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LP PROVA PDF Formato # Págs miolo LOMBADA 220 x 275 mm 128 7 mm ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AM ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AM Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AMCAPAS AR INTEGRADORES LP 1 PNLD_2019_BNCC.indd All Pages 03/10/19 10:19 ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 0049P19500001IM Lilian Bacich Bacharel e licenciada em Ciências pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Psicologia da educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professora e coordenadora pedagógica. 1a edição São Paulo, 2017 Ensino Fundamental • Anos Iniciais Projetos Integradores 1OANO AR APRENDER e RELACIONAR Componentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA MANUAL DO PROFESSOR FRONTIS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd 1 11/28/17 1:43 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Coordenação editorial: Maíra Rosa Carnevalle Edição de texto: Thalita Beatriz Carrara da Encarnação, Marcia M. Laguna de Carvalho, Beatriz Assunção Baeta, Dino Santesso Gabrielli Assessoria didático-pedagógica: Flávia Ferrari, Leandro Holanda Fernandes de Lima Preparação de texto: Débora Tamayose, Malvina Tomáz Gerência de design e produção gráfica: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de produção: Everson de Paula, Patrícia Costa Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) 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Rodrigues Tratamento de imagens: Denise Feitoza Maciel, Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bacich, Lilian AR : aprender e relacionar : projetos integradores : ensino fundamental : anos iniciais : manual do professor / Lilian Bacich. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano. Componentes curriculares: Ciências, Língua Portuguesa e Matemática. Bibliografia. 1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Matemática (Ensino fundamental) 3. Português (Ensino fundamental) I. Título. 17-09944 CDD-372.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental 372.19 II-CREDITO-GG-ICN1-G19.indd 2 12/19/17 9:08 AM III Apresentação..................................... ................................................................................. IV Orientações gerais Introdução .................................................................................................................. V 1. A Aprendizagem Baseada em Projetos ............................................................... VI 1.1 A abordagem STEM e sua relação com a coleção .................................................... VII 2. Elementos fundamentais da Aprendizagem Baseada em Projetos ............... VIII 2.1 Mediação ........................................................................................................................ VIII 2.2 Tecnologias digitais ......................................................................................................... X 2.3 Gestão do espaço .......................................................................................................... XII 2.4 Competências gerais da BNCC e os projetos ................................................................ XIII 3. O papel da avaliação nos projetos ...................................................................... XIV 3.1 Trabalhando com rubricas ............................................................................................... XVI 4. Estrutura dos projetos na coleção ...................................................................... XVII 4.1 Página de abertura: situação-problema, levantamento de conhecimentos cotidianos e questionamentos abertos ......................................................................... XVII 4.2 Questão norteadora ....................................................................................................... XVIII 4.3 Etapas do projeto ........................................................................................................... XIX 4.4 Trabalho em dupla ou em grupo ..................................................................................... XIX 4.5 Parando pra pensar ......................................................................................................... XX 4.6 Comunicando .................................................................................................................XX 5. Planejando projetos .............................................................................................. XXI 6. Conhecendo os projetos do 1o ano ....................................................................... XXIII Projeto 1 – Uma mão lava a outra? .......................................................................... XXIV Projeto 2 – A máquina do tempo ............................................................................. XXX Projeto 3 – Objetos e mais objetos ....................................................................... XXXVI Projeto 4 – Todos somos do mesmo jeito? ............................................................. XLII Bibliografia..................................... ..................................................................................... XLVIII Orientações específicas para o 1o ano..................................... ................................. 1 Sumário III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 3 18/07/20 12:32 IV Apresentação Caro professor, É certo que as pessoas não aprendem da mesma maneira, no mesmo rit- mo nem ao mesmo tempo. O ensino considerado “tradicional” muitas vezes toma como ponto de partida a homogeneidade do grupo e supõe que o tem- po, o ritmo e a forma de aprender são iguais para todos. Ao utilizar estratégias de condução da aula que valorizam o protagonismo dos alunos, as metas de aprendizagem deles podem ser mais facilmente alcançadas pela motivação no processo de construção do conhecimento. Nesta coleção, trazemos propostas de trabalho para que você, junto à turma, possa buscar maneiras de construir essa personalização, tendo como elemen- tos fortes as vivências e as necessidades do grupo. Esperamos que o material possa ser, em suas mãos, instrumento de novas perspectivas para uma aprendizagem ativa e criativa. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 4 18/07/20 12:32 V Introdução As metodologias ativas, ao se apresentarem como estratégias para poten cializar as ações de ensino e aprendizagem por meio do envolvimento dos es tudantes como atores do processo, e não apenas como espectadores, têm se configurado como formas de convergência de diferentes modelos de aprendi zagem, envolvendo um conjunto rico de recursos e dimensões de aprendiza gem. A inserção das metodologias ativas nas instituições de ensino está basea da na reflexão de que não existe um modo único de aprender: a aprendizagem é um processo contínuo em que todos os envolvidos – alunos, professores e comunidade escolar – devem ser considerados peças ativas. A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é uma metodologia ativa que utiliza projetos como foco central de ensino, integrando, na maioria das ve zes, duas ou mais disciplinas. Os projetos podem surgir de um problema ou de uma questão norteadora, proveniente de um contexto autêntico, envolven do a investigação, o levantamento de hipóteses, o trabalho em grupo e outras competências, até chegarem a uma solução ou a um produto final. Nesse con texto, os alunos devem lidar com questões interdisciplinares, tomar decisões e trabalhar em equipe. Pensamento crítico, criatividade e colaboração são es senciais nesse processo. A utilização de metodologias ativas integradas ao currículo requer refletir sobre alguns componentes fundamentais desse processo: o papel do profes sor e o dos alunos em uma proposta de condução da atividade didática que se distancia do modelo considerado tradicional; o papel formativo da avaliação; a contribuição das tecnologias digitais; a organização do espaço, que requer uma nova configuração para dar oportunidade à colaboração e ao uso integrado das tecnologias digitais; o papel da gestão escolar; e a influência da cultura escolar nesse processo. O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre, portanto, alterações em relação à proposta de ensino centralizada na transmis são de saberes de um, o professor, para muitos, os alunos. As estratégias metodológicas utilizadas no planejamento e na execução de aulas são recursos importantes, pois estimulam a reflexão sobre questões es senciais, como o engajamento dos alunos e as possibilidades de personaliza ção na educação. Orientações gerais Metodologias ativas Recursos e estratégias que desenvolvem o papel do aluno como protagonista no processo de ensinoaprendizagem. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 5 20/07/20 11:56 VI 1. A Aprendizagem Baseada em Projetos A ABP, em linhas gerais, envolve um percurso investigativo e orientado para a resolução de um problema ou para a resposta a uma questão norteadora, desdo- brando-se em etapas de pesquisa, discussão em grupo, realização de atividades práticas, entre outras propostas, e finalizando com a elaboração de um produto final. A ABP, com essa denominação, é mais recente na educação. Porém, a ideia de utilizar projetos como recurso pedagógico na construção de conhecimentos é datada no final do século XIX, com base nas ideias enunciadas por John Dewey, em 1897 (BARBOSA e MOURA, 2013). Hernández (1998), quase um século de- pois, apresentou uma organização do currículo por meio de projetos de trabalho como uma alternativa à fragmentação do currículo escolar em disciplinas estan- ques, as quais, apesar de apresentarem relação umas com as outras, eram tra- balhadas isoladamente. Nessa proposta, Hernández valoriza a investigação e a integração entre as disciplinas em torno de temas comuns, assim como Dewey enunciava em 1897. Segundo o Buck Institute for Education (BIE, 2008), que tem disseminado a concepção atual, a ABP tem como objetivo principal trabalhar con- teúdos relevantes, oferecendo oportunidade para que os alunos os investiguem por meio de questionamentos abertos e apresentando o resultado de seu traba- lho a um público. Além disso, essa metodologia enfatiza o desenvolvimento de habilidades para o século XXI, gerando a necessidade de saber, dando oportuni- dade de voz e escolha e incluindo processos de revisão e reflexão. Ter questionamentos abertos O QUE É A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS Dar oportunidade de voz e escolha Ter espírito de exploração Criar a necessidade de saber Apresentar para o público Incluir processos de revisão e reflexão TER CONTEÚDO RELEVANTE DESENVOLVER HABILIDADES PARA O SÉCULO XXI Fonte: Buck Institute for Education (BIE). Students as the Center HUB. Disponível em: <https://studentsatthecenterhub.org/resource/buck-institute- for-education-bie/>. Acesso em: 9 nov. 2017. (Tradução do autor.) De maneira geral, na abordagem da ABP, as diretrizes para a organização de projetos que contemplam os pressupostos da BIE e são desenvolvidas nesta co- leção envolvem os seguintes passos: 1. Os projetos são realizados em duplas ou pequenos grupos. 2. Há um período de tempo previamente definido para a realização do projeto. 3. O tema dos projetos está relacionado com habilidades adequadas a cada faixa etária e articuladas com a BNCC. 4. O percurso do grupo para o alcance dos objetivos do projeto envolve múl- tiplos recursos e é parcialmente orientado no material didático, devendo ser complementado ou expandido, de acordo com os interesses do grupo. E R IC S O N G U IL H E R M E L U C IA N O III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 6 18/07/20 12:32 https://studentsatthecenterhub.org/resource/buck-institute-for-education-bie/ https://studentsatthecenterhub.org/resource/buck-institute-for-education-bie/ VII 5. Os projetos apresentam um ou mais de um produto final, possibilitando uma percepção clara da finalidade do percurso trilhado. 6. Os resultados do projeto são socializados com os colegas da própria sala, da escola e/ou da comunidade escolar. Nessa perspectiva, competências do século XXI, como responsabilidade, co- laboração, comunicação, criatividade, pensamento crítico e resolução de proble- mas, podem ser contempladas. Assim, são objetivos principais a serem alcançados pelo professor ao organi- zar projetosnessa abordagem: Identificar possibilidades de desenvolvimento do pensamento crítico dos alu- nos por meio da participação ativa no projeto. Selecionar e oferecer aos alunos situações em que sejam evidenciadas a cria- tividade e a colaboração, possibilitando que ocorram a troca de ideias e o for- talecimento da interação entre eles, por meio da resolução do problema e/ou da questão apresentada no projeto. Valorizar o protagonismo dos alunos, assumindo o papel de mediador e estimulan- do o desenvolvimento da autonomia deles, de acordo com a faixa etária da turma. Estimular nos alunos o desenvolvimento de habilidades de comunicação ao apresentarem publicamente os resultados do projeto. A ABP tem integrado diferentes disciplinas escolares, sendo adotada para tur- mas desde os anos iniciais até o ensino superior. Porém, tem sido implemen- tada com mais frequência no ensino de Ciências, integrada com tecnologia e com Matemática. Neste material, optou-se por apresentar projetos que tives- sem como fio condutor o componente curricular Ciências, em consonância com as tendências da organização por projetos, como disseminado na abordagem denominada STEM, abordada no item subsequente. 1.1 A abordagem STEM e sua relação com a coleção Nos Estados Unidos, nos anos 1990, a National Science Foundation intro- duziu a proposta denominada STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), definida como uma abordagem interdisciplinar que remove as barreiras que separam os conteúdos de ciências, tecnologia, engenharia e ma- temática, integrando-as no mundo real em experiências que são relevantes para os alunos (VASQUEZ, COMER e VILLEGAS, 2017). Segundo os autores, nos últimos dez anos o movimento ganhou força, e novas siglas surgiram, envolvendo outras áreas, como Linguagem, Humanidades e Arte. Em todas as definições, a abordagem está baseada na construção de projetos que real- mente ofereçam aos alunos a oportunidade de encontrar sentido em seus objetos de estudo, desenvolvendo a observação, a investigação e a criativi- dade. Segundo Yakman (2008), o STEM pode ser considerado um modelo de desenvolvimento educacional em que as tradicionais disciplinas acadêmicas são estruturadas em um currículo globalizador, sendo intencionalmente inte- gradas na elaboração do projeto. Para a organização de projetos nessa abordagem, é essencial incluir, segun- do Vasquez, Comer e Villegas (2017, p. XV): • O quê e por quê? O que os alunos precisam saber e por quê? • Como? Que experiências os alunos precisam vivenciar para atingir esses objetivos? • Evidência e avaliação. Quais evidências de aprendizagem serão identificadas e como será avaliado o produto final? III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 7 18/07/20 12:32 VIII • Relevância. Como dar oportunidades para que os alunos percebam a relevân- cia desses conhecimentos no mundo real? • Motivar, engajar e explorar. Como motivar os alunos, engajá-los cognitivamen- te e permitir que aprofundem conhecimentos e desenvolvam habilidades? Um dos grandes desafios da abordagem STEM é identificar possibilidades de integração dos elementos de Ciências e de Matemática, incluindo linguagens como as tecnologias e a engenharia nesse processo. Nesta coleção, optamos por incluir a área de Língua Portuguesa e, dentro do possível, outras áreas afins, tendo como fio condutor a disciplina Ciências. A proposta apresentada neste li- vro segue, portanto, os pressupostos básicos da ABP, com inspiração no STEM, visando a uma aproximação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Sobre a BNCC, é importante destacar que toda menção a esse documento nes- te material se refere à versão homologada em 14 de dezembro de 2018. 2. Elementos fundamentais da Aprendizagem Baseada em Projetos Na ABP, os processos envolvidos em uma abordagem que valoriza o protagonis- mo dos alunos devem ser reconfigurados em alguns aspectos, enquanto outros – por exemplo, o papel central do professor como mediador de uma ação efetiva de construção de conhecimentos – precisam ser mantidos. A seguir, vamos ana- lisar os elementos essenciais a serem considerados nesse processo e refletidos para que a ABP cumpra seu papel de colocar os alunos no papel de protagonistas, acompanhados, nessa trilha, pela mediação do professor e de outros recursos. 2.1 Mediação O que está sendo considerado mediação nesse processo? O que significa ser um mediador eficaz em uma aprendizagem centrada nos alunos? A mediação é um elemento essencial para a aprendizagem e um conceito fun- damental na educação. Vigotski, autor que é referência nos estudos sobre me- diação, concluiu que as origens das formas superiores de comportamento cons- ciente deveriam ser achadas nas relações sociais que o indivíduo mantém com o mundo exterior. Mas o homem não é apenas um produto de seu ambiente, é também um agente ativo no processo de criação desse meio (Vigotski, 2003). Nessa perspectiva, o conhecimento é construído na relação entre pessoas. A relação entre o sujeito e os objetos não é, portanto, uma relação direta, mas uma relação mediada. Por meio das relações mediadas entre o sujeito e o meio, ocorre o processo de internalização. Segundo Vigotski (2003, p. 75), “uma ope- ração que inicialmente está representando uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente”. Nesse processo, um fenômeno que é inter- psicológico entre as pessoas, ou seja, que ocorre no nível social, passa a ocor- rer no interior do sujeito, tornando-se, portanto, um fenômeno intrapsicológico. Porém, deve ficar claro que essa transposição do interpessoal para o intrapesso- al não é imediata, mas ocorre ao longo do desenvolvimento, transformando-se nesse percurso, até que o fenômeno seja internalizado. A cultura em que o sujeito está inserido, muito mais do que as características biológicas, é responsável por seu desenvolvimento cognitivo. O desenvolvimen- to pode ser considerado, nessa perspectiva, resultado da apropriação das ferra- mentas, materiais e simbólicas, que fazem parte da cultura. As mudanças das ferramentas culturais, com o uso de tecnologias da informação e da comunica- ção, por exemplo, supõem mudanças na orientação do desenvolvimento social e cognitivo dos sujeitos de determinado momento histórico. Os procedimentos culturais, como a linguagem, são considerados por Vigotski instrumentos cultu- Mediação Elemento que estabelece uma relação entre o sujeito e o meio em que ele está inserido. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 8 18/07/20 12:32 IX rais que auxiliam e contribuem para o desempenho intelectual. As palavras, por sua vez, são signos psicológicos. Com o auxílio dos signos, é possível dominar os processos psicológicos, ocasionando melhor desempenho. Pode-se observar o conceito de mediação em ação quando nos reportamos à definição de Vigotski (2003) da zona de desenvolvimento próximo1. Aquilo que o sujeito realiza de for- ma independente constitui seu nível de desenvolvimento real, de onde deve par- tir a ação educativa, pois o ensino deve ser prospectivo, promovendo avanços e indo além daquilo que já está construído. Na interação com os adultos e os pa- res mais experientes, o sujeito é capaz de realizar, com ajuda, com base em seu nível de desenvolvimento real, atividades que não realizaria de forma autônoma; os adultos e os pares atuam, portanto, na zona de desenvolvimento próximo e favorecem o avanço conceitual. O nível de desenvolvimento real compreende produtos finais, funções que já foram apropriadas pelo sujeito, ao passo que a zona de desenvolvimento pró- ximo compreende aquelas ações que estão em vias de ser formadas. A partir do momento em que ocorrer essa nova apropriação, considera-se que também ocorrerá a formação de um novo nível de desenvolvimento real, aguardando no- vas situações potenciais de desenvolvimento, novas ações que incidam na zona de desenvolvimento próximo. A colaboração valorizada na interação entre pares, muito mais do queuma ação unilateral em que quem sabe mais ajuda quem não sabe, é um movimento que ocorre na interação com o outro e possibilita que os dois aprendam. A aprendiza- gem pode, então, traduzir-se na criação de zonas de desenvolvimento próximo, por meio da interação e da colaboração entre pares, possibilitando a construção conjunta de conhecimentos. A sistematização pressupõe a interação entre os conhecimentos já construí- dos pelos alunos e aqueles que são os objetivos da ação educativa. Mas quais mecanismos garantem uma sistematização adequada à formação de concei- tos? A memorização de informações não pode ser considerada garantia para a formação de conceitos, pois estes só serão considerados apropriados pelo su- jeito quando ele fizer uso deles em diferentes situações. Vigotski (2000) critica a transmissão dos conceitos sem o estabelecimento de relações com outros conceitos já formados; segundo o autor, apenas quando os conceitos, forma- dos pela mediação do educador, passam a fazer parte do repertório de concei- tos do aluno, podemos afirmar que houve avanço conceitual. Leontiev (1983), autor pós-vigotskiano, afirma que não são os conceitos e, sim, a atividade real que determina o desenvolvimento da consciência. Para o autor, a atividade é a forma por meio da qual o sujeito se relaciona com o mundo. As- sim, o conceito, entendido como formação psicológica, é produto da atividade. No processo ensino-aprendizagem, a prática deve ser organizada por meio de situações em que o objetivo seja suficientemente claro para possibilitar que, por meio da atividade, ocorram avanços conceituais. Kozulin e Presseisen (1995) afirmam que há uma diferença qualitativa entre a aprendizagem baseada na exposição direta aos estímulos, que denominam aprendizagem direta, e a aprendizagem mediada por pares mais experientes. 1 Optou-se, neste material, pela utilização do termo zona de desenvolvimento próximo. A escolha está embasada na leitura de observações feitas por dois tradutores da obra de Vigotski. O tra- dutor de A construção do pensamento e da linguagem, Paulo Bezerra, refere-se à tradução correta do adjetivo blijáichee, traduzido como proximal, que significa: “o mais próximo, ‘proximíssimo’, imediato”. O “proximal” não contempla a definição mais adequada para “blijaichiego razvitia”. Zoia Prestes, em seu livro Quando não é quase a mesma coisa: traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Cam- pinas: Autores Associados, 2012, esclarece os equívocos contidos na escolha dos termos proximal, po- tencial e imediato para tradução do conceito. A autora defende que a tradução que mais se aproxima do termo russo é zona de desenvolvimento iminente, ao se referir a um desenvolvimento que está muito próximo de ocorrer. Sistematização Organização dos conhecimen- tos que envolve a relação en- tre aquilo que o estudante já conhece e suas novas apren- dizagens. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 9 18/07/20 12:32 X Se entendermos o processo de aprendizagem como aquele que impulsiona o desenvolvimento e que aprender relaciona-se com o processo de formar con- ceitos, a sistematização e, consequentemente, a generalização dependem de uma ação educativa planejada, de uma mediação eficiente. As reflexões sobre a importância de identificar os aspectos que devem ser considerados na organização da atividade didática favorecem a compreensão da ABP. Nela, a prática é organizada por meio da integração entre momentos pre- senciais, em que a mediação é feita pelos pares com o uso de diferentes mate- riais, e momentos em que a mediação pode ser realizada por instrumentos como livros e tecnologias digitais, visando a avanços conceituais. O conhecimento não é entregue pronto, mas construído na e pela interação com diferentes instrumen- tos mediadores. Tecnologias digitais, por exemplo, são instrumentos mediado- res que também possibilitam a construção de conceitos e avanços conceituais. 2.2 Tecnologias digitais Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC), Tecnolo- gias da Informação e da Comunicação (TIC) ou, ainda, Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) são alguns dos termos utilizados pelos pesquisadores desta área e podem ser considerados, de certa forma, sinônimos. Coll e Monereo (2010) afirmam que: Entre todas as tecnologias criadas pelos seres humanos, aquelas relacionadas com a capacidade de representar e transmitir informação – ou seja, as tecnologias da informação e da comunicação – revestem-se de uma especial importância, porque afetam praticamente todos os âmbitos de atividades das pessoas, desde as formas e práticas de organização social até o modo de compreender o mundo, de organizar essa compreensão e de transmiti-la para outras pessoas. Pudemos observar que, na época em que os computadores foram introduzi- dos na escola, muitos professores que aderiram à novidade continuaram a mi- nistrar o mesmo tipo de aula, mudando apenas o recurso (computador no lugar do quadro de giz). Sancho (2006) considera que a principal dificuldade de trans- formação dos contextos educacionais para a incorporação das tecnologias digi- tais parece estar centrada no fato de que “a tipologia de ensino dominante na escola é a centrada no professor” (p. 19). Assim como encontrado em constata- ção de outros autores (COLL e MONEREO, 2010; COSTA et al., 2012; BACICH, TANZI NETO e TREVISANI, 2015; BACICH e MORAN, 2018), essa postura do educador como centro do processo não considera o fato de as tecnologias da informação e da comunicação possibilitarem a mudança de papel dos educa- dores e dos alunos em sala de aula. E, cabe ressaltar, a mudança deve ser ana- lisada e considerada nos momentos em que se faz necessária. De forma al- guma deve ser menosprezado o papel do professor, tampouco desconsiderar momentos em que é necessária a transmissão de certos conteúdos. O que se defende nessa mudança de postura é a reflexão de que o equilíbrio de aborda- gens didáticas deve ser pensado; dessa forma, o uso das tecnologias digitais nesse processo deve ser avaliado, e ela deve inserida de acordo com os obje- tivos que se pretende atingir. As estratégias metodológicas a serem utilizadas no planejamento das aulas são recursos importantes pois estimulam a reflexão sobre outras questões es- senciais, como a relevância da utilização das tecnologias digitais para favorecer o engajamento dos alunos e as possibilidades de personalização do ensino. Ao utilizar diferentes estratégias de condução da aula, aliadas a propostas on-line, as metas de aprendizagem dos alunos podem ser mais facilmente atingidas, e momentos de personalização do ensino, identificados. A abordagem denominada ensino híbrido (BACICH, TANZI NETO e Ensino híbrido Integração de propostas que abrangem os momentos on- -line e os momentos presen- ciais, com foco na personali- zação da aprendizagem. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 10 20/07/20 11:57 XI TREVISANI, 2015) valoriza a integração das tecnologias digitais na rotina es- colar, objetivando a personalização dos processos de ensino e aprendizagem, aspecto ressaltado na aprendizagem baseada em projetos. O papel desempe- nhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional, e as configurações das aulas favorecem momentos de interação e colaboração. Os autores apresentam as propostas híbridas como concepções possíveis para o uso da tecnologia na cultura escolar contempo- rânea, uma vez que não é necessário abandonar o que se conhece até o momen- to para promover a inserção de novas tecnologias em sala de aula regular, mas selecionar os momentos em que seu uso faz sentido. Em alguns dos projetos desta coleção, ao serem propostas estratégias com a utilização de tecnologias digitais, são apresentados os modelos de ensino híbri- do (HORN e STAKER, 2015), os quais abordam formas de encaminhamento das aulas em que as tecnologias digitais podem ser inseridas de modo integrado ao currículoe, portanto, não são consideradas um fim em si mesmas, mas têm pa- pel essencial no processo, principalmente em relação à personalização do en- sino. As propostas de ensino híbrido organizam -se de acordo com o esquema apresentado na figura e serão discutidas a seguir. Modelos de ensino híbrido – Instituto Clayton Christensen Rotação por estações Rotação individual Laboratório rotacional Sala de aula invertida 1 Modelo de rotação 2 Modelo �ex 3 Modelo à la carte 4 Modelo virtual enriquecido Ensino híbrido Sala de aula física Ensino on-line Fonte: Horn e Staker, 2015, p. 38. Modelos de rotação: nesse modelo, os alunos alternam atividades que en- volvem o uso de tecnologias digitais de acordo com a orientação do professor. As atividades realizadas nos grupos devem, preferencialmente, abarcar diferen- tes estratégias de aprendizagem, como discussões, atividades escritas, leituras e, necessariamente, uma atividade on-line. Os modelos de rotação apresentam as seguintes características: • Rotação por estações: de acordo com o tema da aula, o professor organiza ati- E R IC S O N G U IL H E R M E L U C IA N O III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 11 18/07/20 12:32 XII vidades não sequenciais e independentes atreladas aos subtemas, com a ofer- ta de diferentes experiências de aprendizagem. Os alunos são organizados em grupos, e cada grupo realiza uma tarefa segundo os objetivos de determinado subtema para a aula em questão. Os subtemas podem estar mais relaciona- dos aos aspectos conceituais, procedimentais ou atitudinais. Após um tempo determinado, os alunos trocam de grupo, até terem passado por todos. Ao fi- nal da aula, o professor conduz a sistematização dos aprendizados da turma e integra os conteúdos estudados em cada uma das situações. • Laboratório rotacional: modelo utilizado em escolas que dispõem de laborató- rio de informática em que o professor divide a turma ao meio: metade dela fica no laboratório, usualmente fazendo atividades individuais; a outra metade fica em sala de aula com o professor, realizando atividades em grupo com diferen- tes materiais. Ao término do tempo determinado, os espaços são alternados. • Sala de aula invertida: nesse modelo, a teoria é estudada em casa, no formato on-line, e o espaço da sala de aula é utilizado para discussões, resolução de atividades, entre outras propostas. O que se fazia na sala de aula (explicação do conteúdo) é agora feito em casa, e o que se fazia em casa (aplicação, ativi- dades sobre o conteúdo) é agora feito em sala de aula. • Rotação individual: cada aluno tem uma lista das propostas que deve contem- plar em sua rotina para cumprir os temas a serem estudados. A lista deve ser elaborada pelo professor, e não necessariamente todos os alunos devem pas- sar por todas as atividades propostas. Ao recolher informações que permitam traçar percursos ou experiências de aprendizagem que estejam de acordo com as necessidades dos alunos, estamos pensando na avaliação como uma fer- ramenta para a personalização. Esse aspecto deve estar muito presente nes- sa proposta, uma vez que a elaboração de um plano de rotação individual só faz sentido se tiver como foco o caminho a ser percorrido pelo aluno de acor- do com suas dificuldades ou suas facilidades. Os modelos flex, virtual enriquecido e à la carte não serão explorados na proposta, pois pressupõem uma organização de sala de aula que não é representativa da realidade brasileira. É grande a quantidade de recursos disponíveis para a integração das tecnolo- gias digitais à rotina pedagógica. Cabe ao professor a curadoria desses recursos, selecionando aqueles que podem fazer sentido em sua prática, de acordo com as necessidades dos alunos. Propostas de integração das tecnologias digitais ao en- sino requerem que o professor, ao ter claros os objetivos que pretende alcançar, planeje diferentes experiências educacionais para atingi-los (BACICH, TANZI NETO e TREVISANI, 2015; BACICH e MORAN, 2018). Nesta coleção, foram incluídas al- gumas propostas de inserção de tecnologias digitais na rotina dos projetos, mas há muitas outras. Para isso, é importante que os professores possam ter momen- tos de troca com seus pares para que o corpo docente consiga, colaborativamen- te, desenhar as propostas que fazem mais sentido na instituição em que atuam. 2.3 Gestão do espaço O espaço é um fator determinante para ações de colaboração entre pares. A colaboração engloba o compartilhamento de ideias por meio do diálogo e da construção conjunta de um produto que é mais do que a soma das ações indi- viduais; trata-se de uma reelaboração dessas ações. Uma organização do espa- ço eficiente é aquela que facilita os momentos de exposição de conteúdos que III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 12 18/07/20 12:32 XIII devem ser expostos e também possibilita a organização dos alunos em grupos para a construção de conceitos que dependem de discussão e de reflexão para serem elaborados. Com uma organização adequada do espaço, as ações de en- sino e aprendizagem podem ser potencializadas. Nesse sentido, além da cola- boração, a possibilidade de oferecer feedback às realizações de professores e de alunos será mais efetiva. Podemos considerar que uma organização do espaço e da atividade didática que forneça oportunidade de o professor estar mais próximo de grupos meno- res de alunos será essencial para o exercício de feedback, além de possibilitar momentos de colaboração e de troca entre os pares. Para os projetos, recomenda-se, além da utilização do espaço da sala de aula, a exploração de outros espaços da escola, como quadra esportiva e pá- tio, para facilitar a organização dos alunos em grupos de trabalho. O envolvi- mento de outros profissionais da escola e da comunidade escolar para a rea- lização de entrevistas e a apresentação dos resultados é recomendado para aproximar ainda mais os alunos de aspectos do dia a dia relacionados com o tema do projeto. Cabe ressaltar que, assim como na discussão sobre o papel do professor, ao analisar a importância de uma organização adequada do espaço, é importante ve- rificar que o envolvimento das diferentes equipes da escola é fundamental para a implantação de um modelo de organização didática diferenciado. Algumas ações são realizadas com orientações do professor, que inicia a mudança em sua sala de aula; outras dependem de apoio da gestão escolar para que surtam efeito e produzam os resultados almejados. 2.4 Competências gerais da BNCC e os projetos A noção de competências apresentada pela BNCC é entendida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (p. 8). Nesse sentido, a ABP valoriza a aplicação dos conhecimentos escolares de forma integrada, possibilitando uma mobilização cognitiva que valo- rize os aprendizados como construção coletiva e, ao mesmo tempo, instrumen- tos para uma compreensão de problemas reais. Serão discutidas, a seguir, al- gumas competências gerais determinadas na BNCC e sua sinergia com a ABP. A busca por soluções para problemas relacionados à rea lidade dos alunos pos- sibilita que os conhecimentos escolares sejam produzidos e aplicados em seu cotidiano na escola e na comunidade em que vivem. Para construir esses conhe- cimentos, a relação entre os fatos e as informações envolve a investigação, agu- çada pela curiosidade, na busca por soluções criativas. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das dife- rentes áreas. (BNCC, 2018, p. 9) Na ABP, a investigação e a produção de resultadosenvolvem o uso das tecnolo- gias digitais como um instrumento mediador. Sua utilização é o meio, não o fim. Nesse sentido, contribui-se para a ampliação da autonomia, da responsabilidade e da competência para um uso reflexivo e com intenções claras. Feedback Resposta, devolutiva. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 13 18/07/20 12:32 XIV Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunica- ção de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018, p. 9) Competências apresentadas na BNCC que envolvem prioritariamente valores e atitudes são amplamente exploradas na ABP e, além de incluídas no processo, são evidenciadas aos alunos na autoavaliação, trazendo à luz a discussão de as- pectos do currículo que sempre foram considerados importantes na educação, mas nem sempre era possível incluí-los em uma análise mais aprofundada. Para a análise dessas questões, uma das competências destaca-se por estar profun- damente relacionada com a ABP. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BNCC, 2018, p. 10) De acordo com a BNCC, as habilidades e seus respectivos objetos de conhe- cimento são evidenciados nos projetos e identificados no início e no decorrer de cada um deles no material do professor, tendo como pano de fundo as com- petências gerais, que são contempladas e exploradas em cada um dos projetos apresentados nesta coleção. 3. O papel da avaliação nos projetos A avaliação é um processo contínuo na aprendizagem baseada em projetos. Deve, portanto, ser considerada um item à parte ao ser analisada como fio con- dutor das ações que serão desenvolvidas em um projeto, o que demanda aten- ção constante do educador, pois a avaliação direciona a ação e é um instrumento de aprendizagem para professores e alunos. Hoffmann (1996) afirma que, para a avaliação se configurar como um instrumento de aprendizagem, cabe ao pro- fessor refletir sobre toda a produção de conhecimento por parte do aluno. Nes- se ponto de vista, a avaliação não deve se restringir a um momento isolado, no fim do processo, mas estar presente durante o trabalho de cada etapa do pro- jeto, permitindo a análise da produção de conhecimento dos alunos em diferen- tes momentos do processo ensino-aprendizagem. De maneira geral, podemos considerar três momentos fundamentais no processo, segundo Zabala (1998): a avaliação inicial, a avaliação reguladora e a avaliação final. Nesta coleção, a avaliação inicial ocorre no levantamento de conhecimentos prévios sobre a temática do projeto, ao explorar as questões propostas nas pá- ginas de abertura. Esse momento oferece condições de identificar, por meio de diferentes estratégias, os conhecimentos cotidianos dos alunos sobre o tema a ser trabalhado. Essa identificação é essencial para analisar o nível de profun- didade em que o tema será tratado: mantendo a proposta apresentada no pro- jeto ou indo além dela e desmembrando-a para a elaboração de outros projetos decorrentes do inicialmente proposto. Entre as etapas do projeto sugere-se a observação dos avanços conceituais dos alunos. Assim, na seção denominada Parando para pensar, são retomadas questões conceituais, procedimentais e atitudinais relacionadas às propostas da etapa. Nesse momento, os alunos podem expressar o que construíram até o mo- mento, constituindo um momento de avaliação reguladora. Reguladora porque III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 14 18/07/20 12:32 XV possibilita refletir sobre como cada aluno aprende ao longo do processo ensino- -aprendizagem e como se adapta às novas situações. Dessa maneira, cabe ao professor, mais do que incentivar a reflexão dos alunos sobre o tema, oferecer feedback apropriado com a intenção de que eles avancem na realização do pro- jeto e, principalmente, na construção de conhecimentos. Ao final do projeto, recomenda-se realizar a avaliação final. Para esse momen- to, de modo geral, não se espera uma avaliação no sentido formal, mas uma re- flexão sobre os avanços e a extrapolação da temática do projeto para o “mun- do real”. Alguns projetos estão explicitamente relacionados com problemas do mundo real e imediato, relacionados à experiência dos alunos; outros apresen- tam uma conexão entre conceitos dos quais decorrem sua relação com a rea- lidade, o que pode não ser evidente para eles. Utilizar os momentos de avalia- ção final para estabelecer essas relações é fundamental para que o projeto faça sentido para os alunos. É importante, a todo o momento, o olhar atento do professor em relação ao “erro” dos alunos. O erro tem uma função essencial, pois faz parte do proces- so de aprendizagem. Assim, ele deve ser encarado pelo professor como uma forma de entender o processo pelo qual os alunos estão passando e, dessa for- ma, ser um caminho para reorientar a prática pedagógica. A possibilidade de os alunos avaliarem sua própria aprendizagem é uma ferramenta que favorece a compreensão e a análise dos possíveis “equívocos” que venham a ocorrer no processo. Um conceito que se aplica nesse caso é a metacognição, que pode ser definida, etimologicamente, como faculdade de conhecer o próprio ato de conhecer ou, em outras palavras, conscientizar-se, analisar e avaliar o modo como se conhece. Dessa forma, as propostas da seção Parando para pensar, em que os alunos analisam seus avanços, precisam ser complementadas por uma conversa com o professor acerca do processo de construção de conheci- mentos, enumerando dificuldades e facilidades e também evidenciando os as- pectos mais relevantes. Essa conversa pode facilitar e orientar o trabalho do professor na identificação de fatores causadores de “erro” e, mais ainda, em como intervir para que esse “erro” funcione como uma etapa real de aprendi- zagem. Trata-se de orientação por meio de feedbacks. Hattie e Timperley (2017) mencionam quatro tipos de feedback: o primeiro tipo é aquele que afirma se o trabalho realizado está certo ou errado e o que deve ser feito para melhorá- -lo (feedback sobre a tarefa); o segundo refere-se ao processo de realização da tarefa, e a orientação está relacionada ao que deve ser feito para o processo ser mais eficiente (feedback sobre o processo); o terceiro tem função de au- torregulação, questionando os alunos sobre sua ação e fazendo com que refli- tam sobre ela, como ocorre em uma autoavaliação (feedback sobre a autorre- gulação); o quarto é aquele que valoriza o sujeito, encorajando-o a dar continui- dade ao seu trabalho (feedback pessoal). Segundo Hattie (2017), para oferecer bons feedbacks, é essencial que o professor tenha clareza do ponto em que os alunos se encontravam no início de um processo, onde eles se encontram agora e aonde eles devem chegar. Além disso, lidar com o “erro”, valorizando o esforço e colaborando com a oferta de recursos que atuem como trampolins para que os alunos alcancem o que se espera, ou até além do que se espera, é um grande desafio da avaliação. Na orientação aos professores que acompa- nha as atividades da seção Parando para pensar, será possível identificar al- gumas propostas de feedback a serem trabalhadas com os alunos, sobretudo o feedback sobre o processo e o feedback sobre a autorregulação. Assim como indicado por Vickery, Autorregulação Ocorre quando o indivíduo regula, controla ou modifica seus próprios comportamen- tos ou ações. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 15 20/07/20 11:57 XVI uma estratégia geralmente usada para demonstrar a autoavaliação das crianças é incentivá-las a indicar sua confiança ou sucesso na aprendizagem com um sinal escrito, por exemplo, um rosto sorridente, um círculo desemáforo ou um sinal de polegar [...]. (2016, p. 113) Neste material, optamos pela utilização de troféus para simbolizar a relação dos alunos com os itens questionados por entendermos que, independentemente da amplitude, os avanços devem ser reconhecidos. Porém, assim como alerta- do por Vickery (2016), também entendemos que a utilização da autoavaliação por meio dos símbolos só surtirá efeitos positivos se for desenvolvida por meio de um diá logo aberto com o professor, sob o risco de ser tratada superficialmente e não alcançar seus objetivos. É interessante, nesse caso, organizar o tempo da aula para que, individualmente ou em pequenos grupos, o professor possa discu- tir com os alunos o resultado da avaliação, permitindo que eles apresentem suas percepções sobre o processo e desenvolvam a reflexão sobre sua aprendizagem. 3.1 Trabalhando com rubricas Rubricas são instrumentos que possibilitam uma avaliação para a aprendiza- gem, ou seja, aquela que coloca ênfase na participação ativa dos alunos na iden- tificação dos objetivos e na avaliação do processo. As rubricas caracterizam-se por apresentar uma lista de critérios específicos, os quais descrevem diferen- tes níveis de desempenho do aluno. Segundo Bender (2014, p. 133), “uma boa rubrica deve abordar todos os componentes relevantes de um artefato ou outro tipo de tarefa dentro de um projeto de ABP, assim como um conjunto de crité- rios específicos para o trabalho dos alunos”. Avaliar o resultado dos alunos é um dos objetivos das rubricas. Contudo, se bem elaboradas, elas também podem ser um excelente instrumento para a autoavaliação e para a avaliação geral de todo o projeto. As rubricas devem ser elaboradas antes do início da aplicação do projeto, deixando claro a todos os envolvidos quais são as expectativas relacionadas ao projeto que devem ser contempladas até o término dele. Nesta coleção, para cada projeto, há uma planilha de rubricas elaboradas com o objetivo de favorecer a análise de habi- lidades socioemocionais, já citadas neste manual. Optou-se, dessa forma, por explorar essas habilidades nas rubricas dos projetos, para facilitar que ques- tões como colaboração, responsabilidade, pensamento crítico, entre outras, sejam discutidas pelo grupo antes de dar-se início ao projeto. No quadro com os componentes do projeto, porém, são apresentados conteúdos conceituais e procedimentais que podem fazer parte de rubricas construídas coletivamen- te com os alunos. Ao elaborar uma rubrica, os diferentes aspectos da tarefa são cruzados com o nível de desempenho do aluno em cada um desses aspectos. Segun- do Bender (2014, p.134): Embora o número de tarefas e níveis de desempenho possam variar de uma rubrica para outra, a maioria das rubricas é representada como grades, com três, quatro ou cinco componentes de tarefas identificados e três, quatro ou cinco níveis diferentes de desempenho delineados no topo. Veja, a seguir, um exemplo de quadro de rubricas. Para cada projeto, de acordo com as habilidades trabalhadas, alguns componentes das rubricas podem ser modificados. Rubricas Recursos utilizados para ava- liar aspectos qualitativos de uma proposta. Envolvem uma lista de critérios e os níveis de desempenho de cada critério, descritos de forma a apresen- tar a gradação de cada nível. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 16 20/07/20 11:58 XVII 4. Estrutura dos projetos na coleção Cada livro desta coleção apresenta quatro projetos. Cada projeto tem carac- terísticas específicas, relacionadas ao tema por ele tratado, e características ge- rais, estruturantes da ABP. Os itens que compõem os projetos serão descritos a seguir, com uma breve orientação sobre a forma de encaminhamento que está alinhada com a metodologia dos projetos. 4.1 Página de abertura: situação-problema, levantamento de conhecimentos cotidianos e questionamentos abertos Os projetos procuram contextualizar de alguma forma o que será trabalhado com a realidade dos alunos. Projetos costumam começar com uma visão ou uma ideia surgida de uma discussão, pela leitura de uma imagem, de um artigo ou de um texto, entre outros recursos. Esse cenário será apresentado na página de abertura, e a situação-problema é sugerida neste Manual do professor, especifi- camente na planilha do projeto, na coluna Motivação. Quadro de rubricas Critérios de avaliação Conceitos Ótimo desempenho Muito bom desempenho Bom desempenho Preciso melhorar Colaboração Sempre ouço os outros, compartilho e me esforço em participar do grupo. Procuro manter as pessoas trabalhando juntas. Na maioria das vezes, ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Nem sempre ouço os outros ou compartilho opiniões. Preciso ser encorajado para participar do grupo. Dificilmente ouço os outros ou compartilho opiniões, mesmo sendo encorajado para participar do grupo. Criatividade Todas as ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Muitas das ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Algumas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. As ideias que apresentei não foram consideradas criativas pelo grupo. Conteúdo Demonstrei ter compreendido todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido quase todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido apenas alguns itens do conteúdo ao término do projeto. Não demonstrei ter compreendido o conteúdo ao término do projeto. Investigação Levantei hipóteses, participei ativamente da construção de conclusões e pesquisei em diferentes materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei algumas hipóteses, participei da construção de conclusões e pesquisei em alguns materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei hipóteses e pesquisei em materiais com o auxílio do professor. Tive dificuldade em levantar hipóteses e em elaborar conclusões. Uso das tecnologias digitais (se ocorrer) Utilizei os recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei alguns recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei poucos recursos digitais de acordo com a orientação. Não utilizei os recursos digitais, mesmo com a orientação de uso. Elaborado com dados de: <http://rubistar.4teachers.org/index.php>. Acesso em: 6 dez. 2017. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 17 18/07/20 12:32 http://rubistar.4teachers.org/index.php XVIII Questionamentos abertos são um dos pré-requisitos para a ABP. Na seção Trocando ideias, ao questionar os alunos sobre o que já sabem sobre o tema e sobre o que gostariam de saber, etapas já estabelecidas do projeto podem ser substituídas e/ou complementadas, dando a eles condições de buscar respos- tas para questionamentos abertos e reais. É importante que todos se sintam à vontade para conversar sobre os aspectos evidenciados na abertura e possam apresentar suas percepções e suas necessidades reais em relação ao assunto. Nesse momento, são levantados também os conceitos cotidianos dos alunos sobre o tema, como uma avaliação inicial ou diagnóstica. Nesse contexto, bem como em muitos outros que ocorrerão durante a rea- lização do projeto, é essencial que os alunos percebam a importância do dis- curso oral, participando da conversa e dando oportunidade aos colegas para que dela participem. Para tanto, combine com os alunos, desde o início, como ocorrerão os turnos de fala. É importante criar uma atmosfera respeitosa para que todos tenham oportunidade de falar e de serem ouvidos. Para formalizar, organize com toda a turma uma lista de atitudes acordadas a ser complemen- tada sempre que surgirem novas demandas. 4.2 Questão norteadora São questões significativas que despertam o interesse dos alunos e buscam fazercom que concentrem esforços durante todo o projeto. A questão nortea- dora está relacionada de alguma forma ao produto final, possibilitando que o per- curso percorrido pelos alunos na realização do projeto converta-se em aprendi- zados significativos em relação às habilidades dos componentes curriculares e, principalmente, em relação às competências gerais da BNCC. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 18 18/07/20 12:32 XIX 4.3 Etapas do projeto Cada projeto é dividido em etapas. Ao professor, apresenta-se um cronograma com o tempo de duração sugerido para cada uma delas. Após a pergunta nortea- dora, será apresentado aos alunos um quadro com as etapas do projeto. A ideia é solicitar a eles que anotem a data de início do projeto e a previsão de término fornecida pelo professor. Para a gestão do tempo dedicado ao projeto, é impor- tante que esse registro seja realizado, bem como o registro de início e término de cada etapa do projeto, que aparecerá nas páginas subsequentes. Sempre que finalizar uma etapa do projeto, retome com os alunos a programação combina- da e converse sobre os fatos que levaram à pontualidade, ao atraso ou à anteci- pação da conclusão da etapa. Embora seja sugerida uma previsão das etapas, os projetos podem ter enca- minhamentos diversos com o objetivo de responder aos questionamentos dos alunos. Em cada proposta de projeto, foram selecionadas algumas etapas com o objetivo de indicar ao professor um possível encaminhamento. Porém, outros percursos podem ser construí dos no decorrer do trabalho, e as etapas sugeridas podem ser complementadas ou substituídas por outras que façam mais senti- do para a turma. Em algumas etapas, as atividades propostas são mais dirigidas, encaminhando os alunos para que reflitam sobre alguns aspectos importantes para responder à questão norteadora. Em outros momentos, para que eles iniciem a investigação do tema, são solicitadas pesquisas em diferentes tipos de fonte. Nesse momento, pode ocorrer de o projeto ser desdobrado em subtemas em virtude do interesse da turma. Analise com o grupo a pertinência do subtema para a temática do pro- jeto. Caso todos concordem, é momento de aprofundar os assuntos levantados e retomar o projeto na sequência. Por vezes, há, ainda, necessidade de dar aos alunos informações importantes para a condução do projeto. Essas informações aparecem na seção Fique por den- tro na forma de textos e imagens complementares. 4.4 Trabalho em dupla ou em grupo A maioria das atividades será trabalhada em dupla. Atividades que envolvam a produção de alguns produtos serão realizadas em pequenos grupos. Nas ativida- des em que a escrita está envolvida, é importante considerar o nível de proficiên- cia dos alunos na organização das duplas ou dos grupos; para isso, faça uma ava- liação diagnóstica. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 19 18/07/20 12:32 XX Verifique o entrosamento das duplas e, se necessário, reorganize a turma nas aulas seguintes, de acordo com critérios preestabelecidos, que podem estar re- lacionados ao resultado da avaliação da seção Parando para pensar. 4.5 Parando para pensar A cada duas ou três etapas do projeto, há um quadro de autoavaliação dos alu- nos em relação ao andamento do trabalho. Mais do que o preenchimento do qua- dro, é importante que o professor discuta os resultados com eles, a fim de de- terminar objetivos para as próximas etapas com base no desempenho apresen- tado na autoavaliação. Nos anos iniciais, a leitura do quadro deve ser feita pelo professor, o que vai facilitar a troca de ideias sobre os itens assinalados. Nos de- mais anos, encontrar momentos para conversar com os alunos durante a realiza- ção das atividades das etapas posteriores pode ser uma estratégia interessante. 4.6 Comunicando Comunicar o produto final do projeto para uma audiência real é fundamental no trabalho por projetos. Caso não seja possível promover uma apresentação com a presença das pessoas da comunidade escolar, há a possibilidade de organizar uma apresentação virtual, publicar um vídeo com acesso restrito ou criar uma co- munidade on-line ou um blog da turma. O blog pode ser um recurso interessan- te para registrar todas as apresentações realizadas, mesmo aquelas que conta- rem com a presença das pessoas. Na seção Comunicando, além da apresenta- ção, é solicitada uma avaliação do projeto por meio de questões que extrapolam para a realidade dos alunos a proposta que teve início na questão norteadora. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 20 18/07/20 12:32 XXI PARANDO PARA PENSAR CONHECENDO MAIS COMUNICANDO LIVRO • BANHO É BOM! HÉLIO ZISKIND E MARCELLO ARAUJO. SÃO PAULO: SALAMANDRA. NESSE LIVRO COM CD, O DIA A DIA DAS CRIANÇAS É REPRESENTADO POR IMAGENS E PELA TRILHA SONORA. INTERNET • TURMA DA MÔNICA: LAVAR AS MÃOS SALVA VIDAS! MAURICIO DE SOUSA HISTÓRIA EM QUADRINHOS QUE MOSTRA A IMPORTÂNCIA DE LAVAR AS MÃOS PARA A SAÚDE DO CORPO. <http://turmadamonica.uol.com.br/lavar_as_maos_salva_vidas/>. ACESSO EM: 18 OUT. 2017. R E P R O D U Ç Ã O • VOCÊ CONSEGUIU REALIZAR TODAS AS ETAPAS DO PROJETO NO TEMPO CERTO? • VOCÊ CONSEGUIU TRABALHAR EM DUPLA OU COM MAIS DE UM COLEGA, OUVINDO AS OPINIÕES DELES E APRESENTANDO SUAS OPINIÕES? • VOCÊ ACHA QUE DEVERIA MUDAR ALGO NA FORMA COMO VOCÊ LAVA AS MÃOS? SE SIM, O QUE PRECISARIA MUDAR? • DE ACORDO COM O QUE VOCÊ ESTUDOU, POR QUE O HÁBITO DE HIGIENE DAS MÃOS É IMPORTANTE PARA A SAÚDE DO CORPO? AGORA É HORA DE MOSTRAR O QUE FOI PRODUZIDO. COM A AJUDA DO PROFESSOR, ORGANIZEM UMA EXPOSIÇÃO DOS CARTAZES E UMA EXIBIÇÃO DOS VÍDEOS DA TURMA. REGISTRE 1. COMO OS CARTAZES FORAM EXPOSTOS? 2. COMO O VÍDEO FOI DIVULGADO? 3. O QUE VOCÊ APRENDEU COM ESTE PROJETO? 4. O QUE VOCÊ FARIA DIFERENTE NESTE PROJETO? APRESENTANDO OS RESULTADOS R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 22 2323 R E P R O D U Ç Ã O 5. Planejando projetos Os projetos apresentados nesta coleção constituem uma variedade possível para a faixa etária dos alunos de cada ano, mas há muitos outros a serem cria- dos e desenvolvidos. Podem ser projetos mais estruturados, como os propos- tos nesta coleção, ou mais abertos, em que a questão norteadora e seus des- dobramentos são construídos pelos alunos. Ao elaborar novos projetos, a planilha oferecida ao final deste tópico pode ser utilizada como suporte. Identificando o tema a ser trabalhado, é possível dese- nhar o plano de trabalho seguindo as etapas propostas na planilha. O importan- te é iniciar com objetivos claros daquilo que se pretende alcançar com o projeto, além de definir quais componentes curriculares serão envolvidos. A orientação do BIE é começar com o fim em mente. Em seguida, a formulação da questão norteadora possibilitará o desenho das eta- pas. O objetivo do projeto e o produto final estão relacionados à questão norteado- ra. Ela não pode ser ampla demais, sob pena de não ser respondida, nem pode ser objetiva a ponto de ser respondida com uma única atividade. O próximo passo, ainda segundo o BIE, é planejar a avaliação: quais serão os critérios e em que nível eles serão avaliados. A elaboração da planilha de rubri- cas faz parte dessa etapa, podendo ser construída pelo professor e compartilha- da com os alunos ou ser construída coletivamente. É importante que a turma te- nha acesso aos critérios de avaliação antes de iniciar o projeto. Na sequência, é necessário descrever as etapas do projeto e seu cronograma de realização. Essa é a parte que pode ser redesenhada no percurso, de acor- do com as respostas dos alunos às etapas propostas. Em algumas situações, algumas etapas já pensadas e elaboradas podem ser desdobradas em outras ou, dependendo do caso, suprimidas. Gerenciaro processo e acompanhar seu anda- mento é uma ação que deve ser feita coletivamente, por professores e alunos, para possibilitar o envolvimento de todos. Comunicar os resultados a uma audiência real é essencial em um trabalho por projetos. Assim, é importante que o professor avalie as possibilidades de comu- nicação por meios presenciais ou virtuais, mas garantindo aos alunos clareza de que haverá um interlocutor, alguém do outro lado que terá acesso ao que foi pro- duzido pela turma. De acordo com as ideias de Vasquez, Comer e Villegas (2017), elaboramos uma planilha que pode ser utilizada como base para a criação de novos projetos. Em cada projeto elaborado para esta coleção, há uma planilha, como a que segue, preenchida com os seus elementos. Retome a planilha sempre que necessário para acompanhar o andamento do trabalho e possibilitar que os objetivos gerais traçados sejam alcançados. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 21 18/07/20 12:32 XXII Pl an ilh a de e la bo ra çã o de p ro je to in te gr ad or 2 – T ít ul o: / A no : Pa râ m et ro s3 P ro p ó si to M o ti va çã o P ro ce ss o A p re n d iz ad o s R el ev ân ci a e ap ro fu n d am en to Q u ai s h ab ili d ad es d a B N C C e st ão p re se n te s n o p ro je to ? Po r q u e o s al u n o s vã o d es en vo lv er es te p ro je to ? Q u al é a s it u aç ão - -p ro b le m a a se r la n ça d a p ar a co n te xt u al iz ar a q u es tã o n o rt ea d o ra ? Q u al é o p er cu rs o a se r tr aç ad o p ar a q u e o s o b je ti vo s d o p ro je to s ej am at in g id o s? Q u al é o p ro d u to f in al ? Q u e ev id ên ci as p o d em s er o b ti d as em r el aç ão a o s ap re n d iz ad o s d o s al u n o s em c ad a et ap a d o p ro je to ? Q u e re la çã o p o d e se r es ta b el ec id a en tr e o p ro je to r ea liz ad o e as q u es tõ es co ti d ia n as ? H á o u tr o s q u es ti o n am en to s q u e p o d em s er f ei to s ao té rm in o d o p ro je to p ar a es ta b el ec er e ss a re la çã o ? Li st ar a s h ab ili d ad es d a B N C C q u e es tã o co n te m p la d as n o p ro je to , d if er en ci an d o : 1. P ri m ei ro p la n o : h ab ili d ad es , o b je to s d e co n h ec im en to , u n id ad e te m át ic a e co m p o n en te cu rr ic u la r q u e sã o o f o co p ri n ci p al e ev id en te d o p ro je to . 2. S eg u n d o p la n o : h ab ili d ad es , o b je to s d e co n h ec im en to , u n id ad e te m át ic a e co m p o n en te s cu rr ic u la re s q u e p o d em s er id en ti fi ca d o s d e fo rm a se cu n d ár ia n o p ro je to . Li st ar a q u es tã o n o rt ea d o ra d o p ro je to e a s q u es tõ es es se n ci ai s d er iv ad as d el a, a s q u ai s, a o se re m r es p o n d id as , tr ab al h ar ão c o n ce it o s, h ab ili d ad es e v al o re s q u e p o d em s er co n te m p la d o s n o p ro je to . Q u es tã o n o rt ea d o ra : Pe rg u n ta q u e ir á d ir ec io n ar o s es tu d an te s n o d es en vo lv im en to d o p ro je to e q u e in te g ra as h ab ili d ad es li st ad as n o s Pa râ m et ro s. Q u es tõ es d er iv ad as d a q u es tã o n o rt ea d o ra : E m c ad a u m d o s co m p o n en te s cu rr ic u la re s, q u e p er g u n ta s re la ci o n ad as a o p ro je to p o d em s er fe it as ? C ri ar u m c en ár io q u e en vo lv a o s es tu d an te s co m a p ro p o st a d o p ro je to ; a p ar ti r d el e, s er á la n ça d a a q u es tã o n o rt ea d o ra . E ss e ce n ár io s er á ap re se n ta d o n o in íc io d o p ro je to e p o d e en vo lv er im ag em , te xt o , r ep o rt ag em , ti ri n h a, in fo g rá fi co o u o u tr a p ro p o st a co n te xt u al iz ad o ra . Li st ar a s et ap as d o p ro je to q u e en vo lv em o s m o m en to s em q u e as q u es tõ es n o rt ea d o ra e d er iv ad as p o d er ão se r ex p lo ra d as . Id en ti fi ca r o s m at er ia is n ec es sá ri o s em c ad a et ap a d o p ro je to . In fo rm ar q u al é o p ro d u to fi n al e sp er ad o d e ac o rd o c o m a q u es tã o n o rt ea d o ra . In d ic ar o t em p o p re vi st o p ar a ca d a et ap a d o p ro je to . Li st ar o q u e se rá u ti liz ad o p ar a m o n it o ra r o an d am en to d o p ro je to e p ar a ch ec ar o s ap re n d iz ad o s ao té rm in o d el e. Li st ar o s p ré - -r eq u is it o s – o q u e o s al u n o s d ev em s ab er an te s d e d ar in íc io a o p ro je to . A va lia çã o f o rm at iv a: E la b o ra r ru b ri ca s p ar a ch ec ag em in d iv id u al fe it a p el o s p ró p ri o s al u n o s d u ra n te o p ro je to . A va lia çã o f in al : E la b o ra r ru b ri ca s p ar a o p ro fe ss o r ch ec ar se o q u e se e sp er a d o p ro je to , a o f in al d el e, fo i a lc an ça d o e e m q u e n ív el . Id en ti fi ca r o s d es d o b ra m en to s d a q u es tã o n o rt ea d o ra p ar a p ro b le m as d o m u n d o r ea l, ca so a q u es tã o n ão t en h a si d o d ir et am en te re la ci o n ad a a el es . S e fo r o c as o , s u g er ir q u es tõ es q u e p o d em se r d es d o b ra d as p ar a a an ál is e d e p ro b le m as d o m u n d o re al . 2. A da pt ad o de : V A S Q U E Z, J . A .; C O M E R , M .; V IL LE G A S, J . S TE M L es so n G ui de po st s. P or ts m ou th , N H : H ei ne m an n, 2 01 7. 3. B R A S IL . M in is té rio d a E du ca çã o. B as e N ac io na l C om um C ur ric ul ar (B N C C ). H ab ili da de s, O bj et os d e co nh ec im en to , U ni da de t em át ic a, C om po ne nt e cu rr ic ul ar . B ra sí lia : M E C , 2 01 8. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 22 18/07/20 12:32 XXIII Para verificar se todos os elementos de um projeto foram contemplados em sua planilha, sugere-se uma lista de perguntas a serem feitas ao finalizar a elaboração. Checklist As competências gerais da BNCC podem ser identificadas em seu projeto? Os parâmetros escolhidos estão sendo contemplados? A questão norteadora realmente mobiliza os alunos? O produto final envolve os múltiplos parâmetros selecionados neste projeto? O projeto apresenta relação com os problemas do mundo real, mesmo que não apresentados diretamente na questão norteadora? As tecnologias digitais estão contempladas de alguma forma em seu projeto? Assim, considera-se que, após exercitar a realização de projetos com os alu- nos, como os apresentados nesta coleção, o professor terá condições de elabo- rar projetos cada vez mais próximos das necessidades reais da turma. 6. Conhecendo os projetos do 1o ano Nas páginas a seguir, são dadas orientações para cada projeto. Há uma intro- dução sobre a escolha de cada tema, indicação dos objetivos de aprendizagem, sugestão de cronogramade trabalho e de materiais indicados para execução, pla- nilha com estrutura detalhada do projeto e respectivo quadro de rubricas. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 23 18/07/20 12:32 XXIV Projeto 1 Uma mão lava a outra? Tema do projeto O projeto Uma mão lava a outra? tem como objetivo estimular os estudantes a refletir sobre os hábitos de higiene para que, ao final, sejam capazes de comunicar a outras pesso- as o que aprenderam por meio da elaboração e da divulgação de cartazes e vídeos. Conceitos próprios de Ciências são trabalhados pela sensibilização em relação à lim- peza das mãos e às questões de higiene e saúde vivenciadas diariamente pelos alunos dessa faixa etária. Depois de obter informações relacionadas à saúde, a criança tem opor- tunidade de analisar e avaliar suas atitudes, ou as ações que deveria realizar, tornando-se apta a fazer escolhas mais conscientes no seu dia a dia. De acordo com alguns autores, é essencial educar os cidadãos para que atuem em sociedade preservando a própria saúde e a do local em que vivem. Assim, as questões culturais, sociais e históricas devem ser con- sideradas durante todo o projeto. Conhecimentos de Língua Portuguesa são explorados nas discussões orais sobre a relação da higiene com a saúde do corpo e na divulgação das descobertas feitas e das informações obtidas. Conhecimentos de Matemática também são contemplados por meio das medidas de tempo, da escrita do dia, mês e ano, de acor- do com a consulta ao calendário, e da leitura e construção de tabelas para a organização de dados coletados. Objetivos de aprendizagem Espera-se que, ao término do projeto, os alunos sejam capazes de: Identificar práticas cotidianas de cuidados pessoais que contribuem para a manuten- ção da saúde. Explicar a importância da limpeza das mãos. Planejar a elaboração de cartazes e vídeos para comunicar a outras pessoas a impor- tância de hábitos de higiene para a saúde. Realizar pesquisa em diferentes fontes com o apoio do professor. Selecionar conteúdos provenientes de diferentes fontes pesquisadas. Praticar a escrita de palavras e frases, de acordo com suas possibilidades. Planejar textos, com a ajuda do professor, considerando a situação comunicativa e os interlocutores, a finalidade, a circulação, o tema e o assunto. Organizar dados coletados em tabelas e outras representações gráficas. Utilizar tecnologias digitais como recursos na construção de conhecimentos. Interagir como membros de uma equipe. Reconhecer a importância do trabalho colaborativo. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 24 18/07/20 12:32 XXV Cronograma de execução do projeto Início Abertura e apresentação da questão norteadora e etapas do projeto 1 aula Etapa 1 Quando devemos lavar as mãos? 1 aula Etapa 2 Os produtos para a limpeza das mãos 2 aulas Etapa 3 Observando a escola 2 aulas Etapa 4 Lavando as mãos 2 aulas Etapa 5 A importância dos hábitos de higiene 3 aulas Etapa 6 Produzindo cartazes e vídeos 4 aulas Final Comunicando 1 aula Total de aulas previstas para a conclusão do projeto 16 aulas Para este projeto, além de livros e revistas para pesquisa, é sugerido o uso de recursos di- gitais, se estiverem disponíveis na escola. Haverá a produção de atividades de colagem com diferentes materiais e, sempre que possível, devem ser utilizados materiais que seriam descar- tados, como embalagens e sobras de papel. Recomenda-se, além da utilização do espaço da sala de aula, a exploração de outros es- paços da escola, como quadra esportiva e pátio, para facilitar a organização dos alunos em grupos de trabalho. O envolvimento dos alunos com a comunidade escolar para a realização de entrevistas e apresentação dos resultados é recomendado para aproximar ainda mais aspectos cotidianos do conteúdo aprendido na escola. É recomendável que a avaliação do projeto seja realizada com os alunos por meio de um quadro de rubricas. Há uma sugestão de quadro na página XXIX, porém, outras propostas podem ser utilizadas de acordo com as necessidades do professor e/ou do grupo. Material necessário para a execução do projeto • Jornais e revistas • Tesoura com pontas arredondadas • Lápis de cor • Cola • Lenço ou tecido para vendar os olhos • Computador ou outro dispositivo com acesso à internet • Tinta guache • Pincel • Câmera fotográfica, celular, tablet ou outro dispositivo que permita gravar vídeos • Cartolina • Canetinhas hidrográficas de cores variadas Organização do projeto A expectativa de duração do projeto é de dezesseis aulas organizadas em aproximadamente dois meses de trabalho. Sugere-se que o professor reserve ao menos duas aulas por semana para a realização das atividades propostas neste projeto. O cronograma para a realização do projeto, suas respectivas etapas e a lista do material que será utilizado são apresentados a seguir: III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 25 18/07/20 12:32 XXVI A estrutura do projeto PROJETO 1 Parâmetros Propósito Quais habilidades da BNCC estão presentes no projeto? Primeiro plano: • Vida e evolução Corpo humano (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde. Segundo plano: • Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. Características da conversação espontânea (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. • Grandezas e medidas Medidas de tempo: unidades de medida de tempo, suas relações e o uso do calendário (EF01MA18) Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários. • Probabilidade e estatística Coleta e organização de informações Registros pessoais para comunicação de informações coletadas (EF01MA22) Realizar pesquisa, envolvendo até duas variáveis categóricas de seu interesse e universo de até 30 elementos, e organizar dados por meio de representações pessoais. Por que os alunos vão desenvolver este projeto? Questão norteadora: Por que é importante cuidar do corpo e mantê-lo limpo? Como fazer isso? Questões derivadas da questão norteadora: Que atitudes devem ser tomadas para manter o corpo limpo? Que produtos podem ser utilizados para cuidar da higiene das mãos? Em que locais é possível manter as mãos limpas no ambiente escolar? Como verificar se a higiene das mãos está sendo realizada de forma adequada? De que maneira as tarefas podem ser organizadas em um trabalho em grupo? O que pode ser feito para informar muitas pessoas sobre os cuidados necessários para manter a higiene do corpo? Que recursos podem ser utilizados para transmitir informações e compartilhar experiências? Como utilizar recursos digitais para compartilhar informações? Como elaborar um texto que apresente os aprendizados sobre o tema? (continua) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 26 18/07/20 12:32 XXVII Motivação Processo Qual é a situação-problema a ser lançada para contextualizar a questão norteadora? Qual é o percurso a ser traçado para que os objetivos do projeto sejam atingidos? Qual é o produto final? A limpeza das mãos pode ser feita em diferentes locais e é um importante hábito para a manutenção da saúde do corpo. Na escola, em que locais podemos realizar a higiene das mãos e como fazê-la de forma adequada? Abertura – Apresentação e discussão da questão norteadora por meio de sensibilização com o tema e delimitação do tempo de duração do projeto. Etapa 1 – Pesquisar e listar assituações em que é essencial a limpeza das mãos. Etapa 2 – Pesquisar quais são os produtos usados para a higiene das mãos. Etapa 3 – Verificar os locais na escola em que há possibilidade de realizar a higiene das mãos. Etapa 4 – Levantar hipóteses, experimentar e elaborar conclusões sobre a forma mais adequada de higienizar as mãos. Etapa 5 – Pesquisar as consequências da falta de higiene para a saúde do corpo. Identificar o que pode ser feito para cuidar da higiene do corpo. Etapa 6 – Desenvolver uma forma de comunicar os aprendizados para o maior número possível de pessoas. Comunicando – Apresentar os cartazes e os vídeos aos membros da comunidade escolar e verificar os aprendizados decorrentes do projeto. (continua) (continuação) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 27 18/07/20 12:32 XXVIII BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Habilidades, Objetos de conhecimento, Unidade temática, Componente curricular. Brasília: MEC, 2018. Aprendizados Relevância e aprofundamento Que evidências podem ser obtidas em relação aos aprendizados dos alunos em cada etapa do projeto? Que relação pode ser estabelecida entre o projeto realizado e as questões cotidianas? Há outros questionamentos que podem ser feitos ao término do projeto para estabelecer essa relação? Pré-requisitos: 1) Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é produzida. 2) Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes saudáveis. 3) Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo. Avaliação formativa: Trabalhando em grupo – Cooperação: Eu colaboro com o grupo na maior parte do tempo. – Participação: Eu escuto meus colegas e aguardo minha vez de falar. Sobre os conceitos – Eu sei explicar o que ocorre quando não cuidamos da higiene do corpo. Avaliação final: Sobre o produto final – Consigo explicar pelo menos três coisas que devem ser feitas para cuidar da higiene do corpo, de acordo com os momentos do dia? – Eu e meu grupo fomos criativos ao elaborar os cartazes e os vídeos? – Conseguimos explicar às pessoas o que deve ser feito para manter a higiene das mãos? De acordo com o que foi estudado, você manteria ou modificaria suas ações em relação à higiene do corpo? Que atitudes você poderia tomar para compartilhar com mais pessoas o que aprendeu neste projeto? Há situações em sua comunidade que precisam ser melhoradas para que as pessoas possam manter o corpo limpo e saudável? (continuação) PROJETO 1 III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 28 18/07/20 12:32 XXIX Quadro de rubricas Ótimo desempenho Muito bom desempenho Bom desempenho Preciso melhorar Colaboração Sempre ouço os outros, compartilho e me esforço em participar do grupo. Procuro manter as pessoas trabalhando juntas. Na maioria das vezes eu ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Nem sempre ouço os outros ou compartilho opiniões. Preciso ser encorajado para participar do grupo. Dificilmente ouço os outros ou compartilho opiniões, mesmo sendo encorajado para participar do grupo. Criatividade Todas as ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Muitas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Algumas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. As ideias que apresentei não foram consideradas criativas pelo grupo. Conteúdo Demonstrei ter compreendido todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido quase todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido apenas alguns itens do conteúdo ao término do projeto. Não demonstrei ter compreendido o conteúdo ao término do projeto. Investigação Levantei hipóteses, participei ativamente da construção de conclusões, pesquisei em diferentes materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei algumas hipóteses, participei da construção de conclusões, pesquisei em alguns materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei hipóteses, pesquisei em materiais com o auxílio do professor. Tive dificuldade em levantar hipóteses e em elaborar conclusões. Uso das tecnologias digitais (se ocorrer) Utilizei os recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei alguns recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei poucos recursos digitais de acordo com a orientação. Não utilizei os recursos digitais, mesmo com a orientação de uso. Elaborado com dados de: <http://rubistar.4teachers.org/index.php>. Acesso em: 5 dez. 2017. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 29 18/07/20 12:32 http://rubistar.4teachers.org/index.php XXX Projeto 2 A máquina do tempo Tema do projeto O Projeto A máquina do tempo tem como objetivo incentivar os alunos a refletir sobre a organização do tempo por meio do estudo do calendário, para que elaborem uma agenda indicando atividades do dia a dia. Elementos da Matemática são requeridos por meio de atividades de medidas de tempo e da escrita do dia, do mês e do ano, de acordo com a consulta ao calendário, e também para a elaboração da agenda, a construção de tabelas para a organização de dados co- letados e a noção de contagem ascendente e descendente. Por meio de leituras de texto feitas pelo professor, de relatos orais e de debates, os alunos exercitam aspectos de Língua Portuguesa, explorando as possibilidades de registrar acontecimentos do dia a dia de for- ma organizada. O levantamento dos hábitos diários envolve a compreensão de escala de tempo, bem como noções de passado e futuro, possibilitando-lhes a análise das mudanças na vida ao longo dos anos, ressaltando aspectos de Ciências. Objetivos de aprendizagem Espera-se que, ao término do projeto, os alunos sejam capazes de: Reconhecer e nomear os períodos diários (manhã, tarde e noite). Identificar as tarefas e as atividades realizadas em cada período, de acordo com sua realidade. Explicar a organização de um calendário (dias, semanas, meses e anos). Identificar e nomear os meses do ano. Planejar a elaboração de uma agenda e conhecer sua função. Realizar pesquisa em diferentes fontes com o apoio do professor. Selecionar conteúdos provenientes de diferentes fontes pesquisadas. Elaborar textos coletivamente e de forma criativa, por meio da fala, da escrita e do uso de tecnologias digitais. Interagir como membro de uma equipe. Reconhecer a importância do trabalho colaborativo. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 30 18/07/20 12:32 XXXI Cronograma de execução do projeto Início Abertura e apresentação da questão norteadora e etapas do projeto 1 aula Etapa 1 O que fazemos no dia a dia? 2 aulas Etapa 2 Os dias são todos iguais? 2 aulas Etapa 3 Conhecendo os meses do ano 3 aulas Etapa 4 Produzindo uma agenda 3 aulas Etapa 5 Vamos brincar de viajar no tempo? 4 aulas Final Comunicando 1 aula Total de aulas previstas para a conclusão do projeto 16 aulas Para este projeto, além de livros e revistas, é sugerido o uso de recursos digitais, se estiverem disponíveis na escola. O envolvimento dos alunos com a comunidade escolar para a apresentação dos resultados é recomendado para aproximar ainda mais aspectos cotidianos do conteúdo aprendido na escola. Assim como foi exposto na parte geral deste Manual, é recomendável que a avaliação do projeto seja realizada com os alunos por meio de um quadro de rubricas. Há uma sugestão de quadro na página XXXV, porém outras propostas podem ser utilizadas de acordo com as necessidades do professor e/ou do grupo. Material necessáriopara a execução do projeto • Papel kraft e cartolina • Tesoura com pontas arredondadas • Lápis de cor • Cola • Calendário • Canetinhas hidrográficas de várias cores • Papelão, embalagens vazias e sucata • Fita adesiva • Sobras de papel Organização do projeto A expectativa de duração do projeto é de dezesseis aulas organizadas em aproximadamen- te dois meses de trabalho. Sugere-se que o professor reserve ao menos duas aulas por sema- na para a realização das atividades propostas neste projeto. O cronograma para a realização do projeto, suas respectivas etapas e a lista do material que será utilizado são apresentados a seguir: III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 31 18/07/20 12:32 XXXII A estrutura do projeto PROJETO 2 Parâmetros Quais habilidades da BNCC estão presentes no projeto? Primeiro plano: • Grandezas e medidas Medidas de tempo: unidades de medida de tempo, suas relações e o uso do calendário (EF01MA16) Relatar em linguagem verbal ou não verbal sequência de acontecimentos relativos a um dia, utilizando, quando possível, os horários dos eventos. (EF01MA17) Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, quando necessário. (EF01MA18) Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários. • Terra e Universo Escalas de tempo (EF01CI05) Identificar e nomear diferentes escalas de tempo: os períodos diários (manhã, tarde, noite) e a sucessão de dias, semanas, meses e anos. Segundo plano: • Números Contagem de rotina/Contagem ascendente e descendente/ Reconhecimento de números no contexto diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou indicação de código para a organização de informações (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem, mas sim código de identificação. • Probabilidade e estatística Noção de acaso (EF01MA20) Classificar eventos envolvendo o acaso, tais como “acontecerá com certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível acontecer”, em situações do cotidiano. • Terra e Universo Escalas de tempo (EF01CI06) Selecionar exemplos de como a sucessão de dias e noites orienta o ritmo de atividades diárias de seres humanos e de outros seres vivos. • Oralidade Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. • Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Leitura de imagens em narrativas visuais (EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias). • Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. • Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Forma de composição do texto (EF01LP20) Identificar e reproduzir, em listas, agendas, calendários, regras, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros. (continua) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 32 18/07/20 12:32 XXXIII Propósito Motivação Processo Por que os alunos vão desenvolver este projeto? Qual é a situação-problema a ser lançada para contextualizar a questão norteadora? Qual é o percurso a ser traçado para que os objetivos do projeto sejam atingidos? Qual é o produto final? Abertura – Apresentação e debate sobre a situação-problema por meio da sensibilização com uma história em quadrinhos. Discussão da questão norteadora e delimitação das etapas e da duração do projeto. Etapa 1 – Identificar as atividades realizadas em cada período do dia e comparar com os resultados de toda a turma. Etapa 2 – Diferenciar atividades realizadas aos sábados e domingos daquelas realizadas nos demais dias da semana. Etapa 3 – Identificar a organização de um calendário e eventos com periodicidade anual, como comemoração de aniversários. Etapa 4 – Elaborar uma agenda com base nas informações pesquisadas nas etapas anteriores. Etapa 5 – Construir o produto final, a máquina do tempo, que terá como base os dados das agendas e do calendário. Comunicando – Apresentar a máquina do tempo para os colegas da escola e explicar seu funcionamento, aplicando os conhecimentos adquiridos ao longo do projeto. (continua) (continuação) Questão norteadora: Como podemos nos organizar para as atividades que realizamos no dia a dia? Questões derivadas da questão norteadora: Quais atividades costumamos fazer em cada período do dia? Como a sucessão dos dias orienta o ritmo das atividades diárias? Quantos e quais são os dias da semana? Quantos e quais são os meses do ano? Como podemos organizar uma agenda para registrar atividades diárias? Chico Bento não se organizou corretamente e pensou que havia se atrasado para a aula quando, na verdade, não havia aula naquele dia porque era feriado. Como evitar enganos para não passar por uma situação como essa? III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 33 18/07/20 12:32 XXXIV BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Habilidades, Objetos de conhecimento, Unidade temática, Componente curricular. Brasília: MEC, 2018. Aprendizados Relevância e aprofundamento Que evidências podem ser obtidas em relação aos aprendizados dos alunos em cada etapa do projeto? Que relação pode ser estabelecida entre o projeto realizado e as questões cotidianas? Há outros questionamentos que podem ser feitos ao término do projeto para estabelecer essa relação? Pré-requisitos: 1) Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é produzida. 2) Utilizar unidades de medida (dia/noite, dias/semanas/meses/ ano) e noções de tempo (presente/passado/futuro, antes/ agora/depois) para responder a necessidades e a questões do cotidiano. 3) Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de representação (contagens, desenhos, símbolos, escrita de números, organização de gráficos básicos etc.). Avaliação formativa: Ao término da Etapa 2 – Trabalhando em grupo - Cooperação: Eu colaboro com o grupo na maior parte do tempo. - Participação: Eu escuto meus colegas e aguardo minha vez de falar. - Pesquisa: Consigo obter informações de outros meios. Ao término da Etapa 4 – Sobre escalas de tempo - Sei explicar diferentes divisões dos dias em semanas e meses? - Consigo explicar o que deve fazer parte de um calendário? Avaliação final: Ao término do Comunicando – Sobre o produto final Quadro de rubricas envolvendo: - colaboração, comunicação e criatividade; - conceitos científicos; - conceitos matemáticos. De acordo com o que foi estudado, você mudou a forma como compreendia a divisão dos dias? Como sua rotina diária é organizada? Que atitudes você pode tomar para realizar as suas tarefas sem atrasos? (continuação) PROJETO 2 III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 34 18/07/20 12:32 XXXV Quadro de rubricas Ótimo desempenho Muito bom desempenho Bom desempenho Preciso melhorar Colaboração Sempre ouço os outros, compartilho e me esforço em participar do grupo. Procuro manter as pessoas trabalhando juntas. Na maioria das vezes eu ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Nem sempre ouço os outros ou compartilho opiniões. Precisoser encorajado para participar do grupo. Dificilmente ouço os outros ou compartilho opiniões, mesmo sendo encorajado para participar do grupo. Criatividade Todas as ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Muitas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Algumas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. As ideias que apresentei não foram consideradas criativas pelo grupo. Conteúdo Demonstrei ter compreendido todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido quase todo o conteúdo ao término do projeto. Demonstrei ter compreendido apenas alguns itens do conteúdo ao término do projeto. Não demonstrei ter compreendido o conteúdo ao término do projeto. Construção da máquina – materiais Os materiais apropriados foram selecionados e modificados criativamente de maneira a torná-los ainda melhores. Os materiais apropriados foram selecionados e houve uma tentativa de modificação criativa para torná-los ainda melhores. Os materiais apropriados foram selecionados. Não foram selecionados materiais apropriados e, por isso, o produto final não teve bom desempenho. Uso das tecnologias digitais (se ocorrer) Utilizei os recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei alguns recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei poucos recursos digitais de acordo com a orientação. Não utilizei os recursos digitais, mesmo com a orientação de uso. Elaborado com dados de: <http://rubistar.4teachers.org/index.php>. Acesso em: 5 dez. 2017. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 35 18/07/20 12:32 http://rubistar.4teachers.org/index.php XXXVI Projeto 3 Objetos e mais objetos Tema do projeto O Projeto Objetos e mais objetos tem como objetivo fazer com que os alunos relacio- nem as propriedades de alguns materiais usados para fabricar diferentes objetos às suas aplicações, e desenvolvam a criatividade para confeccionar um objeto inventado por eles. Por meio da observação das formas geométricas dos objetos e de atividades que requisi- tam o uso de medidas e de aritmética, são trabalhados conceitos de Matemática. As pro- priedades dos materiais usados na confecção dos objetos e a aplicação destes na sociedade são abordadas em atividades que requerem a observação, o registro e o levantamento de hipóteses, trabalhando conceitos e procedimentos próprios de Ciências. A proposta de cria- ção de um novo objeto com uso de materiais recicláveis estimula a criatividade dos alunos, propiciando diferentes formas de expressão artística, o que ajuda a desenvolver habilidades de Língua Portuguesa e Arte. O conceito de tecnologia permeia o projeto e mostra o conhecimento científico atrelado à criatividade para a elaboração de novas invenções. Este projeto permite também uma conversa sobre como as invenções tecnológicas impactam e facilitam nossas atividades no dia a dia. Objetivos de aprendizagem Espera-se que, ao término do projeto, os alunos sejam capazes de: Identificar e nomear formas geométricas em diferentes objetos. Relacionar certas características dos objetos às suas funções. Relacionar o uso de certos objetos a determinadas atividades do dia a dia. Identificar alguns materiais usados na fabricação dos objetos de uso cotidiano, como plástico, metal e madeira, e diferenciar suas propriedades. Organizar-se no projeto de criação de um novo objeto por meio de esboços e do pla- nejamento dos materiais a serem utilizados. Usar a criatividade e a comunicação no planejamento e na execução de projetos. Elaborar textos coletivamente e de forma criativa, por meio de fala, escrita e utiliza- ção de tecnologias digitais. Interagir como membro de uma equipe. Reconhecer a importância do trabalho colaborativo. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 36 18/07/20 12:32 XXXVII Cronograma de execução do projeto Início Abertura e apresentação da questão norteadora e etapas do projeto 1 aula Etapa 1 O formato dos objetos 1 aula Etapa 2 Flutua ou afunda? 2 aulas Etapa 3 Adivinhando objetos 2 aulas Etapa 4 É feito de quê? 1 aula Etapa 5 Criando objetos 4 aulas Final Comunicando 3 aulas Total de aulas previstas para a conclusão do projeto 14 aulas Neste projeto, para a produção de fichas, é sugerido o uso de recursos digitais, como com- putador e impressora, se estiverem disponíveis na escola; caso contrário, essas fichas podem ser feitas com outros recursos, como cartolina e canetinhas hidrográficas. Haverá a produção de atividades artísticas com o uso de diferentes materiais e, sempre que possível, devem ser utilizados materiais que seriam descartados, como embalagens e sobras de papel. Recomenda-se, além do espaço da sala de aula, a utilização de outros espaços da escola, como o pátio na etapa 2, na qual será solicitado o uso de água, e espaços para trabalhos ar- tísticos como os da etapa 5. Recomenda-se que a avaliação do projeto seja realizada com os alunos por meio de um quadro de rubricas. Há uma sugestão de quadro de rubricas na página XLI, porém outras pro- postas podem ser utilizadas de acordo com as necessidades do professor e/ou do grupo. Material necessário para a execução do projeto • Tesoura com pontas arredondadas • Lápis de cor • Cola • Papel • Água • Pote plástico transparente • Computador e impressora para a produção de fichas • Cartolina • Canetinhas hidrográficas de cores diversas • Objetos diversos (moeda, tampinha de plástico, rolha, chaves) Organização do projeto A expectativa de duração deste projeto é de quatorze aulas organizadas em aproximada- mente dois meses de trabalho. Sugere-se que o professor reserve ao menos duas aulas por semana para a realização das atividades propostas neste projeto. O cronograma para a reali- zação do projeto, suas respectivas etapas e a lista do material que será utilizado são apresen- tados a seguir: III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 37 18/07/20 12:32 XXXVIII A estrutura do projeto PROJETO 3 Parâmetros Propósito Quais habilidades da BNCC estão presentes no projeto? Por que os alunos vão desenvolver este projeto? Primeiro plano: • Matéria e energia Características dos materiais (EF01CI01) Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente. Segundo plano: • Álgebra Padrões figurais e numéricos: investigação de regularidades ou padrões em sequências (EF01MA09) Organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por meio de atributos, tais como cor, forma e medida. • Geometria Figuras geométricas planas: reconhecimento do formato das faces de figuras geométricas espaciais (EF01MA14) Identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo) em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em contornos de faces de sólidos geométricos. • Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Edição de textos (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. • Oralidade Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. Características da conversação espontânea (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. • Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e coma ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. • Artes visuais Materialidades (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. Questão norteadora: Qual é a função dos objetos no dia a dia? Como podemos utilizar diferentes materiais e criar objetos? Questões derivadas da questão norteadora: Do que são feitos os objetos que você usa em seu dia a dia? Qual é a função dos objetos em nossas atividades? Qual é a relação entre o formato dos objetos e sua aplicação? Como o formato e a composição definem as características de um objeto? Quais são os materiais mais utilizados para a produção de objetos? Qual é o papel da tecnologia na modificação dos objetos? Qual é o impacto das invenções para a sociedade? (continua) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 38 18/07/20 12:32 XXXIX Motivação Processo Qual é a situação-problema a ser lançada para contextualizar a questão norteadora? Qual é o percurso a ser traçado para que os objetivos do projeto sejam atingidos? Qual é o produto final? Quantos objetos você usou hoje? Que objetos estão sobre a sua mesa? Você sabia que cada objeto tem uma função e que muitos deles foram criados para facilitar nossa vida? Abertura – Apresentação e discussão da questão norteadora por meio de sensibilização com o tema e delimitação do tempo de duração do projeto. Etapa 1 – Identificar o formato dos objetos e relacionar o formato com o seu uso. Etapa 2 – Verificar características de objetos que flutuam em uma atividade prática. Etapa 3 – Identificar os materiais que são utilizados em alguns dos objetos usados em nosso dia a dia e relacionar a composição de cada objeto com as propriedades dele. Etapa 4 – Realizar uma brincadeira para descrever as características dos objetos. Etapa 5 – Usar a criatividade para desenvolver um protótipo de um novo objeto para resolver um problema real, utilizando diferentes materiais. Comunicando – Apresentar o “protótipo” do novo objeto aos membros da comunidade escolar e verificar como a invenção pode ser melhorada. (continua) (continuação) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 39 18/07/20 12:32 XL BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Habilidades, Objetos de conhecimento, Unidade temática, Componente curricular. Brasília: MEC, 2018. Aprendizados Relevância e aprofundamento Que evidências podem ser obtidas em relação aos aprendizados dos alunos em cada etapa do projeto? Que relação pode ser estabelecida entre o projeto realizado e as questões cotidianas? Há outros questionamentos que podem ser feitos ao término do projeto para estabelecer essa relação? Pré-requisitos: 1) Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir novas relações, respeitando a diversidade e solidarizando-se com os outros. 2) Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras, jogos, imitações, observações e expressão corporal. 3) Recriar, com base em imagens, figuras e objetos, usando materiais simples e ensaiando algumas produções expressivas. 4) Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes maneiras. 5) Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor, igual, etc.), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso, fino) como meio de comunicação de suas experiências. Avaliação formativa: Ao término da Etapa 2. Avaliação final: Ao término da Etapa 5. Sobre o produto final Quadro de rubricas para o professor com 4 níveis de proficiência, envolvendo colaboração, comunicação e criatividade. De acordo com o que foi estudado, como você pode, usando sua criatividade, reutilizar materiais que seriam jogados fora? É possível usar o conhecimento científico, a escuta às necessidades dos outros e a criatividade para melhorar a vida das pessoas? (continuação) PROJETO 3 III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 40 18/07/20 12:32 XLI Quadro de rubricas Ótimo desempenho Muito bom desempenho Bom desempenho Preciso melhorar Colaboração Sempre ouço os outros, compartilho e me esforço para participar do grupo. Procuro manter as pessoas trabalhando juntas. Na maioria das vezes eu ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Nem sempre ouço os outros ou compartilho opiniões. Preciso ser encorajado para participar do grupo. Dificilmente ouço os outros ou compartilho opiniões, mesmo sendo encorajado para participar do grupo. Criatividade Todas as ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Muitas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Algumas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. As ideias que apresentei não foram consideradas criativas pelo grupo. Resolução de problemas Busquei ativamente e propus soluções para o problema de elaboração do produto final. Ouvi e melhorei soluções propostas pelos colegas na elaboração do produto final. Não sugeri nem melhorei soluções, mas trabalhei com os colegas nas sugestões dadas por eles. Não tentei resolver os problemas ou ajudar os outros a resolvê-los na elaboração do produto final. Investigação Levantei hipóteses, participei ativamente da construção de conclusões, pesquisei em diferentes materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei algumas hipóteses, participei da construção de conclusões, pesquisei em alguns materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei hipóteses e pesquisei em materiais com o auxílio do professor. Tive dificuldade em levantar hipóteses e em elaborar conclusões. Uso das tecnologias digitais (se ocorrer) Utilizei os recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei alguns recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei poucos recursos digitais de acordo com a orientação. Não utilizei os recursos digitais, mesmo com a orientação de uso. Elaborado com dados de: <http://rubistar.4teachers.org/index.php>. Acesso em: 5 dez. 2017. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 41 18/07/20 12:32 http://rubistar.4teachers.org/index.php XLII Projeto 4 Todos somos do mesmo jeito? Tema do projeto O projeto Todos somos do mesmo jeito? tem como objetivo que os alunos reconheçam que as diferenças e as semelhanças entre as pessoas compõem suas características indi- viduais e, independentemente disso, todos merecem respeito. Para atingir essa conscien- tização, os alunos são convidados a identificar e nomear partes do corpo, explicando as funções e reconhecendo que com o corpo nos relacionamos com as outras pessoas e com o ambiente. Conhecimentos e conceitos próprios de Ciências estão presentes nas atividades de identificação das partes do corpo e suas funções, nas quais são apresentados os órgãos dos sentidos e algumas formas de perceber o ambiente por meio deles. A escrita de carac- terísticas pessoais, a escuta de textos elaborados pelos colegas, a produção e a divulgação de uma campanha estimulam o desenvolvimento de habilidades de Língua Portuguesa. A tecnologia permeia o projeto com atividades de pesquisa para a construção de conhe- cimentos. Também é requerida na criação de uma campanha de conscientização. Nesse projeto, a criatividade dos alunos é incentivada, possibilitando a eles que, em grupos, elaborem produtos com foco na conscientização dacomunidade escolar em relação ao respeito às diferenças. Objetivos de aprendizagem Espera-se que, ao término do projeto, os alunos sejam capazes de: Identificar partes do corpo, nomeando-as e descrevendo suas funções. Relacionar os órgãos dos sentidos com as interações que o organismo estabelece com o ambiente. Descrever características pessoais. Respeitar e valorizar as características dos colegas. Identificar e selecionar informações em diferentes fontes com o auxílio do professor. Trabalhar colaborativamente em pares e/ou pequenos grupos. Utilizar rubricas para avaliar seu trabalho e o dos colegas. Expor sua opinião e ouvir respeitosamente a dos colegas. Organizar-se na produção de um projeto por meio de esboços e planejamento de materiais a serem utilizados. Usar a criatividade e a comunicação com pares no planejamento e na execução de projetos. Elaborar textos coletivamente e de forma criativa, por meio de fala, escrita e com utilização de tecnologias digitais. Interagir como membro de uma equipe. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 42 18/07/20 12:32 XLIII Cronograma de execução do projeto Início Abertura e apresentação da questão norteadora e etapas do projeto 1 aula Etapa 1 Como é o corpo das pessoas? 2 aulas Etapa 2 O que essa parte do corpo faz? 2 aulas Etapa 3 O corpo e o ambiente 2 aulas Etapa 4 Como percebemos o ambiente? 1 aula Etapa 5 Quem sou eu? 2 aulas Etapa 6 Vamos criar uma campanha? 3 aulas Final Comunicando 1 aula Total de aulas previstas para a conclusão do projeto 14 aulas Para a produção da campanha deste projeto é sugerido o uso de recursos digitais, como computador, se estiverem disponíveis na escola; caso contrário, pode-se trabalhar com outros recursos, como cartolina e papel kraft. Haverá a produção de atividades artísticas com o uso de diferentes recursos e, sempre que possível, devem ser utilizados materiais que seriam des- cartados, como embalagens vazias e sobras de papel. Recomenda-se que a avaliação do projeto seja realizada com os alunos por meio de um quadro de rubricas. Há uma sugestão de quadro na página XLVII, porém outras propostas po- dem ser utilizadas de acordo com as necessidades do professor e/ou do grupo. Material necessário para a execução do projeto • Tesoura com pontas arredondadas • Revistas • Papel kraft • Canetinhas hidrográficas de cores diversas • Fita adesiva ou varal com pregadores • Saco de papel usado para guardar pão (deve ser do tamanho suficiente para quatro pãezinhos) • Milho de pipoca • Sal • Forno de micro-ondas Organização do projeto A expectativa de duração do projeto é de quatorze aulas organizadas em aproximadamente dois meses de trabalho. Sugere-se que o professor reserve ao menos duas aulas por semana para a realização das atividades propostas. O cronograma para a realização do projeto, suas respectivas etapas e a lista do material que será utilizado são apresentados a seguir: III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 43 18/07/20 12:32 XLIV Parâmetros Propósito Quais habilidades da BNCC estão presentes no projeto? Por que os alunos vão desenvolver este projeto? A estrutura do projeto PROJETO 4 Primeiro plano: • Vida e evolução Corpo humano Respeito à diversidade (EF01CI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções. (EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças. Segundo plano: • Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. • Escrita (compartilhada e autônoma) Correspondência fonema-grafema (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. • Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. • Análise linguística/semiótica (Alfabetização) Formas de composição de narrativas (EF01LP26) Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, incluindo personagens, enredo, tempo e espaço. Questão norteadora: Todos somos do mesmo jeito? Como podemos ajudar as pessoas a pensar sobre a importância de respeitarmos uns aos outros? Questões derivadas da questão norteadora: Como é o corpo das pessoas? Quais são as partes dele? Como o corpo estabelece relação com o ambiente? Como as pessoas que não enxergam ou não escutam se relacionam com o ambiente? Quais são as características do seu corpo? Como você é? Como podemos sensibilizar as pessoas quanto ao respeito às diferenças? (continua) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 44 18/07/20 12:32 XLV Motivação Processo Qual é a situação-problema a ser lançada para contextualizar a questão norteadora? Qual é o percurso a ser traçado para que os objetivos do projeto sejam atingidos? Qual é o produto final? (continuação) Cada pessoa é de um jeito, mas, algumas vezes, as diferenças entre as pessoas não são respeitadas. O que podemos fazer para ajudar as pessoas que convivem conosco a perceber a importância de respeitarem umas às outras? Abertura – Apresentação e discussão da questão norteadora por meio de sensibilização com o tema e delimitação do tempo de duração do projeto. Etapa 1 – Contornar o corpo do colega e levantar conhecimentos prévios sobre estruturas e funções. Etapa 2 – Pesquisar o nome das estruturas que foram desenhadas, indicando suas funções. Etapa 3 – Atividade prática para perceber como o corpo interage com o ambiente. Etapa 4 – Verificar como as pessoas portadoras de deficiência se relacionam com o ambiente. Etapa 5 – Realizar um autorretrato identificando algumas características pessoais. Etapa 6 – Planejar e produzir uma campanha para conscientizar a comunidade escolar quanto ao respeito às diferenças. Comunicando – Divulgação das campanhas criadas. (continua) (continuação) III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 45 18/07/20 12:32 XLVI Aprendizados Relevância e aprofundamento Que evidências podem ser obtidas em relação aos aprendizados dos alunos em cada etapa do projeto? Que relação pode ser estabelecida entre o projeto realizado e as questões cotidianas? Há outros questionamentos que podem ser feitos ao término do projeto para estabelecer essa relação? (continuação) BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Habilidades, Objetos de conhecimento, Unidade temática, Componente curricular. Brasília: MEC, 2018. Pré-requisitos: 1) Identificar estruturas externas do corpo, nomeando-as. 2) Relacionar as estruturas do corpo com as funções executadas por elas, especialmente os órgãos dos sentidos. Avaliação formativa: Ao término da Etapa 2 – Trabalhando em grupo – Cooperação: Eu colaboro com o colega na maior parte do tempo. – Mantive a atenção ao fazer a pesquisa. – Compartilhei os resultados da pesquisa. Ao término da Etapa 4 – Sobre partes do corpo – Eu sei nomear as partes do corpo. – Consigo explicar a relação entre os órgãos do sentido e a percepção do ambiente. Avaliação final: Ao término da Etapa 6 – Sobre o produto final Quadro de rubricas para o professor com 3 níveis de proficiência, envolvendo colaboração, comunicação e criatividade. Que atitudes devem ser estimuladas na comunidade escolar e em outros ambientes para possibilitar uma convivência respeitosa? Há situações em sua rotina escolar que expõem ou desrespeitam os colegas? Como lidarcom essas questões e possibilitar uma convivência respeitosa? O que mais pode ser feito além da campanha realizada? PROJETO 4 III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 46 18/07/20 12:32 XLVII Quadro de rubricas Ótimo desempenho Muito bom desempenho Bom desempenho Preciso melhorar Colaboração Sempre ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Procuro manter as pessoas trabalhando juntas. Na maioria das vezes eu ouço os outros, compartilho opiniões e me esforço para participar do grupo. Nem sempre ouço os outros ou compartilho opiniões. Preciso ser encorajado para participar do grupo. Dificilmente ouço os outros ou compartilho opiniões, mesmo sendo encorajado para participar do grupo. Criatividade Todas as ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Muitas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. Algumas ideias que apresentei para o grupo na elaboração do produto final foram criativas. As ideias que apresentei não foram consideradas criativas pelo grupo. Resolução de problemas Busquei ativamente e propus soluções para o problema na elaboração do produto final. Ouvi e melhorei soluções propostas pelos colegas na elaboração do produto final. Não sugeri nem melhorei soluções, mas trabalhei com os colegas nas sugestões expressas por eles. Não tentei resolver os problemas ou ajudar os outros a resolvê-los na elaboração do produto final. Investigação Levantei hipóteses, participei ativamente da construção de conclusões, pesquisei em diferentes materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei algumas hipóteses, participei da construção de conclusões, pesquisei em alguns materiais com o auxílio do professor e dos colegas. Levantei hipóteses e pesquisei em materiais com o auxílio do professor. Tive dificuldade em levantar hipóteses e em elaborar conclusões. Uso das tecnologias digitais (se ocorrer) Utilizei os recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei alguns recursos digitais de acordo com a orientação e auxiliei meus colegas sempre que necessário. Utilizei poucos recursos digitais de acordo com a orientação. Não utilizei os recursos digitais, mesmo com a possibilidade e orientação de uso. Elaborado com dados de: <http://rubistar.4teachers.org/index.php>. Acesso em: 5 dez. 2017. III-XLVIII-GG-ICN1-G19_RESSALVA.indd 47 18/07/20 12:32 http://rubistar.4teachers.org/index.php XLVIII BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018. BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. de M. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. BARBOSA, Eduardo Fernandes; MOURA, Dácio Guimarães de. Metodologias ativas de aprendiza- gem na educação profissional e tecnológica. Boletim Técnico do Senac, v. 39, n. 2, 2013, p. 48-67. BENDER, Willian N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Penso, 2014. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de Ensino Fundamental e Médio. Porto Alegre: Artmed, 2008. COLL, C.; MONEREO, C. Educação e aprendizagem no século XXI. In: ______. 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Professora e coordenadora pedagógica. 1a edição São Paulo, 2017 Ensino Fundamental • Anos Iniciais Componentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA Projetos Integradores 1OANO AR APRENDER e RELACIONAR FRONTIS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LA 1.indd 1 11/28/17 11:51 AM Orientações específicas para o 1o ano 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 1 12/12/2017 09:30 22 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 2 12/21/17 10:33 AM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Coordenação editorial: Maíra Rosa Carnevalle Edição de texto: Thalita Beatriz Carrara da Encarnação, Marcia M. Laguna de Carvalho, Beatriz Assunção Baeta, Dino Santesso Gabrielli Assessoria didático-pedagógica: Flávia Ferrari, Leandro Holanda Fernandes de Lima Preparação de texto: Débora Tamayose, Malvina Tomáz Gerência de design e produção gráfica: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de produção: Everson de Paula, Patrícia Costa Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite Projeto gráfico: Douglas Rodrigues José, Patrícia Malizia Capa: Patrícia Malizia Foto: artnLera/Shutterstock: símbolo wi-fi, barquinho, lâmpada, planeta, corações, garrafa com mensagem, joaninha, óculos bloco de notas com lápis (figura principal, colorida), megafone, moeda, baleia, nuvem com arco-íris, jogo da velha, nota musical; Perfect Vectors/Shutterstock: fogo, claquete; gst/Shutterstock:pipa; Irina Adamovich/Shutterstock: balão de fala; Myestel/Shutterstock: telefone; Ola-ola/Shutterstock: letras ABC, globo terrestre. Coordenação de arte: Carolina de Oliveira Edição de arte: Ana Miadaira Editoração eletrônica: Casa de Ideias Ilustrações de vinhetas: stas11/Shutterstock: prancheta; PureSolution/Shutterstock: troféu, autofalante, lâmpada, balões de fala, engrenagem; NancySweet/Shutterstock: caneta marca-texto. Coordenação de revisão: Maristela S. Carrasco Revisão: Gloria Gomes, Marina de Andrade, Nancy H. Dias, Thiago Dias, Vânia Bruno Coordenação de pesquisa iconográfica: Luciano Baneza Gabarron Pesquisa iconográfica: Flávia Aline de Morais, Luciana Vieira Coordenação de bureau: Rubens M. Rodrigues Tratamento de imagens: Denise Feitoza Maciel, Fernando Bertolo, Joel Aparecido, Luiz Carlos Costa, Marina M. Buzzinaro Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bacich, Lilian AR : aprender e relacionar : projetos integradores : ensino fundamental : anos iniciais / Lilian Bacich. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1o ao 5o ano. Componentes curriculares: Ciências, Língua Portuguesa e Matemática. Bibliografia. 1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Matemática (Ensino fundamental) 3. Português (Ensino fundamental) I. Título. 17-09943 CDD-372.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental 372.19 002-Crédito-ICN1-G19.indd 2 12/1/17 2:37 PM 33 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 3 12/12/2017 09:30 44 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 4 12/12/2017 09:30 55 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 5 12/12/2017 09:30 66 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 6 12/12/2017 18:44 77 001-007-GE-INICIAIS-ICN1-G19.indd 7 12/12/2017 09:30 PROJETO 1 Relacionar a canção com os cuidados que devemos ter com a higiene do corpo. Identificar momentos e lo- cais em que devemos lavar as mãos. Objetivos da abertura A página de abertura tem como objetivo sensibilizar os alunos sobre o tema do projeto. Iniciar o trabalho explorando a situação-problema: A limpeza das mãos é importante para a higiene do corpo e pode ser fei- ta em diferentes locais. Na esco- la, em que locais podemos rea- lizar a higiene das mãos e como fazê-la de forma adequada? É importante que os alunos se sintam à vontade para con- versar sobre o tema da aber- tura e possam, por meio das questões propostas, apresen- tar suas ideias sobre o assunto, contextualizando-o de acordo com sua realidade. Integrando as áreas de conhecimento Neste projeto, há integração entre Ciências, Língua Portuguesa e Matemática. A linha condutora do trabalho proposto é Ciências, tendo como foco o estudo da higiene do corpo. No decorrer do projeto, conhecimentos de Matemática, como as medidas de tempo e a elaboração de tabelas, serão contemplados, e, de Língua Portuguesa, serão exploradas as linguagens oral e escrita. É importante que o professor dedique tempo para estabelecer essas relações, enfatizando as habilidades requeridas no decorrer do projeto, para que elas sejam efetivamente trabalhadas pelos alunos. 88 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 8 12/12/2017 09:51 Trocando ideias 1 e 2. Respostas pessoais. 3. Depois de brincar e antes das refeições. Os alunos devem citar os trechos: “Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira.” e “Antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira.” 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem, por exemplo, depois de utilizar o banheiro, depois de brincar e sempre que elas estiverem sujas. 5. “Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira”. Ressalte para os alunos que os locais citados pela canção têm em comum a presença de água. 6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem locais em que lavam as mãos. 99 Realizar, coletivamente, a in- terpretação da letra da canção identificando os aspectos abor- dados nas questões da seção Trocando ideias. Essas questões têm como ob- jetivo o levantamento de conhe- cimentos prévios dos alunos a respeito do tema que será abor- dado. É possível propor outras questões para incentivar a con- versa e a troca de ideias entre eles. Por exemplo, perguntar o que já sabem sobre a higiene do corpo; o que gostariam de saber sobre o assunto. Permitir que os alunos façam perguntas e ano- tar na lousa ou, preferencial- mente, em papel kraft as ques- tões levantadas pela turma. É possível que surjam questões como: “O que é higiene?”; “Por que temos de tomar banho?”; “Qual a importância de lavar as mãos?”, entre outras. Man- ter as questões propostas pelos alunos em local visível durante todo o projeto permite que eles possam revê-las, complementá- -las ou substituí-las, sempre que acharem oportuno. Vídeo: Lavar as mãos – Caste- lo Rá-Tim-Bum No canal do Castelo Rá-Tim- -Bum, no YouTube, são apre- sentados vídeos da série exi- bida pela TV Cultura a partir de 1994. No vídeo, cujo link é indicado a seguir, é apresen- tada a música de Arnaldo An- tunes que abre este projeto. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=ZDvA_ H7G1PE>. Acesso em: 17 out. 2017. Sugestão de recurso complementar 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 9 12/12/2017 09:51 https://www.youtube.com/watch?v=ZDvA_H7G1PE https://www.youtube.com/watch?v=ZDvA_H7G1PE https://www.youtube.com/watch?v=ZDvA_H7G1PE PROJETO 1 O projeto Dar início com a leitura da questão norteadora. Em segui- da, fazer a leitura do texto em conjunto com os alunos, expli- cando o que será feito em cada etapa deste projeto. Explicar o que são etapas de um projeto. Para tanto, vale a pena ler o que consta sobre o assunto na parte geral deste Manual. Comunicar à turma a data de início e de término do projeto, solicitando aos alunos que anotem essas datas no lo- cal específico. Em vários momentos que cer- tamente vão acontecer durante o projeto, é essencial que os alunos percebam a importância do discurso oral. Incentivá-los a participar das conversas e mos- trar-lhes que é preciso também dar oportunidade de participa- ção aos colegas. Combinar com eles como devem ser os turnos de fala. Por exemplo, pode ser sugerido que o aluno que dese- ja falar levante a mão e aguar- de sua vez; o professor anota na lousa o nome do próximo aluno a falar, a fim de manter a ordem na classe e garantir que todos participem das con- versas. É importante criar uma atmosfera respeitosa para que todos tenham oportunidade de falar e de ser ouvidos. Para for- malizar, organize uma lista de combinados; essa lista pode ser complementada sempre que surgirem novas demandas e, dessa forma, construída coleti- vamente com o grupo. EF15LP11 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXVI). De olho na Base Questão norteadora Essa questão deve ser significativa e despertar o interesse dos alunos para con- centrarem esforços durante todo o projeto. A questão norteadora está, de algu- ma forma, relacionada ao produto final, possibilitando que o percurso percorrido pelos alunos na realização do projeto converta-se em aprendizados significativos em relação às habilidades dos componentes curriculares e, principalmente, em relação às competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). 1010 008-023-GE-P01-ICN1-G19_BNCC.indd 10 3/26/19 14:43 Levantamento de conhecimentos prévios e questionamentos abertos Ter questionamentos abertos é um dos pré-requisitos para a aprendizagem baseada em projetos. Portanto, além das etapas estabelecidas neste projeto, é importante que o professor tenha oportunidade de traçar diferentes caminhos para a conclusão do pro- jeto. Entre eles, o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema e seus interesses são elementosfundamentais desse processo. Ao questionar os alunos so- bre o que gostariam de saber, etapas já estabelecidas do projeto podem ser substituídas e/ou complementadas, dando-lhes condições de buscar respostas para questionamentos abertos e reais. Identificar situações do dia a dia em que é importante lavar as mãos. Trabalhar colaborativamente. Justificar as escolhas feitas de acordo com a proposta da atividade. Objetivos da etapa Apresentar aos alunos o qua- dro de rubricas. Nesse quadro consta o que é esperado de cada aluno neste projeto. A apresentação inicial deve ser para toda a classe enfatizando a primeira e a última coluna do quadro. No decorrer do proje- to, retomar o quadro sempre que necessário. Nesta etapa, espera-se que os alunos comecem a refletir sobre a necessidade de lavar as mãos em diferentes situações ao lon- go do dia. Solicitar que pesqui- sem fotos com pessoas lavando as mãos em diferentes situações; eles devem recortar essas ima- gens e colá-las no livro. Solicitar aos alunos que entrevistem algu- mas pessoas e perguntem a elas em quais situações costumam lavar as mãos. Pedir aos alunos que registrem as situações cita- das por meio de desenhos. Ao término dessa etapa, retomar as anotações sobre os questiona- mentos levantados pela turma no início do projeto e verificar se a realização da atividade contri- buiu para responder a algumas das perguntas ou se gerou ou- tras questões. Nesse caso, incluir as novas perguntas na lista. Ao final da atividade, pedir aos alunos que consultem o ca- lendário e anotem a data no es- paço correspondente no livro. EF01MA18 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXVI). De olho na Base 1111 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 11 12/12/2017 09:51 PROJETO 1 Identificar produtos para a limpeza das mãos. Trabalhar colaborativamente. Expressar-se em grupos, expondo sua opinião e tro- cando ideias. Objetivos da etapa Os alunos podem fazer uma pesquisa na internet para a seleção de imagens de alguns produtos de higiene das mãos, utilizando termos de busca como lavar as mãos, sabone- te para as mãos, higiene das mãos, forma correta de lavar as mãos, entre outros. Se houver interesse, pesquisar também produtos de higiene do corpo, como xampu, sabonete, toa- lha, escova de dentes, pasta de dentes, lenços umedecidos, al- godão, entre outros, de acordo com a realidade deles. Estimular o relato da turma sobre as experiências em rela- ção à higiene do corpo. Dire- cionar as conversas tendo como foco a questão norteadora. Per- guntar aos alunos se as pessoas utilizam os produtos de higiene todos os dias, ou, ainda, quan- tas vezes ao dia determinado produto é utilizado. EF15LP09 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXVI). De olho na Base Papel do professor na aprendizagem baseada em projetos (ABP) [...] Em vez de servirem como fornecedores de informações (ou seja, em uma aula tradicional e baseada em discussões), a ABP requer que os professores sejam facili- tadores e orientadores educacionais, à medida que os estudantes avancem em suas atividades de projeto. Para alguns professores, essa modificação poderia ser bastante significativa e desafiadora. [...] Quando os professores tentam empregar essa abor- dagem de ensino na ABP, torna-se bastante claro que o seu papel mudou para o de facilitador e orientador do ensino. [...] BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Tradução: Fernando de Siqueira Rodrigues. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 38-39. 1212 008-023-GE-P01-ICN1-G19_BNCC.indd 12 20/07/20 12:01 Planejando a avaliação A aprendizagem baseada em projetos afasta aprendizes e professores das tradicionais provas com lápis e papel e os aproxima de práticas de avaliação mais “autênticas”. [...] Uma vez que visam medir práticas autênticas, como cooperação, comunicação, re- solução de problemas e trabalho em equipe, as avaliações baseadas em desempenho são mais diversificadas que as avaliações tradicionais. Essas práticas são dinâmicas, expe- rimentais e não padronizadas e exigem avaliações que possam capturar o processo de aprendizagem, assim como o resultado final. BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professo- res de ensino fundamental e médio. Tradução: Daniel Bueno. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 59. Ao finalizar a seleção de imagens de produtos que po- dem ser utilizados na limpeza das mãos e também do corpo, conversar com a turma sobre os produtos selecionados por eles. Durante o diálogo, verificar se os alunos identificam a função dos produtos selecionados e se conseguem propor substitui- ções adequadas considerando suas experiências individuais. Questionar os estudantes: • De que maneira vocês utili- zam os produtos seleciona- dos para a higiene das mãos? • Quais produtos podem ser usados também para a higie- ne de outras partes do corpo? Ao finalizar a colagem e o debate, retomar as perguntas gerais levantadas no início do projeto e verificar se há outros questionamentos. Se for neces- sário, modificar ou incluir eta- pas no projeto. Registrar no papel kraft as conquistas dos alunos em cada etapa do projeto, de modo que eles percebam a relação entre as etapas. O roteiro de avaliação propos- to na seção Parando para pensar oferece condições aos alunos para avaliar seu desempenho, não apenas em relação ao con- teúdo, mas também em aspectos como colaboração e relaciona- mento interpessoal. 1313 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 13 12/12/2017 09:51 PROJETO 1 Reconhecer locais da esco- la em que pode ser feita a higiene das mãos. Elaborar tabela para regis- tro dos dados. Objetivos da etapa A atividade sugerida envolve- rá escrita. Por esse motivo, é im- portante organizar previamen- te as duplas de alunos. A ideia é que eles possam ser organizados de acordo com o nível de profi- ciência em relação à escrita. Para isso, utilizar avaliação diagnósti- ca dessa proficiência. Informar à classe que, em algumas situações, como ocor- reu até o momento, eles po- dem escolher as duplas e, em outras, as duplas serão sugeri- das pelo professor. Após o registro dos nomes dos locais da escola em que é possível realizar a higiene das mãos, solicitar aos alunos que identifiquem a quantidade de locais e, então, elaborem uma forma de representar esses da- dos. Caso a escola tenha vários pátios ou espaços de recreação, a tabela pode ser organizada identificando quantos espaços para higiene das mãos há em cada local. Estimular os alunos para que encontrem a melhor forma de registro dos dados coletados. Nesse momento, é preciso observar o andamento da atividade e, apenas se julgar necessário, mostrar algumas formas diferentes de registro das informações. O objetivo é que os alunos organizem os da- dos da maneira que julgarem mais adequada. EF01MA22 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXVI). De olho na Base Coleta e organização de informações na BNCC [...] Com relação à estatística, os primeiros passos envolvem o trabalho com a cole- ta e a organização de dados de uma pesquisa de interesse dos alunos. O planejamento de como fazer a pesquisa ajuda a compreender o papel da estatística no cotidiano dos alunos. Assim, a leitura, a interpretação e a construção de tabelas e gráficos têm papel fundamental, bem como a forma de produção de texto escrito para a comunicação de da- dos, pois é preciso compreender que o texto deve sintetizar ou justificar as conclusões. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. p. 275. 1414 008-023-GE-P01-ICN1-G19_BNCC.indd 14 3/26/19 14:44 Avaliar se o modo como se costuma lavar as mãos é adequado para eliminar toda a sujeira. Levantar hipóteses e ela- borar conclusões. Utilizar diferentes recur- sos para realizar pesquisas, entre eles as tecnologiasdigitais. Aprender um modo efi- ciente de lavar as mãos. Objetivos da etapa Aprendendo a lavar as mãos Estimular a discussão sobre a atividade realizada levando os alunos a refletir a res- peito da forma como lavaram as mãos. O objetivo é que constatem a necessidade de uma lavagem mais cuidadosa para que a sujeira das mãos seja retirada. Para ajudar os alunos a estabelecer relação entre as etapas do projeto e o produto final, registrar as conquistas deles em cada etapa, pois todas serão importantes para a realização da atividade final. Dar início à etapa sugerin- do o levantamento de hipóte- ses. Realizar a leitura do texto inicial e anotar a hipótese dos alunos para que, ao término da atividade, seja possível retomá- -la, comprovando-a ou negan- do-a. Organizar o material sugeri- do para a atividade. Selecionar o local da escola em que a ativi- dade será realizada consideran- do o levantamento feito pelos alunos na etapa anterior. Após a realização da atividade, per- guntar a eles se teriam lavado as mãos da mesma forma se es- tivessem sem a venda nos olhos. Vendados, é esperado que os alunos procedam à lavagem das mãos da maneira como estão habituados a fazê-lo no dia a dia. É provável que muitos de- les, ao terminar a lavagem, ain- da tenham tinta nas mãos, prin- cipalmente no dorso e entre os dedos. Salientar que, nesse caso, a higiene das mãos não foi feita de modo correto. Provavelmen- te, se os alunos não estivessem com os olhos vendados, eles de- morariam mais na lavagem das mãos até conseguirem retirar toda a tinta. 1515 008-023-GE-P01-ICN1-G19_RESSALVA.indd 15 7/11/18 10:03 AM PROJETO 1 Respostas das atividades 1. Respostas pessoais. A tin- ta guache nessa atividade é um marcador e simula a su- jeira. Como é esperado que as mãos dos alunos tenham ainda algum resquício de tin- ta após a lavagem, os alunos podem perceber que a for- ma como geralmente lavam as mãos não é eficiente para retirar toda a sujeira, o que permite discutir a existência de uma forma adequada e eficiente para realizar essa atividade. Pretende-se que, com base nessa conclusão, os alunos reflitam sobre o risco para a saúde de ter sujeira e seus componentes nas mãos. As questões propostas nesta etapa oferecem oportuni- dades para conversar com a turma sobre o uso racional de água. Oriente os alunos a tratar do desperdício de água em suas respostas. 2. Para garantir que os alunos entrem em contato com a maneira adequada de lavar as mãos, promover a exibi- ção de um vídeo, como o dis- ponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=EX- ZfjK0nPo> (acesso em: 17 out. 2017). Artigo: Higienize as mãos: sal- ve vidas Cartilha da Anvisa que mostra o procedimento para higieni- zar as mãos no cotidiano. Disponível em: <http://www. anvisa.gov.br/servicosaude/ cont ro le /h ig ien izacao_ simplesmao.pdf>. Acesso em: 30 out. 2017. Sugestão de recurso complementar Rotação por estações [...] os estudantes são organizados em grupos, cada um dos quais realiza uma tare- fa, de acordo com os objetivos do professor para a aula em questão. Podem ser reali- zadas atividades escritas, leituras, entre outras. Um dos grupos estará envolvido com propostas on-line que, de certa forma, independem do acompanhamento direto do professor. É importante valorizar momentos em que os estudantes possam trabalhar de forma colaborativa e aqueles em que possam fazê-lo individualmente. Em um dos grupos, o professor pode estar presente de forma mais próxima, garan- tindo o acompanhamento dos estudantes que precisam de mais atenção. A variedade 1616 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 16 12/12/2017 09:51 https://www.youtube.com/watch?v=EX-ZfjK0nPo https://www.youtube.com/watch?v=EX-ZfjK0nPo https://www.youtube.com/watch?v=EX-ZfjK0nPo http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_simplesmao.pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_simplesmao.pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_simplesmao.pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_simplesmao.pdf de recursos utilizados, como vídeos, leituras, trabalho individual e colaborativo, entre outros, também favorece a personalização do ensino, pois, como sabemos, nem todos os estudantes aprendem da mesma forma. Após um determinado tempo, previamente combinado com os estudantes, eles trocam de grupo, e esse revezamento continua até todos terem passado por todos os grupos. O planejamento desse tipo de atividade não é sequencial, e as tarefas realizadas nos grupos são, de certa forma, independentes, mas funcionam de forma integrada para que, ao final da aula, todos tenham tido a oportunidade de ter acesso aos mesmos conteúdos. BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. de M. Ensino híbrido: personalização e tecnolo- gia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 55. Utilizar diferentes recur- sos para realizar pesquisas, entre eles as tecnologias digitais. Refletir sobre a importância dos hábitos de higiene para a manutenção da saúde. Objetivos da etapa Para a realização da pesqui- sa, o professor deve ser o leitor e o escriba, fazendo a leitura dos materiais encontrados e anotando na lousa um breve resumo do que foi descoberto. Sugerimos alguns termos de busca, como “maneira correta de lavar as mãos” e “higieniza- ção adequada das mãos”. Se for possível a utilização de alguns computadores, sugeri- mos a organização dos alunos em grupos de modo que, en- quanto alguns deles pesquisam em livros e revistas, um grupo assiste no computador ao vídeo da Turma da Monica, disponí- vel em: <https://www.youtube. com/watch?v=mCCZiMjm4mY &list=PLlYjQZ7EQH8YfNS9mQ4 HhEEG5je1aAWF-> (acesso em: 17 set. 2017). Realizar o rodízio dos grupos até que todos tenham assistido ao vídeo. Essa proposta é deno- minada rotação por estações. Nesse caso, o professor pode permanecer na estação da pes- quisa nos livros e nas revistas, auxiliando na leitura e na in- terpretação do material, atuan- do, assim, em grupos menores e possibilitando certo nível de personalização. A intenção é que os alunos descubram que muitos microrganismos ou substâncias que podem fazer mal à saúde podem ser encon- trados na poeira, nos objetos com que entramos em contato, no chão, e que as mãos sujas são um veículo de transmissão desses agentes. 1717 008-023-GE-P01-ICN1-G19_BNCC.indd 17 17/07/20 16:43 https://www.youtube.com/watch?v=mCCZiMjm4mY&list=PLlYjQZ7EQH8YfNS9mQ4HhEEG5je1aAWF- https://www.youtube.com/watch?v=mCCZiMjm4mY&list=PLlYjQZ7EQH8YfNS9mQ4HhEEG5je1aAWF- https://www.youtube.com/watch?v=mCCZiMjm4mY&list=PLlYjQZ7EQH8YfNS9mQ4HhEEG5je1aAWF- https://www.youtube.com/watch?v=mCCZiMjm4mY&list=PLlYjQZ7EQH8YfNS9mQ4HhEEG5je1aAWF- PROJETO 1 Conversar com a turma sobre a importância da higiene na prevenção de doenças. Estimu- lar os alunos a concluir que, ao eliminar a sujeira do corpo, es- tamos também nos livrando de potenciais agentes causadores de doenças e, por isso, é impor- tante manter o corpo limpo. Direcionar a discussão e in- centivar o grupo no registro das informações pesquisadas, porque elas serão úteis na ela- boração do produto final. Mais uma vez, vale a pena lembrar que é importante re- gistrar as conquistas dos alunos em cada etapa, para que eles consigam estabelecer relação entre elas. EF01CI03 (a descrição comple- ta da habilidade está na pági- na XXVI). De olho na Base O roteiro de avaliação pro- posto na seção Parando para pensar oferece condições aos alunos de avaliar seu desem- penho em relação aos elemen- tos essenciais na condução do projeto. Nesse momento, serão avaliados os itens relacionados à compreensão do conteúdo. Respostas das atividades 2. Resposta pessoal. Deixe cla- ro que esse hábito diminui a chance de levarmos sujeira ou microrganismos à boca, o que é importante para ficar- mos saudáveis. 3. Resposta pessoal. Cuidados com a higiene na infância [...] 5 anos Nessa idade, acriança já pode começar a tomar banho sozinha. Como para ela ainda é difícil lavar-se bem, é bom que sua aprendizagem, no que se refere à limpeza, se dê aos poucos. Isto é, a ela será dada a oportunidade de tomar banho sozinha duas ou três vezes por semana. E, de preferência, em dias em que não precise obedecer a horários fixos, como os de aula, por exemplo. [...] MORAES, F. T. Trabalhando com a educação infantil. Canoas: Ulbra, 2002. p. 96. 1818 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 18 12/12/2017 09:51 Microrganismos Na sujeira, pode haver microrganismos causadores de doenças. Explicar aos alunos que microrganismos são seres vivos microscópicos, mas nem todos fazem mal à saúde. A ideia de que há microrganismos benéficos não é muito explorada no cotidiano. Portanto, é válido comentar que alimentos como iogurtes e leites fermentados são produzidos graças à ação de certos microrganismos (os chamados lactobacilos). Além disso, há microrganismos que vivem em nosso corpo auxiliando, por exemplo, a nossa atividade intestinal. O texto da seção Fique por dentro tem como objetivo apre- sentar informações que contri- buem para a compreensão da importância da higiene do cor- po na prevenção de doenças. Se possível, mostre aos alu- nos imagens de microrganismos obtidas em microscópios. Um bom exemplo é mostrar uma imagem de água vista em mi- croscópio óptico. Peça aos alu- nos que comparem a imagem do microscópio com uma ima- gem macroscópica de água, isso os ajudará a perceber a existên- cia de um “mundo microscópi- co” próximo a eles. Imagens da superfície de pele e de objetos também são boas opções e aju- dam a ressaltar a importância de lavar as mãos. 1919 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 19 12/12/2017 09:51 PROJETO 1 Utilizar diferentes recursos para comunicar os apren- dizados. Elaborar cartazes e identi- ficar formas adequadas de registro neste recurso. Demonstrar criatividade ao elaborar vídeos registrando os aprendizados. Objetivos da etapa Para ajudar os alunos a esta- belecer relação entre as etapas do projeto e o produto final, retomar os registros de cada etapa a fim de que eles recor- dem o que foi aprendido. Orientar os alunos na obser- vação dos elementos essenciais de um cartaz (texto curto, letras grandes e imagem) e no plane- jamento dos cartazes que serão elaborados. Explicar que planejar não é o mesmo que produzir e que, para isso, devem combinar, antes, como será o cartaz pro- duzido, o que gostariam de es- crever e como o ilustrariam para transmitir seu recado às pessoas. Orientar os alunos na forma- ção de grupos para encenar ações que demonstrem a higiene do corpo. Para isso, seguir as etapas: A) Recortem e colem, ou de- senhem, objetos que po- dem ser usados na higiene do corpo, como sabonete, toalha, pasta de dentes, pente etc. B) Escolham uma das ima- gens e criem uma situação que mostre como o objeto pode ser usado para cui- dar da higiene do corpo. C) Em seguida, dramatizem essa situação para o res- tante da turma. Um passo a mais! Respostas da atividade 1. a) Espera-se que os alunos percebam que a informação principal está em letras grandes exatamente por se tratar da informação mais importante a ser passada ao leitor. c) Os monstrinhos correspondem aos microrganismos presentes na sujeira e, por- tanto, presentes nas mãos sujas. Espera-se que a discussão entre o professor e os alunos os leve a pensar que esses monstrinhos são os responsáveis por causar doenças, daí a importância de lavar as mãos e eliminá-los do corpo. 2020 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 20 12/12/2017 09:51 Dicas para a elaboração de cartazes • Utilizar uma folha de cartolina de tonalidade clara (branca, amarela, azul, rosa, verde). • Colocar o título do cartaz centralizado na parte superior. • Usar figuras grandes para que qualquer leitor consiga enxergar, mesmo que a certa distância. Podem ser feitos desenhos, ou colagens de imagens de revista ou de figu- ras impressas. No caso de desenhos, utilizar caneta hidrográfica para o contorno. • Colocar os nomes dos participantes na parte inferior direita do cartaz. Cada dupla pode gravar pe- quenos vídeos com trinta segun- dos de duração, nos quais apre- sentam imagens e leem o texto produzido. Por exemplo, um aluno da dupla pode filmar o colega lavando as mãos da ma- neira adequada que foi aprendi- da neste projeto e, com peque- nos áudios, falar da importância da higiene adequada das mãos para a prevenção de doenças. Nesta etapa, o intuito é pla- nejar como será a elaboração dos cartazes e dos vídeos. O mais importante neste momen- to é estimular a criatividade e o registro das ideias dos alunos. É importante que os alunos constatem que a proposta ini- cial dos cartazes e dos vídeos pode ser melhorada durante a execução destes. Dicas para a elaboração de vídeos • Usar um celular, tablet ou ou- tro dispositivo digital para a gravação do vídeo. • Gravar pequenos trechos e, de pois, usando um software específico para edição de vídeos, juntá-los para com- por um vídeo curto. É possí- vel encontrar tutoriais on-line para a utilização desse tipo de software. • Para os vídeos, podem ser usadas fotos e locução du- rante a gravação. • Ao término, o vídeo não deve ultrapassar três minutos de duração. 2121 008-023-GE-P01-ICN1-G19_RESSALVA.indd 21 7/11/18 10:03 AM PROJETO 1 Retomar com os alunos a agenda no início do projeto e verificar com eles se as etapas ocorreram de acordo com o planejado. Caso a resposta seja negativa, debater os possíveis motivos do não cumprimento dos prazos. O objetivo, neste momento, é apresentar aos membros da comunidade escolar o resultado do trabalho. Os vídeos e car- tazes devem ser exibidos para o maior número possível de pessoas. Os alunos podem veri- ficar com elas se a mensagem que eles pretendiam passar foi compreendida. Dicas para organizar apresentações • Convidar alguns colegas de outras turmas para uma primeira apresentação. • Após essa primeira apresentação, reunir os alunos e verificar se gostariam de modi- ficar algo, ampliando a quantidade de cartazes ou modificando o vídeo produzido, por exemplo, considerando as impressões dos primeiros visitantes. • Realizar uma apresentação para um público maior, convidando os familiares dos alunos. • Para que todos participem e consigam apresentar os vídeos e os cartazes aos con- vidados, estes podem ser acomodados em semicírculo e cada grupo apresenta o produto final de seu projeto. 2222 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 22 12/12/2017 09:51 Avaliação final do projeto A avaliação deve ser realizada pelo professor e pelos alunos. O quadro de rubricas, disponível na página XXIX é um instrumento que pode ser utilizado com os alunos, dando-lhes a oportunidade de refletir sobre alguns elementos importantes do proje- to, além daqueles que constam na seção Parando para pensar. Ao término do projeto, o professor pode avaliar se foi possível expandir o projeto proposto neste material, sugerindo desdobramentos e ampliando o potencial de pes- quisa sobre o tema. Ao finalizar a atividade, reto- mar o quadro de rubricas deste projeto, disponível na página XXIX, e verificar como foi o desempenho de cada um dos alunos, individualmente, em relação aos itens lá assinalados. Na parte geral deste Manual, na página XVI, há mais orienta- ções sobre a utilização de rubri- cas na avaliação do desempe- nho dos alunos em projetos. A última proposta de refle- xão deste projeto, presente na seção Parando para pensar, tem como objetivo sistematizar os aprendizados e possibilitar que os estudantes percebam o entrelaçamento das ativida- des realizadas com o objetivo principal deste projeto. Enca- minhar a discussão das ques- tões propostas e, se necessário, acrescentar outras, caso tenha expandido o projeto. 2323 008-023-GE-P01-ICN1-G19.indd 23 12/12/2017 09:51 PROJETO 2 Identificar conhecimentos prévios em relação ao ca-lendário. Reconhecer a importância da organização das ativi- dades diárias para a roti- na escolar. Objetivos da abertura É possível que alguns alunos não consigam fazer a leitura dos quadrinhos; sendo assim, estimular a classe a observar a expressão da personagem em relação aos eventos que estão acontecendo em cada quadri- nho. A situação a ser analisada é o desconhecimento, ou es- quecimento, de que era feria- do naquele dia e as complica- ções decorrentes da falta dessa informação. É importante conversar sobre a forma de representação da linguagem da personagem. A palavra ESCOLA aparece grafa- da como “ISCOLA”; pedir a eles que observem também como o texto, que reflete o modo de falar da personagem, apa- rece no penúltimo quadrinho. Explicar aos alunos que esse modo de falar é a forma como o criador da personagem carac- terizou uma variante da língua. No entanto, ao expor a fala da personagem, é importante não caracterizar nenhum tipo de preconceito linguístico. Os quadrinhos da linguagem Atualmente, há uma grande discriminação em relação ao uso de determinadas variantes linguísticas como a gíria e o dialeto caipira. [...] O importante nas escolas seria ensinar aos alunos que o indivíduo (falante) é um ser único e por isso possui uma forma específica de falar e se expressar. Mas o que vemos acontecer é a formação de falantes de norma culta que se julgam melhores do que o outro simplesmente porque fazem o uso das regras criadas pelas Gramáticas Tradicionais. [...] OLIVEIRA, G. T. et al. Os quadrinhos da linguagem: o preconceito linguístico analisado nas histó- rias em quadrinhos da Turma da Mônica e da Turma do Chico Bento. Revista Eletrônica de Letras, v. 3, n. 1, 2010. Disponível em: <http://periodicos.unifacef.com.br/index. php/rel/article/view/396/379>. Acesso em: 30 out. 2017. 2424 EF15LP14; EF01CI05 (a descrição completa das habilidades está na página XXXII). De olho na Base 024-039-GE-P02-ICN1-G19_BNCC.indd 24 3/26/19 14:44 http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rel/article/view/396/379 http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rel/article/view/396/379 Trocando ideias 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expliquem que ele corre, nada e pega chuva. 2. Chico Bento descobriu que era feriado e por isso não teria aula. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem o relógio como um instrumento utilizado nesse caso. As agendas ou o uso de um calendário também podem ser cita- dos. Além disso, eles podem mencionar outros hábitos familiares para essas anotações. 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apresentem seus conhecimentos prévios sobre como medir o tempo e indiquem seus interesses de investigação sobre o tema. 2525 Realizar coletivamente as atividades da seção Trocando ideias. As questões têm como objetivo o levantamento de conhecimentos prévios dos alu- nos sobre o tema e, além de possibilitar o encaminhamento, oferecem a oportunidade de desmembramento deste pro- jeto em outros momentos de investigação e pesquisa. A res- posta dada pelos alunos à últi- ma questão pode ser registrada pelo professor e retomada ao final do projeto. No caso de interesses apresentados pelos alunos não terem sido contem- plados no projeto, é importan- te retomar essas questões em outras situações. Neste projeto, há integração entre Ciências, Língua Portu- guesa e Matemática. A linha condutora do trabalho aqui proposto é Ciências, porém, ao tratar das escalas de tempo, conhecimentos de Matemáti- ca também serão abordados. Aproveitar o projeto para inse- rir no dia a dia dos alunos as no- ções de datas e de medições do tempo. Sempre anotar a data no quadro e conversar com a turma sobre os horários de atividades. A própria dinâmica deste e de outros projetos, com a apresentação do calendário e a anotação diária da data de início e término de cada etapa, auxilia na construção da noção de tempo. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 25 12/12/2017 09:56 PROJETO 2 O projeto Neste projeto, o objetivo é que os alunos imaginem a cria- ção de uma máquina do tempo para apresentar, de forma lúdi- ca, a importância da organiza- ção do tempo para as ativida- des realizadas no dia a dia. A invenção e a construção possi- bilitam que os alunos exercitem a criatividade e usem as infor- mações que aprenderam, como a utilização do calendário. Dar início à leitura e ao debate da questão norteadora e, em se- guida, compartilhar com os alu- nos o cronograma e informá-los sobre o produto final; é prová- vel que muitos deles sintam-se estimulados na realização de cada etapa, visando a constru- ção da máquina do tempo a ser realizada no último momento do projeto. Conversar sobre as regras de convivência em sala de aula em todo início de pro- jeto é uma forma de reforçar a importância de escutar o outro com atenção, aguardar sua vez de falar e relacionar-se de ma- neira respeitosa em sala. A conversa iniciada anterior- mente sobre o que os alunos já sabem sobre as formas de orga- nizar o tempo e o que querem saber sobre esse tema pode ser retomada no início desta aula. É possível que surjam questões do tipo: “Como funcionam os relógios?”; ”Qual é a diferença entre os diversos tipos de reló- gio?”; ”Como a marcação do tempo funciona em diferentes países?”, entre outras. Deixar essas anotações sempre à vista durante todo o projeto é uma boa estratégia. Como construir uma máquina do tempo Viagens no tempo são um tema popular da ficção científica desde que H. G. Wells escreveu A máquina do tempo, em 1895. Mas esses deslocamentos são possíveis? [...] Começamos a entender melhor o tempo depois que Einstein formulou suas teorias da relatividade. Antes do aparecimento dessas teorias, considerava-se o tempo como absoluto e universal. [...] Na teoria da relatividade especial, Einstein propôs que o intervalo entre duas etapas depende da maneira como o observador se desloca. […] Descreve-se este efeito frequentemente com o chamado “paradoxo dos gêmeos”. 2626 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 26 12/12/2017 09:56 Vamos dizer que João e Maria sejam irmãos gêmeos. Maria viaja numa nave em velo- cidades altíssimas até uma estrela e regressa à Terra. João continua em casa. Para Maria, a viagem durou um ano. Mas, quando ela retorna, descobre que se passaram dez anos na Terra. O seu irmão está nove anos mais velho que ela. João e Maria não têm mais a mes- ma idade, apesar de nascidos no mesmo dia. Este exemplo, de certa maneira, mostra uma viagem no tempo, mesmo limitada. Maria deu um salto de nove anos no futuro da Terra. […] DAVES, P. Como construir uma máquina do tempo. Scientific American Brasil. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_construir_uma_maquina_do_tempo.html>. Acesso em: 27 out. 2017. Reconhecer os períodos do dia: manhã, tarde e noite. Registrar as atividades rea lizadas em diferentes períodos do dia. Comparar e analisar regis- tros, identificando a fre- quência de ocorrência. Elaborar maneiras de re- gistrar a frequência de ocorrência das atividades diárias. Objetivos da etapa EF15LP10; EF01MA16; EF01CI06 (a descrição completa das habilidades está na página XXXII). De olho na Base Nesta etapa, os alunos de- vem identificar os períodos do dia. Questionar sobre qual é o período do dia em que ocorre a aula. Pedir que comentem a se- quência de atividades que cos- tumam realizar durante o dia. Sugerir que, em duplas, um co- lega conte para o outro o que realiza em cada momento do dia, incluindo o que ocorre fora da escola. Solicitar que regis- trem no quadro sua rotina por meio de desenhos ou de texto. Comentar com os alunos que, enquanto eles estão na escola, há pessoas realizando outras atividades. Questionar a turma sobre essas atividades. 2727 024-039-GE-P02-ICN1-G19_BNCC.indd 27 3/26/19 14:45 http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_construir_uma_maquina_do_tempo.html PROJETO 2 Matemáticana BNCC […] a aprendizagem em Matemática está intrinsecamente relacionada [...] à apreen são de significados dos objetos matemáticos, sem deixar de lado suas aplicações. Os significados desses objetos resultam das conexões que os alunos estabelecem entre eles e os demais componentes, entre eles e seu cotidiano e entre os diferentes temas matemá ticos. Desse modo, recursos didáticos como malhas quadriculadas, ábacos, jogos […] têm um papel essencial para a compreensão e utilização das noções matemáticas. […] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. p. 276. 2828 Dar continuidade à discussão sobre as atividades diárias com- parando as informações ano- tadas nos quadros. Estimular a turma para que realize o regis- tro das atividades mais comuns, o que pode ser feito de dife- rentes formas. Apresentar uma malha quadriculada para esse registro pode ser uma opção in- teressante para levar os alunos a refletir sobre a quantidade de pessoas que realiza a mesma ati- vidade em determinado perío- do do dia. Os alunos vão iden- tificar que algumas atividades são regidas pelo ritmo diário, como as refeições, enquanto outras nem sempre apresentam o mesmo padrão em relação ao perío do do dia em que aconte- cem, como o momento do ba- nho. Retomar com os alunos os hábitos de higiene, estudados no Projeto 1, e questioná-los sobre ações que se repetem du- rante o dia, como lavar as mãos e escovar os dentes. Para manter o interesse na construção do produto final, comentar com a turma que es- sas informações serão impor- tantes para a identificação do período do dia para o qual a pessoa será transportada pela máquina: manhã, tarde ou noi- te, por exemplo. 024-039-GE-P02-ICN1-G19_BNCC.indd 28 3/28/19 14:25 Identificar o nome dos dias da semana e sua ordem. Comparar as atividades rea- lizadas nos dias da semana por diferentes pessoas. Diferenciar o sábado e o domingo, em relação à rotina escolar, dos demais dias da semana. Objetivos da etapa Conversar com a turma so- bre a atividade solicitada e a questão de abertura desta eta- pa, perguntando se todos os dias são iguais. A ideia é que os alunos percebam que certas atividades, como ir à escola, repetem-se durante os dias da semana. A proposta é que eles nomeiem e registrem os dias da semana. Eles podem copiar de uma agenda ou calendário ou podem recortar e colar essas informações. É importante veri- ficar se os alunos compreende- ram a sequência dos dias e não apenas a sua nomenclatura. Pesquisando o nome dos dias da semana em outras línguas Conversar com a turma sobre o nome dos dias da semana em português e verificar se algum aluno sabe como os dias são denominados em outras línguas. Como uma pesquisa a ser feita em casa, pode ser solicitada a desco- berta do nome dos dias da semana em outros idiomas. Ao retornar à sala de aula, pode ser anotada, no mural, a variedade de nomenclatu- ras para que todos possam compará-las com a forma como os dias da semana são nomeados em nosso país. Para saber mais, verificar o link: <https://mundoestranho. abril.com.br/cotidiano/por- que-os-dias-da-semana-tem- feira-no-nome/>. Acesso em: 27 out. 2017. Um passo a mais! 2929 Como surgiram os nomes dos dias da semana? [...] O termo “feira” surgiu em português porque, na semana da Páscoa, todos os dias eram feriados – férias ou feiras – e os mercados funcionavam ao ar livre. [...] O domingo, que seria a primeira feira, conservou o mesmo nome por ser dedicado a Deus, fazendo a contagem iniciar-se na secunda-feria, segunda-feira. O sábado foi mantido em respeito à antiga tradição hebraica. […] Como surgiram os nomes dos dias da semana? Mundo Estranho. Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/historia/como-surgiram-os-nomes-dos-dias-da-semana/>. Acesso em: 27 out. 2017. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 29 12/12/2017 09:56 https://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/por-que-os-dias-da-semana-tem-feira-no-nome/ https://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/por-que-os-dias-da-semana-tem-feira-no-nome/ https://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/por-que-os-dias-da-semana-tem-feira-no-nome/ https://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/por-que-os-dias-da-semana-tem-feira-no-nome/ https://mundoestranho.abril.com.br/historia/como-surgiram-os-nomes-dos-dias-da-semana/ PROJETO 2 3030 Além de reforçar a nomen- clatura dos dias da semana, nesse momento há a reflexão sobre probabilidade, ao sele- cionar atividades que sempre acontecem em determinado dia da semana e atividades que dificilmente acontecem nesses dias. O debate pode ser rico ao verificar as atividades que são frequentes na comunidade es- colar e que acontecem na roti- na de várias crianças da sala de aula. Retomar o registro feito na etapa anterior sobre as ativi- dades realizadas no período do dia e verificar quais são as que acontecem todos os dias, sem exceção, e aquelas que talvez ocorram em alguns dias da se- mana e não em outros. EF01MA20; EF01CI06 (a des- crição completa das habilida- des está na página XXXII). De olho na Base Ler os critérios da seção Pa- rando para pensar e solicitar a cada aluno que assinale um X na coluna que simboliza a for- ma como ele se avalia em cada uma das situações. É importan- te que o professor, em momen- to subsequente, converse indi- vidualmente com cada aluno sobre as respostas apresenta- das. Esses momentos de autoa- valiação possibilitam identificar dificuldades ou facilidades dos alunos e, com base nelas, inter- vir em aulas posteriores. Respostas das atividades 2. Resposta pessoal. 3. Conversar com os alunos sobre o que entendem por sempre, impossível e muito difícil. É importante que tenham esses conceitos claros para que possam começar a compreender fundamentos de probabilidade. • Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que, usualmente, não fre- quentam a escola nos fins de semana e que, nesses dias, realizam atividades diferentes daquelas realizadas nos demais dias da semana. • Resposta pessoal. Espera-se que os alunos sejam capazes de citar atividades ex- clusivas de dias de semana. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 30 12/12/2017 09:56 Identificar o nome dos me- ses do ano e sua ordem. Comparar a quantidade de semanas de cada mês. Identificar o número de colegas que fazem aniver- sário no mesmo mês. Objetivos da etapa Iniciar a etapa relembrando a turma sobre a construção do modelo de máquina do tempo e a necessidade de identificar os meses do ano para este projeto. É importante estabelecer rela- ções entre as etapas para que os alunos compreendam que essas informações são necessárias para a confecção do produto final. Os alunos podem copiar ou recortar e colar de uma agenda ou de um calendário os nomes dos meses. É importante verifi- car se eles compreenderam a se- quência dos meses e não apenas decoraram a sua nomenclatura. Solicitar aos alunos que obser- vem de que forma são nomeados os dias da semana em um calen- dário. Apresentar de maneira ampliada o registro de um mês do ano e pedir a eles que verifi- quem o registro da semana que, usualmente, é feito com as ini- ciais dos nomes dos dias da sema- na. Solicitar, então, que identifi- quem a quantidade de semanas existentes em cada mês, perce- bendo que alguns meses têm mais semanas do que outros. Jogo on-line: Calendário mágico Jogo que verifica se o joga- dor sabe quais são os dias da semana e os meses do ano. Disponível em: <http://www. escolagames.com.br/jogos/ calendarioMagico/>. Acesso em: 27 out. 2017. Sugestão de recurso complementar 3131 Qual é a origem dos nomes dos meses? Tudo começou na Roma Antiga […]. No primeiro calendário romano, estabelecido no século VII a.C., o ano tinha 304 dias e era dividido em dez meses – a contagem começava em março e terminava em dezembro. [...] [...] ainda no século VII a.C., a contagem estava 51 dias atrasada em relação aoinício das estações. Pompílio criou, então, mais dois meses – janeiro e fevereiro – e o ano passou a ter 354 dias, mas não demorou para ocorrer outro desajuste. […] CABRAL, Danilo Cezar. Qual é a origem dos nomes dos meses? Mundo Estranho. Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/>. Acesso em: 27 out. 2017. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 31 12/12/2017 09:57 http://www.escolagames.com.br/jogos/calendarioMagico/ http://www.escolagames.com.br/jogos/calendarioMagico/ http://www.escolagames.com.br/jogos/calendarioMagico/ https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/ PROJETO 2 EF01MA01 (a descrição com- pleta das habilidades está na página XXXII). De olho na Base Quantificação, registros e agrupamentos [...] Embora as crianças de seis anos que ingressam no ensino fundamental não apre- sentem um grau homogêneo de conhecimento numérico, alguns saberes são observá- veis neste grupo: a) há crianças que dizem, de memória, os nomes de números sem, no entanto, ter noção de quantidade; b) algumas não fazem a correspondência da palavra-número com a referida quantidade; c) outras fazem essa correspondência, mas não têm a percepção de que a última palavra-número da sequência representa o total de elementos da coleção; e d) há aquelas que não conseguem identificar e comu- nicar oralmente pequenas quantidades [...] Para verificar o número de aniversariantes nos meses do ano, ajudar os alunos no regis- tro, como é sugerido no Livro do Aluno. Ao término dos registros, haverá colunas de papéis indi- cando a quantidade de aniver- sariantes em cada mês do ano. Pode ser sugerido aos alunos que organizem os aniversarian- tes de cada mês pelo dia em que fazem aniversário, colocando-os em ordem crescente. 3232 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 32 12/12/2017 09:57 Fazer a leitura do texto da se- ção Fique por dentro e estabele- cer comparação entre o calendá- rio apresentado na imagem e o que os alunos estão acostumados a observar. É possível apresentar outros exemplos de calendário e expandir essa etapa do projeto, propondo uma pesquisa sobre diferentes tipos de calendário, caso seja de interesse dos alunos. Nos primeiros contatos com o aluno do primeiro ano, para identificar os conheci- mentos prévios dos alunos, o professor poderá utilizar brincadeiras ou tarefas simples apoiadas na oralidade e na manipulação de objetos disponíveis na sala de aula, de modo que os alunos possam mostrar suas habilidades quantitativas: se conhecem a sequência dos nomes dos números, se, ao observar diferentes coleções, são capazes de identificar as que têm a mesma quantidade, se conseguem fazer ou identificar algum tipo de registro convencional (ou não) de quantidade, se são capazes de organizar uma coleção de objetos a partir de uma quantidade apresentada. [...] BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetiza- ção na Idade Certa: quantificação, registros e agrupamentos. Caderno 2. Brasília: MEC/SEB, 2014. p. 62-63. 3333 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 33 12/12/2017 09:57 PROJETO 2 EF01LP17; EF01LP20; EF01MA17; EF01MA18 (a descrição com- pleta das habilidades está na página XXXII). De olho na Base Construir uma agenda com base nos conhecimentos so- bre calendário. Planejar qual será o ma- terial necessário para a construção de uma agen- da e verificar sua disponi- bilidade. Trabalhar colaborativamente. Objetivos da etapa Nesta etapa, o objetivo é a construção de uma agenda com a possibilidade de anotação das tarefas diárias, considerando pe- ríodos do dia, semanas e meses. Para o preenchimento da agen- da, solicitar aos alunos que ano- tem nela os feriados nacionais e regionais, além das datas de aniversário dos colegas, identifi- cadas na etapa anterior. Explo- rar com a turma o motivo por que determinada data é feriado pode ser uma boa oportunidade de ampliar a atividade, sugerindo uma pesquisa. Essa ampliação aju- da os alunos a compreender que um feriado pode ser uma data de comemoração ou um dia para re- lembrar algum fato histórico. 3434 Respostas das atividades 1. a) A indicação do dia, mês e ano. b) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos relacionem seu uso com a organização de atividades. 2. Resposta pessoal. Ensinar e aprender matemática: possibilidades para a prática educativa [...] Conhecimentos relativos à matemática escolar: para que o professor consiga ultra- passar o paradigma da transmissão do conhecimento que privilegia a linguagem em lugar do pensamento, que enfatiza a aprendizagem de termos, definições e algoritmos ao invés de estimular o estabelecimento de relações, a busca de semelhanças e diferen- ças – enfim, das regularidades e dos padrões, atividades estas que, entre outras, cons- tituem o cerne do pensamento matemático. O docente precisa conhecer, de maneira aprofundada, os conceitos e as propriedades referentes aos conteúdos com os quais ele vai trabalhar, bem como sua história. Esse conhecimento é essencial para que o 024-039-GE-P02-ICN1-G19_BNCC.indd 34 3/26/19 14:45 Crie um belo calendário usan- do o Canva O Canva é um site gratuito, no qual pode ser criada, de for- ma personalizada, uma agen- da diária, semanal ou mensal. Depois de pronta, essa agen- da pode ser impressa ou com- partilhada de forma digital. Disponível em: <https://www. canva.com/pt_br/criar/agenda/>. Acesso em: 27 out. 2017. Sugestão de recurso complementar 3535 professor possa, ele mesmo, perceber e levar seus alunos a perceberem a Matemática como um campo de conhecimento dinâmico e aberto. [...] BRANDT, C. F.; MORETTI, M. T. (Org.). Ensinar e aprender matemática: possibilidades para a prática educativa. SciELO Books. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016. p. 34. Disponível em: <https://static.scielo.org/scielobooks/dj9m9/pdf/brandt-9788577982158.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017. Estimular as duplas para que planejem como será construída a agenda e que tipo de mate- rial pretendem utilizar em sua confecção. Nesse momento, o reaproveitamento do verso de folhas usadas pode ser uma es- tratégia para a elaboração do protótipo. As formas de cons- truir a agenda podem ser varia- das e vão depender do material disponível. Cadernos que não foram completamente utiliza- dos também podem ser um ma- terial adequado para essa ativi- dade. As questões propostas na se- ção Parando para pensar pos- sibilitam a autoavaliação de desempenho dos alunos em re- lação à identificação dos meses do ano e das informações ne- cessárias para a elaboração de uma agenda. É fundamental o debate com os alunos sobre os resultados observados pelo professor, es- timulando-os a progredir nos aspectos em que apresentaram dificuldades. Nesse momento, é possível retomar o quadro de rubricas, apresentado na pági- na XXXV deste Manual, para que o grupo possa analisar o andamento do projeto em rela- ção a colaboração, criatividade etc. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 35 12/12/2017 09:57 https://www.canva.com/pt_br/criar/agenda/ https://www.canva.com/pt_br/criar/agenda/ https://static.scielo.org/scielobooks/dj9m9/pdf/brandt-9788577982158.pdf PROJETO 2 Identificar materiais que possam ser usados na ela- boração da máquina do tempo. Trabalhar colaborativamen- te na elaboração do protó- tipo e na construção da má- quina do tempo. Objetivos da etapa Recomendamos quatro aulas para esta etapa, mas é possível rever e combinar com a turma a quantidade de aulas disponíveis para a elaboração do produto final. Assim como nas demais etapas, anotar com os alunos as datas de início e de término e certificar-se de que eles regis- traram essas datas em seu mate- rial. A primeira atividade desta etapa é o planejamento. A organização das tarefas entre os integrantes do grupo é essencial em um trabalho por projetos. Sempre que for suge- rida essa organização, é inte- ressante que o professoresta- beleça com os alunos os papéis e as tarefas a serem realizados em cada etapa do trabalho. Por exemplo, se houver neces- sidade de pintar o material com tinta guache, o professor deve questionar quem será respon- sável, nesse momento, por or- ganizar o material, misturar as tintas e pintar. Nem todos os alunos precisam realizar todas as tarefas em dado momento, porém os papéis devem ser al- ternados para que a responsa- bilidade por determinada tare- fa não recaia sempre sobre uma só pessoa. Respostas das atividades 2. O desenho deve representar as ideias discutidas pelo grupo e apresentar os itens essenciais do produto idealizado. 3. A divisão de tarefas e datas deve ser decidida coletivamen- te pelos integrantes dos gru- pos e o professor. 3636 Movimento maker Muitas das invenções que Leonardo da Vinci pensou, como tanques de guerra blindados e paraquedas, só saíram do papel séculos depois, pelas mãos de outros cria- dores. Se estivesse vivendo hoje, o italiano provavelmente não teria dificuldade em assinar as novas ideias. Nem ele nem qualquer pessoa que queira fazer os próprios ob- jetos, seja por uma nova opção de consumo ou pelo prazer de ver projetos se tornarem reais. Incentivados, sobretudo, pela expansão da internet e seu poder de compartilhar informações, os agora makers não estão mais isolados, mas reunidos e em movimento. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 36 12/12/2017 09:57 Como construir uma falsa má- quina do tempo. Wikihow – Como fazer de tudo Nesse site, há um passo a passo para a construção de uma máquina do tempo de brinquedo. Disponível em: <https:// pt.wikihow.com/Construir- uma-Falsa-M%C3%A1quina- do-Tempo>. Acesso em: 27 out. 2017. Sugestão de recurso complementar 3737 O movimento maker já está dentro de salas de aula, multinacionais, garagens de casas e laboratórios equipados com máquinas de fabricação digital, tornando a lógica do “faça você mesmo” um fenômeno tecnológico e coletivo. Para ser maker, só é preciso compar- tilhar experiências com quem também quer pôr a mão na massa. Um aquecedor de água feito no Brasil pode ser facilmente reproduzido e recriado pelos japoneses, por exemplo. “É exatamente o que aconteceu com a computação, a comunicação e a web. Agora, está chegando às coisas físicas”, defende o autor britânico Chris Anderson, [...] HIRABAHASI, G. et al. Da gambiarra ao movimento maker: uma nova forma de ser inventor. O Estado de S. Paulo. Disponível em: <http://infograficos.estadao.com.br/e/focas/movimento-maker/>. Acesso em: 27 out. 2017. O caráter lúdico envolvido na construção levará os alunos a pensar nas formas de rela- cionar o que aprenderam so- bre calendário. Apresentar a eles o filme Turma da Mônica em uma aventura no tempo (Mauricio de Souza Produções, 2007) pode ser uma proposta interessante para estimulá-los a ser criativos na construção. Orientá-los a utilizar sucata na confecção e, depois de pronta a máquina, convidá-los para brincar com a invenção. Nesse momento, será importante ve- rificar os “comandos” da má- quina, ou seja, de que forma serão anotados o dia, o mês e o ano em que a pessoa se en- contra e, ao pensar na aventura de viajar no tempo, como ajus- tar o dia, o mês e o ano para o qual a pessoa será transpor- tada. Propor, então, alguns de- safios, convidando os alunos a transportar-se para outras da- tas no mesmo ano. Questionar: “Para qual dia e mês a pessoa foi transportada? Qual dia da semana e qual período do dia? O que a pessoa estaria fazendo nesse dia?”. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 37 12/12/2017 18:45 https://pt.wikihow.com/Construir-uma-Falsa-M%C3%A1quina-do-Tempo https://pt.wikihow.com/Construir-uma-Falsa-M%C3%A1quina-do-Tempo https://pt.wikihow.com/Construir-uma-Falsa-M%C3%A1quina-do-Tempo https://pt.wikihow.com/Construir-uma-Falsa-M%C3%A1quina-do-Tempo http://infograficos.estadao.com.br/e/focas/movimento-maker/ PROJETO 2 Nesta etapa, é recomendado que os alunos organizem uma exposição para mostrar as má- quinas que criaram. Além de expor seus produtos, os alunos devem ter oportunidade de convidar os visitantes para que brinquem com a máquina, es- colhendo uma data para a qual querem ser transportados, jus- tificando sua escolha. Essa ex- posição pode ocorrer na sala de aula ou em outros espaços em que alunos de outras turmas também possam apreciar as invenções. A apresentação dos resultados é essencial em um trabalho por projetos, como já orientado na parte geral deste Manual; por esse motivo, in- centivar os alunos para que eles apresentem oralmente seus aprendizados. Ao final do projeto, é sem- pre importante retomar com os alunos o cronograma proposto no início e verificar com eles se as etapas ocorreram de acor- do com o planejado. Caso não tenham ocorrido, trocar ideias com a turma sobre os motivos dos eventuais atrasos e alertá- -los para que fiquem atentos e tentem evitar que isso se repita no próximo projeto. Resposta da atividade 1. Espera-se que, após a realiza- ção do projeto, os alunos re- conheçam a organização do tempo em dias, meses e anos e relacionem os calendários e as agendas como ferramen- tas de organização do tempo e das atividades. 3838 Reflexões sobre a aprendizagem baseada em projetos [...] Para o desenvolvimento de um plano de trabalho docente voltado para a pe- dagogia de projetos, é necessário que o educador reflita a educação numa perspectiva de situações que facilitem o processo de construção do conhecimento e de desenvol- vimento de habilidades básicas importantes para o estudante. É importante que o professor domine, pelo menos, os conhecimentos de sua área de atuação para poder relacioná-los com as outras áreas do conhecimento, refletir e planejar como coorde- nar informações e articular diferentes pontos de vista, bem como estimular o trabalho em equipe, despertando o prazer pela pesquisa, pelo diálogo, respeito mútuo, coope- ração, proporcionando condições para que os alunos conquistem autonomia para a resolução de problemas. [...] 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 38 12/12/2017 09:57 3939 As principais mudanças verificadas nos professores [...] foram quanto à forma de avaliar, usando principalmente os critérios de desempenho e de qualidade para os pro- dutos definidos para o início, meio e fim do projeto. Eles perceberam que ao definir critérios de desempenho é possível avaliar a articulação dos conhecimentos prévios e aplicados com as habilidades e os hábitos mentais básicos desenvolvidos durante o projeto. [...] TOYOHARA, D. Q. K. et al. Aprendizagem baseada em projetos: uma nova estratégia de ensino para o desenvolvimento de projetos. PBL, 2010, p. 5 e 8. Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/ pbl2010/trabs/trabalhos/TC0174-1.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017. A avaliação final do projeto deve ser realizada pelo profes- sor e pelos alunos. O quadro de rubricas, disponível na página XXXV, é um instrumento que pode ser usado com os alunos, dando a oportunidade para que reflitam sobre alguns elementos importantes do projeto, além daqueles que constam na seção Parando para pensar. Ao término, o professor pode avaliar se foi possível expandir o projeto proposto neste mate- rial, sugerindo desdobramen- tos e ampliando o potencial de pesquisa sobre o tema. 024-039-GE-P02-ICN1-G19.indd 39 12/12/2017 09:57 http://each.uspnet.usp.br/pbl2010/trabs/trabalhos/TC0174-1.pdf http://each.uspnet.usp.br/pbl2010/trabs/trabalhos/TC0174-1.pdf PROJETO 3 Reconhecer que alguns ob- jetos usados no nosso dia a dia sofreram modificações ao longo dos anos. Explicar a importância da tecnologia na modificação dos objetos. Listar alguns objetos utili- zados com frequência no nosso dia a dia. Objetivos de abertura As imagens da página de abertura têm como objeti- vo mostrar aos alunos alguns modelos de telefone criados ao longo do tempo, graças ao avanço da tecnologia, que per- mitiu a criação de telefones portáteis cada vezmenores, com funções, que trouxeram mais comodidade no desempe- nho de algumas atividades do nosso dia a dia. É importante que os alunos troquem ideias sobre como eles percebem o uso dos objetos e os relacionem a determinada função; por exemplo, usamos o telefone para nos comunicar, mas, nos dias de hoje, o telefone tam- bém permite o acesso à inter- net, a troca de mensagens por e-mail, a utilização de jogos e muitas outras funções que não existiam nos modelos mais an- tigos desse objeto. Realizar, coletivamente, a observação das imagens e a comparação entre os vários modelos de telefone. Integrando as áreas de conhecimento Neste projeto, há integração entre Ciências, Língua Portuguesa, Arte e Matemática. A linha condutora do trabalho proposto é Ciências, por meio do estudo dos materiais usados na fabricação dos diversos objetos, suas propriedades e de como o avanço tec- nológico ajudou na criação de novos objetos. No decorrer do projeto, serão abordados elementos de Matemática, como a identificação de figuras geométricas planas em ob- jetos comuns aos alunos. Ao requisitar deles a linguagem oral e a escrita trabalham-se elementos da Língua Portuguesa. Elementos da Arte aparecem na construção artística. É importante estabelecer a relação entre essas áreas do conhecimento e mostrar aos alunos que a criatividade pode ser utilizada para criar novos objetos e, para isso, é importante o conhecimento científico das propriedades dos materiais. 4040 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 40 12/12/2017 18:46 Problematizando Para dar início ao projeto, propor questões desafiadoras pode aproximar os alunos do tema que será trabalhado, como: • Como você tomaria seu café da manhã se não houvesse talheres, pratos, copos ou xícaras? • Como carregaria o material escolar se não existisse mochila? Continuar a conversa, perguntando aos alunos: Quantos objetos vocês utilizaram no dia de hoje? Pedir a eles que listem os objetos usados. Perguntar se eles sabem que cada objeto tem funções específicas e ajudam em atividades do dia a dia. Livro: De que são feitas as coi- sas: as curiosas histórias dos maravilhosos materiais que formam o mundo dos huma- nos. MIODOWNIK, M. Trad. Marcelo Barbão. 1. ed. São Paulo: Editora Blücher, 2015. O livro aborda uma breve his- tória de diversos objetos que fazem parte do cotidiano. Sugestão de recurso complementar 4141 Explorar com a turma as questões da seção Trocando ideias. Além de permitirem o levantamento de conhecimen- tos cotidianos dos alunos sobre o tema, essas questões introdu- zem o assunto que será aborda- do e oferecem a oportunidade de desmembramento deste projeto em outros momentos de investigação e pesquisa. Trocando ideias 1. Resposta pessoal. 2. Espera-se que os alunos in- diquem a função do telefo- ne e percebam que os novos aparelhos possibilitam novas utilidades como trocar men- sagem e tirar foto. 3. Espera-se que os alunos ci- tem que os objetos foram se modificando ao longo do tempo. 4. Resposta pessoal. 5. Espera-se que os alunos co- mentem o material de que são feitos, o tamanho, a mo- bilidade dos aparelhos. É pro- vável que os alunos precisem de auxílio para alcançar essas respostas, por isso, conduza-os por meio de questionamentos. 6. Resposta pessoal. Com essa questão, é possível levantar conhecimentos cotidianos dos estudantes, assim como seus interesses, o que pode ajudar a conduzir o projeto. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 41 12/12/2017 09:57 PROJETO 3 O projeto Neste projeto, a meta é que os alunos construam um novo objeto, de forma criativa e que atenda à necessidade dos en- trevistados. Para tanto, eles se- rão estimulados a conhecer os formatos, as funções e os mate- riais usados em diferentes obje- tos. Dar início ao projeto com a leitura e o debate da questão norteadora e, em seguida, ex- plicar aos alunos o cronograma e qual será o produto final. É interessante que eles usem o conhecimento construído em cada etapa na confecção do ob- jeto proposta neste projeto. A conversa sobre o que já sa- bemos dos objetos e o que que- remos saber pode ser retomada nesse momento. Anotar as res- postas dos alunos e mantê-las em local visível durante todo o projeto é uma boa estratégia. Uma sugestão é elaborar um cartaz e fixá-lo na sala de aula até a conclusão do projeto. É possível que os alunos façam diferentes perguntas: Por que existem tantos objetos? Por que os objetos possuem determina- da forma? Qual a finalidade de certos objetos? Classificar objetos [...] Segundo Piaget, a criança, “muito antes de aprender a classificar e a seriar obje- tos, já os percebe, segundo certas relações de semelhança e diferença” (in Danyluk, 2002, p. 194). As atividades de classificação visam levar a criança a perceber e agrupar caracterís- ticas comuns em classes, estabelecendo relações e construindo noções. [...] “Classificar significa encaixar uma classe em outra, compreendendo as relações entre ‘todos’ e ‘alguns’ que as unem. REIS, S. M. G. dos. A matemática no cotidiano infantil: jogos e atividades com crianças de 3 a 6 anos para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Campinas: Papirus, 2006. p. 57. 4242 EF15LP10 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXXVIII). De olho na Base 040-057-GE-P03-ICN1-G19_BNCC.indd 42 3/26/19 14:46 Observar educa: a observação como ferramenta do aprender [...] Já reparou o quanto as crianças, desde muito pequenas, são atentas a aspectos das situações e dos ambientes que frequentemente escapam aos adultos? Uma das ra- zões para que isso aconteça é a característica de novidade que os fenômenos e objetos têm para os pequenos. [...] Isso, inclusive, oportuniza que as crianças tenham pontos de vista inusitados, que, ao serem compartilhados, abrem nossos olhos para novas formas de ver e pensar. [...] Observar educa: a observação como ferramenta do aprender. Laboratório de Educação. 13 fev. 2017. Disponível em: <http://labedu.org.br/observar-educa/>. Acesso em: 7 nov. 2017. Observar diferentes objetos. Desenhar objetos com base na observação. Relacionar o formato dos objetos com as figuras geométricas planas. Reconhecer que a forma dos objetos pode estar relacionada com a função deles. Objetivos da etapa EF01MA09; EF01MA14 (a des- crição completa das habilida- des está na página XXXVIII). De olho na Base Nesta etapa, os alunos de- vem realizar desenhos com base na observação de objetos. Para tanto, é importante que eles sejam orientados a reparar com atenção, principalmente no formato dos objetos, que será comparado com as figuras geométricas planas. Caso sinta necessidade, cons- truir com os alunos um gabarito de figuras geométricas planas para que eles consigam associar os nomes (triângulo, retângu- lo, círculo, etc.) aos respectivos formatos. É importante fazer o gabarito em conjunto com os alunos. As figuras geométricas planas podem ser representa- das usando recortes ou dese- nhos. Também é possível fazer a relação com os sólidos geo- métricos mais simples, como cubo, cone, cilindro e esfera. 4343 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 43 12/12/2017 09:57 http://labedu.org.br/observar-educa/ PROJETO 3 Dimensões Quando é possível medir duas dimensões de uma figura, dizemos que ela é bidimen- sional. Uma figura geométrica plana, como um quadrado, pode ser medida em duas di- mensões: largura e altura. Quando é possível medir também a sua profundidade, temos três dimensões envolvidas: largura, altura e profundidade, como ocorre em um cubo. 4444 Incentivar a conversa entre os alunos de modo que eles consigam relacionar o forma- to dos objetos com as figuras geo métricas planas. É possível expandir essa atividade, pedin- do-lhes que observem outros objetos da sala de aula e os as- sociem com as figuras geomé- tricas desenhadas ou coladas no gabarito (caso ele tenha sido feito). Nesse momento, não é esperado que os alunos conhe-çam todas as figuras geométri- cas planas; o importante é que façam a observação atenta dos objetos. No desenvolvimento do projeto, é possível rever os itens observados nesta etapa para novas análises. A oportu- nidade de os alunos manusea- rem objetos para tirarem suas conclusões é fundamental nesta faixa etária e, embora o forma- to dos objetos seja relacionado com figuras planas, a percepção da tridimensionalidade pode ser discutida com a classe. Respostas das atividades 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam de forma positiva caso um dos objetos desenhados apresen- te alguma figura geométrica plana similar às da caneca. 5. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem as figuras geométricas pla- nas dos objetos desenhados, como o círculo, o quadrado, o retângulo, o triângulo etc. Largura Bidimensional 2 dimensões Tridimensional 3 dimensões A ltu ra Largura Profundidade A ltu ra E R IC S O N G U IL H E R M E L U C IA N O 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 44 12/12/2017 09:57 Depois da observação do for- mato dos objetos, é indicada a leitura do texto da seção Fique por dentro para que os alunos percebam que o formato de certos objetos tem relação com a função deles. Essa percepção pode ser estimulada com per- guntas. Pergunte a eles como as formas influenciam o uso dos objetos; se eles conseguem per- ceber a relação entre aplicação e formato nos objetos que de- senharam; e se esses objetos tivessem outro formato, eles po- deriam ser usados com o mesmo propósito. Jogo: Como é e para que serve? Dispor os alunos sentados em círculo. Mostrar um ob- jeto, ou a imagem de um objeto, e pedir que um alu- no por vez diga como é e qual a utilidade do objeto que foi mostrado, seguindo a ordem em que estão sen- tados. Quem responder cor- retamente ganha um ponto; quem não souber passa a vez. Se o próximo aluno não souber, mostrar outro obje- to e recomeçar a brincadei- ra com o aluno que passou a vez. O jogo continua até esgotarem-se os objetos se- lecionados ou o tempo com- binado. Ganha o aluno que obtiver mais pontos. Um passo a mais! 4545 Importância da percepção de figuras planas no trabalho com Geometria Percepção de figuras planas: é a capacidade de focalizar uma figura específica em um quadro de estímulos visuais. Perceber um retângulo como parte de um objeto, como uma caixa ou uma janela, e identificar certas figuras em desenhos são alguns exemplos dessa habilidade. No entanto, ela também é importante para aprendizados mais ela- borados, como o da escrita e o das propriedades das figuras geométricas. No caso da escrita, é preciso isolar uma parte do todo, texto ou palavra, para que a letra possa ser percebida e reproduzida. SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Figuras e formas [recurso eletrônico]. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 19. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 45 12/12/2017 09:57 PROJETO 3 4646 Para os alunos do 1o ano, pro- vavelmente, a flutuabilidade é uma propriedade nova dos ma- teriais. Os conceitos envolvidos na flutuabilidade, como densi- dade, massa e empuxo, não são trabalhados nas séries iniciais, assim, não há necessidade de que os alunos os compreendam ou os definam nesse momento. A intenção é que eles vivenciem situações relacionadas a esses conceitos. Ao observar os objetos e buscar classificá-los em rela- ção à flutuabilidade, os alunos estarão levantando hipóteses sobre algumas características dos objetos que fazem com que eles afundem ou flutuem. É im- portante que o grupo troque ideias sobre o assunto para que todos reflitam sobre as hipóte- ses levantadas. Após o levanta- mento de hipóteses, os alunos devem testá-las, quantas vezes forem necessárias, podendo até utilizar objetos disponíveis em sala de aula. Os debates sobre os resultados devem focar nas diferenças entre o que flutua e o que não flutua na água. Atividades práticas e experimentação [...] Ainda que não imprescindível, a fase de procura de dados e informações para responder às perguntas formuladas na pesquisa, geralmente inclui atividades práticas e experimentação. [...] O fato de os próprios alunos se envolverem na organização de experimentos para encontrarem respostas a perguntas por eles formuladas é garantia de que os experi- mentos sejam factíveis, não além das possibilidades dos alunos, seja em termos de ma- teriais exigidos, seja em termos de conhecimentos requeridos para sua realização. [...] PAVÃO, A. C.; FREITAS, D. Quanta ciência há no ensino de ciências. São Paulo: Scielo - Edufscar, 2008. p. 85-86. Verificar que, quando co- locados na água, alguns objetos flutuam, enquan- to outros afundam. Propor hipóteses com base na observação e na mani- pulação de objetos. Testar hipóteses. Trabalhar colaborativamen- te, em duplas, para realizar uma atividade. Expressar-se em grupos, expondo sua opinião e trocando ideias. Objetivos da etapa 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 46 12/12/2017 09:57 Solicitar aos alunos que obser- vem atentamente o que acon- tece quando colocam cada um dos objetos no pote com água. É importante que eles trabalhem com um objeto por vez e que sejam pacientes e aguardem al- guns segundos para observar se o objeto colocado na água vai flutuar ou afundar. A possibi- lidade de testar suas hipóteses iniciais já será, certamente, um fator que os levará a ficar aten- tos ao resultado. Se julgar con- veniente, após comprovarem se a hipótese inicial estava correta ou não, estimulá-los a refletir sobre outros objetos e, se hou- ver oportunidade, testá-los ime- diatamente. Dessa forma, será possível observar se os alunos estão considerando a forma dos objetos que flutuaram para, por meio dessa característica, propor o teste de outros objetos com forma parecida, por exemplo. Conversar com os alunos sobre o que os objetos que flutuaram têm de semelhante. Livro: Flutuar e afundar. CHALLONER, J. São Paulo: Moderna, 1997. O livro apresenta exemplos e explicações sobre a flutua- bilidade dos navios, por que a água salgada favorece a flutuação, entre outros te- mas. Se adaptado, pode ser comentado com os alunos. Sugestão de recurso complementar 4747 Evitando generalizações em relação à flutuabilidade Nesta etapa, os alunos são conduzidos a relacionar características dos objetos com a capacidade de afundar ou flutuar na água e devem agrupá-los consideran- do propriedade ou composição semelhantes. Por exemplo, pode ser que os alunos percebam que objetos de madeira tendem a boiar na água. No entanto, a composi- ção dos objetos é de difícil compreensão nessa faixa etária e, assim, eles não saberão que há diversos tipos de madeira. Por isso, é preciso tomar cuidado para não fazer generalizações equivocadas. É recomendado evitar termos como “todo”, no contexto de que “todo objeto de madeira flutua na água”. Dar preferência a termos como “geralmente” ou “tendem”, que permitem certo agrupamento das características dos objetos e reduzem a margem de erros nas classificações. Resposta da atividade 1. Os desenhos que constarão em cada lado da folha de- pendem dos objetos escolhi- dos pelos alunos. 040-057-GE-P03-ICN1-G19_RESSALVA.indd 47 7/11/18 10:02 AM PROJETO 3 Respostas das atividades 2. Os alunos podem relacionar o fato de os objetos terem afundado com a sua massa; assim, objetos mais pesados tendem a afundar. A flutuabilidade de um objeto de- pende de várias características, entre elas a forma e a relação entre massa e volume. Essa relação ficará mais clara para os alunos à medida que avançarem no estudo dos materiais e suas propriedades. 3. Os alunos podem perceber que objetos mais leves flutuam na água. Eles podem também relacionar o formato ou o tipo de material, por exemplo, objetos com su- perfície ampla e objetos de madeira tendem a flutuar na água. É importante deixar claro que a flutuabilidade não está relacionada somente com a massa de um objeto. Depois de testaremsuas hi- póteses, a turma deve repre- sentar, por meio de desenhos, o resultado da atividade prática. Manter o recipiente com água e todos os objetos em seu interior em local visível para ajudar os alunos durante a atividade de desenho. Conversar com eles sobre o resultado da atividade. A justificativa dada pelos alunos sobre a flutuabilidade dos objetos está baseada nos conhecimentos cotidianos deles e na atividade prática realizada; assim, não há uma única respos- ta nem é esperado que eles ci- tem conceitos como densidade, massa e volume. O roteiro de avaliação propos- to na seção Parando para pensar oferece condições para os alunos avaliarem seu desempenho e, em conversa com o professor, re- fletirem sobre como irão realizar as próximas etapas do projeto. Livro: Ciências no Ensino Fundamental: o conheci- mento físico. CARVALHO, A. M. P. et al. São Paulo: Scipio- ne, 1998. A obra apresenta sugestões de atividades para serem de- senvolvidas nas séries iniciais do Ensino Fundamental com enfoque no conhecimento físico. As propostas favore- cem a construção do conhe- cimento por meio da atua- ção dos alunos na resolução de problemas. Sugestão de recurso complementar 4848 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 48 12/12/2017 09:57 Nesta etapa, os alunos vão ob- servar os materiais com os quais os objetos são feitos. O objetivo é que eles procurem identificar a composição dos objetos por meio de características como cor, textura e resistência. Os alunos podem usar os conhecimentos construídos nas etapas anteriores para inferir so- bre os materiais que constituem os objetos. Por exemplo, objetos de metal tendem a afundar na água, enquanto objetos de ma- deira tendem a flutuar na água. Encorajar os alunos a tocar nos objetos para que sintam a tex- tura dos materiais e consigam, pelo tato, fazer previsões acerca da sua resistência. Estimular o diálogo entre a dupla de alunos e dela com os demais grupos é fundamental, uma vez que a observação e as habilidades de pensamen- to relacionadas ao diálogo podem ser enfatizadas nesse momento e aprofundadas no debate que ocorrerá nas ativi- dades subsequentes. Identificar materiais utili- zados na composição dos objetos. Reconhecer algumas ca- racterísticas dos materiais. Objetivos da etapa EF01CI01 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXXVIII). De olho na Base 4949 O papel do adulto O papel do adulto no desenvolvimento do pensamento é crucial. Dewey (1938) acredita que os professores desempenham um papel muito importante na moldagem e na criação das experiências das crianças, por meio de suas interações com as crianças. Você precisa ser proativo em relação ao desenvolvimento de oportunidades para tra- balho colaborativo [...] O diálogo é essencial para o desenvolvimento das habilidades de pensamento. É por meio do diálogo que as crianças começam a tomar consciência sobre os seus próprios pensamentos e os de outras pessoas e a entendê-los. [...] VICHERY, A. et al. Aprendizagem ativa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Trad. Henrique Oliveira Guerra. Porto Alegre: Penso, 2016. p. 10. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 49 12/12/2017 09:57 PROJETO 3 EF15LP11 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXXVIII). De olho na Base Na sequência de atividades, é proposta uma pesquisa sobre os diferentes materiais. Para a pesquisa, como já sugerido em outros projetos, os alunos po- dem ser organizados em gru- pos, no modelo de rotação por estações, e, por meio de dife- rentes experiências de apren- dizagem, encontrar respostas à pesquisa proposta. Dessa for- ma, selecionar livros que tratem do tema ou, se possível, permi- tir o acesso a computadores. O espaço da sala de aula poderá ser organizado para comportar três grupos, com as seguintes propostas: • Grupo plástico: Assistirá a um vídeo que apresenta de onde vem o plástico – De onde vem? – episódio 16, e conversará sobre o assunto. Esse vídeo está disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=uV0R0f1sy4Q>. Acesso em: 7 nov. 2017. • Grupo madeira: Observará imagens de livros que mos- tram como são feitos móveis e outros objetos com madeira das árvores. • Grupo metal: Pesquisará as características do metal; o professor ficará neste grupo para adaptar as informações obtidas à faixa etária. Ao término de vinte minu- tos (ou do tempo determinado com a turma), os alunos trocam de grupo até terem passado por todos. É importante que a tarefa proposta envolva algum tipo de registro antes da troca de grupo. 5050 Aço: sua história O ferro foi descoberto ainda na pré-história, porém o aço, como conhecemos atual- mente, só foi desenvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio indus- trial. Isso porque o aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima para muitas indústrias. Com o avanço tecnológico dos fornos e a crescente demanda por produtos feitos de ferro e aço, as indústrias siderúrgicas aumentaram a produção. No entanto, o cres- cimento deste setor trouxe também um aumento da extração de madeira para produ- ção de carvão e da emissão de gases poluentes na atmosfera pela queima de carvão vegetal. [...] 040-057-GE-P03-ICN1-G19_BNCC.indd 50 3/26/19 14:46 https://www.youtube.com/watch?v=uV0R0f1sy4Q https://www.youtube.com/watch?v=uV0R0f1sy4Q Relacionar objetos a de- terminada função. Relacionar características como forma, cor e tama- nho a diferentes objetos. Trabalhar colaborativa- mente para realizar uma proposta. Objetivos da etapa 5151 O ferro e o aço são encontrados na agricultura (ceifadeiras, colheitadeiras, semea dores, arados etc.), nos transportes (caminhões, carros, navios, aviões etc.), na construção civil, na indústria automobilística, em embalagens, aparelhos domésticos e muitas outras utilidades. As latas de aço e flandres são amplamente utilizadas no mercado nacional de em- balagens principalmente para o armazenamento de alimentos, óleos lubrificantes, tampas metálicas e outros. [...] RECICLOTECA. Metal: história, composição, tipos, produção e reciclagem. Recicloteca – Estudos Educação Socioambiental. Disponível em: <http://www.recicloteca.org.br/material-reciclavel/metal/>. Acesso em: 7 nov. 2017. Esta atividade é baseada no jogo “Quem sou eu” e, por isso, possui algumas regras que de- vem ser respeitadas para que ela aconteça da maneira espe- rada. É preciso reservar um tem- po inicial para que os alunos construam o suporte de cartoli- na para fixar as cartas na testa. Pedir aos alunos que observem a figura do livro que serve como modelo e incentivá-los a ser cria- tivos na construção do suporte, mostrando os materiais disponí- veis para a atividade. Ler, então, para a turma as regras do jogo antes de começar a primeira ro- dada. Em seguida, organizar os alunos em grupos de três. Nesta etapa, os alunos devem reconhecer os objetos por suas características e pelo seu uso. De acordo com o que foi pro- posto, devem selecionar objetos utilizados na higiene, nas refei- ções e na escola. Essas relações permitem que eles reconheçam a importância dos objetos em suas atividades do dia a dia. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 51 12/12/2017 09:57 http://www.recicloteca.org.br/material-reciclavel/metal/ PROJETO 3 Depois de algumas rodadas, conversar com os alunos sobre os aprendizados decorrentes do jogo. Solicitar a eles que es- crevam livremente as respostas das questões propostas. Apesar de estarem no início do proces- so de alfabetização, os alunos dessa faixa etária já têm algu- ma noção de escrita e, nesse momento, o objetivo é que eles registrem os aprendizados da maneira que julgarem mais adequada. Conduzir a conversa e o re- gistro de forma que os alunos tenham a oportunidade de se manifestar em relação às per- guntas propostas. As respostas dependerão das escolhas dos alunos durante o jogo. 5252 Os jogos na Base NacionalComum Curricular (BNCC) Segundo a BNCC, os alunos devem desenvolver a seguinte habilidade: “Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras, jogos, imitações, observações e expressão corporal”. Portanto, os jogos são ferramentas que estimulam o relacionamento entre os alunos. Observá-los durante a atividade, como se relacionam com os colegas e como dividem as tarefas. Pensar em como mediar essas relações. É possível que alguns alunos necessitem exercitar melhor essa habilidade e, nesse caso, pensar quais atividades podem ser pro- postas para melhorar o desenvolvimento deles. É importante dar atenção aos alunos que precisam melhorar seu relacionamento com o outro. 040-057-GE-P03-ICN1-G19_BNCC-OK.indd 52 10/30/19 11:31 AM Site: O que seria de nós sem eles? Neste link há informações sobre algumas invenções e é apresentado o livro de Tom Philbin, que aborda 100 in- venções. Algumas invenções citadas no texto são o papel, o vaso sanitário e o relógio, entre outras. Disponível em: <http://chc. org.br/o-que-seria-de-nos- sem-eles/>. Acesso em: 7 nov. 2017. Sugestão de recurso complementar 5353 A leitura do texto da seção Fique por dentro permite reto- mar o assunto das páginas de abertura do projeto e aborda a história da invenção do telefo- ne. A próxima etapa do projeto envolverá a criatividade na cria- ção de um objeto e, por esse motivo, é importante explorar esse texto com os alunos e pro- por pesquisas sobre a história de outras invenções. O objetivo é que os alunos identifiquem quanto as invenções podem fa- cilitar a vida das pessoas e, tam- bém, possibilitar que realizem atividades que antes não eram possíveis. Diversos sites trazem informações sobre invenções; uma sugestão é organizar a turma em grupos e conhecer um pouco mais sobre diferen- tes invenções. Reflexões sobre o conceito de criatividade A criatividade […] consiste em uma conduta adequada de um sujeito, ou grupo de sujeitos, observados segundo critérios de um observador. [...] ações criativas nada mais são do que a adaptação [...] para manutenção da identidade diante de um meio com constantes mudanças. Deste modo, a criatividade resulta em elementos que são inéditos ao nosso ambiente, como uma nova forma de realizar determinada tarefa ou novo artefato criado para atender requisitos antes não notados. […] BRITO, R. F. de; VANZIN, T.; ULBRICHT, V. Reflexões sobre o conceito de criatividade: sua relação com a biologia do conhecer. Ciências & cognição. Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, 2009, p. 211. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v14n3/v14n3a17.pdf >. Acesso em: 7 nov. 2017. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 53 12/12/2017 09:57 http://chc.org.br/o-que-seria-de-nos-sem-eles/ http://chc.org.br/o-que-seria-de-nos-sem-eles/ http://chc.org.br/o-que-seria-de-nos-sem-eles/ http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v14n3/v14n3a17.pdf PROJETO 3 Neste momento, os conheci- mentos construídos nas etapas anteriores serão aplicados. Ao longo do projeto, os alunos identificaram algumas caracte- rísticas dos objetos e suas fun- ções e constataram que uma coisa está relacionada com a outra. Nesta etapa, são propos- tas a produção de novos obje- tos e a exploração da criativida- de dos alunos, permitindo que eles sugiram soluções para pro- blemas de outras pessoas. Para dar início, assista com os alunos ao vídeo 10 inven- ções incríveis que você preci- sa ver, sobre algumas inven- ções curiosas, disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=CBjlZcQHIIQ> (acesso em: 7 nov. 2017). A etapa apresenta uma entre- vista. Explicar à turma que a in- tenção é produzir algo que possa atender às necessidades das pes- soas e, por isso, é importante sa- ber do que elas precisam. Após a entrevista, os alunos devem conversar e decidir qual será o objeto a ser criado, dese- nhando o protótipo do produ- to final, mesmo que ele mude ao longo da execução. Enfati- zar a importância de realizar o desenho da proposta inicial. EF15AR04 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XXXVIII). De olho na Base 5454 O ensino de arte na educação brasileira [...] Nas escolas, a diversidade das culturas, articulando os atos de criação artística dos alunos aos dos artistas, é reconhecida, ou seja, vincula-se o saber escolar às práticas sociais, proporcionando uma ponte entre a escola e a vida em sociedade e dando ao aluno uma visão de si como ser histórico, criador que se reconhece na sociedade em que vive. [...] O que se quer é que todos os alunos das escolas brasileiras possam apren- der, saber fazer e conhecer arte. [...] IAVELBERG, R. O ensino de arte na educação brasileira. Revista USP, n. 100, 2014. p. 47-56. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/76165/79910>. Acesso em: 8 out. 2017. Identificar, por meio de entrevista, algumas ativi- dades que as pessoas têm dificuldade em executar. Interpretar resultados de entrevista e elaborar pla- no de ação. Construir objetos que atendam às necessidades das pessoas. Objetivos da etapa 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 54 12/12/2017 09:57 https://www.youtube.com/watch?v=CBjlZcQHIIQ https://www.youtube.com/watch?v=CBjlZcQHIIQ https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/76165/79910 EF15LP07; EF01LP17 (a descri- ção completa das habilidades está na página XXXVIII). De olho na Base 5555 Neste momento, é importan- te que os alunos, em dupla, pen- sem no que querem construir e listem o material que vão utili- zar. O contato com o material pode ajudar nessa tarefa; por isso, disponibilizar materiais di- versos e solicitar aos alunos que tragam de casa sucata e outros materiais que possam ser rea- proveitados em seus projetos. Em seguida, é preciso organi- zar as tarefas entre os integran- tes da dupla. Nessa faixa etária, conversar sobre a divisão de ta- refas é muito importante; nesse momento, o professor pode au- xiliar na distribuição das tarefas entre os alunos. No trabalho em duplas ou em grupo, apesar de todos os integrantes serem responsáveis pela elaboração e pela execução do objeto, pode existir divisão de tarefas como organização do material, anota- ção das etapas, ou apresentação do produto final. Após a criação do objeto, a dupla vai elaborar a ficha de apresentação do produto. O texto poderá ser escrito de for- ma coletiva, contando com a colaboração do professor ou de outras duplas, possibilitan- do que todos opinem sobre a elaboração e a edição final do material. Caso não seja possível o uso de computadores e da impressora, orientar os alunos para que façam a ficha de apre- sentação em forma de cartaz, usando colagem; por exemplo, ao listar o material usado, eles podem colar uma amostra de cada material para exemplificar o que foi utilizado na produção. [...] O computador pode ajudar na alfabetização? Ana Teberosky – O micro permite aprendizados interessantes. [...] Quando se ensina letra por letra, a criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor, minúsculas, o que obriga a realização de uma cor- respondência. [...] Os recursos tecnológicos, no entanto, não substituem o texto ma- nuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o complementam. [...] GENTILE, P. Ana Teberosky: “Debater e opinar estimula a leitura e a escrita”. Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/251/ana-teberosky-debater-e-opinar-estimulam-a- leitura-e-a-escrita>. Acesso em: 7 nov. 2017. 040-057-GE-P03-ICN1-G19_BNCC.indd 55 3/26/19 14:47 https://novaescola.org.br/conteudo/251/ana-teberosky-debater-e-opinar-estimulam-a-leitura-e-a-escrita https://novaescola.org.br/conteudo/251/ana-teberosky-debater-e-opinar-estimulam-a-leitura-e-a-escrita PROJETO 3 5656 Nesta etapa, a turma vai or- ganizar uma exposição dos seus inventos. A exposição pode ser na sala de aula ouem outros espaços nos quais os alunos de outras turmas também possam apreciar as invenções. A divul- gação dos resultados é essen- cial, como já orientado na parte geral deste Manual, e, por esse motivo, é importante incenti- var os alunos a fazer a apresen- tação oral dos trabalhos. Ao final do projeto, é impres- cindível retomar com os alunos a agenda proposta no início e verificar com o grupo se as eta- pas ocorreram de acordo com o planejado. Caso isso não tenha acontecido, trocar ideias com a turma sobre os motivos dos eventuais atrasos e orientá-los a ficar atentos a essa questão e tentar evitar que isso se repita no próximo projeto. Apresentações públicas dos resultados dos projetos Os projetos de ABP [aprendizagem baseada em projetos] pretendem ser exemplos autênticos dos tipos de problemas que os alunos enfrentam no mundo real [...]. Os alunos irão valorizar o que eles percebem que os seus professores valorizam, e a apre- sentação do trabalho de sala de aula a outras pessoas da comunidade é uma maneira de mostrar o valor desse trabalho. Talvez essa seja a razão principal para que o envol- vimento dos alunos tenda a ser muito mais elevado nas experiências de aprendizagem da ABP. [...] BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Trad. Fernando de Siqueira Rodrigues. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 53. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 56 12/12/2017 09:57 5757 Ao finalizar a atividade, reto- mar o quadro de rubricas deste projeto, disponível na página XLI, e verificar como foi o de- sempenho de cada um dos alu- nos em relação aos itens lá as- sinalados. Na parte geral deste Manual, na página XVI, há mais orientações sobre a utilização de rubricas na avaliação do desem- penho dos alunos em projetos. A última proposta de refle- xão, presente na seção Parando para pensar, tem como objetivo sistematizar os aprendizados e possibilitar que os alunos per- cebam o entrelaçamento entre as atividades realizadas e o ob- jetivo principal deste projeto. Encaminhar o debate das ques- tões propostas e, se necessário, acrescentar outras, caso tenha expandido o projeto. Avaliação final do projeto A avaliação deve ser realizada pelo professor e pelos estudantes. O quadro de ru- bricas, disponível na página XLI, é um instrumento que pode ser utilizado com os alunos, dando a oportunidade para que reflitam sobre alguns elementos importantes do projeto, além daqueles que constam na seção Parando para pensar. Ao término, o professor pode verificar se foi possível expandir o projeto proposto neste material, sugerindo desdobramentos e ampliando o potencial de pesquisa so- bre o tema. 040-057-GE-P03-ICN1-G19.indd 57 12/12/2017 09:57 PROJETO 4 Identificar e descrever ca- racterísticas individuais. Reconhecer as semelhan- ças e as diferenças entre as pessoas. Objetivos de abertura Iniciar o trabalho estimulan- do a turma a observar a ima- gem da abertura. Pedir-lhes que comentem as caracterís- ticas observáveis das crianças que aparecem na imagem e, em seguida, fazer a leitura do tex- to. É importante encaminhar a leitura de modo que os alunos a acompanhem. O importante, nesse momento, é que todos se sintam à vontade para conver- sar sobre os aspectos evidencia- dos no texto e na imagem e que possam expor seus conhecimen- tos prévios sobre o assunto. As situações apresentadas no texto levam à discussão so- bre a identidade dos alunos e suas características não obser- váveis, como medo, coragem, vergonha etc. Pedir aos alunos que comentem situações em que se sentiram amedrontados, alegres, envergonhados, cora- josos, entre outras, e orientar a turma a ouvir todos os relatos com respeito e atenção. Trocando ideias 1. Resposta pessoal. Ressalte as diversas características da personagem. 4. Respostas pessoais. Procure trabalhar com os alunos uma ampla diversidade de seme- lhanças e diferenças. Importância da escolarização na construção da identidade A escolarização obriga a criança a deparar com meios variados, com grupos e interes- ses distintos. [...] até essa fase, o grupo familiar garantia a ela lugares determinados como de filho, de irmão mais novo ou mais velho, de neto, enfim, lugares fixos em relações de- terminadas. A escola exige a participação em relações diversificadas, mais flexíveis que as relações até então mantidas na família. O exercício de diferentes papéis com solicitações diferentes a leva a uma crescente individuação, a se perceber cada vez mais como um eu em relação a outros, em um processo de conflitos e cooperação com os demais. MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L, R.; WALLON, H. Psicologia e Educação. São Paulo: Loyola, 2009. p. 53. 5858 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 58 15/12/2017 18:43 Argumentação Conversar sobre as questões da seção Trocando ideias permite desenvolver a ar- gumentação, que deve ser estimulada sempre que possível. Para Sasseron e Carvalho (2008)1, argumentação pode ser definida “como todo e qualquer discurso em que alu- no e professor apresentam suas opiniões em aula, descrevendo ideias, apresentando hipóteses e evidências, justificando ações ou conclusões a que tenham chegado, expli- cando resultados alcançados”. 1 SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Almejando a alfabetização científica no Ensino Funda- mental: a proposição e a procura de indicadores do processo. Investigações em Ensino de Ciências. v. 13, n. 3, 2008, p. 336. Disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/445/263>. Acesso em: 8 nov. 2017. 5959 Solicitar aos alunos que fi- quem atentos ao conteúdo e acompanhem, em silêncio, a leitura, observando a entona- ção dada aos versos do poe- ma. Em seguida, reler trechos do poema e conversar com a turma sobre o significado e o sentido de cada trecho lido. Se alguma palavra lida for desco- nhecida dos alunos, questioná- -los sobre o significado antes de explicá-lo. Após a leitura e a interpretação, pedir que resga- tem as informações do poema e respondam às questões 1 e 2. As questões propostas, além de possibilitarem o encaminha- mento deste projeto, oferecem a oportunidade de desmembra- mento dele em outros momen- tos de investigação e pesquisa. A resposta dada pelos alunos à última questão pode ser regis- trada pelo professor e retoma- da no final. No caso de algumas questões dos alunos não terem sido esclarecidas no decorrer deste projeto, elas podem ser retomadas e aprofundadas em outras situações. Nesse contexto, bem como em muitos outros que ocorrerão durante a realização do projeto, é essencial que os alunos perce- bam a importância do discurso oral, participando da conversa e dando oportunidade aos co- legas para que dela participem. EF01LP16; EF01LP26 (a des- crição completa das habili- dades está na página XLIV). De olho na Base 058-077-GE-P04-ICN1-G19_BNCC.indd 59 3/26/19 14:49 https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/445/263 https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/viewFile/445/263 PROJETO 4 O projeto Neste projeto, o objetivo é que os alunos reconheçam que, apesar de existirem diferenças e semelhanças entre as pessoas, todas devem ser respeitadas. Com a finalidade de conscienti- zar a comunidade escolar, a tur- ma vai elaborar uma campanha com esse tema. Iniciar pela lei- tura e pelo debate da questão norteadora e, em seguida, com- partilhar com os alunos o cro- nograma e qual será o produto final, estimulando-os a realizar cada etapa com foco na cam- panha que será comunicada na última fase do projeto. Por se tratar, como sugerido, do último projeto do 1o ano, é interessante propor aos alunos o uso de um quadro denomina- do SQA (O que Sabemos? O que Queremos saber? O que Apren- demos?). Esse quadro pode ser feito em papel kraft e mantido em local visível para ser reto- mado durante todo o projeto. Quadro SQA O quadro denominado SQA é umorganizador gráfico que pode ser utilizado para apresentar os avanços dos alunos em relação ao tema trabalhado nos projetos. Ele é uma estratégia de compreensão centrada nos estudantes, que permite ao profes- sor criar propostas que contemplam a curiosidade dos alunos, promovendo maior engajamento. O registro dos aprendizados que ocorrem durante o projeto permite aos estudantes enxergar seu progresso e as mudanças de entendimento sobre um fenômeno. O quadro SQA tem, em geral, 3 colunas. Na primeira (S), são registrados os conhecimentos prévios dos alunos (O que sabemos). Na segunda (Q), os questiona- mentos e curiosidades (O que queremos saber). A última coluna (A) é preenchida ao longo do projeto e revisitada constantemente (o que aprendemos). 6060 Livros • Atlas de Anatomia huma- na. NETTER, Frank. 6. ed. Elsevier, 2015. • Corpo humano: funda- mentos de anatomia e fi- siologia. TORTORA, Gerard; DERRICK SON, Bryan. 8. ed. São Paulo: Artmed, 2012. Esses livros de anatomia e fisiologia humanas podem ser utilizados pelo professor como fonte de consulta na preparação de suas aulas. As imagens podem ser mostra- das aos alunos, quando eles manifestarem interesse em conhecer algumas estrutu- ras do corpo humano, além daquelas trabalhadas neste projeto. Sugestões de recurso complementar 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 60 12/12/2017 09:58 Identificar e nomear par- tes do corpo humano. Trabalhar colaborativa- mente em dupla. Organizar-se nos espaços destinados às atividades propostas. Objetivos da etapa EF01CI02; EF01CI04 (a descri- ção completa das habilida- des está na página XLIV). De olho na Base Para realizar a atividade, conversar com os alunos sobre as características do corpo hu- mano. Ler o título da etapa e perguntar a eles se o corpo de todas as pessoas é igual. Ler para a classe como a atividade será feita e organizar a turma em duplas. Caso seja necessário formar um trio, é importante que todos os participantes do trio tenham o corpo contorna- do, revezando as funções com os colegas no momento de fa- zer o desenho. Solicitar aos alunos que ob- servem a imagem que orienta a atividade. Será necessário um espaço amplo para a realização da atividade. O pátio ou a qua- dra são os locais mais indicados, pois todos os papéis devem ser colocados no chão para que os alunos possam fazer o contorno do corpo do colega. 6161 A criança e o ambiente [...] As ideias da criança a respeito do mundo são construídas a partir da sua relação com o meio e se modificam à medida que os conhecimentos são construídos. De acordo com [Vygotsky], o processo de construção das funções psíquicas do indivíduo origina-se das relações sociais com o contexto social e cultural, ou seja, o que o sujeito vivencia nas relações interpessoais é internalizado, (re)apropriado, ou (re)construído, causando modificações na própria estrutura psíquica. [...] PAIVA, N. S. G.; NUNES, L. G. A.; DEUS, M. F. A construção da identidade da criança na Edu- cação Infantil numa perspectiva histórico-cultural. Olhares e trilhas. Uberlândia, ano XI, n. 11, 2010, p. 89. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/viewFile/13903/7958>. Acesso em: 8 nov. 2017. 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 61 12/12/2017 09:58 http://www.seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/viewFile/13903/7958 PROJETO 4 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 62 1 QUAIS PARTES DO CORPO VOCÊ DESENHOU? ESCREVA O NOME DELAS. 2 AGORA, COMPLETE O SEU DESENHO COM ESTRUTURAS QUE VOCÊ ACHA QUE FICAM NA CABEÇA, NO TRONCO E NOS MEMBROS. UTILIZE DIFERENTES CORES. 3 VOCÊ SABE O NOME DAS ESTRUTURAS QUE DESENHOU? ANOTE O NOME DAS ESTRUTURAS QUE VOCÊ CONHECE: A) NA CABEÇA. B) NO TRONCO. C) NOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES. ESTRUTURA: PARTES, COMPONENTES. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de partes do corpo, como cabeça, pernas, braços, mãos, pés, joelhos etc. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam os seguintes nomes: olhos, orelhas, boca e nariz. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de estruturas como coração, pulmões, estômago e intestino. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de estruturas como dedos, cotovelos, joelhos, ossos e músculos. Cuidado com a divisão de tarefas entre os alunos Quando existem ideias centrais que todos precisam compreender ou habilidades críticas que todos devem adquirir, a divisão de trabalho pode produzir aprendizagem e comprometimento diferenciais com a tarefa. Estruture o trabalho do grupo de um modo que todos os alunos aprendam conceitos essenciais. [...] BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. Trad. Daniel Bueno. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 103. 6262 Antes de responder às ques- tões propostas, depois de feito o desenho do contorno do cor- po, estimular os alunos a expres- sar seus pontos de vista sobre a atividade realizada, comentan- do o que acharam dela, o que foi representado pelo desenho, quanto eles foram precisos no contorno desenhado, entre ou- tras observações. Em seguida, pedir que escrevam o nome das partes do corpo que foram de- senhadas. Nesse momento, ob- servar a escrita deles e facilitar a interação entre os alunos, de forma que estudantes que de- monstrem nível pré-silábico de escrita possam trabalhar com aqueles que apresentam nível silábico. A proximidade entre os níveis de escrita (alunos pré-si- lábicos trabalhando com alunos silábicos) é mais interessante para o desenvolvimento da pro- ficiência escrita do que o traba- lho conjunto entre alunos que estejam muito distantes uns dos outros em relação à hipótese de escrita, como ocorre se colocar- mos alunos pré-silábicos para trabalharem com alunos do ní- vel alfabético. 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 62 12/12/2017 09:58 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 62 1 QUAIS PARTES DO CORPO VOCÊ DESENHOU? ESCREVA O NOME DELAS. 2 AGORA, COMPLETE O SEU DESENHO COM ESTRUTURAS QUE VOCÊ ACHA QUE FICAM NA CABEÇA, NO TRONCO E NOS MEMBROS. UTILIZE DIFERENTES CORES. 3 VOCÊ SABE O NOME DAS ESTRUTURAS QUE DESENHOU? ANOTE O NOME DAS ESTRUTURAS QUE VOCÊ CONHECE: A) NA CABEÇA. B) NO TRONCO. C) NOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES. ESTRUTURA: PARTES, COMPONENTES. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de partes do corpo, como cabeça, pernas, braços, mãos, pés, joelhos etc. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam os seguintes nomes: olhos, orelhas, boca e nariz. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de estruturas como coração, pulmões, estômago e intestino. Espera-se que os alunos, de acordo com sua hipótese de escrita, escrevam o nome de estruturas como dedos, cotovelos, joelhos, ossos e músculos. Estimular os alunos a relatar diferenças e semelhanças entre os desenhos feitos. A proposta é que, ao relatar as semelhanças e as diferenças entre as estrutu- ras representadas no contorno do corpo, sejam comparadas as características físicas dos alunos, constatando a diversidade. Con- duzir a conversa de modo que os alunos reconheçam a impor- tância de valorizar e respeitar as diferenças. Ao final desta etapa, é indica- da a leitura da imagem da seção Fique por dentro. Nessa pági- na, os alunos são apresentados à nomenclatura anatômica, ou seja, ao nome de algumas partes do corpo. Deve ficar claro que as partes do corpo são integradas. Reconhecer que cabeça, pesco- ço, tronco e membros, em con- junto,participam do movimen- to do corpo é importante nessa faixa etária, mesmo que os alu- nos não tenham, ainda, conhe- cimentos sistematizados sobre as estruturas internas, como os órgãos e os sistemas. Comentar que nomear as partes do cor- po é um dos recursos utilizados para estudá-lo. Resposta da atividade 4. a) Sim. Os alunos podem ci- tar parte gerais do corpo, como braços, cabeça, per- nas etc. b) Sim. Diversos detalhes po- dem ser citados: corte do cabelo, altura, tamanho dos pés etc. c) Resposta pessoal. Aprovei- te a questão para levantar conhecimentos prévios dos alunos sobre o corpo. EF01CI04 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XLIV). De olho na Base 6363 Anatomia [...] Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome Nomenclatura Anatômica. [...] O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça cor- responde à extremidade superior do corpo, estando unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome [...]. Dos membros, dois são superiores ou torácicos e dois inferiores ou pélvicos. RUBINSTEIN, E. Introdução ao estudo da Anatomia. Disponível em: <http://labs.icb.ufmg.br/anatefis/introducao_Anatomia.htm>. Acesso em: 8 nov. 2017. 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 63 15/12/2017 18:44 http://labs.icb.ufmg.br/anatefis/introducao_Anatomia.htm PROJETO 4 Relacionar partes do corpo às funções por elas desem- penhadas. Utilizar recursos digitais e livros para pesquisar infor- mações. Elaborar desenhos e pe- quenas frases, mesmo que de forma espontânea, para registrar conceitos. Objetivos da etapa 6464 Organizar a turma em du- plas para realizar a pesquisa em diferentes fontes. Podem ser utilizados livros e recursos digitais, como computadores conectados à internet. Nesse momento, é importante fazer uma seleção de sites mais ade- quados à faixa etária e forne- cer os endereços aos alunos. Também é interessante mostrar a eles alguns vídeos que apre- sentem as estruturas do corpo. Depois da exibição, pedir que relatem o que compreenderam do conteúdo estudado, por es- crito ou oralmente. O modelo denominado “Rotação indivi- dual” pode ser utilizado nesta atividade em que os recursos fi- cam distribuídos pelo espaço e, de acordo com a orientação do professor, eles são encaminha- dos à proposta que está mais relacionada às suas necessida- des. Aos alunos que já sabem ler, oferecer livros com imagens para observação e quantidade reduzida de texto. Para os alu- nos que ainda não sabem ler, a sugestão é o uso dos vídeos e, dessa forma, a escrita deles poderá ser feita de forma es- pontânea, de acordo com suas hipóteses. Inclusão Cabe salientar que o respeito às diferenças é um dos baluartes da Declaração de Salamanca (1994), que considera que todas as crianças devem aprender juntas, inde- pendentemente de suas dificuldades e diferenças. A Declaração assegura ainda que todas as diferenças devem ser respondidas, para que, assim, todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação de qualidade. [...] Na perspectiva da educação inclusiva, as diferenças presentes no alunado, se- jam quais forem, são compreendidas não como um obstáculo para o processo de en- sino e aprendizagem, mas como um fator de enriquecimento e, consequentemente, com as salas de aulas sendo organizadas de modo heterogêneo. Segundo Stainback e 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 64 12/12/2017 09:58 Ao questionar se todas as pes- soas têm as mesmas estruturas no corpo, é possível conversar sobre o respeito às diferenças. Comentar que, embora os olhos tenham a função de enxergar formas e cores, pessoas com defi- ciência visual podem fazer uso de outras partes do corpo, como a pele (tato) para perceber formas e texturas, por exemplo. Resposta da atividade 2. Espera-se, nesta atividade, que os alunos comentem que algu- mas pessoas não têm todas as estruturas e que, nesses casos, elas podem fazer uso de ou- tras estruturas para desempe- nhar a função da que não têm (como usar tato para reconhe- cer a forma de objetos). 6565 colaboradores (1999), a diversidade oferece maiores oportunidades de aprendizagem a todos os integrantes da classe – professores e alunos. [...] Por fim, o respeito às diferenças é um princípio básico para que possamos viver em uma sociedade mais justa e igualitária e essa experiência permite uma dialética no processo de ensino-aprendizagem, beneficiando professores e alunos (STAINBACK; STAINBACK, 1999). [...] FUMES, N. L. F.; BARROS, M. L. N. L. Os saberes de professores de Educação Física em relação à inclusão em escolas públicas estaduais. In: FUMES, N. L. F.; CAVALCANTE, M. A. S. (Org.). Formação de professores: prática, história e cultura. Maceió: Edufal, 2006. p. 77-78. Pedir aos alunos que anotem suas características em uma folha avulsa: idade, altura e massa do corpo (caso saibam), comida de que mais gostam, brincadeira favorita, progra- ma de TV preferido, horário em que costumam dormir etc. Eles podem enriquecer a ativi- dade fazendo um desenho de si mesmos. Com as anotações em mãos, os alunos devem ler o que escreveram e organizarem-se em grupos, de acordo com um critério estabelecido pelo professor. Por exemplo, se o critério for a idade: os alunos que têm 6 anos ou mais ficam de um lado da sala e os que têm menos de 6 anos, de ou- tro. Após terem se agrupado de acordo com essa caracterís- tica, informar qual será a pró- xima característica e os alunos devem formar novos grupos. Ao final da atividade, comen- tar com os alunos que há ca- racterísticas que os aproxi- mam e outras que os diferem, pois alguns alunos ficaram no mesmo grupo de acordo com determinada característica e em grupos distintos de acordo com outras. De qualquer ma- neira, todas as características devem ser respeitadas. Um passo a mais! 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 65 13/12/2017 13:26 PROJETO 4 Nesta atividade, os alunos vão aprender a fazer pipoca usando o micro-ondas. Comentar com a turma que essa é uma forma mais saudável de fazer a pipoca, pois não utiliza óleo nem pipoca industrializada, que pode conter conservantes e corantes. Chamar a atenção dos alunos para que percebam que o texto instrucional vai apresentar as etapas para fazer a pipoca. Esse texto deve ser lido no momento de realizar a atividade. Para isso, ao se dirigirem à cozinha da es- cola ou ao local onde a atividade será realizada, pedir a alguns alunos que levem consigo o livro para ler as instruções da receita. Não é necessário que todos le- vem o livro, pois a leitura pode ser feita em duplas ou em trios. Após a realização da ativida- de, conversar com o grupo sobre as questões propostas e verificar suas observações sobre o prepa- ro e a degustação da pipoca. Ao descrever o que foi realizado, os alunos vão perceber quais órgãos dos sentidos estavam en- volvidos em cada ação efetuada. Identificar os órgãos dos sentidos e sua relação com o ambiente. Acompanhar a atividade prática e relacioná-la com a proposta da atividade. Objetivos da etapa Modos de preparar pipoca Além da gordura, é adicionada a algumas pipocas específicas para uso em micro- -ondas uma substância que pode ser nociva à saúde quando inalada com o vapor que sai do saquinho de papel – é o diacetil. Depois de alguns estudos, muitos fabricantes eliminaram essa substância do produto, porém, para intensificar o sabor e o aspecto crocante, outras substâncias são adicionadas à pipoca de micro-ondas. A pipoca feita na panela é mais saudável, porém a proposta de utilizar sacos de papel para fazer a pipoca no micro-ondas também é uma boa alternativa, pois elimina, por completo, o uso de óleos ou de gordura. 6666 058-077-GE-P04-ICN1-G19_RESSALVA.indd 66 7/11/18 10:02 AM Dar continuidade à reflexão sobre os órgãos dos sentidos envolvidos em cada ação. Nesse momento, apenas apresentar onome dos órgãos (nariz, olhos etc.), sem a preocupação de descrever o sentido envolvido (olfato, visão etc.). Esses concei- tos usualmente são retomados em séries posteriores, em uma proposta de abordagem espiral, com a apresentação detalhada dos sentidos, seu funcionamen- to e sua relação com o sistema nervoso. Portanto, nesse mo- mento, o mais adequado é ape- nas enfatizar os órgãos usados na percepção do ambiente e a importância desses órgãos no nosso dia a dia. Resposta da atividade 1. a ) Verificar se não há furo e retirar farelos ou peda- ços de pão que estejam dentro. b) Sim, ela pode perceber se há furos ou farelos no sa- quinho passando a mão nele. c) Ele observou o marcador de tempo do forno de mi- cro-ondas e escutou o in- tervalo entre os estouros. Percepção – os cinco sentidos A organização e interpretação das informações obtidas pelos sentidos permite ao indivíduo atribuir significado ao meio em que vive. A esse processo damos o nome de percepção, que cada um experiencia de modo diferente, já que percebemos um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos aos quais atribuímos especial importância. A percepção inicia-se com a atenção, um processo de observação seletiva que nos faz privilegiar alguns elementos em detrimento de outros. A atenção é influenciada por fa- tores externos (próprios do meio ambiente) e internos (próprios do nosso organismo [...] ORLANDI, A. S.; CASTRO, A. C. Os órgãos dos sentidos. In: SCHIEL, D.; ORLANDI, A. S. (Org.). Ensino de ciências por investigação. São Paulo: CDCC USP, 2009. p. 114-115. 6767 058-077-GE-P04-ICN1-G19_RESSALVA.indd 67 7/11/18 10:01 AM PROJETO 4 EF15LP09 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XLIV). De olho na Base É fundamental estimular o diálogo entre a dupla de estu- dantes e dela com todo o gru- po, uma vez que a observação e as habilidades de pensamento relacionadas ao diálogo podem ser enfatizadas nesse momento e aprofundadas na discussão das atividades subsequentes. A identificação do órgão do sentido que está envolvido em cada ação é essencial para estabelecer a relação entre es- trutura e função por ela desem- penhada. Durante a atividade, utilizar a rotina de pensamento – Pense – Troque ideias – Com- partilhe. A cada item apresen- tado pedir aos alunos que pen- sem em qual seria a resposta, comentem com seu colega da dupla e, ao entrarem em con- senso, compartilhem com todo o grupo a resposta. Resposta da atividade 1. d) É provável que os alunos mencionem que sentiriam o cheiro de queimado, veriam os grãos com colo- ração mais escura ou sen- tiriam o sabor de pipoca queimada. e) Ele esperou alguns instan- tes para retirar do forno de micro-ondas o saco de pipoca, que estava mui- to quente. Também teve muito cuidado ao abri-lo, para não se queimar com o vapor quente. f) Experimentando a pipoca. 6868 Resposta da atividade 2. As respostas abaixo seguem a ordem das ações descritas na tabela: • Pele e olhos. Caso os alunos respondam mão, reforce que a pele é a responsável pelo sentido do tato. • Nariz. • Língua. Caso os alunos respondam boca, explique que os receptores que propor- cionam o gosto ficam na língua. • Orelha. Caso os alunos nomeiem como ouvido, explicar que o termo correto é ore- lha. Alguns alunos podem responder que os olhos estão envolvidos, se considerarem a observação do movimento do saco de pipoca. • Olhos. 058-077-GE-P04-ICN1-G19_BNCC.indd 68 3/26/19 14:49 Sobre o Sistema Braille O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pes- soas cegas. Foi desenvolvido na França por Louis Braille, um jovem cego [...]. Utilizan- do seis pontos em relevo dispostos em duas colunas, possibilita a formação de 63 sím- bolos diferentes, usados em literatura nos diversos idiomas, na simbologia matemática e científica, na música e mesmo informática. Por sua eficiência e vasta aplicabilidade, o sistema se impôs como o melhor meio de leitura e de escrita para as pessoas cegas. Po- rém o cego enfrenta a dificuldade de não encontrar ao seu redor pessoas que conhecem braille, o que dificulta sua comunicação escrita. [...] Braille virtual. Disponível em: <http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html>. Acesso em: 8 nov. 2017. 6969 Conversar com os alunos sobre materiais que utilizam o Sistema Braille, que foi desenvolvido para permitir que pessoas com deficiência visual consigam ler e compreender imagens. Conver- sar sobre apresentações, como filmes, espetáculos teatrais, en- tre outros, que se utilizam de au- diodescrição: narração de situa- ções e descrição de locais para as pessoas com deficiência visual poderem acompanhar as cenas. Se possível, traga algum DVD com filmes narrados para que os alunos entrem em contato com as cenas descritas na narração. Além disso, é possível pedir que, em duplas, tentem contar uma história em quadrinhos ao cole- ga, descrevendo as cenas. Identificar funções dos ór- gãos dos sentidos. Valorizar e respeitar as di- ferenças entre as formas que as pessoas têm de se relacionar com o ambiente. Trabalhar colaborativa- mente, em duplas, para realizar uma proposta. Objetivos da etapa Com o intuito de possibilitar que pessoas sem determinada deficiência se coloquem no lugar do outro e possam exer- citar a empatia, propor aos alunos que experimentem al- gumas situações vivenciadas por pessoas com defi ciên cia, como se deslocar pelo espaço com os olhos vendados e com o auxílio de um colega. Essa dinâmica coopera para a reflexão sobre a campanha a ser realizada no final do pro- jeto. Outra possibilidade rele- vante é trazer algum material em Braille para os alunos co- nhecerem. Um passo a mais! 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 69 12/12/2017 09:58 http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html PROJETO 4 Na atividade 3, é possível conversar com os alunos sobre acessibilidade. Ao identifica- rem que nem todas as pessoas percebem o ambiente da mes- ma forma, estimular a turma a refletir sobre as condições de algumas construções, como prédios e espaços públicos que, muitas vezes, não apresentam rampas de acesso a cadeiran- tes, por exemplo. Perguntar aos alunos se conhecem locais que são acessíveis a pessoas com de- ficiências e que recursos esses locais apresentam como forma de facilitar o acesso. Na seção Parando para pen- sar, conversar com os alunos sobre o andamento do projeto e o que eles construíram até o momento. Respostas das atividades 2. Resposta pessoal. Sugerimos alguns termos de busca para a pesquisa na internet: dia a dia de pessoas com deficiên- cia visual e com deficiência auditiva; equipamentos para pessoas com deficiência visu- al e auditiva; acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva. Converse com os alunos sobre diferen- tes tipos de deficiência visual e auditiva, relacionando-as com algumas soluções. 3. Não. Deixe claro aos alunos que existem diversas variações nas formas pelas quais as pes- soas percebem o ambiente e que, em alguns casos, podem precisar de ajuda ou estrutu- ras específicas para interagi- rem com o ambiente, como o sinal de pedestre sonoro para deficientes auditivos. 7070 Site: Braille virtual. Neste site, desenvolvido pela Faculdade de Educação da USP, há um curso virtual para compreensão e utilização do Sistema Braille para que pessoas com visão normal possam estabelecer uma comunicação completa com pessoas com deficiência visual. Disponível em: <http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html>. Acesso em: 8 nov. 2017. Sugestão de recurso complementar 058-077-GE-P04-ICN1-G19_BNCC.indd 70 17/07/20 16:43 http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html 7171 Respeito às diferenças na prática pedagógica [...] Nossos alunos e alunas, ao passarem pela educação básica, precisam vivenciar práticas pedagógicas que lhes possibilitem ampliar o seu universo sociocultural, rever e superarpreconceitos, eliminar toda e qualquer forma ou comportamento discri- minatório em relação ao outro. Uma tarefa difícil? Sim, sem dúvida. Porém, essa é a tarefa de todo e qualquer educador, tanto na escola pública quanto na escola privada. Não há como ser educador sem assumir essa postura política, ética e pedagógica. [...] GOMES, N. L. Diversidade cultural, currículo e questão racial: desafios para a prática pedagógica. In: ABRAMOWICZ, A.; BARBOSA, L. M. de A.; SILVÉRIO, V. R. (Org.). Educação como prática da diferença. Campinas: Armazém do Ipê/Autores Associados, 2006. p. 26. O texto da seção Fique por dentro apresenta a língua de si- nais. Se algum colega utilizar essa forma de comunicação, pedir que compartilhe com a turma. Caso nenhum aluno conheça a Libras, sugerir que pesquisem quais são os profissionais, na escola, que têm formação e/ou se comuni- cam usando Libras. Se houver esse profissional na escola, pedir a ele que converse com os alunos utilizando essa linguagem, e, se possível, ensine algumas pala- vras e expressões, valorizando a importância de conhecer a Libras para se comunicar com todas as pessoas que dela se utilizam. Se julgar conveniente, é pos- sível realizar uma atividade complementar para levantar os conhecimentos cotidianos dos alunos sobre os sentidos do corpo humano. Para isso é preciso organizar três am- bientes na sala de aula: 1. Disponibilizar alimentos de sabores variados (doce, salgado, azedo e amargo) para os alunos experimen- tarem com os olhos ven- dados. 2. Dispor livros e revistas com imagens coloridas para se- rem observadas e descritas pelos alunos. 3. Deixar algumas caixas de sapatos com objetos dentro disponíveis para os alunos manipularem. Os alunos ten- tarão identificar o conteúdo pelo som que o objeto faz quando balançam a caixa e, por meio do tato, tocando no objeto com os olhos ven- dados. Todos os alunos devem passar pelos três ambientes. Ao final da atividade, conduzir um de- bate estimulando os alunos a comentar o que sentiram du- rante a realização da dinâmica. Um passo a mais! 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 71 12/12/2017 09:58 PROJETO 4 Nesta etapa, espera-se que os alunos identifiquem as ca- racterísticas pessoais, represen- tando-as no desenho. Levar um espelho para a sala de aula e estimular atividades como a pro- dução de autorretratos pode ser interessante para alunos dessa faixa etária. Pode ser sugerido aos alunos que utilizem papel canson e giz pastel oleoso para colorir os desenhos, caso esses materiais estejam disponíveis na escola. É importante conduzir a atividade de forma que enfatize, a todo momento, o respeito às diferenças, o respeito à produ- ção do colega, explicando que não devemos fazer nem dizer aos outros aquilo que também não gostaríamos que fizessem conosco ou nos dissessem. Cui- dar para que a atividade não gere constrangimento e mal- -estar entre os alunos. Reforçar que, independentemente das características físicas e dos gostos pessoais, todas as pessoas me- recem ser respeitadas. Se julgar conveniente, propor uma expo- sição dos autorretratos e, para complementar, solicitar aos alu- nos uma pesquisa sobre artistas que produziram autorretratos. Caso a exposição seja reali- zada, solicitar aos alunos que escrevam seus dados pessoais em uma ficha, ao lado do seu autorretrato. Identificar características pessoais. Respeitar as diferenças in- dividuais. Objetivos da etapa EF01LP02 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XLIV). De olho na Base 7272 Recriar dá mais sentido à arte Buscar inspiração em pinturas e esculturas famosas para criar uma obra é comum entre os artistas plásticos. A prática também tornou-se corriqueira nas aulas de Arte como forma de aprofundar o estudo de determinado autor. A princípio, pode pare- cer que fazer um trabalho parecido com a peça original seja uma releitura. Engano: para realizá-la de verdade, o aluno deve personalizar sua produção e ter a intenção de transmitir uma nova mensagem com ela. 058-077-GE-P04-ICN1-G19_BNCC.indd 72 3/26/19 14:49 EF15LP09 (a descrição com- pleta da habilidade está na página XLIV). De olho na Base 7373 Os artistas usam essa técnica desde a Antiguidade: depois da conquista das ci- dades-estado gregas pelo Império Romano, pintores e escultores de ambos os povos incorporaram elementos às suas obras. “Nas artes plásticas ou na música, reler é vi- venciar um certo trabalho e produzir outro com base nele, com um novo propósito”, afirma Laima Leyton, coordenadora do núcleo educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. [...] REIS, B. Recriar dá mais sentido à arte. Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/ conteudo/1057/recriar-da-mais-sentido-a-arte>. Acesso em: 8 nov. 2017. Dar continuidade à proposta pedindo aos alunos que expres- sem suas preferências por meio da escolha de imagens em re- vistas. É importante incentivar a turma para que relate suas pre- ferências antes de realizar a bus- ca nas revistas, evitando que a escolha ocorra de forma inversa. Por exemplo, algum aluno pode comentar que gosta de jogar futebol e, então, sua busca es- tará centrada nessa preferência e não será induzida por outras imagens que encontrar no ma- terial de pesquisa. Ao término da atividade 3, formar um círculo com os alunos e propor uma conversa sobre si- tuações que os deixam tristes ou felizes. Nesse momento, é muito importante que haja um clima de segurança entre o grupo e é preciso encaminhar a con- versa para que todos se sintam à vontade para expressar seus sentimentos. Reforçar o respei- to às características pessoais, valorizando a diferença é algo essencial para a condução dessa atividade. 058-077-GE-P04-ICN1-G19_BNCC.indd 73 3/26/19 14:49 https://novaescola.org.br/conteudo/1057/recriar-da-mais-sentido-a-arte https://novaescola.org.br/conteudo/1057/recriar-da-mais-sentido-a-arte PROJETO 4 7474 Combinar com os alunos a quantidade de aulas disponí- veis para a elaboração do pro- duto final. Recomendamos o tempo de 3 aulas para esta eta- pa. Sua primeira atividade é o planejamento. Antes, porém, explicar aos alunos o que é uma campanha. Nesse momento, no entanto, para não inibir produ- ções mais criativas, não mostrar exemplos de campanhas contra o bullying, pois os alunos po- dem fazer algo muito pareci- do, tomando como modelo o exemplo apresentado. Apresentar campanhas con- tra o desperdício de água, so- bre o cuidado com descarte adequado do lixo, ou outras que tenham sido realizadas re- centemente na comunidade em que vivem os alunos. Para dar sentido e significado à ativida- de, é importante relacionar a proposta com campanhas que façam parte da realidade dos alunos. Estimular, então, uma “tem- pestade de ideias”, pedindo que eles anotem ideias de como poderiam sensibilizar as pes- soas para que respeitem umas às outras. Os alunos podem entrevistar outros profissionais da escola, perguntando qual a opinião deles sobre o assunto, ampliando a lista de ideias para a elaboração da campanha. Identificar atitudes que demonstrem respeito às características das outras pessoas. Elaborar frases e desenhos que estimulem o respeito às outras pessoas. Exercitar ações que deno- tem empatia. Objetivos da etapa Importância do feedback na aprendizagem baseada em projetos [...] Shute (2008) forneceu [...] orientações para a utilização do feedback na melhora da aprendizagem: • concentre o feedback na tarefa, e não no aprendiz; • forneça feedback elaborado (descrevendo “o quê”, “como” e “por quê”); [...] • seja específico e claro com as mensagens de feedback; • mantenha o feedback o mais simples possível, mas não mais simplificado (basea- do nas necessidades dos alunos e nas limitações de ensino); 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 74 12/12/2017 09:58 7575 • reduza a incerteza entre desempenho e objetivos; [...] • promova uma orientação de objetivode aprendizagem via feedback (mova o foco do desempenho para a aprendizagem, acolha os erros); • forneça feedback depois que os aprendizes tenham buscado uma solução (levan- do a uma maior autorregulação); [...] HATTIE, J. Aprendizagem visível para professores: como maximizar o impacto da aprendizagem. Trad. Luís Fernando Dorvillé. Porto Alegre: Penso, 2017. p. 135. Após a apresentação das ideias iniciais dos alunos, sugerir que escolham aquela que pode ser transformada em uma campa- nha. Pode ser uma palavra, uma frase ou uma situação a ser repre- sentada de diferentes maneiras. Propor o uso de cartazes, drama- tizações ou recursos digitais, caso estejam disponíveis na escola. Antes de darem início à produ- ção, é importante que os alunos apresentem suas ideias aos seus pares para que sejam avaliadas por todos. Estimular essa troca e a revisão pelos pares, desde os anos iniciais, é muito importante no trabalho por projetos. Neste momento, é impor- tante que os alunos, em grupo, pensem naquilo que querem construir e identifiquem a lista de material que vão utilizar. En- trar em contato com o material pode ajudar muito e, por isso, é importante disponibilizar mate- riais diversos, como papéis ou recursos digitais. Site: Secretaria de Educa- ção do Governo do Esta- do de São Paulo. Chega de bullying: não fique calado. Nesse site, há uma matéria sobre uma campanha contra o bullying que pode servir como disparador para o de- bate sobre esse assunto a ser realizado em sala de aula. Disponível em: <http://www. educacao.sp.gov.br/chega- bullying>. Acesso em: 9 nov. 2017. Sugestão de recurso complementar 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 75 12/12/2017 09:58 http://www.educacao.sp.gov.br/chega-bullying http://www.educacao.sp.gov.br/chega-bullying http://www.educacao.sp.gov.br/chega-bullying PROJETO 4 7676 Nesta etapa, é recomenda- do que a turma organize uma apresentação das campanhas que foram produzidas. Essa exposição pode ser na sala de aula ou em outros espaços em que os alunos de outras tur- mas também possam apreciar as produções. Seria importan- te que as campanhas fossem divulgadas também no forma- to digital para atingir o maior número possível de pessoas. A apresentação dos resultados é essencial em um trabalho por projetos, como já orientado na parte geral deste Manual, e, por esse motivo, os alunos de- vem ser incentivados a apresen- tar seus aprendizados. Retomar com os alunos o cro- nograma proposto no início do projeto e verificar com o gru- po se as etapas ocorreram de acordo com o planejado. Caso a resposta seja negativa, discu- tir os possíveis motivos do não cumprimento dos prazos e aler- tar os alunos para que todos fi- quem atentos e busquem evitar que isso se repita no próximo projeto. Importância de conhecer o outro [...] Se pensarmos na construção de um mundo e de nós mesmos, se considerarmos que partilhamos esse mundo, assim como nossa própria construção e, se observarmos, ainda, a ausência de um padrão no qual nos possamos pautar para essa construção, é possível perceber a importância do outro, da partilha de ideias e modos de ser para que o mundo, produto de nossas escolhas, não se torne inabitável. Conhecer a própria estrutura e o entorno é, por isso, fundamental ao processo de construção de nossos modos de ser, uma vez que não há um modelo prévio [...]. Por ou- tro lado, pelo fato de a construção ser compartilhada, a exigência amplia-se para que conheçamos outros modos de ser além do nosso, considerando sua legitimidade. Con- siderar a legitimidade de um modo de ser não significa que devamos viver segundo ele, 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 76 12/12/2017 09:59 7777 que devamos permitir uma absorção a este modo. Significa respeito a outras formas de existência, assim como a ampliação de nosso horizonte de compreensão da realidade. Com um repertório ampliado de “modos de ser”, somos capazes de estabelecer recortes, articulações, sobreposições e, com isso, construir a nós mesmos e ao mundo, não como uma simples réplica ou cópia do que já está instituído, mas com uma genu- ína contribuição que nos constitui como sujeitos e como humanidade. [...] AIUB, M. Filosofia, cotidiano e aprendizagem de ser saudável. In: MORENO, L. V. A.; ROSITO, M. M. B. (Org.). O sujeito na educação e saúde: desafios na contemporaneidade. São Paulo: Centro Universitário São Camilo; Loyola, 2007. p. 244. Ao finalizar a atividade, re- tomar o quadro de rubricas deste projeto, disponível na página XLVII, e verificar como foi o desempenho de cada um dos alunos em relação aos itens lá assinalados. Na parte geral deste Manual, na página XVI, há mais orientações sobre a utilização de rubricas na ava- liação do desempenho dos alu- nos em projetos. A última proposta de reflexão, presente na seção Parando para pensar, tem como objetivo siste- matizar os aprendizados e possi- bilitar que os alunos percebam o entrelaçamento entre as ativida- des realizadas e o objetivo princi- pal deste projeto. Encaminhar o debate das questões propostas e, se necessário, acrescentar outras, caso tenha expandido o projeto. Após a apresentação de todas as campanhas, uma sugestão é propor a elaboração de um tex- to coletivo sobre o tema para ser amplamente divulgado para toda a comunidade escolar. Livro: Eu & os outros: melho- rando as relações. IACOCCA, Liliana; IACOCCA, Michele. São Paulo: Ática, 2000. Este livro ajuda o leitor a re- fletir sobre suas atitudes, in- clusive algumas delas às vezes passam despercebidas, mas interferem muito no relacio- namento entre as pessoas. Sugestão de recurso complementar 058-077-GE-P04-ICN1-G19.indd 77 12/12/2017 09:59 7878 078-080-GE-FINAIS-ICN1-G19.indd 78 15/12/2017 18:46 7979 078-080-GE-FINAIS-ICN1-G19_RESSALVA.indd 79 7/11/18 10:00 AM 80 BIBLIOGRAFIA BACICH, L.; MORAN, J. METODOLOGIAS ATIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO INOVADORA. PORTO ALEGRE: PENSO, 2018. BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. DE M. ENSINO HÍBRIDO: PERSONALIZAÇÃO E TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. PORTO ALEGRE: PENSO, 2015. BARNES, E. D. ZOOLOGIA DOS INVERTEBRADOS. SÃO PAULO: ROCA, 1990. BENDER, W. N. 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A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 078-080-FINAIS-ICN1-G19_BNCC-OK.indd80 10/30/19 11:33 AM 8080 078-080-GE-FINAIS-ICN1-G19_BNCC-OK.indd 80 10/30/19 11:35 AM LP PROVA PDF Formato # Págs miolo LOMBADA 220 x 275 mm 128 7 mm ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AM ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AM Co m p on en te s cu rr ic u la re s: CI Ê N CI A S , L ÍN G U A P O R T U G U E S A E M A T E M Á T IC A 1o A N O A R – A PR EN D ER e R EL A C IO N A R P ro je to s In te gr ad or es Projetos Integrad ores Lilia n Bacich Ensino Fund am en ta l • A no s In ic ia is 1OANOARAPRENDER e RELACIONAR Com ponentes curriculares: CIÊNCIAS, LÍNGU A PO RTU GU ES A E M AT EM ÁT IC A MANUAL DO PROFESSOR LP PROVA PDF Formato papel capa papel miolo # Págs miolo LOMBADA 230x288 cartão 250 g offset 75 g 128 7 mm CAPAS AR INTEGRADORES PNLD 2019 LP 1.indd All Pages 12/8/17 9:53 AMCAPAS AR INTEGRADORES LP 1 PNLD_2019_BNCC.indd All Pages 03/10/19 10:19 ISBN 978-85-16-10839-7 9 7 8 8 5 1 6 1 0 8 3 9 7 0049P19500001IM