Prévia do material em texto
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 RINITES - É uma doença genética crônica que se apresenta por crises - É a inflamação e ou disfunção da mucosa de revestimento nasal, e é caracterizada por alguns dos sintomas nasais: Obstrução nasal Rinorréia anterior e posterior Espirros Prurido nasal Hiposmia - Geralmente ocorrem durante 2 ou + dias consecutivos por mais de 1h na maioria dos dias CLASSIFICAÇÃO: NÃO INFECCIOSAS: Rinite alérgica mais comum, induzida por inalação de alérgeno em indivíduos sensibilizados Rinite idiopática (vasomotora) Rinite medicamentosa Rinite por drogas Outras INFECCIOSAS: - Agudas, autolimitadas, causadas por vírus, e menos frequentemente por bactérias Rinites virais Rinites bacterianas Rinites específicas FUNÇÕES DO NARIZ: Estética Fonação Olfação Respiração Filtração Aquecimento Umidificação ANATOMIA: - O nariz é o segmento mais anterior do trato respiratório superior, juntamente com os seios paranasais - Pode ser dividido em: Nariz externo porção do nariz que surge da face, em forma de pirâmide, é composto por um esqueleto osteofibrocartilaginoso com base nos processos frontais e alveolares da maxila e nos ossos nasais Cavidade nasal tem uma base inferior larga (assoalho) e uma base superior estreita (teto), além de uma parede medial (septo) e uma parede lateral (orbital). Está subdividida pelo septo nasal em cavidades nasais direita e esquerda 1. Septo septo nasal ósseo é formado superior e posteriormente pela lâmina perpendicular do etmoide; ínferoanteriormente, pelo vômer, completados anteriormente pela cartilagem do septo, cartilagem quadrangular e espinha anterior da maxila 2. Parede lateral parede nasal lateral apresenta inúmeras saliências e depressões, através da presença de três importantes estruturas conhecidas como conchas, turbinas ou cornetos nasais. Anatomicamente, a concha inferior é um osso próprio, enquanto a concha média e a concha superior fazem parte do osso etmoidal. Lateralmente às conchas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 encontramos os respectivos meatos: superior, médio e inferior 3. Área olfatória No teto da cavidade nasal, nas porções superiores do septo e da parede lateral situa-se uma mucosa especializada, chamada olfatória. Ela contém ramos terminais do nervo olfatório, que passam através da lâmina crivosa do etmoide, para alcançar o bulbo olfatório FISIOLOGIA: - Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado CICLO NASAL: - Duração entre 2 e 6 horas RINITE: - Inflamação ou disfunção da mucosa de revestimento nasal - É caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes sintomas: Obstrução nasal Rinorréia anterior e posterior Espirros Prurido nasal Hiposmia - Geralmente ocorrem durante 2 ou + dias consecutivos por mais de 1h na maioria dos dias RINITE ALÉRGICA: - Inflamação da mucosa de revestimento nasal, mediada por IgE, após exposição a alérgenos, cujos sintomas são reversíveis espontaneamente ou com tratamento - Reação tipo I Gell e Coombs = sintomas + eosinófilos Aumento da permeabilidade vascular Edema mucoso Hipersecreção glandular Atração de eosinófilos (inflamação alérgica) QUADRO CLÍNICO: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 Coriza Obstrução nasal pode ser intermitente ou persistente, alternando com o ciclo nasal e mais acentuada a noite Prurido Espirros em salva - A rinite alérgica em geral se acompanha de prurido ocular e de lacrimejamento, podendo ocorrer também prurido no conduto auditivo externo, palato e faringe CARACTERÍSTICAS: Persistente Intermitente ANTÍGENOS: Poeira domiciliar (ácaros, fungos, restos de insetos, pelos, etc) Pólens DIAGNÓSTICO: - História clínica e antecedentes atópicos - Rinoscopia anterior Edema e hipertrofia de cornetos Coloração empalidecida Secreção aquosa - Citologia da secreção nasal Eosinófilos - Presença de IgE específica Teste cutâneo ou RAST positivos SINAIS CLÍNICOS: - Fácies atópica - Palidez de mucosa CITOLÓGICO NASAL: - Eosinofilia nasal NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 PESQUISA DE IGE ESPECÍFICA - In vivo - In vitro “RAST” COMPLICAÇÕES: OTITE MÉDIA SECRETORA: SINUSITE: RESPIRADOR BUCAL: Face longa e estreita Narinas pouco desenvolvidas Estreitamento da maxila Arco dentário em formato de “V” Palato ogival Mordida aberta Mordida cruzada posterior Inflamação gengival Posição baixa da língua NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 TRATAMENTO: - Medidas gerais: Higiene ambiental Lavagem nasal (soro fisiológico) - Medicamentos sintomáticos: Anti-histamínicos (prurido, espirros, coriza) Descongestionantes (sistêmicos e tópicos) Anticolinérgicos (coriza) - Medicamentos preventivos: Cromoglicato dissódico estabilizador de membrana de mastócito Antileucotrienos Corticosteroides anti-inflamatórios (sistêmicos e tópicos) - Imunoterapia redução da sensibilização - Outros cirurgia RINITE IDIOPÁTICA “VASOMOTORA”: - Hiperreatividade de origem idiopática - Comum em idosos QUADRO CLÍNICO: - Sintomas: Coriza Obstrução Prurido Espirros Cefaleia Irritabilidade - Fatores desencadeantes: Fatores físicos 1. Temperatura 2. Umidade 3. Irritantes nasais 4. Outros NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 Emocionais Locais DIAGNÓSTICO: - História clínica - Rinoscopia anterior Edema e hipertrofia de cornetos Coloração hiperemiada Secreção aquosa - Citologia da secreção nasal: Normal (predomínio de neutrófilos) - Ausência de IgE específica TRATAMENTO: - Medidas gerais: Higiene ambiental Lavagem nasal (soro fisiológico) - Medicamentos sintomáticos Descongestionantes (sistêmicos e tópicos) Anticolinérgicos (coriza) - Medicamentos preventivos Corticosteroides anti-inflamatórios (tópicos ou sistêmicos) - Outros Cirurgia das conchas nasais RINITE MEDICAMENTOSA: - Uso excessivo de descongestionante TÓPICO - Exame: Edema e congestão da mucosa Redução da área do epitélio cililar TRATAMENTO: Suspensão da droga Descongestionantes sistêmicos Corticosteroides anti-inflamatórios RINITE ATRÓFICA: - Atrofia osteomucosa das cavidades nasais - Etiologias: Idiopática Klebsiella ozenae – OZENA Caracteriza-se pela atrofia osteomucosa NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 do nariz, principalmente das conchas, que leva à formação de crostas e secreção mucopurulenta, exalando mau cheiro. Sintomas e sinais como cefaleia, hiposmia, obstrução nasal e epistaxe podem estar presentes. A etiologia é desconhecida, atribuindo-se o processo infeccioso como secundário à Klebsiella ozenae Iatrogênica – cirurgia EXAME FÍSICO: Fossas nasais amplas Mucosa delgada Diminuição do número de glândulas Crostas secas/ fetidez nasal TRATAMENTO: Higiene local com lavagens Cirurgia RINITES INFECCIOSAS – ETIOLOGIA - Podem ser classificadas em agudas e crônicas - As agudas são as mais frequentes e na maioria dos casos é viral Rinite catarral aguda (gripe / resfriado) 1. Influenza 2. Para influenza 3. Adenovírus 4. Enterovírus - Tratar com soro fisiológico e sintomáticos Rinite do sarampo - Tratamento inespecífico Rinite bacteriana 1. Estreptococos 2. Pneumococos 3. Hemófilos 4. Estafilococos - Tratar com lavagem nasal, sintomáticos e se necessário antibiótico Rinite diftérica - Tratar com soro anti-diftérico Rinite da escarlatina - Tratamento inespecífico Rinite gonocócica - Tratamento com penicilinas e sulfas Rinite luética - Tratamento com penicilinas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 QUESTÕES RINITES: 1. Rinite é uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada pelos sintomas como prurido nasal, espirros, congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar. A rinite crônica pode estar relacionada ao trabalho e tem sido mais frequentemente descrita em trabalhadores expostos a certos agentes patogênicos, decorrente da ação local de aerossóis irritantes, produtores de um processo inflamatório crônico, caracterizado clinicamente por rinorreia sanguinolenta, ardência e dor nas fossas nasais. Pode-se citar como exemplo da rinite crônica ocupacional aquela de origem: A viral em trabalhadores do comércio B bacteriana em trabalhadores de indústria farmacêutica C induzida por drogas em trabalhadores usuários de cocaína D ulcerosa com perfuração do septo nasal em trabalhadores de galvanoplastia expostos ao cromo 2. Rinite é uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada pelos sintomas como prurido nasal, espirros, congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar. A rinite crônica pode estar relacionada ao trabalho e tem sido mais frequentemente descrita em trabalhadores expostos a certos agentes patogênicos, decorrente da ação local de aerossóis irritantes, produtores de um processo inflamatório crônico, caracterizado clinicamente por rinorreia sanguinolenta, ardência e dor nas fossas nasais. Pode-se citar como exemplo da rinite crônica ocupacional aquela de origem: A viral em trabalhadores do comércio B bacteriana em trabalhadores de indústria farmacêutica C induzida por drogas em trabalhadores usuários de cocaína D ulcerosa com perfuração do septo nasal em trabalhadores de galvanoplastia expostos ao cromo 3. A distinção entre a rinossinusite viral e a rinossinusite bacteriana aguda é feita com base no padrão da doença e na duração. Acerca dessa distinção, associe as colunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a correta correspondência. Coluna A a) Rinossinusite Viral b) Rinossinusite Bacteriana Aguda Coluna B ( ) Os sintomas estão presentes em menos de 10 dias. ( ) Sinais ou sintomas pioram dentro de 10 dias após uma melhora inicial. ( ) Sinais ou sintomas estão presentes 10 dias, ou mais, além do início dos sintomas respiratórios superiores. ( ) Os sintomas não estão piorando. A a – b – b – a B b – a – a – b C a – a – b – b D b – b – a – a E a – a – a – b 4. As rinites não alérgicas constituem um tipo de rinite que pode apresentar os mesmos sintomas da rinite alérgica. Sobre elas podemos afirmar, exceto. A) A Rinite vasomotora tem histórico familiar para alergia, testes alérgicos, dosagem de IgE sérica e citologia nasais normais B) A rinite eosinofílica não alérgica acomete indivíduos acima dos 20 anos com sintomas que se agravam pela manhã e melhoram ao final do dia C) A prevalência de pólipos nasais em pacientes com rinite eosinofílica não alérgica é elevada, chegando a 30% D) A rinite induzida por drogas é caracterizada por congestão nasal rebote com edema, vermelhidão e friabilidade da mucosa nasal secundária apenas ao uso prolongado de vasoconstrictores nasais tópicos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 E) A rinite hormonal pode ocorrer na gravidez, durante a menstruação, com uso de contraceptivos orais e no hipotireoidismo 5. Paciente de 8 anos, com queixa de espirros diariamente, com prurido ocular e na faringe, além de rinorreia clara que piora quando exposto a mofo/poeira. Você fez um diagnóstico provável de rinite alérgica. Qual dos exames abaixo não tem boa sensibilidade/especificidade para esse diagnóstico? a) IgE total b) IgE específica c) RAST d) Prick Test 6. Quais das opções abaixo é mais indicada como primeira opção no tratamento da rinite alérgica? a) CTC nasal + descongestionante sistêmico b) CTC nasal + antialérgico oral c) Descongestionante tópico + antialérgico oral d) Descongestionante tópico + CTC oral 7. A mãe informa que o paciente em questão é asmático. Qual medicamento poderá ser associado com bom potencial de melhora? a) Descongestionante sistêmico b) Corticoide oral por longo prazo c) Antibiótico em dose profilática d) Antileucotrieno 8. Paciente de 50 anos, sem queixas nasais prévias, refere que, há 2 anos iniciou quadro de obstrução nasal bilateral com secreção clara, que piora com exposição a alimentos condimentados e apimentados. Qual provável diagnóstico? a) Rinite alérgica b) Rinite ocupacional c) Rinite alimentar (gustativa) d) Rinite do idoso 9. Caso o medicamento prescrito não esteja disponível, qual outra opção você utilizaria? a) Corticoide oral b) Descongestionante oral c) Anticolinérgico (ipratópio) tópico d) Anti-histamínico com descongestionante GABARITO: 1. D 2. A 3. A 4. D 5. A 6. B 7. D (montelucaste) 8. C 9. D a 1º opção é c mas não está disponível no Brasil