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27/09/2022 20:25 wlldd_221_u4_pol_cri_pro_cri
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICA+CRIMINAL+E+PROCESSOS+D… 1/36
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INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Ao decorrer dos estudos vamos nos aprofundar no tema relativo à seletividade do sistema penal
em todas as fases do processo de criminalização e às formas de mitigação dessa problemática.
Ao adentrarmos no tema proposto, torna-se imperiosa a análise do processo de aplicação das penas e o
confronto da �nalidade e da efetividade do sistema punitivo sob a ótica da aplicação igualitária da retribuição
penal. Aqui, aprofundaremos os conhecimentos relativos às escolas penais e o ponto de vista da criminologia
crítica a respeito da função preventiva do sistema penal pautada na política do medo in�uenciada por fatores
externos e internos inerentes ao próprio poder punitivo do Estado.
A FUNÇÃO E OS FINS DA PENA
Para tratarmos da seletividade no sistema penal, indispensável se faz abordar a função e a �nalidade da pena
sob a ótica do poder punitivo do Estado.
Do ponto de vista histórico, as penas surgiram como forma de punição em decorrência de um mal causado.
Nesse aspecto, é possível apontar que as penas se desenvolveram em 3 fases: vingança divina, vingança privada
e vingança pública.
A vingança de caráter religioso originou-se nos primórdios da civilização e tinha por �nalidade punir aqueles
que feriam a lei divina; assim, as “vítimas” propriamente ditas eram, de forma direta ou indireta, os entes
divinos. Nesse período, as penas não tinham caráter retributivo ou restaurativo, mas, sim, um caráter
meramente expiatório, ou seja, buscava-se, com a aplicação da pena, o perdão pelo pecado cometido.
Após essa primeira fase, surgiu o período da vingança privada, em que foi deixada de lado a premissa de castigo
divino e passou-se a dar importância aos sentimentos e anseios da vítima do fato danoso. Nesse período, não
havia respeito ou mesmo de�nição de direitos fundamentais, imperavam a responsabilidade objetiva e o castigo
violento ou desproporcional, como amputações, execuções e banimento.
Com o desenvolvimento do direito e da própria vida
em sociedade, alcançamos a época da vingança
Aula 1
SELETIVIDADE DO SISTEMA PENAL
Ao decorrer dos estudos vamos nos aprofundar no tema relativo à seletividade do sistema penal
em todas as fases do processo de criminalização e às formas de mitigação dessa problemática.
50 minutos
27/09/2022 20:25 wlldd_221_u4_pol_cri_pro_cri
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A respeito da evolução das penas, Luiz Régis Prado (2012, p. 84) é didático:
A aplicação de pena tem por objetivo a proteção do bem social, porém, sob a ótica da seletividade do sistema
penal, a função motivadora e a função social da sanção não estão em consonância, porque os grupos que
detêm o poder de in�uenciar na edição ou mesmo na aplicação de normas penais, a �m de proteger seus
objetivos escusos, desenvolvem meios de neutralizar a aplicabilidade da norma ou penal.
Sob essa ótica, é possível constatar que a seletividade do sistema penal in�uencia a própria �nalidade da pena,
uma vez que seu desvirtuamento remove a efetividade de aplicação do sistema penal como um todo; assim, o
objetivo da pena de preservar um bem juridicamente tutelado, do ponto de vista social, fracassa quando a pena
pública, em que o Estado passou a ser o detentor do
poder punitivo, visando, ao menos em tese, à paz
social.
Primeira época. Crimen é atentado contra os deuses. Pena, meio de aplacar a cólera
divina; b) Segunda época. Crimen é agressão violenta de uma tribo contra outra. Pena,
vingança de sangue de tribo a tribo; c) Terceira época. Crimen é transgressão da ordem
jurídica estabelecida pelo poder do estado. Pena é a reação do Estado contra a vontade
individual oposta à sua.
Solução importante, ainda que economicamente onerosa, foi a da construção de novos
presídios. Não só́ para criá-los em locais onde eles antes eram inexistentes, porém
também para melhorá-los, modernizando-os, em locais onde eles já atuavam de forma
ultrapassada e de�ciente, gerando, em contrapartida, considerável tensão no es- pírito
do reeducando neles submetidos à privação da liberdade. sob o prisma da edi�cação
de penitenciárias, a prática tem demonstrado que o sistema implementado no Brasil
encontra-se muito aquém do ideal. (Roberto, PORTO, Crime organizado e sistema
Prisional.
— Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2008)
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é aplicada somente em face da população menos favorecida e deixa de funcionar para as classes que detêm o
poder.
VIDEOAULA: A FUNÇÃO E OS FINS DA PENA
Videoaula relativa à função e aos �ns da pena e sua ine�ciência em face à seletividade do sistema penal no caso
concreto.
AS ESCOLAS PENAIS
Para compreender a seletividade do sistema penal, é fundamental um estudo aprofundado acerca das
principais escolas penais e da in�uência que exerceram na formação do direito penal moderno, bem como as
nuances relativas a cada uma delas, em especial o positivismo cientí�co e seus entendimentos relativos à
concepção de seletividade.
Quanto às escolas penais, é importante destacarmos as principais: a escola clássica, a escola positivista, o
correcionalismo penal, o tecnicismo jurídico-penal e a defesa social. Sob a ótica da seletividade penal, a escola
de maior destaque é a positivista, razão pela qual abordaremos, nesta aula, seus principais aspectos.
Conforme já abordado, o positivismo cientí�co teve como objeto de estudo o homem criminoso. Diversos
autores, como Cesare Lombroso, defendiam que nem todos os indivíduos são iguais, apontando que os
criminosos agiam de forma irracional e predeterminada.
Lombroso, em claro entendimento seletivo do sujeito criminoso, acreditava que o delinquente apresenta
características físicas que o tornam um “criminoso nato”. Em sua obra O homem delinquente, Lombroso (2001)
apontou que, para cada tipo de conduta criminosa, as características �siológicas são distintas, frisando que os
violadores, por exemplo, quase sempre possuem olhos salientes, �sionomia delicada e lábios e pálpebras
volumosos, enfatizando que, na maior parte das vezes, são frágeis, louros e magros.
Por sua vez, Lombroso apontava que os homicidas e arrombadores apresentam cabelos crespos, maxilares
possantes, crânio deformado, incidência de tatuagens e muitas cicatrizes. A atribuição de Lombroso relativa ao
criminoso nato in�uenciou, de forma negativa, os sistemas penais, criando uma visão preconceituosa e
estigmatizante do sujeito que comete uma conduta ilícita.
A respeito do tema, Raul Eugenio Za�aroni (2011) é didático ao expor seu pensamento sobre a criminalização
decorrente da classe social in�uenciada pelos entendimentos advindos do positivismo cientí�co:
Videoaula: A função e os �ns da pena
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Há uma clara demonstração de que não somos todos igualmente ‘vulneráveis’ ao
sistema penal, que costuma orientar-se por ‘estereótipos’ que recolhem os caracteres
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Sob a concepção seletivista, é fácil notar que o pensamento defendido pelo positivismo criou certa dose de
separação racial e social, impondo que os criminosos, ante as suas características físicas, fossem segregados.
Tal pensamento, por sua vez, não prospera nos dias atuais,porém sua in�uência é vista na atuação da fase
secundária do processo de criminalização, em que as instituições de controle social, buscando maior efetividade
em suas ações, agem, muitas vezes, com foco repressivo em face de populações menos favorecidas.
VIDEOAULA: AS ESCOLAS PENAIS
Videoaula tratando das escolas penais sob a ótica da seletividade do sistema penal, principalmente no que
tange às in�uências do pensamento lombrosiano no processo criminalizante.
CRIMINOLOGIA CRÍTICA E A FUNÇÃO PREVENTIVA DO SISTEMA PENAL
Desenvolvida por Alessandro Baratta, a teoria da criminologia crítica é uma ideia recente voltada ao
aprofundamento dos estudos relativos à teoria do etiquetamento, servindo de verdadeira crítica ao sistema
penal ante a sua cristalina seletividade.
dos setores marginalizados e humildes, que a criminalização gera fenômeno de rejeição
do etiquetado como também daquele que se solidariza ou contata com ele, de forma
que a segregação se mantém na sociedade livre. A posterior perseguição por parte das
autoridades com rol de suspeitos permanentes, incrementa a estigmatização social do
criminalizado.
Ante o exposto, é possível delinear que o
desenvolvimento das escolas penais no decorrer dos
anos foi crucial para o avanço do processo de
criminalização, porém, com o advento do
pensamento cientí�co advindo da ascensão da escola
positivista, o pensamento lombrosiano trouxe uma
marca estigmatizante que in�uenciou e ainda
in�uencia o direito.
Videoaula: As escolas penais
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Em sua obra, Criminologia crítica y crítica del derecho penal, Alessandro Baratta (1986, p. 10) aponta que a
justiça criminal, em sua essência, é seletiva do ponto de vista social, assim dispondo:
Sob o enfoque da criminologia crítica, a variação social e a seletividade penal dela decorrente são impeditivos
claros ao fracasso do sistema penal. A materialização da isonomia se dá pela edição da lei em abstrato, ainda na
fase primária do processo de criminalização, sob a premissa de que, em sendo uma conduta considerada ilícita,
o cidadão, com medo da aplicação de uma pena, abstém-se de praticá-la.
A problemática surge quando a seletividade opera desde a fase inicial do processo de criminalização, como na
fase primária. A Lei de Drogas (11.343/06) é um claro exemplo dessa conduta, uma vez que, em seu art. 28, § 2º,
prevê a possibilidade de diferenciação do sujeito, se usuário ou tra�cante de drogas, com base em aspectos
sociais e pessoais. Veja:
O funcionamento da justiça penal é altamente seletivo, seja no que diz respeito à
proteção outorgada aos bens e aos interesses, seja no que concerne ao processo de
criminalização e ao recrutamento da clientela do sistema (a denominada população
criminal). Todo ele está dirigido, quase que exclusivamente, contra as classes populares
e, em particular, contra os grupos sociais mais débeis, como o evidencia a composição
social da população carcerária, apesar de que os comportamentos socialmente
negativos estão distribuídos em todos os extratos sociais e de que as violações mais
graves aos direitos humanos ocorrem por obra de indivíduos pertencentes aos grupos
dominantes ou que fazem parte de organismos estatais ou organizações econômicas
privadas, legais ou ilegais
Art. 28 [...]
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
antecedentes do agente.
Assim, segundo a criminologia crítica, o fracasso da
justiça penal decorre da seletividade social intrínseca
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Em se tratando da prevenção criminal, o estudo da criminologia crítica defende, visando à manutenção dos
direitos humanos, a adoção de medidas menos interventivas por parte do Estado, enaltecendo os benefícios da
adoção de meios alternativos de resolução de con�itos e a prevenção por meio da melhoria social em vez da
ine�caz política do medo.
VIDEOAULA: CRIMINOLOGIA CRÍTICA E A FUNÇÃO PREVENTIVA DO SISTEMA
PENAL
Videoaula a respeito do posicionamento da criminologia crítica com relação à seletividade penal.
DIREITO PENAL NÃO IGUALITÁRIO
Como é possível concluir pela análise do conteúdo estudado até agora, as relações existentes entre o sistema
penal e os direitos e garantias fundamentais são extremamente estreitas, havendo certa dose de �exibilidade
visando, em tese, ao bem-estar social e à defesa dos bens juridicamente tutelados.
A igualdade formal é prevista na Constituição da República Federativa do Brasil no caput do art. 5º (BRASIL,
1988), que nos traz a máxima de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” ([s.
p.]). Já no âmbito do processo penal, o princípio da isonomia sofre certa relativização em razão do in dubio pro
reo, como aponta Fernando Capez (2008, p. 19):
just ça pe a deco e da se et dade soc a t seca
ao próprio processo de criminalização, que, mesmo
com o desenvolvimento obtido no decorrer dos anos,
mantem seu caráter repressivo e estigmatizante.
Videoaula: Criminologia crítica e a função preventiva do sistema penal
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
As partes devem ter, em juízo, as mesmas oportunidades de fazer valer suas razões, e
ser tratadas igualitariamente, na medida de suas igualdades, e desigualmente, na
proporção de suas desigualdades. Na execução penal e no processo penal, o princípio
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Não obstante, ao tratarmos de direito penal igualitário, não estamos nos restringido ao respeito da isonomia
constitucional em material processual, mas, sim, à ótica da seletividade do sistema. Dessa forma, vamos
analisar, de modo amplo, a efetiva aplicabilidade da lei penal em face das populações menos favorecidas.
Ao analisarmos a seletividade sob a ótica do direito penal não igualitário, temos que o legislador penal reprime
determinados delitos com mais ferocidade do que outros que afetam bens jurídicos mais relevantes, por vezes,
ou, ainda, concede benefícios de forma não isonômica aos infratores, traduzindo-se em verdadeira seleção
arbitrária dos alvos da norma penal.
José Afonso da Silva (2014, p. 203), ao tratar do assunto, conceitua a igualdade penal de forma didática:
Dessa feita, do ponto de vista da seletividade e até mesmo da criminologia crítica de Alessandro Baratta, é
possível concluir que o Direito Penal, em que pese as disposições constitucionais, privilegia os interesses de
classes dominantes e, por selecionar indivíduos de classes sociais mais baixas para aplicação incisiva de suas
sofre alguma atenuação pelo, também constitucional, princípio favor rei, postulado
segundo o qual o interesse do acusado goza de alguma prevalência em contraste com a
pretensão punitiva.
A aplicação igualitária da norma penal não deve ser
voltada à �xação de penas idênticas para delitos
idênticos, mas, sim, estar ao alcance da lei de modo
isonômico a todos os que cometem um delito.
Essa igualdade não há de ser entendida, já dissemos, como aplicação da mesma pena
para o mesmo delito. Mas deve signi�car que a mesma lei penal e seus sistemas de
sanções hão de se aplicar a todos quantos pratiquem o fato típico nela de�nido como
crime. Sabe-se porexperiência, contudo, que os menos afortunados �cam muito mais
sujeitos aos rigores da justiça penal que os mais aquinhoados de bens materiais. As
condições reais de desigualdade condicionam o tratamento desigual perante a lei
penal, apesar do princípio da isonomia assegurado a todos pela Constituição (art. 5.º).
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punições, de forma não igualitária, concede certa dose de imunização aos detentores de poder.
VIDEOAULA: DIREITO PENAL NÃO IGUALITÁRIO
Videoaula com explanações acerca da aplicação não igualitária na justiça penal sob o enfoque da seletividade e
da criminologia crítica de Alessandro Baratta.
ESTUDO DE CASO
Imagine uma situação hipotética em que um sujeito tenha sido preso após a ocorrência de um suposto crime
apenas por uma única semelhança: sua cor de pele. Na descrição do autor do delito, pela vítima, o crime foi
praticado por um negro, alto, de camisa vermelha, ao passo que, a pessoa detida, apesar de negra, foi presa
tempo depois da ocorrência dos fatos sem o objeto do crime, vestindo camisa azul e tendo estatura baixa. Por
ocasião do seu reconhecimento na delegacia, todas as outras pessoas eram brancas, e o imputado foi
reconhecido pela vítima pela forma que a autoridade policial conduziu o ato do reconhecimento.
Frente a isso, e tendo em vista as premissas apresentadas, o estudante deve discorrer acerca da teoria do
etiquetamento sob o enfoque da seletividade criada pelo sistema penal.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
O estudante deve apontar que o ato do reconhecimento foi estigmatizado a ponto de induzir a vítima ao
reconhecimento de um único negro colocado ao lado de outras pessoas brancas, uma vez que, todas as outras
características são distintas daquelas narradas pela vítima.
Com bases nas premissas estudadas, é esperado que o estudante aponte que o sistema penal, do ponto de
vista garantista e constitucional, deve ser igualitário e comprometido com a efetiva preservação da dignidade da
pessoa humana, porém o que se veri�ca efetivamente é que, na tentativa de não se tornar ine�ciente, acaba
por se revelar um sistema seletivo e repressivo.
O estudante deve complementar sua dissertação apontando que, visando a afastar sua inatividade ou omissão,
o Estado optou pelo caminho da seleção diretamente in�uenciado por estigmas sociais, esclarecendo que esse
modelo de atuação, baseado em uma espécie de seletividade punitiva velada, traz resquícios das teses
defendidas por Cesare Lombroso no apogeu do positivismo cientí�co e a in�uência dos aspectos físicos ou
�sionômicos de um sujeito na prática do ato criminoso.
É importante que a dissertação apresentada aponte que a teoria do etiquetamento social faz uma espécie de
ligação entre os conceitos de crime e criminoso e o próprio comportamento social, considerando seus costumes
e valores socialmente aceitos sob o argumento de que estes, sim, são os criadores das chamadas etiquetas
Videoaula: Direito penal não igualitário
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sociais em detrimento do ato criminoso em si.
 Saiba mais
MOREIRA, R. D. Notas sobre a seletividade do sistema penal. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista
Granbery, Juiz de Fora, n. 8, jan./jun. 2010.
Acesse para uma breve leitura do artigo: RIBEIRO, H. B. A necessidade de superação do paradigma
criminológico tradicional: a criminologia crítica como alternativa à ideologia da “lei e ordem”. 2010.
Resolução do Estudo de Caso
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula abordaremos alguns temas controversos relativos ao processo de criminalização, como a
criminalização de letras musicais e da homofobia, de movimentos sociais e o estigma racial por trás do processo
de criminalização.
Ao tratarmos da criminalização de letras musicais, enfatizaremos o limite existente entre o exercício
constitucional da liberdade de expressão e apologia ao crime, bem como a criminalização de determinado estilo
musical, geralmente de origem periférica, pode auxiliar no aumento da segregação social.
Aspecto relevante a ser abordado na presente aula é o relativamente recente processo de criminalização da
LGBTfobia e seus efeitos na política penal brasileira e ainda, o estigma racial e a criminalização de movimentos
sociais sob o enfoque da criminologia crítica.
CRIMINALIZAÇÃO EM LETRAS MUSICAIS
Aula 2
ASPECTOS CONTROVERSOS - PARTE 1
Nesta aula abordaremos alguns temas controversos relativos ao processo de criminalização,
como a criminalização de letras musicais e da homofobia, de movimentos sociais e o estigma
racial por trás do processo de criminalização.
46 minutos
https://bit.ly/35ynVlT
https://bit.ly/3tsu6jq
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Com enfoque recente na mídia, a criminalização de letras musicais é assunto relevante e controverso ao
tratarmos do processo de criminalização, guardando estrita relação com a liberdade de expressão.
A criminalização de letras musicais no Brasil é assunto que se repete com o passar do tempo, desde a
criminalização das rodas de samba e capoeira na época do Código Penal do Império; a censura da produção
cultural na época da ditadura militar; as acusações de apologia ao crime, realizadas em 1997, decorrente das
letras musicais da banda Planet Hemp; a tentativa de criminalizar o funk por meio da SUG n° 17/2017, no
Senado Federal e; mais recentemente, o Projeto de Lei nº 5.194/2019, que objetivou tipi�car como crime
qualquer estilo musical que contenha expressões pejorativas ou ofensivas.
A linha entre a liberdade de expressão e a apologia criminal é tênue, sendo que, em produções artísticas,
principalmente aquelas que enfatizam a cultura periférica, a licença poética por vezes dá azo a colisão entre
princípios e garantias fundamentais, razão pela qual, a própria Constituição impõe limites à liberdade de
expressão.
No contexto histórico, a descriminalização do samba veio com a popularização do carnaval que, mesmo diante
da intensi�cação da perseguição advinda da Lei de Contravenções Penais, caiu no gosto de públicos com classes
sociais mais altas, o que culminou em uma maior aceitação da cultura do samba e o �m da perseguição.
Com o advento do militarismo em solo brasileiro, a censura a letras musicais ganhou força. Em 21 de janeiro de
1970 foi expedido o Decreto-Lei nº 1.077 (BRASIL, 1970), que impôs que “não serão toleradas as publicações e
exteriorizações contrárias à moral e aos bons costumes quaisquer que sejam os meios de comunicação”. A
censura efetivada com relação às manifestações artísticas foi sendo reduzida gradativamente até o
reestabelecimento da democracia.
Em meados de 1997 a banda carioca Planet Hemp foi alvo de um mandado de prisão expedido pela justiça de
Brasília, sob acusação de que suas letras faziam clara apologia ao uso de drogas, tendo passado cerca de uma
semana recolhidos até sua soltura em decorrência de erros processuais.
Ainda mais recente, a Sugestão Legislativa nº 17 de 2017 visava criminalizar o estilo musical denominado Funk
como crime contra a saúde pública, tendo sido rejeitada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal
(CDH, 2017), sob o argumento de que não é possível relacionar as letras musicais com os casos de violência,
a�rmando ainda que a manifestação artística, nos termos da constituição, é livre, complementando:Não nos devemos esquecer, por �m, que em tempos não longínquos outros gêneros
musicais populares já foram vítimas de perseguição. O samba, outrora, foi considerado
ritmo lascivo e pertencente à gente da “ralé”. No mesmo sentido, o jazz já foi
considerado um estilo musical degenerado, de gente “impura”. Todavia, embora se
tenha tentado, o Estado nunca conseguiu proibir a manifestação da cultura popular. A
sabedoria do tempo ensinou que não se consegue algemar o pensamento; ele sempre
encontrará um caminho para se libertar.
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De igual forma, ante a repercussão negativa, o Projeto de Lei nº 5.194/2019 do Deputado Charlles Evangelista,
foi retirado pelo próprio autor.
Assim, temos que a criminalização de letras musicais, sob o enfoque constitucional, encontra claro óbice na
liberdade de expressão, a qual, independente do assunto, deve ter sua relativização tratada com extrema
cautela.
VIDEOAULA: CRIMINALIZAÇÃO EM LETRAS MUSICAIS
Aula vídeo relativa ao processo de criminalização e sua in�uência nas produções culturais, incluindo
explanações sobre o AI-5.
LGBTFOBIA
A Constituição é precisa ao dispor em seu art. 3º (BRASIL, 1988), que “é objetivo fundamental da República
Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação”.
O professor argentino Daniel Borrillo (2010, p. 22) ao conceituar o termo homofobia, o faz sob dois aspectos,
sendo a dimensão pessoal e a dimensão cultural:
Em 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal julgou a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
nº 26, na qual reconheceu a mora inconstitucional do Congresso na implementação da prestação legislativa
destinada a cumprir o mandado de incriminação a que se refere o art. 5º, XLI e XLII da Constituição, para efeito
de proteção penal aos integrantes do grupo LGBTI +, enquadrando, desta forma, a homofobia e a transfobia,
em qualquer que seja a forma de sua manifestação, nos diversos tipos penais de�nidos na Lei nº 7.716/89.
Videoaula: Criminalização em letras musicais
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
O termo ‘homofobia’ designa, assim, dois aspectos diferentes da mesma realidade: a
dimensão pessoal, de natureza afetiva, que se manifesta pela rejeição dos
homossexuais; e a dimensão cultural, de natureza cognitiva, em que o objeto da
rejeição não é o homossexual enquanto indivíduo, mas a homossexualidade como
fenômeno psicológico e social. Essa distinção permite compreender melhor uma
situação bastante disseminada nas sociedades modernas que consiste em tolerar e, até
mesmo, em simpatizar com os membros do grupo estigmatizado, no entanto, considera
inaceitável qualquer política de igualdade a seu respeito
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A Lei 7.716, promulgada em 5 de janeiro de 1989 tem por objeto a de�nição dos crimes resultantes de
preconceito de raça ou de cor e, com a extensão de seu alcança decorrente da ADO nº 26, passou a ser aplicada
também nos casos de homofobia ou situações análogas.
O Ministro Celso de Mello (STF, ADO nº 26) ao tratar do assunto em seu voto, é enfático ao tratar da
impossibilidade de se admitir condutas homofóbicas nos dias de hoje principalmente face a proteção
constitucional garantida às minorias:
Assim, a proteção conferida às minorias, aí incluída a comunidade LGBTI +, é preceito constitucional e vai ao
encontro da garantia de igualdade inserida no art. 3º da Magna Carta, ao passo que o processo de
criminalização, enquanto ferramenta garantista do Estado, deve estar em consonância com tais preceitos.
 Saiba mais
SILVA, T. H. C. A criminalização e a marginalização dos movimentos sociais no Brasil - O caso do
coletivo feminista pagu. Clique aqui para acessar.
SANTOS. C. J. A criminalização da LGBTfobia pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil. Clique aqui para
acessar.
VIDEOAULA: LGBTFOBIA
Aula vídeo com explanações acerca da LGBTfobia e seu processo de criminalização.
Direitos relativos à orientação sexual e à identidade de gênero são reconhecidos, hoje,
nacional e internacionalmente, como essenciais para a dignidade e humanidade da
pessoa humana, integrando o núcleo dos direitos à igualdade e à não-discriminação. Os
referidos Princípios de Yogyakarta voltam-se a tutelar o indivíduo diante da violência, do
assédio, da discriminação, da exclusão, da estigmatização e do preconceito dirigidos
contra pessoas em todas as partes do mundo por causa de sua orientação sexual ou
identidade de gênero.
Esses grupos, por serem minoritários e, não raro, vítimas de preconceito e violência,
demandam especial proteção do Estado. Nesse sentido, a criminalização de condutas
discriminatórias não é só um passo importante, mas também obrigatório, eis que a
Constituição contém claro mandado de criminalização neste sentido: conforme o art. 5º,
XLI, “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais.
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/8742
https://periodicos.ufms.br/index.php/revdir/article/view/9845/7380
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ESTIGMA RACIAL
Outro tema de grande controvérsia é o estigma racial e sua in�uência no processo de criminalização.
O antropólogo Erving Go�man (1988, p. 13-14) em seu livro Estigma: notas sobre a manipulação da identidade
deteriorada conceitua a expressão “estigma” de forma didática, de�nindo:
Em se tratando do tema sob análise, importa para nosso estudo o estigma racial, ou seja, as in�uências que o
preconceito racial direto ou indireto exercem sobre o processo de criminalização.
O racismo, de acordo com a professora Dora Lúcia Bertulio (2002, p. 82) por ser conceituado de três formas, a
saber:
Dentro do processo de criminalização, principalmente em suas fases primária e secundária, o racismo
institucional se faz presente. Tal a�rmativa se deve em razão da di�culdade do próprio Estado em se
autoexaminar e reconhecer sua condição de produtor de desigualdade.
A fase primária do processo de criminalização, como já explanado, diz respeito a efetiva criação da normal
penal. Nesta fase o paradigma racial se faz presente quando o legislador, no cumprimento de seu papel, age de
forma a criminalizar e punir severamente condutas menos complexas que são praticadas, comumente, pela
população de classes sociais mais baixas e, em sua grande maioria negra, deixando punições mais brandas para
os crimes de alta complexidade praticados por pessoas com melhores condições �nanceiras.
Videoaula: LGBTfobia
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Estigma é um tipo especial de relação entre atributo e estereótipo. São classi�cáveis em
três espécies: primeiramente os defeitos físicos ou abominações do corpo; em segundo
lugar as culpas de caráter individual, como desonestidade, prisão, vícios,
homossexualismo, desemprego etc; em terceiro lugar em estigmas que tangem às
raças, nações, religiões.
O primeiro, o individual, assemelhar-se-ia ao denominado preconceito racial, podendo
se manifestar na �gura do racista dominador ou aversivo. O segundo, institucional,
manifestarse-ia por ações o�ciais que, de alguma forma, excluem ou prejudicam
indivíduos ou grupos distintos. O terceiro tipo, o cultural, é a expressão individual ou
institucional da superioridade da herança cultural deuma raça com relação a outra.
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O racismo institucional está ainda mais presente durante a criminalização secundária, principalmente no que
tange a atuação da organização policial e a seletividade de suas ações. Orlando Zaconne (2004, p. 184), no que
tange a seletividade é didático ao a�rmar que “não é possível ao sistema penal prender, processar e julgar todas
as pessoas que realizam as condutas descritas na lei como crime e, por conseguinte, opta entre o caminho da
inatividade ou da seleção”.
Seguindo tal premissa, e visando afastar uma possível omissão, o Estado opta pelo caminho da seleção,
diretamente in�uenciado por estigmas sociais e muitas vezes raciais.
Este modelo de atuação, baseado em uma espécie de seletividade punitiva velada, traz resquícios das teses
defendidas por Cesare Lombroso no apogeu do positivismo cientí�co. Lombroso realizou pesquisas embasadas
na correlação entre o desenvolvimento social e os fatores criminológicos, apontando que o sujeito que comete
um ato ilícito possui aspectos físicos ou �sionômicos que por si, indicam sua criminalidade.
Assim, em que pese as di�culdades do Estado em assumir sua posição de responsável pelo racismo
institucional, esta é uma realidade que deve ser enfrentada, adotando-se medidas para garantir um tratamento
isonômico a todos, independe de raça ou sua cor.
VIDEOAULA: ESTIGMA RACIAL
Aula vídeo a respeito do paradigma racial e sua in�uência no processo de criminalização primária e secundária.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Ao tratar de movimentos sociais, é imprescindível explanar que estes são estruturas formadas pela própria
sociedade, que, no intuito de atingir um objetivo comum, se organiza e luta pela defesa de uma causa política
ou social.
A difusão dos meios de comunicação possibilitou uma maior proximidade da população e, consequentemente,
a ampliação do alcance dos ideais defendidos pelos movimentos sociais.
No contexto histórico brasileiro, alguns movimentos sociais �zeram história, principalmente no que tange a
defesa da democracia, dentre os quais podemos destacar O Diretas Já, O Movimento dos Caras Pintadas e as
Jornadas de Junho de 2013.
O movimento popular denominado Diretas Já teve por objetivo a retomada da democracia durante o período
militar, exigindo a realização de eleições diretas para o cargo de Presidente da República.
É importante ressaltar que o então presidente João Figueiredo, visando reprimir as manifestações populares do
movimento Diretas Já, foi enfático ao ordenar prisões e aumentar a censura sobre a imprensa.
Videoaula: Estigma racial
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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O Movimento dos Caras Pintadas, por sua vez, teve por objetivo o impeachment do ex-presidente Fernando
Collor de Mello, no ano de 1992.
Por �m, as Jornadas de Junho de 2013 foram caracterizadas como uma mobilização em massa realizada pela
população, que reivindicou a implantação de tarifa zero no transporte público, maior investimento em serviços
de saúde e educação e ainda, criticou o investimento realizado com eventos esportivos.
Demonstrada a importância da atuação de movimentos sociais sérios que visam, efetivamente, melhoras na
prestação de serviços e até mesmo a manutenção da democracia, relevante enfatizar a relação do tema com o
processo de criminalização.
É possível veri�car que os movimentos sociais, quase sempre, estão em posição oposta ao governo, cobrando e
�scalizando a prestação de serviços públicos, assim, visando coibir manifestações contrárias, o governo acaba
rotulando estes movimentos como inimigos. A este respeito a organização internacional denominada Via
Campesina (2010, p. 6) em sua cartilha A ofensiva da Direita para criminalizar os Movimentos Sociais no Brasil
expõe:
A criminalização de movimentos sociais ganhou ênfase com a promulgação da Lei Antiterrorismo (13.260/2016),
posto que a lei é omissa em tipi�car precisamente atos de terrorismo, permitindo que um determinado grupo
seja investigado pelo simples porte de determinado objeto, neste sentido, Aline Siqueira Veronezi (2018, p. 153)
é didática ao apontar que “o que torna tudo mais emblemático é o fato de o tipo de objeto considerado
ameaçador não ser especi�cado no texto da lei, cabendo ao discernimento do policial decidir o que é ou não
objeto ameaçador”.
Desta feita, podemos concluir que a luta dos movimentos sociais é legitima, isso quando pautada em causas
socialmente relevantes e desde que efetivada por meio de manifestações pací�cas e, a tentativa de
criminalização destes movimentos nada mais é do que a criação de obstáculos para a efetivação de direitos e a
tentativa de afastar ainda mais a população da classe governista.
Figura 1 | Movimentos sociais de relevância histórica
O objetivo da criminalização é criar as condições legais e, se possível, legítimas perante
a sociedade para: a) impedir que a classe trabalhadora tenha conquistas econômicas e
políticas; b) restringir, diminuir ou di�cultar o acesso às políticas públicas; c) isolar e
desmoralizar os movimentos sociais junto à sociedade; d) e, por �m, criar as condições
legais para a repressão física aos movimentos sociais.
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Fonte: elaborada pelo autor.
VIDEOAULA: MOVIMENTOS SOCIAIS
Aula vídeo versando sobre movimentos sociais e as tentativas de criminalizá-los.
ESTUDO DE CASO
À luz dos conceitos até então estudados, o estudante deve discorrer sobre até que ponto o Estado, como poder
sancionador, pode interferir na liberdade de expressão e artística de uma pessoa, principalmente no que tange
aos abusos de letras musicais atuais com apologia ao crime e quanto à possibilidade de aplicação da justiça
retributiva ou ressocializadora para o caso. O estudante deve dissertar ainda sobre a possibilidade de utilização
do mesmo critério de apologia ao crime utilizado à época da censura militar quando da análise da música Cálice
de Chico Buarque, nos dias de hoje.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
É esperado que o estudante discorra sobre a liberdade de expressão constitucionalmente garantida, dando
ênfase ao inciso IV do art. 5º da Magna Carta.
Videoaula: Movimentos sociais
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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O estudante deve conceituar a apologia ao crime e demonstrar que a divisão entre a liberdade de expressão e a
apologia criminal é tênue, frisando que em produções artísticas, principalmente aquelas que enfatizam a cultura
periférica, a licença poética por vezes dá azo a colisão entre princípios e garantias fundamentais, razão pela
qual, a própria Constituição impõe limites à liberdade de expressão.
Espera-se que a dissertação apresentada aponte os limites constitucionais à liberdade de expressão, dando
enfoque a colisão entre ela e os direitos relativos a honra e a imagem.
O estudante deve apresentar seu ponto de vista quanto à possibilidade de aplicação da justiça restaurativa em
casos de “excesso de liberdade de expressão”, apontando as vantagens em relação à aplicação do modelo
retributivo no caso concreto.
Com relação à opressão e censura à época do militarismo, é esperadoque o estudante aponte a
impossibilidade de utilização dos mesmos critérios até então aplicados para análise de uma letra música. O
estudante deve enfatizar que o Ato Institucional nº 5 tinha por objetivo a repressão de fatos perturbadores da
ordem e os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranquilidade, sendo que, nos
dias atuais, não persiste a premissa repressiva e perseguidora dos governos militares, razão pela qual, a
aplicação dos mesmos critérios, fatalmente traduzir-se-ia em violação literal as garantias constitucionais
preservadas pelo Estado Democrático de Direito.
Resolução do Estudo de Caso
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante, nesta aula, abordaremos os aspectos controversos e atuais que envolvem o processo de
criminalização, entre eles, a criminalização do stalking e sua clara relação com a proteção da mulher.
Realizaremos, ainda, um estudo aprofundado da criminalização e sua errônea utilização como arma política,
bem como da criminalização do uso de drogas e os movimentos que visam a sua efetiva descriminalização. Por
�m, faremos uma abordagem teórica a respeito do recente processo de criminalização do feminicídio e como
vem se dando sua aplicação nos dias atuais.
Aula 3
ASPECTOS CONTROVERSOS - PARTE 2
Nesta aula, abordaremos os aspectos controversos e atuais que envolvem o processo de
criminalização, entre eles, a criminalização do stalking e sua clara relação com a proteção da
mulher.
45 minutos
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CRIMINALIZAÇÃO DO STALKING E A PROTEÇÃO A MULHER
O processo de criminalização é um tema relevante e trouxe recentes alterações na legislação penal: a
criminalização do stalking. Sob o aspecto etimológico, a expressão “stalker” tem origem no inglês e signi�cada
perseguidor, sendo utilizada, principalmente, para de�nir pessoas obsessivas que perseguem e espionam
outros sujeitos de forma constante e contrária a sua vontade.
A terminologia ganhou destaque ainda na década de 1980, com a ascensão dos paparazzis e a constante
perseguição às celebridades. Damásio de Jesus (2006) conceitua a expressão de forma didática:
O processo de criminalização do stalking foi objeto de diversos Projetos de Lei, como o 5.499/2009, de autoria
do então deputado federal Capitão Assumção; o 946/2019, de autoria do deputado federal Lincoln Portela, que
visava à criminalização da ameaça virtual; e o 1.291/2019, do deputado federal Alex Manente, que tinha por
objeto a criminalização da perseguição obsessiva, porém todos foram julgados prejudicados em face da
aprovação em plenário da Subemenda Substitutiva Global ao Projeto de Lei nº 1.369, de 2019.
O Projeto de Lei nº 1.369/2019 foi apresentado pela senadora Leila Barros do PSB/DF e teve por objeto alterar o
Código Penal com a �nalidade de tipi�car o crime de perseguição, tendo sido transformado na Lei Ordinária nº
14.132/2021, que, por sua vez, acrescentou o art. 147-A ao Código Penal, prevendo o crime de perseguição e
revogando o art. 65 da Lei de Contravenções Penais.
A criminalização do stalking é um importante passo à evolução do processo de criminalização e
do próprio direito penal, porque os atos de violência doméstica ou mesmo feminicídios, por
vezes, têm origem na perseguição obsessiva. Ao tratar do assunto, a relatora do projeto, a
deputada Shéridan, aponta que 76% das vítimas de feminicídio foram perseguidas por seus
parceiros íntimos, conforme pesquisa realizada pelo Stalking Resource Center, frisando, ainda,
que 54% das vítimas reportaram à polícia que estavam sendo “stalkeadas‟.
Esses dados reforçam a importância da criminalização da mencionada conduta, aumentando, ainda mais, as
medidas que visam a proteger a mulher, cabendo lembrar que, embora sejam a maioria, não são apenas as
mulheres vítimas de perseguição, não havendo distinções no tipo penal apresentado.
Não é raro que alguém, por amor ou desamor, por vingança ou inveja ou por outro
motivo qualquer, passe a perseguir uma pessoa com habitualidade incansável.
Repetidas cartas apaixonadas, e-mails, telegramas, bilhetes, mensagens na secretária
eletrônica, recados por interposta pessoa ou por meio de rádio ou jornal tornam um
inferno a vida da vítima, causando-lhe, no mínimo, perturbação emocional. A isso dá-se
o nome de stalking.
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Sob a ótica da criminologia moderna, é possível concluir que a criminalização do “stalking” vai ao encontro das
políticas criminais protetivas atuais, servindo de verdadeira ferramenta de prevenção a crimes mais graves,
como feminicídios, homicídios, crimes sexuais ou lesões corporais, demonstrando, assim, o papel preventivo da
primeira fase do processo de criminalização, ou seja, a prevenção de delitos complexos pela criminalização de
condutas mais simples.
VIDEOAULA: CRIMINALIZAÇÃO DO STALKING E A PROTEÇÃO A MULHER
Videoaula com explanações acerca da criminalização do stalking e os fundamentos que levaram a sua
promulgação.
A CRIMINALIZAÇÃO COMO ARMA POLÍTICA
Um aspecto controverso e de absoluta importância nesta aula é a utilização do processo de criminalização
como arma política a �m de se minguar as liberdades individuais.
Alguns governos autoritários, para se manterem no poder, utilizam-se dos processos de criminalização para
atacar diretamente seus opositores ou mesmo reduzir a propagação de informações utilizando esses processos,
erroneamente, como verdadeiras armas políticas.
Um claro exemplo dessa tentativa de utilização dos processos de criminalização como arma política são as
tentativas de criminalizar movimentos sociais. Como sabido, estes se encontram, geralmente, em posição
oposta à dos governos, cobrando e �scalizando a prestação de serviços públicos; por essa razão, governos
autoritários utilizam-se dos processos de criminalização, por vezes sob o manto de proteção à segurança
nacional, visando a coibir a livre manifestação.
É importante salientar que não é apenas nesse sentido que o uso dos processos de criminalização encontra seu
fundo político, mas também como ferramenta de manobra de massa escorada na proliferação de que o direito
penal, por si só, é a solução para a expansão da criminalidade.
Videoaula: Criminalização do stalking e a proteção a mulher
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Dessa forma, o legislador, visando a passar a ideia de
que o clamor social vem sendo atendido, ainda na
fase primária do processo de criminalização,
expande as condutas criminalizáveis não objetivando
sua utilidade prática mas sim demonstrar que está
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Assim, a classe política, buscando angariar ou manter votos, utiliza-se dos processos de criminalização como
verdadeira ferramenta da captação de votos ora criminalizando (ou descriminalizando) atos voltados a agradar
a direita, como a facilitação na posse e porte de armas, ora tomando atitudes que agradam a esquerda, como a
criminalização LGBTfobia.
O que se questiona aqui não são as atitudes tomadas, posto que a criminalização da LGBTfobia é pauta
absolutamente importante e que traduz uma efetiva conquista das minorias que tanto sofrem com o
preconceito e a violência, mas, sim, da real intenção dos legisladores para a tomada de decisão, ou seja, com o
fundo político que permeia o processo de criminalização.
O processo de criminalização no Brasilvem se desenvolvendo a passos rápidos, estando cada vez
mais em consonância com pensamentos sociais e de proteção aos vulneráveis e às minorias,
como no caso da criminalização da LGBTfobia, do feminicídio e do stalking — razão pela qual sua
utilização deve ser pautada em critérios técnicos com estrita observação às necessidades da
população, porém deixando de lado seu uso político, que, fatalmente, é danoso ao próprio
avanço do direito.
Sob esse aspecto, é importante esclarecermos que o uso do processo de criminalização como ferramenta
política afeta diretamente a própria segurança jurídica, posto que há governos voltados a pensamentos liberais
e conservadores alternando no poder, e caso o processo de criminalização alinhe-se única e exclusivamente
com o pensamento político, o desenvolvimento do próprio Estado de Direito �ca ameaçado.
Por �m, os processos de criminalização devem estar alinhados com o pensamento social e os interesses da
população, desenvolvendo-se na mesma velocidade que a própria sociedade, pautando-se, o legislador, nos
direitos fundamentais e no garantismo constitucional.
VIDEOAULA: A CRIMINALIZAÇÃO COMO ARMA POLÍTICA
Videoaula tratando do processo de criminalização e sua utilização como ferramenta política.
preocupado com seus eleitores, criando uma espécie
de efeito psicológico neles, que, satisfeitos com o
atendimento da demanda, não buscam informações
acerca da aplicabilidade da norma editada.
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CRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS
No nosso ordenamento jurídico, a Lei Federal 11.343/2006 de�ne, logo em seu art. 1º, o conceito de drogas
ilícitas, classi�cando-as como produtos que causam dependência e que estão especi�cados nas listas
atualizadas expedidas pela União.
Ao adotar políticas criminais que visam à efetiva criminalização do uso de drogas, o Estado tem por objetivo,
pautado claramente na The Broken Windows Theory (teoria das janelas quebradas), coibir o trá�co punindo o
usuário. A teoria das janelas quebradas no campo da criminologia constata que, ao reprimir delitos menos
graves, a prática de delitos complexos e até mesmo violentos é evitada.
Cabe enfatizarmos que a Magna Carta brasileira tem por base a proteção da dignidade da pessoa humana,
dessa forma, ao criminalizar determinada conduta, o escopo deve ser a efetiva proteção do bem jurídico de um
terceiro, não sendo possível a criminalização de uma determinada conduta que afete apenas a esfera pessoal
do próprio agente praticante.
Ante tal apontamento, os defensores da descriminalização do uso de drogas apontam que a autolesão, ou seja,
a conduta que afeta apenas a esfera da saúde do próprio usuário não deve ser passível de punição ou mesmo
tratada pelo Direito Penal, porque a intervenção em tal esfera fatalmente fere a dignidade da pessoa humana.
Por outro lado, os defensores da criminalização do uso de drogas apontam que o uso dessas substâncias não
fere e atinge apenas a esfera pessoal do agente mas sim a própria saúde pública, razão pela qual tal conduta
não pode ser comparada com uma autolesão.
Serve de argumento à criminalização do uso de entorpecentes a alegação de que o uso incentiva o trá�co,
porém não nos parece acertado tal posicionamento, porque o Estado, ao aplicar determinada punição ao
usuário de entorpecentes sob essa alegação, assume sua ine�ciência no combate à criminalidade.
O Supremo Tribunal Federal vem tratando do assunto sob o Tema 506 da repercussão geral, que versa
exatamente sobre a tipicidade do porte de droga para consumo pessoal desde o ano de 2015 e cujo julgamento
não foi concluído até o momento.
Em julgamento ao Recurso Extraordinário nº 635.659, o ministro Gilmar Mendes, em seu voto, apontou a
inconstitucionalidade do art. 28 da Lei Federal nº 11.343/06 sob o argumento de que a criminalização do uso de
entorpecentes vai de encontro ao próprio direito à liberdade, a�rmando, ainda, que:
 Pesquise mais
“apesar da política de guerra às drogas, já está demostrado que o consumo só vem aumentando nos
últimos anos. Não existem estudos su�cientes ou incontroversos que demonstrem que a repressão ao
consumo é o meio mais e�ciente para combater o trá�co de drogas”. Acesse o SFT para acompanhar a
Videoaula: A criminalização como arma política
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
https://bit.ly/3HJrL91
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Tipicidade do porte de droga para consumo pessoal. 
Dessa forma, no que tange à criminalização ou descriminalização do uso de drogas, é necessário
realizar um sopesamento de valores, a �m de se veri�car até que ponto é possível considerar que
a proibição ao consumo cumpre seu papel e se a descriminalização seria uma atitude sensata ou
apenas criaria mais problemas.
VIDEOAULA: CRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS
Videoaula tratando dos aspectos controversos relativos à criminalização e descriminalização do uso de drogas.
A CRIMINALIZAÇÃO DO FEMINICÍDIO
A criminalização do feminicídio no Brasil é um marco histórico que simboliza a conquista das mulheres de mais
uma ferramenta que visa à efetiva proteção de sua integridade.
O Senado Federal, por meio de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, realizou a proposição do Projeto de
Lei nº 8.305/2014, em 17 de dezembro de 2014, no qual objetivou a alteração do Código Penal com a �nalidade
de incluir o feminicídio no rol das quali�cadoras do homicídio e, ainda, prevê-lo como um crime hediondo.
O Projeto de Lei nº 8.305/2014 foi convertido na Lei Ordinária 13.104/2015, que alterou o art. 121 do Código
Penal, incluindo a quali�cadora de feminicídio em seu inciso VI, e, ainda, a Lei 8.072/90, a �m de incluir o
feminicídio no rol de crimes hediondos.
O objetivo da criminalização do feminicídio foi criar mais um mecanismo de defesa, coibindo a prática de
violência contra as mulheres.
Um ponto controvertido relativo ao tema diz respeito à alteração promovida no projeto antes da conversão em
lei. Em seu texto original, o Projeto de Lei nº 8.305/2014 conceituava o feminicídio como o homicídio realizado
contra a mulher por razões de gênero. Essa disposição foi alterada, passando a ser considerado feminicídio o
homicídio praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino” (BRASIL, 2015, [s. p.]).
A respeito dessa alteração, Adriana Mello (2015, p. 225) é didática ao explicar que a quali�cadora não tem o
condão de se referir ao sexo biológico, mas sim a questões de gênero atreladas ao campo da sociologia:
Videoaula: Criminalização do uso de drogas
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
[...] a quali�cadora do feminicídio incide quando o sujeito passivo for mulher,
entendido, na minha forma de ver, de acordo com o critério psicológico, ou seja,
27/09/2022 20:25 wlldd_221_u4_pol_cri_pro_cri
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VIDEOAULA: A CRIMINALIZAÇÃO DO FEMINICÍDIO
Videoaula referente à criminalização do feminicídio e aos aspectos relevantes que permearam a alteração
legislativa.
ESTUDO DE CASO
O estudante, de posse da tão sonhada carteira da OAB, está em seu escritório, em uma bela tarde ensolarada,
quando, então, é surpreendido com a chegada de um astro da TV, que, em uma consulta, senta-se a sua frente
e narra a seguinte história: existe um fã que o persegue de maneira constrangedora, que o incomoda
diariamente, seja em suas apresentações, seja em um mercado ou em qualquer outro ambiente, e que o trata
quando a pessoase identi�car com o sexo feminino, mesmo quando não tenha nascido
com o sexo biológico feminino. O projeto que deu origem à Lei no 13.104/2015 (PL no
8.305/2014) sofreu, pouco tempo antes de ser aprovado, uma modi�cação: o termo
“gênero” foi substituído pela expressão “condição de sexo feminino”. No entanto,
entendemos que essa modi�cação não altera a interpretação, já que a expressão “por
razões da condição de sexo feminino” prende-se, da mesma forma, a razões de gênero.
Observa-se que o legislador não trouxe uma quali�cadora para a morte de mulheres. Se
assim fosse, teria dito: “Se o crime é cometido contra a mulher”, sem utilizar a
expressão “por razões da condição de sexo feminino”
— Someone famous
Os movimentos de proteção à mulher deram seus
primeiros passos com a criação da Lei de Violência
Doméstica no Brasil, no ano de 2006, cujo escopo é
coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher. A criminalização do feminicídio foi além, não
restringindo-se ao âmbito familiar, mas, sim, visando
à proteção da integridade física da mulher,
independentemente do local ou por quem o ato
violento é realizado.
Videoaula: A criminalização do feminicídio
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como se fosse um parente ou amigo a quem lhe deve satisfação. Incomodado com essa situação, o astro lhe
informa que já pediu à pessoa que parasse com essas atitudes, no entanto, a perseguição continua, agora, de
maneira mais violenta, o que tem lhe causado extremo incômodo, além de sentir-se ameaçado e constrangido.
Frente a isso, você, de posse de conhecimentos jurídicos, uma vez aprovado na OAB, em uma pronta resposta,
justi�que se o ato é ou não amparado pela legislação penal e se existe uma medida prática e satisfativa a ponto
de lhe garantir o sossego esperado.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Espera-se que o estudante apresente uma resposta embasada na Lei Federal nº 14.132, de 31 de março de
2021, apontando que a referida lei alterou o Código Penal, tipi�cando a conduta da perseguição ao criar o art.
147-A naquele códex.
O estudante deve, ainda, apontar que, a �m de se proceder a uma medida prática e satisfativa, é possível
promover a representação criminal contra o fã nos termos do § 3º, do art. 147-A, informando o cliente que tal
medida não isenta o acusado das penas relativas a uma futura agressão. 
 Saiba mais
Leia mais sobre o feminicídio no artigo: MACHADO, I. V. Feminicídio em cena da dimensão simbólica à
política. Tempo Social, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 283-304, abr. 2018. Disponível em:
Outra leitura com tema importante: NASCIMENTO. A. B. Uma visão crítica das políticas de
descriminalização e de patologização do usuário de drogas. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p.
185-190, jan./abr. 2006.
Resolução do Estudo de Caso
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INTRODUÇÃO
Aula 4
TEORIA DO ETIQUETAMENTO
Neste momento, vamos nos aprofundar na teoria da labelling approach (teoria do
etiquetamento), analisando desde o seu surgimento até os re�exos exercidos no processo de
ressocialização do preso.
44 minutos
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Prezado estudante, neste momento, vamos nos aprofundar na teoria da labelling approach (teoria do
etiquetamento), analisando desde o seu surgimento até os re�exos exercidos no processo de ressocialização do
preso.
Abordaremos, ainda, de forma individualizada, os mecanismos de ressocialização e como sua aplicação pautada
em critérios técnicos pode ser bené�ca à reinserção do sujeito na sociedade.
Outro aspecto relevante a ser tratado diz respeito ao instituto da reincidência. A respeito do tema, abordaremos
as causas sociais que levam à reincidência criminosa e os mecanismos que o Estado dispõe, em termos de
políticas criminais, para reduzir ou evitar a reincidência delituosa.
TEORIA DO LABELLING APPROACH
Logo no início da década de 1960, o sociólogo americano Howard S. Becker, em uma clara crítica aos
posicionamentos da Nova Escola de Chicago, desenvolveu um estudo sociológico pautado na reação social e no
etiquetamento, dando início, assim, à teoria do labeling approach.
A mencionada teoria crítica, principalmente, a forma de atuação do próprio Estado enquanto detentor exclusivo
do poder punitivo e a de�nição do que seria um ato reprovável e passível de punição. A ideia central da labeling
approach está pautada na premissa de que há uma espécie de rotulação dos indivíduos e de condutas para se
de�nir quem merece os rigores da lei e para quem a lei deve “fechar seus olhos”.
 Re�ita
A teoria do etiquetamento prevê que o próprio Estado, por meio de suas instituições voltadas ao controle
social, estigmatiza os cidadãos, rotulando-os como criminosos perante a sociedade e fazendo com que
eles, devido à tal estigmatização, apresentem di�culdades de reinserção social, reincidindo nos delitos e
tornando-se, dessa forma, criminosos habituais.
Ao tratar dos efeitos e das consequências do etiquetamento social, Juarez Cirino dos Santos (2008, p. 20) é
didático, apontando que, além da reincidência, o efeito estigmatizante perpetua o comportamento e cria
subculturas criminosas por meio da aproximação desses indivíduos:
O rotulo criminal, principal elemento de identi�cação do criminoso, produz as seguintes
consequências: assimilação das características do rotulo pelo rotulado, expectativa
social de comportamento do rotulado conforme as características do rotulo,
perpetuação do comportamento criminoso mediante formação de características
criminosas e criação de subculturas criminosas através da aproximação reciproca de
indivíduos estigmatizados.
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A importância da teoria do etiquetamento de Becker reside na crítica ao sistema de persecução penal da época,
posto que, até então, era atribuída exclusivamente ao agente criminoso a culpa pelos fatos criminosos,
desconsiderando-se, assim, as in�uências sociais exercidas, por vezes, em decorrência do próprio
comportamento estatal.
Atuação do Estado
A atuação do Estado enquanto detentor do poder punitivo deve ser isonômica e comprometida com a
preservação da dignidade da pessoa humana, porém, em decorrência do etiquetamento social, o que vemos é
um desvio de conduta dos próprios agentes do Estado, que são in�uenciados, por vezes, por uma espécie de
racismo estrutural ou mesmo pelas in�uências incutidas no comportamento dos pro�ssionais.
Ao tratar do assunto, Eugenio Za�aroni (2011, p. 46) é cristalino ao discorrer sobre a associação de cargas
sociais negativas e preconceitos às classes menos favorecidas:
Dessa forma, a atuação do Estado, quando pautada em rótulos prede�nidos, auxilia no aumento da
criminalidade e na própria formação de grupos criminosos, assim, visando a uma atuação transparente e
voltada às políticas criminais de prevenção, é dever do Estado adotar medidas que visem à melhora de
condições às populações menos favorecidas e afastem os efeitos estigmatizantes do etiquetamento social.
VIDEOAULA: TEORIA DO LABELLING APPROACH
Videoaula acerca da teoria do etiquetamento e seus efeitos.
OS REFLEXOS DO LABELLING APPROACH NA RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO
Como já sabemos, umas das consequênciasdo etiquetamento social é a estigmatização do sujeito, levando à
perpetuação criminosa, reincidência e formação de subculturas criminais. Frente a isso, os re�exos do
etiquetamento da ressocialização do preso são severos, in�uenciando negativamente no processo de
reinserção do preso na sociedade.
Por tratar-se de pessoas desvaloradas, é possível associar-lhes todas as cargas
negativas existentes na sociedade sob forma de preconceitos, o que resulta em �xar
uma imagem pública do delinquente com componentes de classe social, étnicos,
etários, de gênero e estéticos.
Videoaula: Teoria do labelling approach
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A Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984, é cristalina ao dispor que “a execução penal tem por objetivo
efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração
social do condenado e do internado” (BRASIL, 1984b, [s. p.]), dessa forma, é de fácil constatação que a execução
penal é voltada à reinserção na sociedade do criminoso que, efetivamente, cumpriu sua pena.
Ao tratar do modelo ressocializador, Antonio Garcia-Pablos de Molina (1998, p. 383) é didático, apontando que o
modelo proposto visa, justamente, a afastar os efeitos estigmatizantes da pena:
A teoria do labelling approach vê a pena de prisão como ine�ciente, principalmente no que tange às
di�culdades de ressocialização do egresso do sistema carcerário.
O modelo ressocializador propugna, portanto, pela neutralização, na medida do
possível, dos efeitos nocivos inerentes ao castigo, por meio de uma melhora substancial
ao seu regime de cumprimento e de execução e, sobretudo, sugere uma intervenção
positiva no condenado que, longe de estigmatizá-lo com uma marca indelével, o habilite
para integrar-se e participar da sociedade, de forma digna e ativa, sem traumas,
limitações ou condicionamentos especiais.
Todo sujeito pertence a uma comunidade, e a sua segregação do meio social para o cumprimento de uma pena
faz com que essa comunidade se desenvolva sem sua participação, excluindo-o do grupo e di�cultando sua
reinserção em momento posterior. Com isso, o etiquetamento e a estigmatização do sujeito condenado acaba
fazendo com que ele integre subculturas que possuem as mesmas etiquetas, perpetuando seu comportamento
criminoso.
Figura 1 | Estigmatização do sujeito condenado
F Sh k
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O autor Júlio Fabbrini Mirabete (2000, p. 83) opina sobre o assunto com �uidez, fazendo apontamentos acerca
desse desenvolvimento desproporcional da comunidade com relação ao egresso, concluindo que tal situação
acaba por agravar o desajustamento social do indivíduo.
 Assimile
No que tange aos re�exos do etiquetamento na ressocialização dos egressos do sistema penal, é evidente
a in�uência negativa, principalmente com relação as di�culdades de reinserção do indivíduo no meio social
em decorrência do desenvolvimento em ritmo diverso da própria comunidade. Dessa forma, o Estado,
enquanto agente responsável pela preservação das garantias e dos direitos fundamentais, deve adotar
políticas criminais voltadas a afastar o etiquetamento e possibilitar um melhor desenvolvimento dos
sistemas de ressocialização na criminalização terciária.
VIDEOAULA: OS REFLEXOS DO LABELLING APPROACH NA RESSOCIALIZAÇÃO
DO PRESO
Este vídeo trata da privação de liberdade sob o enfoque constitucional, seja decorrente de uma condenação,
seja como instrumento de segregação cautelar.
MECANISMOS DE RESSOCIALIZAÇÃO
Fonte: Shutterstock.
Todo indivíduo, desde que excluído do contato com os outros indivíduos ou do meio
social, tende a uma evolução diversa da experimentada pelos outros homens ou por
esse meio social. Ocorre, nessa hipótese, o que se tem denominado de evolução
desproporcional entre o indivíduo e a comunidade, o que pode conduzir ou agravar o
desajustamento social. [...] Se, de um lado, a reinserção social depende principalmente
do próprio delinquente, o ajustamento ou reajustamento social depende também, e
muito, do grupo ao qual retorna (família, comunidade, sociedade).
Videoaula: Os re�exos do labelling approach na ressocialização do preso
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A ressocialização do indivíduo é a reinserção dele no meio social após a sua efetiva recuperação, livre de
sequelas, objetivando que tenha uma vida normal. Para que a reinserção social do indivíduo seja bem-sucedida,
deve ter início concomitante com o efetivo cumprimento da pena. Em se tratando dos mecanismos de
ressocialização, podemos de�ni-los como as benesses concedidas aos indivíduos, por força da Lei de Execuções
Penais, voltadas não apenas a sua ressocialização com também para a chamada “humanização” da pena,
preservando-se os direitos e garantias fundamentais a todos aqueles que cumprem pena.
A ressocialização não é o objetivo da pena e sim a sua �nalidade, a qual deve ser perseguida pelo
Estado em sua atuação garantista.
A respeito do tema, José Wilson Seixas Santos (1996, p.139) é enfático ao classi�car a ressocialização como um
direito fundamental do preso:
Entre os mecanismos voltados à ressocialização, a Lei de Execução Penal prevê uma série de medidas e
benesses voltadas à reinserção do preso e à garantia de humanização da pena, como:
Saída temporária.
Remição.
Progressão de regime.
Indulto.
Livramento condicional.
Permissão de saída.
Pela própria nomenclatura dos mecanismos citados, é possível perceber que seu objetivo é a reinserção, com
parcimônia, do indivíduo na comunidade.
 Assimile
[...] a ressocialização é um dos direitos fundamentais do preso e está vinculada ao
welfare statate (estado de direito), que [...] se emprenha por assegurar o bem-estar
material a todos os indivíduos, para ajuda-los �sicamente, economicamente e
socialmente. O delinquente, como indivíduo em situação difícil e como cidadão, tem
direito à sua reincorporação social [...].
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A saída temporária, por exemplo, tem por �nalidade a manutenção dos laços familiares do preso,
auxiliando, assim, na sua aceitação quando de retorno à comunidade. Outro relevante mecanismo de
ressocialização é a progressão de regime, por meio da qual o condenado deve cumprir uma série de
requisitos, objetivando, aos poucos, retornar ao convívio social, como no caso da progressão ao regime
semiaberto, em que o acusado vai conquistando, paulatinamente, sua liberdade.
Norberto Avena (2014, p. 248), ao tratar da progressão de regime, é didático, enfatizando que tal mecanismo
objetiva, justamente, a ressocialização do preso:
Assim, no que tange aos mecanismos voltados à ressocialização dos indivíduos, estes visam, justamente, à
reinserção do convívio em sociedade dos criminosos considerados recuperados, evitando, assim, que os efeitos
estigmatizantes da pena tenham o condão de levá-los a, reiteradamente, cometer crimes, convertendo-se em
criminosos habituais.
VIDEOAULA: MECANISMOS DE RESSOCIALIZAÇÃO
Esta videoaula tratará do sistema de execução penal sob o enfoque da garantia dos direitos fundamentais e de
comoas alterações no Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, pautadas na opinião pública, podem
sobrepujar as garantias constitucionais.
A REINCIDÊNCIA DOS PRESOS
Um assunto de relevante importância ao tratarmos da teoria do etiquetamento é a reincidência dos presos,
posto que é justamente o efeito estigmatizante da pena que acaba por forçar ao etiquetamento do indivíduo
perante à sociedade que se revela como uma das causas da reincidência criminal.
A progressão do regime prisional fundamenta-se na necessidade de individualização da
execução e tem por �m assegurar que a pena privativa de liberdade a que submetido o
condenado alcançará efetivamente seu objetivo, que é o de reinserção na sociedade.
Nesse viés, o benefício poderá ser deferido quando o apenado revelar condições de
adaptar-se ao regime menos rigoroso.
Videoaula: Mecanismos de ressocialização
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A reincidência é instituto previsto no art. 63 do Código de Processo Penal, o qual dispõe que “veri�ca-se a
reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior” (BRASIL, 1984a, [s. p.]).
Devido aos estigmas causados pelo cumprimento de uma pena, a sociedade rotula o indivíduo como alguém
que não é bem-vindo, di�cultando sua reinserção no mercado de trabalho e, consequentemente, o seu próprio
sustento, não lhe dando, dessa forma, alternativas capazes de lhe garantir uma vida saudável e longe da
criminalidade.
O autor Alexandro Baratta (2002, p. 89) se debruça sobre o tema, fazendo apontamentos acerca das relações
entre o etiquetamento e a vida em sociedade:
O Estado é falho ao cumprir seu papel na ressocialização do preso, posto que não é realizado um preparo
efetivo para o sujeito retornar à vida em sociedade, não havendo, de igual forma, certeza quanto a sua
recuperação. Assim, a própria sociedade cria resistência quanto à reinserção do sujeito na comunidade, por
ainda vê-lo como um criminoso, mesmo após o efetivo cumprimento da pena.
O art. 25 da Lei de Execuções Penais dispõe que o Estado tem o dever de prestar assistência ao preso,
consistente na orientação e no apoio, objetivando sua reintegração à vida em liberdade, colaborando, inclusive,
para obtenção de trabalho nos termos do art. 27 do mesmo códex.
A pergunta relativa à natureza do sujeito e do objeto, na de�nição do comportamento
desviante, orientou a pesquisa dos teóricos do labeling approach em duas direções:
uma direção conduziu ao estudo da formação de “identidade” desviante, e o efeito da
aplicação da etiqueta de “criminoso” (ou também “doente mental”)sobre a pessoa em
quem se aplica a etiqueta; a outra direção conduz ao problema da de�nição, da
constituição do desvio como qualidade atribuída a comportamentos e a indivíduos, no
curso da interação, e por isto, conduz também para o problema da distribuição do
poder da de�nição, para o estudo dos que detém, em maior medida, na sociedade, o
poder de de�nição, ou seja, para o estudo das agências de controle social.
Dessa forma, é possível atribuir ao Estado as falhas pela reinserção do indivíduo em sociedade, posto que sem a
devida preparação do sujeito, a obtenção de trabalho, sustento ou mesmo a vida na comunidade torna-se
insustentável, facilitando, assim, a reincidência criminosa, até porque, por vezes, esta acaba sendo a única
alternativa possível para subsistência do sujeito socialmente etiquetado.
Figura 2 | Reincidência criminosa
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VIDEOAULA: A REINCIDÊNCIA DOS PRESOS
Esta videoaula tratará das in�uências da teoria do etiquetamento na reincidência do preso.
ESTUDO DE CASO
Imagine a situação hipotética em que, em fase de execução de pena transitada em julgado por crime de roubo,
um sentenciado recebeu o direito à progressão para o regime aberto. Tendo que demonstrar residência �xa e
ocupação lícita, junta, nos autos, o seu antigo endereço e a sua nomeação a cargo comissionado de secretário
adjunto da saúde do município de Aquipodetudo. Você é o Juiz da execução penal e deverá decidir sobre a
progressão de pena do condenado, haja vista ser obrigação do Estado a colaboração de trabalho para �ns de
ressocialização. Para tanto, leve em consideração o teor do Art. 15, III, da Constituição, no que concerne à
suspensão de direitos políticos.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Fonte: Shutterstock.
Videoaula: A reincidência dos presos
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É esperado que o estudante aponte que o art. 25 da Lei de Execuções Penais dispõe que o Estado tem o dever
de prestar assistência, orientação e apoio ao preso, objetivando sua reintegração à vida em liberdade,
colaborando, até mesmo, para obtenção de trabalho nos termos do art. 27 da referida lei. 
A resposta deve ser complementada, apontando que a CRFB, em seu Art. 15, inciso III, aduz que ocorrerá a
suspensão de direitos políticos, entre outros motivos, quando houver condenação criminal transitada em
julgado. Além disso, é enfática ao a�rmar que perdurará a suspensão enquanto durarem os efeitos da
condenação. Como o sentenciado ainda cumpre pena, mesmo que em regime aberto, está sob os efeitos de tal
normatividade, motivo que inviabiliza sua nomeação.
 Saiba mais
Para complementar os seus estudos sobre o tema estudado, trouxemos algumas dicas bem interessantes
de leitura!
Reincidência criminal e sua atuação como circunstância agravante escrito por Adler Chiquezi.
Os re�exos da teoria do labelling approach (etiquetamento social) na ressocialização de presos escrito por
Jhonathan Marques Santos.
Resolução do Estudo de Caso
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Aula 1
BARATTA, A. Criminologia crítica y crítica del derecho penal. México: Siglo Veintiuno, 1986.
BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas -
Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao trá�co ilícito de
drogas; de�ne crimes e dá outras providências. Brasília, DF, 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 12 ago. 2021.
LOMBROSO, C. O homem delinquente. Tradução Maristela Bleggi Tomasini, Oscar Antonio Corbo Garcia. Porto
Alegre: Ricardo Lenz, 2001.
MUÑOZ CONDE, F. Direito penal e controle social. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
PRADO, L. R. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. 11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
REFERÊNCIAS
8 minutos
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https://www.oabgo.org.br/arquivos/downloads/artigo-labelling-aproach-1-3913132.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
27/09/2022 20:25 wlldd_221_u4_pol_cri_pro_cri
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICA+CRIMINAL+E+PROCESSOS+… 34/36
SILVA, J. A. da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2014.
ZAFFARONI, E. R.; PIERANGELI, J. H. Manual de direito penal brasileiro: parte geral. 9. ed. São Paulo: Editora
Revistados Tribunais, 2011. v. 1.
Aula 2
BERTÚLIO, D. L. de L. Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismo. Dissertação (Mestrado em
Direito), UFSC. Florianópolis,1989 apud DUARTE, Evandro Charles Piza. Criminologia e racismo. Curitiba: Juruá,
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BORRILLO, D. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. RJ: Guanabara Koogan,
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. NÚMERO ÚNICO:
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VERONEZI, A. S.; COELHO, L. R. L. A lei antiterrorista 13.260: a criação do inimigo e o estado de exceção
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http://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/13200/13498. Acesso em: 6 jul. 2021.
VIA CAMPESINA BRASIL. A ofensiva da direita para criminalizar os movimentos sociais no Brasil. Fórum
Social Mundial – Porto Alegre - Salvador, 2010.
ZACONNE, O. O sistema penal e seletividade punitiva no trá�co de drogas ilícitas. Revista Discursos Sediciosos
– Crime, Direito e Sociedade, ano 9, v. 14, 2004.
Aula 3
BRASIL. Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso
XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Brasília, DF, 1990. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm. Acesso em: 12 ago. 2021.
BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas -
Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao trá�co ilícito de
drogas; de�ne crimes e dá outras providências. Brasília, DF, 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 12 ago. 2021.
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