A compreensão de que crianças não são meros adultos em miniatura é fundamental, especialmente no sistema respiratório. O trato respiratório infantil passa por maturação e desenvolvimento contínuos, com modificações morfofuncionais significativas. Anatomicamente, há vias aéreas superiores mais estreitas (ex: fossas nasais), laringe em posição mais cefálica e anterior com epiglote maior, e traqueia mais curta e estreita. A alveolarização pulmonar ocorre majoritariamente após o nascimento, estendendo-se até a adolescência. A caixa torácica pediátrica é altamente complacente devido à cartilagem e costelas horizontais, o que reduz a eficiência da bomba respiratória. Fisiologicamente, crianças possuem taxa metabólica e consumo de oxigênio em repouso mais que o dobro dos adultos. Para compensar o volume corrente estável, a frequência respiratória é mais alta. A capacidade residual funcional (CRF) reduzida facilita rápida dessaturação. A Lei de Poiseuille evidencia que pequena constrição causa obstrução significativamente maior em vias aéreas infantis. Conhecer essas particularidades é crucial para a prevenção e manejo de condições respiratórias. Considerando as peculiaridades morfofuncionais do