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PSICOLOGIA E A ENFERMAGEM HOSPITALAR Imperatriz – MA 2023 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL MARANHÃO UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM PSICOLOGIA GERAL DOCENTE: PROF.ª ESP. ISABELA BRIZOLA R. BOTELHO. DISCENTES: ANA CAROLINA VIEIRA ABREU ANA CRISTINA DA SILVA RIBEIRO SOUSA PEDRO PAULO MONTEZE GONÇALVES WENDYELLE RIOS CORDEIRO REDE DE ATENÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE Definição: Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade). Hospitais gerais de grande porte, hospitais universitários, Santas Casas e unidades de ensino e pesquisa; Casos que não puderam ser atendidos na atenção primária ou na média complexidade da atenção especializada; PEDRO PAULO REDE DE ATENÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE Principais demandas de atendimento que compõem a alta complexidade do SUS, organizadas em redes são: assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos procedimentos de diálise); assistência ao paciente oncológico; cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; procedimentos da cardiologia intervencionista; procedimentos endo vasculares e extra cardíacos; laboratório de eletrofisiologia; assistência em tráumato-ortopedia; PEDRO PAULO MANEJO CLÍNICO AO ACOMETIDO POR COVID-19 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Individuo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos seguintes sinais e sintomas: Febre (mesmo que referida); calafrios, dor de garganta; Dor de cabeça; Tosse; Coriza; Distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos. WENDYELLE MANEJO CLÍNICO AO ACOMETIDO POR COVID-19 Entre as observações a serem destacadas, temos: Em crianças, além dos itens anteriores, considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnostico especifico. Em idosos, deve-se considerar sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência. Na suspeita da covid-19, a febre pode estar ausente e sintomas gastrointestinais (diarreia) podem estar presentes. WENDYELLE MANEJO CLÍNICO AO ACOMETIDO POR COVID-19 São sinais de alerta: dificuldade em respirar / falta de ar cianose labial ou periférica ofegante ao falar/ fala entrecortada tosse com sangue dor / pressão no peito (não associada à tosse) estado mental alterado ou Sonolência Grave incapacidade de comer / beber ou andar oximetria menor que 94% em ar ambiente, mudança significativa em comorbidades prévias WENDYELLE PSICOLOGIA E COVID-19 NO AMBITO HOSPITALAR A partir desses impactos causados pelo vírus da covid-19, foram percebidas consequências emocionais, sendo elas: medo do adoecimento e da morte em si, de perder as pessoas pelas quais se tem afeto e o distanciamento em si; das consequências referentes ao campo do trabalho, como ficar sem o emprego; exclusões sociais causadas pelos estigmas da doença e o medo de transmitir a doença para outras pessoas. ANA CAROLINA PSICOLOGIA E COVID-19 NO AMBITO HOSPITALAR No luto os familiares do paciente também são afetados, sofrendo junto e com a sensação de impotência, visto que não tem como amenizar a dor do enfermo. Durante a atuação das psicólogas é perceptível desafios inerentes ao ambiente hospitalar e à realidade pandêmica vivenciada. Para a atuação da psicologia no hospital, é importante que os(as)Psicólogos(as) compreendam os limites institucionais da sua atuação, cientes de que estes existem neste ambiente dinâmico e multiprofissional. ANA CAROLINA ENFERMAGEM E COVID-19 NO AMBITO HOPITALAR Controle de infecção, prevenção de transmissão para contatos e sinais de alerta para possíveis complicações; A presença de qualquer sinal de alerta deverá determinar retorno e hospitalização imediata do paciente. Aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais afebris), elevação ou recrudescência de febre ou sinais respiratórios, taquicardia, dor pleurítica, fadiga, dispneia, podem ser sinais de reinfecção. ANA CAROLINA ENFERMAGEM E COVID-19 NO AMBITO HOPITALAR É fundamental que os profissionais que realizam o manejo do paciente estejam protegidos da exposição a sangue e fluidos corporais infectados, objetos ou outras superfícies ambientais contaminadas. Hoje, a enfermagem em saúde mental exige que o enfermeiro esteja na posição de agente terapêutico. ANA CAROLINA ESTUDO DE CASO A.M.S.S., sexo feminino, 44 anos de idade, que se encontrava internada há 20 dias em um hospital de pequeno porte o qual tem leitos credenciados para atendimento de pacientes psiquiátricos. Foi encaminhada ao serviço pelo médico do CAPS I – Centro de Atenção Psicossocial – para tratamento psiquiátrico com diagnóstico de depressão e posteriormente feito o diagnóstico de esquizofrenia paranóide. Em entrevista com paciente, a mesma relata que precisou ser internada por motivo de ansiedade, tristeza profunda, crises de choro, medo e que apresentava alucinações auditivas, vozes de comando, que conversavam entre si, e que apenas uma dessas vozes interagia com a paciente mandando-a cometer suicídio e também porque apresentava alucinações visuais, “vultos escuros”, que a perseguia. Conta que sua primeira internação psiquiátrica ocorreu em janeiro de 2008e após passou por várias internações, foi internada por um período no Hospital Psiquiátrico Paulo Guedes de Caxias do Sul/RS. ANA CRISTINA ESTUDO DE CASO Ao exame do estado mental, apresentava-se consciente, norproséxica, referindo alucinações visuais e auditivas, orientada alo e auto psiquicamente, memória preservada, pensamento lógico, ansiosa, depressiva, delírio de perseguição e ideação suicída, juízo crítico prejudicado, insight insatisfatório, eulálica, hipoativa e hipotímica. Sinais vitais dentro dos parâmetros normais. Ao exame físico, pele com textura seca e descamação da região plantar, sujidade nas unhas dos pés e couro cabeludo e discreto edema em ambos os pés, com discretas lesões entre os dedos. A partir das informações obtidas no prontuário da paciente no hospital, entrevista, exame físico, exame das funções psíquicas e após estudo das patologias e medicações envolvidas foi realizado o levantamento de problemas e os diagnósticos de enfermagem com base em NANDA (2009/2011) e elaborado o plano de cuidados e as intervenções de enfermagem frente o paciente e familiares. ANA CRISTINA ESTUDO DE CASO Os diagnósticos elencados foram: Nutrição desequilibrada; padrão de sono prejudicado; estilo de vida sedentário; percepção sensorial perturbada; processos familiares disfuncionais; pesar complicado; tristeza crônica; integridade da pele prejudicada; conforto prejudicado; risco de suicídio; risco de violência direcionada a si mesmo; risco de síndrome do estresse por mudança; risco de sofrimento espiritual. ANA CRISTINA ESTUDO DE CASO O plano de cuidados e assistência de enfermagem sob orientação psicologica, foi elaborado com objetivo de incluir no cuidado, tanto equipe profissional, paciente quanto familiares: Estimular a injesta alimentar e hídrica Auto-cuidado Avaliar o risco de suicídio e sintomas psicóticos estimular a participação de grupos de socialização, oficinas e contato com outras pessoas Manter acompanhante 24 horas por dia remover do ambiente objetos que possam contribuir e provocar danos ao paciente Não reforçar as alucinações, devido as medicações usadas pela paciente, Orientar que após administração das mesmas mude lentamente de posição para minimizar a hipotensão postural uso de fibras para evitar constipação. ANA CRISTINA CONCLUSÃO O sofrimento psicológico causado pelo adoecimento e pela internação hospitalar já era percebido nos pacientes, nos seus familiares e nos profissionais de saúde antes da pandemia. Todavia, com atual contexto pandêmico, diante de tantas incertezas e mudanças repentinas, este sofrimento tem sido potencializado. Além disso, entendemos que o manejo das emoções que são desencadeadas no tratamento das pessoas deve estar fortemente relacionado aos estudos biológicos, defendemos o direcionamento do assunto para o campo acadêmico. ANA CRISTINA REFERÊNCIAS Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. FELDMAN, Robert S. Introdução à psicologia. AMGH Editora, 2015. DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora, 2018. KANTORSKI, Luciane Prado Saberes e estudos teóricos em enfermagem psiquiátrica e saúde mental. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 25, n. 3, p. 408-408, 2004. SERAFIM, Roseana Sá; DO BÚ, Emerson; NUNES, Aline Lima. Manual de diretrizes para atenção psicológica nos hospitais em tempos de combate ao Covid-19. Revista Saúde & Ciência, v. 9, n. 1, 2020. RIBEIRO, Eliane Gusmão; DOS REIS, Ivone Almeida da Silva; KUSTER, Kassieli Egert. A Psicologia e Práticas Psicoterápicas no Âmbito Hospitalar. Revista Enfermagem e Saúde Coletiva-REVESC, v. 7, n. 1, p. 2-12, 2022.