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• Downloaded by: Introdução à Cirurgia Odontológica Cirurgia Buco-Dento Alveolar: modalidade que tem como objetivo o fato de ser praticado atividade manual, com o auxílio de instrumentos apropriados que permitem a obtenção de continuidade dos tecidos por meio de manobras cruentas (sangramento). Divisões da Face • Zonas: Frontal / terço superior \ Maxilar / terço médio Ântero-Posterior Mandibular / terço inferior / 1. Linha imaginária que vai da inserção do cabelo ao trágus da orelha; 2. Linha imaginária entre as cúspides dos dentes e uma linha que tangencia o ramo ascendente da mandíbula em sua porção posterior; 3. Linha imaginária que se passa acima do osso hioide. • Regiões: Frontal, nasal, labial e mentoniana > Regiões ímpares • Regiões: Temporomalar, masseterina, orbitária, geniana e submandibular/supra hioidea > Regiões pares Princípios Fundamentais da Cirurgia • Necessidade e Oportunidade: condições de saúde geral do paciente, momento exato da intervenção, urgência, diagnóstico definitivo, anamnese (detectar paciente não normorreativo – interferências na terapêutica). Hemostasia: parada de sangramento Homeostasia: equilíbrio bioquímico do organismo Planejamento do Ato Operatório • Quanto à doença: características histopatológicas, amplitude do envolvimento, tipos de estruturas anatômicas envolvidas, sequelas decorrentes da cirurgia. • Quanto ao doente: condições de saúde local e geral, escolha do melhor tratamento, adaptar o doente à terapêutica, adaptar a terapêutica ao doente. • Quanto ao ato operatório/padrão cirúrgico: - Padrão 1: o ato operatório pode ser desdobrado com os recursos existentes em um consultório e o paciente é normorreativo. - Padrão 2: o ato operatório pode ser desdobrado com os recursos existentes em um consultório e o paciente é não-normorreativo. - Padrão 3: o ato operatório demanda o uso de recursos existentes em um hospital e o paciente é normorreativo. - Padrão 4: o ato operatório demanda o uso de recursos existentes em um hospital e o paciente é não-normorreativo. Queixa principal ↓ Exame clínico + anamnese ↓ Hipótese de diagnóstico → Exame complementar RX ↓ Diagnóstico definitivo ↓ / \ Conservador Radical/Cirúrgico ↓ História médica, avaliação da saúde local e geral do paciente / ↓ \ Posso atuar de imediato/ Não posso atuar de imediato/ Cirurgia definitivamente Cirurgia oportuna Cirurgia momentaneamente inoportuna Inoportuna \ / Padrão Cirúrgico: 1, 2, 3 e 4. Medidas de Assepsia e Antissepsia • Assepsia: conjunto de medidas que têm por objetivo eliminar a contaminação de uma determinada área (eliminação total de germes patogênicos ou não). • Antissepsia: eliminação dos microrganismos que se realiza sobre a superfície dos tecidos vivos a serem manipulados (formas vegetativas). • Desinfecção: destruição de todas as formas vegetativas, potencialmente patogênicos existentes em superfícies inertes. • Esterilização: eliminação de todos os microrganismos (patogênicos ou não) presentes em um meio ambiente, objeto ou superfície. Processo de Assepsia e Antissepsia: lavagem das mãos, degermação álcool 70%, secagem (colocar luvas estéreis), antissepsia do campo operatório (álcool iodado, clorexidina a 0,12% intra bucal e 2% extra bucal). • Extra bucal: inicia-se pela comissura labial e, em círculos excêntricos (que se afasta do centro), atingindo a base do nariz, passando acima do osso hioide até o tragús da orelha. • Intra bucal: inicia-se pelo dente a ser removido, passando pelo vestíbulo bucal, palato, dorso e ventre da língua e assoalho da boca. Medidas pré-operatórias: adequação do paciente à terapêutica; prescrição preventiva de antibióticos; determinação da melhor técnica; planejamento da cirurgia; determinação do padrão cirúrgico; prescrição de drogas sedativas. Medidas transoperatórias: suporte à homeostasia. Medidas pós-operatórias: minimizar sequelas decorrente do ato cirúrgico; controle da dor; controle do edema; prevenção da infecção. Reavaliação do quadro clínico: correção de sequelas cirúrgicas; análise e registro de acidentes e complicações; estabelecer, se necessário, o seguimento terapêutico ao paciente. • Manobras Cirúrgicas Fundamentais a) DIÉRESE: meio pelo qual o cirurgião pode penetrar através dos tecidos e atingir a área de interesse cirúrgico. Pode ser dividido em: - Incisão: ruptura da integridade tecidual (cortar) - Divulsão: interrupção da integridade tecidual (separa os planos do tecido) Incisão: ruptura tecidual deve ser planejada para possibilitar o desdobramento correto das etapas subsequentes do ato operatório, que não interfira sobre a evolução da reparação tecidual e que respeite as estruturas anatômicas nobres loco regionais. • Instrumental cirúrgico: Bisturi (10, 11, 12 e 15), tesouras > Principais Pinças de dissecção (lisas/denteadas) > Acessórios • Qualidade das incisões - irrigação sanguínea do retalho: a base do retalho é sempre maior que a extremidade do retalho. O comprimento da incisão é a metade da base do retalho. • Respeito à integridade tecidual: entrar com a lâmina de bisturi a 90º, fazer a incisão a 45º e sair com 90º. • Adequada visualização do campo operatório: retalho muco periostal; incisão relaxante feito para mesial. • Versatilidade na amplitude: o traçado incisional pode ser ampliado sem comprometer a evolução pós-operatória da ferida cirúrgica. • Apoio do traçado em tecido ósseo sadio: apoio da incisão deve estar em tecido ósseo sadio para aumentar a imobilidade do tecido, estabilização do coágulo com tecido de granulação, para formação de colágeno, matriz óssea e osteogênese. Tipos de Incisão • Neumann: contém apenas 1 incisão relaxante feita na mesial e 1 sulcular. • Novak-Peter: composta por 2 incisões relaxantes mesial e distal e 1 incisão sulcular. • Partsch: incisão semilunar. • Wassmund: incisão trapezoidal. Divulsão: para atingir planos anatômicos mais profundamente situados, utilizamos a manobra de divulsão, que é a interrupção da continuidade dos tecidos a partir do traçado incisional. Instrumental cirúrgico: tesouras rombas, ruginas, espátulas freer, destaca periósteo. b) EXÉRESE: manobra cirúrgicana qual retiramos porção ou o todo de um órgão (ex: ostectomia – remoção de pedaço do osso; osteotomia – corte ou desgaste do osso; curetagem; avulsão). Osteotomia/ostectomia: manobra utilizada para atingir a porção medular do tecido ósseo maxilomandibular onde efetuaremos o ato operatório. • Indicação: dentes não irrompidos; cirurgias do periápice; cistos; tórus mandibular; tumores odontogênicos; alveolectomias; reduções de tuberosidade. • Osteotomia - instrumentais: osteótomos; pinças goiva; limas para osso; instrumentos rotatórios; cinzéis (duplos: clivagem; único e meia-cana: osteotomia). Curetagem: manobra pela qual removemos formações estranhas, patológicas ou não, presentes no campo operatório ou ainda decorrentes do desdobramento do ato cirúrgico. É efetuado pelo uso das curetas. Avulsão: é a retirada total ou parcial de um órgão fazendo uso de força mecânica. As exodontias representam essa manobra. A avulsão dentária é praticada pelo uso dos fórceps e os elevadores. c) SÍNTESE: manobras de síntese ou sutura visam manter reposicionadas as estruturas anatômicas. Funções nas feridas cirúrgicas: imobilização dos tecidos, redução dos espaços anatômicos, estabilização do coágulo. *OBS: Deve-se suturar todas as estruturas abaixo da pele (músculo, periósteo) para não deixar espaços vazios e não gerar infecção. Pois, se apenas a pele for suturada, os espaços vazios abaixo dela serão preenchidos com sangue e, na temperatura de 36,5ºC, se houver entrada de bactérias, será o meio ideal para sua proliferação. Qualidade da sutura: sutura asséptica; sutura atraumática; evitar tensão excessiva pelos fios; sutura plano a plano (evitar espaços vazios); bordas cruentas (sangrantes, evitar necrose); disposição vis-a-vis do retalho (mesmo nível). • Instrumentais: Porta agulhas, agulhas de sutura, fios de sutura > Principais Pinças de dissecação. Tesouras > Acessórios • Qualidades ideais dos fios: calibre fino e regular; resistência à tração e à torção; mole, flexível e pouco elástico; ausência de reação tecidual; fácil esterilização; custo baixo. Classificação dos fios de sutura • Absorvíveis: organismo absorve; fagocitados pelos macrófagos. - categute: 10 dias; - categute cromado: 20 dias; - ácido poliglicólico: 90 – 120 dias. • Não Absorvíveis: - naturais: seda (mais indicado para boca); - llinho - algodão. • Sintéticos: - unifilamentados; - multifilamentados. Técnica de sutura: preensão da borda da ferida através da pinça de dissecação; sutura iniciada pela borda móvel da ferida, para melhor posicionamento do retalho; agulha deve ser girada pelo porta agulhas de acordo com a sua curvatura. • Retalho com ângulo: o primeiro ponto é feito no ângulo. • Retalho linear: é mantido a técnica das metades, onde o primeiro ponto é dado no meio. Nós • Fios de algodão: nó simples + 1 sobrenó • Fios absorvíveis ou sintéticos: nó duplo + 1 ou 2 sobrenós Remoção da sutura: primeiro, faz-se antissepsia regional e do próprio fio. Em seguida, traciona-se suavemente o fio através do nó e corta-se o fio junto ao nó. • d) HEMOSTASIA: interrupção da perda sanguínea. Classificação das hemorragias: • Venosa: fluxo de sangue contínuo • Arterial: pulsátil; sangue é lançado a alguma distância • Capilar: sangue “brota” das paredes dos tecidos Hemostasia cirúrgica: procedimentos que visam obter a hemostasia através do uso de instrumentos e de manobras cirúrgicas. Temos dois tipos: • Hemostasia temporária: feita pela compressão dos tecidos com compressas de gaze; sutura em massa dos tecidos para obstruir a luz do vaso sangrante. • Hemostasia definitiva: é praticada pelo pinçamento e pela ligadura dos vasos sanguíneos, preferencialmente pelos fios de sutura reabsorvíveis. e) ORIENTAÇÃO À REPARAÇÃO TECIDUAL: manobras cirúrgicas usadas em circunstâncias bem diversas e com múltiplas finalidades, sendo, contudo, comum a todas elas o favorecimento à reparação tecidual. Punção: consiste em ter acesso ao interior de uma estrutura tecidual ou de uma cavidade. • Finalidades: coleta de material; injetar substâncias; aliviar tensões internas. Drenagem: possibilita o acesso a uma exsudação intersticial, através do qual ocorre o escoamento do líquido de forma contínua e em suficiência para o seu esvaziamento total. • Tipos de drenos: tubulares resistentes; tubulares não resistentes – tipo Penrose; lençol de borracha. Apósitos: utilizados para manutenção de medicamentos sobre estruturas anatômicas, onde para os mais diversificados efeitos, sua ação é necessária. Reparação Tecidual É a capacidade que os tecidos apresentam de poder repor as suas estruturas lesadas. A reparação tecidual pode ocorrer por regeneração ou por cicatrização. Tipos de tecidos • Tecidos lábeis: divisão contínua (ex: epitelial, hematopoiético – formação de células sanguíneas) • Tecidos estáveis: quiescentes (em repouso), quando estimulados se dividem (ex: hepático, fibroblasto) • Tecidos permanentes: não se multiplicam (ex: neurônios, músculos estriados) Regeneração: reposição das estruturas lesadas por células com morfofuncionalidade semelhante aquelas que anteriormente existiam. Cicatrização: reposição de células lesadas por tecido conjuntivo fibroso, denominado de tecido cicatricial. • Primeira intenção: as bordas das feridas são reposicionadas sem perdas de tecidos na exata posição anatômica que possuíam antes da lesão. • Segunda intenção: presença de espaço entre as bordas da lesão, ocasionado por perda tecidual. No espaço, forma-se tecido de granulação (‘casquinha”). Fases da Reparação Tecidual • Fase I – Não Proliferativa: início com o trauma; inflamação primária; substâncias autacóides (serotonina/histamina); vasoconstrição; marginação leucocitária; infiltrado leucocitário (diapedese – passagem dos leucócitos dos vasos para o interior do tecido); edema; dura até 48h. - Achados clínicos: sinais de Celsus devem regredir após 48h; exacerbação após 24h considerar processo inflamatório de outra coisa; controle do edema (drogas/frio/calor); relação intensidade do trauma / reação inflamatória. • Fase II – Ativação: inicia com quadro inflamatório; aumento do nº de células do tecido conjuntivo (fibroblastos/macrófagos); duração de 72h. • Fase III – Proliferativa: início no 3º dia; aumenta nº de macrófagos e fibroblastos; presença de capilares neoformados; coágulo organizado – tecido de granulação; vai até o 6º dia. • Fase IV – Síntese: início no 6º dia; depósito de ácido hialurônico e colágeno (sintetizados pelos fibroblastos); organização dos feixes de fibrila. • Fase V – Remodelação: diminuição dos fibroblastos/macrófagos/leucócitos; diminuição de capilares neoformados; restabelece-se a microcirculação regional; definição real entre tecido neoformado e tecido preexistente. Fatores prejudiciais: corpos estranhos, tecido necrótico, isquemia, tensão. Fatores que afetam a qualidade: vitamina C, diabetes, corticoides. Reparação dos Alvéolos Pós-exodontia: alvéolo vazio + cortical; ligamento periodontal; borda do epitélio gengival; coágulo sanguíneo (necessário para reparação tecidual). 1º Semana: estágio inflamatório (células brancas); fibroplastia (fibroblastos + capilares); migração do epitélio; acúmulo de osteoclastos. 2º Semana: tecido de granulação; deposição de tecido osteóide. 3º e 4º Semanas: epitelização; reabsorção do osso cortical; deposição do osso trabecular; movimento do epitélio para crista gengival; tecido fibroso pouco vascularizado. Fatores que prejudicam reparação: corpos estranhos; tecido necrótico (barreira para crescimento de células reparativas,nicho de proteção para bactérias); isquemia; tensão na ferida. Consolidação Óssea Quando a fratura óssea é total e desfavorável, (ossos se afastando), deve-se posicionar os ossos com placa e parafusos para favorecer a reparação. Quando a fratura for parcial (trinca), necessário apenas engessar. Osteoblasto: célula jovem da medula óssea e da camada osteogênica do periósteo que elabora a substância fundamental. Osteócito: célula adulta. Osteoclasto: célula multinucleada que destrói a substância óssea. Tecido Ósseo • Periósteo: tecido conjuntivo denso fibroso, rico em vasos sanguíneos, células osteoblásticas. • Endósteo: células osteogênicas que recobrem cavidades dos ossos esponjosos e canais medulares • Ossificação • Intramembranosa: ocorre no interior da membrana de tecido conjuntivo. • Endocondral: ocorre quando as células mesodérmicas se transformam em células produtoras de cartilagem, antes do início da formação do osso. O tecido cartilaginosos é substituído por tecido ósseo (ocorre na maioria do esqueleto, principalmente em ossos longos). Fases da Consolidação Óssea • Resposta vascular/hematoma: sangramento por ruptura de vasos; coagulação do sangue; forma hematoma; ocorre necrose osteomedular na região fraturada. • Resposta celular: forma tecido de granulação a partir do coágulo; neoformação de vasos; migração de células endoteliais e fibroblastos; presença de células do periósteo/endósteo (osteoclastos); formação de tecido fibrocartilaginoso. • Condrificação do calo: formação cartilaginosa (condroblastos); calcificação do calo (osteoblastos); formação do osso esponjoso; calo periosteal; calo fibrocartilaginoso. • Remoção do calo: ação dos macrófagos; preenchimento dos espaços vasculares do osso trabecular. • Remodelamento: formação de osso maduro; altamente vascular; macrófagos; osteoclastos; ação dos fatores hormonais, mecânicos e elétricos. Fatores que influenciam: idade; irrigação sanguínea; infecções; fatores nutricionais; mobilidade dos fragmentos. Paramentação Infecção: desequilíbrio entre o poder defensivo do hospedeiro e o poder agressivo dos microrganismos. A capacidade de infectar depende da saúde do hospedeiro, patogenicidade do microrganismo e número de partículas infectantes. Formas de Vida Microbiana • Formas vegetativas: são biologicamente ativas; atividade metabólica; faz divisão celular; elabora toxinas. • Formas esporuladas: forma inativa; não há atividade metabólica; forma desidratada; não faz divisão celular; não produz toxinas; quando as condições do meio ficam favoráveis, reidratase e assume a forma vegetativa (ex: tétano). Farmacologia dos Anestésicos Locais Características essenciais • Lipossolubilidade: essencial para a penetração do fármaco nas barreiras anatômicas, desde o local da administração até o local da ação (dentro da membrana celular). • Hidrossolubilidade: capacidade para ser absorvido dentro da célula. Ésteres: benzocaína (única no mercado). Amidas: lidocaína, prilocaína, mepivacaína, bupivacaína, articaína. Mecanismo de ação: - Quando o neurônio está em repouso, o potássio (K-) está dentro e o sódio (Na+) está fora. Quando o neurônio está despolarizado (sofre algum estímulo), o sódio entra no neurônio através dos canais de sódio e o potássio sai por qualquer lugar. - Quando o anestésico é injetado, a parte não ionizada (lipossolúvel), entra no neurônio. Lá dentro, é ionizada (hidrossolúvel) e é atraída para os canais de sódio, onde se liga a um receptor e bloqueia estes canais, impedindo a entrada do sódio, o que inibe a despolarização do neurônio e impede a ocorrência da dor. Efeitos farmacológicos • SNC: depressão do SNC; atividade muscular involuntária; convulsões. • S. Cardiovascular: bloqueia canais de cálcio (Ca++); depressão do miocárdio (bupivacaína é a que mais causa depressão no miocárdio). • Vasculatura periférica: vasodilatação (mepivacaína é a que tem menor vasodilatação, essencial para pacientes hipertensos em que devemos utilizar anestésico sem vasoconstritor). Metabolismo • Éster: metabolizado no sangue por hidrólise através da pseudocolinesterase. • Amida: metabolismo hepático através da amilase hepática. Toxicidade sistêmica: quando ocorre injeções intravasculares com grande quantidade. Como evitar: 1. Administrar menor dose que produza anestesia eficaz; 2. Técnicas adequadas de injeção com aspiração; 3. Utilizar vasoconstritor quando não contra indicada pelo história médica do paciente – hipertenso • Reações tóxicas leves: administrar oxigênio; paciente em DDH (decúbito dorsal horizontal). • Reações intensas: ventilação de suporte (oxigênio); administração intravenosa de benzodiazepínico (Diazepam 0,1 a 0,3 mg/kg ou Midazolam 0,03 a 0,1 mg/kg). Seguros para gravidez: • Lidocaína, prilocaína e etidocaína – categoria B; • Mepivacaína, bupivacaína – categoria C. • Vasoconstritores • Aminas Simpatomimética catecolaminas: Adrenalina (epinefrina); Noradrenalina (norepinefrina); Levonordefrina (neo-cobefrina). • Aminas Simpatomiméticas não catecolaminas: Fenilefrina. • Felipressina: derivado sintético do hormônio antidiurético vasopressina (Octapressin). Aminas Simpatomiméticas: ação sobre receptores adrenérgicos alfa e beta. Felipressina: estimulante direto da musculatura lisa vascular (mais acentuado na microvascularização venosa). Interações medicamentosas • Antidepressivos tricíclicos: potencialização dos vasoconstritores e aumento da PA. • Beta-bloqueadores: aumento da PA; diminuição do ritmo cardíaco. • Compostos fenotiazínicos: hipotensão arterial severa. • Cocaína ou crack: aumento brusco da PA e taquicardia. Contra indicações no uso de vasoconstritores 1. Hipertensão severa não tratada e não controlada; 2. Doença cardiovascular grave (menos que 6 meses após infarto do miocárdio; menos que 6 meses após AVC; cirurgia recente de ponte artéria coronária; angina pectoris instável; arritmias cardíacas); 3. Diabetes não controlado; 4. Hipertireoidismo; 5. Feocromocitoma (tumor nas glândulas suprarrenais, podendo causar hipertensão, taquicardia, etc); 6. Sensibilidade aos sulfitos (alergias); 7. Pacientes utilizando antidepressivos; 8. Usuários de cocaína ou crack. Prilocaína e o risco de Metemoglobinemia: condição clínica originada pela conversão excessiva da hemoglobina em metemoglobina, que é incapaz de ligar-se e transportar oxigênio. A metemoglobina é formada quando o ferro da molécula heme é oxidado do estado ferroso (Fe2+) para o estado férrico (Fe3+). A doença é caracterizada por aparência cianótica que não cessa com administração de oxigênio. • Tratamento: azul de metileno a 1% (1,5 mg/kg) endovenoso a cada 4 horas, se necessário. Técnicas Anestésicas Intra Bucal Classificação das anestesias locais • Terminais: tópica; infiltrativas. • Bloqueios Regionais ou Condução: Maxila – posterior ao túber; infra orbital. Mandíbula – pterigomandibular; mnecessário Infiltrativas • Maxila: nervo nasopalatino; nervo palatino maior; nervo palatino menor; nervo alveolar superior anterior; nervo alveolar superior médio; nervo alveolar superior posterior. - Plexo interno: nervo palatino maior; nervo palatino menor e nervo nasopalatino. - Plexo externo: nervo alveolar superior anterior, médio e posterior. • Mandíbula: nervo bucal; nervo lingual; nervo incisivo. - Complementares (suplementares): intraligamentar (anestésico no ligamento periodontal); intrapulpar (anestésico dentro da polpa). Bloqueios Regionais ou Condução – Maxila • Posterior ao túber: anestesia toda a região do túber (tecido ósseo,gengiva vestibular, face interna da bochecha) e também a polpa dos três molares, com exceção da raiz mesiovestibular do 1º molar. Bloqueia plexo médio e nervo alveolar superior posterior. Puntura no fundo de sulco na região do túber, próximo a raiz distal do 1º molar. • Infra orbital: anestesia toda a região anterior da maxila (osso, gengiva vestibular, face interna da bochecha e lábio superior) e também a polpa do incisivo central até o 2º pré-molar. Puntura no fundo de sulco entre o 1º e 2º pré-molares (depositar anestésico próximo ao forame infra orbital). Bloqueios Regionais ou Condução – Mandíbula • Pterigomandibular: anestésico próximo ao forame mandibular. • Técnica direta: puntura na depressão entre a linha oblíqua externa e ligamento pterigomandibular, 1 cm acima do plano oclusal. Anestesia o nervo alveolar inferior. • Técnica 1-2-3 (técnica indireta): 1 - puntura próximo à crista temporal, anestesia nevo bucal; 2 – seringa na mesma posição, penetra-se por volta de 1 cm para anestesiar nervo lingual; 3 – recua-se de 1 a 3 mm, gira a agulha até região de pré-molares do lado oposto para anestesiar o nervo alveolar inferior. Anestesia todo o hemi-arco da mandíbula. • Técnica de Gow Gates: feita com a boca aberta, puntura na altura da cúspide distovestibular do 2º molar superior (cólo do côndilo da mandíbula), bloqueando o tronco do nervo mandibular. Nervos anestesiados: alveolar inferior, mentoniano, incisivo, lingual, milo-hioideo, bucal (75%), auricolotemporal (dormência na região temporal indica sucesso na realização da técnica). • Vazirani-Akinosi: bloqueio mandibular feito com a boca fechada (pacientes com trismo). • Mental: puntura entre os pré-molares (forame mentual); anestesia o nervo mentual, nervo incisivo, gengiva vestibular, tecido ósseo e polpa do incisivo central até 1º pré-molar inferior. Exodontia Via Alveolar Exodontia via alveolar: é praticada preservando a estrutura óssea alveolar. Exodontia via não alveolar: é praticada depois de remover parte da parede óssea alveolar do vestíbulo bucal. Planejamento • Exames clínicos: anamnese; exame físico (extra e intra bucal) • Exames radiográficos: utilizamos sempre periapical, quando esta não contempla as estruturas necessárias, utilizamos a panorâmica. • Posições operatórias • Paciente: em DDI (decúbito dorsal inclinado); cabeça na altura do diafragma do operador. - Atuações na mandíbula: boca aberta, plano oclusal dos dentes inferiores paralelo ao plano horizontal. - Atuações na maxila: boca aberta, plano oclusal dos dentes superiores próximos a 90º do solo. • Operador (destro): - Dentes inferiores do lado direito: operador em pé, à direita e ligeiramente à frente do paciente. O dedo polegar da mão esquerda afasta a comissura do lábio e os demais dedos são aplicados extrabucalmente, na borda inferior da mandíbula, permitindo sua firmeza. - Dentes inferiores do lado esquerdo (1): operador do lado direito e atrás do paciente, aplicando o polegar da mão esquerda sobre a cortical óssea alveolar de forma a afastar a comissura labial, enquanto os demais dedos, por acesso extrabucal, seguram na borda inferior da mandíbula. - Dentes inferiores do lado esquerdo (2): operador à direita e ligeiramente à frente do paciente, aplicando o dedo polegar sobre a borda inferior do mento e usando os dedos indicador e médio para afastar, respectivamente, a mucosa jugal e a língua. - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado esquerdo):operador à direita e atrás do paciente, contornando o braço na porção posterior da cabeça do paciente, de modo que o polegar seja aplicado sobre a cortical óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos, que estão extrabucalmente na borda mais posterior do mento. - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado direito): operador à direita e à frente do paciente, aplicando o dedo polegar na tábua óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos. - Dentes superiores: operador sempre à direita e à frente do paciente. * Dentes do lado esquerdo: indicador no vestíbulo e polegar no palato * Dentes do lado direito: polegar no vestíbulo e indicador no palato Antissepsia extrabucal: colocar antisséptico na gaze estéril; começa no vermelhão do lábio (comissura labial); fazer movimentos circulares excêntricos; ir da base do nariz, regiçao pré-auricular (trágus) até o osso hioide. Antissepsia intrabucal: todas as superfícies da boca precisam ter a desinfecção (fricção da gaze); começa pelo dente ou região anatômica que irá operar, vestíbulo bucal, palato, dorso e ventre da língua e assoalho da boca. **OBS: depois de fazer a antissepsia, a pinça é desprezada (não volta para a mesa cirúrgica). Anestesia: técnica anestésica Colocação do campo estéril: campo fenestrado; pinça para regular abertura (depois desta etapa, terminar a paramentação do auxiliar, auxiliado pelo circulante).a Sindesmotomia: feito com hollemback ou sindesmótomo (hollemback é melhor); colocar hollemback no sulco gengival e percorrer todo o sulco gengival para romper os ligamentos dento gengivais; exposição do cólo cirúrgico do dente (localizado de 1,0 a 2,0 mm da junção amelocementária). Manobra Auxiliar – Odontossecção: separação do dente em partes (diérese dentária). • Aplicação: aplicação vertical da broca irrigado com soro fisiológico (horizontal = separar a coroa das raízes). • Vantagens: menor quantidade de tecido ósseo a ser removido; maior segurança para o paciente/dentista; exodontia menos traumática; menor possibilidade de lesar dente e estruturas vizinhas. • Indicações: dentes multirradiculares com coroas destruídas ou fraturadas durante a avulsão; dentes multirradiculares com raízes divergentes e curvas; dentes multirradiculares com raízes convergentes e septo inter radicular bem volumoso; dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes. **OBS.: no caso se separação da furca do dente (molares), não utilizar o fórceps para molares, pois este instrumento tem ranhuras para a furca. Neste caso, utilizar fórceps para dentes unirradiculares (pré- molares). Luxação: feito pelo fórceps, que é colocado no cólo cirúrgico (se não tiver cólo cirúrgico, utilizar os elevadores). Empunhadura do fórceps: dígito-palmar (polegar em cima da articulação o instrumento) Movimentos dos fórceps (no cólo cirúrgico) • Preensão: colocar fórceps no cólo cirúrgico; • Intrusão: romper ligamento periodontal, empurrar o dente para o fundo do alvéolo e criar ponto de apoio; • Pendular ou Lateralidade: luxação (superior – movimento mais amplo para vestibular; inferior – movimento mais amplo para lingual); • Rotação: dentes 11 ou 21 (raiz cônica possibilita este movimento); • Tração: remoção do dente Elevadores (Alavancas): segundo instrumento de escolha em relação ao fórceps e depende dos tecidos circunvizinhos para seu fulcro (ponto de apoio). • Indicações: dentes não irrompidos; dentes muito cariados; dentes ectópicos (posição diferente da normal na arcada); dentes com inclinação acentuada; raízes residuais ou fraturadas; em conjunção do fórceps para auxílio na luxação. • Aplicação: entre tecido ósseo do alvéolo e o dente, nos ângulos mésio-vestibular e/ou distovestibular. • Empunhadura: dígito-palmar - indicador na parte ativa do elevador e polegar dando apoio; cabo apoiado na palma da mão. • Princípio de Alavanca: o dente é a resistência, o fulcro (ponto de apoio) é o osso alveolar e a potência é a mão do operador. Para obtermos vantagem mecânica,o braço de potência deve ser mais longo que o braço de resistência. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 3 libras. • Princípio de Cunha: elevador reto apical é introduzido entre o osso alveolar e o dente (lig. periodontal). É exercido força manual ou através do martelo cirúrgico, empurrando o elevador para baixo e forçando o dente para cima. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 2,5 libras. • Princípio de Roda: gira-se o cabo do elevador ao redor do longo eixo da haste até elevar o dente (só é feito com elevador do tipo Seldin). Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 4,6 libras (mais eficiente, geralmente indicado para molares). Curetagem Alveolar: remoção de tecidos patológicos e corpos estranhos (restos de osso, restos de dente, granulomas, etc); estimular sangramento alveolar para haver a formação do coágulo sanguíneo e reparação tecidual. • Tratamento da ferida exodôntica • Manobra de Chompret-Hirondel: tem finalidade de retornar alvéolo a sua posição original, comprimindo as tábuas ósseas alveolares com os dedos polegar e indicador (quando a tábua óssea é muito fina ou o alvéolo receberá um implante, abrimos mão dessa manobra). Síntese: tem finalidade de imobilizar as bordas da ferida, promovendo o repouso local e a hemostasia e, por estabilizar o coágulo, favorece a reparação tecidual. • Sutura: sutura transalveolar iniciando pela borda lingual em dentes inferiores e vestibular em dentes superiores. Proteção da ferida exodôntica: depois de suturado, paciente é orientado a morder, por tempo não menor que 10 minutos, uma compressa de gaze umedecida com solução fisiológica isotônica, favorecendo a hemostasia e evitando acúmulo de sangue sobre o retalho, confinando-o no interior do alvéolo até a formação da coagulação. Pós-operatórios (padrão cirúrgico 1 e 2): dieta líquida, pastosa e fria (calor estimula vasodilatação e sangramento); não escovar os dentes ou fazer bochechos nas primeiras horas; travesseiro elevado para evitar sangramento; repouso (evitar atividades físicas); remover sutura aproximadamente 1 semana após a cirurgia. Sequência do Planejamento Operatório 1. Identificação do paciente 2. Procedimento cirúrgico 3. Posicionamento do paciente 4. Paramentação do operador 5. Montagem da mesa cirúrgica 6. Antissepsia extra oral 7. Antissepsia intra oral 8. Anestesia 9. Colocação de campo fenestrado 10. Paramentação do auxiliar 11. Sindesmotomia 12. Odontossecção 13. Intrusão 14. Luxação 15. Avulsão 16. Curetagem 17. Manobra de Chompret-Hirondel 18. Síntese 19. Proteção da ferida exodôntica 20. Pós-operatórios Fundamentos no Uso de Anti-inflamatórios e Analgésicos AINES (Anti-inflamatório não esteroidal): inibe a ciclooxigenase (cox 1 e cox 2), impedindo a produção de tromboxano e prostaglandinas fisiológica e patológica. • Salicilatos (Aspirina, AAS); Diclofenaco; Ibuprofeno; Piroxicam; Nimesulida; Paracetamol. Corticosteroides (Anti-inflamatório esteroidal): inibe a fosfolipase A2, impedindo a formação de toda a cascata. • Hidrocortisona; Betametasona; Dexametasona. Fosfolipídeos ↓ (fosfolipase A2) Ácido Araquidônico / \ Lipooxigenase Ciclooxigenase ↓ / \ Leucotrieno Cox 1 Cox 2 (Tromboxano, (Prostaglandina prostaglandina patológica) fisiológica) Para dor já instalada • Dipirona: deprime diretamente o nociceptor (baixa atividade anti-inflamatória, boa atividade analgésica). Cox 1 • Tromboxano: agregação plaquetária. • Prostaglandina fisiológica: regulação da função renal, controle da PA, proteção da mucosa gástrica e contração do músculo liso. Participa da homeostasia. Cox 2 • Prostaglandina patológica: febre, dor, inflamação, vasodilatação. Inibidores não seletivos – inibem cox 1 e cox 2: • Efeitos: sem febre, dor e inflamação; lesão na mucosa gástrica; insuficiência renal aguda em altas doses; hemorragias. Inibidores seletivos – inibem cox 2: • Efeitos: sem febre, dor e inflamação; regulação renal; homeostasia; controle da PA; pode ocasionar trombos e infartos (organismo aumenta produção de ácido araquidônico para tentar restabelecer a produção da cox 2, o que aumenta a produção de cox 1 e, consequentemente, aumenta a agregação plaquetária, causando trombos e infartos). Vias de Administração • Uso Interno: enteral (passa pelo trato digestório – comprimidos, soluções, supositórios, etc). • Uso Externo: parenteral (não passa pelo trato digestório – pomadas, injeções, etc). Analgesia Preemptiva: administração de um fármaco antes do procedimento começar (antes da cirurgia). • Analgesia Preventiva: administração de um analgésico antes do início da dor, porém depois da cirurgia. Analgesia Perioperatória: analgesia preemptiva + analgesia preventiva. • Dexametasona 4mg ou 8mg 1 hora antes do procedimento cirúrgico. Dipirona sódica 1g (40 gotas) imediatamente após a cirurgia. Depois, prescrever dipirona 500 mg 6/6 hs por 24 horas. Posologias • Dipirona 500 mg de 6/6 hs • Ibuprofeno 600 mg de 8/8 hs • Paracetamol 750 mg de 6/6 hs • Diclofenaco 50 mg 8/8 hs • Salicilatos 500 mg 8/8 hs Fundamentos para o Uso de Antibióticos Bactericida: destrói os microrganismos Bacteriostático: inibe o crescimento dos microrganismos **OBS.: Bactérias Gram – são mais patogênicas e mais difíceis de serem controladas do que as bactérias Gram + (cocos = Gram +; bacilos = Gram -). Mecanismo de ação: inibição da parece celular; inibição da síntese de proteína; inibição de ácido nucleico; inibição da membrana citoplasmática. Principais Utilizados na Odontologia Penicilinas: inibe síntese da parede celular; atua contra cocos Gram +; presente no leite, saliva e placenta; alto grau de alergia; baixa toxicidade. • Penicilinas naturais: uso parenteral (intra muscular ou intra venoso); Pen G Benzatina (benzetacil); Pen G Procaína; Pen G Potássica. • Penicilinas semissintéticas: Penicilina V; Ampicilina; Amoxicilina (500 mg 8/8 hs). Macrolídeos: inibem síntese proteica; indicados para pacientes alérgicos à penicilina. • Azitromicina; Eritromicina (500 mg 8/8 hs). Lincosamidas: inibe síntese proteica; ação contra anaeróbios Gram -. • Clindamicina (300 mg 8/8 hs). Metronidazol: inibe síntese de DNA; ação sobre anaeróbios Gram -. Profilaxia Antibiótica: quando não há infecção, porém deseja-se prevenir a sua instalação (indicado apenas para pacientes que possuem sistema imunológico debilitado). • Amoxicilina 2g 1 hora antes do procedimento. Não é necessária dose posterior (Eritromicina ou Azitromicina 500 mg para alérgicos à penicilina). **OBS.: CLARITROMICINA é o antibiótico de primeira escolha para alérgicos à penicilina. Exodontia Via Não Alveolar Redução da resistência à avulsão: exérese óssea (osteotomia); fragmentação do dente (odontossecção); ambos os recursos conjugados. Osteotomia para exodontia: remoção de tecido ósseo alveolar vestibular em quantidade suficiente para remoção do dente. • Cuidados: forame palatino posterior (rebordo palatino nãoserá abordado nesta primeira etapa); trígono retro molar (região onde passa o nervo lingual); forame mentoniano/mentual (feixe vásculonervoso); forame infra-orbital (feixe vásculo-nervoso). OBS: • osteotomia próximo ao ápice radicular. Retalho mucoperiostal • Indicações: melhor visão do campo operatório; necessidade de osteotomia para remoção do dente; risco de lesionar tecidos moles durante procedimentos. • Planejamento: • Incisão intra sulcular (traçado incisional horizontal): retalho em envelope; • Componente vertical: incisão relaxante para mesial entre a papila interdental e o topo da gengiva marginal (acrescentado no traçado incisional horizontal). OBS: • Não realizar a incisão relaxante na papila interdental nem no topo da gengiva marginal (meio); • A incisão relaxante deve ser sempre 1 dente antes do dente a ser removido; • Quando houver um ângulo, o descolamento começará por ele (caso houver o ângulo distal, iniciar pelo ângulo mesial). Odontossecção (diérese dentária): procedimento de fragmentação do dente para facilitar a sua remoção. Feito com instrumentos cortantes rotatórios ou cinzeis bibizelados. • Vantagens: menor remoção de tecido ósseo; diminuição do tempo operatório; exodontia menos traumática; proteção ao dente vizinho; proteção a estruturas vizinhas. • Indicações: multirradiculares com coroas destruídas; multirradiculares com restaurações extensas; multirradiculares com raízes divergentes; multirradiculares com raízes convergentes; decíduos com germe entre as raízes; unirradiculares com hipercementose; unirradiculares com dilaceração radicular; proximidade de estruturas anatômicas nobres. • Técnicas para odontossecção: • Molares inferiores com ou sem retalho: coroa pode ser seccionada verticalmente no sentido buco-lingual e o dente ser extraído com o fórceps individualmente como dois dentes unirradiculares (com retalho quando as raízes são dilaceradas divergentes). • Molares inferiores sem retalho: coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e as raízes seccionadas verticalmente para individualização das raízes mesial e distal que, com os elevadores, serão removidas de seus alvéolos. • Molares inferiores com retalho envelope: a coroa é removida com o fórceps juntamente com 1 raiz e a outra raiz é removida com os elevadores separadamente. • Molares superiores com ou sem retalho: a coroa pode ser seccionada ao nível da crista gengival na junção mésio-vestibular e disto-vestibular das respectivas raízes, removendo com o fórceps a coroa com a raiz palatina e, em seguida, as raízes disto-vestibular e mésiovestibular com os elevadores (com retalho quando as raízes são extremamente divergentes). • Molares superiores sem retalho: a coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e removida com o fórceps separada das raízes. As raízes são seccionadas verticalmente e removidas individualmente com os elevadores. Exodontia Múltipla: • Planejamento da técnica anestésica / solução anestésica; • Delimitação do campo operatório; • Obtenção do retalho mucoperiostal; • Exodontia propriamente dita; • Plastia dos tecidos duros (osteoplastia ou alveloplastia): regularização do osso alveolar; remoção das espículas e esquírolas ósseas. o Espícula óssea: ponta do osso que ainda está presa no tecido ósseo. o Esquírola óssea: fragmento do osso que se desprendeu. • Reposicionamento do retalho; • Síntese: inicial pelo ângulo e depois fazer a técnica das metades; • Proteção da ferida. OBS: • Quando realizar exodontia da maxila e mandíbula no mesmo hemiarco, retirar primeiro os dentes da mandíbula, pois o sangramento da maxila irá dificultar o campo visual da mandíbula. • Quando houver exodontia múltipla, iniciar da distal para mesial, pois se iniciar pela mesial, o sangramento irá escorrer para os dentes posteriores e irá dificultar o campo visual (principalmente na maxila). Exame Clínico em Cirurgia Buco-Dento-Alveolar Exame clínico: anamnese; exame físico (loco/geral); exames complementares (radiografias/exames laboratoriais). Anamnese (subjetiva): coleta de informações através de questionamentos sobre as condições de saúde do paciente, bem como avaliar a existência de eventuais fatores de riscos específicos diante de um procedimento terapêutico. • 1 – Identificação do paciente; • 2 – Antecedentes médicos familiares (doenças hereditárias); • 3 – Queixa principal; • 4 – História da doença atual; • 5 – Antecedentes médicos pregressos (quais doenças/tratamentos já teve); • 6 - História médica atual; • 7 – questionário complementar. Exame físico (objetivo): efetuado principalmente na cavidade oral e secundariamente nas regiões da cabeça e do pescoço. Local: o Inspeção: dentes, mucosa, faringe, lábios. o Percussão: dentes. o Auscultação: ATM. o Palpação: glândulas salivares, gânglios linfáticos, assolho, lábios, m. mastigação. ▪ Gânglios linfáticos: examinar cadeias submandibular, submentual, pós e préauriculares, cervicais superficiais e profundos. Verificar gânglios inflamatórios ou neoplásicos: • Gânglios inflamados: doloridos, móveis e borrachóides. • Gânglios neoplásicos: indolores, fixos e duros. • Geral: avaliação da PA, temperatura, pulsação. o Classificação da PA: Sistólica Diastólica < 14 < 9 Normal 14 a 16 9 a 9,5 Hipertensão Leve 16 a 20 9,5 a 11,5 Hipertensão Moderada > 20 > 11,5 Hipertensão Severa • Acidentes e Complicações das Exodontias Acidente cirúrgico: é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre durante o seu desdobramento. Complicação cirúrgica: é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre já no pósoperatório. Paralisia: lesão no nervo motor. Parestesia: lesão no nervo sensitivo. Bacteremia: contaminação do campo operatório faz com que bactérias caem na corrente sanguínea. Septicemia: infecção bacteriana generalizada (bactérias dissipam-se no organismo). Acidentes - Principais causas: radiografias insuficientes ou distorcidas; planejamento cirúrgico pouco abrangente; desconhecimento da anatomia regional; habilidade psicomotora inadequada; uso inadequado do instrumental; uso do instrumental inadequado. • INR (Razão Normalizada Internacional): necessário estar sempre por volta de 2,5 (condições de operar). Se estiver próximo do 4, risco de hemorragia; se estiver próximo do 1, risco de AVC. Complicações – Principais causas: inobservância da oportunidade cirúrgica; exacerbação da resposta inflamatória; infecção da ferida cirúrgica; formação de hematoma; hemorragia mediata (depois); trismo mandibular; alveolite. Acidentes mais comuns nas exodontias Fratura do dente: fatores presentes no dente (cáries, núcleos, restaurações, desvitalizados, número e forma das raízes); uso inadequado do instrumental; uso do instrumental inadequado. • Conduta terapêutica: fórceps/elevadores; odontossecção; via não alveolar; osteotomia. Fraturas ósseas: fratura do rebordo alveolar; fratura do túber total ou em galho verde (fragmento ósseo permanece em sua posição – tentativa de fazer reincorporação); fratura da mandíbula (hemostasia por compressão por no mínimo 10 min). Hemorragia: tamponamento compressivo com o dedo (10 min); sutura em massa; pinçamento/ligadura do vaso; esponjas de fibrina; eletrocoagulação (bisturi elétrico); ceras para osso (não recomendado, pois não são reabsorvíveis, tendo queser removidas para não atuarem coo corpo estranho). Lesão a outros dentes: luxação de dentes vizinhos; avulsão de dentes vizinhos ou antagônicos; fratura de dentes vizinhos ou antagônicos. Lesão de troncos nervosos: infraorbitário; alveolar inferior; mentual; lingual. • Neurite: inflamação do neurônio → a vitamina B1 (tiamina) tem efeito antineurítico, e a vitamina B12 (cianocobalamina) tem efeito antinevrálgico. Por esses efeitos farmacológicos, essas vitaminas auxiliam na restauração do nervo. Lesão de tecidos moles: controlar hemorragia (tamponamento); recomposição estrutural (síntese). Invasão de estruturas anatômicas circunvizinhas: seios maxilares; fossas nasais; espaço esfenopalatino (cuidado com plexo venoso pterigoideo); espaço submandibular / látero faríngeo. Luxação da articulação temporomandibular (ATM): reposicionamento do côndilo (para baixo e para trás, com os dedos polegares intrabucalmente, de ambos os lados, sobre a linha oblíqua externa da mandíbula); bandagem mentocraniana; anti-inflamatórios e analgésicos. Aspiração ou deglutição de corpo estranho: manobra de Heimlich (no caso de broncoaspiração). Complicações mais comuns nas exodontias Resposta inflamatória exacerbada: dor; edema (20 min com gelo e 20 min sem a cada 4 horas). Hemorragia mediata (depois): fatores locais (mastigação, bochechos que removem mecanicamente coágulo sanguíneo); aumento da PA (tampão sanguíneo é deslocado do alvéolo). Hematoma: traumatismo trans-operatório excessivo ou traumatismo de vasos no pós-operatório; compressas de calor úmido; risco de processos sépticos (infecções). Alveolites: quadro de natureza inflamatória que envolve as porções ósseas mais superficiais do alvéolo dentário. Manifestam-se entre 48h a 72h pós-cirurgia com sintomatologia exacerbada de dor, halitose, periadenite cervical, mal estar geral e hipertermia (febre). Macroscopicamente mucosa gengival marginal edemaciada, hiperêmica (avermelhada), tecido ósseo exposto e coágulo desorganizado. Há dois tipos de alveolites que se diferem clinicamente, porém possuem a mesma sintomatologia: • Alveolite seca: mucosa gengival edemaciada, hiperêmica, tecido ósseo exposto. • Alveolite úmida ou por corpo estranho: mucosa gengival edemaciada, hiperêmica, e coágulo desorganizado. Tratamento: • Alveolite úmida ou por corpo estranho: anestesia, remoção do corpo estranho por curetagem, obtenção e estabilização do novo coágulo, síntese, antibiótico e anti-inflamatório. • Alveolite seca: irrigação com solução antisséptica morna (água fenolada 1:1000 ou soro fisiológico estéril), secagem do alvéolo com gaze, aposição intra alveolar de tampão medicamentoso (óxido de zinco + guaiacol ou Alveolex/Alveosan), anti-inflamatório e analgésico (não é necessário antibiótico). • CIRURGIA II DIVISÕES DA FACE • Zonas: Frontal / terço superior \ Maxilar / terço médio Anteroposterior Mandibular / terço inferior / 1. Linha imaginária que vai da inserção do cabelo ao trágus da orelha; 2. Linha imaginária entre as cúspides dos dentes e uma linha que tangencia o ramo ascendente da mandíbula em sua porção posterior; 3. Linha imaginária que se passa acima do osso hioide. • Regiões: Frontal, nasal, labial e mentoniana > Regiões ímpares. • Regiões: Temporomalar, masseterina, orbitária, geniana e submandibular/supra hioidea>Regiões pares. Cirurgia TRAUMATOLOGIA buco maxilo facial Especialidades odontológicas CFO – 185/93: - implantes, enxertos, transplante. - biopsias. - cirurgias com finalidade protética: remoções de bridas, remoção de tórus mandibular, Frenectomia,auxiliam a fonoaudiologia. - cirurgias com finalidade ortodônticas: remoção de dentes inclusos, corticotomia. - cirurgias ortognatas: pacientes FAF (ferimento por arma de fogo). - tratamento cirúrgico da área buco maxilo facial. CORTICOTOMIA: é definida como uma osteotomia limitada à cortical óssea, sendo utilizada como procedimento auxiliar no tratamento ortodôntico de maloclusões diversas. É um procedimento cirúrgico de remoção parcial da camada cortical de osso alveolar seguido imediatamente da aplicação de forças ortodônticas. “movimentação dentaria” AREAS DE ATUAÇÃO EM OSSOS IMPARES: Mandíbula, vômer. IMPARES: nasais, lacrimais, maxilares, palatinos, conchas nasais inferiores. EPIDEMIOLOGIA DE TRAUMAS FACIAIS - Pico de incidência entre 15 e 30 anos - Homens correspondem à 60-80% - 20% de todos os traumas tem algum grau de comprometimento do terço médio da face. CLASIFICAÇÃO ETIOLOGIA AGENTES MECANICOS: - Perfurante (pregos, estiletes). - Perfuro cortantes (punhal, sabre etc.). - Cortantes (facas, caco de vidro, etc.). - Contundentes (barra de ferro, martelo etc.). - Perfurocontudentes (projeteis de arma, estilhaços). CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS CONTUSÃO: é um hematoma sem rompimento da pele ou da mucosa ABRASÃO: é uma ferida superficial na pele ou na mucosa, provocada por fricção ou raspagem da mesma. LACERAÇÃO: é uma ferida na pele ou na mucosa que penetra nos tecidos moles. Pode romper vasos sanguíneos, nervos e músculos, além de envolver as glândulas salivares. AVULSÃO: Abrasão muito profunda e extensa são lesões por perda de tecido. PRIMEIROS SOCORROS 1. Liberação das vias aéreas. 2. Hemostasia / avaliação neurológica. 3. Verificar sinais vitais. 4. Sedar paciente, analgesia. 5. Limpeza geral. 6. Profilaxia antitetânica e antimicrobiana. 7. Diagnostico e plano de tratamento. • EXAME E DIAGNOSTICO - Histórico - Sinais e sintomas - Exames laboratoriais - Avaliação de outras especialidades - Avaliação radiográfica- Planejamento cirúrgico NO CENTRO CIRURGICO OBJETIVO - Restabelecimento da oclusão - Bloqueio maxilomandibular PRINCIPIOS - Redução (colocar o osso em posição) pode ser cruenta e incruenta. - Imobilização - Contenção (osteosintese com placas é uma fixação rígida, e osteosintese por fios é uma fixaçãosemirrígida). PREPAROS PRÉ CIRURGICOS PARAMENTAÇÃO A paramentação da equipe cirúrgica exige a realização de procedimentos específicos, executados em passos padronizados e com observação rigorosas dos princípios científicos. Estes procedimentos são: degermação das mãos, vestir avental e roupa esterilizados, e calçar luvas esterilizadas. DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS Este procedimento se justifica por que a pele, normalmente, é habitada por duas populações bacterianas, ou seja, a flora residente e a transitória. a) Flora residente: é constituída por microrganismos capazes de sobreviverem e se multiplicaremna superfície cutânea e folículos pilosos, sendo, portanto de difícil remoção. Os estafilococos coagulase negativa, corynebactéria (difteróides e corniformes), acinelobactéria e outros são microrganismos comumente encontrados na flora residente. b) Flora transitória: também conhecida como flora de contaminação, é composta por microrganismosdiversos e de virulência variadas. Estes microrganismos nem sempre estão presentes na superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos mais facilmente., algumas bactérias Gramnegativas (como, por exemplo, E. coli) têm condições mínimas de sobrevivência sobre a pele. c) A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a eliminação da flora transitória e redução da flora residente e, ainda, o retardamento da recolonização da flora residente pelo efeito residual.Sabe-se que, após a realização de tal procedimento, estes microrganismos multiplicam-se. TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS Indicada para preparo das mãos e antebraços antes de qualquer procedimento cirúrgico. Soluções antissépticas com detergentes recomendados • Solução detergente de clorexidina a 2% ou 4% Materiais e equipamentos necessários • Pias com pedal ou torneira acionada por pé ou cotovelo • Água • Escova esterilizada • Solução antisséptica em dispensadores • Toalha ou compressa esterilizada PROCEDIMENTO A remoção mecânica dos detritos pode ser realizada por escovação ou fricção: - as escovas devem ser macias e descartáveis ou convenientemente esterilizadas, e de usoindividual; - molhar as mãos e antebraços com água corrente. A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo,e não manualmente; - aplicar a solução antisséptica sobre a palma da mão, espalhar com movimentos de fricção ouescovação, iniciando pelas extremidades dos dedos, com especial atenção espaços interdigitais. O processo deve continuar pelas faces das mãos e antebraços; - o processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutosentre dois procedimentos; - enxaguar em água corrente a partir das mãos par ao cotovelo. A torneira deve ser fechada com ocotovelo ou por outro profissional, mas não com as mãos; - durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos;- enxugar com compressa esterilizada, obedecendo à direção das mãos para os cotovelos, com movimentos compressivos e não de esfregão. PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA E EPI • A paramentação corresponde à troca das vestes rotineiras por vestimentas adequadas antes do ato cirúrgico. Indicação: todas as pessoas envolvidas no trabalho do centro cirúrgico, principalmente dentro das salas de operação, devem usar roupas apropriadas. • A importância da paramentação é proteger a área a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes. A troca de roupa (pelo pijama cirúrgico, gorro e propés) deverá ser feita no vestiário, que corresponde à zona de proteção do Centro Cirúrgico, sendo seguida da colocação do avental e das luvas estéreis após a escovação das mãos e entrada na sala cirúrgica, propriamente dita. • Uniforme privativo O uso de uniforme privativo feito de tecido com porosidade de 7 a 10 micra e o fechamento das calças nos tornozelos pode reduzir a dispersão de bactérias. Tal uniforme nunca deve ser usado fora da área do Centro Cirúrgico. • Aventais cirúrgicos Os aventais convencionais devem ser confeccionados em material resistente à penetração de líquidos e microrganismos e ao desgaste e à deformação. Devem possuir uma única camada de tecido, geralmente algodão ou brim. Os aventais devem se confeccionados em tamanhos adequados, garantindo o fechamento completo, conforto e total cobertura a partir do pescoço e membros. Na altura dos punhos, devem possuir tramas resistentes ao desgaste. Periodicamente devem ser inspecionados à integridade e durabilidade. Aventais impermeáveis descartáveis representam outra opção. A colocação do avental deve ser feita de maneira cuidadosa a fim de evitar a contaminação do mesmo. Este deve ser segurado com ambas as mãos, as quais serão introduzidas simultaneamente através das mangas. A porção posterior do avental é, então, tracionada. • Máscara cirúrgica O uso correto da máscara cirúrgica evita ou reduz a eliminação de microrganismos no ambiente e protege o profissional contra respingos de secreções oriundas do paciente. Apresentam vida útil de 2 horas. Deve ser usada por todos na sala de operação e cobrir boca e nariz e estar junto a face. São preferíveis as máscaras com dupla gaze de algodão ou de polipropileno ou poliéster. • Paramentação com roupas estéreis As roupas estéreis são utilizadas para prevenir a contaminação do campo operatório mediante contato direto do corpo do cirurgião com o do paciente. Todas as pessoas que entram em campo operatório, bem como aquelas que manipulam os materiais e instrumentais estéreis como é o caso do instrumentador cirúrgico devem usar aventais e luvas estéreis. • Passo a Passo 1- Após a escovação das mãos secá-las na compressa esterilizada. Deve-se utilizar um lado dacompressa para cada antebraço. 2- Segurar o capote esterilizado pelas dobraduras da gola e deixa que o restante dele se desdobre efique esticado. Pela face interna introduza em um único movimento, ambas as mãos e antebraço pelas mangas do capote. 3- O circulante da sala, pela face interna do capote, ajusta-o e o amarra na sequencia os cadarçosda gola e da cintura. 4- Calçar as luvas cirúrgicas Observações: As luvas cirúrgicas são a únicas adequadas para os procedimentos cirúrgicos, devendo obrigatoriamente ser estéreis, idealmente devem cobrir mãos e dedos, estendendo-se por sobre os punhos dos aventais, onde ficam aderidas devido à pressão elástica do punho da própria luva. CIRURGIA DO PERIAPICE APICECTOMIA – com obturação retrograda ou sem obturação retrograda. INDICAÇÕES: • Pericementite aguda – causada por trauma na movimentação, trauma oclusal, produtos químicos que fizeram uma lesão na área. Faz esta quando depois do tratamento conservador não houve efeito. • Dilaceração apical com dificuldade de selamento – ocorre contaminação ou não há descontaminação completa de todo canal radicular. Então para evitar nova infecção ou problemas futuros, tira o ápice desta raiz onde se fez a descontaminação. • Reabsorção externa do ápice radicular – em casos de reabsorção apical, tira o ápice da raiz para tentar parar esta reabsorção para que a mesma não evolua e acometa todo o dente. • Cisto radicular – remove-se o cisto mais a porção mais apical da raiz, se depois de um tratamento endodôntico não teve boa resposta em questão do cisto. • Fraturas traumáticas – quando acontece fratura na porção apical da raiz. Em dentes vivos fazse o tratamento endodôntico antes da cirurgia. • Fraturas de tratamento endodônticos – quando fica um pedaço de lima ou outro material no ápice radicular, e este material promove resposta inflamatória. • Calcificação do canal radicular com lesão – quando uma calcificação impede o completo selamento radicular durante o tratamento endodôntico • Trepanação endodôntica no ápice da raiz – quando durante instrumentação você acaba perfurando a raiz ou trepanando para fora da raiz, abrindo comunicação com o meio externo. • Canais acessórios apicais – quando se tem canais delta apicais impossíveis de se fazer a descontaminação dos mesmos, tira estes pela Apicectomia. CURETAGEM APICAL (menos indicado) INDICAÇÕES: • Extravasamento do material endodôntico • Lesões patológicas justapostas ao ápice – patologia que não foi causada pelo dente, mas esta justaposta ao ápice da raiz. INOPORTUNIDADES CIRURGICAS Momentâneas: • Condições de saúde local e geral do paciente • Gengivite marginal – primeiro se trata a gengivite para depois operar, evitando contaminar o ápice da raiz, levando contaminação. • Presença de estomatites – por causa do incomodo com essas que podem provocar no paciente durante a operação. • Qualquer processo infeccioso na cavidade bucal. Definitivas: • Dente envolto de lesão neoplásica • Necessidade de ressecção radicular extensa – se a ressecção passar de 2/3 da raiz se faz a exodontia do elemento dentário. • Retração avançada cisto ósseo alveolar TECNICA CIRURGICA 1. ANTI SEPSIA 2. ANESTESIA 3. INCISÃO (NEUMAN OU NOVAK PETTER para rebordo baixo, PARTSH OU WASSMUND para rebordo pequeno) 4. DIVULSÃO COM ESPATULAS OU DESCOLADORES •OSTEOTOMIA 1. Ressecção do ápice radicular (fazer um corte em 45° com visualização do conduto radicular) 2. Arredondar bordos da raiz que foram cortados 3. Limpeza da cavidade onde estava o cisto, para evitar restos de patologia no local 4. Tratamento da loja cirúrgica 5. Sutura 6. Entrar com anti-inflamatórios e antibióticos (somente em casos de pacientes imunossuprimidos) CIRURGIA DO PERIAPICE EM MOLARES Dificuldades: • Molar superior – seio maxilar • Molar inferior – nervo alveolar inferior • Radiculectomia – remoção de raízes comprometidas nos molares. CIRURGIA PRE PROTETICA Procedimentos cirúrgicos que tenham por finalidade o favorecimento da propedêutica protética quanto à obtenção de aparelhos que venham preencher as melhores condições para a recuperação. OBJETIVOS: • Estrutura óssea alveolar com forma adequada e um contorno regular • Liberação das interferências dos tecidos moles, freio, bridas, processos hipertróficos. • Aumento da área chapeavel • Conservação da textura normal dos tecidos bucais. - HIPERPLASIA> aumento do número de células. - HIPERTROFIA> aumento do volume das células. • Relacionamento funcional maxilomandibular CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS PRE PROTETICAS • Ação sobre os tecidos mineralizados • Ação sobre os tecidos moles • Ação em ambos os tecidos AÇÃO SOBRE OS TECIDOS MINERALIZADOS ALVEOLOPLASTIA Alveoloplastia estabilizadora: deve ser sempre praticada no mesmo tempo cirúrgico das exodontia, visando favorecer a reparação da ferida cirúrgica e consistente na exérese de porções ósseas que, na remodelação cicatricial, seriam, fisiologicamente, reabsorvidas no pós-operatório. TECNICA CIRURGICA Efetuada durante a exodontia, após a avulsão do elemento dentário, com curetas de Lucas bem afiadas, para verificar e remover irregularidades (espiculas) na superfície da crista óssea dos alvéolos. Alveoloplastia corretora: são praticadas em regiões bucais já edentulas, e tem por finalidade: • Obtenção de uma superfície óssea regular que permita uma distribuição equânime das forças mastigatórias a ela transmitidas pela base do aparelho • Obtenção de um contorno no tecido ósseo alveolar que venha a ser considerado como o mais favorável para suportar os esforços mastigatórios. • Obter uma via desimpedida para a instalação da prótese. TECNICA CIRURGICA • Os passos cirúrgicos da alveoloplastia corretora são: • Anestesia • Incisão sobre o rebordo ósseo alveolar, de forma a possibilitar a exposição do tecido ósseo subjacente. • Exérese óssea semelhante à descrita para a alveoloplastia estabilizadora • Plastia da mucosa gengival sobrante devido à osteotomia praticada • Sutura TORUS São exostoses que podem surgir na porção mediana da apófise palatina do maxilar ou na tabua óssea alveolar lingual da região correspondente aos dentes pré-molares da mandíbula, nos quais podem apresentar-se de ambos os lados. A remoção cirúrgica dos tórus é necessária sempre que venha a interferir sobre a aplicação e a funcionalidade das próteses. TECNICA CIRURGICA Para tórus palatino • Anestesia preferencialmente local por infiltração terminal. • Incisão na mucosa gengival ate atingir tecido ósseo, obter um retalho mucoperiostal que divulsionando exponha a totalidade anatômica do tórus. • Exérese do tórus por osteotomia • Plastia do tecido gengival sobrante • Sutura • Para tórus mandibular • Anestesia regional pterigomandibular e completada com infiltração local • Incisão horizontal na gengiva marginal seccionando as papilas interdentais • Divulsão da mucosa gengival para expor o tórus • Exérese óssea por osteotomia • Sutura AÇÃO SOBRE OS TECIDOS MOLES FREIOS Na cavidade bucal, temos estruturas anatômicas de natureza fibrosa que unem porções dos lábios e a língua ao tecido ósseo alveolar, que são chamadas de freios labial e lingual. Em algumas situações, essas estruturas interligam com finalidade protética e devem ser cirurgicamente removidas. Frenectomia Labial – TECNICA CIRURGICA • Anestesia – deve ser injetada lentamente para conservar os pontos anatômicos de referencia. • Preensão do freio labial é feito com duas pinças hemostáticas colocadas em posição paralelas e rente ao lábio e outra o mais próximo da cortical vestibular do rebordo ósseo. • Seccionamento é feito com bisturi • Sutura Frenectomia Lingual – TECNICA CIRURGICA • Anestesia – bloqueio dos nervos linguais de ambos os lados • Imobilização da língua • Seccionamento do freio lingual • Sutura BRIDAS São estruturas fibrosas, congênitas e ou adquiridas, situadas predominantemente no lado vestibular da cavidade bucal, na qual promovem a diminuição no fundo de sulco. Algumas delas, principalmente desencadeadas pelo traumatismo de próteses mal adaptadas. TECNICA CIRUGICA – KAZANJIAN É a técnica de vestibuloplastia com epitelização secundaria e consiste em incisão praticada na mucosa labial afastada 1,5cm da crista óssea do rebordo, sendo paralela a ele, estendendo-se da altura do primeiro pré-molar de um lado ate a altura do primeiro pré-molar do lado oposto. Em seguida faz-se a Divulsão dos tecidos profundos ate obter uma adaptação adequada do retalho da mucosa obtido pelo traçado incisional. Os músculos serão desinseridos e o retalho mucoso é deslizado para o fundo do sulco obtido e suturado no periósteo. EXERESE DA HIPERPLASIA TRAUMATICA Hiperplasias ocasionadas por próteses mal adaptadas TECNICA CIRURGICA • Anestesia • Apreensão da massa tecidual para permitir fácil manipulação • Traçado incisional inicial • Divulsão do tecido por meio de tesoura • Seccionamento da massa tecidual • Proteção dos tecidos cruentos NEUROTOMIA É o seccionamento do filete nervoso – por decorrência de uma reabsorção óssea acentuada, coloca bem superficializado, um filete nervoso que, por receber pressão da prótese dentaria, durante a mastigação, desenvolve intensa dor, impedindo o uso da mesma. AÇÃO EM AMBOS OS TECIDOS Redução cirúrgica do tuber • Desposicionamentos musculares • Desposicionamento do filete nervoso EXODONTIA VIA ALVEOLAR Exodontia via alveolar: é praticada preservando a estrutura óssea alveolar. Exodontia via não alveolar: é praticada depois de remover parte da parede óssea alveolar do vestíbulo bucal. Planejamento • Exames clínicos: anamnese; exame físico (extra e intra bucal) • Exames radiográficos: utilizamos sempre periapical, quando esta não contempla as estruturas necessárias, utilizamos a panorâmica. Posições operatórias • Paciente: em DDI (decúbito dorsal inclinado); cabeça na altura do diafragma do operador. - Atuações na mandíbula: boca aberta, plano oclusal dos dentes inferiores paralelo ao plano horizontal. - Atuações na maxila: boca aberta, plano oclusal dos dentes superiores próximos a 90º do solo. • Operador (destro): - Dentes inferiores do lado direito: operador em pé, à direita e ligeiramente à frente do paciente. O dedo polegar da mão esquerda afasta a comissura do lábio e os demais dedos são aplicados extrabucalmente, na borda inferior da mandíbula, permitindo sua firmeza. - Dentes inferiores do lado esquerdo (1): operador do lado direito e atrás do paciente, aplicando o polegar da mão esquerda sobre a cortical óssea alveolar de forma a afastar a comissura labial, enquanto os demais dedos, por acesso extrabucal, seguram na borda inferior da mandíbula. - Dentes inferiores do lado esquerdo (2): operador à direita e ligeiramente à frente do paciente, aplicando o dedo polegar sobre a borda inferior do mento e usando os dedos indicador e médio para afastar, respectivamente, a mucosa jugal e a língua.• - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado esquerdo):operador à direita e atrás do paciente, contornando o braço na porção posterior da cabeça do paciente, de modo que o polegar seja aplicado sobre a cortical óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos, que estão extrabucalmente na borda mais posterior do mento. - Dentes ântero inferiores (canino e incisivo central e lateral do lado direito): operador à direita e à frente do paciente, aplicando o dedo polegar na tábua óssea alveolar do vestíbulo bucal, afastando o lábio inferior e ajudando na imobilização da mandíbula juntamente com os demais dedos. - Dentes superiores: operador sempre à direita e à frente do paciente. * Dentes do lado esquerdo: indicador no vestíbulo e polegar no palato * Dentes do lado direito: polegar no vestíbulo e indicador no palato Antissepsia extrabucal: colocar antisséptico na gaze estéril; começa no vermelhão do lábio (comissura labial); fazer movimentos circulares excêntricos; ir da base do nariz, regiçao pré-auricular (trágus) até o osso hioide. Antissepsia intra-bucal: todas as superfícies da boca precisam ter a desinfecção (fricção da gaze); começa pelo dente ou região anatômica que irá operar, vestíbulo bucal, palato, dorso e ventre da língua e assoalho da boca. **OBS: depois de fazer a antissepsia, a pinça é desprezada (não volta para a mesa cirúrgica). Anestesia: técnica anestésica Colocação do campo estéril: campo fenestrado; pinça para regular abertura (depois desta etapa, terminar a paramentação do auxiliar, auxiliado pelo circulante). Sindesmotomia: feito com hollemback ou sindesmótomo (hollemback é melhor); colocar hollemback no sulco gengival e percorrer todo o sulco gengival para romper os ligamentos dento gengivais; exposição do cólo cirúrgico do dente (localizado de 1,0 a 2,0 mm da junção amelocementária). Manobra Auxiliar – Odontossecção: separação do dente em partes (diérese dentária). • Aplicação: aplicação vertical da broca irrigado com soro fisiológico (horizontal = separar a coroa das raízes). • Vantagens: menor quantidade de tecido ósseo a ser removido; maior segurança para o paciente/dentista; exodontia menos traumática; menor possibilidade de lesar dente e estruturas vizinhas. • Indicações: dentes multirradiculares com coroas destruídas ou fraturadas durante a avulsão; dentes multirradiculares com raízes divergentes e curvas; dentes multirradiculares com raízes convergentes e septo inter-radicular bem volumoso; dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes. **OBS.: no caso se separação da furca do dente (molares), não utilizar o fórceps para molares, pois este instrumento tem ranhuras para a furca. Neste caso, utilizar fórceps para dentes unirradiculares (prémolares). Luxação: feito pelo fórceps, que é colocado no cólo cirúrgico (se não tiver cólo cirúrgico, utilizar os elevadores). Empunhadura do fórceps: dígito-palmar (polegar em cima da articulação o instrumento) Movimentos dos fórceps (no cólo cirúrgico) • Preensão: colocar fórceps no cólo cirúrgico; • Intrusão: romper ligamento periodontal, empurrar o dente para o fundo do alvéolo e criar ponto de apoio; • Pendular ou Lateralidade: luxação (superior – movimento mais amplo para vestibular; inferior – movimento mais amplo para lingual); • Rotação: dentes 11 ou 21 (raiz cônica possibilita este movimento); • Tração: remoção do dente Elevadores (Alavancas): segundo instrumento de escolha em relação ao fórceps e depende dos tecidos circunvizinhos para seu fulcro (ponto de apoio). • Indicações: dentes não irrompidos; dentes muito cariados; dentes ectópicos (posição diferente da normal na arcada); dentes com inclinação acentuada; raízes residuais ou fraturadas; em conjunção do fórceps para auxílio na luxação. • Aplicação: entre tecido ósseo do alvéolo e o dente, nos ângulos mésio-vestibular e/ou distovestibular. • Empunhadura: dígito-palmar - indicador na parte ativa do elevador e polegar dando apoio; cabo apoiado na palma da mão. • Princípio de Alavanca: o dente é a resistência, o fulcro (ponto de apoio) é o osso alveolar e a potência é a mão do operador. Para obtermos vantagem mecânica, o braço de potência deve ser mais longo que o braço de resistência. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 3 libras. • Princípio de Cunha: elevador reto apical é introduzido entre o osso alveolar e o dente (lig. periodontal). É exercida força manual ou através do martelo cirúrgico, empurrando o elevador para baixo e forçando o dente para cima. Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 2,5 libras. • Princípio de Roda: gira-se o cabo do elevador ao redor do longo eixo da haste até elevar o dente (só é feito com elevador do tipo Seldin). Força aplicada: 1 libra; Força obtida: 4,6 libras (mais eficiente, geralmente indicado para molares). Curetagem Alveolar: remoção de tecidos patológicos e corpos estranhos (restos de osso, restos de dente, granulomas, etc); estimular sangramento alveolar para haver a formação do coágulo sanguíneo e reparação tecidual. Tratamento da ferida exodôntica • Manobra de Chompret-Hirondel: tem finalidade de retornar alvéolo a sua posição original, comprimindo as tábuas ósseas alveolares com os dedos polegar e indicador (quando a tábua óssea é muito fina ou o alvéolo receberá um implante, abrimos mão dessa manobra). Síntese: tem finalidade de imobilizar as bordas da ferida, promovendo o repouso local e a hemostasia e, por estabilizar o coágulo, favorece a reparação tecidual. • Sutura: sutura transalveolar iniciando pela borda lingual em dentes inferiores, e vestibular em dentes superiores. Proteção da ferida exodôntica: depois de suturado, paciente é orientado a morder, por tempo não menor que 10 minutos, uma compressa de gaze umedecida com solução fisiológica isotônica, favorecendo a hemostasia e evitando acúmulo de sangue sobre o retalho, confinando-o no interior do alvéolo até a formação da coagulação. Pós-operatórios (padrão cirúrgico 1 e 2): dieta líquida, pastosa e fria (calor estimula vasodilatação e sangramento); não escovar os dentes ou fazer bochechos nas primeiras horas; travesseiro elevado para evitar sangramento; repouso (evitar atividades físicas); remover sutura aproximadamente 1 semana após a cirurgia. Sequência do Planejamento Operatório 1. Identificação do paciente 2. Procedimento cirúrgico • 3. Posicionamento do paciente 4. Paramentação do operador 5. Montagem da mesa cirúrgica 6. Antissepsia extra oral 7. Antissepsia intra oral 8. Anestesia 9. Colocação de campo fenestrado 10. Paramentação do auxiliar 11. Sindesmotomia 12. Odontossecção 13. Intrusão 14. Luxação 15. Avulsão 16. Curetagem 17. Manobra de Chompret-Hirondel 18. Síntese 19. Proteção da ferida exodôntica 20. Pós-operatórios EXODONTIA VIA NÃO ALVEOLAR Redução da resistência à avulsão: exérese óssea (osteotomia); fragmentação do dente (odontossecção); ambos os recursos conjugados. Osteotomia para exodontia: remoção de tecido ósseo alveolar vestibular em quantidade suficiente para remoção do dente. • Cuidados: forame palatino posterior (rebordo palatino não será abordado nesta primeira etapa); trígono retro molar (região onde passa o nervo lingual); forame mentoniano/mentual (feixe vásculonervoso); forame infra-orbital (feixe vásculo-nervoso). OBS: osteotomia próximo ao ápice radicular. Retalho mucoperiostal • Indicações: melhor visão do campo operatório; necessidade de osteotomia para remoção do dente; risco de lesionar tecidos moles durante procedimentos. Planejamento:• Incisão intra sulcular (traçado incisional horizontal): retalho em envelope; • Componente vertical: incisão relaxante para mesial entre a papila interdental e o topo da gengiva marginal (acrescentado no traçado incisional horizontal). OBS: • Não realizar a incisão relaxante na papila interdental nem no topo da gengiva marginal (meio); • A incisão relaxante deve ser sempre 1 dente antes do dente a ser removido; • Quando houver um ângulo, o descolamento começará por ele (caso houver o ângulo distal, iniciar pelo ângulo mesial). Odontossecção (diérese dentária): procedimento de fragmentação do dente para facilitar a sua remoção. Feito com instrumentos cortantes rotatórios ou cinzeis bibizelados. • Vantagens: menor remoção de tecido ósseo; diminuição do tempo operatório; exodontia menos traumática; proteção ao dente vizinho; proteção a estruturas vizinhas. • Indicações: multirradiculares com coroas destruídas; multirradiculares com restaurações extensas; multirradiculares com raízes divergentes; multirradiculares com raízes convergentes; decíduos com germe entre as raízes; unirradiculares com hipercementose; unirradiculares com dilaceração radicular; proximidade de estruturas anatômicas nobres. Técnicas para odontossecção: • Molares inferiores com ou sem retalho: coroa pode ser seccionada verticalmente no sentido bucolingual e o dente ser extraído com o fórceps individualmente como dois dentes unirradiculares (com retalho quando as raízes são dilaceradas divergentes). • Molares inferiores sem retalho: coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e as raízes seccionadas verticalmente para individualização das raízes mesial e distal que, com os elevadores, serão removidas de seus alvéolos. • Molares inferiores com retalho envelope: a coroa é removida com o fórceps juntamente com 1 raiz e a outra raiz é removida com os elevadores separadamente. • Molares superiores com ou sem retalho: a coroa pode ser seccionada ao nível da crista gengival na junção mésio-vestibular e disto-vestibular das respectivas raízes, removendo com o fórceps a coroa com a raiz palatina e, em seguida, as raízes disto-vestibular e mésiovestibular com os elevadores (com retalho quando as raízes são extremamente divergentes). • Molares superiores sem retalho: a coroa pode ser seccionada horizontalmente ao nível da crista gengival e removida com o fórceps separada das raízes. As raízes são seccionadas verticalmente e removidas individualmente com os elevadores. Exodontia Múltipla: • Planejamento da técnica anestésica / solução anestésica; • Delimitação do campo operatório; • Obtenção do retalho mucoperiostal; • Exodontia propriamente dita; • Plastia dos tecidos duros (osteoplastia ou alveloplastia): regularização do osso alveolar; remoção das espículas e esquírolas ósseas. o Espícula óssea: ponta do osso que ainda está presa no tecido ósseo. o Esquírola óssea: fragmento do osso que se desprendeu. • Reposicionamento do retalho; • Síntese: inicial pelo ângulo e depois fazer a técnica das metades; • • Proteção da ferida. OBS: Quando realizar exodontia da maxila e mandíbula no mesmo hemiarco, retirar primeiro os dentes da mandíbula, pois o sangramento da maxila irá dificultar o campo visual da mandíbula. • Quando houver exodontia múltipla, iniciar da distal para mesial, pois se iniciar pela mesial, o sangramento irá escorrer para os dentes posteriores e irá dificultar o campo visual (principalmente na maxila). CIRURGIA DOS CISTOS DO COMPLEXO BUCOMAXILOFACIAL Cisto é uma cavidade patológica que pode ocorrer no interior dos tecidos, revestida por epitélio, usualmente contendo em seu interior material fluido ou semifluido. TRATAMENTO CIRURGICO DOS CISTOS O tratamento dos cistos sediados na cavidade bucal é feito por meio de procedimentos cirúrgicos desdobrados com técnicas bem definidas que respeitam as características histopatológicas comuns a todos os cistos e ainda as peculiaridades próprias de cada um dos seus tipos. Essas técnicas são: • ENUCLEAÇÃO • MARSUPIALIZAÇÃO • EXCISÃO ENUCLEAÇÃO • Exérese total da lesão cística • Anestesia • Traçado incisional • Divulsão tecidual • Osteotomia • Exérese da lesão • Manipulação de dente não irrompido, envolvido na capsula cística. • Tratamento medicamentoso da loja cística • Tratamento da loja óssea • Sutura. MARSUPIALIZAÇÃO Consiste em transformar a loja cística em uma cavidade aberta, que assim se torna acessória a cavidade bucal. A cavidade aberta não permite a pressão osmótica intracapsular, que é o fator estimulante ao crescimento do cisto. EXCISÃO É uma exérese em amplitude maior que a enucleação, feita, portanto com uma margem de segurança. É feito de forma rotineira em casos de neoplasias benignas CIRURGIA PARA REPOSIÇÃO ESTRUTURAL Defeitos dos ossos da face, especialmente da mandíbula, possuem diversas causas como ações de patologias, infecções e deformidades congênitas. Cada alteração apresenta características especificas que devem ser consideradas nas cirurgias reconstrutivas (estética e função) CIRURGIA RECONSTRUTIVA As estruturas ósseas podem apresentar alterações e defeitos de: • Tamanho • Forma • Posição • Volume OSTEOGENESE DO TRANSPLANTE OSSEO • Regeneração óssea • Angiogenese e proliferação (osteoblastos) fibroblastica. RESPOSTA IMUNE – a resposta imune do tecido transplantado depende da sua origem. ENXERTOS • Autógenos • Alógenos • Xenogenos ENXERTOS AUTOGENOS • Auto enxertos (tecido do próprio individuo) Mais utilizado nas cirurgias BMF. • Intra-bucal ou extra bucal TIPOS DE ENXERTOS AUTOGENOS INTRA-BUCAIS Regiões doadoras de: • Sínfise • Retromolar • Corpo da mandíbula • Processo coronóide TIPOS DE ENXERTOS AUTOGENOS EXTRA-BUCAIS Regiões doadoras de: • Crista ilíaca • Costelas • Calota craniana • • Fíbula VANTAGENS DO AUTOGENO • Fornece células osteogênicas para formação óssea • Não desencadeia a resposta imunológica DESVANTAGENS DO AUTOGENO • Necessita de um segundo sitio cirúrgico para obtenção do enxerto • Área doadora dói por um bom tempo – meses-. ENXERTOS ALOGENOS • Obtidos de indivíduos da mesma espécie • Necessitam de tratamento para evitar rejeição • Liofilizado • Fornece matriz de tecido duro para indução da regeneração óssea (é um enxerto osteoindutor) VANTAGENS DO ALOGENO • Não necessita de um segundo sitio cirúrgico • Fornece osso do mesmo tipo e formação do que vai ser substituído DESVANTAGENS DO ALOGENOS • Atingem pequenas áreas e tem muita reabsorção. ENXERTOS XENOGÊNICOS • Espécies diferentes • Diferenças antigênicas mais pronunciadas • Necessitam de tratamento rigoroso para evitar rejeição VANTAGEM DO XENOGENICO • Não necessita de segundo sitio cirúrgico DESVANTAGENS DO XENOGÊNICO • Tratamento rigoroso para redução da antigenicidade (capacidade de provocar a formação de um anticorpo) MATERIAIS PARA IMPLANTE • Hidroxiapatita • Polietileno poroso • Malhas ou telas de titânio HIDROXIAPATITA • Material aloplastico • Sintético, biocompativel e osteoindutor. POLIETILENO POROSO • Aloplastico • Baixo índice de rejeição • Excelente integração com tecidos fibrovasculares TELAS E MALHAS DE TITANIO • Maleáveis • Fácil adaptação • Associados ou não a enxertos • Barreira mecânica para impedir o tecido mole de invadir o tecido duro (dar tempo do tecido duro se regenerar). CIRURGIA DE DENTES INCLUSOS 3 MOLARES Definição: é todo dente,que chegada a sua época normal de erupção não irrompeu na cavidade oral. Classificação: • Fisiológica: É quando o dente encontra-se incluso, porém dentro de sua época normal de irrompimento. • Patológica: É quando um dente encontra-se incluso após passados 12 meses de sua época normal de irrompimento. Generalidades: • Os terceiros molares apresentam uma grande variedade de situações e condições, o que dificulta estabelecermos uma técnica padrão isto é uma técnica cirúrgica uniforme para todos os casos. Porém os princípios em que se baseiam as intervenções são idênticas em todos os casos: Incisão da mucosa, osteotomia ( Trepanação óssea ). Fatores que orientam a intervenção: • Posição da coroa. • Desenvolvimento e posição da raiz. • Natureza e quantidade de tecido ósseo que rodeia o dente. • Relação entre o terceiro molar inferior incluso e o segundo molar irrompido. Princípios básicos das cirurgias de dentes inclusos: • Menor traumatismo possível. • Trabalhar pela via de menor resistência. • Controle das forças empregadas. Necessidade e oportunidade da extração: Graziani: Todo dente incluso deve ser extraído, pois ele é um cisto em potencial. Mead: Todo dente incluso deve ser extraído, desde que os benefícios sejam maiores que os malefícios. Exame clínico: Este deve ser minucioso, iniciando-se pelos lábios e terminando pelos dentes. É através deste minucioso exame clínico que iremos detectar a presença de uma pericoronarite de lesões benignas e de lesões hiperplásicas. Exame radiográfico: Este é imprescindível. Ele nos dará todos os dados exigidos para planejamento e execução da operação (cirúrgica) do dente incluso. Localização topográfica: Consiste em aliar-se a um cuidadoso exame clínico, através de três ou mais radiografias que irão situar o dente incluso em relação a três dimensões de volume: altura, largura e comprimento. Tipos de radiografias empregadas: Periapical: • Nos dará uma visão ântero-posterior, • Relação dos dentes no sentido transversal. • Fornece elementos úteis na condução da técnica a ser seguida • Conhecimento da forma e posição do dente. Oclusal: Técnica de Donavam. É realizada com radiografias periapicais. A incidência do raio central deverá ser perpendicular à película e paralelo ao longo eixo dos dentes. Perfil: Esta nos orientará quanto a altura do dente incluso, suas relações e variações no sentido vertical e localização no sentido horizontal, suas relações com dentes e estruturas adjacentes. Panorâmica: É muito importante, pois nos dará uma visão total do dente incluso e de suas relações com o segundo molar irrompido e estruturas adjacentes. Indicações: • Falta de espaço. • Má posição do incluso (sem possibilidade de correção). • Pericoronarites recorrentes. • Reabsorções ou cáries (no 2º m.i. irrompido). • Indicações protéticas ou ortodônticas. • Processos patológicos (Trismo, abscesso, cisto dentígero, etc). • Sintomas de etiologia indeterminadas (dor na atm, na cabeça, etc). Contraindicações: • Má condição geral do paciente. • Iatrogenias (Ex.: acidentes anatômicos importantes). • Possibilidade de tratamento conservador. • Pacientes idosos. • Extrações precoces. • Processos infecciosos agudos. Planejamento: Este depende dos exames clínicos e radiográficos (minuciosos). No exame clínico (Visual e digital) cuidadoso iremos: • Verificar os tecidos moles e duros que rodeiam o sítio da intervenção. No estudo radiográfico cuidadoso iremos: • Determinar (verificar) se as radiografias mostram o tamanho exato e completo e a forma do dente (da coroa, o número, o tamanho e a forma das raízes com os dentes adjacentes ou estruturas vitais. • A relação vestíbulo lingual do dente através do estudo da radiografia oclusal. • A posição das raízes em relação ao canal mandibular. No planejamento devemos: Decidir se o dente incluso será extraído por: • Odontossecção. • Osteotomia. • Osteotomia mais odontossecção. • Estimar a quantidade de tecido ósseo que pode ser removido para proporcionar uma exposição e criar um espaço adequado para extração do dente incluso. • Determinar o melhor método e os melhores instrumentos para a eliminação do osso: • Através de brocas (somente em alta ou baixa rotação). • Através de cinzel e martelo. • Broca, cinzel e martelo. • Remoção de tecido ósseo mais odontossecção. • Determinar a melhor direção e os instrumentos necessários para elevar o dente incluso com o mínimo trauma. Fatores que complicam a técnica operatória. • Curvatura anormal das raízes. • Hipercementose. • Proximidade com o canal mandibular. • Grande densidade óssea (idosos). • Espaço folicular coberto de osso (em pacientes com mais de 25 anos). • Dentes inclusos (coroas) com reabsorções em idosos, o que leva a uma anquilose (união entre dente e osso). • Músculo orbicular pequeno. • Incapacidade de abrir a boca. • Língua grande incontrolável. Classificação de Winter: Baseia-se na posição do longo eixo do 2º molar inferior irrompido em relação ao longo eixo do 3º molar inferior incluso. Classe I – Vertical Classe II – Horizontal Classe IV - Disto-Angular Classe III - Mésio-Angular Classe V - Invertido Classe VI - Vestíbulo - Angular Classe VII - Linguo-Angular Classe VIII – Excepcionais Classificação de Pell e Gregory: • Baseia-se na relação do dente ( 3º m.i. incluso ) com o ramo ascendente da mandíbula e a distal do 2º molar inferior irrompido. • Quanto a profundidade relativa do 3º m.i. incluso no osso. • Quanto a relação do 3º m.i. incluso com o arco dental. Com relação do 3º m.i. incluso com o ramo ascendente da mandíbula e a distal do 2º m.i. irrompido a classificação é a seguinte: Classe I Classe II Classe III • Classe I: Há espaço suficiente entre o ramo ascendente da mandíbuila e o segundo molar para acomodação do 3º molar (incluso). • Classe II: Há pouco espaço, isto é, o espaço entre o ramo ascendente e a distal do segundo molar é menor que o diâmetro mesio-distal do 3º m.i. incluso. • Classe III: Não há espaço, isto é, o 3º m.i. está quase que ou totalmente incluso no ramo ascendente da mandíbula. Classe I________Classe II________Classe III Quanto à profundidade relativa do 3º m.i. Incluso no osso. Posição A. Posição B. Posição C. • Posição A: Posição mais alta do dente incluso encontra-se acima do plano oclusal ou na mesma linha do segundo molar. • Posição B: Posição mais alta do dente incluso encontra-se abaixo do plano oclusal e acima da linha cervical do segundo molar inferior. • Posição C: A posição mais alta do dente incluso encontra-se abaixo da linha cervical do segundo molar. Posição A Posição B Posição C Quanto à relação do 3º m.i. Incluso com o arco dental. • Normal. • Projeção vestibular. • Projeção lingual. Normal Projeção vestibular Projeção lingual Técnica Cirúrgica: 1-Incisão: Dentados • Winter • Angulada • Centeno • Incisão: Desdentados • Linear sobre o rebordo 2-Descolamento do retalho 3-Osteotomia • Brocas (Esf. e t. cônicas) • Cinzel e martelo • Brocas, Cinzel e martelo. 4-Tecnica Cirúrgica: • Operação propriamente dita com ou sem odontossecção. • Tratamento da cavidade óssea. • Sutura. 5-Pós-operatório: • Instruções ao paciente. • Medicação. • Curativos e observações. • Remoção de suturas após 7º ou 8º dia. • Alta para o paciente.VASCULARIZAÇÃO SANGUÍNEA ➢ As artérias carótida comum direita e carótida comum esquerda sobem pelo pescoço e, ao nível do osso hioide, se bifurcam em artéria carótida externa e artéria carótida interna. Artéria carótida interna: não emite ramos cervicais e penetra no crânio através do canal carótico, irrigando o encéfalo juntamente com a artéria vertebral, ramo da artéria subclávia. Artéria carótida externa: irriga a maior parte dos tecidos moles da cabeça. Durante seu trajeto ascendente, emite ramos colaterais e na altura do colo da mandíbula emite seus ramos terminais. Artéria carótida externa - Ramos Colaterais • Artéria lingual: possui vários ramos para irrigar a língua; • Artéria facial: possui várias ramificações para irrigar grande parte da face; • Artéria tireóidea superior: ramifica-se em a. laríngea superior e irriga glândula tireóidea e a laringe; • Artéria auricular posterior: ramifica-se em a. estilomastoidea e irriga orelha interna, células mastoideas, pavilhão da orelha, glândula parótida e ATM; • Artéria occipital: irriga músculos da região occipital e o couro cabeludo da região; • Artéria faríngea ascendente: irriga a faringe. Artéria lingual: • Artéria profunda da língua: irriga os músculos da porção anterior e média da língua; • Artéria sublingual: irriga a região sublingual, o assoalho da boca e a glândula sublingual; • Ramos dorsais da língua: irriga músculos da porção posterior da língua; • Ramos supra-hioideos: irriga os m. supra-hióideos. Artéria facial: • Artéria angular: terminal, irriga laterais do nariz e canto do olho; • Artéria labial superior: irriga lábio superior; • Artéria labial inferior: irriga lábio inferior; • Artéria submentual: irriga músculos da região mentual; • Artéria palatina ascendente: irriga o palato mole; • Ramos glandulares: irriga a glândula submandibular. Artéria carótida externa – Ramos Terminais Artéria temporal superficial: irriga glândula parótida, ducto parotídeo, região temporal e frontal. Artéria maxilar: irriga as regiões profundas da face, inclusive os dentes superiores e inferiores. • A. meníngea média: irriga a dura-máter e o gânglio trigeminal; • A. alveolar inferior: emite ramos colaterais (ramo milo-hioideo, ramos dentais e peridentais) e um ramo terminal (a. mentual): - Ramo milo-hioideo: irriga o m. milo-hioideo, ventre anterior do m. digástrico e o assoalho da cavidade oral; - Ramos dentais e peridentais: irrigam a polpa e periodonto dos dentes inferiores; - A. mentual: irriga lábio inferior, gengiva vestibular anterior inferior. • A. temporal profunda anterior e posterior: irrigam partes respectivas do temporal; • A. massetérica: irriga o masséter; • A. bucal: irrigam a bochecha e o m. bucinador; • Ramos pterigoideos: irriga o músculo pterigoideo; • A. esfenopalatina: ramo terminal, irriga a cavidade nasal e porção anterior do palato duro; • A. palatina descendente: ramifica-se em a. palatina maior e a. palatina menor, irrigando porção média do palato duro e palato mole, respectivamente. • A. alveolar superior posterior: irriga polpa e periodonto de pré-molares e molares superiores. Possui ramo extra ósseo para gengiva vestibular posterior; • A. infraorbital: irriga a pálpebra inferior, saco lacrimal, lábio superior e bochecha. Emite: - A. alveolar superior anterior e média: irriga polpa e periodonto dos dentes anteriores. Drenagem Venosa Veias alveolares superiores anteriores e posteriores: drenam dentes superiores, periodonto, processo alveolar e gengiva. Veia alveolar inferior: drenam os dentes inferiores, periodonto, processo alveolar, gengiva, mento e músculo milo-hioideo. Plexo pterigoideo: drenam a parte profunda da face (músculos da mastigação, dentes, palato, cavidade nasal) e a parte superficial da face (regiões infraorbital e mentoniana). Veia maxilar: idem plexo pterigoideo. Veia retromandibular: idem plexo pterigoideo e parte do couro cabeludo. Veia facial: drena o ângulo medial do olho, nariz, lábios, bochecha, área submentoniana e glândula submandibular. Veia lingual: drena a língua e região sublingual. Veia tireóidea superior: drena glândula tireóidea. Veia jugular externa: drena a área mastoidea, orelha externa e superfície ântero-lateral do pescoço. Veia jugular interna: drena o conteúdo da cavidade craniana, faringe, face, língua, glândula tireóidea e laringe. Introdução à Cirurgia Odontológica Divisões da Face Princípios Fundamentais da Cirurgia Planejamento do Ato Operatório Medidas de Assepsia e Antissepsia Manobras Cirúrgicas Fundamentais Classificação dos fios de sutura Nós Reparação Tecidual Fases da Reparação Tecidual Reparação dos Alvéolos Consolidação Óssea Paramentação Farmacologia dos Anestésicos Locais Vasoconstritores Técnicas Anestésicas Intra Bucal Infiltrativas Bloqueios Regionais ou Condução – Maxila Bloqueios Regionais ou Condução – Mandíbula Exodontia Via Alveolar Fundamentos no Uso de Anti-inflamatórios e Analgésicos Fundamentos para o Uso de Antibióticos Principais Utilizados na Odontologia Exodontia Via Não Alveolar Exame Clínico em Cirurgia Buco-Dento-Alveolar Acidentes e Complicações das Exodontias Acidentes mais comuns nas exodontias Complicações mais comuns nas exodontias DIVISÕES DA FACE Cirurgia TRAUMATOLOGIA buco maxilo facial AREAS DE ATUAÇÃO EM OSSOS EPIDEMIOLOGIA DE TRAUMAS FACIAIS CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS PRIMEIROS SOCORROS EXAME E DIAGNOSTICO NO CENTRO CIRURGICO PREPAROS PRÉ CIRURGICOS PARAMENTAÇÃO DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS PROCEDIMENTO PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA E EPI CIRURGIA DO PERIAPICE CIRURGIA DO PERIAPICE EM MOLARES CIRURGIA PRE PROTETICA CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS PRE PROTETICAS AÇÃO SOBRE OS TECIDOS MINERALIZADOS TORUS AÇÃO SOBRE OS TECIDOS MOLES AÇÃO EM AMBOS OS TECIDOS EXODONTIA VIA ALVEOLAR EXODONTIA VIA NÃO ALVEOLAR CIRURGIA DOS CISTOS DO COMPLEXO BUCOMAXILOFACIAL CIRURGIA PARA REPOSIÇÃO ESTRUTURAL ENXERTOS DESVANTAGENS DO ALOGENOS CIRURGIA DE DENTES INCLUSOS 3 MOLARES VASCULARIZAÇÃO SANGUÍNEA