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Cálculo Diferencial e
Integral II
Prof. Roberto Carlos Lourenço
2
SUMÁRIO
BLOCO 1. INTEGRAL.................................................................................................. 3
BLOCO 2. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO I........................................................................ 14
BLOCO 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO II.......................................................................... 24
BLOCO 4. FUNÇÕES DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS.................................................... 31
BLOCO 5. LIMITE E DERIVADAS PARCIAIS................................................................... 40
BLOCO 6. DERIVADAS PARCIAIS E INTEGRAL DUPLA................................................... 48
3
BLOCO 1. INTEGRAL
Neste bloco, iniciamos um conteúdo muito importante em Cálculo e que certamente assume
um papel fundamental na sua formação. Estudaremos a Integral!
Teremos o contato com a Integral de algumas funções, conhecendo as regras básicas para
assim determinar a primitiva de uma função. Estudaremos a definição de Integral Indefinida,
onde será possível comparar com a operação de derivadas. A definição de Integral Definida
será outro ponto importante, como também a Soma de Riemann, cálculo de área de regiões
determinadas pelas funções e a apresentação do Teorema Fundamental do Cálculo. Bons
estudos!
1.1. Integral de algumas funções – Regras básicas
1.1.1. Primitiva de uma função
Para ser possível entender o que é a primitiva de uma função, basta pensar que se uma função
foi derivada e determinou a função , logo, é a função primitiva de para o mesmo
domínio de .
Alguns exemplos:
a) é uma função primitiva de
Isso ocorre, pois ²3)()('³)( xxfxF
dx
dF
xxF
Repare que a derivada da função resulta na função .
b) é uma função primitiva de
Ao derivar a função , determinamos a função .
c) é uma função primitiva de .
Resolução:
ao ser derivado, temos:
.
1.1.2. Notação de integral para primitivas (antiderivadas)
Uma outra maneira de identificar a primitiva de uma função é antiderivada.
4
Notação:
cxFdxxf )()(
Para “c” que representa uma constante arbitrária, temos F uma função antiderivada de ,
onde no domínio de .
Regras básicas
I. Regra da Constante
cxKKdx . (onde K é um valor constante)
Exemplo:
cxdx .55
II. Regra do Múltiplo Constante
xdxfKdxxKf .)(.)(
Exemplo:
cxcxxsenxdsenxdx cos.7)cos.(7..7.7
III. Regra da Soma
xdxgxdxfdxxgxf .)(.)()]()([
Exemplo:
csenx
x
xxdxdxdxxx 4
.cos.³)]cos³[
4
IV. Regra da Diferença
xdxgxdxfdxxgxf .)(.)()]()([
Exemplo:
cx
x
xd
x
xdxdx
x
x ln3
.
1
.²]
1
²[
3
1.2. Definição de Integral Indefinida
Nesse momento, vamos compreender que integração indefinida de uma função é o mesmo
que o processo inverso da derivação.
5
Definição: Se é uma primitiva de , a expressão é chamada integral
indefinida da função e é denotada por:
cxFdxxf )()(
Onde:
).()(')()( xfxFcxFdxxf
1.2.1. Propriedades da Integral Indefinida
Sejam , em R e K uma constante. Então:
dxxfKdxxfKi )(.)(.)
dxxgdxxfdxxgxfii )()())()(()
Seguem alguns exemplos de integrais:
cxdxa )
)1tan(
1
)
1
teconsébcb
x
dxxb
b
b
cxdx
x
c ln
1
)
cedxed xx )
csenxxdxe cos)
cxsenxdxf cos)
ctgxxdxg ²sec)
cgxxdxech cot²cos)
carctgx
x
dx
i
1²
)
Agora, calculemos algumas integrais indefinidas:
dxx
x
xxFa 5
2
7³4)()
6
Resolução:
cxxx
x
xF
dxxdx
x
dxdxxxF
5 6
4
5
.
6
5
ln.2.7
4
.4)(
1
.27³4)(
dx
x
x
xFb
1²
²
)()
Resolução:
carctgxxxF
x
dx
dxxF
dx
x
xFdx
xx
x
xF
dx
x
x
xFdx
x
x
xF
)(
1²
)(
1²
1
1)(
1²
1
1²
1²
)(
1²
11²
)(
1²
²
)(
Por fim, agora encontre a primitiva , da função 12)(
5 xxxf quando .
cxx
x
xF
cx
xx
dxxxxF
dxxxdxxfxF
²
6
)(
2
2
6
)12()(
)12()()(
6
26
5
5
7
70²0
6
0
)0(
6
c
cF
7²
6
)(
6
xx
x
xF
1.3. Definição da Integral Definida
1.3.1. Definição
Seja uma função definida no intervalo e seja uma partição qualquer de . A
integral definida de de até , denotada por:
b
a
dxxf )(
7
onde:
n
i
i
xmáx
b
a
xcifdxxf
i 1
0
)(lim)(
Interpretação Geométrica
Soma de Riemann
n
i
i
xmáx
b
a
xcifdxxf
i 1
0
)(lim)(
Se é contínua e no intervalo não assume valor menor que zero, a função definida
coincide com a área da região sob o gráfico de no intervalo
Se for integrável em , então:
n
i
n
b
a
xxifdxxf
1
)(lim)(
Onde n
ab
x
e
xiaxi .
8
Agora, calcule a soma de Riemann para tomando como pontos amostrais as
extremidades direitas e .
Resolução:
5,0
2
1
6
03
n
ab
x
Extremidades direitas:
9
1.4. Aplicações das Integrais Definidas e Indefinidas
Aplicando a Integral Definida
Cálculo de Área
10
11
Aplicando Integral Indefinida
1.5. Teorema Fundamental do Cálculo ‒ Parte I
Sendo uma função contínua em um intervalo I, escolhendo um determinado valor c que
pertence ao intervalo I, e trabalhando com uma determinada função A, sendo I o domínio
dessa função, representada por:
12
i)
x
c
fxA )(
Sendo , para todo que pertence ao intervalo I, temos que é a área sob o
gráfico de (quando ):
ii)
c
x
fxA )(
Sendo para todo que pertence ao intervalo I, temos que é a área sob o
gráfico de (quando ):
Sendo assim, temos que:
c
x
x
c
ffxA )(
Teorema Fundamental do Cálculo ‒ Parte II
Trabalhando com uma função contínua dada por em um determinado intervalo I, onde
assume o papel de uma primitiva de f em I, então:
)()()( aFbFxFf
b
a
b
a
13
Sendo quaisquer elementos do intervalo I.
Exemplo:
Calcule
3
0
)6³( dxxxS
Resolução:
75,6
4
27
4
27
27
4
81
09.3
4
81
²0.3
4
0
²3.3
4
3
²3
42
²6
4
)6³(
44
3
0
4
3
0
4
3
0
S
x
xxx
dxxxS
Conclusão
Neste bloco, estudamos a Integral de função com uma variável, sendo um momento oportuno
para conhecermos a Integral de algumas funções, conhecendo as regras básicas. Passamos
pelas definições de Integral Indefinida e Integral Definida, sendo possível determinar as
funções primitivas e área de regiões, ao conhecer a Soma de Riemann, e concluímos com a
apresentação do Teorema Fundamental do Cálculo.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
14
BLOCO 2. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO I
Neste bloco, estudaremos algumas técnicas de Integração. Teremos a oportunidade de
conhecer a Integração por Decomposição, observando as propriedades da integral, aplicações
dessas integrais em problemasde Física e Engenharia, para ser possível compreender como
esse conteúdo é importante. Ainda teremos neste bloco a Integração por Substituição, técnica
fundamental para resolver a integral de uma função em casos onde a decomposição não é o
suficiente.
2.1. Integração por Decomposição
Caso 1: dxxgbxfa )(.)(.
Para calcular algumas integrais, é necessário conhecer técnicas. Nesse momento, vamos
estudar a decomposição no caso dxxgbxfa )(.)(. , sendo constantes.
Onde:
dxxgbdxxfadxxgbdxxfadxxgbxfa )(.)(.)(.)(.)(.)(.
Sendo assim, temos:
dxxgbdxxfadxxgbxfa )(.)(.)(.)(.
Exemplo:
Calcule dxexsen x 7)(.3
Resolução:
cexcexdxesenxdxdxexsen
xxxx .7cos.3.7)cos.(3.7.37)(.3
Caso 2: dxxgbxfa )(.)(.
A decomposição no caso dxxgbxfa )(.)(. , constantes.
Onde:
dxxgbdxxfadxxgbdxxfadxxgbxfa )(.)(.)(.)(.)(.)(.
Sendo assim, temos:
dxxgbdxxfadxxgbxfa )(.)(.)(.)(.
15
Exemplo:
Calcule dx
x
x
2
)cos(.5
Resolução:
cxsenxdx
x
xdxdx
x
x
ln.2.5
1
.2cos.5
2
)cos(.5
2.2. Decomposição – Aplicações dessas integrais em problemas de física e engenharia
Volume de Sólido
Quando uma determinada região plana gira em torno de uma reta no plano, obtemos um
sólido que é chamado de sólido de revolução.
Nesse caso, obtemos um cone.
Definição:
Para uma função contínua em , onde R é a região sob o gráfico de de até , temos
que o volume do sólido gerado pela revolução de R em torno do eixo das abscissas é definido
por:
dxxfV
b
a
2
)(.
Exemplo
1. A região R, limitada pela curva e o eixo das abscissas no intervalo , gira
em torno do eixo dos . Determine o volume desse sólido de revolução.
dxxfV
b
a
2
)(.
16
dxxxdxxV )4²4(.)²2²(. 4
2
0
2
0
2
0
2
0
2
0
4 4²4. dxdxxdxxV
2
0
2
0
3
2
0
5
4
3
4
5
. x
xx
V
15
376
8
3
32
5
32
0.42.4
3
0.4
3
2.4
5
0
5
2
.
3355
VV
V
Exemplo
2. Calcule quantos litros de água são necessários para abastecer a piscina representada a
seguir, sabendo que sua profundidade mede 1,3 m e os valores do gráfico estão graduados em
metros.
3cos)( xxf
Resolução:
1º Calcular a área da região apresentada
2
0
3cos dxxA
17
2
0
2
0
2
0
2
0
2
0
3
3cos3cos
xsenxA
dxxdxdxxA
²6
0.32.302
mA
sensenA
2º Calcular o volume da piscina
hAV .
³8,73,1.6 mV
³5076,24142,3.8,7 mV
3º Calcular quantidade de água em litros
lV 6,245071000.5076,24
2.3. Integração por Substituição
Método da Substituição
Para calcular algumas integrais, utilizamos o método da substituição, onde podemos substituir
uma parte da função, facilitando assim a sua integração.
Exemplo 1
Calcule a integral:
dx
x
x
²5
2
Nesse caso, escolhemos para assumir o valor , sendo .
xdxdux
dx
du
22
cxcu
u
du
dx
x
x
²5lnln
²5
2
Exemplo 2
Calcule a integral:
xdxxsen cos.²
18
Vamos definir uma função como u, sendo a mais conveniente, para obter a integral mais
simples possível.
xdxdux
dx
du
coscos
c
xsen
c
u
duuxdxxsen 3
³
3
².cos.²
3
Exemplo 3
Calcule a integral:
dttt
42 2
Primeiro, é necessário reestruturar a função dada.
dtttdtttdttt ²21.)21².(2
242
Em seguida, escolhemos uma função para ser .
dtt
du
tdtdut
dt
du
.
4
44
ctt
uuucuduu
du
udttt
²21²).21.(
6
1
..
6
1
.
6
1
.
3
2
.
4
1
..
4
1
4
.²21. 32
3
2
1
2.4. Substituição – Aplicações dessas integrais em problemas de física
1. No movimento de uma partícula, tem-se 5²4
4
)(
t
t
tv
. Determine a função horária que,
para , toma o valor , ou seja, para .
Resolução:
dttvts )()(
dt
t
t
ts
5²4
4
)(
19
20
21
2.5. Aplicações dessas Integrais em problemas de engenharia
22
23
Conclusão
Neste bloco, estudamos algumas técnicas de integração, de modo que foi possível conhecer a
Integração por Decomposição, observando as propriedades da integral, aplicações dessas
integrais em problemas de física e engenharia, e passamos pela técnica de Integração por
Substituição.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
24
BLOCO 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO II
Neste bloco, estudaremos a técnica de Integração por Partes, onde o passo a passo
apresentado faz uma demonstração da fórmula que colabora com o cálculo de integrar uma
determinada função.
Ainda neste bloco, veremos as integrais de funções trigonométricas, passando pelas aplicações
das integrais em problemas de Física e Engenharia.
3.1. Integração por Partes
Definição
Para primitiva de primitiva de , temos:
Uma função composta pelo produto , onde sua derivada fica:
Logo:
gFFGGf
gFGfFG
gFGfGF
..
..
..)'.(
Gerando a fórmula de Integração por Partes:
dxxgxFxGxFdxxGxf )().()().()().(
Exemplo 1
Calcule dxxx .cos.
1º Passo: Escolher as funções
e
2º Passo: Determinar :
3º Passo: Utilizar a fórmula dxxgxFxGxFdxxGxf )().()().()().(
xsenxxdxsenxxsenxdxxx cos..1).(..cos.
25
Exemplo 2
Calcule dxxx .ln².
1º Passo: Escolher as funções :
e
2º Passo: Determinar :
3º Passo: Utilizar a fórmula dxxgxFxGxFdxxGxf )().()().()().(
9
³
ln.
3
³
.
3
²
ln.
3
³
.
1
.
3
³
ln.
3
³
.ln².
x
x
x
dx
x
x
x
dx
x
x
x
x
dxxx
3.2. Aplicações dessas integrais em problemas de Física e Engenharia
Exemplo 1. Um tanque de 72 litros de capacidade está cheio de um líquido. No instante ,
tomando como origem do tempo, abre-se uma torneira do tanque, e uma bomba faz com que
o líquido saia pela torneira a uma razão, no instante , de – litros por min. Calcule o
volume de líquido no tanque no instante .
Resolução:
)1ln(),( t
dt
dV
vazãotemostVSendo
26
27
3.3. Integração de algumas Funções Trigonométricas
Algumas identidades trigonométricas
Para integrar algumas funções trigonométricas, é fundamental conhecer essas identidades:
2
2cos1
²cos
2
2cos1
²
1²cos²
x
x
x
xsen
xxsen
1²cos²cot
1²sec²
uecxg
xxtg
Exemplo 1
Calcule xdxxsen
25 cos.
28
1º Passo
senxxsenxxxsenxxsenxxx
xsenxxxsenxsenxxsen
.cos.cos.2²cos.²cos.).cos²cos.21(
²cos.)².²cos1(²cos.²)².(cos.
644
25
2º Passo
dxsenxxsenxxxsenxxdxxsen ).cos.cos.2²cos.(cos. 6425
senxdxxsenxdxxxdxsenx .cos.cos.2²cos. 64
cxxx 75 cos
7
1
cos.
5
2
³cos.
3
1
Exemplo 2
Calcule dxxg )2(cot 4
1º Passo
1)2²(cos)2²(cos).2²(cot
1)2²(cos)2²(cos).2²(cot
)2²(cot)2²(cos).2²(cot
)1)2²().(cos2²(cot)2²cot).2²(cot)2(cot4
xecxecxg
xecxecxg
xgxecxg
xecxgxgxgxg
2º Passo
cxxgxg
dxxecxecxgdxxg
)2(cot.
2
1
)2³(cot.
6
1
)1)2²(cos)2²(cos).2²((cot)2(cot 4
3.4. Integração de algumas funções Trigonométricas - Aplicações
1. Um determinado local de uma cidade possui a temperatura dada por graus Celsius,
onde representa o tempo em horas do dia, no intervalo de 6h até 12h. Calcule a temperatura
média no intervalo indicado para
xsen
x
tf 4
4
²
)(
.
29
Resolução
Valor médio de em é dado por:
30
2. Um determinado fio retilíneo localizado no intervalo
tem densidade no ponto de
abscissa . Determine a massa desse fio sendo xx
5cos)( .
Resolução:
2
0
5cos
xdxm
Conclusão
Neste bloco, estudamos a técnica de integração por partes, as integrais de funções
trigonométricas e ainda as aplicações das integrais em problemas de Física e Engenharia.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
31
BLOCO 4. FUNÇÕES DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS
Neste quarto bloco, estudaremos as funções de duas ou mais variáveis, passando pelo
conjunto domínio da função e também pelo conjunto imagem da função.
Vamos aproveitar para estudar os gráficos e equações de algumas superfícies, como a esfera e
o traço de superfície.
4.1. Funções de duas ou mais variáveis
Definição:
Seja A um conjunto do espaço n-dimensional (
nRA ), isto é, os elementos de A são n-uplas
ordenadas ( nxxxx ,...,,, 321 ) de números reais, se a cada ponto P do conjunto A associamos
um único elemento de z ϵ R, temos uma função RRAf n : . Essa função é chamada
função de n-variáveis reais.
Exemplos de Funções com duas variáveis
Volume de um cilindro
Onde o volume depende das variáveis r (raio da base) e h (altura do cilindro).
Área de um paralelogramo
Sendo a área do paralelogramo o produto entre as duas variáveis, (base) e (altura).
32
Exemplos de Funções com várias variáveis
Área de trapézio
2
).( hbB
AT
Para determinar a área do trapézio, é preciso três variáveis: (base maior), (base menor) e
(altura).
Estado de um gás ideal
V
TRn
p
..
Onde:
p = pressão;
V = volume;
n = massa gasosa em moles;
R = constante molar do gás; e
T = temperatura.
4.2. Domínio das funções
Exemplos
33
34
35
4.3. Imagem das funções
36
37
4.4. Gráficos e Equações de uma Superfície
A Esfera
Exemplos
38
Traços de Superfície
39
Conclusão
Neste bloco, estudamos as funções de duas ou mais variáveis, passando pelo conjunto domínio
da função e também pelo conjunto imagem da função, onde os gráficos se apresentam com
uma enorme importância para uma melhor compreensão.
Passamos ainda pelos gráficos e equações de algumas superfícies, como a esfera e o traço de
superfície.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.
40
BLOCO 5. LIMITE E DERIVADAS PARCIAIS
Neste bloco, estudaremos a definição e propriedades de limite de funções de duas ou várias
variáveis. Teremos alguns exemplos envolvendo o cálculo de limite quando ocorre uma
indeterminação, onde existem algumas técnicas para colaborar no desenvolvimento.
Ainda neste bloco, vamos estudar as Derivadas Parciais, uma ferramenta fundamental em
Cálculo para determinar pontos extremos de uma determinada função.
5.1. Definição e Propriedades de Limite
Definição:
Seja uma função de duas variáveis definida em todo o interior de um círculo de centro ,
exceto possivelmente no próprio .
A afirmação Lyxf
bayx
),(lim
),(),(
significa que, para , existe , tal que se
Lyxfbyax ),(,)()(0 22
Proposição
Sendo J e K dois subconjuntos de , ambos com como ponto de acumulação, se
tem limites diferentes quando tende a através de pontos de J e de K,
respectivamente, então ),(lim
),(),(
yxf
bayx
não existe.
Propriedades de Limite
Se são funções de duas variáveis, onde ),(lim),(lim
),(),(),(),(
yxgeyxf
bayxbayx
existem, e , temos:
I. ),(lim),(lim)],(),([lim
),(),(),(),(),(),(
yxgyxfyxgyxf
bayxbayxbayx
II. ),(lim),(lim)],(),([lim
),(),(),(),(),(),(
yxgyxfyxgyxf
bayxbayxbayx
III. ),(lim),(lim)],(),([lim
),(),(),(),(),(),(
yxgyxfyxgyxf
bayxbayxbayx
IV. 0),(lim
),(lim
),(lim
),(
),(
lim
),(),(
),(),(
),(),(
),(),(
yxgse
yxg
yxf
yxg
yxf
bayx
bayx
bayx
bayx
V. 0),(lim),(lim),(lim
),(),(),(),(),(),(
yxfseyxfyxf
bayxbayxbayx
41
VI. Nnseyxfyxf
n
bayx
n
bayx
),(lim),(lim
),(),(),(),(
VII. ),(lim),(lim
),(),(),(),(
yxfcyxfc
bayxbayx
5.2. Limite de funções de duas variáveis
Exemplos
42
43
44
5.3. Problemas de Aplicações das Funções de duas ou várias variáveis
Exemplos
45
5.4. Derivadas Parciais
Definição:
Seja uma função de duas variáveis, as derivadas parciais são as funções xf e yf :
fD
x
f
f
h
yxfyhxf
yxf xx
h
x
),(),(
lim),(
0
de temperatura?
46
fD
y
f
f
h
yxfhyxf
yxf yy
h
y
),(),(
lim),(
0
xf : considere a variável como constante e derive com relação a .
yf : considere a variável como constante e derive com relação a .
Exemplo 1
Se encontre )
3
,1(
xf e )
2
,3(
yf .
Resolução:
Para determinar xf , considere a variável como constante e derive com relação a .
yxy
xx
f
yxf x cos.2³
1
),(
)
3
,1(
xf
= 272
1
.2
27
1
3
cos.1.2
31
1 33
3
Para determinar yf , considere a variável como constante e derive com relação a .
senyxxysenyxxy
y
f
yxf y ².²3)².(²30),(
9
4
².9
1.9
4
²
.9
2
².3
2
.3.3)
2
,3(
2
senf y
Exemplo 2
Se
y
x
senyxf
1
),( , calcule
y
f
e
x
f
:
yy
x
x
f
1
1
.
1
cos
47
)²1(
.
1
cos
)²1(
)(
.
1
cos
)²1(
)10.()1.(0
.
1
cos
y
x
y
x
y
x
y
x
y
xy
y
x
y
f
Conclusão
Neste bloco, estudamos a definição e propriedades de limite de funções de duas ou várias
variáveis. Ao estudar alguns exemplos envolvendo o cálculo de limite, foi possível identificar
que existem casos de indeterminação, onde algumas técnicas são necessárias para análise da
existência desse limite no valor indicado. Aproveitamos para estudar as Derivadas Parciais, que
é um tópico fundamental para identificarmosos pontos extremos de uma determinada
função.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.
48
BLOCO 6. DERIVADAS PARCIAIS E INTEGRAL DUPLA
Neste bloco, estudaremos as Derivadas Parciais Sucessivas, onde será importante recordar as
regras de Derivação de Função com uma Variável, passando ainda pelas Derivadas Direcionais
e o Vetor Gradiente, sendo um tópico de cálculo que auxilia na determinação da taxa de
variação em um determinado intervalo com o uso do vetor unitário. Dando sequência ao
conteúdo, estudaremos os Extremos de Funções de Duas Variáveis, para assim determinar o
ponto de máximo, ponto de mínimo, ponto de sela da função e concluiremos com as Integrais
Múltiplas.
6.1. Derivadas Parciais Sucessivas
Definição:
Seja uma função de duas variáveis, as derivadas parciais de segunda ordem são as funções:
xxf , xyf , yyf e yxf :
²
²
x
f
x
f
x
f
f xx
xy
f
x
f
y
f
f xy
²
²
²
y
f
y
f
y
f
f yy
yx
f
y
f
x
f
f yx
²
Exemplo 1
Se ³9²7²³3),( yxyxyxf , apresente suas derivadas parciais de 2ª ordem.
Resolução:
1ª ordem:
xyx
x
f
yxf x 14²²9),(
²27³6),( yyx
y
f
yxf y
49
2ª ordem:
14²18
²
²
xy
x
f
f xx
yx
xy
f
f xy ²18
²
yx
y
f
f yy 54³6
²
²
yx
yx
f
f yx ²18
²
Exemplo 2
Se yxsenyxf 73),( , calcule
xy
f
e
yx
f
²²
:
1ª Ordem
yxyx
x
f
73cos.303).(73cos
yxyx
y
f
73cos.770).(73cos
2ª Ordem
)73cos(.21)]03).(73(.[7)]73cos(.7[
²
yxyxsenyx
xyx
f
)73cos(.21)]70).(73(.[3)]73cos(.3[
²
yxyxsenyx
yxy
f
50
6.2. Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente
51
52
6.3. Extremos de funções de duas variáveis
Definição
Funções de duas variáveis podem apresentar pontos de máximo, de mínimo ou de sela.
Seja f uma função de duas variáveis, um par ordenado é ponto crítico de se:
0),( baf x e 0),( baf y
ou
),( baf x ou ),( baf y não existe.
Discriminante
),().,(),().,(),( yxfyxfyxfyxfyxD yxxyyyxx
Teste da Segunda Derivada
Se e 0),( baf xx , então é um mínimo local.
Se e 0),( baf xx , então é um máximo local.
Se , então o é ponto de sela de e o gráfico de cruza seu plano tangente
em .
Se , não dá nenhuma informação.
Exemplo
Determine os valores máximos e mínimos locais e os pontos de sela de
14),( 44 xyyxyxf .
1º Passo: Identifica os pontos críticos
yxyxfx 44),( 3 e xyyxf y 44),(
3
Igualando as derivadas a zero, temos as equações:
044
044
3
3
xy
yx
Resolvendo o sistema onde , temos:
1
1
0
1
0
1
0
0)1.(004³)(4
8
893
x
ou
x
ou
x
x
ou
x
x
ou
x
xxxxxx
Encontrando os pontos: .
53
2º Passo: Segundas derivadas parciais e .
212),( xyxfxx ,
212),( yyxf yy , 4),( yxfxy e 4),( yxf yx
–
3º Passo: Teste da segunda derivada
Ponto
, então o é ponto de sela de e o gráfico de cruza seu plano
tangente em .
Ponto
e 012)²1.(12)1,1( xxf , então é um
mínimo local.
Ponto
e 012)²1.(12)1,1( xxf , então é um mínimo
local.
6.4. Integrais múltiplas
Integral Dupla
54
Integral Tripla
55
Conclusão
Neste bloco, estudamos as Derivadas Parciais Sucessivas, as Derivadas Direcionais e o Vetor
Gradiente, os Extremos de Funções de Duas Variáveis, para assim determinar o ponto de
máximo, ponto de mínimo, ponto de sela da função e concluímos com as Integrais Múltiplas.
Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.