Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

@RITMODEFISIO_
Resumos em PDF
 
 
PDF de Fisioterapia
Pediátrica
 
 
 
SUMÁRIO DE RESUMOS
 
• Conceitos 
• Reflexos Primitivos
• DNPM
• Avaliação
• Bases Psicomotoras
• Fatores que influemciam o
DNPM
• Estimulação Motora
• Condutas
• Doenças Ortopédicas
• Particularidades do Sistema
Respiratório
• Técnicas Respiratórias
 
 
@ritmodefisio_
 
 
 
COMO CLASSIFICAR? 
• Neonatologia: de 0 à 28 dias de vida; 
• Pediatria: a partit de 29 dias aos 17 anos, 11 meses e 6 dias. 
 
NEONATOLOGIA: 
• DUM: data da última menstruação, é dai que se dá a IG do feto. Como pode dar uma variação de 
semanas, quando o bebê nasce é que vai calcular com mais certeza a IG que ele tem através das 
características físicas; 
• Capurro Somático: escala onde o neonatologista avalia a criança a partir das capacterísticas físicas 
para dar a idade gestacional equivalente as características que ele apresenta. – Não é o fisioterapeura 
que faz o cálculo. 
- Forma da orelha 
- Tamanho da glândula mamária 
- Formação do mamilo 
- Textura da pele 
- Pregas plantares 
 
Total de pontos + 204 ÷ 7 = 
Semanas de Gestação. 
 
Ex.: 43 + 204 = 247 ÷ 7 = 35 
semanas 
 
OBS.: o método tem uma 
margem de erro de uma 
semana para mais ou para 
menos. 
Cada item tem uma pontuação, soma tudo e faz o cálculo. 
@ritmodefisio_
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO PREMATURIDADE 
• OMS: 
- Extremo: 26-31 semanas 
- Moderado: 32-35s6d 
- Limítrofe: 36-36s6d 
• AAP: 
- Extremo: 26-31s 
- Moderado: 32-36s6d 
- Limítrofe: 37-37s6d 
• NOVA: 
- Extremo: ⬇️ 28s – abaixo de 27 semanas e 6 dias; 
- Grave: 28-30s 
- Moderado: 31-33s / Tardio: 34-36s – 37 semanas é considerado bebê termo; 
• Pós-maturidade: ⬆️ 42 semanas – trabalha com margem de segurança de até 41 semanas e 6 dias. 
 
PREMATURIDADE 
• Fatores de Risco: 
- Epidemiológicos: baixa renda / desnutrição 
- Clínicos: doenças maternas (HAS) – hipertensão aumenta o fluxo sanguineo da mãe e diminui 
o do bebê; 
- Obstétrico/gineco: infecções – infecções como a da placenta, infecção urinária recorrente; 
- Desconhecido – estilo de vida pode influenciar 
• Problemas 
- Asfixia perinatal – falta oxigênio nas 
primeiras horas de vida 
- Insuficiência respiratória 
- Infecção – sistema imunológicio baixo; 
 
- Doenças metabólicas - dificuldade de controle de glicemia; 
Não tem áreas de troca suficiênte por 
causa do desenvolvimento do Sistema 
respiratório, imaturidade da 
musculatura. 
@ritmodefisio_
 
 
- Alteração do tônus e mobilidade 
 
• Se a mulher chegar na emergia com 20 semanas ou com menos, mas o bebê tiver mais de 400g faz o 
parto e investe no bebê, mas não sabe se vai sobreviver. 19 semanas é considerado aborto ou com 
menos de 400g; 
• O campeão de prematuridade é o Maláui. O Brasil aumentou o nível de prematuridade por conta do 
estilo de vida e gestação tardia. 
 
PÓS-MATURIDADE 
• Fatores de risco 
- Epidemiológicos: baixa renda – nível de instrução, não ter serviço básico de saúde; 
- Erro da IG (idade gestacional) – a DUM errada ou o não acompanhamento mensal; 
- Desconhecidos 
- Má formação: anencefalia (não tem encéfalo). 
• Problemas 
A placenta tem um tempo e se fica por mais tempo, começa a falhar, faltar nutrientes: 
- Asfixia perinatal – deixa de receber oxigênio; 
- Aspiração de mecônio (primeiro cocô) – o liquido aminiotico pode ir para o pulmão mas não 
tem problema porque é líquido. O meconio é formado por descamação da pele, tecido, liquido 
e outros. Se faltar oxigênio por algum motivo, pode liberar mecônio porque libera esfíncter, 
se ele aspirar o mecônio vai para as vias aéreas e gruda. Quando o bebê nascer e for respirar, 
não tem como porque o resíduo está atrapalhando, tem que aspirar e entubar = Síndrome da 
Aspiração Meconial – importante observar a cor do líquido aminiótico; 
- Alterações metabólicas – dificuldades de controle de glicemia, picos elevados de glicemia. 
 
• SÍNDROME DA PÓS-MATURIDADE 
- Estágio I: menos grave, tem mais alterações a nível estético, vérnix e lanugo vão sendo 
perdidos perto do parto e como demora, quando nasce já não tem mais. 
@ritmodefisio_
 
 
▪ Pele seca, rachada, descamativa, frouxa e enrrugada 
▪ Aparência de desnutrição – começa a ter necessidade energética maior ou placenta tem 
falha 
▪ Redução do tecido subcutâneo – começa a perder massa por conta da desnutrição; 
▪ Pele “grande demais” para o neonato 
▪ Neonato de olhos abertos e alerta 
- Estágio II: requer maior atenção 
▪ Todas as características do estágio I 
▪ Manchas de mecônio - pode não ter aspirado ainda 
▪ Depressão perinatal (em alguns casos) – aspirou um pouco de mecônio 
- Estágio III: 
▪ Todos os achados do estágio I e II 
▪ Mancha de mecônio no cordão e nas unhas – o mecônio já está presente a tempo 
▪ Risco mais elevado de morte fetal, intraparto ou neonatal – por conta da diminuição de 
oxigênio e aspiração meconial. 
 
Idade pós-natal: período de tempo que decorre do nascimento até a data presente. – idade normal, contando a 
partir do dia que nasceu. 
Tem que fazer a correção da idade gestacional para os prematuros 
Idade corrigida: idade pós-natal – o número de semnas que faltou para completar 40 semanas. 
• Idade corrigida = idade cronológica (40 semanas – idade gestacional) 
• Ex.: 32 semanas de idade gestacional e 3 meses de vida 
Idade corrigida = 3 meses – (40 – 32 semanas) 
Idade corrigida = 3 meses – 8 semanas (2 meses) 
Idade corrigida = 1 mês 
Quando fala de desenvolvimento neuropsicomotor, o bebê que tem 3 meses de vida na verdade, tem 
motoralmente falando 1 mês. Por isso tem que fazer a correção para ver em que parte do desenvolvimento 
ele está, paa descartar problemas neurológicos. Porém, se faz a correção e mesmo assim não é compatível 
com o desenvolvimento neuropsicomotor tem que prestar atenção. 
 
Peso ao nascer 
Peso é indicador de viabilidade, a maioria das vezes o peso está relacionado com a IG, para fazer o cálculo, 
existe uma curva de crescimento onde o médico correlaciona peso e IG para ver se está condizente. Peso é 
um dos motivos de alta. O bebê tem uma perda de peso nas primeiras horas de vida, mas é normal. 
• RN de baixo peso (RNBP) 
- RN com menos de 2500g 
• RN de muito baixo peso (RNMBP) 
- RN com menos de 1500g 
@ritmodefisio_
 
 
• RN de extremo baixo peso (RNEBP) 
- RN com menos de 1000g 
Pediatria 
• Lactente: 29 dias a 12 meses 
• Infante (Todller): 1 aos 3 anos 
• Pré-escolar: 3 anos a 6 anos 
• Escolar: 7 anos a 11 ou 12 anos 
• Pré-adolescente: 10 a 13 anos 
• Adolescente: 13 aos 17 anos, 11 meses e 6 dias. 
 
 
@ritmodefisio_
 Reflexo é aquilo que se faz de forma involuntária e reação é o que se faz depois de sofrer uma ação. 
Para avaliar reflexos tem que estar em temperatura agradável, em um ambiente silencioso. A maioria dos 
reflexos, principalmente os mais críticos, tem um marco importante no 2º mês porque a maioria já vai ter 
pedido, outros surgem e no 4 mês começa a ter atividades motoras mais diferentes do que de reflexo, marcos 
motores, importante para avaliação neurológica. 
 
• Reflexo de Moro: desencadeada pela queda súbita da cabeça amparada pelo examinador, criança reage 
com extensão e abdução de membros superiores seguida de choro. Presente até os 5 meses de vida. 
Moro de RN é forte, já de 5º mês é quase inexistente, vai perdendo e sendo substituído por uma função 
motora. O bebê vai apresentar a extensão pela primeira vez. É o último reflexo a ser testado por causar 
choro; 
• Reflexo de Sucção: tocar os lábios da criança com o dedo enluvado provocando abertura involuntária 
da boca e preensão do dedo, a língua reage em forma de cânula e faz movimentos ondulatórios 
anteroposteriores. Presentes nos primeiros meses de vida, até os 3-4. Nasce com isso para aprender a 
se alimentar. Só é presente em bebê termo, pré termo não apresenta, tem sucção débil. Deixa de ser 
reflexo quando aprende o que é a alimentação; 
• Reflexo deGalant: presente desde o nascimento até o 2º mês, consiste em estimular a região dorso 
lateral e faz a flexão lateral de tronco. 
• Reflexo de Preensão Palmar: presente de 0 à 3-4 meses. O estimulo é o contato do examinador na 
palma da mão do bebê, reagindo com uma preensão do dedo (segurando o dedo da mãe). O reflexo vai 
sendo desgastado porque vai dessensibilizando a mão, até os 2 meses o bebê tem uma postura 
assimétrica, quando um lado estende o outro flexiona. Com 3 meses o principal marco motor é o 
estímulo a linha média, quando o bebê começa a se tocar, esse ato faz com que perca o reflexo 
involuntário e com 4 meses passa a ser voluntário. Lesão cerebral tem persistência de reflexo de 
preensão palmar por muito tempo, ficam com mão em garra; 
• Reflexo de Preensão Plantar: o mesmo princípio da mão, só que no pé. Estimula o peito do pé e o 
bebê faz a flexão dos dedos. Ele demora mais tempo porque o bebê demora mais tempo de usar. O 
perder dos reflexos do bebê se dá craniocaudal. Começa a perder quando senta e passa um pé no outro, 
por volta dos 7-8 meses. Começa a perder com 6 meses; 
• Reflexo Olho de Boneca: o bebê fica reclinado nos braços do examinador e faz a rotação lateral da 
cabeça e mantê-lo na posição por alguns segundos. Os olhos permanecem na posição inicial, não 
acompanha a cabeça. Desaparece de 1 a 3 meses. O bebê ainda não tem controle visual. 
• Reflexo Labiríntico: reflexo visual, RN ainda não tem a maturação do sistema labiríntico, podendo as 
vezes da alteração no reflexo visual; 
• Reflexo Cervical de Retificação (RCR): o bebê não tem controle de cervical, se vira em bloco. Se 
vira a cabeça para um lado, o corpo vai todo para o mesmo lugar. Está presente no neonato e vai até 
em torno dos 3 meses, que é quando começa a ter controle de cervical; 
• Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): está presente no neonato, mas é bem marcante no 2 
mês. Reflexo de arqueiro ou de esgrima, até o 2º mês o bebê se comporta de forma assimétrica. Se vira 
a cabeça do bebê para um lado, ele faz extensão do membro superior e inferior do lado que virou, o 
contralateral em flexão de MMSS e MMII. É quando o bebê vê a mão para a primeira vez. Vai perdendo 
no 3-4 mês, porque ele já ganhou simetria. 
@ritmodefisio_
• Reflexo de Marcha Automática: segura a criança pelo tronco com as duas mãos e o reflexo é obtido 
pelo contato da ponta do pé com a superfície que resulta em marcha. Se inicia nos primeiros dias de 
vida e vai até o 2º mês de vida, no 2º mês já perde. 
• Reflexo Positivo de Suporte: segura a criança pelo tronco com as duas mãos, coloca de pé e ele fica. 
O corpo fica inclinado para frente, mas consegue sustentar o peso. Presente até o 2º mês. 
A perda do reflexo de marcha automática e positivo de suporte tem dois nomes chamados abasia (marcha) 
e astasia (positivo de suporte). Quando o bebê está com 4-5 meses passa a ter a positivo de suporte não por 
reflexo, mas porque adquiriu força muscular para isso acontecer. Por isso não pode botar bebê de 4 meses 
em pé. 
• Reflexo de Busca/4 pontos cardeais: para realizar a pega do peito da mãe, precisa pegar com a boca 
aberta. Para que abra a boca para sugar, pode estimular esse reflexo fazendo pressão no canto da boca, 
a resposta é abrir a boca e virar para o lado que pressionou. Antes de colocar no peito, pede para fazer 
esse estímulo para que ele consiga sugar. Presente até os 2 meses; 
• Reflexo de Babinsk: estímulo na lateral do pé e o bebê faz a extensão dos dedos. Presente até os 4-5 
meses; 
• Reflexo de Colocação: bebê anda, fica em pé e sobe escada quando faz estímulo na região anterior, 
faz uma flexão. Presente até no máximo 2 meses; 
• Reflexo de Propulsão: consiste no deslocamento para frente, quando o bebê é colocado de bruços e 
tem apoio no dorso dos pés. Ou seja, o recém-nascido tem o reflexo de rastejar quando estimulado. 
Estímulo na planta do pé faz com que tenha extensão. Desaparece com 3 meses; 
• Reação de Landau: pode ser visto como reflexo ou reação. Faz uma extensão de coluna, cervical 
toraco-lombar. Começa no 4º mês de vida que é quando tem controle de cabeça para ativar as 
musculaturas e tem um Landau maduro com 6 meses; 
• Reflexo de Sobrevivência/Fuga: presente até os 2 meses. Quando coloca o bebê em decúbito ventral 
ele vira a cabeça para liberar a via aérea. É perigoso porque se ele vomitar não consegue tirar ou se o 
lençol embolar pode morrer por asfixia. 
@ritmodefisio_
1º MÊS 
▪ SUPINO 
O bebê de 1 mês tem muita característica do bebê recém-nascido (pois RN é até 28 dias). Recém-nascido está 
em padrão flexor de MMSS, a cabeça não tem controle, lateralizada – não porque ele está olhando para o lado, 
mas porque a gravidade atua e ele não tem força pra manter a cabeça em linha média – MMII em padrão 
flexor. A diferença do bebê de 1 mês para o RN é que o padrão flexor está mais fraco, então pode ser que o 
membro superior esteja mais caído para o lado por conta também da ação da gravidade, porém ainda é mantido 
padrão flexor. Os MMII podem estar mais pra baixo mas ainda é observado muita flexão de quadril, joelho e 
pé. Dificilmente um bebê de 1 mês vai estar totalmente apoiado com membros inferiores porque ainda tem 
muito padrão flexor principalmente de quadril. 
▪ PRONO 
Cabeça lateralizada porque ele ainda tem um pouco do reflexo de fuga, braços próximos ao corpo ainda 
fletidos, mãos fechadas. Quando ele levanta a cabeça para lateralizar, ele trabalha a musculatura extensora de 
cervical – porém ele não suporta o peso – essa ativação muscular de extensores vai fazer com que ele 
futuramente consiga controlar a cabeça. O bebê de 1 mês ainda não controla a cabeça porque ele ainda não 
tem controle sobre a musculatura extensora, mas já começa a trabalhar aqui – por isso é importante colocar 
bebê em decúbito ventral, tem que ser acordado e não de barriga cheia porque isso é uma atividade física. A 
pelve está fletida, juntamente com o joelho e o bumbum pra cima, empurrando a cabeça pra baixo. Por isso o 
bebê não tem como levantar tronco porque automaticamente a pelve alta – geralmente o joelho fica em baixo 
da barriga – vai empurrar a pelve pra cima e cabeça para baixo. Tem o inverso quando começa a ativar a 
cabeça, que ativa a musculatura extensora, o padrão flexor de pelve diminui – abaixando a pelve – e a cabeça 
se eleva. * Bunda pra cima, cabeça pra baixo. 
▪ PUXADO PARA SENTAR 
O bebê não tem controle de cervical, então a cabeça vai para trás. Quando for testar, não se deve segurar pelo 
pulso, a pega deve ser mais para cotovelo, e ele vai manter a cabeça mais para trás. Ele pode até tentar fazer 
um leve contato, mas ele ainda não utiliza a visão como guia de função motora. Quando fixa o olhar em algo, 
somos estimulados a manter o controle para poder olhar para essa coisa – o bebê de 1 mês ainda não tem isso. 
▪ DE PÉ 
Quando levanta para em pé, a postura dele ainda é cifótica em toda a coluna se anteriorizando, tem reflexo de 
marcha automática, positivo de suporte - não tanto quanto o RN - ele pode ter uma leve flexão de joelho 
porque já está perdendo os reflexos mas pode conseguir ficar de pé. 
2º MÊS 
▪ SUPINO 
É típico do bebê de 2º mês o RTCA (posição de arqueiro), então ele apresenta um padrão bastante assimétrico. 
Não tem controle de cervical ainda, então ela tenta levar a cabeça até a linha média mas cai e entra em RTCA. 
Esse padrão de flexão- extensão do bebê é por conta do RTCA. O RTCA estende e flete os MMSS, isso faz 
com que o bebê ganhe em ADM, estendendo e flexionando. Em alguns momentos onde o bebê não entra em 
RTCA, o membro superior dele vai estar fletido e estendido, mais ao longo do corpo, porque já começou a 
ganhar em extensão, saindo do padrão flexor bilateral. A pelve está mais baixa, mas mantendo ainda o padrão 
flexor, o RTCA favorece alongamento de quadrado lombar. Pode ser que a perna rode para o lado fazendo 
abduçãoe rotação externa dos MMII. O RTCA favorece muito mais a diminuição do padrão flexor pra que o 
@ritmodefisio_
bebê não fique preso nessa postura. O bebê de 2 meses é muito assimétrico, ou seja, esse movimento alternado 
que ele faz – flexão e extensão de forma a compensar um lado e outro. 
▪ PRONO 
Ainda tem padrão flexor, porém não tanto com o bumbum pra cima como o de 1 mês, mas o braço dele aqui 
já está mais aberto, não muito abduzido. Já consegue levantar a cabeça mais de 45 graus, tenta chegar na linha 
média mas não consegue manter e então desaba. Esse treino de levanta- segura-solta é atividade física, 
fortalecimento muscular. Com 2 meses ele está treinando essa musculatura extensora para que com 3 meses 
ele consiga elevar e manter na linha média. Aqui já começa a descarregar peso e o apoio do braço ajuda a 
levantar a cabeça, se tira esse braço dai e põe para trás, aumenta a dificuldade. Então o braço ajuda no controle 
de cervical. Automaticamente se começa a ativar cervical, a pelve desce. O bumbum ainda está elevado, mas 
o joelho já não está mais tão em baixo do quadril, já começa a ter um pouco mais de extensão de quadril e 
joelho. 
▪ PUXADO PARA SENTAR 
A cabeça já não vai pender tanto. Vai tentar levantar um pouco a cabeça ativando pelo contato visual – embora 
a visão ainda não esteja perfeita por serem um pouco míopes – A ativação da musculatura faz com que ele 
tente manter o controle cervical. Quando traciona ele, ele tenta manter. A pelve não movimenta em nada 
durante a manobra de puxar para sentar - é como se não existisse ainda essa musculatura, não vai ter ativação 
pra nada, muito menos de abdômen – o controle de cervical e que vai ser a diferenciação do 1º para o 2º mês 
durante o puxado para sentar. 
▪ DE PÉ 
Ele tem abasia e astasia (perda dos reflexos de marcha automática e positiva de suporte), quando põe de pé 
desaba, flexionando em membro inferior, não tem musculatura para manter extensão de membros inferiores. 
Cabeça já não está tão caída para frente, está mais encaixada. Membros superiores ainda mantém um pouco 
de flexão e quadril desabado e desalinhado por conta da abasia e astasia. *Grande marco do 2º mês é a perda 
desses reflexos primitivos, apenas o RTCA vai estar com forte evidência. 
3º MÊS 
▪ SUPINO 
Cabeça está na linha média – simetria – grande marco. MMSS está mais estendido, podendo ou não ter RTCA, 
pois vai sendo perdido. Braços na linha média, mas não em padrão flexor pois ele tem interesse em manusear 
o corpo, objetos, levar a mão à boca (voluntário por função motora) – a cabeça e mãos precisam estar em linha 
média. Essa dessensibilização faz com que ele perca preensão palmar. Mão na boca do RN é acidental pelo 
reflexo de busca porque a mão passou pela frente da boca, estimulando reflexo. Pelve mais baixa, flexão de 
quadril bem mais diminuída. A gravidade atua e ele pode fazer rotação externa e abdução, joelho menos 
fletido, mas não totalmente estendido e pés com menos flexão dorsal, mas não tem pé caído ainda. Com a 
cabeça na linha média ele começa a ativar flexores de cervical, ainda não consegue ficar muito tempo, mas a 
ativação favorece o controle. Para ter um bom controle de cervical precisa que toda a musculatura flexora, 
extensora, de rotação e lateralização esteja perfeita. Com 3 meses tem maturação das principais musculaturas 
– extensora e flexora. A parte de lateralização e rotação vai estar mais desenvolvida no 4º mês. Aqui até 
trabalha mas não tem tanta habilidade. Controla a cabeça no 3º mês, mas no quarto está com ótimo controle 
de cervical pois consegue controlar em outros planos. 
4º MÊS 
▪ SUPINO 
Levanta e roda a cervical. A visão aqui é o principal motivador da ativação cervical. Bebês que tem baixa 
acuidade visual, cegueira ou diminuição da acuidade auditiva, tem alteração no DNPM porque a parte 
neurológica, no ponto de vista sensorial, interfere no desenvolvimento. O meio, o psicossocial e a parte 
@ritmodefisio_
sensorial influenciam no desenvolvimento. O bebê passa a realizar flexo extensão de ombro para alcançar 
objetos. O alcance é o marco motor no bebê em decúbito dorsal. As pernas mais estendidas, passa a ter ativação 
da musculatura de quadril, ele descobre que tem joelho, pega nele. Ele pode rolar acidentalmente, porque não 
tem dissociação. Ele começa a se interessa a ficar mais em decúbito lateral do que dorsal. Começa a ativar a 
musculatura para virar de lado. 
5º MÊS 
▪ SUPINO 
Cabeça já faz flexão, alcança o pé fazendo extensão colocando o pé na boca. Nessa extensão, ele alonga cadeia 
posterior, o que prepara ele para ficar de pé e andar. Antes ele virava acidentalmente para decúbito lateral, 
agora ela vira voluntariamente. O marco do 5º mês, além do alcance ao pé, é o ato de rolar voluntariamente 
para decúbito ventral, rolar em sua maior amplitude 
O rolar começa involuntário no 4º mês para lateral, voluntário no 5º mês de dorsal para ventral, inicialmente 
involuntário de ventral para dorsal mas que depois passa a ser voluntário. 
▪ PRONO 
Vai modificar de posição, vai fazer alternância de descarga de peso, quando levanta o braço, a pelve lateraliza, 
descarregando o peso em MMII, fazendo dissociação de cintura pélvica. Essa alternância de peso começa a 
liberar joelho, treinando tudo para engatinhar. 
▪ SENTADO 
Com 4 meses, senta com apoio em região lombar, pode diminuir apoio em região lombar. No início do 5º mês 
ele ainda não tem reação de proteção nem anterior nem posterior. Coloca leve apoio para o bebê e ele vai 
brincar com as mãos nessa postura. Os membros inferiores, que antes sentava totalmente em anel, passa a 
estender um pouco mais, tende menos postura de flexão de joelho. Já diminuiu bastante cifose da coluna. 
▪ PUXADO PARA SENTAR 
Ele automaticamente agarra e realiza o movimento de levantar – não utiliza ainda os MMII para levantar, 
pernas só servem de apoio. Fica de pé mais alinhado do que o de 4º mês. Já pode trabalhar com ele em ortostase 
para trabalhar fortalecimento de MMII com objetivo não de ortostase, mas de fortalecer a musculatura para 
que lá na frente – 7 meses - consiga deixar ele nessa postura. 
6º MÊS 
▪ SUPINO 
Essa posição ele já não se agrada muito. Alcança o pé e rola como um todo. Passa a ser uma posição de 
transição porque limita o campo de visão e de atividade dele, mas ainda consegue colocar ele nessa posição. 
▪ PRONO 
No 5º mês ele estava treinando, aqui ele já faz a flexão de quadril de um lado para liberar o joelho, vivenciando 
a postura de 4 apoios. O ponto de apoio para empurrar pra frente passa a ser o joelho, por isso que ele arrasta. 
▪ SENTADO 
Já não tem mais a postura de sentar em anel, MMII mais esticados, não está totalmente alinhado porque essa 
postura é chamada de long sitting – é um pouco mais pra frente – levemente flexionado, enquanto um MMII 
está estendido, o outro está flexionado. A reação de proteção anterior ajuda ele a ficar sentado sem apoio – 
não tem tronco totalmente ereto mas ele consegue suportar o peso do corpo apoiando as mãos na frente. É um 
bebê que senta sem apoio. 
▪ PUXADO PARA SENTAR 
@ritmodefisio_
As vezes sem ninguém ele pode segurar um objeto e puxar e se levantar. Começa a ativar a musculatura de 
quadril porém não tão bem como mais a diante, para ajudar no movimento, mas a força é maior em MMSS e 
tronco. 
7º MÊS 
É uma posição que não é muito desejada no 7º mês por ele já rolar, ele não fica em supino (é uma posição 
transitória). Senta sem apoio, de forma mais ereta, sem reação de proteção anterior. Presença do reflexo de 
RTCS (Reação tônico cervical simétrico – reflexo mais tido como patológico mas pode aparecer durante o 
desenvolvimento de forma fisiológica) Conjugação do movimento da cabeça igual ao de membros 
superiores (gato olhando pra lua, gato bebendo leite – extensão da cabeça, extensão de MMSS e flexão de 
MMII – flexão de cabeça, flexão de MMSS e extensãode MMII) POSIÇÃO DE GATO. Se mantido ao 
longo do tempo é patológico. Aparece fisiologicamente nessa fase de 6-7 meses onde a criança está 
vivenciando o gateio, que é uma prévia do engatinhar. Gateio é a posição, engatinhar é o deslocamento na 
posição de gato. Quando começa a engatinhar, ela deixa o RTCS. 
“Nado a seco” (rastejar no chão) que ativa a musculatura até que ele descobre que tem uma perna para 
ajudar a ficar na posição de 4 apoios. 
Ainda não tem ótima dissociação de tronco. Faz o pivolteio para um lado e outro mas não é perfeito. 
De pé ainda não está totalmente alinhado. 
8º MÊS 
O marco é a reação de proteção lateral para descarga de peso. Já consegue levantar segurando móveis mas não 
faz dissociação de MMII. O giro em torno do eixo com rotação e flexão de tronco, pivolte completo. Não 
engatinha completamente dissociado, vai em bloco. Ela já realiza sedestração sozinha. 
9º MÊS 
Não fica mais em supino, prono. Ou ela está engatinhando, ou sentada ou de pé. Ele pode utilizar postura para 
transição. Fica sentado brincando com bom controle de tronco, essa estabilidade de tronco e de pelve faz com 
que ela comece a trabalhar motricidade fina. Pacientes neurológicos dificilmente tem boa motricidade fina 
que é nas partes distais do esqueleto. Então se não tem bom controle em ombro, não vai ter em mão por 
exemplo. Postura ereta, descarrega peso, se apoia em pé em uma mão e solta a outra, por conta de melhor 
alinhamento do tronco. 
- O engatinhar favorece diversos ganhos de aquisição motora, além de que, pensando na questão cognitiva, 
ele ganha noção de profundidade, altura, dimensão de tempo e espaço. A criança pode ou não engatinhar, e as 
vezes não engatinha perfeitamente. A tática que usa pra engatinhar não tem problema, desde que não tenha 
uma repercussão no desenvolvimento motor – criança com paresia de MMII, vai colocar força nos MMSS e 
arrastar os MMII. 
O engatinhar é separado em algumas etapas: 
- O balançar rítmico para frente e para trás, diagonalmente em 4 apoios. Para que isso aconteça, precisa ter 
fortalecimento de abdominais, estabilizadores de ombro e quadril, se não desaba MMSS e quadril, ativação 
de peitoral para que a criança não caia sobre o rosto, ativação de flexores de ombros e quadril para iniciar o 
movimento para frente. 
Faz dissociação e pode passar a realizar a posição de urso, que é engatinhar com os dois membros inferiores 
estendidos (típico do 10º mês a posição de urso). Aqui ela já está treinando. Essa posição ajuda a criança na 
marcha, porque a musculatura posterior alonga. 
 
10º MÊS 
@ritmodefisio_
A principal posição é de pé. Muitos com 10 meses já andam, mas na literatuta é marcha é com 12 meses. Aqui 
ele tem uma marcha lateral. Marco é reação de proteção posterior. Já passa de ajoelhado para semi-ajoelhado. 
Anda segurando pelas mãos. Base alargada com passos largos. 
11º MÊS 
Passa de cócoras para de pé. 
- Estimular o andar da criança: andador contraindicado. Existem tipos de andadores (auxiliar de marcha) que 
é para empurrar, a criança está fora dele, apenas se apoia e empurra. 
 
@ritmodefisio_
ANAMNESE 
IDENTIFICAÇÃO: 
Nome: 
Idade: Data de nascimento: 
Gênero: Raça: 
Nome dos pais/responsáveis: 
Nacionalidade: Religião: 
Escolaridade: 
Endereço: 
Telefone: 
QUEIXA PRINCIPAL 
A queixa principal é a queixa do paciente. Não colocamos aqui nossas palavras, são as palavras que o 
paciente/responsável refere. 
HDA 
Vai contar a história da queixa principal. Como surgiu o problema da queixa principal. As vezes é 
necessário puxar o paciente para a queixa, evitando entrar em assuntos que não tem conexão alguma. 
Diagnóstico clínico: 
Encaminhamento profissional: 
HDP 
Investiga algum tipo de doença que pode ou não estar vinculado com a atual, alteração que o paciente 
apresente. Histórico da criança. 
HISTÓRICO FAMILIAR 
 
HÁBITOS DE VIDA 
Sono: Se dorme bem, a hora que acorda, horas de sono. 
Alimentação: De que forma ela mama, se ela se alimenta bem, etc. 
Hidratação: 
Rotina diária: 
Se faz uso de medicação, acompanhamento com especialista. Se frequenta escola, com quem ela fica. 
* O período que a criança não está na fisioterapia é de extrema importância, pois é preciso manter o 
estímulo para que ela adquira melhor as posturas e o objetivo, puxar a responsabilidade dos 
genitores/responsáveis com a criança. 
DNPM: Perguntar a mãe como é a criança. Como tem sido o desenvolvimento dessa criança até aquele 
momento, comportamento, se é quieto, agitado, se chora muito, como é que ele se comporta quando 
colocado de barriga para baixo, se vira ou fica. Pergunta de uma maneira que seja clara para quem está 
ouvindo. 
* No segundo momento vai avaliar. Muitas vezes o que os responsáveis dizem não condiz com o que nós 
encontramos. Ou o responsável interpretou mal o comportamento daquela criança ou a criança realmente 
fazia, mas parou de fazer. Vamos procurar eventos para justificar a mudança de padrão que o responsável 
trouxe, as mudanças observadas no exame físico. 
PERÍODO GESTACIONAL 
@ritmodefisio_
Idade materna na gravidez: 
Complicações: Se houve perda de líquido, pressão alta, diabetes, sangramento. 
Medicações ou drogas: Nicotina, álcool, ilícitas. Abordar de forma discreta. 
GPA (Gestação Parto Aborto): 
Pode relatar a quantidade de filhos, se alguma criança faleceu após o nascimento. Motivos do aborto. 
Ocupação da mãe: (para investigar alguma coisa) 
* A criança mexe de acordo com o organismo da mãe. Se a mãe é muito ativa, a criança mexe mais, se a 
mãe é mais prostrada, a criança também é. O desenvolvimento da criança tem muita interferência da rotina 
da mãe. Mães que ficam muito sentadas, os bebês ficam mais tempo em uma única posição podendo 
adquirir torcicolo congênito. 
PARTO 
IG: IC: 
Tipo: 
Complicações: Se teve mecônio, se chorou ou não, investiga no APGAR. 
APGAR: É um boletim que avalia as características do bebê ao nascimento. O APGAR é avaliado no 1º, 5º 
e 10º minuto. O bebê tem uma nota que vai de 0 a 10 em cada um. Quanto maior o APGAR melhor a 
condição ao nascimento, quanto menor o APGAR, pior a condição clínica ao nascimento. 
Avalia a FR, FC, coloração da pele, tônus e choro (irritabilidade reflexa). 
- O APGAR nos dá uma noção do que pode vir a acontecer com o bebê lá na frente. 
- Em bebês prematuros o APGAR tende a ser mais baixo. 
Peso ao nascimento: 
Medida de comprimento: 
PERÍODO NEONATAL 
Complicações: 
Internações prévias: 
Convulsões: 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção 
Pele: 
Compreensão/ Cognição: 
Comportamento: 
Nível de consciência: LOTE (lúcido, orientado em tempo e espaço) 
* Se a criança é assim ou se ela está assim (agitada, lerda, prostrada) 
- Escala de Gasglow – á nível hospitalar 
Avaliação postural: 
• Palpação 
Edema: 
Tônus: 
Mobilidade: 
ADM: 
Força muscular: 
• DNPM 
Marcos motores: (prono, supino, sentado, em pé, marcha) 
• Sensorial: Audição: 
Visão: 
 
@ritmodefisio_
PRAXIA GLOBAL E FINA 
o Desenvolvimento motor e desenvolvimento da praxia se dá desde o nascimento 
o Praxia fina e global não se desenvolvem ao mesmo tempo 
o Primeiro adquire a praxia global e entra antes de 2 anos de idade a questão do controle de cabeça, 
de tronco, engatinhar 
o Os testes não avaliam unicamente praxia, a maioria avalia junto equilíbrio, coordenação, 
oculomotora, óculo pedal 
o Quando pensa em avaliar praxia do bebêvamos avaliar o DNPM e o comportamento dessa criança 
durante as aquisições das posturas do DNPM 
o Quando avalia controle de tronco e de cabeça, avalia como essa criança executa esses controles, 
entrando na questão da praxia, que é a capacidade dela de realizar o movimento 
o Esses testes servem para complementar a avaliação motora 
o A atividade motora de uma criança de 2 anos, relacionada a praxia global, ela tem controle de tronco, 
de cabeça, realiza marcha, e ai quando realiza esses testes da praxia, qualifica a avaliação motora 
o A criança tem uma independência motora quando realiza a marcha mas ela continua se desenvolvendo 
o Todas as bases tem relação com o DNPM, são interligados. 
TÔNUS 
o Só de olhar, através da postura da criança, já tem uma noção do perfil de tônus que ela tem 
o Se está largada, cabeça para um lado, braços soltos e pernas em abdução e rotação externa, tem a 
ideia de que há um tônus hipotônico 
o Se a criança ou está de flexão de MMSS e extensão de MMII ou extensão de ambos, já tem a ideia 
de que há um tônus hipertônico 
o Depois da inspeção passa para a palpação 
o Se pega uma criança com hipotonia, a tendência é ter mais flacidez. A pele, o músculo mais molinho 
OBS.: Hipertonia e hipotonia é diferente de hipertrofia e hipotrofia. Contudo, existe uma relação. 
Geralmente, pacientes que tem uma hipertonia, podem ter aumento do volume do músculo (hipertrofia), assim 
como pacientes que tem uma hipotonia, o volume do músculo é menor (hipotrofia). A hipertonia está vinculada 
a hipertrofia, mas nem sempre a hipertrofia está vinculada a hipertonia. 
o O tônus deve estar presente de maneira adequada durante todo o processo de desenvolvimento 
o A criança pode apresentar dois tipos de tônus, nem sempre ela será toda hipertônica ou toda 
hipotônica 
o Geralmente, paciente com paralisia cerebral, tem hipertonia de membros e hipotonia de eixo (cabeça 
e tronco mole, e braços e pernas rígidos) 
o Ou pode apresentar um quadro de hipertonia ou hipotonia generalizada 
o Podemos classificar a hipertonia de acordo com a quantidade de membros, por exemplo, há um tipo 
de paralisia cerebral caracterizada como do tipo plégica, quando tem uma hipertonia somente de 
MMII, ou apenas de um membro, ou de um lado (hemiplégicos e hemipareticos) 
o Geralmente, a hipotonia está presente na fase aguda da lesão. Conforme vai saindo da fase aguda e 
indo para a fase subaguda e crônica, ele pode desenvolver uma hipertonia 
o Quadro de hipotonia generalizada, geralmente está vinculado com um pior prognóstico. Ou a lesão 
cerebral é muito extensa ou tem uma síndrome degenerativa associada ou é uma doença genética que 
é caracterizada por isso 
o A característica da síndrome de Down é hipotonia generalizada. Ele vai ter um tônus mais baixo 
durante toda a vida dele, por isso que ele pode apresentar uma alteração no desenvolvimento motor. 
Demora mais tempo pra sentar, engatinhar, levar a mão a cabeça, andar. O desenvolvimento se 
adapta ao tônus baixo. 
@ritmodefisio_
o É a nível de SNC, não tem como modificar o tônus dele, mas tem como adaptar o desenvolvimento 
motor para aquele perfil de tônus 
o Geralmente, para reabilitar um paciente hipertônico, há mais estratégias. Pacientes com hipertonia 
de MMII, conseguem utilizar órteses, pra posicionar, colocar sentado, de pé e treinar marcha. Ou 
pode fazer uso de toxina botulínica para melhorar, facilitar no momento da terapia. Porém o efeito é 
curto, vai agir no músculo, ação local, não a nível de SNC 
o Hipotonia é diferente de fraqueza muscular 
o Padrão flexor é diferente de hipertonia 
o Diferente do DNPM, que é crânio caudal, o desenvolvimento do tônus é caudo cefálico 
o Quanto mais prematuro, menor é a tonicidade, pois não teve tempo de adquirir padrão flexor intra 
útero 
EQUILÍBRIO 
o Se tem um tônus ruim, tem um equilíbrio ruim 
o Os testes são o complemento da avaliação como um todo 
LATERALIDADE 
o O indivíduo já nasce programado para ser destro ou canhoto 
o Vamos ver a predominância do lado que ele vai dominar, através de movimentos de praxia fina e 
global 
o Geralmente o ser humano nasce com lateralidade única (ex. destro de mão, destro de perna) 
o Mas pode ocorrer de ser lateralidade cruzada (ex. escreve com direita, chuta com esquerda) 
o Observa lateralidade pela força muscular também 
o Ter cuidado para não forçar a lateralidade da criança 
o Ambidestro (escreve com uma, mas tem boas habilidades com a outra) 
ESQUEMA E IMAGEM CORPORAL 
o Para trabalhar com a imagem corporal sugerem-se atividades com espelho. As crianças, em frente a 
ele, vão se movimentando percebendo seus corpos. Assim, jogos e músicas que envolvam etapas de 
reconhecimento do corpo e de suas partes auxiliam no entendimento do esquema corporal 
o Esquema Corporal é a organização das sensações relativas ao próprio corpo, que o indivíduo vai 
interiorizando através dos estímulos que recebe do meio ambiente. Assim vai mapeando e torna-se 
capaz de identificar e localizar as diferentes partes do corpo, suas posturas e atitudes em relação ao 
mundo exterior 
o O esquema corporal é a representação relativamente global, e diferenciada que a criança tem de seu 
próprio corpo 
o Imagem Corporal é a correspondência afetiva de como imagino que sou. Diferente do esquema 
corporal que aponta o que tenho. A imagem corporal me aponta como sou, o que nem sempre 
corresponde à realidade 
ORIENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL 
o Dificuldades de locomoção pelo aluno em sala de aula e entre carteiras; – Dificuldade de distinção 
entre “b” e “d”; “p” e “q”; “21” e “12” (percepção espacial de direita e esquerda); – Dificuldade de 
ordenação de sílabas, reconstrução de frases (orientação temporal e espacial, noção do antes e depois) 
@ritmodefisio_
FATORES QUE ALTERAM O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
NUTRICIONAIS 
• Se a criança não é bem nutrida, senão está 
bem alimentada como deve, ela vai 
apresentar retardo no desenvolvimento. 
• Fica fraca para realizar as atividades normais 
do desenvolvimento como controle de 
cabeça, mover-se e etc. 
• É importante a nutrição da criança para a 
fisioterapia, pois influencia em tudo, até 
mesmo na cognição. 
• A criança ser gorda não significa que está 
bem nutrida e saudável. 
 
DROGAS E MEDICAMENTOS 
• De uma forma geral, as drogas e/ou 
medicamentos não são metabolizadas pelas 
mães e então passa pela barreira 
hematoencefálica e placentária e passa 
diretamente para o organismo da criança. 
• O álcool e o tabaco também interferem no 
desenvolvimento motor (Síndrome alcóolica 
fetal, que é tão grave quanto uma mãe que 
utilizou crack, cocaína, maconha, ou outras 
ilícitas). 
• O tabaco também interfere no 
desenvolvimento ainda intraútero, pois 
diminui a oxigenação para as células do bebê, 
impactando no desenvolvimento e 
crescimento durante a gestação. 
• Existem medicações que não podem fazer 
uso durante gestação pois ultrapassa barreira 
hematoencafálica e placentária (alguns anti-
hipertensivos por exemplo). 
• A criança pode se tornar dependente ao 
nascer, há consequências da abstinência. 
• Existe um tratamento específico para elas 
(ações parecidas com a das drogas para fazer 
o desmame aos poucos e controlar as 
consequências da abstinência), pois pode 
apresentar convulsões levando a problemas 
neurológicos. 
• O bebê vai ter consequências ao longo da 
vida. 
• Tem consequências pela exposição à droga e 
pela abstinência da droga. 
• Alteração de sistema nervoso, formação de 
tônus, comportamento diferente intraútero 
• Déficit nutricional por não conseguir se 
alimentar corretamente 
 
AMBIENTAIS 
• Crianças que frequentam escola tendem a ter 
maiores estímulos do que as que não 
frequentam, mas não significa que o que fica 
em casa não vai ter desenvolvimento 
adequado, depende do estímulo que ela 
recebe em casa. 
• Depende da escola, do estímulo que a escola 
vaidar. 
• Ambiente propício para o desenvolvimento é 
onde se tem meios que a criança consiga 
desenvolver, em um tatame, brinquedos 
estimulantes coloridos, que fazem barulho. 
• A renda está envolvida com o ambiente. 
• A idade materna interfere, a forma como vai 
tratar a criança. 
• Risco de que com o atraso do 
desenvolvimento ter problemas futuros, 
como comprometimento cognitivo e 
psicomotor. 
 
GENÉTICOS 
• Qualquer doença de cunho genético pode 
levar a alterações no desenvolvimento motor 
• A Síndrome de Down entra como 
característica de fator intrínseco. 
• Pode ter bebês com a mesma doença, mas 
com características diferentes. 
• Alteração cardíaca é uma das consequências 
da síndrome de down. 
• Entre elas, a tetralogia de Fallot que são 4 
más formações nas câmaras do coração 
• Por conta da hipotonia tem maior risco de 
broncoaspiração. 
• Alteração do sistema gastrointestinal. 
• Fisioterapia desde o nascimento tem melhor 
prognóstico motor e cognitivo. 
• A microcefalia vem ganhando maior 
visibilidade em alterações neurológicas, não 
é de cunho genético, mas há a má formação 
do sistema nervoso. 
• Existem síndromes que tem como 
característica a microcefalia. 
@ritmodefisio_
 
 
DOENÇAS MATERNAS 
• A microcefalia pelo zika vírus. 
• Doenças que afetam o bebê através da mãe. 
• Crianças com problema de deglutição, 
broncoaspiração, infecções respiratórias 
recorrentes. 
• Sequelas graves pela microcefalia, associado 
a alterações osteomioarticulares. 
• Hipertonia de membros 
• Hipotonia de eixo 
• Intervenção motora no começo do 
desenvolvimento gera melhores resultados. 
• Depende de que fase da gestação a mãe foi 
infectada. 
• Mais graves no primeiro trimestre da 
gestação. 
 
PSICOLÓGICOS 
• Fatores psicológicos da criança e da genitora 
(a depressão de mãe influencia no bebê) 
• Bullying escolar 
• Alterações da postura da criança diante 
daquilo que vive 
• Tratar o psicológico, pois as vezes o 
fisioterapeuta trata ali dentro do consultório a 
alteração e quando ele sai, ele volta a assumir 
aquela alteração corporal 
• O psicológico influencia no desenvolvimento 
motor da criança, devido a imagem corporal 
e o que 
@ritmodefisio_
ESTIMULAÇÃO MOTORA 
Hospitalar e Ambulatorial 
 
FISIOTERAPIA MOTORA HOSPITALAR RN 
• Indicações em RN 
- Todos os bebês que estão internados têm indicação de fisioterapia motora 
- Posicionamento é fisioterapia motora, não só o exercício 
- Nem todos tem indicação para exercícios e é preciso diferenciar: PASSIVOS, ATIVOS E SEMI 
ASSISTIDOS 
- Essas indicações são referentes a exercícios ativo assistivo e ativo. Em algumas situações entram 
os passivos (RN não coopera com o movimento) 
- Bebês precisam estar dentro dessas condições para a realização dos exercícios ativos 
• RN clinicamente estável 
- Bebês com alteração de pressão arterial, hipotenso ou hipertenso, taquicárdico, desconforto 
respiratório, aumento de pressão intracraniana ou qualquer comprometimento sistêmico que o leve 
a não estar clinicamente estável não pode fazer exercício ativo 
- O máximo que vai fazer é posicionar e mobilizar passivamente (se essa mobilização passiva não 
interferir na hemodinâmica dele) 
- Se um bebê não está clinicamente instável, a princípio vai realizar somente posicionamento. 
Porém, se ele ficar instável durante mais dias e não movê-lo, ele vai ter comprometimento quando 
sair da sedação 
- Quando não tem previsão de quando vai melhorar a gravidade, tem que tentar manipular 
passivamente as articulações dele e se não interferir na clínica dele, mantém 
- Porém se ao manipular ele começar a ter alteração de FC, FR, fica agitado, desconfortável, 
suspende a manipulação e mantém só posicionamento 
- Feeling do fisioterapeuta: se o bebê descompensa muito, melhor ter a consequência para lidar 
depois do que o bebê vir a óbito 
- Mexe no bebê daqui a 2 horas 
- Bebês ficam instáveis e estáveis com muita facilidade, são muito sensíveis 
• Peso > 1100g 
- O bebê neo tem um gasto energético muito maior do que os adultos, ao mesmo tempo que ele não 
tem a reserva que os adultos tem 
- Qualquer exercício feito de forma equivocada ou exacerbada ou com margem de segurança abaixo 
do que é esperado, tem risco de perda de peso grande 
- Peso é um dos determinantes para alta do bebê na UTI 
- Ele tem alta quando tem peso adequado, cada unidade tem um peso para liberar 
- Abaixo de 1100g realiza só posicionamento e no máximo estimulação passiva 
- A própria atividade física que se faz vai favorecer o ganho de peso, porque ele vai sentir mais fome 
e vai ganhar mais peso 
• RN com IG inferior a 34 semanas ao nascimento 
- Precisa fazer fisioterapia motora tanto em nível hospitalar quanto em ambulatorial 
- Bebês acima de 34 semanas já tem uma postura mais voltada para o bebê termo 
• Curva ponderal ascendente 
- Curva de peso crescente 
- Quando oscila ganho de peso não é indicado 
• Considerar gasto energético na criança com DBP 
- Displasia broncopulmonar (DBP) 
- Displasia é a alteração da forma, da característica, da constituição 
- Característica predominantemente em população prematura, pois nasce com a formação 
@ritmodefisio_
incompleta do pulmão 
- Já tem desenvolvimento prematuro e ainda está fazendo intervenções durante o desenvolvimento 
dele por conta da ventilação mecânica, aspiração, jogar O2 em um pulmão que nem está pronto 
ainda, desenvolvendo DBP 
- Essas crianças não tem a mesma capacidade pulmonar que as de 40 semanas pois além de não ter 
característica anátomo fisiológica igual ele vai ter tido intervenções que machucou o pulmão dele 
apesar de ter sido feito para que ele pudesse sobreviver 
- Acarreta em maior gasto energético para respirar 
- Tempo de fisioterapia e suas características precisa ser diferente de um bebê termo 
- Bebê termo que nasceu com anóxia neonatal, problema durante o parto ou uma síndrome também 
precisa da atuação da fisioterapia motora 
• Adaptar flexão do quadril na criança com DRGE 
- Doença do refluxo gastroesofágico é diferente de refluxo gastroesofágico fisiológico 
- Todo bebê dá gofada no começo, é fisiológico por imaturidade pilórica 
- A DRGE é quando essas gofadas começam a impactar no ganho de peso, na irritabilidade, em 
lesões do trato gastroesofágico 
- Nem todo bebê com refluxo gastroesofágico vai evoluir com DRGE 
- Exercícios pós alimentação não indicado 
- Precisa levar em consideração a flexão do quadril, pois se flexiona o quadril e ele já tem 
propensão a realizar vômitos e regurgitações, precisa realizar exercícios que não pressionem tanto 
o abdômen e levar risco de refluxo 
• Observar irritação e “time out” 
- São sinais que o bebê dá de que ele está cansado e não quer mais fazer o exercício 
- Os sinais geralmente são um bocejo, uma careta, um “miado” 
- Precisa diferenciar a preguiça do cansaço 
- Acerto e erro pra saber 
- Clássicos são choro persistente, face de dor ou desconforto, muito bocejo e eles te empurram 
durante o exercício 
- Não dá pra fazer 1 hora em cada RN, é no máximo 15 minutos de exercício, e de atendimento no 
máximo 20 minutos 
- Vai chegar, monitorizar, realizar exercícios e posicionar, isso tudo em no máximo 20 minutos, pra 
não correr risco de perder peso, aumentar gasto energético e não levar o bebê a estado de 
irritabilidade 
 
• Objetivos 
- Estimular o DNPM 
- Relaxamento do tronco e MMII 
- Estimular posição fisiológica 
- Em flexão 
- Posicionar as mãos e cabeça na linha média 
 
• Posicionamento 
- O posicionamento do bebê não é exclusivo da fisioterapia 
- Todos que vão manipular o bebê na UTINeo precisa realizar o posicionamento 
- O posicionamento muitas vezes é a postura que o bebê vai ficar a maior parte do tempo quando ele estiver 
internado 
- Ele dorme a maior parte do tempo, o ambiente tem que ser o mais próximo dointrautero possível, 
inclusive posicionamento 
- Há diversos fatores que dificultam tornar o ambiente parecido com intrautero: luminosidade, sons, 
temperatura 
- A posição deve ser de forma que ele fique o máximo contido, delimitação de espaço 
- Se o bebê ficar solto na incubadora, sem delimitação, ele fica entrando em Moro 
- A contenção , “charutinho” da conforto pra ele 
@ritmodefisio_
• Decúbito dorsal 
 
 
 
 
 
 
- Passa um lençol todo ao redor do bebê pra que ele tenha delimitação de braços, troncos e pernas, coloca 
uma elevação no pescoço, completamente contido 
- DD em UTINeo é priorizado para crianças que são mais graves e precisa fazer intervenção. No caso de 
reanimação já está na posição 
- DD é a posição menos fisiológica 
- O DL e o DV são os mais usados, para os que estão mais estáveis, porque são decúbitos onde 
conseguimos deixar eles mais em posição fisiológica e mais aconchegado 
 
• Decúbito lateral 
 
 
 
 
- É muito utilizado em UTI 
- Coloca um rolinho entre as pernas e um todo por fora 
- Propicia linha média, posição flexora, tocar as mãos 
- Lateral também respeita o posicionamento com contenção 
• Decúbito ventral 
 
 
 
 
- É a posição que eles mais gostam de ficar 
- Posição onde tem maior aconchego e que ele consegue ficar mais em posição flexora 
- DV não é colocado sem nenhum apoio, porque se não tem retração de cintura escapular, e pelve em 
rotação externa e abdução 
- Apoios que coloquem ele numa leve flexão 
- Rolinho com lençol em tronco até quadril, leve flexão com adução de quadril, “posição de cavalinho” 
- Outro lençol pra apoiar o pé e o outro para o pé ficar encostado no lençol 
- O objetivo do posicionamento é proporcionar relaxamento e posição fisiológica 
- Posicionamento é fisioterapia motora, ao final da fisio tem que posicionar o bebê 
- Muda o posicionamento geralmente de 2 em 2 horas 
- Tem que avisar que acabou de posicionar, e o outro profissional que for manipular coloca no mesmo 
posicionamento dentro das 2 horas 
- Precisamos deixar o bebê dormir, porque é no sono que ele vai ganhar peso, vai desenvolver as questões 
do SNC e SNP, quando vai descansar 
 
@ritmodefisio_
 
- Um bebê mal posicionado: a cabeça totalmente largada, com flexão de cervical (bebê prematuro nesse 
posicionamento obstrui via aérea, pois ela é mole), braço ao lado da cabeça sem propiciar linha média. 
- Quando retirado de um posicionamento incorreto em determinado decúbito, o bebê pode assumir essas 
posturas: 
- Bebês com VNI podem ser colocados em DV 
- Mesmo aqueles em ventilação mecânica invasiva podem ser colocados em DV, só não coloca os 
gravemente instáveis 
- Mas até mesmo os instáveis pode colocar em DV, não é contra indicação, pelo contrário, até pode ajudar 
na ventilação 
- Essas imagens aqui indicam que provavelmente esses bebês tem alteração neurológica, de tônus, etc. 
- Apesar disso, um bom posicionamento evita alguns agravos. 
 
 
 
 
 
 
 
• Exercícios 
- Baby bobath voltado para a população neo 
- Esses exercícios tem como objetivo relaxamento de tronco, mobilização, porpiciar posição flexora, linha 
média, simetria 
- São exercicios para MMSS, MMII, 
cabeça, tronco, coluna 
 
 
 
 
 
 
 
- Alcance alternado: alonga a musculatura (o grande problema do bebê é o encurtamento, não queremos 
propiciar postura extensora) 
- Chute alternado (alonga) 
- Dissociação de cintura escapular e pélvica (alonga) 
- Não vai fazer tudo em uma única sessão, vai priorizar 
- Se percebe que tem mais comprometimento de MMSS, prioriza exercicios que trabalhem aquilo 
- Não tem um número de repetições, vai sentindo como está a musculatura, se o bebê está curtindo 
- Esses exercícios podem ser feito tanto em UTI, aqueles que estão dentro dos critérios, como também no 
berçário, que as vezes o bebê fica internado lá só pra ganhar peso e esses exercícios ajudam a ganhar peso 
FISIOTERAPIA MOTORA HOSPITALAR PED 
• Indicações 
@ritmodefisio_
• Clinicamente estável * 
o Mantém indicação para exercícios ativos 
• Desmame progressivo de O2 
o Significa que a criança pode ter utilizado um O2 a alto fluxo mas hoje está em menor demanda, 
pode fazer exercicios ativos 
• Considerar gasto energético 
o Respeitando o gasto energético pois uma criança que está uso de oxigênio significa que ela tem 
uma demanda respiratória maior, ai se eu faço exercícios muito vigorosos, aumenta essa 
demanda 
o Fazer com responsabilidade, não é contraindicado 
o Não faz se estiver com desconforto respiratório, pois ela deixa de estar clinicamente estável 
• Observar irritação e “time out” 
o Aqui ela já pode verbalizar se quer ou não, se está disposta ou não 
o Importante diferenciar cansaço de preguiça 
 
• Objetivos 
 
o Promover o estado de organização e interação apropriada entre os pais e o bebê 
- A fisioterapia motora tem o objetivo de restituir uma função ou prevenir a perda de uma função 
- Além da motricidade da criança tem que lembrar que a criança tem um contexto familiar 
- Os pais pensam que não podem tocar, e a criança quer ser pegada no colo, quer ser tocada 
- A fisioterapia precisa promover essa relação 
- Criança entubada pode ir para o colo dos pais, com responsabilidade e o bebê pelo menos minimamente 
estável 
- Estar no colo impacta em estímulos não só motores mas também psicológicos e sensoriais 
o Aumentar o comportamento auto-regulatório por meio da modificação do ambiente 
- Precisa junto com a equipe manter o ambiente principalmente a noite, diminuir luminosidade e e fazer 
silêncio 
- Sono é reparador, ele precisa ter bom momento de sono 
o Promover o alinhamento postural e os padrões normais de movimento mediante o manuseio e o 
posicionamento terapêutico 
o Aprimorar as habilidades motoras 
o Prevenir anormalidades musculoesqueléticas iatrogênicas 
o Proporcionar a terapêutica apropriada para prevenir complicações ortopédicas 
o Orientar os membros da equipe e da família em relação a intervenção no desenvolvimento 
o Participar de uma colaboração integrada para facilitar a transição para o ambiente domiciliar 
- Vai favorecer o desenvolvimento motor do bebê durante o internamento, mas lembrando que nem em todas 
as vezes essa é a prioridade 
- O que e como vai fazer vai depender de cada criança e do espaço que se tem para fazer 
Todas as atividades propostas devem ser realizadas de acordo com as possibilidades de cada criança, 
sempre respeitando os limites da dor e da doença de base. 
- A dor de um paciente não é a dor do outro, tem que respeitar os limites dele 
Caso 1: 
|A paciente apresentava um colar cervical por conta de instabilidade a nível de coluna cervical e fissura nas 
vértebras, estava entubada, muito grave, estava sedada, musculatura sem trabalhar, hipotônica, hipotrófica. 
Assim que liberação médica, tirar o paciente do leito. A prioridade é fazer tudo fora do leito. No 
momento em que estava mais grave, entubada, clinicamente instável, a fisioterapia fazia posicionamento, 
mobilização passiva (alongamento, todos os graus de movimento, de todos os membros e extremidades). Se 
não fosse manipulada, iria evoluir com aderência das articulações. Fazendo a mobilização e atenta a 
@ritmodefisio_
estabilidade da paciente. Ela tinha um cateter em região de crânio, qualquer manipulação que mexesse ela 
de posição, poderia alterar a pressão intracraniana (PIC). Manipulava e ficava atenta para não alterar a 
PIC, se alterasse, suspendia a manipulação e exercícios passivos, e apenas posicionava ela. Depois passou 
a fazer exercícios ativos assistidos, ativos e depois a saída do leito. 
- Existem em hospitais os níveis de repouso que vai de nível 1 á 5. 
- Há pacientes que tem restrições da angulação do leito, essas informações estão no prontuário dele. 
- A prioridade é sempre que possível queo paciente faça exercícios ativos, para ganhar força muscular. 
Caso 2: 
|Paciente traqueostomizada, perda de FM progressiva, síndrome rara, levando a falência respiratória 
- VM não é contraindicação de saída do leito, depende que qual uso da VM 
- Restrição em alguns exercícios pelo uso da VM, primeiro por conta do gasto energético e porque existe 
algo que dificulta a mobilização no corpo, mas não é restrição total 
- Exercícios priorizados de forma ativa nos grupos musculares que ela ainda possuía força, se não, ativo 
assistido, se pouco colaborativo podem acabar sendo passivos 
Caso 3: 
|Paciente que teve tumor cerebral, estava traqueostomizada, fez neurocirurgia com complicações, 
pneumonia associada, hemiparética a direita 
- Nada disso impediu de tirar essa paciente do leito 
- Apoiada para que ficasse alinhada quando sentada 
- Primeiro levantou cabeceira, depois MMII pendentes, depois ortostase, depois cadeira de rodas e evoluir 
pra sentar na poltrona 
- Pacientes tendem a negligenciar o lado parético 
- Estimular em tudo o paciente no lado do déficit neurológico, até mesmo para falar com ela 
- Tudo era mais concentrado no lado parético, apoio, descargas de peso, exercícios 
- Exercícios voltados para a idade 
Caso 4 
|Paciente de LLA (leucemia) 
- Restrição de pacientes que estão fazendo quimioterapia e tem doenças imunossupressoras é não sair do 
quarto 
- Pode ir para fora com utilização de máscara, se liberação médica e exames (plaquetas com bom nível) 
Caso 5: 
|Paciente tinha que estar sedada para fazer a limpeza das queimaduras e a fisioterapia era feita dentro do 
centro cirúrgico por conta da dor a manipulação 
|Paciente em VM, PIC, PAM, SNE/SNG 
Nesse caso vai posicioná-lo e a manipulação passiva vai ser de acordo com a condição clinica do bebê 
permite 
- Acesso em quadril, se manipula quadril, pode perder 
- Acesso em ombro, não pode fazer flexo extensão de ombro 
- No máximo massoterapia leve, o toque é firme, pega com a mão toda, toque 
“de carinho” é irritativo pois as linhas sensitivas ainda estão em 
desenvolvimento 
- Segura e dá leve pressão, toque firme, dá mais estímulo proprioceptivo 
 
FISIOTERAPIA MOTORA AMBULATORIAL RN E PED 
• Alongamentos 
- Para preparar a musculatura, em MMSS, MMII, tronco 
- O alongamento propicia o estiramento da musculatura 
- Alongamento deve ser feito em hipotônicos (pode evoluir com aderência por não estar mexendo) e 
hipertônicos 
@ritmodefisio_
 
• Reabilita nas posições referentes ao DNPM de cada criança 
SUPINO 
PRONO 
PUXADO PARA SENTAR 
SENTAR 
PUXADO PARA DE PÉ 
DE PÉ 
 
- Se quer trabalhar a musculatura, tem que deixar a musculatura 
realizar a contração. 
- Se coloca um suporte (rolo por ex), está dando apoio para 
aquela musculatura porque ela não tem sua funcionalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@ritmodefisio_
CONDUTAS 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 
Padrão flexor de MMSS, hipotonia de eixo e 
hipertonia de membros, não tem controle de tronco, 
tem controle de cabeça, lado esquerdo as vezes 
esquecido por ele. 
• Condutas e observações: 
o Os posicionamentos tanto do terapeuta 
como do bebê e a ordem em que 
realizamos os exercícios em diferentes 
posturas devem estar organizados para 
não trazerem cansaço nem ao bebê nem ao 
terapeuta 
o A organização do atendimento tem que ter 
respeito aos decúbitos 
o A ordem é membros superiores e depois 
tronco, pois com 4 meses está iniciando 
controle de tronco 
o Quando for traçar o tratamento tem que 
pensar em objetivos a curto, médio e longo 
prazo, e isso precisa estar informado para 
os pais 
o Melhorar a qualidade dos MMSS por 
conta da hipertonia, ganhar linha média 
(que é característica de 3 meses) 
o Primeira coisa que se faz com uma criança 
com hipertonia é preparar a musculatura 
com alongamentos. Mobilizar a 
articulação com todos os movimentos. 
o Tem o uso da toxina botulínica, mas nem 
sempre temos acesso no local de trabalho 
e quem faz a aplicação é o médico, assim 
como também podemos não ter acesso aos 
recursos de hidro 
o Hidroterapia é diferente de banho 
imersão, pois a hidro faz na piscina 
aquecida, o terapeuta dentro da piscina 
com o paciente 
o Banho de imersão pode ser indicado para 
os pais fazerem em casa 
o Quanto menor controle o paciente tem, 
mais proximal é a minha pega nele pois 
vai fazer a função daquele músculo 
o Quebra o padrão flexor com o 
alongamento e estabilizar a articulação 
para que ele não volte para o padrão flexor 
o Mobiliza todas as articulações em todos os 
graus de movimento, não de forma geral, 
isola articulação e o músculo para fazer 
isso (leva cerca de 5 minutos nisso) 
o Primeiro avalia a criança a cada 
atendimento, vê o que ganhou e o que 
perdeu, faz exame físico (10-15 minutos), 
faz os exercícios priorizando os objetivos 
de tratamento a curto, médio e longo prazo 
o Ver onde tem maior comprometimento e 
priorizar exercícios voltados para aquilo 
naquela sessão 
o Depois organiza a criança e orienta os pais 
(tudo na duração de 1 hora) 
 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 
7 meses, principal queixa é que a criança é molinha, 
hipotônica com dificuldade de adquirir algumas 
posições, consegue controlar a cabeça, não fica 
sentada sem apoio, tem linha média 
• Condutas e observações: 
o Pensando numa criança que tem uma 
hipotonia generalizada, os exercícios 
precisam ser exercícios que priorizem 
contração rápida para ativar essa 
musculatura 
o Quicar na bola suíça, ele vai estar sentado 
no colo da terapeuta, a pega precisa estar 
ali para substituir a musculatura que ele 
não tem, nesse caso no tronco 
o Se não tivesse controle da cabeça ia estar 
apoiada no tronco do terapeuta, quicando 
na bola, segura na testa para amparar a 
cabeça no intuito dela ativar a musculatura 
tanto extensora quanto flexora 
o Dissociação de cinturas na bola, 
mobilizando o quadril em todas as 
amplitudes 
o No colo pode ainda trabalhar outras 
coisas, a medida que vai ganhando 
controle no tronco a pega vai descendo a 
ponto de deixar o tronco solto 
o Trabalha paravertebrais, coloca em DV na 
bola, estabiliza membro superior, ele tem 
que atuar contra a gravidade conforme 
desloca o bebê na bola mais solto vai 
ficando o corpo e mais ele vai acionar a 
musculatura 
o Em DV ativa paravertebrais e em DD 
ativa abdominais 
o Sentado, se quica ele com tronco mais 
deitado mais ativa abdominal, se quica 
@ritmodefisio_
com o tronco mais para frente, ativa mais 
paravertebrais 
o A biomecânica é a mesma em adultos e 
criança, a diferença é que na criança vai 
priorizar e focar no DNPM e necessidade 
que ela apresenta 
o Os exercícios devem ser voltados para o 
posicionamento de acordo com a idade 
dele, prioriza trabalhar as posturas que ele 
já tem para a idade dele (por exemplo, 
bebê de 7 meses não gosta de DV, utiliza 
a posição como transição) 
o Trabalha os músculos para que ele fique 
bem nas posturas referentes a idade dele 
para que possa trabalhar o ganho no 
tratamento nas posturas para a idade dele 
o Se acha uma criança totalmente 
sequelada, com muito atraso, atrofias e 
perda de FM, vai fazer o que a criança 
permite mas o foco é lá em cima 
o Não deve trabalhar posturas que pela 
idade ela já não tem mais como objetivo 
ficar 
 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 
Bebê prematuro de 30 semanas, 8 meses de IC, 
hipotonia e redução de FM em MMSS e MMII, 
incoordenação ao movimento, engatinha com 
dificuldade, e não consegue ficar de pé, tem 
tremores 
• Condutas e observações: 
o Diagnóstico de paralisia só fecha a partir 
de 24 meses, até então temos suspeitas 
o Com tremores tem que fazer movimentos 
mais firmes que dão maior estabilidade, 
uma pega e estímulo firmes, os 
movimentos não são rápidos demais pois 
devemos manter a criança contida, firme 
o O alcanceda bola de forma contínua e 
firme, não quicando a bola para ela 
alcançar 
o Precisa identificar o que está levando a 
criança a ter dificuldade para engatinha 
o Para a criança engatinhar, mesmo que não 
eficaz, precisa ter certo controle de tronco 
o Priorizar exercícios de tronco, exercícios 
na posição de 4 apoios, pois objetivo é que 
ela fique na postura para a idade dela, o 
engatinhar 
o Coloca o rolo na região onde ela não 
musculatura (abdômen principalmente) se 
não tiver o rolo, coloca na perna do 
terapeuta, dando apoio onde ela não tem 
musculatura, a intenção é que ela faça 
descarga de peso 
o Se rola para frente, descarga de peso em 
MMSS, se rola para trás, descarga de peso 
em MMII, trabalha paravertebrais e 
abdominais 
o Os exercícios são feitos para trabalhar 
uma musculatura dentro de uma função 
 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 
Atraso no desenvolvimento justificado pela 
prematuridade, ela tem 4 meses de idade 
cronológica e 2 meses de idade corrigida 
• Condutas e observações: 
o O objetivo quando faz estimulação motora 
em prematuro é tentar sempre próximo a 
idade cronológica dele, mas tem que se 
atentar que na verdade ele tem dois meses 
o Quando pega uma criança prematura e vai 
traçar um plano de tratamento, tem que 
analisar as características dela se é 
condizente com a idade corrigida 
o Se estiver ok, vai tentar ir aproximando 
essa criança da idade cronológica 
o Mas não pode exigir que ela tenha 
controle de cabeça nem Landau, por 
exemplo 
o Vai respeitar as características dela da 
prematuridade mas precisa ir se 
aproximando da idade cronológica porque 
se não ela vai chegar com atraso podendo 
levar a sequelas motoras 
o Partir para características de 3 meses, 
estímulo a linha média, controle de 
cervical 
o O exercício para ele é priorizar linha 
média, propiciando simetria para que com 
4 meses ele ganhe o alcance, que está em 
padrão extensor 
o Alcance alternado do baby bobath, 
ganhando extensão, simetria, linha média, 
relaxamento da musculatura 
o O objetivo não é quebrar o padrão flexor, 
mas sim sair da flexão e vá para a extensão 
dentro de uma função 
@ritmodefisio_
o Prematuro tem que respeitar a idade 
corrigida, não pode exigir algo que ele não 
está preparado fisiologicamente para fazer 
o Estímulos tátil e proprioceptivo para sair 
do reflexo da preensão palmar, 
dessensibilização 
o Posicionamento em simetria com postura 
flexora de membros, cabeça simétrica em 
linha média, quadril estabilizado na 
postura fisiológica e roda ele para 
decúbito ventral 
o O objetivo agora não é rolar, é 
dissociação, mobilização, alongamento, 
relaxamento 
o Movimento de leva e volta da posição 
o Se tivesse ele com 2 meses e 
características de RN, tem que chegar 
primeiro no segundo mês, mas ele já tem 
as características de 2 meses que é a idade 
corrigida dele, então a meta é o mês 
seguinte 
o Curto prazo: controle de cabeça 
o Médio prazo: estímulo a linha média e 
alcance 
o Longo prazo: sentar com apoio, que é 
característica do 4º mês 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA 
Padrão flexor de MMII e MMSS, tem artrogripose 
(rigidez das articulações), fraqueza muscular e 
contraturas, hipertonia dos MMSS 
• Condutas e observações: 
o Alongamentos e mobilização, estímulo 
visual, bola suíça em DV para fortalecer 
paravertebrais e controle de cabeça e 
alcance 
o Cuidado á mobilização, a rigidez articular 
nem sempre quer dizer que ele tem 
quadro de hipertonia, pois a artrogripose 
causa má formações nas articulações, 
então as vezes esse padrão em extensão é 
mais pela característica da articulação do 
que pelo tônus (pois fica hipotônico) 
o Tem articulação que não vai conseguir 
mexer, e não tem o que fazer, pois pode 
acabar fraturando 
 
 
@ritmodefisio_
DOENÇAS ORTOPÉDICAS 
DISPLASIA DO QUADRIL 
- Displasia do quadril é um termo que denota uma 
anormalidade: 
- 1. Tamanho 2. Morfologia na orientação 
anatômica 3. Cavidade acetabular ou em ambos 
- Classificação: 
Etiologias 
- Meninas; Raça branca; Crianças primogênitas; 
Bebês nascidos na posição de nádegas 
(especialmente com os pés para cima dos 
ombros); O quadril esquerdo é o mais afetado 
(60%) e o quadril direito é o menos afetado 
(20%); Por razões desconhecidas, a DDQ afeta 
em menor frequência os indivíduos da raça negra 
Sinais: 
- Pernas de diferentes comprimentos 
- Dobras desiguais na coxa 
- Menor mobilidade ou flexibilidade de um lado 
- Manca, caminha semelhante à marcha de um 
pato ou pinguim 
Diagnóstico: 
- Realização um exame físico cuidadoso 
- Manobras específicas 
- Ultrassom e radiografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Testes: 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
- Tratamento do recém-nascido até aos três meses 
de vida 
- No primeiro momento inicial da suspeita de 
subluxação e instabilidade do quadril. Que é 
indicado o suspensório de Pavlik, a fisio não tem 
muita atuação, ele fica com ele durante 23 horas 
no dia 
- Não tem como trabalhar a articulação do quadril 
e nem é objetivo fazer isso nesse momento 
- O objetivo é que ele reduza o nível de 
instabilidade, comece a formar a articulação 
coxofemoral, pra evitar risco de luxação total da 
articulação 
- Seja com suspensório de Pavlik, ou tratamento 
com o gesso a fisio atua a nível de orientações 
aos genitores (posicionamento, mudança de 
decúbito, forma que carrega ela) e visando 
prevenir atraso do DNPM 
- Assim que sai do tto médico, com gesso ou 
suspensório, atua mais a nível da articulação: 
manipulação passiva, estímulo proprioceptivo 
- Crianças com paralisia cerebral tendem a ter 
displasia do quadril, porque elas não vão ficar 
de pé no momento que deveria 
- Elas precisam ficar de pé, até por meio de órteses 
mesmo que ela não consiga, pra que a 
articulação se forme 
- Tratamento dos 3 meses de vida até a idade da 
marcha 
- Tratamento após a idade da marcha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@ritmodefisio_
ARTROGRIPOSE 
- A artrogripose múltipla congênita (AMC) é uma 
condição clínica caracterizada por múltiplas 
contraturas articulares não progressivas que 
acometem duas ou mais articulações, e pode ser 
detectada ao nascimento 
- A classificação da síndrome é baseada na 
presença de alterações neurológicas e estas 
devem ser diferenciadas: quanto à sua origem – 
no sistema nervoso central (SNC), ou sistema 
nervoso periférico (SNP); e quanto à 
característica da lesão – motora ou muscular. Os 
casos em que não se evidenciam alterações 
neurológicas podem ser classificados como 
amioplasia, artrogripose distal, doença 
generalizada do tecido conjuntivo ou restrição de 
crescimento fetal 
- Há dois tipos principais de artrogripose múltipla 
congênita (AMC): 
Amioplasia (artrogripose clássica): 
- Contraturas simétricas múltiplas ocorrem nos 
membros. Os músculos afetados são hipoplásicos 
e têm degeneração fibrosa e gordurosa. Cerca de 
10% dos pacientes apresentam anormalidades 
abdominais (ex., gastroquise, atresia do 
intestino) decorrente da falta de formação 
muscular. Praticamente todos os casos são 
esporádicos 
Artrogripose distal: 
- As mãos e os pés estão envolvidos, mas as 
grandes articulações são normalmente poupadas. 
Artrogripose distais são um grupo heterogêneo 
de doenças, muitas das quais estão associadas a 
um defeito em um gene específico em um dos 
diversos genes que codificam componentes do 
aparelho contrátil. Muitas artrogriposes distais 
são transmitidas como doenças autossômicas 
dominantes, mas mutações ligadas ao X são 
conhecidas. 
 Fatores de risco 
- A associação recentemente descrita entre a 
infecção congênita pelo Zika vírus e o 
desenvolvimento de artrogripose presume o 
provável tropismo do vírus pelos neurônios 
fetais, ocasionando a diminuição da motilidade 
fetal intrauterina com subsequentes contraturasmusculares. A síndrome congênita do vírus da 
Zika pode incluir defeitos visuais, auditivos e 
artrogripose, não necessariamente 
acompanhados de microcefalia. 
Sinais e sintomas 
- As deformidades características da doença, 
comumente, se apresentam de forma simétrica e 
múltiplas, com maior gravidade nas 
extremidades distais. Como principais 
manifestações clínicas, encontram-se as 
alterações da pele (diminuição da elasticidade, 
falta de pregas, escassez tecido subcutâneo), 
atrofia muscular, substituição da massa muscular 
por tecido adiposo e fibroso, as estruturas 
periarticulares tornam-se mais espessas. Ao 
mesmo tempo, as articulações encontram-se 
deformadas, com restrição de movimentos, 
rigidez, podendo haver a presença de luxação. 
membros ligeiramente encurtados, assimetria 
facial, ponte nasal rebaixada, micrognatia, 
escoliose, anomalias nos sistemas nervoso e 
urinário, hipoplasia pulmonar e intestino curto 
e/ou imaturo. 
- É importante ressaltar que pacientes com 
artrogripose não apresentam déficits intelectuais, 
sendo identificados com alto grau de inteligência, 
o que os auxilia na superação da incapacidade. 
- As principais causas associadas à AMC são a 
diminuição dos movimentos fetais nos últimos 
meses ou os problemas do desenvolvimento 
espinhal nos primeiros meses de gestação. Nas 
manifestações clássicas da AMC, os ombros são 
quase sempre aduzidos e rodados internamente; 
os cotovelos em extensão; punhos e dedos 
fletidos. Pode haver deslocamento dos quadris, 
que ficam levemente fletidos. Os joelhos ficam 
em extensão e os pés frequentemente em posição 
equinovara. 
- Os músculos da perna são, em geral, hipoplásicos 
e os membros tendem a se tornarem tubulares e 
incaracterísticos. Membrana de tecido mole, às 
vezes, é encontrada sobre a face ventral das 
articulações fletidas. A coluna pode ser 
escoliótica. Exceção feita à ossatura delgada, a 
radiografia do esqueleto é aparentemente normal. 
As limitações físicas podem ser graves. 
- Sua etiologia não é totalmente esclarecida e 
associam-se vários fatores à sua gênese. Por 
exemplo, uso de medicações durante a gestação, 
infecções, traumas, doenças crônicas, 
oligodrâmnio, genética, drogas e álcool. 
- Diagnóstico (pré-natal/recém-nascido): O 
diagnóstico da AMC é essencialmente clínico e 
diversas síndromes podem cursar com 
contraturas articulares congênitas. Por isso, as 
principais ferramentas diagnósticas do médico-
assistente são anamnese e exame físico 
detalhados, ressaltando a importância da história 
@ritmodefisio_
gestacional e do exame articular. Os achados ao 
exame clínico caracterizam-se por deformidades 
articulares, em geral acompanhadas de limitação 
de movimento, principalmente nos membros 
inferiores. Por se tratar de uma síndrome de 
diagnóstico essencialmente clínico, o pediatra 
deve dominar os conceitos acerca da 
enfermidade. Os principais achados radiológicos 
na artrogripose múltipla congênita são as 
deformidades articulares, como, o pé torto 
(equinovaro), mãos em flexão e em desvio ulnar, 
podendo-se observar também a luxação 
congênita de quadril, em que estudos 
demonstraram estar presente em 15 a 31% dos 
pacientes com artrogripose. Por meio da 
radiologia, pode-se observar alterações nos 
tecidos moles, como também o declínio em 
massa muscular e infiltração de tecido adiposo. 
Outro achado radiológico relevante são os ossos 
mais delgados, tendendo a osteoporose. No 
exame histoquímico a característica mais notável 
é uma distribuição anormal nos tipos de fibras 
musculares. 
- Em geral, exames laboratoriais como: níveis de 
creatina fosfoquinase (CPK), cultura viral, níveis 
de imunoglobulina M, estudo citogenético, não 
são específicos. Podem ser solicitados para 
confirmar determinadas hipóteses diagnósticas 
 • Pré-natal 
- É possível detectar a AMC no pré-natal por meio 
de ultrassonografia, porém apenas 25% dos casos 
são diagnosticados nesse momento, pois a 
movimentação fetal não é pesquisa de rotina na 
ultrassonografia obstétrica. Torna-se importante 
valorizar a percepção materna de ausência de 
movimentação fetal correlacionando-a com 
possíveis alterações presentes na 
ultrassonografia. Quando se observa: 
- Ausência de movimentos do bebê; 
- Posição anormal dos braços e pernas, que ficam 
normalmente dobrados, embora também possa 
ficar totalmente esticado; 
- O bebê é menor que o tamanho desejado para a 
idade gestacional; 
- Excesso de líquido amniótico; 
- Maxilar pouco desenvolvido; 
- Nariz achatado; 
- Pouco desenvolvimento pulmonar; 
- Cordão umbilical curto. 
• Recém-nascido 
- A maioria dos pacientes é diagnosticada após o 
nascimento e os achados clínicos no período 
neonatal, bem como as respostas a possíveis 
tratamentos ofertados, podem contribuir para a 
investigação da etiologia da AMC. Um 
diagnóstico específico, na maioria dos casos, é 
obtido ainda durante a primeira infância, por 
volta dos 2 anos de idade. 
- Desenvolvimento motor em crianças com ACM 
podem apresentar atraso no desenvolvimento 
motor em várias etapas. Por exemplo, o rolar é 
frequentemente difícil em função das contraturas 
dos membros inferiores. Algumas crianças 
podem aprender a se arrastar no chão, por cima 
de seus ventres, ou de costas, inicialmente. A 
maioria das crianças pode sentar-se, mas têm 
dificuldade em alcançar a posição sentada 
independentemente. Engatinhar com as mãos e 
com os joelhos em geral é difícil, e as crianças 
muitas vezes aprendem a se movimentar com 
suas nádegas. O ato de puxar-se para ficar em pé 
pode ser limitado pelas contraturas das 
extremidades inferiores. As atividades de pré-
deambulação devem ser iniciadas antes de um 
ano de idade. Entre a idade de doze meses até a 
pré-escola o objetivo do tratamento é 
desenvolver o máximo de independência com 
mobilidade e habilidades de autocuidados. A 
deambulação é possível para muitas crianças 
com AMC e deve ser considerado um objetivo 
viável até que se prove o contrário. As 
habilidades dos membros superiores 
concentram-se nas atividades de alimentação e 
de vestimenta. O período de idade escolar com 
frequência evidencia as incapacidades funcionais 
que possam existir na criança com AMC. Sua 
velocidade de deambulação pode ser lenta 
quando comparada com a de seus colegas, e as 
dificuldades motoras finas podem interferir na 
velocidade. Em 2001, Burke descreve o 
desenvolvimento motor de uma criança com 
Artrogripose. Ela iniciou deambulação dentro do 
tempo de desenvolvimento normal embora sua 
percepção de equilíbrio estivesse um pouco 
alterada. A criança não tinha reflexos de 
proteção, mas aprendeu a equilibrar-se 
rapidamente podendo correr, pular e pedalar 
bicicleta do mesmo modo que as crianças de sua 
idade. Aos dois anos era capaz de puxar-se, 
alimentar-se, virar páginas de revistas e carregar 
objetos com uma preensão razoavelmente boa. 
Nesta mesma idade ela estava aprendendo a 
vestir-se independentemente. Aos quatro anos 
conseguiu estabelecer completa rotação 
voluntária em ambos os ombros. Aos cinco anos 
ela era autossuficiente, e apesar de exibir uma 
@ritmodefisio_
pequena fraqueza em seus braços, podia fazer 
tudo o que uma criança da mesma idade fazia. na 
exatidão da escrita. 8. Tratamento (Médico) 
Quando disponível, um geneticista clínico deve 
coordenar a avaliação e o tratamento; 
normalmente, profissionais de várias 
especialidades estão envolvidos. Uma forma 
sindrômica da AMC é suspeita quando atrasos no 
desenvolvimento e/ou outras anomalias 
congênitas estão presentes, e deve-se avaliar 
nestas pacientes doenças do SNC e monitorá-los 
para sintomas neurológicos progressivos. A 
avaliação também deve incluir pesquisas 
detalhadas de anomalias físicas, cromossômicas 
e genéticas associadas. Distúrbios específicos 
que devem procurados incluem a síndromede 
Freeman-Sheldon, síndrome de Holt-Oram, 
síndrome de Larsen, síndrome de Miller, 
síndrome de pterígio múltiplo e síndrome de 
DiGeorge (síndrome de deleção 22q11). Os 
testes normalmente começam com uma análise 
cromossômica por microarranjo, que é seguida 
por testes genéticos específicos que são feitos 
individualmente ou como um painel padrão por 
muitos laboratórios genéticos. A eletromiografia 
e a biopsia de músculo são úteis para diagnosticar 
neuropatias e miopatias. Na AMC clássica, a 
biopsia de músculo normalmente revela 
amioplasia, com deposição de tecidos de gordura 
e fibrosos. 
Tratamento da Fisioterapia: 
- Os métodos e técnicas fisioterapêuticas com a 
finalidade de restaurar, desenvolver e conservar 
a capacidade física do paciente. Desta maneira, a 
fisioterapia se faz imprescindível no tratamento e 
na melhora funcional de paciente com 
artrogripose múltipla congênita. A atuação 
fisioterápica é se fundamental importância e deve 
ser iniciada precocemente, objetivando não 
somente a correção da deformidade, mas também 
o desenvolvimento global do paciente, uma vez 
que o prognóstico da doença costuma ser 
favorável. Como forma de tratamento, ressalta-se 
a prática de exercícios passivos e ativos de 
mobilização, alongamento de tecidos encurtados, 
manutenção/melhora da amplitude de 
movimento, a utilização de órteses para redução 
das deformidades, fortalecimento muscular e 
prevenção de contraturas. A criatividade do 
fisioterapeuta é fundamental para que o 
tratamento seja eficaz, sendo necessária a 
reavaliação periódica das áreas afetadas. É 
importante ressaltar que além dos ganhos físicos, 
a intervenção fisioterapêutica pode atuar na 
melhora da autoestima do paciente, lhe 
proporcionando maior independência para os 
cuidados pessoais, indiretamente melhorando as 
relações de convívio social e qualidade de vida. 
Quando feita continuamente e frequentemente, 
pode retardar ou mesmo evitar os procedimentos 
cirúrgicos, sendo importantíssima na reabilitação 
global da criança. Sabe-se que o paciente com 
artrogripose possui inúmeras limitações e 
diminuição da funcionalidade, devido à rigidez 
articular e alterações musculares, onde em 
muitos casos, o tratamento cirúrgico torna-se 
imprescindível. Nestes casos, o tratamento 
fisioterapêutico precoce tem o intuito de reduzir 
as contraturas articulares e melhorar a 
maleabilidade dos tecidos moles, usualmente 
empregado no pré-operatório e no pós-
operatório. A utilização de fisioterapia aquática 
em pacientes com artrogripose vem apresentando 
resultados significativos, pois ela promove o 
movimento através da diminuição da gravidade, 
associada aos efeitos de flutuação, pressão 
hidrostática e temperaturas mais altas da água. 
Essas temperaturas auxiliam na redução da 
espasticidade, rigidez, tensão e espasmo, 
estimulam o relaxamento dos tecidos moles e em 
alguns casos, provocando analgesia. 
 
- Na artrogripose a fisioterapia é mais 
telespectador, porque vai depender do tipo de 
limitação que o paciente vai ter 
- Às vezes, se a contratura levar a uma alteração 
da conformidade articular, não tem muito o que 
fazer (espera por uma cirurgia ou colocação de 
fixador, ou órtese) 
- Quanto mais alterações osteomioarticulares, pior 
prognóstico para todo o desenvolvimento 
- Precisa ficar atento ao DNPM, quando por 
alteração periférica 
- Se consegue posicionar, mobilizar a articulação 
(com rigidez é mais difícil) depende das 
consequências para saber como atuar. 
 
 
@ritmodefisio_
 
LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL 
- O PB é um complexo somático de raízes 
nervosas responsáveis por comandos motores e 
sensitivos na região da cintura escapular, 
membro superior. Na sua formação tem-se a 
união dos ramos ventrais dos quatro nervos 
cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8) e grande 
parte dos ramos ventrais do primeiro nervo 
torácico (T1); algumas partes do quarto nervo 
cervical (C4) e segundo torácico (C2). 
Neonatal 
- A LPB neonatal é denominação de Paralisia 
Obstétrica (PO). Ocorre quando o plexo é 
lesionado no nascimento e manifesta-se 
clinicamente por alteração motora e sensitiva no 
membro superior do recém-nascido (RN). É 
consequência frequente do trabalho de parto no 
qual ocorrem movimentos de torção que separam 
a cabeça do ombro e o estiramento do braço em 
abdução. 
- No RN a presença de PO é manifestada logo nos 
primeiros momentos de vida, com a adoção de 
uma postura típica, a qual leva a um crescimento 
alterado do membro afetado, se a recuperação 
não for rápida. Nesse caso, com o tempo, surgem 
contraturas dos tecidos moles, com grave 
interferência no equilíbrio e no desenvolvimento 
de atividades bimanuais. 
- A PO é uma complicação associada a um parto 
trabalhoso no qual o RN pode precisar de uma 
tração cervical e/ou braquial durante o 
nascimento, causando um estiramento excessivo 
sobre o PB ocasionando uma lesão nervosa. A 
tração excessiva do pescoço exercida para a saída 
do ombro anteriormente no momento do parto 
durante o período expulsivo do RN, pode ser 
bloqueada pela sínfise púbica materna, lesando 
as raízes do plexo. 
Os fatores de risco 
- Para a lesão do plexo no RN podem estar 
relacionados com o parto (distocia de ombros, 
parto distócico - exceto cesariana, 
prolongamento da segunda fase do parto), com a 
mãe (primiparidade, diabetes, idade avançada, 
obesidade, baixa estatura) ou com o feto 
(macrossomia, má adaptação intrauterina). A 
distócia de ombros é referida em cerca de 50% 
dos casos de PO. 
- A prevalência da PO varia entre 0,13 a 5,1 por 
1.000 nascidos vivos, e verificou-se um aumento 
do número de casos nos últimos anos. Este fato 
pode ser explicado pelo aumento do peso de 
nascimento da população em geral e pelo maior 
interesse nessa patologia. Afeta de forma 
homogênea ambos os sexos. 
Classificação 
- As LPB neonatais são classificadas de acordo 
com a altura e o tipo de lesão encontrada. A 
paralisia de Erb-Duchenne corresponde ao 
acometimento das raízes de C5 e C6 que também 
é chamada de lesão superior. Os portadores dessa 
classificação irão apresentar: rotação interna de 
ombro, adução, extensão de cotovelo, pronação 
de antebraço, flexão de punho e a preensão 
palmar ainda estará íntegra. Os músculos 
inervados por essas raízes tornam-se flácidos. 
- Quando as raízes nervosas inferiores (C7, C8 e 
T1) são afetadas é chamada de paralisia de 
Klumpke. A musculatura acometida nessa 
classificação são os flexores de punho, dedos e 
os intrínsecos da mão. A motricidade do braço e 
antebraço permanece íntegra e a mão apresenta 
déficit sensitivo, principalmente na região medial 
do antebraço e região ulnar da mão. 
- O tipo mais raro das classificações das lesões de 
plexo é conhecida como paralisia de Erb-
Klumpke, que se caracteriza em uma lesão 
completa de todo PB, na qual o braço encontra-
se totalmente flácido, ou seja, paralisia total. 
Traumática 
- Diversos mecanismos podem levar à LPB 
traumática, entre os quais se citam a hérnia de 
disco cervical, o traumatismo por arma branca, 
ferimentos por arma de fogo e luxações do 
ombro. 
- As LPB traumáticas causadas por compressão, 
estiramento ou ruptura das raízes, representam 
aproximadamente 50% das desordens do plexo. 
Sequelas e padrões adotados 
- O padrão de rotação interna do ombro é o mais 
predominante e de maior possibilidade de 
ocorrência nos casos de LPB, devido ao 
desequilíbrio entre os rotadores externos e 
internos, pela paresia ou paralisia da musculatura 
de rotação externa, evoluindo para contraturas 
dos músculos subescapulares e levando à 
subluxação posterior da cabeça umeral, a qual 
gera deformidades da articulação glenoumeral, 
limitando assim o movimento do membroacima 
da cabeça e ao lado do corpo. 
 
 
@ritmodefisio_
Tratamento 
- O diagnóstico é essencialmente clínico-
neurológico, podendo ser realizado logo após o 
nascimento ou trauma; sendo recomendado que 
se espere o prazo de três semanas para definição 
do quadro clínico de PO. O tratamento deve 
iniciar o mais precocemente possível. 
- Todas as formas de LPB evoluem de acordo com 
o grau da lesão, no entanto, quanto mais cedo 
iniciar o processo de reabilitação, mais favorável 
será a evolução, evitando assim, futuros 
problemas de esquema corporal, limitação de 
movimentos, hipotrofia, alterações sensitivas e 
vasomotoras. 
- O tratamento inicial da LPB geralmente é 
conservador com o objetivo de analgesia e 
cicatrização. Deve ser iniciado o mais 
precocemente possível, com movimentos 
passivos suaves, estimulações sensoriais e 
orientações aos familiares. 
- Em casos de PO normalmente o tratamento é 
iniciado ainda no berçário com a imobilização 
tipo enfaixamento toracobraquial por duas a três 
semanas, com a finalidade de aliviar a dor 
causada pelo movimento do membro superior 
lesado e de permitir a cicatrização inicial. 
- O tratamento cirúrgico, em casos de PO, somente 
é realizado quando aos três meses de idade, a 
criança não possui controle do músculo deltóide 
e bíceps braquial. Caso a criança adquira o 
controle desses músculos não há necessidade de 
procedimento cirúrgico. 
- O tratamento fisioterápico da LPB tem como 
objetivos principais criar as melhores condições 
para a recuperação da capacidade funcional, 
proporcionar as condições ambientais 
necessárias para os músculos poderem reassumir 
sua função, logo após a regeneração das 
estruturas nervosas, e treinar o controle motor 
mediante exercícios, tais como estender o braço 
para apanhar objetos. 
- Há indicação de tratamento não cirúrgico nos 
casos de paralisia do plexo braquial quando não 
existirem fraturas, realizando como tratamento 
precoce o fisioterapêutico durante várias vezes 
ao dia, com assistência e orientação do 
profissional da área e dos pais, utilizando-se de 
movimentos passivos de todas as articulações 
acometidas no plexo braquial e com enfoque na 
articulação glenoumeral, e na estabilização da 
escápula para se evitar tensão capsular 
glenoumeral e subsequente deformidade, 
incluindo também a estimulação tátil do membro 
e sua reeducação. Nos estudos, observou-se que 
o primeiro tratamento após o diagnóstico da lesão 
é o fisioterapêutico, com exercícios diários de 
mobilização passiva da extremidade envolvida, 
demonstrando-se como um prognóstico 
favorável de melhora total no prazo de até três 
meses para crianças com comprometimentos 
leves. Entretanto, quando são lesões mais 
complexas, o prognóstico com tratamento 
fisioterapêutico torna-se desfavorável e a 
indicação é cirúrgica. 
- O tratamento fisioterapêutico também evita 
alterações como contraturas musculares, rigidez 
articular, distúrbios vasomotores e simpáticos, 
melhorando as condições cirúrgicas e a 
recuperação em processos cirúrgicos realizados 
tardiamente. 
- Com relação à paralisia de origem neonatal, 
pode-se fazer mobilizações articulares do ombro 
após abordagem cirúrgica de acordo com o grau 
de comprometimento da lesão do plexo braquial. 
O uso do tratamento fisioterapêutico faz com que 
a criança mova o membro acometido, 
estimulando assim seu uso, e instrui os pais na 
reabilitação do mesmo após tratamento cirúrgico. 
- Para tratamentos sem a existência de lesão óssea, 
preconizam-se alongamentos passivos, assim 
como em casos imediatos à retirada da 
imobilização. Em associação ao tratamento 
cirúrgico, a fisioterapia apresenta resultados para 
evitar as contraturas das articulações e conservar 
a ADM, utilizando-se como condutas 
fisioterapêuticas a massagem e os exercícios 
passivos, que devem ser iniciados precocemente 
pelos pais com supervisão de fisioterapeutas em 
torno de duas a três vezes por mês, seguidos da 
realização de exercícios ativos guiados. 
 
PÉ TORTO CONGÊNITO 
- Podemos definir “pé torto” como uma atitude 
viciosa e permanente do pé em relação à perna, 
na qual o pé repousa no solo fora de seus pontos 
normais de apoio. Esta definição engloba todas 
as deformidades permanentes do pé, sejam elas 
adquiridas ou congênitas. 
Tipos: 
- As formas de pé torto congênito (PTC) 
encontradas na prática médica são: pé equino 
varo, pé talo-valgo, pé talo-vertical e pé 
metatarso varo. O pé equino varo (PEV) é a 
deformidade mais conhecida e estudada, por 
@ritmodefisio_
muitos confundida com o termo “pé torto 
congênito”, embora esta última terminologia 
deva ser usada sempre em caráter geral, e nunca 
para significar pé torto equino varo. 
Etiologia 
- A causa exata do aparecimento do PEV continua 
indeterminada. À medida que novas informações 
são obtidas, novas teorias sobre a etiologia são 
propostas e logo descartadas pelo acúmulo de 
novos conhecimentos. Alterações genéticos ou 
adquiridas de músculos, tendões e nervos têm 
sido sugeridas como fatores patogênicos 
primários, mas nenhum defeito nestes tecidos foi 
encontrado com frequência significativa. Assim, 
até o momento, nenhuma teoria baseada em 
alterações de partes moles foi recebida com 
entusiasmo. 
- Coloca-se o gesso, fica um tempo com o gesso, 
mas isso é com o médico 
- Precisa diagnosticar o grau primeiro 
- O pé torto mais leve é aquele que conseguimos 
atuar e o tto é mais rápido 
- Aquele pé que conseguimos manipular, é muito 
mais posicional do que fixo, então ele tende a 
ficar com aquela posição seja por posição 
intrautero (consegue com órtese) 
- Quando posicionamos ele em posição neutra da 
articulação, ele vai pra posição normal, se a 
gente solta ele volta a ficar torto 
- Conforme o grau evolui, até chegar no 4 (muito 
grave), existe, além de uma alteração muscular, 
uma alteração articular com rigidez, que é o que 
por mais que mobilize, ele não vai (precisa ir 
pora tto mais agressivo) – órtese de 
posicionamento onde posiciona o pé inverso ao 
da deformidade 
- Processo cirúrgico não é bem indicado porque 
as consequências são maiores, tenta primeiro 
conservador até o último grau, sem resposta faz 
o cirúrgico 
- Quanto mais benigno o pé torto, mais atuação da 
fisioterapia 
- A fisio é indicada desde o início, tendem a ter 
atraso no DNPM 
 
 
TORCICOLO CONGÊNITO 
- O torcicolo congênito (TC) é definido como uma 
contratura unilateral do músculo 
esternocleidomastoideo que, em geral, se 
manifesta no período neonatal ou em lactentes. 
Em crianças com TC, a cabeça fica inclinada para 
o lado do músculo afetado e rodada para o lado 
oposto. 
- A sua incidência é de 1:250 recém-nascidos e a 
etiologia ainda não está esclarecida. 
Etiologia 
- As hipóteses relativas à etiologia da condição se 
relacionam ao tocotraumatismo cervical, à 
isquemia arterial com hipofluxo sanguíneo para 
o esternocleidomastoideo, à obstrução venosa do 
esternocleidomastoideo, ao mal posicionamento 
intrauterino e à hereditariedade. 
Diagnóstico 
- O diagnóstico é feito clinicamente, observando-
se as limitações nos movimentos do pescoço, a 
elevação do ombro no lado do músculo 
contraturado e a posição da cabeça em inclinação 
ipsilateral e rotação contralateral. Um nódulo 
pode estar presente na porção média do músculo 
esternocleidomastoideo em aproximadamente 
20% dos pacientes. 
- Com muita frequência, este nódulo é detectado 
entre dez e 14 dias de vida e pode crescer durante 
duas a quatro semanas, até atingir o tamanho 
aproximado de uma amêndoa, quando então 
começa a regredir e pode desaparecer 
completamente até o oitavo mês de vida. Devido 
ao encurtamento muscular unilateral, a criançacom TC prefere dormir na posição prona, com o 
lado afetado para baixo. Tal posição provoca 
pressão assimétrica no crânio e nos ossos faciais 
em desenvolvimento. Esta pressão constante na 
cabeça pode levar a um remodelamento nos ossos 
da face e resultar em hemihipoplasia facial ou em 
plagiocefalia. 
- O diagnóstico diferencial é feito com outros tipos 
de torcicolos adquiridos. Os torcicolos 
adquiridos podem ser decorrentes de problemas 
oculares, artrite reumatóide devido à subluxação 
nas duas primeiras vértebras cervicais (C1 e C2) 
ou cisto branquial. 
- O uso de exames subsidiários, como a 
ressonância magnética, para o diagnóstico 
diferencial não tem se mostrado efetivo. 
 
 
@ritmodefisio_
Tratamento 
- Existem diversas formas de abordagem do TC, 
não havendo uma uniformização da sistemática 
terapêutica. Entretanto, o tratamento inicial de 
escolha é clínico, por meio de fisioterapia. 
- Com o tratamento fisioterapêutico, 90 a 95% das 
crianças melhoram antes do primeiro ano de vida 
e 97% dos pacientes melhoram se o tratamento 
for iniciado antes dos primeiros seis meses. 
Quando o tratamento fisioterapêutico é tardio, os 
pacientes podem apresentar complicações como 
escolioses cervicais e/ou torácicas 
compensatórias e dores crônicas. 
- Uma vez feito o diagnóstico e iniciado programa 
fisioterapêutico, existe a necessidade de 
complementar o tratamento com cuidados 
domiciliares, pois a realização diária e constante 
dos exercícios melhora o TC. 
- Os pais devem ser orientados e encorajados a 
participar, realizando os exercícios propostos, e a 
quantidade de sessões pode influenciar o tempo 
de resolução da doença. Assim, o tratamento 
intensivo pode ter melhor resolução e durar 
menos tempo. 
 
- O torcicolo congênito também é diagnosticado 
preferencialmente quando ele já tem um grau de 
contratura nos primeiros dias de vida, mas não é 
como o de plexo que vê logo no período imediato 
ao nascimento 
- A mãe pode relatar que a criança fica mais numa 
posição do que na outra, ou o pediatra observa 
- Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o tto 
- Ele ainda não tem controle de cabeça, então é 
mais fácil atuar 
- Inicialmente com massoterapia, posicionamento 
adequado, manipulação passiva com 
mobilização 
- A partir do momento que ela começa a ativar a 
musculatura para controle de cabeça, a 
tendência é contrair mais a musculatura que já 
está contraída 
- Nos primeiros meses que ela não tem controle de 
cabeça é a pior fase, diagnóstico pode vir pela 
irritabilidade da criança 
- O local que ela fica mais apoiada é onde fica 
mais “amassado” 
- Parceria com os genitores 
- A reabilitação do torcicolo geralmente é rápida 
quando iniciada imediatamente 
- Fatores de risco para torcicolo congênito: 
apresentação pélvica (cabeça fica mais solta na 
parte mais ampla do útero), gestantes que ficam 
muito sentadas 
- Cirurgia é em último caso, algo muito avançado 
 
ESPINHA BÍFIDA 
- A espinha bífida é uma malformação congênita 
decorrente de defeito de fechamento do tubo 
neural (DFTN), que envolve tecidos 
sobrejacentes à medula espinhal, arco vertebral, 
músculos dorsais e pele e representa 75% das 
malformações do tubo neural. 
- O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e 
engloba uma série de malformações. O não 
fechamento do tubo neural produz defeitos de 
graus variáveis, podendo afetar todo o 
comprimento do tubo neural ou limitar-se a uma 
pequena área. 
Classificação 
- A espinha bífida é classificada em espinha bífida 
oculta e espinha bífida cística, sendo as duas 
formas principais a meningocele e a 
mielomeningocele. A mais comumente 
observada é a mielomeningocele, na qual há uma 
protusão cística contendo tecido nervoso exposto 
não coberto por pele. 
Etiologia 
- As causas que levam aos DFTN ainda são 
obscuras e estão associadas à interação de fatores 
genéticos e ambientais. Entre os fatores 
ambientais estão: diabetes materno, deficiência 
de zinco, ingestão de álcool durante os primeiros 
três meses de gravidez, fatores socioeconômicos, 
alimentos contaminados com inseticidas, drogas 
anticonvulsivantes, agentes anestésicos, dentre 
outros. 
- A carência de ácido fólico é o mais importante 
fator de risco para os DFTN. O ácido fólico age 
na síntese de DNA e, por tanto, é essencial para 
a rápida divisão celular que ocorre durante o 
desenvolvimento fetal precoce. As crianças 
portadoras de espinha bifida apresentam 
complicações que transformam esta patologia em 
um sério problema de saúde pública, com 
repercussão na vida do indivíduo, família e 
sociedade. 
- As possíveis complicações presentes em recém-
nascidos portadores dessa malformação são 
distúrbios neuromotores, como hidrocefalia, 
@ritmodefisio_
malformação de Arnold Chiari, bexiga 
neurogênica, intestino neurogênico e paralisia de 
membros inferiores; e distúrbios ortopédicos, tais 
como pés tortos congênitos, luxação 
coxofemural, fraturas, escoliose e distúrbios 
renais, mormente hidronefrose e refluxo 
vesicouretral. 
- As malformações congênitas, como a espinha 
bífida, são uma condição crônica, pois seus 
portadores têm a necessidade de cuidado 
profissional prolongado e continuado. 
- A Organização Mundial da Saúde define 
condições crônicas como problemas de saúde de 
naturezas diversas, que necessitam certos 
cuidados permanentes e exigem alta demanda 
aos pacientes, às famílias e, principalmente, ao 
sistema de saúde. 
- A condição crônica também pode fazer com que 
o seu portador reduza ou perca sua capacidade de 
autonomia e de autocuidado, tornando-se 
dependente do familiar para ser cuidado. 
- A gravidade depende do grau, percebe que teve 
oculta quando faz exame, ou mãe relata leve 
fraqueza de MMII 
- Não é incomum aparecer mielomeningocele 
associado a hidrocefalia 
- Prognóstico de uma criança que não tem 
alteração neurológica por conta disso, é de 
reabilitação de uma crinça paraplégica 
(utilização de órteses, cadeiras de rodas e as 
vezes muletas) 
- Se tem razão de raiz nervosa não tem como curar 
de fato, como um TRM 
- Fisioterapia da bons resultados, mesmo assim 
- Observar complicações: MAIOR A NÍVEL DE 
SISTEMA GENITOURINÁRIO 
 
@ritmodefisio_
PARTICULARIDADES 
ANATOMOFISIOLÓGICAS DO 
SISTEMA RESPIRATÓRIO DE UMA 
CRIANÇA 
Todas essas alterações são NORMAIS, não se 
trata de nenhuma doença 
CABEÇA 
- Os ossos da cabeça não são 
completamente fundidos porque existe a 
fontanela bregmática, que se funde depois 
do primeiro ano de vida quando começa a 
fundição dos ossos. Eles continuam a 
crescer de tamanho acompanhando o 
tamanho do cérebro, mas não mais com a 
fontanela (por conta dela que uma criança 
com hidrocefalia tem a cabeça muito 
maior do que um adulto com a mesma 
patologia) 
- A proporção cabeça-corpo é diferente - 
cabeça maior para o corpo 
- A cabeça maior gera mais peso. A cabeça 
pesa para frente ou para trás. 
Potencializa-se quando ela ainda não tem 
controle de cabeça. (Risco de 
tamponamento da via aérea, respirar com 
pescoço flexionado é mais difícil – tem que 
ficar atento ao posicionamento da 
criança) 
 
LÍNGUA 
 
- A língua é maior em relação a cavidade 
oral (diferente de hiperglossia – aumento 
do tamanho da língua) 
- É maior comparada ao palato, completa e 
preenche quase totalmente a cavidade 
oral, ficando, geralmente, mais a 
posterior – ela não respira pela boca 
- A língua promove a obstrução da 
cavidade oral potencializada 
principalmente pelo DD 
GLOTE E EPIGLOTE 
- A inserção da glote e epiglote 
- A criança tem as vias aéreas muito 
próximas 
- Proximidade das estruturas 
- Na criança, a glote se insere em C3, 
enquanto que no adulto ela se insere em 
C7, isso faz com que não passe ar pela 
boca, apenas pelo nariz 
- Essa proximidade das estruturas faz com 
que ela só tenha uma via respiratória– a 
via nasal 
- A grande importância da fisioterapia 
respiratória – o bebê gripado é pior do 
que o adulto gripado porque até o 4º mês 
de vida, o bebê respira unicamente pelo 
nariz (respirador nasal) 
- A partir do 4º ao 6º mês de vida, a 
epiglote está mais baixa e tem a 
capacidade de quando estiver com nariz 
entupido, respirar pela boca 
- Bebê RN é difícil para comer e respirar 
(mama em apnéia, descansa e volta a 
mamar) dificulta o controle da 
respiração-deglutição 
 
MANDÍBULA 
- Mandíbula mais arredondada, onde 
repousa a língua e interfere na 
amamentação 
- A mandíbula passa a ser menos 
arredondada, facilitando a alimentação, 
deglutição e possivelmente a fala 
 
@ritmodefisio_
VIAS AÉRAS 
- Via aérea é menor e mais fina, estreita, 
mais susceptível a obstrução (não só por 
secreção, mas questão inflamatória – 
edema na mucosa por exemplo) 
- Quando se tem uma via aérea mais fina, a 
forma de respirar é mais difícil pois tem 
relação com a resistência do ar (via aérea 
do adulto – mangueira do bombeiro, via 
aérea da criança – canudo) 
- No adulto o ar passa com mais facilidade, 
enquanto que na criança é com mais 
dificuldade - a resistência da via aérea da 
criança é bem maior que a do adulto 
TRAQUÉIA 
- A traqueia é composta de anéis 
cartilaginosos – na criança é muito mais 
maleável do que no adulto, por isso a 
criança evidencia mais barulhos em 
decorrência da obstrução da traqueia 
- Primeiro porque é mais maleável, mais 
susceptível ao colapso e também porque o 
tamanho e diâmetro são menores 
- Diâmetro pode chegar de 2 a 4 mm 
- Paciente entubado, sonda pequena e fina 
para aspiração, atinge a carina mais 
rapidamente, o limite é muito menor do 
que no adulto 
- Quanto menor a traqueia, menor o 
diâmetro, maior risco de lesão 
 
TÓRAX 
 
- O tórax tem a forma mais ovalada, 
diâmetro AP e LL são mais parecidos, 
devido as costelas serem mais 
horizontalizadas 
- Quando respiramos, as costelas se elevam 
(temos o pulmão, suas pleuras – pleural 
visceral grudada ao pulmão, pleura 
parietal grudada nas costelas), o 
diafragma levanta as costelas junto com 
intercostais internos e externos 
- Quando inspira manda um estímulo 
nervoso para os músculos que vão 
contrair e vão elevar as costelas – puxa as 
pleuras e pulmão, o ar entra 
- Na expiração normal, os músculos vão 
relaxar junto com as costelas – empurra 
as pleuras, aperta o pulmão, o ar sai 
- Essa dinâmica torna-se eficaz a partir do 
momento que tem um torque para a 
costela expandir e relaxar 
- O torque da costela, a movimentação dela 
nisso, se chama alça de balde 
- Esse torque na criança é bem menor – a 
pressão que consegue gerar pra entrar um 
volume de ar é muito maior no adulto do 
que na criança 
- A costela mais horizontalizada e a costela 
mais cartilaginosa dificulta o processo de 
entrada de ar quando comparada ao 
adulto 
- No adulto a costela é mais rígida, na 
criança é mais cartilaginosa 
- O músculo se insere na costela, quando 
ele precisa ser acionado de forma mais 
efetiva, a costela mais rígida consegue 
suportar melhor 
- Quando em desconforto respiratório – 
aciona o músculo mais fortemente, 
aumentando a FR – a costela ao invés de 
servir como ponto fixo, ela deforma ao 
invés de ajudar na função muscular, 
comprime 
- Essas características tem impacto quando 
a criança fica doente, principalmente em 
prematuros 
- Maturação pulmonar de 7 a 8 anos de 
idade 
- Pensando nas fases do desenvolvimento 
respiratório (embrionária, 
pseudoglanular, canicular, sacolar e 
alveolar) 
 
 
PULMÃO 
 
- Dentro do pulmão, as estruturas estão 
todas em desenvolvimento 
@ritmodefisio_
- Menor em tamanho e em quantidade de 
estruturas 
- Nem tudo que faz no adulto da pra fazer 
na criança 
- Recrutamento alveolar – manda pressão a 
mais do que a pressão fisiológica que nós 
já temos 
- Pra manter os alvéolos abertos tem a 
pressão inspiratória positiva final – é 5 em 
todo mundo em qualquer idade 
- Quando há atelectasia, derrame pleural, 
recruta as unidades que estão fechadas, 
mandando mais pressão pra abrir essas 
áreas 
- Na criança não pode fazer assim, porque 
não tem o que recrutar 
- A criança termo tem em média 20-50 
milhões, no adulto mais de 300 milhões de 
alvéolos 
- A função do alvéolo é a troca gasosa e 
depósito de ar – capacidade residual 
funcional (quanto mais alvéolo se tem, 
maior quantidade de ar, consequentemente 
maior volume vai gerar) 
- Volume pulmonar da criança é diferente 
do volume pulmonar do adulto, porque 
tem menos lugar para armazenar ar 
- Quando o paciente (adulto) tem alguma 
infecção respiratória ele tem reserva para 
suprir a demanda respiratória, na criança 
não – não tem reserva de O2 na mesma 
proporção que o adulto, tem uma 
musculatura menos susceptível a fadiga 
como a do adulto, menor quantidade de 
fibra do tipo I, resistente à fadiga 
- Entra em insuficiência respiratória com 
mais facilidade do que o adulto 
- Sinais do desconforto respiratório, 
começam de baixo para cima: tiragem 
subdiafragmática (marcar a linha do 
diafragma), tiragem intercostal (marcar 
ao espaço entre as costelas), retração 
esternal (o esterno começa a deformar, 
por conta da característica cartilaginosa), 
retração de fúrcula e aleteo nasal 
- Tudo que ela utiliza para colocar ar para 
dentro 
- Em criança tudo evolui muito rápido 
- As técnicas manuais tendem a ser mais 
efetivas por conta dessas características 
- A FR de adulto é de 12-20 ipm, a da 
criança é de 30-50 ipm 
- Saturação de O2 é de 96-98% em adulto e 
em criança 
- Ela precisa ter a FR mais elevada pra que 
aumente a velocidade que o ar chega no 
pulmão para conseguir manter o nível de 
O2 igual do adulto 
- Ela aumenta a FR para poder compensar 
a menor quantidade de alvéolos 
- Para conseguir oxigenar, precisa botar 
mais O2 para dentro e por isso tem que 
respirar mais rápido 
- Quanto menor a criança, maior a FR, 
porque tem menor quantidade de alvéolos 
- Conforme ela vai crescendo a FR vai 
diminuindo por aumentar a quantidade de 
alvéolos 
- Hipoxemia, hipóxia no adulto e na criança 
são valores muito próximos, porque a 
concentração de O2 precisa ser a mesma 
- Volume corrente é a quantidade de ar que 
você inspira e expira (entra e sai) 
- Volume corrente na criança é menor do 
que no adulto porque ela tem menos lugar 
para caber ar 
 
COMPLACÊNCIA 
- Complacência é a capacidade do pulmão 
se distender e retornar á posição, 
relacionada a elastância 
- Quanto mais elástico, maior a capacidade 
de se distender e retornar a posição inicial 
- Destaca-se a complacência da caixa 
torácica e do pulmão 
- Complacência da caixa torácica: é alta, 
porque é mais cartilaginosa, mais 
maleável 
- Complacência do pulmão: é menor. Se tem 
menor quantidade de alvéolos, menor 
local para guardar, pulmão se distende 
menos 
@ritmodefisio_
- É normal, mas em uma situação isso se 
torna desvantajoso, porque um pulmão 
mais rígido com uma caixa torácica mais 
mole o ar não entra muito bem 
- Diante de um desconforto respiratório, a 
caixa vai deformar, e não entra ar 
suficiente no pulmão, gerando menor 
capacidade residual funcional – 
quantidade de alvéolos preenchidos por ar 
- Para compensar tudo isso, ela precisa 
aumentar a FR 
- No adulto é o contrário, caixa torácica 
mais rígida e pulmão mais complacente, o 
ar entra com mais facilidade 
- Enquanto ele está saudável, ele lida com 
tudo de forma normal, tem problema 
quando ele tem algum acometimento 
RESISTÊNCIA 
- Resistência de via aérea superior é maior 
porque a via aérea é menor e mais fina 
- Resistência de via aérea inferior é maior 
pela estrutura anatomofisiológica e 
porque é menor, mais fina 
 
VENTILAÇÃO COLATERAL 
 
- Os nossos alvéolos, bronquíolos e 
brônquiossão interligados, o que significa 
que se tem uma obstrução em qualquer 
parte, os alvéolos são “colegas”, 
conseguem se comunicar 
- Se comunicam através de três locais: 
alvéolo-alvéolo (Poros de Kohn), 
bronquíolo-alvéolo (Canais de Lambert), 
bronquíolo-bronquíolo (Canais de Martin) 
- Se não tem essa comunicação entre os 
canais, se houver uma obstrução em 
alguma região, o alvéolo vai colabar 
(atelectasia), porque vai ser prejudicado 
- E o alvéolo que está bom, vai continuar 
recebendo volume, e ele pode se 
hiperdistender 
- Já tem pouco alvéolo, o que tinha colabou, 
a oxigenação vai diminuir porque não tem 
área pra trocar o O2 
- Um bebê a partir de 2 anos de idade 
(surgem Poros de Kohn) – em uma 
obstrução, o ar vai passar e vai para o 
outro alvéolo e através dos Poros de Kohn 
ele vai dar para o alvéolo que está com a 
obstrução 
- A chance de ter atelectasia, quando 
começa a ter ventilação colateral, é menor 
- Isso também justifica a questão de fazer 
um recrutamento alveolar: se não tem 
esses elementos, quando faz o 
recrutamento, aumenta a pressão e o 
alvéolo cada vez mais vai hiperdistender, e 
ele dessa forma não vai ser um alvéolo 
funcional 
- Espaço morto: tem o anatômico e o 
patológico 
- O espaço morto anatômico é a área do 
pulmão onde o ar passa e não tem a troca 
gasosa (nariz, faringe, laringe, traqueia, 
brônquios principais), pois não tem área 
de troca gasosa 
- O espaço morto patológico tem a ver com 
ventilação-perfusão: o alvéolo é ventilado, 
mas não é perfundido 
- O alvéolo hiperdistendido vai pressionar o 
capilar e não vai conseguir fazer troca 
gasosa, até tem ar mas não tem sangue 
pra trocar O2 com CO2, o espaço é 
ventilado mas não é perfundido 
- Espaço shunt: o espaço que não é 
ventilado mas é perfundido, não tem ar 
mas tem sangue passando 
- A criança pode ter os dois fenômenos a 
depender da doença que ela foi acometida 
- Se tem o espaço morto significa que ela 
tem um alvéolo hiperdistendido, comprime 
o capilar e não consegue fazer troca 
gasosa 
- No shunt tem sangue passando (perfusão) 
mas não tem ventilação, porque o alvéolo 
está colabado 
- Poros de Kohn: começam a se formar a 
partir de 2 anos 
- Canais de Lambert e Martin começam a se 
formar de 4 a 6 anos 
- Lembrando que é algo gradativo, com 2 
anos tem uma quantidade suficiente para 
@ritmodefisio_
dizer que tem uma formação deles, e a 
partir daí os outros canais 
- Asma é uma doença em que vai ter áreas 
tanto de shunt quanto de espaço morto, 
principalmente nas crianças menores de 2 
anos 
- Abaixo de 2 anos não chama de asma, 
chama-se de lactente sibilante. O 
diagnóstico só é fechado a partir dos 2 
anos que é quando mantém esse 
desconforto mesmo com ventilação 
colateral 
- É uma doença inflamatória que vai 
diminuir o diâmetro, calibre da via aérea 
do paciente principalmente a nível de 
brônquios 
- No paciente com asma na fase aguda, a 
fisio não tem muita atuação porque o que 
vai diminuir a bronconstricção é a 
medicação broncodilatadora 
- Depois disso, passando essa fase (além da 
bronconstricção, tem o aumento da 
produção de secreção) começa a ter áreas 
obstruídas e a fisio vem para remover essa 
secreção 
- É uma doença em que o paciente tem 
dificuldade de exalar o ar, ele fica com o 
pulmão “armado” – técnicas para 
diminuir essa hiperinsuflação pulmonar 
- Atuamos na fase subaguda 
SEIOS PARANASAIS 
- Extensões da cavidade nasal, originárias da 
cápsula nasal, após invaginação do epitélio 
nasal para os ossos craniofaciais. 
- Início do desenvolvimento aos 2 meses de vida 
intrauterina. 
- Crescimento lento no período fetal, acelerando-
se após o nascimento em estirões de 
crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@ritmodefisio_
TÉCNICAS EM RESPIRATÓRIA 
TÉCNICAS CONVENCIONAIS 
As técnicas convencionais não são proibidas, 
porém em pediatria não é eficaz como é em adulto 
devido às particularidades anatomofisiológicas, e 
na maioria das vezes traz mais malefício do que 
benefício. 
Indicadas para aumento na produção/acúmulo de 
secreções, facilitar reexpansão pulmonar, 
melhorar oxigenação e trocas gasosas. 
Objetivos: Prevenção/redução das consequências 
decorrentes da obstrução por secreção. 
Hiperinsuflação /Atelectasia; Alteração da V/Q; 
Aumento do trabalho respiratório 
o Tosse provocada 
- A tosse provocada é feita pegando numa 
região da fúrcula esternal e faz uma 
pressão para dentro e para o lado 
- Como todo reflexo não dá para ser feito 
toda hora, porque chega uma hora que vai 
esgotar o reflexo e não é agradável de ser 
feito 
- É a única que utiliza os mesmos princípios 
do adulto, porém não faz estímulo de tosse 
provocada em RN, principalmente no 
prematuro 
- Porque nessa região do pescoço as 
estruturas são muito próximas e o mínimo 
de pressão que se faça pode ser suficiente 
para lesionar a traqueia e provocar o 
colabamento da estrutura 
- Existe uma fórmula de estimular a tosse 
(não é comprovado na literatura), é o 
estímulo na região atrás da língua, lá 
onde passa o siso, porque naquela região 
deflagra um pouco de náusea e um pouco 
de tosse 
- Normalmente só estimula tosse em região 
de fúrcula em bebês acima de 2-3 meses 
de idade 
- Abaixo disso, malefícios são maiores do 
que benefícios 
- Caso o bebê esteja entubado, na hora que 
encosta a sonda na carina para aspirar, 
tem receptores de tosse lá e então ele tosse 
(só faz a partir da aspiração) 
- Só faz com paciente em ventilação 
espontânea e que não esteja com suporte 
invasivo 
- É o único que continua aplicando em 
pediatria, no entanto com algumas 
limitações 
 
o Tapotagem 
- Os objetivos das técnicas manuais, 
independente de ser convencional ou não, 
são: THB (técnica de higiene brônquica), 
melhorar a ventilação-perfusão (quando 
melhora a entrada e saída de ar, 
automaticamente melhora a oxigenação, 
a ventilação e a perfusão), e promover a 
reexpansão pulmonar (TEP – terapia de 
expansão pulmonar) 
- De uma forma geral, a maioria das 
técnicas tem esses três objetivos. Um 
objetivo está ligado a outro, se tem quadro 
secretivo, vai diminuir ventilação, que 
diminui troca gasosa, que diminuiu 
expansão pulmonar 
- Se faz uma técnica para higiene 
brônquica, tira a secreção e melhora 
ventilação, troca gasosa e melhora 
expansão 
- É uma técnica que consiste em pequenos 
golpes com a mão em forma de concha no 
tórax da criança 
- Caixa torácica tem maior complacência 
(costelas mais cartilaginosas) e pulmão é 
mais rígido, menos complacente 
- O objetivo da tapotagem é que com esses 
socos eu consiga propagar energia da 
caixa torácica para o pulmão para que a 
secreção solte 
- Quando faz no adulto bate numa costela 
mais dura, a energia é propagada para o 
pulmão mole, que ressoa e faz com que a 
secreção seja solta 
- No adulto é compatível com a estrutura 
anatomofisiológica, na criança não 
- Na criança vai deformar o tórax mas a 
secreção não vai soltar 
- Não se faz em RN 
- Se caso for utilizar a técnica tem que fazer 
numa criança com a estrutura mais 
próxima da de um adulto. Aquelas abaixo 
de 2 anos ainda têm uma estrutura muito 
mais cartilaginosa 
- Estudos antigos já trazem que essas 
técnicas convencionais em ped não trazem 
@ritmodefisio_
benefícios, mas sim malefícios para a 
criança, como aumento do estresse, da 
FR, FC, diminuição da saturação, 
aumento do refluxo gastroesofágico – 
quando se fala em drenagem postural 
 
o Drenagem postural 
- Drenar através da postura 
- Consiste em posicionar a criança de 
forma que consiga drenar a secreção que 
está no pulmão 
- Posiciona de forma que a secreção 
escorra até uma via aérea de maior 
calibre para que ela consiga tossir, 
expectorar ou engolir 
- A secreção tem uma característica mais 
viscosa, não é algo que “virou e eladesce” 
- Nossa via aérea não é reta, é cheio de 
entranhas 
- Para que a secreção chegue à região de 
brônquio, fonte e traqueia ela precisa 
percorrer um caminho para ser drenada 
- A literatura diz que para que a secreção 
escorra, o paciente tem que ficar na 
mesma posição de 30 a 60 minutos para a 
drenagem ocorra (estressante e 
complicado para fazer em criança) - bebê 
fica posicionado na maca em DL, pelve 
levemente rodada para frente, tronco 
levemente rodado para trás, braço na 
região atrás da orelha por 30-60 minutos 
sem se mexer 
- O que se utiliza hoje de drenagem 
postural são os posicionamentos 
associados a outras técnicas – pode 
utilizar a AFE com o posicionamento da 
drenagem postural para otimizar a 
técnica – pode utilizar a drenagem 
postural como posicionamento após a 
fisioterapia para ajudar na melhora da 
ventilação do pulmão 
- Como técnica para remoção de secreção 
não utiliza mais, mas utiliza os princípios 
para associar com outras técnicas 
- Posicionamento em Trendelemburg – a 
criança vai ficar com a cabeça abaixo do 
nível dos MMSS – um bebê prematuro 
jamais pode ficar nessa posição pelo risco 
de hemorragia perintraventricular é 
enorme – aumenta demais pressão 
intracraniana e piora o quadro clínico, e 
a criança também tem imaturidade 
pilórica com risco de refluxo 
gastroesofágico e broncoaspiração 
- Existem posicionamentos de drenagem 
que nem como posicionamento utiliza por 
conta dos riscos em pediatria 
 
 
o Fribrocompressão ou vibração 
- Consiste em um movimento oscilatório de 
alta frequência realizado pelo 
fisioterapeuta no tórax da criança 
- A vibração é só uma contração 
concêntrica dos músculos do braço 
- O problema disso é que tem mesmo 
princípio da tapotagem, a frequência da 
vibração tem que ser alta para vibrar o 
suficiente para soltar a secreção 
- Precisa de muito tempo para soltar a 
secreção de um pulmão rígido com a 
caixa torácica mole, dificilmente 
consegue 
- Os vibradores são mais utilizados com o 
objetivo de relaxamento da musculatura – 
ex. paciente com asma tem a musculatura 
mais tensa porque utiliza mais, mas não 
tem objetivo de tirar secreção 
- A eficácia é pouco diante do trabalho do 
fisioterapeuta para fazer 
- A vibração torna-se mais eficaz quando 
associado á compressão 
- Exceto a tosse provocada, a 
vibrocompressão ainda pode utilizar 
associando a outras técnicas 
- O benefício é mínimo 
@ritmodefisio_
 
 
TÉCNICAS ATUAIS 
o DRR + i 
- Drenagem rinofaríngea retrógrada 
- Ao invés da secreção sair ela vai voltar 
- Divide as técnicas em 2 grupos: 
INSPIRATÓRIAS E EXPIRATÓRIAS – a 
inspiratória faz no momento da 
inspiração e a expiratória no momento da 
expiração do paciente 
- É uma técnica INSPIRATÓRIA porque 
utiliza a inspiração 
- A INS e EX podem ser feitas de forma 
rápida e lenta – a diferença é a velocidade 
do fluxo que o paciente vai ter 
- Essa é de forma rápida 
- O objetivo da DRR + i é retirar secreção 
de via aérea superior (rinofaringe) para 
que essa secreção vá para a garganta, ou 
ele cospe ou engole 
- Quando engole a secreção não vai para o 
pulmão, sai no cocozinho 
- A única desvantagem de engolir a 
secreção é que o estômago vai entender 
como uma comida, secreção é proteína, a 
criança pode acabar perdendo a fome 
(por isso que quando estamos gripados, 
ficamos sem apetite e nauseado) 
- A técnica é feita da seguinte forma: 
- Todas as técnicas têm a cabeceira elevada 
a no mínimo 30° 
- Fica ao lado do paciente, mão ou dedo, no 
casos pequenos demais, direita na base da 
língua (forçando a criança a fazer a 
inspiração, fechando a boca para que o 
fluxo de ar seja só pelo nariz), nos bebês 
abaixo de 4 meses faz isso só para 
otimizar a técnica porque eles ainda só 
respiram pelo nariz mesmo - fluxo lento 
dificilmente vai conseguir carrear a 
secreção - a técnica faz com que a 
criança faça uma ins forçada 
- Como a criança provavelmente vai estar 
inquieta, ou pede para os pais 
estabilizarem ou faz charutinho 
- Mão esquerda na cabeça só para 
estabilizar e um dos dedos vai tapar uma 
das narinas, direcionando o fluxo (narina 
direita ou esquerda) 
- Faz a técnica quando ela for inspirar, 
oclui a mandíbula e segura uma das 
narinas, ai ela vai puxar por uma narina 
só 
- A DRR + i é com a instilação de soro ou 
medicamento (salsep, etc) 
- Se a obstrução é na narina esquerda, 
coloca o soro na narina esquerda e oclui 
a narina direita, sempre oclui a narina 
contralateral do que quer higienizar 
- Pode fazer as duas de uma só vez se 
quiser, sem ocluir nenhuma das narinas, 
só não pode ocluir as duas, obviamente 
- Serve para higienizar a via aérea superior 
- A técnica é o conjunto dessas ações, não é 
só a higiene nasal 
- Em crianças menores é feito de forma 
passiva, em crianças maiores, já faz de 
forma ativa ou ativa assistida, orientando 
- Pode fazer a técnica sentado também 
- Quando já tem a dentição, optamos por, 
ao invés de fechar com a força do dedo, 
colocar parte da mão na base da língua e 
oclui a boca em si, travando mandíbula 
junto com a boca – é importante explicar 
para os pais 
- Com instilação em bebês RN utiliza 
seringa de 1 ml, bem fininha de insulina, 
e acaba indo logo pra garganta, que é a 
intenção 
- Conforme vai crescendo, aumenta. Soro 
não faz mal. Coloca até em média 60 ml 
de soro, mas depende da necessidade, ter 
cuidado para não entrar por um lado e 
sair pelo outro, porque ai é só a higiene 
nasal 
- Com volume maior tem preferência em 
fazer com o bebê sentado 
- Soro funciona como um carreador da 
secreção 
- Tem que ser de forma rápida 
- Criança menor faz em fluxo menor 
- Coloca o soro, depois vai pra técnica 
- Ele tem que estar elevado, mas se ele 
sufocar, por algum motivo, posiciona de 
lado, nunca puxa de frente 
@ritmodefisio_
- Deve fazer antes das mamadas, pode 
ensinar a mãe, nunca após para não 
vomitar 
- Não precisa ser feito todos os dias 
 
 
o AFE 
- É uma técnica expiratória 
- É o AUMENTO DO FLUXO 
EXPIRATÓRIO (AFE), aumento ou 
aceleração 
- Técnica pode ser feita de forma lenta ou 
rápida 
- Tem o objetivo de mobilizar e carrear a 
secreção do pulmão 
- Como consequência disso vai ter melhora 
da ventilação, da oxigenação e da 
expansão pulmonar 
- Realiza na fase expiratória, no plator 
inspiratório, ou seja, no exato momento 
em que inicia a expiração 
- As técnicas rápidas e lentas têm o mesmo 
objetivo, carrear secreção 
- Quando a secreção está a nível mais 
periférico (mais distal) usa a lenta para 
chegar até via aérea de maior calibre, pra 
que possa fazer uma rápida e ele 
expectore 
- Quando a secreção está mais proximal, 
usa a rápida 
- A ausculta nos direciona para onde está a 
secreção 
- Vias aéreas mais finas (distais) pode 
auscultar tanto sibilo quanto crepitação 
- Numa via aérea mais proximal, pode 
auscultar roncos e sibilos 
- O posicionamento da mão na AFE é uma 
mão em região torácica (na linha mamilar 
do paciente e vai abraçar o tórax, porque 
osso com osso dói, e não pode gerar dor 
na técnica, mão relaxada, tem que 
acoplar o tórax) e outra abdominal 
(últimas costelas, cicatriz umbilical) 
- Mão torácica vai fazer uma pressão para 
dentro e pra baixo e a mão abdominal vai 
fazer uma pressão para dentro e para 
cima, de forma que as mãos vão se 
encontrar, a compressão é feita de forma 
simultânea (lenta e rápida controla nessa 
hora, tem o mesmo posicionamento, só 
muda a velocidade) 
- As atuais são eficazes porque usamos ao 
nosso favor as características 
anatomofisiológicas do bebê 
- Quando espreme caixa torácica, espreme 
o pulmão junto e então carreia a secreção, 
não consegue no adulto porque a caixa 
torácica é rígida 
- Avisar aos pais, parece que deforma o 
tórax, mas é por isso que funciona(não 
dói porque a costela é cartilaginosa) 
- Não está fazendo um movimento 
antifisiológico, utiliza-se da própria 
respiração dele 
- Quando espreme o pulmão, a secreção saí 
porque a gente gera fluxo, empurrando a 
secreção para cima 
 
o ELPr 
- Técnica EXPIRATÓRIA e lenta, só tem a 
opção de ser lenta 
- Expiração Lenta e Prolongada, significa 
que vai prolongar a expiração de forma 
lenta 
- É feita do meio para o final da expiração 
- Posicionamento das mãos e a direção da 
pressão exercida por ela é a mesma que é 
na AFE 
- Tem como objetivo a remoção de secreção 
da região mais periférica por ser uma 
técnica lenta, mas tem um benefício a mais 
do que na AFE, que é a desinsuflação 
pulmonar 
- A mão vai fazer a compressão da metade 
pro final da EXP e vai manter comprimido 
de 2 a 3 ciclos, a criança vai respirar em 
baixo da minha mão, quando ela for fazer 
@ritmodefisio_
a 4ª respiração, liberando para respirar, 
deixando de comprimir 
- Tem relação com a desinsuflação 
- Prolonga a expiração de modo que faça 
com que o ar que está levando a uma 
hiperinsuflação (pulmão armado), 
consiga ser todo eliminado e seja 
renovado, evitando a hiperinsuflação 
- O benefício da ELPr em relação a AFE é 
nas crianças que tenha quadro de 
hiperinsuflação pulmonar 
- Os pequenos com bronquiolite que não 
tem a ventilação colateral, onde pode ter 
alvéolo atelectasiado, hiperinsuflado, 
tende a ficar com o pulmão armado 
- Vai julgar se é lenta ou rápida e a técnica 
diante do quadro clínico dele 
- Faz conforme a necessidade da criança, a 
ausculta diz qual técnica e quantas vezes 
vai ser necessário 
- Sentindo que a secreção subiu, para ELPr 
e faz AFE rápida 
- Fez a técnica, se ela tossiu antes da rápida 
não tem porque fazer a rápida já que a 
tosse é uma rápida, auscultou, ta ok, 
parou 
- Tem que levar em consideração que está 
falando de criança que não tem 
maturidade pulmonar e fadiga com 
facilidade 
- As vezes vai fazer várias vezes e a criança 
não vai responder da forma que a gente 
imagina, se ta vendo que ela está exaurida 
mas melhorou um pouco a saturação, a 
ausculta e o quadro clínico, pára para 
não piorar o quadro clínico e em um 
segundo atendimento faz novamente 
- Se for uma criança muito cheia de 
secreção atende diariamente, se for uma 
criança mais ou menos atende 3 vezes por 
semana, depende do quanto ela esteja 
comprometida 
- Na enfermaria de 2 a 3 vezes, na UTI o 
quanto for necessário 
- Todas as técnicas manuais podem ser 
associadas 
- Geralmente sempre começa com higiene 
de via aérea superior, DRR + i, a não ser 
que ela não esteja com obstrução 
- Se tiver secreção de via aérea periférica 
pode ser AFE lenta ou ELPr 
- Se tiver com uma hiperinsuflação pode 
começar com ELPr e depois ir pra AFE ou 
ficar na ELPr 
 
o DA/DAM/DAA 
- Drenagem autógena (DA) por si só é uma 
técnica que foi criada para crianças que 
tivesse um nível cognitivo suficiente para 
entender o que é INS e o que é EX, porque 
é uma técnica que exige do paciente um 
controle da INS e da EX 
- A drenagem autógena assim como as 
outras técnicas, vai utilizar do fluxo 
respiratório para carrear a secreção, 
horas ins e horas ex 
- É uma técnica INSPIRATÓRIA e 
EXPIRATÓRIA 
- Em geral é uma técnica mais ativa porque 
a própria criança que vai controlar a 
respiração 
- Existe um ciclo, primeiro ela INSPIRA e 
depois pausa e EXPIRA e vai sentindo a 
secreção se mobilizando até que ela possa 
expectorar 
- Quando viram que estava muito difícil, 
facilitaram a técnica, criando a DAM 
(drenagem autógena modificada) 
- Modificaram o controle horas ins – ex e 
pausa – tosse para que ela entenda melhor 
(algumas pessoas acham que acabou 
ficando mais difícil porque tem mais 
comandos) - é uma técnica que não se 
aplica a bebês que não tem nível de 
compreensão 
- Para crianças maiores é muito bom, 
podendo fazer inclusive em adultos 
- Ela tem muitos benefícios porque através 
do controle da respiração ela consegue 
carrear a secreção, então se criou a DAA 
(drenagem autógena assistida), que é a 
junção de duas técnicas: princípios da 
AFE com os da ELPr e juntou 
- Muito utilizada em RN, principalmente 
nos prematuros 
@ritmodefisio_
- É uma técnica muito eficaz que utiliza a 
respiração do neonato associado a uma 
compressão para a remoção de secreção 
- EM NEO, RN, NÃO UTILIZA TÉCNICAS 
RÁPIDAS, não faz AFE rápida em RN, 
comente técnicas lentas a nível pulmonar 
- A única rápida que utiliza em RN é a DRR 
- NO RN NÃO FAZ COMPRESSÃO 
ABDOMINAL, SOMENTE TORÁCICA 
(ou seja, ELPr não pode usar, porque 
exige uma compressão abdominal) 
- A AFE pode usar porque tem vários tipos 
(unilateral, 2 tempos, com a mão em 
ponte) o princípio é o mesmo, só modifica 
como vai fazer 
- No caso da AFE para o NEONATO ou 
prematuro, a mão abdominal funciona 
apenas como uma cinta nas últimas 
costelas, estabilizando – a única mão que 
faz a compressão é a mão torácica 
- A mão no abdômen precisa ser colocada 
porque, em uma costela mole, quando 
apertamos em cima, a costela abre em 
baixo, então para que ela não abra e não 
aumente a pressão abdominal, perdendo a 
força da manobra, a gente estabiliza e 
apoia o abdômen para que a pressão seja 
exercida no tórax 
- Então, EM NEO NÃO UTILIZA MÃO 
ABDOMINAL COMO COMPRESSÃO, 
APENAS COMO ESTABILIZAÇÃO 
- A DAA é uma junção de ELPr com a AFE, 
utilizando os dois princípios 
- Todas as técnicas que usa em NEO pode 
utilizar para PED, mas nem todas de PED 
podemos usar em NEO 
- A DAA consiste em: paciente elevado a 
30° - na incubadora pode elevar a placa 
em baixo do colchão, se não tiver, coloca 
uma compressa para que o colchão fique 
mais elevado 
- Mão torácica na mesma 
localização, abraçando o tórax (em 
bebês muito pequenininhos 
adaptamos a mão de acordo com o 
tórax dele, colocamos apenas 
alguns dedos, porque as mãos 
precisam ter espaço entre elas para 
que no final se encontrem) 
- Os eletrodos geralmente são de adesivo, e 
não machucam, então não interfere na 
manobra, tem que ter cuidado – mão 
abdominal não comprime, questão do 
umbigo 
- Se o eletrodo for daqueles que parecem 
uma pinça, tem que tirar o eletrodo 
durante a manobra, mantém o do O2, 
porque você consegue ver através deles 
FR e saturação e ela não pode ficar 
completamente desmonitorizada 
- Mão abdominal como cinta – porque RN 
tem aumento do risco de pressão intra-
abdominal, que impacta diretamente nas 
vísceras 
- Geralmente começa a fazer essa 
compressão acima de 2 meses, porque as 
vezes o bebê que nasceu prematuro 
extremo na idade corrigida “acabou de 
nascer” 
- A DAA faz a compressão torácica 
inicialmente no início da EXPIRAÇÃO, 
no plator inspiratório 
- Então utiliza os princípios da ELPr para 
chegar até o volume de reserva funcional, 
que é a compressão sustentada 
- A diferença da ELPr para a DAA é que ao 
invés de comprimir de uma vez só, vai 
comprimindo a expiração a cada ciclo e 
depois solta – são de 2 a 3 ciclos e então 
solta 
- A AFE em ponte, que é a AFE lenta que 
utilizamos em RN, a mão abdominal 
também não mexe 
- A diferença de repetições dessas técnicas 
é que o RN é menos tolerante, não ficamos 
muito tempo manobrando porque ele 
responde mais rápido também 
 
• Essas técnicas não devem ser feitas em 
casos de: 
- Fratura de costelas 
- Osteopenia 
- Instabilidade hemodinâmica do tipo 
arritmias, que a compressão possa levar a 
alguma alteração 
@ritmodefisio_
- Aumento de pressão intracraniana, 
instável 
- Cirurgia cardíaca, dependendo a fase (se 
abriu esterno e fechou esterno não faz, 
correndo risco de perda da fixação e dor 
intensa) 
- Utilização do dreno (depende, as vezes é 
indicado o manuseio, não faz no local 
onde o dreno está porque dói) manuseia 
hemitórax – inclusivepaciente com dreno 
é indicado fazer, mas tem que ser com 
responsabilidade 
- Pneumotórax não drenado não pode fazer 
nada 
- Pneumotórax linear precisa ocorrer 
liberação médica para manuseio

Mais conteúdos dessa disciplina