem na posição inicial, não acompanha a cabeça. Desaparece de 1 a 3 meses. O bebê ainda não tem controle visual. • Reflexo Labiríntico: reflexo visual, RN ainda não tem a maturação do sistema labiríntico, podendo as vezes da alteração no reflexo visual; • Reflexo Cervical de Retificação (RCR): o bebê não tem controle de cervical, se vira em bloco. Se vira a cabeça para um lado, o corpo vai todo para o mesmo lugar. Está presente no neonato e vai até em torno dos 3 meses, que é quando começa a ter controle de cervical; • Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): está presente no neonato, mas é bem marcante no 2 mês. Reflexo de arqueiro ou de esgrima, até o 2º mês o bebê se comporta de forma assimétrica. Se vira a cabeça do bebê para um lado, ele faz extensão do membro superior e inferior do lado que virou, o contralateral em flexão de MMSS e MMII. É quando o bebê vê a mão para a primeira vez. Vai perdendo no 3-4 mês, porque ele já ganhou simetria. @ritmodefisio_ • Reflexo de Marcha Automática: segura a criança pelo tronco com as duas mãos e o reflexo é obtido pelo contato da ponta do pé com a superfície que resulta em marcha. Se inicia nos primeiros dias de vida e vai até o 2º mês de vida, no 2º mês já perde. • Reflexo Positivo de Suporte: segura a criança pelo tronco com as duas mãos, coloca de pé e ele fica. O corpo fica inclinado para frente, mas consegue sustentar o peso. Presente até o 2º mês. A perda do reflexo de marcha automática e positivo de suporte tem dois nomes chamados abasia (marcha) e astasia (positivo de suporte). Quando o bebê está com 4-5 meses passa a ter a positivo de suporte não por reflexo, mas porque adquiriu força muscular para isso acontecer. Por isso não pode botar bebê de 4 meses em pé. • Reflexo de Busca/4 pontos cardeais: para realizar a pega do peito da mãe, precisa pegar com a boca aberta. Para que abra a boca para sugar, pode estimular esse reflexo fazendo pressão no canto da boca, a resposta é abrir a boca e virar para o lado que pressionou. Antes de colocar no peito, pede para fazer esse estímulo para que ele consiga sugar. Presente até os 2 meses; • Reflexo de Babinsk: estímulo na lateral do pé e o bebê faz a extensão dos dedos. Presente até os 4-5 meses; • Reflexo de Colocação: bebê anda, fica em pé e sobe escada quando faz estímulo na região anterior, faz uma flexão. Presente até no máximo 2 meses; • Reflexo de Propulsão: consiste no deslocamento para frente, quando o bebê é colocado de bruços e tem apoio no dorso dos pés. Ou seja, o recém-nascido tem o reflexo de rastejar quando estimulado. Estímulo na planta do pé faz com que tenha extensão. Desaparece com 3 meses; • Reação de Landau: pode ser visto como reflexo ou reação. Faz uma extensão de coluna, cervical toraco-lombar. Começa no 4º mês de vida que é quando tem controle de cabeça para ativar as musculaturas e tem um Landau maduro com 6 meses; • Reflexo de Sobrevivência/Fuga: presente até os 2 meses. Quando coloca o bebê em decúbito ventral ele vira a cabeça para liberar a via aérea. É perigoso porque se ele vomitar não consegue tirar ou se o lençol embolar pode morrer por asfixia. @ritmodefisio_ 1º MÊS ▪ SUPINO O bebê de 1 mês tem muita característica do bebê recém-nascido (pois RN é até 28 dias). Recém-nascido está em padrão flexor de MMSS, a cabeça não tem controle, lateralizada – não porque ele está olhando para o lado, mas porque a gravidade atua e ele não tem força pra manter a cabeça em linha média – MMII em padrão flexor. A diferença do bebê de 1 mês para o RN é que o padrão flexor está mais fraco, então pode ser que o membro superior esteja mais caído para o lado por conta também da ação da gravidade, porém ainda é mantido padrão flexor. Os MMII podem estar mais pra baixo mas ainda é observado muita flexão de quadril, joelho e pé. Dificilmente um bebê de 1 mês vai estar totalmente apoiado com membros inferiores porque ainda tem muito padrão flexor principalmente de quadril. ▪ PRONO Cabeça lateralizada porque ele ainda tem um pouco do reflexo de fuga, braços próximos ao corpo ainda fletidos, mãos fechadas. Quando ele levanta a cabeça para lateralizar, ele trabalha a musculatura extensora de cervical – porém ele não suporta o peso – essa ativação muscular de extensores vai fazer com que ele futuramente consiga controlar a cabeça. O bebê de 1 mês ainda não controla a cabeça porque ele ainda não tem controle sobre a musculatura extensora, mas já começa a trabalhar aqui – por isso é importante colocar bebê em decúbito ventral, tem que ser acordado e não de barriga cheia porque isso é uma atividade física. A pelve está fletida, juntamente com o joelho e o bumbum pra cima, empurrando a cabeça pra baixo. Por isso o bebê não tem como levantar tronco porque automaticamente a pelve alta – geralmente o joelho fica em baixo da barriga – vai empurrar a pelve pra cima e cabeça para baixo. Tem o inverso quando começa a ativar a cabeça, que ativa a musculatura extensora, o padrão flexor de pelve diminui – abaixando a pelve – e a cabeça se eleva. * Bunda pra cima, cabeça pra baixo. ▪ PUXADO PARA SENTAR O bebê não tem controle de cervical, então a cabeça vai para trás. Quando for testar, não se deve segurar pelo pulso, a pega deve ser mais para cotovelo, e ele vai manter a cabeça mais para trás. Ele pode até tentar fazer um leve contato, mas ele ainda não utiliza a visão como guia de função motora. Quando fixa o olhar em algo, somos estimulados a manter o controle para poder olhar para essa coisa – o bebê de 1 mês ainda não tem isso. ▪ DE PÉ Quando levanta para em pé, a postura dele ainda é cifótica em toda a coluna se anteriorizando, tem reflexo de marcha automática, positivo de suporte - não tanto quanto o RN - ele pode ter uma leve flexão de joelho porque já está perdendo os reflexos mas pode conseguir ficar de pé. 2º MÊS ▪ SUPINO É típico do bebê de 2º mês o RTCA (posição de arqueiro), então ele apresenta um padrão bastante assimétrico. Não tem controle de cervical ainda, então ela tenta levar a cabeça até a linha média mas cai e entra em RTCA. Esse padrão de flexão- extensão do bebê é por conta do RTCA. O RTCA estende e flete os MMSS, isso faz com que o bebê ganhe em ADM, estendendo e flexionando. Em alguns momentos onde o bebê não entra em RTCA, o membro superior dele vai estar fletido e estendido, mais ao longo do corpo, porque já começou a ganhar em extensão, saindo do padrão flexor bilateral. A pelve está mais baixa, mas mantendo ainda o padrão flexor, o RTCA favorece alongamento de quadrado lombar. Pode ser que a perna rode para o lado fazendo abduçãoe rotação externa dos MMII. O RTCA favorece muito mais a diminuição do padrão flexor pra que o @ritmodefisio_ bebê não fique preso nessa postura. O bebê de 2 meses é muito assimétrico, ou seja, esse movimento alternado que ele faz – flexão e extensão de forma a compensar um lado e outro. ▪ PRONO Ainda tem padrão flexor, porém não tanto com o bumbum pra cima como o de 1 mês, mas o braço dele aqui já está mais aberto, não muito abduzido. Já consegue levantar a cabeça mais de 45 graus, tenta chegar na linha média mas não consegue manter e então desaba. Esse treino de levanta- segura-solta é atividade física, fortalecimento muscular. Com 2 meses ele está treinando essa musculatura extensora para que com 3 meses ele consiga elevar e manter na linha média. Aqui já começa a descarregar peso e o apoio do braço ajuda a levantar a cabeça, se tira esse braço dai e põe para trás, aumenta a dificuldade. Então o braço ajuda no controle de cervical. Automaticamente se começa a ativar cervical, a pelve desce. O bumbum ainda está elevado, mas o joelho já não está mais tão em baixo do quadril, já começa a ter um pouco mais de extensão de quadril e joelho. ▪ PUXADO PARA SENTAR A cabeça já não vai pender tanto. Vai tentar levantar um pouco a cabeça ativando pelo contato visual – embora a visão ainda não esteja perfeita por serem um pouco míopes – A ativação da musculatura faz com que ele tente manter o controle cervical. Quando traciona ele, ele tenta manter. A pelve não movimenta em nada durante a manobra de puxar para sentar - é como se não existisse ainda essa musculatura, não vai ter ativação pra nada, muito menos de abdômen – o controle de cervical e que vai ser a diferenciação do 1º para o 2º mês durante o puxado para sentar. ▪ DE PÉ Ele tem abasia e astasia (perda dos reflexos de marcha automática e positiva de suporte), quando põe de pé desaba, flexionando em membro inferior, não tem musculatura para manter extensão de membros inferiores. Cabeça já não está tão caída para frente, está mais encaixada. Membros superiores ainda mantém um pouco de flexão e quadril desabado e desalinhado por conta da abasia e astasia. *Grande marco do 2º mês é a perda desses reflexos primitivos, apenas o RTCA vai estar com forte evidência. 3º MÊS ▪ SUPINO Cabeça está na linha média – simetria – grande marco. MMSS está mais estendido, podendo ou não ter RTCA, pois vai sendo perdido. Braços na linha média, mas não em padrão flexor pois ele tem interesse em manusear o corpo, objetos, levar a mão à boca (voluntário por função motora) – a cabeça e mãos precisam estar em linha média. Essa dessensibilização faz com que ele perca preensão palmar. Mão na boca do RN é acidental pelo reflexo de busca porque a mão passou pela frente da boca, estimulando reflexo. Pelve mais baixa, flexão de quadril bem mais diminuída. A gravidade atua e ele pode fazer rotação externa e abdução, joelho menos fletido, mas não totalmente estendido e pés com menos flexão dorsal, mas não tem pé caído ainda. Com a cabeça na linha média ele começa a ativar flexores de cervical, ainda não consegue ficar muito tempo, mas a ativação favorece o controle. Para ter um bom controle de cervical precisa que toda a musculatura flexora, extensora, de rotação e lateralização esteja perfeita. Com 3 meses tem maturação das principais musculaturas – extensora e flexora. A parte de lateralização e rotação vai estar mais desenvolvida no 4º mês. Aqui até trabalha mas não tem tanta habilidade. Controla a cabeça no 3º mês, mas no quarto está com ótimo controle de cervical pois consegue controlar em outros planos. 4º MÊS ▪ SUPINO Levanta e roda a cervical. A visão aqui é o principal motivador da ativação cervical. Bebês que tem baixa acuidade visual, cegueira ou diminuição da acuidade auditiva, tem alteração no DNPM porque a parte neurológica, no ponto de vista sensorial, interfere no desenvolvimento. O meio, o psicossocial e a parte @ritmodefisio_ sensorial influenciam no desenvolvimento. O bebê passa a realizar flexo extensão de ombro para alcançar objetos. O alcance é o marco motor no bebê em decúbito dorsal. As pernas mais estendidas, passa a ter ativação da musculatura de quadril, ele descobre que tem joelho, pega nele. Ele pode rolar acidentalmente, porque não tem dissociação. Ele começa a se interessa a ficar mais em decúbito lateral do que dorsal. Começa a ativar a musculatura para virar de lado. 5º MÊS ▪ SUPINO Cabeça já faz flexão, alcança o pé fazendo extensão colocando o pé na boca. Nessa extensão, ele alonga cadeia posterior, o que prepara ele para ficar de pé e andar. Antes ele virava acidentalmente para decúbito lateral, agora ela vira voluntariamente. O marco do 5º mês, além do alcance ao pé, é o ato de rolar voluntariamente para decúbito ventral, rolar em sua maior amplitude O rolar começa involuntário no 4º mês para lateral, voluntário no 5º mês de dorsal para ventral, inicialmente involuntário de ventral para dorsal mas que depois passa a ser voluntário. ▪ PRONO Vai modificar de posição, vai fazer alternância de descarga de peso, quando levanta o braço, a pelve lateraliza, descarregando o peso em MMII, fazendo dissociação de cintura pélvica. Essa alternância de peso começa a liberar joelho, treinando tudo para engatinhar. ▪ SENTADO Com 4 meses, senta com apoio em região lombar, pode diminuir apoio em região lombar. No início do 5º mês ele ainda não tem reação de proteção nem anterior nem posterior. Coloca leve apoio para o bebê e ele vai brincar com as mãos nessa postura. Os membros inferiores, que antes sentava totalmente em anel, passa a estender um pouco mais, tende menos postura de flexão de joelho. Já diminuiu bastante cifose da coluna. ▪ PUXADO PARA SENTAR Ele automaticamente agarra e realiza o movimento de levantar – não utiliza ainda os MMII para levantar, pernas só servem de apoio. Fica de pé mais alinhado do que o de 4º mês. Já pode trabalhar com ele em ortostase para trabalhar fortalecimento de MMII com objetivo não de ortostase, mas de fortalecer a musculatura para que lá na frente – 7 meses - consiga deixar ele nessa postura. 6º MÊS ▪ SUPINO Essa posição ele já não se agrada muito. Alcança o pé e rola como um todo. Passa a ser uma posição de transição porque limita o campo de visão e de atividade dele, mas ainda consegue colocar ele nessa posição. ▪ PRONO No 5º mês ele estava treinando, aqui ele já faz a flexão de quadril de um lado para liberar o joelho, vivenciando a postura de 4 apoios. O ponto de apoio para empurrar pra frente passa a ser o joelho, por isso que ele arrasta. ▪ SENTADO Já não tem mais a postura de sentar em anel, MMII mais esticados, não está totalmente alinhado porque essa postura é chamada de long sitting – é um pouco mais pra frente – levemente flexionado, enquanto um MMII está estendido, o outro está flexionado. A reação de proteção anterior ajuda ele a ficar sentado sem apoio – não tem tronco totalmente ereto mas ele consegue suportar o peso do corpo apoiando as mãos na frente. É um bebê que senta sem apoio. ▪ PUXADO PARA SENTAR @ritmodefisio_ As vezes sem ninguém ele pode segurar um objeto e puxar e se levantar. Começa a ativar a musculatura de quadril porém não tão bem como mais a diante, para ajudar no movimento, mas a força é maior em MMSS e tronco. 7º MÊS É uma posição que não é muito desejada no 7º mês por ele já rolar, ele não fica em supino (é uma posição transitória). Senta sem apoio, de forma mais ereta, sem reação de proteção anterior. Presença do reflexo de RTCS (Reação tônico cervical simétrico – reflexo mais tido como patológico mas pode aparecer durante o desenvolvimento de forma fisiológica) Conjugação do movimento da cabeça igual ao de membros superiores (gato olhando pra lua, gato bebendo leite – extensão da cabeça, extensão de MMSS e flexão de MMII – flexão de cabeça, flexão de MMSS e extensãode MMII) POSIÇÃO DE GATO. Se mantido ao longo do tempo é patológico. Aparece fisiologicamente nessa fase de 6-7 meses onde a criança está vivenciando o gateio, que é uma prévia do engatinhar. Gateio é a posição, engatinhar é o deslocamento na posição de gato. Quando começa a engatinhar, ela deixa o RTCS. “Nado a seco” (rastejar no chão) que ativa a musculatura até que ele descobre que tem uma perna para ajudar a ficar na posição de 4 apoios. Ainda não tem ótima dissociação de tronco. Faz o pivolteio para um lado e outro mas não é perfeito. De pé ainda não está totalmente alinhado. 8º MÊS O marco é a reação de proteção lateral para descarga de peso. Já consegue levantar segurando móveis mas não faz dissociação de MMII. O giro em torno do eixo com rotação e flexão de tronco, pivolte completo. Não engatinha completamente dissociado, vai em bloco. Ela já realiza sedestração sozinha. 9º MÊS Não fica mais em supino, prono. Ou ela está engatinhando, ou sentada ou de pé. Ele pode utilizar postura para transição. Fica sentado brincando com bom controle de tronco, essa estabilidade de tronco e de pelve faz com que ela comece a trabalhar motricidade fina. Pacientes neurológicos dificilmente tem boa motricidade fina que é nas partes distais do esqueleto. Então se não tem bom controle em ombro, não vai ter em mão por exemplo. Postura ereta, descarrega peso, se apoia em pé em uma mão e solta a outra, por conta de melhor alinhamento do tronco. - O engatinhar favorece diversos ganhos de aquisição motora, além de que, pensando na questão cognitiva, ele ganha noção de profundidade, altura, dimensão de tempo e espaço. A criança pode ou não engatinhar, e as vezes não engatinha perfeitamente. A tática que usa pra engatinhar não tem problema, desde que não tenha uma repercussão no desenvolvimento motor – criança com paresia de MMII, vai colocar força nos MMSS e arrastar os MMII. O engatinhar é separado em algumas etapas: - O balançar rítmico para frente e para trás, diagonalmente em 4 apoios. Para que isso aconteça, precisa ter fortalecimento de abdominais, estabilizadores de ombro e quadril, se não desaba MMSS e quadril, ativação de peitoral para que a criança não caia sobre o rosto, ativação de flexores de ombros e quadril para iniciar o movimento para frente. Faz dissociação e pode passar a realizar a posição de urso, que é engatinhar com os dois membros inferiores estendidos (típico do 10º mês a posição de urso). Aqui ela já está treinando. Essa posição ajuda a criança na marcha, porque a musculatura posterior alonga. 10º MÊS @ritmodefisio_ A principal posição é de pé. Muitos com 10 meses já andam, mas na literatuta é marcha é com 12 meses. Aqui ele tem uma marcha lateral. Marco é reação de proteção posterior. Já passa de ajoelhado para semi-ajoelhado. Anda segurando pelas mãos. Base alargada com passos largos. 11º MÊS Passa de cócoras para de pé. - Estimular o andar da criança: andador contraindicado. Existem tipos de andadores (auxiliar de marcha) que é para empurrar, a criança está fora dele, apenas se apoia e empurra. @ritmodefisio_ ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO: Nome: Idade: Data de nascimento: Gênero: Raça: Nome dos pais/responsáveis: Nacionalidade: Religião: Escolaridade: Endereço: Telefone: QUEIXA PRINCIPAL A queixa principal é a queixa do paciente. Não colocamos aqui nossas palavras, são as palavras que o paciente/responsável refere. HDA Vai contar a história da queixa principal. Como surgiu o problema da queixa principal. As vezes é necessário puxar o paciente para a queixa, evitando entrar em assuntos que não tem conexão alguma. Diagnóstico clínico: Encaminhamento profissional: HDP Investiga algum tipo de doença que pode ou não estar vinculado com a atual, alteração que o paciente apresente. Histórico da criança. HISTÓRICO FAMILIAR HÁBITOS DE VIDA Sono: Se dorme bem, a hora que acorda, horas de sono. Alimentação: De que forma ela mama, se ela se alimenta bem, etc. Hidratação: Rotina diária: Se faz uso de medicação, acompanhamento com especialista. Se frequenta escola, com quem ela fica. * O período que a criança não está na fisioterapia é de extrema importância, pois é preciso manter o estímulo para que ela adquira melhor as posturas e o objetivo, puxar a responsabilidade dos genitores/responsáveis com a criança. DNPM: Perguntar a mãe como é a criança. Como tem sido o desenvolvimento dessa criança até aquele momento, comportamento, se é quieto, agitado, se chora muito, como é que ele se comporta quando colocado de barriga para baixo, se vira ou fica. Pergunta de uma maneira que seja clara para quem está ouvindo. * No segundo momento vai avaliar. Muitas vezes o que os responsáveis dizem não condiz com o que nós encontramos. Ou o responsável interpretou mal o comportamento daquela criança ou a criança realmente fazia, mas parou de fazer. Vamos procurar eventos para justificar a mudança de padrão que o responsável trouxe, as mudanças observadas no exame físico. PERÍODO GESTACIONAL @ritmodefisio_ Idade materna na gravidez: Complicações: Se houve perda de líquido, pressão alta, diabetes, sangramento. Medicações ou drogas: Nicotina, álcool, ilícitas. Abordar de forma discreta. GPA (Gestação Parto Aborto): Pode relatar a quantidade de filhos, se alguma criança faleceu após o nascimento. Motivos do aborto. Ocupação da mãe: (para investigar alguma coisa) * A criança mexe de acordo com o organismo da mãe. Se a mãe é muito ativa, a criança mexe mais, se a mãe é mais prostrada, a criança também é. O desenvolvimento da criança tem muita interferência da rotina da mãe. Mães que ficam muito sentadas, os bebês ficam mais tempo em uma única posição podendo adquirir torcicolo congênito. PARTO IG: IC: Tipo: Complicações: Se teve mecônio, se chorou ou não, investiga no APGAR. APGAR: É um boletim que avalia as características do bebê ao nascimento. O APGAR é avaliado no 1º, 5º e 10º minuto. O bebê tem uma nota que vai de 0 a 10 em cada um. Quanto maior o APGAR melhor a condição ao nascimento, quanto menor o APGAR, pior a condição clínica ao nascimento. Avalia a FR, FC, coloração da pele, tônus e choro (irritabilidade reflexa). - O APGAR nos dá uma noção do que pode vir a acontecer com o bebê lá na frente. - Em bebês prematuros o APGAR tende a ser mais baixo. Peso ao nascimento: Medida de comprimento: PERÍODO NEONATAL Complicações: Internações prévias: Convulsões: EXAME FÍSICO • Inspeção Pele: Compreensão/ Cognição: Comportamento: Nível de consciência: LOTE (lúcido, orientado em tempo e espaço) * Se a criança é assim ou se ela está assim (agitada, lerda, prostrada) - Escala de Gasglow – á nível hospitalar Avaliação postural: • Palpação Edema: Tônus: Mobilidade: ADM: Força muscular: • DNPM Marcos motores: (prono, supino, sentado, em pé, marcha) • Sensorial: Audição: Visão: @ritmodefisio_ PRAXIA GLOBAL E FINA o Desenvolvimento motor e desenvolvimento da praxia se dá desde o nascimento o Praxia fina e global não se desenvolvem ao mesmo tempo o Primeiro adquire a praxia global e entra antes de 2 anos de idade a questão do controle de cabeça, de tronco, engatinhar o Os testes não avaliam unicamente praxia, a maioria avalia junto equilíbrio, coordenação, oculomotora, óculo pedal o Quando pensa em avaliar praxia do bebêvamos avaliar o DNPM e o comportamento dessa criança durante as aquisições das posturas do DNPM o Quando avalia controle de tronco e de cabeça, avalia como essa criança executa esses controles, entrando na questão da praxia, que é a capacidade dela de realizar o movimento o Esses testes servem para complementar a avaliação motora o A atividade motora de uma criança de 2 anos, relacionada a praxia global, ela tem controle de tronco, de cabeça, realiza marcha, e ai quando realiza esses testes da praxia, qualifica a avaliação motora o A criança tem uma independência motora quando realiza a marcha mas ela continua se desenvolvendo o Todas as bases tem relação com o DNPM, são interligados. TÔNUS o Só de olhar, através da postura da criança, já tem uma noção do perfil de tônus que ela tem o Se está largada, cabeça para um lado, braços soltos e pernas em abdução e rotação externa, tem a ideia de que há um tônus hipotônico o Se a criança ou está de flexão de MMSS e extensão de MMII ou extensão de ambos, já tem a ideia de que há um tônus hipertônico o Depois da inspeção passa para a palpação o Se pega uma criança com hipotonia, a tendência é ter mais flacidez. A pele, o músculo mais molinho OBS.: Hipertonia e hipotonia é diferente de hipertrofia e hipotrofia. Contudo, existe uma relação. Geralmente, pacientes que tem uma hipertonia, podem ter aumento do volume do músculo (hipertrofia), assim como pacientes que tem uma hipotonia, o volume do músculo é menor (hipotrofia). A hipertonia está vinculada a hipertrofia, mas nem sempre a hipertrofia está vinculada a hipertonia. o O tônus deve estar presente de maneira adequada durante todo o processo de desenvolvimento o A criança pode apresentar dois tipos de tônus, nem sempre ela será toda hipertônica ou toda hipotônica o Geralmente, paciente com paralisia cerebral, tem hipertonia de membros e hipotonia de eixo (cabeça e tronco mole, e braços e pernas rígidos) o Ou pode apresentar um quadro de hipertonia ou hipotonia generalizada o Podemos classificar a hipertonia de acordo com a quantidade de membros, por exemplo, há um tipo de paralisia cerebral caracterizada como do tipo plégica, quando tem uma hipertonia somente de MMII, ou apenas de um membro, ou de um lado (hemiplégicos e hemipareticos) o Geralmente, a hipotonia está presente na fase aguda da lesão. Conforme vai saindo da fase aguda e indo para a fase subaguda e crônica, ele pode desenvolver uma hipertonia o Quadro de hipotonia generalizada, geralmente está vinculado com um pior prognóstico. Ou a lesão cerebral é muito extensa ou tem uma síndrome degenerativa associada ou é uma doença genética que é caracterizada por isso o A característica da síndrome de Down é hipotonia generalizada. Ele vai ter um tônus mais baixo durante toda a vida dele, por isso que ele pode apresentar uma alteração no desenvolvimento motor. Demora mais tempo pra sentar, engatinhar, levar a mão a cabeça, andar. O desenvolvimento se adapta ao tônus baixo. @ritmodefisio_ o É a nível de SNC, não tem como modificar o tônus dele, mas tem como adaptar o desenvolvimento motor para aquele perfil de tônus o Geralmente, para reabilitar um paciente hipertônico, há mais estratégias. Pacientes com hipertonia de MMII, conseguem utilizar órteses, pra posicionar, colocar sentado, de pé e treinar marcha. Ou pode fazer uso de toxina botulínica para melhorar, facilitar no momento da terapia. Porém o efeito é curto, vai agir no músculo, ação local, não a nível de SNC o Hipotonia é diferente de fraqueza muscular o Padrão flexor é diferente de hipertonia o Diferente do DNPM, que é crânio caudal, o desenvolvimento do tônus é caudo cefálico o Quanto mais prematuro, menor é a tonicidade, pois não teve tempo de adquirir padrão flexor intra útero EQUILÍBRIO o Se tem um tônus ruim, tem um equilíbrio ruim o Os testes são o complemento da avaliação como um todo LATERALIDADE o O indivíduo já nasce programado para ser destro ou canhoto o Vamos ver a predominância do lado que ele vai dominar, através de movimentos de praxia fina e global o Geralmente o ser humano nasce com lateralidade única (ex. destro de mão, destro de perna) o Mas pode ocorrer de ser lateralidade cruzada (ex. escreve com direita, chuta com esquerda) o Observa lateralidade pela força muscular também o Ter cuidado para não forçar a lateralidade da criança o Ambidestro (escreve com uma, mas tem boas habilidades com a outra) ESQUEMA E IMAGEM CORPORAL o Para trabalhar com a imagem corporal sugerem-se atividades com espelho. As crianças, em frente a ele, vão se movimentando percebendo seus corpos. Assim, jogos e músicas que envolvam etapas de reconhecimento do corpo e de suas partes auxiliam no entendimento do esquema corporal o Esquema Corporal é a organização das sensações relativas ao próprio corpo, que o indivíduo vai interiorizando através dos estímulos que recebe do meio ambiente. Assim vai mapeando e torna-se capaz de identificar e localizar as diferentes partes do corpo, suas posturas e atitudes em relação ao mundo exterior o O esquema corporal é a representação relativamente global, e diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo o Imagem Corporal é a correspondência afetiva de como imagino que sou. Diferente do esquema corporal que aponta o que tenho. A imagem corporal me aponta como sou, o que nem sempre corresponde à realidade ORIENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL o Dificuldades de locomoção pelo aluno em sala de aula e entre carteiras; – Dificuldade de distinção entre “b” e “d”; “p” e “q”; “21” e “12” (percepção espacial de direita e esquerda); – Dificuldade de ordenação de sílabas, reconstrução de frases (orientação temporal e espacial, noção do antes e depois) @ritmodefisio_ FATORES QUE ALTERAM O DESENVOLVIMENTO MOTOR NUTRICIONAIS • Se a criança não é bem nutrida, senão está bem alimentada como deve, ela vai apresentar retardo no desenvolvimento. • Fica fraca para realizar as atividades normais do desenvolvimento como controle de cabeça, mover-se e etc. • É importante a nutrição da criança para a fisioterapia, pois influencia em tudo, até mesmo na cognição. • A criança ser gorda não significa que está bem nutrida e saudável. DROGAS E MEDICAMENTOS • De uma forma geral, as drogas e/ou medicamentos não são metabolizadas pelas mães e então passa pela barreira hematoencefálica e placentária e passa diretamente para o organismo da criança. • O álcool e o tabaco também interferem no desenvolvimento motor (Síndrome alcóolica fetal, que é tão grave quanto uma mãe que utilizou crack, cocaína, maconha, ou outras ilícitas). • O tabaco também interfere no desenvolvimento ainda intraútero, pois diminui a oxigenação para as células do bebê, impactando no desenvolvimento e crescimento durante a gestação. • Existem medicações que não podem fazer uso durante gestação pois ultrapassa barreira hematoencafálica e placentária (alguns anti- hipertensivos por exemplo). • A criança pode se tornar dependente ao nascer, há consequências da abstinência. • Existe um tratamento específico para elas (ações parecidas com a das drogas para fazer o desmame aos poucos e controlar as consequências da abstinência), pois pode apresentar convulsões levando a problemas neurológicos. • O bebê vai ter consequências ao longo da vida. • Tem consequências pela exposição à droga e pela abstinência da droga. • Alteração de sistema nervoso, formação de tônus, comportamento diferente intraútero • Déficit nutricional por não conseguir se alimentar corretamente AMBIENTAIS • Crianças que frequentam escola tendem a ter maiores estímulos do que as que não frequentam, mas não significa que o que fica em casa não vai ter desenvolvimento adequado, depende do estímulo que ela recebe em casa. • Depende da escola, do estímulo que a escola vaidar. • Ambiente propício para o desenvolvimento é onde se tem meios que a criança consiga desenvolver, em um tatame, brinquedos estimulantes coloridos, que fazem barulho. • A renda está envolvida com o ambiente. • A idade materna interfere, a forma como vai tratar a criança. • Risco de que com o atraso do desenvolvimento ter problemas futuros, como comprometimento cognitivo e psicomotor. GENÉTICOS • Qualquer doença de cunho genético pode levar a alterações no desenvolvimento motor • A Síndrome de Down entra como característica de fator intrínseco. • Pode ter bebês com a mesma doença, mas com características diferentes. • Alteração cardíaca é uma das consequências da síndrome de down. • Entre elas, a tetralogia de Fallot que são 4 más formações nas câmaras do coração • Por conta da hipotonia tem maior risco de broncoaspiração. • Alteração do sistema gastrointestinal. • Fisioterapia desde o nascimento tem melhor prognóstico motor e cognitivo. • A microcefalia vem ganhando maior visibilidade em alterações neurológicas, não é de cunho genético, mas há a má formação do sistema nervoso. • Existem síndromes que tem como característica a microcefalia. @ritmodefisio_ DOENÇAS MATERNAS • A microcefalia pelo zika vírus. • Doenças que afetam o bebê através da mãe. • Crianças com problema de deglutição, broncoaspiração, infecções respiratórias recorrentes. • Sequelas graves pela microcefalia, associado a alterações osteomioarticulares. • Hipertonia de membros • Hipotonia de eixo • Intervenção motora no começo do desenvolvimento gera melhores resultados. • Depende de que fase da gestação a mãe foi infectada. • Mais graves no primeiro trimestre da gestação. PSICOLÓGICOS • Fatores psicológicos da criança e da genitora (a depressão de mãe influencia no bebê) • Bullying escolar • Alterações da postura da criança diante daquilo que vive • Tratar o psicológico, pois as vezes o fisioterapeuta trata ali dentro do consultório a alteração e quando ele sai, ele volta a assumir aquela alteração corporal • O psicológico influencia no desenvolvimento motor da criança, devido a imagem corporal e o que @ritmodefisio_ ESTIMULAÇÃO MOTORA Hospitalar e Ambulatorial FISIOTERAPIA MOTORA HOSPITALAR RN • Indicações em RN - Todos os bebês que estão internados têm indicação de fisioterapia motora - Posicionamento é fisioterapia motora, não só o exercício - Nem todos tem indicação para exercícios e é preciso diferenciar: PASSIVOS, ATIVOS E SEMI ASSISTIDOS - Essas indicações são referentes a exercícios ativo assistivo e ativo. Em algumas situações entram os passivos (RN não coopera com o movimento) - Bebês precisam estar dentro dessas condições para a realização dos exercícios ativos • RN clinicamente estável - Bebês com alteração de pressão arterial, hipotenso ou hipertenso, taquicárdico, desconforto respiratório, aumento de pressão intracraniana ou qualquer comprometimento sistêmico que o leve a não estar clinicamente estável não pode fazer exercício ativo - O máximo que vai fazer é posicionar e mobilizar passivamente (se essa mobilização passiva não interferir na hemodinâmica dele) - Se um bebê não está clinicamente instável, a princípio vai realizar somente posicionamento. Porém, se ele ficar instável durante mais dias e não movê-lo, ele vai ter comprometimento quando sair da sedação - Quando não tem previsão de quando vai melhorar a gravidade, tem que tentar manipular passivamente as articulações dele e se não interferir na clínica dele, mantém - Porém se ao manipular ele começar a ter alteração de FC, FR, fica agitado, desconfortável, suspende a manipulação e mantém só posicionamento - Feeling do fisioterapeuta: se o bebê descompensa muito, melhor ter a consequência para lidar depois do que o bebê vir a óbito - Mexe no bebê daqui a 2 horas - Bebês ficam instáveis e estáveis com muita facilidade, são muito sensíveis • Peso > 1100g - O bebê neo tem um gasto energético muito maior do que os adultos, ao mesmo tempo que ele não tem a reserva que os adultos tem - Qualquer exercício feito de forma equivocada ou exacerbada ou com margem de segurança abaixo do que é esperado, tem risco de perda de peso grande - Peso é um dos determinantes para alta do bebê na UTI - Ele tem alta quando tem peso adequado, cada unidade tem um peso para liberar - Abaixo de 1100g realiza só posicionamento e no máximo estimulação passiva - A própria atividade física que se faz vai favorecer o ganho de peso, porque ele vai sentir mais fome e vai ganhar mais peso • RN com IG inferior a 34 semanas ao nascimento - Precisa fazer fisioterapia motora tanto em nível hospitalar quanto em ambulatorial - Bebês acima de 34 semanas já tem uma postura mais voltada para o bebê termo • Curva ponderal ascendente - Curva de peso crescente - Quando oscila ganho de peso não é indicado • Considerar gasto energético na criança com DBP - Displasia broncopulmonar (DBP) - Displasia é a alteração da forma, da característica, da constituição - Característica predominantemente em população prematura, pois nasce com a formação @ritmodefisio_ incompleta do pulmão - Já tem desenvolvimento prematuro e ainda está fazendo intervenções durante o desenvolvimento dele por conta da ventilação mecânica, aspiração, jogar O2 em um pulmão que nem está pronto ainda, desenvolvendo DBP - Essas crianças não tem a mesma capacidade pulmonar que as de 40 semanas pois além de não ter característica anátomo fisiológica igual ele vai ter tido intervenções que machucou o pulmão dele apesar de ter sido feito para que ele pudesse sobreviver - Acarreta em maior gasto energético para respirar - Tempo de fisioterapia e suas características precisa ser diferente de um bebê termo - Bebê termo que nasceu com anóxia neonatal, problema durante o parto ou uma síndrome também precisa da atuação da fisioterapia motora • Adaptar flexão do quadril na criança com DRGE - Doença do refluxo gastroesofágico é diferente de refluxo gastroesofágico fisiológico - Todo bebê dá gofada no começo, é fisiológico por imaturidade pilórica - A DRGE é quando essas gofadas começam a impactar no ganho de peso, na irritabilidade, em lesões do trato gastroesofágico - Nem todo bebê com refluxo gastroesofágico vai evoluir com DRGE - Exercícios pós alimentação não indicado - Precisa levar em consideração a flexão do quadril, pois se flexiona o quadril e ele já tem propensão a realizar vômitos e regurgitações, precisa realizar exercícios que não pressionem tanto o abdômen e levar risco de refluxo • Observar irritação e “time out” - São sinais que o bebê dá de que ele está cansado e não quer mais fazer o exercício - Os sinais geralmente são um bocejo, uma careta, um “miado” - Precisa diferenciar a preguiça do cansaço - Acerto e erro pra saber - Clássicos são choro persistente, face de dor ou desconforto, muito bocejo e eles te empurram durante o exercício - Não dá pra fazer 1 hora em cada RN, é no máximo 15 minutos de exercício, e de atendimento no máximo 20 minutos - Vai chegar, monitorizar, realizar exercícios e posicionar, isso tudo em no máximo 20 minutos, pra não correr risco de perder peso, aumentar gasto energético e não levar o bebê a estado de irritabilidade • Objetivos - Estimular o DNPM - Relaxamento do tronco e MMII - Estimular posição fisiológica - Em flexão - Posicionar as mãos e cabeça na linha média • Posicionamento - O posicionamento do bebê não é exclusivo da fisioterapia - Todos que vão manipular o bebê na UTINeo precisa realizar o posicionamento - O posicionamento muitas vezes é a postura que o bebê vai ficar a maior parte do tempo quando ele estiver internado - Ele dorme a maior parte do tempo, o ambiente tem que ser o mais próximo dointrautero possível, inclusive posicionamento - Há diversos fatores que dificultam tornar o ambiente parecido com intrautero: luminosidade, sons, temperatura - A posição deve ser de forma que ele fique o máximo contido, delimitação de espaço - Se o bebê ficar solto na incubadora, sem delimitação, ele fica entrando em Moro - A contenção , “charutinho” da conforto pra ele @ritmodefisio_ • Decúbito dorsal - Passa um lençol todo ao redor do bebê pra que ele tenha delimitação de braços, troncos e pernas, coloca uma elevação no pescoço, completamente contido - DD em UTINeo é priorizado para crianças que são mais graves e precisa fazer intervenção. No caso de reanimação já está na posição - DD é a posição menos fisiológica - O DL e o DV são os mais usados, para os que estão mais estáveis, porque são decúbitos onde conseguimos deixar eles mais em posição fisiológica e mais aconchegado • Decúbito lateral - É muito utilizado em UTI - Coloca um rolinho entre as pernas e um todo por fora - Propicia linha média, posição flexora, tocar as mãos - Lateral também respeita o posicionamento com contenção • Decúbito ventral - É a posição que eles mais gostam de ficar - Posição onde tem maior aconchego e que ele consegue ficar mais em posição flexora - DV não é colocado sem nenhum apoio, porque se não tem retração de cintura escapular, e pelve em rotação externa e abdução - Apoios que coloquem ele numa leve flexão - Rolinho com lençol em tronco até quadril, leve flexão com adução de quadril, “posição de cavalinho” - Outro lençol pra apoiar o pé e o outro para o pé ficar encostado no lençol - O objetivo do posicionamento é proporcionar relaxamento e posição fisiológica - Posicionamento é fisioterapia motora, ao final da fisio tem que posicionar o bebê - Muda o posicionamento geralmente de 2 em 2 horas - Tem que avisar que acabou de posicionar, e o outro profissional que for manipular coloca no mesmo posicionamento dentro das 2 horas - Precisamos deixar o bebê dormir, porque é no sono que ele vai ganhar peso, vai desenvolver as questões do SNC e SNP, quando vai descansar @ritmodefisio_ - Um bebê mal posicionado: a cabeça totalmente largada, com flexão de cervical (bebê prematuro nesse posicionamento obstrui via aérea, pois ela é mole), braço ao lado da cabeça sem propiciar linha média. - Quando retirado de um posicionamento incorreto em determinado decúbito, o bebê pode assumir essas posturas: - Bebês com VNI podem ser colocados em DV - Mesmo aqueles em ventilação mecânica invasiva podem ser colocados em DV, só não coloca os gravemente instáveis - Mas até mesmo os instáveis pode colocar em DV, não é contra indicação, pelo contrário, até pode ajudar na ventilação - Essas imagens aqui indicam que provavelmente esses bebês tem alteração neurológica, de tônus, etc. - Apesar disso, um bom posicionamento evita alguns agravos. • Exercícios - Baby bobath voltado para a população neo - Esses exercícios tem como objetivo relaxamento de tronco, mobilização, porpiciar posição flexora, linha média, simetria - São exercicios para MMSS, MMII, cabeça, tronco, coluna - Alcance alternado: alonga a musculatura (o grande problema do bebê é o encurtamento, não queremos propiciar postura extensora) - Chute alternado (alonga) - Dissociação de cintura escapular e pélvica (alonga) - Não vai fazer tudo em uma única sessão, vai priorizar - Se percebe que tem mais comprometimento de MMSS, prioriza exercicios que trabalhem aquilo - Não tem um número de repetições, vai sentindo como está a musculatura, se o bebê está curtindo - Esses exercícios podem ser feito tanto em UTI, aqueles que estão dentro dos critérios, como também no berçário, que as vezes o bebê fica internado lá só pra ganhar peso e esses exercícios ajudam a ganhar peso FISIOTERAPIA MOTORA HOSPITALAR PED • Indicações @ritmodefisio_ • Clinicamente estável * o Mantém indicação para exercícios ativos • Desmame progressivo de O2 o Significa que a criança pode ter utilizado um O2 a alto fluxo mas hoje está em menor demanda, pode fazer exercicios ativos • Considerar gasto energético o Respeitando o gasto energético pois uma criança que está uso de oxigênio significa que ela tem uma demanda respiratória maior, ai se eu faço exercícios muito vigorosos, aumenta essa demanda o Fazer com responsabilidade, não é contraindicado o Não faz se estiver com desconforto respiratório, pois ela deixa de estar clinicamente estável • Observar irritação e “time out” o Aqui ela já pode verbalizar se quer ou não, se está disposta ou não o Importante diferenciar cansaço de preguiça • Objetivos o Promover o estado de organização e interação apropriada entre os pais e o bebê - A fisioterapia motora tem o objetivo de restituir uma função ou prevenir a perda de uma função - Além da motricidade da criança tem que lembrar que a criança tem um contexto familiar - Os pais pensam que não podem tocar, e a criança quer ser pegada no colo, quer ser tocada - A fisioterapia precisa promover essa relação - Criança entubada pode ir para o colo dos pais, com responsabilidade e o bebê pelo menos minimamente estável - Estar no colo impacta em estímulos não só motores mas também psicológicos e sensoriais o Aumentar o comportamento auto-regulatório por meio da modificação do ambiente - Precisa junto com a equipe manter o ambiente principalmente a noite, diminuir luminosidade e e fazer silêncio - Sono é reparador, ele precisa ter bom momento de sono o Promover o alinhamento postural e os padrões normais de movimento mediante o manuseio e o posicionamento terapêutico o Aprimorar as habilidades motoras o Prevenir anormalidades musculoesqueléticas iatrogênicas o Proporcionar a terapêutica apropriada para prevenir complicações ortopédicas o Orientar os membros da equipe e da família em relação a intervenção no desenvolvimento o Participar de uma colaboração integrada para facilitar a transição para o ambiente domiciliar - Vai favorecer o desenvolvimento motor do bebê durante o internamento, mas lembrando que nem em todas as vezes essa é a prioridade - O que e como vai fazer vai depender de cada criança e do espaço que se tem para fazer Todas as atividades propostas devem ser realizadas de acordo com as possibilidades de cada criança, sempre respeitando os limites da dor e da doença de base. - A dor de um paciente não é a dor do outro, tem que respeitar os limites dele Caso 1: |A paciente apresentava um colar cervical por conta de instabilidade a nível de coluna cervical e fissura nas vértebras, estava entubada, muito grave, estava sedada, musculatura sem trabalhar, hipotônica, hipotrófica. Assim que liberação médica, tirar o paciente do leito. A prioridade é fazer tudo fora do leito. No momento em que estava mais grave, entubada, clinicamente instável, a fisioterapia fazia posicionamento, mobilização passiva (alongamento, todos os graus de movimento, de todos os membros e extremidades). Se não fosse manipulada, iria evoluir com aderência das articulações. Fazendo a mobilização e atenta a @ritmodefisio_ estabilidade da paciente. Ela tinha um cateter em região de crânio, qualquer manipulação que mexesse ela de posição, poderia alterar a pressão intracraniana (PIC). Manipulava e ficava atenta para não alterar a PIC, se alterasse, suspendia a manipulação e exercícios passivos, e apenas posicionava ela. Depois passou a fazer exercícios ativos assistidos, ativos e depois a saída do leito. - Existem em hospitais os níveis de repouso que vai de nível 1 á 5. - Há pacientes que tem restrições da angulação do leito, essas informações estão no prontuário dele. - A prioridade é sempre que possível queo paciente faça exercícios ativos, para ganhar força muscular. Caso 2: |Paciente traqueostomizada, perda de FM progressiva, síndrome rara, levando a falência respiratória - VM não é contraindicação de saída do leito, depende que qual uso da VM - Restrição em alguns exercícios pelo uso da VM, primeiro por conta do gasto energético e porque existe algo que dificulta a mobilização no corpo, mas não é restrição total - Exercícios priorizados de forma ativa nos grupos musculares que ela ainda possuía força, se não, ativo assistido, se pouco colaborativo podem acabar sendo passivos Caso 3: |Paciente que teve tumor cerebral, estava traqueostomizada, fez neurocirurgia com complicações, pneumonia associada, hemiparética a direita - Nada disso impediu de tirar essa paciente do leito - Apoiada para que ficasse alinhada quando sentada - Primeiro levantou cabeceira, depois MMII pendentes, depois ortostase, depois cadeira de rodas e evoluir pra sentar na poltrona - Pacientes tendem a negligenciar o lado parético - Estimular em tudo o paciente no lado do déficit neurológico, até mesmo para falar com ela - Tudo era mais concentrado no lado parético, apoio, descargas de peso, exercícios - Exercícios voltados para a idade Caso 4 |Paciente de LLA (leucemia) - Restrição de pacientes que estão fazendo quimioterapia e tem doenças imunossupressoras é não sair do quarto - Pode ir para fora com utilização de máscara, se liberação médica e exames (plaquetas com bom nível) Caso 5: |Paciente tinha que estar sedada para fazer a limpeza das queimaduras e a fisioterapia era feita dentro do centro cirúrgico por conta da dor a manipulação |Paciente em VM, PIC, PAM, SNE/SNG Nesse caso vai posicioná-lo e a manipulação passiva vai ser de acordo com a condição clinica do bebê permite - Acesso em quadril, se manipula quadril, pode perder - Acesso em ombro, não pode fazer flexo extensão de ombro - No máximo massoterapia leve, o toque é firme, pega com a mão toda, toque “de carinho” é irritativo pois as linhas sensitivas ainda estão em desenvolvimento - Segura e dá leve pressão, toque firme, dá mais estímulo proprioceptivo FISIOTERAPIA MOTORA AMBULATORIAL RN E PED • Alongamentos - Para preparar a musculatura, em MMSS, MMII, tronco - O alongamento propicia o estiramento da musculatura - Alongamento deve ser feito em hipotônicos (pode evoluir com aderência por não estar mexendo) e hipertônicos @ritmodefisio_ • Reabilita nas posições referentes ao DNPM de cada criança SUPINO PRONO PUXADO PARA SENTAR SENTAR PUXADO PARA DE PÉ DE PÉ - Se quer trabalhar a musculatura, tem que deixar a musculatura realizar a contração. - Se coloca um suporte (rolo por ex), está dando apoio para aquela musculatura porque ela não tem sua funcionalidade @ritmodefisio_ CONDUTAS CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA Padrão flexor de MMSS, hipotonia de eixo e hipertonia de membros, não tem controle de tronco, tem controle de cabeça, lado esquerdo as vezes esquecido por ele. • Condutas e observações: o Os posicionamentos tanto do terapeuta como do bebê e a ordem em que realizamos os exercícios em diferentes posturas devem estar organizados para não trazerem cansaço nem ao bebê nem ao terapeuta o A organização do atendimento tem que ter respeito aos decúbitos o A ordem é membros superiores e depois tronco, pois com 4 meses está iniciando controle de tronco o Quando for traçar o tratamento tem que pensar em objetivos a curto, médio e longo prazo, e isso precisa estar informado para os pais o Melhorar a qualidade dos MMSS por conta da hipertonia, ganhar linha média (que é característica de 3 meses) o Primeira coisa que se faz com uma criança com hipertonia é preparar a musculatura com alongamentos. Mobilizar a articulação com todos os movimentos. o Tem o uso da toxina botulínica, mas nem sempre temos acesso no local de trabalho e quem faz a aplicação é o médico, assim como também podemos não ter acesso aos recursos de hidro o Hidroterapia é diferente de banho imersão, pois a hidro faz na piscina aquecida, o terapeuta dentro da piscina com o paciente o Banho de imersão pode ser indicado para os pais fazerem em casa o Quanto menor controle o paciente tem, mais proximal é a minha pega nele pois vai fazer a função daquele músculo o Quebra o padrão flexor com o alongamento e estabilizar a articulação para que ele não volte para o padrão flexor o Mobiliza todas as articulações em todos os graus de movimento, não de forma geral, isola articulação e o músculo para fazer isso (leva cerca de 5 minutos nisso) o Primeiro avalia a criança a cada atendimento, vê o que ganhou e o que perdeu, faz exame físico (10-15 minutos), faz os exercícios priorizando os objetivos de tratamento a curto, médio e longo prazo o Ver onde tem maior comprometimento e priorizar exercícios voltados para aquilo naquela sessão o Depois organiza a criança e orienta os pais (tudo na duração de 1 hora) CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 7 meses, principal queixa é que a criança é molinha, hipotônica com dificuldade de adquirir algumas posições, consegue controlar a cabeça, não fica sentada sem apoio, tem linha média • Condutas e observações: o Pensando numa criança que tem uma hipotonia generalizada, os exercícios precisam ser exercícios que priorizem contração rápida para ativar essa musculatura o Quicar na bola suíça, ele vai estar sentado no colo da terapeuta, a pega precisa estar ali para substituir a musculatura que ele não tem, nesse caso no tronco o Se não tivesse controle da cabeça ia estar apoiada no tronco do terapeuta, quicando na bola, segura na testa para amparar a cabeça no intuito dela ativar a musculatura tanto extensora quanto flexora o Dissociação de cinturas na bola, mobilizando o quadril em todas as amplitudes o No colo pode ainda trabalhar outras coisas, a medida que vai ganhando controle no tronco a pega vai descendo a ponto de deixar o tronco solto o Trabalha paravertebrais, coloca em DV na bola, estabiliza membro superior, ele tem que atuar contra a gravidade conforme desloca o bebê na bola mais solto vai ficando o corpo e mais ele vai acionar a musculatura o Em DV ativa paravertebrais e em DD ativa abdominais o Sentado, se quica ele com tronco mais deitado mais ativa abdominal, se quica @ritmodefisio_ com o tronco mais para frente, ativa mais paravertebrais o A biomecânica é a mesma em adultos e criança, a diferença é que na criança vai priorizar e focar no DNPM e necessidade que ela apresenta o Os exercícios devem ser voltados para o posicionamento de acordo com a idade dele, prioriza trabalhar as posturas que ele já tem para a idade dele (por exemplo, bebê de 7 meses não gosta de DV, utiliza a posição como transição) o Trabalha os músculos para que ele fique bem nas posturas referentes a idade dele para que possa trabalhar o ganho no tratamento nas posturas para a idade dele o Se acha uma criança totalmente sequelada, com muito atraso, atrofias e perda de FM, vai fazer o que a criança permite mas o foco é lá em cima o Não deve trabalhar posturas que pela idade ela já não tem mais como objetivo ficar CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA Bebê prematuro de 30 semanas, 8 meses de IC, hipotonia e redução de FM em MMSS e MMII, incoordenação ao movimento, engatinha com dificuldade, e não consegue ficar de pé, tem tremores • Condutas e observações: o Diagnóstico de paralisia só fecha a partir de 24 meses, até então temos suspeitas o Com tremores tem que fazer movimentos mais firmes que dão maior estabilidade, uma pega e estímulo firmes, os movimentos não são rápidos demais pois devemos manter a criança contida, firme o O alcanceda bola de forma contínua e firme, não quicando a bola para ela alcançar o Precisa identificar o que está levando a criança a ter dificuldade para engatinha o Para a criança engatinhar, mesmo que não eficaz, precisa ter certo controle de tronco o Priorizar exercícios de tronco, exercícios na posição de 4 apoios, pois objetivo é que ela fique na postura para a idade dela, o engatinhar o Coloca o rolo na região onde ela não musculatura (abdômen principalmente) se não tiver o rolo, coloca na perna do terapeuta, dando apoio onde ela não tem musculatura, a intenção é que ela faça descarga de peso o Se rola para frente, descarga de peso em MMSS, se rola para trás, descarga de peso em MMII, trabalha paravertebrais e abdominais o Os exercícios são feitos para trabalhar uma musculatura dentro de uma função CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA Atraso no desenvolvimento justificado pela prematuridade, ela tem 4 meses de idade cronológica e 2 meses de idade corrigida • Condutas e observações: o O objetivo quando faz estimulação motora em prematuro é tentar sempre próximo a idade cronológica dele, mas tem que se atentar que na verdade ele tem dois meses o Quando pega uma criança prematura e vai traçar um plano de tratamento, tem que analisar as características dela se é condizente com a idade corrigida o Se estiver ok, vai tentar ir aproximando essa criança da idade cronológica o Mas não pode exigir que ela tenha controle de cabeça nem Landau, por exemplo o Vai respeitar as características dela da prematuridade mas precisa ir se aproximando da idade cronológica porque se não ela vai chegar com atraso podendo levar a sequelas motoras o Partir para características de 3 meses, estímulo a linha média, controle de cervical o O exercício para ele é priorizar linha média, propiciando simetria para que com 4 meses ele ganhe o alcance, que está em padrão extensor o Alcance alternado do baby bobath, ganhando extensão, simetria, linha média, relaxamento da musculatura o O objetivo não é quebrar o padrão flexor, mas sim sair da flexão e vá para a extensão dentro de uma função @ritmodefisio_ o Prematuro tem que respeitar a idade corrigida, não pode exigir algo que ele não está preparado fisiologicamente para fazer o Estímulos tátil e proprioceptivo para sair do reflexo da preensão palmar, dessensibilização o Posicionamento em simetria com postura flexora de membros, cabeça simétrica em linha média, quadril estabilizado na postura fisiológica e roda ele para decúbito ventral o O objetivo agora não é rolar, é dissociação, mobilização, alongamento, relaxamento o Movimento de leva e volta da posição o Se tivesse ele com 2 meses e características de RN, tem que chegar primeiro no segundo mês, mas ele já tem as características de 2 meses que é a idade corrigida dele, então a meta é o mês seguinte o Curto prazo: controle de cabeça o Médio prazo: estímulo a linha média e alcance o Longo prazo: sentar com apoio, que é característica do 4º mês CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA Padrão flexor de MMII e MMSS, tem artrogripose (rigidez das articulações), fraqueza muscular e contraturas, hipertonia dos MMSS • Condutas e observações: o Alongamentos e mobilização, estímulo visual, bola suíça em DV para fortalecer paravertebrais e controle de cabeça e alcance o Cuidado á mobilização, a rigidez articular nem sempre quer dizer que ele tem quadro de hipertonia, pois a artrogripose causa má formações nas articulações, então as vezes esse padrão em extensão é mais pela característica da articulação do que pelo tônus (pois fica hipotônico) o Tem articulação que não vai conseguir mexer, e não tem o que fazer, pois pode acabar fraturando @ritmodefisio_ DOENÇAS ORTOPÉDICAS DISPLASIA DO QUADRIL - Displasia do quadril é um termo que denota uma anormalidade: - 1. Tamanho 2. Morfologia na orientação anatômica 3. Cavidade acetabular ou em ambos - Classificação: Etiologias - Meninas; Raça branca; Crianças primogênitas; Bebês nascidos na posição de nádegas (especialmente com os pés para cima dos ombros); O quadril esquerdo é o mais afetado (60%) e o quadril direito é o menos afetado (20%); Por razões desconhecidas, a DDQ afeta em menor frequência os indivíduos da raça negra Sinais: - Pernas de diferentes comprimentos - Dobras desiguais na coxa - Menor mobilidade ou flexibilidade de um lado - Manca, caminha semelhante à marcha de um pato ou pinguim Diagnóstico: - Realização um exame físico cuidadoso - Manobras específicas - Ultrassom e radiografia - Testes: Tratamento: - Tratamento do recém-nascido até aos três meses de vida - No primeiro momento inicial da suspeita de subluxação e instabilidade do quadril. Que é indicado o suspensório de Pavlik, a fisio não tem muita atuação, ele fica com ele durante 23 horas no dia - Não tem como trabalhar a articulação do quadril e nem é objetivo fazer isso nesse momento - O objetivo é que ele reduza o nível de instabilidade, comece a formar a articulação coxofemoral, pra evitar risco de luxação total da articulação - Seja com suspensório de Pavlik, ou tratamento com o gesso a fisio atua a nível de orientações aos genitores (posicionamento, mudança de decúbito, forma que carrega ela) e visando prevenir atraso do DNPM - Assim que sai do tto médico, com gesso ou suspensório, atua mais a nível da articulação: manipulação passiva, estímulo proprioceptivo - Crianças com paralisia cerebral tendem a ter displasia do quadril, porque elas não vão ficar de pé no momento que deveria - Elas precisam ficar de pé, até por meio de órteses mesmo que ela não consiga, pra que a articulação se forme - Tratamento dos 3 meses de vida até a idade da marcha - Tratamento após a idade da marcha @ritmodefisio_ ARTROGRIPOSE - A artrogripose múltipla congênita (AMC) é uma condição clínica caracterizada por múltiplas contraturas articulares não progressivas que acometem duas ou mais articulações, e pode ser detectada ao nascimento - A classificação da síndrome é baseada na presença de alterações neurológicas e estas devem ser diferenciadas: quanto à sua origem – no sistema nervoso central (SNC), ou sistema nervoso periférico (SNP); e quanto à característica da lesão – motora ou muscular. Os casos em que não se evidenciam alterações neurológicas podem ser classificados como amioplasia, artrogripose distal, doença generalizada do tecido conjuntivo ou restrição de crescimento fetal - Há dois tipos principais de artrogripose múltipla congênita (AMC): Amioplasia (artrogripose clássica): - Contraturas simétricas múltiplas ocorrem nos membros. Os músculos afetados são hipoplásicos e têm degeneração fibrosa e gordurosa. Cerca de 10% dos pacientes apresentam anormalidades abdominais (ex., gastroquise, atresia do intestino) decorrente da falta de formação muscular. Praticamente todos os casos são esporádicos Artrogripose distal: - As mãos e os pés estão envolvidos, mas as grandes articulações são normalmente poupadas. Artrogripose distais são um grupo heterogêneo de doenças, muitas das quais estão associadas a um defeito em um gene específico em um dos diversos genes que codificam componentes do aparelho contrátil. Muitas artrogriposes distais são transmitidas como doenças autossômicas dominantes, mas mutações ligadas ao X são conhecidas. Fatores de risco - A associação recentemente descrita entre a infecção congênita pelo Zika vírus e o desenvolvimento de artrogripose presume o provável tropismo do vírus pelos neurônios fetais, ocasionando a diminuição da motilidade fetal intrauterina com subsequentes contraturasmusculares. A síndrome congênita do vírus da Zika pode incluir defeitos visuais, auditivos e artrogripose, não necessariamente acompanhados de microcefalia. Sinais e sintomas - As deformidades características da doença, comumente, se apresentam de forma simétrica e múltiplas, com maior gravidade nas extremidades distais. Como principais manifestações clínicas, encontram-se as alterações da pele (diminuição da elasticidade, falta de pregas, escassez tecido subcutâneo), atrofia muscular, substituição da massa muscular por tecido adiposo e fibroso, as estruturas periarticulares tornam-se mais espessas. Ao mesmo tempo, as articulações encontram-se deformadas, com restrição de movimentos, rigidez, podendo haver a presença de luxação. membros ligeiramente encurtados, assimetria facial, ponte nasal rebaixada, micrognatia, escoliose, anomalias nos sistemas nervoso e urinário, hipoplasia pulmonar e intestino curto e/ou imaturo. - É importante ressaltar que pacientes com artrogripose não apresentam déficits intelectuais, sendo identificados com alto grau de inteligência, o que os auxilia na superação da incapacidade. - As principais causas associadas à AMC são a diminuição dos movimentos fetais nos últimos meses ou os problemas do desenvolvimento espinhal nos primeiros meses de gestação. Nas manifestações clássicas da AMC, os ombros são quase sempre aduzidos e rodados internamente; os cotovelos em extensão; punhos e dedos fletidos. Pode haver deslocamento dos quadris, que ficam levemente fletidos. Os joelhos ficam em extensão e os pés frequentemente em posição equinovara. - Os músculos da perna são, em geral, hipoplásicos e os membros tendem a se tornarem tubulares e incaracterísticos. Membrana de tecido mole, às vezes, é encontrada sobre a face ventral das articulações fletidas. A coluna pode ser escoliótica. Exceção feita à ossatura delgada, a radiografia do esqueleto é aparentemente normal. As limitações físicas podem ser graves. - Sua etiologia não é totalmente esclarecida e associam-se vários fatores à sua gênese. Por exemplo, uso de medicações durante a gestação, infecções, traumas, doenças crônicas, oligodrâmnio, genética, drogas e álcool. - Diagnóstico (pré-natal/recém-nascido): O diagnóstico da AMC é essencialmente clínico e diversas síndromes podem cursar com contraturas articulares congênitas. Por isso, as principais ferramentas diagnósticas do médico- assistente são anamnese e exame físico detalhados, ressaltando a importância da história @ritmodefisio_ gestacional e do exame articular. Os achados ao exame clínico caracterizam-se por deformidades articulares, em geral acompanhadas de limitação de movimento, principalmente nos membros inferiores. Por se tratar de uma síndrome de diagnóstico essencialmente clínico, o pediatra deve dominar os conceitos acerca da enfermidade. Os principais achados radiológicos na artrogripose múltipla congênita são as deformidades articulares, como, o pé torto (equinovaro), mãos em flexão e em desvio ulnar, podendo-se observar também a luxação congênita de quadril, em que estudos demonstraram estar presente em 15 a 31% dos pacientes com artrogripose. Por meio da radiologia, pode-se observar alterações nos tecidos moles, como também o declínio em massa muscular e infiltração de tecido adiposo. Outro achado radiológico relevante são os ossos mais delgados, tendendo a osteoporose. No exame histoquímico a característica mais notável é uma distribuição anormal nos tipos de fibras musculares. - Em geral, exames laboratoriais como: níveis de creatina fosfoquinase (CPK), cultura viral, níveis de imunoglobulina M, estudo citogenético, não são específicos. Podem ser solicitados para confirmar determinadas hipóteses diagnósticas • Pré-natal - É possível detectar a AMC no pré-natal por meio de ultrassonografia, porém apenas 25% dos casos são diagnosticados nesse momento, pois a movimentação fetal não é pesquisa de rotina na ultrassonografia obstétrica. Torna-se importante valorizar a percepção materna de ausência de movimentação fetal correlacionando-a com possíveis alterações presentes na ultrassonografia. Quando se observa: - Ausência de movimentos do bebê; - Posição anormal dos braços e pernas, que ficam normalmente dobrados, embora também possa ficar totalmente esticado; - O bebê é menor que o tamanho desejado para a idade gestacional; - Excesso de líquido amniótico; - Maxilar pouco desenvolvido; - Nariz achatado; - Pouco desenvolvimento pulmonar; - Cordão umbilical curto. • Recém-nascido - A maioria dos pacientes é diagnosticada após o nascimento e os achados clínicos no período neonatal, bem como as respostas a possíveis tratamentos ofertados, podem contribuir para a investigação da etiologia da AMC. Um diagnóstico específico, na maioria dos casos, é obtido ainda durante a primeira infância, por volta dos 2 anos de idade. - Desenvolvimento motor em crianças com ACM podem apresentar atraso no desenvolvimento motor em várias etapas. Por exemplo, o rolar é frequentemente difícil em função das contraturas dos membros inferiores. Algumas crianças podem aprender a se arrastar no chão, por cima de seus ventres, ou de costas, inicialmente. A maioria das crianças pode sentar-se, mas têm dificuldade em alcançar a posição sentada independentemente. Engatinhar com as mãos e com os joelhos em geral é difícil, e as crianças muitas vezes aprendem a se movimentar com suas nádegas. O ato de puxar-se para ficar em pé pode ser limitado pelas contraturas das extremidades inferiores. As atividades de pré- deambulação devem ser iniciadas antes de um ano de idade. Entre a idade de doze meses até a pré-escola o objetivo do tratamento é desenvolver o máximo de independência com mobilidade e habilidades de autocuidados. A deambulação é possível para muitas crianças com AMC e deve ser considerado um objetivo viável até que se prove o contrário. As habilidades dos membros superiores concentram-se nas atividades de alimentação e de vestimenta. O período de idade escolar com frequência evidencia as incapacidades funcionais que possam existir na criança com AMC. Sua velocidade de deambulação pode ser lenta quando comparada com a de seus colegas, e as dificuldades motoras finas podem interferir na velocidade. Em 2001, Burke descreve o desenvolvimento motor de uma criança com Artrogripose. Ela iniciou deambulação dentro do tempo de desenvolvimento normal embora sua percepção de equilíbrio estivesse um pouco alterada. A criança não tinha reflexos de proteção, mas aprendeu a equilibrar-se rapidamente podendo correr, pular e pedalar bicicleta do mesmo modo que as crianças de sua idade. Aos dois anos era capaz de puxar-se, alimentar-se, virar páginas de revistas e carregar objetos com uma preensão razoavelmente boa. Nesta mesma idade ela estava aprendendo a vestir-se independentemente. Aos quatro anos conseguiu estabelecer completa rotação voluntária em ambos os ombros. Aos cinco anos ela era autossuficiente, e apesar de exibir uma @ritmodefisio_ pequena fraqueza em seus braços, podia fazer tudo o que uma criança da mesma idade fazia. na exatidão da escrita. 8. Tratamento (Médico) Quando disponível, um geneticista clínico deve coordenar a avaliação e o tratamento; normalmente, profissionais de várias especialidades estão envolvidos. Uma forma sindrômica da AMC é suspeita quando atrasos no desenvolvimento e/ou outras anomalias congênitas estão presentes, e deve-se avaliar nestas pacientes doenças do SNC e monitorá-los para sintomas neurológicos progressivos. A avaliação também deve incluir pesquisas detalhadas de anomalias físicas, cromossômicas e genéticas associadas. Distúrbios específicos que devem procurados incluem a síndromede Freeman-Sheldon, síndrome de Holt-Oram, síndrome de Larsen, síndrome de Miller, síndrome de pterígio múltiplo e síndrome de DiGeorge (síndrome de deleção 22q11). Os testes normalmente começam com uma análise cromossômica por microarranjo, que é seguida por testes genéticos específicos que são feitos individualmente ou como um painel padrão por muitos laboratórios genéticos. A eletromiografia e a biopsia de músculo são úteis para diagnosticar neuropatias e miopatias. Na AMC clássica, a biopsia de músculo normalmente revela amioplasia, com deposição de tecidos de gordura e fibrosos. Tratamento da Fisioterapia: - Os métodos e técnicas fisioterapêuticas com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. Desta maneira, a fisioterapia se faz imprescindível no tratamento e na melhora funcional de paciente com artrogripose múltipla congênita. A atuação fisioterápica é se fundamental importância e deve ser iniciada precocemente, objetivando não somente a correção da deformidade, mas também o desenvolvimento global do paciente, uma vez que o prognóstico da doença costuma ser favorável. Como forma de tratamento, ressalta-se a prática de exercícios passivos e ativos de mobilização, alongamento de tecidos encurtados, manutenção/melhora da amplitude de movimento, a utilização de órteses para redução das deformidades, fortalecimento muscular e prevenção de contraturas. A criatividade do fisioterapeuta é fundamental para que o tratamento seja eficaz, sendo necessária a reavaliação periódica das áreas afetadas. É importante ressaltar que além dos ganhos físicos, a intervenção fisioterapêutica pode atuar na melhora da autoestima do paciente, lhe proporcionando maior independência para os cuidados pessoais, indiretamente melhorando as relações de convívio social e qualidade de vida. Quando feita continuamente e frequentemente, pode retardar ou mesmo evitar os procedimentos cirúrgicos, sendo importantíssima na reabilitação global da criança. Sabe-se que o paciente com artrogripose possui inúmeras limitações e diminuição da funcionalidade, devido à rigidez articular e alterações musculares, onde em muitos casos, o tratamento cirúrgico torna-se imprescindível. Nestes casos, o tratamento fisioterapêutico precoce tem o intuito de reduzir as contraturas articulares e melhorar a maleabilidade dos tecidos moles, usualmente empregado no pré-operatório e no pós- operatório. A utilização de fisioterapia aquática em pacientes com artrogripose vem apresentando resultados significativos, pois ela promove o movimento através da diminuição da gravidade, associada aos efeitos de flutuação, pressão hidrostática e temperaturas mais altas da água. Essas temperaturas auxiliam na redução da espasticidade, rigidez, tensão e espasmo, estimulam o relaxamento dos tecidos moles e em alguns casos, provocando analgesia. - Na artrogripose a fisioterapia é mais telespectador, porque vai depender do tipo de limitação que o paciente vai ter - Às vezes, se a contratura levar a uma alteração da conformidade articular, não tem muito o que fazer (espera por uma cirurgia ou colocação de fixador, ou órtese) - Quanto mais alterações osteomioarticulares, pior prognóstico para todo o desenvolvimento - Precisa ficar atento ao DNPM, quando por alteração periférica - Se consegue posicionar, mobilizar a articulação (com rigidez é mais difícil) depende das consequências para saber como atuar. @ritmodefisio_ LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL - O PB é um complexo somático de raízes nervosas responsáveis por comandos motores e sensitivos na região da cintura escapular, membro superior. Na sua formação tem-se a união dos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8) e grande parte dos ramos ventrais do primeiro nervo torácico (T1); algumas partes do quarto nervo cervical (C4) e segundo torácico (C2). Neonatal - A LPB neonatal é denominação de Paralisia Obstétrica (PO). Ocorre quando o plexo é lesionado no nascimento e manifesta-se clinicamente por alteração motora e sensitiva no membro superior do recém-nascido (RN). É consequência frequente do trabalho de parto no qual ocorrem movimentos de torção que separam a cabeça do ombro e o estiramento do braço em abdução. - No RN a presença de PO é manifestada logo nos primeiros momentos de vida, com a adoção de uma postura típica, a qual leva a um crescimento alterado do membro afetado, se a recuperação não for rápida. Nesse caso, com o tempo, surgem contraturas dos tecidos moles, com grave interferência no equilíbrio e no desenvolvimento de atividades bimanuais. - A PO é uma complicação associada a um parto trabalhoso no qual o RN pode precisar de uma tração cervical e/ou braquial durante o nascimento, causando um estiramento excessivo sobre o PB ocasionando uma lesão nervosa. A tração excessiva do pescoço exercida para a saída do ombro anteriormente no momento do parto durante o período expulsivo do RN, pode ser bloqueada pela sínfise púbica materna, lesando as raízes do plexo. Os fatores de risco - Para a lesão do plexo no RN podem estar relacionados com o parto (distocia de ombros, parto distócico - exceto cesariana, prolongamento da segunda fase do parto), com a mãe (primiparidade, diabetes, idade avançada, obesidade, baixa estatura) ou com o feto (macrossomia, má adaptação intrauterina). A distócia de ombros é referida em cerca de 50% dos casos de PO. - A prevalência da PO varia entre 0,13 a 5,1 por 1.000 nascidos vivos, e verificou-se um aumento do número de casos nos últimos anos. Este fato pode ser explicado pelo aumento do peso de nascimento da população em geral e pelo maior interesse nessa patologia. Afeta de forma homogênea ambos os sexos. Classificação - As LPB neonatais são classificadas de acordo com a altura e o tipo de lesão encontrada. A paralisia de Erb-Duchenne corresponde ao acometimento das raízes de C5 e C6 que também é chamada de lesão superior. Os portadores dessa classificação irão apresentar: rotação interna de ombro, adução, extensão de cotovelo, pronação de antebraço, flexão de punho e a preensão palmar ainda estará íntegra. Os músculos inervados por essas raízes tornam-se flácidos. - Quando as raízes nervosas inferiores (C7, C8 e T1) são afetadas é chamada de paralisia de Klumpke. A musculatura acometida nessa classificação são os flexores de punho, dedos e os intrínsecos da mão. A motricidade do braço e antebraço permanece íntegra e a mão apresenta déficit sensitivo, principalmente na região medial do antebraço e região ulnar da mão. - O tipo mais raro das classificações das lesões de plexo é conhecida como paralisia de Erb- Klumpke, que se caracteriza em uma lesão completa de todo PB, na qual o braço encontra- se totalmente flácido, ou seja, paralisia total. Traumática - Diversos mecanismos podem levar à LPB traumática, entre os quais se citam a hérnia de disco cervical, o traumatismo por arma branca, ferimentos por arma de fogo e luxações do ombro. - As LPB traumáticas causadas por compressão, estiramento ou ruptura das raízes, representam aproximadamente 50% das desordens do plexo. Sequelas e padrões adotados - O padrão de rotação interna do ombro é o mais predominante e de maior possibilidade de ocorrência nos casos de LPB, devido ao desequilíbrio entre os rotadores externos e internos, pela paresia ou paralisia da musculatura de rotação externa, evoluindo para contraturas dos músculos subescapulares e levando à subluxação posterior da cabeça umeral, a qual gera deformidades da articulação glenoumeral, limitando assim o movimento do membroacima da cabeça e ao lado do corpo. @ritmodefisio_ Tratamento - O diagnóstico é essencialmente clínico- neurológico, podendo ser realizado logo após o nascimento ou trauma; sendo recomendado que se espere o prazo de três semanas para definição do quadro clínico de PO. O tratamento deve iniciar o mais precocemente possível. - Todas as formas de LPB evoluem de acordo com o grau da lesão, no entanto, quanto mais cedo iniciar o processo de reabilitação, mais favorável será a evolução, evitando assim, futuros problemas de esquema corporal, limitação de movimentos, hipotrofia, alterações sensitivas e vasomotoras. - O tratamento inicial da LPB geralmente é conservador com o objetivo de analgesia e cicatrização. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, com movimentos passivos suaves, estimulações sensoriais e orientações aos familiares. - Em casos de PO normalmente o tratamento é iniciado ainda no berçário com a imobilização tipo enfaixamento toracobraquial por duas a três semanas, com a finalidade de aliviar a dor causada pelo movimento do membro superior lesado e de permitir a cicatrização inicial. - O tratamento cirúrgico, em casos de PO, somente é realizado quando aos três meses de idade, a criança não possui controle do músculo deltóide e bíceps braquial. Caso a criança adquira o controle desses músculos não há necessidade de procedimento cirúrgico. - O tratamento fisioterápico da LPB tem como objetivos principais criar as melhores condições para a recuperação da capacidade funcional, proporcionar as condições ambientais necessárias para os músculos poderem reassumir sua função, logo após a regeneração das estruturas nervosas, e treinar o controle motor mediante exercícios, tais como estender o braço para apanhar objetos. - Há indicação de tratamento não cirúrgico nos casos de paralisia do plexo braquial quando não existirem fraturas, realizando como tratamento precoce o fisioterapêutico durante várias vezes ao dia, com assistência e orientação do profissional da área e dos pais, utilizando-se de movimentos passivos de todas as articulações acometidas no plexo braquial e com enfoque na articulação glenoumeral, e na estabilização da escápula para se evitar tensão capsular glenoumeral e subsequente deformidade, incluindo também a estimulação tátil do membro e sua reeducação. Nos estudos, observou-se que o primeiro tratamento após o diagnóstico da lesão é o fisioterapêutico, com exercícios diários de mobilização passiva da extremidade envolvida, demonstrando-se como um prognóstico favorável de melhora total no prazo de até três meses para crianças com comprometimentos leves. Entretanto, quando são lesões mais complexas, o prognóstico com tratamento fisioterapêutico torna-se desfavorável e a indicação é cirúrgica. - O tratamento fisioterapêutico também evita alterações como contraturas musculares, rigidez articular, distúrbios vasomotores e simpáticos, melhorando as condições cirúrgicas e a recuperação em processos cirúrgicos realizados tardiamente. - Com relação à paralisia de origem neonatal, pode-se fazer mobilizações articulares do ombro após abordagem cirúrgica de acordo com o grau de comprometimento da lesão do plexo braquial. O uso do tratamento fisioterapêutico faz com que a criança mova o membro acometido, estimulando assim seu uso, e instrui os pais na reabilitação do mesmo após tratamento cirúrgico. - Para tratamentos sem a existência de lesão óssea, preconizam-se alongamentos passivos, assim como em casos imediatos à retirada da imobilização. Em associação ao tratamento cirúrgico, a fisioterapia apresenta resultados para evitar as contraturas das articulações e conservar a ADM, utilizando-se como condutas fisioterapêuticas a massagem e os exercícios passivos, que devem ser iniciados precocemente pelos pais com supervisão de fisioterapeutas em torno de duas a três vezes por mês, seguidos da realização de exercícios ativos guiados. PÉ TORTO CONGÊNITO - Podemos definir “pé torto” como uma atitude viciosa e permanente do pé em relação à perna, na qual o pé repousa no solo fora de seus pontos normais de apoio. Esta definição engloba todas as deformidades permanentes do pé, sejam elas adquiridas ou congênitas. Tipos: - As formas de pé torto congênito (PTC) encontradas na prática médica são: pé equino varo, pé talo-valgo, pé talo-vertical e pé metatarso varo. O pé equino varo (PEV) é a deformidade mais conhecida e estudada, por @ritmodefisio_ muitos confundida com o termo “pé torto congênito”, embora esta última terminologia deva ser usada sempre em caráter geral, e nunca para significar pé torto equino varo. Etiologia - A causa exata do aparecimento do PEV continua indeterminada. À medida que novas informações são obtidas, novas teorias sobre a etiologia são propostas e logo descartadas pelo acúmulo de novos conhecimentos. Alterações genéticos ou adquiridas de músculos, tendões e nervos têm sido sugeridas como fatores patogênicos primários, mas nenhum defeito nestes tecidos foi encontrado com frequência significativa. Assim, até o momento, nenhuma teoria baseada em alterações de partes moles foi recebida com entusiasmo. - Coloca-se o gesso, fica um tempo com o gesso, mas isso é com o médico - Precisa diagnosticar o grau primeiro - O pé torto mais leve é aquele que conseguimos atuar e o tto é mais rápido - Aquele pé que conseguimos manipular, é muito mais posicional do que fixo, então ele tende a ficar com aquela posição seja por posição intrautero (consegue com órtese) - Quando posicionamos ele em posição neutra da articulação, ele vai pra posição normal, se a gente solta ele volta a ficar torto - Conforme o grau evolui, até chegar no 4 (muito grave), existe, além de uma alteração muscular, uma alteração articular com rigidez, que é o que por mais que mobilize, ele não vai (precisa ir pora tto mais agressivo) – órtese de posicionamento onde posiciona o pé inverso ao da deformidade - Processo cirúrgico não é bem indicado porque as consequências são maiores, tenta primeiro conservador até o último grau, sem resposta faz o cirúrgico - Quanto mais benigno o pé torto, mais atuação da fisioterapia - A fisio é indicada desde o início, tendem a ter atraso no DNPM TORCICOLO CONGÊNITO - O torcicolo congênito (TC) é definido como uma contratura unilateral do músculo esternocleidomastoideo que, em geral, se manifesta no período neonatal ou em lactentes. Em crianças com TC, a cabeça fica inclinada para o lado do músculo afetado e rodada para o lado oposto. - A sua incidência é de 1:250 recém-nascidos e a etiologia ainda não está esclarecida. Etiologia - As hipóteses relativas à etiologia da condição se relacionam ao tocotraumatismo cervical, à isquemia arterial com hipofluxo sanguíneo para o esternocleidomastoideo, à obstrução venosa do esternocleidomastoideo, ao mal posicionamento intrauterino e à hereditariedade. Diagnóstico - O diagnóstico é feito clinicamente, observando- se as limitações nos movimentos do pescoço, a elevação do ombro no lado do músculo contraturado e a posição da cabeça em inclinação ipsilateral e rotação contralateral. Um nódulo pode estar presente na porção média do músculo esternocleidomastoideo em aproximadamente 20% dos pacientes. - Com muita frequência, este nódulo é detectado entre dez e 14 dias de vida e pode crescer durante duas a quatro semanas, até atingir o tamanho aproximado de uma amêndoa, quando então começa a regredir e pode desaparecer completamente até o oitavo mês de vida. Devido ao encurtamento muscular unilateral, a criançacom TC prefere dormir na posição prona, com o lado afetado para baixo. Tal posição provoca pressão assimétrica no crânio e nos ossos faciais em desenvolvimento. Esta pressão constante na cabeça pode levar a um remodelamento nos ossos da face e resultar em hemihipoplasia facial ou em plagiocefalia. - O diagnóstico diferencial é feito com outros tipos de torcicolos adquiridos. Os torcicolos adquiridos podem ser decorrentes de problemas oculares, artrite reumatóide devido à subluxação nas duas primeiras vértebras cervicais (C1 e C2) ou cisto branquial. - O uso de exames subsidiários, como a ressonância magnética, para o diagnóstico diferencial não tem se mostrado efetivo. @ritmodefisio_ Tratamento - Existem diversas formas de abordagem do TC, não havendo uma uniformização da sistemática terapêutica. Entretanto, o tratamento inicial de escolha é clínico, por meio de fisioterapia. - Com o tratamento fisioterapêutico, 90 a 95% das crianças melhoram antes do primeiro ano de vida e 97% dos pacientes melhoram se o tratamento for iniciado antes dos primeiros seis meses. Quando o tratamento fisioterapêutico é tardio, os pacientes podem apresentar complicações como escolioses cervicais e/ou torácicas compensatórias e dores crônicas. - Uma vez feito o diagnóstico e iniciado programa fisioterapêutico, existe a necessidade de complementar o tratamento com cuidados domiciliares, pois a realização diária e constante dos exercícios melhora o TC. - Os pais devem ser orientados e encorajados a participar, realizando os exercícios propostos, e a quantidade de sessões pode influenciar o tempo de resolução da doença. Assim, o tratamento intensivo pode ter melhor resolução e durar menos tempo. - O torcicolo congênito também é diagnosticado preferencialmente quando ele já tem um grau de contratura nos primeiros dias de vida, mas não é como o de plexo que vê logo no período imediato ao nascimento - A mãe pode relatar que a criança fica mais numa posição do que na outra, ou o pediatra observa - Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o tto - Ele ainda não tem controle de cabeça, então é mais fácil atuar - Inicialmente com massoterapia, posicionamento adequado, manipulação passiva com mobilização - A partir do momento que ela começa a ativar a musculatura para controle de cabeça, a tendência é contrair mais a musculatura que já está contraída - Nos primeiros meses que ela não tem controle de cabeça é a pior fase, diagnóstico pode vir pela irritabilidade da criança - O local que ela fica mais apoiada é onde fica mais “amassado” - Parceria com os genitores - A reabilitação do torcicolo geralmente é rápida quando iniciada imediatamente - Fatores de risco para torcicolo congênito: apresentação pélvica (cabeça fica mais solta na parte mais ampla do útero), gestantes que ficam muito sentadas - Cirurgia é em último caso, algo muito avançado ESPINHA BÍFIDA - A espinha bífida é uma malformação congênita decorrente de defeito de fechamento do tubo neural (DFTN), que envolve tecidos sobrejacentes à medula espinhal, arco vertebral, músculos dorsais e pele e representa 75% das malformações do tubo neural. - O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações. O não fechamento do tubo neural produz defeitos de graus variáveis, podendo afetar todo o comprimento do tubo neural ou limitar-se a uma pequena área. Classificação - A espinha bífida é classificada em espinha bífida oculta e espinha bífida cística, sendo as duas formas principais a meningocele e a mielomeningocele. A mais comumente observada é a mielomeningocele, na qual há uma protusão cística contendo tecido nervoso exposto não coberto por pele. Etiologia - As causas que levam aos DFTN ainda são obscuras e estão associadas à interação de fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores ambientais estão: diabetes materno, deficiência de zinco, ingestão de álcool durante os primeiros três meses de gravidez, fatores socioeconômicos, alimentos contaminados com inseticidas, drogas anticonvulsivantes, agentes anestésicos, dentre outros. - A carência de ácido fólico é o mais importante fator de risco para os DFTN. O ácido fólico age na síntese de DNA e, por tanto, é essencial para a rápida divisão celular que ocorre durante o desenvolvimento fetal precoce. As crianças portadoras de espinha bifida apresentam complicações que transformam esta patologia em um sério problema de saúde pública, com repercussão na vida do indivíduo, família e sociedade. - As possíveis complicações presentes em recém- nascidos portadores dessa malformação são distúrbios neuromotores, como hidrocefalia, @ritmodefisio_ malformação de Arnold Chiari, bexiga neurogênica, intestino neurogênico e paralisia de membros inferiores; e distúrbios ortopédicos, tais como pés tortos congênitos, luxação coxofemural, fraturas, escoliose e distúrbios renais, mormente hidronefrose e refluxo vesicouretral. - As malformações congênitas, como a espinha bífida, são uma condição crônica, pois seus portadores têm a necessidade de cuidado profissional prolongado e continuado. - A Organização Mundial da Saúde define condições crônicas como problemas de saúde de naturezas diversas, que necessitam certos cuidados permanentes e exigem alta demanda aos pacientes, às famílias e, principalmente, ao sistema de saúde. - A condição crônica também pode fazer com que o seu portador reduza ou perca sua capacidade de autonomia e de autocuidado, tornando-se dependente do familiar para ser cuidado. - A gravidade depende do grau, percebe que teve oculta quando faz exame, ou mãe relata leve fraqueza de MMII - Não é incomum aparecer mielomeningocele associado a hidrocefalia - Prognóstico de uma criança que não tem alteração neurológica por conta disso, é de reabilitação de uma crinça paraplégica (utilização de órteses, cadeiras de rodas e as vezes muletas) - Se tem razão de raiz nervosa não tem como curar de fato, como um TRM - Fisioterapia da bons resultados, mesmo assim - Observar complicações: MAIOR A NÍVEL DE SISTEMA GENITOURINÁRIO @ritmodefisio_ PARTICULARIDADES ANATOMOFISIOLÓGICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE UMA CRIANÇA Todas essas alterações são NORMAIS, não se trata de nenhuma doença CABEÇA - Os ossos da cabeça não são completamente fundidos porque existe a fontanela bregmática, que se funde depois do primeiro ano de vida quando começa a fundição dos ossos. Eles continuam a crescer de tamanho acompanhando o tamanho do cérebro, mas não mais com a fontanela (por conta dela que uma criança com hidrocefalia tem a cabeça muito maior do que um adulto com a mesma patologia) - A proporção cabeça-corpo é diferente - cabeça maior para o corpo - A cabeça maior gera mais peso. A cabeça pesa para frente ou para trás. Potencializa-se quando ela ainda não tem controle de cabeça. (Risco de tamponamento da via aérea, respirar com pescoço flexionado é mais difícil – tem que ficar atento ao posicionamento da criança) LÍNGUA - A língua é maior em relação a cavidade oral (diferente de hiperglossia – aumento do tamanho da língua) - É maior comparada ao palato, completa e preenche quase totalmente a cavidade oral, ficando, geralmente, mais a posterior – ela não respira pela boca - A língua promove a obstrução da cavidade oral potencializada principalmente pelo DD GLOTE E EPIGLOTE - A inserção da glote e epiglote - A criança tem as vias aéreas muito próximas - Proximidade das estruturas - Na criança, a glote se insere em C3, enquanto que no adulto ela se insere em C7, isso faz com que não passe ar pela boca, apenas pelo nariz - Essa proximidade das estruturas faz com que ela só tenha uma via respiratória– a via nasal - A grande importância da fisioterapia respiratória – o bebê gripado é pior do que o adulto gripado porque até o 4º mês de vida, o bebê respira unicamente pelo nariz (respirador nasal) - A partir do 4º ao 6º mês de vida, a epiglote está mais baixa e tem a capacidade de quando estiver com nariz entupido, respirar pela boca - Bebê RN é difícil para comer e respirar (mama em apnéia, descansa e volta a mamar) dificulta o controle da respiração-deglutição MANDÍBULA - Mandíbula mais arredondada, onde repousa a língua e interfere na amamentação - A mandíbula passa a ser menos arredondada, facilitando a alimentação, deglutição e possivelmente a fala @ritmodefisio_ VIAS AÉRAS - Via aérea é menor e mais fina, estreita, mais susceptível a obstrução (não só por secreção, mas questão inflamatória – edema na mucosa por exemplo) - Quando se tem uma via aérea mais fina, a forma de respirar é mais difícil pois tem relação com a resistência do ar (via aérea do adulto – mangueira do bombeiro, via aérea da criança – canudo) - No adulto o ar passa com mais facilidade, enquanto que na criança é com mais dificuldade - a resistência da via aérea da criança é bem maior que a do adulto TRAQUÉIA - A traqueia é composta de anéis cartilaginosos – na criança é muito mais maleável do que no adulto, por isso a criança evidencia mais barulhos em decorrência da obstrução da traqueia - Primeiro porque é mais maleável, mais susceptível ao colapso e também porque o tamanho e diâmetro são menores - Diâmetro pode chegar de 2 a 4 mm - Paciente entubado, sonda pequena e fina para aspiração, atinge a carina mais rapidamente, o limite é muito menor do que no adulto - Quanto menor a traqueia, menor o diâmetro, maior risco de lesão TÓRAX - O tórax tem a forma mais ovalada, diâmetro AP e LL são mais parecidos, devido as costelas serem mais horizontalizadas - Quando respiramos, as costelas se elevam (temos o pulmão, suas pleuras – pleural visceral grudada ao pulmão, pleura parietal grudada nas costelas), o diafragma levanta as costelas junto com intercostais internos e externos - Quando inspira manda um estímulo nervoso para os músculos que vão contrair e vão elevar as costelas – puxa as pleuras e pulmão, o ar entra - Na expiração normal, os músculos vão relaxar junto com as costelas – empurra as pleuras, aperta o pulmão, o ar sai - Essa dinâmica torna-se eficaz a partir do momento que tem um torque para a costela expandir e relaxar - O torque da costela, a movimentação dela nisso, se chama alça de balde - Esse torque na criança é bem menor – a pressão que consegue gerar pra entrar um volume de ar é muito maior no adulto do que na criança - A costela mais horizontalizada e a costela mais cartilaginosa dificulta o processo de entrada de ar quando comparada ao adulto - No adulto a costela é mais rígida, na criança é mais cartilaginosa - O músculo se insere na costela, quando ele precisa ser acionado de forma mais efetiva, a costela mais rígida consegue suportar melhor - Quando em desconforto respiratório – aciona o músculo mais fortemente, aumentando a FR – a costela ao invés de servir como ponto fixo, ela deforma ao invés de ajudar na função muscular, comprime - Essas características tem impacto quando a criança fica doente, principalmente em prematuros - Maturação pulmonar de 7 a 8 anos de idade - Pensando nas fases do desenvolvimento respiratório (embrionária, pseudoglanular, canicular, sacolar e alveolar) PULMÃO - Dentro do pulmão, as estruturas estão todas em desenvolvimento @ritmodefisio_ - Menor em tamanho e em quantidade de estruturas - Nem tudo que faz no adulto da pra fazer na criança - Recrutamento alveolar – manda pressão a mais do que a pressão fisiológica que nós já temos - Pra manter os alvéolos abertos tem a pressão inspiratória positiva final – é 5 em todo mundo em qualquer idade - Quando há atelectasia, derrame pleural, recruta as unidades que estão fechadas, mandando mais pressão pra abrir essas áreas - Na criança não pode fazer assim, porque não tem o que recrutar - A criança termo tem em média 20-50 milhões, no adulto mais de 300 milhões de alvéolos - A função do alvéolo é a troca gasosa e depósito de ar – capacidade residual funcional (quanto mais alvéolo se tem, maior quantidade de ar, consequentemente maior volume vai gerar) - Volume pulmonar da criança é diferente do volume pulmonar do adulto, porque tem menos lugar para armazenar ar - Quando o paciente (adulto) tem alguma infecção respiratória ele tem reserva para suprir a demanda respiratória, na criança não – não tem reserva de O2 na mesma proporção que o adulto, tem uma musculatura menos susceptível a fadiga como a do adulto, menor quantidade de fibra do tipo I, resistente à fadiga - Entra em insuficiência respiratória com mais facilidade do que o adulto - Sinais do desconforto respiratório, começam de baixo para cima: tiragem subdiafragmática (marcar a linha do diafragma), tiragem intercostal (marcar ao espaço entre as costelas), retração esternal (o esterno começa a deformar, por conta da característica cartilaginosa), retração de fúrcula e aleteo nasal - Tudo que ela utiliza para colocar ar para dentro - Em criança tudo evolui muito rápido - As técnicas manuais tendem a ser mais efetivas por conta dessas características - A FR de adulto é de 12-20 ipm, a da criança é de 30-50 ipm - Saturação de O2 é de 96-98% em adulto e em criança - Ela precisa ter a FR mais elevada pra que aumente a velocidade que o ar chega no pulmão para conseguir manter o nível de O2 igual do adulto - Ela aumenta a FR para poder compensar a menor quantidade de alvéolos - Para conseguir oxigenar, precisa botar mais O2 para dentro e por isso tem que respirar mais rápido - Quanto menor a criança, maior a FR, porque tem menor quantidade de alvéolos - Conforme ela vai crescendo a FR vai diminuindo por aumentar a quantidade de alvéolos - Hipoxemia, hipóxia no adulto e na criança são valores muito próximos, porque a concentração de O2 precisa ser a mesma - Volume corrente é a quantidade de ar que você inspira e expira (entra e sai) - Volume corrente na criança é menor do que no adulto porque ela tem menos lugar para caber ar COMPLACÊNCIA - Complacência é a capacidade do pulmão se distender e retornar á posição, relacionada a elastância - Quanto mais elástico, maior a capacidade de se distender e retornar a posição inicial - Destaca-se a complacência da caixa torácica e do pulmão - Complacência da caixa torácica: é alta, porque é mais cartilaginosa, mais maleável - Complacência do pulmão: é menor. Se tem menor quantidade de alvéolos, menor local para guardar, pulmão se distende menos @ritmodefisio_ - É normal, mas em uma situação isso se torna desvantajoso, porque um pulmão mais rígido com uma caixa torácica mais mole o ar não entra muito bem - Diante de um desconforto respiratório, a caixa vai deformar, e não entra ar suficiente no pulmão, gerando menor capacidade residual funcional – quantidade de alvéolos preenchidos por ar - Para compensar tudo isso, ela precisa aumentar a FR - No adulto é o contrário, caixa torácica mais rígida e pulmão mais complacente, o ar entra com mais facilidade - Enquanto ele está saudável, ele lida com tudo de forma normal, tem problema quando ele tem algum acometimento RESISTÊNCIA - Resistência de via aérea superior é maior porque a via aérea é menor e mais fina - Resistência de via aérea inferior é maior pela estrutura anatomofisiológica e porque é menor, mais fina VENTILAÇÃO COLATERAL - Os nossos alvéolos, bronquíolos e brônquiossão interligados, o que significa que se tem uma obstrução em qualquer parte, os alvéolos são “colegas”, conseguem se comunicar - Se comunicam através de três locais: alvéolo-alvéolo (Poros de Kohn), bronquíolo-alvéolo (Canais de Lambert), bronquíolo-bronquíolo (Canais de Martin) - Se não tem essa comunicação entre os canais, se houver uma obstrução em alguma região, o alvéolo vai colabar (atelectasia), porque vai ser prejudicado - E o alvéolo que está bom, vai continuar recebendo volume, e ele pode se hiperdistender - Já tem pouco alvéolo, o que tinha colabou, a oxigenação vai diminuir porque não tem área pra trocar o O2 - Um bebê a partir de 2 anos de idade (surgem Poros de Kohn) – em uma obstrução, o ar vai passar e vai para o outro alvéolo e através dos Poros de Kohn ele vai dar para o alvéolo que está com a obstrução - A chance de ter atelectasia, quando começa a ter ventilação colateral, é menor - Isso também justifica a questão de fazer um recrutamento alveolar: se não tem esses elementos, quando faz o recrutamento, aumenta a pressão e o alvéolo cada vez mais vai hiperdistender, e ele dessa forma não vai ser um alvéolo funcional - Espaço morto: tem o anatômico e o patológico - O espaço morto anatômico é a área do pulmão onde o ar passa e não tem a troca gasosa (nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios principais), pois não tem área de troca gasosa - O espaço morto patológico tem a ver com ventilação-perfusão: o alvéolo é ventilado, mas não é perfundido - O alvéolo hiperdistendido vai pressionar o capilar e não vai conseguir fazer troca gasosa, até tem ar mas não tem sangue pra trocar O2 com CO2, o espaço é ventilado mas não é perfundido - Espaço shunt: o espaço que não é ventilado mas é perfundido, não tem ar mas tem sangue passando - A criança pode ter os dois fenômenos a depender da doença que ela foi acometida - Se tem o espaço morto significa que ela tem um alvéolo hiperdistendido, comprime o capilar e não consegue fazer troca gasosa - No shunt tem sangue passando (perfusão) mas não tem ventilação, porque o alvéolo está colabado - Poros de Kohn: começam a se formar a partir de 2 anos - Canais de Lambert e Martin começam a se formar de 4 a 6 anos - Lembrando que é algo gradativo, com 2 anos tem uma quantidade suficiente para @ritmodefisio_ dizer que tem uma formação deles, e a partir daí os outros canais - Asma é uma doença em que vai ter áreas tanto de shunt quanto de espaço morto, principalmente nas crianças menores de 2 anos - Abaixo de 2 anos não chama de asma, chama-se de lactente sibilante. O diagnóstico só é fechado a partir dos 2 anos que é quando mantém esse desconforto mesmo com ventilação colateral - É uma doença inflamatória que vai diminuir o diâmetro, calibre da via aérea do paciente principalmente a nível de brônquios - No paciente com asma na fase aguda, a fisio não tem muita atuação porque o que vai diminuir a bronconstricção é a medicação broncodilatadora - Depois disso, passando essa fase (além da bronconstricção, tem o aumento da produção de secreção) começa a ter áreas obstruídas e a fisio vem para remover essa secreção - É uma doença em que o paciente tem dificuldade de exalar o ar, ele fica com o pulmão “armado” – técnicas para diminuir essa hiperinsuflação pulmonar - Atuamos na fase subaguda SEIOS PARANASAIS - Extensões da cavidade nasal, originárias da cápsula nasal, após invaginação do epitélio nasal para os ossos craniofaciais. - Início do desenvolvimento aos 2 meses de vida intrauterina. - Crescimento lento no período fetal, acelerando- se após o nascimento em estirões de crescimento. @ritmodefisio_ TÉCNICAS EM RESPIRATÓRIA TÉCNICAS CONVENCIONAIS As técnicas convencionais não são proibidas, porém em pediatria não é eficaz como é em adulto devido às particularidades anatomofisiológicas, e na maioria das vezes traz mais malefício do que benefício. Indicadas para aumento na produção/acúmulo de secreções, facilitar reexpansão pulmonar, melhorar oxigenação e trocas gasosas. Objetivos: Prevenção/redução das consequências decorrentes da obstrução por secreção. Hiperinsuflação /Atelectasia; Alteração da V/Q; Aumento do trabalho respiratório o Tosse provocada - A tosse provocada é feita pegando numa região da fúrcula esternal e faz uma pressão para dentro e para o lado - Como todo reflexo não dá para ser feito toda hora, porque chega uma hora que vai esgotar o reflexo e não é agradável de ser feito - É a única que utiliza os mesmos princípios do adulto, porém não faz estímulo de tosse provocada em RN, principalmente no prematuro - Porque nessa região do pescoço as estruturas são muito próximas e o mínimo de pressão que se faça pode ser suficiente para lesionar a traqueia e provocar o colabamento da estrutura - Existe uma fórmula de estimular a tosse (não é comprovado na literatura), é o estímulo na região atrás da língua, lá onde passa o siso, porque naquela região deflagra um pouco de náusea e um pouco de tosse - Normalmente só estimula tosse em região de fúrcula em bebês acima de 2-3 meses de idade - Abaixo disso, malefícios são maiores do que benefícios - Caso o bebê esteja entubado, na hora que encosta a sonda na carina para aspirar, tem receptores de tosse lá e então ele tosse (só faz a partir da aspiração) - Só faz com paciente em ventilação espontânea e que não esteja com suporte invasivo - É o único que continua aplicando em pediatria, no entanto com algumas limitações o Tapotagem - Os objetivos das técnicas manuais, independente de ser convencional ou não, são: THB (técnica de higiene brônquica), melhorar a ventilação-perfusão (quando melhora a entrada e saída de ar, automaticamente melhora a oxigenação, a ventilação e a perfusão), e promover a reexpansão pulmonar (TEP – terapia de expansão pulmonar) - De uma forma geral, a maioria das técnicas tem esses três objetivos. Um objetivo está ligado a outro, se tem quadro secretivo, vai diminuir ventilação, que diminui troca gasosa, que diminuiu expansão pulmonar - Se faz uma técnica para higiene brônquica, tira a secreção e melhora ventilação, troca gasosa e melhora expansão - É uma técnica que consiste em pequenos golpes com a mão em forma de concha no tórax da criança - Caixa torácica tem maior complacência (costelas mais cartilaginosas) e pulmão é mais rígido, menos complacente - O objetivo da tapotagem é que com esses socos eu consiga propagar energia da caixa torácica para o pulmão para que a secreção solte - Quando faz no adulto bate numa costela mais dura, a energia é propagada para o pulmão mole, que ressoa e faz com que a secreção seja solta - No adulto é compatível com a estrutura anatomofisiológica, na criança não - Na criança vai deformar o tórax mas a secreção não vai soltar - Não se faz em RN - Se caso for utilizar a técnica tem que fazer numa criança com a estrutura mais próxima da de um adulto. Aquelas abaixo de 2 anos ainda têm uma estrutura muito mais cartilaginosa - Estudos antigos já trazem que essas técnicas convencionais em ped não trazem @ritmodefisio_ benefícios, mas sim malefícios para a criança, como aumento do estresse, da FR, FC, diminuição da saturação, aumento do refluxo gastroesofágico – quando se fala em drenagem postural o Drenagem postural - Drenar através da postura - Consiste em posicionar a criança de forma que consiga drenar a secreção que está no pulmão - Posiciona de forma que a secreção escorra até uma via aérea de maior calibre para que ela consiga tossir, expectorar ou engolir - A secreção tem uma característica mais viscosa, não é algo que “virou e eladesce” - Nossa via aérea não é reta, é cheio de entranhas - Para que a secreção chegue à região de brônquio, fonte e traqueia ela precisa percorrer um caminho para ser drenada - A literatura diz que para que a secreção escorra, o paciente tem que ficar na mesma posição de 30 a 60 minutos para a drenagem ocorra (estressante e complicado para fazer em criança) - bebê fica posicionado na maca em DL, pelve levemente rodada para frente, tronco levemente rodado para trás, braço na região atrás da orelha por 30-60 minutos sem se mexer - O que se utiliza hoje de drenagem postural são os posicionamentos associados a outras técnicas – pode utilizar a AFE com o posicionamento da drenagem postural para otimizar a técnica – pode utilizar a drenagem postural como posicionamento após a fisioterapia para ajudar na melhora da ventilação do pulmão - Como técnica para remoção de secreção não utiliza mais, mas utiliza os princípios para associar com outras técnicas - Posicionamento em Trendelemburg – a criança vai ficar com a cabeça abaixo do nível dos MMSS – um bebê prematuro jamais pode ficar nessa posição pelo risco de hemorragia perintraventricular é enorme – aumenta demais pressão intracraniana e piora o quadro clínico, e a criança também tem imaturidade pilórica com risco de refluxo gastroesofágico e broncoaspiração - Existem posicionamentos de drenagem que nem como posicionamento utiliza por conta dos riscos em pediatria o Fribrocompressão ou vibração - Consiste em um movimento oscilatório de alta frequência realizado pelo fisioterapeuta no tórax da criança - A vibração é só uma contração concêntrica dos músculos do braço - O problema disso é que tem mesmo princípio da tapotagem, a frequência da vibração tem que ser alta para vibrar o suficiente para soltar a secreção - Precisa de muito tempo para soltar a secreção de um pulmão rígido com a caixa torácica mole, dificilmente consegue - Os vibradores são mais utilizados com o objetivo de relaxamento da musculatura – ex. paciente com asma tem a musculatura mais tensa porque utiliza mais, mas não tem objetivo de tirar secreção - A eficácia é pouco diante do trabalho do fisioterapeuta para fazer - A vibração torna-se mais eficaz quando associado á compressão - Exceto a tosse provocada, a vibrocompressão ainda pode utilizar associando a outras técnicas - O benefício é mínimo @ritmodefisio_ TÉCNICAS ATUAIS o DRR + i - Drenagem rinofaríngea retrógrada - Ao invés da secreção sair ela vai voltar - Divide as técnicas em 2 grupos: INSPIRATÓRIAS E EXPIRATÓRIAS – a inspiratória faz no momento da inspiração e a expiratória no momento da expiração do paciente - É uma técnica INSPIRATÓRIA porque utiliza a inspiração - A INS e EX podem ser feitas de forma rápida e lenta – a diferença é a velocidade do fluxo que o paciente vai ter - Essa é de forma rápida - O objetivo da DRR + i é retirar secreção de via aérea superior (rinofaringe) para que essa secreção vá para a garganta, ou ele cospe ou engole - Quando engole a secreção não vai para o pulmão, sai no cocozinho - A única desvantagem de engolir a secreção é que o estômago vai entender como uma comida, secreção é proteína, a criança pode acabar perdendo a fome (por isso que quando estamos gripados, ficamos sem apetite e nauseado) - A técnica é feita da seguinte forma: - Todas as técnicas têm a cabeceira elevada a no mínimo 30° - Fica ao lado do paciente, mão ou dedo, no casos pequenos demais, direita na base da língua (forçando a criança a fazer a inspiração, fechando a boca para que o fluxo de ar seja só pelo nariz), nos bebês abaixo de 4 meses faz isso só para otimizar a técnica porque eles ainda só respiram pelo nariz mesmo - fluxo lento dificilmente vai conseguir carrear a secreção - a técnica faz com que a criança faça uma ins forçada - Como a criança provavelmente vai estar inquieta, ou pede para os pais estabilizarem ou faz charutinho - Mão esquerda na cabeça só para estabilizar e um dos dedos vai tapar uma das narinas, direcionando o fluxo (narina direita ou esquerda) - Faz a técnica quando ela for inspirar, oclui a mandíbula e segura uma das narinas, ai ela vai puxar por uma narina só - A DRR + i é com a instilação de soro ou medicamento (salsep, etc) - Se a obstrução é na narina esquerda, coloca o soro na narina esquerda e oclui a narina direita, sempre oclui a narina contralateral do que quer higienizar - Pode fazer as duas de uma só vez se quiser, sem ocluir nenhuma das narinas, só não pode ocluir as duas, obviamente - Serve para higienizar a via aérea superior - A técnica é o conjunto dessas ações, não é só a higiene nasal - Em crianças menores é feito de forma passiva, em crianças maiores, já faz de forma ativa ou ativa assistida, orientando - Pode fazer a técnica sentado também - Quando já tem a dentição, optamos por, ao invés de fechar com a força do dedo, colocar parte da mão na base da língua e oclui a boca em si, travando mandíbula junto com a boca – é importante explicar para os pais - Com instilação em bebês RN utiliza seringa de 1 ml, bem fininha de insulina, e acaba indo logo pra garganta, que é a intenção - Conforme vai crescendo, aumenta. Soro não faz mal. Coloca até em média 60 ml de soro, mas depende da necessidade, ter cuidado para não entrar por um lado e sair pelo outro, porque ai é só a higiene nasal - Com volume maior tem preferência em fazer com o bebê sentado - Soro funciona como um carreador da secreção - Tem que ser de forma rápida - Criança menor faz em fluxo menor - Coloca o soro, depois vai pra técnica - Ele tem que estar elevado, mas se ele sufocar, por algum motivo, posiciona de lado, nunca puxa de frente @ritmodefisio_ - Deve fazer antes das mamadas, pode ensinar a mãe, nunca após para não vomitar - Não precisa ser feito todos os dias o AFE - É uma técnica expiratória - É o AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO (AFE), aumento ou aceleração - Técnica pode ser feita de forma lenta ou rápida - Tem o objetivo de mobilizar e carrear a secreção do pulmão - Como consequência disso vai ter melhora da ventilação, da oxigenação e da expansão pulmonar - Realiza na fase expiratória, no plator inspiratório, ou seja, no exato momento em que inicia a expiração - As técnicas rápidas e lentas têm o mesmo objetivo, carrear secreção - Quando a secreção está a nível mais periférico (mais distal) usa a lenta para chegar até via aérea de maior calibre, pra que possa fazer uma rápida e ele expectore - Quando a secreção está mais proximal, usa a rápida - A ausculta nos direciona para onde está a secreção - Vias aéreas mais finas (distais) pode auscultar tanto sibilo quanto crepitação - Numa via aérea mais proximal, pode auscultar roncos e sibilos - O posicionamento da mão na AFE é uma mão em região torácica (na linha mamilar do paciente e vai abraçar o tórax, porque osso com osso dói, e não pode gerar dor na técnica, mão relaxada, tem que acoplar o tórax) e outra abdominal (últimas costelas, cicatriz umbilical) - Mão torácica vai fazer uma pressão para dentro e pra baixo e a mão abdominal vai fazer uma pressão para dentro e para cima, de forma que as mãos vão se encontrar, a compressão é feita de forma simultânea (lenta e rápida controla nessa hora, tem o mesmo posicionamento, só muda a velocidade) - As atuais são eficazes porque usamos ao nosso favor as características anatomofisiológicas do bebê - Quando espreme caixa torácica, espreme o pulmão junto e então carreia a secreção, não consegue no adulto porque a caixa torácica é rígida - Avisar aos pais, parece que deforma o tórax, mas é por isso que funciona(não dói porque a costela é cartilaginosa) - Não está fazendo um movimento antifisiológico, utiliza-se da própria respiração dele - Quando espreme o pulmão, a secreção saí porque a gente gera fluxo, empurrando a secreção para cima o ELPr - Técnica EXPIRATÓRIA e lenta, só tem a opção de ser lenta - Expiração Lenta e Prolongada, significa que vai prolongar a expiração de forma lenta - É feita do meio para o final da expiração - Posicionamento das mãos e a direção da pressão exercida por ela é a mesma que é na AFE - Tem como objetivo a remoção de secreção da região mais periférica por ser uma técnica lenta, mas tem um benefício a mais do que na AFE, que é a desinsuflação pulmonar - A mão vai fazer a compressão da metade pro final da EXP e vai manter comprimido de 2 a 3 ciclos, a criança vai respirar em baixo da minha mão, quando ela for fazer @ritmodefisio_ a 4ª respiração, liberando para respirar, deixando de comprimir - Tem relação com a desinsuflação - Prolonga a expiração de modo que faça com que o ar que está levando a uma hiperinsuflação (pulmão armado), consiga ser todo eliminado e seja renovado, evitando a hiperinsuflação - O benefício da ELPr em relação a AFE é nas crianças que tenha quadro de hiperinsuflação pulmonar - Os pequenos com bronquiolite que não tem a ventilação colateral, onde pode ter alvéolo atelectasiado, hiperinsuflado, tende a ficar com o pulmão armado - Vai julgar se é lenta ou rápida e a técnica diante do quadro clínico dele - Faz conforme a necessidade da criança, a ausculta diz qual técnica e quantas vezes vai ser necessário - Sentindo que a secreção subiu, para ELPr e faz AFE rápida - Fez a técnica, se ela tossiu antes da rápida não tem porque fazer a rápida já que a tosse é uma rápida, auscultou, ta ok, parou - Tem que levar em consideração que está falando de criança que não tem maturidade pulmonar e fadiga com facilidade - As vezes vai fazer várias vezes e a criança não vai responder da forma que a gente imagina, se ta vendo que ela está exaurida mas melhorou um pouco a saturação, a ausculta e o quadro clínico, pára para não piorar o quadro clínico e em um segundo atendimento faz novamente - Se for uma criança muito cheia de secreção atende diariamente, se for uma criança mais ou menos atende 3 vezes por semana, depende do quanto ela esteja comprometida - Na enfermaria de 2 a 3 vezes, na UTI o quanto for necessário - Todas as técnicas manuais podem ser associadas - Geralmente sempre começa com higiene de via aérea superior, DRR + i, a não ser que ela não esteja com obstrução - Se tiver secreção de via aérea periférica pode ser AFE lenta ou ELPr - Se tiver com uma hiperinsuflação pode começar com ELPr e depois ir pra AFE ou ficar na ELPr o DA/DAM/DAA - Drenagem autógena (DA) por si só é uma técnica que foi criada para crianças que tivesse um nível cognitivo suficiente para entender o que é INS e o que é EX, porque é uma técnica que exige do paciente um controle da INS e da EX - A drenagem autógena assim como as outras técnicas, vai utilizar do fluxo respiratório para carrear a secreção, horas ins e horas ex - É uma técnica INSPIRATÓRIA e EXPIRATÓRIA - Em geral é uma técnica mais ativa porque a própria criança que vai controlar a respiração - Existe um ciclo, primeiro ela INSPIRA e depois pausa e EXPIRA e vai sentindo a secreção se mobilizando até que ela possa expectorar - Quando viram que estava muito difícil, facilitaram a técnica, criando a DAM (drenagem autógena modificada) - Modificaram o controle horas ins – ex e pausa – tosse para que ela entenda melhor (algumas pessoas acham que acabou ficando mais difícil porque tem mais comandos) - é uma técnica que não se aplica a bebês que não tem nível de compreensão - Para crianças maiores é muito bom, podendo fazer inclusive em adultos - Ela tem muitos benefícios porque através do controle da respiração ela consegue carrear a secreção, então se criou a DAA (drenagem autógena assistida), que é a junção de duas técnicas: princípios da AFE com os da ELPr e juntou - Muito utilizada em RN, principalmente nos prematuros @ritmodefisio_ - É uma técnica muito eficaz que utiliza a respiração do neonato associado a uma compressão para a remoção de secreção - EM NEO, RN, NÃO UTILIZA TÉCNICAS RÁPIDAS, não faz AFE rápida em RN, comente técnicas lentas a nível pulmonar - A única rápida que utiliza em RN é a DRR - NO RN NÃO FAZ COMPRESSÃO ABDOMINAL, SOMENTE TORÁCICA (ou seja, ELPr não pode usar, porque exige uma compressão abdominal) - A AFE pode usar porque tem vários tipos (unilateral, 2 tempos, com a mão em ponte) o princípio é o mesmo, só modifica como vai fazer - No caso da AFE para o NEONATO ou prematuro, a mão abdominal funciona apenas como uma cinta nas últimas costelas, estabilizando – a única mão que faz a compressão é a mão torácica - A mão no abdômen precisa ser colocada porque, em uma costela mole, quando apertamos em cima, a costela abre em baixo, então para que ela não abra e não aumente a pressão abdominal, perdendo a força da manobra, a gente estabiliza e apoia o abdômen para que a pressão seja exercida no tórax - Então, EM NEO NÃO UTILIZA MÃO ABDOMINAL COMO COMPRESSÃO, APENAS COMO ESTABILIZAÇÃO - A DAA é uma junção de ELPr com a AFE, utilizando os dois princípios - Todas as técnicas que usa em NEO pode utilizar para PED, mas nem todas de PED podemos usar em NEO - A DAA consiste em: paciente elevado a 30° - na incubadora pode elevar a placa em baixo do colchão, se não tiver, coloca uma compressa para que o colchão fique mais elevado - Mão torácica na mesma localização, abraçando o tórax (em bebês muito pequenininhos adaptamos a mão de acordo com o tórax dele, colocamos apenas alguns dedos, porque as mãos precisam ter espaço entre elas para que no final se encontrem) - Os eletrodos geralmente são de adesivo, e não machucam, então não interfere na manobra, tem que ter cuidado – mão abdominal não comprime, questão do umbigo - Se o eletrodo for daqueles que parecem uma pinça, tem que tirar o eletrodo durante a manobra, mantém o do O2, porque você consegue ver através deles FR e saturação e ela não pode ficar completamente desmonitorizada - Mão abdominal como cinta – porque RN tem aumento do risco de pressão intra- abdominal, que impacta diretamente nas vísceras - Geralmente começa a fazer essa compressão acima de 2 meses, porque as vezes o bebê que nasceu prematuro extremo na idade corrigida “acabou de nascer” - A DAA faz a compressão torácica inicialmente no início da EXPIRAÇÃO, no plator inspiratório - Então utiliza os princípios da ELPr para chegar até o volume de reserva funcional, que é a compressão sustentada - A diferença da ELPr para a DAA é que ao invés de comprimir de uma vez só, vai comprimindo a expiração a cada ciclo e depois solta – são de 2 a 3 ciclos e então solta - A AFE em ponte, que é a AFE lenta que utilizamos em RN, a mão abdominal também não mexe - A diferença de repetições dessas técnicas é que o RN é menos tolerante, não ficamos muito tempo manobrando porque ele responde mais rápido também • Essas técnicas não devem ser feitas em casos de: - Fratura de costelas - Osteopenia - Instabilidade hemodinâmica do tipo arritmias, que a compressão possa levar a alguma alteração @ritmodefisio_ - Aumento de pressão intracraniana, instável - Cirurgia cardíaca, dependendo a fase (se abriu esterno e fechou esterno não faz, correndo risco de perda da fixação e dor intensa) - Utilização do dreno (depende, as vezes é indicado o manuseio, não faz no local onde o dreno está porque dói) manuseia hemitórax – inclusivepaciente com dreno é indicado fazer, mas tem que ser com responsabilidade - Pneumotórax não drenado não pode fazer nada - Pneumotórax linear precisa ocorrer liberação médica para manuseio