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Ginecológico Câncer Psicóloga Residente: Tatiele Santos dos Reis Colo de Útero1 Localização Ovário 2 Vagina3 Endométrio5 Vulva4 2020/2022 --> 625 mil casos novos de câncer no Brasil para cada um dos anos. T A X A D E I N C I D Ê N C I A Inca, 2020 Fonte: Dados extraídos do Atlas de Mortalidade com base em informações do Sistema de Informação sobre Mortalidade, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA https://ead.inca.gov.br/coens/abc_do_cancer/principaiscausas/principaiscausas.html sem outras especificações As principais causas de morte por câncer, segundo sexo, Brasil em 2018 Inca, 2020 Taxa de Mortalidade Fatores de Risco: Rastreamento: Não há evidência científica de que o rastreamento traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado Diagnóstico Precoce: Possível apenas em parte dos casos. A maioria apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas da doença --> Ovário Mutação nos genes BRCA 1 ou BRCA 2 Histórico Familiar Endometriose Ascite, massa abdominal ou pélvica Distensão abdominal persistente Perda de apetite e peso Dor pélvica ou abdominal Mudança de hábitos intestinais e/ou urinários Inca, 2020 Endométrio 75% dos diagnósticos --> acima de 50 anos, e a média de idade é de 63 anos Rastreio: Não há evidência científica de que o rastreamento traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado Diagnóstico Precoce: Sangramento vaginal em mulheres que já entraram na menopausa Dor pélvica Fadiga, anorexia e perda de peso. Tratamento: cirurgia (por laparoscopia ou convencional), radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, dependendo do estadiamento da doença Inca, 2020 Vagina Vulva Raro e de desenvolvimento lento, ocorre geralmente em mulheres com 60 anos --> aproximadamente 1% O câncer de vagina pode ser causado pelo vírus do papiloma humano (HPV) Tratamento: Cirurgia e Radioterapia Dificuldade ou impossibilidade em manter relações sexuais após o tratamento Raro, representando 5% dos cânceres ginecológicos --> A partir de lesões pré-cancerosas que podem ser tratadas precocemente Acomete principalmente mulheres com idades entre 65 e 70 anos Sem sintomas específicos Colo de Útero Também chamado de câncer cervical --> Evolução Lenta, com lesões precursoras até torna-se invasivo (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e adenocarcinoma in situ -- tratáveis) Predominante em mulheres de 35 a 55 anos --> raro em mulheres com até 30 anos Fatores de risco: Rastreamento e Diagnóstico Precoce Citologia Cervical (Papanicolau) Infecção por papilomavírus humano - HPV (16; 18; 32 e 64) Início precoce de atividade sexual Múltiplos parceiros Baixa escolaridade e renda Falta de orientação sobre educação sexual Acesso limitado aos serviços de saúde Má assistência obstétrica ocasionando lesão no colo Inca, 2020 Mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual --> incluindo homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer --> exame a cada três anos, após dois controles anuais negativos Justificativa: faixa etária de maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente para não evoluírem para o câncer --> Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos e, portanto, podem ser apenas acompanhadas Segundo a OMS, com uma cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo Diretrizes do rastreamento Inca, 2020 Iglesias, Larrubia; Campos Neto; Pacca e Lembo, 2019 Fatores que contribuem para a não adesão ao Papanicolau --> vergonha e a falta de tempo foram os mais citados nos dois grupos. Foram mencionados também o desconhecimento do câncer de colo de útero, o sentimento de medo de se deparar com o resultado positivo e a dificuldade para se realizar o exame Barreiras psicossociais --> estado civil, escolaridade, renda, religião, região demográfica e idade Principais motivos para a resistência --> questões culturais, como o receio da dor, vergonha, desconhecimento do procedimento, local de realização e a não permissão do parceiro para que a mulher realize o exame Variável escolaridade: predominância de casos de câncer do colo uterino em mulheres com nenhum a três anos de escolaridade (84,17%), enquanto nas mulheres com mais de oito anos de escolaridade houve baixa incidência (14,83%) Iglesias, Larrubia; Campos Neto; Pacca e Lembo, 2019 Palestras Distribuição de panfletos Abordagem pessoal enquanto esperam atendimento na UBS. Gerente de caso contato telefônico carta-convite atividades educativas divulgação na mídia parcerias religiosas Vacinação contra o HPV 11 a 14 anos 09 a 14 anos Iglesias, Larrubia; Campos Neto; Pacca e Lembo, 2019 Tratamento HormonioterapiaQuimioterapia Radioterapia Cirurgia Braquiterapia Cirurgia A Exenteração Pélvica --> remoção e ressecção da bexiga urinária, uretra, vagina, cérvice, útero, tubas uterinas, ovários, reto, ânus, e em alguns casos, a vulva. O procedimento deixa a paciente com ostomia permanente --> Impacto na qualidade de vida --> Estranheza e vergonha --> Sexualidade e relação conjugal Huff & Castro, 2011 Angústia Raiva Inquietação Tristeza Ansiedade Medo Luto Sentimento de culpa, fracasso e impotência Baixa adesão a terapêutica e ao autocuidado Quimioterapia Alopecia, irregularidade da menstruação, infertilidade, náuseas, vômitos, fadiga, disfunção cognitiva, ganho de peso, palidez, menopausa induzida, diminuição da lubrificação vaginal e redução do desejo sexual Braquiterapia 20 (62%) realizaram o procedimento com sedação/analgesia; 12 (38%) sem sedação e/ou analgesia Não histerectomizadas com sedação/analgesia Histerectomizadas são submetidas sem sedação e/ou analgesia. 32 participantes Média de idade foi de 51 anos; Casada, 17 (53%); católica, 24 (75%); Ensino fundamental I completo, procedente da Grande Florianópolis, Região Norte e Sul de Santa Catarina, Diagnóstico de câncer de colo do útero, 26 (81%) Duarte, et.al, 2020 Braquiterapia Estenose vaginal --> quando o canal vaginal tem uma diminuição no seu comprimento e/ou largura devido ao acúmulo de tecido cicatricial na vagina Exercício de dilatação vaginal com uso da prótese peniana, em média, 2 a 3 vezes por semana, por cerca de dez minutos, iniciada após finalização do tratamento; Duarte, et.al, 2020 Modalidade terapêutica da radioterapia que utiliza fontes radioativas em íntimo contato com a região a ser tratada Segundo o médico que me operou, eu não precisava ter feito nada e o outro dizia que eu tinha que fazer tudo, e hoje [no último dia do tratamento] eu fiquei sabendo que eu vou ter que me tratar pelo resto da vida por causa da braquiterapia, e nunca ninguém me falou. E só hoje me explicaram que eu vou ter que fazer fisioterapia [uso de dilatador vaginal para prevenção da estenose] para o resto da minha vida. Eu acho que era meu direito saber disso antes, para poder decidir se ia fazer ou não a braquiterapia. Porque se eu dissesse que não queria, era minha escolha. Mas eu fui saber disso só hoje. (MB06) 56% desconhecia a braquiterapia antes do encaminhamento ao cenário do estudo, (Des)conhecimento sobre a braquiterapia Duarte, et.al, 2020 tratamento, prognóstico da doença, efeitos colaterais cuidados relacionados pós- braquiterapia direito de decisão ao tratamento Déficit de informações ofertadas pelos profissionais "A informação não alivia todos os medos das pacientes, mas contribui para o enfrentamento do tratamento" Ações na sala de espera Duarte, et.al, 2020 Viabiliza o desenvolvimento da autonomia, da troca de saberes, dos afetose da vinculação entre os usuários Produzir novas representações ante a saúde, doença e os modos de cuidado, funcionando como um espaço acolhedor e crítico-reflexivo Identificou-se que relatos ouvidos nas sala de espera influenciam negativamente o significado da braquiterapia, gerando medo e ansiedade Opiniões das participantes sobre os profissionais, infraestrutura e atendimento recebido Elogios à equipe e à ambiência, mostrando a confiança no suporte técnico recebido, bem como o acolhimento e cuidado humanizado Atendimento da equipe multiprofissional O tratamento dos médicos, enfermeiros, recepcionistas é nota 10, todos maravilhosos, porque se a gente está doente e ainda encontra uma pessoa estúpida, grosseira, aí é que mata a gente antes da hora. (MB16) Duarte, et.al, 2020 Estágio da doença Proposta terapêutica História de vida pregressa ao adoecimento Comunicação em Saúde Experiência Oncológica Avaliar e acompanhar intercorrência psíquica das pacientes que serão submetidas a procedimentos cirúrgicos Ofertar suporte emocional a paciente e à sua família frente ao diagnóstico e tratamento oncológico Estimular a comunicação entre as pacientes, familiares e a equipe de saúde --> Comunicação de notícia difícil Favorecer a expressão de sentimentos e percepção do período vivenciado Realizar psicoeducação --> Provenientes do interior; Doença avançada; Pouco conhecimento a respeito do adoecimento e tratamento Atuação da Psicologia Morte Finitude Narrativa das mulheres Autoestima e Mudanças Corporais Filhos, família e fertilidade Adesão terapêutica Barreiras/ dificuldades institucionais Encargos financeiros Referências DUARTE, Érica Bernardes et al. Mulheres em braquiterapia pélvica:(des) conhecimento e atenção profissional como significado. Cogitare Enfermagem, v. 25, 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.68406. Iglesias, Gabriela Abasto; Larrubia, Laís Guimarães; Campos Neto, Antônio de Siqueira; Pacca, Felipe Colombelli; Iembo, Tatiane. - Conhecimento e adesão ao Papanicolau de mulheres de uma rede de Atenção Primária à Saúde - Knowledge and adherence to the Papanicolau of women from a primary health care network - Rev. ciênc. méd., (Campinas);28(1): 21-30, jan.-mar. 2019. ilus, tab https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/01/1047801/med-3-00_4008.pdf HUFF, Raquel; CASTRO, Elisa Kern. Repercussões emocionais do câncer ginecológico e exenteração pélvica. Revista Psicologia e Saúde, 2011. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – 6. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro : INCA, 2020.