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Otorrinolaringologia – Amanda Longo Louzada 
1 PRINCIPAIS DOENÇAS DO NARIZ 
INFECÇÕES DO NARIZ: 
VESTIBULITE NASAL: 
 As infecções menores, na entrada do nariz, 
chamadas vestibulites nasais, podem resultar em 
espinhas na base dos pelos nasais (foliculite) e, 
por vezes, crostas ao redor das narinas; 
 Normalmente, a causa deve-se à bactéria 
Staphylococcus. A infecção pode ser causada 
por cutucar ou assoar excessivamente o nariz e 
causa a formação de crostas que incomodam e 
sangramentos quando as crostas se 
desprendem; 
 Pomadas de bacitracina ou mupirocina 
costumam curar as vestibulites nasais. Pode ser 
necessário o uso da pomada por diversas 
semanas. 
 Tratamento: antibiótico tópico, se tiver febre faz 
antibiótico sistêmico 
FURÚNCULOS NASAIS: 
 As infecções mais graves provocam furúnculos 
no vestíbulo nasal. Os furúnculos nasais podem 
desenvolver uma infecção disseminada sob a 
pele (celulite) na ponta do nariz; 
 O médico preocupa-se com as infecções nessa 
parte da face, pois as veias vão dessa área até o 
cérebro. Pode ocorrer uma situação com risco 
letal, denominada TROMBOSE DO SEIO 
CAVERNOSO, caso as bactérias se propaguem 
para o cérebro através dessas veias. 
 Tratamento: antibiótico por via oral e aplica 
pomada de mupirocina e panos úmidos e 
quentes, 3 vezes ao dia, durante 15 a 20 minutos 
de cada vez. O médico pode necessitar drenar 
cirurgicamente os furúnculos grandes ou aqueles 
que não respondem ao tratamento com 
antibiótico. 
TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO: 
 Pode haver trombose primária ou não séptica do 
seio cavernoso e de outros seios da dura-máter 
associada a trauma craniano, gestação, 
puerpério, uso de anticoncepcionais orais, 
tromboflebites migratórias, colite ulcerativa, 
colagenoses neoplasias e distúrbios 
hematológicos; 
 Trombose séptica pode ocorrer através de 
disseminação por contiguidade (focos 
otorrinogênicos) - Staphylococcus aureus; 
 Quadro de extrema gravidade, com cefaléia, 
febre, vômitos, convulsões, taquicardia, 
leucocitose e anemia; 
 Dentre as alterações locais incluem-se a tríade: 
quemose conjuntival, edema de pálpebra e 
exoftalmia; 
 É comum a oftalmoplegia - primeiramente o 
nervo abducente, em virtude da sua situação 
intra-sinusal. 
 Tratamento: internar o paciente, heparina, 
antibiótico de longo espectro e tratar fator 
etiológico 
 
DESVIO DO SEPTO: 
 Septo nasal é curvado ou não está centralizado; 
 Causas: defeito de nascença ou PÓS-
TRAUMÁTICO. Maioria das pessoas tem um 
desvio do septo de pouca importância; 
 Pequenos desvios não costumam causar 
sintomas. Caso grande: obstrução unilateral e 
propensão à inflamação dos seios paranasais 
(sinusite) caso obstrução da drenagem de um 
seio até a cavidade nasal. Propensão a 
hemorragias nasais (ressecamento do fluxo de 
ar), dor na face, dores de cabeça e roncos; 
 Diagnóstico clínico durante a RINOSCOPIA 
ANTERIOR ou por endoscopia nasal 
(RINOSCOPIA POSTERIOR); 
 Tratamento: Geralmente, nenhum tratamento. 
Cirurgia caso sintomatologia importante 
 Deve abordar apenas pós a puberdade 
 
POLIPOSE NASAL: 
 Sintomas: 
 Espirros; 
 Congestão nasal; 
 Obstrução; 
Otorrinolaringologia – Amanda Longo Louzada 
2 PRINCIPAIS DOENÇAS DO NARIZ 
 Drenagem de líquido pela garganta 
(gotejamento pós-nasal); 
 Dores faciais; 
 Secreção nasal excessiva; 
 Perda do olfato (anosmia); 
 Habilidade olfativa reduzida (hiposmia); 
 Coceira ao redor dos olhos; 
 Infecções crônicas dos seios paranasais. 
 Associado à alergia ou asma. Alguns dos 
sintomas causados por pólipos são congestão e 
obstrução nasal; 
 Tratamento: Os corticosteroides podem reduzir 
ou eliminar pólipos. Cirúrgico. 
 Não há associação com o risco de câncer??. 
São apenas um reflexo da inflamação, embora 
possa haver um histórico familiar do problema; 
 Podem se desenvolver durante infecções nasais 
e dos seios paranasais e desaparecer depois 
que a infecção for debelada, ou podem começar 
lentamente e persistir. Também podem se formar 
pólipos nasais se houver um corpo estranho no 
nariz; 
 Associação com alergia à AAS e AINES: Doença 
respiratória exacerbada por aspirina – AERD. 
 
PERFURAÇÃO SEPTAL: 
 O septo nasal é composto tanto por osso, como 
por cartilagem e se estende dos orifícios nasais 
até à parte posterior do nariz; 
 Úlceras (feridas) e orifícios (perfurações) no 
septo nasal podem ocorrer em decorrência de 
Cirurgia nasal, Lesões repetidas, piercing 
cosmético, Exposição a toxinas (como vapores 
ácidos, cromo, fósforo e cobre), Uso crônico de 
spray nasal, Inalação de oxigênio puro pelo nariz 
e cocaína; 
 IMPORTÂNCIA PARA ACADÊMICOS DE 
MEDICINA: Doenças como TUBERCULOSE, 
HANSENÍASE, GRANULOMATOSE COM 
POLIANGIÍTE (antigamente chamada de 
granulomatose de Wegener) e SÍFILIS; 
 Tratamento medicação tópica e/ou cirúrgica. 
 
NARIZ EM SELA: 
 A causa do nariz em sela pode ser congênita. 
Nesses casos, ele está ligado a síndromes 
genéticas, como: 
 Síndrome de Williams; 
 Síndrome de Down; 
 Disostose cleidocraniana; 
 Síndrome do alcoolismo fetal; 
 Hanseníase; 
 SÍFILIS CONGÊNITA; 
 Tratamento: rinoplastia 
 
RINITE: 
CRÔNICA: 
 Os sintomas da rinite incluem corrimento nasal, 
espirros e congestão nasal; 
 A rinite crônica a mais comum é alérgica 
 Quando tem obstrução nasal crônica deve 
pensar em rinite medicamentosa 
 A rinite é classificada como ALÉRGICA ou NÃO 
ALÉRGICA; 
 A causa da rinite não alérgica é geralmente uma 
infecção viral, embora substâncias irritantes 
também possam causá-la. O nariz é a parte das 
vias respiratórias superiores que mais 
comumente sofre com infecções; 
 A rinite pode ser aguda (de curta duração) ou 
crônica (de longa duração). É frequente que a 
rinite aguda resulte de infecções virais, mas 
também pode ser o resultado de alergias, 
bactérias ou outras causas. A rinite crônica 
normalmente ocorre juntamente com a sinusite 
crônica (rinossinusite crônica). 
Otorrinolaringologia – Amanda Longo Louzada 
3 PRINCIPAIS DOENÇAS DO NARIZ 
 A rinite crônica geralmente é um prolongamento 
da rinite causada por inflamação ou por uma 
infecção viral; 
 RARO: sífilis, tuberculose, rinoescleroma (uma 
doença de pele caracterizada por tecidos muito 
endurecidos e achatados, que aparecem 
primeiro no nariz), rinosporidiose (uma infecção 
do nariz caracterizada por pólipos 
hemorrágicos), leishmaniose, blastomicose, 
histoplasmose e ha nseníase — todas as quais 
são caracterizadas pela formação de lesões 
inflamatórias (granulomas) e pela destruição de 
tecidos moles, cartilagens e ossos; 
 A rinite crônica causa obstrução nasal e, em 
casos graves, formação de crostas, sangramento 
frequente e secreção espessa, com odor 
desagradável, cheia de pus do nariz. 
ALÉRGICA: 
 A rinite alérgica é causada por uma reação do 
sistema imune do organismo a um fator 
ambiental desencadeante; 
 Os desencadeantes ambientais mais comuns 
são pó, mofos, pólens, ervas, árvores e animais. 
Ambas as alergias sazonais e as alergias 
durante o ano todo podem causar rinite alérgica; 
 Os sintomas de rinite alérgica consistem em 
coceira, espirros, secreção nasal, congestão 
nasal e olhos coçando e lacrimejando. As 
pessoas podem apresentar cefaleias e pálpebras 
inchadas e também tosse e sibilos; 
 O médico pode diagnosticar a rinite alérgica com 
base no histórico dos sintomas do indivíduo. Por 
vezes, a pessoa tem histórico familiar de 
alergias. Pode-se obter informação mais 
detalhada através de testes de sangue ou 
cutâneos. 
 Os seguintes tratamentos podem ajudar a evitar 
ou tratar os sintomas de rinite alérgica:Evitar a 
substância que desencadeia a alergia previne os 
sintomas, mas nem sempre isso é possível; 
 Os sprays nasais de corticosteroides diminuem a 
inflamação nasal causadapor muitas fontes e o 
seu uso a longo prazo é relativamente seguro; 
 Os anti-histamínicos ajudam a prevenir a reação 
alérgica e seus consequentes sintomas. Anti-
histamínicos mais antigos ressecam a 
membrana mucosa do nariz, embora muitos 
deles também causem sonolência e outros 
problemas, em especial nos idosos. Alguns dos 
mais recentes requerem prescrição médica, mas 
não têm tantos efeitos colaterais. 
 Uma solução salina instilada no nariz (irrigação 
nasal) através de uma garrafa comprimida ou 
seringa de bulbo (irrigação nasal) ou usar um 
spray de salina conforme necessário também 
pode ajudar com os sintomas; 
 As injeções de dessensibilização que contêm 
pequenas quantidades de substâncias que 
desencadeiam a alergia (chamadas 
imunoterapias de dessensibilização ou, algumas 
vezes, injeções contra alergia) ajudam a 
constituir uma tolerância aos desencadeantes 
ambientais específicos, mas podem demorar 
meses ou anos para se tornarem completamente 
eficazes; 
 Os antibióticos não aliviam os sintomas da rinite 
alérgica. 
 Classificação: 
 Quanto ao tempo: 
 Intermitente: sintomas duram menor que 4 
dias por semana ou 4 semanas ou menos 
 Persistente: dura mais de 4 dias ou 4 
semanas ou mais 
 Tipo: 
 Leve: sono normal, atividades normais e 
sintomas que não incomodam 
 Moderada – Grave: um ou mais itens: sono 
comprometido, atividade comprometidas e 
sintomas que incomodam 
 Tratamento: 
 Intermitente Leve: Anti-H1 oral ou Anti-H1 
nasal ou antileucotrieno + higiene ambiental 
 Intermitente moderada - grave: corticoide nasal 
ou anti –H1 oral ou anti H1 nasal ou, 
antileucotrieno ou corticoide nasal + azelastina 
nasal 
 Rever o paciente após 2 – 4 semanas 
 Se houver falha deve rever diagnóstico, 
adesão e investigar infecção e outras causas, 
e aumentar o tratamento 
 Persistente Leve: corticoide nasal ou anti –H1 
oral ou anti H1 nasal ou, antileucotrieno ou 
corticoide nasal + azelastina nasal 
 Rever o paciente após 2 – 4 semanas 
 Se houver falha deve rever diagnóstico, 
adesão e investigar infecção e outras causas, 
e aumentar o tratamento 
 Moderada\Grave: corticoide nasal ou corticoide 
nasal + anti-H1 ou anti-H1 oral ou anti H1 nasal 
ou antileucotrieno 
 Rever paciente em 2 – 4 semanas 
 Se não houver melhora pode fazer tratamento 
com vacinas 
ATRÓFICA: 
 A RINITE ATRÓFICA é uma forma de rinite 
crônica em que a membrana mucosa fica mais 
fina (atrofia) e endurece, fazendo com que os 
Otorrinolaringologia – Amanda Longo Louzada 
4 PRINCIPAIS DOENÇAS DO NARIZ 
canais nasais se alarguem (dilatem) e 
ressequem; 
 Esta atrofia ocorre frequentemente em pessoas 
idosas; 
 A doença também pode se desenvolver em 
pessoas que tenham sido submetidas a cirurgia 
dos seios paranasais, na qual tenham sido 
removidas quantidades consideráveis de 
estruturas intranasais e de membranas mucosas. 
Uma infecção bacteriana prolongada do 
revestimento do nariz é também um fator. 
 Hemorragias nasais e anosmia; 
 O tratamento tem por objetivo diminuir a 
formação de crostas, eliminar o odor e reduzir as 
infecções. 
 
VASOMOTORA: 
 Congestão nasal, espirros e o corrimento nasal, 
sintomas habituais da alergia, ocorrem quando 
as alergias não parecem estar presentes; 
 Paciente relata que acorda espirrando 
 O tratamento da RINITE VASOMOTORA é por 
tentativa e erro e nem sempre é satisfatório; 
 Tratamento tem por objetivo o alívio dos 
sintomas. Evitar o tabagismo, os fatores irritantes 
e usar um sistema de calefação central 
umidificador, ou um vaporizador para aumentar a 
umidade, pode trazer benefícios; 
 Corticosteroides nasais e sprays anti-
histamínicos algumas vezes ajudam. 
MEDICAMENTOSA: 
 A rinite medicamentosa, também conhecida 
como congestão de rebote, é uma congestão 
nasal grave causada pelo uso excessivo (ao 
longo de 3 ou 4 dias de uso contínuo) de sprays 
e gotas nasais descongestionantes (não de 
sprays antiinfla-matórios); 
 Tratamento: suspender o medicamento que está 
causando o quadro clínico e usar um spray nasal 
de soro fisiológico. Spray nasal de 
corticosteroide também pode ser usado, se 
necessário. 
SAHOS: 
 Caracterizada por episódios recorrentes de 
obstrução parcial ou total das vias aéreas 
superiores durante o sono; 
 Manifesta-se como redução (hipopnéia) ou 
cessação completa (apnéia) do fluxo aéreo 
apesar da manutenção dos esforços 
inspiratórios; 
 EUA - 4% em homens e 2% em mulheres, entre 
indivíduos de 30 a 60 anos; 
 Brasil – 36% dos homens e 24% das mulheres ( 
> 40 anos) referem ronco em questionários sobre 
sono; 
 FISIOPATOLOGIA: Durante o sono: Excesso de 
tecido mole e/ou relaxamento excessivo da 
musculatura local, com diminuição do calibre da 
via aérea obstrução parcial ou total ao fluxo de ar 
episódios de hipopnéia ou apnéia. 
 Prevalência da SAHOS aumenta 
progressivamente com o aumento do IMC; 
 Relação direta com a ocorrência da SAHOS é a 
circunferência do pescoço (importante salientar 
que o fato do paciente não ser obeso não 
permite a exclusão do diagnóstico da SAHOS); 
 Diagnóstico: clínico, questionários e 
POLISSONOGRAFIA; 
FATORES DE RISCO: 
 Anormalidades crânio-faciais: (alterações de 
tamanho e posição da mandíbula e maxila 
(micrognatia e atresia de arcadas); 
 Anormalidades do tecido mole da nasofaringe 
e/ou da orofaringe: hipertrofias de amígdalas e 
de adenóide e os estreitamentos da cavidade 
nasal (mais comuns em crianças); 
 Tabagismo, hereditariedade, congestão nasal. 
 Fatores que agravam a SAHOS: Uso de drogas 
sedativas e Álcool. 
 Obesidade 
 Atividade física 
 Hipertrofia de adenóide 
TRATAMENTO: 
 Perda de peso e evitar o decúbito dorsal ao 
dormir; 
 Medidas de higiene do sono; 
 Retirada do álcool; 
 Retirada de drogas como benzodiazepínicos e 
barbitúricos; 
 O tratamento farmacológico específico não tem 
se mostrado eficaz: reduzem o sono REM; 
Otorrinolaringologia – Amanda Longo Louzada 
5 PRINCIPAIS DOENÇAS DO NARIZ 
 Medicamentos das doenças como 
hipotireoidismo e acromegalia reduzem eventos 
respiratórios obstrutivos; 
 Reposição de Estrogênio e Progesterona no 
climatério - melhora do quadro clínico e 
polissonográfico das mulheres na menopausa 
com SAHOS; 
 Aparelho intra-oral, CPAP e cirúrgico.

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