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PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA Aula I - Células do Sangue Luine Marie F. Araújo – Medicina 2º Semestre – I Unidade Tudo, menos as células adiposas! ERITRÓCITOS • Os glóbulos vermelhos (ou eritrócitos) são o tipo mais abundante de glóbulos vermelhos (98% de todas as células). • Células pequenas (7 a 8 µm de diâmetro) • Disco bicôncavo • Sem núcleo • Citoplasma eosinofílico (rosa brilhante) devido à alta concentração da proteína hemoglobina • Os glóbulos vermelhos estão envolvidos no transporte de oxigênio e dióxido de carbono. Eles circulam no sangue entre 100 e 120 dias Linfócitos Monócitos Plaquetas Hemácias Neutrófilos LINFÓCITOS • Os linfócitos são um grande componente dos glóbulos brancos (20 a 25%). • Os linfócitos são liberados da medula óssea para a circulação periférica. Eles saem do sangue para um dos órgãos linfáticos periféricos e continuam a se dividir. • Linfócitos Pequenos Células redondas de 6 a 9 µm de diâmetro Coloração intensa do núcleo esférico de cromatina principalmente condensada O citoplasma é limitado a uma pequena borda azul-clara Sem grânulos específicos Capaz de mitose • Linfócitos Grandes Células redondas de 9 a 15 µm de diâmetro Coloração manchada (às vezes referida como colina e vale) do núcleo esférico Mais citoplasma do que em pequenos linfócitos Sem grânulos específicos Capaz de mitose NEUTRÓFILOS • Os neutrófilos (também conhecidos como leucócitos polimorfonucleares [PMN]) são o tipo mais abundante de glóbulos brancos (60-70%). • 12 a 15 µm de diâmetro • Núcleo segmentado com 2 a 5 lobos • O citoplasma é um azul-rosa pálido • Os grânulos específicos são rosa-salmão • Poucos grânulos azurofílicos • Não é mais capaz de mitose • Os neutrófilos fagocitam e destroem as bactérias. Eles circulam no sangue por 8 a 16 horas e sobrevivem nos tecidos periféricos por apenas 1 a 2 dias. Neutrófilos Segmentado Neutrófilos em bastonete BASÓFILOS • Basófilos são sangues brancos raros (<1%). • Células menores (10 a 12 µm de diâmetro) • Núcleo bilobado ou em forma de S • O citoplasma é um azul-rosa pálido • Grânulos específicos - 1 a 1,5 µm de diâmetro, muitos muito basófilos (azul a preto) • Poucos grânulos azurofílicos • Não é mais capaz de mitose • Os basófilos são encontrados em locais de infecção e liberam substâncias que mediam as respostas inflamatórias. Basófilo EOSINÓFILOS • Os eosinófilos são um pequeno componente dos glóbulos brancos (2-4%). • 12 a 15 µm de diâmetro • O núcleo é bilobado • O citoplasma é um azul-rosa pálido • Grânulos específicos eosinofílicos - ovais, 1 a 1,5 µm de diâmetro, vermelho/laranja • Poucos grânulos azurofílicos • Não é mais capaz de mitose • Os eosinófilos matam parasitas multicelulares e fagocitam complexos imunes. Eles circulam no sangue por 8 a 16 horas e sobrevivem nos tecidos periféricos por apenas 2 a 5 dias. Neutrófilos Segmentado Eosinófilo MONÓCITOS • Os monócitos são o maior tipo de glóbulo branco. • Células grandes (12 a 20 µm de diâmetro) • Núcleo grande, em forma de rim ou recortado, muitas vezes com um padrão de cromatina "rajado" • O citoplasma é azul claro • Poucos grânulos azurofílicos • Os monócitos são liberados da medula óssea para a circulação periférica. Seu intervalo de tempo no sangue é de apenas 16 horas. Os monócitos no tecido conjuntivo se diferenciam em macrófagos. • Os monócitos estão envolvidos na fagocitose e na apresentação de antígenos. Monócitos PLAQUETAS • As plaquetas são pequenos fragmentos celulares produzidos por brotamento de megacariócitos sob a influência da trombopoietina. Cada megacariócito produz entre 5.000 e 10.000 plaquetas. • As plaquetas são muito menores que os glóbulos vermelhos. • Discos pequenos (2 a 4 µm de diâmetro) • Sem núcleo • A região central é estrutura basofílica (granulômero) • A região externa não mancha (hialômero) • As plaquetas são normalmente encontradas como aglomerados • As plaquetas estão envolvidas na formação de coágulos sanguíneos. Poucas plaquetas podem causar sangramento excessivo, enquanto muitas plaquetas podem causar a formação de coágulos sanguíneos. Sua vida útil é de 7 a 10 dias. PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA Aula II – SISTEMA RESPIRATÓRIO SUPERIOR Luine Marie F. Araújo – Medicina 2º Semestre – I Unidade CONSTITUINTES: O sistema respiratório pode ser dividido em uma porção condutora, que conduz o ar para os locais onde se dão as trocas gasosas, e uma porção respiratória, onde ocorre a troca de gases entre o ar e o sangue. A PORÇÃO CONDUTORA: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Conduz e deixa o ar apropriado para as trocas, ou seja, é responsável pela sua umidificação, aquecimento e purificação. A mucosa da parte condutora é revestida por um epitélio especializado, o epitélio respiratório (pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes) e apresenta abundante tecido linfoide associado. Além disso, sua lâmina própria e submucosa são bem vascularizadas para aquecimento do ar e apresenta muitas glândulas serosas e mistas para produção de muco e elementos bacteriostático como lisozima e lactoferrina. A PORÇÃO TRANSITÓRIA é composta por bronquíolos respiratórios (algumas literaturas trazem os bronquíolos respiratórios como porção respiratória) A PORÇÃO RESPIRATÓRIA: ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. Promove as trocas gasosas. Para assegurar a passagem contínua de ar, a parede da porção condutora é constituída por uma combinação de cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular liso, que lhe proporciona suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade. SISTEMA RESPIRATÓRIO • O epitélio respiratório é caracterizado por ser pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes, é um epitélio de revestimento altamente especializado, as células caliciformes e os cílios são importantes mecanismos de defesa desse epitélio, o muco e os movimentos ciliares retém partículas provenientes do ar inalado. EPITÉLIO RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO • As FOSSAS NASAIS são constituídas por três regiões: vestíbulo, área respiratória, e área olfatória. • Na LARINGE estão presentes as cordas vocais, composto de tecido pavimentoso estratificado não queratinizado (para ter mais resistência) • A TRAQUEIA é um órgão constituído de epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes apoiada sobre uma lamina própria constituída de tecido conjuntivo frouxo. • Nos BRÔNQUIOS tem a mucosa pseudo-estatificado cilíndrico ciliado com células caliciformes idênticas a da traqueia. • Os BRONQUÍOLOS são revestidos internamente por epitélio que varia de cilíndrico a cubico simples, ciliado ou não. • Os ALVÉOLOS são revestidos por um epitélio simples pavimentoso cujas células são denominadas pneumócitos I e II. • Os ALVÉOLOS possuem macrófagos denominados células de poeira EPITÉLIO RESPIRATÓRIO EPITÉLIO RESPIRATÓRIO EPIGLOTE LARINGE PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA Aula III – SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR Luine Marie F. Araújo – Medicina 2º Semestre – I Unidade A traqueia é um tubo flexível cuja parede é formada por três túnicas: mucosa, submucosa e adventícia. A mucosa é constituída de epitélio pseudo- estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes (epitélio respiratório) apoiada sobre uma lâmina própria constituída de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas. Logo abaixo, observa-se a região submucosa, formada por tecido conjuntivo frouxo e que apresenta glândulas túbulo-acinosas mistas (glândulas seromucosas) cujos ductos se abrem na luz traqueal. Após a submucosa encontra-se o anel de cartilagem hialina em forma de C. TRAQUEIA 1 - Túnica mucosa 2 - Túnica submucosa 3 – Cartilagem hialina 4 - Túnica adventícia As setas apontam glândulas seromucosas A traqueia é maior e possui cartilagens em forma de C contínuas. E na região posterior possui musculo liso. (Epitélio pseudoestratificadocilíndrico ciliado com células caliciformes) Cartilagem hialina Lâmina própria da mucosa Epitélio Respiratório Células caliciformes Epitélio Glândulas • Apesar da traqueia e brônquios apresentarem características histológicas semelhantes podemos diferenciá-los a partir da musculatura lisa e das peças cartilaginosas: • O Brônquio apresenta uma musculatura lisa bem desenvolvida na camada mucosa, esta estrutura está ausente na traquéia. • A Traqueia apresenta anel de cartilagem hialina, nos brônquios observam-se as placas de cartilagem hialina. TRAQUEIA X BRÔNQUIOS BRÔNQUIOS • A característica histológica mais marcante dos brônquios extra ou intra-pulmonares é a presença em sua parede de várias pequenas peças de cartilagem hialina • Neste aspecto se diferenciam da traqueia a qual possui anéis cartilaginosos incompletos com abertura na porção dorsal do órgão. Uma camada de músculo liso se situa em toda a volta da parede dos brônquios • Na traqueia o músculo está localizado na sua face dorsal, unindo as extremidades dos anéis cartilaginosos com a forma de letra C. A mucosa é semelhante à da traqueia – epitélio respiratório apoiado sobre lâmina própria que contém pequenas glândulas. • Como os brônquios intra-pulmonares estão no interior do pulmão, são envolvidos por estruturas pulmonares, principalmente alvéolos, Músculo Liso Cartilagem Hialina Epitélio Sobrepondo a Lâmina Própria • Os bronquíolos são originados de divisões repetidas dos brônquios e têm diâmetro menor que os brônquios . Eles são segmentos intralobulares. Na sua constituição não apresentam cartilagem, glândulas e nem nódulos linfáticos. • Estão geralmente envolvidos por outras estruturas pulmonares, principalmente por alvéolos. • Na sua composição não possuem cartilagem, glândulas e nem nódulos linfáticos • O epitélio que reveste os bronquíolos na porção inicial, é do tipo cilíndrico simples ciliado, passando a cúbico simples, ciliado ou não, na porção final. • No decorrer do trajeto dos bronquíolos, o número de células caliciformes diminui progressivamente, podendo até deixar de existir. • Bronquíolos apresentam Células da Clara, as quais produzem um material surfactante que reveste a superfície do epitélio bronquiolar evitando o colabamento dos alvéolos. BRÔNQUIOLOS Vasos sanguíneos Bronquíolo Células da clara produzem um material surfactante que reveste a superfície do epitélio bronquiolar evitando colabamento BRÔNQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS O bronquíolo respiratório é um tubo curto, às vezes ramificado, revestido por epitélio simples com células cúbicas, e terminando em estruturas alveolares, podendo ainda apresentar cílios na porção inicial. Os alvéolos são expansões saculiformes revestidos por um epitélio simples pavimentoso capaz de realizar trocas gasosas. O bronquíolo terminal origina um ou mais bronquíolos respiratórios, os quais marcam a transição para a porção respiratória. Cada bronquíolo penetra num lóbulo pulmonar, onde se ramifica, formando de cinco a sete bronquíolos terminais Os menores bronquíolos são também denominados bronquíolos terminais. Os bronquíolos terminais são as últimas porções da árvore brônquica, eles possuem estruturas semelhantes aos demais, porém com paredes mais delgadas. • Os Alvéolos são pequenas evaginações em forma de saco, encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios. Cada parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos, por isso denomina-se parede ou septo interalveolar. Este septo consiste em duas camadas de epitélio pavimentoso simples separadas por capilares sanguíneos, fibras reticulares e elásticas, fibroblastos e substância fundamental amorfa do conjuntivo. Além disso, ele apresenta quatro tipos celulares distintos: • 1) Células endoteliais dos capilares: as mais numerosas e com núcleo um pouco menor e alongado que o das células epiteliais de revestimento, o endotélio é do tipo contínuo e não fenestrado • 2) Pneumócitos tipo I: também chamado de célula epitelial de revestimento, tem núcleos achatados e distantes entre si devido a grande extensão do citoplasma. Essas células têm um retículo endoplasmático granular pouco desenvolvidoapresentam microvilos curtos em alguns pontos de sua superfície, existem também desmosomas ligando duas células epiteliais vizinhas e. • 3) Pneumócitos tipo II: chamados de células septais, são menos frequentes que as células epiteliais de revestimento, aparecem de preferência em grupos de duas ou três células nos pontos em que as paredes alveolares se tocam. O núcleo dessas células é maior e mais vesiculoso que o das outras células epiteliais de revestimento, o citoplasma não se adelgaça, o retículo endoplasmático rugoso é desenvolvido e possui microvilos na superfície livre. A principal característica dessas células é a presença de corpos lamelares na região basal do citoplasma, eles são responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma à microscopia óptica. E produzem substância surfactante cuja função principal é reduzir a tensão superficial sobre os alvéolos impedindo o colabamento alveolar. • 4) Macrófagos alveolares: também chamados células de poeira, são encontrados no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos. Os macrófagos alveolares localizados na camada surfactante que limpam a superfície do epitélio alveolar. São transportados para a faringe, de onde são deglutidos. ALVÉOLOS PLEURA PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA Aula IV – SISTEMA LINFOIDE Luine Marie F. Araújo – Medicina 2º Semestre – I Unidade • O sistema linfoide incluem os órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários produzem os componentes celulares do sistema imunológico. Eles são (1) medula óssea e (2) o timo. • Os órgãos linfoides secundários são os locais onde ocorrem as respostas imunológicas. Eles incluem (1) os linfonodos, (2) o baço, (3) as tonsilas, e (4) agregados de linfócitos e células apresentadoras de antígenos presentes nos pulmões (tecidos linfoides associados aos brônquios) e na mucosa do trato digestório (tecido linfoide associado ao tubo digestivo), incluindo as placas de Peyer. • As principais funções dos órgãos linfoides, como componentes do sistema imunológico, é proteger o corpo contra patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, parasitas). A base deste mecanismo de defesa, ou resposta imunológica, é a habilidade de distinguir o próprio (self) do não próprio (nonself) ao organismo. Como os patógenos podem penetrar o corpo por qualquer lugar, o sistema linfoide é amplamente distribuído. • Os dois principais componentes celulares do sistema imunológico são os linfócitos e as células acessórias. Os linfócitos incluem dois grupos principais de células: os linfócitos B e linfócitos T, que participam de respostas imunológicas diferentes. • As células acessórias incluem dois tipos celulares derivados dos monócitos: os macrófagos e as células dendríticas. Um exemplo de uma célula dendrítica é a célula de Langerhans encontrada na epiderme da pele. Um terceiro tipo, a célula dendrítica folicular, está presente nos nódulos linfoides dos linfonodos. SISTEMA LINFOIDE ÓRGÃOS GERADORES, OU PRIMÁRIOS onde linfócitos são gerados e amadurecem (medula óssea e timo) ÓRGÃOS PERIFÉRICOS, OU SECUNDÁRIOS onde linfócitos são ativados pelo antígeno (linfonodo, baço e tecido linfóide difuso) – Linfócitos destacados em cor laranja. – Macrófagos destacados em vermelho. – Uma célula reticular destacada em verde. • Os linfócitos podem ser classificados em dois tipos principais, com diversos subtipos de acordo com o local onde se diferenciam e com os diferentes receptores presentes em suas membranas. Nos linfócitos B, esses receptores são imunoglobulinas e nos linfócitos T são moléculas chamadas TCR (T-Cell Receptors). • As células precursoras dos linfócitos se originam na medula óssea fetal e continuam proliferando na medula, durante a vida pós-natal. A diferenciação emcélulas imunocompetentes tem lugar na medula óssea e no timo, que são órgãos linfoides primários ou centrais. • Os linfócitos T completam a sua maturação no timo, enquanto os linfócitos B saem da medula já como células madura que irão para órgão secundários como o Baço e se diferenciam em Plasmócito para defesa do sistema imunológico. Por esse motivo, a medula óssea e o timo são chamados órgãos linfoides centrais. Levados pelo sangue e pela linfa, os linfócitos migram dos órgãos linfáticos centrais para os órgãos linfáticos periféricos, onde proliferam e completam a diferenciação. LINFÓCITOS B E T • Os linfócitos B se originam na medula óssea vermelha, penetram nos capilares sanguíneos por movimento ameboide, são transportados para o sangue e vão instalar-se nos órgãos linfóides exceto o timo. Quando ativados por antígeno, proliferam e se diferenciam em plasmócitos, que são as células produtoras de anticorpos. As células B representam 5- 10% dos linfócitos do sangue, cada um coberto por cerca de 150.000 moléculas de IgM, que são os receptores para antígenos. • Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. • Os linfócitos T representam 65-75% dos linfócitos do sangue. Seus precursores originam da medula óssea vermelha, penetram nos capilares por movimento ameboide, são levados pelo sangue e retidos no timo, onde proliferam e se diferenciam em linfócitos T que, novamente carregados pelo sangue, vão ocupar áreas definidas nos outros órgãos linfáticos. • Os linfócitos T se desenvolvem no timo e, em seguida, migram para os gânglios linfáticos do corpo. Eles ajudam o sistema imunológico a proteger o organismo contra vírus, fungos e outros tipos de infecções, são os responsáveis por garantir a imunidade celular. LINFÓCITOS T LINFÓCITOS B • Juntamente com a Medula Óssea formam os órgãos linfoide PRIMÁRIOS. O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do externo e na altura dos grandes vasos do coração. • Possui dois lobos envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos contínuos um com os outros. Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado por uma parte periférica denominada zona cortical, que envolve a parte central mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por possuir maior concentração de linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall, característicos do Timo e constituído por células reticulares epiteliais achatadas, em arranjo concêntrico, semelhantes a uma cebola. • A região cortical e medular possuem os mesmos tipos celulares, porém em proporções diferentes. As células mais abundantes do timo são os linfócitos T, em diversos estágios de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das celulares reticulares epiteliais o timo possui macrófagos, principalmente na cortical. • As células epiteliais do córtex do timo, a dupla lâmina basal e as células endoteliais formam a barreira hematotímica funcional. Os macrófagos adjacentes aos capilares asseguram que os antígenos que escaparam dos vasos sanguíneos no timo não reajam com os linfócitos T em desenvolvimento no córtex, prevenindo, assim, o risco de uma reação auto-imune. Observe que a barreira hematotímica não está presente na medula e que os corpúsculos de Hassal podem ser observados somente na medula. • O timo é uma parte importante do sistema imunológico do corpo. Durante o crescimento fetal e na infância, está envolvido na produção e maturação dos linfócitos T, um tipo de glóbulos brancos do sangue. TIMO • O baço é o maior órgão linfoide SECUNDÁRIO do corpo . • O baço não apresenta um córtex e uma medula. Em vez disso, o baço possui dois componentes principais com funções distintas: a polpa vermelha e a polpa branca. A polpa vermelha é um filtro que remove hemácias velhas e danificadas e microrganismos da circulação sanguínea. • É também um local de armazenamento de hemácias. As bactérias podem ser reconhecidas pelos macrófagos da polpa vermelha e removidas diretamente ou após serem cobertas por proteínas do complemento (produzidas no fígado) e imunoglobulinas (produzidas na polpa branca). A polpa branca é o componente imunológico do baço. • Os componentes celulares são semelhantes aos do linfonodo, exceto que os antígenos entram no baço pelo sangue, em vez de pela linfa. O baço possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. A superfície medial do baço apresenta um hilo, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo às veias nascidas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, na espécie humana, a polpa esplênica não possui vasos linfáticos. BAÇO PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA Aula V – MÚSCULO CARDÍACO Luine Marie F. Araújo – Medicina 2º Semestre – I Unidade CORAÇÃO O coração começa a ser formado no início da vida embrionária, no fim da terceira semana de gestação. No fim da quarta semana de gestação já apresenta batimentos rítmicos. Forma-se a partir de um vaso sanguíneo primitivo (tubo cardíaco) que se dobra e se retorce e por fim origina as quatro cavidades do coração. Pelo fato de ser formado originalmente de um vaso sanguíneo, o coração também é constituído de três túnicas, equivalentes às túnicas dos vasos sanguíneos. São denominadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio. 1 – O epicárdio é a camada mais externa. 2 – O miocárdio é a camada mais espessa e é constituído de tecido muscular estriado cardíaco; corresponde à túnica média dos vasos. As fibras musculares se dispõem em feixes de diferentes espessuras e direções. 3 – O endocárdio é a camada mais interna, semelhante em sua constituição à camada íntima dos vasos sanguíneos, porém sem a lâmina elástica interna entre o endocárdio e o miocárdio. Sua superfície livre recobre o lúmen cardíaco. **Entre o epicárdio e o miocárdio há geralmente uma camada subepicárdica de espessura variável formada por tecido adiposo unilocular, nervos e vasos sanguíneos e linfáticos. CAMADAS DO CORAÇÃO CORAÇÃO EPICARDIO MIOCARDIO ENDOCARDIO ATRIO OBSERVAÇÕES: TECIDO ESTRIADO CARDÍACO Célula alongada, cilíndrica Ramificada Com estrias transversais Discos intercalares* Possui 1 ou 2 núcleos no centro da célula, em formato de charuto Contração forte, rápida, contínua e involuntária *Delimitam as extremidades de cada fibra cardíaca e permitem a junção e dessa junção a sincronização na contração muscular. O endocárdio reveste as cavidades do coração. É constituído de tecido conjuntivo revestido por uma camada de endotélio. É equivalente à túnica íntima dos vasos sanguíneos. Abaixo do endocárdio há uma camada subendocárdica. É de espessura variável e às vezes seus limites com o endocárdio não são muito perceptíveis, sendo difícil delimitar uma camada da outra. A camada subendocárdica é constituída de tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos, nervos e componentes do sistema de condução de impulsos do coração. O sistema de condução de impulsos do coração é formado por fibras musculares cardíacas modificadas, denominadas fibras de Purkinje (não confundir com as células de Purkinje, neurônios do cerebelo). As fibras de Purkinje são células musculares de diâmetro bastante aumentado e com conteúdo reduzido de miofibrilas e, portanto, com menos estriações transversais. As miofibrilas frequentemente aparecem deslocadas para a periferia da célula, deixando um espaço central.