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DERMATOLOGIA EQUINA 
As doenças dermatológicas nos equinos são frequentes, caracterizando-se inicialmente por lesões primárias e muitas 
das vezes sendo uma manifestação de enfermidades sistêmicas. 
O exame dermatológico deve seguir uma sequência lógica e constante: identificação, anamnese, exame físico geral e 
específico (local, extensão e descrição das lesões; mapa dermatológico e fotos; diagnósticos diferenciais; coleta de 
material par realização de exames complementares). 
1) DERMATOFILOSE – 
Doença causada pela Dermatophilus congolensis, uma bactéria oportunista, que caracteriza-se por gerar lesões 
exsudativas e formação de crostas. 
Fatores predisponentes: 
• Exposição direta ou indireta à bactéria (ex.: compartilhamento de equipamentos entre animais); 
• Lesões de pele (porta de entrada por meio de moscas e carrapatos); 
• Excesso de umidade e calor; 
• Imunossupressão (Hiperadrenocorticismo – pelos longos, sudorese, umidade, imunossupressão); 
• Desnutrição. 
Obs.: acontece eventualmente em animais sadios, mas na maioria das vezes ocorre em animais imunossuprimidos. 
 
Sinais clínicos: 
• Presença de pápulas, pústulas e crostas em forma de pincel  dolorosas ao serem manipuladas; 
• Ausência de prurido; 
• Distribuição em cabeça, pescoço, dorso, garupa e eventualmente nos membros, mas que podem ser tornar 
generalizadas. 
 
Diagnóstico: 
• Clínico de acordo com o aspecto da lesão; 
• Citologia por esfregaço do exsudato (diagnóstico definitivo)  presença de cocos em forma de trilhos de trem; 
• Cultura das crostas; 
• Histopatologia (perifoliculite, dermatite pustular e perivascular). 
 
Tratamento: 
• A doença pode ser autolimitante; 
• É importante manter a pele seca; 
• Banhos com soluções bactericidas para remoção das crostas (de forma gentil) - clorexidina 2 ou 4% ou 
iodopovidina; mantendo o produto em contato com a pele por 10 a 15 minutos, inicialmente a cada 1 a 2 dias 
e depois passando a ser 1x por semanas até 1 semana após a resolução dos sinais; 
• Em lesões mais graves é necessário o uso de ATB sistêmico (penicilina procaína IM ou potássica IV) e 
analgésico. 
Prevenção: 
• Redução dos fatores predisponentes. 
Diagnóstico diferencial: 
• Foliculite; 
• Dermatofitose. 
 
2) DERMATOFITOSE – 
É uma infecção causada por fungos dermatófitos (Trichophyton equinum, Microsporum canis, Microsporum equinum 
e outros), que possuem filia por tecidos queratinizados. 
A doença possui transmissão direta ou indireta.. 
Fatores de risco: 
• Animais jovens; 
• Umidade; 
• Imunossupressão; 
• Compartilhamento de sela. 
Obs.: após a infecção, os fungos podem incubar-se em 9 a 15 dias. 
Sinais clínicos: 
• Alopecia circular; 
• Prurido infrequente; 
• Descamação e formação de crostas; 
• Aumento centrifugo da lesão; 
• Lesões em cabeça, pescoço e membros torácicos, até disseminação para todo o corpo. 
Diagnóstico: 
• Sinais clínicos + exames complementares; 
• Tricograma  exame direto, com visualização de hifas; 
• Lâmpada de wood; 
• Cultura fúngica; 
• Raspado de pele. 
Tratamento: 
• Pode ser autolimitante em animais não imunossuprimidos (1 a 4 meses) - “meu cavalo tava com uma lesão 
aqui e sumiu”; 
• Banhos diários com shampoo de miconazol + clorexidina, povidine ou clorexidine  pelo menos 3x/semana 
inicialmente, sendo feito este banho até 2 a 4 semanas após a resolução dos sinais clínicos. 
Prevenção: 
• Quarentena e isolamento de animais acometidos; 
• Evitar compartilhamento de equipamentos; 
• Desinfectar ambiente e fômites com hipoclorito de sódio 5%. 
Obs.: é uma ZOONOSE! 
Diagnósticos diferenciais: 
• Dermatofitose, sarna, sarcoide oculto, alergia de contato. 
 
3) PITIOSE CUTÂNEA – 
Doença causada por um oomiceto Pytium insidiosum – microrganismo parasita de plantas aquática, logo comum em 
animais que vivem em regiões alagadiças e em regiões tropicais e subtropicais. 
Causa lesões em pele, tecido subcutâneo, trato digestório e respiratório. As lesões possuem aspecto proliferativo, 
ulcerativo e granulomatoso, frequentes em membros e região ventral do abdome, mas que costuma ser uma lesão 
única. 
Feridas que se iniciam pequenas de difícil resolução, com prurido intenso e aumento rápido e progressivo 
(emagrecimento  debilidade  morte). Animais podem apresentar automutilação, claudicação, anemia e 
hipoproteinemia. 
Granulomas eosinofílicos, ulcerativos, de borda irregular, causando trajetos fistulosos, com a presença de massas 
necróticas caseificadas (“kunkers”: massas branco-amareladas). 
Diagnóstico: 
• Histórico; 
• Histopatológico e micológico  coloração de prata metenamina de Grocott-Gomori; 
• Imuno-histoquímica; 
• Métodos moleculares. 
Diagnóstico diferencial: 
• Habronemose; 
• Tecido de granulação exuberante; 
• Granulomas fúngicos; 
• Neoplasia. 
Tratamento: 
• Antifúngicos não possuem uma boa ação (não apresentam esteróis de membrana); 
• Excisão cirúrgica para remover todos os cancros, as vezes feita em duas etapas; 
• Limpeza com iodo; 
• Cauterização tópica; 
• Iodeto de potássio sistêmico (1g a 15kg, oral por 30 dias  no máximo 20g/dia); 
• Anfotericina B de forma tópica com DMSO para borrifar na ferida ou perfusão regional (50 mg, 1 a 2 vezes) - 
forma sistêmica em desuso (nefrotoxicidade). 
• Imunoterapia (pitium-vac  adjunto para ajudar na resolução da enfermidade, mas provoca reação local 
muito intensa e muitas vezes deve ser aplicada várias vezes – 6x em intervalo de 15 dias). 
Prevenção: 
• Restringir o acesso a áreas alagadas. 
 
4) HABRONEMOSE – 
Causada pelo Habronema muscae, majus e Draschia megastona. 
Ciclo comum: 
Adultos presentes no estômago  L1 nas fezes  Ingeridas por larvas de moscas, onde se devenvolvem  mosca 
deposita larva com L3 próxima a cavidade oral, sendo ingerida pelo cavalo  reinicio do ciclo. 
Ciclo errante: mosca deposita larva na pele ou mucosa  Habronemose cutânea. 
Obs.: hospedeiro intermediário – mosca doméstica e do estábulo (Stomoxys calcitrans). 
 
Fatores predisponentes: 
• Clima tropical e temperado; 
• Presença de moscas – meses quentes; 
• Ausência de vermifugação. 
 
Sinais clínicos: 
• Granulomas ulcerativos e proliferativos de difícil cicatrização, que podem estar relacionados reação de 
hipersensibilidade a larva (eosinófilos); 
• Prurido variável; 
• Grânulos caseosos podem ocorrer; 
• Lesões localizadas ao redor dos olhos, conjuntiva, vulva, comissura labial, região distal dos membros, pênis e 
prepúcio. 
Diagnóstico: 
• Histórico e característica da lesão; 
• Histopatológico: tecido de granulação com presença de larva e infiltrado eosinofílico  definitivo. 
Diferencial: 
• Tecido de granulação exuberante, pitiose, neoplasia e leish. 
Tratamento: 
• Ivermectina 0,2 mg/kg, PO – 3 a 4 aplicações 1x por semana; 
• Corticóide tópico até redução do processo inflamatório e prurido (sistêmico só se for nos primeiros dias em 
caso de extremo prurido); 
• Tratamento da ferida: desbridamento cirúrgico, bandagem, limpeza diária e uso de pastas repelentes 
(neguvon, penicilina, dexametasona e unguento). 
Prevenção: 
• Controle de moscas; 
• Vermifugação. 
 
5) PAPILOMATOSE EQUINA – 
Doença causa pelo papilomavirus equino 1, 2 e 3, responsável por gerar lesões verrucosas cuneiformes, 
principalmente em animais jovens (<3 anos) e imunossuprimidos. 
Caracteriza-se pela formação de uma placa aural, com lesões não autolimitantes dentro do pavilhão auricular. Comuns 
de acontecerem na face, orelhas, pescoço e lábios. 
Transmissão por fômites e moscas - tosas em orelha, carrapatos e moscas. 
Tratamento: 
• Pode ser autolimitante, mas dificilmente quando há placa aural; 
• Excisão cirúrgica, criocirurgia; 
• Imiquimode creme 5% (imunomodulador)  provoca inflamação intensa e muita dor; 2 a 3x/semana até o 
desaparecimento. 
 
6) HIPERSENSIBILIDADE À PICADA DE INSETOS – 
É a causa mais comum de prurido em equinos, que se dá por uma reação de hipersensibilidade do tipo 1 e 4. 
Os casos são isolados, sendo uma doença multifatorial(geografia, genética, predisposição racial – QM, Árabe). 
Sinais clínicos aparecem em animais jovens (2 a 4 anos). 
Crises sazonais (época com maior presença de moscas e mosquitos), caracterizando-se por um prurido intenso, 
iniciando-se com pequenas pápulas de distribuição dorsal e/ou ventral, que progridem para alopecia, formação de 
crostas, hipopigmentação e lignificação em estados crônicos. 
Comum a perda de pelos em cauda e crina pelo prurido intenso. Ainda, é comum infecções secundárias (Sthapy.) 
Diagnóstico: 
• Histórico - acometimento de um animal, sazonalidade; 
• Distribuição das lesões; 
• Raspado de pele: descartar presença de ectoparasitas; 
• Citologia e cultura: presença de bactéria ou fungo; 
• Especifico: tratamento terapêutico, histopatologia e teste intradérmico com diferentes antígenos. 
Tratamento e prevenção: 
• Corticoterapia até redução do processo alérgico e prurido: dexametasona em baixa dose (30 a 40 mg/cavalo 
SID); 
• AINES; 
• Utilização de repelente e isolamento em baia telada; 
• Controle de insetos. 
 
Afecções genéticas – 
7) ASTENIA CUTÂNEA – 
Se dá por uma mutação recessiva, que herda hiperelastose cútis (ausência de produção de colágeno), sendo comum 
em quarto-de-milha. 
 
8) SÍNDROME LETAL DO OVERO BRANCO – 
• Animais que não produzem melanócitos; 
• Potros com posição de tenesmo; 
• Origem dos melanócitos é a mesma que origina a inervação do TGI.

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