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Fisiologia	Amanda göedert
	
	
Pulmão e mecânica respiratória do RN
 O efeito mais óbvio do nascimento no bebê é a perda da conexão placentária com a mãe e, portanto, a perda de seu meio de suporte metabólico. Um dos ajustes imediatos mais importantes necessários ao bebê é começar a respira
 Grande parte do fluxo sanguíneo vindo da veia umbilical, é ejetado no ducto arterioso, indo do ventrículo esquerdo diretamente para o pulmão, porém, o pulmão do feto não faz hematose
 Na respiração do RN o trabalho abdominal é maior que o torácico, as costelas se movem com facilidade e a respiração é somente nasal (boca fechada)
 Anatomicamente o RN possui características diferentes, o nariz é pequeno, o palato duro é chato (para empurrar o bico do seio com a língua no céu da boca e realizar a ordenha), a língua é curta, larga e alta, preenchendo grande parte da cavidade oral em comparação com um adulto, a epiglote é mais longa e mais flácida, a traquéia do RN é afunilada e mais flexível
 A resistência da via aérea é inversamente proporcional ao raio, quando diminui o raio aumenta a resistência
Carcaterísticas Anatômicas da Criança:
 O tórax da criança tem formato cilíndrico, as costelas são horizontalizadas - menor angulação. A gradil costal é maleável. 
 Resultado: contração muscular menos efetiva, tendência do movimento costal para dentro, estabilidade do gradil costal dependente dos intercostais e menor capacidade de aumentar o volume corrente.
Limitações do fole torácico:
✓ Contração muscular menos efetiva
✓ Tendência do movimento costal para dentro
✓ Estabilidade do gradil costal dependente dos intercostais.
✓ Menor capacidade de aumentar o volume corrente.
Músculos Respiratórios:
 Diafragma e intercostais tem pouca massa muscular, poucas fibras tipo 1 - força (contração lenta e metabolismo oxidativo). Ou seja, esses músculos possuem maior função de resistência do que de força. 
 Quando o bebe é pré-termo essa situação piora, o diafragma e intercostais serão mais fracos ainda, por possuírem menor quantidade de fibras do tipo 1, tendo maior dificuldade para respirar.
 Conforme cresce, já por 2 anos de vida a criança possui muito mais fibras do tipo 1 nesses músculos, tornando-os muito mais adaptados.
 Em compensação, os RN não têm uma grande demanda respiratória, pois não realizam diversas atividades durante o dia, essa musculatura só passa a ser insatisfatória em situações de patologia ou prematuridade, mas em geral, ela é suficiente.
 O resultado dessa condição muscular é a fadiga 
Desenvolvimento Alveolar:
 O desenvolvimento dos alvéolos é tardio, ocorre próximo ao nascimento, e um pouco depois começa o desenvolvimento dos capilares, esse desenvolvimento microvascular vai até quase 3 anos, após esse período começa o crescimento, aumentando a área de troca gasosa, por isso a hematose não está em seu perfeito êxito nos primeiros anos de vida 
 Em resumo, o sistema respiratório se desenvolve ao longo da vida da criança, não está completamente formado ao nascimento
 Os alvéolos se enchem todos ao mesmo tempo, eles possuem canais e poros que os interligam torando isso possível
 No RN e na infância essa ventilação colateral (canais interalveolares) está ausente ou em número completamente reduzido
 No RN, na criança e no adolescente a alveolorização é mais acentuada (crescimento e desenvolvimento alveolar)
Controle Respiratório:
 O controle respiratório do RN possui diversos obstáculos
 Há uma ausência de fluxo aéreo >20s (apneia, criança para de respirar as vezes)
 O SN está imaturo, então o controle respiratório também está
 Há um impasse obstrutivo também, os tônus musculares da faringe são estreitos e a língua é extremamente flácida e grande, “caindo” para trás e obstruindo a passagem de ar
 20 horas de sono, 80% em sono REM, que causa diminuição de tônus postural e de capacidade residual funcional
 Padrões respiratórios Irregulares
 A saturação durante o sono pode ficar em torno de 90 ou mesmo 88%
Surfactante:
 O surfactante começa a ser produzido pelos pneumócitos tipo II lá pela 22/24ª semana e só vai ter um nível suficiente na 35ª semana.
 Quando mais surfactante mais distendido o alvéolo, e quanto mais distendido o alvéolo menor a quantidade de força que os músculos respiratórios precisam fazer
 Deficiência de surfactante:
▪ Baixa complacência
▪ Volume reduzido
▪ Atelectasia disseminada
▪ Alteração da ventilação/perfusão
▪ Hipóxia
 O surfactante só possui todos os seus componentes em volumes e concentrações ideais por volta da 35ª semana, ou seja, não basta apenas ter o surfactante, mas precisa dele em uma composição específica para cumprir a sua função alveolar
 Além de todas essas alterações o RN é jovem e imaturo, ademais de um grande período de sono, fazendo com que o tônus diminua, tornando as estruturas musculares mais flácidas, em especial a língua, isso leva a ocasionalmente algumas apneias. Em alguns casos a língua cai para trás e acaba obstruindo a via aérea, levando a baixa oxigenação
Mecânica Ventilarória ao Nascimento:
 Expansão dos Pulmões ao Nascimento. Quando o bebê nasce, as paredes dos alvéolos, primeiramente, estão colapsadas devido à tensão superficial do líquido viscoso em seu interior. 
 Normalmente, é preciso mais de 25 mmHg de pressão inspiratória negativa nos pulmões para se opor aos efeitos dessa tensão superficial e abrir os alvéolos pela primeira vez. 
 Mas, quando os alvéolos se abrem, a respiração pode ser realizada com movimentos respiratórios relativamente fracos. Felizmente, as primeiras inspirações do recém-nascido normalmente são muito potentes, geralmente capazes de criar até 60 mmHg de pressão negativa no espaço intrapleural.
 Observa-se que a segunda respiração é bem mais fácil, com demanda bem menor de pressões negativas e positivas. A respiração não se normaliza totalmente até cerca de 40 minutos após o nascimento
 A Figura 84-3 mostra as pressões intrapleurais muito negativas, necessárias para abrir os pulmões no início da respiração. Na parte superior da figura, é exibida a curva de pressão-volume (curva de “complacência”) da primeira respiração após o nascimento. Observe, primeiramente, a parte inferior da curva, começando no ponto de pressão zero e movendo-se para a direita. A curva mostra que o volume de ar nos pulmões permanece quase exatamente zero, até ser atingida a pressão negativa de −40 centímetros de água (−30 mmHg). Em seguida, à medida que a pressão negativa aumenta para −60 centímetros de água, cerca de 40 mililitros de ar entram nos pulmões. Para desinflar os pulmões, é preciso que ocorra pressão positiva considerável, cerca de +40 centímetros de água, devido à resistência viscosa, oferecida pelo líquido nos bronquíolos

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